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Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 2011 Ano 87 - Nº 23.420 Jornal do empreendedor R$ 1,40 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 4 2 0 HOJE Chuvoso durante o dia e à noite. Máxima 20º C. Mínima 15º C. AMANHÃ Chuva pela manhã. Depois, pode garoar. Máxima 19º C. Mínima 13º C. Discreta inspiração R$ 800.000.000.000 Projeções mostram que, daqui a dois anos, nesse rugir de Leão, em 22 de julho de 2013 o impostômetro já estará na casa do trilhão. Pág. 13 É HOJE ! Impostômetro atinge nova marca às 13 horas Salve-se a Grécia. Para salvar a Europa. O segundo pacote de ajuda é de 159 bilhões de euros. Aprovado ontem por líderes europeus, inclui empréstimos oficiais, contribuições do setor privado e medidas para conter o contágio de economias mais frágeis da União Europeia. "Usamos a crise grega para dar um salto qualitativo na governança da zona do euro", afirmou o presidente francês Sarkozy. Pág. 15 e Editorial, à pág.3 Sonhos de Ícaro em céus do Brasil Procura por voos domésticos cresce 19,54%. Pag. 16 Stan Honda/AFP O pouso de uma era Atlantis volta à Terra e põe fim às viagens dos ônibus espaciais. Pág. 12 Surge Dilma, a 'faxineira' de ministérios Embalada pela crise nos Transportes, presidente decide investir na austeridade e deixa claro que não vai segurar ninguém sob suspeição. Pág.5 Passageiras sofrem ataques sexuais no metrô Ontem, homem foi detido ao tentar abusar de uma mulher em trem na estação Anhangabaú. Na terça-feira, o ataque foi na estação Sacomã. Pág.9 Brancos, mas sem taxímetro. A nova cor preferida para carrões, como o BMW. Pág. 18 Leandro Moraes/LUZ Amparo é zen! E fica pertinho de São Paulo. Boa Viagem. Pág. 11 Divulgação O leitor em 1º Escritor e jornalista Roberto Taddei estreia no DCultura com o ensaio "O que vem primeiro: o leitor ou o livro?" Mário Canivello C hico lança Chico, novo álbum, nascido do livro Leite Derramado. É mais um trabalho encerrando trama de enigmas, marca do artista. Recatado, fiel aos amigos, criterioso artífice das palavras, diga-se o que quiser desse músico-poeta: ele não dá respostas fáceis, mas não abre mão do encanto. Leia ainda: detetive Archer: livrinhos notáveis; preciosidades imperiais; Krajcberg. E Roda do Vinho. d cultura

Diário do Comércio

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22 jul 2011

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Page 1: Diário do Comércio

Conclusão: 23h45 www.dcomercio.com.br São Paulo, sexta-feira, 22 de julho de 2011

Ano 87 - Nº 23.420 Jornal do empreendedorR$ 1,40

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23420

HOJEChuvoso durante o dia e à noite.

Máxima 20º C. Mínima 15º C.

AMANHÃChuva pela manhã. Depois, pode garoar.

Máxima 19º C. Mínima 13º C.

Discretainspiração

R$800.000.000.000Projeções mostram que, daqui a dois anos, nesse rugir de Leão, em 22 de julho de 2013 o impostômetro já estará na casa do trilhão. P á g. 13

É HOJE !Imp ostômetro

atinge novamarca às 13 horas

Salve-se a Grécia.Para salvar aEuropa.O segundo pacote de ajuda é de 159 bilhões de euros.Aprovado ontem por líderes europeus, inclui empréstimosoficiais, contribuições do setor privado e medidas paraconter o contágio de economias mais frágeisda União Europeia. "Usamos a crisegrega para dar um salto qualitativona governança da zona do euro",afirmou o presidente francêsSarkozy. Pág. 15 eEditorial, à pág. 3

Sonhos de Ícaroem céus do Brasil

Procura por voos domésticos cresce 19,54%. Pag. 16

Stan Honda/AFP

O pouso deuma era

Atlantis voltaà Terra e põe fim às

viagens dosônibus espaciais. P á g. 12

Surge Dilma,a 'faxineira' de

ministér iosEmbalada pela crise nos Transportes, presidentedecide investir na austeridade e deixa claro quenão vai segurar ninguém sob suspeição. Pág. 5

Pa s s a g e i ra ssofrem ataques

sexuais no metrôOntem, homem foi detido ao tentar abusar de

uma mulher em trem na estação Anhangabaú. Naterça-feira, o ataque foi na estação Sacomã. Pág. 9

B ra n c o s,mas semt a x í m e t r o.

A nova corpreferida para carrões,como o BMW. Pág. 18

Leandro Moraes/LUZ

Amparo é zen!E fica pertinho de São Paulo.Boa Viagem. P á g. 11

Divulgação

O leitor em 1ºEscritor e jornalista RobertoTaddei estreia no DCulturacom o ensaio "O que vem

primeiro: o leitor ou o livro?"

Mário Canivello

Chico lança Chico, novoálbum, nascido do

livro Leite Derramado. É maisum trabalho encerrandotrama de enigmas, marca doartista. Recatado, fiel aosamigos, criterioso artíficedas palavras, diga-se o quequiser desse músico-poeta:ele não dá respostas fáceis,mas não abre mão doencanto. Leia ainda:detetive Archer: livrinhosnotáveis; preciosidadesimperiais;K r a j c b e rg .E Roda do Vinho. dcultura

Page 2: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

E A TORNEIRADO COPOMC O N T I N UA

PI N G A N D O . . .

ROBERTO

FENDT

Como era amplamenteesperado, o Comitê dePolít ica Monetária(Copom) do Banco

Central (BC) elevou novamente ataxa Selic em 0,25 ponto percen-tual. Com o novo aumento, a taxade referência passou a 12,5% aoano. A grande dúvida que pairanão diz respeito à decisão da reu-nião do Copom de julho, mas simquanto às decisões das reuniõesde agosto e de outubro.

A parcela majoritária do merca-do, de acordo com o boletim Focusdo BC, espera mais uma elevaçãode 0,25% este ano. Mas o grupodas cinco instituições financeirascom maior acerto em suas previ-sões aposta em mais duas altas de0,25% antes do final do ano.

A divergência é pequena, se con-siderarmos que há sete meses o Co-pom vem elevando a Selic em dosesde 0,25%. Há quem critique essa de-cisão, argumentando que teria sidomelhor uma dosagem maior emum lapso de tempo menor.

Se o Copom assim tivesse pro-cedido, a inflação, segundo essescríticos, já teria começado a dar si-nais de ceder de forma sustentá-vel, em lugar de continuar a subiraté pelo menos setembro, no acu-mulado de 12 meses.

Essas afirmações são sempre ar-riscadas, já que se trata de umexercício de história contrafac-tual. Não havia como garantir queo acumulado de 1,75 ponto per-centual da alta da Selic este ano te-ria produzido melhores efeitos so-bre a inflação se tivesse sido o re-sultado, por exemplo, de uma altade 0,75% seguida de duas altas de0,5% cada uma.

O que é certo é que a inflação nãoestaria por cima do centro da metahá tantos meses se o Copom tivesseiniciado o ciclo de alta no terceirotrimestre do ano passado.

Naquela ocasião a inflação jácomeçava a acelerar e a proximi-dade das eleições, argumentamalguns, levou o BC a por em prá-tica medidas macroprudenciais,em lugar de aumentar a Selic.

De qualquer forma, não adian-ta chorar sobre o leite derrama-

do. A inflação está aí, custará aceder com a estratégia do Co-pom, para alguns excessivamen-te gradualista, e só resta esperarque em 2012 ela venha a conver-gir vagarosamente para o centroda meta (4,5%).

Para que isso ocorra é ne-cessário que a demandaagregada, superaqueci-

da, se contraia. Ao contrário doque se afirma com frequência,não é necessário que o lado realda economia seja desaquecido.Se não tivéssemos um câmbiotão valorizado, parte da deman-da interna por produtos manufa-turados poderia ser direcionadapara o exterior, sustentando aprodução e o emprego.

Na atual circunstância de umcâmbio valorizado que veio paraficar, isso não ocorrerá e a políticado BC acabará por ter efeitos nega-tivos sobre o nível de atividade e

EYMAR

MASCARO

LULA VAI ÀCAÇA DE VOTOS

Oposição colocaLula na mira, masespera tambémcomprometer aimagem de Dilma,embora ela tenhaagido com rapideze defenestradoAntonio Paloccie Nascimentodos ministérios.

Depois de umaquarentena de seismeses, Lula vai voltar

aos palanques e às viagenspelo País, para reforçaro PT nas eleições municipaisdo ano que vem. Como oseguro morreu de velho,o ex-presidente aproveitaos contatos com o públicopara não ser esquecido,uma vez que ele podevoltar a ser candidato aoPlanalto em 2014.

Quando assumiu o poderpara exercer o primeiromandato, Lula cansou dedizer ter recebido deFernando Henrique uma"herança maldita",reclamando muito de umquadro de 10 milhões dedesempregados. Agora,é ele que é acusado de terimposto a Dilma Rousseff osnomes de Antonio Paloccie Alfredo Nascimento paraos ministérios da Casa Civile dos Transportes. Ambosforam envolvidos emcasos de corrupção.

Ao mesmo tempoque, por motivo de precaução,a oposição coloca Lulana alça de mira, PSDB e DEMaproveitam paracomprometer também aimagem da atual presidente,embora Dilma tivesseagido com rapidez edefenestrado Palocci eNascimento dos ministérios.

A oposição sabeque em 2014 terá deenfrentar na eleiçãopresidencial Lulaou a própriaDilma. Além deter sido apeadodo ministério,Alfredo Nascimentocorre o risco deperder o mandatode senador, porque o PSOLadmite que ele feriuo decoro parlamentar aoser acusado de envolvimentoem maracutaias.

Nas viagens que farápelos estados, Lula

espera entusiasmar aslideranças políticas regionaisdo PT a lançar candidatos combom potencial de voto para asprincipais prefeituras. Lulaadmite que se o PT conseguireleger mais prefeitos evereadores do que naseleições de 2008, o partidofacilitará sua campanhapresidencial em 2014.

O ex-presidente está deolho, principalmente, nasprefeituras das capitais e nosmunicípios com mais de200 mil habitantes. Mas oPSDB não dorme no ponto edispõe de dois pré-candidatosà presidência, Aécio Nevese José Serra.

Para os tucanos, éobrigatório o partidoneutralizar já os efeitos dasandanças de Lula. Nada maisimportante do que mobilizar

suas lideranças nos estadosnos dias em que PT receber avisita do ex-presidente. Osoito governadores eleitos pelopartido estão sendoconvocados para tambémpreparar bons candidatos paraas eleições do ano que vem.

O PSDB quer minaro PT sobretudo nas

regiões em que DilmaRousseff venceu as eleiçõesno ano passado. Uma daspreocupações no PT e PSDBé com a eleição de prefeitoem São Paulo. No casoespecífico do PSDB, o partidovai insistir para que JoséSerra aceite ser candidato.

Os tucanos estãoconvencidos de que Serraé o candidato ideal parasuceder a Gilberto Kassab. Até

o momento, porém,Serra tem recusadoo convite deGeraldo Alckmin eacha que ainda temesperança detentar uma novac andidaturapresidencial em

2014. Seu argumentoé que foi bem

sucedido nas eleições de 2010: apesar de ter sido derrotadopor Dilma, ele alcançou44 milhões de votos.

O Planalto esperapelas próximas pesquisas

para conferir se DilmaRousseff sofreu arranhões nasua imagem, após asdenúncias de corrupção noseu governo. Mas os petistasentendem que a presidentenão seria prejudicada porter demitido as pessoasenvolvidas nas denúncias.

A própria oposição foisurpreendida com a rapidezda ação de Dilma Rousseff.Apesar da crise no governo,Dilma está convicta de queterá chance de ser candidata àreeleição se estiver com os"ibopes" em alta, quando opartido escolher seucandidato. Mas o PT jáadmitiu que se a presidenteestiver em baixa, o candidatodo partido será Lula.

EYMAR MASC ARO É J O R N A L I S TA E

CO M E N TA R I S TA P O L Í T I CO

MASC ARO@B I G H O S T.CO M .BR

sobre o emprego. São efeitos de to-do indesejados.

Indesejadas também são asdistorções causadas pela políticaindustrial seletiva do governosobre a própria Selic e sobre o de-ficit público. Desde 2009, a taxade juros de longo prazo (TJLP),praticada por mais de 80% dosempréstimos do Banco Nacionalde Desenvolvimento Econômicoe Social (BNDES) permanece cra-vada em 6% ao ano.

A primeira dessas distor-ções decorre do fato deque a taxa real de juros

desses empréstimos (a taxa no-minal cobrada, deduzida a infla-ção) ficará negativa enquanto ainflação dos doze meses seguin-tes for superior a 6%.

É claro que não se espera issonos próximos 12 meses, mas a in-flação média do período não fi-cará muito abaixo dos 6%. Isso

quer dizer que os empréstimoscom equalização de taxas prati-cados pelo BNDES não terão pra-ticamente custo real nos próxi-mos 12 meses.

Uma outra maneira de vero problema é levar emconta que um braço do

governo, o BC, estará pagando12,5% ao ano na captação de recur-sos no mercado com a colocaçãode novos títulos, enquanto outrobraço, o BNDES, empresta dinhei-ro a 6% aos beneficiários de seusempréstimos subsidiados. Não épouco dinheiro, já que a diferençade taxas, de 6,5 pontos percen-tuais, deve incidir sobre parcelados empréstimos de R$ 150 bi-lhões do Banco este ano.

Mesmo levando em conta quenem todas as operações do BN-DES contam com o benefício daequalização de taxa de juros, oscontribuintes pagarão subsídiossuperiores a R$ 5 bilhões se o dife-rencial entre a Selic e a TJLP per-manecer no patamar atual nospróximos 12 meses.

Não se trata de quantia peque-na, por qualquer critério que sequeira utilizar para avaliá-la. Pa-ra ficar na esfera das contas pú-blicas, esse subsídio a um grupopequeno e selecionado de seto-res corresponde a quase 5,5% dodéficit nominal de 2010, da or-dem de R$ 93,6 bilhões.

Se quisermos uma comparaçãomais próxima da população po-bre, o valor do subsídio é da mes-ma ordem de grandeza do progra-ma Bolsa Família, que teve dota-ção de quase R$ 7 bilhões no orça-mento de 2010, beneficiando maisde 50 milhões de brasileiros abai-xo da linha da pobreza.

RO B E RTO FENDT É E C O N O M I S TA

A parcela majoritária do mercadoespera mais uma elevação de

0,25% neste ano. Mas as instituiçõesfinanceiras com maior acerto

nas previsões apostam em maisduas altas de 0,25%.

A grande dúvida não diz respeito à decisão do Copom de julho, mas quanto às decisões de agosto e de outubro.Roberto Fendt

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCláudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, João de Scantimburgo, Marcel SolimeoDiretor-Resp onsável João de Scantimburgo ([email protected]) Diretor de Redação Moisés Rabinovici ([email protected])

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opinião

Page 3: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

NEILYES, NÓS TEMOS OS SARNEYS;ELES TIVERAM OS KENNEDYS.

OS JOVENS PAGAMPELA GRÉCIA THOMAS L.

FRIEDMAN

GREGOS QUE CHEGAM À MAIORIDADE AGORA NÃO GANHARÃO UMA MIGALHA: SÓ RECEBERÃO A CONTA.opinião

Atevê paga está exibindoa produção canadenseThe Kennedys, minissérie

em 8 episódios, que reconstroiquase à perfeição o climafinanceiro, político, social, deintrigas e de bandidagem nadisputa pelo poder nos EstadosUnidos, quando viveu, reinou,gozou, sofreu e sumiu a famíliamais marcante do século 20.

A famíglia Corleone e seuG odfather, Don Vito, ficçãoprimorosamente feita realidadepelo cinema, não chega nemao calcanhar de The Kennedys,comandados com mãode ferro e bolsos repletos dedólares, muitos deles bemsujos e alguns poucos nemtão bem lavados, pelo ChefãoJoe F. Kennedy Senior,realidade primorosamentefeita ficção pela tevê.

A vida não copia a arte,como disse Oscar Wilde. A artenunca atingirá os limites dadramaticidade, as alturas docéu ou as profundezas doinferno que fazem da vidao que a vida é. Um beijo deficção nunca terá o calor e osabor de um beijo real.

G odfather, após 3 filmes,muitos O scars e milhões dedólares nas bilheterias, nãoteve happy end. MichaelCorleone, herdeiro de DonVito, morreu rico, abandonadoe infeliz no seu casarão naSicília. O último filme mostrou oesforço que fez para redimir-se

e limpar a sua fortuna.Redimiu-se, mas não limpou afortuna. Não há fortuna limpa:"Por trás de toda fortunahá sempre um grande crime",sentenciou Balzac, maisconhecido por cantar asdelícias da mulher de 30 (anos).

Em The Kennedys, apósos 8 episódios da minissériecom milhões e milhões detelespectadores, aconteceexatamente o que todossabíamos que iria acontecer:tragédia. O irmão maisvelho do mocinho, Joe Junior,o mocinho, John (Jack), o paido mocinho, Joe Senior, e oirmão mais novo do mocinho,Bobby, morrem trágicamenteno começo, no meio, antesdo fim e no fim. Jack e Bobbyassassinados. É tragédia maisdo que conhecida.

Quem torceu, sofreu,suou e até chorou, nem

assim viu happy end. Muitosanos depois do drama familiarque comoveu o mundo, o filhomais novo de Jack e Jackie,John-John, morreu comsua bela namorada na quedado avião que ele pilotava.

Joel Surnow, roteirista eprodutor executivo e JonCassar, diretor e roteirista– conhecidos e premiados porseu trabalho nas 8 temporadasda série 24 Horas e no longaRe d e m p t i o n , que contavam asaga de Jack Bauer, o agente de

contraterrorismo maisamado pelos direitistas domundo inteiro, e nas 9temporadas da série Nik ita,com a colaboração de LucBesson, criador do filme Nik ita,a assassina, que deu origem àsérie – afirmam que Th eKe n n e dy s não é documentárionem docudrama, "é ficção".

Ficção, ah, tá. Suamos frio deotários que somos na crise dosmísseis de Cuba, esperando acada segundo que explodisseuma ogiva nuclear nas nossas

cabeças, dando inicio à últimade todas as guerras.Respiramos aliviados quandoKrushev recuou e nossas vidasforam salvas quase por milagre.Os falcões militaristas exigiamum ataque imediato a Cuba.Jack, presidente, e Bobby,procurador geral, resistiram.Salvaram o mundo.

Choramos quandovimos Jackie Kennedy (maistarde Jackie O, de Onassis)engatinhando no porta-malasdo carro aberto em Dallas, para

pegar um punhado do cérebrodo presidente Kennedy, queespirrou da cabeça explodidapor uma bala atribuída aLee Harvey Oswald.

Ficamos admirados quandoJoe Senior, milionário, não teveo menor escrúpulo em pedirdinheiro para Sam Giancana,capo mafioso de Chicago,para a campanha do seu filhoJohn (Jack) F. Kennedy.

Ficamos chocadosquando o mesmo Joe

Senior autorizou, sem omenor escrúpulo e nem oconhecimento da sua esposaRose, a lobotomização da filhaRose Marie (Rosie) Kennedy.A desculpa esfarrapadaque deu foi que a filha,diagnosticada "moron"(idiota), com um QI de apenas50, poderia segundo a crençada época transformar-se emprostituta, ou "engravidarde um desconhecido nasesquinas", o que seria "umavergonha para a família".

Caímos da poltronaquando Joe Senior e Bobby,separadamente, trataramFrank Sinatra, The Voice”, comoum mafiosinho moleque derecados dos mafiosões à vera.Caímos na risada quandoSam Giancana planta suaamante, uma tremendagostosinha, para dividir a camacom o insaciável presidente,e quem sabe recolher algum

segredinho de travesseiro.R ecolheu.

A boca fica cheia d´águaquando La Monroe atira-seem cima de Jack. Quando elafica "inconveniente", Jack pedea Bobby que vá afastá-la dasua vida, "limpar a sujeira",como Bobby dizia. Fiel e leal aoirmão, Bobby foi e La Monroeatirou-se sobre ele também.Fiel e leal à sua mulher, a docee risonha Ethel, com quemtinha então uns sete filhos(acho que teve ao todo dezou onze), Bobby desprezaa loiraça belzebu– acredite sequiser. Aqui, eu e você ficamoscom a certeza de queThe Kennedys é mesmo ficção.

Ver a Jackie, vivida nasérie por Kate Holmes, a

senhora Tom Cruise, é quasevê-la ressuscitada; a meninaque fazia beicinho na sérieDawson´s Creek dá um showde emoção e verossimilhança.

Acaba a série e você saiperdendo. Entende porqueNelson Rodrigues diziaque "o brasileiro tem complexode vira-latas" – eles tiveramos Kennedys, nós temos osSarneys. José Ribamar,dona Marli, Roseana, Zequinha,Fernando e o Maranhão,com o mais baixo IDH do Brasil .Tá bom ou quer mais ?

FAXINA ? rsrsrs

NEIL FERREIR A É PUBLICITÁRIO

Sei que deveria estar emWashington acompa-nhando ali o drama dadívida, mas em vez dis-

so optei por estar na Grécia paraobservar a versão off-Broadway.Há muitas coisas sobe essa tragé-dia da dívida global que podemser vistas aqui de forma melhor,em menor escala, começando como enredo bruto, que ninguém des-creveu melhor do que o pesquisa-dor David Rothkopf, do CarnegieEndowment: "Quando a guerrafria terminou, pensamos que te-ríamos um choque de civilizações.Viu-se que estamos tendo um cho-que de gerações".

Aliás, se há um sentimento queune as crises na Europa e nos Esta-dos Unidos é uma poderosa sen-sação de "baby boomers se com-portando mal" – uma poderosasensação de que a geração queatingiu a maioridade nos últimos50 anos, a minha geração, serálembrada principalmente pela in-crível generosidade e incrível li-berdade recebidas de seus pais epelas incríveis dívidas e restriçõesdeixadas para seus filhos.

Não é surpresa que os jovensgregos tenham reagido tão dura-mente quando seu vice-primeiro-ministro, Theodoros Pangalos, re-ferindo-se a todos os empréstimose subsídios da União Europeiaque provocaram a farra do créditogrega depois de 1981, disse: "Nós aaproveitamos todos juntos" – refe-rindo-se ao povo e aos políticos.

Isso foi verdade para a geraçãogrega de baby boomers, agora entreseus 50 e 60 anos, e para os políticosbaby boomers. Mas aqueles que es-tão chegando agora à maioridadenão ganharão uma migalha. Eles sóreceberão a conta. E sabem disso.

Pode-se ver isso quando se cami-nha pela Praça Sintagma, no centrode Atenas, onde jovens se reúnemtodas as noites para debater a crise e

registrar seus protestos contra o fu-turo que lhes está sendo imposto.

As fachadas dos bancos em tor-no da praça têm sido destruídas ebalançando ao vento vê-se duasgrandes faixas. Uma diz E m p re g a -do do Ano do FMI, com uma ima-gem do primeiro-ministro GeorgePapandreou, e a outra afirma Em-pregado do ano da Goldman Sachs, emostra George Papaconstanti-nou, o ex-ministro das Finanças.(E esses são os caras legais, tentan-do resolver o problema.)

Perto há a imagem de um bebêdizendo: Pai, de que lado você estavaquando eles estavam vendendo nossopaís?. E as mais diretas: Luta de clas-se, não luta nacional e Vida – não ape-

nas sobrevivência – mensagem queparecia ser um presságio sobre oque a próxima década será para osjovens gregos.

Fiquei impressionado por umagrande semelhança entre o que ou-vi na Praça Tahrir, no Cairo, em fe-vereiro, e o que se escuta na PraçaSintagma hoje. É a palavra "justiça",mais ouvida do que "liberdade". Is-so porque há uma profunda sensa-ção de roubo nos dois países, umasensação de que a forma pela qual ocapitalismo se exauriu no Egito e naGrécia na última década foi devidoà sua deformação mais corrupta,aparelhada, compadresca, permi-tindo que algumas pessoas tives-sem um enriquecimento fantástico

simplesmente por causa de sua pro-ximidade com o poder.

Assim há uma fome não só porliberdade, mas por justiça. Ou,como Rothkopf afirma, "não sópor contabilidade, mas por res-ponsabilidade".

"Não há piadas sobre esta cri-se", disse-me o romancista gregoChristos Chomenidis. "Todomundo está de mau humor. Pare-ce que todo mundo está contratodo mundo, e se a situação eco-nômica ficar pior, tenho medo doque possa acontecer".

Há alguns dias, taxistas gregosem greve entraram à força no ga-binete do ministro da Infraestru-tura – apenas para descobrir que

ele já estava cheio de empregadosem greve do próprio ministério.Peguem a senha, por favor.

Isso nos leva a outra semelhan-ça entre a Grécia e os Estados Uni-dos: o necessário pode ser impos-sível, os políticos baby boomers naépoca do Twitter podem não estarpreparados para lidar com proble-mas dessa magnitude. O buraco émuito fundo e o poder, fragmenta-do demais. O único caminho desaída é a ação coletiva – na qualpartidos de oposição e do governounem-se, compartilham a dor e to-mam as medidas necessárias. Masisso não está ocorrendo aqui nemem Washington. Existem EricCantors em todos os lugares – po-

líticos baby boomers imprudentespara os quais nenhuma crise é sé-ria demais para deixar de lado am-bição política e ideologia.

Mas há um adulto à espreita: aChina está comprando títulos es-panhóis, portugueses e gregos pa-ra ajudar a estabilizar esses merca-dos, para os quais exporta. "Sãotempos delicados e assumimosum papel positivo", afirmou emjaneiro o vice-presidente do BancoPopular da China, Yi Gang, ao jor-nal inglês The Guardian.

