Upload
gabriela-kurtz
View
239
Download
0
Tags:
Embed Size (px)
DESCRIPTION
Trabalho para a disciplina de Cibercultura PPGCOM-PUCRS
Citation preview
Cthulhu e cibercultura:uma anlise da participao dos fs do monstro criado por H.P. Lovecraft na pgina Cute-thulhu, no Facebook.Gabriela Birnfeld Kurtz
Objetivos
Analisar a participao dos fs do monstro Cthulhu, criao Howard Phillips Lovecraft, na pginaCute-thulhu, no Facebook.
Entender como se do as relaes entre os integrantes dessa pgina e o monstro, bem como as transformaes que este passou a partir do conto original.
H.P. Lovecraft
Howard Phillips Lovecraft (1890 1937)Providence, EUA
Algumas obras consagradasO Chamado de Cthulhu (1926)O Horror de Dunwich (1928)Sussurros na Escurido (1930)A Sombra Vinda do Tempo (1935)
H.P. Lovecraft e sua influncia na cultura pop
Os contos
Os contos so uma mistura de horror e fico cientfica: em todos eles retirada a ideia, ou
suposio, de que seres de outras dimenses e eras dominaram anteriormente nosso planeta, e
agora se encontram espera e espreita para, no momento certo, voltar a domin-lo [...].
Os tais seres de outras dimenses so extremamente poderosos e assustadoramente malignos, e
so apenas as pessoas ultrassensveis artistas, pintores, escritores que tm um vislumbre de sua
existncia, em sonhos ou em acessos de delrio e loucura (CLARET, 2011, p.13).
O Chamado de Cthulhu
[...] um monstro de contornos vagamente antropoides, mas com uma cabea semelhante de um
polvo, cuja cara era uma massa de tentculos; tinha um corpo de aspecto borrachoso, coberto de
escamas, prodigiosas garras nas patas traseiras e dianteiras e longas e estreitas asas nas costas
(LOVECRAFT, 2011 [1926], p.30).
Customizao Interao
New media e cibercultura
Manovich New media
As novas mdias so programveis
New media e cibercultura
Castells
O fato de nem todos assistirem aos mesmos contedos de maneira simultnea, e de cada cultura e
grupo social possuir diferentes relacionamentos com as mdias, faz uma diferena fundamental vis--vis
o velho sistema de mdia de massa padronizado (CASTELLS, 1999, p. 366-67).
Primo
Mensagem mais fluidaManipulvel por parte do
receptor
Sites de Redes Sociais
Castells
Rede um conjunto de ns interconectados
(1999, p. 566).
Sites de Redes Sociais
Lvy
Ciberespao e coletivos inteligentes
Sites de Redes Sociais
Turkle
As interaes de cunho virtual tm tanto
empenho por parte dos participantes quanto
qualquer outra interao, por isso ela no pode
ser descartada do que dito como real.
Sites de Redes Sociais
Recuero
ferramentas que proporcionam a publicao
e a construo de redes sociais (2012, p.16)
Refletem estruturas sociais construdas e
modificadas pelos usurios.
Sites de Redes Sociais
Jenkins
Os fs possuem mais do que
reminiscncias emprestadas da
cultura de massas, e sim, sua prpria
cultura construda pelos materiais
que as mdias fornecem.
Anlise da participao
Receptor moderno
Pgina Cute-thulhu (09/12/2013)
Anlise: Objeto
Receptor moderno
Delimitao
Foram analisadas as postagens dos fs na pgina em um perodo de 12 de
junho a 12 de novembro de 2013, totalizando dezenove postagens.
Do total citado acima, dezesseis correspondem ao compartilhamento de
produes alheias e trs a produes prprias.
Anlise: Objeto
Receptor moderno
Fonte: FACEBOOK. Disponvel em: Acesso em 17 nov. 2013.
Anlise: Objeto
Receptor moderno
Fonte: FACEBOOK. Disponvel em: Acesso em 17 nov. 2013.
Anlise: Objeto
Receptor moderno
Fonte: FACEBOOK. Disponvel em: Acesso em 17 nov. 2013.
Anlise: Objeto
Receptor moderno
Imagem 3 Postagem na linha do tempoFonte: FACEBOOK. Disponvel em: Acesso em 17 nov. 2013.
Anlise: Objeto
Receptor moderno
1. As mdias programveis colocam o usurio como protagonista de suas produes, permitindo que se expressem de maneira mais livre e mais customizada do que nunca.
Anlise: Objeto
2. Transformado em brinquedos e produtos, estes insumos no so fruto de um agente de produo: so criaes de fs, em um movimento descentralizado.
Anlise: Objeto
3. O monstro Cthulhu, antes no imaginrio literrio uma criatura de feies horrendas, torna-se, ao ser apropriada pelos fs na era da cibercultura, um ser inofensivo e diminuto.
Anlise: Objeto
Receptor moderno
4. possvel dizer que H.P. Lovecraft criou o monstro, mas os fs realizaram uma desconstruo, atribuindo novo significado sua existncia para a realidade da cibercultura.
Obrigada!
Gabriela Birnfeld [email protected]
Referncias
Receptor moderno
CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. v.1, 6. Ed. So Paulo: Paz e Terra, 1999.
JENKINS, Henry. Textual Poachers: Television Fans and Participatory Culture. Routledge, 1992.
LVY, Pierre. O que o virtual. 1. ed. So Paulo: Editora 34, 1996.
__________. A inteligncia coletiva: por uma antropologia do ciberespao. 2. ed. So Paulo: Loyola, 1999.
__________. Dilogo com Pierre Lvy: a memria como processo no tempo presente. In: Memria cotidiana: comunidades e comunicao na era das redes. CASALEGNO, Federico. Porto Alegre: Sulina, 2006.
MANOVICH, Lev. The language of the new media. 1. Ed. Massachusets: The MIT Press, 2001.
MUSSO, Pierre. A Filosofia da Rede. In: Tramas da Rede: novas dimenses filosficas, estticas e polticas da comunicao. PARENTE, Andr (Org.). Porto Alegre: Sulina, 2010.
PRIMO, Alex. Interao mediada por computador: comunicao, cibercultura, cognio. Porto Alegre: Sulina, 2011.
RECUERO, Raquel. Diga-me com quem falas e dir-te-ei quem s: a conversao mediada pelo computador e as redes sociais na internet, In: Revista FAMECOS, Porto Alegre, n38, abril 2009. P. 118-128.
__________. A Conversao em Rede: Comunicao Mediada pelo Computador e Redes Sociais na Internet. 1.ed. Porto Alegre: Sulina, 2012.
RHEINGOLD, Howard. The Virtual Community. 1.ed. Boston: Addison-Wesley Publishing Company, 1993.
TURKLE, Sherry. Dilogo com Sherry Turkle: a memria na tela. In: Memria cotidiana: comunidades e comunicao na era das redes. CASALEGNO, Federico. Porto Alegre: Sulina, 2006.