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INFORMAÇÕES, SERVIÇOS E NEGÓCIOS PARA O SETOR DE TI E TELECOM - Agosto 2012
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AGOSTO DE 2012 NÚMERO 352 WWW.CRN.COM.BR
A nova cara daDisponível, Rodrigo Kede aponta o estilo pro� ssional que vai predominar no comando da IBM Brasil
O QUE MUDOU ENTRE 2011 E 2012 NA CABEÇA DO CIO
NA HORA DE DEFINIR O FORNECEDOR DE
TECNOLOGIA?
NOTAS, DESTAQUES, FOTOS, DETALHES E COMPARAÇÕES
Resultados do estudo Campeões do Canal 2012
OS 10 PRINCIPAISERROS NA OFERTA DE SOLUÇÕES DE SEGURANÇA
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índiceAgosto / Edição 352
nova crn brasil 2012
anTEs Da Tipágina | 74Veja o que mudou na cabeça dos CIOs do ano passado para cá na hora de escolher os fornecedores de TI
crn ParTnEr sUMMiTpágina | 84Carlos Busch, da Processor, abre a nova seção, que vai mostrar o que mais os canais curtem quando vão aos eventos globais da indústria. Estrelando, o WPC, da Microsoft, em Toronto
70 IUpdate
74 I Foi assim
80 ICRN Tech
86 I Daqui pra lá
90 I Papo Aberto
sYManTEcpágina | 14Novos líderes da companhia no Brasil bateram um papo com a redação e contaram um pouco sobre suas estruturas e também falaram da entrada no mercado de appliances
MicrosoFTpágina | 20A fornecedora se vê em uma fase inédita de lançamentos e usou seu Worlwide Partner Conference, no Canadá, para incluir os canais em seu plano. Veja os comentários dos parceiros nesta reportagem
EU acrEDiTopágina | 26Modelos flexíveis de trabalho, progresso da sociedade e equilíbrio pessoal/profissional são alguns dos pontos comentados por Rodrigo Kede, novo presidente da IBM Brasil
sEGUranÇapágina | 36Com base em estudo da IT Mídia, conversamos com alguns CIOs e chegamos a uma lista dos principais equívocos cometidos pelo fornecedor de segurança. Mas também captamos 10 dicas infalíveis para corrigir o perfil da oferta
ElETrolarpágina | 42Veja o que alguns dos participantes levaram como resultado da feira que colocou a indústria e a distribuição em contato com os clientes do varejo
caMPEÕEs Do canalpágina | 52Fotos, vencedores, gráficos, análises e tudo o mais que você pode querer saber sobre o estudo que avalia anualmente a percepção do canal em relação à indústria
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AGOSTO 2012 WWW.CRN.COM.BR
CRN | PARTNER SUMMIT
CARTA AO LEITORAgosto / Edição 352
Foto
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ukio
Por
rino
Onde acaba você? Onde começa sua empresa?
Você tem percebido como sua lista de amigos do
LinkedIn está cada vez mais parecida com a do
Facebook? Você tem notado que o seu jeito de
gerir sua empresa guarda muita semelhança com
a maneira que lida nas dinâmicas da sua casa, da
sua família? E as grandes ideias que você já teve no seu trabalho....
muitas delas nasceram em papos com amigos, ou em momentos
inesperados de lazer?
Se você respondeu sim para ao menos uma dessas pergun-tas, então está pronto para a Nova CRN Brasil! Num mundo onde as fronteiras que separam o profi ssional do pessoal estão cada vez mais fi ninhas, é hora de usufruir dos benefícios disso! É hora de colocar em campo a inspiração da vida pessoal em prol do âmbito empresarial; hora de mostrar o que a sua au-tenticidade em contextos informais tem a acrescentar no duro campo corporativo.
No dia a dia, isso até já é muito comum e observamos, por exemplo, as empresas criando ambientes cada vez mais confortá-veis e prazerosos para o trabalho. A consumerização está aí, que não me deixa mentir.
E, de repente, nos deparamos com pessoas ao nosso redor que têm muito mais em comum do que os negócios, do que o mercado de atuação, do que a busca por lucratividade. A pessoa com quem se fecha um grande negócio compartilha com você muito mais que a afi nidade por um negócio de sucesso. Partilha de valores importantes para você; exibe características pessoais que te cativam e por aí vai. É isto o que dá vida a um conceito que você verá estampado em cada produto da IT Mídia: comuni-dade! Do Aurélio: Qualidade daquilo que é comum; Agremiação;
Comuna; Sociedade; Identidade; Paridade; Conformidade; Lugar onde vivem indivíduos agremiados.
É daí que vão nascer todos os conteúdos da Nova CRN Brasil: do que nos conecta enquanto pares em uma comunidade de empresas ligadas ao mercado de TI; do que está além da mesa de reunião; do que extrapola o terno e gravata, mas que tem tan-ta importância na hora de se decidir ou não por um negócio!
Nós vamos levar a você muito mais do que os tradicionais números, tendências e análises que tanto se vê nos eventos e publicações do nosso setor. Junto com tudo isso, vamos mostrar a você aquilo que está por trás de todos esses frios elementos: As Pessoas! Afi nal, são elas que colocam toda sua energia, dedicação e inspiração na criação de produtos, serviços e resultados.
Nos disponibilizamos, agora, como uma nova plataforma de relacionamento às empresas de TI. Oras, empresas de TI lá podem se relacionar? Claro que não! Quem faz isto acontecer é você! Você mesmo, que está lendo este texto agora e que só hoje já teve tantas ideias bacanas que expressam muito mais o que você pensa do que os produtos que você vende. Será que seus pares, clientes, fornece-dores, canais conhecem de você o que realmente importa?
A Nova CRN Brasil está aqui para isto! Vamos contar o resultado, como sempre, mas queremos contar com muito mais charme o que se passa na cabeça de quem faz este mercado de bilhões de dólares acontecer!
Entre e fi que à vontade!
HALINE MAYRA EditoraEmail: [email protected]
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Em nome da Agfa HealthCare parabenizo a IT Mídia pelos 15 anos de inovação em relacionamento e geração de negócios que tem garantido seu sucesso nos setores de Saúde e da Tecnologia da Informação. A IT Mídia vem conectando a cadeia produtiva da Saúde de forma exemplar. Com seriedade, profissionalismo e coerência tem desenvolvido as comunidades de negócios fazendo com que os profissionais destes setores estejam mais próximos e novas ideias sejam criadas. Continuem Sonhando e Realizando, pois, este é o super jeito IT Mídia de ser.
José Laska Diretor Geral
Agfa HealthCare do Brasil
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O Grupo IT Mídia, em seus 15 anos de existência, seguiu uma trajetória
de empreendedorismo calcada na informação de qualidade e na
credibilidade de seus veículos e profissionais. A IBM compartilha
desses valores e reconhece o importante papel da IT Mídia para a difusão da informação em nossa
indústria. Por isso, desejamos que o Grupo siga seu caminho
de sucesso e compromisso com seus clientes e parceiros, tendo sempre em vista a excelência, a inovação e a contribuição para
uma sociedade melhor.
Ricardo Pelegrini Vice-Presidente de indústrias
e iniciativas estratégicas na organização de mercados
emergentes IBM Brasil
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AGOSTO 2012 WWW.CRN.COM.BR14
CRN BRASIL ENTREVISTA | SYMANTEC
a milE
stagnação é palavra fora do vocabulário para a Symantec Brasil. Este ano, ganhou um novo diretor-geral, Vicente Lima, antes diretor de vendas para o governo, que assume o cargo pela segunda vez – Lima foi o primeiro presidente da Symantec no País, esteve à frente da empresa entre 1994 e 2002 e ocupou o lugar aberto por Wagner Tadeu, alçado à vice-presidência da América Latina. Na diretoria
de canais, a novidade foi a chegada de Marcelo Saburo, também responsável por co-mercial e PMEs. Outra agitação é na linha de produtos, com a chegada dos appliances para soluções de backup e desduplicação, depois de dois anos de idas e vindas de proje-tos entre a fi lial e a matriz e o lançamento de aplicativos de segurança para equipamen-tos móveis. Para explicar o que tudo isso representa, CRN Brasil foi recebida quase em festa por Lima, Saburo, o gerente-regional de marketing de produto Paulo “Pepê” Prado e o engenheiro de sistemas Eraldo Rodrilla, logo depois do almoço trimestral de celebração de resultados – a subsidiária cresceu 23% quando a corporação avançou globalmente apenas 1%. Entenda o porquê.
Symanteca milPor Martha Funke, especial para a CRN Brasil
COM NOVO CEO E TAMBÉM NOVAS LIDERANÇAS NA
OPERAÇÃO BRASILEIRA, A FORNECEDORA
SE ANIMA COM LANÇAMENTO DA
OFERTA DE APPLIANCES DE SEGURANÇA E COM
O BOM DESEMPENHO NO MERCADO LOCAL
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PAULO "PEPÊ" PRADO, VICENTE LIMA E ERALDO RODRILLA, DA SYMANTEC:Juntos, executivos trabalham para usar
o bom resultado da subsidiária brasileira como elemento de atração das atenções do
novo CEO, Steve Bennet
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CRN BRASIL ENTREVISTA | SYMANTEC
16 AGOSTO 2012 WWW.CRN.COM.BR
O portfólio de soluções mó-veis foi reforçado com um conjunto de recursos para Android e iOS como o Nuko-na App Center, que protege aplicativos e dados em dis-positivos iOS com criptogra-fia que coloca a marca en-tre os poucos fornecedores a oferecer essa certificação hoje. A iniciativa endereça a tendência de consumeiriza-ção, o BYOD (bring your own device, ou traga seu próprio dispositivo). Pesquisa da empresa realizada no come-ço do ano apontou que, com o crescimento do uso de equipamentos móveis, nos 12 meses anteriores o cus-to médio de prejuízos rela-cionados a tecnologias mó-veis no Brasil havia chegado a 296 mil dólares – 79% das empresas na América Latina estavam avaliando a criação de aplicações móveis customizadas e em dois terços já as estava im-plementado. Mas só 39% dos entrevistados na região identificavam a mobilidade como um risco.
MOVE IT!
CRN Brasil – O que a Syman-tec tem para comemorar este mês?Vicente Lima – Fechamos um tri-
mestre excepcional. Batemos 106%
da nossa meta, crescemos 23% sobre
o ano passado e estamos lançando
produtos marcantes como os applian-
ces para backup e desduplicação, que
vão trazer oportunidade de participar
de negócios maiores e facilitar a vida
dos nossos clientes. Na área de mobi-
lidade, a gente está lançando agora
o Nukona. Tem-se falado muito de
MDM (Mobile Device Management)
e nós vamos abordar uma arquitetura
mais de MAM (Mobile Application
Management), que, em vez de focar
no dispositivo, mira na aplicação.
Pepê – Com o MAM, o colaborador
pode trazer o dispositivo dele e ser ge-
renciado em nível de aplicação com
mais facilidade...
Vicente – Vai ao encontro do BYOD.
Você deixa o usuário trazer o dispo-
sitivo com que está acostumado, a
corporação vai ter a alternativa de
não ter de investir naquele aparelho.
A gente tem de fazer coisas baseado
no que o cliente quer. Primeiro, a
simplificação. Antes do lançamento
dos appliances, para adquirir nossas
soluções de backup ele tinha de juntar
software, hardware, serviço. A gente
tira essa complexidade. Outro ponto:
tínhamos de entrar no data center e
conseguir uma janela lá dentro podia
levar meses. Quem concorria com ap-
pliance só pedia espaço e energização
e estava pronto em 15 dias. A gente
também ganhou na velocidade.
CRN – Como é ter agilidade em uma companhia deste tamanho? Vicente – O tamanho dá escalabili-
dade e recursos. A estrutura mundial
beneficia a escala de custo, princi-
palmente de hardware. Na hora da
logística, passa pela estrutura conven-
cional, distribuição e canal. Nossos
distribuidores de software passarão
a importar o hardware. E estamos
criando um standard mundial de su-
porte com uma empresa que tem am-
plitude e capilaridade para atender
SLAs no País todo.
CRN – Qual o impacto da mudança de comando re-cente? O Steve Bennet é mais voltado a negócios que a produto...Vicente – O Enrique (Salem, que até ju-
lho ocupava o cargo de presidente e CEO) era
muito voltado a produto. Quando eu
entrei na Symantec em 1994, ele era
líder de produto e concebeu alguns
como Norton System Works. Agora,
entrou uma pessoa com mais vivência
executiva, trabalhou com o Jack Wel-
sh na GE, foi CEO da Intuity, deve
causar algum novo direcionamento.
CRN – Isso já se sente de al-guma forma?Pepê – É muito recente, mas já existe
uma mudança de mindset...
Vicente – Internamente há uma cer-
ta euforia, porque a mudança traz no-
vos ventos. Externamente também, o
valor de mercado nos últimos 15 dias
aumentou 1,5 bilhão de dólares.
CRN – E os ventos sopram pra onde?
Vicente – É cedo ainda para dizer. O
Steve vai fazer um tour mundial antes
de começar a tomar decisão.
CRN – Quais seriam os três maiores desejos do Brasil? Vicente – Uma das coisas é a faci-
lidade de fazer negócio. Você tocou
nesse ponto. Pelo nosso tamanho,
ela é sempre bem-vinda e esse é um
lugar onde ele deve nos ajudar, sim-
plificar um pouco os processos, nos-
so back office, facilitar nossa relação
com o parceiro, com clientes. Hoje, a
gente às vezes ainda fecha diferentes
tecnologias no cliente e tem de usar
múltiplas ferramentas para fazer as
entregas, contratos...e o cliente fala,
‘eu queria assinar aqui’... Então, tem
de mandar para o departamento legal
o contrato do cloud, do appliance, do
serviço gerenciado...é quase uma ou-
tra transação de vendas no cliente.
Pepê – Uma coisa bem óbvia e lugar
comum: investimento. Não é chora-
deira, mas falta um pouquinho da-
quela aposta, talvez se desse um pou-
co mais, poderia crescer mais...chorar
a gente vai chorar sempre, né?
CRN – Chorar faz parte do jogo? (risos)Vicente – Indubitavelmente, o se-
gundo ponto é investimento. A mu-
dança do Enrique foi até porque ele
não estava conseguindo crescer e o di-
recionamento era balancear despesas
versus vendas. Então, a gente estava
perdendo oportunidades. Nós até que
não temos muito do que reclamar, fi-
zemos um plano de investimentos, le-
vou um tempo para a gente conseguir
aprovação, mas a gente colocou no
ano fiscal passado 31 pessoas diretas
na área de vendas. Entraram outras
quase 20 pessoas para dar suporte a
vendas no ano fiscal passado. Mas
como o Pepê disse, crescemos 23%,
mas o Brasil pode crescer 50%.
CRN – Há desejo de revisão levando em conta o poten-cial do País?Vicente – Ótima pergunta. Nosso
CEO já se manifestou a respeito dis-
so. Ele disse ‘sou guiado por resulta-
do’. Pode ser Bric, brac, bruc, ‘se tem
plano bacana, apresenta pra mim,
vai executar. O crescimento é bom, o
retorno sobre o investimento é legal...
opa, você pegou minha atenção!’. En-
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AGOSTO 2012 WWW.CRN.COM.BR18
CRN BRASIL ENTREVISTA | SYMANTEC
tão, acho que a gente tem oportunidade
de se alavancar pelo fato de estar em uma
onda boa ainda, não por ser o B do Bric.
CRN – O que pega mais para conseguir esse resultado, o que é que faz a roda girar? Vicente – Somos absolutamente persisten-
tes nos objetivos. Apesar da grandiosidade,
trabalhamos com espírito de empresa pe-
quena e lutamos pela nossa prosperidade,
somos puro-sangue de vendas.
Pepê – Em contraponto aos EUA, a vanta-
gem de estar nas regiões é a proximidade,
o marketing senta do lado de vendas, que
senta do lado de canais, nesse espírito de
empresa menor tem comunicação um pou-
co mais fluida. É uma vantagem regional.
Vicente – Antes mesmo de lançar os ap-
pliances, a gente acabou fazendo um negó-
cio envolvendo quase uma centena deles.
Nossos concorrentes já tinham colocado os
appliances deles no data center do cliente
e a gente ganhou o processo, não desistiu
até o último minuto, entrando com algo
novo e competindo com os grandes players
do mercado. Com fabricante dizendo para
nossos canais, ‘não entra que você vai se
queimar’. E a gente reverteu isso, temos
uma crença brutal no produto.
CRN – E, nesse caso, o que ele comprou? Persistência, rela-cionamento, resultado...Vicente – A confiança do que ele viu no
processo de avaliação. Não se pode su-
bestimar isso. Mas, fundamentalmente o
produto tem de ser bom. Os clientes têm
aperfeiçoado a forma de avaliação, é difícil
passar pelas provas de conceito em projetos
complexos, tem de mostrar que você conse-
gue sobreviver a testes de estresse, que são
realmente brutais. Tem de ter engenharia,
pré-vendas, área técnica para dar suporte,
a área de vendas tem de ajudar a escalar.
Eraldo – Existe busca de melhora de efici-
ência. A gente tem tido muito êxito porque
em todas as provas de conceito se consegue
fazer com que o cliente diminua o investi-
mento pela metade com o ganho de eficiên-
cia e isso conta muito no processo de ava-
liação, traz economia direta para o cliente.
CRN – Com que vocês contam para chegar nessa eficiência?Vicente – Estamos treinando nossa força
de vendas, pré-vendas e hoje o discurso é
uníssono. Estamos lutando para nossa for-
ça de vendas ter conversas de negócios, di-
ferente da de TI. Isso é chave.
CRN – E a inovação?Vicente – A gente tem de pegar o asset e
inovar na forma como aplica. Essa semana
entrou gente na minha sala com projeto de
usar certificação digital contra pirataria.
Quero inovar no Brasil no uso dos recur-
sos, não consigo gerar aqui produto novo.
Nos últimos três anos formamos 20 pessoas
por ano na FGV aqui dentro. É uma delícia
trabalhar com gente assim, na maioria das
vezes, o negócio que o cara faz não quebra,
não precisa refazer e isso é impagável.
CRN – Você e o Marcelo Saburo (novo diretor de canais) acaba-ram de chegar a essas posi-ções. Como foi isso?Vicente – Em 1994 eu era gerente de
vendas da Symantec, funcionário em
Santa Monica, até abrir entidade aqui.
Fiquei oito anos, saí, passei por algumas
empresas, voltei para tomar conta de
DLP (data loss prevention) há três anos
no Cone Sul. O Wagner quis montar uma
área de governo e eu assumi no ano pas-
sado. Foi um sucesso. Quando ele subiu
para VP, apliquei para a posição de coun-
try manager de novo.
Saburo – Comecei aqui como estagiário
na área do varejo há 12 anos, tinha 20 pes-
soas na Symantec. Eu era brigão desde o
começo... passei a coordenador e gerente,
montamos a estrutura de pequenas e mé-
dias, que vendia 4,5 milhões de dólares por
ano e adiante passei com cota três vezes
maior, sempre trabalhando em sinergia
com canal. Aí, o Vicente me convidou para
trabalhar direto com canal. Agora tenho
de trabalhar na especialização.
CRN – O que levou à escolha do Saburo para a área de canais?Vicente – É uma pessoa pragmática.
Sabe claramente o que quer fazer e execu-
ta com disciplina nipônica. Isso é bacana,
é solido, eu gosto de ter previsibilidade.
Quando você promete as coisas, tem de
fazer, se não cai em descrédito.
CRN – E o que faz esse time sair da cama de manhã?Vicente – É uma vontade danada de
prosperar, tem muita coisa que quero
fazer na vida. Acabei de voltar de Roma
e Paris, apresentei minha filha (Sofia, de
oito anos) ao mundo... isso é maravilhoso,
o mundo tem muito a mostrar, isso me
move, essa prosperidade é minha, me
pertence. A vida tem de ser rica, a experi-
ência tem de ser rica.
Pepê – Sendo mais pontual e pragmáti-
co, essas novidades de lançamento, coisas
novas, a gente tem de cuidar de um mon-
te de coisas, de detalhes, eventos, traduzir
tecniquês para negociês... isso me motiva,
anima muito, é época legal, tem parte fes-
tiva, o Vision (evento anual da companhia)...
CRN – É o próprio marketing... (risos). E o Eraldo?Eraldo – O appliance! (risos) Na lata,
literalmente... Sou apaixonado pelo pro-
duto, gosto do desafio mental, de tentar
inovar, tenho orgulho de falar do produ-
to, de vender, de ter feedback do cliente,
hoje eu posso levar outras pessoas e sei
que o cara está satisfeito, isso é um gran-
de motivador.
Vicente – A gente também vive para pro-
teger as pessoas e as empresas, faz um tra-
balho nobre, tem orgulho, sem a gente o
mundo seria mais hostil...
Saburo – Fazendo analogia com hobby
[Saburo é um mergulhador apaixonado, com planos
de se tornar professor de mergulho ao se aposentar],
é o próximo mergulho. Para mergulhar, a
gente aprende duas dicas: planejamento e
nunca mergulhar sozinho. Prepara bem e,
se alguma coisa sair do planejado, tem de
ter algo para remediar.
