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DICIONÁRIO LITERÁRIO UM GUIA PARA ESCRITORES Desenvolvido por Susana Pennesi 2012

DICIONÁRIO LITERÁRIO - Um guia para escritores (Susana Pennesi)

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Um guia para escritores

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DICIONÁRIO L I T E R Á R IO UM GUIA PARA ESCRITORES

Desenvolvido por Susana Pennesi2012

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ÍNDICE

06 TIPOS TEXTUAIS

NARRAÇÃODESCRIÇÃOARGUMENTAÇÃODISSERTAÇÃO ou EXPOSITIVOINJUNÇÃO

07 GÊNEROS TEXTUAIS

GÊNERO LÍRICO08 GÊNERO ÉPICO OU EPOPÉIA

ROMANCEFÁBULAEPICO ou EPOPEIA NOVELACONTOCRÔNICA ENSAIO

09 GÊNERO DRAMÁTICO

ELEGIAEPITALÂMIA SÁTIRAFARSATRAGÉDIA POESIA DE CORDEL

10 GÊNEROS LITERÁRIOS DO POEMA

ODE ou HINOELEGIAIDÍLIO ou ÉCLOGA EPITALÂMIOSÁTIRAACALANTOACRÓSTICO BALADABARCAROLA CANÇÃOCANTATACANTO REALDITIRAMBO GAZAL ou GAZEL HAICAIMADRIGAL NOTURNOPARLENDARONDÓ

TROVAVILANCETE

12 JORNALISMO

REPORTAGEM NOTÍCIA PAUTAAPURAÇÃO REDAÇÃOEDIÇÃO

15 TIPOS DE TEXTOS JORNALÍSTICOS

NOTÍCIA MATÉRIA SUÍTEENTREVISTA OPINIÃO ou EDITORIAL ARTIGO CRÔNICANOTACHAMADA TEXTO-LEGENDA

16 CLASSIFICAÇÕES LITERÁRIAS

INFANTO-JUVENILINFANTILJUVENIL

18 GLOSSÁRIO

ALMANAQUEAPOSTILABREVIÁRIO CATÁLOGOCOLETÂNEA COMPÊNDIO DICIONÁRIO ENCICLOPÉDIA GLOSSÁRIOÍNDICELIVROMANUAL MONOGRAFIAPRÓLOGOSUMÁRIO TRATADO TESE

21 REFERÊNCIAS

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Carta ao Escritor

Caro colega, há tempos busco uma fonte precisa que me oriente acerca da maneira correta de se escrever. Além da gramática - carecia dar uma classificação aos textos e de ter certeza de que tipo de escritora me tornaria, dentro dos gêneros literários.

Tenho certeza, de que você também já se deparou com estes pa-radigmas e que já buscou - como eu, vislumbrar e deslumbrar textos inesquecíveis que marcariam para sempre o papel e a memória com uma fama boa ou ruim. Mas, pra início de conversa, saiba que não há tais classificações dentro da literatura - as palavras, os pensamentos são somente prosa ou poesia. Não há textos ruins e sim, ideias má expostas, de forma incorreta ou de forma redundante.

A falta de ordem na hora de expor os pensamentos em palavras, não conseguindo exprimir aquilo que desejamos, deixa de lado uma oportunidade valiosa que pode não se repetir, pois o leitor é exigente, e mesmo não tendo muito conhecimento sobre um assunto tratado, pode facilmente reagir como um crítico cruel. Então meu caro escritor, não perca a linha... Quando quiser falar sobre algo - seja lá o que for, não se demore e atinja com objetividade e a graça de uma flecha àquele a quem pretende se destinar e nunca o deixe com dúvidas. Use linhas, parágra-fos e notas, deixe tudo as claras no grande papel branco, que nunca rejeitará as suas palavras. Não perca o foco e o fôlego, use as pausas! as vírgulas, os travessões e quando tudo tiver acabado, não seja reticente - exclame! Afinal de contas, tudo só acaba no ponto final.

Susana Pennesioutubro de 2012

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TIPOS TEXTUAIS

É a forma como um texto se apresenta. As únicas tipologias existentes são: narração, descrição, dissertação, exposição, informação e injunção.

NARRAÇÃO: Tipo textual em que se conta um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lugar, envolvendo personagens. Refere-se a objetos do mundo real ou fictício. Há uma relação de anterioridade e posterioridade. O tempo verbal predominante é o passado. Estamos cercados de narrações desde as que nos contam histórias infantis, como o Chapeuzinho Vermelho ou A Bela Adormecida, até as piadas do cotidiano.

DESCRIÇÃO: Um texto em que se faz um retrato por escrito de um lugar, uma pessoa, um animal ou um objeto. A classe de palavras mais utilizada nessa produção é o adjetivo, pela sua função caracterizadora. Numa abordagem mais abstrata, pode-se até descrever sen-sações ou sentimentos. Não há relação de anterioridade e posterioridade. Significa “criar” com palavras a imagem do objeto descrito. É fazer uma descrição minuciosa do objeto ou da personagem a que o texto se Pega.

