CURSO: AGROTXICOS O CONTROLE DE SADE DOS TRABALHADORES
EXPOSTOS
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PROGRAMA A- INTRODUO Definio Histrico Agrotxicos ou Praguicidas
ou Pesticidas ou Defensivos Agrcolas so substncias qumicas
utilizadas para prevenir, combater ou controlar uma praga. Pela
definio citada, incluem-se nas pragas: insetos, carrapatos,
aracndeos, roedores, fungos, bactrias, ervas daninhas ou qualquer
outra forma de vida animal ou vegetal danosa a sade e ao bem estar
do homem, a lavoura, a pecuria e seus produtos e a outras matrias
primas alimentares. Incluem-se ainda os agentes desfolhantes, os
dessecantes e as substncias reguladoras do crescimento
vegetal.
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Excluem-se: vacinas, medicamentos, antibiticos de uso humano e
veterinrio e os agentes usados para o controle biolgico das pragas
De acordo com Decreto 4.074 de 4 de janeiro de 2002 que regulamenta
a lei 7802/1989 DECRETO N 4.074, DE 4 DE JANEIRO DE 2002DECRETO N
4.074, DE 4 DE JANEIRO DE 2002 Regulamenta a Lei n o 7.802, de 11
de julho de 1989, que dispe sobre a pesquisa, a experimenta o, a
produ o, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a
comercializa o, a propaganda comercial, a utiliza o, a importa o, a
exporta o, o destino final dos res duos e embalagens, o registro, a
classifica o, o controle, a inspe o e a fiscaliza o de agrot xicos,
seus componentes e afins, e d outras providncias.
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Os defensivos agrcolas ou agrotxicos, so produtos e agentes de
processos fsicos, qumicos ou biolgicos, destinados ao uso nos
setores de produo, no armazenamento e beneficiamento de produtos
agrcolas, nas pastagens, na proteo de florestas, nativas ou
plantadas, e de outros ecossistemas e de ambientes urbanos, hdricos
e industriais, cuja finalidade seja alterar a composio da fauna ou
da flora, a fim de preserva-las da ao danosa de seres vivos
considerados nocivos, bem como as substncias de produtos empregados
como desfolhantes, dessecantes, estimuladores e inibidores do
crescimento
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Histrico: uso do enxofre como acaricida e fungicida no ano 1000
c. arsnio branco : usado na Idade Mdia sulfato de cobre e nicotina
so usados como pesticidas desde o sculo XVIII piretro sculo XIX,
rotenona usada pelos ndios para pesca - Zeidler em 1874 sintetiza o
DDT( Dicloro Difenil Tricloroetano), sendo que Muller em 1939
descobre suas propriedades inseticidas
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- Faraday em 1825 sintetiza o BHC (Hexaclorociclo-hexano HCH ou
BHC), sendo que suas propriedades inseticidas so descobertas entre
1933 e 1942 por pesquisadores americanos, franceses e ingleses - Em
1942 Scharader sintetiza o primeiro organofosforado denominado
Shradan para fins de gs de guerra e aps a guerra inicia-se seu uso
como agrotxico OMPA
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Organoclorados foram largamente utilizados na agricultura nas 2
dcadas aps a II Guerra Mundial e tambm nos programas de combate a
vetores transmissores de endemias como malria e doena de chagas,
inseticidas que se acumulam no meio ambiente e nos sistemas
biolgicos. B. USO DO AGROTXICO NO BRASIL Polmica - Agrotxicos X
Defensivos Agrcolas - Riscos ao Meio Ambiente e ao Homem X Risco do
Comprometimento de Safras Agrcolas - Ecologistas e defensores do
meio ambiente X indstrias produtora
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Transformao da Agricultura Brasileira nos ltimos 30 anos
Tecnificao da Indstria Agrcola Agro- Negcio Insumos modernos da
prtica agrcola: Adubos Fertilizantes Agrotxicos Transgnicos
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Brasil utilizou na safra 1970/71 cerca de 27 mil toneladas de
agrotxicos e j na safra de 1980 passa a usar cerca de 81 mil
toneladas, colocando o pas entre os grandes consumidores de
agrotxico no mundo Brasil representa hoje um mercado de 2,3 bilhes
de dlares em uso de agrotxicos. Estmulos a elevao do consumo: Dcada
de 70 programas nacionais de desenvolvimento, entre eles o de
defensivos agrcolas
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Implantao de fbricas para produo nacional de agrotxicos Impulso
a monoculturas agrcolas ex. pr- lcool em 1975 Brasil um pas de
clima favorvel a desenvolvimento de pragas agrcolas com temperatura
elevada e umidade importantes Produtos onde so mais intensamente
utilizados os agrotxicos so os de produtos de exportao
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Publicao de Panorama Brasil de setembro de 2003 indica que a
safra de gros do pas atingir 120 milhes de toneladas e a estimativa
da indstria de produtos para a defesa agrcola atinja vendas de
cerca de 2,3 bilhes de dlares. Uso por Regio e Cultura Agrcola
Regies de maior consumo de agrotxicos: Sudeste, Sul e Centro-Oeste,
sendo o Estado de So Paulo um dos grandes consumidores com cerca de
36% de inseticida e 59% de fungicidas comercializados no pas.
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Consumo de defensivos agrcolas no Brasil em 1984 (toneladas)
por regio: Regio Inseticidas Fungicidas Herbicidas Total % Norte
310 57 234 601 0.48 Nordeste 5.294 1.306 2.723 9.323 7.52 Sudeste
7.192 1.577 2.404 11.173 9.0 Centro Oeste 3.060 271 2.670 3.736 3.0
M. Grosso do Sul 2.556 379 2.833 5.768 5.0 So Paulo 21.439 13.723
9.255 44.387 36.0 Paran 6.232 4.259 10.565 25.541 21.0 S. C. e R.
G. do Sul 8.847 1.613 11.902 22.362 18.0 Total Brasil 59.415 23.185
42.556 125.156 100.0 FONTE: ANDEF, 1984.
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Em relao aos tipos de culturas agrcolas onde so mais utilizados
os agrotxicos esto : 38% para a soja, 11,5% para cana de acar e 9%
para algodo. Consumo de defensivos agrcolas em kg ia/ha para as
principais culturas no Brasil e variao percentual na rea cultivada.
Grupo/Defensivo Agrcola/Cultura Consumo Variao Variao/Percentual
Kg. I.a/ha Percentual rea Cultivada HERBICIDA 1984 1990 Consumo
Soja 0,86 0,58 - 32,5 21,87 Cana 1,48 1,44 - 2,7 16,82 Milho 0,11
0,36 227,2 - 5,23 Arroz 0,56 0,83 48,2 - 26,20
So produtos que tiveram grande expanso de reas cultivadas e
passaram por processo de tecnificao agrcola intensa com mecanizao
dos processos de plantio, colheita e aplicao de insumos (adubos
fertilizantes agrotxicos) Atualmente o Brasil se encontra em 10 o.
lugar mundial no consumo de agrotxicos com mdia de utilizao de 3,2
quilos por hectare, sendo a Holanda a primeira com 17,5 quilos por
hectare(fonte SINDAG)
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Com aumento do consumo interno houve aumento da importao de
produtos, assim no primeiro semestre de 2003 houve importao de 38
mil toneladas desses produtos, 49% a mais que no mesmo perodo de
2002. Entre janeiro a outubro de 2003 foram importados cerca de 78
mil tons de produtos, sendo 46 mil de Herbicidas, 12 mil de
fungicidas, 16 mil de inseticidas e 2 mil de acaricidas e cerca de
500 toneladas de outros produtos. Em relao aos tipos de produtos
utilizados o maior aumento ficou por conta dos herbicidas com
aumento de 88% nas importaes.
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Assim empresas produtoras observando o aumento de mercado lanam
produtos novos destinados principalmente as 2 grandes culturas de
exportao : soja e cana de acar. Gazeta Mercantil de 03 de setembro
de 2003 informa que empresa produtora de defensivos elege o Brasil
como prioritrio no mercado de defensivos. Apresentam como meta
lanamento de 2 a 3 produtos novos ao ano.
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Produtores de agrotxicos querem desburocratizar a concesso de
Registro Especial Temporrio RET emitido pelo Ministrio da
Agricultura para realizao de pesquisas no pas. Hoje para esse
registro necessria a avaliao da ANVISA, do IBAMA e aps do MAPA(
MINIST. AGRIC, PECURIA E ABASTECIMENTO) Gazeta Mercantil de
16-12-2003: A supersafra e os defensivos:
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Soja: face mais vis vel do xito do agroneg cio no Brasil, sendo
nos primeiros 10 meses de 2003 vendas no mercado externo atingiram
7 bilhes de d lares e no geral o agroneg cio confirma sua posi o de
peso no mercado, tendo a balan a agropecu ria registrado saldo
recorde de pr ximo aos 30 bilhes de d lares, desempenho superior em
20% em rela o a 2002.
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Projees indicam que o Brasil dever tornar- se o maior
exportador de soja do mundo, ultrapassando os EUA. Com isso a
indstria de defensivos tende a ganhar mais flego, estimando-se
participao de 2,3 bilhes de dlares em 2003, nmeros que sinalizam
que o mercado de insumos acompanha a evoluo do agronegcio. Assim
empresas do setor projetam avanos na produo e diversificao de
produtos, com investimentos nas linhas de produo dos pesticidas.
Alm da soja, cana e algodo, outros importantes produtos que
utilizam os agrotxicos esto o milho e os citrus.
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Notcia da Gazeta Mercantil de 29-01-04 indica o investimento de
empresas do setor no agronegcio brasileiro, com inaugurao de grande
centro de produo destinado a rea agrcola. Ainda Gazeta Mercantil de
17-03-2004 indica que o Agronegcio dever garantir saldo positivo na
balana comercial do pas.
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Conforme informaes de associao das indstrias produtoras as
previses para 2004 so de vendas de defensivos-agrotxicos da ordem
de 2,5 bilhes de dlares, com investimentos no setor de cerca de 390
milhes de dlares, pesquisa e desenvolvimento com aplicaes de cerca
de 45 milhes de dlares e exportao em torno de 300 milhes de dlares
e gerando cerca de 7000 empregos diretos no setor.
