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Mary Santiago Silva 16/04/2010
Cromatografia gasosa 1
CROMATOGRAFIA GASOSA
Prof. Marcelo da Rosa AlexandreDepartamento de Química - UFS
Instrumentação
Mary Santiago Silva 16/04/2010
Cromatografia gasosa 2
Escolha do gás de arraste
Inerte em relação à fase e à amostraDisponível em alto grau de purezaBaixo custoCompatível com detector utilizadoCompatível com detector utilizadoN2 , He, e H2 são os mais utilizadosNitrogênio: mais baixo H, velocidade lentaHélio: melhor velocidade que N2, H um pouco mais altoHidrogênio: o melhor para colunas capilares
Por quê?H2 apresenta um ligeiro aumento do termo C Isto permite usar fluxos mais altos com menor perda de resoluçãoH2 resulta em 4 vezes mais pratos/segundo quando comparado com He, por causa de
l id d óti i lt iti dvelocidade ótima mais alta, permitindo análises mais rápidasmais barato que Heproblema: segurança quanto a vazamentos
Mary Santiago Silva 16/04/2010
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Injetor
Liners
Split só tem sucesso se a amostra estiver totalmente na fase vapor e misturada homogeneamente com o gas de arraste. Isto é assegurado pelo “liner”é assegurado pelo linerFunções do liner:- prover transferência de calor eficiente- promover a homogeneização do gas de arraste com a amostra-reter componentes não volatizáveis
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Saturação do liner
Manter o volume da amostra < volume do linerRegra geral: volume expandido abaixo de 0 5 mlde 0.5 ml
Expansão de alguns solventes comuns(250 oC e 13 psig)
água 1277:1 AcEt 235:1MeOH 567:1 Pentano 197:1MeCl2 360:1 hexano 176:1MeCl3 286:1 isooctano 139:1
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Sistema de introdução da amostra
Injeção: banda única e estreitaquantidade injetada não deve ultrapassar a capacidade da coluna d d tí ldeve ser reprodutívela eficiência na coluna é afetada pelo volume injetado:menor volume, maior eficiênciagases: válvulas ou seringaslíquidos/soluções: seringasSistemas especiais para VOCs: head-space;purge-and-trap e dessorção térmicamicro extração em fase sólida (SPME)
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Métodos de InjeçãoO método de injeção dependerá do tipo de amostra e das condições de análiseSaduiche (solvent flush): solvente-ar- amostra. Esta técnica, além de garantir que todo o volume da amostra foi tranferido para o liner, “lava” a agulha com o solventeo solventeSanduiche 2 (air flush): ar-amostra-ar. Não aconselhável para solventes/analitos muito voláteis“hot needle”: deixar a aqulha aquecer (3-5 s) antes de injetar. Previne discriminação da amostra por PE“cold needle”: introduz e tira rapidamente a seringaagulha cheia: agulha é cheia da amostra, introduzida no injetor e deixada alii. A amostra sai por evaporação
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Método “hot needle”
Tomar a amostraTomar 2-3 μl de arinsertar a agulha no injetor e deixar aquecer
l d (3 5)por alguns segundo (3-5)Injetar a amostra rapidamente e tirar a agulha do injetor
-> Assegura que toda amostra foi injetada e a agulha quente auxilia na volatilização do solvente
Colunas capilares: modos split e splitless
Injeção split: reduz a quantidade de amostra que entra na coluna
Injeção splitless: toda a amostra entra na coluna
Injeção split/splitless (injeção de Grob): reduz a quantidade de solvente que entra na coluna
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Injeção split
É difícil injetar volumes menores de 1 μl diretamenteO mesmo efeito pode ser obtido se for feito a divisão (split), reduzindo o volume que entra na colunaDepois da volatização e mistura com o gas de arraste, uma parte do fluxo entra na coluna e o restante é descartado pelo “vent”