ARGUMENTAÇÃO: Esse texto tem a função de persuadir o leitor, convencendo-o de aceitar uma idéia imposta pelo texto. É o tipo textual mais presente em manifestos e cartas abertas, e quando também mostra fatos para embasar a argumentação, se torna um texto dissertativo-argumentativo.

DISSERTAÇÃO ou EXPOSITIVO: Dissertar é o mesmo que desenvolver ou explicar um assunto, discorrer sobre ele. Assim, o texto dissertativo pertence ao grupo dos textos expositivos, juntamente com o texto de apresentação científica, o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico. Em princípio, o texto dissertativo não está preocupado com a per-suasão e sim, com a transmissão de conhecimento, sendo, portanto, um texto informativo. Quando o texto, além de explicar, também persuade o interlocutor e modifica seu compor-tamento, temos um texto dissertativo-argumentativo.

INJUNÇÃO: Indica como realizar uma ação. Também é utilizado para predizer acon-tecimentos e comportamentos. Utiliza linguagem objetiva e simples. Os verbos são, na sua maioria, empregados no modo imperativo, porém nota-se também o uso do infinitivo e o uso do futuro do presente do modo indicativo. Ex: Previsões do tempo, receitas culinárias, manuais, leis, convenções, regras, e eventos.

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GÊNEROS TEXTUAIS

São as estruturas com que se compõe os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com ca-racterísticas comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Gênero Textual ou Gênero de Texto se refere às diferentes formas de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, narrativa, etc.

“Prosa” é uma palavra de duplo sentido, pois pode designar uma forma (um texto escrito sem divisões rítmicas intencionais -- alheias à sintaxe, e sem grandes preocupações com ritmo, métrica, rimas, aliterações e outros elementos sonoros), e pode designar tam-bém um tipo de conteúdo (um texto cuja função lingüística predominante não é a poética, como por exemplo, um livro técnico, um romance, uma lei, etc...). Na acepção relativa à forma, “prosa” contrapõe-se a “verso”; na acepção relativa ao conteúdo, “prosa” contrapõe--se a “poesia”.

Para a Linguística, os gêneros textuais englobam estes e todos os textos produzidos

por usuários de uma língua. Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também identificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o e-mail, e tantos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa sociedade.

GÊNERO LITERÁRIOS: é uma categoria de composição literária. A classificação das obras literárias pode ser feita de acordo com critérios semânticos, sintáticos, fonológicos, formais, contextuais e outros. A distinções entre os gêneros e categorias são flexíveis, muitas vezes com subgrupos.

Na história, houve várias classificações de gêneros literários, de modo que não se

pode determinar uma categorização de todas as obras seguindo uma abordagem comum. A divisão clássica é, desde a Antiguidade, em três grupos: narrativo ou épico, lírico e dramáti-co. Essa divisão partiu dos filósofos da Grécia antiga, Platão e Aristóteles, quando iniciaram estudos para o questionamento daquilo que representaria o literário e como essa represen-tação seria produzida. Essas três classificações básicas fixadas pela tradição englobam inú-meras categorias menores, comumente denominadas subgêneros.

GÊNERO LÍRICO: se faz, na maioria das vezes, em versos e explora a musicalidade das palavras. É importante ressaltar que o gênero lírico trabalha bastante com as emoções, explorando os sentimentos Entretanto, os outros dois gêneros — o narrativo e o dramático —

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também podem ser escritos nessa forma, embora modernamente prefira-se a prosa. Todas as modalidades literárias são influenciadas pelas personagens, pelo espaço e

pelo tempo. Todos os gêneros podem ser não-ficcionais ou ficcionais. Os não-ficcionais ba-seiam-se na realidade, e os ficcionais inventam um mundo, onde os acontecimentos ocor-rem coerentemente com o que se passa no enredo da história.

GÊNERO ÉPICO OU EPOPÉIA: O texto épico relata fatos históricos realizados pelos seres humanos no passado. é relatar um enredo, sendo ele imaginário ou não, situado em tempo e lugar determinados, envolvendo uma ou mais personagens, e assim o faz de diver-sas formas.

As narrativas utilizam-se de diferentes linguagens: a verbal (oral ou escrita), a visual

(por meio da imagem), a gestual (por meio de gestos), além de outras. Quanto à estrutura, ao conteúdo e à extensão, pode-se classificar as obras narrativas

em romances, contos, novelas, poemas épicos, crônicas, fábulas e ensaios. Quanto à temáti-ca, às narrativas podem ser histórias policiais, de amor, de ficção e etc.