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C. PRINCIPAIS GRUPOS DE AGROTXICOS UTILIZADOS Segundo o SINGAG
Sindicato Nacional da Indstria de Produtos para Defesa Agrcola em
relao aos defensivos agrcolas em linha de comercializao por
ingredientes ativos em 2002 haviam: Total 278 - 100% Herbicidas :
81 - 29% Fungicidas : 72 - 26% Inseticidas : 79 - 28% Acaricidas :
16 6% Outros : 30 - 11%
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Ainda segundo o SINDAG, em relao a defensivos agrcolas em linha
de comercializao por classes toxicolgicas (marcas
comerciais/formulaes) em 2003 haviam: Total : 600 100% Classe I :
114 - 19% Classe II : 155 26% Classe III : 192 32% Classe IV : 139
23%
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1. Inseticidas: a - Organoclorados Ex. DDT, BHC, Aldrin,
Heptacloro, etc... b - Organofosforados Ex. Dissulfoton, Malation,
Paration, etc... c - Carbamatos Ex. Aldicarb, Carbaril, etc... d -
Piretrides Ex. Permetrina, Deltametrina, etc... e - Fumigantes Ex.
brometo de metila, fosfina
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2. Fungicidas : a - Compostos Inorgnicos de Cobre (oxicloreto
de cobre) b - Mercuriais Orgnicos (aretan tilex) c - Dimetil-ditio
Carbamatos (ferban ziran) d - Derivados da Tiouria (tiofanato) e -
Compostos Fenlicos dinitrofenis(dinozeb DNOC) Clorofenis
(pentaclorofenol) f - Fumigantes (brometo de metila) g - Compostos
orgnicos de estanho(brestan duter) h - Etileno-bis-ditio carbamatos
(maneb mancozeb) i - Outros grupos qumicos (captan difolatan leo
mineral)
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3. Herbicidas: a - Arsenicais Inorgnicos (arsenito de sdio) b -
Carbamatos (clorprofan) c - Compostos Fenlicos (dinitrofenis e
clorofenis) d - Derivados do cido Fenoxiaceticos(2,4-D e 2,4,5-T) e
- Triazinas (ametrina simazina) f - Triazlios (amino triazol)
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g - Derivados da Anilina (trifluralina nitralina) h -
Dipiridlios (diquat paraquat) i - Tiol carbamatos (bentio carbe,
butilato) j - Derivados da uria ( carbutilato diuron) k - Agentes
desfolhantes ( DEF Merfs folex)
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4. Raticidas: a - de uso restrito (fluoracticos, fosfatos
metlicos, cianeto de clcio e brometo de metila) b - produtos de
venda ao pblico: norbormida cila vermelha e anticoagulantes
(cumarnicos e indandiona).
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D. CLASSIFICAO TOXICOLGICA Toxidades Classe 1 A: Extremamente
txico. Algumas gotas podem matar uma pessoa. DL 50 oral (mg/Kg)
< 5 Classe 1 B: Altamente txico. Algumas gotas a uma colher de
ch podem matar uma pessoa. DL 50 oral (mg/Kg) 5 - 50 Classe 2:
Regularmente txico. Uma colher de ch a duas colheres de sopa podem
matar. DL 50 oral (mg/Kg) 50-500
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Classe 3: Pouco txico. H necessidade de duas colheres de sopa a
dois copos para serem letais a uma pessoa. DL 50 oral (mg/Kg) 500-
5000 Classe 4: Muito pouco txicos. H necessidade de dois copos a um
litro para serem letais. DL 50 oral (mg/Kg) > 5000
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A classe toxicolgica das substncias qumicas tambm deve ser
observada conforme normalizao vigente. Ela vem em forma de faixas
coloridas na embalagem e sempre bom advertir que, mesmo sendo um
pouco txico, ela continua sendo uma substncia venenosa de qualquer
maneira ( Veja o quadro abaixo da classe toxicolgica das substncias
qumicas ). CLASSE TOXICOLGICA COR DA FAIXA I ESTREMAMENTE TXICO
VERMELHA II ALTAMENTE TXICO AMARELA III TOXIDADE MDIA AZUL IV POUCO
TXICO VERDE
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Tipos de intoxicao causadas pelos agrotxicos Aguda - onde os
sintomas surgem rapidamente, algumas horas aps a exposio excessiva,
por curto perodo, a produtos altamente txicos. Podem ocorrer de
forma branda, moderada ou grave, dependendo da quantidade do veneno
absorvido. Os sinais e sintomas so ntidos e objetivos. Subaguda -
ocasionada por exposio moderada ou pequena a produtos altamente
txicos ou medianamente txicos. Tem aparecimento mais lento e os
principais sintomas so subjetivos e vagos, tais como dor de cabea,
fraqueza, mal- estar, dor de estmago e sonolncia.
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Crnica - caracteriza-se por ser de surgimento tardio, aps meses
ou anos de exposio pequena ou moderada a produtos txicos ou a
mltiplos produtos, acarretando danos irreversveis como paralisias e
neoplasias. Tempo de desativao do agrotxico DDT: 4 a 30 anos
Aldrin: 1 a 6 anos Heptacloro: 3 a 5 anos Lindano: 3 a 10 anos
Clordano: 3 a 5 anos
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Classificao de alguns agrotxicos em relao a toxicidade aguda:
Organoclorado: Pouco txico medianamente altamente Dodocacloro BHC
aldrin DDT dieldrin Organofosforados: Pouco txico medianamente
altamente Bromofs diclorvs paration fention dissulfoton
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Carbamatos: Pouco txico medianamente altamente Carbaril
ropoxur(baygon) carbofuran(furadan) aldicarb(temik) Piretrides:
Pouco txico medianamente altamente Permetrina aletrina
deltametrina
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Acaricidas : pouco txico medianamente altamente omite dicofol
dinocap Fungicidas: Pouco txico medianamente altamente Sais de
cobre tiran compostos mercuriais Herbicidas : Pouco txico
medianamente altamente Ametrina bentiocarb arsenito de sdio
Simazina 2,4-D e 2,4,5-T paraquat
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Raticidas: Pouco txico medianamente altamente Cila vermelha
cumafeno cianogs Norbormida pindona fluoracetato Na Sulfato de tlio
E - QUADRO CLNICO E ALGUMAS INFORMAES SOBRE O USO DOS PRINCIPAIS
GRUPOS DE AGROTXICOS UTILIZADOS NO BRASIL Quadro Clnico Diagnstico
Tratamento de alguns grupos de Agrotxicos Informaes sobre uso
restrio do uso principais grupos de Agrotxicos
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ORGANOCLORADOS: Usos do produto: Inseticida e acaricida Vias de
absoro usual: oral, respiratria e drmica ATUAM SOBRE A MEMBRANA
NEURONAL,AXONAL,PRINCIPALMENTE,LENTI FICANDO O FECHAMENTO DOS
CANAIS DE SDIO INTERFEREM NO METABOLISMO DE
SEROTONINA,NORADRENALINA E ACETILCOLINA DE MANEIRA AINDA NO
ESCLARECIDA
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aspectos toxicolgicos : ao sobre o sistema nervoso central em
casos agudos. Estimulante das enzimas microssomias hepticas em
casos crnicos Armazenamento em tecidos adiposos e venenos altamente
cumulativos. ORGANOCLORADOS QUADRO CLNICO CONVULSES SO AS
MANIFESTAES MAIS IMPORTANTES INSUFICINCIA RESPIRATRIA FRAQUEZA
MUSCULAR, AGITAO, MIOCLONIAS, PARESTESIAS, CONFUSO MENTAL
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Cefalia persistente, contraes musculares, tremores, convulses.
Parestesias ( lngua, lbio, face e mos), perturbaes no equilbrio.
Perda do apetite, mal-estar geral. Hepatomegalia, leses hepticas e
renais. Pneumonite qumica. ORGANOCLORADOS: EXAME LABORATORIAL E
TRATAMENTO NO VIVEL A DOSAGEM SRICA, RADIOGRAFIA DO ABDOME REVELA
MATERIAL RADIOPACO TRATAMENTO: COLESTIRAMINA MAIS EFICIENTE DO QUE
O CARVO ATIVADO TRATAMENTO DAS CONVULSES COMO SE FAZ
HABITUALMENTE
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dosagem poderia ser feita por cromatografia como exame
rotineiro haveriam dificuldades obteno do exame custos DIAGN STICO
LABORATORIAL Doseamento do teor no sangue por cromatografia de fase
gasosa TRATAMENTOS Tratamento sintomtico. Nos casos de excitao
neurolgica, Diazepnicos e fenitona. Antibi ticos e costicoster ides
nas paneumonites qu micas.
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Algumas informaes sobre os produtos organoclorados grande
persistncia no meio ambiente armazenam-se por toda a vida no
organismo vivo em tecido adiposo devido sua lipossolibilidade
planeta foi inundado por DDT e BHC tanto na agricultura como em
campanhas de sade pblica no mundo inteiro como estratgia de combate
e erradicao de grandes endemias como a malria e particularmente no
Brasil Doena de Chagas j em 1948 estudos constatavam presena de DDT
em tecido adiposo humano
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DDT e BHC encontram-se amplamente distribudos pelo meio
ambiente e podem ser encontrados freqentemente como contaminantes
de alimentos questes ambientais como a magnificao alimentar,
transferncia do txico atravs de vrios elos da cadeia alimentar leis
que impuseram restrio a uso desses produtos no pas portaria 329 de
02-09-85, tendo o mesmo ocorrido no Estado de So Paulo com lei 4002
de 05-01-84
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estudo clnico epidemiolgico em trabalhadores de campanhas de
sade pblica expostos cronicamente aos inseticidas organoclorados
evidenciou no exame citogentico freqncias aumentadas de certos
tipos de aberraes cromossmicas estruturais no grupo exposto em
relao ao controle ORGANOFOSFORADOS CARBAMATOS: Usos: inseticidas e
acaridas Vias de absoro: oral, respiratria e drmica. Aspectos
toxicolgicos: inibidores da colinesterase.
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ORGANOFOSFORADOS INIBIDORES IRREVERSVEIS DA ACETILCOLINESTERASE
ACMULO DE ACETIL COLINA ESTIMULAO MUSCARNINICA ESTIMULAO NICOTNICA
ESTIMULAO DO S.N.C.
ORGANOFOSFORADOS-EXAME LABORATORIAL E TRATAMENTO EXAME: DOSAGEM
DE ACETILCOLINESTERASE QUE EST DIMINUDA. TRATAMENTO: ATROPINA EM
DOSE VARIVEL POR TEMPO INDETERMINADO, RETIRADA LENTA, GRADUAL.
