Upload
instituto-consciencia-go
View
1.874
Download
1
Embed Size (px)
Citation preview
Introdução
• Ao longo da história o cuidado com as crianças pequenas foram entendidos como tarefas de responsabilidade familiar , paticularmente da mãe e de outras mulheres da família. Logo após o desmame, a criança era vista como um pequeno adulto e, quando atravessava o período de depêndencia de outros para ter atendidas suas necessidades físicas passava a ajudar os adultos nas atividades cotidianas, em que aprendia o básico para sua integração no meio social.
2
Introdução
• Nas classes mais privilegiadas as crianças eram vistas como objeto divino, misterioso, cuja transformação em adulto também se fazia pela direta imersão no ambiente doméstico. Não considerava-se a existência de uma identidade pessoal.
3
Introdução O termo francês “crechè” equivale a manjedoura,
presépio. O termo “asilo nido” indica um ninho que abriga.“Escola Materna” foi outra designação usada para
referir-se ao atendimento de guarda e educação fora da família a crianças pequenas.
As idéias de abandono, pobreza, culpa, favor e caridade impregnaram as formas precárias de atendimento a menores nesse período e por muito tempo permearam determinadas concepções acerca do que deve ser uma instituição que cuida da educação infantil, acentuando o lado negativo do atendimento fora da família.
4
Introdução
Nos séculos XV e XVI, novos modelos educacionais foram criados como consequência das transformações que acontecia em toda EUROPA. ( Mercantilismo , Absolutismo, Reforma, Contra- Reforma, Feudalismo x Capitalismo)
O desenvolvimento científico, a expansão comercial e as atividades artísticas ocorridas no período do Renascimento estimularam o surgimento de novas visões sobre o universo infantil.
5
Introdução• Erasmo de Roterdam ( 1465-1530) e Montaigne
( 1483-1553) sustentavam que a Educação deveria
respeitar a natureza infantil, respeitar a natureza
infantil, estimular a atividade da criança e associar o
jogo à aprendizagem.
6
Introdução
• Após a Revolução Industrial , os países da Europa transformaram-se, de sociedade agrária- mercantil em urbano-manufatureira. Com estas transformações vieram também os conflitos e guerras frequentes entre as noções , com a consequência de condições adversas para a população e principalmente para o segmento infantil, já que muitas crianças eram vítimas da pobreza, abandono e maus tratos.
7
Introdução Surgiram as “Charity Schools” ou “Dame Schools” ou
“ècoles petites” criadas para atender as crianças pobres de 2 ou 3 anos, segundo o ideário dos movimentos religiosos da época desenvolviam atividades especialmente delineadas segundo o destino social da criança atendida era pensado. Não tinham uma proposta instrucional formal, embora passasem a adotar atividades de canto, de memorização de rezas ou passagens bíblicas e alguns exercícios do que poderia ser uma pré- escrita ou pré- leitura.
8
Introdução
• Acreditava-se que as crianças nasciam do pecado e
que cabia à familia ou à sociedade corrigi-las desde
pequenas. As rotinas diárias eram observadas com
rigor, fundada na idéia de autodisciplina.
9
Introdução
COMMÊNIO (1592- 1670) afirmava que o nível inicial de ensino era o “colo da mãe” e deveria ocorrer dentro dos lares. Em 1637 elaborou um plano de escola maternal que recomendava o uso de materiais audiovisuais, como livros de imagens, instrumentos musicais, para educar crianças pequenas.
10
Introdução
• Afirmava que o cultivo dos sentidos e da imaginação precedia o desenvolvimento do lado racional da criança.Impressões sensoriais advindas da experiência com o manuseio de objetos seriam internalizadas e futuramente interpretadas pela razão.
• DIMagna
11
Histórico da Educação Infantil no Histórico da Educação Infantil no BrasilBrasil
• 1ª Metade do século XIX: Não se tem muitos registro sobre a Educação de crianças menores de 6 anos.
• 2ª Metade do século XIX: Época da abolição da escravatura e Proclamação da República.
migração para zona urbana;abandono de crianças;desenvolvimento cultural e tecnológico;
12
Iniciativas isoladas de proteção à infância Por quê?
Grande índice de mortalidade infantil;Abandono de crianças
13
Qual seria a solução para o momento?
