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PROJETO AVES CAIPIRAS EM SÃO JOSÉ DE UBÁ JOSÉ HENRIQUE CARVALHO MORAES MÉDICO-VETERINÁRIO CRMV 5/1995 GERENTE DE PEQUENOS E MÉDIOS ANIMAIS DA EMATER-RIO

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  • PROJETO AVES CAIPIRAS EM SO JOS DE UB

    JOS HENRIQUE CARVALHO MORAES

    MDICO-VETERINRIO CRMV 5/1995

    GERENTE DE PEQUENOS E MDIOS ANIMAIS DA EMATER-RIO

  • INTRODUO

    A CRIAO DE GALINHAS NO BRASIL comeou ainda no perodo de Pedro Alvares Cabral

    onde as naus portuguesas trouxeram os primeiros exemplares de raas puras. Como as aves eram criadas soltas denominou-se o nome de galinhas caipiras que tem origem no tupi guarani. Com os cruzamentos genticos e a formao de altas linhagens produtivas estas aves desapareceram. Surgiram os superfrangos que em 45 dias atingem quase 3 kg comendo menos de 2,5 kg de rao/kg de carne produzida. Consequentemente a melhor produtividade gerou uma baixa resistncia. Passou-se ento a colocar antibioticos, coccidiastticos, vitaminas e uma srie de substncias preventivas nas raes avcolas para que elas suportassem o stress do confinamento. O produto carne de frango que era considerado altamente saudvel como diziam as propagandas da poca tornou-se at perigoso pela carga de produtos qumicos que vinham (e ainda vm) impregnados na carne e nos ovos. O frango salvou o Plano Real j que a alta produtividade fez a carne de frango chegar a R$ 1,00/kg ao consumidor. O Brasil ainda um dos maiores exportadores de carne de frango do mundo. No entanto vrios consumidores tm saudade do gosto do frango caipira e do ovo caipira. Aquela carne mais amarelada e aqueles ovos avermelhados caracteristicos de animais da roa. Comearam a surgir ento criaes de frangos a larga onde os produtores vendiam carne e ovos desses animais a esses consumidores que procuravam esse tipo de produto. Como so animais menos produtivos do que as galinhas brancas de alta linhagem o produto chega um pouco mais caro ao consumidor, preo a pagar por um produto mais natural e de melhor qualidade. As Empresas de pesquisa ( dentre elas a Embrapa ) comearam a se interessar por esse nicho de mercado e passaram a fazer cruzamentos especficos para criar linhagens resistentes e produtivas a fim de serem criadas nesse tipo de criao. A Avicultura basicamente a criao de aves de forma tecnificada incluindo a criao de: galinhas, codornas, faises, gansos, marrecos, patos, avestruzes, emas etc... Cada espcie tem uma tecnologia apropriada para a criao e mesmo na criao de galinhas temos dois tipos de tecnologias: a criao confinada super-intensiva com galinhas brancas de alta linhagem e a criao extensiva e semi-extensivas das galinhas ditas caipiras. Apesar das diferenas entre os sistemas de criao, as aves industriais e caipiras possuem a mesma origem e a mesma classificao.

    PORTANTO A AVICULTURA CAIPIRA :

    A criao de Galinhas de boa produtividade no modelo caipira

    utilizando modernas tcnicas de avicultura e biossegurana.

    CAPTULO 1 ESCOLHA DAS AVES

    Nesse modelo de criao no iremos utilizar as nossas galinhas caipiras comuns que ciscam em

    nosso terreiro. Essas aves so de baixa produtividade fornecendo no mximo entre 60 a 80 ovos

    por ano e, alm disso, entram em choco ficando quase 28 dias sem por ovos enquanto chocam

    os pintinhos.

    Utilizaremos LINHAGENS CAIPIRAS MELHORADAS que so aves criadas especialmente para

    esse fim: So aves produtivas ( colocam de 180 a 280 ovos/ano dependendo da alimentao ) e

    no entram em choco produzido ovos continuamente.

    Essas aves no so produzidas para realizarem reproduo pois NO TRANSMITEM AOS

    PINTINHOS A SUA CAPACIDADE PRODUTIVA. Isso , um pinto nascido de uma LINHAGEM

    DE CAIPIRA MELHORADA no ter a mesma capacidade produtiva de seus pais. Elas no

    recebem dos seus pais os gens da produtividade por assim dizer. Portanto no devemos cruzar

  • essas aves pois a qualidade reprodutiva dos pintos que nascem muito ruim ( so aves de

    duplos hbridos fechados ). OBS: Muitas linhagens parecem puras fenotipicamente mas no so.