E sse é um papel que os Es-tados Unidos costuma-vam desempenhar, mas

não têm mais condições de fazê-lo. Qualquer um que ache que es-ta crise econômica, caso se pro-longue, não irá também aceleraruma mudança de força global,nunca ouviu a Regra de Ouro:quem tem o ouro, faz as regras."Estamos muito acostumadoscom os norte-americanos provi-denciando as soluções para a Eu-ropa e liderando tudo", afirmouVassilis T. Karatzas, um gerentefinanceiro grego. "Mas o queocorre quando ambos estamosno mesmo barco?"

O que ocorre é que os sonhos nor-te-americanos e europeus estãoameaçados. Ou pomos nossos paí-ses no caminho do crescimentomais sustentável – o que exige cor-tar, tributar e investir para o futuro –ou estamos olhando para um mun-do no qual as democracias vão terde se virar para si próprias e lutarpor tortas pequenas, com a Chinatendo cada vez mais direito a dizerqual será o tamanho das fatias.

THOMAS L. FRIEDMAN É C O L U N I S TA

DO NEW YORK TIMES E TRÊS VEZES

GANHADOR DO PRÊMIO PULITZER

TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA

Yiorgos Karahalis/Reuters

Uma grande parte dos manifestantes nas ruas da Grécia é composta por jovens, revoltados com o futuro que lhes está sendo imposto.

Divulgação

Cartaz da série que sobre a família Kennedy: sucesso na TV

vesgo de inveja

Ferreira

Page 4: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

22 de Julho

Santa MariaMadalena

Conhecida como uma pecadora da Galiléia,Maria Madalena foi perdoada publicamente

por Jesus, que disse: "Foram-lhes perdoados osseus muitos pecados, porque muito amou",

como narrado nos quatro Evangelhos, e tevea graça de ser a primeira testemunha de

Cristo Ressuscitado.

Solução

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sexta-feira, 22 de julho de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

TURISMOPedro Novais, maisdo que o titular dapasta, é o turista nogoverno Dilma.

B O L S I S TAMinistro PauloBernardo diz quenão dá para segurarcorrupção no Dnit.

política

Novais vai ao Planalto, seismeses depois da sua posse

Depois de seis mesese 21 dias no cargo, oministro do Turismo,

Pedro Novais, de 81 anos,finalmente foi recebidoontem pela presidenteDilma Rousseff no Paláciodo Planalto. A estreia deNovais, um aliado dosenador José Sarney(PMDB-AP), no gabinete doterceiro andar do prédio foimais rápida que o previsto.

A audiência deveria duraruma hora – das 15 às 16horas. Mas Dilma, quechegou 30 minutosatrasada, pontualmenteencerrou o encontro nohorário previsto. Novais fazparte da lista dos ministrosconsiderados "ineficientes"e "inadequados" namáquina administrativa pelaprópria presidente.

Com casa e família no Riode Janeiro e deputadofederal pelo Maranhão, de1983 a 2010, causouconstrangimento para apresidente antes mesmo detomar posse. No final doano, ele usou dinheiro daCâmara para pagar pernoiteem motel, em São Luís. Asua permanência no cargo éum presente do "amigoSarney". Assessores doPlanalto nem escondemque Dilma não tempaciência para conversarcom o ministro do Turismo,área consideradaestratégica para um país

que vai sediar dois dosmaiores eventos esportivosdo mundo – a Copa em 2014e a Olimpíada, em 2016.

Em vez de perguntassobre a audiência,assessores ouviram "umapossível nova demissão"num momento de faxina nogoverno. Para amenizar omal-estar, os assessoresdisseram que o ministroesteve com Dilmaanteriormente em "reuniõescoletivas" para discutirassuntos relacionados àárea do turismo, comotransportes. Mas ontem,quando Dilma abriu umareunião, após o encontrocom Novais, para discutirobras de melhoria derodovias, o ministro já tinhadeixado o Palácio doPlanalto. Quem tambémestá encarando comnaturalidade a possibilidade

de apurações deirregularidades em qualquerárea é o ministro daPrevidência Social,Garibaldi Alves Filho.

Segundo declarou ontem,isso não deve ser motivopara crise. "Quem não deve,não teme. Eu acho que issodeve imperar nestemomento. As coisas devemser encaradas comnaturalidade e não devemser motivo para crisepolítica" – em referência àproposta do PR de queoutros ministérios, além dosTransportes, sejaminvestigados. Ele voltou adefender que a proposta dedesoneração da folha depagamento não prejudiqueas contas da PrevidênciaSocial e que o governogaranta uma compensaçãopara perda de arrecadaçãono setor. (Agências)

Ministro do Turismo tinha audiência de uma hora. Dilma concedeu meia horaElza Fiuza/ABr - 09/06/2011

Novais: recebido por Dilma com 30 minutos de atraso.

Bernardo diz que não dá paraacabar com corrupção no Dnit

Oministro das Comuni-cações, Paulo Bernar-do, afirmou ontem

que é "quase impossível" quenão haja problemas no Depar-tamento Nacional de Infraes-trutura de Transporte (Dnit),quando o orçamento da autar-quia para 2011 é de R$ 14 bi-lhões. A declaração foi dadaum dia depois de ele ter recebi-do a comenda de Santos Du-mont, pelos "notáveis serviçosprestados" a Aeronáutica. Naocasião, ao comentar a crise noMinistério dos Transportes,disse que era "um bagrinho".

É assim – Pelo raciocínio doministro, "supor que não temproblema nenhum é quase im-possível", porque o Tribunalde Contas da União (TCU)"tem seguidamente apontadoproblema no governo e é assimque vai continuar sendo feito",disse, ao defender a apuração

de irregularidades no setor.Bernardo falou ainda que

acredita no diálogo para solu-cionar o desgaste entre o PR e oPT, após as denúncias. "Acre-dito nisso e, se teve algum pro-blema, será retomado e os par-tidos vão se entender".

Pe rc epç ão – Para ele, a opi-nião pública tem a percepçãode que a presidente DilmaRousseff está atuando paraapurar as denúncias de irregu-laridades no uso de verbas pú-blicas no Ministério dos Trans-portes e solucionar a crise nosetor, disse, após participar doprograma Bom Dia, Ministro.

"As pessoas estão vendo quea presidente está tomando pro-vidências para que as coisasfuncionem direito", afirmou,numa referência às medidasadotadas até agora, que provo-caram a demissão ou o afasta-mento de 16 pessoas, entre

funcionários do Ministériodos Transportes, do Dnit e daestatal Valec, que cuida deobras ferroviárias.

Vai continuar – O ministrogarantiu ainda que "é obriga-ção do governo apurar as de-núncias, ver o que está aconte-cendo". Bernardo reiterou queo TCU tem apontado "proble-mas seguidamente" e o gover-no "tem que se virar" para re-solver. "É assim que vai conti-nuar sendo feito", garantiu

Sobre a possibilidade de oafastamento de servidores deórgãos da pasta dos Transpor-tes abalar a relação do governoe do PT com o PR, partido aoqual estava ligada a maioriados exonerados, Bernardo dis-se que não estava autorizado afalar e que não tinha "a menorideia". Ele ressaltou, porém,acreditar no diálogo. "Lá noCongresso", disse. (Agências)

Pelo raciocínio do ministro, o problema estaria no orçamento de R$ 14 bilhões

José Cruz/ABr - 30/6/2011

Paulo Bernardoacredita que épossível ogovernorecompor odiálogo com o PR.E aponta ocenário idealpara areaproximação,o Congresso.

A presidente quer manter a marca de austeridade e não se importa com afúria dos aliados. Nem com CPI no Congresso. A ordem é limpar, higienizar

Sem se importar com afúria dos aliados comoo PR nem com a realpossibilidade de troco

em votações no Congresso, apresidente Dilma Rousseff indi-ca que não está disposta a segu-rar nenhum auxiliar, ministroou secretário, que tenha o nomesob suspeição. A advertêncianão é apenas para o Ministériodos Transportes, onde a faxinajá atingiu 15 servidores, mas pa-ra qualquer outro. Os mais visa-dos seriam, no momento, os Mi-nistérios do Trabalho, das Cida-des e Turismo, embora as luzesainda estejamacesas sobre agestão do ex-ministro e ago-ra senador Al-fredo Nasci-m e n t o ( P R -AM).

M ã e d oPA C – Tantoque Luiz An-tonio Pagot,diretor afasta-do do Depar-tamento Nacional de Infraes-trutura (Dnit), após as fériasnão reassume. E ontem Dilmavetou a participação do diretorde Infraestrutura Rodoviáriado Dnit, Hideraldo Luiz Ca-ron, em reunião sobre obras doPrograma de Aceleração doCrescimento (PAC), que virousímbolo da sua campanha pre-sidencial e do qual tornou-se a"Mãe do PAC".

Poder de veto – Caron é oúnico petista no comando doDnit, autarquia envolvida emdenúncias de superfatura-mento de obras e pagamentosde propinas. Servidor do Dnitdesde 2004, ele é o responsávelpelas aprovações ou vetos aaumentos no valor de contra-tos em andamento. Como Pa-got, o governo já decidiu quenão irá mantê-lo no cargo. OPlanalto trabalha para que os

dois peçam demissão. Eles ne-gam qualquer irregularidade.

Apesar disso, a presidentenão acredita que foi precipita-da em ordenar a degola no Mi-nistério dos Transportes ,quando surgiram as primeirasdenúncias. Ao contrário, deuclaras demonstrações de quemanterá o rigor na "faxina" nosministérios sempre que surgi-rem fatos consistentes.

Na marca do pênalti – Em-bora essa postura cause mal-estar na base, assessores do go-verno dizem que não há preo-cupação com a governabilida-

de. Dilma re-cebeu na quar-t a - f e i r a oministro dasCidades, Ma-r i o N e g r o-monte, da cotado PP. A pastaestá na lista depossíveis no-vos alvos da"faxina", as-s i m c o m o oMinistério do

Trabalho, comandado porCarlos Lupi, do PDT, infor-mam assessores do governo.Além deles, o Turismo do pee-medebista Pedro Novais (leiaabaixo).

Abandonados – Nem tudo,porém, é calmaria. Em recadosque chegaram nos últimos diasao gabinete da presidente,aliados disseram que até con-cordam com as mudanças,mas reclamaram das atitudesduras dela para com o PR. Mes-mo assim, a direção da sigladecidiu ontem baixar a "lei damordaça", orientado seus inte-grantes a parar de reclamar.

A ordem acontece quando odeputado Diego Andrade (PR-MG), que lidera o movimentopela criação do Partido do De-senvolvimento Nacional(PDN), disse que sente "angús-tia e insatisfação" com a crise

O partido vive semcargos, vive semministério, só nãodá para viver semdignidade.

UM DOS LÍDERES DO PR, QUE

NÃO QUIS SE IDENTIFIC AR,I N S AT I S F E I TO CO M O PAR TIDO

envolvendo o PR. Apesar dedefender "investigações pro-fundas", ele e outros integran-tes criticam a cúpula do PR. Al-fredo Nascimento, presidenteda sigla, até agora não se mani-festou após a sua demissão doMinistério dos Transportes. Osecretário e principal caciquedo PR, deputado ValdemarCosta Neto (SP) sumiu de cenae o líder no Senado, MagnoMalta (ES) não é encontradopara falar da crise. E ninguémdefendeu a sigla quando o se-nador Pedro Taques (PDT-MT) a chamou de "partido ma-fioso". Por isso, o desalento deuma das lideranças do PR. "Opartido vive sem cargos, vivesem ministério, só não dá paraviver sem dignidade", disse.

M ar c a – Na avaliação dapresidente e da sua equipe, foipossível manter a marca da"austeridade" durante a "lim-peza" nos Transportes. E estãocertos de que a presidente con-tinuará a dispensar envolvi-dos em acusações, embora elatenha alertado que não será"refém" de denúncias nem dedossiês. Esse estilo duro, noentanto, deixou até a cúpulado PT apreensiva. Na tentativade amenizar esse incômodo,auxiliares da presidente obser-vam que não há divergências,por exemplo, com o PMDB,maior partido da base.

Eventuais diver-gências no futuro,

dizem, devem ser tratadas ca-so a caso.

CPI do PAC – Só que setoresdo PMDB, do PTB e do PR já es-tão negociando com a oposi-ção a instalação de uma CPIdos Transportes. Deputados esenadores estariam decididosa assinar o documento, entreeles Blairo Maggi (PR-MT).

"Ao persistir essas denún-cias, será inevitável uma CPI,até porque o Congresso nãoterá como justificar para a so-ciedade que não quer investi-gar", afirmou o deputadoEduardo Cunha (PMDB-RJ).Entre os governistas, há quemaposte numa CPI do PAC.

Aguinaldo Timóteo – O Mi-nistério Público Federal deter-minou ontem à Polícia Federala abertura de um inquérito pa-ra apurar eventuais crimes decorrupção por políticos do PR,a partir do conteúdo da cartado vereador Aguinaldo Timó-teo (PR), que contém mençõesa supostas propinas cobradaspor integrantes do partido.

No ofício, a Procuradoriapediu que ele seja ou-vido "com urgên-cia". (Agências)

MAX.

Dilma assume de vez a FAXINA

Page 6: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Você só perguntou de alvo porque estamos na linha de tiro, não é? Agora é tiro físico, só isso.Michel Temer (PMDB-SP), vice-presidente da Repúblicapolítica

Fotos: Marcelo Camargo/Folhapress

Zoom: Jobim e Temer acompanham demonstração de tiros em Formosa, a 80km de Brasília.

Valec: prejuízos de R$ 420 milhõesCálculo é do TCU, que mandou suspender compra de materiais ferroviários

Em meio à crise nocomando do Ministériodos Transportes, o

Tribunal de Contas da União(TCU) identificou indícios deprejuízo de R$ 420 milhõesaos cofres públicos na Valec,estatal que comanda obras emferrovias. O TCU determinoua suspensão da compra demateriais como dormentespara trechos da Norte-Sul eoeste-leste.

As duas obras integram oPAC (Programa deAceleração do Crescimento).A medida cautelar foiaprovada por unanimidadeno tribunal depois que aequipe técnica apontou aexistência de estimativa desobrepreço de 44,71% nacompra antecipada demateriais que deverão ser

usados apenas na parte finalda construção dos trechos dasduas ferrovias.

A suspensão da compra foidefinida dez dias depois dademissão do ex-presidente daValec, José Francisco dasNeves, na primeira leva dedemissões após as denúnciasde irregularidades noMinistério dos Transportes.Depois disso, outros doisfuncionários da estatal játiveram suas exoneraçõespublicadas no Diário Oficialda União.

O despacho do TCU foilevado ao plenário peloministro Marcos Bemquererem caráter de urgência. Nãoestava na pauta. "Precisamosde uma decisão rápida dianteda possibilidade de prejuízo",disse ontem o ministro, que

não apontou vínculos entre adecisão do tribunal e a criseno Ministério dos Transportese os políticos envolvidos. Aárea é uma das recordistas emirregularidades nas análisesdo tribunal.

A suspensão das comprasatinge 12 processos, a maiorparte deles relativos àFerrovia de Integração Oeste-Leste, chamada de Fiol. Aferrovia está na fase inicialdas obras e irá ligar Ilhéus, naBahia, ao município deFigueirópolis, em Tocantins.O PAC prevê a conclusão dasobras de pouco mais de 1,5mil quilômetros de trilhos atéo final do mandato dapresidente Dilma Rousseff, aocusto de R$ 7,4 bilhões.

Cinco dos contratos em queo TCU identificouirregularidades são daFerrovia Norte-Sul, iniciadaainda na segunda metade dosanos oitenta, durante ogoverno do ex-presidente JoséSarney. Os contratosquestionados estãorelacionados ao trecho maisrecente de obras, chamado detramo sul da ferrovia. Essetrecho tem 680 quilômetros evai ligar aos municípios deOuro Verde (GO) a Estrela doOeste (SP). Com esse trechopronto, a Norte-Sul teria maisde 3.000 quilômetros deextensão.

As encomendas dosmateriais estão suspensas,assim como eventuaispagamentos, até uma decisãodefinitiva do Tribunal deContas da União. Os técnicosdefendem que os contratoscom as empreiteiras sejamrevistos para que materiaiscomo dormentes de concreto,palmilhas amortecedoras ecalços isoladores para ostrilhos dos trens sejamcomprados diretamente pelaValec, por meio de pregãoespecífico. (AE)

Temer e Jobim vêemcrise à distância

Em evento de lançamento de foguetes, eles evitaram comentar o assunto, ontem

Ovi ce - pres i de nt eMichel Temer e oministro da Defe-sa, Nelson Jobim,

ambos do PMDB, evitaram co-mentar a crise que atinge o Mi-nistério dos Transportes e oPR. Os dois participaram namanhã de ontem, em Formosa,a 80 km de Brasília, da de-monstração do lançamento defoguetes da Avibrás, no Cam-po de Instrução do Exército.

Ao ser questionado se oPMDB temia ser o próximo al-vo da faxina do Planalto, aexemplo do que está aconte-cendo com o PR, o vice-presi-dente respondeu: "Você só per-guntou de alvo porque esta-mos na linha de tiro, não é?Agora é tiro físico, só isso".

Diante da insistência dosrepórteres sobre nomes quepoderiam ser escolhidos parao Departamento Nacional deInfraestrutura de Transpor-tes (Dnit) e sobre problemasdo governo com a base, Mi-chel Temer desconversou:"Por enquanto, aqui, só cui-damos do alvo físico que aca-

bamos de assistir". E emen-dou, desconversando sobreos problemas do governo: "Is-to não é assunto para agora".Jobim também evitou dar de-clarações sobre o caso.

C o m p ra – Após a demons-tração de lançamento de fo-guetes "terra-terra", fabrica-dos pela Avibrás, o ministroNelson Jobim, informou queestá negociando com o Minis-tério da Fazenda a aquisiçãodo equipamento que conside-ra de "importância estratégica"para o País.

O sistema conhecido comoAstros II custa R$ 960 mi-lhões, segundo informou ogeneral Aderico Mattioli, di-retor de Produtos de Defesado Ministério da Defesa. Aexpectativa da Força é que aliberação dos recursos sejadefinida até o final do ano.

O ministro da Defesa expli-cou que, primeiro, é preciso re-solver a situação da Avibrás,que se encontra em processode recuperação judicial. Paraque a empresa sobreviva, épreciso que haja um sanea-

mento econômico e financeirodela, que poderá ser obtidocom a garantia da aquisição dosistema Astrus 2020, peloExército, além de capitalizaçãoda Avibrás por meio de refi-nanciamento de seus débitospelo governo dentro do Refis.

"Serei advogado desta causano governo", anunciou Temer,ao defender a necessidade demanutenção da indústria dedefesa do Brasil. Ele acompa-nhou a demonstração no Cam-po de Formosa ao lado de Nel-son Jobim.

"Quando saímos do gabine-te é que verificamos as necessi-dades verdadeiras do País",afirmou o vice-presidente,acrescentando que não há co-mo avançar no desenvolvi-mento de tecnologia nacionalsem recursos para investir.

Jobim, por sua vez, salientouque "é preciso dar continuida-de a garantir este acervo tecno-lógico, que não pode ser perdi-do, já que se trata de uma pro-dução exclusivamente brasi-leira". O ministro lembrou quehá interesse mundial nesteproduto e a última exportaçãoda Avibrás foi para o Exércitoda Malásia, que adquiriu umconjunto de lançadores de fo-guetes da indústria brasileiraem 2008, ao preço de R$ 500 mi-lhões. "Precisamos desenvol-ver e atualizar esta tecnolo-gia", comentou Jobim. (AE)

Sistema de foguetesterra-terra conhecidocomo Astros II custaR$ 960 milhões.

MPF processa Dnit porabandono de rodovia no Pará

Ocompleto abandonoda rodovia BR-155por parte do Departa-

mento Nacional de Infraestru-tura de Transportes (Dnit) é oobjeto de uma ação judicial-movida pelo Ministério Públi-co Federal (MPF). A divulga-ção foi feita no Pará, ontem.

A rodovia em questão liga osmunicípios de Redenção a Ma-rabá, no sudeste do estado. Naação, com data de ontem, oMPF solicita à Justiça urgênciano policiamento e serviços demanutenção e conservação darodovia, praticamente inxis-tentes na estrada.

Burocracia – A rodovia já foiincluída na malha rodoviária

federal há mais de dois anos,em 6 de julho de 2009. Porém,até hoje o Dnit não finalizou ostrâmites burocráticos para re-gulamentar a federalização darodovia, o que impede a insta-lação de postos policiais equalquer tipo de reparo neces-sário para que ela permaneçatransitável.

Sem esse enquadramento, aPolícia Rodoviária Federal(PRF) simplesmente não poderealizar a patrulha na rodovia.Já existe um efetivo disponívelpara trabalhar e os postos defiscalização foram reforma-dos, mas em vão.

A reforma dos postos de fis-calização ao longo da rodovia

está se perdendo, conforme odenuncia o Ministério PúblicoFederal do Pará. A falta de ma-nutenção deteriora os pontosque deveriam estar sendo uti-lizados.

Segundo os procuradoresda República Alan RogérioMansur Silva, André Casa-grande Raupp e Tiago Modes-to Rabelo, a antiga rodovia PA-150, atual BR-155, está total-mente abandonada, sem ma-nutenção e sem policiamento.

De acordo com os promoto-res, essa situação implica sé-rios riscos à segurança viária eà população local, assim comoeleva os índices de criminali-dade na região. (AE) -

CGU abre mais sete investigaçõesJosé Henrique Sadok de Sá, Mauro Barbosa e Luiz Cláudio Varejão, afastados do Dnit, estão no alvo do órgão

AControladoria Geralda União (CGU) abriuontem mais sete in-

vestigações a respeito de atosde ex-dirigentes do Departa-mento Nacional de Infraestru-tura de Transportes (Dnit),afastados por suspeita de cor-rupção, desvio de dinheiro pú-blico e tráfico de influência.

Um dos alvos é o ex-secretá-rio executivo do órgão, JoséHenrique Sadok de Sá, que foiafastado após reportagem pu-blicada no jornal O Estado de S.Paulo revelar que a empresa damulher dele, Ana Paula Araú-jo, ganhou contratos no valorde pelo menos R$ 18,9 milhõespara tocar obras rodoviáriasem Roraima.

Outro processo aberto é umasindicância patrimonial, paraapurar possível enriqueci-mento ilícito de Mauro Barbo-sa, ex-chefe de gabinete do ex-ministro dos Transportes, Al-fredo Nascimento, que renun-ciou em meio às denúncias.

Reportagem publicada peloEs tad ão em 6 de julho revelouque o dirigente está construin-do uma mansão de 1.300 m2 noLago Sul, bairro nobre de Bra-sília, avaliada em R$ 4 milhões.Barbosa é suspeito de ser umdos operadores do esquema dearrecadação de propina mon-tado pelo PR na Pasta.

Uma terceira investigação éum processo administrativodisciplinar, para apurar a res-ponsabilidade do ex-coorde-nador-geral de Operações Ro-doviárias do Dnit, Luiz Cláu-dio Varejão na execução de ser-viços de pesagem de cargassem cobertura contratual, pelaempresa Engespro.

Um dos últimos atingidospela faxina determinada no se-tor pela presidente DilmaRousseff, Varejão vai respon-der junto com Sadock a um ou-tro processo disciplinar peloreconhecimento da dívida deConsórcio Rodaviva, semcomprovação de execução dosserviços. (AE)

Lula Marques/Folhapress - 06/07/2011

Obras aceleradas:construção da

mansão de MauroBarbosa no LagoSul, em Brasília,

avaliada em R$ 4milhões, está sendo

examinada.

Page 7: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

É bobagem achar que pobre vai ganhar o céu. Para rico, o céu é aqui. O pobre também quer o céu agora, e vivo.Ex-presidente Lulapolítica

No Nordeste, Lula aindadiscursa como presidente

Em seu último evento emSalvador, antes de par-tir para Recife, o ex-pre-

sidente Luiz Inácio Lula da Sil-va participou, ontem, do lan-çamento do Plano Safra daAgricultura e Pecuária da Ba-hia 2011-2012, que prevê crédi-tos de R$ 4,2 bilhões.

No evento, acompanhadodo governador da Bahia, Ja-ques Wagner (PT), e do minis-tro do Desenvolvimento Agrá-rio, Afonso Florence, foi home-nageado por integrantes de as-soc iações da agr icul turafamiliar e discursou por 20 mi-nutos. Não comentou a criseno governo Dilma Rousseff.

Falando como se ainda inte-grasse o governo a cerca de milpessoas – a maioria agriculto-res e sindicalistas –, focou seudiscurso no aumento de opor-tunidades de empréstimos apequenos agricultores e nosprogramas de distribuição derenda do governo federal.

"Quanto mais dinheiro agente fizer chegar à mão dospequenos, mais vai crescer aeconomia brasileira, mais gen-

te vai comprar os produtos devocês. Foram 39 milhões depessoas que ascenderam declasse social".

No momento mais inusita-do do evento, Lula recebeu al-guns produtos provenientesda agricultura familiar baianae arrancou gargalhadas da pla-teia ao puxar uma garrafa decachaça de uma das sacolas.

Lula criticou governos ante-riores ao seu ("governavampara um terço da população") e

brincou: "Temos de acabarcom essa bobagem de que po-bre vai ganhar o reino dos céuse que é mais fácil um camelopassar pelo buraco de umaagulha do que um rico ir para océu. Porque para o rico o céu éaqui e o pobre também quer océu agora, e vivo". Ainda se-gundo ele, hoje "custa mais ca-ro o trabalhador deixar o cam-po e virar mendigo na cidadedo que manter o trabalhadorno campo". ( A E / F o l h a p re s s )

Ex-presidente participa de evento na Bahia e passa longe da crise do governo

'Lulismo venceu chavismo'

Arevista britânica T heEconomist traz, na edi-ção que chega às ban-

cas do Reino Unido neste fimde semana, duas reportagenssobre Brasil. Uma diz que o "lu-lismo" triunfou sobre o "cha-vismo" na América Latina.

A outra tenta explicar porque o País agora consegue tra-zer de volta muitos de seus jo-gadores de futebol e consideraque o País está ficando maisparecido com a Inglaterra.