A saída de Enrique Salem do posto de CEO, que ocupou por três anos, aconteceu depois da que-da de 10% no faturamento do primeiro trimestre fiscal da Symantec, encerrado em junho. O presidente do conselho, Steve Ben-nett, ao assumir, reconhe-ceu o valor do trabalho de Salem e disse à CRN EUA: “Ao mesmo tempo em que houve progresso em muitas áreas nesses três anos, foi uma decisão do board que seria melhor uma troca de CEO”, continuando: “Minha visão é de que os ativos da Symantec são fortes e, mesmo assim, a empresa está tendo um desempe-nho menor do que as opor-tunidades vigentes”.
A companhia encer-rou o primeiro quarter com receita de 1,7 bilhão de dólares, alta de 1% sobre um ano atrás. Mas a lucra-tividade caiu 9,9%, para 172 milhões de dólares. As expectativas de fecha-mento do segundo trimes-tre, no final de setembro, apontam para uma receita entre 1,635 bilhão e 1,665 bilhão de dólares.
Bennet, que tem for-mação em finanças, tam-bém compõe o conselho administrativo de empre-sas como American Air-lines e AMR Corporation, além da Qualcomm.
Chairman no comando
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AGOSTO 2012 WWW.CRN.COM.BR20
REPORTAGEM | MICROSOFT WORLDWIDE PARTNER CONFERENCE
Linha do Tempo
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Ainda há margem para erro,Microso� ?
Por *Felipe Dreher | [email protected]
15 de fevereiro
anúncio da atualização do
17 de abril
lançamento do
7 de junho
novos serviços e melhoria no
18 de junho
surpreende o mundo com o Surface, linha de hardware própria
2012
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REPORTAGEM | MICROSOFT WORLDWIDE PARTNER CONFERENCE
21
ANOS DE ACOMODAÇÃO COLOCARAM CONCORRENTES NO ENCALÇO E, EM ALGUNS CASOS, ATÉ NA DIANTEIRA DA GIGANTE. EMPRESA RETOMA ÍMPETO, ACELERA PROCESSOS DE INOVAÇÃO E ENTRA – NO QUE SEUS PRINCIPAIS EXECUTIVOS CLASSIFICAM – NO “MAIOR CICLO DE LANÇAMENTOS” DE SUA HISTÓRIA
Um filete de suor escorre pelo rosto de Kevin Turner. Luzes deixam o palco quente. Mas tam-bém não dá para descartar alguma inquietação pelo momento e pela presença de milhares de parceiros que assistem à apresentação. Afinal, naquele instante, o executivo lança uma ofensiva contra Apple, Goo-gle, IBM, Oracle, Cisco. “Estamos mudando de uma posição defensiva para uma de ataque. Temos grandes competidores, que nos fazem melho-res. Vamos respeitá-los, mas não va-mos temê-los. Esse é o nosso tempo”, enfatizou o COO da Microsoft.
A história - muitos já descon-fiam - é a seguinte: a fabricante pas-sou bons anos em uma confortável posição entre os líderes do mercado de tecnologia. Não considerou que, mesmo no topo, existem pontos ce-gos no campo de visão. Talvez por isso não percebeu a emergência de novos conceitos como cloud, big data, social computing, natural interac-tion, mobilidade e consumerização. Ok, talvez até tenha percebido esses
movimentos, mas não os valorizou suficientemente para reagir antes de tomar uma chacoalhada forte.
A tecnologia expande sua su-perfície de contato com a sociedade e passa a fazer sentido de uma ma-neira ampla e permeando diversas atividades cotidianas. É uma era bastante nova, de integrar um apa-nhado de tranqueiras sem conexão entre si e esse encadeamento de conceitos torna tudo palpável, am-plia horizontes.
A companhia percebeu as la-cunas que deixou para seus concor-rentes, o que reverteu no duro ata-que de um de seus principais líderes (inclusive, o mais cotado para assu-mir o comando para quando Steve Ballmer sair de cena) contra um contingente de concorrentes que ganhou corpo e comeu fatias gran-des de seu market share em diversas frentes. Mas, além de toda verve descarregada por Turner, há uma inclinação forte para o que chama de “o maior ciclo de lançamentos” na história da empresa. “Precisa-
mos repensar a abordagem. A his-tória pode se repetir, mas as opor-tunidades, não!”, adicionou.
Adriano Vieira, diretor de ven-das da Compusoftware, já escutou bastante coisa ao longo das duas dé-cadas vendendo Microsoft. Dúvidas de um mercado que apontava para o fim da marca. Enquanto isso, a cada ano fiscal, a revenda ampliava o número de contratos envolvendo tecnologia da fabricante. Contudo, o executivo corrobora com a visão dos executivos da companhia. “É real-mente uma nova era para a empresa, que tem uma base de produtos como nunca teve”, analisou.
Por sua grandiosidade – a que lhe dá estabilidade, mas também a torna lenta – pôde errar em vários momentos. Houve complacência. Só que isso acabou. A empresa pre-cisou se reinventar. “Depois de vá-rias respostas negativas do público e acertos dos concorrentes, ela viu que não podia mais brincar e tinha que colocar o trem nos trilhos”, co-menta. A mensagem que vem do
próprio CEO, Steve Ballmer, é de que acabou a brincadeira.
Luis Mario Fernandes, CEO da Programmer’s, faz uma análise da questão: “Quando se fala de merca-do de consumo, esse atraso é muito forte. Se falarmos no mercado cor-porativo, a Microsoft não tem essa fraqueza. Entre as empresas, eles só ganharam espaço e hoje é extrema-mente forte. O que ela faz agora é, através do corporativo, entrar com novas tecnologias para a ponta de consumo. O Windows Phone é um caso típico. Não sei se funciona, mas é o discurso que sobrou. Ela precisa entrar pela porta onde tem força.”
Há uns três anos, a Microsoft retomou foco na inovação. Avanços importantes que mostram uma roda de novidades começando a girar. Coisas legais aparecem, aos poucos, mesmo que pareçam levemente com algo já apresentado por concorren-tes como um tradutor simultâneo que usa recursos da web para verter textos impressos em superfície física (um cardápio, por exemplo) para ou-
20 de junho
anúncio do Windows Phone 8, baseado no
mesmo core do Windows
16 de julho
costumer preview do novo Office (ainda sem data de lançamento)
26 de outubro
viabilidade geral do
setembro
disponibilização do Windows Server 2012
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agosto 2012 www.crn.com.br22
reportagem | microsoft WorldWide partner conference
tros idiomas para quando você estiver indeciso sobre seu almoço em um res-taurante na China. A ferramenta roda em dispositivo móvel. Outra coisa legal é uma tela sensível ao toque de gran-des proporções apresentando um mapa com as constelações.
“As estratégias mostram que existe um movimento importante de merca-do. Empresas são cíclicas e precisam se reinventar em algum ponto para que a curva seja sempre ascendente”, analisa Délio Richard Lázaro, sócio-diretor da DM Tecnologia e Informática.
A impressão é de que a empresa tal-vez não seja tão arrojada para efetiva-mente levar inovações em primeira mão ao mercado. Se pensar, os tradutores eletrônicos são algo que, para o bem ou mal, já fazem parte da vida de muitas pessoas (leia-se Google Translator). O mesmo dá para dizer do mapa do espa-ço (em referência à mesma concorrente). A questão é que a fabricante do Windo-ws parece ter uma capacidade especial para pegar esses conceitos já introdu-zidos e levá-los a outros patamares. É difícil dizer com precisão, mas talvez a companhia até desenvolva invenções impressionantes, mas prefira a tranqui-lidade de um acerto do que a duvidosa aposta em algo extremamente incerto.
Contudo, há os tiros certeiros. Por exemplo, o Kinect (criado por um bra-sileiro) rompeu a fronteira do mundo dos games – para a qual foi original-mente criado – e revelou-se uma saca-da incrível quando aplicado a negócios. Já é possível ver aplicações do disposi-tivo em algumas verticais e novidades começam a aparecer, impulsionada, em parte pela criatividade e potencial de negócios vislumbrado por parceiros.
Os canais da marca vinham se preparando para o movimento que a companhia consolida agora. Alguns in-tegradores transformaram o dispositivo em um scanner capaz de produzir ima-gens em três dimensões. Outro parceiro, chamado Übi Interactive, apropriou-se
do aparelhinho para levar interativida-de sensível ao toque para qualquer su-perfície. Exato, imagine transformar a parede de seu escritório em um quadro interativo que lê seus movimentos?
No Brasil, a própria Programmer’s realizou um spinoff para aproveitar-se do novo momento pelo qual passa o mercado. Com isso, em maio, nasceu oficialmente a i9ux, com foco em apli-cações inovadoras. “Filha” de uma parceira exclusiva Microsoft, a com-panhia é mais agnóstica em termos tecnológicos. O foco, dizem, é o inte-resse do usuário para ficar na crista da onda de novidades que surgem.
Isso não significa que a única possibilidade vem de coisas radicais. Carlos Busch, diretor de soluções e inovações da Processor, observa opor-tunidade de crescimento a partir de verticalização de soluções vinculadas ao negócio dos clientes. Aparentemen-te cético quanto à promoção de inova-ções mais vanguardistas e desconecta-das a demandas atuais de mercado, o executivo enxerga uma aproximação de aplicações empresariais com as de consumo. “O futuro vai abrir novos horizontes com ideias fantásticas”, diz, vendo a fabricante como vetor para auxiliar esse movimento. “É a primeira vez que o mercado corpora-tivo vai viver essa onda”.
Realmente as coisas devem se ace-lerar daqui para frente. Inegavelmente, para os parceiros da marca, pelo menos pelos próximos três anos, os negócios devem ser movimentados pelos lan-çamentos apresentados em 2012. Seu principal desafio será balancear a capa-cidade de inovação com as demandas que virão do mercado. Talvez, assim como Kevin Turner, será a vez deles su-arem, mas não devido às luzes dos ho-lofotes, mas por correrem atrás desses novos negócios que emergem em um mercado em transição acelerada.
*O repórter viajou ao Canadá a convite da Microsoft
"Precisamos rePensar a abordagem. a
história Pode se rePetir, mas as
oPortunidades, não!"
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reportagem | microsoft WorldWide partner conference
CRN Brasil – Durante um bom tempo a companhia ficou um tanto inerte e, agora, corre atrás e coloca na rua uma por-ção de lançamentos. Como você observa tudo isso?Jon Roskill – É interessante. Gasta-mos bastante dinheiro em pesquisa e desenvolvimento. Isso ocorreu de forma consistente e por muitos anos. Acho que o que está acontecendo é que algumas dessas tecnologias recebem agora o re-conhecimento de seus reais benefícios. Não se trata de uma coisa que constru-ímos agora para os próximos dois anos. Veja o movimento em direção à nuvem e o próprio Kinect, quando se observa um dispositivo desse tipo sendo trans-formado em um scanner 3D – como já foi mostrado por alguns parceiros. As pessoas me param e perguntam sobre essas funcionalidades. Foi um apare-lho criado para trabalhar conectado ao Xbox. Com a construção do SDK do Windows uma porção de coisas pas-sou a acontecer e deve trazer resultado nos próximos seis anos. Se ampliarmos o foco, será possível ver uma série de inovações vindo na nossa estratégia de data center, por exemplo. Sei que algu-mas vezes observamos essas acelerações ocorrendo em um único momento. Mas as sementes para que essas novidades brotassem foram plantadas há um bom tempo. Agora é como se tudo começas-se a florescer.
CRN Brasil – Dá para fazer a leitura, então, de que es-
tamos em um momento es-pecial de lançamento, ou a onda movimentada pela Mi-crosoft este ano permane-cerá rolando nos próximos anos também?Roskill – Acho que é um momento especial porque as pessoas passaram a reconhecer-nos como uma empresa que não vai atravessar essa era de trans-formação para ser a mesma grande companhia que é atualmente, mas para ser uma corporação maior e melhor do que é hoje. Há uns dois anos as pessoas deveriam questionar a Microsoft sobre isso. O fato de que agora vivemos um momento desse tipo faz deste período um ponto importante. Em 1995, as pes-soas falavam que a Microsoft não havia entrado na internet e por isso seria as-sassinada pela Netscape e outras coisas nesse sentido. Levou uns dois ou três anos para que consertássemos esse pon-to com o lançamento de uma série de novidades. Para mim, sinto que agora se assemelha muito com o sentimento que existia na empresa em 1997 e 98. Olhando para trás, vemos que foram momentos emocionantes para se fazer parte da vida da companhia, porque tínhamos o produto e havia muita mu-dança. Se você fica desconfortável com o cenário de transformação, prova-velmente não percebe a excitação que era, pois era uma guinada positiva pela qual passávamos.
CRN Brasil – O que dá para se esperar do negócio e do por-
Conversas Com o anfitriãoAinda percebia-se agitação. Fazia poucas horas que Jon Roskill estava no
palco do WPC, onde, pelos últimos dias, desempenhara a função de mestre de cerimônia do principal evento realizado pela Microsoft para transmitir suas mensagens aos parceiros. No resto do ano, o executivo ocupa a posição de vice--presidente de vendas da fabricante. Naquela que seria sua última entrevista agendada durante o WPC 2012, ele teve uma conversa franca conosco. “Tudo tem sido tão intenso ao longo dos últimos dias”, confessou. Minutos depois, fa-lou sobre rumos, competição e sua visão quanto ao futuro da tecnologia – que pode ser lido nas linhas abaixo.
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reportagem | microsoft WorldWide partner conference
tfólio da Microsoft dentro de três ou cinco anos?Roskill – Entrei em uma discussão inte-ressante sobre essa questão recentemen-te. Na ocasião, começamos tratando das transições tecnológicas. E quero usar como exemplo o que ocorreu no mundo dos mainframes no final dos anos 80, quando as previsões diziam que essa tecnologia estaria morta. O que foi uma bobagem. Se olharmos agora, nunca se vendeu tanto desse tipo de máquina, deixando claro que não se trata de uma substituição por outras coisas, mas que ele continua o melhor recurso para fazer certos tipos de processamentos. Contu-do, outros sistemas que vieram a ser usa-dos, nasceram em uma nova arquitetu-ra e com outras capacidades, são mais efetivos para rodarem em outros tipos de máquinas. A discussão que entramos sobre aonde vamos é em questões como cloud computing, por exemplo. Imagi-no que veremos algo muito semelhante com o que ocorreu lá atrás. Acho que muita gente que questiona ou prega o fim de sistemas instalados perceberá que esse modelo permanecerá no longo prazo. Contudo, muita coisa nova surgi-rá dentro do conceito de nuvem. É onde novas capacidades aparecem, trazendo novas formas de impulsionar modelos de negócios.
CRN Brasil – Algo bastante importante na medida em que a tecnologia fica mais tangível.Roskill – Vira parte do contexto de nossas vidas. Diversas tecnologias po-dem ser colocadas juntas para gerar muitas coisas novas. Esse é o tipo de cenário que cloud computing habi-litará. Existe muita coisa que sequer pensamos ainda. E isso é o mais legal.
CRN Brasil – Mas você acredi-ta que o futuro é computação em nuvem? Por que talvez não seja realmente isso...
Roskill – Acho que será mais dirigido pela tecnologia e continuará tornando mais fácil de usar. Uma vez, falando com a avó de minha esposa, pouco an-tes dela morrer, aproximadamente 20 anos atrás, ela perguntou o que eu fazia e respondi que trabalhava para Micro-soft. Ela disse que nunca trabalharia com computadores, por ser muito difí-cil. Disse para ela dar uma olhada na cozinha ao seu redor e apontei para um microondas. Questionei se ela usa-va aquele aparelho, a resposta foi ‘sim’. Expliquei que ela usava computador quando esquentava comida naquele aparelho, para sua surpresa. Acho que é o mesmo tipo de coisa agora. Os ce-nários se assemelham muito quando vemos uma demonstração de um dis-positivo que permite tornar qualquer superfície uma tela sensível ao toque (referindo-se a uma apresentação feita por um parceiro da companhia) e apli-car isso ao negócio. Produtos desse tipo estarão disponíveis mais rápido do que imaginamos e serão possibilitados pelo avanço da computação em nuvem.
CRN Brasil – E será mais fácil vender tecnologia por conta dessa proximidade com o co-tidiano?Roskill – Algo interessante é quando pensamos na visão que as pessoas tem de valor. Cinco anos atrás, quanta gen-te gastaria 400 dólares em um telefone? Hoje é um preço que muitos pagam e o fazem porque o valor está lá, nas funcionalidades. As pessoas gastam di-nheiro quando reconhecem valor. Isso vale para o mundo de consumidores e de empresas. E isso é um ângulo inte-ressante para os parceiros que precisam evoluir e se envolver nessas áreas. A era onde o CIO é o rei está passando. As pessoas levam recursos para dentro das organizações com essa popularização e facilidade de uso da tecnologia sem que os responsáveis pela TI saibam. Fica cada vez mais difícil controlar esse
movimento a ponto de que vale mais a pena pensar como aplicar esses recursos aos negócios e achar maneiras de falar com clientes de formas como jamais se fez anteriormente. Os diretores de tec-nologia não gostam de ouvir isso, mas é uma realidade. O fato é que precisam virar profissionais de negócio, uma vez que os líderes de outras áreas passam a compreender e a estarem mais envolvi-dos nas estratégias de tecnologia.
CRN Brasil – O que isso signi-fica para os parceiros?Roskill – Que eles precisam desen-volver um novo conjunto de habilida-des. Eles conversam muito bem com profissionais de TI e agora precisam melhorar a aproximação para esta-belecer um diálogo com os executivos das áreas de negócios.
CRN Brasil – Que tipo de ca-racterísticas?Roskill – Devem começar a questio-nar o porquê e em quê determinada tecnologia faz sentido para o negócio de seus clientes.
CRN Brasil – Para a maioria dos canais é extremamente difícil acessar executivos de negócios. Roskill – Depende de onde esse ca-nal se posiciona. Caso trabalhe como integrador de sistemas terá que me-lhorar alguns pontos, como design, que é algo extremamente relevante para esse novo mundo. Honestamen-te, muitos desenvolvedores de softwa-re não trabalham muito bem essa questão. O segundo ponto seria um entendimento das razões de negócio. É preciso entender profundamente o negócio dos clientes para ser capaz de propor tecnologia para ajudá-los a solucionar questões que sequer ti-nham dimensão que existia. Esses se-rão os canais que terão maior sucesso na próxima era da tecnologia.
CRN Brasil – Os parceiros atuais são bons em trazer inovação?Roskill – Sim. Em alguns sentidos são os mais ágeis empreendedores existentes. São companhias com, em média, 20 profissionais – claro que têm grandes e pequenos nas extremi-dades – onde o líder é um empreen-dedor bastante arrojado e sabem pros lados que devem se mover.
CRN Brasil – A que os parcei-ros devem ficar atentos no que toca a Microsoft?Roskill – Creio que um ponto que já tratei: entender que a tecnologia conti-nuará a evoluir rapidamente. O que de-vem esperar de novo é uma forma con-sistente de trabalho com e através do ecossistema de canais nesse período de transição trazido pela nuvem. Há dois anos, as pessoas não acreditavam que seríamos capazes. Por isso nos esforça-mos muito para mostrar que não im-porta o tipo de revenda que você seja, nos esforçaremos para estarmos juntos de vocês para encontrar um jeito de fornecer nuvem para seus clientes. Isso será realidade, independente de quan-to tempo leve e persista. Acho, ainda, que a maneira como construímos nossa plataforma é uma grande forma de ser estendida para nossos aliados.
CRN Brasil – E o que os concor-rentes devem ter em mente na competição com vocês? Roskill – Uma batalha difícil. Não vamos olhar para esse mercado para ficarmos f lat. Vamos acelerar nossa atuação, ganhar participação de mer-cado e entrar em novos negócios.
CRN Brasil – Quão dura será essa luta para a Microsoft?Roskill – Para nós não será apenas uma única batalha. É interessante pensar na amplitude da Microsoft. Há lutas contra Oracle, Google, VMwa-re, Salesforce...
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eu acredito...
Por Haline Mayra | [email protected]
Recém-eleito pResidente da
iBm BRasil e às véspeRas
do iBm FóRum 2012, RodRigo
Kede aceitou o convite paRa
estReaR a seção Eu AcrEdito e
compaRtilhaR um pouco do
que pensa
Em tempos de escassez de mão de obra disponível, o segredo...
é investir em nossa força de trabalho, com programas de treinamento e desenvolvimento; e ajudar a formar mão de obra no mercado através de cursos de capacitação e parcerias com instituições de ensino.
Cloud traz... disponibilidade dos sistemas e de toda a infraestrutura de TI a um custo acessível para empresas de todos os portes e segmentos de mercado.
Canais de revenda são... parceiros de negócios fundamentais para aumentar a nossa capilaridade e presença em cidades onde a nossa atuação direta ainda é menos intensa. Eles são peça-chave para a nossa estratégia de expansão geográfica.
