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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
UMA NOVA ABORDAGEM DIDÁTICA PARA O ENSINO SIGNIFICATIVO DOS ELEMENTOS QUÍMICOS PARA ALUNOS DE CIÊNCIAS
Josiane de Oliveira1
Sérgio Paulo Severo de Souza
Diniz2
Resumo:
Segundo as Diretrizes Curriculares a prática pedagógica deve levar a integração dos
conceitos científicos, levando a compreensão e explicação dos fenômenos da
natureza e suas interferências no mundo. Durante estes anos de trabalho
verificamos a dificuldade dos alunos em perceber a importância dos elementos
químicos em sua vida. Este projeto tem como objetivo trabalhar em especial com os
metais pesados presentes em lâmpadas , pilhas e baterias. O primeiro momento foi
de sensibilização e levantamento da problemática através da discussão em grupo a
respeito de algumas fotos pré-selecionadas. No segundo momento foram realizadas
atividades práticas como uma visita ao MUDI (Museu Dinâmico Interdisciplinar) na
Universidade Estadual de Maringá para conhecer os elementos químicos em seu
estado natural , e atividades experimentais realizadas no laboratório da escola. A
participação dos alunos foi ativa em todas as práticas realizadas tanto na parte
experimental quanto no momento de discutir os resultados. O trabalho foi concluído
com a confecção de material para conscientização das demais turmas do colégio.
Palavras Chave : contextualização, elemento químico, metal pesado
1Licenciada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá(UEM) com especialização em Fundamentos e Teorias da Educação pela Universidade Paranaense (UNIPAR)2Doutor em Ciências Biológicas, Pos-Doctor em Bioquímica Fitopatológica, professor Associado ao Departamento de Bioquímica - UEM
1
Abstract:
According to the Curriculum Guidelines the pedagogical practice should lead to
integration of scientific concepts, leading to understanding and explanation of natural
phenomena and their influence in the world. During these years of work we checked
the students' difficulty to realize the importance of the chemical elements in their life.
This project aims to work particularly with the heavy metals present in lamps and
batteries. The first moment was the raising awareness and survey of the problem
through group discussion about some pre-selected pictures. In the second moment
they were performed practical activities as a visit to MUDI (Dynamic Interdisciplinary
Museum ) at the State University of Maringa to know chemical elements in their
natural state, and experimental activities performed in the school laboratory. The
students participation was active in all the practices carried out both at the
experimental part as the moment of discussing the results. The work was completed
with the production of material for awareness of other classes in the school.
Keywords: background; chemical element; heavy metal
2
1 INTRODUÇÃONo presente trabalho temos como objetivo a contextualização de conceitos
químicos tais como elementos químicos e tabela periódica, a partir da problemática
“descarte adequado de pilhas, baterias e lâmpadas fluorescente”.
A prática pedagógica adotada elege como premissa uma abordagem do
ensino Ciência-Tecnologia-Sociedade (CTS) para que a problemática dos metais
pesados seja compreendida de forma a provocar mudanças de hábitos, posturas e
comportamentos tendo em vista a melhoria da qualidade de vida.
O ensino de CTS é caracterizada pela organização conceitual centrada em
temas sociais, desenvolvimento de atitudes de julgamento, por uma concepção de
ciência voltada para o interesse social visando compreender as implicações sociais
do conhecimento científico.
Para isso buscamos sustentação teórica nas palavras de Santos e Schnetzler,
2003 que a inclusão de temas sociais é uma questão central e os problemas
científicos abordados nas aulas devem estar associados às necessidades sociais e
aos processos tecnológicos. A abordagem de temas locais relacionados aos
problemas da vida real é fundamental para tornar a discussão mais próxima
(SANTOS e MORTIMER, 2001).
Na elaboração deste trabalho, buscamos desenvolver atividades práticas
onde os alunos tivessem oportunidade de verificar a presença e a ação dos
elementos químicos no seu cotidiano.
3
1.1 O ENSINO DE CIÊNCIAS O desenvolvimento histórico do conhecimento científico tem implicações no
ensino, bem como os impactos sociais provocados pelo conhecimento e sobretudo
por suas aplicações tecnológicas, quer benéficas, quer nefastas com relação ao
meio ambiente e ao homem ( DELIZOICOV, 1991, pág 27).
A Ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente
construída, que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas,
culturais, éticas e políticas (KNELLER,1980; ANDERY et al.,1998) .
O ensino de Ciências, no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que
se estabeleceram entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado
à educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre
antigas e recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se
originaram nas sociedades contemporâneas, centradas na informação e no
consumo” (MARANDINO, 2005). Na sociedade moderna, a competição tornou-se
valor comum, desenvolvendo uma visão social eminentemente individualista. Nessa
visão, cada um se fecha em seu pequeno mundo e só se interessa por aquilo que
lhe diz respeito diretamente (FERREIRA, 1993).