Criação de creches Asilos Internatos para crianças pobres.
14
Final do século XIXProduto estrangeiro “O Jardim-de-infância” foi
trazido para o Brasil pelos europeus - guarda de crianças pobres, abandonadas ou órfãs.
Houve críticas e poucas vantagens para o desenvolvimento infantil.
1875: RJ – Criação de Jardins-de-infância privados1877: SP – Criação de Jardins-de-infância privados.
15
1889: Cresce a preocupação com a Proteção e Assistência a Infância, então surgem várias escolas infantis.
1896: SP e RJ – Jardins-de-infância públicos. Destinados a crianças pobres e com pedagogia inspirada em FROEBEL
16
Início do século XXAumento da industrialização e urbanização.As mães vão para a indústria em virtude dos pais
estarem na lavoura;Surgem as criadeiras ou “fazedoras de anjos”.Aumento da mortalidade infantil.Escola Nova : John Dewey
1905: Jardins-de-infância públicos de Belo Horizonte.
17
1930: Reivindicações de melhores condições de
trabalho e locais para guarda e atendimento das crianças durante o trabalho das mães.
Cria-se vilas operárias, clubes, creches e escolas maternais para filhos de operários.
18
1943: Governo de Vargas – CLT- Consolidação das Leis do Trabalho.
1961: LDB-Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (4024/61)Art 23: “A Educação pré-primária destina-se aos menores de 7 anos, e será ministrada em escolas maternais e jardins-de-infância”.
19
1932 : Manifesto dos Pioneiros da Educação
Educação pública, única, ensino ativo, laico, gratuito e obrigatório.
Debate para a Renovação Pedagógica para os jardins-de-infância privados.
20
• 1971: LDB – (5692/71) “Os sistemas velarão para que as crianças de idade inferior a 7 anos recebam educação em escolas maternais, jardins-de-infância ou instituições equivalentes”.
Cresce a urbanização e o ingresso das mães de classe média no mercado de trabalho;
Creche para crianças pobres ( Públicas) – Atendimento assistencialista.
21
Classe média (Privadas) – Propostas de desenvolvimento afetivo e cognitivo.
PROCESSO SEM HARMONIA DESIGUALDADES SOCIAIS
22
1972: Com o aumento da demanda inicia:Municipalização da Educação Pré-escolar
públicaMultiplicação de creches particulares
conveniadas com o governo municipal estadual e federal.
Aparecimento de creches comunitárias;Aparecimento de “mães crecheiras”, creches
“domiciliares” ou “creches lares”.
23
24
Emenda Calmon à Constituição Federal (1982), vinculava um percentual mínimo de 25% das receitasmunicipais a gastos com o ensino em geral.
1985: fim da ditadura militar
1986: PND – Plano Nacional de Desenvolvimento
1988: Constituição Federal: Reconhece as creches e pré-escolas como um
direito da criança, dever do Estado a ser cumprido nos sistemas de ensino.
25
1988: CONSTITUIÇÃO FEDERAL ESTABELECE:
“O dever do Estado com a Educação Infantil será efetivado mediante a garantia de:
(...)IV _ Atendimento em creche e pré-escola às
crianças de 0 a 6 anos de idade (...)
26
Determinou que 50% da aplicação obrigatória
de recursos em educação fosse destinada a
programas de alfabetização.
Década de 90: promulgação do Estatuto da
Criança e do Adolescente.
27
Elaboração e promulgação da Lei , de Diretrizes e bases da Educação (9394/96): estabelece : a Educação Infantil como etapa inicial da Educação Básica.
Aumenta a responsabilidade das unidades escolares.
Determina que o profissional da Educação Infantil, tenha no mínimo a formação de nível médio em Magistério.
28
Surgem Programas para atender as crianças que não estão na escolaProjeto CurumimPrograma Rá-Tim-Bum
29
Censo de 2000:
Creches: 1.092.681 crianças matriculadasPré-escola: 4.815.431 crianças matriculadas
30
Alguns Documentos foram criados :Alguns Documentos foram criados :
RCNEI – Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil.
DCNEI _ Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil
Resolução nº 88 de 20/08/2003.