Todo texto que traz foco narrativo, enredo, personagens, tempo e espaço, conflito,

clímax e desfecho é classificado como narrativo.

Seguem, abaixo, modalidades textuais pertencentes ao gênero narrativo.

ROMANCE: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos de carácter verossímil.

FÁBULA: é um texto de carácter fantástico que busca ser inverossímil (não tem ne-nhuma semelhança com a realidade). As personagens principais são animais ou objetos, e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.

EPICO ou EPOPEIA: é uma narrativa feita em versos, num longo poema que ressalta os feitos de um herói ou as aventuras de um povo. Três belos exemplos são Os Lusíadas, de Luís de Camões, Ilíada e Odisséia, de Homero.

NOVELA: é um texto caracterizado por ser intermediário entre a longevidade do romance e a brevidade do conto. O personagem se caracteriza existencialmente em poucas situações. Como exemplos de novelas, podem ser citadas as obras O Alienista, de Machado de Assis, e A Metamorfose, de Kafka.

CONTO: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta si-tuações rotineiras, anedotas e até folclores (conto popular). Caracteriza-se por personagens

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previamente retratados. Inicialmente, fazia parte da literatura oral e Boccaccio foi o primei-ro a reproduzi-lo de forma escrita com a publicação de Decamerão.

CRÔNICA: é uma narrativa informal, ligada à vida cotidiana, com linguagem colo-quial, breve, com um toque de humor e crítica.

ENSAIO: é um texto literário breve, situado entre o poético e o didático, expondo idéias, críticas e reflexões éticas e filosóficas a respeito de certo tema. É menos formal e mais flexível que o tratado. Consiste também na defesa de um ponto de vista pessoal e subjetivo sobre um tema (humanístico, filosófico, político, social, cultural, moral, comportamental, literário, religioso, etc.), sem que se paute em formalidades como documentos ou provas empíricas ou dedutivas de caráter científico.

O ensaio assume a forma livre e assistemática sem um estilo definido. Por essa razão,

o filósofo espanhol José Ortega y Gasset o definiu como “a ciência sem prova explícita”.

Origens: surgidos no final do século XVI, ensaios são simples opiniões, pensamentos que não devem ser levados muito a sério. Foi isso que o escritor e filósofo francês Michel Eyquem de Montaigne (1533-1592) idealizou ao escrever seus essais (1580; Ensaios). Ele queria dizer que aquilo eram tentativas, simples esboços literários (o significado original do termo francês “essai”). Na Inglaterra, o filósofo Francis Bacon, primeiro grande ensaísta inglês, publicava essays (1597; Ensaios). Porém, o que Michel de Montaigne criaria, junto com Bacon, séculos mais tarde se tornaria um dos principais gêneros literários dos críticos e filósofos, além de influenciar radicalmente a história.

(Ex: ENSAIO SOBRE O ENTENDIMENTO HUMANO VOL.III)

GÊNERO DRAMÁTICO: é composto de textos que foram escritos para serem ence-nados em forma de peça de teatro. Para o texto dramático se tornar uma peça, ele deve pri-meiro ser transformado em um roteiro, para depois poder ser transformado então do gênero espeta. É muito difícil ter definição de texto dramático que o diferencie dos demais gêneros textuais, já que existe uma tendência atual muito grande em teatralizar qualquer tipo de texto. No entanto, a principal característica do texto dramático é a presença do chamado texto principal, composto pela parte do texto que deve ser dito pelos atores na peça e que, muitas vezes, é induzido pelas indicações cênicas, rubricas ou didascálias, texto também chamado de secundário, que informa os atores e o leitor sobre a dinâmica do texto princi-pal. Por exemplo, antes da fala de um personagem é colocada a expressão: «com voz baixa», indicando como o texto deve ser falado.

Já que não existe narrador nesse tipo de texto, o drama é dividido entre as duas per-

sonagens locutoras, que entram em cena pela citação de seus nomes.

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“Classifica-se de drama toda peça teatral caracterizada sem seriedade, ou solenidade, em semelhança à comédia propriamente dita”.

Apresenta qualquer tema, estrutura-se em dois tipos de textos: rubrica e o discurso

direto. Há ausência de narrador e é formado por atos, quadros e cenas porem o genero dra-matico se encontra numa classe dramatical muito grande e alta o que dificulta o entendi-mento desse assunto.

Subclassificações dos gêneros:

ELEGIA: é um texto de exaltação à morte de alguém, sendo que a morte é elevada como o ponto máximo do texto. Um bom exemplo é a peça Roan e Yufa, de William Shakes-peare.

EPITALÂMIA: é um texto relativo às noites nupciais líricas, ou seja, noites românti-cas com poemas e cantigas. Um bom exemplo de epitalâmia é a peça Romeu e Julieta nas Noites Nupciais.