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Modo Splitless
Simplesmente deliga o split e toda a amostra é introduzida na coluna
M it d à lMuito danoso à coluna
Baixa reprodutibilidade
Grande quantidade de solvente satura a coluna e a fase gasosa
Modo splitless/split
Injeção Grob
Duas etapas:Duas etapas:1. Injeção inicial no modo splitless2. Muda para split após periodo de tempo fixado (tempo de purga)Vantagem: introduz a maior parte dos solutos, mas não o solvente
Splitless/split
O solvente deve ser mais volátil que os compostos de interesseInjetor deve volatilizar todos os componentes de interesseSob estas condições somente uma pequena parte do solvente entra na coluna--> focalização dos solutos
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Tempo de purga
Deve ser suficiente para que os componentes da amostra entrem na colunaSe é muito longo, o solvente também entra e a focalização é pobrePara escolher o melhor tempo de purga, injetar várias vezes variando este parâmetroEm geral: 30-60 segundos
ColunasCoração do processo de separaçãoInúmeras fasesClassificação: diâmetro do tubo e tipo de empacotamento
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COLUNAS
Tipos de colunas
Empacotadas Tubos abertos
FE – sólida / porosa FE – sólida / porosa(PLOT)
FE – líquida sobre suporte sólido
FE – líquida sobre suportesólido (SCOT)
FE – líquida sobre a face Interna da coluna (WCOT)PLOT - Porous Layer Open Tubular
WCOT - wall coated open tubularSCOT - support-coated open tubular
Tipos de colunas – WCOT
Coated: filme apenas depositado sobre a parede interna
Bonded ou crosslinked: fase quimicamente ligada à parede internaligada à parede interna
Bonded: resiste a temperaturas mais altas, vida útil mais longa, menor sangria da coluna. Geralmente fases apolares ou de baixa polaridade
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Tipos de colunasEmpacotada Aberta
comprimento, m 0.5- 5.0 5 - 100ID, mm 2 - 4 0.1 - 0.7Fluxo, ml/min 10 - 60 0.5 - 15pressão.psig 10 - 40 3 - 40pratos teóricos 4000 250.000capacidade 10μg/pico 100ng/picop μg p g pesp. Filme, μm 1 - 10 0.1 - 8
Vantagens baixo custo alta eficiência+ fácil de fazer + mais rápida+ fácil de usar + mais inertemelhor para melhor paragases e amostras amostrassimples complexas
Escolha de colunas:Empacotada vs capilar
Fatores a considerar: concentração e complexidade da amostra
Empacotada: amostras simples, relativamente concentradas
Capilar: amostras complexas, bastante diluídas
Mary Santiago Silva 16/04/2010
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Escolha de colunas: faseEscolha da fase: semelhante dissolve semelhante
Constantes de McReynolds: método para avaliar uma grande quantidade de fasesavaliar uma grande quantidade de fases baseado na medida da performance para um conjunto representativo de substâncias
Tabelas são encontradas nos catálogos dos fabricantes
Mary Santiago Silva 16/04/2010
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Escolha de colunas capilares: espessura do filme
Aumento na espessura do filme = aumento da largura do pico; do tempo de retenção; da capacidade da coluna e da temperatura de eluição. Diminui a temperatura máxima => maior sangriamaior sangria
filmes finos (0.10 - 0.25μm): amostras simples ou analitos com alto PE (>300oC)
filmes grossos (1 - 5μm): baixo PE (VOCs e gases) e alta concentração
Mary Santiago Silva 16/04/2010
Cromatografia gasosa 17
Escolha de colunas capilares: comprimento
Análise isotérmica aumenta em 40% a resolução de colunas de 30 para de 60 m. Rsaumenta com a raiz quadrada de L.
Aumenta o tempo de análise e necessita de pressão mais elevada do gás de arraste.
Colunas mais longas custo mais elevado.