31
Lei nº 11.114de 16 de maio de 2005 ( Ensino Fundamental de nove anos)
32
Etapa da Educação BásicaEtapa da Educação Básica Idade prevista na matrículaIdade prevista na matrícula DuraçãoDuração
Educação InfantilEducação Infantil Até 5 anos de idadeAté 5 anos de idade --
CrecheCreche Até 3 anos de idadeAté 3 anos de idade --
Pré-escolaPré-escola 4 e 5 anos de idade4 e 5 anos de idade --
Ensino FundamentalEnsino Fundamental De 6 a 14 anos de idadeDe 6 a 14 anos de idade 9 anos9 anos
Anos iniciaisAnos iniciais De 6 a 10 anos de idadeDe 6 a 10 anos de idade 5 anos5 anos
Anos finaisAnos finais De 11 a 14 anosDe 11 a 14 anos 4 anos4 anos
Revisão das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil.
•Parecer CNE/CEB nº 20/2009, aprovado em 11 de novembro de 2009
A função sociopolítica e pedagógica da Educação Infantil
A função das instituições de Educação Infantil, a exemplo de todas as instituições nacionais e principalmente, como o primeiro espaço de educação coletiva fora do contexto familiar, ainda se inscreve no projeto de sociedade democrática desenhado na Constituição Federal de 1988 (art. 3º, inciso I), com responsabilidades no desempenho de um papel ativo na construção de uma sociedade livre, justa, solidária e socioambientalmente orientada.
A função sociopolítica e pedagógica da Educação Infantil
Cumprir tal função significa:
• Primeiro lugar - que o Estado necessita assumir sua responsabilidade na educação coletiva das crianças, complementando a ação das famílias.
• Segundo lugar - creches e pré-escolas constituem-se em estratégia de promoção de igualdade de oportunidades entre homens e mulheres.
A função sociopolítica e pedagógica da Educação Infantil
• Terceiro lugar- implica assumir a responsabilidade de torná-las espaços privilegiados de convivência, de construção de identidades coletivas e de ampliação de saberes e conhecimentos de diferentes naturezas.
• Quarto lugar - requer oferecer as melhores condições e recursos construídos histórica e culturalmente para que as crianças usufruam de seus direitos civis, humanos e sociais e possam se manifestar e ver essas manifestações acolhidas, na condição de sujeito de direitos e de desejos.
A função sociopolítica e pedagógica da Educação Infantil
• Quinto lugar - considerar as creches e pré-escolas na produção de novas formas de sociabilidade e de subjetividades comprometidas com a democracia e a cidadania, com a dignidade da pessoa humana, com o reconhecimento da necessidade de defesa do meio ambiente e com o rompimento de relações de dominação etária, socioeconômica, étnico-racial, de gênero, regional, lingüística e religiosa que ainda marcam nossa sociedade.
Uma definição de currículo
A proposta pedagógica, ou projeto pedagógico, é o plano orientador das ações da instituição e define as metas que se pretende para o desenvolvimento dos meninos e meninas que nela são educados e cuidados, as aprendizagens que se quer promovidas. Na sua execução, a instituição de Educação Infantil organiza seu currículo, que pode ser entendido como as práticas educacionais organizadas em torno do conhecimento e em meio às relações sociais que se travam nos espaços institucionais, e que afetam a construção das identidades das crianças.
Uma definição de currículo
O currículo da Educação Infantil é concebido como um conjunto de práticas que buscam articular as experiências e os saberes das crianças com os conhecimentos que fazem parte do patrimônio cultural, artístico, científico e tecnológico. Tais práticas são efetivadas por meio de relações sociais que as crianças desde bem pequenas estabelecem com os professores e as outras crianças, e afetam a construção de suas identidades.
A visão de criança: o sujeito do processo de educação
O conhecimento científico hoje disponível autoriza a visão de que desde o nascimento a criança busca atribuir significado a sua experiência e nesse processo volta-se para conhecer o mundo material e social, ampliando gradativamente o campo de sua curiosidade e inquietações, mediada pelas orientações, materiais, espaços e tempos que organizam as situações de aprendizagem e pelas explicações e significados a que ela tem acesso.
A visão de criança: o sujeito do processo de educação
Cada criança apresenta um ritmo e uma forma própria de colocar-se nos relacionamentos e nas interações, de manifestar emoções e curiosidade, e elabora um modo próprio de agir nas diversas situações que vivencia desde o nascimento conforme experimenta sensações de desconforto ou de incerteza diante de aspectos novos que lhe geram necessidades e desejos, e lhe exigem novas respostas. Assim busca compreender o mundo e a si mesma, testando de alguma forma as significações que constrói, modificando-as continuamente em cada interação, seja com outro ser humano, seja com objetos.