PRALIDOXIMA EM DOSE FIXA POR 3 DIAS EM MDIA. Medicaes contra
indicadas: morfnicos, aminofilina e tranquilizantes
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CARBAMATOS INIBIDORES REVERSVEIS DA ACETILCOLINESTERASE ACMULO
DE ACETILCOLINA ESTIMULAO MUSCARNICA ESTIMULAO NICOTNICA ESTIMULAO
DO S.N.C. DA MESMA FORMA QUE OS ORGANOFOSFORADOS
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CARBAMATOS QUADRO CLNICO AS MESMAS MANIFESTAES CLNICAS DA
INTOXICAO POR ORGANOFOSFORADOS, PORM QUADRO CLNICO DE MENOR DURAO,
RARAMENTE ULTRAPASSANDO 3 DIAS. EMBORA DE CURTA DURAO AS INTOXICAES
PODEM SER TO GRAVES QUANTO AQUELAS DO ORGANOFOSFORADOS
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CARBAMATOS-EXAME LABORATORIAL E TRATAMENTO EXAME: DOSAGEM DE
ACETILCOLINESTERASE QUE EST DIMINUDA TRATAMENTO: ATROPINA EM DOSE
VARIVEL POR TEMPO INDETERMINADO, RETIRADA LENTA GRADUAL. NO USAR
PRALIDOXIMA
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Alguns dados sobre Organofosforados e Carbamatos: Grupos de
inseticidas muito utilizados Causam graves intoxicaes agudas, sendo
os inseticidas que maior nmero de bitos causam devido a
intoxicao
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Trabalhos mostram que trabalhadores rurais expostos a estes
inseticidas apresentam atividade enzimtica de acetil colinesterase
rebaixada Ex.: Trabalho rural e fatores de risco associados ao
regime de uso de agrotxicos em Minas Gerais, Brasil. W. Soares I ;
R. Moritz V. R. Almeida II ; S. Moro II Centro de Desenvolvimento e
Planejamento Regional, Universidade Federal de Minas Gerais. II
Programa de Engenharia Biomdica, Instituto Alberto Luiz Coimbra de
Ps-Graduao e Pesquisa de Engenharia, Universidade Federal do Rio de
Janeiro. C. P. 68510, Cidade Universitria, Rio de Janeiro, RJ
21945-970, Brasil.
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RESUMO: O objetivo deste artigo foi caracterizar o processo do
trabalho rural em nove municpios de Minas Gerais, considerando
indicadores scio-demogrficos, a estrutura agrria dos
estabelecimentos rurais, prticas de trabalho relacionadas ao uso de
agrotxicos e, a intoxicao associada a seu uso. Os dados foram
obtidos de uma pesquisa realizada pela Fundao Jorge Duprat
Figueiredo, de Seguran a e Medicina do Trabalho, que aplicou um
question rio a 1.064 trabalhadores rurais, entre os anos de 1991 a
2000.
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Por meio de uma regresso log stica, foram obtidos os fatores de
risco associados intoxica o por agrot xicos dos grupos
organofosforados e carbamatos. Cerca de 50% dos entrevistados se
encontravam ao menos moderadamente intoxicados. Os fatores de risco
encontrados foram: ter o ltimo contato a menos de duas semanas com
agrot xicos; no usar prote o; ser orientado pelo vendedor; citar
organofosforados ou carbamatos como agrot xico principal e
trabalhar nos munic pios de Te foli Otoni, Guidoval ou Pira
ba.
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Os resultados apontam para o alto grau de risco de agravos sa
de a que esto sujeitos trabalhadores rurais em contato com agrot
xicos. Efeitos crnicos paralisias de nervos perifricos devido
processo de desmielinizao Agrotxicos ameaam a vida de agricultores.
A cada ano ocorrem cerca de 500 casos de intoxicao em SC. Deste
total, 15 morrem devido ao problema Adriano Ribeiro Especial para A
Notcia
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Os agrotxicos so agentes txicos que mais matam no Estado,
correspondendo ao maior nmero de bitos registrados no Centro de
Informaes Toxicolgicas do Hospital da Universidade Federal de Santa
Catarina. A cada ms so cerca de 30 a 40 casos de intoxicaes. A mdia
de casos de intoxicaes chega hoje a 500 casos registrados
anualmente. Destes quinze acabam em morte. Muitos so os agentes
causadores. Segundo pesquisadores, o produto Tamaron, por exemplo,
provoca irritao, depresso, alteraes no sistema nervoso central,
impotncia e at m-formao de fetos. Uma bomba qumica.
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O uso indiscriminado de agrotxico no tomate assusta. Muitos
agricultores no usam proteo nenhuma para preparar os produtos, nem
sequer para aplic-los na lavoura. De acordo com o extensionista da
Empresa Catarinense de Pesquisa Agropecuria (Epagri) Nauro Jos
Velho, para cada hectare cultivado a cultura exige 39,5 quilos de
agrotxicos. Se calculada a rea cultivada deste ano, conforme a
Associao Caadorense de Produtores de Tomate (Acato), que dever ser
de 700 hectares, chega-se ao assustador nmero de 27.650 quilos do
produto numa s safra. A Acato tambm calcula que cerca de 6 mil
pessoas trabalham diretamente com o tomate e os resduos dos
txicos.
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Os rgos da agricultura em Caador no tm controle sobre a venda
do produto e sua aplicao. (colaborou Luis Fernando Assuno)
Pesticidas podem comprometer venda da cebola - Ituporanga - Os
produtores de cebola da regio do Alto Vale do Itaja correm o risco
de perder espao no mercado consumidor nacional em razo do uso
excessivo e desnecessrio de agrotxicos. A advertncia do gerente
regional da Empresa de Pesquisa Agropecuria e de Extenso de Santa
Catarina (Epagri), Sebastio Abro, que denunciou a comercializao
indiscriminada de coquetis, contendo vrios produtos nocivos sade,
inclusive de forma clandestina, sem nota fiscal e receiturio
agronmico.
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O nmero de pessoas intoxicadas pela manipulao incorreta, sem a
devida proteo, no tem como ser levantado em razo da maioria das
secretarias municipais deixarem de fazer notificao 4 Regional de
Sade. Santa Catarina o maior produtor de cebola do Brasil, com a
sua produtividade tambm se destacando s custas da aplicao de
agrotxicos. Abro disse que impossvel levantar a quantidade
utilizada a cada safra. que existem muitas casas comerciais que
fazem a comercializao sem o receiturio expedido por um engenheiro
agrnomo e muito menos orientao do uso do produto.
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Inseticidas Piretrides : Piretrinas: inseticidas naturais
extrados de flores do gnero chrysanthemun. Os naturais so instveis
a exposio a luz e no possuam efeito residual e portanto sem
utilidade prtica como praguicida. Indstria desenvolveu a piretrina
sinttica, estvel a exposio a luz e com uso como praguicida.
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Vias de absoro: oral, respiratria e drmica. So substncias com
potencial alergizante, expostos podendo desenvolver quadros de asma
e bronquite principalmente em crianas. So os inseticidas domsticos
mais usados. Mecanismo de a o: a o excitat ria intensa do S.N.C.;
doses altas acarretam hipersensibilidade aos est mulos excitat rios
em nervos perif ricos
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SINTOMAS E SINAIS CLNICOS tremores, hipersensibilidade,
hiperexcitabilidade, cimbras musculares e convulses. salivao
excessiva, lacrimejamento, hipersecreo nasal, hipersensibilidade,
distrbios sensoriais cutneos (formigamento, entorpecimento e sensao
de queimao), irritao cutnea (eritema papular), cefalia intensa,
perda do apetite, fadiga, tonturas, perda da conscincia, cimbras
musculares e convulses
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DIAGNSTICO LABORATORIAL Resduos no sangue perifrico por
cromatografia fase gasosa ou HPLC. TRATAMENTOS Medicao de apoio
conforme os sintomas e sua intensidade, anti-histamnicos, diurese
alcalina provocada, hemodilise, diazepnicos e fenobarbital. Acetato
de tocoferol pode ser til para previnir leses cutneas (uso
tpico).
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PIRETRIDES PROLONGAM O PERODO DE ABERTURA DOS CANAIS DE SDIO
VOLTAGEM-DEPENDENTES, COMO OS ORGANOCLORADOS. QUADRO CLNICO
GERALMENTE SOB A FORMA DE REAES ALRGICAS. EXAME LABORATORIAL NO
FEITO TRATAMENTO SINTOMTICO DE SUSTENTAO.
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FOSFETOS METLICOS (fosfinas) USOS Inseticidas fumigantes
(p/gros armazenados ) VIAS DE ABSORO respiratria e drmica (em menor
intensidade) ASPECTOS TOXICOLGICOS Destruio dos tecidos. alterao do
metabolismo dos carboidratos, lipdios e protenas do fgado.
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SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Fadiga, sonolncia, tremores, dores
abdominais, vmitos, diarria, ictercia, hipotenso arterial, arritmia
cardaca, dispnia, ataxia, convulses, edema pulmonar (por vezes de
ocorrncia tardia), estado de choque. DIAGNSTICO LABORATORIAL Provas
de funo heptica e renal. Radiografia do trax. TRATAMENTOS
Administrao de O2 suplementar. Tratar a hipotenso, convulses e
edema pulmonar conforme a ocorrncia.
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Brometo de metila: Usos: inseticida fumigante para gros
armazenados e nematicida. Vias de absoro: respiratria e drmica (em
menor extenso) Aspectos toxicolgicos: Edema pulmonar no
cardiognico. Pneumonite qumica. Insuficincia circulatria.
Perturbaes neurolgicas (psicoses e sintomas extrapiramidais).
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SINTOMAS E SINAIS CLNICO Irritao cutnea com formao de vesculas,
queimaduras qumicas. Irritao ocular, do trato respiratrio e
pulmonar. Mal-estar, cefalia, nuseas, vmitos, perturbaes visuais,
diplopia, nistagno. Bronco espasmo, edema pulmonar, insuficincia
renal, coma. Seqelas neurolgicas (psicoses, sintomas
extrapiramidais). DIAGNSTICO LABORATORIAL Avaliao do
comprometimento pulmonar, heptico e renal. Teor de brometos no soro
acima de 1 meq/l indicam exposio.
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TRATAMENTOS Atmosfera de O2 ou de CO2 no comprometimento
pulmonar. Respirao artificial se ocorrer parada respiratria. Tratar
as convulses (diazepnicos, fenitona), broncoespasmo e edema
pulmonar conforme surgirem. Manter o paciente aquecido em repouso,
sob observa o no m nimo por 24 horas (para detectar poss vel edema
pulmonar tardio).
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Herbicidas: Paraquat: Uso: herbicida Vias de absoro:
principalmente via oral Aspectos toxicolgicos: fibrose e
parenquimatizao pulmonar
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PARAQUAT FORMA RADICAIS SUPERXIDOS E RADICAIS HIDROXILA QUE
REAGEM COM LIPDEOS DAS MEMBRANAS CELULARES,PROTENAS, ENZIMAS E
MOLCULAS DE DNA. H DESARRANJO DE TODAS AS FUNES CELULARES E MORTE.
