COLÉGIO ESTADUAL TENENTE SPRENGER ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO CONJUNTO ATUBA – PINHAIS – PR Vocabulário de F I L O S O F I A Prof. Francisco Bornholdt PINHAIS - 2004
1. COLGIO ESTADUAL TENENTE SPRENGER ENSINO FUNDAMENTAL E MDIO
CONJUNTO ATUBA PINHAIS PR Vocabulrio de F I L O S O F I A Prof.
Francisco Bornholdt PINHAIS - 2004
2. Todos os temas so passveis de serem tratados de maneira
filosfica. A filosofia no depende de seus assuntos. No uma matria a
ser ensinada nem um campo a cultivar; um estado de esprito, um modo
de se servir do prprio intelecto. O filsofo no tem um objeto
prprio. Parte das idias aceitas, das opinies do senso comum, das
ideologias dominantes, das revelaes religiosas, das respostas dadas
pela cincia, para submet-las a um exame. Tudo, portanto, objeto de
sua reflexo. O nefito no tem nenhuma necessidade de construir para
si uma montanha de assuntos apropriados a essa disciplina. Eles no
existem. No h especificidade do objeto da filosofia: filosofar
questionar, no sentido banal do termo, aquilo que j est dado como
resposta e que, na verdade, no convm. Verifica-se que as respostas
pululam, opem-se e se contradizem. O filsofo procura enxergar com
clareza, pr ordem nessa confuso, fazer da razo o rbitro. (Marc
Sautet)
3. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 1 V O C
A B U L R I O D E F I L O S O F I A A posteriori Diz-se de
argumento, prova, raciocnio ou demonstrao que passe de fatos a
concluses gerais, como os que vo do condicionado ao condicionante;
emprico. A priori Diz-se de conhecimento admitido provisoriamente,
ainda no suficientemente justificado, sendo incerto se o vir a ser.
Abstrao Ato de separar mentalmente um ou mais elementos de uma
totalidade complexa (coisa, representao, fato), os quais s
mentalmente podem subsistir fora dessa totalidade. Acaso
Acontecimento fortuito; fato imprevisto; casualidade. Carter de
acontecimento imprevisvel com relao s causas que o determinam (p.
ex., a premiao de um bilhete); ou injustificvel com respeito
significao assumida (p. ex., um atraso de segundos que provoca um
desastre). Casualmente, acidentalmente, fortuitamente;
Eventualmente... O acaso existe? (O simples fato de desconhecermos
a(s) causa(s) de um determinado fenmeno, no significa
necessariamente que estejamos diante de um acaso! Acidente
Caracterstica que no faz parte da essncia de uma coisa, podendo ou
no ser a ela atribuda. O que resulta de contingncia ou de acaso.
Alegoria Exposio de um pensamento sob forma figurada. Seqncia de
metforas que significam uma coisa nas palavras e outra no sentido.
Por exemplo: Alegoria da Caverna de Plato. Alma Em diversos textos
filosficos est no sentido de esprito, razo ou racionalidade.
Princpio espiritual do homem concebido como separvel do corpo e
imortal. Ambigidade Sofisma verbal. Que se pode tomar em mais de um
sentido; equvoco, indeterminado, impreciso, incerto, com duplo
sentido. Amor platnico Amor contemplativo, alheio a interesses ou
gozos materiais; ideal, casto. Analogia Ponto de semelhana entre
coisas diferentes. Animal Ser vivo organizado, dotado de
sensibilidade e movimento (em oposio aos vegetais). Animismo
Doutrina segundo a qual uma s e mesma alma o princpio da vida e do
pensamento; monodinamismo. Modo de pensamento ou sistema de crenas
em que se atribui a seres vivos, objetos inanimados e fenmenos
naturais um princpio vital pessoal, isto , uma alma. Antecedente
Aquilo que, no tempo, precede de modo imediato. Em relao de
implicao, os termos ou proposies que implicam. Ex.: no silogismo
categrico, as premissas; na proposio hipottica, a proposio que
4. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 2
condio. Anttese Oposio por contrariedade, ou por contradio, entre
dois termos ou duas proposies. Antropologia O estudo ou reflexo
acerca do ser humano, do que lhe especfico. (filosfica, cultural,
biolgica, social, fsica) Apcrifo Diz-se de obra ou fato sem
autenticidade, ou cuja autenticidade no se provou. Aret Do (grego):
Virtude, virtuosimo. Algum dotado de virtude Argumento Raciocnio,
indcio ou prova pelo qual se tira uma conseqncia ou deduo. Aristoi
Do (grego): Os bons, belos ou melhores Arqutipo Imagens psquicas do
inconsciente coletivo, que so patrimnio comum a toda a humanidade;
Padro, exemplar, modelo, prottipo... Ascese Exerccio prtico que
leva efetiva realizao da virtude, plenitude da vida moral.
Introspeco, reflexo. Atomismo Doutrina defendida por Demcrito (460
a.C.-370 a.C.) e Epicuro (epicurismo), que sustenta ser a matria
formada de tomos que se agrupam em combinaes casuais e por
processos mecnicos. Atributo Qualidade; Aquilo que prprio de um
ser. Carter essencial de uma substncia. Autarcia Do (grego)
autrkeia auto-suficincia. Auto-suficincia econmica de uma nao;
auto-suficincia; At hoje, uma empresa pblica que gere sus prprios
recursos chamada de autarquia. Autonomia Faculdade de se governar
por si mesmo. Oposto de heteronomia. Axioma Premissa imediatamente
evidente que se admite como universalmente verdadeira sem exigncia
de demonstrao. Proposio que se admite como verdadeira porque dela
se podem deduzir as proposies de uma teoria ou de um sistema lgico
ou matemtico. Behaviorismo Psicologia: estudo objetivo dos estmulos
e reaes verificadas no fsico, com desprezo total dos fatos anmicos;
condutismo.(Betcherew, Pavlov, Watson) Mtodo psicolgico que exclui
a introspeco e no admite seno o estudo da maneira de comportar-se
(= reagir) do indivduo (homem ou animal). Bom senso Retido natural,
o juzo sobre as coisas prticas. Caos Do latim chaos grego chos:
confuso, desordenado... Em Fsica, ver
5. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 3 teoria
do Caos. Capcioso Manhoso, ardiloso; Insinuante, envolvente;
Argucioso para iludir; caviloso Cartesianismo Doutrina de Ren
Descartes, filsofo, matemtico e fsico francs (1596- 1650), e de
seus seguidores, caracterizada pelo racionalismo, pela considerao
do problema do mtodo como garantia da obteno da verdade, e pelo
dualismo metafsico. Influncia de Descartes na filosofia. Categorias
apriori Em Kant, conceitos fundamentais do entendimento puro
Categrico Claro, explcito, positivo. Causa Aquilo pelo qual uma
coisa se realiza. Termo correlacionado a efeito e que se concebe de
maneiras diversas, que se compreendem a partir de dois enfoques
fundamentais: a) relao entre um ser inteligente e o ato que ele
praticou voluntariamente e pelo qual responsvel; b) vnculo que
correlaciona os prprios fenmenos e que faz com que um ou vrios
deles apaream como condio da existncia de outros. Causa eficiente
Condio do fenmeno que produz outro fenmeno. Causa final Condio
daquilo em vista de que algo se produz. Causa formal Condio daquilo
pelo que alguma coisa tal ser determinado. Causa material Condio
daquilo de que uma coisa feita. Causalidade Qualidade da relao de
causa e efeito. Censura Ato ou efeito de censurar. Ceticismo
Atitude ou doutrina segundo a qual o homem no pode chegar a
qualquer conhecimento indubitvel, quer nos domnios das verdades de
ordem geral, quer no de algum determinado domnio do conhecimento.