O homem da sociedade moderna capitalista ausenta-se do mundo,
“Encapsulado em si mesmo, o homem já não se interessa em saber
quem é, de onde veio ou para onde vai. Busca prazer, e não
deveres. Sua vida se reduz a uma aventura psicológica, na qual vive
experiências isoladas não se sente culpado por nada. Vive bem no
mundo das aparências, satisfaz-se com aquilo que o seduz. Flutua
entre ilusão e desilusão, que não chegam a ser uma desgraça, pois
no mundo do descartável tudo se troca. Para ele, não remete ao
conhecer, mas ao seduzir. Que lhe importam a civitas, a lei, o
espaço público, se só se satisfaz individualmente, na própria
intimidade?” (FERREIRA,1993).
Pode-se depreender o significado do “Ensino de Ciência-Tecnologia-
4
Sociedade” (CTS), por meio da sua comparação com o ensino tradicional. Verifica-
se que o ensino de CTS é caracterizado pela organização conceitual centrada em
temas sociais, desenvolvimento de atitudes de julgamento, por uma concepção de
ciência voltada para o interesse social visando compreender as implicações sociais
do conhecimento científico. Por outro lado o ensino clássico é caracterizado pela
organização curricular centrada no conteúdo específico de ciências, com uma
concepção de ciência universal, que possui valor em si mesma e não pelas suas
aplicações sociais.
O ensino de Ciências deve organizar-se numa base humanista,
proporcionando o desenvolvimento de valores sobre a própria Ciência e Tecnologia,
deve debruçar-se sobre temáticas reconhecidas como pertinentes pela sociedade
inciando-se em problemas reais e deve estimular os jovens a pensar sobre Ciência e
Tecnologia do ponto de vista filosófico, cultural e ético.
Nesse contexto o ensino de tabela periódica pode ser utilizado permitindo
sua contextualização. “A contextualização significa a vinculação do ensino com a
vida do aluno, bem como com as suas potencialidades (DEMO apud SANTOS e
SCHNETZLER,2003, pag 31).”
Levando-se em conta as idéias dos alunos e oferecendo-se condições para
que se criem soluções para os problemas colocados é que, de fato, se pode
propiciar a participação deles no processo educacional em direção à construção de
sua cidadania, uma vez que, dessa forma, haverá uma identificação cultural e,
consequentemente, a integração à escola.
5
1.2 A EXPERIMENTAÇÃO NO ENSINO DE CIÊNCIAS
As Diretrizes Curriculares para o ensino de Ciências propõem uma prática
pedagógica que leve à integração dos conceitos científicos e valorize o pluralismo
metodológico. Para isso é necessário superar práticas pedagógicas centradas num
único método e baseadas em aulas de laboratório (KRASILCHIK,1987), que visam
tão somente à comprovação de teorias e leis apresentadas previamente aos
estudantes.
As atividades experimentais devem ser garantidas de maneira a evitar que a
relação teoria-prática seja transformada numa dicotomia. As experiências despertam
em geral um grande interesse nos alunos, além de propiciar uma situação de
investigação.
Considera-se mais conveniente um trabalho experimental que dê margem à
discussão e interpretação de resultados obtidos, com o professor atuando no sentido
de apresentar e desenvolver conceitos, leis e teorias envolvidos na experimentação.
Desta forma o professor será um orientador crítico da aprendizagem, distanciando-
se de uma postura autoritária e dogmática no ensino e possibilitando que os alunos
venham a ter uma visão mais adequada do trabalho em Ciências.
Dada a importância da experimentação nossa proposta consiste em fazer
uso da mesma, como uma das metodologias utilizadas para melhor compreensão
da teoria e o estabelecimento da ponte entre prática-teoria.
1.3 LEGISLAÇÃO
O Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA publicou no Diário Oficial
da União de 22 de julho de 1999 a Resolução nº 257, disciplinando o descarte e o
gerenciamento ambientalmente adequado de pilhas e baterias usadas, no que
tange á coleta , reutilização reciclagem, tratamento ou disposição final. De acordo
esta resolução, a partir de janeiro de 2001 as pilhas deverão ser fabricadas,
6
importadas e comercializadas com no máximo 0,010% de mercúrio, 0,015% de
cádmio e 0,200% de chumbo, informações estas que deverão estar presentes nas
suas embalagens. As pilhas usadas que atenderem a esses limites poderão ser
dispostas, juntamente com os resíduos domiciliares, em aterros sanitários
licenciados. Enquanto os fabricantes dessas pilhas não reduzirem os teores das
substâncias tóxicas contidas nelas até os limites estabelecidos por esta resolução,
os estabelecimentos que comercializam essas pilhas ficam obrigados a aceitar do
usuários a devolução das unidades usadas.