Princípios básicos
Os princípios fundamentais nas Diretrizes anteriormente estabelecidas (Resolução CNE/CEB nº 1/99 e Parecer CNE/CEB nº 22/98) continuam atuais e estarão presentes nestas diretrizes com a explicitação de alguns pontos que mais recentemente têm se destacado nas discussões da área. São eles:
a) Princípios éticos: valorização da autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao bem comum, ao meio ambiente e às diferentes culturas, identidades e singularidades.
Princípios básicos
b) Princípios políticos: dos direitos de cidadania, do exercício da criticidade e do respeito à ordem democrática.
c) Princípios estéticos: valorização da sensibilidade, da criatividade, da ludicidade e da diversidade de manifestações artísticas e culturais.
Objetivos e condições para a organização curricular
• As instituições de Educação Infantil devem assegurar a educação em sua integralidade, entendendo o cuidado como algo indissociável ao processo educativo.
• O combate ao racismo e às discriminações de gênero, sócio-econômicas, étnico-raciais e religiosas deve ser objeto de constante reflexão e intervenção no cotidiano da Educação Infantil.
Objetivos e condições para a organização curricular
• As instituições necessariamente precisam conhecer as culturas plurais que constituem o espaço da creche e da pré-escola, a riqueza das contribuições familiares e da comunidade, suas crenças e manifestações, e fortalecer formas de atendimento articuladas aos saberes e às especificidades étnicas, lingüísticas, culturais e religiosas de cada comunidade.
Objetivos e condições para a organização curricular
• A execução da proposta curricular requer atenção cuidadosa e exigente às possíveis formas de violação da dignidade da criança.
• O atendimento ao direito da criança na sua integralidade requer o cumprimento do dever do Estado com a garantia de uma experiência educativa com qualidade a todas as crianças na Educação Infantil.
A necessária e fundamental parceria com as famílias na Educação Infantil
O trabalho com as famílias requer que as equipes de educadores as compreendam como parceiras, reconhecendo-as como criadoras de diferentes ambientes e papéis para seus membros, que estão em constante processo de modificação de seus saberes, fazeres e valores em relação a uma série de pontos, dentre eles o cuidado e a educação dos filhos.
A necessária e fundamental parceria com as famílias na Educação Infantil
Outros pontos fundamentais do trabalho com as famílias são propiciados pela participação destas na gestão da proposta pedagógica e pelo acompanhamento partilhado do desenvolvimento da criança (...) Nesse processo, os pais devem ser ouvidos tanto como usuários diretos do serviço prestado como também como mais uma voz das crianças, em particular daquelas muito pequenas.
A organização das experiências de aprendizagem na proposta curricular
Na explicitação do ambiente de aprendizagem, é necessário pensar “um currículo sustentado nas relações, nas interações e em práticas educativas intencionalmente voltadas para as experiências concretas da vida cotidiana, para a aprendizagem da cultura, pelo convívio no espaço da vida coletiva e para a produção de narrativas, individuais e coletivas, através de diferentes linguagens” (MEC, 2009a).
A organização das experiências de aprendizagem na proposta curricular
As especificidades e os interesses singulares e coletivos dos bebês e das crianças das demais faixas etárias devem ser considerados no planejamento do currículo, vendo a criança em cada momento como uma pessoa inteira na qual os aspectos motores, afetivos, cognitivos e lingüísticos integram-se, embora em permanente mudança. Em relação a qualquer experiência de aprendizagem que seja trabalhada pelas crianças, devem ser abolidos os procedimentos que não reconhecem a atividade criadora e o protagonismo da criança pequena, que promovam atividades mecânicas e não significativas para as crianças.
A organização das experiências de aprendizagem na proposta curricular
A organização curricular da Educação Infantil pode se estruturar em eixos, centros, campos ou módulos de experiências que devem se articular em torno dos princípios, condições e objetivos propostos nesta diretriz. Ela pode planejar a realização semanal, mensal e por períodos mais longos de atividades e projetos fugindo de rotinas mecânicas.
