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1
Diretrizes sobre os dispositivos
Raman portáteis para identificar
material apreendido no terreno
Agradecimentos
O Laboratório e Secção Científica do UNODC (LSS, sob a direção do Dr. Justice Tettey) expressa o seu
apreço e agradecimento a Ying Ying Tan, da Autoridade para as Ciências da Saúde, Singapura, pela
preparação da versão final das presentes Diretrizes.
A preparação destas Diretrizes foi coordenada por Yen Ling Wong, Diretora de Assuntos Científicos,
LSS. A contribuição dos funcionários do UNODC é altamente reconhecida.
Fotografias © UNODC, Autoridade para as Ciências da Saúde, Singapura, e Johannes Kittel
2
Índice
Agradecimentos ...................................................................................................................................... 1
Parte 1. Diretrizes gerais sobre os dispositivos Raman ........................................................................ 3
1. Introdução ................................................................................................................................... 4
2. Princípios da espectroscopia Raman .......................................................................................... 5
3. Vantagens e limitações da tecnologia Raman ............................................................................ 6
4. Princípios gerais de utilização ..................................................................................................... 7
5. Evitar a contaminação cruzada ................................................................................................... 9
6. Interpretação e documentação dos resultados da análise ......................................................... 9
7. Validação dos dispositivos Raman .............................................................................................. 9
8. Bibliotecas de utilizador personalizáveis .................................................................................. 12
Parte 2. Guia do utilizador do analisador portátil de narcóticos TruNarc ......................................... 13
1. Apresentação do analisador portátil de narcóticos TruNarc .................................................... 14
2. Principais componentes do analisador TruNarc ....................................................................... 15
3. Princípio de funcionamento do analisador TruNarc ................................................................. 17
4. Biblioteca de substâncias do TruNarc ....................................................................................... 18
5. Precauções de segurança .......................................................................................................... 19
6. Funcionamento do analisador TruNarc .................................................................................... 20
7. Software de administração do TruNarc .................................................................................... 31
8. Referências ................................................................................................................................ 45
3
Parte 1. Diretrizes gerais sobre os dispositivos Raman
4
1. Introdução
Nos últimos anos, tem-se assistido a um aumento significativo da utilização da espectroscopia
Raman para análises forenses de substâncias de abuso. Os espectrómetros Raman estão disponíveis
como unidades de bancada e dispositivos portáteis. O desenvolvimento dos dispositivos Raman
portáteis teve um impacto enorme na capacidade dos utilizadores finais para realizarem análises no
terreno e in-situ, permitindo uma identificação rápida e não destrutiva de amostras desconhecidas,
incluindo drogas controladas, precursores, substâncias químicas e substâncias de corte.
No entanto, é importante reconhecer e compreender as limitações destes dispositivos. Por
exemplo, os dispositivos Raman portáteis não podem ser utilizados para analisar compostos de cor
escura ou que produzam fluorescência. A sua utilização na identificação de misturas com matrizes de
amostras complexas também pode ser limitada. Como tal, estes dispositivos apenas devem ser
utilizados como ferramenta de triagem preliminar para fornecer informações sobre a possível
identidade do material apreendido e devem ser sempre complementados com uma análise de técnica
de confirmação realizada por um laboratório.
Triagem preliminar
Testes de confirmação
Fig. 1: Utilização do dispositivo Raman portátil como ferramenta de triagem preliminar, seguida dos testes de
confirmação em laboratório
5
2. Princípios da espectroscopia Raman
A espectroscopia Raman 1,2,3 é um tipo de espectroscopia molecular baseada na dispersão
inelástica da luz monocromática, descoberta por C. V. Raman e K. S. Krishnan, em 19284.
Na espectroscopia Raman a amostra é primeiro iluminada com um feixe de laser
monocromático que interage com as moléculas da amostra, resultando na dispersão da luz. A maioria
dos fotões (>99,99999%5) será elasticamente dispersada, ou seja, os fotões serão dispersados em
todas as direções sem perda de energia ou alteração da frequência. Esta forma de dispersão é
conhecida como dispersão de Rayleigh. Por outro lado, uma pequena quantidade de fotões dispersos
será dispersada de forma inelástica, resultando em fotões com uma alteração na energia. Esta forma
de dispersão é conhecida como dispersão de Raman.
Um espectro Raman é uma representação gráfica da intensidade da luz Raman dispersada como
uma função da sua diferença de frequência em relação à radiação incidente (geralmente expressa em
número de onda, cm-1)5. Esta diferença é vulgarmente conhecida como deslocamentos Raman e esses
deslocamentos fornecem informações sobre as transições vibracionais e rotacionais numa molécula.
Geralmente, as transições vibracionais e rotacionais são únicas para cada molécula. Como tal, a
espectroscopia Raman pode ser uma ferramenta valiosa e poderosa no fornecimento de informações
moleculares com base na estrutura da molécula e nas suas propriedades de dispersão da luz.
Fig. 2: Um espectro Raman de uma amostra de GBL (a azul) comparado com um espectro de referência (a vermelho)
6
3. Vantagens e limitações da tecnologia Raman
Apesar de existirem várias vantagens em prol da utilização dos dispositivos Raman portáteis na
análise de amostras desconhecidas no terreno, os utilizadores devem estar conscientes sobre as
limitações destes dispositivos. Algumas das principais vantagens e limitações desta tecnologia são
referidas a seguir:
A análise é rápida e fácil de realizar
Não destrutiva
Elevada seletividade
Fornece informações sobre o grupo
funcional específico
As amostras podem ser analisadas
diretamente através de recipientes
transparentes ou translúcidos (por ex.,
plástico, vidro)
Adequado para vários tipos de
amostras: sólidas, líquidas ou em
suspensão, quer sejam transparentes
ou opacas
Pouca preparação ou sem preparação
da amostra
A água não provoca interferência;
podem ser analisadas amostras
aquosas
Sensibilidade relativamente baixa;
poderá não ser capaz de detetar
drogas de interesse presentes em
concentrações baixas
A fluorescência das amostras interfere
com a análise
Não é adequada para amostras
escuras, que absorvem a energia do
laser e podem aquecer ou inflamar
Não é adequada para uma amostra
com uma matriz complexa
A fonte de laser pode apresentar
flutuação
Apenas adequada para análise
qualitativa
Vantagens
Limitações
7
4. Princípios gerais de utilização
4.1 Verificação do desempenho
A verificação do desempenho é executada para demonstrar se um instrumento ou equipamento
está apto a funcionar segundo as especificações do fabricante e se é adequado para uma utilização
regular. A maioria dos dispositivos Raman portáteis está equipada com um material de referência para
realizar esta verificação. Estas verificações do desempenho devem ser realizadas uma vez antes da
análise de um lote.