Um exemplo da decadênciado 'chavismo' e da prevalênciado 'lulismo' é a eleição do pre-sidente Ollanta Humala no Pe-ru. Ele, que no passado era se-guidor do venezuelano Hugo

Chávez, hoje se diz "converti-do" ao modelo de Luiz InácioLula da Silva.

O Peru é hoje a economia la-tino-americana com maior ta-xa de crescimento. "Com sorte,Humala pode aderir a outroelemento do sucesso brasilei-ro: o respeito a contratos cominvestidores privados".

Para a revista, a combinaçãode investimentos privadoscom programas sociais "são afórmula da moda" na AméricaLatina. Apesar dos elogios, arevista faz críticas ao modelobrasileiro: diz que gastos pú-blicos no último ano do gover-no Lula causaram aquecimen-to econômico além da conta.

F ut eb ol – The Economist e x-plica por que jogadores de pri-meira linha deixam a Europa evoltam ao País. Primeiro: o realsubiu 35% em relação ao eurode 2004 a 2010. Segundo: a me-lhora da administração dosclubes de futebol. No caso doCorinthians (que ofereceuR$ 100 milhões por Carlos Te-vez do Manchester United), otime ganhou dinheiro com"novos acordos com a TV apro-ximação comercial maior jun-to à sua vasta base de torcedo-res". O texto termina com iro-nia: "O futebol brasileiro estáficando parecido com o inglês.Na Copa América, o Brasil per-deu para o Paraguai". (AE)

Guerner e Bandarra: processo criminalTRF aceita denúncia e os dois promotores e mais três agora são réus no escândalo do mensalão do DF

De s e m b a rg a d o re sdo Tribunal Regio-nal Federal (TRF)da 1ª Região, em

Brasília, decidiram ontemabrir processo criminal contraa promotora Deborah Guer-ner, seu marido, o empresárioJorge Guerner, e o ex-procura-dor de Justiça do DF, LeonardoBandarra por suspeitas de queeles teriam tentado extorquir oex-governador José RobertoArruda (DEM na época e,atualmente, sem partido).

De acordo com a denúnciaaceita pela Corte Especial doTRF, eles e outros três réus te-riam participado de um esque-ma para tentar coagir Arruda apagar R$ 2 milhões. Em troca,não seria divulgado um vídeono qual ele aparecia recebendodinheiro do delator do esque-ma do mensalão do DF, DurvalBarbosa. Além dos Guerner ede Bandarra, tornaram-se réusno processo Durval Barbosa, o

pivô do escândalo do chama-do Mensalão do DEM, o enge-nheiro Marcelo Carvalho e aservidora Claudia Marques.

Um dos pontos altos do jul-gamento foi a própria Debo-rah. No início da sessão, gritouno plenário, atrapalhando osdesembargadores e foi repre-endida pelo presidente do tri-bunal, Olindo Menezes.

"O Arruda (ex-governadordo DF José Roberto Arruda),não foi denunciado, nem oPaulo Octávio (ex-vice-gover-nador do DF) nem ninguém!",gritou.

Diante do desatino, foi re-preendida pelo presidente dotribunal: "Se a senhora falarmais uma vez vou retirá-la. Asenhora não é obrigada a estarpresente, mas, se tumultuarmais uma vez, será retirada".

Duas horas depois, Deborahdeixou a sala acompanhada domarido e de um dos advoga-dos do casal. Disse que Jorge

passava mal e que ele tinha so-frido um princípio de Aciden-te Vascular Cerebral (AVC) nosúltimos dias. Enquanto o gru-po se deslocava para o depar-tamento médico, em outro pré-dio do TRF, Deborah, nervosa,disse: "Eu sei que ele vai mor-rer de tanta injustiça".

Em seguida, na rua que se-para os dois prédios , começoua cair lentamente, dando a im-pressão de ter desmaiado. Foicarregada para o posto médi-co. Um advogado do casal co-municou que os dois ficariamem observação no departa-mento médico do tribunal. Ela,por causa do desmaio e ele, porproblema de pressão arterial.

No julgamento, a relatora,Mônica Sifuentes, apresentouimagens gravadas pelo circui-to interno da residência dosGuerners para provar as sus-peitas de crime. Sifuentes con-cluiu que há indícios de delitoe, por isso, a denúncia deveria

ser recebida e um processo cri-minal deveria ser aberto.

"Estou convicta de que todosos denunciados, cada um namedida de sua culpabilidade,se não estão diretamente en-volvidos, têm, no mínimo, pe-los menos, explicações a darsobre o que foi narrado na peçaacusatória". O desembargadorCândido Ribeiro concordou:"Há indícios que merecema p ro f u n d a m e n t o " .

Essa não é a primeira derrotade Deborah no TRF. Em junho,os desembargadores concluí-ram que a promotora não teminsanidade mental, e portantopode responder por supostoscrimes. Com o marido, ela fi-cou presa por oito dias na Su-perintendência da Polícia Fe-deral sob a acusação de tentaratrapalhar o processo, simu-lando o suposto estado de in-sanidade mental.

"Insana" – O advogado Pau-lo Sérgio Ferreira Leite, que de-fende a promotora, classificasua cliente como insana.

"Eu sou um advogado crimi-

nal com 50 anos de advocacia.Se eu não conseguir tomar con-ta de um louco, eu paro de ad-vogar". Indagado se a promo-tora era louca, reforçou a clas-sificação: "Ela é insana".

Ferreira Leite afirmou aindaque quem manda é ele. "A dou-tora Deborah é instruída, inte-ligente, preparada e culta. Masme obedece. Me obedece comouma cliente disciplinada. Omacho velho manda na mu-lher moça. A não ser que tenhaum problema sério como teveagora. Aí, quem tem que cui-dar dela é o médico".

Segundo um dos advogadosde Deborah, Maurício Araújo,a promotora teve mesmo ummal-estar e precisou de atendi-mento. Indagado se isso teria

sido mais uma simulação porparte de Deborah, respondeu:"Isso seria má-fé. Ela sofreu umdesmaio. Não teria por que si-mular isso. Eles estão com o es-tado emocional fragilizado".

Quadro estável – Boletimmédico divulgado ontem peloTribunal Regional Federal da1ª Região informa que Debo-rah deixou o posto médico"tranquila e clinicamente está-vel". Segundo o documento,ela deixou o local a seu pedido,mediante assinatura de termode responsabilidade.

O boletim diz que apesar dedeixar o posto bem, Deborahpediu cadeira de rodas parachegar ao carro. E que precisoude ajuda para entrar no carrodo marido. (Agências)

Walter Campanato/ABr

LeonardoBandarra,ex-procurador deJustiça do DF:também suspeitode tentarextorquir oex-governadordo DF, JoséRoberto Arruda.

Ed Ferreira/AE

Achou: Lula ganha sacola de alimentos e saca garrafa de cachaça.

Lúcio Tavora/A Tarde/AE

Deborah Guernertumultuou o início

da sessão de ontem.Aos gritos, dizia:

"O Arruda (ex-governador do DF),não foi denunciado,nem o Paulo Octávio(ex-vice-governador

do DF) nem ninguém!"Aí desmaiou. E deixou

o posto médico emcadeira de rodas.

Page 8: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

e uma rede dei nf or ma nt esque atuavamem órgãos dogoverno e em-p r e s a s q u eprestam servi-ços públicos.

Em ent re-vistas, Whit-tamore disseque foi usadoc o m o b o d ee x p i a t ó r i o ,que era ape-nas um entre

vários detetives que vendiaminformações e reclamou que osjornalistas nunca foram puni-dos.

Os grupos de comunicaçãoenvolvidos alegam que os jor-nalistas agiram dentro lei e ga-rantem que os pedidos foramfeitos apenas para informaçõesque tinham interesse público.

Sue Akers, subcomissária as-sistente da Scotland Yard, disse

LÍBIA 1The Guardian:rebeldes capturamcomandante chavede Muamar Kadafi.

LÍBIA 2Kadafi: não haverádiálogo entre mime os rebeldesaté o Dia do Juízo.nternacional

Crise dos gramposcontagia outros jornais

A Scotland Yard vai investigar irregularidades além do império de Murdoch.Filho do magnata teria mentido em depoimento ao Parlamento, denunciam ex-funcionários.

AS c o t l a n d Ya r danunciou ontemque ampliou a in-vestigação sobre ir-

regularidades cometidas porjornalistas e empresas de comu-nicação na Grã-Bretanha. Comisso, a polícia de Londres am-plia o escopo do caso, que deixade ser apenas sobre o escândalodos grampos do tabloide Ne wsof the World e se transforma emum inquérito sobre a venda deinformações privadas, que afetaoutros jornais britânicos.

A polícia pediu ao Escritóriodo Comissário da Informação(ICO, na sigla em inglês) os ar-quivos da Operação Motor-man, concluída em 2006, sobre acompra de informações priva-das por jornalistas britânicos.

O ICO, órgão que regula a li-berdade de informação, enviouos documentos que serviramde base para um relatório queregistra cerca de 5 mil casos emque 305 jornalistas pagaram

por dados priva-dos, violando aLei de Proteção àInformação.

A lista de veí-culos de comuni-cação envolvi-dos tem 32 publi-cações: 21 jornaise 11 revistas. Notopo estão os ta-b l o i d e s D a i l yM ai l, que teriafeito 952 pedidosde informaçõesconfidenciais; oSunday People, com 802; eTheDaily Mirror, com 681. Entre osjornais na parte de baixo da re-lação estão alguns dos mais tra-dicionais da Grã-Bretanha, co-mo o The Observer e o The Times,este publicado pelo grupo deRupert Murdoch.

Bode expiatório? - O pivô docaso foi o investigador particu-lar Steve Whittamore, que ser-via de ponte entre os jornalistas

ontem que a polícia já tem regis-tros de 3,8 mil nomes, 5 mil nú-meros de telefones fixos e 4 milnúmeros de celulares que foramusados em práticas ilegais – atéo momento, no entanto, apenas170 pessoas foram informadasque estão envolvidas no caso.

P ol êm ic a - Um ex-editor doNews of the World e um ex-chefedo departamento jurídico dojornal disseram ontem que Ja-mes Murdoch mentiu no depoi-mento a parlamentares britâni-cos na terça-feira passada.

James, filho de Rupert Mur-doch, é o responsável pela ope-ração das empresas do pai naEuropa. Na audiência, ele dis-se à comissão que nunca viuum e-mail que sugerisse que aprática dos grampos telefôni-cos era recorrente no tabloide.

Os dois ex-funcionários sus-tentam que o informaram daexistência desse e-mail. Em no-ta, James afirmou ontem quemantém sua versão. (Agências)

Nova York, 40 grausA onda de calor que castiga os EUA levou os

norte-americanos a lotarem piscinas em busca derefresco. Até o fim de semana, a combinação calorintenso e alta umidade pode cobrir metade do país.Pelo menos 22 pessoas morreram nesta semana.

ALEMANHA – Os restos mortais do vice de Adolf Hitler, Rudolf Hess, foramretirados do túmulo da pequena cidade de Wunsiedel, na Baviera, que haviase tornado um local de peregrinação para neonazistas. Com a concordânciada família, os ossos foram levados a um crematório. A intenção é jogar ascinzas no mar. Sem o túmulo, as autoridades alemãs esperam colocar um fimàs homenagens a Hess, considerado um mártir pela extrema-direita.

Mulher e filhosbuscam águaem campo derefugiados naEtiópia, atingidapela seca.

Reuters

ONU inicia ponte aéreacontra a fome

AOrganização das NaçõesUnidas (ONU) começarános próximos dias a en-

viar comida por via área à Somá-lia, onde duas regiões do sul es-tão em estado de crise de fome.

"Aqui na Somália há uma si-tuação de vida ou morte", dissea diretora do Programa Mun-dial de Alimentos da ONU, Jo-sette Sheeran, após fazer umavisita a Mogadíscio ontem.

"As pessoas no sul da Somáliaestão muito doentes e fracaspara ir em busca de comida,portanto devemos levá-la. (AONU) está preparando a abertu-ra de várias rotas novas, por ter-ra e ar, rumo ao centro da áreade crise de fome", acrescentou aresponsável do programa.

Quase a metade da popula-ção somali, cerca de 3,7 mi-lhões de pessoas, está passan-do pela pior crise de fome em20 anos, indicam dados divul-gados pelas Nações Unidas.

Na próxima segunda-feira,uma reunião emergencial daONU discutirá o envio de ajudapara regiões assoladas pela secano leste da África, o que incluipaíses como Quênia e Etiópia.Segundo a organização, uma so-lução para a crise pode demorarpelo menos seis meses.

B ra s i l - O Itamaraty anunciouque o Brasil pretende enviar, atéo próximo mês, 20 mil toneladasde feijão e milho para a Somália.A intenção é doar, ao todo, 80mil toneladas. (Ag ê n c i a s )

SOMÁLIARoberto Schmidt/AFP

Brendan McDermid/Reuters Timothy A. Clary/AFP

Page 9: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

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BOM SENSOProfessor assediado pela internet aceitou pedido de

desculpas de seus alunos, mas vai manter queixafeita na polícia. Para ele, os estudantes aprenderam

uma lição. "No futuro, terão de tratar bem as pessoasno trabalho e mesmo nas ruas", afirmou.cidades

Ao mestre, agoracom carinho

Fotos Reprodução

O ATAQUE - Na primeira página criada no Orkut, ódio dos alunos contra o professor a quem chamaramde Tio Patinhas. Uma "enquete" sugeria que o professor deveria ser submetido a vários castigos. O maisvotado pelos alunos foi queimar os cabelos do mestre, que levou o caso à polícia de São Bernardo do Campo.

Aparentemente arrependidos pelo bullying (assédio) praticado contra umprofessor numa comunidade do Orkut, alunos de uma escola estadual de SãoBernardo do Campo criaram uma nova página nesse mesmo site derelacionamento, desta vez para pedir desculpas ao mestre. O professor ficoufeliz, mas disse que vai manter as queixas feitas à polícia e ao Conselho Tutelar.

Ivan Ventura

AS DESCULPAS - Ontem, depois da repercussão do caso e aparentemente arrependidos, um grupo de alunosda mesma escola criou outra página no Orkut, desta vez para pedir desculpas ao mestre. " Sabemos que issoé 'bullying' e é crime. Somos adolescentes, sim, e sabemos que não irão passar a mão em nossas cabeças".

natura simbólica de todosos alunos da escola públi-ca de São Bernardo.

Na mesma página háuma nova "enquete",q u a s e n o s m e s m o smoldes da que figura-va na comunidade an-terior e que era ofensi-

va ao professor de por-tuguês. Na nova página,

a "enquete" tem como te-ma um pedido de descul-

pas e exibe três alternativaspossíveis. São elas, textual-mente: "Professor, eu sintomuito"; Professor, desculpater falado tudo aquilo de vo-cê", e "Professor, pedimosperdão por tudo".

A nova página não revela omotivo que levou os alunos apedir desculpas ao mestre.Medo de nota baixa? Imposi-ção dos pais, que descobrirama travessura na internet? Oumesmo o medo de uma repre-sália mais séria, no futuro, pos-sivelmente na Justiça?

Feliz – O professor Augustonão soube dizer o motivo que le-vou alguns de seus alunos ao ar-rependimento, mas ficou feliz

com a atitude. Ele soube da no-vidade ontem, às 14h, na subse-de do Sindicato dos Professoresd o E s t a d o d e S ã o P a u l o(APEOESP), em São Bernardo.

"Ontem chegou um e-mailpor meio do blog da APEOESP.Nele, em nome dos alunos,uma menina pedia desculpaspelo o ocorrido. Além disso,ela informou que os estudan-tes haviam criado uma novacomunidade, desta vez compedidos de desculpas", disse.

Sem recuar – Mesmo felizcom os pedidos de desculpas,Augusto afirmou que não irárecuar da reclamação já feita àJustiça. "Por enquanto, eu sónão penso em pedir um valorpor dano moral, mas já fiz oboletim de ocorrência e oConselho Tutelar já foi infor-mado. É preciso colocar umfreio nessa situação", expli-cou o professor Augusto.

Na terça-feira, ele registrou

um boletim de ocorrência no 3ºDistrito Policial da cidade, lo-calizado no bairro Assunção.Depois, com o B.O. em mãos,ele seguiu para o Conselho Tu-telar da cidade. A reclamaçãodeverá chegar em breve ao co-nhecimento de um juiz da Varada Infância e Juventude.

Uma lição – "Eu acho que osalunos aprenderam a lição.Não sei e não me importo seos pais exigiram essa atitudeou se eles decidiram pedirdesculpas. É uma lição quequero deixar para eles: a edu-cação. Por enquanto, pelo quedisse o delegado, eles são me-nores de idade e não comete-ram nenhum crime aos olhosda lei. Mas no futuro, quandoadultos, eles deverão tratarbem as pessoas no trabalhoou mesmo nas ruas. Caso con-trário, eles poderão até res-ponder na Justiça e ninguémquer isso", disse.

zantes. Num primeiro mo-mento, o que mais chamousua atenção na nova páginaforam os erros de português."São imperdoáveis", brincouo professor.

O título da página é "Algus-to nos desculpem". Ou seja,substituíram a letra "u" pelo"l". Em seguida, há um textocom um pedido formal de des-culpas, também com erros.

"Algusto" – "Estamos aqui

porque estamos muito arre-pendidos do que fizemos comprofessor Algusto, da escola.Sabemos que isso é 'bullying' eé crime. Somos adolescentes,sim, e sabemos que não irãopassar a mão em nossas cabe-ças. Mas mesmo assim estamosaqui para pedir desculpas portudo o que fizemos. Em nomeda escola toda", dizia o pedidode desculpas.

O texto termina com a assi-

ATROPELADO – Um cavalo morreu atropelado na noite deanteontem, na Rodovia Ayrton Senna, em Itaquaquecetuba. O animalinvadiu a pista e foi atingido por um carro. O motorista não se feriu.

Ó RBITA

PRISÃOPreso suspeito departicipação em

arrastão arestaurante em

Pinheiros.

ATAQUES SEXUAIS NO METRÔ

CASO ELIZAMacarrão diz que

sangue encontradono carro do goleiroBruno era mesmode Eliza Samudio.

Hélio Torchi/AE

Agentes de segurança doMetrô detiveram em

flagrante um homemsuspeito de tentar abusarsexualmente de uma mulherno fim da tarde de ontemem um trem na estaçãoAnhangabaú, daLinha 3-Vermelha, no centro.

O delegado Ailton Muniz,da Delegacia doMetropolitano, disse quenão houve violência.O episódio foi registradocomo "importunaçãoofensiva ao pudor."

Mais casos – Na manhã deterça-feira, uma mulher de 34anos foi vítima de ataquesexual na estação Sacomã do

Um dia depois de oD C p u b l i c a r re-portagem sobreum caso de bul-

lying na internet contra umprofessor em São Bernardodo Campo, no ABCD paulis-ta, os alunos envolvidos naagressão voltaram a citar omestre em uma nova comuni-dade no Orkut. Dessa vez,não havia ofensas ou enque-tes suger indo agressões .Agora, eles querem mostrarser carinho e pedir desculpasao mestre.

O assédio ao professor come-çou quando os alunos criaramuma página no Orkut na qualpregavam o ódio contra o pro-fessor de português, identifica-do apenas como Augusto, de 52anos. Além de citar o apelido doprofessor, os alunos exibiramuma fotografia do mestre. E fo-ram além: numa "enquete", su-geriram vários tipos de agres-sões contra o mestre. Uma delasera queimar seus cabelos.

Erros de português – A n-teontem, aparentemente ar-rependidos das ofensas pu-blicadas, alguns alunos cria-ram uma nova página no Or-k u t q u e j á c o n t a c o m 5 8simpatizantes. Vale lembrarque a página que atacava oprofessor tinha 35 simpati-

metrô. O homem chegou atirar a parte de baixo da roupa,mas a mulher conseguiu sedesvencilhar e fugir. Ocriminoso também fugiu.

Segundo a polícia, o ataqueaconteceu às 9h20, após avítima pedir informaçõessobre trajeto a um homem naestação. Ela então seguiu asindicações, mas foi atacadapelo mesmo homem, aindanão identificado, quandocaminhava pela escadaindicada. O criminoso fugiucorrendo em direção aoterminal de ônibus. O caso foiregistrado como ato obsceno,lesão corporal e ameaça. OMetrô informou, em nota, que

as "câmeras registraram ofato e essas imagens serãodisponibilizadas àautoridade policial".

No dia 19 de abril, umasupervisora de 26 anos foimolestada sexualmente emum vagão entre as estaçõesParaíso e Brigadeiro. Ohomem se aproximou, pegou-a pelo braço e ordenou queficasse quieta, caso contráriomachucaria seu rosto. Elecolocou a mão por baixo da

sua saia, rasgou sua roupaíntima e a tocou. Passageirosperceberam a ação do rapaz etentaram intervir, mas nãoconseguiram detê-lo.

O Metrô recomenda quecompor tamentosinadequados sejamcomunicados a umfuncionário ou via SMS-Denúncia (7333-2252), 24hpor dia. O serviço garantetotal anonimato aosdenunciantes. (Ag ê n c i a s )

Page 10: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 201110 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nós entramos aqui às 11 horas. Agora são quatro e meia e ele não quer sair.João Ângelo, pai do menino Marcoscidades

Projeto Catavento faz um giro pela ciênciaInstalado no Palácio das Indústrias, no Parque D.Pedro 2.º, espaço oferece atividades lúdicas para as crianças mergulharem no universo e nas conquistas da humanidade

Fotos - Newton Santos/Hype

DC-3 fabricado nos Estados Unidos foi utilizado como avião cargueiro militar na Segunda Guerra Mundial

Visitantes participam de atividades que ampliam o conhecimento

Público que visita o espaço, na região central, tem aumentado a cada mês

Mariana Missiaggia

Discretamente , oProjeto Cataventoestá se tornando amais nova atração

da cidade. Neste primeiro se-mestre viu crescer em cerca dedois mil o número de visitan-tes a cada mês, chegando à belamarca de 40 mil em junho. Pro-vavelmente julho deverá baterrecordes em virtude das férias,uma vez que seu acervo seduzparticularmente o público in-fanto-juvenil.

O Catavento funciona no Pa-lácio das Indústrias, que já foiAssembleia Legislativa e a Pre-feitura de São Paulo, nas ime-diações do Parque Dom Pedro2.º. A sua vasta lista de ativida-des justifica a demanda. São250, distribuídas nos quatromil metros quadrados de áreado museu, que aloja quatro se-tores: Engenho, Universo, Vi-da e Sociedade.

A educadora Aline Jordan,28 anos, que trabalha no local,resume em poucas palavras ofascínio do lugar. "O museutorna real tudo aquilo que émuito abstrato para os alunosna sala de aula", explica.

Um bom exemplo é o equipa-mento "Cadeira Girando", noEngenho, que simula a rotaçãodo nosso sistema solar. O fun-cionamento, sem trocadilhos, éengenhoso. A criança senta-sena cadeira e é informada queseu umbigo será o sol e o restan-te do corpo, o sistema solar.

"A cadeira gira. Se a criançaencolhe braços e pernas, a ro-tação aumenta e os planetasse aproximam do sol; se dis-tende e abre os braços e per-nas, a rotação fica mais lenta eos planetas se distanciam dosol", explica Aline.

Lúdico – A propósito, Aline éuma das sete educadoras, queformam, com 120 monitores domuseu, a equipe que orienta oaprendizado lúdico. É alguémdesse grupo que conduz a garo-

tada, ainda no setor intituladoEngenho, até uma bolha de sa-bão gigante, para tratarem doestudo dos fluidos.

Esta forma divertida deaprender prossegue na seçãoUniverso, que possui dois es-paços: astronomia e terra. Ép o s s í v e l q u e a s a l a m a i satraente seja aquela que repro-duz a paisagem lunar e cujo pi-so faz cada visitante sentir queé um verdadeiro selenita (umhabitante lunar). Mas a réplicade caverna onde soam ruídosde água e de animais, ou o cha-mado Monte dos Sábias sãoconcorrentes à altura.

Pe rso nal ida des – Esta últi-ma atração permite uma esca-lada em que o "alpinista" vaiouvindo histórias a respeito depersonalidades como Mahat-ma Ghandi, Machado de As-sis, Churchill etc.

O interesse pelo monte podeser atestado pela disposição domenino Marcos Paulo Somero,seis anos, que o pai João Ângelotrouxe da cidade de Limeira(SP) para visitar a casa. "Nós en-tramos aqui às 11 horas. Agorasão quatro e meia e ele não quer

sair", informava o pai.Canto dos Pássaros – O seg-

mento chamado de Vida, comoo nome sugere, é uma celebra-ção a tudo aquilo que vive so-bre a face do planeta, rica emefeitos audiovisuais. Paredõesrepletos de frases, vídeos e fo-tografias remetem intermina-velmente à origem e à evolu-ção da vida com representa-ções estimulantes e didáticas,nas quais se destaca o tópico docanto de pássaros na sua imen-sa diversidade.

Ressalvando que ele é biólo-

go, portanto enamorado do as-sunto, o entusiasmo de EdneiLuis Antonio, 32 anos era pal-pável naquele mar de plumas epiados. Ele levou a filha, MariaEduarda, e as sobrinhas Isabe-la e Júlia. "Essa interação dascrianças não tem preço. Amaior parte delas, que moraem regiões metropolitanas,perdeu o contacto com a natu-reza e nem sabe que cada pás-saro tem um som diferente",dizia, exaltado.

O último setor, dedicado à so-ciedade, propõe um arco de de-

bates sobre temas éticos e polê-micos, sustentados também porinteressante aparato tecnológi-co. No capítulo das drogas, ta-bagismo e alcoolismo, óculosespeciais simulam visões de ce-nas relativas aos temas.

Locomotivas – Na parte ex-terna do prédio há um segun-do museu ao ar livre. É o deTecnologia, que exibe os va-riados meios de transportes apartir do século XIX. Ali po-dem ser admiradas locomoti-vas importadas, entre elas avelha Dübs, vinda da Ingla-terra, que puxou trens da len-dária Companhia Paulista deEstradas de Ferro.