L N tr* Vel. P(m) (x 103) (min) (cm/s) (psi)=============================30 155 15.2 23 18 60 304 36 8 19 2860 304 36.8 19 28120 550 82.4 17 53150 719 125.0 14 57=============================* C13, coluna SPB-5 , 0.25mm x 1.0 μm (β = 62.5), temperat.coluna 145oC
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Temperatura da coluna
Forte efeito sobre a análise:tr = L (k+1) onde k α 1/T
VVpode ser usada para controlar o tr
o aumento da temperatura reduz o trsendo que o fator de alteração não é o mesmo para todos os compostos
Mary Santiago Silva 16/04/2010
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Programação de temperatura da coluna
Compostos homólogos: tr aumenta exponencialmente com o número de carbonos
t t t lt d io tr aumenta, w aumenta e a altura do pico diminui, tornando impossível a detecção após a eluição de alguns picos
como a solubilidade de um gás em um líquido diminui com o aumento da temperatura, o trpode ser reduzido pelo aumento da Tcoluna
Programação de temperatura da coluna
Fatores a considerar:variação na solubilidade mudança na volatilidade estabilidade térmicaestabilidade térmicamudanças no fluxo do gás de arrasteestabilidade da fase estacionária
A programação deve estar entre Tmin e Tmaxda coluna
Escolha da programação de temperatura
1. Determinar a temperatura e tempo iniciais que produza a melhor separação dos 2 primeiros picos
2. Repetir o procedimento 1 para os últimos 2 picos
3. Experimentar com várias rampas de aquecimento para otimizar para os demais componentes
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Detectores
Qualquer método para monitoramento direto ou indireto dos eluentes que deixam a coluna
Podem ser classificados em :destrutivos vs não destrutivosuniversal vs seletivouniversal vs específico
Detectores
Propriedades de um bom detector:alta sensibilidade - possível seletividaderesposta rápida a mudanças de
t ãconcentraçãoestável quanto ao ruído e linha de basebaixa sensibilidade a variações no fluxo, pressão e temperaturaproduzir sinal facilmente “transformável”
DetectoresSensibilidade: resposta/massa (ou concentração)limite de detecção (detectabilidade):
ASTM: LD = 2 x ruído IUPAC: LD = 3 x Sb/m, onde Sb é o desvio de Y e m é o coeficiente angular da reta da resposta vs concentração (ou massa)
faixa de linearidade (linear dynamic range)
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Detector de Condutividade Térmica
(TCD)UniversalNão destrutivoLimite detecção ~ 400 pg/ml Li id d 106Linearidade ~106
Modo de detecçãoMudança na resistência de um fio, que será afetada pela variação na termocondutividade do gás que elui da colunaAplicação: em geral análises de gases
Mary Santiago Silva 16/04/2010
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TCDApesar do H2 ter o maior valor de TC o He é mais usado por ser menos reativo
Detector com canal duplo: duas colunas (analítica e branco) Exige otimização para(analítica e branco). Exige otimização para mudanças devido a variações de temperatura e sangramento da coluna
Existe TCD com um só canal que fazem correção para variação de temperatura
Detectores de IonizaçãoDiferentes métodos de geração da corrente iônica, mas em todos os casos o sinal corresponde à flutuação desta corrente na presença de vapores orgânicosIonização de chama (FID)Ionização de chama (FID)Ionização termoiônica (TSD)fotoionização (PID)captura de elétrons (ECD)
Detector de Ionização de Chama (FID)
Universal (+ popular)DestrutivoLD ~ 5 pg carbono/sLinearidade ~107
Modo de detecção:Produção de íons em uma chama resulta em corrente entre o coletor e a chama. Corrente geralmente aumenta de 10-14 para 10-5 A.Gas auxiliar (make-up) é necessário para manter o fluxo ótimo p/ colunas capilaresÓtiimo para hidrocarbonetos.