Ctico Diz-se do partidrio do cepticismo. Que duvida de tudo;
descrente. Cientificismo Atitude segundo a qual a cincia d a
conhecer as coisas como so, resolve todos os reais problemas da
humanidade e suficiente para satisfazer todas as necessidades
legtimas da inteligncia humana. Cinismo Doutrina e modo de vida dos
seguidores dos filsofos socrticos Antstenes de Atenas (444-356
a.C.) e Digenes de Snope (413-323 a.C.), fundadores da Escola
Cnica, que pregavam a volta vida em estrita conformidade com a
natureza e, por isso, se opunham radicalmente aos valores, aos usos
e s regras sociais vigentes. Impudncia, desvergonha, desfaatez,
descaramento.
6. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 4
Clinamen Do latim clinamen = inclinao. No epicurismo, desvio
espontneo que sofrem os tomos e que lhes propicia o encontro e a
aglomerao. Coexistncia Qualidade ou condio de coexistente. Existir
simultaneamente. Cogito ergo sum De Ren Descartes: penso, logo
existo. Verdade firme e assegurada, de que no se pode duvidar,
princpio primeiro do cartesianismo. Cognio O conjunto dos processos
mentais, no pensamento, na percepo, na classificao, reconhecimento.
Aquisio de um conhecimento. Cognitivo Relativo cognio, ou ao
conhecimento. Coisa Termo amplamente utilizando em filosofia:
aquilo que existe ou pode existir. Conceito Representao dum objeto
pelo pensamento, por meio de suas caractersticas gerais. Ao de
formular uma idia por meio de palavras; definio, caracterizao.
Concepo O ato de conceber ou criar mentalmente, de formar idias,
especialmente abstraes; entendimento que se tem sobre algo.
Concluso Proposio que afirmada ou negada a partir de outras
(premissas). Concomitante Que se manifesta simultaneamente com
outro. Confluncia Qualidade do que confluente. Lugar onde se juntam
dois ou mais rios; afluncia. Congnito Inato, Nascido com o
indivduo; conatural, conato. Conotao Equivale compreenso ou inteno
(ver denotao).Referncia do termo s entidades correspondentes.
Exemplo: o termo homem denota mais do que o termo rabe e este
conota mais do que o termo homem. Propriedade que possui um termo
de designar um ou vrios atributos com o objeto que ele significa.
Sentido translato, ou subjacente, s vezes de teor subjetivo, que
uma palavra ou expresso pode apresentar paralelamente acepo em que
empregada. Relao que se nota entre duas ou mais coisas. Conscincia
Autoconscincia. Faculdade de estabelecer julgamentos morais dos
atos realizados. Atributo altamente desenvolvido na espcie humana e
que se define por uma oposio bsica: o atributo pelo qual o homem
toma em relao ao mundo (e, posteriormente, em relao aos chamados
estados interiores, subjetivos) aquela distncia em que se cria a
possibilidade de nveis mais altos de integrao. Conseqente Em relao
a antecedente: o termo que implicado.
7. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 5
Contingente O que no tem em si a razo de sua existncia. Diz-se de
funo lgica que ora se converte numa proposio verdadeira, ora numa
proposio falsa, conforme os valores assumidos por suas variveis.
Contraditrio Relao entre as proposies ou premissas universais
afirmativas e particulares negativas; entre particulares
afirmativas e universais negativas. Em que h, ou que encerra
contradio; oposto. Controvrsia Contestao, polmica. Coprofagia Modo
de alimentao dos animais que se nutrem de excremento. Estado mrbido
que impele o indivduo a comer excremento. Corporativismo Ao
(sindical, poltica, etc.) em que prevalece a defesa dos interesses
ou privilgios de um setor organizado da sociedade, em detrimento do
interesse pblico. Cosmolgico Qualquer doutrina ou narrativa a
respeito da origem, da natureza e dos princpios que ordenam o mundo
ou o universo, em todos os seus aspectos Criticismo Posio
metodolgica prpria do kantismo (q. v.) caracterizada por considerar
que a anlise crtica da possibilidade, da origem, do valor, das leis
e dos limites do conhecimento racional, deve ser o ponto de partida
da reflexo filosfica. Darwinismo Corrente terica da segunda metade
do sc. XIX e primeira metade do sc. XX. Sistema de histria natural
cuja concluso extrema o parentesco fisiolgico e a origem comum de
todos os seres vivos, com a formao de novas espcies por um processo
de seleo natural Deduo Na lgica clssica, raciocnio que parte de uma
ou mais premissas gerais e chega a uma ou mais concluses
particulares. Na lgica formal contempornea, raciocnio cuja concluso
necessria em virtude da aplicao correta das regras lgicas. O que
resulta de um raciocnio; conseqncia lgica; ilao, inferncia;
concluso. Definio Ato ou efeito de definir. Equivalncia
estabelecida entre um termo e outros termos conhecidos e pela qual
se cria um objeto determinado de pensamento. Degenerado Que
degenerou. Depravado, corrompido. Denotao Equivale extenso(ver
conotao). Um termo mais denota, quanto menos conota. Exemplo: o
termo homem denota mais do que o termo rabe e este conota mais do
que o termo homem. Deontologia O estudo dos princpios, fundamentos
e sistemas de moral. Tratado dos deveres. tica das profisses.
8. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 6 Deriva
Sem rumo; solto, perdido; arrastado, levado; conduzido por. Destino
Fim ltimo; Sucesso de fatos que podem ou no ocorrer, e que
constituem a vida do homem, considerados como resultantes de causas
independentes de sua vontade; sorte, fado, fortuna. Determinismo
Relao entre os fenmenos pela qual estes se acham ligados de modo to
rigoroso que, a um dado momento, todo fenmeno est completamente
condicionado pelos que o precedem e acompanham, e condiciona com o
mesmo rigor os que lhe sucedem. Devir Do latim devenire: Vir a ser;
tornar-se; devenir. Dialtica Conforme Hegel, a natureza verdadeira
e nica da razo e do ser que so identificados um ao outro e se
definem segundo o processo racional que procede pela unio
incessante de contrrios -- tese e anttese -- numa categoria
superior, a sntese. Segundo Marx, o processo de descrio exata do
real. Dicotomia Diviso lgica de um conceito em dois outros
conceitos, em geral contrrios, que lhe esgotam a extenso. Ex.:
animal = vertebrado e invertebrado. Dilema Raciocnio cuja premissa
alternativa, de sorte que qualquer dos seus termos conduz mesma
conseqncia. Dogmtico Ponto fundamental e indiscutvel duma doutrina
religiosa. Dualismo Coexistncia de dois princpios ou posies
contrrias, opostas. Por exemplo: bem, mal; certo, errado; perfeito,
imperfeito; mente, corpo, cu, inferno; etc. Ecltico Relativo ao, ou
que partidrio do ecletismo. Formado de elementos colhidos em
diferentes gneros ou opinies. P. ext. Posio intelectual ou moral
caracterizada pela escolha, entre diversas formas de conduta ou
opinio, das que parecem melhores, sem observncia duma linha rgida
de pensamento. Efeito Produto necessrio ou fortuito de uma causa.
Resultado, conseqncia. Resultado de um ato qualquer. Termo
correlacionado a causa. Ego O eu de qualquer indivduo. Egocntrico
Diz-se daquele que refere tudo ao prprio eu, tomado como centro de
todo o interesse; personalista. Emprico Baseado apenas na
experincia e, pois, sem carter cientfico. Derivado de experimento
ou de observao da realidade. Diz-se de conhecimento que provm, sob
perspectivas diversas, da experincia.
9. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 7
Empirismo Doutrina ou atitude que admite, quanto origem do
conhecimento, que este provenha unicamente da experincia, seja
negando a existncia de princpios puramente racionais, seja negando
que tais princpios, existentes embora, possam, independentemente da
experincia, levar ao conhecimento da verdade. nfase Sofisma da
nfase. Entonao especial para fazer ressaltar alguma palavra ou
expresso. Realce, destaque, relevo. Energia excessiva na gesticulao
ou na fala. Ensaio Obra filosfica ou literria em prosa, analtica ou
interpretativa, sobre determinado assunto, porm menos aprofundada
e/ou menor que um tratado formal e acabado. Ente Aquilo que existe;
coisa, objeto, matria, substncia, ser. Enunciado Proposio; exposio.
Epicurismo Doutrina de Epicuro, filsofo materialista grego (341-270
a.C.), e de seus seguidores, entre os quais se distingue Lucrcio,
poeta latino (98-55 a.C.), caracterizada, na fsica, pelo atomismo,
e na moral, pela identificao do bem soberano com o prazer, o qual,
concretamente, h de ser encontrado na prtica da virtude e na
cultura do esprito. Epicuro Epicuro, filsofo materialista grego
(341-270 a.C. Epiquirema Silogismo em que pelo menos uma das
premissas provada. Silogismo dialtico. Epistemologia Teorias do
conhecimento. Conjunto de conhecimentos que tm por objeto o
conhecimento cientfico, visando a explicar os seus condicionamentos
(sejam eles tcnicos, histricos, ou sociais, sejam lgicos,
matemticos, ou lingsticos), sistematizar as suas relaes, esclarecer
os seus vnculos, e avaliar os seus resultados e aplicaes. Eqidade
Disposio de reconhecer igualmente o direito de cada um. Sentimento
de justia avesso a um critrio de julgamento ou tratamento rigoroso
e estritamente legal. Equvoco Interpretao ambgua. Sofisma verbal
que consiste em dar sentidos diferentes a uma palavra dentro de um
mesmo raciocnio; equivocao. Que tem mais de um sentido ou se presta
a mais de uma interpretao; ambguo. Que d margem a suspeita. Eros
Ente mitolgico equivalente ao cupido. Princpio de ao, smbolo do
desejo, cuja energia a libido. Ertico Inspirado ou provocado pelo
erotismo. Inspirado pelo amor; que tem o carter de lirismo amoroso.
Sensual, lascivo.
10. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 8
Escatologia Tratado sobre os fins ltimos do homem. Doutrina sobre a
consumao do tempo e da histria. Escolstica Doutrinas
teolgico-filosficas dominantes na Idade Mdia, dos scs. IX ao XVII,
caracterizadas sobretudo pelo problema da relao entre a f e a razo,
problema que se resolve pela dependncia do pensamento filosfico,
representado pela filosofia greco-romana, da teologia crist.
Desenvolveram-se na escolstica inmeros sistemas que se definem, do
ponto de vista estritamente filosfico, pela posio adotada quanto ao
problema dos universais (q. v.), e dos quais se destacam os
sistemas de Santo Anselmo, de So Toms e de Guilherme de Ockham .
Esotrico Diz-se do ensinamento que, em escolas filosficas da
antiguidade grega, era reservado aos discpulos completamente
instrudos. Diz-se de ensinamento ligado ao ocultismo.
Especificidade Qualidade do que especfico. Qualidade tpica de uma
espcie. Especulao Ato ou efeito de especular. Investigao terica, de
natureza exploratria, sem apoio de evidncia slida: Essncia O que
constitui a natureza de um ser, independentemente de este existir
de fato ou atualmente. O que constitui o cerne de um ser; natureza.
Aquilo que constitui a natureza das coisas; substncia. Esttico
Relativo esttica, ao sentimento do belo. Que tem caractersticas de
beleza; belo, harmonioso. Estoicismo Designao comum s doutrinas dos
filsofos gregos Zeno de Ccio (340-264) e seus seguidores Cleanto
(sc. III a.C.), Crisipo (280-208) e os romanos Epicteto
(c.55-c.135) e Marco Aurlio (121-180), caracterizadas sobretudo
pela considerao do problema moral, constituindo a ataraxia o ideal
do sbio. Etimologia Origem e evoluo histrica de um vocbulo. O
estudo das palavras, de sua histria, e das possveis mudanas de seu
significado. Eutansia Morte serena, sem sofrimento. Prtica, sem
amparo legal, pela qual se busca abreviar, sem dor ou sofrimento, a
vida de um doente reconhecidamente incurvel. Evidncia Carter de
objeto de conhecimento que no comporta nenhuma dvida quanto sua
verdade ou falsidade. Exguo De pequenas propores; diminuto.
Escasso, minguado. Existencialismo Filosofia existencialista de
Jean-Paul Sartre. Exotrico Diz-se de ensinamento que, em escolas da
Antiguidade grega, era transmitido ao pblico sem restrio, dado o
interesse generalizado que
11. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 9
suscitava e a forma acessvel em que podia ser exposto, por se
tratar de ensinamento dialtico, provvel, verossmil. Explicito
Expresso formalmente; claro, desenvolvido, explicado Extrnseco Que
exterior; no pertencente essncia de uma coisa. Faculdade
Capacidade, natural ou adquirida, de fazer alguma coisa. Aptido
inata; disposio, tendncia, talento, dom. Fatalidade Sorte
inevitvel; destino, fado, fatalismo. Acontecimento funesto;
infortnio, desgraa. Fatalismo Atitude ou doutrina que admite que o
curso dos acontecimentos est previamente fixado, nada podendo
alter-lo. Atitude daqueles que acreditam nessa teoria. Feedback
Termo ingls que designa retroao. Fenmeno Objeto de experimentao;
fato. O que se manifesta conscincia. No kantismo, tudo que objeto
de experincia possvel, i. e., que se pode manifestar no tempo e no
espao atravs da intuio sensvel e segundo as leis do entendimento.