SÁTIRA: é um texto de caráter ridicularizador, podendo ser também uma crítica in-

direta a algum fato ou a alguém. Uma piada é um bom exemplo de sátira. FARSA: é um texto onde os personagens principais podem ser duas ou mais pessoas

diferentes e não serem reconhecidos pelos feitos dessa pessoa. TRAGÉDIA: representa um fato trágico e tende a provocar compaixão e terror.

POESIA DE CORDEL: texto tipicamente brasileiro em que se retrata, com forte ape-lo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida beijos por aquele povo.

GÊNEROS LITERÁRIOS DO POEMA:

Os tipos de poemas líricos mais comuns são:

ODE ou HINO: é o poema lírico em que o emissor faz uma homenagem à Pátria (e aos seus símbolos), às divindades, à mulher amada, ou a alguém ou algo importante para ele. O Hino é uma Ode com acompanhamento musical;

ELEGIA: é o poema lírico em que o emissor expressa tristeza, saudade, ciúme, decep-ção, desejo de morte. É todo poema melancólico;

IDÍLIO ou ÉCLOGA: é o poema lírico em que o emissor expressa uma homenagem

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à Natureza, às belezas e às riquezas que ela dá ao homem. É o poema bucólico, ou seja, que expressa o desejo de desfrutar de tais belezas e riquezas ao lado da amada (=pastora), que enriquece ainda mais a paisagem, espaço ideal para a paixão. A écloga é um idílio com diá-logos (muito rara);

EPITALÂMIO: é o poema lírico feito em homenagem às núpcias de alguém;

SÁTIRA: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou irônico (“elogio às avessas”).

Alguns autores consideram modalidades líricas:

ACALANTO: ou canção de ninar;

ACRÓSTICO: (akros = extremidade; stikos = linha), composição lírica na qual as letras iniciais de cada verso formam uma palavra ou frase;

BALADA: uma das mais primitivas manifestações poéticas, são cantigas de amigo (elegias) com ritmo característico e refrão vocal que se destinam à dança;

BARCAROLA: é o canto dos gondoleiros italianos; consiste num lamento com o mar, acusando sempre referência a caminhos por água (= cantigas de amigo = elegia);

CANÇÃO: poema oral com acompanhamento musical (= CANTIGA);

CANTATA: pequena ópera, gira sempre em torno de uma ação solene ou galante (sensual);

CANTO REAL: tipo de balada de forma fixa, composta por 5 estrofes com 11 versos e uma estrofe com cinco versos. Comum no Parnasianismo;

DITIRAMBO: canto em louvor a Baco que deu origem à tragédia;

GAZAL ou GAZEL: poesia amorosa dos persas e árabes; odes do Oriente Médio;

HAICAI: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). É o poema japonês formado de três versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1o. verso=5 sílabas; 2O. verso = 7 sílabas; 3O. verso 5 sílabas;

MADRIGAL: idílio amoroso que consiste num galanteio que o eu-lírico faz a uma pastora(sua amante);

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NOTURNO: elegia, poema melancólico em que o símbolo da tristeza é a noite;

PARLENDA: composição ritmada destinada a certos jogos infantis (cadê o gato? Foi atrás do rato/ Cadê o rato ? Foi atrás da aranha...)

RONDÓ: é o poema lírico que tem o mesmo estribilho se repetindo por todo o texto;

TROVA: é o mesmo que cantiga ou canção;

VILANCETE: são as cantigas de autoria dos poetas vilões (cantigas de escárnio e de maldizer); satíricas, portanto.

JORNALISMO

REPORTAGEM: é um conteúdo jornalístico, escrito ou falado, baseado no testemu-nho direto dos fatos e situações explicadas em palavras e, numa perspectiva atual, em histó-rias vividas por pessoas, relacionadas com o seu contexto. A reportagem televisiva, testemu-nho de ações espontâneas, relata histórias em palavras, imagens e sons.

O repórter pode valer-se também de fontes secundárias (documentos, livros, almana-ques, relatórios, recenseamentos, etc.) ou servir-se de material enviado por órgãos especia-lizados em transformar fatos em notícias (como as agências de notícias e as assessorias de imprensa).

Em diversas editorias do jornalismo diário (assim como em rádio, TV e internet),

é comum a figura do repórter setorista, ou seja, especializado em cobrir um determinado assunto ou instituição.

Na editoria de Geral, por exemplo, existem os setoristas de polícia, saúde, transportes,

serviços públicos, do Instituto Médico Legal, etc.. Em Política, há os setoristas do palácio do governo, do parlamento, de cada ministério ou secretaria, entre outros. Já na Economia, trabalham setoristas de mercado financeiro, do Banco Central, de petróleo, de construção civil, e similares.

Na reportagem é concedido ao autor a possibilidade do mesmo expressar sua opinião,

diferente do texto editorial. Uma reportagem é uma notícia mais aprofundada,que pode conter opiniões de terceiros.