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FIDCompostos que têm resposta ruim ou nula no FID:gases nobres NH3
CO CO2
NO CSNOx CS2
H2O O2
compostos halogenadosácido fórmicoformaldeído
FID
Fatores que influenciam a detecção:relação ar/ H2 / gas de arrasteo tipo de gas de arraste (TC)geometria do detectorgeometria do detector
a resposta pode ser otimizada com otimização do fluxo de H2
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Cromatografia gasosa 24
Detector de ionização termoiônica - TSD
(também chamado NPD)Específico : N e PDestrutivoLD ~0.4 pg N/s
~0.2 pg P/sLinearidade: 104
Modo de operação:Funciona como o FID. Entre a chama e o coletor há um sal alcalino dopando um cilindro de cerâmica, que emite sinal negativo em relação ao coletor
Mary Santiago Silva 16/04/2010
Cromatografia gasosa 25
Detector de captura de elétrons - ECD
Seletivo: halocompostos, nitrocompostos, Linearidade: 107
Sensibilidade:Modo de detecção:Modo de detecção:Ionização do gás de arraste por radiação βproveniente de uma fonte de Ni63 o que gera um plasma de íons positivos, radicais e elétrons térmicos. Quando uma molécula eletronegativa entra no detector, ela captura os eletrons termoiônicos, diminuindo a corrente
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ECD
Respostas relativas100 HC101 esteres , éteres102 álcoois, cetonas, monoCl, aminas103 monoBr, diCl104 anidridos, triCl105- 106 poli-Cl e Br, mono e di-I
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Cromatografia gasosa 27
Detector Fotométrico de chama(FPD)
Específico: P, S e SnDestrutivoLimites de detecção: ~ 20 pg S/seg
~ 0.9 pg P/segLinearidade: ~ 104 P e ~103 S
Modo de operação: medida direta da luz produzida durante a combustão dos compostos contendo S, P ou Sn
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Cromatografia gasosa 28
Detector de Fotoionização (PID)
Específico: compostos ionizados por UVLD ~2 pg C/sLinearidade ~107
Modo de detecção:UV é usada para ionizar diretamente os componentes da amostra. A corrente resultante é medida
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PIDSensibilidade:
> para > no de carbonosalcanos<alcenos< aromáticosalcanos< alcoois< ésteres< aldeídos< cetonascíclicos> alifáticosF< Cl < Br < Ipara aromáticos: grupos doadores de elétrons aumentam a sensibilidade, receptores, diminuem. Exceção: aromáticos halogenados
Muito utilizado para análise de traços de PAHs
Outros detectores
Condutividade Térmica(TCD):gasesQuimiluminescência (TEA):emissão de fótons, nitrosaminasE i ã Atô i (AED) táliEmissão Atômica (AED): organometálicosEletroquímicos: Hall (mais sensível que ECD para clorados)Espectrometria de massas
Análise Qualitativa -tempo de retenção
Pode ser utilizado para algumas análises qualitativas, quando a comparação com o padrão nas mesmas condições analíticas for
í l E t l d lid d ( lit jápossível. Ex: controle de qualidade (analito já conhecido, poucos compostos na amostra)
Reproducibilidade depende de vários parâmetros experimentais.
Mary Santiago Silva 16/04/2010
Cromatografia gasosa 30
Análise qualitativa -Tempo de retenção relativa
Rx,std = trx
trstd
É o parâmetro mais utilizado, por ser mais simples e necessitar de apenas um padrão
Análise qualitativa -Índice de retenção
Para séries homólogas,log tr = a + bn
Número de carbonos (n)
log
tr
Para determinar um n desconhecido:x = n1 + (n2 - n1) log trx - log trn1
log trn2 - log trn1tal que: n2 > x > n1
Análise qualitativa -Índices de retenção
Para outros compostos que não os n-alcanos, pode-se também calcular um índice de retenção utilizando asíndice de retenção, utilizando as parafinas como padrões. O valor não necessariamente será um número inteiro
Mary Santiago Silva 16/04/2010
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Índice de retenção de Kovats
Como calculá-lo:IR = 100 log trx - log trn + 100 n
log trn+1 - log trn
alcanos são utilizados como padrões de referência e devem estar antes (n) e depois (n+1) do composto desconhecidoIR determinado para muitos compostos a várias temperaturas--> Tabelas para comparação de eficiência de separação
Quando utilizar índices de retenção
O padrão deve fazer parte da amostra -> padrão interno
Para cálculo do Ir para vários compostos, deve eluir no meio do cromatograma, caso contrário vários padrões devem ser utilizados
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Cromatografia gasosa 32
Outros métodos de análise qualitativa
Gráficos de retenção --> qualquer serie homóloga (idem alcanos). Ex: índice de retenção de Lee (PAHs)ç ( )Identificação pós-coluna --> detectores que forneçam informações atômicas/moleculares: MS, EA, AA, UV/Vis, FTIR