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Disciplina: COV-783 - Matemática para Engenharia Oceânica I Prof. Paulo de Tarso - [email protected] - Sala I207/C201
1
Bibliografia Básica:
• Notas de Aula
• Kreyszig, E. - Advanced engineering mathematics - 7th Ed.
Programa do Curso: 1. Revisão de Cálculo Vetorial e Matricial 2. Capítulo I - Equações Diferenciais de 1ª Ordem. 3. Capítulo II - Equações Diferenciais de 2ª Ordem. 4. Capítulo V - Soluções por Séries. 5. Capítulo VI - Transformada de Laplace. 6. Capítulo X - Séries de Fourier. 7. Capítulo XI - Equações Diferenciais Parciais.
1. REVISÃO DE CÁLCULO VETORIAL E MATRICIAL FUNÇÕES Função é um mapeamento de um conjunto D (domínio de f) em outro conjunto I (imagem de f).
Ex: Sejam Dxx ∈21, tal que 2121 )()( xxxfxf =⇒= , dizemos então que )(xf é bi-unívoca, e portanto admite função inversa. Ex:
2)( xxf = para [ ]1,0∈x é uma função bi-unívoca que admite a função
inversa xxf =− )(1 no domínio [ ]1,0∈x , e vale a propriedade xxff =− ))(( 1 e xxff =− ))((1 .
LIMITE Diz-se que L é o limite de f(x) quando x tende a xo, ou seja,
Lxfxx
=→
)(lim0
ou L)x(f → quando 0xx→ se:
0>∀ε existe 0),( 0 >xεδ tal que ε<− Lxf )( sempre que δ<−< 0xx0 .
Ex: Seja 3x2)x(f −= , o limite de f(x) quando x tende a 2 é igual a: 1)x(flim
2x=
→
CONTINUIDADE Uma função f(x) é contínua em x0 sempre que )x(f)x(flim 0xx 0
=→
ou em termos matemáticos
0>∀ε existe 0),( 0 >xεδ tal que ε<− )x(f)x(f 0 sempre que δ<− 0xx .
11,02)1(8)( 2
≤<+−=
xxxxxf
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Ex: Seja uma função 2x)x(f = , para 4x0 ≤≤ , 3x ≠ e
27)x(f = , para 3x = Sabendo-se que 9)x(flim
3x=
→, podemos verificar que a função não é contínua no ponto
3x = , pois 27)3(f)x(flim3x
=≠→
.
DERIVAÇÂO A derivada )x('f de uma função )x(f é definida da seguinte forma:
h)x(f)hx(flim)x('f
0h
−+=
→, quando este limite existe.
Ex: Seja 2x)x(f = , sua derivada será calculada como segue:
x2hx2limhhxh2lim
hxhxh2xlim
hx)hx(lim)x('f
0h
2
0h
222
0h
22
0h=+=
+=
−++=
−+=
→→→→
PROPRIEDADES DOS VETORES ESCALARES, VETORES
• Escalar é uma grandeza que é determinada exclusivamente por sua intensidade (ou magnitude).
Ex: comprimento, temperatura,Voltagem.
• Vetor é uma grandeza que se determina por sua intensidade e direção.
É representado, usualmente por uma flecha.
Ex: Força, Velocidade, Aceleração
O tamanho de um vetor ar é chamado de norma e é representado por ar . Um vetor com norma igual a 1 é um Vetor Unitário. Por definição dois vetores ar eb
rsão iguais, isto é, ar = b
r se têm a mesma intensidade, mesma
direção e sentido.
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COMPONENTES DE UM VETOR Seja um sistema cartesiano x y z, no qual um dado vetor ar tenha como ponto inicial P (x1, y1, z1) e final Q(x2, y2, z2). Segue-se que os 3 números:
são as componentes do vetor
O comprimento (norma) do vetor será
Por exemplo, o vetor ar com ponto inicial P: (3, 1, 4) e final Q: (1, -2, 4) tem componentes
portanto,
ADIÇÃO VETORIAL Definição: A soma ar +b
r de dois vetores ar =[a1,a2,a3] e b
r = [b1,b2,b3] é obtida somando as respectivas
componentes
VETORES UNITÁRIOS Outra forma de representação de vetores é:
LLLLLL 123122121 zza;yya;xxa −=−=−=
[ ]321 a,a,aa =r
23
22
21 aaaa ++=
r
044312231
3
2
1
=−=−=−−=
−=−=
aaa
[ ]0,3,2 −−=ar
( ) ( ) 13032 222 =+−+−=ar
[ ]332211 ,, babababa +++=+rr
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ar = [a1,a2,a3] = kajaia 321
rrr++ onde k,j,i
rrrsão vetores unitários nas direções positivas dos
eixos x,y e z, assim: [ ]0,0,1i =
r, [ ]0,1,0j =r
, [ ]1,0,0k =r
PRODUTO INTERNO (ESCALAR) O produto interno (ou escalar) de dois vetores [ ]321 ,, aaaa =r e [ ]321 b,b,bb =
r
é definido como γcosbab.a =rr
se 0a ≠r e 0b ≠r
. Por outro lado 0b.a =rr
se 0a =r ou se 0b =r
O produto escalar pode ser calculado a partir das componentes dos vetores ar e br
da seguinte forma 332211 bababab.a ++=
rr
Um vetor ar é dito ORTOGONAL a um vetor b
r se 0b.a =
rr.