Fetiche Objeto animado ou inanimado, feito pelo homem ou produzido
pela natureza, ao qual se atribui poder sobrenatural e se presta
culto; dolo, manipano. Filologia Estudo da lngua em toda a sua
amplitude, e dos documentos escritos que servem para document-la.
Filosofia Do grego philosopha, amor sabedoria. Estudo que se
caracteriza pela inteno de ampliar incessantemente a compreenso da
realidade, no sentido de apreend-la na sua totalidade, quer pela
busca da realidade capaz de abranger todas as outras, o Ser (ora
'realidade suprema', ora 'causa primeira', ora 'fim ltimo', ora
'absoluto', 'esprito', 'matria', etc.), quer pela definio do
instrumento capaz de apreender a realidade, o pensamento (as
respostas s perguntas: que a razo? o conhecimento? a conscincia? a
reflexo? que explicar? provar? que uma causa? um fundamento? uma
lei? um princpio? etc.), tornando-se o homem tema inevitvel de
considerao. Ao longo da sua histria, em razo da preeminncia que
cada filsofo atribua a qualquer daqueles temas, o pensamento
filosfico vem-se cristalizando em sistemas, cada um deles uma nova
definio da filosofia. Conjunto de estudos ou de consideraes que
tendem a reunir uma ordem determinada de conhecimentos (que
expressamente limita seu campo de pesquisa, p. ex., natureza, ou
sociedade, ou histria, ou a relaes numricas, etc.) em um nmero
reduzido de princpios que lhe servem de fundamento e lhe restringem
o alcance. Conjunto de doutrinas de uma determinada poca ou pas, ou
sistema constitudo de filosofia.
12. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 10
Formal Relativo s leis, s regras ou linguagem prprias de
determinado domnio do conhecimento, e que se consideram
independentemente do contedo, da matria ou da situao concreta a que
se aplicam: Lgica Formal. Formalismo Tendncia a priorizar, em
qualquer domnio do conhecimento, as caractersticas e relaes formais
dos objetos. Concepo fundamental da lgica matemtica, desenvolvida
principalmente a partir dos trabalhos de David Hilbert (1862-1943),
matemtico alemo, que assegura a coerncia dos sistemas pelo uso da
linguagem simblica e do mtodo axiomtico. Glamour Encanto pessoal;
magnetismo, charme. Globalizao Processo tpico da segunda mtade do
sc. XX que conduz a crescente integrao das economias e das
sociedades dos vrios pases, no que toca produo de mercadorias e
servios, aos mercados financeiros, e difuso de informaes. Gnose
Conhecimento esotrico e perfeito da divindade, e que se transmite
por tradio e mediante ritos de iniciao. Gnstico Relativo gnose, ao
conhecimento. Gregrio Que faz parte de grei ou rebanho; que vive em
bando, da tribo, do grupo... Habito Maneira usual de ser. Hedonismo
Doutrina moral do cirenasmo. Doutrina que considera que o prazer
individual e imediato o nico bem possvel, princpio e fim da vida
moral. Hedonismo Doutrina que considera que o prazer individual e
imediato o nico bem possvel, princpio e fim da vida moral; Doutrina
moral do cirenasmo. Hegelianismo Georg Wilhelm Friedrich Hegel
(1770-1831), filsofo alemo, e de seus seguidores, idealismo
absoluto que identifica a realidade com a razo ("todo real
racional"), compreendida esta por meio do desenvolvimento histrico
da conscincia, do que resultou a criao do mtodo dialtico.
Heterognico De diferente natureza. Composto de partes de diferente
natureza. Heteronomia Ausncia de autonomia. Condio de pessoa ou de
grupo que receba de um elemento que lhe exterior, ou de um princpio
estranho razo, a lei a que se deve submeter. Hiptese Proposio que
se admite de modo provisrio como princpio do qual se pode deduzir
um conjunto dado de proposies. Suposio que orienta uma investigao
por antecipar caractersticas provveis do objeto
13. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 11
investigado e que vale, quer pela confirmao dessas caractersticas,
quer pelo encontro de novos caminhos de investigao; hiptese
heurstica. Homo sapiens Homem, detentor de conhecimentos. Humanismo
Doutrina ou atitude que se situa expressamente numa perspectiva
antropocntrica, em domnios e nveis diversos, assumindo, com maior
ou menor radicalismo, as conseqncias da decorrentes. Manifesta-se o
humanismo no domnio lgico e no tico. No primeiro, aplica-se s
doutrinas que afirmam que a verdade ou a falsidade dum conhecimento
se definem em funo da sua fecundidade e eficcia relativamente ao
humana; no segundo, aplica-se quelas doutrinas que afirmam ser o
homem o criador dos valores morais, que se definem a partir das
exigncias concretas, psicolgicas, histricas, econmicas e sociais
que condicionam a vida humana. Doutrina e movimento dos humanistas
da Renascena, que ressuscitaram o culto das lnguas e literaturas
greco- latinas. Idealismo Tendncia, atitude ou doutrina que, em
graus e sentidos diversos, reduz o ser ao pensamento ou a alguma
entidade de ordem subjetiva, considerando que o esprito, ou a
conscincia, ou as idias, ou a vontade, etc., so o dado primrio com
base no qual se ho de resolver os problemas filosficos. Doutrina
segundo a qual a finalidade da arte a representao fictcia de algo
que ser mais satisfatrio para o esprito do que a realidade
objetiva. Identidade Em lgica, princpio de identidade = cada coisa
o que . Relao de duas coisas distintas reduzidas unidade de algum
ponto-de-vista. Parecena de duas coisas que s numericamente se
distinguem. Leibnis nega que possam existir, neste sentido, coisas
idnticas, porque, diz ele, seriam indiscernveis - princpio dos
indiscernveis. Ignorncia Estado de quem ignora ou desconhece alguma
coisa, no tem conhecimento dela. Ignorncia vencvel ou invencvel
(segundo seja ou no possvel faz-la desaparecer); ignorncia culpvel
ou excusvel, (segundo haja ou no o dever de faz-la desaparecer).
Iluminismo Filosofia das luzes. Partidrio do iluminismo. Imanente
(ope-se ao transcendente). Diz-se daquilo de que um ser participa,
ou a que um ser tende, ainda que por interveno de outro ser. Que
est contido em ou que provm de um ou mais seres, independentemente
de ao exterior. Imperativo Proposio que tem a forma de uma ordem.
