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(Dez)contínua-idade s e Há-pertos 15/11/14 Pro-vim-ser-ânus  Não escutes s eus enseos provincianos !nos "ue #icaram na poeira da província $ia% e so&idão antes de todo pronome  Nome "ue persiste sem interva&o de tr'ua 'ua "ue mede* sopra e reu&a + u&a da"ue&e "ue arre,enta o cip P na cara* de novo a poeira +ira sem ,eira num um,ra& de sensa.ão !.ão "ue nos uarda* meu caro amio !,rio de ser para a&'m do um,io 1 ane&as Dispa-se das verdades de seu universo 0erso de inven.ão duma a&ma s "ue s 2ue socorre essa versão 3nica* "ue a su,verte + verte a visão da ane&a  Ne&a "ue esc orre a vida da de contratempos empos temporais e c6uvarada !rada a terra donde ,rota toda ota toda a áua das vertentes entes e sa,erás "ue c6ance a"ue&a +&a não 6á de viver ou 0er ou sentir na pe&e de&e* da"ue&e

(Dez)Contínua Idadles e Há Pertos

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(Dez)contínua-idades e Há-pertos

15/11/14

Pro-vim-ser-ânus

 Não escutes seus enseos provincianos

!nos "ue #icaram na poeira da província

$ia% e so&idão antes de todo pronome

 Nome "ue persiste sem interva&o de tr'ua

'ua "ue mede* sopra e reu&a

+ u&a da"ue&e "ue arre,enta o cip

P na cara* de novo a poeira

+ira sem ,eira num um,ra& de sensa.ão

!.ão "ue nos uarda* meu caro amio

!,rio de ser para a&'m do um,io

1 ane&as

Dispa-se das verdades de seu universo

0erso de inven.ão duma a&ma s "ue s

2ue socorre essa versão 3nica* "ue a su,verte

+ verte a visão da ane&a

 Ne&a "ue escorre a vida

da de contratempos

empos temporais e c6uvarada

!rada a terra donde ,rota toda

ota toda a áua das vertentes

entes e sa,erás "ue c6ance a"ue&a

+&a não 6á de viver ou

0er ou sentir na pe&e de&e* da"ue&e

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2ue&e na pe&e de&a en#im se&a%

7ni,us c6eio

8uarde suas reso&u.9es

:o&u.9es s pra voc; e&as são

:ão para "uem* a"ue&e<

+&e* são ou não* doente do dente

Pois ente "ue sente a"u'm

2uem da vida covardia

 Não via

2ue a cova ardia

:em ps ou dantes

De antes do dia a cem

:em contorno

orno a ver= >"ue dia?@

a sem e com

$omp&etos

+t6os de uma mentira

ira sa,e-se &á de onde

Donde 6á de vir 

!dvir e virá

+ irá "ui.á* se puder 

+ der e assim "uiser 

:er% Pronto

%

7ni,us com ente em p'

8uarde suas reso&u.9es

:o&u.9es s pra voc; e&as são:ão ou não* doente do dente

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+nte "ue sente

2uem da vida covardia

2ue a cova ardia

:em ps ou dantes

De antes do dia a cem

:em contorno

orno a ver= >"ue dia?@

a sem e com

$omp&etos

+t6os de uma mentira

ira sa,e-se &á de onde

Donde 6á de vir 

!dvir e virá

ra "ui.a* se puder 

+ der e "uiser 

:er% Pronto

%

 ! ,aun.a "ue espera 8auuin em !r&es

+ncontraram Aa nera

! nera de 8auuin

8anrena em :eurat

ápida passaem

8enti& paisaem

!entes de ponto "ue ,ri&6a

&6a Batte 8rande

!nde á tecendo

:endo contento en"uanto

C "uanto entopia! pia

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2ue 0an 8o6 enc6eu

! pedaoia &usitana

$rescemos me&6or som,ra "ue com so&* com so&

$onso&am-me dizeres de :aramao

Eao ve&6o de amara doce #ace

Faceiro como 6omem nen6um

Gm escrito pontuado virtua&mente

!tua&mente o,so&eto em contratempos

empos em "ue não se sa,e amar 

Ear "uente ,risa #resca

+scam,o na areia

+ia* "ue Portua& ' um #ado

atuado na pe&e de um ,rasi&eiro%

4/11/14

 Noite "uente no Nordeste

$aio no sono

:on6o no a,ra.o

 No ,ra.o de $e&este%

Aeste e norte

:orte de um país de

Pais de po,re #i&6a

&6a vio&entada

!tada pe&o cu&ote

! &ote não de terra

2uencerra contudo

udo no mundo de menina

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Eina de din6eiro%

I5/1/14

J-6eo e sua eK-possa

: restou o p dos psPois posso somente no es#or.o2ue #or.o na semente do ,astante$onstante% +m mente a &isura nosAisos pe&os &indos de mu&6eres%