HERBICIDA DE GRANDE POTNCIA TXICA E MUITO SOLVEL EM GUA
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PARAQUAT QUADRO CLNICO MANIFESTAES LOCAIS COM ESTOMATITE
GASTROENTEROCOLITE PERODO DE SILNCIO CLNICO QUE PODE DURAR DE 3 A 4
DIAS, PODE OCORRER. FALNCIA SIMULTNEA DE VRIOS RGOS E MORTE RPIDA,
EM POUCOS DIAS.
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EVOLUO PROTRADA, COM INSUFICINCIA DE VRIOS RGOS, SIMULTNEAMENTE
OU NO, COM DURAO DE SEMANAS, HAVENDO RECUPERAO, OU BITO POR FIBROSE
PULMONAR. TODOS OS CASOS SO CONSIDERADOS GRAVES.
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PARAQUAT EXAME LABORATORIAL PODE SER DOSADO NO SANGUE E NA
URINA DOSAGEM DE ENZIMAS HEPTICAS E EXCRETAS NITROGENADAS
RADIOGRAFIA DE TRAX MONITORIZAO RESPIRATRIA
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PARAQUAT TRATAMENTO TERRA DE FLLER OU CARVO ATIVADO HEMODILISE
OU HEMOPERFUSO OXIGNIO PODE POTENCIALIZAR OS EFEITOS TXICOS-USAR
COM CAUTELA. CORTICOSTERIDES, VITAMINA C, VITAMINA E.
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PARAQUAT PROGNSTICO EXISTEM REFERNCIAS DE SERVIOS COM 75% DE
BITOS TODOS O PACIENTES INTOXICADOS DEVEM SER TRATADOS COM O MAIOR
EMPENHO E RIGOR MESMO QUE AS MANIFESTAES INICIAIS NO SEJAM
EXUBERANTES, POIS SABEMOS DA EXISTNCIA DO SILNCIO CLNICO EM MUITOS
CASOS.
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Outros Herbicidas: Clorofenxis : 2,4-D e 2,4,5-T Uso: herbicida
Vias de absoro: oral ou respiratria Aspectos toxicolgicos: no tem
ao hormonal em animais, podem acarretar quadros de neurites
perifricas e transitrias, leses hepticas e renais, irritaes cutneas
e gastrointestinais.
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Sinais e sintomas: vmitos fraqueza muscular bradicardia
sudorese oligria - dificuldade respiratria. Produz quadro de
hiperglicemia e glicosria transitrias e neuropatia perifrica.
Diagnstico laboratorial: pesquisa de glicemia e glicosria
Tratamento sintomtico e de suporte
Slide 81
OUTROS HERBICIDAS DIQUAT, GLIFOSATO, AMETRINA, BROMACIL,
SIMAZINA, 2,4-D, E OUTROS DE POUCA IMPORTNCIA NA TOXICOLOGIA
HUMANA. TAIS PRODUTOS NO DETERMINAM INTOXICAES GRAVES, COMO REGRA
GERAL. Alguns aspectos relacionados ao uso de herbicidas : Uso
ampliado desses produtos nos ltimos com a substituio da capina
mecnica nas atividades de agricultura, manuteno de ferrovias e vias
pblicas em geral.
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Grupos mais utilizados : paraquat clorofenxis e dinitro fenis
Paraquat: altamente txico doses fatais em torno de 50 ml do produto
ingerido pode levar a bito em prazo de 3 a 10 dias. Provoca leses
locais, renais e aps quadro de fibrose pulmonar irreversvel.
Utilizado na agricultura e vias pblicas, sendo herbicida de
contato.
Slide 83
Clorofenxis: herbicidas mais utilizados so o cido 2,4 dicloro
fenoxiactico e o cido tricloro fenoxiactico. Tem persistncia no
ambiente, podem ter como contaminante a dioxina, substncia de
grande toxicidade. Agentes utilizados como desfolhantes na guerra
do Vietn agente laranja CLOROFENXIS (2,4-D2,4,5-T, diclofop
metlico, metilclorofenxipropionato-mcpp)
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USOS Herbicidas VIAS DE ABSORO Oral, drmica e respiratria em
menos intensidade ASPECTOS TOXICOLGICOS Leses heptica e renais.
Neurite perifrica transitria. Leses musculares. Estes herbicidas
atuam como hormnios de crescimento nos vegetais, mas no tm ao
hormonal em animais
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SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Em doses altas: fraqueza, mal-estar,
miose, vmitos, dificuldades respiratria, bradicardia, hipotenso
arterial, hipertermia, sudorese, oligria. Enfraquecimento muscular,
paralizia intercostal, dores musculares com fibrilao. Neuropatia
perifrica, condies diabetifrmes ( hiperglicemia e glicosria
transitria). Alteraes hepticas e renais.
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DIAGNSTICO LABORATORIAL Mioglobina e hemoglobina podem ser
encontradas na urina. Teores altos de desidrogenase ltica (LDH),
SGOT, SGPT e aldolase indicam a extenso das leses musculares. O ECG
deve ser monitorado para deteco de anormalidades cardacas.
Hiperglicemia e glicosria podem ser encontradas.
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TRATAMENTOS Lidocana 50-100 mg I.V., continuando com 1- 4
mg/min., para controlar a irritabilidade muscular. Eletrlitos para
compensar as perdas por vmito. Bicarbonato de sdio 10-15 g/dia para
manter a urina alcalina durante a mioglobinemia. Dinitro fenis e
pentaclorofenol: utilizados como herbicidas, acaricidas, fungicidas
e inseticidas. Penta clorofenol utilizao como conservante de
madeira p da china.
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Aumentam a atividade metablica. H aumento de temperatura
corprea. So venenos cumulativos. Dinitrofenis pode acarretar
metemoglobinemia. SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Irritao cutnea, ocular
e do trato respiratrio. Cefalia, mal-estar, nuseas, hipertermia,
sudorese, taquicardia, colapso, convulses, edema pulmonar,
hepatite, pancreatite, glicemia aumentada e glicosria. Colorao
amarela da pele e das conjuntivas (por ao direta do produto).
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DIAGNSTICO LABORATORIAL Pesquisa de compostos no sangue e na
urina. Nveis sanguneos de 1 mg/l indicam exposio. TRATAMENTOS No
provocar vmito, carvo ativado e lavagem gstrica, catrticos. Banhos
com gua fria, oxigenoterapia, restabelecer eletrlitos. Tratar as
convulses, hipotenso arterial, hipertermia e metemoglobinemia
conforme ocorrem
Slide 90
GLIFOSATO USOS Herbicidas VIAS DE ABSORO Oral e drmica ASPECTOS
TOXICOLGICOS Irritante drmico e ocular. Pode causar danos hepticos
e renais, quando ingerido em doses altas.
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SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Dermatite de contato. Sndrome txica
apos ingesto de doses altas: epigastralgia, ulcerao ou leso de
mucosa gstrica, hipertermia, anria, oligria, hipotenso,
conjuntivite, edema orbital, choque cardiognico, arritmias
cardacas, edema pulmonar no cardiognico, pneumonite, necrose
tubular aguda, elevao de enzimas hepticas, leuccitos, acidose
metablica, hipercalemia.
Slide 92
DIAGNSTICO LABORATORIAL Pesquisa do composto do material
gstrico. Enzimas hepticas, funo renal, eletrlitos, gasometria,
urina I, raio x de trax em pacientes sintomticos. TRATAMENTOS No
recomendado emese. O vmito pode ocorrer espontaneamente. Oferecer
lquidos para diluio. Carvo ativado e catrtico. Tratamento
sintomtico e de manuteno. No administrar atropina (no inseticida
osrganofosforado).
Slide 93
Projeto reduz limite de uso do agrotxico glifosato 8/1/2004 O
limite mximo de resduos do agrotxico glifosato no solo - herbicida
considerado extremamente forte - pode ser reduzido para garantir a
sade dos agricultores brasileiros. A indicao est prevista no
Projeto de Decreto Legislativo 499/03, do deputado Dr. Rosinha (PT-
PR), que ser votado pela Comisso de Constituio e Justia e de Redao.
A proposta susta a Portaria 764/98, da Secretaria da Vigilncia
Sanitria, que permitiu a elevao, de 0,02 ppm para 2.0 ppm, do
limite mximo de resduos no solo de agrotxico glifosato.
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Dr. Rosinha afirma que a medida ter dois efeitos positivos. O
primeiro, com relao sade das pessoas e proteo do meio ambiente, j
que, em sua avaliao, a portaria em vigor "aumenta de forma abusiva
e irresponsvel o limite mximo de resduos de veneno no solo",
podendo comprometer, inclusive, o lenol fretico, rios, crregos,
lagos e nascentes. "Por outro lado, no da competncia da Vigilncia
Sanitria legislar sobre esse assunto, que depende de estudos de
impacto ambiental e deve ter acompanhamento prvio do Ministrio do
Meio Ambiente", garantiu o parlamentar.
Slide 95
Aumento de 100 vezes O glifosato empregado para combater ervas
daninhas em culturas de ameixa, banana, ma, nectarina, pra e
pssego, assim como nas plantaes de caf, cacau, soja, trigo e
cana-de- acar. No caso da cana-de-acar, tambm utilizado como
maturador. A substncia, de acordo com legislao do Ministrio da
Sade, tem ao txica sobre animais e plantas e est autorizada para
utilizao em atividades agropecurias.
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Dr. Rosinha explica que o efeito do agrotxico glifosato forte
e, por esse motivo, o limite de 0,02 ppm era tido como o mximo
possvel de acordo com Relatrio de Impacto ao Meio Ambiente (Rima).
"Imaginem isso aumentado em 100 vezes. Sem entrar no mrito do
interesse que envolveu a citada portaria, o ato abusivo e
intolervel para um governo tico e transparente, que tem por
princpio a defesa da vida, da sade, do meio ambiente e do
consumidor", concluiu o parlamentar. Na Comisso de Constituio e
Justia e de Redao, a proposta aguarda a designao de um relator.
Depois, dever ser votada tambm pelo Plenrio da Cmara. (Patrcia
Roedel)
Slide 97
Caos sobre uso de agrotxicos deve-se ao Poder Pblico por Paulo
Afonso Brum Vaz A limitao de uso do herbicida glifosato, contra-
indicado pelos rgos governamentais competentes, para aplicao
posterior ao nascimento da planta, cria um impasse de difcil soluo
para o governo. Segundo dispe a Lei n 7.802/89, um agrotxico
somente pode ser usado conforme as recomendaes contidas no seu
registro, ato que depende da anuncia dos Ministrios da Sade, Meio
Ambiente e Agricultura. O glifosato (Roundup Ready) tem seu
registro limitado ao uso pr-emergente, ou seja, anterior ao
nascimento da planta, e, portanto, no pode ser usado na fase
ps-emergente (depois do nascimento da planta).