..... Teorema: “O produto interno de dois vetores não-nulos é zero se e somente se estes vetores são perpendiculares”. O comprimento do vetor ar pode ser calculado a partir do produto interno como segue:
γcosbab.a =rr
, logo fazendo ab rr= teremos que o ângulo 0=γ e portanto,
a.aa0cosaaa.a rrrrrrr=→=
Ex: 1: Ache o produto interno, os comprimentos e o ângulo entre os vetores
[ ]0,2,1=ar e [ ]1,2,3b −=r
11.0)2.(23.1. −=+−+=barr
5021a.aa 222 =++==rrr
141)2(3b.bb 222 =+−+==rrr
701
bab.acos
1451 −=== −rr
rr
γ , 0865,96=γ
PROPRIEDADES
• [ ] cbcacba rrrrrrr ... βαβα +=+ (Linearidade)
• a.bb.a rrrr= (Simetria)
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• 0a0a.a
0a.arrrr
rr
=⇔=
≥ (Forma Positivo-Definida)
baba
rrrr+≤+ (Desigualdade Triangular)
PRODUTO VETORIAL O produto vetorial ba
rr⊗ de dois vetores [ ]321 a,a,aa =r e [ ]321 b,b,bb =
ré um vetor bav
rrr⊗=
cuja direção é perpendicular ao plano formado por ar .e br
tal que . ar , br
e barr
⊗ ...formam um triedo direto. Sejam ar =[a1,a2,a3], [ ]321 b,b,bb =
r e [ ] bavvvv
rrr⊗== 321 ,, . Podemos determinar as
componentes jv de vr da seguinte forma:
[ ] ( ) ( ) ( )122131132332
321
32132,1 , babakbabajbabaibbbaaakji
vvv −+−+−==rrr
rrr
PROPRIEDADES GERAIS ( ) )( bakbak
vrrr⊗=⊗ , onde k é um escalar
cabacba rrrrrrr⊗+⊗=+⊗ )(
cbcacba rrrrrrr⊗+⊗=⊗+ )( )
)( baabrrrr
⊗−=⊗
cbacba rrrrrr⊗⊗≠⊗⊗ )()(
OPERADORES VETORIAIS Seja ),,( zyxP um campo escalar e kVjViVVVVzyxV zyxzyx
rrrr++== ),,(),,( um campo vetorial,
podemos definir os seguintes operadores vetoriais: GRADIENTE
zPj
yPi
xPzyxP
∂∂
+∂∂
+∂∂
=∇rr
),,(
DIVERGENTE
zV
yV
xV
V zyx
∂∂
+∂
∂+
∂∂
=∇r.
ROTACIONAL
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)()()(yV
xV
kxV
zV
jzV
yViV xyzxyz
∂∂
−∂
∂+
∂∂
−∂∂
+∂
∂−
∂∂
=×∇rrrr
MATRIZES CONCEITOS BÁSICOS Uma matriz é um arranjo de números envolvido em chaves, como no exemplo abaixo:
−−
1052,32,1384,02
ou
22
3xexe
x
x
- N0 de linhas horizontais [linhas] - N0 de linhas verticais [colunas] Ex: Sistemas de equações Um sistema de equações pode ser representado na forma matricial como no exemplo:
025 =+− zyx 0403 =++ zyx
=
−00
403125
zyx
Uma matriz com m-linhas e n-colunas tem a forma
[ ]
==
mnmm
n
jk
aaa
aaaa
aA
KK
MM
MM
M
KK
21
21
11211
Onde o termo geral é dado por ija ,onde i representa a linha e j a coluna. Se o número de linhas m é igual ao número de colunas n diz-se que a matriz é quadrada. Uma submatriz de uma matriz A (mxn) é obtida eliminando-se alguma(s) linha(s) ou coluna(s) de A.
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Ex: A matriz
=
232221
131211
aaaaaa
A admite as seguintes submatrizes:
2221
1211
aaaa
ou
2321
1311
aaaa
VETORES Um vetor é uma matriz de uma única linha [vetor linha] ou uma única coluna [vetor coluna]
Ex: br
é um vetor coluna
nb
bbb
M3
2
1
cr é um vetor linha [ ]nccc L2
TRANSPOSTA A transposta AT de uma matriz A= [ ]jka de tamanho m x n (m linhas e n colunas) é uma matriz de tamanho n x m em que são trocadas as linhas pelas colunas. Ex:
−=
004185
A
−=
010845
TA
MATRIZ SIMÉTRICA É uma matriz quadrada tal que A=AT ou seja
jiij aa =
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Ex:
=
943472321
A
MATRIZ ANTI-SIMÉTRICA É uma matriz quadrada tal que TAA −= , ou seja
jiij aa −=
Ex:
−−
−=
043402320
A
ADIÇÃO DE MATRIZES É definida apenas para matrizes de mesmo tamanho, isto é, sejam [ ]jkaA = , [ ]jkbB = . A matriz
soma BAC += terá como coeficientes jkjkjk bac +=
Ex:
−=
210364
A ,
−=
013015
B
=
++++−+−
=+=223351
021130031654
BAC
MULTIPLICAÇÃO POR ESCALAR O produto de um escalar α por uma matriz [ ]jkaA = é a matriz [ ]jkaA αα =
Ex: Seja
−=
210364
A , a matriz A3B = é dada por
−=
×××××−×
=63091812
2313033363)4(3
B
PRODUTO DE MATRIZES
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O produto ABC = de uma matriz [ ]jkaA = mxn e uma matriz [ ]jkbB = rxp só está definido se n=r, isto é, o número de colunas da matriz A é igual ao número de linhas da matriz B, tal que a matriz [ ]jkcC = terá elemento geral jkc
nkjnk22jk11jpkn
1p jpjk babababac +++== ∑ =L
Ex:Sejam
=
092734
A e
=
6152
B .