Dentre as pilhas existem as alcalinas (pilha de zinco/dióxido de manganês, o
eletrólito é uma solução aquosa de hidróxido de potássio concentrada contendo uma
quantidade de óxido de zinco, daí a denominação alcalina) e as de Leclanché (pilha
de zinco/dióxido de manganês e o eletrólito é uma pasta formada pela mistura de
cloreto de amônio e cloreto de zinco). Na grande maioria das pilhas comercializadas
o eletrodo consiste de uma liga de zinco contendo pequenas quantidades de
chumbo e cádmio, a fim de se obter propriedades mecânicas adequadas. O principal
problema observado são as reações paralelas, que ocorrem durante o
armazenamento das pilhas (antes de serem usadas) e durante o período em que
permanecem em repouso entre distintas descargas, podendo provocar vazamentos.
Para minimizar a ocorrência de tais reações, a grande maioria dos fabricantes
adiciona pequenas quantidades de sais de mercúrio solúveis ao eletrólito da pilha,
agente tensoativo e quelantes, cromatos e dicromatos também são usados por
alguns fabricantes. Esses aditivos diminuem a taxa de corrosão do zinco metálico e,
consequentemente, o desprendimento de gás hidrogênio no interior da pilha. Com
isso, a pressão interna das pilhas é bastante reduzida, minimizando os vazamentos.
O custo mais elevado das pilhas alcalinas tem reprimido o seu consumo no
Brasil. Atualmente, o seu consumo gira em torno de 30%, enquanto que o das pilhas
de Leclanché está em aproximadamente 70%. Do ponto de vista ambiental, as
pilhas alcalinas representam menor risco, já que não contêm metais tóxicos como
mercúrio, chumbo e cádmio. Devido a isso, há uma tendência mundial em se mudar
para elas, já detectada em outros países como Estados Unidos, Alemanha e
Argentina, onde ocupam cerca de 70% do mercado. (BOCCHI, FERRACIN,
7
BIAGGIO, 2000).
As lâmpadas fluorescentes compactas ou tubulares são tubos selados de
vidro, preenchidos com gás inerte, comumente o argônio e vapor de mercúrio, sob
baixa pressão (rarefeitos). O interior do tubo é revestido com uma poeira fosforosa e
contém dois eletrodos, de tungstênio, níquel, cobre ou ferro, um em cada
extremidade, conectados a um circuito elétrico. (CUNHA et al, 2008).
Para o descarte destes materiais (pilhas, baterias e lâmpadas fluorescente)
utiliza-se o princípio do poluidor-pagador, onde cabe aos revendedores e rede
autorizada de assistência técnica a coleta ou recebimento e envio das unidades
usadas aos fabricantes e importadores para armazenagem, tratamento e destino
final. Grandes usuários industriais e comerciais, onde métodos de normatização e
qualificação são implementados, possuem políticas de gerenciamento de seus
resíduos. Em geral, contratam alguma empresa especializada para recolher e tratar
estes resíduos. Algumas cidades e estados do Brasil têm tomado iniciativa e
estabelecido legislação própria. É o caso da prefeitura de Maringá, que desde o
mês de julho de 2008 vem devolvendo aos seus fornecedores e exigindo que eles
façam a reciclagem de todas as lâmpadas fluorescente- a vapor de mercúrio e de
sódio – que são substituídas em suas instalações públicas. O procedimento, pioneiro
no Paraná, tem como base a lei municipal número 7055/05 e as legislações federal
número 6.938/81 e estadual 12.493/99 que disciplinam a necessidade da correta
destinação final de lâmpadas, pilhas e baterias, obrigando fabricantes a recolherem
os produtos comercializados. A logística reversa envolve toda cadeia produtiva na
busca por uma destinação ambientalmente correta para resíduos, como a
reciclagem ou transformação da matéria -prima em outros produtos. (ILUMINAÇÃO
PÚPLICA- www.maringa.pr.gov.br).
Tendo em vista todos estes aspectos faz-se necessário o educando ter o
conhecimento das funções e problemáticas que envolvem os metais pesados.
8
1.4 METAIS PESADOS
1.4.1CÁDMIO
Fontes de contaminação:
É um metal raro que é facilmente encontrado em ambientes aquáticos e
possui a propriedade de ser insolúvel, por isso se acumula nas gramíneas, em aves,
gado, cavalos e no organismo humano. Está presente em mariscos, ostras e peixes
de água salgada, alguns tipos de chá e na fumaça do cigarro. Outras fontes incluem
soldas, pigmentos (pinturas), ripas galvanizadas, baterias, combustão dos
automóveis, e em alguns suplementos naturais, como: dolomita e medula óssea
(tutano).
Explicação bioquímica:
Esse metal inativa numerosos sistemas enzimáticos, por ligar-se aos grupos
sulfidril das moléculas de proteína.
As doenças causadas pela intoxicação com este metal são :
Enfisema pulmonar;
Hipertensão arterial;
Doenças renais;
Fibrose e edema pulmonar;
Anemia;
Diminuição da testosterona;
Diminuição da produção de anticorpos.