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A soja transgnica, de plantio liberado pela MP n 131/03, uma
modalidade de cultivar resistente ao glifosato, um herbicida de
amplo espectro (um "mata-tudo"), mas sensvel aos efeitos de outros
herbicidas. Assim, a proibio do glifosato, que tambm produzido pela
Monsanto, torna invivel a plantao transgnica. Aplicar agrotxico em
desacordo com as exigncias estabelecidas na legislao pertinente
crime punido com a pena de recluso de 2 a 4 anos, e multa, nos
termos do art. 15 da Lei n 7.802/89. Portanto, o uso do glifosato
diretamente na planta transgnica, contrariando as limitaes do
registro do produto, poder trazer srios problemas para os
agricultores, na rbita penal.
Slide 99
Esta advertncia exige do Poder Executivo maior ateno e cautela
no trato da matria. Por sua vez, a Monsanto, que detm a patente das
sementes transgnica, agiu aodadamente em t-las disponibilizado para
comercializao, conhecedora que era das limitaes do registro e
estando pendente de exame autorizao de uso menos restrito. Os
agricultores, de sua parte, agiram de forma imprevidente,
sujeitando-se ao risco de no poderem usar o indispensvel
agrotxico.
Slide 100
Espera-se que a soluo para o impasse no torne a violar os
princpios da precauo e do desenvolvimento sustentvel, que norteiam
o processo de controle fitossanitrio de agrotxicos, como parece ter
ocorrido com a edio da MP 131/03, colocando em risco a sade pblica
e o meio ambiente. O governo do Estado j anuncia que no tem condies
de fiscalizar o uso do agrotxico, por falta de recursos humanos.
Alis, isto no novidade.
Slide 101
O caos que se instalou quanto ao uso indiscriminado de
agrotxicos -- inclusive de produtos proibidos no pas e
contrabandeados de outros pases do Mercosul -- deve-se exatamente
omisso do Poder Pblico em cumprir sua funo constitucional de coibir
as atividades nocivas ao meio ambiente e sade pblica. Revista
Consultor Jurdico, 17 de outubro de 2003
Slide 102
USOS Fungicidas, herbicidas e inseticidas. VIAS DE ABSORO Oral,
drmica e respiratria. ASPECTOS TOXICOLGICOS Ingesto de doses altas
podem acarretar leses em rgos onde o produto metabolizado (fgado) e
em rgos de excreo (rins). Eventualmente depresso do S.N.C.
Slide 103
SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Irritao da pele e das mucosas.
Mal-estar, fadiga, tontura, tremores, cefalia, nuseas, vmito, dores
abdominais, taquipnia. Sinais de leses hepticas e renais. Em casos
de aspirao: pneumonite qumica. DIAGNSTICO LABORATORIAL Provas de
funo heptica e urinria. Deteco do produto em vmito coletado ou em
lavado da pele. Doseamente de resduos do produto no sangue.
TRATAMENTOS Tratar as ocorrncias clnicas conforme surgirem e
segundo sua gravidade.
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Herbicida trifluralina: Pesquisa do Instituto Brasileiro de
Defesa do Consumidor (Idec) apontou a presena de resduos de
agrotxicos em trs marcas de arroz comercializadas no Pas. A anlise
de 12 marcas de arroz foi encaminhada Agncia Nacional de Vigilncia
Sanitria. Em um dos lotes, valido at junho de 2000, havia resduos
do herbicida Trifluralina, em quantidade trs vezes maior que o
limite permitido pela legislao. O secretrio da Agricultura e
Abastecimento, Jos Hermeto Hoffmann, teme que as denncias acabem
prejudicando a lavoura gacha. Fungicidas : DITIOCARBAMATOS (maneb,
mancozeb, zineb e tiram)
Slide 105
USOS Fungicidas. VIAS DE ABSORO Oral, drmica e respiratria.
ASPECTOS TOXICOLGICOS Dermatite de contato. Sensibilidade
ocasional. SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Por ingesto de grandes doses:
Nuseas, vmitos, dores abdominais.
Slide 106
Alterao nas provas de funo heptica. Exposio intensa por vias
respiratrias: Rinite, faringite, bronquite e sndrome parkinsoniana
(manganismo nas exposies ao maneb e mancozeb). Efeito antabuse na
exposio ao tiram. DIAGNSTICO LABORATORIAL Eletrlitos, urina I, funo
renal, Nas exposies ao maneb e mancozeb, doseamento do mangans no
sangue e na urina (nveis normais 20 a 80 ug/l no sangue e 1 a 8
ug/l na urina).
Slide 107
Slide 108
SAIS DE COBRE (oxicloreto de cobre e outros) USOS Fungicidas.
VIAS DE ABSORO Oral e respiratria. ASPECTOS TOXICOLGICOS Leso
capilar, leso renal, gastrenterite hemorrgia, excitao do S.N.C.. A
ao emtica faforece sua eliminao. Pneumonite qumica.
Slide 109
SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Irritao da pele e mucosas (leses
necrticas em contatos prolongados ). Nuseas, vmitos, diarrias.
Hipertermias, convulses, ictercia, hepatomegalia, oligria, anria.
No caso de ingesto, se no houver vmito, h absoro progressiva e
envenenamento sistmico, podendo ocorrer a morte em poucos dias.
DIAGNSTICO LABORATORIAL Dosagem do cobre srio (normal 1mg/l). Nveis
acima de 5 mg/l so considerados muito txicos.
Slide 110
TRATAMENTOS Hemodilise ou dilise peritoneal nos casos graves.
Quelao (penicilinamina) nos casos agudos e crnicos. Tratamento de
outras ocorrncias conforme surgirem.
Slide 111
ANTICOAGULANTES (derivados da cumarina e da indadiona) USOS
Raticidas VIAS DE ABSORO Oral e drmica ASPECTOS TOXICOLGICOS Inibem
a formao de protrombina e lesam as paredes dos capilares
sanguneos.
Slide 112
SINTOMAS E SINAIS CLNICOS Vmitos iniciais. Hemorragias nasal e
gstrica. Hematria e enterorragia. Erupo cutnea petequial.
DIAGNSTICO LABORATORIAL Tempo de protrombina reduzido. Tempo de
coagulao aumentado. TRATAMENTOS Vitamina K: 20 a 60 mg, 3 vezes ao
dia. Transfuses sanguneas nos casos graves.
Slide 113
Aes ou leses causadas por agrotxicos no homem: Leses hepticas:
inseticidas organoclorados Leses renais: fungicidas fenil mercricos
Neurite perifrica: organofosforados e herbicidas clorofenxis
Atrofia testicular: fungicida tridemorfo calixim Oligospermia: DCBP
nemagon
Se, no geral, o Brasil registra marcas preocupantes com relao
aos acidentes do trabalho, no setor rural a situao muito pior, alm
do que na rea agrcola que o nmero de acidentes no-registrados
muitssimo maior do que nos centros urbanos, porque, naturalmente, l
o ndice de trabalhadores sem registro em carteira consideravelmente
maior, a ponto de a
Slide 116
OIT - Organizao Internacional do Trabalho - afirmar que os
trabalhadores agrcolas correm, pelo menos, o dobro de riscos de
morrer no local de trabalho do que os empregados dos demais setores
("O Globo", pg. 25, de 17.2.98). Afirma, ainda, aquela organizao,
que a situao mais grave nos pases em desenvolvimento, devido aos
baixos ndices educacionais.
Slide 117
Lamentavelmente, no meio rural brasileiro, em especial, temos
importantes ndices de analfabetismo, falta de instruo e alto ndice
de misria, que contribuem para a manuteno das precrias condies de
trabalho desses irmos brasileiros que produzem o feijo e o arroz da
mesa de milhes de brasileiros.
Slide 118
As principais causas de acidentes no campo so a falta de
treinamento para lidar com maquinrio, com agrotxicos e, ainda,
inexistncia, em muitos casos, de equipamentos adequados de proteo
individual e coletiva. Segundo Eduardo Garcia, engenheiro agrnomo e
pesquisador da FUNDACENTRO, os maiores problemas com intoxicao
ocorrem nas culturas de melancia, soja, batata, algodo e tomate
(entrevista no jornal "O Globo", de 17.02.98).
Slide 119
" Dados de pesquisa entre produtores e trabalhadores rurais
mostram o alto risco do uso de agrotxicos na agricultura paulista,
que pode estar trazendo srios prejuzos sade pblica e ao meio
ambiente. O levantamento o primeiro resultado de um convnio
assinado no ano passado, entre a FUNDACENTRO e a Secretaria da
Agricultura e Abastecimento do Estado de So Paulo, para implementao
do Programa de Segurana e Sade do Trabalhador Rural" (Revista da
FUNDACENTRO, ano II, n 7, pg.23).
Slide 120
Conforme essa pesquisa, o Brasil consome 1/5 de todo o
agrotxico utilizado pelo terceiro mundo, dado esse alarmante,
levando-se em conta que, entre 1995 e 1996, houve um aumento de
16,7%, o que ensejou o seguinte comentrio do j mencionado
engenheiro agrnomo da FUNDACENTRO: "A falta de orientao e controle
sobre o uso de agrotxico, alm da carncia de informaes sobre outras
tcnicas de manejo fitossanitrio, que reduzam a necessidade do
produto, tm impacto direto na sade e segurana dos trabalhadores
rurais, no meio ambiente e na qualidade dos alimentos que so
levados mesa do consumidor".
Slide 121
O pior que o uso de agrotxicos vem aumentando no campo, sem
controle. Alm dos adultos, vem sofrendo suas conseqncias tambm os
menores que manuseiam com a mais absoluta normalidade qualquer tipo
de defensivo agrcola, conforme temos constatado em Inquritos Civis
Pblicos que apuram irregularidades do trabalho do menor e do meio
ambiente do trabalho - irregularidades essas mostradas vez por
outra pelas redes de televiso do pas.
Slide 122
As conseqncias do uso dos agrotxicos pelos trabalhadores rurais
podem acompanh-los pelo resto de suas vidas. Como prova disso,
lembramos que o pas inteiro foi tomado por comoo nacional, quando
da morte de Leandro, integrante de uma das mais conceituadas duplas
sertanejas.
Slide 123
Acometido por um tumor cancergeno, de espcie rara, veio a bito,
cujas causas esto sendo hoje discutidas na classe mdica, com,
inclusive, suspeitas de que o mal tenha sido gerado quando ele
trabalhava na lavoura do tomate, em meio a intensivo uso de
agrotxicos, segundo veiculado no dia 1.7.98, pela jornalista Marlia
Gabriela, no Programa/SBT- Reprter.