    As aves de linhagem melhorada mais criadas so:

    EMBRAPA 51 LABEL ROUGE IZA BROWN

    Ao contrrio das Linhagens, as RAAS PURAS conseguem repassar seus gens produtivos aos

    seus pintinhos, mas so menos produtivas e para se criar pintos na propriedade so necessrios

    vrios equipamentos, ter aves s para a reproduo, chocadeiras etc... fazendo com que os

    custos e a mo-de-obra fiquem altos compensando mais adquirir novos pintos de linhagens aps

    as aves decrescerem do seu perodo de produo ( utilizando os recursos da venda das aves que

    saram do perodo de produo para abate para adquirir novo lote de pintos ). Hoje difcil

    conseguir achar fornecedores de raas puras. As raas puras mais conhecidas so:

    Plymonth R. Barrado Rhodes New Hamphsire Orphyngton

    RESUMINDO LINHAGENS MELHORADAS:

    VANTAGENS:

    Produo e Produtividade melhores e maior converso alimentar.

    Compra de aves com 21 dias evitando ter que adquirir equipamentos adequados.

    No entram em choco

    DESVANTAGENS:

    Reproduzem mas no repassam o material gentico de produtividade a prole.

    H necessidade de se adquirir aves cada vez que os animais saem do perodo de

    produo.

    RAAS PURAS:

    VANTAGEM:

    Podem se reproduzir repassando qualidades genticas de produtividade.

    DESVANTAGENS:

    Produo mais baixa em relao as linhagens.

    Para criar pintos necessrio equipamentos e vacinas adequadas.

    Entram e choco se os ovos no forem tirados a tempo.

  • PODEREMOS ADQUIRIR ENTO: 1-) Pintos com 1 dia de vida.

    2-) Aves entre 21 a 28 dias de vida.

    3-) Aves adultas entrando em produo.

    PINTOS DE 1 DIAS:

    VANTAGENS: Fceis de adquirir e de transportar; custo menor.

    DESVANTAGENS: Aqui a Mortalidade mais alta; Necessidade de equipamento

    prprio.

    AVES COM 21 DIAS:

    VANTAGENS: No precisam dos equipamentos adicionais; J esto em idade de

    pastejo.

    DESVANTAGENS: Achar fornecedor, preo e transporte.

    AVES EM INCIO DE POSTURA

    VANTAGENS: Baixa mortalidade e entram logo na rao de postura.

    DESVANTAGENS: Transporte e Preo.

    RESUMINDO O PRIMEIRO CAPTULO

    1-) Ao adquirir aves procurar saber se so raas ou linhagens.

    2-) Adquirir SEMPRE de firmas idneas que do garantia dos animais principalmente em falhas

    vacinais.

    3-) Procurar saber ( pela Internet por exemplo ) as caractersticas das aves adquiridas.

    4-) Observar a idade que chegaram os animais para fazer um calendrio de vacinaes para o

    produtor.

    5-) Observar a uniformidade do lote adquirido; Os lotes desuniformes podem significar animais de

    descarte.

    6-) No deixar o produtor colocar as aves no galpo sem antes realizar, limpeza, desinfeco e

    vazio sanitrio.

    CAPTULO 2 GALPES E PASTAGENS NOS SUB-PROJETOS DO PROGRAMA

    RIO RURAL

    NDICES ZOOTCNICOS PARA GALPES

    1-) P DIREITO ( Altura ) : 3 metros em lugar frio e 3,5 metros em local quente.

    2-) ESPAAMENTO DENTRO DO GALPO: 6 AVES/M em lugar frio e 5 AVES/M em lugar

    quente.

    3-) MURADO de 60 cm de altura em volta do galpo.

    4-) TELA de 2 cm de espaamento entre arames at a altura das telhas.

    5-) CHO cimentado com caimento de 2% para a porta.

    6-) PASSAGEM de 30 cm X 30 cm para acesso das aves ao pasto e Porta para acesso dentro do

    galpo.

  • PASSAGEM PARA AVES

    ( Acesso a rea de pasto )

    NDICES ZOOTCNICOS PARA REA DE PASTO.

    1-) ESPAAMENTO: 3 a 7 m por aves. muito varivel. O importante que as aves cisquem

    com conforto. O IDEAL cercar um pomar e deix-las ciscar nessa regio.