Níveis moderadamente altos de cádmio, entre 4 a 8 ppm, podem causar
hipertensão, ao passo que níveis muito elevados podem causar hipotensão.
9
1.4.2 MERCÚRIO
Fontes de contaminação:
A contaminação pode acontecer pelo lançamento do metal pesado em
ecossistemas aquáticos naturais, o grande problema é que esse metal não pode ser
destruído e é altamente reativo. Uma vez presente como poluente de rios, lagos ou
mares, fica impossível eliminá-lo do meio. A contaminação ocorre através do
descarte incorreto de pilhas, baterias e de telefones celulares, pois o mercúrio está
presente no visor desses aparelhos. As indústrias metalúrgicas, as de tintas e de
plásticos PVC são as grandes responsáveis por acidentes com metais pesados. Os
incineradores de lixo urbano produzem fumaça rica em mercúrio, cádmio e chumbo,
que podem percorrer longas distâncias. O descarte inadequado de lâmpadas
fluorescente libera o mercúrio na forma de vapor, além de contaminar a atmosfera
também atinge o solo e as águas chegando às cadeias alimentares.
Explicação bioquímica:
O mercúrio por não ter função biológica, não existe mecanismo para eliminá-
lo do organismo. O íon Hg(II) inibe enzimas, particularmente aquelas contendo
grupos tióis, -SH. Nas células o mercúrio é um potente desnaturador de proteínas e
inibidor de aminoácidos, interferindo nas funções metabólicas. Ele causa também
sérios danos à membrana celular ao interferir em suas funções e no transporte
através da membrana nos neurotransmissores cerebrais.
As doenças causadas pela intoxicação com este metal são :
Úlcera gastrointestinal
Necrose tubular aguda
10
Valores Patológicos do Mercúrio
Urina de 24 horasDe 0,00 a 0,01mg Não tóxico(acidental)De 0,02 a 0,09 mg Perigo de intoxicaçãoDe 0,010 a 0,80 mg Intoxicação crônicaAcima de 1 mg Intoxicação agudaAcima de 2mg Intoxicação subagudaFonte: Toxicologia Humana e Geral. Dilermando Brito Filho. Segunda edição. Rio de
Janeiro 1988.
Sangue De 0,00 a 0,1 mg/l Não tóxicoAcima de 10mg/l Intoxicação Fonte: Toxicologia Humana e Geral. Dilermando Brito Filho. Segunda edição. Rio de
Janeiro 1988.
11
1.4.2 CHUMBO
Fonte de contaminação:
As emissões do tráfego de automóveis nas áreas urbanas são responsáveis
pelo lançamento de elevadas quantidades de chumbo na atmosfera. Na grande
maioria das pilhas comercializadas, o eletrodo consiste de uma liga de zinco
contendo pequenas quantidades de chumbo e cádmio, a fim de se obter
propriedades mecânicas adequadas para se trabalhar com a liga. Com isso, as
pilhas zinco/dióxido de manganês contêm, em suas composições mercúrio, chumbo
e cádmio e podem representar sérios ricos ao meio ambiente. Da mesma forma o
chumbo entra na composição das lâmpadas fluorescentes.
Explicação bioquímica:
Mesmo em doses relativamente baixas, o chumbo está associado a
alterações no desempenho das enzimas, transferência de energia e outros
processos bioquímicos do corpo humano sendo as crianças especialmente
susceptíveis a doses baixas de chumbo, que frequentemente afetam o seu seu
sistema nervoso central e o normal crescimento.
As doenças causadas pela intoxicação com este metal são :
Doenças cardíacas em homens de meia idade
Osteoporose pós-menopausa
Tendo em vista os prejuízos do saturnismo à saúde humana e suas graves
consequências socioeconômicas, a agência americana EPA (Environmental
Protection Agency) e outras organizações governamentais e não-governamentais
12
estabeleceram limites toleráveis de chumbo no ar (< 1,5 µg/m3), em água potável (<
15 µg/L), em tintas (< 0,06%) e no sangue (<10 µg/dL). Quando o nível plasmático
de chumbo no sangue de um trabalhador ultrapassar 50 µg/dL, recomendam que ele
seja afastado para avaliação médica e tratamento. Sugerem, ainda, que seja
promovida a distribuição de panfletos sobre fontes de contaminação por chumbo e
seus malefícios à saúde em fábricas e escolas e que seja monitorado
periodicamente o nível sanguíneo de chumbo em crianças da escola primária.
Quando a exposição é interrompida, o chumbo acumulado é eliminado
progressivamente pela urina, fezes, suor e pela saliva.</p/>
Dependendo do grau de intoxicação, o tratamento seguirá indicações diferenciadas.
Quando se tratar de impregnação moderada, sem sintomatologia clínica alguma,
bastará retirar o trabalhador de seu posto habitual de trabalho. Quando se tratar de
impregnação elevada ou com transtornos clínicos, pode ser necessária a utilização
de quelantes (edta-Cálcio).