4.2 Análise de amostras
As amostras podem ser analisadas diretamente com os dispositivos Raman portáteis com pouca
ou nenhuma preparação. Estes dispositivos podem ser utilizados para analisar amostras presentes em
várias formas, como em pó, cristais, comprimidos, cápsulas e líquido, assim como para examinar
através de uma camada fina de material de embalagem comum, como plástico ou vidro transparente
ou translúcido.
No entanto, em alguns casos, onde o feixe de laser não consegue penetrar no material da
embalagem, poderá ser necessária a preparação da amostra. Assim, para proceder à análise direta de
amostras sólidas, deve ser colocada uma quantidade adequada numa bolsa de plástico transparente,
e para as amostras líquidas deve ser colocada uma pequena quantidade num frasco de vidro
transparente.
A análise é geralmente realizada segurando a amostra a testar próxima da abertura do laser (por
exemplo, através do contacto direto ou apontado e disparando [point-and-shoot]) e premindo alguns
botões no dispositivo Raman para iniciar a análise. Os resultados da análise aparecem no ecrã do
dispositivo num prazo de 1 a 2 minutos.
CONSELHOS
Execute 3 análises em posições diferentes uma vez que a amostra poderá não ser homogénea
Para minimizar a interferência da luz de fundo, execute a análise numa área com sombra ou afastada da luz solar direta
8
4.3 Precauções de segurança
Durante o manuseamento das amostras a testar devem ser cumpridas as precauções de
segurança gerais, incluindo a utilização de luvas de proteção e proteção ocular, por ex., óculos de
segurança, se necessário.
O dispositivo utiliza um feixe de laser e, como tal, é importante que os utilizadores estejam
conscientes dos problemas de segurança associados à utilização deste dispositivo e com o tipo de
amostras que exigem cuidados adicionais.
As seguintes precauções de segurança devem ser sempre observadas durante a utilização dos
dispositivos Raman portáteis:
Manusear o dispositivo cumprindo a distância de segurança recomendada pelo fabricante
em todas as direções durante uma análise.
Nunca olhar diretamente para a fonte de laser, a trajetória do feixe do laser ou para a luz de
laser dispersada a partir de qualquer superfície refletora.
Nunca apontar o dispositivo diretamente para uma pessoa.
Evitar analisar compostos de cor escura. O feixe de laser deste analisador pode
potencialmente provocar a ignição ou a combustão das substâncias de cor escura se forem
analisadas diretamente.
Evitar analisar uma amostra suspeita de ser explosiva uma vez que a amostra pode queimar
ou incendiar se for analisada diretamente (tanto para compostos de cor clara como escura).
Evitar realizar uma análise "apontar e disparar" em amostras colocadas sobre uma superfície
de cor escura uma vez que a superfície pode absorver energia do laser suficiente para
incendiar um material potencialmente inflamável ou explosivo.
9
5. Evitar a contaminação cruzada
As superfícies contaminadas podem contribuir para a apresentação de resultados de análises
imprecisos no dispositivo Raman. Todas as superfícies de trabalho onde a análise da amostra é
realizada devem ser devidamente limpas com álcool (por ex., etanol, isopropanol) antes da realização
de cada análise para evitar a contaminação cruzada.
6. Interpretação e documentação dos resultados da
análise
Poderá ser necessário interpretar os resultados analisados quando são obtidos resultados
inconclusivos ou quando se possui dados adicionas dos serviços de informações. Nestas situações, é
necessário realizar testes de confirmação num laboratório. Por exemplo, uma saqueta de uma
substância cristalina revela um resultado positivo para lactose no dispositivo Raman portátil. Contudo,
os dados prévios dos serviços de informações indicavam algo diferente, ou seja, que estaria presente
metanfetamina. Nesta situação, é necessário enviar a amostra para um laboratório para testes de
confirmação para descartar a presença de metanfetamina, que poderá estar presente num nível baixo
fora da sensibilidade do dispositivo.
A maioria dos dispositivos Raman incorpora um software que permite ao utilizador transferir ou
copiar os resultados das análises armazenados no dispositivo para um computador ou computador
portátil para os examinar, criar relatórios do teste ou para os arquivar. Em alternativa, os resultados
da análise podem ser documentados manualmente utilizando uma ficha de registo onde podem ser
anotadas informações como o ID do exame, a data e a hora da análise, os resultados do teste e o nome
do técnico que realizou a análise.
7. Validação dos dispositivos Raman
Recomenda-se que os dispositivos Raman sejam validados por um laboratório para avaliar e
verificar o seu desempenho e eficácia operacionais na triagem preliminar de material apreendido.
Poderão ser realizados os seguintes ensaios:
(i) Ensaio de verificação da biblioteca espectral
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(ii) Ensaio de repetibilidade e reprodutibilidade
(iii) Ensaio de interferência para os materiais de embalagem
(iv) Ensaios sobre os efeitos da matriz utilizando amostras de rua e misturas de amostras
preparadas internamente.
7.1 Ensaio de verificação da biblioteca
A validade da biblioteca espectral instalada no dispositivo pode ser verificada através da análise
de vários materiais de referência de diferentes classes de drogas para determinar se é possível ser
realizada uma identificação correta. A seguir é apresentado um exemplo de um plano de validação
que inclui várias drogas pertencentes a classes diferentes:
Classes de drogas Exemplos de materiais de referência de drogas utilizados para a verificação
Estimulantes do tipo anfetaminas
Anfetaminas, MDEA, MDMA, metanfetaminas
Benzodiazepinas Clonazepam, diazepam, nimetazepam, oxazepam
Opiáceos Heroína, metadona, morfina, oxicodona
Catinonas sintéticas alfa-PVP, MDPV, mefedrona, metillona
Canabinoides sintéticos 5F-APINACA, JWH-018, MDMB-CHMICA, XLR-11
Outras drogas 25B-NBOMe, acetilfentanil, cloridrato de cocaína, GHB
Precursores Anidrido acético, efedrina, fenil-2-propanona, safrolo
Substâncias de corte/diluentes Acetaminofeno, cafeína, lactose, levamisol
Solventes Acetona, clorofórmio, metiletilcetona, tolueno
Tabela 1: Exemplos de materiais de referência utilizados para o ensaio de verificação da biblioteca
7.2 Ensaio de repetibilidade e reprodutibilidade
Para o ensaio de repetibilidade e reprodutibilidade, cada amostra preparada para o ensaio
acima (ou seja, ensaio de verificação da biblioteca na Secção 7.1) pode ser analisada em triplicado por
três operadores diferentes. A análise triplicada realizada em cada amostra fornecerá dados da
repetibilidade enquanto a análise realizada por três operadores diferentes fornecerá os dados da
reprodutibilidade.