Slide 124
OIT ESCREVE CONVENO SOBRE SST NA AGRICULTURA Texto da Organizao
serve de trilha para o governo redesenhar as NRs que tratam do
setor rural no Brasil O trabalho agrcola uma das atividades
laborais mais antigas que se tem registro. Desde que os nossos
ancestrais se fixaram na terra e dela passaram a tirar sua
subsistncia, as tcnicas de plantio e trato com os animais, passadas
de pai para filho, na grande maioria das vezes no contemplam a
segurana e sade daqueles que trabalham nesta atividade.
Slide 125
Mesmo com modernas formas de cultivo introduzidas nas grandes
plantaes, associadas aos novos equipamentos, a agricultura vista
pela Organizao Internacional do Trabalho (011) como um dos trs
setores mais perigosos no mundo em matria de segurana e sade no
trabalho, junto com os setores da Construo Civil e Minerao.
Slide 126
Lamentvel, pois ns, aldeia global, dependemos muitssimo desses
trs setores. Portanto, preservar a qualidade de vida daqueles que
cultivam e colhem o alimento colocado em nossas mesas deveria ser
meta nmero um para qualquer nao.
Slide 127
A OIT estima que de um total de 335 mil acidentes fatais que
ocorrem no mundo por ano, 170 mil envolvem trabalhadores da
agricultura. Mais de 1,3 milho de trabalhadores deste setor so
gravemente feridos em acidentes ocupacionais com equipamentos e
produtos txicos. Vale lembrar que quando estamos falando em
agricultura, corresponde tambm s atividades ligadas
agropecuria.
Slide 128
A situao to sria que a OIT j preparou um esboo de projeto para
a criao de uma conveno contemplando a segurana e sade no trabalho
na agricultura, que dever ser ratificada pelos pases membros. Na
sua ltima reunio, em junho de 2000, em Genebra, a organizao
apresentou aos representantes dos pases membros este esboo para que
governos fizessem uma anlise e encaminhassem suas sugestes.
Slide 129
A OIT pediu que os governos compartilhassem com as entidades de
classe envolvidas com o setor, como os sindicatos de trabalhadores
e patronais, bem como instituies especialistas em agricultura, este
documento, seguindo o conceito tripartite defendido pela
organizao.
Slide 130
Novas NRR No Brasil, esta movimentao da 011 para a criao de uma
conveno para o setor est sendo observada e incorporada pelo
Ministrio do Trabalho e Emprego (MIE), atravs do seu Departamento
de Segurana e Sade no Trabalho (DSST), o qual criou um Grupo
Tripartite de Trabalho (GTI) que est elaborando a atualizao das
Normas Regulamentadoras Rurais. As atuais NRR no reproduzem a
complexidade das tarefas desenvolvidas no campo,
Slide 131
Mas, se a falta de cultura e instruo do trabalhador rural
contribuem para o aumento dos acidentes de trabalho, por outro
lado, patres inconseqentes tm colocado em risco a sade e segurana
de milhares de bias-frias catadores de laranja, "pulverizando-os",
antes de entrarem nas fazendas, com um agrotxico chamado QUATERMON,
cuja autorizao pelo Ministrio da Sade destina-se apenas pulverizao
da lavoura, veculos e equipamentos agrcolas e, jamais, do ser
humano.
Slide 132
Esse tipo de atitude descabida e desumana tem rendido ensejo
instaurao de Inquritos Civis Pblicos pelo Ministrio Pblico do
Trabalho, com embasamento na atuao fiscalizatria do Ministrio do
Trabalho e at o ajuizamento de Aes Civis Pblicas para coibi-las,
como ocorreu no processo n 1925/97, da 2 JCJ de Araraquara, quando,
liminarmente, foi determinada, mediante cominao de multa, a
suspenso dos "banhos" de defensivos agrcolas que vinham tomando os
trabalhadores pela manh, antes de adentrarem os pomares de laranja,
como se instrumentos fossem. Ministrio Pblico do Trabalho
Procuradoria Regional do Trabalho da 15 Regio
Slide 133
Notificao dos casos deficiente no Pas - Apesar disso, Ministrio
da Sade constata que pessoas entre 20 e 49 anos so mais atingidas
Vigilncia epidemiolgica do Estado de So Paulo est implantando a
notificao compulsria de agravos intoxicaes relacionados a exposio a
agrotxicos neste incio de ano de 2004. Menezes et ali (1987) em
trabalho realizado no Centro de Controle de Intoxicaes de Ribeiro
Preto, aponta no perodo de maio de 1983 a junho de 1987 um total de
5.044 casos assim distribudos: 3.841 (70%) assistidos clinicamente
e 1.203 (24%) atendidos por consulta telefnica (Tabela 27).
Slide 134
Volume de casos de intoxicao registrado pelo Centro de Controle
de Intoxicao de Ribeiro Preto, SP. Perodo 1983-1987. Classes
Atendimento Informaes Total % Animais Peonhentos 2074 0 2074 41,0
Medicamentos 1153 19 1172 23,0 Defensivos Agrcolas 793 21 814 16,0
Produtos Qumicos 311 7 318 6,5 Domissanitrios 201 1 202 4,0 Plantas
151 4 155 3,0 Raticidas 121 0 121 2,5 Outros 179 9 188 4,0 Total
4983 61 5044 100,0 FONTE: MENEZES et ali, 1987.
Slide 135
A natureza das intoxicaes, relacionada na Tabela 27, evidencia
a prevalncia de 3 grandes grupos: animais peonhentos, medicamentos
e defensivos, com 80% das ocorrncias. Com relao aos defensivos
agrcolas, no mesmo perodo, no mesmo Centro, ocorreram 793 (15,7%)
casos conseqentes intoxicao por diversos grupos (Tabela 28).
Observa-se pelos dados apresentados que o maior volume envolveu a
tentativa de suicdio (353 casos) principalmente pela utilizao dos
clorados. As intoxicaes ocupacionais ficaram em terceiro lugar com
250 casos.
Slide 136
Com relao ao nmero de bitos, ocorreram 18 casos, totalizando um
percentual de 1,98%, o que est de acordo com o apresentado por
outros trabalhos onde as intoxicaes se caracterizam por serem mais
fatores de morbidade. Volume de intoxicaes com defensivos agrcolas
ocorridas na regio de abrangncia do Centro de Controle de
Intoxicaes de Ribeiro Preto, SP. Perodo 1983-1987
Em relao a faixa etria dos envolvidos, 36,4% corresponde a de
21-35 anos, seguida pela de 13-21 anos com 19,9%. Em relao aos
medicamentos, que predominaram como causa de intoxicaes exgenas, no
tocante s circunstncias nas quais ocorreram estes acidentes, as
tentativas de suicdio representaram 52% do total, 27% acidentes,
15% acidentes teraputicos, 4% vrias causas (toxicomania, abuso,
etc.) e 2% circunstncias ignoradas (Tabela 28).
Slide 139
Luis Fernando Assuno e Adriano Ribeiro Joinville/Caador - A
notificao e investigao das intoxicaes por agrotxicos no Brasil so
precrias. Na maioria dos Estados, as notificaes no so objeto dos
sistemas de vigilncia epidemiolgica e sanitria. A ausncia de
equipamentos de sade pblica e a precariedade do sistema de
atendimento ambulatorial contribuem para o subregistro dessas
intoxicaes. Nos casos registrados, segundo o Ministrio da Sade, a
faixa etria entre 20 e 49 anos concentra mais de 50% dos registros
de intoxicao por pesticidas agropecurios.
Slide 140
Em alguns Estados, pesquisas comprovaram os malefcios causados
pelos agrotxicos. Em Caador, mesmo a atividade do tomate
desprendendo significativa quantidade de agrotxico na regio, as
autoridades no dispem de estudos cientficos sobre suas
interferncias - nocivas ou no - sade humana e ao meio ambiente. De
acordo com a Secretria da Sade de Caador, nos ltimos anos no foram
registrados casos de intoxicao por agrotxicos.
Slide 141
Agrotxicos vm causando infertilidade e cncer 01 Dez 2003 Fonte:
Cmara dos Deputados A infertilidade humana e animal tem relao com o
uso de agrotxicos. A declarao, do pesquisador titular da Fundao
Oswaldo Cruz (Fiocruz), Srgio Koiffmann, baseada em estudos
preliminares da entidade. Ele participou hoje de seminrio na
Comisso de Agricultura e Poltica Rural sobre o uso de agrotxicos e
seus efeitos sobre a sade da populao e o meio ambiente.
Slide 142
Segundo o pesquisador, foram coletados dados que demonstram que
os pesticidas esto atuando no organismo e podem estar mexendo na
cadeia hormonal. Ao serem analisados espermogramas, o levantamento
sugere uma tendncia de queda na quantidade e qualidade dos espermas
dos homens e dos animais mamferos. CNCER Outro alerta do
pesquisador com relao ao crescimento do ndice de pessoas com cncer,
que pode estar relacionado ao uso de agrotxicos, basicamente atravs
da alimentao. "No so s as pessoas que manipulam que esto sujeitas a
adquirir doenas causadas pelo uso do agrotxico; a populao
geral
Slide 143
tambm est", afirmou. Koiffmann citou diversos tipos de cncer
que tm aumentado na populao, como o de prstata, testculos, mama,
ovrio e tireide. O pesquisador da Fiocruz afirmou que, alm de ter
crescido o nmero de pessoas que fazem tratamento para fertilizao,
tambm foi diagnosticado um nmero excessivo de crianas com m-
formao, doenas congnitas e abortos. Ele revelou, ainda, que ao
mesmo tempo em que esto nascendo mais homens do que mulheres, eles
tambm esto morrendo em maior nmero, o que pode ser constatado por
meio de consultas junto aos cartrios de registro civil.
Slide 144
EMBALAGENS VAZIAS O diretor do departamento de Defesa e Inspeo
Vegetal do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento,
Girabis Evangelista Ramos, disse que o Brasil j avanou muito no
controle da aplicao de agrotxicos devido legislao que protege o
meio ambiente. Ele admite, entretanto, que ainda h falhas que
precisam ser corrigidas, entre elas, a destinao final das
embalagens vazias. Segundo Ramos, a questo j foi includa na
legislao, mas a fiscalizao precisa ser mais rigorosa, pois h uma
preocupao com a toxidade das embalagens que so altamente
poluentes.
Slide 145
O diretor esclareceu que seu setor est capacitado a acompanhar
a venda e o local onde est sendo aplicado o produto, mas no
consegue controlar o destino das embalagens vazias. "Os prejuzos
para a sade dos trabalhadores rurais so incalculveis". O
gerente-geral de toxicologia da Anvisa, Luiz Cludio Meirelles,
afirmou que o mau uso do agrotxico est relacionado a uma srie de
doenas graves, entre elas, o cncer e a intoxicao por quem manipula,
porque no se protege.