Um jovem líder numa empresa centenária é... um profissional que pode se beneficiar de toda experiência da empresa, da força e respeito de uma marca sólida e admirada, e do legado que a companhia deixou na história da sociedade ao longo desses anos e se sentir orgulhoso por liderar um time que contribuirá com o progresso da sociedade nos próximos 100 anos
Retenção de bons talentos se faz com... investimento contínuo em programas de desenvolvimento, ações motivacionais de reconhecimento, além da oferta de um modelo flexível de trabalho que permita aos funcionários conciliar melhor a vida profissional e pessoal, sem perder a produtividade.
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Ser bem sucedido é... descobrir a fórmula mágica para equilibrar saúde, família e vida profissional.
Quando digo que virei presidente
da IBM Brasil, as pessoas... ficam curiosas para entender mais sobre minha carreira.
De estagiário a presidente, o
que fica é.... a experiência, todo aprendizado e valores adquiridos ao longo de 19 anos numa companhia global que, graças ao seu DNA de inovação, vem se transformando há mais de 100 anos.
Bater metas significa... ter um time de profissionais de excelência e comprometido com o sucesso organizacional.
Quando o dia de trabalho acaba, eu
normalmente penso... em correr para casa e ficar com minha família.
A tecnologia da informação torna
minha rotina...mais ágil e flexível.
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CONEXÃO CRN BRASIL
1 ENGAJAMENTO: A reorganização traz uma mensagem im-portante aos canais McAfee, propagada
por Sexton: a dedicação e alocação de recursos por parte das revendas será retribuída com ne-gócios e lucratividade por parte da fabricante. “É preciso comprometimento. Você rara-mente encontrará uma revenda que comer-cializa Oracle e SAP. Procuramos aliados que, quanto mais negócios fizerem conosco, mais rentáveis serão suas margens”.
2ENTRE AS GRANDES: O vice-presidente da companhia ava-lia como satisfatório o desempenho
obtido na arena de consumo de empresas de menor porte. Entre as grandes, não é que os negócios vão mal, “mas creio que pode-mos melhorar”. O executivo cita uma boa evolução obtida nessa frente, em parte ao sucesso de uma estratégia batizada de segu-rança conectada. “Grandes clientes querem consolidar suas ações de segurança, porque ninguém mais aguenta gerenciar centenas de sistemas distintos”, explica.
3 TERCEIRAS PARTES: Essa conexão da qual ele fala conside-ra planos de não apenas integrar de
maneira “profunda e largamente” produtos McAfee, mas incluir outras marcas nos pro-jetos. Isso inclui uma postura de atuar junto a empresas que em momentos seriam com-petidores, em outros colaboradores para “dar opções para nossos clientes”.
4 ALINHAMENTO: “Acredito que o que agora veremos em segurança é o
que ocorreu no restante do mer-cado de tecnologia ao longo dos últimos anos. Há um ambiente de TI, que conversa entre si. Con-solidação é um rumo que guiou projetos de tecnologia em busca de fazer mais com os mesmos recursos. E, quem compra segu-rança precisa de uma justificação financeira para essas ações”, diz, em uma referência ao famigerado “alinhamento com as áreas de
Joe Sexton vem com certa frequ-ência ao Brasil. A impressão que se tem – e isso talvez nem seja uma regra – é que cada visita do vice-presidente global de vendas
representa uma porção de novidades nos rumos da operação brasileira da McAfee. Aparentemente, dessa vez não foi diferente.
O executivo pisou novamente em solo nacional no final de julho. “É um de nossos mercados de alto crescimento”, justifica, si-nalizando que a passagem teve o propósito de conversar com clientes e parceiros para ver “como andam as coisas, obter feedba-ck e conversar com o times da empresa em São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília”.
A fabricante de segurança avalia que já atingiu o número ideal de aliados para cobrir o território brasileiro e prepara uma adequação estratégica que culminará em reorganização dos parceiros nas três cama-das que compõem sua base de aliados.
Serão dez parceiros no topo da pirâ-mide encarregados em atender 200 corpo-rações que faturam na casa do bilhão. Na camada intermediária, outros 40 canais fo-cados em um mercado de quatro mil clien-tes. Os da base mirarão volume junto a 25 mil empresas de pequeno e médio porte.
Isso se desdobra em algumas novas parcerias. O radar aponta para alianças com grandes integradores, dois novos distribuidores (que se somam a ApliDi-gital, Off icer, Ingram Micro e CNT) e acordos OEM.
TERCEIRAS PARTES: Essa conexão da qual ele fala conside-ra planos de não apenas integrar de
profunda e largamente” produtos McAfee, mas incluir outras marcas nos pro-jetos. Isso inclui uma postura de atuar junto a empresas que em momentos seriam com-petidores, em outros colaboradores para dar opções para nossos clientes”.
ALINHAMENTO: Acredito que o que agora
veremos em segurança é o que ocorreu no restante do mer-cado de tecnologia ao longo dos últimos anos. Há um ambiente de TI, que conversa entre si. Con-solidação é um rumo que guiou projetos de tecnologia em busca de fazer mais com os mesmos recursos. E, quem compra segu-rança precisa de uma justificação financeira para essas ações”, diz, em uma referência ao famigerado alinhamento com as áreas de
Por Felipe Dreher | [email protected]
VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO GLOBAL DE VENDAS DA MCAFEE, JOE SEXTON, VEM AO PAÍS EM MOMENTO QUE FABRICANTE CALIBRA SEU PROGRAMA DE PARCERIAS
Engajamento elucratividade
FUNCIONÁRIOS PARCEIROS
CONFRONTO DE NÚMEROS GLOBAL X LOCAL
7072 X 62 ~20 MIL X ~200
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ESTRUTURA DE PARCEIROS NA VISÃO DE MARCELO MENTA
MERCADO DE CONSUMO
50%
ENTERPRISE
30%
PMES
20%ORIGEM DE
RECEITA
10 PARCEIROS
200 CONTAS ENTERPRISE Menos é mais, quanto menos
caras tiver aqui, melhor consigo cobrir o mercado
40 PARCEIROS
4 MIL CONTAS COMMERCIALMais é melhor.
Porque temos que ter cobertura
negócio” perseguido desde sempre pelos CIOs e congêne-res. Indo mais a fundo nas oportunidades, a lucratividade se amplia.
5 MENSAGEM: Consolidação é a tecla a ser batida e encarada pela fabricante como um direcionar das oportunidades
de negócio tanto entre grandes quanto pequenas empresas. Há uma percepção de que companhias brasileiras, assim como a de outras fronteiras, compram produtos de segu-rança de forma segmentada. Sem integração, não tiram o máximo dos recursos disponíveis.
6 INTEGRAÇÃO: O discurso se endereça com a compra da McA-fee pela Intel, que leva segurança para novas
camadas, incluindo hardware. “Até agora [a fusão] tem ido até melhor do que tínhamos de expectativa ini-cial”, comenta Sexton. Na sua visão, o mercado já come-ça a perceber os benefícios da transação de 7,68 bilhões de dólares anunciada em agosto de 2010. Estabilidade, inovação e qualidade são atributos listados pelo VP.
200 PARCEIROS
25 MIL CONTAS PMEOne to many incluindo a oferta de serviços gerenciados
JOE SEXTON
É VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO GLOBAL DE VENDAS DA MCAFEE DESDE ABRIL DE 2011INGRESSOU NA EMPRESA EM 2007 E TAMBÉM TRABALHOU NA MERCURY, EMC, INTEGRATED CONCEPTS E CA
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INTERNACIONAL | BIG DATA
Por Rick Whiting, CRN EUA | Tradução: Erika Joaquim
Mortar Data CEO: K Young
O Hadoop requer um grande número de especialis-tas técnicos para trabalhar. A Mortar Data oferece serviço em nuvem, baseado na lin-guagem de programa Python e na tecnologia Apache Pig para analisar grandes con-juntos de dados, o que torna o Hadoop acessível para a maioria dos programadores.
A Mortar Data fez agora sua aparição com um valor não revelado de fi nancia-mento inicial. O plano a lon-go prazo da empresa de Nova York é trabalhar com parcei-ros de tecnologia para trazer um grande número de busi-ness intelligence, análise e ca-pacidades de monitoramento avançadas para a plataforma Mortar Data.
A PRESSA DE PROVER ÀS EMPRESAS TECNOLOGIA PARA QUE CONSIGAM LIDAR COM VOLUME, VARIEDADE E VELOCIDADE DE DADOS CRESCENTE NÃO CESSOU NOS PRIMEIROS SEIS MESES DE 2012. E NÃO HÁ SINAL DE LENTIDÃO: A EMPRESA DE ANÁLISE E PES-QUISA DE MERCADO DE TI IDC PREVÊ QUE O SEGMENTO QUE EN-VOLVE O BIG DATA E SERVIÇOS IRÁ CRESCER A UMA TAXA ANUAL DE 40% DE 3,2 BILHÕES DE DÓLARES EM 2010 PARA 16,9 BILHÕES DE DÓLARES EM 2015.
Abaixo iremos mostrar as 10 startups mais quentes de big data do primeiro semes-tre de 2012. Algumas delas estavam escondidas havia um tempo e tiveram sua grande aparição em 2012. Outras estavam por aí há algum tempo (não fomos além de 2010 para encontrar estas empresas) e fizeram projetos significativos neste ano.
BIG MERCADO
Compuverde CEO: Stefan Berbo
A Compuverde especiali-zou-se no desenvolvimento de sistemas de big data “verdes” para revendas, empresas de telecomunicação e para o cor-porativo. A empresa, com sede em Karlskrona, Suécia, disse que seus sistemas Compuver-de Object Store baseados em nuvem podem gerenciar mais de 100 petabytes de dados não estruturados e fazem 99,999% do tempo de operação.
O Object Store pode redu-zir as necessidades de hardwa-re dos negócios e as despesas de capital e cortar o consumo de energia em até 50%, segun-do a empresa.
Karmasphere CEO:Gail Ennis
A Karmasphere está lançando neste mês a ver-são 2.0 de seu software de análise colaborativa, para extrair e analisar os dados do Hadoop. O conjunto de ferramentas permite que os usuários explorem os dados visualmente para descobrir tendências e padrões, anali-sar informação utilizando as ad-hoc queries para depois compartilhar os resultados com os colegas de trabalho.
A Karmasphere, que tem sede em Cupertino, Califó-rina, fez uma parceria com todos os fabricantes e em-presas com as distribuições Hadoop, incluindo a Apache Software Foundation, IBM, Cloudera, Amazon Web Ser-vices e a Hortonworks.
Think Big Analytics CEO: Ron Bodkin
A Think Big Analytics se posiciona como uma reven-da de big data. A empresa de Mountain Views, Califórnia trabalha com a Cloudera, Da-taStax, Hortonworks e outros fabricantes, utilizando suas tec-nologias para agregar sistemas de big data para seus clientes.
A empresa oferece um grande número de consul-toria relacionada a big data, engenharia, desenvolvimento e serviços de treinamento e possui frameworks integrados no armazenamento de dados, análises de propaganda e auto suporte de aparelhos.
Paradigm4 CEO: Marilyn Matz
A Paradigm4 está desen-volvendo um enorme banco de dados analítico escalável que disse fornecer funcionali-dades de computação e mate-mática avançadas para o uso de dados massivos. O softwa-re baseado no banco de da-dos open-source SciDB para cientistas está atualmente em sua versão de testes.
A empresa de Waltham, Massachusetts está dando o que falar, pois o seu CTO e co-fundador é Michael Sto-nebraker, o famoso pesqui-sador de banco de dados, que iniciou a Ingres, Illustra, Streambase, Vertica e outras empresas de ponta no geren-ciamento de dados.
Big Data tem um
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DataSi� CEO: Rob Bailey
O Twitter, Facebook e outras redes sociais geram um grande volume de in-formação que pode ser uma mina de ouro para as em-presas – se elas souberem como aproveitar. A DataSift oferece software que as em-presas utilizam para defi nir fi ltros complexos, baseados em critérios como localiza-ção, gênero e até mesmo uma tendência, para vasculhar bilhões de interações sociais.
A DataSift nasceu da Tweetmeme e começou a ofe-recer seu produto em novem-bro de 2011. Em fevereiro, a empresa de São Francisco fe-chou um acordo com o Twit-ter, dando à DataSift acesso aos tweets desde de janeiro de 2010, para fi ns de pesquisa de mercado. Em maio, a inician-te levantou 7,3 milhões de dó-lares em fi nanciamento.
HortonworksCEO: Rob Bearden
Fundada há um ano, a em-presa de Sunnyvale, Califórnia, chamada Hortonwoks estreou com o lançamento da versão 1.0 da Plataforma de Dados Hortonworks em junho. Cons-truído em cima do Hadoop e outros softwares open-source da Apache Software Founda-tion, a Plataforma de Dados Hortonworks adiciona outras ferramentas e tecnologias que a torna fácil para as empresas implantarem um sistema de big data e desenvolverem aplica-tivos para gerenciar e analisar toda a informação.
A Hortonworks é um spin--off da equipe de engenha-ria do Hadoop da Yahoo!. A empresa é vista como o con-corrente principal da mais que estabelecida Cloudera, que oferece sua própria dis-tribuição Hadoop. O nome da companhia vem do livro do Dr. Seuss “Horton Hears a Who” (Horton e o Mundo dos Quem, em português), para manter a logomarca do elefante da Hadoop.
Retention Science CEO: Jerry Jao
A Retention Science de-senvolveu o que chama de “Customer Profi ling Engine” (Programa de Perfi l de Cliente), plataforma de marketing big data que auxilia as empresas online a analisarem grandes vo-lumes de dados para garantir a lealdade dos clientes e evitar ro-tatividade. Seus aplicativos aju-dam empresas de e-commerce a preverem como os clientes sensíveis a preço estão e desen-volvem promoções em con-formidade com o perfi l deles. Também cria estratégias de re-tenção de clientes e desenvolve incentivos aos que são ativos na rede social.
Iniciada em 2011, a Re-tention Science, de Santa Mo-nica, ofi cialmente se lançou mês passado com 1,3 milhão de dólares em investimentos iniciais de vários capitais de risco e recursos de investidor anjo. A empresa é aliada com a MuckerLab, uma empresa de tecnologia de Los Angeles.
Qubole CEO: Ashish Thusoo
A Qubole está desenvol-vendo o que chama de pla-taforma auto-escalável para analisar e processar big data. A meta da empresa é oferecer serviços em nuvem Hadoop e Hive que lidam com todas as complexidades de infraestru-tura por trás das câmeras, dei-xando os analistas livres para focarem no desenvolvimento de queries e analisar dados.
A empresa de Montain View, Califórnia, fez sua apa-rição em junho e está agora recrutando empresas e cientis-tas para participarem do pro-grama de acesso inicial para sua tecnologia. Os fundadores da empresa, Ashish Thusoo e Joydeep Sen Sarma, auxi-liaram na infraestrutura de dados do Facebook, contribu-íram no desenvolvimento do Hadoop e criaram o Apache Hive, um sistema de data wa-rehouse open-source.
DataStax CEO: Billy Bosworth
A DataStax é líder no desenvolvimento de sistemas de big data baseados no sof-tware de base de dados open--source “NoSQL” e Hadoop. O Cassandra, um projeto da Apache Software Foun-dation como a Hadoop, foi desenvolvido para lidar com grandes volumes de dados distribuídos em um grande número de servidores.
A plataforma DataStax Enterprise, construída no Cassandra, gerencia dados de pesquisa de análise em tem-po real, no mesmo cluster. A empresa com sede na cidade de San Mateo, Califórnia, lançou a versão 2.0 da pla-taforma em maio, fornecen-do suporte para serviços em nuvem da HP. Seguiu-se com o lançamento da versão 2.1 em junho, que forneceu uma melhoria nas capacidades do Hadoop e suporta o Unbre-akable Linux da Oracle.
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AGOSTO 2012 WWW.CRN.COM.BR32
INTERNACIONAL | APPS
Por Katie Hoss, da CRN EUA | Tradução: Erika Joaquim
melhores aplicativos do dia a dia
Os
OS APARELHOS MÓVEIS E SEUS APLICATIVOS TÊM AJUDADO A REDU-ZIR O ESTRESSE DIÁRIO HÁ ALGUNS ANOS, FORNECENDO MANEIRAS FÁCEIS E AMIGÁVEIS PARA FAZERMOS TODAS AS COISAS DE FORMA MAIS EFICIENTE. E além da consumerização de TI, com smartphones e tablets tornando-se comuns no ambiente de trabalho, os aplicativos móveis são, agora, tão importantes para pro-dutividade quanto os programas usados nas grandes empresas.
Como parte do Test Center da CRN EUA, o blog The Daily App analisou os aplicativos para o iOS, da Apple; para o Android, da Google; e outros aparelhos, rastreando aqueles que aumentam a produtividade em campo, reduzindo o tempo e os equipamentos requisitados para conseguir fazer o trabalho. Os 10 aplicativos seguintes são alguns dos melhores que ana-lisamos até agora.
MEMEO CONNECT PARA IPHONE E IPADAcessar o Google Docs em um aparelho móvel é necessário para alguns profissionais que estão
sempre em movimento. O Memeo Connect é um aplicativo visualizador para aparelhos iOS, que fornece acesso a documentos de textos,
planilhas, apresentações e arquivos em PDF. Imita a organização online do Google Docs ao categorizar pastas em: hoje, ontem, início desta semana, mês
e ano. A barra de ferramentas também inclui pastas classificadas como “criado por mim”; “aberto por
mim”; e “compartilhados comigo”.Os gráficos impressionantes do Memeo e a interface amigável tornam este aplicativo bem apropriado para
visualizar o Google Docs em qualquer lugar.
01Como parte do Test Center da CRN EUA, o blog The Daily App analisou os aplicativos para o iOS, da Apple; para o Android, da Google; e outros aparelhos, rastreando aqueles que aumentam a produtividade em campo, reduzindo o tempo e os equipamentos requisitados para conseguir fazer o trabalho. Os 10 aplicativos seguintes são alguns dos melhores que ana-
MEMEO CONNECT PARA IPHONE E IPADAcessar o Google Docs em um aparelho móvel é necessário para alguns profissionais que estão
sempre em movimento. O Memeo Connect é um aplicativo visualizador para aparelhos iOS, que fornece acesso a documentos de textos,
planilhas, apresentações e arquivos em PDF. Imita a organização online do Google Docs ao categorizar pastas em: hoje, ontem, início desta semana, mês
e ano. A barra de ferramentas também inclui pastas classificadas como “criado por mim”; “aberto por
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CHAMADA DE VÍDEO OOVOO PARA ANDROID E IOSApesar de amarmos o FaceTime para fazer videochats no trabalho,
às vezes precisamos de mais funcionalidades. O ooVoo para aparelhos Android e iOS é um aplicativo de videochat gratuito e
ao vivo, que pode fazer chamadas para outros aparelhos móveis, computadores e para web clients por meio de Wi-Fi, 3G e 4G. O
ooVoo suporta qualidade de vídeo HD 720p e pode gravar, salvar e enviar vídeos para reuniões.
Toda a utilização do chat de voz, vídeo e texto de um cliente ooVoo para outro é gratuito e oferece baixas tarifas para chamadas do
ooVoo para telefone fixo ou móvel.
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PREZI VIEWER PARA IPADSe um monte de slides cansativos não é a sua praia, então imagine criar apresentações com o Prezi Viewer? O aplicativo gratuito para iPad faz apresentações dinâmicas que se parecem mais com filmes do que com uma sequência de slides, cheias de movimentos. Depois de criada a apresentação no Prezi Website, ela é sincronizada com o aplicativo para fazer uma apresentação impecável. O visualizador junta a fluidez dos gestos multitoques do iPad, fornecendo uma interface mais rápida e mais interativa do que as apresentações tradicionais.
04PREZI VIEWER PARA IPADSe um monte de slides cansativos não é a sua praia, então imagine criar apresentações com o Prezi Viewer? O aplicativo gratuito para iPad faz apresentações dinâmicas que se parecem mais com filmes do que com uma sequência de slides, cheias de movimentos. Depois de criada a apresentação no Prezi Website, ela é sincronizada com o aplicativo para fazer uma apresentação impecável. O visualizador junta a fluidez dos gestos multitoques do iPad, fornecendo uma interface mais rápida e mais interativa do que as apresentações tradicionais.
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05PULSE PARA ANDROID E IOS
Com a correria do dia a dia, manter-se informado com as notícias diárias e os assuntos mais comentados pode
ser difícil. Felizmente, o Pulse News, da Alphonso Labs, para Android e iOS, fornece uma interface personalizada para ajudá-lo na atualização de seus canais de notícias
preferidos e sites importantes.As manchetes são resumidas em uma grade organizada.
Depois de tocar na tela para selecionar a notícia, o aplicativo direciona para um resumo da história e com outro toque direciona para a reportagem completa no
site original. As matérias podem também ser enviadas por email, salvas ou linkadas para o Evernote, Pocket ou
outro site para ler posteriormente.