11
7.3 Ensaio de interferência para os materiais de embalagem
Neste ensaio de interferência podem ser utilizados materiais de embalagem comuns utilizados
para colocar o material apreendido podendo incluir bolsas, palhas e recipientes de plástico, assim
como frascos, garrafas e tubos de vidro. Os materiais de referência ou as amostras do terreno
pertinentes podem ser colocados nestes materiais de embalagem para se proceder à análise direta e
verificar se é possível uma identificação positiva.
7.4 Ensaios sobre os efeitos da matriz
7.4.1 Ensaio sobre os efeitos da matriz utilizando misturas de amostras preparadas
As misturas de amostras podem ser preparadas misturando material de referência de drogas
com substâncias de corte comuns em proporções diferentes. Cada mistura deve ser suficientemente
triturada e homogeneizada antes da análise utilizando um pilão e almofariz. Este ensaio pode também
servir para determinar o limite de deteção aproximado para a droga de interesse. A seguir é
apresentado um exemplo:
N.º da mistura
Droga de interesse Substâncias de corte
Substância controlada Percentagem (%) Substância de corte Percentagem (%)
1 Heroína 75 Cafeína 25
2 Heroína 50 Cafeína 50
3 Heroína 25 Cafeína 75 4 Heroína 10 Cafeína 90
Tabela 2: Misturas de amostra para o ensaio sobre os efeitos da matriz
7.4.2 Ensaio sobre os efeitos da matriz utilizando amostras do terreno
Neste ensaio, as amostras do terreno das várias classes de drogas com purezas e matrizes de
amostra diferentes são analisadas com o dispositivo Raman portátil. Os resultados da análise
fornecidos pelo dispositivo são de seguida comparados com aqueles obtidos utilizando uma técnica
analítica de confirmação (por exemplo, a Cromatografia Gasosa Acoplada à Espectrometria de Massa,
GC-MS).
12
8. Bibliotecas de utilizador personalizáveis
Alguns dispositivos Raman portáteis permitem que os utilizadores personalizem as suas próprias
bibliotecas de utilizador. Esta funcionalidade adicional é muito útil em particular quando a substância
de interesse não está disponível nas bibliotecas comerciais incorporadas. Alguns dispositivos também
permitem aos utilizadores realçar substâncias prioritárias de acordo com o estado de fiscalização ou o
nível dos riscos para a segurança.
Caso se pretenda adicionar novas substâncias às bibliotecas do utilizador, deve ser utilizado
material de referência certificado. Quando não existe material de referência certificado, pode ser
utilizado um padrão secundário verificado através de uma combinação de análises laboratoriais de
confirmação. A fonte do material de referência deve ser documentada manualmente para cada nova
entrada na biblioteca. Esta medida de rastreabilidade é importante para garantir a qualidade dos
resultados obtidos.
Informações importantes
Os dispositivos Raman portáteis apenas devem ser utilizados como instrumentos de triagem
Deve ser realizada uma análise de confirmação posterior num laboratório
O dispositivo utiliza um feixe de laser e, por isso, todos os utilizadores devem compreender os perigos potenciais deste dispositivo e os tipos de amostras que exigem cuidados adicionais
Tanto quanto possível, devem ser utilizados materiais de referência certificados para desenvolver uma biblioteca personalizada pelo utilizador
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Parte 2. Guia do utilizador do analisador portátil de narcóticos TruNarc
14
1. Apresentação do analisador portátil de narcóticos
TruNarc
O analisador TruNarc é um dos vários dispositivos Raman portáteis disponíveis no mercado. É
utilizado para a triagem presuntiva de substâncias controladas, precursores, substâncias químicas e
substâncias de corte. Existem também outros dispositivos Raman portáteis com capacidade para
detetar outros analitos, como fármacos e substâncias químicas industriais tóxicas.
As amostras em várias formas, como pós, cristais, comprimidos, cápsulas e líquidos, podem
ser analisadas diretamente com o analisador TruNarc. As drogas ou analitos que podem ser
identificados pelo analisador TruNarc incluem:
Opioides (por ex., heroína, oxicodona)
Estimulantes (por ex., cocaína, metanfetamina)
Sedativos/hipnóticos (por ex., clonazepam, diazepam)
Alucinogénios (por ex., GHB, quetamina)
Novas substâncias psicoativas (NSP) (por ex., canabinoides sintéticos, catinonas sintéticas)
Precursores e substâncias químicas (por ex., anidrido acético, efedrina, piperonal, safrolo)
Substâncias de corte e diluentes (por ex., cafeína, dimetil sulfona, lactose)
Fig. 3: Drogas de abuso comuns que podem ser analisadas no analisador TruNarc
15
2. Principais componentes do analisador TruNarc
Os principais componentes do analisador TruNarc incluem a ponta cónica, os botões na
unidade do analisador, a lingueta de autoverificação, a luz indicadora/abertura do laser, o conector
USB, assim como o cabo adaptador CA.
Ponta cónica
Tampa de plástico preta amovível utilizada para segurar a amostra na posição correta para a análise
Botões
Botões no analisador utilizados para a seleção das respectivas opções no menu
Lingueta de autoverificação
Barra de plástico transparente amovível utilizada para a realização de uma autoverificação
Luz indicadora do laser
Luz indicadora no analisador que acende quando a luz do laser está ativa durante uma análise (funcionalidade de segurança)
Ponta cónica Botões
Lingueta de autoverificação
Luz indicadora do laser
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Abertura do laser
Abertura de vidro transparente sob a ponta cónica e por onde sai o feixe de laser para atingir a amostra durante uma análise
Conector USB
O conector USB encontra-se sob a tampa das entradas do analisador e permite a ligação de dois tipos de cabos: o Cabo do adaptador CA para ligar o
analisador a uma tomada elétrica para carregar a bateria do analisador
o Cabo USB para ligar o analisador a um computador/portátil para a sincronização dos resultados da análise do analisador para o computador/portátil, assim como para as atualizações do software e da biblioteca do analisador
Para abrir a tampa das entradas, agarrar a aba da tampa e arrastar/puxar com cuidado para abrir
Cabo do adaptador CA
O cabo do adaptador CA liga o analisador a uma tomada elétrica para o carregamento.
