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O BANCÁRIOO único jornal diário dos movimentos sociais no país
PASSEATA CONTRA REFORMA DA PREVIDÊNCIAHOJE, ÀS 15H, SAÍDA DO CAMPO GRANDE
Edição Diária 7170 | Salvador, quarta-feira, 15.03.2017 Presidente Augusto Vasconcelos
DIA DE LUTA
O governo massacra os trabalhadores
A contragosto do presidente, sai a lista suja
Página 2
Página 4
Os brasileiros voltam às ruas para protestar contra as reformas previdenciária e trabalhista, além da terceirização. A demanda da sociedade é uma só. Fora Temer. Não tem outra.Em Salvador, haverá protesto e passeata. Os bancários fazem paralisação nas agências até 12h. Página 3
É Fora Temer e não tem outra
Aposentadoria ameaçada pelo governo Temer, que quer beneficiar o grande capital e privatizar a Previdência
manoel porto
joão ubaldo
o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quarta-feira, 15.03.20172 SINDICATO
Aposentadoria fica praticamente inviável com a medida. TerrorFABIANA [email protected]
joão ubaldo
manoel porto
Fundado em 30 de outubro de 1939. Edição diária desde 1º de dezembro de 1989 Fundado em 4 de fevereiro de 1933
O BANCÁRIO
Os perigos das reformas do governo Temer
Informativo do Sindicato dos Bancários da Bahia. Editado e publicado sob a responsabilidade da diretoria da entidade - Presidente: Augusto Vasconcelos. Diretor de Imprensa e Comunicação: Adelmo Andrade.Endereço: Avenida Sete de Setembro, 1.001, Mercês, Centro, Salvador-Bahia. CEP: 40.060-000 - Fone: (71) 3329-2333 - Fax: 3329-2309 - www.bancariosbahia.org.br - [email protected] responsável: Rogaciano Medeiros - Reg. MTE 879 DRT-BA. Chefe de Reportagem: Rose Lima - Reg. MTE 4645 DRT-BA. Repórteres: Ana Beatriz Leal - Reg. MTE 4590 DRT-BA e Rafael Barreto. Estagiária em jornalismo: Bárbara Aguiar e Carolina Sales. Projeto gráfico: Márcio Lima. Diagramação: André Pitombo. Impressão: Muttigraf. Tiragem: 10 mil exemplares. Os textos assinados são de inteira responsabilidade dos autores.
OS TRAbALHADORES têm de ampliar o diálogo e a resistên-cia para impedir que direitos históricos sejam retirados pelo governo Temer. O alerta vem de uma bancária, presente no de-bate sobre as reformas da Previ-dência e trabalhista, ontem, no Sindicato da Bahia.
“A grande mídia manipula as informações de modo com que as perdas dos direitos adquiri-dos não sejam avaliadas como ruins”, conclui. Está certa. A re-forma da Previdência aumenta para 49 anos o tempo de con-tribuição para aposentadoria. A idade mínima também sobe para 65 anos. A proposta de Te-mer é a mais dura do mundo.
O problema é que a bata-
lha contra a manipulação dos grandes veículos de comunica-ção exige uma forte intervenção da sociedade. O diálogo boca a boca, a participação nas mani-festações são formas de ampliar a pressão e mostrar o que há por trás da política da aliança PSDB-PMDB-DEM.
Para um auditório lotado, o presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia, Augus-to Vasconcelos, destacou ainda que a reforma da Previdência altera não só o orçamento, mas, principalmente, os direitos dos trabalhadores. “No Brasil, o go-verno arca apenas com 1/5 dos custos previdenciários e ainda fala em prejuízo. É uma falácia”.
Saúde As discussões trataram sobre
a saúde do trabalhador e como a política do governo podem piorar um ambiente de trabalho. Alerta dado pela representante da Cesat, Tânia Estrela e pelo fiscal do Tra-balho, Fernando Vasconcelos.
Prêmio Alice Bottas, sextaOITO mulheres serão homena-geadas pelo Sindicato dos Ban-cários da Bahia, na sexta-feira, quando acontece o Prêmio Ali-ce Bottas, a partir das 18h30, no Instituto Feminino da Bahia, no Politeama, Salvador.
Na terceira edição do prê-mio, recebem o troféu Adriana Araújo (Destaque no Esporte), Carla Liane (Acadêmico), Da-
nusa Andrade (Profissões), Eli-zete Brasileiro (Bancária), Julie-ta Palmeira (Política), Kandara Pataxó (Luta Indígena), Larissa Luz (Arte e Cultura) e Rita Ba-tista (Comunicação).
O prêmio Alice Bottas foi cria-do em 2015. Uma atitude ousada e acertada do Sindicato. Este ano, a entidade espera os trabalhado-res para celebrar a noite.
A lua e o ciclo menstrualA LUA influencia os ciclos de plantações e de colheitas, as águas dos rios e oceanos e tam-bém a mulher. É só se atentar. O ciclo menstrual é muito pa-recido com o lunar que cresce, enche, míngua e se renova.