LMs tu a #amí&ia no #ina&!#ina& #indaste a"ui&o &o "ue eresDando termo ao "ue demo,i&izaJ surda paiKão seda &isa! ouri.ar sua arte2ue parte* entretantoanto Da&i "uanto :euratDa ore&6a do 6o&and;sDa carne "ue terá!#ina& e en#im sua vez%

1/1/I14

(Dez)contínua-idades 0 O Ms-Kcitante

rade um poema de cantos e putas

Autas de #undo mudo "ue contudo

udo mudam no mundo de inter#ace

+m #ace do passado sem dio ou paiKão

C c6ão onde vidas sem rumo des&izarão%

Hoe* en"uanto e se a,ra.a o presente

:ente "ue nada #ica da"ui&o "ue se esvai

0ai* voa &one* pra não vo&tar amais

Eais distante "ue o #uturo então

ão ceo "uanto uma topeira na avia.ão%

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 Nesse movimento de &uta contínua

$ontinua pasmo e 6esitante

!nte a eKcitante #or.a #rente

Frente "ua& não se sente rea.ão

!.ão* #&erte ou dan.a carnava&%

1/1/I14

Há via na vie&a

 Não poderia sa,er "uando a vi

Havia o,stácu&os e outras damasmu&6eres na rota

a& "ua& um passo de dan.a

Eansa num sa&ão rep&eto* de #esta

Fresta de si&;ncio "ue si&encio

$om o &en.o na ,oca apertada

!tada e emudecida na descida

Da vie&a em "ue vi e&a

 Na"ue&a via "ue não a via

odo dia* todavia* de #ronte ao porte

Aouvor de &rias 6avia na via

Eudas de rosas* ruídos e sorte%

14/1/I14

Há-perto= :o,re o indecidíve& entre amor e verdade

e#&eKão minima&= não se apeue a um primado

Pois mesmo o amor e a verdade t;m muitos opostos

! "ue temos tanto "ue opor o amor e a verdade<

 No amor se op9e o amar* ver,o intransitivo

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!o ser amado* 6ipoteticamente a,usivo%

!mando* me opon6o de imediato ao ser amado*

J"ue&e "ue amo e ao amor de&e no encontro dos rostos%

!o amor se op9e iua&mente indi#eren.a* dio e ma&dade%

Di#erentemente da verdade* "ue #rente mentira e ao enano

 Não ' mais "ue uma #a&sa apar;ncia* nem causa menos dano%

5/I1/15

Há-pertos= ! a6ia ' min6a casa

:eue a tri&6a de uma &aartiKa inseura

:u,indo o arco-íris de deraus na 0asco%

rec6o sinuoso e ente de assaz do.ura%

Eeru&6o pro#undo* sem drama nem asco

 Na áua escura da &aoa do !,aet'

De areia ,ranca e dia azu& "ue não dá p'%

! c6eada ' "uente como o convite do mar*

C papo &eve com 0inícius e o pico da sereia%

 No espe&6o de tapoan* #aro& da arra domar 

Pro despertar doutro dia num c6eiro de areia

2ue ansã e CKum em :anto !ntQnio do areia&

$umprem #esta de c6ão e teto desiua&%

Bunto a emaná* mãe de todos a&i na esteira*

eacendem a ve&a no doce rio sem cac6oeira

:em deiKar de viver p&etora de a&eria

$ravin6o* Pe&Q* reae e ,atucada

:om de $aRmmi* comin ,acS to a6ia

Forr de saia e acara' duma s toada%

!&'m disso* tem ,arroco de acento portuu;s

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$6uva sem tormenta e rap' ao osto do #reu;s*