É possível também conhecervelhas carroças e carroções. E o

respeitado DC-3 fabricado em1936 nos Estados Unidos, quefoi utilizado primeiramente co-mo avião cargueiro militar naSegunda Guerra e depois paratransporte de passageiros.

SSSEEERRRVVVIIIÇÇÇOOO

Palácio das Indústrias - ParqueDom Pedro 2.º, Centro.

Horário de funcionamento:terça a domingo das 9h às 17h

(Bilheteria fecha às 16h.)Ingresso: R$ 6. (Estudantes e

idosos: R$ 3).Acesso: Metrô Pedro II e

terminal de ônibus ParqueDom Pedro II.

Estacionamento: R$8 até trêsh o ra s.

NORA, PAGÚ!

essa altura, lá na eternidade, a escritoraPatrícia Galvão (1910-1962), a célebre

Pagú (à esq.), musa dos nossos modernistas,deve estar particularmente escandalizada

com São João da Boa Vista em virtude doataque homofóbico contra pai e filho no início da semana.Mulher libertária, sobretudo anti-preconceituosa, estarianas ruas pedindo justiça, como sempre fez em vida.Ela não ficaria nada satisfeita em saber que semelhanteobscurantismo ocorreu em sua cidade natal. Pagú sofreu23 prisões por se opor à ditadura de Getúlio Vargas (1937-1945). Foi casada com Oswald de Andrade e Geraldo Galvão.

OLHA O LULA AI, GENTE...

Já está nas mãos dos compositores – tanto os daala da escola como os convidados – a sinopse

sobre a qual deverão se inspirar para concorrer aosamba-enredo da Gaviões da Fiel. Como se sabe, seutema do Carnaval 2012 é a trajetória de Lula. Segundoo plano de desfile, a abertura, marcada pelacomissão de frente, se intitula "A Metamorfosedo Escorpião", alusão ao signo astrológico doex-presidente, introduz sua biografia. A segunda ala,protagonizada pelas baianas, batizada de "MãeCoragem", celebra a mãe dele, Dona Lindu, comoaconteceu no filme. A bateria da escola estarávestida com macacões de metalúrgicos do ABC.

...BRILHANDO NA PISTA

Quem leu a sinopse diz que o texto tem algode heróico. Lá está escrito, por exemplo, que

"Lula não se intimidou com as mãos de ferro daDitadura". Nesse sentido, a décima ala recebeu o títulode "O duelo da Democracia contra o dragão daDitadura", remetendo ao filme "O dragão da maldadecontra o santo guerreiro", de Glauber Rocha(1939-1981). Também associa Lula às Diretas-Já,à moeda forte, ao combate à inflação e àemancipação nacional. A propósito do tema, já écorrente entre sambistas e carnavalescos que abiografia do ex-presidente Lula deverá ser enredo daEscola Beija-Flor no Carnaval carioca de 2013.

VAI UM PENALTI AÍ?

GUERRA SANTA

Frei Bruno Cadoré, 57 anos,mestre-geral dos dominicanos,

esteve em São Paulo na semanapassada, fazendo uma visitachamada de conhecimento àprovíncia da Ordem. Em um encontro

com a comunidade no Colégio SantaCatarina de Siena, na Rua Manoel daNóbrega, ele fez uma revelaçãoassustadora. Atualmente, a região domundo mais perigosa para cristãos,leia-se risco de morte, religiosos ou

leigos, se localiza no OrienteMédio e sul da Ásia, respectivamenteSomália, Irã, Afeganistão, Índia ePaquistão – focos de Islamismoradical. As guerras santas estãovoltando com vigor.

Metrópole – Como o senhor,que foi exímio cobrador depênaltis, interpreta ofracasso contra o Paraguai?Evair – Em primeiro lugar: umjogador, na Seleção, devesaber o que precisa fazer. Emsegundo: o primeiro batedor,Elano, tinha a obrigação de ver oterreno fofo e que o pé de apoiopodia escorregar. Os outrostinham obrigação maior: haviamvisto o que aconteceu e aindaforam avisados por Elano.Também deviam saber queestavam cansados e que nesseestado a pessoa pensa e seconcentra menos.

Metrópole –1- Faltout re i n a m e nto ?Evair – Acho que sim. Batedorbem treinado sente-se seguropara bater certo. À força detreinar, examinando osresultados, o sujeito pegaconfiança. Cheguei a errar quatroou cinco vezes no treino, mas mesentia seguro para cobrar no jogo.Se a bola sair rasteira e no canto,é indefensável.

Metrópole – Por que o senhorvaloriza tanto o aspectoemocional, via segurança?Evair – O gol tem 7,22 metros deextensão por 2,44 de altura. A bola

vai até 70 centímetros decircunferência. A distância é de11 metros, sendo que o goleirosó pode se movimentar depoisque a bola parte. Há mais de90% de possibilidade de gol,a menos que o emocional pese.

Metrópole – Qual é o pior tipode goleiro para o batedor?Evair – Aquele que não se mexe atéo último instante do chute. Não dásinal para que lado irá. Não éaconselhável ficar olhando para ele.

(Evair Aparecido Paulino,46 anos, treinador, ex-jogador do

Palmeiras, Portuguesa, etc)

PatríciaGalvão, acélebre Pagú.

Reprodução

Ricardo Trida/AE

Ormuzd Alves/Folhapress-20/11/1994

Page 11: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

turismo

NA CIDADE DO BEM-ESTARO DC visitou dois spas incríveis em Amparo, interior de São Paulo, o destino pertinho para cuidar do corpo e da mente

Fotos: Divulgação

Terapia de Chocolate, Ducha Vichy e massagem nos pés fazem parte do menu do Spaço Quintessência. No Canto da Floresta, as modalidades incluem a shantala – técnica indiana especialmente aplicada a bebês.

Longe do estresseno Quintessência

Relaxe:o spa écercado porum jardim noestilo japonês(acima). HotelSant'Anna(à esq.) ocupauma antigafazenda dofim do séculoXIX e abrigaambientesaconchegantes.

Ivan Ventura

O paulistano que bus-ca o fim do estresseserá duplamente re-compensado se se-

guir de carro até a cidade de Am-paro, a 130 quilômetros de SãoPaulo. Primeiro, na ida até lá, on-de um cenário bucólico encantaos olhos: há túneis naturais fei-tos a partir do encontro das co-pas das árvores inclinadas sobrea Rodovia Constâncio Cintra.Após alcançar a luz no fim do tú-nel verde, o motorista deverá ro-dar mais uns 15 km até chegar àsegunda recompensa: o luxuosoHotel Sant’Anna e seu spa SpaçoQ uintessência.

Nas instalações de uma antigafazenda com belíssima arquitetu-ra clássica do fim do século XIX, ohotel abriga 42 apartamentosconfor táveis,u m a a d e g aparticular param o m e n t o sgourmets ro-mânticos, pis-cinas, campode futebol eaté um campode golfe.

Cl e ó p at ra –Um dos spasmais conheci-dos no comba-te ao estresse,o Spaço Quin-tessência já foipremiado pelarevista Ve ja eoutras publi-cações de pe-so pela com-pleta infra-es-trutura do gê-nero em SãoPaulo. Cercado por um belo jar-dim no estilo japonês, misturamodernos equipamentos e téc-nicas milenares de relaxamento,que auxiliam no combate ao es-tresse. Entre as opções, o desta-que fica para o ritual de Cleópa-tra, inspirado nos banhos da fa-mosa rainha egípcia, com dura-ção de aproximadamente trêshoras. O tratamento começa coma imersão em uma banheira comleite e substâncias aromáticas,além de colágeno marinho. Apóso banho, thalassoterapia, que,em suma, é outro banho comcristais marinhos e gel de algas –

ricos em minerais, oligoelemen-tos e óleos essenciais com pro-priedades terapêuticas. O ritual éconcluído com massagens cor-poral e facial com proteínas deseda. Dá para imaginar o resulta-do da terapia.

H i d ro te r á p i co s – O menu re-laxante inclui outros tratamentosúnicos, como as técnicas que uti-lizam como base a água para o re-laxamento (hidroterápicos). ADucha Vichy dura quase uma ho-ra e consiste em posicionar a pes-soa deitada sobre uma cama emassageá-la a partir do uso de se-te duchas posicionadas sobrepontos estratégicos da muscula-tura humana. Ao mesmo tempo,uma especialista estimula termi-nações nervosas do corpo parareforçar a eficácia da massagemcontra o estresse. O Spaço Quin-tessência dispõe, é claro, das tra-dicionais massagens terapêuti-

cas. Aos casais, há uma especialde uma hora. Ao final da estadia,será quase um vício cuidar do cor-po e relaxar. Mas, se a volta paracasa é mesmo inevitável, serápossível apreciar ao menos maisuma vez o belo túnel verde da re-gião serrana do Estado.

Hotel Sant’Anna: Bairro doCórrego Vermelho, Amparo(SP), tel. (11) 3509-4252,w w w. h o te l s a nt a n n a . co m . b r.Diárias a partir de R$ 560,23por casal (em julho). Inclui caféda manhã, jantar e programade atividades de lazer. Possuipacotes especiais de spa.

BELEZAHISTÓRICAO centro deAmparo abrigabelas casas (foto)do início doséculo passado(algumas delasainda maisantigas). Entre asvisitas imperdíveisestá a IgrejaNossa Senhorade Amparo.No interior,há quadrosde afrescos defamosos artistas,como OscarPereira da Silvae BeneditoCalixto. (IV)

Refúgio zen: Canto da Floresta.

Decoraçãocom peçasda cultura

hindu(acima) seespalham

pelas áreascomuns.ParqueMístico

(abaixo) éponto alto do

ecoresort.

Beleza da arquitetura é notável.Sala de ioga compõe a infra-estrutura.

Flavia Perin

Basta chegar ao Canto da Flo-resta Ecoresort, em Amparo,para começar a entender asua definição de um espaço

ecológico. Quando adquiriram o terre-no de 45 alqueires há cerca de 11 anos,seus proprietários – a família Mesqui-ta, de Santos (SP) – iniciaram o traba-lho de reflorestamento no local pormeio do plantio de 35 mil mudas na-tivas. O resultado hoje salta aos olhos.As confortáveis instalações do hotelsão cercadas por muito verde e privi-

legiam a beleza na-tural, seja pela arqui-tetura ou a decora-ção, regida pelospreceitos do FengShui, e outros míni-mos detalhes – porexemplo, os 66 apar-tamentos são dividi-dos por alas com no-mes de pássaros dare g i ã o.

A ambientação,aliás, é um destaque.Peças trazidas da Ín-dia se espalham pe-las áreas comuns edão um tom espe-

cial de misticismo ao lugar. Os objetosdemonstram a predileção da famíliapela cultura hindu e conferem aindamais valor ao menu de atividades mís-ticas oferecidas aos hóspedes – um ca-pítulo à parte. Um enorme jardim zendá as boas-vindas assim que se ultra-passa a recepção. "Para renovar asenergias", afirma Fernanda Mesquita,diretora-geral. Ela explica que a pro-posta do hotel é proporcionar bem-es-tar interior. "Tudo foi pensado paraque o hóspede possa aquietar a mentee se interiorizar."

O ponto alto é o Parque Místico, que

pode ser percorrido por uma trilha eque abriga uma pirâmide, um labirinto,os Templos do Sol e da Lua e tótens queremetem aos chacras do corpo. Na pro-gramação alternativa, sempre acompa-nhada de perto pela simpática instruto-ra Vera Zamarioli (às vezes pela própriaFernanda), estão incluídas desde aulasde ioga e tai chi chuan até canto demantras e vivências como o ritual do fo-go. A vegetação e o ar puro são compa-nhias constantes, e, para arrematarqualquer programa, a cachoeira fica aalguns poucos metros da piscina.

Além do misticismo – Quem prefe-re apenas curtir a estrutura de lazer, es-tará bem servido. Além da piscina, oCanto da Floresta conta com saunas se-ca e vapor, quadras de tênis e squash,campo de futebol society iluminado eaparelhos de musculação. Também sepode optar por passeio a cavalo, pescaecológica, caminhadas na mata,mountain bike, arco-e-flecha, paredede escalada e brincadeiras monitora-das para os pequenos. Descanso ou di-versão, há para todos os gostos.

Já se a palavra de ordem é relaxar, adica são as massagens: holística, ayur-

védica, rítmica, shiatsu, reflexologia,harmonização com cristais... As moda-lidades não param por aí e englobam ashantala, uma técnica indiana espe-cialmente aplicada a bebês. Mais mi-mos para o corpo e a alma? Três tiposde banhos terapêuticos – Terapia doChocolate, Banho de Leite e Vinhote-rapia – compõem o cardápio de trata-mentos para a saúde e a beleza.

Os paladares estarão igualmentebem atendidos pela culinária capri-chada do chef Rabi Abdo, que alia es-pecialidades regionais do Brasil à gas-tronomia internacional, preparadascom ingredientes cultivados na fazen-da. E o conforto se estende aos quar-tos: a suíte luxo tem ar-condicionado einternet sem-fio e algumas dispõemde varanda. Impossível não voltar paracasa com as energias renovadas.

Canto da Floresta Ecoresort: BairroFurquila, Amparo (SP), tels. (19) 3938-1500 e (11) 3892-7732 (reservas),www.hotelc anto dafloresta.com.br.Diárias a R$ 630 por casal (em julho),com cortesia para uma criança de até11 anos no mesmo quarto dos pais.Inclui pensão completa e programade atividades terapêuticas e de lazer.

Page 12: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 201112 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

O macaco-esquiloCharles Darwin sobena cabeça de seutratador durante umafilmagem em Berlim,Alemanha.

N ATAÇÃO

César Cielo, liberado para o Mundial

T ECNOLOGIA

Hackers obtêmarquivos da Otan

O grupo de hackersAnonymous declarou ontem quedispõe de cerca de 1 gigabyte de"documentos restringidos" daOrganização do Tratado doAtlântico Norte (Otan) e advertiuque seguirá combatendoempresas e governos queatentem contra a liberdade deinformação. Em mensagem noTwitter, o grupo anunciou: "agoracontamos com 1 gigabyte dedados, que em sua maior partenão pode ser publicada porqueseria irresponsável", mas "nospróximos dias, aguardem maisdados interessantes", escreveu ogrupo em sua conta na rede social(@AnonymousIRC). Os hackersnão revelaram o motivo de suaoperação contra a Otan, mascriticaram em suas mensagens oFBI por deter 14 de seus membrosem uma operação dirigida contrao grupo por ataques ao PayPal,que cancelou a conta doWikiLeaks. "Nós estamostrabalhando e o FBI também.Vamos ver quem é mais eficiente",diz um tuíte do grupo.

SA PATO SMODULARES

A designer israelenseSharon Golan, formada pelaAcademia de Arte e Design deBezalel, criou uma coleção decalçados concebidos paraserem montados edesmontados como módulos.As combinações dependemdo gosto da usuária. A criaçãofaz parte de uma exposiçãoespecializada em calçadosfemininos que acontece estasemana em Jerusalém.

A RTE

Morre o pintorLucian Freud

O pintor britânico, nascido naAlemanha, Lucian Freud, morreuna quarta-feira em Londres,informou seu agente, WilliamAcquavella, em Nova York. Acausa da morte não foi revelada.Neto de Sigmund Freud, Lucianse tornou o pintor vivo maisvalorizado em 2008, quando seutrabalho Benefits SupervisorS leeping (1995), que retrata umamulher obesa recostada em umsofá, foi leiloado por US$ 33,6milhões. Ele também foicomissionado para retratar arainha Elizabeth.

G AMES

Rede Playstationchega ao Brasil

A Sony lançou ontem a versãobrasileira da rede de games onlinePlayStation Network (PSN).Segundo o blog oficial doPlayStation, o Brasil se torna,assim, o segundo país da AméricaLatina a aproveitar o conteúdodigital da PlayStation Network.Além da rede de jogos, a empresatambém lançou a PlaystationStore, em que os usuáriosbrasileiros poderão comprargames e baixar jogos. As compraspodem ser feitas usando cartõesde crédito e os preços estão emreais. Em breve, cartões pré-pagosda PlayStation Network estarãodisponíveis em lojas.

E SPAÇO

O fim de uma eraAAtlantis voltou on-

tem à Terra comseus quatro tripu-lantes a bordo, após

uma bem-sucedida missão de13 dias, a STS-135, o que encer-ra o programa de naves espa-ciais da Nasa (agência espacialnorte-americana) após 30 anosde operações. O Atlantis des-pediu-se na terça-feira a ISSpara sempre, ao iniciar a via-gem de retorno à Terra.

A Atlantis aterrissou na pis-ta do Centro Espacial Kenne-dy, em Cabo Canaveral (Flóri-da), às 6h58 do horário local (omesmo de Brasília). Os funcio-nários da Nasa se uniram aoresto do mundo e assistiram aomomento que pode ser qualifi-cado como "histórico": o co-mandante Chris Ferguson, opiloto Dough Hurley e os espe-cialistas de missão SandraMagnus e Rex Walheim pisan-do na terra após a última via-gem realizada por uma nave.

Durante a missão, o Atlantislevou toneladas de provisões àEstação Espacial Internacional,

onde residem seis astronautas.O programa de ônibus espa-

ciais iniciou-se em 12 de abril de1981 com o lançamento do Co-lumbia, ao qual seguiram oChallenger (1983), o Discovery(1984), o Atlantis (1985) e o En-deavour (1992), que se transfor-maram na bandeira da prospec-ção espacial dos EUA.

O Challenger e o Columbiasofreram graves acidentes - oprimeiro explodiu 73 segundos

após a decolagem em janeiro de1986 e o Columbia desintegrou-se em fevereiro de 2003 quandoreingressava na atmosfera.

Desde que a Columbia foilançada, 355 pessoas de 16 paí-ses já voaram 852 vezes a bordode uma nave. As cinco naves -Columbia, Challenger, Disco-very, Atlantis e Endeavour -percorreram 872 milhões dequilômetros e abrigaram 2 milexperimentos. (EFE)

Dean Treml/AFP

'É MEU' - Michal Navratil, da República Checa, pega o buquê da "noiva" Laura Spina, que aparece em uma sacada a 24

metros de altura com o "noivo" Michael Piringer. A cena foi criada para um vídeo sobre a quinta etapa da Red Bull Parade,

no Castelo Scaliger, próximo ao lago de Garda, o maior da Itália. Navratil saltou de uma plataforma a 27 metros de altura.

A TÉ LOGO

Sem pagar pensão, ex-jogador Zé Elias é preso em São Paulo. Valor devido é de R$ 932.577,73

Ibama remove 104 animais de zoológico de Niterói, no Rio de Janeiro, por suspeita de receptação

L OTERIAS

Concurso 654 da LOTOFÁCIL

01 02 03 07 12

13 14 16 17 18

19 20 22 23 25

Concurso 2650 da QUINA

08 19 29 47 74

O brasileiro César Cielo, campeãoolímpico nos 50 metros nado livre emPequim 2008, poderá competir noMundial de Natação de Xangai. A CorteArbitral do Esporte (CAS, na sigla eminglês) deu a ele uma advertência, amesma imposta pela federaçãobrasileira, para a presença dasubstância "furosemida" em maio. Seuscompanheiros de equipe HenriqueBarbosa e Nicolas Santos tambémreceberam advertências. Os quatrobrasileiros tiveram resultado positivopara a substância "furosemida", umdiurético, em um exame antidopingrealizado em maio, por isso receberam

advertência da Confederação Brasileirade Desportos Aquáticos, que tambémretirou deles as medalhas conquistadasem maio no Torneio Maria Lenk, no Riode Janeiro. A Federação Internacionalde Natação (Fina) apelou à decisão porconsiderá-la branda demais. (EFE)

Atlantis em seu último pouso, em Cabo Canaveral, na Flórida

E SPÉCIES

Borboleta 'Argynnispaphia' no JardimBotânico de Munique,Alemanha.

País de sombras

A companhia de dançados EUA Pilobolus emcenas do espetáculo

'Shadowland' emapresentação ontem em

Berlim, Alemanha.

David Gray/Reuters

www.dcomercio.com.brL o go

Thomas Peter/Reuters

Frank Leonhardt/AFP

Jens Kalaene/AFP

Stephan Agostini/AFP

Pierre Ducharme/AFP

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Page 13: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

T E L E CO MGoverno federalobriga operadorasa dividir suas redescom pequenas

INFR AESTRUTUR AVale vai investirR$ 3,5 bilhões emSão Paulo nospróximos três anoseconomia

Em 22 de julho de2013, os R$ 800 bivirarão R$ 1 tri.

Estimativa do IBPT é de que a receita tributária aumentaem mais de 20% em exatos dois anos

Renato Carbonari Ibeli

Se a arrecadação tributá-ria continuar a crescerna velocidade atual,em 2013 o Leão não pre-

cisará mais do que meio ano pa-ra dar uma mordida trilionáriano bolso do contribuinte. Narealidade, nesse ritmo, dentrode exatos dois anos – em 22 dejulho de 2013 – a arrecadaçãotributária registrará R$ 1,059trilhão, conforme projeções fei-

xar os tributos neutros, ao fa-zer compensações com crédi-tos ao longo das diferentes eta-pas da cadeia produtiva. Masna prática, "o regime não-cu-mulativo se mostrou tão com-plexo e as empresa passaram ater tanta dificuldade para secreditarem que a carga tributá-ria acabou aumentando" disseLetícia.

Em 2010, a Receita Federaldo Brasil (RFB) obteve R$ 571,9bilhões provenientes do PIS eda Cofins, soma que represen-tou 31,5% da arrecadação tri-butária da União daquele ano.

A tributarista lembrou quenos últimos dez anos o gover-no federal aumentou conside-ravelmente a tributação paraas importações, o que ajudou areceita tributária a avançar. Jácom relação à evolução da ar-recadação neste ano, Letíciadisse que parte do avanço é re-sultado do fim das desonera-ções do Imposto sobre Produ-tos Industrializados (IPI) queforam instituídas a partir dacrise financeira mundial.

Soma-se a esses fatores amaior eficiência dos fiscos, com

a implantação do Sistema Pú-blico de Escrituração Digital(Sped) e da Nota Fiscal Eletrô-nica (NF-e), e o que se verifica éa aceleração vertiginosa da ar-

recadação na década. Pelo sitedo Impostômetro (www.impos -t o m e t ro . o rg . b r), em 22 de julhode 2001, a arrecadação das trêsesferas de governo atingiaR$ 215,9 bilhões. Hoje, em igualdata, ela é quatro vezes maior.

PIB – O aumento da arreca-dação não seria algo negativo,se ela não crescesse muito alémda riqueza do País. Entre 2000 e2010, enquanto a receita tributá-ria cresceu 264,49%, o ProdutoInterno Bruto (PIB) evoluiu212,32%. Assim, a carga tributá-ria – que é a relação entre a arre-cadação e o PIB – subiu de 30%,em 2000, para 35%, em 2010.

Pelos dados do IBPT, nos úl-timos dez anos, o aumento dacarga tributária fez sair R$ 1,85trilhão do bolso do contribuin-te, que escoaram para os cofresdos governos. Isso significauma média de R$ 185 bilhõesao ano no período. "Para redu-zir a carga tributária, será pre-ciso simplificar o sistema tri-butário e reduzir alíquotas.Assim, a capacidade de o Paísgerar riqueza se equipararia àevolução da arrecadação", dis-se a tributarista.

Alteração no Simplespoder ocorrer em agosto

Odeputado Pepe Var-gas (PT/RS) infor-mou ontem que há um

acordo com o governo paraque seja votado o Projeto de Leinº 591, ampliando o limite defaturamento das micro e pe-quenas empresas para fins deenquadramento no SimplesNacional, regime simplificadode tributação, e permitindo aexclusão do valor exportadodo limite do faturamento exi-gido para enquadramento nore g i m e .

O substitutivo do relator irápropor uma elevação do fatu-ramento anual de R$ 240 milpara R$ 360 mil para microem-presas e de R$ 2,4 milhões paraR$ 3,6 milhões para empresasde pequeno porte.

O deputado disse que nasfaixas intermediárias, nasquais as empresas são classifi-cadas para a definição de alí-quotas do tributo, a elevaçãopode ser um pouco menor.Vargas afirmou também quehá acordo para que a compa-nhia possa exportar o valorequivalente a até duas vezes oseu faturamento sem ser ex-cluída do Simples Nacional.

O deputado avaliou que aproposta já poderá ser votadaem agosto. Segundo ele, o pro-jeto só não foi votado este mêsporque o projeto de criação doPronatec, programa de acessoao ensino técnico do governofederal, tramita em caráter deurgência constitucional e tran-cou a pauta. (AE)

INSS: Impassena desoneração.

Preços de serviços pressionam IPCA desde 2006A partir de 2010, o segmento apresentou variação de 7,6%, ante alta de 5,5% nos dois anos anteriores.

Leonardo Rodrigues/Hype

Nos últimos 12meses até junhoúltimo, a inflaçãoem serviços foi de8,7% – reflexo daexpansãoeconômica,conforme orelatório do Ipea.

tas pelo site do Impostômetro.Hoje, a mordida completaR$ 800 bilhões por volta das 13horas. A ferramenta é alimen-tada pelo Instituto Brasileiro dePlane jamento Tr ibutár io(IBPT) com dados dos fiscosdas três esferas de governo.

O avanço sistemático da ar-recadação ganhou força na úl-tima década, em parte, pelocrescimento econômico vividono período. Mas a elevação dealíquotas, e algumas mudan-ças no cálculo de impostos,

também contribuíram com es-se crescimento.

A tributarista Letícia Marydo Amaral, vice-presidente doIBPT, destacou que, na últimadécada, o governo federal ado-tou medidas que contribuírampara aumento da arrecadação,entre elas a adoção do Progra-ma de Integração Social (PIS) eContribuição para o Financia-mento da Seguridade Social(Cofins) não-cumulativos, em2001. Com a não-cumulativi-dade, o governo pretendia dei-

Para reduzir acarga tributária,será precisosimplificar osistema tributário ereduzir alíquotas.

