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A VIDA CENTRADA NO EVANGELHO | CRER NO EVANGELHO POR ROBERT H THUNE | WILL WALKER IDEIA PRINCIPAL Tendo dado ênfase ás maneiras pela quais minimizamos o Evangelho, ou seja, o lado negativo da questão. Nessa lição, voltaremos à atenção para discernir o lado positivo: “Quais soluções Deus nos oferece no evangelho para que não encolhamos a cruz e não dependamos do nosso próprio esforço?”. CRER NO EVANGELHO Nas últimas duas lições, usamos um gráfico para entender melhor o evangelho e como ele funciona em nossa vida. No estudo anterior, falamos sobre nossa tendência de “encolher cruz” por meio do fingimento e do desempenho. Nesta lição, queremos examinar como uma convicção forte e vibrante no evangelho nos liberta de nós mesmos e produz verdadeira e duradoura transformação espiritual. Na raiz da condição humana, há uma luta pela justiça e pela identidade. Ansiamos por nos sentirmos aceitos, aprovados, seguros e com significado, pois fomos criados por Deus para encontrar essas coisas nele. Mas o pecado nos separou de Deus e criou em nós um profundo senso de alienação. Quando Paulo falou sobre o povo judeu de seu tempo, ele escreveu: “eles não reconheciam a justiça que vem de Deus e procuram estabelecer sua própria”. (Rm 10.3 NVI). Fazemos a mesma coisa. Da perspectiva teológica, o fingimento e o desempenho são simplesmente duas formas sofisticadas de estabelecer nossa própria justiça. Quando fingimos, estamos fazendo de conta que somos melhores do que realmente somos. Quando apelamos para o desempenho estamos tentando agradar a Deus por meio daquilo que realizamos. O fingimento e o desempenho refletem nossas tentativas pecaminosas de garantir nossa própria justiça e identidade sem Jesus. Primeira Igreja Batista em Morrinhos – Rua Rio Grande do Sul, 463 – Centro. https://www.facebook.com/pibmorrinhosgo

Crer no Evangelho

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A VIDA CENTRADA NO EVANGELHO | CRER NO EVANGELHO POR ROBERT H THUNE | WILL WALKER

IDEIA PRINCIPAL

Tendo dado nfase s maneiras pela quais minimizamos o Evangelho, ou seja, o lado negativo da questo. Nessa lio, voltaremos ateno para discernir o lado positivo: Quais solues Deus nos oferece no evangelho para que no encolhamos a cruz e no dependamos do nosso prprio esforo?.

CRER NO EVANGELHO

Nas ltimas duas lies, usamos um grfico para entender melhor o evangelho e como ele funciona em nossa vida. No estudo anterior, falamos sobre nossa tendncia de encolher cruz por meio do fingimento e do desempenho. Nesta lio, queremos examinar como uma convico forte e vibrante no evangelho nos liberta de ns mesmos e produz verdadeira e duradoura transformao espiritual. Na raiz da condio humana, h uma luta pela justia e pela identidade. Ansiamos por nos sentirmos aceitos, aprovados, seguros e com significado, pois fomos criados por Deus para encontrar essas coisas nele. Mas o pecado nos separou de Deus e criou em ns um profundo senso de alienao. Quando Paulo falou sobre o povo judeu de seu tempo, ele escreveu: eles no reconheciam a justia que vem de Deus e procuram estabelecer sua prpria. (Rm 10.3 NVI). Fazemos a mesma coisa. Da perspectiva teolgica, o fingimento e o desempenho so simplesmente duas formas sofisticadas de estabelecer nossa prpria justia. Quando fingimos, estamos fazendo de conta que somos melhores do que realmente somos. Quando apelamos para o desempenho estamos tentando agradar a Deus por meio daquilo que realizamos. O fingimento e o desempenho refletem nossas tentativas pecaminosas de garantir nossa prpria justia e identidade sem Jesus.