Slide 146
MINISTRIO PBLICO O procurador da Repblica Francisco Guilherme
Bastos destacou que o papel do Ministrio Pblico da Unio (MPU) sobre
os agrotxicos de fiscalizao. Para ele, a falta de estrutura dos
rgos competentes leva ao agravamento dos problemas causados pelos
pesticidas. Segundo Bastos, os setores responsveis pelo controle do
uso de agrotxicos no tm atendimento especializado e, muito menos,
capacitao. Ele alertou que as normas vigentes precisam ser mais
rgidas no controle desses produtos. O convidado ressaltou a ao
pblica do MPU que conseguiu erradicar do mercado o conhecido DDT,
usado para matar formigas e que era vendido indiscriminadamente
pelos supermercados.
Slide 147
"O Ministrio Pblico no contra agrotxicos, mas v seu uso como um
mal necessrio. preciso buscar alternativas tecnolgicas para
diminuir a dependncia desses produtos". Francisco Bastos esclareceu
que muitos agrotxicos que ainda esto no mercado brasileiro tm
registro com base em um decreto de 1934. O procurador disse que, de
l para c, j foram editadas novas normas e, por isso, defende a
revogao do decreto e que os produtos autorizados por esse
instrumento sejam todos reavaliados.
Slide 148
O deputado Z Geraldo (PT-PA), autor do requerimento para a
audincia, ressaltou que a expanso da fronteira agrcola no Brasil
vem aumentando o uso dos defensivos agrcolas a despeito das
conseqncias malficas sade e ao meio ambiente. Entre os prejuzos
causados, o deputado cita a morte de mais de quatro mil toneladas
de peixes no rio Guapor (RO), em janeiro deste ano. O parlamentar
considera a fiscalizao deficiente e lamenta a ausncia de uma
poltica pblica de rastreamento de resduos de agrotxicos em
produtos, principalmente, de consumo "in natura". Z Geraldo ainda
adverte que os defensivos so usados por pessoas sem preparo. Fonte:
www.biotecnologia.com.brwww.biotecnologia.com.br
Slide 149
A Associao de Pais e Amigos dos Deficientes (Apae) est
preocupada com o aumento de casos de bebs com atrasos no
desenvolvimento. Para tentar identificar a causa - se por uso de
agrotxicos, gentica ou outras razes - a entidade almeja, atravs de
uma parceria com a Universidade do Contestado (UnC), detectar qual
a causa do crescimento da incidncia.
Slide 150
No comeo de 1999 funcionava uma turma de estimulao precoce.
Quase dois anos depois h seis salas, entre estimulao e maternal,
abrangendo 39 alunos de um a sete anos. So atendidos 17 casos de
crianas de zero a trs anos com atrasos. Isso equivale a
aproximadamente 10% do total de alunos da instituio, que de
150.
Slide 151
A falta de notificao dos casos de pessoas internadas, ou
atendidas em ambulatrio, em razo da aplicao de agrotxicos, sem a
devida proteo, um problema para levantar os nmeros da contaminao. A
maioria dos hospitais ou postos de sade no do a devida importncia,
deixando de informar 4 Regional de Sade. Mas a maior quantidade
mesmo de pessoas que sentem mal estar, tontura, nsia de vmitos,
entre outros sintomas. Depois de um perodo de recuperao, voltam a
trabalhar normalmente. muito comum, que com o simples cheiro, os
agricultores j passem mal. Abro alertou que com o tempo isso pode
tornar-se uma intoxicao crnica. (OP)
Slide 152
Notcia diz que a Agncia de Vigilncia Sanitria constatou que 22%
das verduras, frutas e legumes vendidos nos mercados tm excesso de
agrotxico. A presena de agrotxico no organismo provoca tontura,
perturbao da vista, nusea, vmito, dor de cabea. A longo prazo, o
acmulo pode causar problemas renais, cardacos e respiratrios. Alm
disso, pode estimular o aparecimento de doenas degenerativas
graves, como tumores.
Slide 153
Para retirar o excesso de agrotxico, uma alternativa utilizar
uma soluo de bicarbonato de sdio. Coloque 1 colher de sopa para 1
litro de gua. Deixe de molho por 20 min e enxge as folhas. A soluo
retira de 80% a 90% do agrotxico impregnado nas folhas.
Slide 154
Uma das atividades agrcolas mais desumanas a pulverizao de
lavouras com o uso de avies agrcolas. H a necessidade de uma ou
pessoas sinalizarem as linhas por onde o avio dever passar e,
estas, pessoas geralmente levam um arrepiante banho de
agrotxicos
Slide 155
Devido sua ao danosa ao meio ambiente, os agrotxicos so objeto
de discusso em muitos pases e tm a comercializao proibida os
organoclorados, considerados de alta periculosidade e persistncia.
Dados da OMS indicam que a cada ano morrem cerca de 137 mil pessoas
por causa dos agrotxicos, no mundo: 100 mil vtimas diretas de
pesticidas e 37 mil por ingesto de alimentos contaminados.
Slide 156
Agrotxico sujo: Designao dada (originalmente no Rio Grande do
Sul) aos agrotxicos mais nocivos: o DDT, os Drins (Endrin, Aldrin e
Dieldrin), clordane e heptacloro, Lindane, Gama BHC, parathion, os
monocrtofos (Azodrin, Nuvacron), Aldicarb (Temik), Clordimeform
(Galecron, Fundal), 2-4-5-T; o EDB, o DBCP e os fungicidas base de
mercrio e o Paraquat. [At meados de 1985 j estavam proibidos em
meia centena de pases. O mesmo que doze sujos, dzia suja e dirty
dozen. Valor Econmico: 23-03-2004 Avano em Agrotxico
Slide 157
O Brasil est liderando o ranking mundial de recolhimento e
destinao final de embalagens vazias de agrotxicos, informou ontem o
Ministrio da Agricultura. Em 2004 a previso de que o Instituto
Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (INPEV) deve retirar
do meio ambiente 11,7 mil toneladas de embalagens.
Slide 158
Embalagens contaminam: Um dos exemplos da utilizao excessiva de
agrotxicos pode ser constado na barragem Sul, em Ituporanga. Com a
elevao do nvel em razo das chuvas das ltima semanas, as embalagens
destes produtos vieram parar nas grades que protegem as comportas,
onde permanecem com os demais entulhos, contaminando o meio
ambiente.
Slide 159
Para o gerente regional da Epagri, isto significa que os
fabricantes ainda no esto cumprindo a legislao vigente, que obriga
que faam o recolhimento aps o uso. Ele observou que os lixos txicos
que foram implantados em diversos municpios catarinenses, atravs de
parceria entre prefeituras, Epagri e agricultores, tambm no
surtiram o efeito desejado, havendo a necessidade de um
reestudo.
Slide 160
F. NDICES BIOLGICOS COMO MTODO PARA AVALIAO E CONTROLE DA
EXPOSIO HUMANA A AGROTXICOS Apenas para alguns grupos de
agrotxicos- defensivos existem parmetros que permitam avaliar o
grau de exposio antes de surgirem sinais e sintomas txicos - atuao
na fase patolgica pr clnica da histria natural da doena. As anlises
devero fazer parte do exame peridico de sade ocupacional componente
do PCMSO Ente os ndices conhecidos podemos destacar
Slide 161
1. determinao quantitativa de agrotxicos e/ou seus metablitos
no sangue ou no soro sanguneo: - organoclorados ( DDT BHC Lindane
Endrin Heptacloro) - dinitrofenis pentaclorofenol - paraquat -
fungicidas mercuriais orgnicos
Slide 162
2. determinao quantitativa de agrotxicos- defensivos e/ou seus
metablitos na urina : paraquat arsenicais inorgnicos dinitrofenis e
penta cloro fenol 3. Dosagem da colinesterase nos glbulos vermelhos
ou no sangue total plasma inseticidas organofosforados e carbamatos
4. Dosagem de glicemia e glicosria: herbicidas fenoxiacticos 2,4-D
e 2,4,5-T
Slide 163
5. determinao do tempo de protrombina e de coagulao raticidas
cumarnicos e indandiona 6. dosagem de enzimas fosfatase alcalina
aldolase inseticidas organoclorados
Slide 164
7. Determinao de outros parmetros bioqumicos em sangue, urina e
outros exames frente a exposio mltipla a agrotxicos: - provas
bioqumicas na urina - provas bioqumicas no sangue enzimas TGP TGP -
bilirrubinas - fosfatase alcalina DHL - uria creatinina -
eletroforese de protenas - protena total no soro - ECG - EEG
Slide 165
G. INTEGRAO ENTRE PROGRAMA DE CONTROLE DE RISCOS OCUPACIONAIS
PPRA NRR E PROGRAMA DE CONTROLE MDICO Integrao entre o PPRA NRR -
PCMSO para o levantamento dos produtos agrotxicos utilizados na rea
agrcola em que se realizar o controle mdico dos trabalhadores
expostos Receita agronmica A aquisio de qualquer agrotxico s pode
ser feita mediante a apresentao da receita agronmica ao
comerciante. A receita agronmica emitida por engenheiro agrnomo ou
florestal e contm orientaes relacionadas quantidade, poca de
aplicao, cultura indicada, perodo de carncia, trplice lavagem,
proteo ao trabalhador e ao meio ambiente.
Slide 166
NRR 5 - Produtos Qumicos (155.000- 4) 5.1. Esta Norma trata dos
seguintes produtos qumicos utilizados no trabalho rural: agrotxicos
e afins, fertilizantes e corretivos. 5.1.1. Entende-se por
agrotxicos as substncias ou misturas de substncias de natureza
qumica quando destinadas a prevenir, destruir ou repelir, direta ou
indiretamente, qualquer forma de agente patognico ou de vida animal
ou vegetal que seja nociva s plantas e animais teis, seus produtos
e subprodutos e ao homem. Sero considerados produtos afins os
hormnios, reguladores de crescimento e produtos qumicos e
bioqumicos de uso veterinrio.
Slide 167
5.2. expressamente proibido o uso de qualquer produto qumico
industrializado que no esteja registrado e autorizado pelos rgos
governamentais competentes. (155.001-2/ I4) 5.3. Manipulao, preparo
e aplicao. 5.3.1. de responsabilidade do empregador rural e seus
prepostos a orientao dos trabalhadores na utilizao e manuseio dos
produtos, sendo que a manipulao, preparo e aplicao de agrotxicos e
afins somente podero ser feitos por pessoas previamente treinadas.