A matriz produto
=
++++++
==451847163811
6x05x91x02x96x25x71x22x76x35x41x32x4
ABC
OBS: AB ≠ BA (em geral) MATRIZ TRIANGULAR
−
205032001
(Matriz Triangular Inferior)
−
400320161
(Matriz Triangular Superior)
MATRIZ DIAGONAL
500020001
0a jk = se kj ≠
MATRIZ UNITÁRIA OU IDENTIDADE
=
100010001
I (Matriz Identidade com 3 linhas e colunas)
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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DE 1ª ORDEM. CONCEITOS BÁSICOS: Equações Diferenciais são equações que contém derivadas da função incógnita y(x), que deve ser determinada para todo x.
Equação Ordem da maior derivada Observação
xxy cos)(' = 1ª Equação diferencial c/ 1 variável 0)(4)('' =+ xyxy 2ª Equação diferencial c/ 1 variável
)()2()(''2)(')(''' 222 xyxxyexyxyx x +=+ 3ª Equação diferencial c/ 1 variável. Produto de incógnitas ⇒ equação não-linear.
CONCEITO DE SOLUÇÃO: Uma solução de uma equação diferencial de 1ª ordem F[x,y(x),y'(x)]=01 em algum intervalo aberto a<x<b é uma função y(x) que satisfaça F[x,y(x),y'(x)]=0 para todo x∈(a,b).
Exemplo:
1. y(x)=x2 é a solução de xy'(x)=2y(x)
Verificação: y(x)=x2 ⇒ y'(x)=2x ⇒ x2x=2x2 ⇒ 2x2=2x2
2. y'(x)=cosx ⇒ ∫y'(x)dy=∫cosxdx+c ⇒ y(x)=senx+c
y(x)=senx+c é a solução geral; quando c for especificado (condições de contorno) tem-se a solução particular para aquelas condições.
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS SEPARÁVEIS. Muitas equações diferenciais podem ser transformadas para a forma: g(y(x))y'(x)=f(x) por meio de manipulações algébricas:
g(y)y'(x)=f(x) ⇒ )()( xfdxdyyg = ⇒ g(y)dy=f(x)dx ⇒ ∫g(y)dy=∫f(x)dx+c
cdx)x(fdxdx
)x(dy)]x(y[g += ∫∫ ⇒ ∫g[y(x)]dy=∫f(x)dx+c2
onde os termos que dependem de y e x aparecem separados e em lados opostos da equação.
Exemplo:
1 F[x,y(x),y'(x)]=0 é equação escrita na forma implícita. A equação 22 yxz += representa um cone superior e pode ser escrita na
forma implícita F(x,y,z) ou na forma explícita z=f(x,y) ⇒ 0yxz]z,y,x[F 22 =+−= .
2 ∫= x
0 dt)tsen()x(F ⇒ X
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9yy'+4x=0 ⇒ 9yy'=-4x ⇒ ∫9ydy=∫-4xdx+c ⇒ 9∫ydy=-4∫xdx+c ⇒ cxy+−=
24
29
22
c2x4
2y9 22
=+ ⇒ c2x4
2y9 22
=+ ⇒ 18c
36x4
36y9 22
=+ ⇒ '49
22
cyx=+ ⇒ '
23 2
2
2
2
cyx=+
equação da elipse:
=+ 12
2
2
2
by
ax
-3
-2
-1
0
1
2
3
-3 -2 -1 0 1 2 3
123 2
2
2
2
=+yx
=+ 12
2
2
2
by
ax
a=3, b=2
PROBLEMA DE VALOR INICIAL (P.V.I.)
y'+5x4y2=0 e y(0)=1
y'+5x4y2=0 ⇒ y'=-5x4y2 ⇒ 42 5' xyy
−= ⇒⇒ 42 51 xdxdy
y−= ⇒ dxx
ydy 42 5−= ⇒
⇒ cdxxydy
+−= ∫∫ 42 5 ⇒ cdxxdy
y+−= ∫∫ 4
2 51 ⇒
⇒ cxy
+−=−5
51 5
⇒ cxy
−= 51 ⇒
cx1)x(y 5 −
=
Como y(0)=1 e c1
c01)0(y 5 −=−
= ⇒ 1c1=− c=-1 ⇒
11)( 5 +
=x
xy
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EQUAÇÕES DIFERENCIAIS LINEARES DE 2ª ORDEM. Uma equação diferencial de 2ª ordem é linear se pode ser escrita na forma:
y''+p(x)y'+q(x)y=r(x)
e será não-linear se não puder ser escrita nessa forma. Se r(x)=o essa equação é dita homogênea
Exemplos:
3y''+4y'+5y=x2 é uma equação linear não-homogênea
3y''+4y'+5y=0 é uma equação linear homogênea
As funções p(x) e q(x) são os coeficientes da equação diferencial.