!tavismo mesti.o no vento do io 0erme&6o

raz o a,ra.o #orte de oriKá sem asa

:aravá? + me #az urar de oe&6o

 Na certeza "ue a a6ia ' min6a casa%

Há-perto= Mpura e c6o"ue-#endas

C pássaro voa*

desaperce,ido como "uem vai para não vo&tar 

se c6oca no vidro da ane&a*

rac6a o crista&* a,re micro #endas onde a visão a&can.a

a partir do sem,&ante virtua& de sua 'pura*

o sina& do sintoma "ue ' o prprio es,orrac6o*

&in6as de vida "ue ,em seriam* não ac6o*

apenas mais um passeio #&uido pe&o ar*

voo da&i para outro &ado sem ur;ncia*

mas "ue por capric6o da contin;ncia

#ez sua marca no tempo e ne&a* seu &uar%

+Kiste a&ma

Há uma (r)a.ão

! não ser "ue

$er"ue-se

2ue se perca (no)

Perca&.o a ,enzer 

! ,em dizer 

odo "uerer 

! ser= emo.ão

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+ mo.ão de c6uva

Gva ,enta em cá&ice

D!&ice em sua #esta

F&oresta de pedra

Perda e medra

de areia%

HaiSu madri&eTo=

si a#uera vienta* me pono un cortaviento

así siue &a vida* de atravieses R soterramiento%

:a6ara vida

:a6ara* sentado so,re mis pies* no voR a otro sitio "ue a tu corazn%

:a6ara* seco como &a mu&titud de &as personas en &as ca&&es*

e acordaste de &a tristeza "ue 6a,ita &a c&aridad de& mundo%

:a6ara* cuando nada más 6aR "ue ver* eres tu toda &a oscuridad%

Pues sois tu :a6ara* &a mano de& padre* &as piernas de &a madre%

Por un &ado* no 6aR #uerza capaz de tra,ao o movimiento*

Por otro :a6ara* eres natimuerto R Ra no vienes a este mundo sino para todo cam,iar 

Por"ue te despiertas :a6ara con e& movimiento de& 6ueco dentro de ti%

 No te veo* ni te oio :a6ara*

u mirada :a6ara* no es más "ue una som,ra "ue adentra por no s' dnde%

F&ec6aste mi a&ma :a6ara* R a6ora son in3ti&es todo &o "ue vena%

Aas ,ocas u oreas* :a6ara* ec6asteis de ma&a ana R ma&a suerte*

oda &a desracia R &as posi,i&idades de a&ería%

Eientras todo eso* :a6ara* me escapa,as

Busto cuando pensa,a "ue &o tenía todo por entero*

! pesar de eso

:a6ara* tu no me escapas amásU

Por &a incertidum,re* me aeno de &a p&aRa R &a mar*

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especto a eso* :a6ara

ampoco Ro "uiero de ti apartarme*

:a6ara corazn

:in razn

!monestas

Hom,res R

!ves% Aueo* &os

epti&es

!vanzan

I1/1I/15

Euitos%%% muitos erros

($onversa com Neruda)

Euitos erros cometemos

!o near as sete vidas do ato*

Euitos eus vivemos

:em sa&tar a #'* a #ome e o ato%

Euitos erros anteveo

!nte tua casa "ue em c6amas arde%

 Ne&a* os muitos eus do teu deseo

Deitam e #uma.a so,e at' tarde%

 Não aca&mo maremoto

:e o vento do mar vem com a&ívio%

+ se um andar pressinto ou noto

 Não des#a.o paiKão nem de&írio%

0ida-errância* doce certeza

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D3vida cea do dia-mar 

2ue vim da noite tomar 

Donze&a* #ruta* pão e mesa%

 Nesse ,an"uete estre&ado

Gm trao #orte de paiKão

+m,ara&6a as sendas de então

+ traz o "uerer para o meu &ado%

Praia de a&'m-mar para a a&ma ,an6ar 

 Nos muitos eus do teu enseo%%%

DeiKe estar e o vento domar 

Cs muitos erros antecedem o ,eio%

Pois na ca&ada do son6ar 

e&ampeiam rimas de amar*

Pra es"uecer os erros meus e teus

 No meio dos muitos%%% muitos eus%

I/11/I15

$inza* a ca&ma%

$inzas são a noite das ,rasas%

$inza como a man6ã do dia seuinte*

$omo o cansa.o "ue sucede

C entre&a.o dos corpos e a sede de pe&e%

$inza* no enca&.o de um tarde de so&raz a &uz de um dia "ue não vem*

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raz o c6eiro de "uem está distante

 Na nuvem "ue a,re o c'u do verão%

Por "ue cinza para domar a primavera*

eacender as #&ores e i&uminar os camin6os<

$inza* diz a cor*

Para &em,rar do "ue nunca ,uscamos

+ rear os continentes da inorância%

!ca&ma

! a&ma

D'cada

De cada

D; cada

empo-&ivro

2uatro m9es

Deitam

de então

 pos carna 11 de #ev I1V

C será do mundo

2uando aca,ar a &uz

+ no co&apso das coisas

C sistema cair de vez<

!s #us9es e as #iss9es* as econQmicas e as nuc&eares*

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!"ue&as cuo centro #oe cada vez mais para as ,eiradas*