(155.002- 0/I3)
Slide 168
5.3.2. O empregador ou contratante de trabalhadores rurais ou
seus prepostos sero co- responsveis na ocorrncia de intoxicao
humana ou animal, prejuzo em lavoura e contaminao inaceitvel de
coleo de gua ou do meio ambiente, provocados por manipuladores ou
aplicadores de agrotxicos e afins, fertilizantes ou corretivos, sob
sua responsabilidade, ainda que com eles no mantenham,
explicitamente, qualquer vnculo empregatcio.
Slide 169
5.3.3. A utilizao das formulaes enquadradas pelos rgos
competentes como de uso exclusivo por aplicador certificado s poder
ser feita por profissional habilitado, obedecida a legislao
relativa classificao toxicolgica, registro e comercializao desses
produtos. (155.003-9 / I3) 5.3.3.1. Sero considerados profissionais
habilitados os portadores de certificados expedidos pelos
Ministrios da Sade, da Agricultura e do Trabalho, ou por rgos pelos
mesmos delegados.
Slide 170
5.3.3.2. A formao, atuao, atribuies e responsabilidade do
aplicador devero atender a normas a serem estabelecidas pelos
Ministrios da Agricultura, da Sade e do Trabalho. (155.004- 7 / I2)
5.3.3.2.1. A partir da data de vigncia da presente norma, dar-se- o
prazo de 180 (cento e oitenta dias) dias para o cumprimento do
disposto no item 5.3.3.2 e de 1(um) ano para incio da exigncia do
certificado.
Slide 171
5.3.4. O trabalhador que apresentar sintomas de intoxicao ser
imediatamente afastado das atividades e encaminhado a atendimento
mdico, levando os rtulos das embalagens ou relao dos produtos com
os quais tenha tido contato. (155.005-5 / I4) 5.3.5. A manipulao e
preparo dos produtos sero feitos em locais abertos e ventilados.
(155.006-3 / I2)
Slide 172
5.3.6. Sero respeitados os intervalos entre uma aplicao e a
entrada de pessoas desprotegidas ou animais domsticos dentro dos
perodos de risco estabelecidos pelos Ministrios da Agricultura, da
Sade e do Trabalho. (155.007-1 / I2) 5.4. Equipamentos de aplicao.
5.4.1. Os equipamentos de aplicao dos produtos qumicos sero: a)
mantidos em bom estado de conservao e funcionamento; (155.008-0 /
I2) b) inspecionados antes de cada aplicao; (155.009-8 / I2)
Slide 173
c) utilizados para a finalidade indicada; (155.010-1 / I2) d)
enquadrados nos limites indicados pelo fabricante. (155.011-0 / I2)
5.4.2. A conservao, limpeza e utilizao dos equipamentos s podero
ser realizadas por pessoas previamente treinadas. (155.012-8 / I2)
5.4.2.1. A limpeza dos equipamentos ser executada de forma a no
contaminar poos, rios, crregos e quaisquer outras colees de gua.
(155.013-6 / I2)
Slide 174
5.4.2.2. A gua utilizada na lavagem dos equipamentos no poder
retornar fonte de abastecimento, devendo ser conduzida fossa
especial de inativao do produto. (155.014-4 / I2) 5.4.3. Os
equipamentos s sero submetidos a reparos quando estiverem
perfeitamente limpos, por pessoas aptas, protegidas por EPI.
(155.015- 2/I2) 5.5.1. Os produtos qumicos sero rotulados, conforme
dispe a legislao vigente. (155.017- 9 / I2) 5.5.2. Os produtos sero
conservados em suas embalagens originais. (155.018-7 / I2)
Slide 175
5.5.2.1. Quando os produtos ou restos de produtos tiverem de
ser conservados em embalagens diferentes das originais, estas
devero ser identificadas contendo, pelo menos, o nome comercial do
produto e suas especificaes.(155.019-5/I2) 5.5.3. proibido utilizar
para acondicionamento de produtos qumicos recipientes que possam
ser confundidos com outros usados para alimentos, raes,
medicamentos, cosmticos ou produtos domissanitrios. (155.020-9/
I3)
Slide 176
5.5.4. As embalagens vazias sero destrudas e enterradas,
observando as normas tcnicas do Ministrio da Agricultura.
(155.021-7 / I2) 5.5.5. Para a realizao de trabalhos de destruio e
descarte de embalagens, sero utilizados os mesmos EPI recomendados
para aplicaes de produto. (155.022-5 / I2) 5.5.6. Os restos de
calda diluda sero descartados em fossa seca ou em bacia de reteno e
desativao. (155.023-3 / I3)
Slide 177
5.7.4. O empregador rural e/ou seus prepostos so responsveis
pelo armazenamento dos produtos qumicos e pelas conseqncias
decorrentes da estocagem inadequada e da contaminao, em qualquer
nvel, de seres vivos e do meio ambiente. 5.8.Transporte. 5.8.1. Os
produtos qumicos sero transportados em recipientes claramente
rotulados, hermticos e resistentes. (155.038-1 / I3)
Slide 178
Definio de uma equipe de aplicadores de agrotxicos conforme a
propriedade agrcola o uso pode ser sazonal ou durante o ano
inteiro. Podendo haver equipes fixas ou sazonais. Questo de
qualificao da equipe. Treinamento da equipe de aplicadores: -
conscientizao do risco - uso correto dos produtos agrotxicos ler
com ateno as instrues da receita agronmica e a bula do produto;
regular corretamente o equipamento de aplicao;
Slide 179
Os agrotxicos entram no organismo pela pele, pelo nariz ou pela
boca. Quem estiver manipulando agrotxico, tem tem que se previnir
adequadamente com o uso de EPIs (Equipamentos de\Proteo Individuas)
adequados, que s no mnimo: - Mscara com filtro - culos para
produtos qumicos - Luvas de plstico, comprida - Avental de plstico
- Botas de borracha
Slide 180
Para o uso destes equipamentos, o trabalhador deve receber
treinamento especfico de seu empregador, visando us-los
adequadamente higieniz-los e conserv-los. Alm disto, treinamento de
primeiros socorros com substncias qumicas, deve ser estabelecido
periodicamente. Vrias substncias do grupo dos agrotxicos so
cancergenas e mutagnicas, portanto, mulheres grvidas devem ser
afastadas do trabalho com as mesmas. no fumar, beber ou comer
durante a aplicao;
Slide 181
- menores de 18 anos, gestantes e idosos no podem manusear ou
aplicar agrotxicos - proibido por lei; e - respeitar os perodos de
carncia para colher o produto, abater animais, liberar o leite para
consumo, para a entrada de pessoas ou animais na rea etc. - correto
armazenamento, transporte e condies de uso apropriado dos produtos
agrotxicos - orientao sobre correto programa de manuteno de
equipamentos - seja para aplicadores de bomba costal e tambm para
os equipamentos de aplicao mecanizados
Slide 182
- buscar a maneira de aplicao que traga o menor contato do
aplicador com o agrotxico mecanizar automatizar as operaes para o
menor contato com o produto - buscar junto ao responsvel pela
prescrio do uso do produto agrotxico o uso daqueles produtos de
menor grau de toxicidade possvel - orientaes de manuseio e aplicao
dos produtos agrotxicos em condies de campo
Slide 183
- avaliar e propor juntamente com os responsveis pela rea de
engenharia de segurana do trabalho a adoo de equipamentos de proteo
adequados, confortveis e com possibilidade de opo em caso de no
adaptao de algum tipo de equipamento pelo trabalhador Equipamento
de Proteo Individual O uso do EPI equipamento de proteo individual
obrigatrio durante o manuseio, preparao e aplicao do agrotxico,
porque protege o aplicador contra o risco da intoxicao. Exemplos:
mscara, culos, avental e luvas impermeveis, botas de borracha,
camisa de mangas compridas e calas (tratadas com produto repelente
a calda txica).
Slide 184
- superviso sobre a aplicao e seguimento das normas de segurana
adotadas para o processo de aplicao - avaliao dos equipamentos de
proteo a serem implantados mscaras respiradores com filtros
adequados - proteo para cabea e corpo capuz avental - proteo para
mos e ps luvas botas - proteo para os olhos culos de segurana
Slide 185
- implantao de fluxo de sistema de lavagem dos equipamentos de
proteo em local e pessoal definido na propriedade, sendo que o
conjunto de proteo utilizado pelo trabalhador dever ser trocado
diariamente, havendo um mnimo de 3 conjuntos de proteo disponveis
para cada aplicador na propriedade - implantao de sistema de
informaes entre os encarregados da rea de aplicao de agrotxicos e o
SESMT responsvel pela rea sistema de vigilncia epidemiolgica
notificando qualquer acidente ou doena relacionado a operao de
aplicao dos produtos agrotxicos fluxo dirio de informaes
Slide 186
H- PROGRAMA DE CONTROLE MDICO DE SADE OCUPACIONAL PARA
APLICADORES DE AGROTXICOS Realizao dos exames ocupacionais
previstos pela NR7 com periodicidade semestral
Slide 187
steres Sangue Acetil Determinar 30% de NC SC Organofos-
Colinesterase a atividade depresso NC SC Forados e Eritrocitria ou
pr- da Carbamatos Colinesterase ocupacional atividade NC SC
Plasmtica ou inicial Colinesterase 50% de Eritrocitria e depresso
Plasmtica (sangue total) da atividade inicial 25% de depresso da
atividade inicial Pentaclo- Urina Pentaclo- rofenol rofenol 2mg/g
CG FS EE creat. CLAD +
Slide 188
Observar que pela norma so poucos exames de monitorizao
biolgica referentes a exposio a agrotxicos obrigatrios constantes
dos Quadros I e II da norma. Prope-se que de posse da relao de
produtos utilizados na propriedade e do tipo de exposio ocupacional
os exames de monitoramento biolgico de exposio em que haja
disponibilidade tcnica de realizao sejam efetuados, mesmo que no
constem na relao da norma.
Slide 189
Realizao de exame clnico periodicidade semestral Exames de
monitoramento biolgico disponveis tecnicamente conforme tipo de
produtos utilizados Demais exames complementares para monitoramento
indireto da exposio ocupacional a agrotxicos tais como: - hemograma
completo - glicose
Slide 190
Exames de funo heptica(TGO-TGP-GGT- Bilirrubinas-DHL) - uria
creatinina - urina rotina - parasitolgico de fezes - ECG - EEG
Slide 191
TABACARIA - FERNANDO PESSOA No sou nada, nunca serei nada, no
posso querer ser nada parte isso, tenho em mim todos os sonhos do
mundo Estou hoje perplexo, como quem pensou e achou e esqueceu
Estou hoje dividido entre a lealdade que devo tabacaria do outro
lado da rua, como coisa real por fora, e sensao de que tudo sonho.
Como coisa real, por dentro.