Cada etapa dura, em média, 7 dias, assim como as fases da lua. O Bancário ajuda a compreender melhor o assunto em entrevista com Gabriela Francheschini.
Adepta da medicina india-na Ayurvedica, Gabriela, que também é nutricionista, explica como as mulheres podem se be-neficiar através da conexão com as forças da natureza.
A ligação entre o ciclo lunar e mulher vai além. A lua crescente é a fase de maior altivez feminina. Na lua nova, o período é apropria-do para meditações. Na lua cheia, a mulher está com todo o poten-cial energético. Esta, inclusive, é a fase de ovulação. Já na lua min-guante, a criatividade é aflorada.
Em discussão, os impactos das reformas previdenciária e trabalhista
Debate sobre o ciclo lunar e a mulher
o bancáriowww.bancariosbahia.org.br • Salvador, quarta-feira, 15.03.2017 3DIA DE LUTA
Trabalhadores de diversas categorias cruzam os braços em protesto contra TemerROSE LIMA [email protected]
O Brasil vai parar
O bRASIL vai parar, hoje, com manifesta-ções contra a reforma da Previdência So-cial. Em Salvador, bancários, professores, servidores públicos, estudantes, sem terra e sem teto prometem grandes protestos. A
categoria bancária faz paralisação até 12h.Outros atos acontecem na cidade. Logo
nas primeiras horas da manhã, às 7h, tem manifestação em frente ao Shopping da Bahia. À tarde, a partir das 15h, tem passe-ata saindo do Campo Grande.
O Dia Nacional de Luta faz parte de uma agenda ampla dos trabalhadores contra os ataques orquestrados pelo presidente sem voto Michel Temer. A reforma da Previdên-cia, que eleva para 65 anos a idade mínima para se aposentar e 49 anos de contribuição, é um dos muitos exemplos.
Temer reduz Farmácia PopularCOM o governo Temer é assim, em um pis-car de olhos as conquistas se perdem. Na calada da noite, 6.317 estabelecimentos vin-culados ao “Aqui Tem Farmácia Popular” perderam o credenciamento entre o fim de 2016 e março deste ano.
O total de unidades filiadas ao progra-ma neste mês é de 28.299 farmácias, o me-nor número desde 2012 e 18,2% abaixo dos 34.616 registrados no fim do ano passado.
Plano de saúde do governo. CiladaALéM do repúdio da população, a propos-ta de planos de saúde “acessíveis” de Michel Temer recebeu cartão vermelho de duas im-portantes entidades. Tanto o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) quanto o CFM (Conselho Federal de Medicina) são contra a medida que só beneficia os empre-sários às custas da população mais carente.
Segundo a análise do Idec, no plano “acessível”, o paciente, além de pagar a mensalidade, é obrigado a desembolsar por cada procedimento feito, valor que pode ser limitado em até 50%. Cobrança mais per-versa no caso de doentes crônicos e idosos.
A obrigatoriedade de uma segunda opi-nião médica tende a aumentar as negativas de autorizações para internações, atendi-mentos mais complexos e tratamentos. O Idec ainda alerta que os reajustes de planos individuais de livre regulação podem levar as operadoras a aplicar aumentos abusivos.
O CMF negou participação na elabora-ção da proposta, conforme divulga o Mi-nistério da Saúde. O Idec reintera o posicio-namento de que o governo Temer não tem condições para oferecer produtos de quali-dade e segurança ao consumidor.
A queda chega a 20%, segundo o Minis-tério da Saúde. Temer destrói sem alarde da grande mídia amiga todas as medidas vol-tadas à população mais carente. Iniciado em 2006, no governo Lula, o programa já beneficiou 38 milhões de pessoas.
Criado para distribuir e subsidiar em até 90% remédios contra hipertensão e diabete, o programa se estende hoje para 10 medicamen-tos para outras doenças e fraldas geriátricas.
Unidos em defesa dos bancos públicosO GOVERNO Temer não esconde a intenção em entregar as em-presas públicas ao grande capital. A ofensiva começou com o desmonte das estatais. Banco do Brasil e Caixa, que, junto com o BNDES e Petrobras, são fundamentais para o desenvolvimento do país, estão na lista.
O Comitê Nacional em Defesa das Empresas Públicas se reúne no dia 22 de março, a partir das 14h, em Brasília, para traçar um
plano de ações. Um dos destaques do encontro é a definição de ati-vidades de resistência ao Estatuto das Estatais. Embora tenha havi-do alguns avanços no texto do PLS 555, que originou a lei 13.303, um decreto de Temer pode fazer com que tudo voltar à estaca zero.
Outro ponto que merece atenção é o posicionamento de ameaça aos estados endividados. Para ter ajuda do governo, as empresas pú-blicas terão de ser vendidas e o salário dos servidores, congelados.