LETÍCIA DO AMAR AL, IBPT

Oministro daPrevidência Social,Garibaldi Alves Filho,

informou que ainda nãoexiste um acordo entre osministérios da Fazenda ePrevidência em torno de umaproposta da desoneração dacontribuição patronal aoInstituto Nacional do SeguroSocial (INSS) sobre a folha desalários. De acordo com ele,há uma preocupação doministério da Previdência emrelação à sustentabilidade daar recadação.

Ele contou, no entanto, quena quarta-feira houve umareunião com a presidente

Dilma Rousseff, que semostrou muito "atenta" a essaquestão, o que deixou oministério da Previdênciaconfiante de que não haveráprejuízo à Pasta. O ministrodisse que há estudos emandamento e que a conclusãofinal pode levar à criação deuma contribuição que cubra orombo nas contas, que serágerado com a desoneração.

Resp onsabilidade – "Aformatação poderá não ser aideal. Mas pode atender aosinteresses da Previdência nosentido de preservar aresponsabilidade que temoscom milhares de

beneficiários", afirmouGaribaldi, que participou daabertura da reunião plenáriado Fórum Permanente dasMicro e Pequenas Empresas.

Para ele, a proposta idealseria manter da forma como é."A proposta ideal é não fazer.Mas entendemos que énecessário porque o Paísprecisa crescer e não

queremos ter impedimentopara este crescimento. Mastambém não queremos queesse crescimento crie outroproblema", afirmou.

O ministro confirmou que aideia é iniciar a redução daalíquota da contribuiçãopatronal dos atuais 20% para14%. "É fundamental que nãose faça de uma só vez." (AE)

Desde 2006, a inflação dogrupo Serviços superaos 4,5% do centro da

meta de inflação medida peloÍndice Nacional de Preços aoConsumidor Amplo (IPCA). Masa dor de cabeça para o BancoCentral (BC) se tornou mais in-tensa a partir de 2010, quando osegmento teve variação de7,6%, ante alta de 5,5% nos doisanos anteriores. Nos últimos 12meses até junho último, a infla-ção no grupo foi ainda maior,8,7% – reflexo da expansão eco-nômica, conforme o relatório "ADinâmica da Inflação Brasileira:Considerações a Partir da Desa-gregação do IPCA", divulgadoontem pelo Instituto de Pesqui-sa Econômica Aplicada (Ipea).

O Instituto atribui a alta cons-tante nos serviços às políticasde redistribuição de renda ecombate à pobreza e de expan-

são do crédito implementadaspelo governo federal. Os pre-ços do segmento "são particu-larmente sensíveis ao salário-mínimo e à redução do desem-prego", informa o relatório.

O documento mostra doisperíodos distintos da dinâmicainflacionária – antes e depois de2006. Entre 2000 e 2005, o itemque mais pressionava a inflaçãoera o de preços monitorados –os regulados por contrato, co-mo transporte público, com-bustíveis e telefonia. Em todosaqueles anos, os preços monito-rados tiveram reajustes acimada meta da inflação. A perda depeso na inflação se deve, segun-do o Ipea, a mudanças de inde-xadores e aprimoramento dasregras de repasse de custos em2005 e 2006, que levaram o gru-po a permanecer abaixo do cen-tro da meta.

O Índice de Pressão sobre aMeta de Inflação (IPMI), que me-de a contribuição de cada bemou serviço para o desvio do IPCAem relação ao centro da meta,mostra que a pressão inflacio-

nária dos serviços começou a seintensificar em 2008. À época, oIPMI subiu de 0,15 ponto per-centual (pp) em 2007 para 0,43pp. E não voltou aos níveis anti-gos: 0,72 pp em 2010 e 1,01 pp

nos 12 meses acumulados atéjunho de 2011.

O Ipea destaca, nesse grupo,os preços dos serviços pessoais– como empregado domésticoe cabeleireiro –, que subiram

quase 7,5% em 2007 e 2009 eao redor de 9,5% em 2008 e2010, anos de crescimento eco-nômico mais intenso. Para amaioria dos ser viços, esseaquecimento aparece commais força em 2010.

Junto com os serviços, a in-flação de 2007 para cá foi puxa-da pelo grupo Alimentos e Be-bidas, pela alta internacionaldos preços de commodities so-bre os alimentos comercializá-veis nos últimos anos. Com ex-ceção de 2009, os preços dosegmento subiram acima de10% ao ano.

O Ipea prevê, no entanto, umcenário pessimista para os pre-ços monitorados neste ano, re-sultado da influência de com-bustíveis, transporte público etaxas como as de água e esgotoe de emplacamento e licençade veículos. (AE)

Page 14: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 201114 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Page 15: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 2011 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

O governo federal não tem nenhuma meta para levar internet de graça a todos os l u g a re s.Paulo Bernardo, ministro das Comunicaçõeseconomia

Sai pacote de 159bilhões de euros

para a GréciaAjuda soma linha oficial da zona do euro com contribuição

privada. Aprovadas também medidas anticontágio.

Líderes europeus reu-nidos ontem em cú-pula extraordináriaem Bruxelas aprova-

ram um programa de 159 bi-lhões de euros (R$ 355 bi) emajuda à Grécia que provavel-mente levará ao primeiro calo-te da história do euro.

O plano de 16 pontos se ba-

B ove s p areage comforte alta

Oacordo fechado peloslíderes europeus para

resolver a situação grega foio motor que puxou osmercados acionáriosontem. A BMF&Bovespavoltou a fechar nos 60 milpontos, o que não aconteciahá mais de uma semana, eteve a maior alta percentualdesde 1º de dezembro doano passado. O índiceIbovespa terminou o dia emalta de 1,93%, aos 60.262,95pontos, maior nível desde13 de julho. Também nosEstados Unidos o mercadoaplaudiu o pacote gregonas bolsas – o índice DowJones fechou em alta de1,21% e o Nasdaq subiu0,72%. (AE)

Paulistano segue confianteDívida pública bateem R$ 1,8 trilhão

O risco daindexação

Ogoverno precisareduzir a indexação da

dívida pública à taxa básicade juros, a Selic, mas issorequer freio mais forte nosgastos públicos e inflaçãomais baixa. A avaliação é doeconomista Carlos EduardoFreitas, ex-diretor do BancoCentral (BC).

Os papéis vinculados àSelic representam maisrisco em período deaumento dos juros básicos.Só neste ano, o Comitê dePolítica Monetária (Copom)do BC elevou a Selic em 1,75ponto percentual, ao longode cinco reuniões. Nestasemana, a taxa de jurosbásica foi ajustada para12,5% ao ano.

Segundo Freitas, se o Paíschegar a ter inflação anualentre 2,5% e 3%, aliada auma política fiscal"rigorosa", os investidoresvão deixar de ter interessenesse tipo de títulospúblicos indexados. (AB r)

Nove fábricas de tablets

Philippe Wojcizer/ Reuters

Presidente Sarkozy diz que governança europeia sai fortalecida

seia em três pilares: ampliaçãode prazos e reestruturação detítulos, redução das taxas dejuros para empréstimos e con-tribuição de investidores pri-vados – este ponto, uma vitóriaparticular da chanceler alemãAngela Merkel.

Do pacote, 109 bilhões de eu-ros são financiamentos oficiais

vindos de fundos da zona doeuro, Fundo Monetário Inter-nacional (FMI) e privatizaçõesgregas. Os outros 50 bilhões deeuros são contribuições "vo-luntárias" de credores priva-dos que, na verdade, têm pou-ca escolha, uma vez que a alter-nativa é não receber nada doque investiram.

Eles terão um menu comquatro opções de participação:três formas distintas de trocasde títulos e um plano de rola-gem. A estimativa é de perdade 21% do valor dos títulos.

Além disso, empréstimosgregos no âmbito do FundoEuropeu de Estabilidade Fi-nanceira (EFSF, na sigla em in-glês), terão o prazo estendidodos atuais 7 anos e meio para omínimo de 15 anos e o máximode 30 anos, com um período decarência de dez anos.

C on t ág i o – Os juros dessesempréstimos caem de 4,5% pa-ra 3,5%, condições que tam-bém serão estendidas para

Portugal e Irlanda. Diante dopotencial impacto nos merca-dos e do perigo de contágio, lí-deres reforçaram a mensagemde que se trata de solução úni-ca para uma situação única.

"Não houve declaração dedefault (moratória)", afirmou,por sua vez, o presidente doBanco Central Europeu (BCE),Jean-Claude Trichet.

Mas as agências de qualifi-

cação de risco sinalizaram quedevem considerar a situaçãogrega como "calote seletivo".

O premiê grego, George Pa-pandreou, festejou: "É um su-cesso europeu, uma respostada Europa para a Europa."

O presidente da França, Ni-colas Sarkozy, disse que foiusada a crise grega para darum salto qualitativo na gover-nança da zona do euro. "Não

podemos continuar tendouma moeda desconectada dapolítica econômica", afirmou.A cúpula de ontem anunciouainda um "tipo europeu de Pla-no Marshall" para estimular ocrescimento da Grécia.

Também foi anunciada umareforma significativa no papeldo EFSF, que deve passaar a as-sumir um caráter semelhanteao do FMI. (F o l h a p re s s )

Acombinação perversa dealta da inflação e da taxa

de juros gerou um aumento dequase R$ 112 bilhões na dívidapública federal no primeiro se-mestre do ano. Somente a cor-reção dos juros que incidemsobre os débitos do governonos mercados interno e exter-no consumiram 87,96% doavanço registrado. Ao final dejunho, a dívida total bateu emR$ 1,8 trilhão.

De janeiro a junho, o TesouroNacional gastou R$ 97,98 bi-lhões com o pagamento de ju-ros. A venda de títulos no pe-ríodo também superou o volu-me de papéis que foram resga-tados em R$ 13,41 bilhões, oque também contribuiu para oaumento do endividamento.

Os dois empréstimos conce-didos pelo governo para oBanco Nacional de Desenvol-vimento Econômico e Social(BNDES) responderam porboa parte dessa emissão. Obanco de fomento recebeuR$ 35 bilhões para reforçar seucapital e sua capacidade deemprestar recursos para em-presas. O governo tambémaproveitou o apetite maior dosinvestidores por papéis prefi-xados ligados a índices de pre-ços para emitir mais títulos.

Na contramão, o Tesourovendeu 18,11% a menos de Le-tras Financeiras do Tesouro(LFTs), papéis com correçãoatrelada à taxa Selic considera-dos como os piores para a ad-

ministração da dívida porquea remuneração que o governoprecisa pagar para o compra-dor varia de acordo com a taxabásica de juros. (AE)

Aconfiança doconsumidor da cidadede São Paulo sobre sua

própria situação econômicadiminuiu em julho, de acordocom pesquisa divulgadaontem pela Federação doComércio de Bens, Serviços eTurismo do Estado de SãoPaulo (Fecomercio-SP).

O levantamento mostra quea confiança do consumidorcaiu de 154,6 pontos emjunho para 153,7 pontos nestemês. Esse nível de alteraçãoé equivalente a umaretração de 0,6%.

Ainda assim, o consumidor

paulistano é consideradootimista, pois suaconfiança se situa acima dos100 pontos na escala daFecomercio-SP. A escala variade zero a 200 pontos eresultados abaixo de 100demonstram pessimismo.

"O consumidor paulistanoainda se encontra em zonarazoável de otimismo,pois fundamentos para o bomdesempenho do seu nível deconfiança permanecemrobustos, como a massade rendimentos e ataxa de desemprego empatamares historicamente

baixos", avaliou a entidade,em nota.

A pesquisa mostra que aleve queda de 0,6% nacomparação mensal éexplicada, em parte, pelorecuo de 1,2% nasexpectativas do consumidorem relação à situação futura.Nesse quesito, o indicadorteve redução de 156,9pontos em junho para 155pontos em julho.

E stabilidade – Já aconfiança do consumidor emrelação à situação econômicado momento permaneceupraticamente estável,

passando de 151,2 pontos emjunho para 151,9 pontos nestemês. O destaque nessequesito foi a diferença napercepção de homens e demulheres. Enquanto aconfiança dos homens subiu2,8% (de 152,9 para 157,2pontos), a das mulheres caiu2% (de 146,3 para 143,4p ontos).

O Índice de Confiança doConsumidor (ICC) é apuradomensalmente pelaFecomercio-SP desde 1994.São coletados dados de 2,1mil consumidores nomunicípio de São Paulo. (AE)

Oministro das Comunica-ções, Paulo Bernardo,

afirmou ontem que nove em-presas estão cadastradas paraproduzir tablets no Brasil, comos incentivos tributários pro-porcionados pela inclusão doequipamento na chamada "Leido Bem". Os benefícios in-cluem a isenção de Programade Integração Social (PIS), deContribuição Para o Financia-mento da Seguridade Social(Cofins) e a redução em 80% doImposto sobre Produtos In-dustrializados (IPI).

"Algumas empresas já co-meçarão a produzir os tablets apartir de agosto. Como se tratade um aparelho muito ambi-cionado pelo consumidor, queestá com bom poder aquisiti-

vo, acho que as vendas vão'bombar' no fim do ano", acres-centou Bernardo, durante oprograma de rádio "Bom DiaMinistro", na sede da EmpresaBrasil de Comunicação (EBC).

Banda larga – Apesar de játer admitido que o governo po-derá subsidiar o acesso à ban-

da larga para os que não pude-rem pagar R$ 35 mensais porum plano de um megabit porsegundo (Mbps), o ministroafirmou que o governo não vaibancar a inclusão. "O governofederal não tem nenhuma me-ta para levar internet de graça atodos os lugares." (AE)

Default dos EUAprejudicaria Europae América Latina

Orisco de um default dosEstados Unidos e suas

consequências continuavamassombrando a economiamundial ontem, na ausênciade um acordo para elevar o li-mite da dívida entre BarackObama e seus rivais republica-nos do Congresso.

A agência de classificação derisco Standard & Poor's adver-tiu que a intrincada negocia-ção poderá ter repercussõespreocupantes. Europa e Amé-rica Latina seriam as regiõesmais afetadas no caso de umaeventual crise da dívida emWashington, disse. (Agências)

Page 16: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 201116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Tel.: 2971-9600 - Fax: 2971-9607(11) (11)Tel.: 2971-9600 - Fax: 2971-9607(11) (11)

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A internet entrou de vez navida dos brasileiros, mudahábitos e faz com que a pu-

blicidade repense formas mais efica-zes de estabelecer canal de acessoaos consumidores, com relevância.Dados do Ibope Nielsen mostramque o acesso à web cresce no País, es-pecialmente com o impulso das clas-ses C, D e E – que, depois da casa pró-pria e das compras de produtos da li-nha branca, agora prioriza computa-dores, notebooks e até tablets (oiPad é o mais desejado) e TVs de LED,uma finíssima TV de LCD prometen-do maravilhas, ainda mais se acopla-da a vídeos de alta resolução.

Das pessoas com acesso à inter-net, 45,7 milhões foram usuários ati-vos em maio de 2011 – alta de 6,8%em relação ao mês anterior e de 23%na comparação com os 37,3 milhõesde maio de 2010. Das 55,5 milhõesde pessoas com acesso domiciliar, onúmero de usuários ativos em maiode 2011 chegou a 37,2 milhões, ou30% a mais que os 28,5 milhões demaio de 2010. Em dois anos, o totalde usuários ativos mensais em resi-dências cresceu 46%.

Em maio de 2011, a categoria queregistrou a maior expansão percen-tual do número de usuários únicosfoi a de sites de automóveis, comevolução de 10,9% em relação aomês anterior, chegando a 10,3 mi-

lhões de usuários únicos.Nessa selva de dados, que mostra

a internet como item presente na vi-da do brasileiro, muitas agências seperdem. Esses internautas buscamrelevância de informação – tantoque sites e blogs de veículos e forma-dores de opinião com credibilidadesão o canal de acesso aos banners.Também proliferam empresas queprometem o topo de outras nos sitesde busca, quando se procura até umchaveiro naquela hora de apuro.

De qualquer forma, o meio estámudando o comportamento dasagências e levando empresas a dese-jarem ser gostadas (curtidas) em re-des sociais como Facebook e o Lin-kedIn – que é a mais nova febre, es-pecialmente entre profissionais libe-rais. Nessa pescaria de contatos eanunciantes, a publicidade navegameio titubeante, mas sabe que nãopode deixar de surfar na onda.

E o Brasil que emerge das pesqui-sas se mostra o líder em uso de redessociais. E, portanto, celeiro da publi-cidade online, que irá nortear essescanais de acesso à rede que foi criadapara proliferar conhecimento.

NOS PÉS DE IVETE

A EXPLOSÃODA INTERNET

Envie informações paraessa coluna para o e-mail:

c arlosfranco@revistapublicitta. com.br

A Infraero fechou contrato de R$ 85,7 milhões com a Delta Construções paraobras no Terminal Remoto do Aeroporto de Guarulhos.economia

Procura por voos sobe 20% no País

Ademanda por voosdo mercado do-méstico brasileiroaumentou 19,54%

em junho último em relação aigual mês do ano passado, in-formou ontem a Agência Na-cional de Aviação Civil (Anac).A oferta de voos teve cresci-mento de 12,48%.

A taxa de ocupação das aero-naves também cresceu para68,1% enquanto em junho de2010 foi de 64,09%. As infor-mações estão no relatório "Da-dos Comparativos Avança-dos", da Anac.

A liderança do setor detransporte de passageiros – se-gundo números de junho – édo grupo TAM que, junto coma Pantanal, ocupa 41,68% domercado aéreo brasileiro. Emsegundo lugar está a Gol/Va-rig, com uma fatia de 37,13%.

Entretanto, a Gol teria supe-rado a rival TAM se a comprada WebJet já estivesse concluí-da, conforme os dados daAnac. A Gol encerrou o mêspassado com uma participa-ção de 37,13% no mercado, an-te 35,39% em maio. Enquantoisso, a TAM recuou de 44,43%para 41,68 % no período. Se in-cluída a participação de 5,51%obtida pela WebJet em junho, a

Gol teria ultrapassado a TAMpor uma margem de quase umponto percentual.

As demais empresas do se-tor aéreo aumentaram sua par-ticipação de 17,57% em junhode 2010 para 21,19% em igualmês deste ano. A Azul temuma fatia de 8,61%, a WebJet ,de 5,51%, a Trip, de 3,24%, e aAvianca, de 2,94%.

I n t er n a c i o n ai s – Das brasi-leiras que operam rotas inter-nacionais, a TAM ampliou a li-d e r a n ç a e t e m 9 0 , 5 7 % . AGol/Varig possui 8,18% des-sas rotas e a Avianca, 1,25%.

As empresas aéreas brasilei-ras passaram a operar 7,72%mais voos internacionais na

comparação com junho do anoanterior. Os assentos tiveramoferta maior de 4,92% e a taxade ocupação alcançou 77,66%.

A Anac explicou que a ofertarepresenta o produto da quan-tidade de quilômetros percor-ridos por cada assento ofereci-do. Já a demanda equivale aoproduto da quantidade de qui-lômetros voados por cada umdos passageiros.

A procura por voos no mer-cado aéreo doméstico cresceu21,39% em relação ao mesmoperíodo do ano passado de ja-neiro a junho de 2011. A ofertateve aumento 14,59% e a taxade ocupação cresceu de 67,1%para 71,08%. (Agências)

Liderança da TAM no mercado doméstico está ameaçada pela Gol

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Terminal deGuarulhossai do papel

AEmpresa Brasileira deInfraestrutura Aero-

portuária (Infraero) publi-cou ontem no Diário Oficialda União extrato de dispen-sa de licitação sobre obrasno novo Terminal Remotodo Aeroporto de Guarulhos.O valor do contrato é deR$ 85,759 milhões e a em-presa responsável pela exe-cução das obras e serviçosde engenharia de reforma,em caráter emergencial, é aDelta Construções.

O contrato entre a Infrae-ro e a Delta foi assinado naquarta-feira, dia 20. A em-presa vencedora do proces-so tem 180 dias para con-cluir a obra. O terminal teráuma área de 19,9 mil metrosquadrados e capacidade deatender 5,5 milhões de pas-sageiros por ano. A Infraerodestacou que a unidadeatenderá os requisitos inter-nacionais. (AE)

MAIS UM

NA REDE

QUANTO MAIS ZERO

AOgilvy Brasil comemora osucesso da campanha "Quanto

mais zero, melhor", que criou paraCoca-Cola Zero e que ganhouveiculação na América Latina. Acampanha explora as possibilidades,algumas bem próximas de zero, emsituações incríveis. O Brasil é oterceiro mercado global de Coca-Cola, perdendo apenas para os EUA eo México e começa a ganhar terrenona publicidade. Não deixa de serrefrescante para a agênciacomandada por Sergio Amado.

Div

ulga

ção

BILHETERIAextra nacomemoraçãoda venda de600 milingressospara o showde rock

SUCESSO na América Latinado anúncio made in Brazilpara a Coca-Cola Zero

ÍDOLO da emergente classe C vai a Portugal

Aagência Escala levou acantora Ivete Sangalo para

Lisboa, onde ela desfilou empaisagens portuguesas as sandáliasda marca Grendha.

Ídolo da emergente classe C,

Ivete está com tudo. A campanhaque começa neste fim de semanamostra a versatilidade do calçado,de baixo preço e que promete quetodas ficarão na moda. A passagempara Portugal são outros 500.

Aagência Artplan comemora avenda em tempo recorde de

600 mil ingressos para o Rock'in'Riocom mais um dia de show, em 29de setembro. A corrida para não

perder a festa começa agora, e acampanha vai até o dia 23 de julho– se sobrarem ingressos até lá.Assim, os retardatários ganharamuma nova chance.

JESSICA ALBA é fina estampa no Facebook

Campari, a bebida que sempreexibe belíssimos e sensuais

comerciais, alguns assinados no Brasilpela recém-vendida DPZ, caiu narede. É no Facebook que tem início a

divulgação do seu mote global"Começar bem". E começa com amodelo Jessica Alba em imagem defina estampa. Campari reforça obom gosto na rede.

Page 17: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 2011 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

HOSPITAL NESTOR GOULART REIS AMÉRICO BRASILIENSEO Diretor-Técnico de Departamento de Saúde do Hospital Nestor Goulart Reis, usando da

competência delegada pelos artigos 3° e 7°, inciso I, do Decreto estadual n° 47.297, de 06 de

novembro de 2002, c.c. artigo 8°, do Decreto estadual n° 49.722, de 24 de junho de 2005, torna

público que se encontra aberto, no HOSPITAL NESTOR GOULART REIS, PREGÃO ELETRÔNICO

número 026/2011, destinado à Contratação de mão de obra especializada para prestação de

serviços de nutrição e alimentação hospitalar transportada para pacientes, bem como de nutrição

e alimentação transportada para servidores e empregados, por um período de 15 (quinze) meses,

do tipo MENOR PREÇO. A realização da sessão será na data 29/07/2011, às 09h30, na sala do

Núcleo de Gestão de Contratos do Hospital Nestor Goulart Reis, sito à Rua Pedro Frigeri nº 10 -

Santa Terezinha - Américo Brasiliense/SP, através do sistema eletrônico BEC no site www.bec.sp.gov.br. A vistoria para o serviço supracitado será nos dias úteis compreendidos entre 19/

07 e 28/07/2011, no horário das 09h00 às 16h00, com intervalo para almoço das 12h00 às 13h00,

acompanhada pela nutricionista responsável ou a sua ordem. O certame será conduzido pela

pregoeira Sra. Lucia Helena de Oliveira Maduro, tendo como suplente de pregoeiro o Sr. Haroldo