Uma bateria totalmente carregada pode durar, aproximadamente, entre 8 a 10 horas
Abertura do laser
Ponta cónica
Lingueta de
autoverificação
Conector USB
Ligar a uma
tomada elétrica
Fig. 4: Principais componentes do analisador TruNarc e respetivas funções
17
3. Princípio de funcionamento do analisador TruNarc
3.1 Como funciona o analisador TruNarc
O analisador TruNarc é baseado na espectroscopia Raman. A Fig. 5 ilustra o princípio de
funcionamento deste dispositivo.
1. O pacote com a amostra é
colocado encostado à
ponta cónica do
analisador. O botão no
analisador é premido para
iniciar o feixe de laser.
2. O feixe de laser sai do
analisador através da
ponta cónica e atinge a
amostra dentro do
pacote.
3. A energia do feixe de laser
estimula as moléculas na
amostra fazendo com que
dispersem a luz Raman.
Alguma da luz Raman
dispersada entra no
analisador através da ponta
cónica, onde é recolhida e
analisada pelo detetor.
4. A análise produz
informações sobre o
comprimento de onda na
luz Raman recolhida e cria
um espectro.
5. O espectro criado é depois
comparado e é feita a
correspondência com a
biblioteca de substâncias
do TruNarc utilizando um
algoritmo quimiométrico.
6. Se for encontrada uma
correspondência
positiva, a identidade da
droga de interesse será
apresentada no ecrã do
analisador TruNarc.
Fig. 5: Como funciona o analisador TruNarc
18
3.2 Processamento por segunda derivada do gráfico espectral
O analisador TruNarc utiliza o processamento por segunda derivada do gráfico espectral para
acentuar picos de interesse e eliminar bandas largas de fluorescência. Isto contribui para melhorar a
sensibilidade do analisador, em particular na deteção de drogas de interesse em misturas de amostras.
No entanto, uma das desvantagens do gráfico da segunda derivada é que o espectro obtido
pelo analisador não pode ser comparado com aquele encontrado na literatura, que é geralmente um
gráfico da intensidade da luz Raman dispersada como uma função da sua diferença de frequência a
partir da radiação incidente (ver a Fig. 2).
4. Biblioteca de substâncias do TruNarc
A biblioteca de substâncias do TruNarc é utilizada pelo analisador TruNarc para identificar
compostos de interesse presentes na amostra desconhecida. Esta biblioteca pode ser atualizada
durante a atualização do software que é providenciada anualmente pela Thermo Scientific durante a
vida útil do analisador.
Categorias Tipos de compostos
Alarme Substâncias controladas
Limpa Substâncias de corte e diluentes
Precursor/ Substâncias químicas
Precursores e substâncias químicas
Advertência (Não é possível descartar a
presença de narcóticos)
Substâncias que possuem sinais Raman fortes que podem potencialmente encobrir certas drogas de interesse (por ex., aspirina, efedrina, ibuprofeno, paracetamol); é recomendado um método de teste alternativo
Fig. 6: Processamento por segunda derivada do gráfico espectral
Tabela 3: Várias categorias de compostos de interesse na biblioteca de substâncias do TruNarc
19
5. Precauções de segurança
O analisador TruNarc utiliza um laser de Classe 3B para executar as análises e que pode causar
lesões oculares. Desta forma, deve ser utilizado por pessoas com formação e que estejam
familiarizadas com as precauções de segurança necessárias para utilizar estes dispositivos. A distância
de segurança deste dispositivo é de 35 cm a partir da ponta cónica do analisador em todas as direções.
Deve ter-se atenção para evitar realizar uma análise "apontar e disparar" em amostras de cor
escura ou em amostras colocadas sobre uma superfície de cor escura uma vez que a superfície pode
absorver energia do laser suficiente para incendiar um material potencialmente inflamável ou
explosivo.
Fig. 7: Imagens da esquerda e do meio: Cumprir as distâncias de segurança durante a realização de uma análise.
Imagem da direita: Evitar analisar substâncias colocadas sobre superfícies escuras.
35 cm
20
6. Funcionamento do analisador TruNarc
6.1 Ligar/desligar o analisador TruNarc
6.1.1 Ligar o analisador TruNarc
O analisador TruNarc pode ser ligado utilizando o seguinte procedimento:
Fig. 8: Ligar o analisador TruNarc
2
1. Prima e solte o botão inferior no
analisador TruNarc.
2. Aparece o ecrã Activate Laser (Ativar
laser).
Introduza o código de ativação do laser
premindo o botão ao lado de cada
número.
4. Quando introduz o último número do
código, o laser é ativado e aparece o ecrã
Welcome (Bem-vindo).
3. À medida que introduz o código,
aparecem asteriscos nas caixas no ecrã.
1
2
3
21
6.1.2 Desligar o analisador TruNarc
O analisador TruNarc pode ser desligado a qualquer altura, mesmo durante uma análise. O
analisador TruNarc pode ser desligado utilizando o seguinte procedimento:
6.2 Executar uma autoverificação
A autoverificação serve como verificação do desempenho para assegurar o funcionamento
correto do analisador TruNarc em conformidade com as especificações do fabricante. Recomenda-se
a realização de uma autoverificação uma vez no início da análise de um lote.
Os resultados destas autoverificações são armazenados no analisador e podem ser transferidos
ou copiados do analisador para o software de administração do TruNarc juntamente com os outros
resultados das análises. Através da utilização deste software, podem também ser criados e impressos
relatórios de uma autoverificação que podem ser guardados como documentos comprovativos do
funcionamento correto do analisador durante as análises das amostras.
Para informações sobre a transferência dos resultados da autoverificação do analisador para o
software de administração do TruNarc, assim como sobre a criação e impressão desses relatórios,
consulte as Secções 7.2 e 7.4, respetivamente.
Fig. 9: Desligar o analisador TruNarc
1. Manter premido o botão inferior durante 10
segundos.
2. Depois de premido durante 5 segundos, o
analisador dá início a uma contagem
decrescente de 5 segundos antes de ser
desligado.
22
6.2.1 Procedimento de autoverificação
A autoverificação pode ser realizada através do seguinte procedimento:
1. Coloque a lingueta de autoverificação na posição fechada.
posição
fechada
2. Selecione a opção “Check” (Verificar) no
ecrã Welcome premindo o botão ao lado
da mesma.
3. Aparece o ecrã Self-check
(Autoverificação).
Selecione a opção “Check” novamente
premindo o botão ao lado da mesma.
4. A luz do laser é acesa indicando que o
laser está ligado e que o analisador está a
proceder à análise.