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Reportagem é quando uma pessoa entrega notícias às pessoas que estão assistindo

TV, jornal e outras fontes de informações. A reportagem pode ser transmitido em rádios, televisões, jornais etc.

NOTÍCIA: é um exemplo de texto não literário. A notícia é um formato de divulgação de um acontecimento por meios jornalísticos. É a matéria-prima do Jornalismo, normal-mente reconhecida como algum dado ou evento socialmente relevante que merece publi-cação numa mídia. Fatos políticos, sociais, econômicos, culturais, naturais e outros podem ser notícia se afectarem indivíduos ou grupos significativos para um determinado veículo de imprensa. Geralmente, a notícia tem conotação negativa, justamente por ser excepcional, anormal ou de grande impacto social, como acidentes, tragédias, guerras e golpes de estado. Notícias têm valor jornalístico apenas quando acabaram de acontecer, ou quando não foram noticiadas previamente por nenhum veículo. A “arte” do Jornalismo é escolher os assuntos que mais interessam ao público e apresentá-los de modo atraente. Nem todo texto jornalís-tico é noticioso, mas toda notícia é potencialmente objeto de apuração jornalística.

Quatro fatores principais influenciam na qualidade da notícia:

1.Novidade: a notícia deve conter informações novas, e não repetir as já conhecidas 2.Proximidade: quanto mais próximo do leitor for o local do evento, mais interesse a

notícia gera, porque implica mais diretamente na vida do leitor 3.Tamanho: tanto o que for muito grande quanto o que for muito pequeno atrai a

atenção do público 4.Relevância: notícia deve ser importante, ou, pelo menos, significativa. Aconteci-

mentos banais, corriqueiros, geralmente não interessam ao público Notícias chegam aos veículos de imprensa por meio de repórteres, correspondentes,

agências de notícias e assessorias de imprensa. Eventualmente, amigos e conhecidos de jor-nalistas fornecem denúncias, sugestões de pauta, dicas e pistas, às vezes no anonimato, pelo telefone ou por “e-mail”.

Nos Estados Unidos é comum a figura do news-hawk (gavião-de-notícia), uma espécie

de informante-apurador contratado pelo jornal, que anda em busca de assuntos que poten-cialmente possam gerar notícias.

A atividade primária do Jornalismo é a observação e descrição de eventos, conhecida como reportagem

“O quê?” - O fato ocorrido. “Quem?” - O personagem envolvido. “Quando?” - O momento do fato.

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“Onde?” - O local do fato. “Como?” - O modo como o fato ocorreu. “Por quê?” - A causa do fato. A essência do Jornalismo, entretanto, é a seleção e organização das informações no

produto final (jornal, revista, programa de TV etc.), chamada de edição. O trabalho jornalístico consiste em captação e tratamento escrito, oral, visual ou

gráfico, da informação em qualquer uma de suas formas e variedades. O trabalho é normal-mente dividido em quatro etapas distintas, cada qual com suas funções e particularidades: pauta, apuração, redação e edição.

PAUTA: é a seleção dos assuntos que serão abordados. É a etapa de escolha sobre

quais indícios ou sugestões devem ser considerados para a publicação final. APURAÇÃO: é o processo de averiguar informação em estado bruto (dados, nomes,

números etc.). A apuração é feita com documentos e pessoas que fornecem informações, chamadas de fontes. A interação de jornalistas com suas fontes envolve freqüentemente questões de confidencialidade.

REDAÇÃO: é o tratamento das informações apuradas em forma de texto verbal. Pode resultar num texto para ser impresso (em jornais, revistas e sites) ou lido em voz alta (no rádio, na TV e no cinema).

EDIÇÃO: é a finalização do material redigido em produto de comunicação, hierarqui-zando e coordenando o conteúdo de informações na forma final em que será apresentado. Muitas vezes, é a edição que confere sentido geral às informações coletadas nas etapas an-teriores. No jornalismo impresso (jornais e revistas), a edição consiste em revisar e cortar textos de acordo com o espaço de impressão pré-definido. A diagramação é a disposição gráfica do conteúdo e faz parte da edição de impressos. No radiojornalismo, editar significa cortar e justapor trechos sonoros junto a textos de locução, o que no telejornalismo ganha o adicional da edição de imagens em movimento.

Estas três mídias citadas têm limites de espaço e tempo pré-definidos para o conteú-do, o que impõe restrições à edição. No chamado webjornalismo, ciberjornalismo ou “jor-nalismo online”, estes limites teoricamente não existem.

A inexistência destes limites começa pela potencialidade da interação no jornalismo

online, o que provoca um borramento entre as fronteiras que separam os papéis do emissor e do receptor, anunciando a figura do interagente. Esta prática tem se difundido como “jor-nalismo open source”, ou o jornalismo de código aberto, onde informações são apuradas, redigidas e publicadas pela comunidade sem a obrigação de serem submetidas às rígidas rotinas de produção e às estruturas organizacionais das empresas de comunicação.