    2-) ALTURA DA CERCA: 1,80 a 2 metros com espaamento de 8 a 10 cm entre arames.

    3-) NO DEVE HAVER nenhum lago, crrego ou poa dentro da rea de pasto. gua s nos

    bebedouros.

    4-) TELA de 2 cm de espaamento entre arames ( pode-se utilizar bambus ).

    5-) REA CIMENTADA ( 2,5 m X 2,5 M ) para colocao de sub-produtos e posterior limpeza.

    Dar preferncia sempre em cercar pomares para utilizar como rea para as aves ciscarem

    pois nesses locais elas encontraro sombra, frutas e insetos para a sua alimentao

    complemetar.

  • CAPTULO 3 EQUIPAMENTOS

    UTILIZAR ESSES NO UTILIZAR ESSE Comedouro automtico para jovens e adultos ( no utilizar comedouros lineares pois desperdiam

    muita rao ). Os comedouros automticos possuem uma beirada interna voltada para dentro a

    fim de que com a ciscagem das aves a rao no caia no cho.

    Bebedouros com bia ( ligados na caixa dgua ) ou comuns.

    Cmpanula para aquecimento de pintos ou caixa com lmpada ( se no houver caixa utilizar uma

    banheira de alumnio invertida com um lmpada de 100 w dentro imitando uma campnula para

    aquecer os pintinhos at o 21 dia.

  • Cortinas: FUNDAMENTAIS para o controle da temperatura interna do galpo e para evitar ventos

    dominantes diretamente na criao. Colocar um bambu em cima e um embaixo e enrolar a cortina

    para cima ou para baixo de acordo com a temperatura. Pode-se fazer a cortina costurando sacos

    de rao como visto na segunda figura.

    NINHOS: O padro ideal de 40 cm X 40 cm X 40 cm como a 1 foto, mas existem vrios tipos

    de ninhos para serem utilizados incluindo caixas de frutas como na 3 foto. Pode-se colocar

    poleiros na frente dos ninhos para que as aves tenham acesso aos que esto mais altos.

    CAPTULO 4 ARRAOAMENTO ( ALIMENTANDO AS AVES CAIPIRAS )

    ARRAOAR: a arte de alimentar os animais de modo que eles cresam, produzam e se

    reproduzam sem desperdcio. .a rao chamada de comercial ( balanceada ou concentrada ) o

    maior custo da criao, portanto deve-se evitar o mximo desperdcio utilizando equipamentos e

    manejos corretos.

    RAO COMERCIAL DE POSTURA:

    INICIAL: PARA PINTOS AT 21 DIAS.

  • CRESCIMENTO OU RECRIA: PARA FRANGOS AT COLOCAREM OS PRIMEIROS

    OVOS.

    POSTURA: PARA AVES EM POSTURA AT A QUEDA DE MENOS DE 30% DA

    PRODUO.

    RAO COMERCIAL PARA ENGORDA:

    INICIAL: PARA PINTOS AT 21 DIAS.

    ENGORDA: PARA AVES AT 90 DIAS QUANDO VO PARA O ABATE.

    ALIMENTAO ALTERNATIVA:

    PRODUTOS DA PRPRIA PROPRIEDADE PARA AUXILIAR NA ALIMENTAO DAS

    AVES.

    CUIDADOS COM A RAO:

    1-) A rao deve ser adquirida de firmas idneas observando no saco a data de validade, a

    procedncia; conferir se a quantidade de protenas a pedida e verificar se o saco est aberto,

    semi-aberto ou mido ( nessas hipteses no adquirir a rao ).

    2-) NO compre raes vendidas no comrcio em sacos abertos. So meios de cultura e

    possuem alto nvel de bactrias e fungos podendo causar mortalidade nos seus animais. S

    adquira raes em sacos fechados pois alm da contaminao, essas raes perdem a qualidade

    com o ar e a umidade. Voc paga uma coisa e leva outra.

    3-) Armazenar as raes em locais secos, em estrados de madeira a 10 cm do solo, colocar os

    sacos a 20 cm das paredes e a 20 cm entre um lote e outro. Observar no saco o limite de

    empilhamento dos sacos para no estragar a rao do saco debaixo. O ideal adquirir bambonas

    e colocar a rao dentro onde ficam protergidas de predadores, ar e umidade. Retira s a

    quantidade necessria e tampar a bambona novamente. No caso de sacos, abrir, retirar a

    quantidade necessria e fechar o saco amarrando a boca.