Exemplos:
y''+4y=e-xsenx é uma equação linear
x[y''y+(y')2]-2xy'+6y=0 é uma equação não-linear
1')( 2+= yxy é uma equação não-linear
TEOREMA FUNDAMENTAL DA EQUAÇÃO HOMOGÊNEA: “Para uma equação diferencial linear e homogênea, y''+p(x)y'+q(x)y=0, qualquer combinação linear de 2 soluções num intervalo aberto I é também solução da equação diferencial linear homogênea nesse intervalo. Em particular, somas e constantes múltiplas de soluções são também soluções”. Observação: Esse teorema não vale para equações diferenciais não-homogêneas ou não-lineares. Exemplos:
1. y''+y=1 é uma equação diferencial linear e não-homogênea
y1(x)=1+cosx é solução
y2(x)=1+senx é solução
y3(x)=y1(x)+y2(x)=1+cosx+1+senx=2+cosx+senx não é solução
2. y''+y=0 é uma equação diferencial linear e homogênea
y1(x)=cosx é solução
y2(x)=senx é solução
y3(x)=y1(x)+y2(x)=cosx+senx é solução
3. y''y-xy'=0 é uma equação diferencial não-linear e homogênea
y1(x)=x2 é solução
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y2(x)=1 é solução
y3(x)=y1(x)+y2(x)=x2+1 não é solução
Para as equações diferenciais lineares e homogêneas de 2ª ordem, a solução geral é da forma:
y(x)=c1y1(x)+c2y2(x)
isto é, uma combinação linear de 2 soluções envolvendo 2 constantes (c1 e c2) arbitrárias.
PROBLEMA DE VALOR INICIAL O problema de valor inicial envolve a equação: y''+p(x)y'+q(x)y=0 e as condições iniciais y(x0)=k1 e y'(x0)=k2.
Exemplo: y''-y = 0, y(0)=5 e y'(0)=3
Admitindo que conhecemos duas soluções linearmente independentes, y1(x)=ex e y2(x)=e-x , a solução geral será dada por ⇒ y(x)=c1y1(x)+c2y2(x) =c1ex+c2e-x
Para obter as constantes c1 e c2 precisamos impor as condições iniciais,
y(x)=c1ex+c2e-x ⇒ y'(x)=c1ex-c2e-x ⇒ y''(x)=c1ex+c2e-x
como y(0)=5 ⇒ y(0)=c1e0+c2e-0=5 ⇒ c1+c2=5
como y'(0)=3 ⇒ y'(0)=c1e0-c2e-0=3 ⇒ c1-c2=3
Solucionando o sistema de equações c1+c2=5 e c1-c2=3
c1+c2+c1-c2=5+3
2c1=8 ⇒ c1=4
4+c2=5 ⇒ c2=1
então y(x)=c1ex+c2e-x ⇒ y(x)=4ex+e-x
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS HOMOGÊNEAS A COEFICIENTES CONSTANTES, y''+ay'+by=0.
Admitindo que a solução é da forma exponencial y(x)=eλx (λ pode ser complexo) ⇒ y'(x)=λeλx e y''(x)=λ2eλx
Substituindo na equação y''+ay'+by=0, teremos:
λ2eλx+aλeλx+beλx=0
eλx(λ2+aλ+b)=0
Para que a expressão acima seja nula para qualquer valor de x basta que λ2+aλ+b=0.
λ2+aλ+b=0 é a equação característica da equação diferencial de 2ª ordem
2b4aa 2 −±−
=λ ⇒ 2
b4aa 2
1−+−
=λ ⇒ 2
b4aa 2
2−−−
=λ
x1
1e)x(y λ= e x2
2e)x(y λ=
Existem 3 possibilidades:
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1ª. ∆ = a2-4b>0 ⇒ (2 raízes reais e distintas) x
11e)x(y λ= e x
22e)x(y λ=
a solução geral é da forma: )x(yc)x(yc)x(y 2211 += ⇒ x2
x1
21 ecec)x(y λλ +=
2ª. ∆ = a2-4b=0 ⇒ (2 raízes reais e iguais 2a
21 −=λ=λ )
x2a
1 e)x(y−
= e x
2a
2 xe)x(y−
= (utilizando a técnica da redução de ordem)
a solução geral é da forma: x
2a
2
x2a
12211 xecec)x(yc)x(yc)x(y−−
+=+= ⇒ )xcc(e)x(y 21
x2a
+=−
3ª. ∆ = a2-4b<0 ⇒ (2 raízes complexas)3
ω+−=λ i2a
1 , ω−−=λ i2a
2 , onde 4ab
2
−=ω
x1
1e)x(y λ= e x2
2e)x(y λ=
xix2axix
2axi
2a
1 eeee)x(y ω−ω+−
ω+−
=== xix2axix
2axi
2a
2 eeee)x(y ω−−ω−−
ω−−
===
A partir destas duas soluções complexas podemos através de combinação linear conveniente obter duas funções reais e linearmente independentes
)cos()( 21 xexy
xa
ω−
= e )()( 22 xsenexy
xa
ω−
=
A solução geral será da forma:
)xsen(ec)xcos(ec)x(yc)x(yc)x(yx
2a
2
x2a
12211 ω+ω=+=−−
⇒ )]xsen(c)xcos(c[e)x(y 21
x2a
ω+ω=−
3 Revisão de números complexos:
z=x+yi onde 1i −= 22 yxr +=
=θ
xyarctan
z=x+iy=reiθ x=rcosθ (eixo horizontal = valores reais) y=rsenθ (eixo vertical = valores imaginarios) Identidade de Euler: eiθ=cosθ+isenθ
No plano complexo, multiplicar por i eqüivale a uma rotação de 90°, no sentido anti-horário.