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TIPOS DE TEXTOS JORNALÍSTICOS

NOTÍCIA: de carácter objectivo, composto pelo Lead e o corpo da notícia: No Lead tenta-se responder a seis perguntas: quem , o quê , onde , quando , porque ,como , a ausên-cia destas pode dever-se a dados não apurados; No corpo da notícia desenvolve-se gradual-mente a informação em cada parágrafo, por isso a informação é cada vez mais elaborada, detalhada.

MATÉRIA: todo texto jornalístico de descrição ou narrativa factual. Dividem-se em

matérias “quentes” (sobre um fato do dia, ou em andamento) e matérias “frias” (temas re-levantes, mas não necessariamente novos ou urgentes). Existem ainda os seguintes subtipos de matérias: matéria leve ou feature - texto com informações pitorescas ou inusitadas, que não prejudicam ou colocam ninguém em risco; muitas vezes este tipo de matéria beira o entretenimento

SUÍTE: é uma matéria que dá seqüência ou continuidade a uma notícia, seja por des-

dobramento do fato, por conter novos detalhes ou por acompanhar um personagem perfil - texto descritivo de um personagem, que pode ser uma pessoa ou uma entidade, um grupo; muitas vezes é apresentado em formato testemunhal

ENTREVISTA: é o texto baseado fundamentalmente nas declarações de um indiví-duo a um repórter; quando a edição do texto explicita as perguntas e as respostas, seqüen-ciadas, chama-se de ping-pong

OPINIÃO ou EDITORIAL: reflete a opinião apócrifa do veículo de imprensa (não

deve ser assinado por nenhum profissional individualmente) ARTIGO: texto eminentemente opinativo, e geralmente escrito por colaboradores ou

personalidades convidadas (não jornalistas) CRÔNICA: texto que registra uma observação ou impressão sobre fatos cotidianos;

pode narrar fatos em formato de ficção NOTA: texto curto sobre algum fato que seja de relevância noticiosa, mas que apenas

o lead basta para descrever; muito comum em colunas CHAMADA: texto muito curto na primeira página ou capa que remete à íntegra da

matéria nas páginas interiores TEXTO-LEGENDA: texto curtíssimo que acompanha uma foto, descrevendo-a e adi-

cionando a ela alguma informação, mas sem matéria à qual faça referência; tem valor de uma matéria independente

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CLASSIFICAÇÕES LITERÁRIAS

INFANTO-JUVENIL: a literatura infanto juvenil é um ramo da literatura, dedicada especialmente às crianças e jovens adolescentes. Nisto se incluem histórias fictícias infantis e juvenis, biografias, novelas, poemas, obras folclóricas e/ou culturais, ou simplesmente obras contendo/explicando fatos da vida real (ex: artes, ciências, matemática, etc).

Naturalmente, o conteúdo dentro de uma obra infantojuvenil depende da idade do leitor; enquanto obras literárias destinadas a crianças de dois a quatro anos de idade são quase sempre constituídas de poucas palavras e são muito coloridas e/ou possuem muitas imagens e fotos, obras literárias destinadas ao jovem adolescente muitas vezes contêm ape-nas texto.

INFANTIL: a literatura infantil é destinada especialmente às crianças entre dois a dez anos de idade. O conteúdo de uma obra infantil precisa ser de fácil entendimento pela criança que a lê, seja por si mesma, ou com a ajuda de uma pessoa mais velha. Além disso, precisa ser interessante e, acima de tudo, estimular a criança. Os primeiros livros direcio-nados as crianças foram feitos por professores e pedagogos no final do século XVII, com o objetivo de passar valores e criar hábitos. Atualmente a literatura infantil não tem só este objetivo, hoje também é usada para propiciar uma nova visão da realidade, diversão e lazer. Obras literárias destinadas às crianças com dois a quatro anos de idade possuem apenas gru-pos de palavras e/ou poucas e simples frases. Aqui, livros são coloridos e/ou possuem mui-tas imagens e/ou fotos, tanto porque criança está apenas começando a aprender a ler, bem como estimula a criança por mais livros/histórias. Livros dedicados a leitores entre quatro a seis anos apresentam maiores grupos de palavras organizados em um texto, sem abrir mão de estímulos visuais mencionados acima. Aqui podem ser incluídos algumas histórias em quadrinhos, como a Turma da Mônica, por exemplo. Já obras literárias feitas para crianças entre sete a dez anos começam a possuir cada vez menos cores e imagens, e apresentando textos cada vez maiores e fatos cada vez mais complicados e explicativos, uma vez que o jovem leitor, agora já em fase escolar, é estimulado a encontrar respostas por ele mesmo - o começo da racionalização.