    SUBIR O COMEDOURO DE ACORDO COM A ALTURA DA AVES PARA EVITAR PERDA DE

    RAO:

  • FAZER O MESMO COM OS BEBEDOUROS:

    ALIMENTAO ALTERNATIVA:

    so sub-produtos gerados pela propriedade do produtor. produtos que esto fora do

    padro para vender e materiais que tm pouco valor comercial mas grande valor nutritivo

    para as aves

    As aves caipiras tm diversas alternativas alimentares; Destacamos aqui algumas das principais alternativas:

    1-) Caule de tronco de bananeira cortado ao meio transversalmente. Alm de

    alimentar as aves, o tanino auxilia no combate aos vermes.

    2-) Cana-de-Aucar cortada ao meio. Prenda-a na cerca e deixe as aves bicarem o

    miolo at acabar. Excelente como energtico para elas.

    3-) Frutas em geral destacando-se: Acerola, Goiaba, Carambola, Amora, Melancia,

    Citrus em geral ( cortadas ao meio ), Jambo, Jaboticaba, Jamelo etc...

    4-) Legumes em geral destacando-se: Abbora, Beterraba, Aipim, Batata Doce,

    Inhame etc...

    5-) Verduras em geral destacando-se: Couve, Taiba, Repolho, Bertalha, Brcolis

    etc... ( evitar alface pois deixa as aves mais sonolentas e elas assim se alimentam

    menos ).

    6-) Plantas Medicinais destacando-se: Confrei, Boldo, Broto de Goiaba, Guaco,

    Hortel, Capim-limo etc...

  • 7-) O urucum ou colorau muito bom para alimentar as aves e fazer com que a

    gema do ovos fique mais avermelhada caracterizando os ovos caipiras. No utilizar

    mais de 50 gramas/Kg de rao para no interferir no sabor dos ovos.

    8-) Forrageiras em geral destacando-se: Os Capins Elefantes ( Cameroun, Napier,

    Taiwan, Guatemala etc.. ), As Brachirias ( Decumbens, Humidcola, Mutica,

    Brachiaro ), O Capim Estrela Africana, O Coast-Cross e O Tifton. Lembrar que as

    aves no so ruminantes e no desdobram a celulose como os boi, cabras,

    carneiros etc... Utilizam dos capins muitas fibras e algumas poucas vitaminas e sais

    minerais do pouco que conseguem digerir.

    A administrao de alimentos alternativo deve ser no pasto prximo ao galpo ( jogando

    no cho ou num cimentado feito dentro da rea de pasto. O importante no deixar restos

    de subprodutos para o outro dia. Ao final do dia recolha o que sobrou e tire do cercado

    pois esse alimento est fermentado e prejudicar os animais.

    LEMBREM-SE:

    Aves so ONVORAS ( come de quase tudo ) mas no so RUMINANTES, portanto no

    desdobram celulose. O aproveitamento alimentar de capins por parte das aves baixo.

    PORTANTO NO RECOMENDAMOS GASTAR RECURSOS PARA FORMAR PASTO PARA

    AS AVES seja de Tifton ou coast-cross pois so sementes caras e com alta exigncia

    nutricional. O trabalho de arar, gradear, adubar, plantar e manejar esses capins para

    animais que no desdobram celulose deve ser avaliado.

    CAPTULO 5

    CARACTERSTICAS DOS OVOS CAIPIRAS.

    nem todas as aves que colocam ovos brancos so comerciais e nem aves que colocam ovos

    avermelhados ou azuis so caipiras. a caracterstica do ovo caipira est na gema avermelhada:

    GEMA DE OVO CAIPIRA GEMA DE OVO INDUSTRIAL

    nem sempre aves comerciais colocam ovos brancos e nem sempre aves caipiras colocam ovos

    vermelhos.

    mas aves criadas no sistema caipira colocam gemas avermelhadas e aves criadas no sistema

    comercial intensivo colocam gemas amareladas.mas dando betacaroteno ( encontrado nas

  • frutas, cereais, legumes e algumas folhagens ) para aves que colocam ovos brancos elas daro

    uma gema avermelhada e aves caipiras que no recebem betacaroteno poro ovos com gemas

    amareladas

    CAPTULO 6 MANEJO DE PINTOS

    1-) Ao chegar examine cada um deles.

    2-) Coloque aucar na gua de beber nos bebedouros ( 1 colher de sopa/litro de gua ).

    3-) Coloque um poli-vitamnico nessa mesma gua tipo um VITA-GOLD ( 2ml/litro de gua ).