5. O analisador apresenta um resultado no
ecrã Self-check Result (Resultado da
autoverificação).
Selecione “OK” para voltar ao ecrã
Welcome.
1
2
3
4
Fig. 10: Procedimento para executar a autoverificação
23
6.2.2 Tipos de resultados da autoverificação:
Podem ser obtidos dois resultados de autoverificação:
6.3 Preparação das amostras para análise
O analisador TruNarc pode ser utilizado para analisar amostras existentes em várias formas,
como pós, cristais, comprimidos, cápsulas ou líquidos. Além disto, o analisador consegue analisar
através de materiais de embalagem comuns, como vidro ou plástico transparentes ou translúcidos
com uma espessura inferior a 2 mm. Desta forma, pode ser facilmente realizada uma análise direta
sem preparação da amostra, ou com uma preparação mínima, em situações onde são utilizados os kits
de teste de Tipo H. Para mais informações sobre os procedimentos de preparação das amostras
utilizando estes kits, consulte a Secção 6.6.3.
APROVADO
Este resultado indica que o analisador
está a funcionar de acordo com as
especificações de fábrica.
FALHOU
Este resultado indica que o analisador
não está a funcionar corretamente.
Limpe a lingueta de autoverificação com
um pano limpo embebido em etanol.
Volte a executar a autoverificação. Se for
obtido um resultado "Pass" (Aprovado),
selecione “OK” para voltar ao ecrã
Welcome e começar a analisar amostras.
Se obtiver novamente um resultado
"Fail" (Falhou), desligue o analisador e
contacte a Assistência ao Cliente da
Thermo Scientific para obter apoio
técnico.
24
6.4 Análise de amostras
6.4.1 Análise de amostras através de uma bolsa de plástico
A análise de uma amostra contida numa bolsa de plástico pode ser realizada utilizando o seguinte
procedimento:
Fig. 11: Procedimento para analisar amostras
6. O analisador apresenta um resultado no ecrã
Scan Result (Resultado da análise). Selecione
“OK” para voltar ao ecrã Welcome.
2. Selecione a opção “Scan” (Analisar) no
ecrã Welcome premindo o botão ao lado da
mesma.
3. Aparece o ecrã Scan Ready (Analisador
pronto). Neste ecrã, selecione a opção
“Scan” novamente premindo o botão ao
lado da mesma.
1. A lingueta de autoverificação deve estar na
posição aberta. Pressione bem a bolsa da
amostra contra a ponta cónica do analisador.
Certifique-se de que o ponto focal do laser (ou
seja, 2 mm afastado da ponta cónica) está
posicionado na amostra dentro da bolsa.
1
4. A luz do laser é acesa indicando que o laser
está ligado e que o analisador está a proceder à
análise. Segure a amostra sem mexer durante a
análise.
5. Quando a luz indicadora do laser é
desligada, aparece o ecrã de análise. A bolsa
pode agora ser afastada da ponta cónica.
3
5
2
4
25
6.4.2 Análise de amostras através de um recipiente
A análise de uma amostra contida num
recipiente de plástico ou de vidro pode ser realizada
utilizando o mesmo procedimento referido na Secção
6.4.1. No entanto, a espessura destes recipientes deve
ser relativamente fina (ou seja, < 2 mm) porque o
ponto focal do laser está a apenas 2 mm da ponta
cónica. Quando tenta analisar através de um
recipiente espesso, o ponto focal do laser fica dentro
do material do recipiente em vez de estar na amostra contida no recipiente. Isto dificulta a recolha de
dados suficientes pelo analisador para identificar a amostra.
6.4.3 Analisar um comprimido ou uma pastilha
A análise de um comprimido ou de uma pastilha
pode ser realizada utilizando o mesmo procedimento
referido na Secção 6.4.1, com a diferença de que o
comprimido ou a pastilha devem ser bem pressionados
contra a ponta cónica.
Se o comprimido ou a pastilha forem
revestidos, o revestimento pode interferir com a
análise. Neste caso, o revestimento pode ser removido
raspando-o e pressionando a superfície que fica exposta contra a ponta cónica para proceder à análise.
Em alternativa, o comprimido ou a pastilha podem ser partidos em duas partes podendo depois
analisar-se a superfície interior exposta.
6.4.4 Analisar pó espalhado
A análise de pó espalhado pode ser realizada utilizando a
técnica "aponta e disparar". O pó deve primeiro ser amontoado. De
seguida, a ponta cónica deve ser posicionada na superfície do
monte para se proceder à análise utilizando o procedimento
referido na Secção 6.4.1.
6.5 Tipos de resultados de análises
O analisador TruNarc pode apresentar vários tipos de resultados de análise. Na Tabela 4 abaixo
são apresentados exemplos de possíveis resultados de análise.
26
Tipo de resultados de análise
Apresentação no ecrã do resultado
O que significa?
Alarme
Foi detetada uma substância controlada
presente na biblioteca de substâncias do TruNarc
Se um precursor, substância química, substância de corte ou diluente também estiver presente, não será identificado
Precursor/ substância química
Foi detetado um precursor ou substância química utilizado na produção de drogas ilícitas e está presente na biblioteca de substâncias do TruNarc
Não foi detetada uma substância controlada presente na biblioteca de substâncias do TruNarc
Nota: Se uma substância controlada estiver presente em quantidades vestigiais em comparação com as do precursor ou da substância química, poderá não ser detetada
Limpa
Foi detetada uma substância de corte ou diluente presente na biblioteca de substâncias do TruNarc
Não foi detetada uma substância controlada, precursor ou substância química presente na biblioteca de substâncias do TruNarc
Nota: Se um(a) substância controlada, precursor ou substância química estiver presente em quantidades vestigiais em comparação com as da substância de corte ou do diluente, poderá não ser detetado(a)
Inconclusiva
Não foi detetado um precursor, substância controlada ou substância química, assim como uma substância de corte ou diluente presente na biblioteca de substâncias do TruNarc
Contudo, não pode ser descartada a presença de algumas das substâncias anteriores que não estejam presentes na biblioteca
Devem ser utilizadas outras técnicas de análise para identificar a amostra desconhecida
Não é possível descartar a presença
de narcóticos
É detetado acetaminofeno/aspirina
Esta droga é por vezes encontrada em combinação com narcóticos presentes em quantidades vestigiais que estão abaixo do limite de deteção deste analisador
Devem ser utilizadas outras técnicas de análise para descartar a presença de substâncias controladas
Poliestireno (verifique que a
lingueta de autoverificação não
está na posição fechada)
O aviso de poliestireno indica que a lingueta de autoverificação pode estar na posição fechada
Tabela 4: Vários tipos de resultados de análise apresentados no analisador TruNarc
27
A ordem de prioridade dos resultados da análise apresentados no ecrã Scan Result é a seguinte:
(i) Substâncias controladas
(ii) Precursores ou substâncias químicas
(iii) Substâncias de corte ou diluentes
Se a amostra contiver uma mistura de substâncias nos grupos (i) a (iii), apenas serão
apresentadas no ecrã as substâncias no grupo com prioridade mais elevada.