 Não tanto as descentradas "uanto as ac;ntricas

Dentro de&as* os &a.os #ami&iares e os estraneirismos%

! &ínua turística e as mi& &ínuas dos imirantes

!s #ic.9es do #atídico cotidiano

!ssim como as tantas 6istrias* #iccionais e #actuais

+ nossas vidas atuais e eternas%

0irtua& como a som,ra de um cac6orro

+m seu dese"ui&í,rio so,re o #io de seda

 Na vera como áua "ue sua na testa do cortador de cana

!rdente* como um o&e de cac6a.a no c'u da ,oca%

0oc; diz "ue não me "uer mais aora*

+u #iz tudo "ue deu na 6ora

Pra voc;

Ee #azer #e&iz

$inzas mortas em rua vaa

Auz verme&6a "ue não se apaa

+ eu vou sendo* vendo* &endo

! tua som,ra praa

Por "ue a 6istria tem "ue ser tão triste<

0amos co&orir tudo "ue eKiste

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0amos re&em,rar a"ue&a vida

Ee deiKa ce&e,rar min6a "uerida

Ee deiKa &oo ser tudo "ue eu "uiser 

:ou a "ue no mundo anda sem norte

Eas dizem "ue voc; anda sem sorte

+ ainda treme todo

!o me ver passar 

C "ue se passou na primavera

!ca,ou* se #oi* virou "uimera

:ão #atos* &utas* ,eios

2ue aconteceram

+ ainda vem #a&ar "ue voc; não "uis

2ue não urou* deitou e #oi #e&iz

 Na"ue&a noite tudo era a&eria

C c'u testemun6ou o "ue acontecia

Pra sempre eu vou &em,rar o "ue tu 's

:ou a "ue no mundo anda sem norte

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Eas dizem "ue voc; anda sem sorte

+ ainda treme todo

!o me ver passar 

Ei& #aces

Dedicado a tudo* ou "ui&o a "ue os 6omens c6amam >mu&6er@

Eu&6er* em todos os tons e em muitos amores

 No oru&6o terno* no sorriso de #era*

Passeia a vida a"u'm das dores

+ canta vo&3pias num &ivro de Wundera%

Eereces "uereres em toda idade

+ tua rande am,i.ão não ca,e na cruz*

 Nos ,ra.os* mundo e irmãs em sororidade

Pois somente "uando e como o "uer* seduz%

:ua vida* ' ser poesia* á "ue com ou sem verso

+screver* amar e ser poeta não ' mais &oucura

2ue ac6ar "ue s um deus #az o universo%

:eu rosto e sua escrita não são menos "ue a cura*

eus &ivros e a ,irita* são mais "ue sustento*

+ em tua casa sopram as cores do possíve& a&ento%

$onversa in#inita so,re a #a&a

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- C ,ai&e dia,&ico das pa&avras &ancinantes