Carlos Defávere e equipe de Apoio Elaine Cristina Roberto Antonio.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha abertalicitação para execução de Obras:TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMOP/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)69/00003/11/02 - Reforma de Prédios Escolares - EE Vicente Luis Grosso - Rua Angelo Franzin, 831 - 13520-000 - Jd. NovaEstância - São Pedro/SP; EE Profa Catharina Casale Padovani - Rua Virgilio da Silva Fagundes, 1054 - 13411-083 - Sta.Terezinha - Piracicaba/SP - 90 - R$ 33.670,00 - R$ 3.367,00 - 15:00 - 09/08/2011.69/00010/11/02 - Reforma de Prédios Escolares - EE Profa Selma Maria Martins Cunha - Travessa Antonio Aparecido Ferraz,s/n - 18110-000 - Jd. Tatiana - Votorantim/SP - 75; EE Cdor Pereira Inácio - Av. Sto. Antonio, 665 - 18114-070 - Barra Funda- Votorantim/SP - 120; EE B. Recanto São Manuel - Rua Tereza Cuevas Moreira, 450 - 18160-000 - São Manuel - Salto dePirapora/SP - 60; EE Prof. Carlos Augusto de Camargo - Rua Vicente Garcia, 296 - 18185-000 - Centro - Piedade/SP - 120;EE Miguel Pires Godinho - Rua José Lourenço Pereira, s/n - 18170-000 - Ortizes - Piedade/SP - 90; EE Profa GuiomarCamolesi Souza - Rua Italia Biglia Massari, 40 - 18074-460 - Jd. Maria Eugenia - Sorocaba/SP - 60 - R$ 57.994,00 - R$5.799,00 - 15:30 - 09/08/2011.69/00016/11/02 - Reforma de Prédios Escolares - EE João Pinheiro Correa - Rua Olímpia Rosa da Silva, 380 - 19273-000- Centro - Rosana/SP - 120; EE Paulo Coelho da Silva - Rua Manoel Rodrigues Santana, 604 - 19275-000 - Euclides da Cunha- Euclides da Cunha Paulista/SP - 90; EE Francisca Messa Gutierrez - Rua Antonio Gutierrez Messa, s/n - 19273-000 - Jd.Aurea - Rosana/SP - 120 - R$ 28.987,00 - R$ 2.898,00 - 16:00 - 09/08/2011.69/00024/11/02 - Reforma de Prédios Escolares - EE Mitiharu Tanaka - Rua Vigário Alfonso Nikrake, 240 - 13224-430 -Jd. Cruz Alta - Várzea Paulista/SP - 30; EE Jerônimo de Camargo - Av. Dr. Antenor Soares Gandra, s/n - 13240-000 - Centro- Jarinu/SP - 120; EE Prof. Jose Silva Junior - Rua Srg. Arnaldo Mangile, 100 - 13216-680 - Jd. Bandeiras - Jundiaí/SP -90 - R$ 22.697,00 - R$ 2.269,00 - 16:30 - 09/08/2011.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composiçãodo BDI na SEDE DA FDE na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ouatravés da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 25/07/2011, na SEDE DA FDE, de segundaa sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitaçõesda FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamentecom a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia departicipação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da aberturada licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nasCONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DAEDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:TOMADAS DE PREÇOS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha abertalicitação para execução de Obras:TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÍNIMOP/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)69/00027/11/02 - Reforma de Prédios Escolares - EE Irmã Maria Nazarena Correa - Rua São Tiago, 82 - 13327-352 - SãoJudas Tadeu - Salto/SP - 90; EE Prof. Acylino Amaral Gurgel - Rua Winston Churchyll, 490 - 13321-370 - Prq. Bela Vista- Salto/SP - 120; EE Profª Otilia de Paula Leite - Rua Africa, 51 - 13326-090 - Jd. Elizabeth - Salto/SP - 120; EE EugeniaFerrarezi Nunes - Rua Esmeralda, 60 - 13318-000 - Distrito Jacaré - Cabreúva/SP - 90 - R$ 34.155,00 - R$ 3.415,00 - 09:30- 10/08/2011.69/00102/11/02 - Construção de Ambientes Complementares e Reforma de Prédio Escolar - EE/EMEF Profª Joanita BianchiBonsegno Carvalho / São João de Iracema - Rua Sebastião B. dos Santos, 580 - 15305-000 - Centro - São João de Iracema/SP - 60 - 60,70 - R$ 39.449,00 - R$ 3.944,00 - 10:00 - 10/08/2011.69/00121/11/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Profª Oswaldina Santos - Rua da Escola, s/nº - 18320-000 - Lageadode Aracaiba - Apiaí/SP - 90 - R$ 24.003,00 - R$ 2.400,00 - 10:30 - 10/08/2011.69/00130/11/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Prof. Dr. Antonio de Benedictis - Rua Eng. Mario Stefani, 25 - 19865-000 - Centro - Pedrinhas Paulista/SP - 120 - 6,20 - R$ 24.979,00 - R$ 2.497,00 - 11:00 - 10/08/2011.69/00147/11/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Tupi Paulista - Rua Tiradentes, 852 - 17930-000 - Centro - Tupi Paulista/SP - 270 - R$ 69.887,00 - R$ 6.988,00 - 11:30 - 10/08/2011.69/00172/11/02 - Reforma de Prédios Escolares - EE Prof. Rene Rodrigues de Moraes - Rua Dr. Carlos Nerhing, 165 - 11430-000 - Jd. Helena Maria - Guarujá/SP - 60; EE/ETEC Profa Zulmira Campos/Escolastica Rosa (Cl.Aces.Esc.) - Praça Mal EuricoGaspar Dutra, s/nº - 11088-260 - Jd. Castelo - Santos/SP - 90; EE Azevedo Junior - Rua Dom Pedro I, 50 - 11075-500 -Vila Belmiro - Santos/SP - 30; EE Profa Gracinda Maria Ferreira - Rua Alan Ciber Pinto, 52 - 11085-625 - Vila São Jorge -Santos/SP - 60 - R$ 23.590,00 - R$ 2.359,00 - 14:00 - 10/08/2011.69/00020/11/02 - Reforma de Prédios Escolares - EE Cônego Barros - Av. Francisco Junqueira, 726 - 14010-030 - Centro- Ribeirão Preto/SP - 120; EE Prof. Dr. Domingos João Baptista Spinelli - Rua Dep. Orlando Jurca, 92 - 14070-280 - QuintinoFacci II - Ribeirão Preto/SP - 120; EE Profa Djanira Velho - Rua Borba Gato, 60 - 14050-340 - Vila Amélia - Ribeirão Preto/SP - 90; EE Prof. Walter Paiva - Rua Tupinamba, s/n - 14060-630 - Vila Augusta - Ribeirão Preto/SP - 150; EE Simão da Silva- Praça da Matriz, 469 - 14200-000 - Centro - São Simão/SP - 90 - R$ 60.343,00 - R$ 6.034,00 - 14:30 - 10/08/2011.69/00026/11/02 - Reforma de Prédios Escolares - EE Gabriel Monteiro da Silva - Av. Santo Antonio, 981 - 17504-020 - AltoCafezal - Marília/SP - 60; EE Prof. Edson Vianei Alves - Rua Gonçalves Ledo, 1475 - 17511-210 - Palmital Prolongamento- Marília/SP - 60; EE Profª Nely Carbonieri de Andrade - Rua Armando Salles Oliveira, 1120 - 17400-000 - Vila Rebelo - Garça/SP - 120; EE Prof. Alcyr da Rosa Lima - Rua Martim Afonso de Souza, 440 - 17400-000 - Vila Araceli - Garça/SP - 60; EEProfa Dirce Belluzo de Campos - Av. Paulista, 920 - 17560-000 - Centro - Vera Cruz/SP - 90 - R$ 27.512,00 - R$ 2.751,00- 15:00 - 10/08/2011.69/00077/11/02 - Reforma de Prédios Escolares - EE Prof. Joaquim Rodrigues Filho - Rua Antonio Venâncio Lopes, 20-53- 19470-000 - Centro - Presidente Epitácio/SP - 150; EE Prof. Jacinto de Oliveira Campos - Rua Recife, 9-43 - 19470-000- Vila Paraná - Presidente Epitácio/SP - 90; EE Alfredo Westin Junior - Rua Leonildo Denari, 418 - 19300-000 - Centro -Presidente Bernardes/SP - 90; EE Prof. Oswaldo Ranazzi - Rua Osvaldo Cruz, 1300 - 19360-000 - Centro - Santo Anastácio/SP - 60 - R$ 21.781,00 - R$ 2.178,00 - 15:30 - 10/08/2011.69/00171/11/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Francisco Molina Molina - Av. Pres. Roosevelt, s/nº - 15768-000 - Centro- Santa Salete/SP - 120 - R$ 46.090,00 - R$ 4.609,00 - 16:00 - 10/08/2011.69/00174/11/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Antonio Teixeira dos Santos - Rua Dom Pedro II, 1000 - 15265-000 -Centro - Zacarias/SP - 120 - R$ 19.790,00 - R$ 1.979,00 - 16:30 - 10/08/2011.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composiçãodo BDI, na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SPou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 25/07/2011, na SEDE DA FDE, de segundaa sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitaçõesda FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamentecom a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia departicipação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da aberturada licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nasCONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DAEDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

FDE AVISA:ERRATA

Referente ao Pregão Eletrônico de Registro de Preços nº 36/00499/11/05 - Objeto: Aquisição de Material Escolar -Mochila Escolar. Comunicamos que a Nova Especificação Técnica encontra-se disponível no site da FDE - linkLicitações - Outros bens e serviços, logo abaixo do Edital.Informamos, ainda, que a sessão de processamento do Pregão 36/00499/11/05 foi transferida para às 09:30 horasdo dia 04/08/2011 e será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br. A data do início do prazo para envioda proposta eletrônica será de 22/07/2011, até o momento anterior ao início da sessão pública.

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

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GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:CONCORRÊNCIAS

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha abertalicitação para execução de Obras:TOMADA DE PREÇOS Nº - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMONIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR- GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA)69/00055/11/01 - Reforma de Prédio Administrativo e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento,Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - DER Presidente Prudente - Sede - Av. Manoel Goulart, 2.109 - 19015-241 - Centro Universitário - Presidente Prudente/SP - 210 - 289,85 - R$ 171.615,00 - R$ 17.161,00 - 15:00 - 24/08/2011.05/01786/11/01 - Construção de Prédio Escolar em Estrutura Pré-Moldada de Concreto - Terreno Jd. dos Coqueiros - RuaManoel Pereira/Rua Prof. Moacyr Moreira Cezar - Jardim dos Coqueiros - São Carlos/SP - 240 - 3.025,91 - R$ 613.377,00- R$ 61.337,00 - 15:30 - 24/08/2011.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composiçãodo BDI, na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SPou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 25/07/2011, na SEDE DA FDE, de segundaa sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00 (cinquenta reais).Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitaçõesda FDE, conforme valor indicado acima.Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamentecom a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia departicipação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da aberturada licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nasCONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DAEDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

SECRETARIA DE ESTADODA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADODE SÃO PAULO

FDE AVISA:TOMADA DE PREÇOS - TIPO TÉCNICA E PREÇO

A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha abertalicitação para execução de Projetos e Sondagens:TOMADA DE PREÇOS N.º - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - ÁREA (se houver) - PRAZO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORAE DIA)46/00308/11/02 - Elaboração de Projeto Executivo de Acessibilidade e Apresentação de Pasta Técnica contemplando adocumentação relativa ao Projeto Técnico de Segurança - DER Leste 3 - Sede - Rua Isabel Urbina, 200 - 08253-210 - CHBJosé Bonifácio - São Paulo/SP - 90 (Elab. de Proj.) / 180 (Pasta Técnica) - 09:30 - 24/08/2011.46/00336/11/02 - Elaboração de Projeto Executivo de Estrutura, inclusive de Fundações em Tubulão e Sapata para atendero Projeto Padrão FDE “Perobal”, com capacidade de 08, 10, 12, 14 e 16 Salas de Aula e Blocos Isolados componíveis emEstrutura de Concreto Convencional - 90 - 4.437 - 10:00 - 24/08/2011.46/00373/11/02 - Elaboração de Projeto Executivo de Engenharia de Segurança Contra Incêndio e de Sistema deProteção contra Descargas Atmosféricas contemplando a documentação relativa ao Projeto Técnico de Segurança - EEBarão Monte Santo - Praça Ademar de Barros, 181 - 13730-048 - Centro - Mococa/SP - 1.777,00; EE/ETEC Oscar Villares/Francisco Garcia (Cl Descentr) - Praça Jose Quintino Pereira, 147 - 13730-370 - Vila Quintino - Mococa/SP - 1.777,00;EE Dr. Carlos Lima Dias - Praça Prof. Oscar Leonhardt, 50 - 13731-370 - Gatolandia - Mococa/SP - 1.575,00 - 150 -10:30 - 24/08/2011.46/00377/11/02 - Elaboração de Projeto Executivo de Engenharia de Segurança Contra Incêndio e de Sistema deProteção contra Descargas Atmosféricas contemplando a documentação relativa ao Projeto Técnico de Segurança - EEProfa Nancy de Rezende Zamarian - Rua Dr. Gastão de Paula Leitão, 320 - 13733-170 - São Domingos - Mococa/SP -1.007,00; EE Prof. João de Moura Guimarães - Rua Osvaldo Cruz, 235 - 13750-000 - Igaraí - Mococa/SP - 3.067,10;EE Prof. Benedito Ferraz Bueno - Rua Rosa Martins, s/n - 13755-000 - São Bened. Areias - Mococa/SP - 2.571,00 - 150- 11:00 - 24/08/2011.46/00379/11/02 - Elaboração de Projeto Executivo de Engenharia de Segurança Contra Incêndio e de Sistema de Proteçãocontra Descargas Atmosféricas contemplando a documentação relativa ao Projeto Técnico de Segurança - EE Profa AnaCândida de Barros Molina - Rua Saigiro Nakamura, 300 - 12220-280 - Vila Industrial - São José dos Campos/SP - 4.684,00;EE Prof. Newton Pimenta Neves - Av. Suacuna, 16 - 13054-100 - Jd. Aeroporto - Campinas/SP - 3.617,06 - 150 - 11:30- 24/08/2011.46/00384/11/02 - Implantação de Projeto de Acessibilidade e Apresentação de Pasta Técnica contemplando a documen-tação relativa ao Projeto Técnico de Segurança - EE Profa Maria Cecilia da Silva Grohmann - Rua José Alves dos Santos,19-A - 08220-450 - Vila Campanela - São Paulo/SP - 150 (Impl. de Proj.) / 240 (Pasta Técnica) - 14:00 - 24/08/2011.46/00390/11/02 - Elaboração de Projeto Executivo de Acessibilidade e Apresentação de Pasta Técnica contemplando adocumentação relativa ao Projeto Técnico de Segurança - EE Manoel de Melo-Missionário - Rua Arcádia Paulistana, 205- 08280-540 - Itaquera - São Paulo/SP - 150 (Elab. de Proj.) / 240 (Pasta Técnica) - 14:30 - 24/08/2011.As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, naAv. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, ou através da Internet pelo endereço eletrônicowww.fde.sp.gov.br.Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 25/07/2011, na SEDE DA FDE, de segundaa sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais).Os invólucros contendo a Proposta Técnica, a Proposta Comercial e os documentos de Habilitação deverão ser entreguesna Supervisão de Licitações, na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação.Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nasCONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DAEDUCAÇÃO - FDE.As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital.

JOSÉ BERNARDO ORTIZPresidente

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINADecisão da Comissão Permanente de Julgamento de Licitação no Processo nº

54/2011, Concorrência nº 03/2011, que tem por objeto a Contratação de empresa

especializada para prestação dos serviços de limpeza urbana. COMUNICA aos

interessados que, após análise da documentação do processo supra, foram

HABILITADAS as empresas: Constroeste Construtora e Participações Ltda.,

Revita Engenharia S/A e Monte Azul Engenharia Ambiental Ltda. e INABILITADAa empresa Forty Construções e Engenharia Ltda. por não atendimentos aos

subitens do edital: 6.1.2.1, “Operação de manutenção de usina de Reciclagem e

Compostagem licenciado de, no mínimo, 720 ton/mês, subitem 6.1.2.2,

“Operação de manutenção de Usina de Reciclagem e Compostagem Licenciada

e ao subitem 6.1.3.1.2, alínea “b” e “c”. Ficam desde já franqueadas vistas aos

autos do processo, abrindo-se o prazo recursal na forma da Lei.

Andradina, 21 de julho de 2011.

Adilson Dantas da Silva - Presidente da CPJL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foramajuizados no dia 21 de julho de 2011, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de

falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Requerente:Worth Fomento Mercantil Ltda. - Requerida: Mulheres Símbolo Editora Ltda.- Rua Gomes de Carvalho nº 911 - 10° andar - sala 3 - Vila Olímpia - 2ª Vara de Falências

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

A classe média está hoje basicamente endividada.Melissa Beeby, administradora do Bridge Restauranteconomia

Paulo Pampolin/Hype

A busca por imóveis tem sido um dos objetivos da nova classe média

Financial Times vê duasclasses médias no Brasil

Achegada de umanova classe médiaa o m e r c a d o d econsumo brasilei-

ro é um fenômeno que vemsendo acompanhado nos últi-mos tempos. Contudo, um as-pecto desse movimento tempassado desapercebido dos es-tudos e análises tratando do te-ma: a convivência entre os in-tegrantes tradicionais desseestrato social com os emergen-tes. Em reportagem intitulada"Brazil's tale of two middleclasses" ("Conto de duas clas-ses médias do Brasil"), publi-cada na sua edição de ontem, ojornal britânico Financial Timesavaliou que há perspectivasdiferentes nessas duas cama-das da população – assim co-mo problemas distintos.

"A classe média está hoje ba-sicamente endividada. As pes-soas estão preferindo jantarem casa do quefora", afirmouMelissa Beeby,que administrao Br idge Res-taurant no Cen-tro Bri tânico,em São Paulo.

D e a c o r d ocom o texto doFT, os clientesdo restaurantesão um exemploda classe médiatradicional, quevem sendo pres-sionada por aumentos nos pre-ços dos combustíveis e de ali-mentos, por exemplo.

Esse perfil não seria comum

a outros países que experimen-taram o ingresso de grandesparcelas da população a cama-

das mais eleva-das. "Ao contrá-rio da Índia, on-de a velha classemédia se benefi-ciou da criaçãode novas indús-trias, como a detecnologia de in-formação, mui-tos integrantesdesse estrato noBrasil reclamamde preços em al-ta, impostos, in-f r a e s t r u t u r a

congestionada e crescentecompetição por postos de tra-balho", avaliou o texto.

Aproveitando informações

fornecidas pelo professorMarcelo Neri, da FundaçãoGetúlio Vargas (FGV), o jor-nal lembrou que a elevação derenda dos 50% mais pobres dapopulação subiu 68% na últi-ma década, ao passo que osganhos dos 10% mais ricosaumentou 10%. "Os rendi-mentos de pessoas analfabe-tas cresceu 37% entre 2003 e2009, ao passo que a daquelescom pelo menos a universida-de incompleta recuou 17%",a c re s c e n t o u .

Na avaliação de Neri – quecoordenou um estudo sobre aclasse média para a FGV – , es-sas mudanças representam omaior "reequilíbrio histórico"na distribuição de riqueza doPaís desde que foi decretado ofim da escravidão, em 1888 .

68por cento foi a alta da

renda da metade maispobre da populaçãobrasileira, segundo

estudo da FGV.

Page 18: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

DCARRNº 376

Neste ano a Ford estácomemorando o 108º aniversárioda venda do Modelo T,comprado por um médico, nosEUA, por US$ 850, em 1903.

PARA O SOL ENTRAR

Cabrio esportivo, o Mini da vez.A versão Cabrio do Mini chega ao mercado nacional custando R$ 149.950. E tem branco.

Divulgação

Capotabaixada, lávai o Mini Scortando ovento até235 km/h

ANTÔNIO FRAGA

A inda criança, vivendo naEuropa, já era apaixo-nado por automóveisvelozes e esportivos.

Havia modelos que me encanta-vam, porém nenhum como o LotusEuropa e o Morris Mini Cooper S.Sonhava com um Cooper S ver-melho com teto branco.

Adquirido pela BMW, o novo Mi-ni veio modernizado no design,confortável e cheio de tecnologiaembarcada. O "velhinho" ainda dásaudade, mas o charme e o encan-to voltaram. Ao pegar um Mini Co-oper S para avaliação, a emoção fi-cou incontrolável. É conversível ecom "motorzaço".

Ao entrar, sente-se um carro di-ferenciado. O banco confortávelé o meio termo entre um modeloconcha e um de competição comregulagem elétrica. O volante,

cheio de controles e com borbo-letas para a troca de marchas,tem empunhadura excelente. Ovelocímetro gigante no meio docarro foi mantido, só que aindamaior. Na frente do piloto, comoconvém a um esportivo, o conta-giros. O espaço interno é confor-tável na frente. Atrás, até crian-ças ficam apertadas. No porta-malas, capacidade para apenas125 litros com a capota aberta ou170 se fechada. Mas quem estáligando pra isso?

Hora da emoção– quando o bo-tão "start" é apertado, logo surgeum ronco grave e delicioso. Com ocâmbio no D, o coração bate forte.O motor 1.6, a gasolina, de quatrocilindros, turbo-compressor twin-scroll e injeção direta, dá ao MiniCooper S Cabrio 175 cv, acelera de0 a 100 km/h em 7,4 segundos e

atinge 235 km/h. Um foguetinho.Apesar da tração dianteira, a

condução é como um kart, comonos antigos modelos. Com rea-ções muito rápidas, necessita dehabilidade e experiência ao vo-lante, principalmente em veloci-dades elevadas. Como um bomesportivo, a suspensão é curta edura, com ótima estabilidade. Pa-ra ajudar o Mini Cooper S vemcom direção elétrica (EPS), qua-tro grandes freios a disco comABS, distribuição eletrônica defrenagem (EBD), controle defreio nas curvas (CBC), assisten-te de frenagem e controle dinâmi-co de estabilidade (DSC).

Detalhe interessante: normal-mente, os conversíveis ficam lin-dos abertos e esquisitinhos com acapota fechada. O Mini fica bonitode qualquer jeito.

CARROS DE LUXO

Brancos como uma bola de neveNão pense em táxi ou populares ao descobrir que o branco é a cor da vez.

Ela avança como avalanches de neve entre os modelos do segmento "Premium".

Impossível confundir o "Premium" com a pequena picapeou o táxi só porque é branco. E as ruas já recebem modelos deoutras cores, como o vermelho ao lado da "Estrela" (abaixo).

O SUV e o esportivo brancos ficam muito bem na foto, não?

Acredite se quiser: obranco estádominando o

segmento de carros de luxo, o"Premium". E se você, moradorde São Paulo, pensa que seusdonos se preocupam com apossibilidade de seus carrosserem confundidos com táxis,esqueça. Ninguém vai fazersinal na rua para um VW Tiguan,um Audi Q7, uma Mercedes-Benz AMG ou uma BMW M6.Todos sabem que lá dentro nãotem um taxímetro, muitomenos bandeira dois. O quecusta mais caro mesmo é o"Premium" – no mínimo, maisque o dobro de qualquer táxi.

A moda do branco paracarros de luxo começou naEuropa, há cerca de quatroanos, especialmente entre osesportivos. Uma das razões: apreocupação com o uso do ar-condicionado, que diminui nocaso do branco, que reflete maiso calor do sol. Não elimina o usodo sistema, mas reduz oconsumo de combustível.

A opção do branco apresentacrescimento muito acentuado.Em 2007, por exemplo, noBrasil, os modelos da BMWbrancos somavams 6% dasvendas. Dobrou em 2008,dobrou novamente em 2009 –está acompanhando? Subiupara 12%; pulou para 21% noano passado e até a metadedeste ano já está em 38%.

Marcelo Silva, diretor deMarketing da BMW, explica queeste volume deve estacionar nopatamar "entre 33% e 40% e obranco já se tornou a cor maisvendida pela marca",principalmente nos modelosmais esportivos, como os dalinha "M", e X6 ou o X5. A BMWdeverá vender 12 mil unidades.

Mais branco – No lado deoutra alemã, a Audi, o modeloA1, lançado recentemente, é ocampeão de vendas. E adivinhequal a cor preferida: branco, éclaro! Nela se repete a históriada BMW: em 2008, as vendas debrancos somaram 6%; subirampara 14% no ano seguinte;alcançaram 25% em 2010; e,neste ano, já chegaram a 31%.Thiago Lemes, responsável porvendas na Audi, prevê que estesnúmeros devem parar por aí,mas sem reversão. "O preto e oprata vão se manter, porqueainda fazem sucesso entre osque preferem cores tradicionaisem modelos mais clássicos,como o A8, ficando o branco

para os esportivos, como o A1",diz o executivo. Ele acrescentaque neste segmento já há umatendência para cores, comoazul, vermelho e amarelo.

Saindo do preto/prata? Atambém alemã Volkswagen nãoestá só no segmento "Premium".Ela tem desde populares, comoo Gol 1.0, seu campeão devendas, até máquinas como oTouareg, Passat CC RLine, Tiguane Jetta. Henrique Sampaio,gerente de Marketing, fala domovimento de troca de coresiniciado na Europa. "O brancopassou a ser usado, nos modelos'Premium', para a Comunicaçãodas montadoras e foi aceito peloconsumidor." Como nasconcorrentes, os esportivos,como o Passat CC RLine, são osmais aceitos em branco, assimcomo o Tiguan, cujas vendasatingem 15% do total. Off-roads,como o Touareg, também têmboa aceitação na cor da modaentre os top de linha.

Henrique tem uma surpresapara os que pensam que só sevende carro preto, prata ou decores derivadas. O Gol, dos maisvendidos, tem no vermelho aterceira cor mais aceita.

Não sei precisar – diz oexecutivo – quando estemercado vai colocar o preto e oprata num patamar abaixo dasdemais, mas ambas estãoperdendo espaço no gosto doconsumidor, que está perdendoo medo de não conseguirvender seu carro fora das corest ra d i c i o n a i s.

Enquanto se espera, osbrancos "Premium" avançamrapidamente. Afinal, todos elesultrapassam, fácil, os 200 km/h.

COMPACTO PREMIUM

QUA S E N A DA M U D O U.MELHOR ASSIM.

Volkswagen Polo chega à sua linha 2012 compequenas alterações no design.

E le mudou muito pouco.Quase nada. Mas, mesmo

assim, não dá para desmerecero trabalho da fabricante alemã.Afinal, o Polo continua sendoum hatch com desempenho edirigibilidade excelentes e comvisual agradável e o sedan, damesma forma, atende perfeita-mente ao público que querconforto, prazer ao dirigir e pre-cisa de mais espaço. Mas, paramanter o modelo atrativo, fo-ram modernizados os para-choques e a grade dianteira. Fa-róis e lanternas ganharam más-cara negra.

A grande gama de itens desérie continua sendo um dosatributos da linha Polo. Apenasa versão Bluemotion tem con-figuração diferente por ter ca-racterísticas voltadas ao "ecolo-gicamente correto", as outraschegam de série com direçãohidráulica, ar-condicionado,destravamento interno da tam-pa traseira, air bags, freios ABS esensores na traseira, para facili-tar o estacionamento.

O compacto premium conti-nua a ser oferecido com o 1.6Total Flex, de 104 cv, ou com o2.0 Total Flex de 120 cv que po-de ser solicitado nas versõesHatch Sportline e Sedan Com-fortline. As opções de câmbioseguem sendo o manual decinco velocidades e a transmis-são automatizada I-Motion.

Com a carroceria hatch os

preços iniciam em R$ 44.390,na versão 1.6 de entrada, e vãoaté R$ 54.790 na 2.0 Sportline. Osedan tem preço de R$ 47.770(motor 1.6) e vai até R$ 57.330(motor 2.0 Comfortline).

Mais novidades - A marcaaproveitou para anunciar o lan-çamento da série especial Rockin Rio que celebra a participa-ção da Volkswagen no evento.Com isto, o Gol e o Fox contarãocom a versão diferenciada, e se-rão oferecidos nas tonalidadesazul, branco e vermelho. O GolRock in Rio vem com motor 1.0de 76 cv e rodas de liga leve de14" e o Fox Rock in Rio chegacom o 1.6 litro de 104 cv e rodasde liga leve com 15".