Revisão de Expansão de Taylor:
...!3
)xx)(x('''f!2
)xx)(x(''f!1
)xx)(x('f)x(f)x(f3
002
00000 +
−+
−+
−+=
...!5
x!4
x!3
x!2
xx1e5432
x ++++++=
...!5
i!4
i!3
i!2
ii1e55443322
i +θ
+θ
+θ
+θ
+θ+=θ ⇒ ...!5
)i(!4
)1(!3)i(
!2)1(i1e
5432i +
θ+
θ+
θ−+
θ−+θ+=θ ⇒ ...
!5i
!4!3i
!2i1e
5432i +
θ+
θ+
θ−
θ−θ+=θ
...!4!2
1cos42
+θ
+θ
−+=θ e ...!5
i!3
iisen53
+θ
+θ
−θ=θ
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SISTEMA MASSA+MOLA
1. SISTEMA SEM AMORTECIMENTO. m = massa k = constante da mola (rigidez) ks0 = mg⇒ Peso igual à deflexão inicial da mola ∑FEXT = my''(t) -ky(t) = my''(t) my''(t)+ky(t) = 0
0)t(y
mk)t(''y =+
Comparando 0)t(ymk)t(''y =+ com a forma geral da equação y''(t)+ay'(t)+by(t)=0 temos,
a=0, mkb = ⇒ ∆=a2-4b<0 ⇒ λ1 e λ2 complexos e distintos ⇒
−=−−
=λ
=−
=λ
mki
2mk4
mki
2mk4
2
1
Definindo mk
=0ω ⇒
+
=+=
−t
mkBsent
mkAtBsentAety
ta
cos)]()cos([)( 2 ωω
+
=+= t
mkBsent
mkAtwBsentwAty cos)()cos()( 00
é uma oscilação harmônica
Para determinar as constantes A e B, precisamos das condições iniciais y(0)=y0 e y'(0)=v0. A solução também pode ser escrita na forma y(t)=Ccos(ω0t-δ), onde C é a amplitude (A=Ccosδ, B=Csenδ) e δ é a fase.
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16
y=C*cos(w0*t-δ)
-1,00
-0,75
-0,50
-0,25
0,00
0,25
0,50
0,75
1,00
0,00
0,79
1,57
2,36
3,14
3,93
4,71
5,50
6,28
7,07
7,85
8,64
9,42
10,21
11,00
11,78
C*cosδ
C
t
y
T
y(t)=Ccos(ω0t-δ)
y(t)=Ccos[ω0(t+T)-δ]
y(t)=Ccos(ω0t+ω0T-δ)
como 0
2Tωπ
= é o período de y(t)
δ−
ωπ
ω+ω=0
002tCcosy(t)
y(t)=Ccos(ω0t+2π-δ)
como cos(ω0t+2π)=cos(ω0t)
y(t)=Ccos[ω0t-δ]
A relação entre as constantes A,B,C,δ fica esclarecida a partir das relações:
A=Ccosδ e B=Csenδ ⇒
A2+B2=C2cos2δ+C2sen2δ=C2(cos2δ+sen2δ)=C2 ⇒ 22 BAC +=
δ=δδ
=δδ
= tancossen
cosCsenC
AB ⇒
=δ
ABarctan
2. SISTEMA COM AMORTECIMENTO
A forca de amortecimento linear é uma função proporcional à velocidade e com sentido contrário ao sentido desta.
∑FEXT=my''(t)
∑FEXT =-ky(t)-cy'(t)
-ky(t)-cy'(t)= my''(t) ⇒ my''(t)+cy(t)+’ky(t)=o
0)t(ymk)t('y
mc)t(''y =++
Comparando 0)t(ymk)t('y
mc)t(''y =++ com a forma geral y''(t)+ay'(t)+by(t)=0 vamos obter a
equação característica:
0mk
mc2 =+λ+λ ⇒
2
4
)1(2
)1(4
24 2
22
2 mkmc
mc
mk
mc
mc
baa−
±−=
−
±−
=−±−
=λ
⇒ m2
km4cm2c
m2km4cc
2
km4cm1
mc
222
−±−=
−±−=
−±−=λ
chamando m2c
=α e m2
km4c2 −=β ⇒ β±α−=
−±−=λ
m2km4c
m2c 2
⇒
β−α−=λβ+α−=λ
2
1
Numa EDO de 2ª ordem, a solução vai depender do valor relativo entre os parâmetros c,m,k a
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partir do comportamento do termo ∆=c2-4mk (discriminante):
• ∆=c2-4mk<0 ⇒ λ1≠λ2 são 2 raízes complexas → CONDIÇÕES DE SUBAMORTECIMENTO4
• ∆=c2-4mk=0 ⇒ λ1=λ2 são 2 raízes reais iguais → CONDIÇÕES DE AMORTECIMENTO CRÍTICO (c0)
• ∆=c2-4mk>0 ⇒ λ1≠λ2 são 2 raízes reais distintas → CONDIÇÕES DE SUPERAMORTECIMENTO
Vamos analisar cada uma das condições acima definidas:
1. CONDIÇÃO DE SUPERAMORTECIMENTO
∆=c2-4mk>0 ⇒ λ1≠λ2 são 2 raízes reais ⇒ A solução é dada por:
t)(2
t)(1
t)(2
t)(1
t2
t1 ecececececec)t(y 21 β+α−β−α−β−α−β+α−λλ +=+=+=
Em consequência:
1. Não ocorre oscilação
2. Os coeficientes das exponenciais são ambos negativos, porque α>0, β>0, (α+β)>0 e:
m2km4c2 −
=β ⇒mk
mk
m2c
m4km4
m4c
m4km4c 2
2
22
2
2
22 −α=−
=−=−
=β ⇒ β<α ⇒ (α-β)>0 ⇒
exp(-x)
Logo, o comportamento assintótico da função para grandes valores de t ⇒ 0elim t
t1 =λ
∞→ e
0elim t
t2 =λ
∞→.