Implcito Que est envolvido, mas no de modo claro; tcito,
subentendido. Impulso Agir por impulso: agir sem pensar, sem
planejar... Inapto No apto; no capacitado ou habilitado; inbil,
incapaz.
14. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 12
Inato Que pertence natureza de um ser. Que nasce com o indivduo;
congnito, conato. Influxo Fora extrnseca. Informal Lgica, que alm
da forma prioriza o contedo tambm. Insofismvel No sofismvel.
Instncia Ordem ou grau da hierarquia judiciria. Instinto Fator
inato do comportamento dos animais, varivel segundo a espcie, e que
se caracteriza, em determinadas condies, por atividades elementares
e automticas. Foras de origem biolgica inerentes ao homem e aos
animais superiores, e que atuam, em geral, de modo inconsciente,
mas com finalidade precisa, e independentemente de qualquer
aprendizado. Impulso espontneo e alheio razo; intuio. Intelecto A
faculdade cognitiva pela qual as impresses recebidas pelos sentidos
se tornam inteligveis, apropriadas ao intelecto passivo; intelecto
agente. Faculdade cognitiva pela qual as impresses dos sentidos, j
espiritualizadas pelo intelecto ativo , so plenamente conhecidas
(tradio aristotlico-tomista); Inteligvel Que se conhece pela
inteligncia ou pela razo. Inserido em um sistema de significaes ou
relaes lgicas j conhecidas. Que se compreende bem. Intrnseco Que
est inseparavelmente ligado a uma pessoa ou coisa; inerente;
peculiar. Que est dentro de uma coisa ou pessoa e lhe prprio;
interior, ntimo. Introspeco Observao da vida interior pelo prprio
sujeito; exame que algum faz dos prprios pensamentos e sentimentos.
Introspectivo Relativo ou pertencente introspeco. Em que h
introspeco. Intuio Conhecimento imediato de um objeto na plenitude
da sua realidade, seja este objeto de ordem material, ou
espiritual. Apreenso direta, imediata e atual de um objeto na sua
realidade individual. Ato de ver, perceber, discernir; percepo
clara e imediata; discernimento instantneo; viso. Intuitivo Que se
percebe por intuio; claro, manifesto, evidente, imediato. Dotado de
intuio. Ironia Modo de interrogar pelo qual Scrates levava o
interlocutor ao reconhecimento da sua prpria ignorncia. Juzo
Estabelecimento de uma relao determinada entre dois ou mais termos
(sujeito e predicado), relao que pode assumir o carter de ser
15. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 13
verdadeira ou falsa. Kant Immanuel Kant (1724-1804), filsofo alemo.
Sua doutrina caracterizou- se pelo criticismo que exclui da
possibilidade do conhecimento racional os objetos da metafsica e da
religio, e leva necessidade de fundamentar a moral em imperativos
categricos gerados pela razo prtica. Lapso Erro cometido por
descuido, distrao, ou esquecimento; engano involuntrio. Liberalismo
O conjunto de idias e doutrinas que visam a assegurar a liberdade
individual no campo da poltica, da moral, da religio, etc., dentro
da sociedade. Poltico: Doutrina que visa a estabelecer a liberdade
poltica do indivduo em relao ao Estado e preconiza oportunidades
iguais para todos. Econmico: Doutrina que enfatiza a iniciativa
individual, a concorrncia entre agentes econmicos, e a ausncia de
interferncia governamental, como princpios de organizao econmica.
Libido Energia motriz dos instintos de vida, de toda a conduta
ativa e criadora da espcie humana. Instinto ou desejo sexual.
Livre-arbtrio Liberum arbitrum= livre deciso. Ope-se ao
determinismo. Possibilidade de exercer um poder sem outro motivo
que no a existncia mesma desse poder; liberdade de indiferena.
Logos O princpio de inteligibilidade; a razo. Segundo Plato, o
princpio de ordem, mediador entre o mundo sensvel e o inteligvel.
Segundo Herclito, o princpio supremo de unificao, portador do
ritmo, da justia e da harmonia que regem o Universo. Maiutica
Processo dialtico e pedaggico socrtico, em que se multiplicam as
perguntas a fim de obter, por induo dos casos particulares e
concretos, um conceito geral do objeto em questo. A Maiutica era
utilizada para ensinar ao passo que a ironia para demolir os
pretensos sbios... Maniquesmo Doutrina do persa Mani ou Manes (sc.
III), sobre a qual se criou uma seita religiosa que teve adeptos na
ndia, China, frica, Itlia e S. da Espanha, e segundo a qual o
Universo foi criado e dominado por dois princpios antagnicos e
irredutveis: Deus ou o bem absoluto, e o mal absoluto ou o Diabo.
Hoje, emprega-se o termo maniquesmo para referi-se ao dualismo: bem
ou mal; cu ou inferno... Marx Karl Marx (1818-1883) filsofo alemo
Marxismo Doutrina dos tericos do socialismo, os filsofos alemes
Karl Marx (1818-1883) e Friedrich Engels (1820-1895), fundada no
materialismo dialtico, e que se desenvolveu atravs das teorias da
luta de classes e da elaborao do relacionamento entre o capital e o
trabalho, do que resultou a criao da teoria e da ttica da revoluo
proletria.
16. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 14
Materialismo Tendncia, atitude ou doutrina que admite, ou que a
matria, concebida segundo o desenvolvimento paralelo das cincias,
ou que as chamadas condies concretas materiais, so suficientes para
explicar todos os fenmenos que se apresentem investigao, inclusive
os fenmenos mentais, sociais ou histricos. O materialismo se afirma
sobretudo ante o problema da origem do mundo (que dispensa a criao
divina e se explica em termos evolutivos), o problema tico (dele
resultando moral hedonstica), o problema psicolgico (orientando a
pesquisa no sentido de estabelecer as relaes diretas entre os
fenmenos psquicos e as reaes do organismo aos estmulos ambientais),
e o problema do conhecimento (em que afirma a adequao da razo ao
conhecimento do mundo, adequao que se evidencia pelo incessante
progresso do conhecimento cientfico). Materialismo Histrico:
Doutrina do marxismo que afirma que o modo de produo da vida
material condiciona o conjunto de todos os processos da vida
social, poltica e espiritual. Materialismo Dialtico: Doutrina
fundamental do marxismo, cuja idia central que o mundo no pode ser
considerado como um complexo de coisas acabadas, mas de processos,
onde as coisas e os reflexos delas na conscincia, os conceitos,
esto em incessante movimento, gerado pelas mudanas qualitativas que
decorrem necessariamente do aumento de complicao quantitativa.
Materialismo Mecanicista: Doutrina que explica os fenmenos da
natureza reduzindo- os a processos mecnicos, a processos que se
explicam pelas leis do movimento dos corpos no espao e por mudanas
puramente quantitativas. Mecanicista Relativo ao mecanicismo.