6.6 Análise de amostras de alta fluorescência utilizando os kits de teste de
Tipo H
6.6.1 Emissão de luz de fluorescência pelas amostras a testar
A identificação das amostras a testar que emitem fluorescência representa um problema para
o analisador TruNarc. Quando o feixe de laser atinge uma destas amostras, emite espontaneamente
uma elevada quantidade de luz de fluorescência que interfere e camufla os sinais Raman obtidos. Isto
dificulta a deteção e identificação pelo analisador de substâncias de interesse presentes na amostra e
será obtido um resultado inconclusivo. Alguns exemplos de amostras de elevada fluorescência incluem
a morfina e a heroína.
6.6.2 Kits de teste de Tipo H
Para resolver este problema, pode ser utilizado um kit de teste especial que compensa a
emissão da luz de fluorescência para que seja produzida uma análise mais fiável. Este kit de teste é
conhecido como o kit de teste Tipo H. É fornecido com um frasco pequeno de 4 ml com 1 ml de etanol
e uma vareta de teste de plástico com uma colher numa das extremidades.
Na base da colher existe uma pequena placa de metal que foi quimicamente tratada para
reduzir a quantidade de luz de fluorescência emitida pelas amostras a testar e que, desta forma,
melhora o sinal Raman recebido pelo analisador.
Fig. 12: Componentes de um kit de teste de Tipo H
Placa de metal quimicamente tratada para reduzir a quantidade de luz de fluorescência
28
6.6.3 Preparação da amostra para análise utilizando o kit de teste de Tipo H
A preparação da amostra para análise utilizando os kits de teste de Tipo H pode ser realizada
utilizando o seguinte procedimento:
Fig. 13: Procedimento para preparar a amostra para análise utilizando o kit de teste de Tipo H
1. Retire o kit de teste da embalagem. 2. Recolha uma quantidade adequada da
amostra a testar (~10 mg ou ¼ da colher)
utilizando a colher do kit de teste.
3. Insira a colher com a amostra no frasco e
mexa com cuidado para dissolver a
amostra. Certifique-se de que a colher
cheia está totalmente submersa na
solução de etanol.
4. Remova a vareta de teste e agite-a no ar
para que o etanol evapore.
A placa de metal na base da colher ficará
revestida com uma película fina de amostra
seca.
1
3
2
29
6.6.4 Procedimento de análise
A análise da placa de metal preparada na Secção 6.6.3 pode ser realizada utilizando o seguinte
procedimento:
Fig. 14: Procedimento para analisar amostras utilizando o kit de teste de Tipo H
1. Segure a extremidade com a colher do kit de
teste contra a ponta cónica do analisador para
analisar a placa de metal. A cavidade da colher
deve estar centrada contra a abertura da ponta
cónica. Use o dedo indicador para pressionar bem
contra a ponta cónica.
2. Quando o kit de teste estiver na posição
correta, selecione a opção "Scan” no ecrã
Welcome premindo o botão ao lado da mesma.
3. Aparece o ecrã Scan Ready. Neste ecrã,
selecione a opção “Scan” novamente
premindo o botão ao lado da mesma.
4. A luz do laser é acesa indicando que o laser
está ligado e que o analisador está a proceder à
análise. Segure bem o kit de teste durante a
análise.
5. Quando a luz indicadora do laser é
desligada, aparece o ecrã de análise. O kit do
teste pode agora ser removido da ponta
cónica.
6. O analisador apresenta um resultado no
ecrã Scan Result. Selecione “OK” para voltar
ao ecrã Welcome.
1
2
3
4
5
30
6.7 Revisão dos resultados da análise no analisador
O analisador TruNarc guarda todos resultados das análises das amostras e das autoverificações
no aparelho. Tanto os resultados das análises das amostras como das autoverificações podem ser
revistos a qualquer altura a partir do analisador procedendo da seguinte forma:
Fig. 15: Procedimento para rever os resultados das análises
2. Aparece o ecrã Review Scans (Rever
análises).
Percorra a lista utilizando as opções “�”
ou “�” premindo o botão ao lado das
mesmas para ver o resultado da análise
que pretende.
1. Selecione a opção “Review” (Rever) no
ecrã Welcome premindo o botão ao lado
da mesma.
1
31
7. Software de administração do TruNarc
7.1 Apresentação do software de administração do TruNarc
O software de administração do TruNarc é um programa utilizado pelo analisador TruNarc que
permite aos utilizadores gerir os resultados das análises num computador/computador portátil. Ao
transferir ou copiar os resultados das análises do analisador para o computador/computador portátil,
os utilizadores podem:
criar colunas personalizadas na base de dados para introduzir informações adicionais (por
ex., nome do responsável do caso, nome do caso)
pesquisar os resultados das análises selecionando categorias diferentes (por ex., nome, tipo
de resultado, datas)
criar, guardar e imprimir os resultados das análises como relatórios
acertar a data e as horas do analisador
remover resultados de análises do analisador
ver e atualizar a biblioteca de substâncias do TruNarc no analisador
rever as informações da conta do cliente e enviar e-mails para o serviço de apoio ao cliente.
7.1.1 Iniciar o software de administração do TruNarc Admin
Depois de instalar o software de administração do TruNarc no
computador/computador portátil, este programa pode ser iniciado clicando duas vezes
no ícone deste software no ambiente de trabalho, conforme se mostra à direita.
Assim que o programa é aberto, aparece a janela principal do software. Se a área de
visualização desta janela estiver vazia, isto significa que o utilizador não sincronizou o analisador com
o software.
Por outro lado, se a área de visualização da janela principal deste software apresentar
resultados de análises, isto significa que o analisador já foi sincronizado com o software e que os
resultados de análise disponíveis no analisador foram transferidos ou copiados na base de dados.