2. CONDIÇÃO DE AMORTECIMENTO CRÍTICO
∆=c2-4mk=0 ⇒ λ1=λ2=λ (2 raízes reais e iguais), com β=0, λ1=λ2=-α. A solução será dada por:
)(1)()()( 21212121 tcce
tececetccetccty ttttt +=+=+=+= −−−
ααααλ
exp(-x)
A função exponencial domina qualquer função polinomial quando t tende ao infinito, como se pode observar através da aplicação da Regra de L’Hopital:
4 Na prática, esta é a condição mais importante.
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∞∞
=α∞→ tt etlim ⇒ aplicando a regra de L’Hopital5 ⇒ 01limlim ==
∞→∞→ tttt eet
αα α
3. CONDIÇÃO DE SUB-AMORTECIMENTO
∆=c2-4mk<0 ⇒ λ1≠λ2 são duas raízes complexas.
imc
mki
mckmi
mckm
mkmc
mc
*4
)4
4(
2)4(
24
2
2
2
2
22
22
ωααα
αλ
±−=−±−=−
±−
=−−
±−=−
±−=
2
2
2
2
444*
mc
mk
mckm
−=−
=ω
ω−α−=λω+α−=λ
i*i*
2
1
)t*cos(Ce)]t*sen(B)t*cos(A[e)t(y tt δ−ω=ω+ω= α−α−
RESUMO:
0''' =++ ymky
mcy ⇒ 0
mk
mc2 =+λ+λ ⇒
m2km4cc
2mk4
mc
mc
2
2
2,1−±−
=−
±−
=λ
m2km4c
m2c
m2km4cc 22
2,1−
±−
=−±−
=λ ⇒
−=β
=α
m2km4c
m2c
2 ⇒ β±α−=λ 2,1
Casos possíveis em função do valor de ∆=c2-4km:
5 Regra de L’Hopital: se
∞∞
=∞→ )t(g
)t(flimt
⇒ )t('g)t('flim
)t(g)t(flim
tt ∞→∞→=
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1. ∆=c2-4km>0 ⇒ c2>4km ⇒ Superamortecimento ⇒ t2
t1
21 ecec)t(y λλ +=
2. ∆=c2-4km=0 ⇒ c2=4km ⇒ Amortecimento Crítico ⇒ ]tcc[e)t(y 21t += α−
3. ∆=c2-4km<0 ⇒ c2<4km ⇒ Subamortecimento ⇒ )]*sen()*cos([)( tBtAety t ωωα += − , com
2
2
4*
mc
mk−=ω
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20
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS NÃO-HOMOGÊNEAS
Uma equação diferencial ordinária não homogênea de 2ª ordem é dada por:
y''+p(x)y'+q(x)y=r(x) com [r(x)≠0]
Definição: uma solução geral da equação diferencial ordinária não homogênea de 2ª ordem em algum intervalo aberto I é do tipo: y(x)=yh(x)+yp(x), onde yh(x)=c1y1(x)+c2y2(x) é a solução geral da parte homogênea da equação diferencial em I e yp(x) é qualquer solução da parte não homogênea da equação diferencial.
A solução particular da equação diferencial não homogênea em I é uma solução obtida a partir de yh(x)+yp(x), quando atribuímos valores às constantes c1 e c2 de yh(x).
Passos para a resolução de problemas com equação diferencial ordinária não homogênea de 2ª ordem:
1. Resolver a equação homogênea [r(x)=0].
2. Encontrar uma yp(x) que satisfaça a equação diferencial ordinária não homogênea de 2ª ordem.
Exemplo: Resolva o seguinte problema de valor inicial:
y''-4y'+3y=10e-2x com y(0)=1, y'(0)=-3
Supondo que y(x)=eλx ⇒ y'(x)=λeλx ⇒ y''(x)= λ2eλx e substituindo y(x), y'(x) e y''(x) na equação y''-4y'+3y = 0 (porção homogênea) tem-se:
λ2eλx-4λeλx+3eλx=0
(λ2-4λ+3) eλx=0
λ2-4λ+3=0 (equação característica)
12224
244
212164
±=±
=±
=−±
=λ ⇒ λ1=1 e λ2=3
para λ1=1: y1(x)=ex
para λ2=3: y2(x)=e3x
então: yh(x)=c1ex+c2e3x
Para obter a solução não-homogênea temos que r(x)=10e-2x ⇒ supondo yp(x)=ce-2x
⇒ yp'(x)=-2ce-2x ⇒ yp''(x)=4ce-2x
substituindo yp(x), yp'(x) e yp''(x) em y''(x)-4y'(x)+3y(x)=10e-2x (solução particular) tem-se:
y''(x)-4y'(x)+3y(x)=10e-2x
4ce-2x+8ce-2x+3ce-2x=10e-2x
4c+8c+3c=10 ⇒ 15c=10 ⇒ 32
1510c == ⇒ x2
p e32)x(y −=
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logo x2x32
x1ph e
32ecec)x(y)x(y)x(y −++=+= ⇒
x2x32
x1 e
34ec3ec)x('y −−+=
como y(0)=1 e )0(2)0(32
01 e
32ecec)0(y −++= ⇒ 1
32cc 21 =++ ⇒
31cc 21 =+ ⇒ 3c1+3c2=1
como y'(0)=-3 e )0(2)0(32
01 e
34ec3ec)0('y −−+= ⇒ 3
34c3c 21 −=−+ ⇒
35c3c 21 −=+ ⇒ 3c1+9c2=-5
Resolvendo o sistema de equações:
3c1+3c2=1
3c1+9c2=-5
Subtraindo a 2ª equação da 1ª tem-se:
3c1+3c2-3c1-9c2=1+5
-6c2=6 ⇒ c2=-1
Como 3c1+3c2=1 ⇒ 3c1+3(-1)=1 ⇒ 3c1-3=1 ⇒ 3c1=4 ⇒ 34c1 =
Então, a solução final é dada pela expressão:
x2x3xph e
32ee
34)x(y)x(y)x(y −+−=+=
OSCILAÇÕES FORÇADAS
Os movimentos livres do sistema massa+mola+amortecimento são governados pela equação:
my''(t)+cy'(t)+ky(t)=0
Se for imposta uma força externa r(t) sobre o corpo, obtém-se os movimentos forçados, com a seguinte equação diferencial:
my''(t)+cy'(t)+ky(t)=r(t)
onde r(t) é a força de excitação.
No caso particular, onde r(t)=F0cos(ωt), para F0>0 e ω>0 obtém-se:
my''(t)+cy'(t)+ky(t)=F0cos(ωt)
A solução geral desta equação consiste em somar a solução da porção homogênea yh(t) com alguma solução específica da porção não-homogênea yp(t).
Derivando yp(t)=acos(ωt)+bsen(ωt) obtemos:
yp'(t)=-ωasen(ωt)+ωbcos(ωt) e yp''(t)=-ω2acos(ωt)-ω2bsen(ωt).
Substituindo yp(t), yp'(t) e yp''(t) em my''(t)+cy'(t)+ky(t)=F0cos(ωt) obtém-se:
m[-ω2acos(ωt)-ω2bsen(ωt)]+c[-ωasen(ωt)+ωbcos(ωt)]+k[acos(ωt)+bsen(ωt)]=F0cos(ωt).
Reagrupando os termos teremos:
[-mω2a+cωb+ka]cos(ωt)+[-mω2b-cωa+kb]sen(ωt)=F0cos(ωt)
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22
Comparando os termos comuns em ambos lados da equação obtemos:
[-mω2b-cωa+kb]=0 e [-mω2a+cωb+ka]=F0
Resolvendo o sistema de equações para determinar as constantes a e b:
-cωa+(k-mω2)b=0
(k-mω2)a+cωb=F0
⇒ 22220 c)mk(cFb
ω+ω−ω
=
⇒ 2222
2
0 c)mk()mk(Faω+ω−
ω−=
fazendo mk
=20ω ⇒ 222220
2
220
0 c)(m)(mFa
ω+ω−ωω−ω
= e 222220
20 c)(mcFb
ω+ω−ωω
=
Então
)sen()(
)cos()()()sen()cos()( 22222
02022222
02
220
0 tcm
cFtcm
mFtbtatyp ωωωω
ωωωωω
ωωωω
+−
+
+−
−=+=
CASO 1: OSCILAÇÕES FORÇADAS NÃO AMORTECIDAS (c=0 e ω≠ω0)
Impondo nas fórmulas anteriores um amortecimento nulo, (c=0) teremos:
)( 220
0
ωω −=m
Fa e 0b = ⇒
)cos()1(
)cos()1(
)cos()1(
)cos()(
)()cos()(
20
20
20
20
20
220
022
0
0
tk
Ft
mkm
F
tm
Ftm
Ftbsentatyp
ω
ωω
ω
ωω
ω
ωωω
ωωω
ωω
−=
−=
=−
=−
=+=
)cos(
1
)cos()cos()(
)cos()()()(2
0
0022
0
00 t
k
FtCtm
FtCtytyty ph ω
ωω
δωωωω
δω
−
+−=−
+−=+=
Fator de Ressonância 2
0
1
1
−
=
ωω
ρ ⇒ )cos()cos()()()( 00 tk
FtCtytyty ph ωρδω +−=+=
Se ω→ω0 ⇒ ρ→∞
O fenômeno da ressonância é uma amplificação da resposta do sistema quando existe a proximidade entre a freqüência natural (ω0) e a freqüência de excitação (ω).