Mecanicismo: Doutrina que admite que determinado conjunto de
fenmenos, ou mesmo toda a natureza, se reduz a um sistema de
determinaes mecnicas. Megalomania Mania de grandeza; superestima
patolgica de si mesmo, das prprias qualidades; macromania Mrito
Propriedade do ato humano em virtude do qual o homem tem direito,
quer a uma recompensa, quer a um castigo. No mbito do direito:
questo ou questes fundamentais, de fato ou de direito, que
constituem o principal objeto da lide. Metafsica Parte da
filosofia, que com ela muitas vezes se confunde, e que, em
perspectivas e com finalidades diversas, apresenta as seguintes
caractersticas gerais, ou algumas delas: um corpo de conhecimentos
racionais (e no de conhecimentos revelados ou empricos) em que se
procura determinar as regras fundamentais do pensamento (aquelas de
que devem decorrer o conjunto de princpios de qualquer outra
cincia, e a certeza e evidncia que neles reconhecemos), e que nos d
a chave do conhecimento do real, tal como este verdadeiramente (em
oposio aparncia). Segundo Aristteles, estudo do ser enquanto ser e
especulao em torno dos primeiros princpios e das causas primeiras
do ser. Metfora
17. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 15
Figura de retrica que consiste em transportar uma palavra, de seu
significado natural e prprio, para outro sentido que s por analogia
lhe convm. Tropo que consiste na transferncia de uma palavra para
um mbito semntico que no o do objeto que ela designa, e que se
fundamenta numa relao de semelhana subentendida entre o sentido
prprio e o figurado; translao. Metempsicose Doutrina segundo a qual
uma mesma alma pode animar sucessivamente corpos diversos, homens,
animais ou vegetais; transmigrao. Mito Narrativa na qual aparecem
seres e acontecimentos imaginrios, que simbolizam foras da
natureza, aspectos da vida humana, etc. Representao de fatos ou
personagens reais, exagerada pela imaginao popular, pela tradio,
etc. Monismo Doutrina filosfica segundo a qual o conjunto das
coisas pode ser reduzido unidade, quer do ponto de vista da sua
substncia (e o monismo poder ser um materialismo ou um
espiritualismo), quer do ponto de vista das leis (lgicas ou fsicas)
pelas quais o Universo se ordena (e o monismo ser lgico ou fsico).
Monotesmo Crena em um s Deus. Moral Conjunto de regras de conduta
consideradas como vlidas, quer de modo absoluto para qualquer tempo
ou lugar, quer para grupo ou pessoa determinada. Mrbido Fnebre,
enfermo, doente. Mortal Sujeito morte. Que possui um ciclo biolgico
de vida. Narcisismo O estado em que a libido dirigida ao prprio
ego; amor excessivo a si mesmo. Necessrio Ope-se ao contingente.
Diz-se de proposio que sendo verdadeira no poderia ser falsa, e
sendo falsa no poderia ser verdadeira. Diz-se daquilo que, dados
determinados antecedentes, no pode ser, ou s pode ser, tal como .
Neoplatnico Neo = novo, moderno. Relativo ao, ou que adepto do
neoplatonismo. Nirvana No budismo, estado de ausncia total de
sofrimento; paz e plenitude a que se chega por uma evaso de si que
a realizao da sabedoria. Non sequitur No se segue que Objeo Ato ou
efeito de objetar; rplica; contestao Objeto Na relao de
conhecimento, o correlato do sujeito, isto , o que conhecido, em
oposio ao que conhece. Tudo que perceptvel por
18. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 16
qualquer dos sentidos. Obscuro Sombrio, tenebroso; obscurecido;
Difcil de entender; confuso; enigmtico. Ostracismo Em Atenas e
outras cidades da Grcia antiga, desterro temporrio determinado em
plebiscito contra um cidado. Excluso, proscrio, banimento; exlio.
Pampsiquismo Doutrina segundo a qual toda matria viva e/ou possui
uma natureza psquica anloga do esprito humano. Panspermia Do grego
pansperma = mistura de sementes de todas as espcies. Sistema
daqueles segundo os quais os germes dos seres organizados se acham
espalhados por toda parte, aguardando apenas circunstncias
favorveis para se desenvolverem. Pantesmo Doutrina segundo a qual s
Deus real e o mundo um conjunto de manifestaes ou emanaes. Doutrina
segundo a qual s o mundo real, sendo Deus a soma de tudo quanto
existe. Paradigma Termo com o qual Thomas Kuhn designou as
realizaes cientficas (p. ex., a dinmica de Newton ou a qumica de
Lavoisier) que geram modelos que, por perodo mais ou menos longo e
de modo mais ou menos explcito, orientam o desenvolvimento
posterior das pesquisas exclusivamente na busca da soluo para os
problemas por elas suscitados. Parmetro Qualquer dado que, ao mudar
de valor, modifica a soluo de um problema ou a representao de um
objeto, sem mudar a natureza dos mesmos. Patrstica Cincia que tem
por objeto a doutrina dos Santos Padres e a histria literria dessa
doutrina. Nem todos os autores estudados, pertinentes a patrstica
foram necessariamente padres. Petio Petio de princpio: Paralogismo
que consiste em apoiar-se uma demonstrao sobre a tese que se
pretende demonstrar. Politesmo Religio em que h pluralidade de
deuses. Por acaso Carter de acontecimento imprevisvel com relao s
causas que o determinam (p. ex., a premiao de um bilhete), ou
injustificvel com respeito significao assumida (p. ex., um atraso
de segundos que provoca um desastre). Na concepo
aristotlica-tomista o acaso no existe: o simples fato de ser
possvel de ocorrer, exclui o caso Por acidente Em razo das
circunstncias. Sofisma do acidente: consiste em tomar p essencial
ou habitual, o que no passa de um acidente.(Ex. Este remdio me
produziu fadiga; portanto, todos os remdios so nocivos); Converso
por acidente: na qual invertem uma mudana de quantidade
19. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 17 caso
da universal afirmativa que se converte em particular afirmativa
(Ex. Todo homem mortal. Algum homem mortal). Por compreenso
Conotao. Conjunto das caractersticas gerais que formam um conceito
e que so os atributos dos objetos designados por um termo. Por
extenso Denotao. Conjunto dos objetos designados por um termo, e
dos quais o conceito atributo comum; / generalizao. Positivismo
Doutrina de Auguste Comte, caracterizada, sobretudo, pela orientao
antimetafsica e antiteolgica que pretendia imprimir filosofia, e
por preconizar como vlida unicamente a admisso de conhecimentos
baseados em fatos e dados da experincia; comtismo Postulado
Proposio no evidente nem demonstrvel, que se admite como princpio
de um sistema dedutvel, de uma operao lgica ou de um sistema de
normas prticas. Pragmtico Relativo ao pragmatismo; pragmatista.
Suscetvel de aplicaes prticas; voltado para a ao. Pragmatismo: As
doutrinas de C. S. Peirce, W. James, J. Dewey e do literato alemo
Friedrich J. C. Schiller (1759- 1805), cuja tese fundamental que a
verdade de uma doutrina consiste no fato de que ela seja til e
propicie alguma espcie de xito ou satisfao. Prxis No marxismo, o
conjunto das atividades humanas tendentes a criar as condies
indispensveis existncia da sociedade e, particularmente, atividade
material, produo; prtica. Preceito Regra de proceder; norma.