Governo descredenciou 6.317 estabelecimentos. Hoje, número de farmácias é de apenas 28.299
Governo quer enfraquecer ainda mais o SUS
o bancário• www.bancariosbahia.org.br Salvador, quarta-feira, 15.03.20174
SAQUE
TRAbALHO ESCRAVO
Nomes de 250 empresas foram identificadosFABIANA PACHECO [email protected]
Temer tentou impedir, mas a lista suja vingou
O GOVERNO Temer até que ten-tou, mas não conseguiu. Graças à lei de acesso à informação, a lista do trabalho escravo foi publicada e circula pela internet. Agora, o brasileiro pode saber quais são as empresas que cometem crime e submetem seres humanos a con-dições de trabalho humilhantes.
A divulgação da lista com 250 empresas flagradas com trabalho análogo à escravidão entre 2014 e 2016 encerra a novela criada pelo governo Temer, que queria a todo o custo esconder os nomes de
quem comete o crime. O ministro do Trabalho, Ro-
naldo Nogueira, chegou a re-correr ao TST (Tribunal Supe-rior do Trabalho) para impedir que a sociedade tomasse conhe-cimento da “lista suja”. E conse-guiu. O ministro Ives Gandra
Martins Filho concedeu limi-nar suspendendo a divulgação.
O Brasil tem hoje cerca de 160 mil pessoas submetidas à escra-vidão moderna, de acordo com a ONG australiana Walk Free Foundation. Os casos são mais concentrados nas áreas rurais.
Explosão de juros do cartão MAIS do que nunca, utilizar o cartão de crédito exige cautela. Em fevereiro, os juros médios subiram e atingiram 444% ao ano. Em janeiro, ficaram em 441,76%. Os dados são da Ane-fac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Admi-nistração e Contabilidade).
Se observado o índice ao mês, houve elevação de 15,12%, em ja-neiro, para 15,16%, em fevereiro. Mesmo após queda na taxa Selic para 12,25% ao ano, os bancos aumentaram a cobrança.
Brasil tem cerca de 160 mil pessoas em condições análogas à escravidão
manoel porto
Sindicato e Superintendência do BB
ARCONTE Quem presenciou o depoimento de Lula, ontem, na Lava Jato, garante que a cena era de um estadista, altivo, consciente e convicto das funções que exerceu em cargo público, considera-do até hoje o melhor presidente que o Brasil já teve e líder disparado na corrida presidencial, diante de um arconte de primeira instância, escabreado, ciente que desempenha o papel do carrasco. Di-zem os sábios, que quem pratica o mal não consegue olhar diretamente nos olhos da vítima.
IMPORTANTÍSSIMA A manifestação nacional de hoje, convocada pelos movimentos sociais, serve como uma espécie de termômetro sobre o futuro não apenas da campanha popular contra a reforma da Previdência, mas de toda a agenda neoliberal que o golpismo encarregou Temer de impor à nação. Se for muito bem sucedida, pode contagiar o Brasil e emparedar o governo. Afinal, no próximo ano tem eleição geral e nenhum político quer ficar sujeira com o eleitor.
AUTORIDADE A declaração do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Brit-to, de que o caixa dois eleitoral representa um “atentado à constituição”, e que a anistia é “inconce-bível”, tem endereço certo. Aponta para os presidentes do TSE, Gilmar Mendes, da Câmara Federal, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), que defendem abertamente o perdão para políticos que receberam propinas de empresas.
TARDE Durante conferência em Portugal, a presidente deposta Dilma Rousseff acusou o Judiciá-rio de ser usado no Brasil para atender interesses eleitorais de grupos políticos e citou nominalmen-te o PSDB. Pois é, há muito que as instituições foram capturadas pelas elites ultraconservadoras, o que, inclusive, facilitou o golpe do impeachment do ano passado. Mas, bem que ela poderia ter denunciado e reagido a isso quando ainda era presidente. Teria mais força para encarar o golpismo.
INJUSTIÇA Por incrível que pareça, a Justiça impediu a divulgação de conteúdos sobre as dela-ções da Odebrecht em que o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), foi citado. Isso depois de vazamentos seletivos sobre as citações de vários outros políticos. E ainda há quem duvide que os tucanos desfrutem de forte blindagem na Lava Jato. Têm sido protegidos desde o início da operação. São os queridinhos do sistema.
Reunião do Sindicato com o BBDURANTE reunião na tarde de ontem, o superintendente regio-nal do Banco do Brasil, Carlos Motta, prometeu avaliar os VCPs, acelerar a resolução da falta de ar condicionado em cinco agências – Matatu e Garibaldi em Salvador e as demais em Vera Cruz, Dias D Á́vila e Candeias – e ampliar o quadro de pessoal em Valença.
O superintendente garantiu que a partir de maio entra no ar um portal para que as gerências informem as condições da estru-tura física das agências. O Sin-dicato, representado pelo pre-sidente Augusto Vasconcelos e o diretor Jurídico Fábio Ledo, colocou ainda em discussão a sobrecarga de serviços para os funcionários das unidades de Governador Mangabeira, Cruz das Almas e Muritiba, devido as explosões ocorridas em Marago-jipe, Cachoeira e São Félix.