Para realmente vivenciar a profunda transformao que Deus nos promete no Evangelho, precisamos continuamente nos arrepender dessas tendncias pecaminosas. Nossa alma precisa se tornar profundamente arraigada na verdade do evangelho, de modo que ancoremos nossa justia e identidade em Jesus, e no em ns mesmo. Mais especificamente, as promessas de justia passiva e adoes contidas no Evangelho devem tornar-se centrais na nossa maneira de pensar e viver. A justia passiva a verdade bblica de que Deus no s perdoou nossos pecados, mas tambm creditou a ns a justia ativa de Jesus. Romanos 3 fala de uma justia de Deus que vem a ns por meio da f: Mas agora a justia de Deus se manifestou, sem a lei, atestada que pela Lei e pelos Profetas; isto , a justia de Deus por meio da f em Jesus Cristo para todos os que creem; pois no h distino (Rm 3.21-22). Sobre essa justia passiva, Martinho Lutero escreveu:

Chama-se justia justia passiva porque no temos de labutar por ela [...] No uma justia pela qual trabalhamos, mas a justia que recebemos pela f. Essa justia passiva um mistrio que algum que no conhece a Jesus no consegue entender. Alis, nem os cristos tm uma compreenso completa dela e raramente usufruem dela na vida diria [...]. Quando existe qualquer medo ou nossa conscincia fica perturbada, isso sinal de que perdemos de vista nossa justia passiva e Cristo est oculto.

Lutero lembra que, se nos afastarmos da justia passiva, nossos coraes tendero naturalmente justia prpria ou das obras. Para lutar contra nossa tendncia de encolher o evangelho dessa forma, devemos constantemente nos arrepender de beber nas falsas fontes de justia e pregar o evangelho para ns mesmos, especialmente a verdade da justia passiva Devemos nos agarrar promessa bblica de que Deus est satisfeito conosco porque est satisfeito com Jesus. Quando abraamos o evangelho dessa forma olhar para o nosso pecado no algo assustador ou constrangedor. Na verdade, fazer isso nos conduz adorao, porque Jesus morreu por todo esse pecado, e tambm libertador, pois o pecado no define nossa identidade. Nossa justia est em Cristo. A boa notcia do evangelho no o fato de que Deus d muita importncia a ns, mais, sim, o fato de que ele nos liberta para dar muita importncia a Jesus.A adoo a verdade bblica de que Deus no acolheu em sua famlia como filhos e filhas em virtude de nossa unio com Jesus. Parte da obra do Esprito Santo conformar essa adoo dentro de ns: Porque no recebestes um esprito de escravido para vos reconduzir ao temor, mais o Esprito de adoo, pelo qual chamamos: Aba Pai! O prprio Esprito d testemunho ao nosso esprito de que somos filhos de Deus. Rm 8.15-16. O texto de Glatas 4.7 diz a mesma coisa com palavras diferentes: Portanto, tu no s escravo, mas filho; e, se s filho, s tambm herdeiro por obra de DeusMas assim como nos desviamos da justia passiva, tambm somos propensos a esquecer nossa identidade como filhos de Deus. Vivemos como rfos, e no como filhos e filhas. Em vez de descansar no amor paternal de Deus, buscamos ganhar seu favor tentando viver altura de suas expectativas (ou da nossa viso equivocada delas. Vivemos assim em uma verdadeira esteira, na tentativa de sermos bons cristos para receber a aprovao de Deus. Para lutar contra nossa tendncia de diminuir o evangelho dessa forma, devemos continuamente nos arrepender da nossa mentalidade de rfos e persistir em nossa verdade identidade como filhos e filhas de Deus. Pela f, temos de nos apegar promessa contida no evangelho de que somos adotados como filhos de Deus. A justia de Jesus foi creditada a ns independentemente das obras (Rm 4.4-8). No precisamos fazer nada para assegurar o amor e a aceitao de Deus; Jesus j nos assegurou isso. Quando abraamos o evangelho dessa forma, o padro infinito da santidade de Deus j no mais nos amedronta ou intimidade. Ela leva adorao, porque Jesus o satisfez por ns. Nossa identidade est nele. A boa notcia do Evangelho no que Deus nos favorece por casa de quem somos, mas que ele nos favorece apensar de quem somos. Na raiz de todos os nossos pecados visveis encontra-se a luta invisvel por justia e identidade. Em outras palavras nunca crescemos a ponto de no ter mais necessidade do evangelho. como Martinho Lutero escreveu: O mais necessrio que conheamos bem [o evangelho], o ensinemos s pessoas e o martelemos continuamente na cabea delas. Quando percebemos nossa tendncia para fingimento e o desempenho, que so nossas tentativas de construir nossa prpria justia e identidade, devemos nos arrepender do pecado e crer novamente nas promessas do evangelho. Este o padro constante da vida crist: Arrependimento e f, arrependimento e f, arrependimento e f. medida que caminhamos dessa forma, o evangelho vai se enraiando mais profundamente em nossas almas e Jesus e sua cruz se tornaro maiores na realidade diria da nossa vida.

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