Os dois possuem faixa lateralcom o logo Rock in Rio, faróis elanternas escurecidas, bancosexclusivos com logos borda-dos, soleiras das portas, em alu-mínio, também com o logotipo,volante multifuncional e siste-ma de som com quatro alto-fa-lantes e dois tweeters, CDPlayer com Bluetooth, MP3, en-tradas USB, cartões SD e I-Pod.

A série será oferecida duran-te apenas três meses, a partir dejulho, e terá produção limitadaem 900 exemplares mensais doGol Rock in Rio (R$ 35.350) e 350do Fox, (R$ 40.990). Os compra-dores receberão senha exclusi-va, para baixar na Internet mú-sicas gravadas ao vivo duranteo evento.

Page 19: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 2011 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

Novo disco: nascido da literatura.

Jovem maturidade: antologia.

De tempos tropicais e festeiros.

dcultura

A vida éespera,

re f l e x ã o ,caminharcom certadiscrição.

Nadadisso é

fácil. Masé umaobra.

AFEIÇÕES PROFUNDASAndré Domingues

Os misteriosos e longos períodosde ausência de Chico Buarqueentre uma safra de canções e

outra já deixaram dúvidas sobre umpossível abandono da carreira musical. De1989 para cá, excetuando-se os discosgravados ao vivo, feitos com repertório jápublicado anteriormente, foram os quatroanos entre o álbum Chico Buarque eParato dos, mais cinco anos deste para AsCi d a d e s e outros oito anos até Cario ca. Parausar uma comparação futebolística, bemao gosto de Chico, os discos estão maisdistantes que as Copas do Mundo. Nessaescala, o fato do intervalo ter caído nolançamento de Ch i co para cinco anos, denovo, pode ser visto com certo otimismo.Sobretudo porque está ficando claro que,agora, as suas canções apenas demorammais para serem criadas e amadurecidas,mas acabam vindo, renovadas e certeiras.Não dá para esperar que ele volte a gravara cada um ou dois anos, é verdade, masuma parada completa, felizmente, jáparece fora de questão. (AD)

Os discosestão mais

distantes queas Copas do

Mundo.Chico Buarque

Se está bom ou não épergunta secundáriano lançamento de umdisco de Chico Buarque,

assim como Ch i co , que acaba dechegar às lojas. A urgência,mesmo, é saber o que se passacom ele, em que tem pensado,qual acontecimento o sensibiliza.Afinal, Chico se tornou, com osanos, uma peça central daconsciência brasileira. Mais doque serem bons ou não (ecostumam ser muito bons), seusdiscos são importantes. Isso jájustifica qualquer atenção.

Vindo de um projeto literário, olivro Leite Derramado, ChicoBuarque parece ter retornado àmúsica com menos tensões eexpectativas pessoais. Tanto é que,das suas facetas características,destacam-se não tanto o pensador,o político ou o cronista, quanto osimples narrador. Nas composições,assim, aparecem mais ospersonagens do que o autor. Talopção deixa em primeiro plano osenredos, os textos, evidentemente,mas sem descuidar das melodias,arrematadas com ótimas saídas. Suamaturidade musical é incontestável.Aliás, se o tempo lhe trouxe algumprejuízo, este seria, apenas, a vozligeiramente mais velada.Coisa pouca.

A valsinha Nina, que narra umamor a distância entre umbrasileiro e uma russa, é um bomsímbolo da fase atual de ChicoBuarque, com um texto que, porvezes, atropela a regularidade dodesenho melódico, impondo-lhe adificuldade trechos quase falados –e saindo-se muito bem. Maistradicional do que esta é oromântico Sem Você 2, inspirado nosamba-canção Sem Você, de TomJobim e Vinícius, cuja arquiteturasonora, já mais regular etransparente, remete à produção

de juventude de Chico. Na outraponta, ainda, há a ousadia de Tip oum Baião, em que odesenvolvimento sonoro estáfrancamente subordinado aodesenho performático do texto,chegando a um resultadoheterogêneo, instável, bastanteafinado com as incertezas da letra.

com uma letra imaginativa e bemhumorada, desenvolvida sobre opano de fundo da fragilidade doconceito de autoria numa criaçãopopular. Nela, conta o drama deum compositor receoso de perdersua canção de amor que acabasendo roubado por outro, umoportunista espertalhão que, aindaassim, não fica com a música,perdendo-a para um terceiro.Os versos vão variando a cadareexposição junto com osnomes das amadas: Aurora,Amora, Teodora.

O antigo costume de Chico dedividir as interpretações tambémaparece no novo disco comintérpretes que não são dos maisconsagrados na sua obra. Obaterista, compositor e cantorWilson das Neves, integrante dabanda e parceiro ocasional deChico, colabora sensacionalmenteem Sou Eu, um samba de melodiaassinada por Ivan Lins. Já a novataThais Gulin pouco acrescenta aosaboroso choro-canção Se EuS oubesse, que já havia gravadocom o autor. O violão e a voz deJoão Bosco, por fim, entram com aesperada maestria em S inhá, uminteressante samba de matizes afroque reflete traços de samba-de-roda, baião, afoxé e traz até umainsuspeita clave cubana.

Chico Buarque tem mostradoótima disposição na sua retomadado ofício de compositor, mas issonão se estende a todas as etapasdo trabalho artístico. Encher aagenda de compromissos e seexpor em show s e entrevistas está,por hora, fora de questão. Quemquiser conhecer o trabalho novono palco, deve se lembrar dosversos de Futuros Amantes: “não seafobe, não, que nada é para já...”.Que ele vai apresentar Chico aovivo, é certo, mas não tem pressa.Só resta esperar.

Nenhum esforçopara criar umaimagem. Em

cada álbum, ahistória de

ideias até hojepresentes.Vale a pena

revê-las.

Dar

yan

Dor

nelle

s/Fo

lha

Imag

em

Renovação certeira

Os parceiros mais consagradosde Chico, Edu Lobo e Francis Hime– sem falar em Jobim, é claro –, nãocomparecem no novo álbum. Emcontrapartida, o baixista JorgeHelder, que o acompanha há anose que já havia composto umacanção com ele, proporcionou-lhemais uma parceria memorável emRu b a to (‘roubado’, em italiano).Trata-se de uma marchinha forjadaem compasso ternário – aocontrário do quaternário habitual –e de melodia incrivelmentecomplexa, seja por seus intervalosdissonantes, seja por sua assimetriamétrica. Enfim, um desafio aqualquer letrista. Chico domou-a

Giuseppe Bizzarri/Folhapress

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Page 20: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 201120 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Zarpando para ilusõesdcultura

Acabaram os karaokês? Viva okaraokê! À exceção de al-

guns superprivados, no bairro daLiberdade, misteriosos como todobom oriental, sem placas na porta,a cuja colônia são exclusivamentevoltados, esses lugares tão em vo-ga nos anos de 1980 evaporaramna surdina. Repaginados video-kês, contudo, atração obrigatóriana programação de todo e qual-quer transatlântico, para a alegriade contraltos, tenores e sopranospassageiros, aos ouvidos da novi-dadeira Lilian Gonçalves tal melo-dia novamente soou!

Apostando alto na modalidade,de seu antigo restaurante Espeti-nho, Cerveja & Cia, permaneceramapenas as cervejas (600 ml, R$ 6,50;Skol Beats, R$ 6,90; Liber, R$ 5,50, en-tre outras) e os espetinhos (R$ 5,50),cedendo espaço para a proteçãoacústica de 15 salas privativas, som evídeo de última geração, compor-tando de 50 a 70 cantores de ocasiãocada. Distribuídas em uma área útilde 2.000 m². Dispostas lado a lado nomezanino, no andar térreo é que setem noção do mega empreendi-mento, o maior karaokê da AméricaLatina. "Está sempre cheio, e lota nofim de semana!", assovia a empresá-ria. À entrada, um grande balcão debar; ao fundo uma chopeira de 200litros sobressai à grelha dos espeti-

Armando Serra Negra

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Coconut Brasil: animação aberta365 dias por ano faz a alegria de quem gosta

de soltar a voz.

Garimpando pequenos livros ilustrados. Exercícios de liberdade em tempos digitais (foto). Página 21.

nhos, torres de chope Brahma(R$ 40) sobre as mesas, chopões comgroselha, ou menta (R$ 6), espumamcoloridos. Campainhas eletrônicasindividuais garantem a eficiência doserviço: basta apertar o botão que onúmero da mesa aparece em um dis-play estrategicamente posicionado,os garçons alertas para o chamado(franco a passarinho exagerado -

R$ 31; bolinhos de arroz com mussa-rela e/ou de abóbora com carne se-ca, a R$ 18,70; miniporções variadas -R$ 5). O visual é de lanchonete tran-sada (cheese salada e dog "catarina",R$ 12,50), um grande painel descor-tina Miami à noite. "Como fui canto-ra, sei o bem que traz cantar à alma;daí a arriscar no Coconut Brasil foium estalo!", sorri. As s t al e ka s – cu-

pons que podem ser adquiridos pa-ra gastar nos cinco grandes estabe-lecimentos geminados – agoratransformam-se em cocodólares. Ascabines de videokê podem ser reser-vadas, mas mesmo um/a cantor/asolitário/a pode cantar a noite intei-ra (R$ 15) e fazer novas amizades. Pa-ra atender à tal demanda de clientes,Lilian dispõe de um também mega

estacionamento (com manobrista,R$ 15), situado em frente ao CoconutBrasil – e para manter a clientela, nãodeixa por menos: a casa permaneceaberta 365 dias por ano. Quem micarno Natal, ou no Réveillon, já sabe:basta soltar a voz. "É bom lembrarque Santa Cecília (o bairro onde es-tamos) é a padroeira da música!", ex-clama. Em tempo: ao pé da letra, a

palavra karaokê significa orquestra(okê) vazia (kara), remetendo à ideiade música a ser preenchida pelo can-to... Japonês tem cada uma!

Coconut Brasil.

Rua Canuto do Val, 41.

Santa Cecília. Tel.: 3224-0586.

www.redebirosk a.com.br.

O QUE VEM PRIMEIRO: O LEITOR, OU O LIVRO?Roberto Taddei

Que alguém se orgulhe deter um acervo de 15 milmúsicas no iPod ou iPhone,

é fácil entender. Mas é poucoprovável que o mesmo aconteçacom uma biblioteca de livrosdigitais. Qual a vantagem de se terno computador, celular, leitordigital ou tablet uma coleçãode 15 mil livros?

Façamos as contas: se você lê aomenos um livro por semana (o quejá é 11 vezes mais do que a médiabrasileira), e começou a ler nesseritmo aos 15 anos de idade,quando estiver comemorando seus85 anos bem vividos, ainda assimnão terá lido mais do que 3.640livros. Sobrariam 11.360 livros nãolidos na sua biblioteca digital. E issose você ler mesmo 52 livros por anoe não os 4,7 da média nacional.

Para que, então, uma bibliotecavirtual de 15 mil livros se obrasileiro só lerá 300 livros durantetoda uma vida? Essa é uma dasrazões pela qual a revolução digitalque mudou radicalmente omercado fonográfico e audiovisualapenas começa a incomodar omercado editorial.

O caso da música e dos vídeosdeixou uma coisa clara: a revoluçãodigital é feita pelos usuários, e nãopela indústria. Já que livros não sãoconsumidos como músicas ouvídeos, a mudança nas letras devedemorar a acontecer. Em paísescom muitos leitores, como osEstados Unidos, a Alemanha e oJapão, a mudança já está acaminho. O diretor da Feira doLivro de Frankfurt, Juergen Boos,disse que 2011 é o ano do ebook, olivro digital. No Brasil, como decostume, isso deve acontecer porvolta de 2013.

O mercado editorial brasileirosempre foi pequeno, vive devendas modestas, e investerecursos tímidos em novosescritores e na formação de novosleitores. Há exceções, é claro, comoos livros didáticos, acostumados avendas de centenas de milhares de

exemplares. E há, ainda, um semnúmero de oportunidades para oslivros infantis, com aplicativos quetentam de tudo para distrair ascrianças na intenção defazê-las se interessar por umanarrativa escondida dentrodos livros virtuais.

Mas é pouco real esperar que oadvento dos tablets produzidos emterritório nacional com isenção deimpostos altere imediatamente ocenário brasileiro. O que os tabletsnacionais e a oferta de banda largafarão será antes uma revoluçãode primeira ordem; a revoluçãodo acesso.

Historicamente, o livro e aliteratura são pouco cobiçados noBrasil. Durante a colônia, muitosforam para a fogueira por teremlivros em casa. Não se podiaimprimir e publicar livros por aquiaté a vinda de Dom João VI, em1808. Em 1925, Pau Brasil, oprimeiro livro de poemas deOswald de Andrade, ainda trazia ainscrição "impresso pelo SansPareil de Paris".

Com a música, o cenário é muitodiferente. Em qualquer vilarejobrasileiro a música está e estevesempre presente. Seja ecoando docampanário das igrejas, saindo dasfestas de aparelhagem, das duplascaipiras ou sertanejas, ou dasbancas de CDs piratas. Com aimagem é o mesmo. A televisãochega a 99% dos lares nacionais, oscelulares capturam imagens e atroca de vídeos é intensa país a fora(basta ver as pegadinhas deprogramas de auditório e os vídeosque fazem sucesso no youtube).

No passado e no presente, aequação da economia da culturanacional fecha sem a participaçãodos livros. Livro, no Brasil, é parateóricos e diletantes. Antes de acharo caminho que impulsionará asletras rumo à revolução digital, épreciso primeiro resolver umsimples dilema: o mercado editorialprecisa decidir se o que nasceprimeiro é o leitor ou é o livro.

O mercado e seus entornos(universidades, escolas ebibliotecas) não aumentam aoferta de livros digitais porque,dizem, a demanda é muitopequena (segundo a LivrariaCultura, o faturamento com ebooksnão chega nem a 1% das vendasdos livros físicos). Os editores nãoaumentam o número de títuloseletrônicos porque têm medo depirataria e de infringir a leibrasileira dos direitos autorais, umadas mais restritivas do mundo.Também não o fazem por falta degente especializada que saibatrabalhar com epub, o formato doslivros digitais. Outro motivo ébastante peculiar: muitos dostítulos em circulação foramimpressos antes da reformaortográfica e relançá-los implicariafazer revisões título a título, o queencarece em muito as iniciativas.

O mercado do livro precisapassar pela mesma revolução queo Brasil passou nos últimos 10 anosao conseguir inserir na economiaformal 18 milhões de cidadãos (oequivalente à população do Peru),gente que antes não podiacomprar uma geladeira, um fogão,e nem mesmo financiar a casaprópria. Com a ajuda dos que antesestavam excluídos, o Brasilcresceu e sobreviveu a duascrises mundiais.

Agora é preciso incluir outrasdezenas de milhões de cidadãos nouniverso do livro e da literatura, naeconomia da cultura. Só assim omercado poderá oferecer maistítulos, a preços mais baixos, commais comodidade, aumentando avariedade e tornando o livro e aliteratura bens tão relevantes nomercado como a música e oa u d i ov i s u a l .

O que falta, enfim, é definir queno Brasil de hoje o que deve virprimeiro é o leitor.

Roberto Taddeié escritor e jornalista.

Dramas cortantes. Na voz, ao piano.

A cantora, compositora,pianista e atriz CidaMoreira (foto) volta a se

apresentar na Cidade, para olançamento de seu novo álbum,chamado Canções para CortarPu l s o s . Conhecida comointérprete dramática, Cidaprocura poesia em cada uma das

canções que escolhe paraamarrar os seus espetáculos. Maisuma vez, a fórmula se repete. Norepertório, temas de JardsMacalé, George Gershwin, ChicoBuarque (veja capa do D Cu l t u ra ) euma surpreendente Black to Black(Amy Winehouse). O nome dos h ow é Dama Indigna. Casa de

Francisc a. Rua José MariaLisboa, 190. Tel.: 3052-0547.Sábado (23). 0h30. R$ 35.

Arnaldo Antunes - Ocompositor e cantor resume,neste fim de semana em SP, oconteúdo do CD e do DVD AoVivo em Lá Casa, gravados em2010. No programa, animado

por dança e vocais, Antunesinterpreta Invejoso e Enve l h e ce r ,duas canções bem craniadas eg i n g a d a s.Sesc Pinheiros. Teatro PauloAutran. Rua Paes Leme, 195.Tel.: 3095-9400. Sexta (22),sábado (23). 21h.Domingo (24). 18h. R$ 32.

Arquivo DC

Page 21: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 2011 21DIÁRIO DO COMÉRCIO

A saga do detetive Lew Archer, de Ross Macdonald.Renato Pompeu

O s fãs em geral deliteratura policialmista de ação epsicologia e em

particular do detetivecaliforniano Lew Archer, criaçãodo escritor Ross Macdonald,pseudônimo literário doamericano criado no CanadáKenneth Millar (1911-1983), vãoachar precioso o volume OsArquivos de Archer, recém-publicado no Brasil pela NovoSéculo, que reúne contospublicados em vida deMacdonald e inéditos achadosdepois de sua morte. Archer setransformou em Lew Harper nofilme Harp er, com Paul Newman,pois o ator achava que nomescomeçados com a letra H davamsorte, e foi Lew Millar em umasérie de televisão, além depropriamente Lew Archer emoutras séries.

O nome Lew Archer é umadupla homenagem a escritoresque Macdonald apreciava: o Lewvem de Lew Wallace, criador docélebre personagem corredor debiga no antigo Império Romano,

Ben-Hur. E o Archer lembra MilesArcher, sócio do detetiveparticular Sam Spade, este oprincipal personagem do famosoromance O Falcão Maltês, doescritor Dashiell Hammett.

Como o próprio Macdonald,Archer é rebento de uma famíliacaliforniana disfuncional, desfeitapelo abandono do pai e marido. Nocaso do detetive, isso o transformanum adolescente perturbado, quese torna um pequeno delinquente,mas é regenerado pela influência deum policial veterano. O próprioArcher se torna policial, em LongBeach, na Califórnia, mas se revoltacom tanta corrupção quetestemunha entre seus colegas eacaba sendo demitido. Na SegundaGuerra Mundial, serve como agentede contraespionagem do Exércitodos Estados Unidos.

Tornado detetive particular,Archer atua nos chamadossubúrbios em expansão então, nosanos 1950, no Sul da Califórnia,equivalentes aos chamadoscondomínios no Brasil, ou a bairroscomo Alphaville. Em termos deficção policial, o criador Ross

Macdonald e a criatura Lew Archerse inserem na longa transiçãoefetuada a partir da primeiratradição do gênero, baseada noraciocínio lógico, dedutivo eindutivo, em que cérebros geniaiscomo Sherlock Holmes, de Conan

gênero policial tornado tipicamenteamericano, o essencial são as açõesfísicas dos detetives durante suasinvestigações, particularmenteprocurando indivíduosdesaparecidos ou objetos preciosossumidos, muitas vezes envolvidos

seu personagem Philip Marlowe,que foi a primeira inspiração deRoss Macdonald.

Mas Lew Archer representa oponto culminante dessa segundacorrente da literatura policial.Particularmente ele se caracterizapor se envolver em problemasdas famílias que o procuram,normalmente para tentarlocalizar um filho ou uma filhaque desapareceu e que talveztenha morrido , possivelmentepor assassínio. Archer muitasvezes descobre segredos defamília que a grande maioria dosseus membros sequer sabia queexistiam. Como o próprio Archer,e como o próprio autorMacdonald, muitas vezes ele sedepara, entre seus clientes, comfamílias desajustadas peloabandono de um cônjuge.

Depois de Lew Archer, aliteratura policial americanapassaria dessa fase "realista epsicológica", para uma fase"naturalista e brutal", que seespecializaria em descrição nua ecrua de cenas sanguinolentas oude cadáveres muito machucados,

como nos livros de MichaellSpillane. Em seguida viria a faseatual, mais visível nas séries detelevisão, em que os antigosdetetives particulares sãosubstituídos pelas forças regularesda polícia, dando-se ênfase aodesenvolvimento tecnológico deseus laboratórios científicos epericiais tão avançados, e aosconflitos emocionais deinvestigadores, vítimas, assassinose pessoas em volta.

Assim, se há pessoasnostálgicas da antiga faseintelectualizada da literaturapolicial, em que o principal é oraciocínio, há também pessoasque sentem saudades dedetetives como Lew Archer, umhomem de olhos azuis, triste,beberrão, sempre com saudadesde sua ex-mulher Sue, e que bateperna em busca de pistas e depessoas desaparecidas, que seenvolve com os dramassentimentais e familiares de seusclientes e do círculo de pessoasque os rodeia. Para esses leitores,Os Arquivos de Archersão um prato cheio.

Nhoque de batata no restaurante Aguzzo. Festa pelo ano da Itália. Gastronomia, página 22.

PEQUENOS NOTÁVEISFotos: Reprodução

Delicados livros artesanaisreúnem desenhos de

Amancio Chiodi e PatriciaMesquita: arte no bolso.

Doyle, e Hercule Poirot e MissMarple, de Agatha Christie,deslindam tramas a partir de pistas,a tradição de textos literáriospoliciais intelectualizadostipicamente ingleses, para asegunda tradição do gênero.

Nesta segunda tradição, com o

em lutas corporais violentas e emtiroteios. Tudo isso, porém, éfinamente temperado por análisespsicológicas mais ou menosprofundas. Essa tradição foi iniciadapor Dashiell Hammett edesenvolvida pelo famoso autorRaymond Chandler, em especial em

À direita, o autorRoss Macdonald;Newman: na tela.

E Archer: novalinguagem.

Abaixo, SamSpade: Bogart;

Poirot: ator sache;Dashiell Hammett.E Agatha: popular.

Quer levar para casa obrasde arte criadas por Aman-cio Chiodi e Patricia Mes-

quita? Então prepare o bolso, por-que é nele que elas poderão serguardadas. Os trabalhos da duplaestão reunidos em dois pequeni-nos livros artesanais, compostospor desenhos de Chiodi e cola-gens de Patricia.

Apesar de os dois se conhece-rem desde a década de 80, épocaem que trabalhavam juntos nojornal O Estado de S. Paulo, o reen-contro só aconteceu este ano,com a criação dos livros. "Desde oinício a ideia era fazer os livros emformato de bolso e de maneira ar-tesanal. Eu já tinha feito antes um

outro, no mesmoformato, com de-senhos em preto ebranco", diz Chio-di . Quando pen-sou em alguém pa-ra par t ic ipar doprojeto atual, Pa-tricia foi a primeiraopção. "A gentetrabalhou bastan-te nesse projeto."

A conexão entreos dois trabalhos

foi descoberta durante uma ses-são de fotos. "O Amancio fotogra-fou alguns trabalhos meus e per-cebemos uma ligação entre mi-nhas colagens e os desenhos de-

l e . A s c o r e s e a s i m a g e n sconversavam. O Amancio tinhafeito um livro com alguns dese-nhos e resolvemos adotar o for-mato, mais alternativo", afirma Pa-tricia. "Acho que o que liga os tra-balhos são as cores fortes, o movi-mento e o corpo humano. Elesconversam nesses temas."

Os artistas já tinham as cola-gens e os desenhos prontos quan-do decidiram criar os livros artesa-nais. "Combinamos a sequênciaalinhando os que conversavammelhor entre si", explica Patricia.Quando cita o trabalho do colega,admira as cores e a obstinação deChiodi com certos temas. "Comoeu, ele trabalha com repetição ecamadas. Como se tudo que tives-se para ser dito estivesse nas en-trelinhas, subentendido. O traba-lho dele me inspira a criar mais."

Tanto que mais arte está por vir.No próximo mês, Amancio Chiodie Patricia Mesquita lançarão maisdois livros, dessa vez, individuais,intitulados respectivamente D e-s e n h o s e C a d e r n o s , a m b o sno tamanho de 9 X 14cm.

Amancio tem planos de comer-cializar os livros em uma loja da Vi-la Madalena, mas por enquanto,os interessados podem entrar emcontato com os autores nos e-mai ls foto.amancius@gmai l .com e patriciamariamesquita@ g m a i l . co m .

Foto

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Rita Alves

Page 22: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 201122 DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

Douro Boys,Young Blood

José Guilherme R. Ferreira

w w w. d o u r o b o y s . c o m .w w w. n e w b o r d e a u x . c o m / d o c u m e n t s / b o r d e a u x _ o x y g e n e . h t m lwww.r utherglenvic.com/whatsnew_more.asp?whatsnewID=34

DANÇA

O público da Cidade tem até o fim do mêspara aproveitar as atrações do projeto

Dança em Foco - Festival Internacional deVídeo & Dança, no Sesc Pinheiros. Nesta

edição o coreógrafo escocês Billy Cowie e acoreógrafa e videomaker Celina Portellaexibirão suas criações. A videoinstalação

The Revery Alone (foto), de Cowie, deve servista de uma maneira especial: o públicodeve deitar no chão, já que ela é projetada

no teto em looping, em 3D. Sesc Pinheiros.Rua Paes Leme, 195. Tel.: 3095-9400.

Até 31 de julho. Grátis.

De olhos bem abertos

Carpaccio de peixe branco com aspargos e lascas de botarga. E vinho da Campânia.

Fotos: Paulo Bareta/Divulgação

150 anos em quatro pratosLúcia Helena de Camargo

Este ano completam-se150 da imigraçãoitaliana no Brasil. Paracomemorar o número

redondo, o restaurante Aguzzocriou um cardápio fechado dequatro pratos, preparados comingredientes típicos, eharmonização de cada um comuma taça de vinho italianodiferente, de regiões diversas.

Percorrer os sabores dageografia italiana custa R$ 167 porpessoa, preçco do menu especial,servido até o final do mês deagosto. Válido para o almoço ejantar, começa com carpaccio dipesce bianco con asparagi e scagliedi bottarga. Tradução: carpaccio depeixe branco servido com aspargose lascas de botarga. A botarga,comum nas mesas ao redor doMediterrâneo, é uma ova salgadade peixe que confere saborlevemente picante ao carpaccio, noAguzzo preparado com finíssimasfatias de robalo. A entrada,delicada, abre o apetite. Paraacompanhar, no copo vem o vinho

com o vinho AlmaneraNero D'Avola IGT 2007 -Fastascià, da Sicília. Emseguida chega à mesa acotoletta di vitello allabolognese cominsalatina verde –costeleta de vitelaempanada, coberta porqueijo, acompanhadapor saladinha verde. Ovinho é o TeodosioAglianico del Vulture2006 (Basilicata). Areceita, clássica daBolonha, foi inclusiveregistrada pelo povo daregião como iguariatípica, no dia 14 deoutubro de 2004. Oatestado deautenticidade consta daCâmara de Comércio daregião da Emília.