O processo de avaliaçãoA observação sistemática, crítica e criativa do comportamento de cada criança, de grupos de crianças, das brincadeiras e interações entre as crianças no cotidiano, e a utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, álbuns etc.), feita ao longo do período em diversificados momentos, são condições necessárias para compreender como a criança se apropria de modos de agir, sentir e pensar culturalmente constituídos. Conhecer as preferências das crianças, a forma delas participarem nas atividades, seus parceiros prediletos para a realização de diferentes tipos de tarefas, suas narrativas, pode ajudar o professor a reorganizar as atividades de modo mais adequado ao alcance dos propósitos infantis e das aprendizagens coletivamente trabalhadas.
O acompanhamento da continuidade do processo de educação
Na busca de garantir um olhar contínuo sobre os processos vivenciados pela criança, devem ser criadas estratégias adequadas aos diferentes momentos de transição por elas vividos. As instituições de Educação Infantil devem assim:a) planejar e efetivar o acolhimento das crianças e de suas famílias quando do ingresso na instituição;
O acompanhamento da continuidade do processo de educação
b) priorizar a observação atenta das crianças e mediar as relações que elas estabelecem entre si, entre elas e os adultos, entre elas e as situações e objetos;c) planejar o trabalho pedagógico reunindo as equipes da creche e da pré-escola;d) prever formas de articulação entre os docentes da Educação Infantil e do Ensino Fundamental (encontros, visitas, reuniões) e providenciar instrumentos de registro.
RECNEI – REFERENCIAL CURRICULAR RECNEI – REFERENCIAL CURRICULAR
NACIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTILNACIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL
VOLUME 1 – INTRODUÇÃO ( VISÃO FILOSÓFICA)
VOLUME 2 – FORMAÇÃO PESSOAL E SOCIAL
( DESENVOLVIMENTO EMOCIONAL E SOCIAL)
VOLUME 3 – CONHECIMENTO DE MUNDO ( MOVIMENTO, MÚSICA, ARTES VISUAIS,
LINGUAGEM ORAL E ESCRITA, NATUREZA E SOCIEDADE E MATEMÁTICA)
OBJETIVOSCrianças de 0 a 3 anos
Experimentar e utilizar recursos de que dispõem para satisfação de suas necessidades;
Familiarizar-se com a imagem do próprio corpo, e conhecendo seus limites;
Interessar-se progressivamente pelo cuidado com seu corpo;
Brincar;Relacionar-se progressivamente com outras crianças;
Crianças de 4 a 6 anos• Ter uma imagem positiva de si, ampliando sua
autoconfiança;• Identificar e enfrentar situações de conflitos,
utilizando recursos pessoais;• Brincar;• Adotar hábitos de auto cuidado, valorizando
principalmente a higiene;• Identificar e compreender a sua pertinência
aos diversos grupos dos quais participam;
CONTEÚDOSCrianças de 0 a 3 anos
Auto estimaA auto-estima da criança aos poucos desenvolve, disso
resulta a necessidade do adulto confiar e acreditar na capacidade das crianças com quem trabalha.
EscolhaAs crianças desde bebês manifestam suas
preferências são capazes de escolher, cabe ao adulto interpretar as expressões
faciais ou o choro, que são os principais indícios de insatisfação ou satisfação.
Faz – de – conta
Organizar situações de interação em que panos e fraldas ou anteparos possam ser utilizados para esconder partes do corpo, ou imitarempersonagens contados em histórias.
InteraçãoA capacidade de se relacionar depende de oportunidades de interação com crianças da mesma idade ou de diferentes idades e em
situações diversas.
Imagem O espelho é muito importante na ajuda da construção da identidade, a criança vê sua
imagem, reconhece suas características físicas.
CuidadosJunto com a intervenção educativa deve se satisfazer as
necessidades de higiene, alimentação e descanso.A medida que a criança cresce, a retirada de fraldas, o
controle das esfíncteres e da urina constituem um processo complexo, que integram aspectos biológicos, afetivos, emocionais e sociais.
