2
Cristianismo e Música Parte 3/8 1 Guarde o que é bom Por Hans Rookmaaker Agora trataremos da questão da relação entre o cristão e a cultura não-cristã. A Bíblia ensina que não devemos ser contaminados pela iniquidade e nem seguir os seus caminhos do mundo. “Mundo” neste sentido quer dizer o mundo de pecado. Mas a Bíblia também diz que não devemos ter medo de examinar todas as coisas e guardar o que for bom. Não devemos recuar. É interessante percebermos que a Bíblia jamais fala em cultura de um modo negativo. A cultura do mundo em si não é negativa. As Escrituras não nos ensinam que tudo que é produzido por não-cristãos é intrinsecamente mau. Quando Salomão construiu seu templo, ele chamou um arquiteto de Tiro, que certamente era um pagão. Mas o homem era um bom arquiteto. Apocalipse 17 fala de Babel personificação do mundo mau e centro de todo o anticristianismo como uma cidade cheia de beleza e riquezas, um lugar onde as mulheres usavam belos vestidos longos. A Bíblia não diz que tudo aquilo que vem do mundo é mau. Ao invés disso ela nos ensina a ouvir e olhar a nossa volta, retendo as boas coisas. Paulo escreve na primeira carta aos Coríntios: “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma delas.” Todas as coisas são permitidas, mas temos que examinar e ver se são positivas. Há uma forte ênfase na liberdade por toda a Bíblia e particularmente em Paulo. A missão da vida de Paulo foi dizer duas coisas: a salvação é obra completa de Cristo e somente dele e, diretamente ligado a isso, Paulo ensinou: temos liberdade. Ele verbaliza isso de maneira muito bela em Colossenses 2, quando diz: “Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.” (Colossenses 2:8) Ele dirige isso abertamente aos gnósticos. Em seguida, ele sintetiza o sentido do Evangelho: o perdão dos pecados, a renovação da vida e o triunfo sobre o mal. Em seguida, ele diz: “Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou de sábados.” (Colossenses 2:16) Em outras palavras, Paulo diz: “Vocês são livres!” Ele prossegue dizendo: “Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies . . . segundo os preceitos e doutrinas dos homens?”

Cristianismo e músic2

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Cristianismo e músic2

Cristianismo e Música – Parte 3/8 1

Guarde o que é bom

Por Hans Rookmaaker

Agora trataremos da questão da relação entre o cristão e a cultura não-cristã. A Bíblia ensina que não

devemos ser contaminados pela iniquidade e nem seguir os seus caminhos do mundo. “Mundo” neste

sentido quer dizer o mundo de pecado. Mas a Bíblia também diz que não devemos ter medo de examinar

todas as coisas e guardar o que for bom. Não devemos recuar. É interessante percebermos que a Bíblia

jamais fala em cultura de um modo negativo. A cultura do mundo em si não é negativa. As Escrituras não

nos ensinam que tudo que é produzido por não-cristãos é intrinsecamente mau. Quando Salomão

construiu seu templo, ele chamou um arquiteto de Tiro, que certamente era um pagão. Mas o homem era

um bom arquiteto. Apocalipse 17 fala de Babel – personificação do mundo mau e centro de todo o

anticristianismo – como uma cidade cheia de beleza e riquezas, um lugar onde as mulheres usavam belos

vestidos longos. A Bíblia não diz que tudo aquilo que vem do mundo é mau. Ao invés disso ela nos

ensina a ouvir e olhar a nossa volta, retendo as boas coisas.

Paulo escreve na primeira carta aos Coríntios:

“Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm. Todas as coisas me são lícitas; mas eu

não me deixarei dominar por nenhuma delas.”

Todas as coisas são permitidas, mas temos que examinar e ver se são positivas. Há uma forte ênfase na

liberdade por toda a Bíblia e particularmente em Paulo. A missão da vida de Paulo foi dizer duas coisas: a

salvação é obra completa de Cristo – e somente dele – e, diretamente ligado a isso, Paulo ensinou: temos

liberdade. Ele verbaliza isso de maneira muito bela em Colossenses 2, quando diz:

“Tendo cuidado para que ninguém vos faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a

tradição dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo.” (Colossenses 2:8)

Ele dirige isso abertamente aos gnósticos. Em seguida, ele sintetiza o sentido do Evangelho: o perdão dos

pecados, a renovação da vida e o triunfo sobre o mal. Em seguida, ele diz:

“Ninguém, pois, vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa de dias de festa, ou de lua nova, ou

de sábados.” (Colossenses 2:16)

Em outras palavras, Paulo diz:

“Vocês são livres!”

Ele prossegue dizendo:

“Se morrestes com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por que vos sujeitais ainda a ordenanças,

como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies . . . segundo os preceitos

e doutrinas dos homens?”

Page 2: Cristianismo e músic2

Assim, não se ponham novamente sob o jugo de regras e preceitos criados por homens. Não deixem que

essa preciosa liberdade seja roubada de vocês, pois isso vai contra a essência do verdadeiro evangelho!

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

Tradução: Alex Fontes.

Revisão e Adaptação: Fernando Guarany Jr.