SLIDESHARK PARA IPADNunca mais tenha uma apresentação reformatada por ter utilizado aparelhos diferentes com o aplicativo gratuito SlideShark, da Brainshark, um desenvolvedor de ferramentas móveis. Este serviço baseado em nuvem traz compartilhamento e visualização de apresentações em PowerPoint para o iPad.O aplicativo carrega as apresentações de uma conta online segura ou de um computador por meio do website SlideShark. As apresentações também podem ser carregadas para o aplicativo diretamente do “Mail” da Apple. As funções básicas de edição permitem que os slides sejam reposicionados e ocultados quando necessário, e as opções de apresentação permitem que sejam mostrados manualmente ou no modo de reprodução automática.
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WAZE PARA IPHONE E ANDROIDNada torna a ida ao trabalho pela manhã pior do
que ficar preso no trânsito. O Waze, uma ferramenta gratuita de navegação com GPS para aparelhos Android
e iOS, auxilia a evitar congestionamentos por meio da utilização do “Wazers”, como é conhecido pelos usuários. A velocidade, atualizações e notificações
do Wazers ajudam a calcular rotas, enquanto as condições de tráfego registradas, tais como acidentes,
perigos ou qualquer outro motivo que deixe o trânsito lento, auxiliam a criar um percurso mais rápido.
Além de informar precisamente a previsão de chegada, o Waze também oferece navegação para vários
destinos, como mercados, farmácias e restaurantes. Pode ainda encontrar posto de combustível, mostrando
os menores preços na região.
Nunca mais tenha uma apresentação reformatada por ter utilizado aparelhos diferentes com o aplicativo gratuito SlideShark, da
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WORD LENS PARA ANDROID E IOSPreocupado em não perder informações essenciais na tradução durante a viagem? O Word Lens da Quest Visual é um aplicativo de tradução de texto gratuito para aparelhos Android e iOS que converte instantaneamente um texto de uma língua para outra. O pacote de línguas custa 4,99 dólares cada e inclui traduções do inglês para espanhol, italiano e francês e vice-versa. Utiliza a câmera do aparelho móvel e basta tirar uma foto que ele converte o texto para a língua desejada.
YPMOBILE FOR ANDROID E IOSAo trazer a conveniência das páginas amarelas para a ponta de seus dedos, o aplicativo gratuito YPmobile classifica listas de negócios, menus, períodos, trajetos e crítica de usuários para um smartphone ou tablet que rode Android ou iOS. O aplicativo pode encontrar os menores preços de combustível na região, bem como cafeterias, bares e restaurantes e basicamente qualquer coisa que você encontraria nas páginas amarelas. Também pode buscar locais que oferecem acesso Wi-Fi.
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WORLDMATE PARA ANDROID E IOS
Se viajar for um requisito para o seu trabalho, então o WorldMate,
um aplicativo gratuito para aparelhos Android e iOS, pode
ajudar a planejar de forma eficiente e reservar viagens
diretamente de um smartphone. Ele atualiza informação de voos
e pode encontrar locação de carros, hotéis, lugares e outras
informações de viagem.O WorldMate também envia
lembretes e fornece trajetos para aeroportos; verifica até a previsão
do tempo no destino de viagem. Completo com um conversor de
moeda atualizado diariamente, é uma ferramenta sólida para os
viajantes profissionais.0707
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REPORTAGEM | SEGURANÇA
OS 10 MAIORES ERROS DOS
FORNECEDORES DE SEGURANÇA
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Por Patricia Joaquim | [email protected]
Há uma bolsa largada no sa-guão de embarque do aeroporto. Se estivesse no Brasil pessoas passa-riam por ela desapercebidas ou al-gum curioso poderia bisbilhotá-la com boa ou até má intenção. Mas, se a mesma bolsa estivesse largada no aeroporto de Telaviv, capital de Israel, até uma criança de cinco anos saberia o que fazer: acionaria imediatamente a polícia para que o lugar fosse isolado e o artefato devi-damente explodido.
Culturalmente, os israelen-ses têm incorporado as questões de segurança. Caso contrário, as tragédias que acontecem por lá, poderiam ser ainda maiores. Guardadas as devidas propor-
ções, o contexto dentro das em-presas tem de ser o mesmo. Entre especialistas e CIOs a opinião é a mesma: se toda a companhia, do porteiro ao CEO, não estiver ali-nhada a uma rotina de seguran-ça, corporações inteiras poderão ser refém de um pendrive “chupa cabra” ou de um sofisticado ata-que cibernético, não importa a complexidade da engenharia.
Atentas a estas questões, as empresas brasileiras tem coloca-do segurança como o principal direcionador de seus objetivos, de acordo com a pesquisa “Antes da TI, a Estratégia”, realizada pela IT Mídia. Segundo o rela-tório, a melhoria nas condições
de segurança e disponibilidade do ambiente de TI é a primeira preocupação dos diretores de tec-nologia. Isto representa 38% dos 170 CIOs entrevistados das 500 maiores empresas do País. No ano passado, o quesito segurança ficou em quinto lugar. Isto mos-tra a crescente preocupação com o tema e uma oportunidade para as empresas que vendem solução de segurança.
Com foco em desvendar as queixas dos clientes e entregar de bandeja para que você não apenas venda, mas conquiste seu cliente, aí vão as dez principais falhas dos fornecedores de segurança, na vi-são de quem compra:
De acorDo com o estuDo “antes Da tI, a
estratégIa”, Da It míDIa, a prIncIpal preocupação Dos compraDores De
tecnologIa é com soluções
para a segurança De
sua empresa. Veja os
equíVocos percebIDos pelo clIente na hora
Desta oferta
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Abordagem superficial Blablablá!Os fabricantes ou fornecedores não entendem as necessidades que o cliente tem e implementam coisas diferentes das demandadas. “O sonho não se concretiza e acaba em briga judicial ou devolução da tecnologia, com perda de tempo e de dinheiro”, conta Resilene Mansur, diretor de informática da CSN.
Cloud Computing É seguro, pero no mucho!Embora as empresas se sintam seduzidos pela computação em nuvem - pelo preço e suas facilidades - o quesito segurança não tranquiliza seus corações. “Temos clientes no segmento da aviação, monitorados pelo FBI que, por questões de segurança, não permite que seus fornecedores utilizem a cloud. Por outro lado, somos pressionados por preço mais reduzidos nos projetos, que o conceito oferece. Estamos sendo pressionados com isto”, comenta Vanderlei Ferreira, CIO da EDP Energias do Brasil. O executivo explica ainda que a companhia tem usado cloud computing para projetos específicos e não para o ambiente produtivo. “Embora os fornecedores apontem como cloud sendo uma solução mais barata e segura eles não nos explicam como. Os meus pares na Europa (a EDP é uma companhia multinacional) passam pelo mesmo problema”.
Fusões e aquisiçõesCadê a tecnologia que estava aqui?A descontinuidade de produtos e a falta de suporte quando ocorrem fusões e aquisições entre os fornecedores é uma triste realidade para os clientes. “Tem mais um complicador, que é o gap tecnológico. Tem empresas que passam por remodelação da equipe e você fica quase um ano sem atendimento”, pontua Santiago, da CSN.
Monitoração e governança para dispositivos móveisDe quem é este tablet, do empregado ou do empregador?Quando os CIOs tinham apenas que liberar os acessos das informações estratégicas das empresas para os smartphones do CEO a situação era um pouco mais fácil: um ou dois aparelhos a serem monitorados. Agora, a consumerização invadiu as organizações e, como fazer este controle? Eles anseiam pela resposta do seu fornecedor de segurança! Este é um grande desafio. Na visão de Paulo Roberto Santiago, coordenador de segurança da CSN, mobilidade é a bola da vez e os investimentos em segurança para esta área ficarão para o ano que vem. Por enquanto, a companhia faz testes e verificações e discute isto junto com o planejamento estratégico da própria empresa.
Veja os equíVocos percebidos pelo
cliente na hora da oferta
Outro problema apontado é o
apertem os cintos, a mão de obra sumiu!Excelentes profissionais vendem e desenham o projeto junto com o cliente. Na hora de implementar, estes profissionais certificados somem e a TI da empresa virou uma desordem. “O projeto demora, tem atrasos e a consequência disso é o arrependimento e até uma tristeza. Tem revendas de TI que afundam quando o profissional qualificado vai embora”, conta Santiago.
Depressão pós-implementaçãoMesmo com os contratos de SLA bem definidos, os clientes reclamam que depois da implementação o fornecedor some. Mais problemas para a TI e para os departamentos jurídicos.
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Engenharia socialOs clientes de soluções de segurança precisam de ajuda para doutrinar os funcionários de suas empresas em uma cultura voltada ao tema. De nada adianta altos investimentos em TI se as pessoas não estiverem conscientes dos riscos.
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Fabricante X revendedorSe algo dá errado começa o jogo do empurra-empurra. É a hora do fornecedor jogar a culpa no fabricante e vice versa. E, enquanto se discute onde está o culpado, é o cliente que absorve as consequências.
Cadê a tropicalização?Há produtos excelentes no mercado brasileiro, mas que não estão em português. Por exemplo, regras de spam em idioma inglês que deixam passar o que está no idioma oficial do Brasil.
Baixa oferta de solução de segurança no clienteEm geral, os clientes reclamam que o fornecedor é pouco pró ativo na oferta de segurança, bem como no interesse de entender quais são suas necessidades.
O laboratório existe?“Muitas vezes, tecnicamente, sabemos o que está acontecendo, mas os laboratórios não priorizam nossas necessidades”, diz Santiago. Desde problemas com detecção de intrusão a análise de vulnerabilidades já identificadas pelos clientes ficam sem resposta dos laboratórios dos fornecedores.
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reportagem | segurança
RequintedeseguRança
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Daniel Schnaider é low profile. Brasileiro, jovem, discreto, sócio de uma em-presa de consultoria que atende as maiores companhias privadas e públicas do País, a Arkia Group. Mas suas histórias são dignas de roteiros de filmes de ação. Além dos estudos em engenharia de software, economia e administração, em universida-des como a de Haptuha em Israel/Tel-Aviv, destaca-se o fato de aos 14 anos ter sido chamado para trabalhar e estudar para o governo de Israel, depois de hackear o site
de uma área de pesquisa do próprio governo. Aos 18 anos fazia parte da Força Es-pecial do Serviço de Inteligência do país. Logo, “olheiros” da IBM o contrataram. Depois de sete anos na Big Blue, o executivo voltou ao Brasil, para entrar como sócio da empresa de seu irmão e colocar tudo o que vivenciou a disposição das empresas. Abaixo, dez quesitos apontados pelo especialista que não podem faltar em um pro-jeto de segurança.
Contexto - Se há problema de segurança, há problema de risco. É preciso contextualizar o problema, isto é, conseguir traduzir ele para valores econômicos. Realmente pode entrar um vírus no celular de um colaborador. Mas qual é o risco? Pode ser alto ou baixo. Se eu pegar o computar do presidente da Eletrobrás e quebrá-lo, ninguém vai sentir nada, porque aquilo não é um ativo crítico. Então porque gastar tanto dinheiro protegendo o computador do CEO? Isso é importante, mas não é o mais importante! Tem que proteger sim, mas é preciso ver onde está o ativo crítico.
O fornecedor tem de ser visto como parceiros. Se ele não consegue entender o objetivo do cliente, ele não vai conseguir ajudar o cliente.
Avaliação da tecnologia – é preciso saber se há garantia e assistência técnica do que está sendo adquirido. A avaliação destes itens tem de ter maior peso que o contexto técnico do produ-to, no momento da compra. É uma compra estratégica? Se sim, tem de haver garantia sobre a continuidade do produto.
Comunicação – Linguagem adequada para falar com CEOs das empresas e apontar as consequências econômicas dos riscos.
Cultura – se não há a ajuda de todos os colaboradores da empresa, a melhor tecnologia não vai ajudar. Você precisa de uma cultura suportando a tecnologia. E uma política que estimule as pessoas a falarem sem se sentirem ameaçadas.
Identificar o ativo crítico da empresa – em algumas companhias o ativo crítico são os processos, alguns são pessoas, outros tecnologias. Você tem de saber identificar e fazer a análise de onde está o maior risco para a empresa.
Inventariar os ativos críticos – Um estudo feito nos Estados Unidos detectou que a maior pendência das empresas norte-americanas é não ter um inventário dos seus ativos.
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Olhar o objeto da empresa - As falhas costumam estar nos processos de automação. As fraudes que aconteciam na Coca-Cola estavam ligadas a fun-cionários que enganavam o sistema de automação. Olhem sempre o sistema de automação e lá achará muitas armadilhas para o negócio do cliente. É onde estão a maioria dos problemas.
Atenção ao ciclo: fabricante, distribuir e revendedor – O reven-dedor, por vezes, pode ficar refém do fabricante que trabalha e não vai olhar para a necessidade do cliente.
Fornecedor longe do cliente - os laboratórios estão muito longe do cliente e eles não entendem como ele vai usar o produto.
Consultoria objetiva - Quem tem de se adaptar: a empresa à tec-nologia ou vice versa? Isto tem de ser falado e discutido com o cliente.
SOA (Arquitetura Orientada a Serviço) - é relevante do ponto de vista de segurança porque faz o mapeamento entre tecnologia e a linguagem de negócios, permitindo medir o valor econômico do proces-so para a organização. Com isto em mãos, se tem uma exce-lente ferramenta para analisar risco e saber o que é mais importante proteger. É a forma de transformar gestão de risco em eficiência operacional.
Olhe o sistema de telecomunicação - O ataque que ocorreu ao sistema nu-clear iraniano, demonstrou que você consegue com um ataque cibernético e não com um ataque físico colocar em risco a segurança de um país. Por meio de acesso remoto aos sistemas de automação foi possível destruir um motor que fazia o enriquecimento do urânio na usina nuclear. E isto não foi desco-berto porque um vírus enganava os sistemas de telecomunicação, avisando que estava tudo bem. O sistema de telecomunicação é um ativo crítico, pois outros ativos críticos se comunicam por ele.
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REPORTAGEM | ELETROLAR 2012
Vitrine para oPor Martha Funke | especial para a CRN Brasil
Com cerca de 800 expositores distribuídos em 32 mil metros qua-drados, a sétima edição da Eletrolar consolidou a feira como principal evento voltado a conectar produtores e distribuidores de eletrônica de con-sumo com o varejo. Mais de 20 mil visitantes de todo o País lotaram o pa-vilhão de exposições Transamérica, em São Paulo, durante três dias no início de julho, incluindo empresários e compradores de praticamente todas as grandes redes varejistas locais.
Portáteis e bluetooth foram as grandes vedetes deste ano. Para aten-
der ao novo perf il do consumidor, as marcas exibiram produtos de entrada atraentes com preços idem. Os ultra-books, a novidade da vez, dividiram a atenção com dezenas de modelos de tablets, nacionais ou não – gran-de parte deles produzidos em Minas Gerais com o apoio da MP do Bem e muitos equipados com cases, docks e periféricos que os aproximam de PCs. Telefones turbinados também ganharam espaço, tanto smartpho-nes quanto feature phones, aqueles que oferecem experiências básicas, como acesso a redes sociais, mas f i-
cam um passo atrás em matéria de acesso à internet.
A tecnologia sem fio para conec-tar equipamentos, acessórios e peri-féricos também deu o tom. Seja em caixas de som, microfones, teclados ou impressoras, os cabos estão co-meçando a fazer parte do passado. O alcance vai ainda mais longe com produtos cloud. Itens à prova d´água, como câmeras e pen drives; proteto-res e bancos de energia, prolongando a carga dos equipamentos; e produtos multitarefa também mereceram des-taque. Veja a cobertura completa.
FABRICANTES E DISTRIBUIDORES EXIBEM SUAS APOSTAS TECNOLÓGICAS DURANTE FEIRA PARA O MERCADO VAREJISTA
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LOGITECHPrioridade para o Brasil
A Logitech aproveitou a Eletrolar para marcar sua estratégia de cobertura do mercado nacional, onde agora conta com operação local que inclui equi-pe de vendas e marketing. Segundo seu country ma-nager, Jairo Rozenblit, a nova estrutura foi retratada no evento por meio de presença reforçada em estandes de parceiros como Reistar (Amvox), Coletek, Dexcom, Mazer e Softronic. “Em 2012 o Brasil é prioridade para a empresa”, diz o dirigente. Entre os lançamen-tos, destaque para tecnologias bluetooth em caixas de som (a mini boombox se transforma em viva-voz para recebimento de chamadas) e touch, presente no mouse modernoso; e também tablets turbinados com cases e periféricos bacanas.
LOGITECH
INTEGRISVarejo ganha importância
Depois de registrar crescimento de 40% no primeiro semestre, a Integris chegou à Eletrolar disposta a apresentar novidades a exem-plo da linha Bluetooth, composta por mini teclado, caixa de som e fone de ouvido que aceita cartão micro SD e se conecta sem fios com tablets, telefones e smart TVs. O Banco de Energia permite o carregamento de eletrônicos em qualquer lugar e sem uso de to-madas elétricas, enquanto os roteadores com alcance de 150 e 300 mbps trazem suporte para fixação vertical. Já na linha ecológica, os acessórios são produzidos à base de garrafas pet recicladas, bambu etc. “A presença da marca na Eletrolar reflete o crescimento da im-portância do varejo em nosso mix de clientes”, diz a diretora Tatiana Mancini, que destaca a presença, entre os visitantes, do autosserviço, de empresas regionais e do comércio eletrônico.
MEGAWAREEm grande estilo
O ultrabook foi a estrela do estande da fabricante – literalmente. Um equipamento gigante saudava os visitantes e chamava a atenção para a nova linha, composta pelos modelos Horus e Atract, que trazem suporte ao Windows 8, acabamento em alumínio, autonomia de bateria de até oito horas, peso de no máximo 1,6 kg e inicialização em até 7 segundos. “A rea-ção foi melhor do que a gente esperava”, comemora o diretor de operações Camilo Stefanelli. “Trouxemos o que o consumidor quer – um note mais leve, mais fino, rápido e bonito.” Segundo ele, o lançamento deve ajudar a turbinar os negócios no segundo semestre e contribuir para a empresa fechar o ano “em curva crescente”.
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REPORTAGEM | ELETROLAR 2012
ESYWORLD Câmbio favorável
A distribuidora que trouxe para o Brasil há dez anos a marca Kaspersky Lab é especializada em segurança, ge-renciamento, monitoramento e cripto-grafia, hoje atua também com Acronis, Cyberoam, NetOp, PineApp e Spector Soft e aproveitou a Eletrolar para lan-çar o Kaspersky One, produto voltado para o varejo que atende smartphones, tablets, notebooks e PCs. Segundo a di-retora de marketing Roseli Hanouch, um dos pontos de atração da empresa no evento foi o câmbio. “Na Esyworld o dólar não mudou, estamos com os preços antigos”, afirmou – o que deve contribuir para o crescimento, este ano, na casa de 60%.
MAXPRINTEletrônicos e migração para portáteis
A estratégia de fortalecimento do varejo para a marca, tradicional-mente bem posicionada junto a revendas de informática e papelarias, embasou a presença da Maxprint na Eletrolar. De acordo com a diretora comercial Adelaide Anzolim, a consolidação das marcas Dazz, de pro-dutos de entretenimento, e Gotham, voltada à conectividade, também reforça essa estratégia e a projeção de crescimento de 23% este ano. “A atuação com a linha de eletrônicos focada em áudio e vídeo amplia o leque de consumidores atendidos, indo além dos usuários de computado-res”, diz ela. Os lançamentos deste ano atendem também ao movimento de migração para portáteis com dock station e teclado para iPad, caixa de som para smartphones e bateria universal portátil.
ANOVATIKits espertos
Para o diretor-comercial e sócio do grupo Ano-vati, Everton Macedo, um dos sucessos apresentados na Eletrolar este ano foram os kits Targus – entre eles, destaque para o Educacional, um pacote com preço para o consumidor de 199 reais composto por mochi-la, mouse, pen drive, antivírus, jogos e cursos com-pletos de inglês, espanhol e preparação para o Enem e vestibular em videoaulas. “Vamos levar educação para o Brasil”, entusiasma-se. Para iPad, o conjun-to une case, película e caneta; outras caixas reúnem acessórios originais Blackberry. A multifuncionalida-de também está presente em produtos como mochi-la com capa de chuva ou com carrinho. Já a Agora Digital, do mesmo grupo, apresentou acessórios da Obien como o suporte para tablets iStand e a nova linha de fones de ouvido da Edifier, entre outros.
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REPORTAGEM | ELETROLAR 2012
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DLTablets para todos
Este ano, a fabricante mineira investiu na extensão de sua linha de tablets e levou mais de 20 modelos para a Eletrolar. Entre eles, o HD7, cujo sistema antirroubo tem funcionalidades por acesso remoto como gravar e ouvir a voz de quem está com o aparelho e recuperação de arqui-vos, e o T-704, de 7 polegadas, com Android 2.2, memória RAM de 256MB, conexão por cabo RJ45, suporte a mo-dem 3G e preço sugerido de 399 reais – a empresa tem foco nas classes CDE e oferece uma linha com mais de 55 itens, como MP3, MP4 e fones de ouvido. Mas a vedete da marca foi o 3D Vision, primeiro tablet nacional 3D sem óculos especiais. “Os novos modelos entram em linha até o fim do ano”, diz o engenheiro de desenvolvimento Luciano Neto.