- +m sua ,a&ística torpe e o,stinada

- 0o&tada para o desencontro* antes

- 2ue para a &eta& verdade do nada%

Por a"ui* ventos de amor e paz

+ntre instintos e institui.9es%

J despeito dos muros* um desvio az*

! i&uminar deseos e a.9es%

 No "uinta&* #&ores sendo cores

+ uma raada de áua cai &á #ora

Pra &avar a &em,ran.a das dores

 No cora.ão do rasi&%

Cn&R X6en ones siKtR-one

6e inc&ement sun o# midni6t and a un

Aies on t6e ,acS 6ouse near t6e sma&&* ,ut Ret

Yi&d dear reR and si&vered river o# &i#e and sou&%

6e streams and sea Xinds* t6e creepin*

:ni## XoodR &ast drinS and ro&& daRs Xere a&readR one%

:ome peop&e in t6e 6ouse doXnstairs*

:ome 6ouses* sand and sadness

Cn peop&e X6o &ives on t6e up #&oor%

6e ,e&ie# t6at ones 6ere

n t6is p&ace Xe ca&& Xor&d

o &ive t6eir &ives in some XaR

6at to et to siKtR-one to seven

s no more t6an a matter o# point o# vieX%

ut t6is ones SnoX on&R X6en ones siKtR-one%

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:erim O IZ de I4 I1V

Cra.ão provisria ao nada interva&ar 

:uspiro uma ora.ão provisria e ininterrupta=

!o nadista na #orma de ,ruta #&or em #or.a a,rupta

2ue ati.a a preui.a ,oa de um entretempo toa%

Praticantes do nada interva&ar 

2ue azz entre o so& inc&emente

+ as nuvens esparsas das tardes de !,ri&

Cu.am ,em=

2ue o #oo imemoria& dev'm mar e a&'m

Do mar* uma metade se #az terra* onde os p's repousam

Para a ca,e.a #&utuar com a outra parte* a"u'm*

De ar incandescente* onde son6os e pensares voam%

2uase dentro* #ora

C&6os indeci#ráveis

+ntre suaves e perdidos%%%

$on#usa e indecisa* voc; se a#asta

+ encosta%

a& como uma te&a nas costas

:a&ta aos o&6os*

Dedos e cadeira%

Penetra

:uavemente

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(Por"ue #ora ainda está)%

I4-I5-I1V

!s Xe &ive and die

ut X6ic6 is ,ent

[ou SnoX no more t6an

aR $6ar&es estrutura& O Paris* s'cu&o

Gm 6omem* pai de seu irmão

+ sua mãe* mãe de seu #i&6o

+&e< Fi&6o de seu #i&6o%

! #or.a do destino

+rrante

Por"ue mutante '*

Pois 6á de (se) seuir 

!diante%

!#ina&* a tinta "ue #a&ta

M a vontade "ue so,ra

De* na vida "ue resta*

+screver seu nome

 Na 6istria

Dos 6omens* universa&%

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! rosa amare&a

 Não manc6a o pape&*

Ee&6or*

!penas seue a ,a&ada do tempo%

$rue&%

Paris%

Hoe ' dia de sentir 

!"ue&a estran6a &eveza

2ue ' dan.ar 

:o,re os p's do vento

!"ui&o "ue &6e cea* &6e seue at' o #im do camin6o seuro

+ntretanto* duro do pensar%

Inspira

A ira de deuses

Eu? Zesto de ocre divisor,

Visor de amargo e ácido cheiro

Beiro, o salto ao infinito e o corte secante

Ante o qual não sobra nem sombra do que respira

 Nadie sa,rá "u' pas

entre &a mesura de &as primeras pa&a,ras R

&a me&anco&ía de tu mirada a& sa&udarnos en e& metro%

tampoco acerca de& tono neutro

"ue con amor sostuvimos despu's de ese encuentro%

!nte &o cua& sostenemos e& suspiro R &a sonrisa

so,re &os tintes de& crep3scu&o%

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e envio os para,'ns como "uem c6ea na man6ã seuinte*

 No a&vorecer cinza das som,ras de tantos "ue a&i estiveram noite passada

 