Para sobremesa,crostata di melle comgelato alla vaniglia – a tortacrocante de maçã, servida comsorvete de creme, acompanhada

do vinho L´Armida OrvietoClássico Superiore Dolce2005 – Cardeto, produzidona região da Úmbria.

Estão inclusos nocardápio água mineral ecafé expresso.

Os pratos foram criadospelo chef Al ex a n d reRomano e o proprietáriodo restaurante, Osmânio

Luiz Rezende. O cardápio, quepassou pelo crivo e foi aprovadopela Accademia Italiana DellaCucina, também funciona comouma pré-comemoração ao Ano daItália no Brasil, que começaoficialmente em outubro desdeano e segue até junho de 2012.

Os demais pratos do menunormal têm preços entre R$ 44 e

O chef Alexandre Romano

Costeletade vitela

típicada

Bolonha:receita

registrada.Acima,

o nhoquecom

espinafre.

V itivinicultores portugueses de uma novageração estão pela primeira vez juntos no

Brasil para uma tarefa que parece ter viradoprazerosa rotina: divulgar os vinhos queproduzem na região do Douro. O diferencial éque eles vêm para reforçar a imagem de umterroir de paixão – esse que abrange os parreiraisao longo do Douro (muitos organizados emhistóricos socalcos) e às margens de seus riostributários entre Barca D'Alva e Régua – e nãonecessariamente para fazer propagandacompetitiva entre suas garrafas. O grupo DouroBoys é constituído por João Ferreira (Quinta doVallado), José Teles (Quinta de Napolés, Niepoort),Tomás Roquette (Quinta do Crasto), Cristiano vanZeller (Quinta do Vale D. Maria) e FranciscoOlazabal (Quinta do Vale Meão). Estão reunidosdesde os anos 90 com o objetivo de promover ovinho de qualidade do Douro, esse ultrapassou asfronteiras do Porto. A trajetória vitoriosa do vinhodo Porto que tem início quando os ingleses, àsturras com a França, o elegeram como substitutoà altura do Claret, em 1670. Os Douro Boys estãofazendo uma "revolução tranquila", dizem,querendo indicar que buscam a renovaçãodesses vinhos seculares, respeitando ascaracterísticas da viticultura da região.Um dos tributos é feito àsvariedades portuguesas, loas às"top five" Touriga Nacional, TourigaFranca, Tinta Roriz, Tinto Cão e TintaBarroca. Reverência que não osexime de investimentos emtecnologia. Os Douro Boystambém são claros ao afirmarque não desprezam osestilos de cada uma dascasas. A Quinta do Vallado,com vinhedos nos doislados do rio Corgo, apareceem documentos desde 1716.Séculos depois, adapta-se aoenoturismo, com manutenção deum charmoso country hotel. Em 1818,a propriedade foi vendida para AntónioBernardo Ferreira e hoje os 70 hectaresde vinhedos estão nas mãos da sexta

geração de empreendedores da mesma família. AQuinta do Crasto é ainda mais antiga, de 1615,com vinhedos localizados na margem direita doDouro, a meio caminho entre Régua e Pinhão. Apropriedade recebeu investimentos para suamodernização que possibilitou o salto dotradicional Porto à vinificação de reconhecidostintos, em blend de Tinta Roriz e Touriga Franca.Esse espírito de entusiasmo com os vinhos de suaterra é o mesmo que norteou jovens deRutherglen, na Austrália, reunidos no grupo TheYoung Bloods, (este sim nome verdadeiro de umabanda de rock). Trabalham para promover seusvinhos e para atrair uma nova geração deapreciadores da bebida. Objetivo perseguido, naFrança, por jovens herdeiros de châteaux, que sejuntaram para outra revolução sob o sugestivonome de Bordeaux Oxigène.

José Guilherme R. Ferreiraé membro da Academia Brasileira deGastronomia (ABG) e autor do livro

Vinhos no Mar Azul – ViagensE n o g a s t ro n ô m i c a s

(Editora Terceiro Nome)

R$ 79. Há risotos, como o deshitake com abobrinha ealcachofra (R$ 55), massas, carnes,peixes, polentas.

Na adega, a casa mantém cercade 150 rótulos. E possuiequipamento específico paraarmazenar as garrafas de vinhoque são servidos em taça, para quea bebida não perca qualidade.

Com 60 lugares, o Aguzzo lotanos finais de semana. Mas tambémnão fica vazio de segunda a sexta.Visitado pelo Diário do Comérciona noite da última quarta-feira,estava com quase todas as mesasocupadas por grupos de amigos,famílias e casais.

Ag u z zo . Rua Simão Álvares,

325. Pinheiros.

Tel. : 3083-7363.

w w w. a g u z zo. co m . b r

branco Greco di Tufo 2008 – VillaRaiano, da região de Campânia.

O primeiro prato principal é ognocchi di patate e spinacci in salsadi taleggio – nhoque de batata eespinafre ao molho de queijotalégio. Areado e leve, já que feitosem farinha, a massa é servida

Billy

Cow

ie

Page 23: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 2011 23DIÁRIO DO COMÉRCIO

dcultura

É e Empório CentralCarlos Celso Orcesi

Ferran Adriá revolucionou a cozinhacom suas essências em forma de es-

pumas e gelatinas. O famoso "El Bulli" foiagora fechado em definitivo. Será possí-vel? Seria como Bill Gates travar as janelasdo windows, ou Steve Jobs comer, comoAdão no paraíso, a outra parte da maçã.Por ora devemos reconhecer que o mes-tre catalão tem coragem. Entre ou que látrabalharam está o chefe pernambucanoDouglas Van Der Ley, que hoje pilota a co-zinha do "Empório Central" no ShoppingCidade Jardim. No Recife mereceu estre-las de "melhor chefe" e "melhor cozinha"da Veja, por seu É. Sim: "É" nome simpló-rio mais serviria para um bistrô comumdo que para uma cozinha inovadora.

A Confraria CAV jantou no Empóriono mês passado, na companhia do sócioLuizinho (também do Pobre Juan), queparticipou da divisão do banquete.Abrimos o jantar com presunto de Par-ma curado 32 meses, acompanhado do"Segura Viudas Heredad" (91 pontos),que apesar do nome e da garrafa bregaestá entre as três melhores cavas espa-

nholas. A melhor, como o nomesugere, é o "Non Plus Ultra" daCodorniu, que tomei em Toledonum belíssimo parador de fren-te para o século XVI.

Com Ferrari Brut (89 pontos)da região de Trento (... não con-fundir com Maranello) nos veio oCulatello di Zibello, a máximaiguaria entre os presuntos italia-nos (94 pontos). Derrete na boca.Ao contrário do prosciutto di Par-ma que utiliza a perna inteira doporco (o pernil) e tem produçãode 8 milhões de peças/ano, o Cu-latello tem produção de apenas700.000 peças/ano, autorizadopor apenas 12 produtores da pe-quena Zibello, que utilizam ape-nas a parte alta e posterior da co-xa do porco. Retira-se a pele e agordura superficial, adaptando apeça ao formato de pêra. Depois se iniciaa salga, e após dez dias suave aromatiza-ção com vinho e alho, massageando parao tempero penetrar. Por fim se ensaca a

gamos... pequeno traseiro.O Empório Central segue os

passos do Balthazar de NovaYork, servindo refeições de ma-nhã à noite. No café ovos, pães,tortas e folhados; no almoço me-nu executivo; e no jantar mais so-fisticação. No centro do espaço obalcão sofisticado oferece todosos produtos para levar, de queijosgeléias a frios nacionais e impor-tados, enfim compras de mercea-ria gourmet.

Contra a tradição dos embu-tidos o chefe Douglas surpreen-deu com um perfeito carpacciode haddock (92), escoltado porum Framingham Riesling da re-gião de Marborough 2008 (Aus-trália, 89 pontos). E depois ofoie-gras, especialidade do che-fe, que também marquei 92

pontos, e olhe que nem sou tão fã do fí-gado gordo de ganso, harmonizadocom "Le Dauphine", 2º vinho do Cha-teau Guiraud (89). Bela noite. Fecho de

ouro o arroz de pato. Aquele toque deespeciaria (não arrisquei indagar, por-que seria desvendar o sigilo) de Van derLey transforma esse arroz de pato nomelhor de São Paulo, do Recife ou doBrasil. Ficou-me a sensação de que me-rece cozinha mais sofisticada, algo maisdo que a de estilo "bistrô despojado",embora as instalações impecáveis emmeio ao luxo do Shopping Cidade Jar-dim. Não são apenas os nomes sofríveis("Empório", assim como "É"), mas certasensação de calça curta.

Todos os vinhos selecionados pelo so-meliê Ronaldo foram degustados às ce-gas. Para minha sorte descobri dois deles,em particular o "Barda", pinot noir argen-tino da Bodega Chacra. Desvendar a varie-dade e a região (América do Sul), não "o vi-nho", já é suficiente em função da migra-ção das espécies mundo afora, além dosblends cada vez mais ousados (do tipotempranillo + malbec, touriga + cabernet).Saí do "Empório Central" feliz, pelo esplên-dido jantar e pela ilusão de achar que en-tendo um pouco de vinhos.

Exposição mostra série de imagens da família imperial, pertencentes ao acervo do príncipe Dom João de Orleans e Bragança

Preciosidade imperial

À esquerda, família imperial reunida na escadaria do palácio Isabel,em Petrópolis, 1889. Acima, Princesa Isabel, conde d’Eu e os filhos d.Pedro de Alcântara, príncipe do Grão-Pará, d. Luís Maria e d. Antônio

Gastão, c. 1884. E a princesa Isabel, Rio de Janeiro, c. 1870.

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Rita Alves

O Instituto MoreiraSalles (IMS) abriga atéo dia 11 de setembro abela exposição

Retratos do Império e do Exílio:Imagens da Família Imperial noAcervo de Dom João de Orleans eB ragança. A mostra reúne 170fotografias do acervo do príncipedom João de Orleans e Bragança,curador da exposição ao lado deSergio Burgi, coordenador defotografia do IMS.

No local, o público tem aoportunidade de contemplar umasérie de retratos da família imperialbrasileira, além de imagens deeventos que marcaram o Império.Marc Ferrez, Revert Henry Klumb,Alberto Henschel e Félix Nadar sãoalguns dos fotógrafos responsáveispelos registros.

Dom João, também fotógrafo,decidiu há cerca de dois anosencaminhar aoInstituto MoreiraSalles as fotosherdadas. Omaterial estavaguardado empequenas caixas,reunidas em umquarto comdesumidific ador."Não é a condiçãoideal porque não sedeve ter variaçõesmuito grandes detemperatura noambiente, mas afalta de umidade já éum grande avanço",explica. "Achei muito maisprudente e democrático emprestarao Moreira Salles, entidadealtamente capacitada naconservação desse tipo dematerial. E mais ainda, porque elestêm o poder de mostrar ao público,

como já aconteceu na sede do Riode Janeiro. Para mim é um prazerpoder dividir isso que é parte daidentidade brasileira."

A maioria das imagens inéditasda mostra é composta de retratosde família. Dom João conta que agrande coleção de fotos enegativos era de Dom Pedro II. "Eleestava sendo expulso do Brasil e,antes de ir para o exílio, doou tudopara a Biblioteca Nacional porqueconsiderava aquilo muitoimportante e decidiu que deveriaficar para o país dele. Ele tinha umespírito público e cívico muitofortes", diz Dom João, herdeirotambém da mesma índole. "Graçasa Deus, eu tenho esse mesmoespírito e minha família sempreteve também. Acho que é umaobrigação de todo brasileiro."

Entre os destaques daexposição, opríncipe cita aimagem da famíliareal inteiraposando em umaescadaria. "Nafoto estão aprincesa Isabel,Dom Pedro II, aimperatriz, meuavô com osir mãospequenos com aassinatura detodos embaixo.Aparece aassinatura domeu avô com

letra de adolescente e a dos irmãoscom letra de criança. Em cima estáescrito 'Altura de Fernando deNoronha, 18 de novembro de1889'. Essa imagem é muito forteporque ela foi assinada no barco, acaminho do exílio, quando eleestava passando na altura de

Fernando de Noronha."O precioso acervo está agora em

boas mãos, segundo Dom João.Planos futuros? Nada de doar talmaterial para um grande museu,por exemplo. Um de seus projetosé criar um museu público. "Já estoutrabalhando nisso." Enquanto amostra esteve na sede carioca doIMS, a surpresa imperou. "Aexposição foi mais visitada do queeu imaginei. Não achei que fossechamar tanta atenção. Pelo que euli e soube pela curadoria do SergioBurgi, o fato de mostrar a famíliaimperial em seus momentos dedescontração, de carinho, é umacoisa rara, e foi justamente isso oque atraiu o público", diz.

Dom João afirma que a famíliareal sempre teve a simplicidadecomo característica. Dom Pedro II,por exemplo, morreu pobre noexílio. "As pessoas me perguntamse tenho orgulho disso. Eu digoque não. Tenho orgulho de elecumprir os valores que respeitava.Os valores dele deveriam ser o detodos os homens públicos. Quemestá na vida pública deve sededicar 100% à nação, ao país. Issosempre foi o preceito da nossafamília."

O príncipe também é firme aodeclarar que um cargo político estálonge de seus interesses. "Já fuiconvidado. Legalmente eu possome candidatar, mas eu estaria indocontra toda a tradição da minhafamília que é a de lutar pelademocracia, pelo país e não porum partido político."

Instituto Moreira Salles. RuaPiauí, 844, 1º andar,Higienópolis, tel.: 3825-2560.Terça a sexta, das 13h às 19h.Sábados, domingos e feriados,das 13h às 18h. Grátis.

A corrupção. Em 1883, igualzinha a hoje.Sérgio Roveri

Outubro:nas telas.Pág. 24

Caiu o Ministério é umacomédia ágil e dediálogos curtos naqual mais de uma

dezena de personagens revelamao público os bastidores de umgoverno afetado pela corrupção,nepotismo, a quantidade depolíticos despreparados paraexercer cargos públicos e porprojetos grandiosos queaparentemente não possuemoutra finalidade a não ser a deenriquecer quem os executa.Poderia ter sido escrita semanapassada, mas o texto é de 1883 esua volta ao cartaz comprovaque o País continua a oferecermatéria prima caudalosa paracomediantes afiados, como nocaso do carioca França Junior(1838-1890), um notório e bemhumorado crítico do regimemonárquico brasileiro que, além

de Caiu o Ministério, distribuiusua ironia em textos comoDireito por Linhas Tortas e Co m ose Fazia um Deputado. Dir igidapor Antonio Netto, da Cia. dasArtes, a montagem está emcartaz no Teatro Coletivo, nasnoites de quarta e quinta.

"Fizemos pequenasadaptações no texto para queele tivesse uma linguagem maisatual e se encaixasse noexperimentalismo propostopelo grupo", diz Netto. "O maisimpressionante, no entanto, éver que a situação do Paísparece continuar a mesmaretratada por França Junior. Osinteresses dos políticos não sealteraram. A maioria delescontinua sem a intenção defazer política séria, estão maispreocupados em exercer cargosde interesse".

Em Caiu o Ministério, FrançaJunior joga sua lente sobre osúltimos anos da monarquiabrasileira. Faz o retratoimpiedoso de uma aristocraciadecadente que não era maiscapaz de compreender osanseios da imensa maioria dapopulação. "França Juniorescrevia comédias de situações,eram textos mais elaboradosque, ao contrário de grandeparte das comédias atuais, nãoprecisavam recorrer ao humorescrachado", diz Netto.

Mais do que interferir notexto, Antonio Netto buscou aatualização do tema por meio dealguns recursos da encenação,entre eles a opção pelalinguagem do circo-teatro, osfigurinos carnavalizados e umacerta caricatura na composiçãodos personagens.

Caiu o Ministério.Sala 1 do Teatro Coletivo.Rua da Consolação, 1623.Tel.: 3255-5922.Quarta e quinta. 21h.Ingressos a R$ 15 secomprados coma nte ce d ê n c i a .Ou R$ 40 na hora.

Sérgio Massa/Divulgação

peça numa bexiga de porco, maturandosob temperatura crescente e a umidadeelevada da região. Um ano depois o pre-sunto magro, com toque doce suave, vai

a mercado. Aliás a palavra advém de "cu-lo", que para não dizer algo que choqueos puritanos, é a parte interior da pernado porco, a musculatura próxima ao, di-

Otto Hees /Acervo Dom João

de Orleans e Bragança

Joaquim Insley Pacheco/AcervoDom João de Orleans e Bragança

Page 24: Diário do Comércio

sexta-feira, 22 de julho de 201124 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Estreiam: Assalto ao Banco Central, com Lima Duarte (à esquerda); e Outubro, dos irmãos Vega.dcultura

Amor de avós.E o conquistador.

Serge Gainsbourg compôsJe T'aime Moi Non Plus,uma das canções maisescandalosas de todos os

tempos – pelo menos à época emque foi escrita, no ano de 1968. Umcasal dá longos suspiros e gemidos,cantando versos explícitos como"Je vais je vais et je viens/ Entre tesreins" (Eu vou, eu vou e eu venho/

Por entre os teus rins).O músico nasceu na França à

época da ocupação por nazistas,durante a 2ª Guerra Mundial, com onome de Lucien, que mudou porachar frágil demais. Gostava depintar aquarelas, sempreacentuando as curvas dasmulheres em seus desenhos.

A cinebiografia que mostra atrajetória do compositor –Gainsbourg - O Homem que Amavaas Mulheres – lança mão de fantasiapara explicar suas inseguranças aacessos criativos. Um enormeboneco, espécie de alter-ego doprotagonista, o acompanha dainfância à idade adulta.

Aos poucos ele vai revelando apredileção por se expressar atravésda música, embora tenha passadomaus bocados com o aprendizadode piano na infância, já que seu paiesperava que ele tocassebrilhantemente e não fosse apenasum pianista medíocre. E acaba porse tornar um dos grandes ícones damúsica francesa.

O Serge das telas é vivido porEric Elmosnimo. Com orelhas deabano, nariz torto e olhosassimétricos, era feio. Bem feio.Ainda assim conquistou algumasdas mais belas mulheres de suaépoca. Teve um ruidoso caso com aatriz Brigitte Bardot (vivida porLaetitia Casta), foi casado com a

belíssima Jane Birkin (LucyGordon), com quem teve a filha,Charlotte Gainsbourg. E envolveu-se ainda com a cantora JulietteGreco (Anna Mouglalis).

Fumava desde menino. E até ofim da vida, mesmo isso tendocustado sua saúde. Quando oscigarros lhe foram proibidos pelosmédicos, chamou a imprensa nacama de hospital para comunicarque desrespeitaria a ordem elançaria novo disco.

Chamado no original francês deSerge Gainsbourg : la Vie Héroïque, ofilme marca a estreia na direção decinema do quadrinista Joann Sfar.A história traça um perfil que nãocondiz exatamente com arealidade. Romanceia aqui e ali, criadiálogos que talvez jamais tenhamexistido. Mostra, por exemplo, o paide Serge exaltadíssimo de orgulhoporque o filho estava dormindocom La Bardot. Não importa. Odiretor deixou claro que não quisretratar a verdade de Gainsbourg,porque lhe interessaramprincipalmente suas mentiras,muito mais cinematográficas. Pordominar a técnica, há sequênciasno formato de história emquadrinhos. O resultado é um filmeleve, apesar da decadência final docompositor, que se afundou emmuito álcool, nicotina eautodestruição. (LHC)

Duas senhoras idosaslutam por seus netosem Lo l a (Lo l a , 2009,França/Filipinas, 110

minutos). Dirigido pelo filipinoBrillante Mendonza, o filmeprimeiro nos mostra a velhinhaLola Sepa (Anita Linda), cujo netofoi assassinado no dia anterior porum ladrão de celular. Ela anda pelascaóticas ruas de Manila, capital dasFilipinas – que em muito lembraSão Paulo –, na tentativa deencontrar o lugar exato do crime,para ali acender uma vela. O ventoe a chuva atrapalham, seu físico jádebilitado pelo tempo também.Depois, ela precisa lidar com ospreparativos para o funeral. Nãotem dinheiro suficiente para isso.Vive, como muitos aposentadosbrasileiros, apenas com a parcapensão que o Estado lhe destina. Odono da funerária, insensível aosavisos de que ela não pode pagarmuito, insiste em mostrar oscaixões mais cheios de adornos.

Em outro momento abrirá umprocesso legal contra o rapaz quematou seu neto. Advogadostambém custam caro. Talvez umempréstimo bancário, dando seucartão da Previdência comogarantia, resolva. Nos olhos de Lolao que se vê é a profunda tristezapor perder o neto querido. Edesânimo, por chegar ao final da

vida doente, com artrite que lhedificulta a locomoção.

Do outro lado está Lola Puring(Rustica Carpio), avó do rapaz queroubou e matou. A polícia oprende. Ela o visita na prisão, levacomida caseira, se preocupa comseu bem-estar e convívio entre osmarginais na cela superlotada. Estaoutra Lola quer, a qualquer custo,tirar seu neto da cadeia. O moçonão alega inocência. Conhece eadmite a própria culpa. Apenaspermanece inerte. Não pode sairsob fiança, já que cometeu umcrime não afiançável. Sua avó,também sem muitos meioseconômicos (é dona de umapequena quitada), vai procurarmaneiras de obter recursos paratentar convencer a família domorto a retirar a acusação deassassinato contra seu neto. Dentrodos meandros legais das Filipinas,parece ser possível tal operação.Lola Puring batalha, então, paralevantar o dinheiro, embarcandoem expedientes nem semprehonestos. Empenha a TV da família,vende bens, trapaceia nosnegócios, lesa consumidores notroco. A ela, qualquer coisa sejustifica para salvar o neto, aindaque ele seja um criminoso.

Lo l a levou o prêmio de melhorfilme no Festival Internacional deCinema de Dubai e no Festival

Internacional de Cinema de Miami.A narração é feita de modo lento,arrastado. As cenas, realistas, sãoiluminadas somente pela luznatural dos ambientes. Em muitosmomentos desconfortável eangustiante, o filme segue ocotidiano das duas Lolas até queeles se cruzam e ficamos sabendoalgo mais sobre ambas.

Fotos: Divulgação

O artista e sua obra: o uso do vermelho para falar do fogo e da devastação das matas.

Tronco quequeima:grito de

Krajcberg

Um brotinhonasce em meio

à terra queimada.Registro de esperança

do artista.

F rans Krajcberg comemo-ra seu aniversário de 90anos com a exposiçãoKRAJCBERG, o Homem e a

Natureza no Ano Internacional dasFl o re s t a s , aberta no Museu Afro Bra-sil, permanece em cartaz até 6 de no-vembro. Estão expostos 31 trabalhosdo polonês naturalizado brasileiro.Alguns inéditos. São esculturas, rele-vos, fotografias e outros. Em paralelo,ele inaugurou exposições na Bahia,onde vive em sua casa instalada noalto de uma árvore,e na Bélgica.

Nas obras e nodiscurso, Krajc-berg é enfático.Em entrevista aoDiário do Co-m é rc i o na aber-tura da mostra, eleprimeiro se disse or-gulhoso em poder par-ticipar ativamente doAno Internacional dasFlorestas, decretadopela Organização dasNações Unidas (ONU),para em seguida dirigirsua ira contra a destrui-ção das matas. "Os depu-tados brasileiros votampor acabar com a Amazô-nia, sem pensar duas vezes", afirma,lembrando os trâmites no Congres-so Nacional sobre o Código Flores-tal, que aponta para um aumento nodesmatamento. "O Planeta está pre-cisando de oxigênio e não de atitu-des cínicas que vão levar à ruína detodos os seres da Terra", esbraveja oartista. Ele posa ao lado da obra de4,5 metros de altura, exposta agorapela primeira vez. A escultura lem-bra uma árvore cujos galhos pode-riam ser chamas. "Tenho centenasde obras que têm esse caráter; usomuito o vermelho, porque é o queme move: falar do fogo, de como ohomem segue prejudicando a simesmo matando as árvores."

Com curadoria de Emanoel Arau-jo, a exposição conta ainda com fo-tografias feitas pelo artista, que exi-bem troncos com entranhas emchamas, grandes áreas destruídas ecenas singelas, como um pequenobroto, verdíssimo, que teima em

n a s c e r e m m e i o auma área completa-mente destroçadapelo fogo.

Os materiais usadospor Krajcberg nas escul-turas e relevos são sobrasrecolhidas por ele nas matasqueimadas. "Nas mãos habili-dosas do artista, que acredita noideal pelo qual luta há tantos anos,pedaços de madeira carbonizada

transformam-se em peças harmô-nicas e delicadas, que,

com toques decor, unem-se si-l en ci o sa me nteem um protesto

contra a devas-tação", diz o cura-

dor. "Os trabalhoscontêm uma mani-

festação quase reli-giosa. E alcançam o

infinito com suas for-mas orgânicas", inter-

preta Emanoel.

KRAJCBERG, oHomem e a Natureza

no Ano Internacionaldas Florestas. Museu AfroBrasil. Av. Pedro AlvaresCabral, s/n. Parque doIbirapuera. Portão 10.Tel.: 3320-8900.Terça a domingo,10h às 17h.G rátis.

K r a j c b e rg

"Obras alcançamo infinito comsuas formasorgânicas",

interpreta o curadorEmanoel Araujo.

Arte contra adestr uição

das florestas

Lúcia Helena de Camargo

Museu Afro Brasiltraz KRAJCBERG,

o Homem e a Natureza.

Soni

a Ba

lady

/Div

ulga

ção