13
1.5 TECNOLOGIA X QUALIDADE DE VIDA Ciência é sinônimo de Tecnologia? Se pensarmos um pouco, podemos dizer
que a ciência surgiu da necessidade humana, ou seja é um produto social e que a
tecnologia está atrelada à ela, e esta por sua vez muda nossos hábitos e costumes e
também nossa dimensão de tempo. A tecnologia promove o “conforto” e “rapidez”
contudo gera resíduos que estão interferindo na nossa qualidade de vida. Cabe a
nós compreendermos melhor os problemas da vida moderna e nos apropriar do
saber científico em busca de soluções.
O conhecimento, pelo contrário exige uma presença curiosa do
sujeito em face do mundo. Requer sua ação transformadora sobre a
realidade. Demanda uma busca constante. Implica em invenção e
em reinvenção. Reclama a reflexão crítica de cada um sobre o ato
mesmo de conhecer, pelo qual se reconhece conhecendo e, ao
reconhecer-se assim, percebe-se o “como” de seu conhecer e os
condicionamentos a que está submetido seu ato (FREIRE, 1983,
apud OBARA, A.T., SILVEIRA et al ).
No livro “Educando a Direita” relata algumas reflexões que são pertinentes
relacioná-las. Para o mundo neoliberal a “liberdade de escolha do consumidor” é a
garantia da democracia. Na verdade, a educação é vista apenas como mais um
produto. Ao transferi-la para o mercado através de planos de financiamento
estudantil e de opção por escolas, a educação vai acabar se auto regulamentando
em sua maior parte. Desse modo, a democracia é transformada em práticas de
consumo. O ideal do cidadão é o ideal do comprador. As consequências ideológicas
dessa posição são graves. Em vez, de democracia ser um conceito político é
transformado num conceito inteiramente econômico.
Segundo Reigota “American way of life” é um estilo de vida que tem no
consumismo a sua razão de ser. Consome-se uma enorme quantidade de produtos
perecíveis, desnecessários, descartáveis, além de recursos naturais não-renováveis
e poluidores como o petróleo e seus derivados.
Todos nós convivemos com um poderoso recurso tecnológico que é a tv, e o
14
que lhe confere este poder? Como ela trabalha com imagens a sua característica é a
fugacidade e rápido consumo.
Vivemos uma época de banalização do cotidiano através do excesso de
imagens estáticas ou em movimento, que pela sua força de penetração e excesso
de exposição conquistam “validade”. A força política, social e cultural dos discursos
visuais tem sido negligenciada pela educação que ainda privilegia a expressão oral e
escrita. No processo educativo as imagens adquirem um papel de material
pedagógico que permite a dialogicidade entre os atores sociais.
Dentro desta perspectiva devemos discutir valores, questioná-los e propor
alternativas, no espaço público da educação, devemos discutir valores
coletivos/sociais.
Lembrando que a reciclagem também provoca algum tipo de impacto
ambiental, que pode ser amenizado na medida em que essa atividade é associada à
redução e reutilização dos resíduos sólidos, portanto o consumo consciente é
fundamental para o desenvolvimento sustentável.
15
2 METODOLOGIA
O projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Alberto Jackson Byington
Júnior de Maringá com os alunos da oitava série do período vespertino, a turma era
formada por vinte alunos, e as atividades foram desenvolvidas no período de aula,
todas as terça-feiras, de modo que todos os alunos tivessem a oportunidade de
participação. Sendo de natureza qualitativa, interessa-nos investigar a dimensão
epistêmica, como a abordagem de conceitos químicos inserida em uma perspectiva
CTS aproximou o conhecimento científico do contexto real dos alunos, e na
dimensão pedagógica em que medida as intervenções desenvolvidas pela
professora promoveram interações sociais na sala de aula.
Para facilitar o trabalho pedagógico as atividades foram divididas em oficinas.
Inicialmente a turma foi dividida em cinco grupos que trabalharam durante todo o
processo juntos.
Oficina Nº1
A primeira oficina consistia na observação de várias imagens de aparelhos
eletrônicos, celulares e lâmpadas fluorescente, através da TV multimídia, para
posterior discussão sobre a relação entre as imagens, ciência, tecnologia e a
qualidade de vida, as conclusões do grupo foram registradas em relatórios.
Oficina Nº 2
Na oficina dois os grupos fizeram o plantio de sementes de feijão sendo, que
cada grupo montou uma bateria com sete frascos contendo cinco sementes . Nesta
bateria foi avaliada as variáveis luz, água, solução de íons metálicos e temperatura.
O acompanhamento foi realizado durante quinze dias, e os resultados anotados
diariamente. Com os dados obtidos foi realizada uma discussão. O roteiro utilizado
segue abaixo.
16
Título : A importância do descarte adequado de pilhas.