OFFICE MEDIA Acessórios fashion
Em sua primeira participação direta no evento, a distribuidora lan-çou no Brasil as marcas Aerial 7, Golla e Porte Design. A primeira, ameri-cana, é focada no segmento de áudio e voltada a consumidores que unem tecnologia e estilo de vida. A outra é finlandesa, especializada em moda de bags para eletrônicos portáteis e tem mais de 200 itens em linha. A francesa Port Design oferece produtos mais universais e acessíveis. “Este ano quisemos dar a mesma oportunidade para todas as marcas do nosso portfólio. É o momento de fazer com que os compradores conheçam a variedade de produtos”, diz o diretor-geral da empresa, Yuri Wilker.
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REPORTAGEM | ELETROLAR 2012
NAGEM Relacionamento em alta
Firmar os relacionamentos, principalmente com clientes das regiões Sul e Sudeste, foi um dos pontos altos da presen-ça da nordestina Nagem na Eletrolar. “Tenho certeza de que vamos virar grandes negócios”, afirmou o gerente da unidade São Paulo, Rafael Cunha. Segundo ele, a frequência no estan-de de visitantes representando o grande varejo e o e-commerce serviu também para apresentar pontos de melhoria, facilitando a solução de pequenos problemas por meio do contato pessoal. “A gente aproveita para levar essas coisas para dentro de casa e melhorar cada vez mais o atendimento.”
SPACE BR Menos é mais
Pela primeira vez apresentando mais de um lançamento no evento, a fabricante expôs sua linha de tablets, com um de 7 e outro de 9,7 polegadas, e seu Space Born PC, o menor computador do mundo, com processador VIA e Android 4.0, segundo a gerente de marketing Francisca Siebra. Também destaque foi o equipamento all in one. “Já tínhamos feito a divulga-ção, mas na Eletrolar fizemos a apresentação física do produto, é o momento ideal para isso”, diz ela. “A feira traz nosso target até nós.”
US TECHNOLOGY MIAMI O ano do tablet
A distribuidora e fabricante norte--americana focou sua presença na Ele-trolar nos tablets de sua marca Titan. “Fechamos cotações com alguns clien-tes”, diz o CEO Jimmy Lugo. O geren-te de vendas William Ortiz observou que a feira, que praticamente dobrou de tamanho, teve muito interesse nos tablets, por ser novidade de mercado, com muitas empresas hoje voltadas a distribuição de commodities traba-lhando melhor o conceito de solução e tentando agregar valores aos produtos, não mais cumprindo apenas o papel de moving box. “Vamos apostar muito neste produto”, afirma Ortiz.
HANDYTECH Dentro de casa
Para Ricardo Valadares, gerente de negócios da distribui-dora baiana, este ano foi marcado como o primeiro em que a informática entrou pesado na Eletrolar. “Passou a ser uma feira muito focada em distribuição e produtos de informática”, avalia. Segundo ele, um cenário ideal para mostrar melhor para os clien-tes o perfil da empresa, já que pela distância havia uma percep-ção por vezes diferente da realidade. “O evento conseguiu trazer os clientes para dentro da empresa”, resume.
UNICOBA Consolidação de marca
O gerente executivo comercial e responsável pela di-visão de informática do grupo Unicoba, Marcelo Liviero, comemorou o sucesso do relançamento da marca Alpine de som automotivo para o mercado nacional – acordo fechado em junho fez da Unicoba a única responsável por comercialização, pós-venda e produção dos produtos no Brasil. “Vamos iniciar a fabricação já no mês de agos-to”, diz o executivo, que vai apoiar o desenvolvimento do mercado com campanhas de incentivo, treinamento e capacitação. Outro destaque foi a melhor exposição do trabalho, cuja marca é sobrepujada pelas outras linhas do grupo, como TP Link e GPS Apontador.
TS SHARA Setor organizado
Para o diretor de marketing e comercial Jamil Mouhalem, a organização do setor de TI na Eletrolar, reunindo distribuidores, integradores e fabricantes, fa-cilita a oferta de tecnologia para o varejo. A TS Shara aproveitou o evento para relançar os Mini 500 VA, o menor no break do mercado, com dimensões ainda mais reduzidas, durabilidade de bateria de cerca de 20 minutos e adequação para o mercado Soho. “Suficiente para sustentar desktops, roteadores, telefone, smar-tphone, notebooks e tablets tempo suficiente para não perder trabalhos”, diz ele. Outro produto adequado para o varejo, segundo ele, oferece proteção básica para TVs e equipamentos eletrônicos em geral contra cargas atmosféricas e picos de tensão, ideal para os usuários que querem investir pouco.
trabalho, cuja marca é sobrepujada pelas outras linhas
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DEXCOM Marca própria
Em seu primeiro ano de participação na Eletrolar, a Dexcom não deixou por menos e montou um stand superexpressivo para re-forçar não só as marcas que distribui, como os produtos de fabricação própria, como os notebooks com plataformas Intel e AMD, tablets, acessórios e equipamentos de network que se juntaram aos desktops da marca. “Nosso objetivo daqui para a frente é fortalecer a marca Dexcom”, explicou o CEO Denis Rodrigues. A empresa chegou a registrar fechamentos de pedidos durante a feira e tem perspectiva de crescimento similar ao do ano passado, em torno de 30%. “O stand fez sucesso, inclusive pelos acessórios com design bem diferenciado”, acrescenta o diretor comercial Marcelo Arantes.
CASELOGIC Reforço no varejo
A gerente-comercial Adriana Viana assumiu o cargo exatamente para reforçar a atuação da marca no varejo. “A meta é estar em 40% do grande varejo até o fim do ano”, afirma a executiva. Responsável pela definição da política de canais e do mix de produtos, ela avalia que já foram feitos avanços no primeiro semestre, mas com a feira e as perspectivas com o Natal a meta é aumentar no mínimo em 30% as vendas em 2012, com produtos focados no perfil atual do mercado e no crescimento de tablets (7 e 10 polegadas) e iPads, além de lançamentos destinados a máquinas de cine e foto profissionais e semiprofissionais.
NEWLINK Network é fundamental
A inovação apresentada na Eletrolar ficou por conta de linhas de acessórios de tablets e celulares, além de novas filmadoras e câmeras digitais à prova d´água, mouses e coolers. “Outro boom do momento é um relógio MP4 esporte, com pulseiras para trocar, que permite fazer esporte, escutar música e ver vídeos, tudo ao mesmo tempo”, diz o diretor comercial e sócio fundador da empresa, Leandro Murachovsky, obser-vando que as novidades foram apresentadas a todos seus clientes grandes, presentes no evento. “O network é fundamental para nosso negócio e pretendemos man-ter o crescimento de 50% ao ano.”
crescimento similar ao do ano passado, em torno de 30%. “O stand fez sucesso, inclusive pelos acessórios com design bem diferenciado”,
D-LINK Facilidade para o usuário
Roteador e storage em nuvem e sem dificuldade de configuração foram os destaques da D-Link para os varejistas. Segundo a diretora de marketing Alessandra de Paula, a tecnologia zero configuration permite que ao cadastrar o produto no portal My D-Link o usuário só precisa ati-var os dados de usuário e senha. “Não é necessário nem mudar de tela: é só clicar na confirmação e o produto já está configurado”, resume. Qual-quer instalação posterior, como uma câmera, segue o mesmo roteiro. O storage é outra mão na roda. Com dois HDDs, que podem ser usados espelhados ou individualmente, permite acesso de qualquer device aos arquivos guardados, com facilidades como tocador de música e apresen-tador de fotos próprios. “O equipamento tem gerenciador de download para ponto a ponto, não precisa deixar o micro ligado”, explica o gerente de produtos Cassiano Pugliese.
MOVE1 Eduardo Villas Boas
Uma das novidades apresentadas pela distribuidora foi a parceria com a marca europeia Trust, de acessórios, que oferece produtos com preço ideal para disseminar a catego-ria no nível de entrada. Outra foram os produtos da D-Link. Para Eduardo Villas Boas, diretor-executivo da distribuido-ra, uma das tendências que move o varejo de volume este ano é a busca por preço – principalmente em notebooks, devido à mobilidade social. “Há dois anos o ticket médio era 1,3 mil reais. No ano passado baixou para 1,150 mil e este ano está em 999 reias”, diz. A comunicação wi-fi é mais um apelo, de roteadores a impressoras. Além de permitir apresentar os produtos, a feira, de acordo com ele, permite o contato com clientes menores, regionais e relacionamento de nível executivo. “É onde conseguimos falar com proprie-tários ou diretores executivos.”
para ponto a ponto, não precisa deixar o micro ligado”, explica o gerente de produtos Cassiano Pugliese.
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reportagem | eletrolar 2012
ALCATEIA De Apple a Microsoft
O crescimento da feira – em número de expositores e áreas destinadas aos stands – foi registrado por Carlos Tirich, diretor comercial e de marketing da Alcateia, como um dos indicativos de seu papel hoje para o mercado de tecnologia. “O nível de participação vem aumentando bastante”, diz. A distribuidora aproveitou o momento para ressaltar a parceria com a Apple, um dos destaques do estande, e divulgar parceria com a Toshiba e o início de sua produção local de pen drives – a Alcateia é a pri-meira parceira de distribuição da marca. Mais destaques foram o Xbox, da Microsoft, e o GPS Garmin, entre outros tantos dos 20 parceiros presentes.
PHASER Tablet com benefício
O gerente de vendas da mineira Phaser, Emerson Fiore, estava comemorando na Eletrolar a publicação no Diário Oficial do enquadramento da empresa na MP do Bem, garantindo facilidades para redução de custos na ponta e na importação de componentes. “O equipamento é produzido integralmente aqui, até a placa mãe a gente consegue inserir no Brasil”, diz. A linha beneficiada é a de tablets, com característi-cas como Android 4.0 e case que também é teclado, “para o usuário ganhar velocidade na operação”. Fio-re explica que chegou a acreditar que feiras haviam perdido o sentido com a massificação da internet, colocando a comunicação entre fabricante e lojista à distância de um clique. “Já percebi que eu estava errado. A gente ganha muito mais com o relaciona-mento face a face”, admite.
ABRADISTI Maior competição e fatores externos
O ano é duro, a competição é maior e os ne-gócios são afetados por fatores que vão além das questões de mercado, vendas ou marca e sobre os quais o empresário não tem controle, como a fragilidade dos mercados externos ou o câmbio. Mesmo assim, a perspectiva é de que o segmento da distribuição de TI cresça pelo menos 10%, al-cançando faturamento somado em torno de 13,5 bilhões de reais. A estimativa é do presidente da Associação Brasileira dos Distribuidores de Tec-nologia da Informação (Abradisti), Mariano Gor-dinho, que a partir do ano que vem deve contar com pesquisa semestral de avaliação do setor. A entidade, pelo segundo ano consecutivo, apoiou institucionalmente a Eletrolar levando em conta que a consumeirização da informática faz da fei-ra o espaço ideal para distribuidores de volume. “Este ano tivemos 12 dos nossos 24 associados presentes”, contabiliza o presidente. “No ano que vem o número pode crescer.”
INTELBRAS Design para nichos
Quatro anos depois de sua primeira participa-ção na Eletrolar, a empresa marcou presença com lançamentos marcados pelos apelos de design e seg-mentação. Com tecnologia sem fio, a série TS 61 ofe-rece agenda para 70 contatos, registra as últimas 30 chamadas recebidas e é expansível para até seis ra-mais. Rádio comunicador à prova d´água e poeira, videoporteiro e roteadores, entre outros, também fo-ram apresentados. “Outro destaque é o aparelho fixo GSM, que usa chip de celular”, apontou Fábio Sebas-tiani, gerente geral da unidade consumo. O cardápio de produtos vai dos mais básicos aos de maior valor agregado com ampla gama de desenhos e cores e pro-dutos para nichos, como o telefone com botões grandes e memória de discagem rápida e identificada por foto.
THE LEADERSHIP GROUP Crescimento acima do PIB
Em 2012, a perspectiva de crescimento da empresa no Brasil chega a 20%, de acordo com o gerente-comercial Augusto Caolino. Ele fundamenta o otimismo na estimativa de evolução do Produto Interno Bruto nacional e na blindagem do País contra a crise. “Acre-ditamos muito na virada econômica”, diz. Segundo ele, o PIB pode crescer 2,5% e a Leadership via de regra tem crescido sempre dez vezes mais que o índice nacional. A mar-ca tem no DNA acessórios para informática e participou da Eletrolar pela segunda vez – estará presente no ano que vem também – e, entre as novidades apresentadas, um desta-que é a lente objetiva para iPhone, com zoom.
SND Novas parcerias
O fechamento do ano fiscal da Microsoft em junho, soma-do a ações bacanas como a campanha “A SND faz a festa para você” premiando revendas da Santa Ifigênia engajadas no au-mento de vendas, contribuíram para o crescimento de 26% da distribuidora no primeiro semestre. Para o ano a meta é mais conservadora, 20%. Segundo o gestor do departamento de marketing e produtos Fábio Baltazar, o semestre será mar-cado pelo programa de road shows Brasil afora e teve início na feira como a inclusão da SMS no portfólio e o lançamento dos tablets Titan no Brasil. “Aproveitamos também para anunciar parceria com a LG IPS e com a Q-See, na área de segurança”, apontou o executivo.
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MULTILASER Portfólio ampliado
“Está bombando, já passaram aqui Colombo, Lojas Cem, todo mundo”, comemorou o diretor--comercial Guila Borba. Depois de lançar seu primeiro modelo no ano passado, a fabricante levou para a Eletrolar um portfólio compos-to por produtos com plataforma Android 4.0, 3G e diversidade de cores – hoje, segundo ele, os apa-relhos cor de rosa vendem quase o mesmo volume que os pretos. O mesmo ocorre com câmeras digi-tais. “Ter coisas novas é essencial para o varejo. Estamos com 1.300 itens, metade deles adequados para o segmento não especializa-do. Apostamos no varejo, que no ano passado nos ajudou a crescer 84%.” Fatores como eleições e Na-tal, lembra, devem colaborar para as vendas no segundo semestre.
“Está bombando, já passaram aqui Colombo, Lojas Cem, todo mundo”, comemorou o diretor--comercial Guila Borba. Depois de lançar seu primeiro modelo no ano passado, a fabricante levou para a Eletrolar um portfólio compos-to por produtos com plataforma Android 4.0, 3G e diversidade de cores – hoje, segundo ele, os apa-relhos cor de rosa vendem quase o mesmo volume que os pretos. O mesmo ocorre com câmeras digi-tais. “Ter coisas novas é essencial para o varejo. Estamos com 1.300 itens, metade deles adequados para o segmento não especializa-do. Apostamos no varejo, que no ano passado nos ajudou a crescer 84%.” Fatores como eleições e Na-tal, lembra, devem colaborar para
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REPORTAGEM | ELETROLAR 2012
AGIS Centro de relacionamentos
Nem só de clientes vivem os contatos na feira. Para Bruno Coelho, gerente de ma-rketing da Agis, o evento é um grande centro de negócios e de relacionamento, já que o networking também coloca em contato concorrentes, fabricantes e demais elos da cadeia de valor da TI proporcionando novas parcerias e trocas de benchmark. A distribuidora aproveitou para promover demonstrações de produtos de 15 parceiros. “Está tudo ligado e funcionando”, afirmou o executivo. Segundo ele, a grande vedete foram os ultrabooks – dois da Acer e um da HP. “Mesmo quem procura outro produto quer conhecer, enten-der e mexer nos equipamentos. É um fenômeno, um novo nicho.” A Agis deve fechar o ano com crescimento entre 10% e 15%. “Mas o ano está mais difícil, o gasto energético tem sido três vezes maior.”
COLETEK Ofertas para qualquer público
A empresa, que recentemente passou a contar com Deise So-mayama como gerente de marketing e criou a gerência de produtos hoje ocupada por Charles Blagitz, celebrou na Eletrolar a aliança com a Logitech e destaques como teclado carregado por luz branca e linha de áudio com speakers de até 500 watts de potência RMS. Outras atrações foram os produtos para gamers, como o volante G27, eleito o melhor do mundo, e o lançamento da linha Blood, de mouses com multiprocessamento e recursos internos como cor-reção de mira e supressão de recuo de arma. Produtos sem fio ou com capacidade multitarefa foram outros destaques. “Ampliamos muito o leque de produtos. A explosão do consumo e a mobilidade social é um desafio para o canal, que precisa ter diversidade para atender vários públicos”, avalia o executivo.
ALL NATIONS No ano que vem tem mais
A primeira participação da distribuidora no even-to deu gostinho de quero mais. “A A All Nations pre-tende manter constante sua presença nos próximos anos com espaço ainda maior”, diz a gerente de plane-jamento de vendas e marketing Camila Nascimento, entusiasmada com o relacionamento com clientes e prospects. Os ultrabooks foram um dos destaques do stand da empresa, que contou com a presença de par-ceiros como Intel, AOC, Epson, HP, Lenovo,LG, Pa-triot, Trust e Western Digital – a WD aproveitou para anunciar durante o evento sua nova geração de discos rígidos portáteis My Passport de 500GB, o primeiro do segmento produzido no Brasil.
ALL NATIONS
BLU Celulares que cabem no bolso
A marca norte-americana de telefones portáteis Blu, nascida há três anos, só chegou ao Brasil depois de ganhar a América Latina. “O mercado brasileiro é mais maduro e com-petitivo”, justifica o country manager Mar-celo Najnudel. Os seis aparelhos do portfólio são distribuídos pela Allied com tecnologia, conectividade e posicionamento de preços “extremamente competitivo”, segundo o exe-cutivo – todos eles quadriband e dual SIM. O aparelho mais básico tem câmera, MP3 e cartão de memória, por 119 reais. Na outra ponta, o Studio, por 1.099 reais, smartphone com tela de 5.3 polegadas, Android 2.3 e câ-mera de 5MP.
SOFTRONIC Parceria com Edimax
A oportunidade representada pela presença das redes regionais foi uma das chaves do sucesso da Eletrolar, segundo Elenilson Mozart, diretor de canais da Softronic. A importadora distribuidora de Vitória é parceira da fabricante Copy, responsável pelas marcas Boss e Phaser, e apresentou produtos Logitech – com quem deu início a suas operações –, acessórios da marca própria Zagg, hoje com 52 itens, bolsas e malas Sumdex, aproveitando para divulgar a mais nova componente de seu portfólio, a fabricante de equipamentos de networking Edimax. “Apesar de maduro, queremos fechar o ano que vem com participação de 15% neste mercado”, diz.
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ALLIED Diversidade de parceiros
Nem só de celulares vive hoje a Allied. A especialização que lhe deu origem em 2001 cedeu espaço à TI e hoje a distribuidora oferece de tablets Acer e produtos Philips à linha de imagem da GE e da Agfa, passando por acessórios e produtos customizados com marcas como Hello Kitty e Barbie. “A Eletrolar é importan-te para o networking com clientes externos ao setor de telefonia”, diz o CEO Ricardo Radomysler. A empresa no ano passado fatu-rou mais de 1 bilhão de reais e hoje tem participação de um fundo de private equity, que segundo ele permite expandir os segmentos de atuação e distribuir mais linhas das marcas já parceiras, bem como captar novos parceiros – estão na mira empresas sem for-mato de distribuição direta ao varejo como Apple e Blackberry e players chegando ao Brasil, a exemplo de Amazon, Google e Pa-nasonic. Em telefonia, os destaques foram os aparelhos dual SIM e tri SIM. “Os smartphones também estão em ebulição e devem fechar o ano com 30% do mercado”, diz ele.
Foto
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gora
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OFFICER Boteco, retrato de relacionamento
Se o negócio é o relacionamento, nada melhor do que a conversa de botequim. A leitura da Officer em sua segunda participação rendeu um boteco gigante na Eletrolar, com direito a chopp, petiscos e muito bate--papo. Para o presidente da distribuidora, Fábio Gaia, o formato retratou a forma com que o brasileiro costuma se relacionar, amigável e relaxado. “A feira nos permite fazer contato com fabricantes, apresentar-nos a no-vas revendas e compartilhar experiências”, diz. Com foco no varejo, além da participação de marcas como Philips, AOC, Wacom, LG, HP, Epson, Iomega, Linksys e Seagate, estiveram em destaque o Xbox da Microsoft, anunciado no ano passado, e os tablets Galaxy, da Samsung.