    3 -) Molhe o bico de alguns para que aprendam a tomar gua.

    4-) Coloquem um pouco de rao no cho para eles se acostumarem a comer. Dois dias

    depois passe a colocar somente nos cochos infantis.

    5-) Coloque-os sobre a campnula.

    REGULAR A CAMPNULA:

    MUITO FRIO: Ficam todos debaixo da campnula ( baixar mais a campnula ).

    MUITO CALOR: Ficam todos fora da campnula ( subir a campnula ).

    TODOS DE UM MESMO LADO: Existe corrente de ar do outro. Feche o local.

    CORRETO: Todos os pintos ocupando todos os espaos.

    - aps 21 a 26 dias deve-se tirar o crculo de proteo e deixar a saida para o pasto aberta ( a

    abertura de 30 cm x 30 cm ), mas no lev-los l fora: deixar que eles mesmos aos poucos saiam

    para o pasto sem stress.

    CAPTULO 7 PRODUO DE OVOS

    as aves comeam a colocar ovos a partir de 140 a 160 dias de vida e levam em torno de 365

    dias colocando ovos de forma produtiva com mdia de 260 a 280 ovos/ave/ano. aves em torno de

    1 ano e 6 meses de idade j devem ser descartadas para corte. a produo de acordo com a

    qualidade da ave e a alimentao fornecida.

  • ESCALONAMENTO DE PRODUO DE OVOS

    Para termos produo contnua devemos ter 3 galpes e povoarmos cada um de 20 em 20

    semanas pois enquanto um est recebendo os pintos, outro est em plena produo e o outro

    em final de produo ( tempo de incio de postura + vazio sanitrio ).

    VAZIO SANITRIO: o perodo em que o galpo fica vazio aps sua limpeza e desinfeco at

    se ocupado por outro lote de animais ( em torno de 8 a 10 dias ).

    ESCALONAMENTO DE PRODUO COM 3 GALPES PARA MANTER A PRODUO DE

    OVOS DE FORMA CONSTANTE PARA NO PERDER CLIENTELA.

    Lembrar que aves que saem da postura deve ser separadas do lote pois so atacadas

    pelas outras

  • CAPTULO 8

    LEGALIZAO DO PRODUTO PARA VENDA EM

    SUPERMERCADOS, PROGRAMA MAIS ALIMENTOS E MERENDA

    ESCOLA

    S.I.M = Servio de Inspeo Municipal ( Venda somente dentro do

    Municpio ).

    S.I.E = Servio de Inspeo Estadual ( Venda somente dentro do

    Estado ).

    S.I.F = Servio de InspeoFederal ( Venda no Pas e para

    Exportao ).

    OBJETIVO: Utilizao das Boas Prticas de Produo e Higiene a fim de que o produto chegue ao

    consumidor em condies adequadas de consumo.

    O Beneficiamento consiste na manipulao do produto em local adequado numa rotina de

    manejo, higienizao e embalagem do produto com fiscalizao municipal, estadual ou

    federal de acordo com o rgo que regularizou a unidade.

  • PARA S.I.E ESTADUAL

    Procurar no horto municipal de niteri o servio de inspeo sanitria e preencher um

    requerimento solicitando a visita de um tcnico ( informa se o s.i.e normal ou se via

    programa prosperar ).

    Anexar uma planta baixa do que se pretende construir ( pode ser a planta baixa mostrada

    nessa apostila procurar o escritrio local da emater-rio ).

    Aps visita e aprovao do tcnico do s.i.e do projeto:

    enviar memorial descritivo da obra e memorial descritivo do manejo do produto dentro da

    unidade ( incluindo chegada, beneficiamento, classificao, embalagem e a sada do

    produto ).

    Assinatura do mdico-veterinrio responsvel pela unidade.

    Modelo do rtulo a ser utilizado.

    DOCUMENTOS:

    Alvar da Prefeitura Municipal.

    Boletim de Ocupao e Certificado de Inspeo Sanitria da Secretaria Municipal de

    Sade.

    Contrato de Sociedade ou inscrio na junta comercial.

    Inscrio Estadual e CNPJ.

    Documento do rgo ambiental aprovando o tratamento.

    Planta Baixa assinada por Engenheiro ou Arquiteto com CREA.

    Memorial Descritivo do Projeto assinado por Veterinrio.

    Exames da gua microbiolgico e fsico-qumico.

    Termo de Concordncia ( modelo no S.I.E ).

    Processo de Registro do Produto.