Ensinamento, doutrina. Ordem, determinao, prescrio. Premissa Cada
uma das proposies de um silogismo que serve de base concluso.
Premissa maior: A que encerra o termo maior, (o predicado da
concluso). Premissa menor: A que encerra o termo menor, (o sujeito
da concluso). Premonio Sensao ou advertncia antecipada do que vai
acontecer; pressentimento. Prerrogativa Faculdade ou vantagem de
que desfrutam os seres de um determinado grupo ou espcie; apangio,
privilgio. Primazia Prioridade. Excelncia, superioridade.
Procedente Que procede; proveniente, oriundo. Por ex. Seu argumento
procede ( pertinente, faz sentido...) Prlogo (Teatral) A primeira
parte, dialogada, da tragdia, no antigo teatro grego. Cena
introdutria, onde, em geral, se fornecem dados prvios elucidativos
do enredo da pea.
20. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 18
Proposio Expresso verbal ou simblica suscetvel de ser dita
verdadeira ou falsa; sentena. Proposio categrica: Proposio que
afirma ou nega que uma classe esteja includa em outra, no todo ou
em parte. Providencial Que vem a propsito; muito oportuno; feliz
Pseudo Falso Psique A alma, o esprito, a mente. Raciocnio Processo
discursivo pelo qual se passa de proposies conhecidas ou assumidas
(as premissas) a outra proposio (a concluso) qual so atribudos
graus diversos de assentimento; argumento. Racionalismo Doutrina
que considera ser o real plenamente cognoscvel pela razo ou pela
inteligncia, em detrimento da intuio, da vontade, da sensibilidade,
etc.; intelectualismo. Doutrina que admite, quanto origem do
conhecimento, que este, em ltima instncia, determinado por
princpios racionais, inatos ou a priori, ainda que se possa
condicionar a validade do uso desses princpios disponibilidade de
dados empricos. Realidade Carter do que real. Aquilo que existe
efetivamente (seja de que modo for). Reflexo Ato pelo qual a ateno
afastada do mundo exterior e concentrada nos fatos de conscincia
(imagem, idia, juzo) enquanto objeto. Refutabilidade Filosofia das
Cincias: doutrina do falseamento de Karl Popper (1902- 1994) O
falsificacionista admite francamente que a observao guiada pela
teoria e a pressupe. Uma vez propostas, as teorias especulativas
tero que ser comprovadas rigorosa e implacavelmente pela observao e
a experimentao. As teorias que no superam as provas observveis e
experimentais devem ser eliminadas e substitudas por outras
conjecturas especulativas. A cincia progride graas ao ensaio e ao
erro, s conjecturas e refutaes. Refutao Ato ou efeito de refutar.
Trecho do discurso no qual se refutam ou rebatem os argumentos do
adversrio. Relativismo Atitude ou doutrina que afirma que as
verdades (morais, religiosas, polticas, cientficas, etc.) variam
conforme a poca, o lugar, o grupo social e os indivduos. Relevncia
Qualidade de relevante. Grande valor, convenincia ou interesse;
importncia, relevo. Restrio Ato ou efeito de restringir. Reticente
Reservado, incompleto
21. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 19
Retrica Quando dizem isso apenas retrica: Discurso de forma
primorosa, porm s vezes vazio de contedo. Estudo do uso persuasivo
da linguagem, em especial para o treinamento de oradores.
Retroativo Relativo ao passado. Que retroage. Retrgrado Aquele que
contribui para retroceder uma sociedade ou instituio a um estado
que se julga inferior. Romantismo Movimento de reao ao iluminismo,
cujos representantes principais foram Johann Gottlieb Fichte
(1762-1814), Friedrich Wilhelm Joseph von Schelling (1775-1854),
Friedrich von Schlegel (1772-1829) e Hegel, filsofos idealistas
alemes, e o telogo alemo Friedrich Ernst Daniel Schleiermacher
(1768-1834), que, na busca da unidade com o Absoluto, preconizava a
volta aos temas medievais, a inspirao nas religies orientais, a
exaltao dos instintos, dos sentimentos, da imaginao e da fantasia,
e a valorizao dos transportes msticos. Semntica O estudo da relao
de significao nos signos e da representao do sentido dos
enunciados. Estudo das mudanas ou translaes sofridas, no tempo e no
espao, pela significao das palavras; semasiologia, sematologia,
semitica. Sneca Annaeus Sneca, o Velho 55 a.C. 39 d.C. (Declamaes)
Lucius Annaeus Seneca (4 a.C. - 65 d.C) Filsofo do estoicismo
ecltico. Retrico, advogado, membro do Senado Romano. Perseguido por
Calgula, tornou-se conselheiro de Nero em 62 d.C. e em 65 d.C.,
condenado ao suicdio pelo prprio Nero. Sensvel Dotado de sentido. O
que o sentido percebe em razo de si mesmo (Por exemplo: a cor para
a vista, o odor para o olfato, etc.) Que pode ser conhecido pelos
sentidos. Ser um dos vocbulos mais difceis de esclarecimento, no s
por causa das suas diversas significaes mas tambm por causa das
muitas interpretaes que se tm dado a cada uma das significaes. s
vezes entende-se o ser como a essncia, outras vezes como a
existncia; outras como o ente; outras ainda como a substncia. O ser
amplamente estudado em Filosofia. Existem tratados sobre o ser.
Silogismo Deduo formal tal que, postas duas proposies, chamadas
premissas, delas, por inferncia, se tira uma terceira, chamada
concluso. Silogismo apodctico: Aquele cujas premissas so
verdadeiras; silogismo demonstrativo; Silogismo categrico:
Silogismo composto de trs juzos categricos. Silogismo dialtico:
Segundo Aristteles, aquele cujas premissas so provveis
(epiquerema). Silogismo disjuntivo: O que tem como premissa maior
uma proposio disjuntiva. Silogismo hipottico: Silogismo que tem ao
menos uma premissa hipottica. Silogismo modal: O que tem por
premissa pelo menos uma proposio modal.
22. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 20
Simbolismo Escola literria do fim do sc. XIX, que se originou na
Frana, surgida como reao contra o parnasianismo, e que,
caracterizando-se por uma viso subjetiva, simblica e espiritual do
mundo, adotou novas formas de expresso, traduzindo as impresses por
meio de uma linguagem em que dominava a preocupao esttica. Escola
de tendncias anlogas, nas artes plsticas e na msica. Simultneo Que
ocorre ou feito ao mesmo tempo ou quase ao mesmo tempo que outra
coisa; concomitante; tautcrono Sinapse Conexo entre dois neurnios
vizinhos, da qual h mais de um tipo, segundo as formaes que fazem o
contato entre essas clulas para que se propague o impulso nervoso
de uma para outra. Sincronismo Relao entre fatos, movimentos ou
eventos sincrnicos. Carl Jung (1875- 1961), Sincronicidade e o
Inconsciente Colectivo: Afirmou haver uma sincronicidade entre a
mente e o mundo fenomenolgico da percepo. Sincronicidade um
principio explicatrio; explica "coincidencias significativas" .