CCE Ultrabook brasileiro
O grupo Digibrás aproveitou a Eletrolar para apresentar o Info F7, da CCE, primeiro ultrabook fabricado no Brasil. Com processador Intel Core i7 de 3ª geração, o produto tem 20 mm de espessura, armazenamento SSD e é equipado com tecnologia de segurança que bloqueia o acesso ao disco rígido em caso de roubo. “Um dos diferenciais é o leitor óptico com gravador de CD e DVD”, diz a gerente de desenvolvimento de produto Veridiana Couto. Outras novidades foram o smartphone 3G, resultante de parceria com a Qualcomm, e as TVs LCD Ultraslim, 25% mais leves que os aparelhos convencionais e disponíveis nas cores preta e branca. Os notebooks também estiveram presentes, com as li-nhas com Intel Core e Dual Core.
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CAMPEÕES DO CANAL | 2012
Seguindo a percepção do CANAL
Por Andreia Marchione | analista de estudos e análises da IT Mídia
Segundo passo: cada participante selecionou até três grupos de fornecedores para indicação espontânea dos favoritos. Na sequência, avaliou cada indicado em seis critérios referentes a Qualidade Percebida e Percepção de Marca. Posteriormente, na tabulação dos dados, atribuímos pesos de acordo o grau de importância dos critérios segundo a percepção do canal.
AGOSTO 201AGOSTO 201AGOSTO 2 WWW.CRN.COM.BR52
CAMPEÕES DO CANAL
Seguindo apercepção do CANALSeguindo apercepção do CANALSeguindo a
Por Andreia Marchione
Segundo passo: cada participante selecionou até três grupos de fornecedores para indicação espontânea dos favoritos. Na sequência, avaliou cada indicado em seis critérios referentes a Qualidade Percebida e Percepção de Marca. Posteriormente, na tabulação dos dados, atribuímos pesos de acordo o grau de importância dos critérios segundo a percepção do canal.
Nesta décima terceira edição do Campeões do Canal, após uma reformulação na metodologia, o estudo vai além da premiação dos vencedores: traz os resultados da análise de de-sempenho, as pontuações dos finalistas e o que há por se fazer para desenvolver a comunidade de TI.
O Campeões do Canal permite às empresas do setor – re-vendas, VARs, integradores, ISVs e consultorias – escolherem e avaliarem seus parceiros, dentro de três pilares: Menção de Marca; Qualidade Percebida; e Percepção de Marca.
Este ano, o estudo passou por uma análise mais apurada
dos fornecedores, concentrada em uma única fase de pesquisa, mais qualitativa, eliminando uma segunda etapa de votação. Além desta novidade, o item adaptação ao mercado brasileiro (válido para marcas internacionais), compõe o quinto critério de avaliação no pilar Qualidade Percebida. A categoria Segu-rança foi dividida em dois grupos – Equipamentos de Segu-rança e Softwares de Segurança e, por último, foram inseridas duas novas categorias: Gadgets e Acessórios; e Impressão, que até o ano passado faziam parte do grupo de Periféricos. A se-guir você confere o passo a passo da metodologia do estudo.
ENTENDA A METODOLOGIAPrimeiro passo: os canais classificaram por ordem de importância de 1 a 6, os critérios referentes à qualidade percebida e percepção de marca.
1Qualidade do produto
4Inovação
2Preço
5Interoperabilidade
3Relacionamento
6Adaptação ao
mercado brasileiro
Qualidade do produto
Preço
Interoperabilidade
Relacionamento com o canal
Adaptação do produto
ao mercado brasileiro
Inovação
Menção de marcaPeso: 33,3%
Recall espontâneo da marca
Valores tangíveis Valor intangível
Qualidade percebidaPeso: 33,3%
Percepção de marcaPeso: 33,3%
Média final ponderada: soma das três esferas
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tesi
a da
Xer
ox
Seguindo a percepção do CANAL
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Foto
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tesi
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ox
percepção do CANALpercepção do CANAL
01 Automação comercial
02 Componentes
03 Computação Pessoal
04 Comunicações unificadas
05 Equipamentos de Segurança
06 Gadgets e acessórios
07 Impressão
08 Infraestrutura
09 Networking
10 Servidores
11 Sistemas de gestão
12 Sistemas de produção
13 Software de Segurança
14 Storage
Tal evolução de metodologia permite à IT Mídia desenhar um retrato dos fornecedores do País, à me-dida que considera não só menção de marca, mas a avaliação dos fornecedores por seu desempenho em qualidade percebida e percepção de marca. Ou seja,
para determinar as notas f inais dos competidores e definir os integrantes da lista tríplice foi aplicado um peso de 33,3% para menção de marca, 33,3% para percepção de marca e 33,3% para qualidade percebi-da do produto.
Chegamos assim ao propósito do conteúdo analítico desta edição que você conferirá nas pró-ximas páginas. E para revelar o desempenho das empresas preferidas no canal nos últimos 12 meses considerando os aspectos de qualidade percebida e percepção de marca abrimos em números e info-gráficos seguido das conclusões com alguns com-parativos do ano anterior.
SOBRE AS CATEGORIAS:Para avaliar as empresas participantes, o Campeões do Canal segmentou os fabricantes em 14 grandes grupos de tecnologia:
AMOSTRA DOS PARTICIPANTES
Quem participou?
revendas, integradores,VARs, ISVs, consultorias
Validados
formulários
Período de campo: 10/05 a 01/07 de 2012
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CAMPEÕES DO CANAL | 2012
Revendedor Corporativo (Faturamento Aprox. -20% Serviços e 80% Produto)
Integrador de TI e Telecom
VAR (Faturamento Aprox. - 80% Serviços e 20% Produto)
Desenvolvedor de Sistemas ou Projetos
Outros
Consultoria de TI ou Telecom
Revendedor de Varejo (Só informática)
Serviços (Assist. Téc, Outsourcing, ASP, ISP, Operadora, Provedor)
Varejo (outros produtos e informática)
Diretor
CEO/Presidente/Proprietário/Sócio
Gerente/Champion/Gerente de produto
Administrador
Vendedor/Representante
Analista
Supervisor/Coordenador
CIO/CTO/CSO
Outros
NÚMERO DE PARTICIPANTES POR REGIÃO:Com abrangência nacional, a pesquisa foi respondida por canais de todo
o Brasil seguindo a distribuição do PIB nacional.
22%
17%
12%
10%
9%
8%
8%
7%
6%
29,9%
28,7%
11,1%
9,6%
3,6%
3,6%
3,1%
2,7%
2,4%
PARTICIPANTES POR SEGMENTO
NORDESTE
NORTE
CENTRO-OESTE
SUDESTE
SUL
1,45%
1,45%
3,37%
69,64%
17,83%
FREQUÊNCIA DE GRUPOS DE TECNOLOGIA:Fabricantes de computação pessoal, networking e servidores foram os
grupos de tecnologia mais citados no estudo.
41%91%
22%47%
15%13%
32%64%
16%35%
13%17%
8%8%
36%71%
17%31%
14%27%
24%47%
16%31%
12%15%
7%15%
Computação Pessoal
Networking
Servidores
Componentes
Automação comercial
Infraestrutura
Impressão
Comunicações unificadas
Sistemas de gestão
Storage
Software de Segurança
Equipamentos de Segurança
Sistemas de produção
Gadgets e acessórios
Participantes na categoria
Menções na categoria
Automação comercial - coletores de dados, impressoras de cupons, etiquetas e fiscais, leitores, PDVs, terminais de atendimento e consulta, balanças e outros produtos relacionados.
Vencedor: Urmet DarumaDentre os três finalistas, a Bematech, com 18,6%, teve o maior percentual de menção. Com média de desempenho bastante significativa, os finalistas tiveram notas bem
elevadas, com destaque para Urmet Daruma no pilar Qualidade Percebida e Motorola no pilar de Percepção de Marca. Se, por um lado, a Bematech teve o maior número de menções, a Urmet Daruma teve melhor desempenho na média final ponderada: 1,28, sendo que a média global da categoria foi 1,17.
Share of mind Qualidade percebida Percepção de marca Média final ponderada
Média global da categoria
1,17
Bematech Bematech Bematech BematechMotorola Motorola Motorola MotorolaUrmet Daruma Urmet Daruma Urmet Daruma Urmet Daruma
18,68%
1,60 1,41 1,18
7,58%
1,821,66 1,22
10,61%
1,941,63
1,28
ANÁLISE DOS RESULTADOS POR CATEGORIA:
PARTICIPANTES POR CARGO
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Qualidade percebida Percepção de marca Média final ponderadaShare of mind
Componentes - processadores, discos rígidos, placas-mãe, placas de vídeo, memória.
Vencedor: IntelA Intel se destacou pelo alto número de menções, quase 30% da categoria. Comparando com o levantamento do ano passado, a marca Intel teve aumento de vinte pontos
percentuais. Destaque também para a maior nota em Percepção de Marca, quando comparada com seus concorrentes. Desta forma, a Intel leva o titulo nesta categoria. Estreia da AMD na categoria, como a melhor avaliada em Qualidade Percebida.
Média global da categoria
1,20
AMD Intel Samsung
5,58%
29,44%
12,18%
AMD Intel Samsung
1,99
1,851,86
AMD Samsung
1,27%1,25%
Intel
1,47%
AMD
1,68
Intel
1,73
Samsung
1,57
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LG
1,37
Samsung
1,25
HP
1,28
Comunicações unificadas - VoIP, telepresença e vídeoconferência, terminais telefônicos e centrais telefônicas.
Vencedor: CiscoCom maior número de menções (30%) na categoria e com notas elevadas em Percepção de Marca, por mais um ano a Cisco se destaca em Comunicações Unificadas. A
Alcatel-Lucent foi bem avaliada em Qualidade Percebida e obteve o mesmo número de menções, comparando-se com o estudo de 2011. A Avaya aparece em segundo lugar, com o maior número de menções e em Percepção de Marca, o que ref lete os esforços da companhia em se posicionar como uma fornecedora de soluções de comunicações unificadas.
Computação pessoal - desktops, notebooks, all-in-ones, tablets, smartphones.
Vencedor: AppleTivemos uma novidade este ano. Embora não tenha tido o maior número de menções, a Apple foi a melhor avaliada nos pilares Qualidade Percebida e Percepção de Marca.
A HP se destacou no número de menções, porém suas notas foram as menores da lista tríplice nos pilares de avaliação.
Alcatel-Lucent Alcatel-Lucent Alcatel-Lucent Alcatel-Lucent
Apple
Avaya Avaya Avaya
HP
Cisco Cisco Cisco Cisco
Samsung
7,87%
1,82
1,45 1,16
1,90
18,90% 1,721,60
Avaya
1,28
1,44
29,92%1,74
1,661,42
1,72
Share of mind
Share of mind
Qualidade percebida
Qualidade percebida
Percepção de marca
Percepção de marca
Média final ponderada
Média final ponderada
Média global da categoria
1,20
Média global da categoria
1,18
Apple
1,31
Qualidade percebida Percepção de marca Média final ponderadaShare of mind
Gadgets e acessórios - games, pen drive, HD externo, teclado, GPS, câmeras, mouse, mochilas, capinhas, som automotivo, fone, MP3 Players, cabo, monitores, TVs.
Vencedor: KingstonNova categoria no Campeões do Canal, quem se destaca é a Kingston, com uma das melhores notas entre as demais categorias em Qualidade Percebida: 3,27, muito acima
dos concorrentes, além da nota final ponderada, 1,85, que foi bem acima da média global: 1,24. Esta boa avaliação ref lete o trabalho desenvolvido de forma mais massificada pela produção de memórias e HDs externos para grandes players de computação pessoal. A Samsung teve o maior número de menções e a maior nota em Percepção de Marca na categoria. A LG aparece em segundo lugar na média final ponderada e também foi uma das melhores notas em Qualidade Percebida, comparando com as demais categ
Kingston Kingston Kingston KingstonLG LG LGSamsung Samsung Samsung Samsung
17,07%3,27
1,581,77
9,76%
2,491,38
19,51%
1,02
1,85
1,14
Média global da categoria
1,24
Apple HP Samsung
5,54%
25,33%
8,18%
Apple HP Samsung
1,90
1,681,83
ANÁLISE DOS RESULTADOS POR CATEGORIA:
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57
Dell
1,12
Equipamentos de segurança
Vencedor: AxisNa categoria equipamentos de segurança, tivemos uma surpresa pelo entendimento do grupo por parte dos canais respondentes, pois foram mencionadas empresas que
fabricam não só equipamentos de segurança física - como câmeras e monitores -, mas também equipamentos de gerenciamento e monitoramento de e-mails. Apesar da Dell Sonic Wall ser a mais mencionada, a Axis chamou atenção nas notas de avaliação tanto em Qualidade Percebida, como em Percepção de Marca. Na média final ponderada, a Axis novamente ficou bem acima da média global da categoria: 1,92 contra 1,05, respectivamente. Em Qualidade Percebida, a Dell Sonic Wall e a Intelbras tiveram notas bem parecidas. A D-link ficou de fora da lista tríplice em comparação com o ano anterior.
Axis Axis Axis AxisDell DellIntelbras Intelbras Intelbras Intelbras
9,38%
2,031,92 1,39
Dell
14,06%
1,641,33
12,50% 1,69 1,61 1,21
Share of mind Qualidade percebida Percepção de marca Média final ponderada
Média global da categoria
1,05
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Networking - switches, roteadores e modens, incluindo 3G
Vencedor: CiscoDentre os três finalistas em Networking, a Cisco se destaca pelo número de Menções e a HP fica em segundo lugar com porcentual bem parecido. Em Qualidade Percebida, te-
mos como destaque a Enterasys e, em seguida, com notas similares, HP e Cisco. Em Percepção de Marca, a Cisco se destaca com a maior nota e novamente um empate técnico entre HP e Enterasys. Mais uma categoria em que as notas de avaliação foram bem acirradas. A Cisco aparece na lista tríplice dos três últimos anos e a Enterasys marca presença este ano.
HP Cisco Enterasys
27,21% 29,93%
4,76%
HP Cisco Enterasys
1,78 1,78
1,85
HP Cisco Enterasys
1,44
1,68
1,44
HP Cisco Enterasys
1,33
1,44
1,13
Share of mind Qualidade percebida Percepção de marca Média final ponderada
Média global da categoria
1,24
ANÁLISE DOS RESULTADOS POR CATEGORIA:
Samsung
1,71
Qualidade percebida Percepção de marca Média final ponderadaShare of mind
Impressão
Vencedor: HPAs médias de avaliação estão bem similares entre os concorrentes de Impressão. No entanto, como a metodologia é baseada na soma dos pesos dos três pilares – Menção,
Qualidade Percebida e Percepção de Marca -, o fator preponderante para vitória da HP é o maior número de menções, cerca de 30% ,quase o dobro do número apresentado pelos concorrentes.
HP HP
1,43 1,33
Epson Epson Epson
12,24%
Epson
1,63
1,50
1,15
Lexmark LexmarkLexmark
14,29%
Lexmark
1,681,38
1,15
Samsung SamsungSamsung
14,29%
1,44
1,18
Share of mind Qualidade percebida Percepção de marca Média final ponderada
Commscope Systimax
Furukawa Panduit
9,38%
32,03%
6,25%
Commscope Systimax
Furukawa Panduit
1,961,83
2,04
Commscope Systimax
Furukawa Panduit
1,881,39
1,88
Commscope Systimax
Furukawa Panduit
1,36
1,38
1,36
Média global da categoria
1,34
Média global da categoria
1,18
HP
29,93%
HP
1,69
Infraestrutura- cabeamento, energia e refrigeração.
Vencedor: FurukawaTemos os mesmos finalistas do ano passado, e as notas de avaliação estão bem similares, com destaque para a Furukawa em número de Menções (32%). Em Percepção de
Marca, as notas de avaliação estão bem parecidas; temos um empate técnico para Commscope Systimax e Panduit. Na média final ponderada, a Furukawa se destaca por dois décimos a mais: 1,38, sendo novamente vencedora na categoria. Todos os finalistas tiveram desempenho acima da média (1,34), isso significa que os outros competidores nessa categoria puxaram a média global para baixo. Na avaliação do ano passado, em todos os quesitos, as notas também foram bem similares, o que mostra uma disputa acirrada entre os competidores.
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Servidores
Vencedor: HPDestaque para HP, com maior número de Menções na categoria: 39%, fator preponderante para sua vitória. Em Qualidade Percebida, temos um empate técnico entre as três
empresas. Em Percepção de Marca, o destaque é para IBM. Na média final, a HP ficou acima da média global da categoria: 1,46 superando a média dos outros dois finalistas.
HP HP HP HPDell Dell Dell DellIBM IBM IBM IBM
39,10 1,75
1,491,46
24,44%
1,75
1,451,3827,82%
1,75 1,65
1,30
Share of mind Qualidade percebida Percepção de marca Média final ponderada
Média global da categoria
1,37
CAMPEÕES DO CANAL | 2012
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CAMPEÕES DO CANAL | 2012
Kaspersky
1,46
Sistemas de Produção
Vencedor: MicrosoftEntre os três finalistas, a Microsoft, com 53% de Menções na categoria, ficou muito acima dos outros competidores. Com média de desempenho bastante significativa, a
Adobe se destaca nos pilares Qualidade Percebida e Percepção de Marca, porém é a Microsoft que teve maior desempenho na média final ponderada: 1,76, a melhor nota entre as demais categorias.
Adobe Adobe Adobe AdobeHP HP HP HPMicrosoft Microsoft Microsoft Microsoft
8,82%
2,03 1,88 1,37
8,82%
1,20 1 0,81
52,94%1,98 1,78
1,76
Share of mind Qualidade percebida Percepção de marca Média final ponderada
Média global da categoria
1,31
Software de Segurança
Vencedor: SymantecA Symantec teve maior número de Menções na categoria Software de Segurança: 32%, quase o dobro dos outros finalistas. Nas avaliações de desempenho, em Qualidade
Percebida e Percepção de Marca, temos a Kaspersky como destaque. O fator prepulsor para a vitória da Symantec é o maior número de Menções que, somado às suas médias de desempenho, gera a melhor média final ponderada. No estudo do ano passado foi a McAffe que obteve uma melhor nota em desempenho.
Symantec Symantec Symantec SymantecKaspersky Kaspersky KasperskyMcAffe McAffe McAffe McAffe
31,88%
1,891,66
1,49
17,39%
2,02 1,88
13,04%
1,931,57 1,28
Share of mind Qualidade percebida Percepção de marca Média final ponderada
Média global da categoria
1,18
Qualidade percebida Percepção de marcaMédia final ponderada
Share of mind
Sistemas de Gestão
Vencedor: MicrosoftEntre os finalistas em Sistemas de Gestão, a SAP se destaca pelo número de menções (33%), muito acima dos outros finalistas. Em Qualidade Percebida, temos um empate
técnico entre Microsoft e Totvs. Sobre a Percepção de Marca e no total da avaliação, o destaque é para SAP.
Microsoft Microsoft Microsoft MicrosoftSAP SAP SAP SAPTOTVS TOTVS TOTVS TOTVS
13,46%
1,921,58 1,29
32,69%
1,72
1,68 1,4525%
1,93
1,451,37
Média global da categoria
1,36
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CAMPEÕES DO CANAL | 2012
Qualidade percebida Percepção de marca Média final ponderadaShare of mind
Storage - SAN, equipamentos, discos, fitas.
Vencedor: HPMais uma vez, assim como no ano passado, a HP se destaca na categoria Storage, com 32% das menções. Em Qualidade Percebida e Percepção de Marca, temos as melho-
res notas de desempenho para a EMC. O que contribuiu para vitória da HP foi o maior número de Menções, somado às suas médias de desempenho. Desta forma, ela obtém a melhor média final ponderada. Os gigantes sempre se destacam nessa categoria. Embora não tenha atingido pontuação suficiente para figurar no ranking de finalistas, a Dell aparece mencionada neste grupo.
EMC EMC EMC EMCHP HP HP HPIBM IBM IBM IBM
14,04%
1,761,58
1,24
32,46%
1,69 1,47
1,36
20,18%
1,70 1,571,28
Média global da categoria
1,34
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AGOSTO 2012 WWW.CRN.COM.BR62
CAMPEÕES DO CANAL | 2012
CONFIRA AGORA OS DESTAQUES DE 2012De maneira geral, o critério Qualidade do Produto obteve a melhor média no estudo, isto aconteceu pela boa performance de alguns fabricantes dentro das categorias
Computação Pessoal, Infraestrutura e Sistemas de Produção. Em segundo lugar, o quesito Preço conseguiu a melhor avaliação seguido de Relacionamento. Já os quesitos Inovação, Interoperabilidade e Adaptação do Produto ao Mercado Brasileiro são os critérios que tiveram notas mais baixas em quase todas as categorias.
Abaixo você confere os 3 fabricantes que mais de destacaram em cada critério de avaliação.