Quase toda obra literária infantil possui algumas características em comum, embora

exceções existam: ausência de temas adultos e/ou não apropriados a crianças. Isto inclui guerras, cri-

mes hediondos e drogas, por exemplo; são relativamente curtos - não possuem mais do que 80 a 100 páginas; presença de estímulos visuais (cores, imagens, fotos, etc); escrito em uma linguagem simples, apresentando um fato ou uma história de ma-

neira clara; são de caráter didático, ensinando ao jovem leitor regras da sociedade e/ou compor-

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tamentos sociais; possuem mais diálogos e diferentes acontecimentos, com poucas descrições; crianças são os principais personagens da história; possuem um final feliz. A Literatura Infantil Afinal, o que é Literatura Infantil? A designação infantil faz com que esta modalidade literária seja considerada “menor”

por alguns, infelizmente. Principalmente os educadores vivenciam de perto a evolução do maravilhoso ser que

é a criança. O contato com textos recheados de encantamento faz-nos perceber quão impor-tante e cheia de responsabilidade é toda forma de literatura.

A palavra literatura é intransitiva e, independente do adjetivo que receba, é arte e

deleite. Sendo assim, o termo infantil associado à literatura não significa que ela tenha sido feita necessariamente para crianças. Na verdade, a literatura infantil acaba sendo aquela que corresponde, de alguma forma, aos anseios do leitor e que se identifique com ele.

A autêntica literatura infantil não deve ser feita essencialmente com intenção peda-

gógica, didática ou para incentivar hábito de leitura. Este tipo de texto deve ser produzido pela criança que há em cada um de nós. Assim o poder de cativar esse público tão exigente e importante aparece.

JUVENIL: a literatura juvenil é um ramo da literatura dedicada a leitores entre dez a quinze anos de idade. Fatos comuns a obras literárias juvenis em geral incluem:

geralmente, apresentam temas de interesse ao jovem adolescente, muitas vezes con-troversos, como sexo, violência, drogas, relacionamentos amorosos, etc;

personagens, especialmente protagonistas, da mesma faixa etária dos leitores; podem possuir imagens e fotos, mas não necessariamente; são basicamente consti-

tuídas de texto; obras literárias juvenis geralmente apresentam um número maior de páginas, poden-

do alcançar 200 a 300 páginas em vários casos.

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GLOSSÁRIO

ALMANAQUE: calendário, livro ou folheto que, além do calendário do ano, contém indicações úteis, trechos literários, poesias, anedotas. (Sinônimos: anuário, calendário, efeméride e folhinha).

APOSTILA: (do francês apostille, “anotação”) Aditamento ou notação à margem de um escrito. Recomendação acrescentada a um requerimento. Nota suplementar de um diploma oficial. Resumo de aulas ou preleções, distribuído em cópias aos alunos ou ouvintes. (Sinônimos: anotação, apostilha, comentário e nota)

BREVIÁRIO: livro com os ofícios que os sacerdotes devem ler todos os dias. O próprio ofício. Fig. Leitura habitual, predileta. (Sinônimos: resumo, sinopse, síntese e sumário)

CATÁLOGO: lista, relação, enumeração ordenada. (Sinônimos: inventário, lista)

COLETÂNEA: Conjunto de atos diversos, escritos variados etc.: coletânea de leis, de poemas, de artigos. (Sinônimos: )

COMPÊNDIO: resumo de doutrinas, sumário.

DICIONÁRIO: é uma compilação de palavras ou dos termos próprios, ou ainda de vocábulos de uma língua, quase sempre dispostos por ordem alfabética e com a respectiva significação ou a sua versão em outra língua. Cada dicionário possui classificações em harmonia com objetivos e finalidades didáticas aos quais se compromete em abranger. Isso muito se deve a uma constante necessidade de atender aos diversificados níveis e áreas de conhecimento, o que resulta na minuciosa classificação dos diferentes dicionários disponíveis que conhecemos hoje. O dicionário pode ser mais específico e tratar dos termos próprios de uma ciência ou arte.

ENCICLOPÉDIA: é uma coletânea de escritos em larga escala, cujo objetivo principal é descrever o mais aproximado possível o relativo à concepção atual do conhecimento humano. Mais especificado, pode-se definir como uma obra que trata de todas as ciências e artes que é concedida em um máximo limite do conhecimento do homem atual. Comumente é interpretada através de um livro de referência para praticamente qualquer assunto do domínio humano. Porém, nos dias atuais, as enciclopédias podem ser redigidas de maneiras alternativas, como por exemplo, na internet. As atuais enciclopédias podem ser divididas em dois grupos: As genéricas, nas quais consistem em uma coletânea de conhecimento em generalidade, isto é, abrange tópicos de todo o conhecimento humano (como, por exemplo, a Encyclopaedia Britannica), ou podem ser especializadas, nas quais consistem na coletânea

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de tópicos unicamente relacionados à um assunto específico (como, por exemplo, uma enciclopédia de medicina ou de matemática).

