D. Amélia

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  • 7/31/2019 D. Amlia

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    Reinado: 1829 - 1831

    Imperatriz consorte do Brasil (2 ESPOSA DE D. PEDRO I)

    Princesa de Leuchtenberg - Duquesa de Bragana

    Nascimento: 31 de julho de 1812 - Milo

    Morte: 26 de janeiro de 1876 (63 anos) Lisboa, Portugal

    Filhos: Maria Amlia de Bragana

    D. Amlia era muito bela, alta, bem proporcionada, com um rosto delicado e cabelos alourados. OMarqus de Resende, enviado para averiguar a formosura da jovem, escreveu ao imperador

    cobrindo-a de elogios e dizendo que ela tinha "um ar de corpo como o que o pintor Correggio deu

    nos seus quadros Rainha de Sab".

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    Era, tambm, muito culta e sensvel. Uma notcia do London Times na poca afirmou que ela erauma das princesas mais bem educadas e preparadas da Europa. Ao confirmar-se o casamento,

    Dom Pedro instituiu, como prova de boas intenes, a Ordem da Rosa, cujo lema

    "Amor e Fidelidade".

    A me da noiva previu as dificuldades pelas quais sua filha passaria, e providenciou que ela fossebem preparada. Alm de um bom dote e enxoval, deu-lhe muitos conselhos, recomendando que

    demonstrasse seus sentimentos e deixasse de lado a timidez para no desestimular o marido, quefosse amorosa com os enteados e, sobretudo, que se mantivesse fiel, como imperatriz, aos

    interesses brasileiros. Alm disso, incumbiu o cientista Carl Friedrich Von Martius de, durante suaviagem, instru-la sobre a nao que governaria, e a Condessa de Itapagipe, de introduzi-la noconhecimento da personalidade do seu esposo, da lngua portuguesa e dos costumes da corte

    brasileira costumes da corte brasileira.

    (Abaixo, pulseira de cabelos)

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    Amlia de Leuchtenberg chegou ao Rio de Janeiro em 15 de outubro de 1829, na fragata Imperatriz.Diz a tradio que ao saber que o navio se aproximava, Dom Pedro embarcou em um rebocador

    para encontr-lo fora da barra, e ao ver sua esposa no convs, desfaleceu de emoo.

    Pouco depois do primeiro encontro do casal, os filhos do primeiro casamento de Dom Pedroconheceram sua madrasta ainda no navio que a trouxera, para almoarem todos juntos.

    No dia seguinte, ao meio-dia, sob uma forte chuva, Amlia desembarcou, sendo recebida com uma

    solene procisso. Em seguida dirigiu-se, com seu esposo, Capela Imperial para receberem asbenos nupciais.

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    - A carruagem (acervo do Museu Imperial em Petrpolis) que transportou a imperatriz do Arsenalde Marinha at a Capela Imperial no dia de seu desembarque. Chovia muito e uma das mulas que

    puxava a Imperatriz empacou no caminho. Mesmo assim, todo o trajeto estava enfeitado, forradode areia e flores e havia uma multido acompanhando o cortejo.

    A beleza da imperatriz deslumbrou a todos, realada por um longo vestido branco e um manto

    bordado em prata, segundo a moda francesa. Depois da cerimnia houve uma celebrao pblicacom fogos de artifcio, e a corte foi servida com um grande banquete de Estado.

    Em janeiro de 1830 ocorreu a apresentao formal da nova Imperatriz corte, com um baile em quetodas as damas se vestiram com a cor rosa, a preferida pela Imperatriz. Somente no dia seguinte aobaile, o casal iniciou sua lua-de-mel, passando seis semanas na fazenda do padre Correa, na Serra

    da Estrela, local onde futuramente se ergueria a cidade de Petrpolis.

    Ao instalar-se no palcio de So Cristvo, percebendo a falta de protocolo que reinava, Amliaimps corte como lngua oficial o francs e o cerimonial de uma corte europeia. Procurou

    atualizar a moda e a culinria, redecorou o palcio e renovou os servios de mesa e pratarias,tentando refinar os costumes. Em parte teve sucesso, e a elegncia da imperatriz, sempre

    impecavelmente vestida, se tornou famosa no estrangeiro.

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    Seu relacionamento com seus enteados foi, segundo relatos, muito positivo. Tendo cativadoimediatamente o afeto do marido, sua bela aparncia, seu bom senso e sua gentileza no trato

    conseguiram o mesmo das crianas. Dedicou-se a assegurar que recebessem uma boa educao etivessem um bom ambiente familiar. Um viajante francs registrou pouco aps o casamento que"parece que a imperatriz continua a exercer sua influncia sobre as crianas de Dom Pedro. Os

    felizes resultados j so aparentes, j fez considerveis reformas no palcio, e a ordem comea areinar; a educao das princesas supervisionada e dirigida pela imperatriz pessoalmente", o

    mesmo cuidado recebendo o herdeiro do trono, o pequeno Pedro de Alcntara; prova-o o fato de queele em breve passou a cham-la de "mame".

    Tambm foi importante sua presena para resgatar a popularidade de seu marido e anim-lo emum momento difcil do novo Imprio, mas o entusiasmo gerado pelo casamento entre a populaodurou pouco. Jos Bonifcio aconselhou-a no sentido de que fizesse o marido se reconciliar com o

    povo, mas nada adiantou. A precariedade da situao econmica e a turbulncia polticaprecipitaram uma crise incontornvel e em 7 de abril de 1831 Dom Pedro abdicou, deixando o trono

    para seu filho Pedro de Alcntara.

    Dona Amlia seguiu com Dom Pedro, agora com o ttulo de Duques de Bragana, de navio para a

    Europa. Encontrava-se grvida de trs meses.

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    D. Amelia e sua filha, Maria Amlia, a Princesa-Flor

    Dona Amlia sempre manifestou carinho a D. Pedro II, e at sua morte manteve correspondncia

    com ele, tentando instru-lo e apoi-lo. Sobrevivem cerca de seiscentas cartas que trocaram. DomPedro II retribuiria a gentileza solicitando sua ajuda para casar suas prprias filhas e visitando-a

    em Lisboa em 1871.

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