Média global
3,36
Qualidade do Produto
ComponentesComputação pessoal Infraestrutura Infraestrutura Sistemas de produção
4,00Equipamentos de segurança
3,83 3,78
Média global
0,64
Adaptação do Produto ao Mercado Brasileiro
Média global
1,12
Interoperabilidade
Média global
1,59
Percepção de Marca
Média global
2,24
Preço
So� ware de segurança
2,97
Gadgets e acessórios
3,43
Gadgets e acessórios
2,84
Gadgets e acessórios
3,75
Gadgets e acessórios
3,27
Equipamentos de segurança
1,92
Gadgets e acessórios
1,77
Componentes
Gadgets e acessórios
2,78
Gadgets e acessórios
2,64
Gadgets e acessórios
2,08
Gadgets e acessórios
2,49
Computação pessoal
1,90
Sistemas de produção
1,76
Gadgets e acessórios
2,75
Infraestrutura
1,23
Infraestrutura
1,65
Infraestrutura
2,43
Gadgets e acessórios
1,00
Infraestrutura
2,04
Infraestrutura
1,88
So� ware de segurança
1,49
Média global
1,83
Qualidade Percebida
Média global
1,81
Relacionamento
Média global
1,31
Melhores avaliações no total do estudo (Média final ponderada)
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campeões do canal | 2012
Mais de 120 convidados participaram da festa de en-trega dos troféus do Campeões do Canal, que já acontece pela 13a. vez. De antigos conhecidos a novatos no setor de TI, de fabricantes a revendas, todos puderam ter contato com os resultados deste importante termômetro da indústria. A análise, que
a cada ano afina os quesitos e acompanha os caminhos do mercado tec-
nológico, tem a promessa de receber, compilar e entregar a vocês o mais fiel retrato de como os diversos tipos de canais de venda perceberam marcas e produtos da indústria ao longo do ano. Depois desse trabalho a que nos dedicamos por mais de quatro meses todo ano, nada como uma comemoração à altura, como você vê nas próximas páginas. E você tam-bém pode ver mais fotos da festa na página da CRN Brasil no Facebook: www.facebook.com/crnbrasil!
CasaFesta em Por Haline Mayra | [email protected]
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AGOSTO 2012 WWW.CRN.COM.BR66
CAMPEÕES DO CANAL | 2012
Welington Sousa:Urmet Daruma
Automação Comercial
ADELSON DE SOUSA abre a consagração dos Campeões do Canal 2012
Leonardo Camara:HPImpressão
André Ruiz:Microsoft
Sistemas de Produção
Alessandra Faria:AxisEquipamentos de Segurança
Silmar El-Beck:SAPSistemas de Gestão
Mauricio Ruiz:IntelComponentes
Gerardo Rocha:Kingston
Gadgets e Acessórios
CAMPEÕES DO CANAL | 2012
Fabio Gaia:Representando a AppleComputação Pessoal
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campeões do canal | 2012
Parabéns a todos os vencedores da 13ª edição do camPeões do canal!
Benny Zatykro:CiscoNetworking
Marco Barcellos:CiscoComunicações Unificadas
Leonardo Camara:HPStorage
Roberto Kihara:
FurukawaInfraestrutura
Rubens Castro:SymantecSoftware de Segurança
Cláudio Raupp:HPServidores
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agosto 2012 www.crn.com.br70
update | cezar taurion
Foto: Divulgação
NOVAS - E MAIS ESTRATÉGICAS - POSTURAS DOS CIOS, SOCIAL BUSINESS, COMPUTAÇÃO COGNITIVA E TODO O ARSENAL DE ARGUMENTOS E VISÕES DO EVANGELISTA TÉCNICO E DIRETOR DE NOVAS TECNOLOGIAS APLICADAS DA IBM, CEZAR TAURION
Paula Jacomo, Diretora De
recursos Humanos Da saP brasil:
Formada em Psicologia pela Universidade Paulista (UNIP), com extensão em Recursos Humanos pela Fundação getúlio Vargas
(FgV), Paula Jacomo acumula mais de 20
anos de experiência no segmento de RH.
Por Renato Galisteu | [email protected]
O executivo analógico
XO nativo
digital
Estamos em guerra. Se não for uma guerra, podemos chamar de conf lito ou qualquer coisa que se in-
cline para o lado de debates de gera-ções. Aliás, se existe algo que sempre se repete, é a história, pois por várias vezes o “novo” e o “velho” se degla-diaram. Hoje, no mundo da tecnolo-gia, a batalha está armada principal-mente dentro das companhias.
Uma das coisas mais loucas que eu já me propus a fazer foi exatamente, aos 23 anos, escrever sobre a guerra entre o executivo do mundo analógico e o nativo digital, pois eu, honestamente, não com-
preendo tantas burocracias. Como pro-fissional que cobre a área de TI, entendo questões de segurança, disponibilidade, gerenciamento... Mas é chato, assumo.
Essa definição entre o bem e o mal, seja lá quem representar qual lado, foi apresentada a mim durante uma conversa com uma figura mais que conhecida do mercado de TI: Cezar Taurion, diretor de novas tec-nologias aplicadas e evangelista téc-nico da IBM Brasil.
Vamos ao cenário proposto por ele: de um lado do ringue estão os ta-blets e smartphones que permitem fa-zer inúmeras coisas, dando autonomia
ao usuário. Quando acopladas a mais funcionalidades externas e outros de-vices, as oportunidades aumentam ainda mais. Esse aparelho está na mão dos nativos digitais – a geração Y, Z – e dos naturalizados, “pessoas que não nasceram com a internet e os devices, mas que se infiltraram neste cenário.” “Eu sou um deles, pois entendo, com-partilho e incentivo, mas tenho sota-que”, brincou Taurion.
No outro corner, temos a imen-sidão de volumes de dados, carinho-samente chamado de Big Data, com-putação em nuvem, virtualização em todas as suas proporções e a causa/
consequência de muitos problemas/desafios para CIOs, CMOs e tantos outros C-levels: o social business e a consumerização. “É o momento de convergir os dois lados e dar um passo que vai além da tecnologia”, pontua.
Antes de começar a conceituar e dar desfecho, vale lembrar que, no começo deste ano, eu explorei com ele a exaustão de conversas e notí-cias sobre computação em nuvem, consumerização, big data e evolução do prestador de serviços. O ponto agora é acompanhar essa evolução e ver quanto caminhamos. “Toda a
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tecnologia de que você não fala mais é porque se tornou comum, útil, aplicável e está integrada ao cotidiano das pessoas. E, no caso da consumerização e da computa-ção na nuvem, já passamos do mo-mento da curiosidade e estamos entrando no da aplicabilidade”, afirmou, na época o evangeliza-dor da IBM. “Temos que falar do próximo passo.”
Social BuSineSS: um grande paSSo
O maior problema das empre-sas quanto às redes sociais é enten-der que estar presente nessas mídias não está ligado a vender da forma convencional. Não se faz ofertas nas redes sociais assim como se faz nas vitrines e promoções em sites de ecommerce. “O social business é mais como eu trato os dados capta-dos e que pretendo liberar, sociali-zando a empresa.”
Forma de fazer, aprendendo com o caso do eBay: “Digamos que eu queira presentear um amigo e quero ser o mais certeiro possível. Eu entro no eBay, adiciono o perfil do meu amigo lá e uma ferramen-ta deles faz a análise do tipo dele, colhe as informações e sugere pre-sentes. Com isso, eu escolho o que considero ideal e tenho a opção de abrir uma espécie de ‘vaquinha’ com amigos em comum deste mes-mo aniversariante, e cada um dos participantes assinam um cartão de felicidades, chegam até o valor do produto, compram e o eBay entrega o presente. O eBay desco-briu que um terço das pessoas que participam disso, replicam para os amigos. Isso é monetizar nas mí-dias sociais, pois eu não fui agres-sivo na oferta, mas sim intuitivo”, explicou Taurion.
Novamente, fazer negócios sociais exige uma nova leitura de oferta, seja no Facebook, Twitter ou qualquer outra rede.
Outra coisa muito pontuada por Taurion, com que concordo em grau, gênero e número, é que criar redes sociais corporativas soa mais como uma intranet re-formulada, e que o ideal é man-ter o colaborador online em seus ambientes favoritos e gerenciar o uso. “O Foursquare, por exemplo, pode ser pessoal, mas se eu acoplo ele ao meu CRM, consigo saber onde estão os meus empregados e clientes, consigo ajudá-los e ob-tenho controle de situações diver-sas”, pondera o executivo.
“Não existe mais isso de usuá-rio final. Dispositivo, computação em nuvem, big data e mobilidade causaram a ruptura da TI e hoje todos somos usuários, multimeios e multiambientes”
O social business é uma dis-cussão sobre análise e predição de comportamento do usuário, com claras vertentes para diver-sas tecnologias, mas sempre fo-cando no indivíduo, ressalta ele.
computação cognitiva
O futuro da computação está na semântica. Acredite: essa dis-cussão, por mais que se fale da in-ternet 3.0, ainda nem começou, de acordo com Taurion. “A evolução da tecnologia é muito mais rápi-da do que a capacidade de uso. O Watson é um exemplo disso, mas ele ainda é muito grande, é um conceito aplicado. Certamente, logo, em 2020, estaremos fervoro-sos quanto à questão da cognição computacional”, pontua.
Por partes: a computação cog-
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UPDATE | CEZAR TAURION
nitiva é a que lê, entende, processa e responde ao impulso, pesquisa as atitudes do usuário. As tecnologias analíticas e a evolução dos coman-dos por voz, como o Siri, da Apple, são exemplos do começo desta cami-nhada, que, além de gerar futuras conversas sobre melhores práticas de utilização, vai fomentar mais e mais a estruturação de dados não estrutu-rados. É como se fosse o f ilho do Big Data, só que ainda mais voraz.
“Se mantivermos as discussões em torno do mesmo, sempre, não po-deremos pensar em como absorver coisas como esta. Como eu disse na-quela nossa conversa do começo do ano, estamos na era da aplicação de tudo o que foi discutido nos últimos três anos. É hora de olhar e cuidar do que está chegando”, avisa Taurion.
A REINVENÇÃO DOS CIOS
Apesar da forte dependência da tecnologia para atingir os resultados estratégicos e da consequente previ-são de aumento nos gastos de TI, a maioria dos 200 CEOs de corpora-ções com receita anual acima de 500 milhões de dólares, em 25 países, ouvidos em pesquisa realizada pelo Gartner, ainda considera os seus CIOs como "especialistas itineran-tes". Poucos acreditam que seu CIO seria capaz de assumir um papel de liderança empresarial.
E aí está o ponto: como rea-gir ao fato de que um, a cada 200 CEOs não colocam o CIO na cadei-ra de comando? Para Taurion, esse é o resultado de anos de comando e regras incabíveis, que tornaram os diretores de TI meros “garotos” de tecnologia, em vez de reais fatores determinantes nos direcionamen-tos de investimentos e estratégias de negócios. “O CIO como é visto hoje está morrendo. Já sabemos e é muito repetido: o profissional de TI
A Original
ESTA EDIÇÃO DO UPDATE TROUXE UMA REVISITA À ENTRE-VISTA CONCEDIDA POR TAURION À CRN BRASIL NO DIA 10 DE JANEIRO DE 2012. VEJA OS PRINCIPAIS PONTOS ABORDADOS NAQUELA ÉPOCA:
• "Toda a tecnologia que você não fala mais é porque se tornou comum, útil, aplicável e está integrada ao cotidiano das pessoas";
• Consumerização: a mudança vem de cima para baixo. “O executivo--chefe quer usar qualquer device dentro da empresa e aquela velha des-culpa ‘não pode, pois não é seguro’ não tem mais espaço";
• “A mobilidade está em transição. Antes, se tratava de uma questão disruptiva. Agora deve ser integrada como negócio";
• Serviços devem ser a principal fonte de renda do canal. “Depender da margem do fabricante não é mais um bom negócio”
Confira a íntegra desta entrevista aqui: http://crn.itweb.com.br/32242/chega-de-nuvem-consumerizacao-e-servicos/
de hoje tem que ter visão atrelada ao negócio, e que consiga entender especializações maiores do que sim-plesmente falar de TI.”
Na visão dele, os fornecedores de tecnologia de hoje prestam o mes-mo serviço que o CIO de ontem, e este é um papel de evolução do canal e de declínio do diretor de TI, que observou o movimento do mercado, mas simplesmente ignorou a possibi-lidade de evoluir seu discurso. “Ele deveria se tornar um consultor de negócios com viés de tecnologia, e não um técnico. Essa não é mais a necessidade e realidade das empre-sas”, explica.
A previsão do Gartner é de que os gastos globais de TI cheguem a 3,7 trilhões de dólares ainda este ano, aumento modesto de 2,5% em relação a 2011, mas mesmo assim, com toda essa expectativa, o CIO analógico ainda está tentando cen-tralizar o processo de investimen-to em tecnologia. “Obviamente, as substituições vão acontecer, pois o cara da informação tem que trazer inovação e não preocupação”, disse, rimando, Taurion. “Essa zona de conforto do CIO está acabando. É o momento dos grandes fornecedores assumirem esse papel de vez”.
Para Taurion, além da pegada consultiva e focada no negócio, os novos gestores de tecnologia deverão estudar e contar com formações so-ciológicas, para captar o melhor do comportamento humano e transferir para as capacidades de TI.
O balanço da conversa quanto a consumerização, cloud computing, big data e futuro da TI, é, novamen-te, óbvio, como o próprio Taurion pontua, e, novamente, reforça a ideia de que deve-se aproveitar as grandes expectativas com o mercado para “ousar mais” e aproveitar melhor as possibilidades que todas essas ten-dências estão trazendo.
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Antes dA TI
Por Gilberto Pavoni Junior | especial para a CRN Brasil
Pesquisa realizada Pela iT Mídia aPonTa que Provedores de Tecnologia PrecisaM Melhorar
discurso e coMProMeTiMenTo coM eMPresas usuárias. há MuiTo foco eM ProduTo e desconheciMenTo da
área de aTuação dos clienTes
Onde está a solução,
fornecedor?
O gerente de divisão de tecnologia do D'Avó S u p e r m e r c a d o s , Willian Rocha, sonha-va em inovar o siste-
ma de PDV (ponto de venda) e ECF (emissor de cupom fiscal). Sua ideia era transformar em contratos de ser-viços as compras rotineiras de equipa-mentos e suprimentos dessa operação essencial para a geração de caixa da empresa. Com isso, imaginava, conse-guiria economia e agilidade para que a TI pudesse se preocupar com outras questões mais estratégicas do negócio.
A intenção era ótima e de acor-do com a tendência de mercado que começava a surgir na época. Mas dois fornecedores de tecnologia não conseguiram levar os planos adian-te. Somente o terceiro se prontificou a ajudá-lo na transformação. “Ainda há fornecedores que se preocupam demais em vender produtos e não entendem uma necessidade do clien-te que é mais sobre solução ou servi-ços”, diz Rocha.
A dificuldade enfrentada pelo ges-tor de tecnologia do D’Avó é o maior atrito nas relações entre fornecedores de TI e clientes. Os dados aparecem no estudo feito pela IT Mídia “Antes da TI, a Estratégia 2012”. De acordo com os resultados, a percepção dos CIOs em relação à abordagem dos fornecedores melhorou minimamen-te em comparação com 2011 e segue indicando que é preciso avançar para adequar ofertas às demandas.
“Os CIOs têm se debruçado sobre problemas que nem sempre se resolvem com uma simples compra e nem todos os fornecedores estão conseguindo li-dar com isso da maneira adequada”, alerta o líder da TI da GM, Mauro Pinto. Para o executivo, a culpa não está só no parceiro e o desafio de me-lhorar essa relação traz trabalho para ambas as partes. “O fornecedor precisa fazer mais coaching sobre seu lado do mercado e tendências da sua oferta e, por seu lado, o CIO deve mostrar mais o segmento onde atua, as dificuldades específicas e as soluções planejadas e
que não envolvem somente uma com-pra de produto pronto”, enfatiza.
O CIO da GM ainda aponta a falta de comprometimento como um dos principais fatores que degradam a relação e jogam por terra as expec-tativas de se contar com um parceiro efetivo. “Há casos nos quais se coloca uma solução e o fornecedor some. Às vezes é preciso fazer uma modificação no projeto ou um novo contrato e não há f lexibilidade para isso”, comenta. Com isso, uma empresa pode ser pre-terida em nova aquisição.
A pesquisa ref lete esse aspecto. Quando perguntados sobre “Quais assuntos você gostaria que o seu for-necedor de TI priorizasse ao oferecer um projeto”, 57% dos CIOs responde-ram: algum grau de comprometimen-to do fornecedor com os resultados esperados pela implementação da so-lução. Em segundo lugar ficou o grau de adequação da solução proposta à empresa e ao segmento de mercado em que atua (56%). Em terceiro os be-nefícios que podem ser esperados da
implementação da solução proposta (50%). Situação similar ao ano ante-rior e que mostra que pouco se evoluiu nesses assuntos.
O básicO e O máximO
O desafio é ainda maior para os fornecedores porque preço, marca e qualidade continuam a ser importantes na hora de escolher um parceiro. Mas isso é o mínimo que se espera. Cada cliente apresenta problemas de negó-cios diferenciados e compreender isso tem feito diferença no mercado. Com-pras de tecnologia têm se tornado um problema contábil, uma questão de ter ou não dinheiro e, se for preciso, pedir um orçamento maior na diretoria.
A dificuldade atual reside em com-preender o desafio a ser superado, a necessidade de replicação das soluções ou o projeto de inovação que precisa de um conjunto de medidas, mudanças de processos e, aí sim, os produtos que se
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75ANTES DA TI, A ESTRATÉGIA É UM ESTUDO ANUAL REALIZADO PELA IT MÍDIA COM LÍDERES DE TI DAS MIL MAIORES EMPRESAS DO PAÍS
FATORES QUE DETERMINAM A ESCOLHA POR UM FORNECEDOR DE TI
2011/2012QUALIDADE DO PRODUTO
REPOSTA RÁPIDA ÀS SOLICITAÇÕES E DEMANDAS
CASO DE SUCESSO COMPROVADO
CAPACIDADE DE CUSTOMIZAÇÃO DE PRODTUSO E SERVIÇOS
LIDERANÇA DO SEGMENTO DE MERCADO EM QUE ATUA
CONHECIMENTO DO SETOR EM QUE A EMPRESA ATUA
SUPORTE TÉCNICO/PÓS-VENDA
BOM RELACIONAMENTO COM A EMPRESA
MENORES PREÇOS
FORÇA DA MARCA
80,68%72,37%
44,32%35,13%
34,09%21,08%
28,41%34,43%
26,14%40,5%
22,73%37,24%
21,59%16,16%
18,18%25,29%
17,05%14,05%
6,82%4,22%
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20112012
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encaixam nisso. “Os fornecedores pre-cisam estar dispostos a sentar e conver-sar; ainda há os que não conhecem o modelo de gestão do cliente e as pecu-liaridades da empresa”, diz o CIO do Grupo Votorantim, Fabio Faria.
A pesquisa “Antes da TI, a Es-tratégia” mostra um cenário amplo do mercado que continua aquecido e comprador. Mas as relações entre usu-ários e fornecedores de tecnologia pre-cisam melhorar ao mesmo ritmo das novidades que estão transformando empresas, consumidores e processos.
Os CIOs têm ficado cada vez mais próximos de decisões estratégicas e mais distantes dos afazeres operacio-nais. Com isso, precisam de parcei-ros confiáveis e que se antecipem aos problemas e necessidades a serem en-frentados. “Os fornecedores que estão crescendo são aqueles que mostram essa f lexibilidade e conhecimento do cliente, que entendem o que o CIO está pensando e ajudam a criar uma solução”, destaca a gerente de Tecno-logia da Informação da Vicunha Têx-til, Janet Sidy Donio.
MERCADO PEDE UMNOVO ENFOQUE
FALAR MENOS DE PRODUTO E MAIS EM SERVIÇOS E SOLUÇÕES
CONHECER O SEGMENTO DE ATUAÇÃO DO CLIENTE
MANTER RELACIONAMENTO ROTINEIRO E PÓS-VENDA
CONHECER PROCESSOS DECISÓRIOS NO CLIENTE
INVESTIR EM PROFISSIONAIS QUALIFICADOS
ESTAR MAIS PRÓXIMO E FLEXÍVEL PARA DEMANDAS INESPERADAS
Fonte: IT Mídia Estudos
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E foi assim que aconteceu
usando a TI
Por Patricia Joaquim | colaborou: Tatiana Vaz
O EstadO dO amazOnas invEstiu 300 milhõEs dE rEais Em um prOjEtO dE mOnitOramEntO dOs bairrOs pOr mEiO dO usO dE gEOtEcnOlOgia
Ronda policial
O Amazonas é o maior estado da federação, com mais de 1,5 mi-lhão km2 de área ter-ritorial, e o segundo
estado mais populoso da região Norte, com 3,5 milhões de habitantes. Quan-do o governador Omar Aziz (PSD) se elegeu, ele tinha uma promessa: integrar polícia civil, militar, corpo de bombeiros e Detran, e colocá-los, juntos, a serviço da população. Em fevereiro deste ano, o governo do es-tado deu início ao projeto Ronda nos Bairros na região metropolitana de Manaus, capital do Amazonas.