Objetivo : Demonstrar como as pilhas podem prejudicar os vegetais.
Material Sementes de feijão.
Algodão.
Sete recipientes para colocar as sementes, pires ou placas de petri.
Água .
Solução de íons metálicos (preparar com antecedência , deixar em repouso
5 pilhas em 500 ml de água por pelo menos 15 dias ).
Etiquetas.
Procedimentos1.Numerar os recipientes com as etiquetas.
2.Colocar um chumaço de algodão e cinco sementes de feijão em cada
recipiente.
Experimento 13.Umedecer o algodão dos recipientes 1 e 2.
4.Colocar o recipiente 1 em ambiente iluminado e o 2 em local escuro
( dentro de uma caixa ou coberto com papel-alumínio, por exemplo).
Experimento 2
5.Umedecer o algodão do recipiente 3 com água, umedecer o algodão do
recipiente 4 com a solução de íons metálicos e manter o recipiente 5 sem
água.
17
Experimento 3
6.Umedecer o algodão dos recipientes 6 e 7.
7.Colocar o recipiente 6 dentro da geladeira e manter o recipiente 7 à
temperatura ambiente.
8.Observar as sementes diariamente e anotar quais germinaram. Umedecer
os recipientes 1, 2, 3, 4, 6 e 7 em dias alternados para evitar que o algodão
seque.
Resultadosa)Anotar diariamente na tabela abaixo quantas sementes germinaram em
cada recipiente.
Di
a 1
Dia
2
Dia
3
Dia
4
Dia
5
Dia
6
Dia
7
Dia
8
Dia
9
Dia
10
Dia
11
Dia
12
Dia
13
Dia
14
Dia
15Frasc
o1Frasc
o 2Frasc
o 3Frasc
o 4Frasc
o 5Frasc
o 6Frasc
o 7
b) Qual variável foi testada em cada experimento ?
c) Os feijões mantidos em local claro germinaram ? E os mantidos em local
escuro ? A luz exerce influência sobre a germinação ? Como ?
18
d) Os feijões mantidos na geladeira germinaram ? Qual a influência que a
temperatura exerce sobre a germinação ?
e) Os feijões regados com a solução de íons metálicos germinaram ? Qual
a influência que a solução exerce sobre a germinação ?
f) Quais fatores são indispensáveis à germinação ?
g) Que diferenças existem entre as plantas que germinaram em local
iluminado e em local
escuro ? O que aconteceria se as plantas fossem mantidas por muito tempo
no escuro ?
Imagem: Arquivo pessoal/Josiane de Oliveira
(a) (b)
Figura 1 . Efeito da luz na germinação das sementes de feijão:(a) presença de luz;
(b) ausência de luz.
Através dos resultados obtidos foi possível verificar que a luz não é um fator
determinante durante o processo de germinação.
19
Imagem:Aquivo pessoal/Josiane de Oliveira
(a) (b) (c)
Figura 2. Efeito da água na germinação das sementes de feijão:(a) presença de
água; (b) solução de metais pesados; (c)ausência de água.
Como podemos observar pela figura 2 que a água é fundamental para a
germinação; porém se ela estiver contaminada (metais pesados) a germinação até
ocorre porém o desenvolvimento da planta é prejudicado.
Imagem: Arquivo pessoal/Josiane de Oliveira
Figura 3. O fator temperatura também foi investigado, os resultados obtidos
demonstraram que a temperatura é determinante pois a 0°C a semente não
germina, porém à temperatura ambiente (18 a 25°C) a germinação ocorre.
Oficina Nº3
Na sequência os grupos foram orientados a fazer uma pesquisa na internet,
sobre diferentes temas. O grupo número um fez a pesquisa sobre o “funcionamento
das lâmpadas”, grupo dois “biorremediação”, grupo três “funcionamento de pilhas e
baterias”, o quatro “substâncias tóxicas presente nas pilhas, baterias e lâmpadas
fluorescente”, e o cinco sobre “a lei nº 7055/05 do município de Maringá”.
Cada grupo elaborou uma apresentação utilizando como recurso tecnológico
a TV pen-drive de forma a mostrar os resultados obtidos da pesquisa realizada pelo
grupo.
Nesta etapa foi possível confrontar várias questões, como a presença de
20
elementos químicos que constituem as pilhas, baterias e lâmpadas promovendo a
interação e discussão do tema entre os grupos.
Oficina Nº 4
Foi realizada uma visita ao Museu Dinâmico Interdisciplinar da Universidade
de Maringá. Os alunos tiveram a oportunidade de visitar várias áreas do
conhecimento como física, matemática, anatomia, botânica, química onde
conheceram a tabela periódica com os elementos “in natura”, como também alguns
experimentos levando em conta a química do corpo humano.