Singular Que no vulgar; especial, raro, extraordinrio. Que se
aplica a um s sujeito. Sintaxe Parte da gramtica que estuda a
disposio das palavras na frase e a das frases no discurso, bem como
a relao lgica das frases entre si; construo gramatical. Comando que
os programadores desenvolvem para que um programa execute uma
determinada funo. Estrutura formal da lgica. Sntese Fuso de uma
tese e de uma anttese numa noo ou numa proposio nova que retm o que
elas tm de legtimo e as combina mediante a introduo de um ponto de
vista superior. Determinao de proposies que so conseqncia de
proposies consideradas como certas. Sofisma Argumento aparentemente
vlido, mas, na realidade, no conclusivo, e que supe m-f por parte
de quem o apresenta; falcia, silogismo erstico. Argumento que parte
de premissas verdadeiras, ou tidas como verdadeiras, e chega a uma
concluso inadmissvel, que no pode enganar ningum, mas que se
apresenta como resultante das regras formais do raciocnio; falcia.
Sofista Cada um dos personagens contemporneos de Scrates que
chamavam a si a profisso de ensinar a sabedoria e a habilidade, e
entre os quais se destacam Protgoras (480-410 a.C.), que afirmava
ser o homem a medida de todas as coisas, e Grgias (485-380 a.C.),
que atribua grande importncia linguagem. Os sofistas desenvolveram
especialmente a retrica, a eloqncia e a gramtica. Solipsismo
Extrema conseqncia do idealismo que consiste em afirma que o eu
individual (com o sistema de suas representaes) constitui por si
s
23. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 21 todo
o real. Doutrina segundo a qual a nica realidade no mundo o eu.
Subjetivismo Tendncia a atribuir carter subjetivo realidade,
verdade e aos valores. Tendncia a reduzir toda existncia existncia
do pensamento em geral. Subjetivo Diz-se do que vlido para um s
sujeito e que s a ele pertence, pois integra o domnio das
atividades psquicas, sentimentais, emocionais, volitivas, etc.
deste sujeito Subsdio Referencial terico, embasamento... Substncia
Na tradio aristotlico-tomista, o que h de permanente nas coisas que
mudam, e que o suporte sempre idntico das sucessivas qualidades
resultantes das transformaes; hipstase. O que existe por si mesmo,
sem supor outro ser de que seja atributo. Substrato O que serve de
suporte a outra existncia, considerada esta outra como modo ou
acidente. Subverter Desordenar, corromper. Sucesso Relao de termos
temporais que se seguem de um modo contnuo... Sui generis Que no
apresenta analogia com nenhuma outra (pessoa ou coisa); peculiar.
Sujeio Ato ou efeito de sujeitar(-se). Dependncia; submisso,
obedincia: Servido, escravido. Sujeito O indivduo real, que
portador de determinaes e que capaz de propor objetivos e praticar
aes. Na relao de conhecimento, o correlato objeto, isto , o que
conhece, em oposio ao que conhecido: o pensamento, a percepo, a
intuio, etc. Na proposio, termo de que se nega ou se afirma alguma
coisa. Superego Instncia da personalidade formadora de ideais, e
que age inconscientemente sobre o ego contra as pulses suscetveis
de provocar sentimento de culpa. Suprfluo Que demais; intil por
excesso; desnecessrio Suposio Ato ou efeito de supor. Hiptese,
conjetura. Tangvel Que pode ser tangido, tocado ou apalpado;
palpvel, sensvel. Tesmo Doutrina que admite a existncia de um deus
pessoal, causa do mundo. (pe-se ao atesmo) Termo maior Premissa
maior (o predicado da concluso).
24. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 22
Termo menor Premissa menor (o sujeito da concluso). Tese O primeiro
momento do processo dialtico: tese, anttese e sntese. Na
argumentao, afirmao de um ponto de doutrina que nos comprometemos a
provar ou a defender contra as objees. Tomismo Doutrina escolstica
de S. Toms de Aquino (1225-1274), telogo italiano, adotada
oficialmente pela Igreja Catlica, e que se caracteriza sobretudo
pela conciliao do aristotelismo com o cristianismo. Tpico Parte da
sentena sobre a qual se veicula informao; tema. Num pargrafo, a
sentena que contm a idia principal. Totem Em diversos povos e
sociedades, animal, vegetal ou qualquer entidade ou objeto em relao
ao qual um grupo ou subgrupo social (p. ex., uma tribo ou um cl) se
coloca numa relao simblica especial, que envolve crenas e prticas
especficas, variveis conforme a sociedade ou cultura considerada.
Transcendncia Qualidade ou estado de transcendente. O conjunto de
atributos do Criador que lhe ressaltam a superioridade em relao
criatura. Transobjetivo Carter do que est alm do objeto pensado
como tal. Upanixades Texto filosfico composto entre os sc. VIII e
IV a. C., anexado ao Veda (livros sagrados), e no qual se
desenvolve a reflexo acerca do relacionamento entre tm e Brama;
vedanta. Utopia Pas imaginrio, criao de Thomas Morus (1480-1535),
escritor ingls, onde um governo, organizado da melhor maneira,
proporciona timas condies de vida a um povo equilibrado e feliz.
Projeto irrealizvel; quimera; fantasia. Utpico Relativo a utopia.
Que encerra utopia; irrealizvel, quimrico. Valor Carter do que, de
modo relativo (ou para um s ou para alguns) ou de modo absoluto
(para todos), tido ou deve ser tido como objeto de estima ou de
desejo. Virtude Disposio firme e constante para a prtica do bem.
(Ope-se a vcio); Boa qualidade moral; fora moral; valor. Ato
virtuoso. Castidade, pureza. Modo austero de vida. Vontade
Capacidade de escolha, de deciso; Faculdade de representar
mentalmente um ato que pode ou no ser praticado em obedincia a um
impulso ou a motivos ditados pela razo.
25. VOCABULRIO DE FILOSOFIA - Prof. Francisco Bornholdt 23
Bibliografia: JOLIVET, Regis. Vocabulrio de Filosofia.Rio de
Janeiro, Ed. Agir. 1975; MORA, Jos Ferrater. Dicionrio de
Filosofia. Lisboa, Publicaes Dom Quixote, 1978. MARIA, Julian.
Histria da Filosofia. Porto, Ed. Sousa e Almeida, (?) JOLIVET,
Regis. Tratado de Filosofia, Rio de Janeiro, Ed. Agir 1972. (vol I,
II e III). Dicionrio Aurlio Eletrnico Sculo XXI de Aurlio Buarque
de Holanda Ferreira.