O termo enciclopédia apenas começou a ser utilizado em meados do século XVI,

embora trabalhos de formato similar a um enciclopédico já fossem conhecidos e redigidos em épocas anteriores.

GLOSSÁRIO: Espécie de dicionário, consagrado particularmente à explicação de termos mal conhecidos. (Sinônimo: vocabulário).

ÍNDICE: Quadro que, metodicamente, indica os assuntos tratados num livro e as respectivas páginas. Relação alfabeticamente ordenada.

LIVRO: é um volume transportável, composto por páginas encadernadas, contendo texto manuscrito ou impresso e/ou imagens e que forma uma publicação unitária (ou foi concebido como tal) ou a parte principal de um trabalho literário, científico ou outro.

Em ciência da informação o livro é chamado monografia, para distingui-lo de outros tipos de publicação como revistas, periódicos, teses, tesouros, etc.

O livro é um produto intelectual e, como tal, encerra conhecimento e expressões

individuais ou colectivas. Mas também é nos dias de hoje um produto de consumo, um bem e sendo assim a parte final de sua produção é realizada por meios industriais (impressão e distribuição). A tarefa de criar um conteúdo passível de ser transformado em livro é tarefa do autor. Já a produção dos livros, no que concerne a transformar os originais em um produto comercializável, é tarefa do editor, em geral contratado por uma editora. Outra função associada ao livro é a coleta e organização e indexação de coleções de livros, típica do bibliotecário. Finalmente, destaca-se também o livreiro cuja função principal é de disponibilizar os livros editados ao público em geral, vendendo-os nas livrarias generalistas ou de especialidade. Compete também ao livreiro todo o trabalho de pesquisa que vá ao encontro da vontade dos leitores.

MANUAL: Compêndio, livro pequeno que encerra os conhecimentos básicos de uma ciência, uma técnica, um ofício: manual do agricultor, do carpinteiro.

MONOGRAFIA: é uma dissertação (em sentido lato) sobre um ponto particular de uma ciência, de uma arte, de uma localidade, sobre um mesmo assunto ou sobre assun-tos relacionados. Normalmente escrito apenas por uma pessoa. É o principal tipo de texto científico. Trabalho acadêmico que apresenta o resultado de investigação pouco complexa e sobre tema único e bem delimitado.

PRÓLOGO: Advertência ou esclarecimento, em geral breve, que precede uma obra e em que o autor fala das intenções dela; prefácio, preâmbulo, proêmio.

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Parte introdutória de um romance ou de uma peça teatral, em que se passam acontecimentos anteriores aos contidos na obra propriamente dita.

SUMÁRIO: Resumo, suma. Recapitulação.Síntese, sinopse. Adj. Breve, resumido, rápido, sem formalidades: julgamento sumário.(Sinônimos: compêndio, epítome, resenha, resumo, sinopse, síntese e súmula)

TRATADO: é um estudo formal, científico de caráter acadêmico fundamentado e sistemático sobre determinado assunto, do aspecto científico, propriamente dito de deter-minado assunto de estudo; do aspecto artístico, propriamente dito de determinado assunto de estudo; do aspecto científico - militar propriamente dito de determinado assunto acadê-mico do estudo militar; do aspecto científico - religioso propriamente dito de determinado assunto de cunho acadêmico religioso; do aspecto científico - filosófico; do aspecto científi-co - político; e assim por diante. Que devido a seu necessário aprofundamento de enfoque característico sempre de fundo acadêmico, necessariamente foge da definição geral cientí-fica da matéria estudada como tal e requer tratamento diferencial, especial abrangente e aprofundado do mesmo cunho científico da coisa tratada, sendo bem mais extenso que um ensaio devido às suas características acadêmicas, sempre se propondo a apresentar uma teo-ria acadêmica bem fundamentada, e que é normalmente publicado em formato de livro ou livros ou ainda bibliotecas, os mais extensos. Famosos tratados foram escritos por filósofos, cientistas, teólogos, místicos, militares, políticos, dentre muitos outros pensadores e nós (desenvolvido pelo Faraó).

TESE: (literalmente ‘posição’) é uma proposição intelectual. Hoje é principalmente o trabalho acadêmico que apresenta o resultado de investigação complexa e aprofundada so-bre tema mais ou menos amplo, com abordagem teórica definida. “É um texto que se carac-teriza pela defesa de uma idéia, de um ponto de vista. Ou então pelo questionamento acerca de um determinado assunto. O autor do texto dissertativo trabalha com argumentos, com fatos, com dados, que utiliza para reforçar ou justificar o desenvolvimento de suas idéias.

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REFERÊNCIAS

http://pt.wikipedia.orghttp://www.dicio.com.br

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