Oficina Nº 5
A atividade seguinte consistia na prática de identificação dos elementos
químicos pelo teste da chama, que foi realizado com as seguintes substâncias:
cloreto de sódio, cloreto de potássio, cloreto de bário, óxido de cobre, cloreto de
cálcio.
Título : Identificação dos elementos químicos pelo teste da chama.
A origem das cores, geradas pela presença de metais, nas chamas está na
estrutura eletrônica dos átomos. Com a energia liberada na combustão, os elétrons
externos dos átomos de metais são promovidos a estados excitados e, ao
retornarem ao seu estado eletrônico inicial, liberam a energia excedente na forma
de luz. A cor da luz emitida depende da estrutura eletrônica do átomo. A chama
adquire a cor que caracteriza o elemento metálico presente na amostra. Assim a cor
verde é obtida a partir da queima de sais de cobre e de bário, o amarelo pelo uso do
sódio, etc.
Objetivo : Observar a cor da chama associada à presença de elementos
químicos metálicos presentes em sais.
21
Materiais : -cloreto de sódio (NaCl)
-cloreto de cálcio (CaCl2)
-cloreto de potássio (KCl)
-cloreto de bário (BaCl)
-óxido de cobre (CuO)
-álcool
-7 cadinhos
Procedimento :Colocar uma pequena porção de álcool no cadinho em seguida ascender
com o fósforo e rapidamente jogar sobre a chama uma pequena porção do reagente,
e observar a coloração da chama. Proceder da mesma forma com cada uma das
substâncias.
AMOSTRA COR DA CHAMA ELEMENTO METÁLICOCloreto de sódioCloreto de potássioCloreto de bárioÓxido de cobre Cloreto de cálcio
Com os dados obtidos na tabela formule sua conclusão.
A partir da prática os alunos comprovaram o que haviam estudado na
teoria, que quando uma solução contém um sal de metal e fica exposto à chama,
formam-se vapores que contém átomos de metais no estado gasoso. O calor vai
excitar os elétrons, fazendo-os passar para níveis de maior energia e que ao
voltarem ao estado estacionário emitem radiações características desse metal.
Muitos alunos conseguiram associar este conhecimento com os fogos de
artifício.
22
Oficina Nº 6
Como próxima prática foi montada uma pilha elétrica de batatas na qual
estava acoplada uma calculadora, que funcionava a medida que o circuito estava
fechado.
Título : Pilha elétrica de batatas
Objetivos : Construir uma pilha elétrica capaz de fazer um dispositivo
eletrônico funcionar.
Materiais : -2 batatas grandes ( as batatas podem ser substituídas por limão, laranja,
abacaxi)
-2 placas de cobre e 2 de zinco, cada uma com 1cm x 3cm e com dois
furos
-5 pedaços de fio de cobre fino com cerca de 20cm cada
-1 lixa de unha
-Esponja de aço (de lavar louça)
-Calculadora
Procedimentos :1-Limpe muito bem as placas de cobre e de zinco com a esponja de aço.
Se possível, utilize um pouco de sabão com pó abrasivo; depois lave com água
corrente. As placas devem ficar brilhantes.
2-Tire o verniz das extremidades do fio de cobre (aproximadamente 2 cm)
com a lixa.
3-Conecte a placa de zinco à de cobre utilizando um dos pedaços do fio de
cobre e insira as placas em uma das batatas.
4-Faça o mesmo com as outras duas placas, inserindo-as na outra batata.
5-Conecte os dois conjuntos, ligando com um fio de cobre a placa de zinco
de uma batata com a placa de cobre da outra batata.
6-Prenda as extremidades dos fios de cobre restantes, um na placa de
cobre de uma batata, o outro, na placa de zinco da outra batata. Essas placas são
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os terminais da pilha.
7-Ligue os terminais da pilha numa calculadora e faça algumas operações.
Atividades :1)Quando ligada ao circuito que você montou, a calculadora funciona ?
Teste fazendo alguns cálculos.
2)A calculadora continua funcionando caso se retire uma das batatas ? Por
quê ?
3)Proponha uma explicação para o fato de a montagem que você fez
produzir energia elétrica.
4)Elabore uma hipótese do que pode acontecer caso se aumente o número
de batatas.
Imagem: Arquivo pessoal/Josiane de Oliveira
Figura 4. Podemos observar a pilha de batata montada pelos alunos, na qual
verificou-se a ocorrência de corrente elétrica permitindo o funcionamento da
calculadora.
Os alunos ficaram bastante interessados, realizaram algumas operações
para ver se a calculadora realmente estava funcionando, e surpresos ao perceber
que a corrente passa no interior de células .
Oficina Nº 7
A prática desenvolvida foi o reconhecimento da desnaturação de proteínas
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através do calor, alteração do pH e metal pesado.
Cada uma das atividades práticas encerravam com relatórios que traçavam
os resultados e suas respectivas conclusões.