Fig. 16: Janela principal do software de administração do TruNarc com resultados de análises
32
7.1.2 Funcionalidades básicas na janela principal do software de administração do TruNarc
As funcionalidades básicas na janela principal do software de administração do TruNarc
incluem:
(i) Área de visualização com as linhas com os resultados das análises (disponível depois da
sincronização)
(ii) Número de série do analisador que está ligado ao computador/computador portátil
(iii) Botões que apenas são visíveis quando o analisador está ligado
(iv) Botões que estão sempre visíveis (ou seja, mesmo quando o analisador não está ligado)
(v) Ferramentas para pesquisar os resultados da análise selecionando a categoria ou data
(vi) Botões para gerar relatórios da análise para impressão e guardar os dados das análises num
formato específico (por ex., PDF)
(vii) Caixas de seleção para selecionar os resultados de análises
(viii) Cabeçalhos personalizáveis para a introdução de informações úteis (por ex. nome do
responsável do caso, comentários)
Fig. 17: Funcionalidades básicas na janela principal do software de administração do TruNarc
(i)
(v) (ii)
(iii)
(iv)
(vi)
(vii)
(viii)
33
7.2 Sincronização dos resultados das análises
A sincronização é realizada para transferir ou copiar os resultados das análises do analisador
para o computador/computador portátil. Este processo de sincronização pode ser realizado através
dos seguintes passos:
(i) Abra o software de administração do TruNarc
(ii) Ligue o analisador TruNarc
(iii) Ligue o analisador ao computador/computador portátil utilizando o cabo USB
(iv) O software verifica se o analisador contém novos resultados de análises ou de autoverificações
que ainda não tenham sido sincronizados com o software; se existirem, o software pergunta
ao utilizador se deseja sincronizar essas análises
(v) Aparece a janela “Analyzer Detected” (Analisador detetado). Clique em "Yes" (Sim) para iniciar
o processo de sincronização.
Fig. 18: Sincronização dos resultados das análises
34
7.3 Pesquisa de resultados de análises
O software de administração do TruNarc possui ferramentas de pesquisa que permitem aos
utilizadores localizar rapidamente as análises que pretendem. As ferramentas de pesquisa podem ser
encontradas na janela principal do software acima da linha do cabeçalho. A pesquisa de resultados de
análises pode ser realizada a qualquer altura, mesmo quando o analisador não está ligado a um
computador/computador portátil, desde que as análises em causa já tenham sido sincronizadas com
o software. A pesquisa de resultados de análises pode ser realizada através da seleção de uma
categoria ou selecionando um intervalo de datas.
7.3.1 Pesquisa de resultados de análises por categoria
A pesquisa de resultados de análises por categoria pode ser realizada procedendo da seguinte
forma:
(i) Selecione a categoria de interesse na lista pendente clicando em “�”
(ii) Introduza um termo de pesquisa na caixa ao lado de “Filter scans” (Filtrar análises)
(iii) Se a pesquisa for bem-sucedida, é apresentada na área de visualização uma lista com todas as
análises que contêm a palavra indicada na categoria especificada. Se a pesquisa não for bem-
sucedida, a área de visualização aparece vazia.
Selecione uma
categoria
35
7.3.2 Pesquisa de resultados de análises por intervalo de datas
A pesquisa de resultados de análises por intervalo de datas pode ser realizada seguindo os
seguintes passos:
(i) Selecione a data de início na lista pendente clicando em “�” na primeira caixa de datas. Pode
ser selecionada qualquer data no calendário com o fundo a branco.
(ii) Selecione a data de fim na lista pendente clicando em “�” na segunda caixa de datas. Pode
ser selecionada qualquer data no calendário com o fundo a branco.
(iii) Se a pesquisa for bem-sucedida, é apresentada na área de visualização uma lista com todas as
análises realizadas dentro do intervalo de datas. Se a pesquisa não for bem-sucedida, a área
de visualização aparece vazia.
(Nota: As datas com o fundo cinzento não podem ser selecionadas uma vez que essas datas
se encontram depois da data em que foi sincronizado o último resultado de análise.)
Introduza um
termo de pesquisa
Fig. 19: Pesquisa de resultados de análises por categoria
Pesquisa bem-sucedida onde é
apresentada a lista de análises que
contêm a palavra indicada na
categoria especificada
36
Selecione uma data de
início
Selecione uma data
de fim
Pesquisa bem-sucedida que
apresenta a lista de análises
realizadas dentro do intervalo de
dados
Fig. 20: Pesquisa dos resultados das análises por intervalo de datas
37
7.4 Ficheiros de relatório
7.4.1 Informação sobre os ficheiros de relatório
Um ficheiro de relatório é um registo do resultado de uma análise específica que pode ser
impresso e que, por sua vez, pode ser anexado ao processo do caso. Podem ser facilmente criados
vários ficheiros de relatórios a qualquer altura e as informações nos mesmos incluem:
(i) Espectro da análise, que é o espectro criado pelo analisador TruNarc a partir dos dados de
análise que recolhe
(ii) Espectro da biblioteca, que é o espectro guardado na biblioteca de substâncias do TruNarc
(iii) Resumo das informações sobre a análise e as autoverificações realizadas antes e depois da
análise:
Análise: Resultado ID da
análise Data e hora da
análise Nome do composto
N.º de série do
analisador
Autoverificação: Resultado ID da
análise Data e hora da
análise
(iv) Logótipo da Thermo Scientific que pode ser substituído pelo logótipo da organização
(i) Espectro da análise
(ii) Espectro da biblioteca
(iii) Resumo das informações (iv) Logótipo
Fig. 21: Exemplo de um ficheiro de relatório
38
7.4.2 Criar ficheiros de relatório
Os ficheiros de relatório podem ser criados utilizando o software de administração do TruNarc
e executando os seguintes passos:
(i) Selecione as análises pretendidas assinalando as caixas de seleção das análises
(ii) Assim que as análises sejam selecionadas (ou seja, as caixas de verificação estão assinaladas),
as linhas ficam destacadas a amarelo
(iii) Clique no botão “Report” (Relatório) localizado na parte inferior do ecrã
(iv) Aparece imediatamente a janela Report Preview (Pré-visualização do relatório)
(v) Se tiverem sido selecionadas várias análises, clique em “�” ou “�” para percorrer a pré-visualização de cada relatório
Clique nas caixas de seleção para selecionar as análises
As análises
selecionadas são
destacadas a amarelo Clique no botão Report para gerar os relatórios
39
7.4.3 Imprimir os ficheiros de relatório
Os ficheiros de relatório criados podem ser impressos procedendo da seguinte forma:
(i) Clique no botão “Print” (Imprimir) localizado na parte inferior do ecrã
(ii) Aparece a janela Print. Selecione a impressora, especifique o número de cópias e as páginas a
ser impressas
(iii) Clique em “Print”
Clique no botão “Print”
Fig. 23: Imprimir os ficheiros de relatório
Fig. 22: Criar ficheiros de relatório
Clique na seta esquerda ou direita para
percorrer a pré-visualização de cada relatório
40
7.4.4 Guardar os ficheiros de relatório
Pode ser guardada uma cópia em PDF dos ficheiros de relatório criados procedendo da
seguinte forma:
(i) Clique no botão “Save” (Guardar) localizado na parte inferior do ecrã
(ii) Aparece a janela Save PDF (Guardar PDF). Especifique o nome do ficheiro e o local a guardar
o ficheiro PDF
(iii) Clique em “Save”
(Nota: Se a pré-visualização do relatório apresentar mais do que um relatório, o ficheiro PDF
guardado incluirá todos os relatórios criados.)