SegurançaÉ recomendável que se oriente a criança a usarem
utensílios, brinquedos e objetos de forma segura, sempre sob a orientação de um adulto, e com
objetos condizentes a [email protected] 62
Crianças de 4 a 6 anosNome
O nome é um importante elemento na vida de uma criança,
conhecer seu nome, sua origem, ajudam na construção da
identidade da criança.Imagem
O espelho é importante na afirmação da imagem corporal
recém-formada. As criançaspoderão fantasiar-se,
assumir papéis, usar acessórios que os adultos usam.
Independência e AutonomiaPode-se criar situações em que as crianças possam
fazer suas escolhas entre várias opções, em locais distintos ou no mesmo espaço.
Para favorecer o desenvolvimento da autonomia é necessário que o professor compreenda os modos
próprios das crianças se relacionarem, agirem, sentirem, pensarem e construírem conhecimentos.
Respeito a diversidadeA atitude de aceitação outro em suas diferenças e
particularidades precisa estar presente nos atos e atitudes dos adultos com quem convivem na
instituição, respeitando as diferenças de gênero, etnia, religião e etc...
IDENTIDADE DE GÊNERO
A atitude básica é transmitir por meios de ações e encaminhamentos, valores de igualdade e respeito
entre as pessoas de sexo diferentes e permitir que a criança brinque com as possibilidades relacionadas
tanto ao papel do homem como o da mulher.
InteraçãoA ação do professor de educação infantil, como
mediador das relações entre as crianças e os diversos universos sociais nos quais ela interage, possibilitando a criação de decisões, construção de regras e respeito aos outro.
Jogos e brincadeirasUtilizar alguns jogos ou brincadeira, envolvendo o
reconhecimento do próprio corpo, do corpo do outro, a imitação, podem se tornar atividades de rotina.
Cuidados pessoaisCuidados pessoaisAs crianças precisam de ser lembradas para
lavarem as mãos, é fundamental o acesso a água, ao sabonete e a toalha.
Observar o estado de higiene dos sanitários e utilizar tamanhos compatíveis com o tamanho das crianças.
Ajudar a criança na realização de movimentos corretos na escovação bucal. 67
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA O PROFESSORJogos e brincadeiras
O professor deve saber como e quando intervir nas brincadeiras de faz-de-conta, é
aparentemente contraditório com o caráter imaginativo e de linguagem independente que
o brincar compreende, mas há alguns meios que o professor pode utilizar para induzir a
brincadeira e enriquecer para que a brincadeira se torne um aprendizado.
68
Exemplo: Brincadeira de esconder e aparecer
Organizando um ambiente de cuidados essenciais
Uma criança para ser saudável não precisa só de estar nutrida e limpa, mas sim aquela que pode utilizar e desenvolver seu potencial biológico, emocional e cognitivo.
ProteçãoConforto, segurança física e proteção, não significam
limitar a criança de explorar o ambiente e conquistar novas habilidades, mas significa proporcionar um ambiente seguro e confortável, avaliando e acompanhando as capacidades de cada criança, pesando os ricos e benefícios de cada [email protected] 70
AlimentaçãoAlimentação
Organizar os lanche de forma que as crianças possam vivenciá-los de acordo com as diversas práticas
sociais em torno da alimentação, sempre estimulando o prazer e a afetividade, permitindo que
as crianças conversem entre si.
Cuidado com os dentes
Prever uma rotina de escovação dos dentes, visando desenvolver atitudes e construir habilidades de auto
cuidado com a boca e com os dentes.
BanhoPara que a organização do
banho seja correta é necessário prever as condições materiais,
como banheiras seguras, água limpa em temperatura
adequada, sabonete, toalha etc...Troca de fraldasTroca de fraldas
Enquanto o professor executa o procedimento de troca, é aconselhável que observe e
corresponda aos sorrisos, conversas, gestos e movimentos da criança.
Sono e repouso
O sono nas diferentes etapas da vida da criança tem um importante papel na saúde, além de
oferecer um ambiente, cuidados e oportunidades para que elas tenham suas
necessidades atendidas.Para tornar o sono um
momento de descanso pode-se contar histórias, cantar cantigas, embalar, fazer massagens e etc...
73
Organização do tempo
Atividades PermanentesA oferta permanente de atividades diversificadas
em um mesmo tempo e espaço, é uma oportunidade de propiciar a escolha das crianças.
Sequência de atividadesAlgumas atividades propostas de forma sequencial
ajudam a criança na construção da identidade e na conquista da autonomia.