Título : Desnaturação de proteínas
Proteínas são moléculas formadas pela união de aminoácidos, por meio de
ligações peptídicas. São constituídas por carbono, oxigênio, nitrogênio e hidrogênio,
podendo ou não apresentar enxofre. Possuem dobramentos que conferem a elas
formas tridimensionais : estruturas secundárias, terciárias e quartenárias. A forma da
proteína determina a sua função. Assim, uma alteração estrutural poderá ser capaz
de provocar deficiências em seu funcionamento. Na hemoglobina, por exemplo, a
substituição de glutamato por valina, por meio de mutações , causa no indivíduo
uma doença denominada anemia falciforme. Agentes físicos e químicos podem
acarretar no que chamamos de desnaturação. Esta consiste no rompimento das
ligações peptídicas e/ou perda das estruturas secundárias e terciárias, podendo ser
reversíveis ou não, já que provoca um re-arranjo da proteína. Esta, desnaturada,
apresenta-se insolúvel em água e se precipita em soluções. Para exemplificar a
desnaturação protéica, podem ser feitos experimentos nos quais determinada
proteína é exposta a diferentes condições. Para tal, utilizaremos a albumina,
presente na clara de ovo.
Materiais : -4 tubos de ensaio de vidro;
-Albumina (ou clara de ovo);
-Pinça de madeira;
-Fonte de calor , como bico de bunsen ou lamparinas;
-Solução de TCA (ácido tricloroacético) a 10%;
-Acetato de chumbo;
-Água destilada
Procedimentos :1-Adicionar 2ml de albumina em cada um dos tubos; aproximar o tubo 1 da
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fonte de calor, utilizando a pinça de madeira para proteger as mãos da alta
temperatura; anotar os resultados.
2-Adicionar :
-30 gotas de vinagre no tubo 2;
-1 ml de solução de TCA ao tubo 3;
-3 gotas de acetato de chumbo ao tubo 4.
Anotar os resultados.
Atividades :1-Como podemos detectar a presença de proteína na clara do ovo ?
2-O que ocorreu com a albumina, em cada uma das situações ?
3-O que caracterizou a desnaturação desta proteína ?
4-Em todos os casos , a desnaturação foi irreversível ? Explique.
5-Como os perigos de uma febre alta podem ser relacionados ao que foi
visto neste experimento ?
Nesta atividade foi possível observar a desnaturação da proteína em
diferentes situações, os alunos perceberam que o acetato de chumbo altera a
proteína de forma mais efetiva devido a presença do chumbo mesmo utilizando uma
quantidade muito menor que os outros reagentes.
Oficina Nº8
Para o fechamento das atividades, os grupos foram orientados a produzir
cartazes para divulgar as informações trabalhadas durante o desenvolvimento do
projeto. Momento no qual os alunos desenvolveram o espírito coletivo.
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3 CONCLUSÃO
Aplicação deste projeto junto aos alunos da oitava série do ensino
Fundamental da Rede Pública do Paraná permitiu o desenvolvimento de uma
linguagem científica dentro de uma abordagem CTS(Ciência-Tecnologia-Sociedade).
Durante as pesquisas, os experimentos de caráter investigativo, a visita ao
museu e as discussões realizadas foi possível observar que os estudantes sentem-
se motivados e interessados a ser parte integrante do processo de ensino-
aprendizagem, o que permitiu o enriquecimento das aulas.
No decorrer das apresentações das pesquisas realizadas pelos grupos ficou
evidente a facilidade que eles apresentam em trabalhar com as novas tecnologias, e
esta atividade possibilitou o desenvolvimento da oralidade dos alunos, apenas um
aluno se negou a participar.
Mas esta negação deixou claro a grande dificuldade que este aluno
apresentava tanto na leitura, interpretação quanto na expressão da mesma.
A aplicação do projeto só foi possível devido ao número reduzidos de alunos e
as condições de disponibilidade que o Programa de Desenvolvimento Educacional-
PDE proporcionou.
Devemos mencionar também que foi um momento de aprendizado para nós
professores que implementamos o projeto e que durante este período aplicamos a
produção pedagógica e agora encerramos com o artigo.
Todos os passos desenvolvidos durante o programa levou a um crescimento
profissional necessário ao educador.
Diante de todo o trabalho desenvolvido esperamos uma mudança de postura
frente ao descarte adequado das pilhas, baterias e lâmpadas fluorescente; tendo em
vista uma melhor qualidade de vida.
Embora nosso objetivo tenha sido parcialmente atingido, pois não
encontramos parceiros para recolher o material(pilhas...), a idéia inicial era fazermos
uma grande campanha envolvendo todas as turmas do colégio todo.
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9- REFERÊNCIAS
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BOCCHI, N.; FERRACIN, L.C.; BIAGGIO, S.R. Pilhas e Baterias: Funcionamento e Impacto Ambiental. Química Nova na Escola, 2000, 11, 3-9.______Cádmio. Disponível em : www.http://alertaparacatu.bogspot.com , acessoem
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