Toda esta área foi dividia em seto-res de quatro quilômetros quadrados nos quais quatro policiais, em uma viatura e duas motos, ficam respon-sáveis pelo monitoramento e atendi-
mento da população. “Fizemos uma trabalho de aproximação dos guardas com as pessoas que convivem nestas microrregiões. Então, distribuímos panfletos com o nome e foto dos po-liciais”, conta Alexandre Augusto Guedes Guimarães, diretor-técnico da Prodam (Processamento de Dados Amazonas S/A). Ao total, são seis zo-nas, divididas em 192 setores, cober-tos por 253 viaturas, totalizando 4,6 mil policiais militares e 700 policiais civis, nesta primeira fase. Até o final deste ano, todas as zonas devem estar cobertas, segundo o governador.
Para garantir que o projeto fosse possível, o Estado investiu 300 milhões de reais em tecnologia e a Prodam, companhia de economia mista criada para atender às necessidades de TICs do estado do Amazonas, foi solicitada,
em junho do ano passado, para inte-grar e desenvolver o projeto, que esta-va sendo desenhado por uma comissão designada pelo governador.
Diante das necessidades de tornar o atendimento de ocorrências policiais mais ágil e aperfeiçoar o Sistema Inte-grado de Segurança Pública (SISP), a Prodam detectou que a maneira ideal de atingir tais objetivos era ampliar o uso de Sistemas de Informação Geo-gráfica (GIS) nas operações da Secre-taria de Segurança Pública do estado.
Desenvolvido com consultoria téc-nica da Imagem, o projeto consiste na reestruturação de todo o Sistema Inte-grado de Segurança Pública do Ama-zonas, englobando ações para aqui-sição de softwares GIS que permitem o mapeamento detalhado de todo o estado e compra de hardwares - como
câmeras de monitoramento e navega-dor GPS, tablets militarizados, entre outros - para aumentar a eficiência lo-gística das operações policiais.
A Imagem customizou duas so-luções da Esri para utilização nesse projeto: ArcGIS Desktop, que per-mite ao usuário escolher os níveis de informação que deseja trabalhar por meio do bancos de dados, preven-do as consultas e a espacialização de eventos pré-selecionados; instalada no Núcleo de Geoprocessamento da Se-cretaria de Planejamento do Amazo-nas (SEPLAN-AM); e ArcGIS Server, que permite o compartilhamento das informações tanto em desktops quan-to em aplicativos móveis, instalado na sede da Prodam.
Hoje, as informações geradas es-tão diponíveis para 200 colaboradores
núcleo de Geoprocessamento da secretaria de planejamento do amazonas (seplan-am), de onde se pode ver a rota das viaturas da polícia
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E FOI ASSIM QUE ACONTECEU
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IdeiaProjeto Ronda nos Bairros,
foi uma ideia do governador do Estado do Amazonas para
garantir que a população tivesse um contato mais
próximo com suas polícias
IntegradorProdam
Thiago Monteiro de Paiva, presidente da Prodam, era
integrante da Comissão e, no andamento do projeto, foi
nomeado pelo governador como presidente
Alexandre Augusto Guedes Guimarães,
diretor técnico da Prodam, foi o líder do
projeto e quem escolheu os fornecedores, abaixo dele estão 450 pessoas
Na práticaCriou-se uma comissão dentro da
Secretaria de Segurança Pública que coordenava o projeto e demandava o serviço de tecnologia diretamente
da Prodam (Processamento de Dados Amazonas S.A). Cinco pessoas faziam parte da comissão: um representante da policia civil, um da militar, um do
corpo de bombeiros e outras duas pessoas da própria secretaria
Cliente Governador do estado do
Amazona Omar Aziz
Ligação com as outras
empresasde TI
Rodrigo Ferreira, gerente de desenvolvimento de
negócios da Imagem, fez a negociação inicial. Com sua saída, Charles
Martins assumiu a implementação da
solução de geotecnologia, da fabricante Esri.
Maria Claudia Leite, gerente de vendas da Oi, foi a responsável
pela solução de tecomunicações.
Marcel Carvalho, consultor da Lustra
Bits, respondeu pelo projeto de banco de
dados da Oracle
Renato Werner, director da PolSec, cuidou da venda de
infraestrutura de rádio e armazenagem das imagens e som das
viaturadas, fabricadas na china
Flávio Coutinho,dono da Criar Soluções, foi o
responsável pela ampliação do storage
e da capacidade de processamento do Mainframe, da IBM
Amilton de Lucca, diretor técnico da
EyseNwhere, forneceu a conectividade por meio
de fibra ótica entre as delegacias e o Prodam
cadastrados no Sistema Integrado de Segurança Pública do Amazonas.
O SISP está instalado no Centro Integrado de Operações de Segurança (CIOPS), responsável pelo atendimento ao cidadão por meio do serviço 190 e pela distribuição das ocorrências para as respectivas viaturas policiais e em 34 Distritos Integrados de Polícia (DIPs), responsáveis pelo registro de boletins de ocorrência e Companhias Interativas Comunitárias (CICOMs), focados no controle dos atendimentos das ocorrên-cias e das viaturas em ação.
BENEFÍCIOSCom o aumento da capacidade
de atendimento à população, em um primeiro momento, o que as estatís-ticas mostraram foi um aumento dos registros, o que poderia parecer um avanço da criminalidade. “Na verda-de, ficamos mais disponíveis para a população”, conta Guimarães. Mas já em maio, três meses após o início do projeto, a Secretaria de Segurança Pública já anunciava redução de 13% dos homicídios e uma baixa de 10% de outros delitos. “O aumento dos cha-mados gerou um aumento na resolução das ocorrências”, comemora.
Em termos qualitativos, além da integração dos dados das polícias Civil e Militar, outro resultado de destaque foi a consolidação das in-formações do Centro Integrado de Operações de Segurança e dos Dis-tritos Integrados de Polícia em uma única base, o que não acontecia ante-riormente ao Ronda nos Bairros.
Com o uso da geotecnologia, há um controle maior da efetividade da ação policial. Pelos mapas é possível localizar a viatura que se encontra mais próxima do solicitante e enca-minhá-la com muita rapidez. E as câmeras de vídeo dentro das viatu-ras, que captaram imagem e som, possibilitam uma melhor avaliação da ação policial.
Resultados Gerais Projeto: Ronda nos Bairros
PRIMEIRA FASENúmero de policiais: mais de 5 milNúmero de viaturas (carro + moto): 253
Em três meses: aumento das chamadas da população, diminuição de 13% dos homicídios e 10% dos delitos em geral
• Atendimento rápido à população, com a melhoria logística das viaturas
• Efetividade da segurança pública, com redução de crimes
• Monitoramento das próprias ações policiais
• Dados analíticos para operações estratégicas
4 policias em um carro e duas motos atendem 4 km quadrados
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CRN TECH
PRÉ-
LANÇAMENTO
DO WINDOWS 8
ESTÁ MAIS PARA
TABLETS DO QUE
PARA DESKTOPS
De fato, as pesquisas re-centes com as revendas conduzidas pela UBM Channel preveem ven-
das agressivas de desktops e laptops em 2013. Na verdade, os aparelhos que não são tablets representarão ainda a grande maioria das possíveis atualizações, quando o Windows 8 estiver disponível em outubro. Po-rém, a Microsoft resistiu aos pedidos para deixar o programa mais ami-gável no teclado universal, mouse e diversas outras características de hardware.
Em sua defesa, a Microsoft aprimorou de suas versões anterio-res a navegação do mouse no estilo Metro, ao rolar automaticamente quando o ponteiro do mouse chega ao limite da tela. Entretanto, esta mesma barra de rolagem horizon-tal retirada do estilo Metro está presente em alguns dos novos apli-cativos inclusos no pré-lançamento do Windows 8. Se o mouse tem um botão de rolagem, pode ser usado para o rolamento horizontal nestas telas. Uma vez que geralmente é utilizado para o rolamento vertical,
não percebemos esta característica logo de cara.
Também percebemos outro aspecto irritante que agora parece ter ficado no passado. Quando o ponteiro do mouse se move para o canto esquerdo inferior da tela do desktop, uma imagem em miniatura da tela Start (Metro) aparece, mas rapidamente desaparece quando o ponteiro do mouse se moveu para o clique anterior. Esta característica contraditória – tendo que clicar em algum lugar quando o ponteiro do mouse não está na tela – não é mais
um problema. Também a imagem em miniatura do Start agora apare-ce dentro de qualquer aplicativo. E se você já estiver no estilo Metro, as imagens em miniatura dos aplicati-vos mais recentes são demonstradas.
BOM DE TOCAR Existem também outros fatores
para gostar do lançamento atual (build 8400) em termos de sensibili-dade no toque. A primeira coisa que percebemos foi uma interface que era mais sofisticada e mais sensível ao toque. A navegação é mais fácil e
Por Edward J. Correia, CRN EUA | Tradução: Erika Joaquim PRÉ-PRÉ-
LANÇAMENTO
DO WINDOWS 8
ESTÁ MAIS PARA
TABLETS DO QUE
TABLETS DO QUE
TABLETSPARA DESKTOPS
| Tradução: Erika Joaquim
No pré-lançamento do Windows 8, a Microsoft de-
monstrou mais aprimoramentos na navegação por toque
e botões, resolvendo muitos dos problemas técnicos das
versões beta anteriores. Porém, mais uma vez, a cidade de
Redmond aparentemente não leu o memorando que os
desktops com monitores normais e laptops não vão desa-
parecer tão cedo
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CRN TECH
mais natural em nosso primeiro teste no PC, um all-in-one com tela multi-toque, processador Intel Core i5 dual--core e 4 GB de memória.
Agora podemos testar todos os aspectos e funções utilizando apenas a navegação por toque. Nas versões anteriores, as bordas do monitor evita-vam que chegássemos perto do limite, principalmente prevenindo-nos de ir para os aplicativos de outras páginas e acessar o Charms. O Build 8400 é mais sensível perto das bordas da tela, e ago-ra fornece multitoques para aumentar ou diminuir a imagem, rolagem com dois dedos e outros gestos de toques.
Os aplicativos podem parar de ro-dar arrastando-o para a parte inferior e as preferências de aplicativos e menus podem ser acessadas arrastando-os de
baixo para cima. O Aero ainda está pre-sente, mas foi dito que esta função sem utilidade será abandonada. É também mais consistente ativar o modo multia-plicativos do Windows 8. Esta função permite que dois aplicativos no estilo Metro fiquem visíveis de uma vez, com um ocupando a maior parte da tela e o outro em uma pequena janela na borda vertical esquerda ou direita. O progra-ma maior não requer nenhuma pro-gramação especial; só é escalado para caber em um espaço reduzido. Mas o menor deve ter habilidade para operar dentro desta pequena janela. Se não ti-ver, será mostrado apenas seu ícone.
Enquanto o Settings Charm pode configurar ou controlar algumas pre-ferências de sistema, a maioria dos ajustes de sistemas está disponível
apenas por meio do painel de con-trole clássico. No default, o painel de controle não pode ser acessado do Settings Charm do Metro. Também ficamos confusos quando a barra de rolagem horizontal reapareceu no Metro quando ajustamos as preferên-cias Tile para mostrar os aplicativos administrativos. Os programas ad-ministrativos desapareceram quando desabilitamos a função, mas a barra de rolagem não.
Também está incluso o IE 10, um browser extensível e inteligente Metro com Flash embutido. Segundo Al Hi-lwa, diretor de programas de software de desenvolvimento de aplicações do IDC, a inclusão do suporte para Flash foi um diferencial competitivo impor-tante. “Integrar o Flash no Metro IE
é realmente uma surpresa e uma joga-da inteligente da Microsoft enquanto vai ajudá-los a ajustar o Windows 8 e os tablets Windows RT separados do iPad.” Disse, referindo-se às versões x86 e ARM do Windows 8. “De fato, com o Flash e os aplicativos embutidos com Office, o Windows RT torna-se muito mais viável do que antes quan-do o portfólio de aplicativos estava ainda se formando.”
A Microsoft também deu passos largos com sua App Store, que agora tem mais apps do que quando vimos.
Além disso, a empresa também fez muito para aprimorar a experiência do Windows 8 para tablets e outros apare-lhos habilitados para toque, mas conti-nua a ignorar os aparelhos tradicionais por sua conta e risco.
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WIN DOWS 8 TRABALHA POR TILES
ÍCONES GRANDES PARA NAVEGAR POR IMAGENS NOVA INTERFACE DE PROGRAMAÇÃO
SISTEMA ATUA POR APPS EM VEZ DE PROGRAMAS
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crn | Partner Summit
Reuniões, estratégias e...turismo Fo
tos:
Car
los
Bus
ch
polson pier:Esta é uma das fotos que fiz durante o passei de bike
Gastronomia:toronto é uma cidade bem servida
de restaurantes. Este prato, por exemplo, é do restaurante
Nota Benewww.notabenerestaurant.com
trabalho:Um dos keynote speakers deste
evento que é o maior realizado pela Microsoft anualmente, tendo, em
2012, mais de 15 mil participantes.
obriGatório:Dispensa comentários. Local
fantástico para ser visitado, a cerca de 70 minutos de toronto. Indico que
quando forem a Niagara, façam um pitstop para almoço em Niagara on
the Lake, cidadezinha fantástica para um passeio e boa alimentação.
toronto de bike:
toronto é uma cidade com vários tipos de meios de
transporte. Como a geografia da cidade ajuda no uso das
bicicletas, por ser muito plana, pensei: por que não explorar
este meio de transporte para conhecer mais a cidade?
Em dezenas de locais, você pode alugar uma bicicleta com
poucos dólares e ficar com ela 24h. Assim você pode
pegar a bike em uma estação e entregá-la em outra; depois pegar outra bicicleta e assim
por diante, tornando o passeio agradável e inteligente.
Essa empresa (www.bixi.com) oferece software para a maioria dos smartphones,
assim você consegue ver o local das estações com
integração com gPs e saber se existe slot vago para deixar
ou buscar sua bicicleta.
o Summit...O maior desafio postado no WPC 2012 é o de realizarmos o espaço existente no mercado de software mundial. Atualmente, as empresas não buscam mais produtos por produtos, mas soluções que visem a otimizar resultados. Nossas maiores expectativas a partir do evento estão ligadas a gerar mais resultados para nossos clientes, independente do modelo de compra ou de uso, pois o principal fator é o alinhamento frente às necessidades de negócio de cada companhia.Do ano passado para este, a maior mudança que vejo é em relação à maturidade do mercado em visualizar que não existe um modelo de negócio único, mas sim vários formatos, que, compostos, poderão gerar grandes diferenciais mercadológicos.Durante minha estada em eventos como este, procuro sempre agregar informações culturais, visitando teatros, exposições, pontos turísticos, sempre utilizando vários tipos de meios de transporte, bem como degustando o melhor culinária local. Assim, alinhar a complexa agenda de reuniões e palestras na qual estamos inseridos com novas experiências culturais e networking com executivos de outros locais do mundo certamente expande nossa capacidade de lidar com tantas realidades corporativas e sociais que nosso mercado exige.
evento – WPC – Worlwide Partner Conferenceempresa – Microsoftdata – 08 a 12 de julho de 2012local – toronto, Canadá
carlos busch, da processor: “o WPC deste ano foi importante por corroborar com as nossas estratégias e direcionar nossas soluções a problemas de negócios dos clientes e não mais como apenas itens que compõem sua infraestrutura”
Carlos BusCh é presidente da proCessor, gold
partner MiCrosoft que esteve no Canadá para
o evento gloBal de Canais da CoMpanhia, e
aproveitou para explorar a Capital toronto
mande você também as suas dicas para esta seção: [email protected]
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DAQUI PRA Lá, DE LA PRA Cá
GuilhermeChaddad na CaDepois de mais de dois anos liderando a Kaseya no Brasil, Guilherme Chaddad, agora, está na CA, como estrategista de soluções. No final de sua trajetória na Kaseya, ele comemorou crescimento alto da operação e a conquista uma centena de clientes no País.Em seu lugar, o vice-presidente global de vendas da Kaseya, Bill Falk, cuida interinamente da uni-dade brasileira.
Fernando lewis: troCa entre GiGantesApós um breve período de incerteza, Fernando Lewis f inalmente voltou à mídia, mas desta vez como Chief Operation Officer (COO) da SAP Brasil, com o objetivo de apoiar o crescimento da companhia e trabalhar com as áreas de vendas e clientes, na execução de oportunidades de negó-cios. Lewis responderá diretamente a Diego Dzo-dan, presidente da SAP Brasil.
mozart marin na inFor Brasil Ex-diretor executivo da Quintec, adquirida pela Sonda IT em setembro de 2011, Mozart Marin saiu da companhia em maio deste ano, para re-organizar seu próprio go-to-market. Dessa forma, Marin voltou à cena como o executivo responsável pelas vendas da Infor Brasil, com foco nas grandes “e estratégicas” empresas-alvo da fabricante. FoCo em operadoras e parCeirosA Cisco do Brasil anunciou Leonardo da Cunha
Pinheiro para a diretoria de serviços gerenciados e
cloud, no lugar de Marcelo Menta, que assumiu a
presidência da McAfee no começo do ano.
Dos seus mais de 20 anos em vendas, marketing e
desenvolvimento de negócios, oito foram investi-
dos na Cisco, onde até há pouco atuava gerencian-
do vendas para operadoras, empresas de mídia e
TV a cabo.
Agora sua responsabilidade é desenvolver ofertas
de cloud computing para as operadoras e parcei-
ros da Cisco no País.
no luGar de rodriGo KedeFabio Pessoa assume como vice-presidente de servi-
ços de tecnologia da IBM, depois que Kede subiu à
presidência da operação local. Antes disso, ele era
VP de vendas para indústrias-foco da empresa.
Na IBM desde 1987, agora, Fabio visará ao cres-
cimento da unidade de serviços e comandará um
dos principais centros de prestação de serviços
globais da IBM, em Hortolândia (SP). renato BarBieri assume Canais na hp Após mais de 15 anos na Hewlett-Packard, Silvi-no Lins deixou a diretoria de marketing e vendas para canais da HP, e suas atribuições estão sendo absorvidas por Renato Barbieri, que mantinha a mesma função, mas não voltado para parceiros.Até o fechamento desta edição não havia informa-ções adicionais sobre o destino de Silvino.
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EDITORAHaline Mayra
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Vladimir França • Diretor da Abradisti
Cadeira especial: Prof. Luis Augusto Lobão, da Fundação Dom Cabral
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VICE -PRESIDENTE EXECUTIVOMIGUEL PETRILLI • [email protected]
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(21) 2275-0207 – (21) 8838-2648
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Stela LachtermacherDiretora Editorial IT Mídia
Por que as redes sociais fazem tanto sucesso a ponto de hoje definirem formas de agir, locais interessantes e marcas que devem ser rechaçadas pelas pessoas? Elas
simplesmente viraram o grande ponto de encontro de pessoas que têm algo em comum, seja o que for, que as faz convergir para um determinado local alimentando a necessidade do ser humano de interagir.
É incrível como as pessoas se expõem nas redes falando sobre onde estão, o que estão fazendo, o que pensam a respeito de determinado assunto, movidas por esta necessidade de troca...
A primeira rede social, apesar de nunca ter recebido este nome, é a família, e o grande momen-to de interação acontece nos almoços de domin-go, que trazem à tona os assuntos da semana. E, voltando no tempo, o que antes acontecia nas Ágoras, ou praças públicas da Grécia Antiga, local de debates, cerimônias, eventos e acordos políticos e econômicos, ganhou um novo palco: a internet e as redes sociais. Com um adicional, nas redes você pode convidar para fazer parte do seu grupo as pessoas de quem você gosta e, por meio delas, che-gar a outras de quem você havia se distanciado ou mesmo perdido por completo o contato. Como? O Facebook que o diga! Mas, antes dele, vale lembrar da chamada Teoria dos Seis Graus.
Comprovada cientificamente, a Teoria dos Seis Graus, desenvolvida por um psicólogo americano na década de 30, mostrou que, com a intermediação de seis pessoas, uma carta ou
encomenda chegaria a seu destino, em qualquer país do mundo. A teoria foi a base utilizada pelo engenheiro de software Orkut Buyukkokten para a criação do Orkut.
Hoje, a distância dos seis pontos caiu para pouco mais de quatro elos e, com a crescente adesão às redes sociais e o que elas representam em termos de interação e de troca, esta distância deve ser rapidamente reduzida, enquanto a socialização terá seu crescimento exponencialmente agiliza-do proporcionando um significativo aumento do conhecimento entre comunidades, seja lá qual for o elo que as una.
Outro dia, falando sobre a “Teoria dos Seis Graus” em uma aula para alunos de pós-graduação fui corrigida por um deles: "professora, acabei de ver na internet que os seis graus caíram para pouco mais de quatro". Agradeci pela informação e, em seguida, me peguei ref letindo sobre onde isso iria parar... Eu, por exemplo, reencontrei colegas da faculdade de comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde me formei, e, de alguns com os quais não tinha tanto relacionamento, aca-bei virando amiga.
Se você tiver histórias do gênero e queira compartilhá-las envie para mim no e-mail [email protected] e desta forma estaremos um grau mais unidos. Até a próxima!
O sucesso das redes sociais
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