Clique no botão “Save”
Fig. 24: Guardar os ficheiros de relatório
41
7.5 Alterar a data/hora/fuso horário no analisador TruNarc
É importante atualizar a data, hora e fuso horário no analisador TruNarc para que esteja de
acordo com a data e hora locais do seu país e para que o registo do tempo nos resultados da análise
seja correto. A hora/data pode ser alterada no analisador TruNarc utilizando o software de
administração do TruNarc e procedendo da seguinte forma:
(i) Abra o software de administração do TruNarc
(ii) Ligue o analisador TruNarc
(iii) Ligue o analisador ao computador/computador portátil utilizando o cabo USB
(iv) Clique no botão “Analyzer Settings” (Configurações do analisador) localizado na coluna do
lado direito
(v) Aparece a janela Analyzer Settings onde é visualizada a data, hora e fuso horário atualmente
definidos no analisador
Nota: Formato de configuração da data: Ano-Mês-Dia (por ex. 2017-11-13)
Formato de configuração das horas: Horas-Minutos-Segundos (por ex. 09: 52: 16)
(vi) Para alterar a data e a hora no analisador, clique na caixa “Same Time as This Computer” (A
mesma data e hora deste computador) e clique em “Set” (Definir); a data e a hora no
analisador serão atualizadas para as do computador ou computador portátil
(vii) Para alterar o fuso horário, clique em “�” na lista pendente dos fusos horários; selecione o
fuso horário adequado e clique em “Set”
Clique em “Analyzer Settings”
42
Assinale a caixa de
seleção para alterar a
data e a hora
Data e hora atuais indicadas no analisador
Fig. 25: Acertar a data, hora e fuso horário no analisador TruNarc
Clique em � para
selecionar o fuso horário
adequado
43
7.6 Eliminação dos resultados das análises no analisador TruNarc
Os resultados das análises podem ser eliminados do analisador TruNarc assim que essas
análises tenham sido transferidas ou copiadas para o computador/computador portátil depois da
sincronização. Para os resultados de análises que ainda não foram sincronizados, o software de
administração do TruNarc pede ao utilizador para realizar a sincronização antes de poder eliminar
essas análises. Depois de os resultados das análises terem sido eliminados, não podem ser restaurados.
Os resultados das análises no analisador TruNarc podem ser eliminados da seguinte forma:
(i) Abra o software de administração do TruNarc
(ii) Ligue o analisador TruNarc
(iii) Ligue o analisador ao computador/computador portátil utilizando o cabo USB
(iv) Clique no botão “Remove Scans from Analyzer” (Eliminar análises do analisador) localizado na
coluna do lado direito
(v) Aparece a janela Remove Scans (Eliminar análises); clique em "Yes"
Fig. 26: Eliminação dos resultados das análises no analisador TruNarc
Clique em “Remove Scans
from Analyzer”
44
7.7 Ver e atualizar a biblioteca de substâncias do TruNarc
A lista de compostos presentes na biblioteca de substâncias do TruNarc instalada no analisador
TruNarc pode ser visualizada utilizando o software de administração do TruNarc e procedendo da
seguinte forma:
(i) Clique no botão “View TruNarc Library” (Ver a biblioteca do TruNarc) localizado na coluna do
lado direito
(ii) Aparece a janela TruNarc Substance Library (Biblioteca de substâncias TruNarc) com três
colunas: “Alarm” (Alarme), “Warning” (Advertência) e “Clear” (Limpa)
Alarme Substâncias controladas
Advertência Precursores, substâncias químicas, assim como acetaminofeno, aspirina e substâncias que criam advertências especiais nas análises (por ex., policarbonato e poliestireno)
Limpa Substâncias de corte e diluentes
(iii) Clique no botão “Close” (Fechar) para sair desta janela depois de visualizar
Fig. 27: Visualização da biblioteca de substâncias do TruNarc
Clique em “View
TruNarc Library”
45
8. Referências
1. D.A. Skoog, F.J. Holler and S.R. Crouch, Principles of Instrumental Analysis, Cengage
Learning, 6.ª edição, 2006.
2. H.H. Willard, L.L. Merritt Jr., J.A. Dean. F.A. Settle Jr. Instrumental Methods of Analysis,
CBS Publisher & Distributors, 7.ª edição, 1988.
3. G.S. Bumbrah, R. M. Sharma, Raman Spectroscopy – Basic Principles, Instrumentation and
Selected Applications for the Characterisation of Drugs of Abuse, Egyptian Journal of
Forensic Sciences, Vol. 6, Edição 3, 2016, páginas 209-215.
4. C.V. Raman, K.S. Krishnan, A New Type of Secondary Radiation, Nature, 121, 3048, 1928,
páginas 501-502.
5. http://www.nanophoton.net/raman/raman-spectroscopy.html; acedido a 17 de
novembro de 2017.
6. Analisador de Narcóticos Portátil TruNarc, Especificações do produto, v.17_0817.
(http://www.thermofisher.com/order/catalog/product/TRUNARC; acedido a 17 de
novembro de 2017).
7. Relatório de Avaliação Técnica do TruNarc, National Forensic Science Technology Center,
2012 (http://www.nfstc.org/forensic-technology/technology-evaluation/chemistry/;
acedido a 17 de novembro de 2017).
8. Analisador de Narcóticos TruNarc, Manual de Formação, Thermo Scientific
(http://portables.thermoscientific.com/trunarctraining; acedido a 17 de novembro de
2017).
9. Biblioteca de Substâncias do TruNarc: Apresentação dos nomes, Ver 1.7, Thermo
Scientific, 17 ago (http://www.thermofisher.com/order/catalog/product/TRUNARC;
acedida a 17 de novembro de 2017).