    DARJ da Vistoria inicial, final, registro do estabelecimento e dos produtos.

    RTULO: DECRETO ESTADUAL n 38.757/2006

    RTULO PARA O PROGRAMA PROSPERAR: Utilizar a Portaria SDS n 04/2003 e

    06/2004.

    O RTULO DEVE SER APROVADO PELO S.I.E

    CAPTULO 9 DOENAS E PREVENO.

    NAS AVES A PREVENO FUNDAMENTAL POIS O DIAGNSTICO E OS TRATAMENTOS

    SO MUITO DIFCEIS.

  • VACINAO:

    1-) CONTRA A DOENA DE MAREK: realizada no incubatrio ou no pinto com 1 dia ( uma s

    dose protege por toda a vida ). Doena de baixa mortalidade e baixa morbidade ( passa pouco

    para outras aves ). Existe uma paralisia do nervo vago fazendo com que as aves tenham muita

    dificuldade de engolir. Com a dificuldade de se alimentar, outras doenas secundrias atacam as

    aves. A ave vai emagrecendo at a morte. A vacina no encontrada no mercado pois existe

    dificuldade na sua conservao e s vendida em embalagens de 1000 doses para cima. Ao

    comprar pintos de um dia de firmas idneas, eles j devem vir vacinados contra essa doena.

    2-) CONTRA NEW CASTLE: Doena de alta mortalidade e alta morbidade ( passa muito rpido

    para outras aves ). O RJ livre da New Castle COM VACINAO. O pinto adquirido de firma

    idnea j vem vacinado com a 1 dose que feita nos olhos ou narinas ( 1 a 2 gotas ). Caso o

    pinto nasa na propriedade o criador deve vacinar os pintos com 1 a 2 gotas nos olhos ou

    narinas. A 2 vacinao deve ser realizada aos 35 dia de vida da ave ( reforo ) na gua de

    beber ( vide bula da vacina ) do bebedouro. Essa gua no pode estar clorada ou com algum

    desinfetante. Repetir na gua de beber aos 120 dia, aos 260 dia e 360 dias de vida. uma

    doena muito perigosa que acaba com toda a criao em poucos dias.

    3-) BOUBA AVIRIA: Tambm chamada de PIPOCA por aparecerem caroos na regio

    principalmente da face. Ela tambm ataca o sistema respiratrio ( dando secrees ) e o sistema

    digestivo ( dando diarrias ). de difcil controle depois de instalada. endmica no nosso

    Estado e devemos vacinar os animais para no sermos surpreendidos. uma doena que mata

    muita aves no nosso Estado. O pinto adquirido de firma idnea j vem vacinado com a 1 dose. O

    criador deve repetir a dose aos 56 dias de vida da ave. A vacinao intra-drmica na

    membrana da asa exatamente como se vacina o ser humano contra varola ( com um alfinete

    molhando a ponta do olfinete na vacina e picando a membrana da asa.

    VERMIFUGAES: Para eliminar os vermes aplicar vermfugo a base de PIPERAZINA ou

    MEBENDAZOLE de 4 em 4 meses na rao ou na gua.

    New-Castle no olho New-Castle na gua Bouba na membrana da asa.

    LIMPEZA E DESINFECO E VAZIO SANITRIO APS A SADA DE

    CADA LOTE:

    1-) LAVAR AS INSTALAES COM GUA RASPANDO O CHO, TELA E CORTINAS.

  • 2-) DESINFECTAR TUDO COM GUA CLORADA OU QUATERNRIOS DE AMNIO OU

    AINDA COMPOSTOS A BASE DE IODO.

    3-) FAZER UM VAZIO SANITRIO DE NO MNIMO 10 DIAS.

    4-) COLOCAR NOVO LOTE NO GALPO.

    5-) NO MISTURAR LOTES NO MESMO GALPO POIS AS AVES QUE ESTO NO GALPO

    ATACARO AS QUE RECM-CHEGARAM ( A ORDEM DO BICO ).

    A HIGIENE DOS AMBIENTES ONDE AS AVES FICAM E O CONTROLE DE VETORES

    DENTRO DO GALPO FUNDAMENTAL

    PARA UM BOM PROGRAMA DE PRVENSO SANITRIA NA AVICULTURA. NO SE DEVE

    ESQUECER DAS REGRAS DE BIOSEGURANA E BIOSSECURICADE REPASSADAS NOS

    CURSOS DE ENFRENTAMENTO DAS GRIPES AVIRIOA E SUNA.