$Qmodo

C modo com "ue c6eas

+sperando tu c6eares

!res de c6uva e coincid;ncia

2ue a sentencia ao não-uízo

Desta"ue

Deste a"ui

ea&ce a&ce voo

\ua sa& reso&ve tudo

Fome* oceano* &arimas e suor 

Farin6a do desprezo

Pra sair sem a,rir a porta

Dedico este &ivro 6eos*

a ateus sem Deus ou re&iião*

"ue vaam sem sa,er do "ue sãodos meus ou dos teus%

!teus* desrerados ascetas sem #iura

0ertes so,re inertes campos de outrora

Hora

Eiopias

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Pias e cantes

!ntes do so& nascer 

!ntes de ser so& nas encostas

$ostas viradas ao destino

ino apurado e #aro

!ro empenado e torto

Horto* ,icic&eta piSniS 

:potiniS 

:e determina

Eina o so&o

2ue vai seundo ou seuindo

ndo em dire.ão "ue&e sentido

ido sem ressa&va

:a&va o porvir daurora

Hora em "ue o dia cai

!í* "ue tanta to&ice di%

:em apre.o

! pre.o de ,aran6a

8an6a sem deiKar nada em troca

Cca vazia e espe&6o "ue,rado

rado sem #u&or as novas

Cvas de peiKes #ecundos

Eundos sem apar;ncia

:oprar a #ina poeira

 Na ,eira do cotidiano

!no a ano* assentada

!tada nos cora.9es*

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!.9es e andares*

!res e ostos

ostos un6as p's das pessoas

$on#ronto

Fronteira

Front

Perca

Per capita

$apta

!&ma adentro

+ntro

G&trae

rae

raeto concreto

eto a#eito

Feito determinada

nada

#oice #oi-se

#oi se vai

min6a tia*

mãos de maia

cocada na varanda pão de "ueio na sacada

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mão es"uerda pea o mate

2uando te veo

Deseo o enseo e me enc6o de ti%

Detive dina so, a a&cun6a

! un6a "ue,rada "ue #oste

Hosti& at' em carícias

!caricias meu eo

+oísta "ue sois%

:ois se &evantam do teu corpo

!,sorto revo&vo então

Aárimas* &amentos e sussuros

Grros e ritos primais

Eais do "ue posso

 No osso auentar 

Cs come.9es tem a&o de mítico

 Não necessariamente místico* mas mítico*

!&i cada a.ão parece

 Não "ue em todos os son6os sua imaem me trouKesse sua pessoa%

 Na&uns seu sem,&ante não passa de acessrio* no máimo um #uro* ou uma rusa na

 p&anície da paisaem od son6o* não resiste %%%

 Noutros* por'm* seu o&6ar a se tronar sereno con#orme um sorriso se a,re e um suspiro '

o mais &eítimo cumprimento%

sua presen.a ' tão evidente " não podia deiKar de sentir meu ca&or es"uentar usa pe&e

#ria* seu sa& na min6a &ínua a eri.ar meuspe&os* seu emido #azendo "uimar meu corpo

e min6a a&ma numa #a&ta de ar "ue s seus &á,ios no meu seKo ap&acam* suavizam%

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!cordo e sinto um ca,e&o seu na min6a ,oca* seu c6eiro por todo &uar* de imediato

nada entendo* pois s voc; não está &á%

:aco vazio s costas a rou,ar o vento

uscando um &uar pros son6os oar 

Di&atando o sopro entre o vento e o apaar de ve&a

>Passamos pe&a vida e a vida passa deiKando marcas de tempo e* em tempo* no tempo]

! ti

! tiro de piedra* de ec6o &o sir,ate

rme

! !mo amo* duro e #orte*+ se a vida não me a,ra.a

:eco e duro* &amento a sorte

Da"ue&e(a) "ue nunca veio*

 Nunca o&6ou e nunca viu*

(!correntado prpria morte

 Na esperan.a de aca,ar com o meio)

:em sanue e sem presen.a*

 Nea o enano de #io a pavio%

Ea& sa,e e&e "ue a senten.a*

$omo um tra.o de nada nGm canto de) vaidade vi&%

M Frái& como a sede da"ue&e "ue pensa

 Não passa de (um campo sem centeio

ni"uidade est'ri& na vastidão imensa%

^ra.o de nada* enseo de morte%_

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 No ato e

 No mato mas

 Não mato

Ein6a cara prima*

e,endo toda a sede da #onte* um arrepio #rio es"uenta esse meu país de aora tão

estran6o% :euro da mais rande incerteza* &6e escrevo so,re uma ta& #e&icidade

c&andestina* a&o muito íntimo e "ue ainda não sei% No a&to da montan6a a&can.o a

ri"ueza de nada possuir e me vem o sem,&ante de nossa av e ratidão da mensaem

transmitida%

e,endo toda a sede da #onte* um arrepio #rio es"uenta esse meu país de aora tão

estran6o% :euro da mais rande incerteza* &6e escrevo so,re uma ta& #e&icidade

c&andestina* a&o muito íntimo e "ue ainda não sei% No a&to da montan6a a&can.o a

ri"ueza de nada possuir e me vem o sem,&ante

 

mientras escri,o estoR ausente

R cuando vue&vo Ra 6e partido=

voR a ver si a &as otras entes

&es pasa &o "ue a mí me pasa*

si son tantos como soR Ro*

si se parecen a sí mismos

R cuando &o 6aRa averiuado

voR a aprender tan ,ien &as cosas

"ue para eKp&icar mis pro,&emas

&es 6a,&ar' de eora#ía%

+stimado compan6eiro* escrevo essas &in6as no sustento da ausencia por"ue "uando

vo&tar não sei o "ue encontrarei* se á #omos tantos "uantos os "ue passam de,aiKodessa amendoeira onde um dia um a re,e&de serenamente re&ampiou%

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rans(a)t&ântico transatanto

+screvo essas &in6as no sustento do "ue se esvai como a mão "ue &eva cac6a.a a #&uir 

#ria-"uente como o so& #rio "ue #az ,rotar &oucas #&ores em Gppsa&a%

eio tran