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23
CASO 2: OSCILAÇÕES FORÇADAS NÃO AMORTECIDAS (c=0 e ω=ω0) Neste caso não podemos utilizar as fórmulas anteriores devido à singularidade no denominador pois w=w0 e c=0. Voltando à equação original vamos obter a solução abaixo:
)cos()()('' 002
0 tmFtyty ωω =+
)sen(2
)cos()()()( 00
00 t
mtFtCtytyty ph ωω
δω +−=+=
Pode-se observar que a resposta forçada (yp(t)) tende a crescer conforme o tempo t tende para infinito. BATIMENTO É um fenômeno que ocorre quando a freqüência de excitação se aproxima da freqüência natural, ou seja, ω≈ω0. Neste caso, a solução é dada por:
)(,)]cos()[cos()(
)( 00220
0 ωωωωωω
≠−−
= ttm
Fty
Se as condições iniciais forem y(0)=0 e y’(0)=0 ⇒
−
+
−= ttm
Fty2
sen2
sen)(
2)( 0022
0
0 ωωωωωω
O gráfico vermelho é uma função com freqüência ω e o gráfico marron é uma função com freqüência ω0.
O gráfico vermelho é uma função com freqüência 2
0 ω+ω ,
o marron é uma função com freqüência 2
0 ω−ω e o
gráfico azul é uma função cuja freqüência é uma combinação das outras duas.
CASO 3: OSCILAÇÕES FORÇADAS SUB-AMORTECIDAS ( <0)
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A solução homogênea é dada por )]*sen()*cos([)( tBtAety th ωωα += −
Quando t→∞ a solução yh(t)→0. Passada a fase transiente, o sistema entra em regime estacionário (steady state). Neste caso, a amplitude da resposta forçada será sempre finita, mas pode atingir um valor máximo para algumω , em função do valor do amortecimento c. A resposta forçada é dada pela expressão )cos()( * ηω −= tCty p
onde 22222
02
022*
)()(
ωωωω
cmFbaC
+−=+= e )(
)tan( 220 ωωωη−
==m
cab
A equação diferencial completa é dada por my’’+cy’+ky = F0cos(ωt), e a solução da parte não-homogênea (resposta forçada) é dada por: yp(t)=acos(ωt)+bsen(ωt), onde
2222
2
0 )( ωωωcmk
mkFa+−
−= e 22220 c)mk(
cFbω+ω−
ω= . Para obtermos o ponto de máximo a condição
necessária é a de que a primeira derivada se anule, 0)(*=
ωω
ddC
.
Sabendo que )(* ωC é dado por:
21
222220
2022222
02
0* ])([)(
)(−
+−=+−
= ωωωωωω
ω cmFcm
FC
Derivando e igualando a zero, teremos: 0)(*=
ωω
ddC
⇒ -2ωm2(ω02-ω2)+c2ω=0 ⇒ c2=2m2(ω0
2-ω2)
Se c2>2m2ω02=2mk ⇒ não existe solução real e portanto não existe máximo local da função.
Se c2≤2m2ω02=2mk ⇒ existe solução real e ω=ωmáx onde 2
2202
220
2
máx m2c
m2cm2
−ω=−ω
=ω .
A amplitude correspondente à freqüência máxima é dada por:
220
20*
42)(
cmcmFC máx
−=
ωω
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MÉTODO DOS COEFICIENTES A DETERMINAR
Para se obter uma solução geral de uma equação diferencial não homogênea linear, necessita-se de uma solução para a porção homogênea yh(x) e uma outra para a porção particular yp(x). Um dos métodos para se determinar essa porção particular yp(x) da solução geral y(x) é o MÉTODO DOS COEFICIENTES A DETERMINAR. A vantagem desse método é que ele é muito mais simples e econômico que outros métodos mais gerais, como o da série de potências por exemplo. A desvantagem é que ele somente se aplica a certas equações lineares.
Seja a equação diferencial: y’’(x)+ay’(x)+by(x)=r(x) de coeficientes a e b constantes e r(x) uma função do tipo exponencial, polinomial, cosenoidal, senoidal ou uma soma destas. O método consiste em se imaginar como solução para a parcela não-homogênea yp(x) [y(x)=yh(x)+yp(x)] uma expressão semelhante à r(x), contendo coeficientes incógnitos que são determinados substituindo-se yp(x) e suas derivadas na equação diferencial original [y’’(x)+ay’(x)+by(x)=r(x)].
REGRA BÁSICA: Se r(x) é do tipo de uma das funções da coluna à esquerda da tabela abaixo, escolha a forma para yp(x) correspondente na coluna à direita da mesma tabela, e determine os coeficientes substituindo na equação diferencial dada:
r(x) yp(x) keαx βeαx kxn
(n=0,1,2,3,...) knxn+kn-1xn-1+
kn-2xn-2+...+k1x+k0 ksen(ωx) kcos(ωx)
k1cos(ωx)+k2sen(ωx)
keαxsen(ωx) keαxcos(ωx)
eαx[k1cos(ωx)+k2sen(ωx)]
MODIFICAÇÃO DA REGRA: Se um termo na escolha de yp(x) coincidir com uma solução da porção homogênea da equação diferencial, multiplique sua escolha de yp(x) por x (ou x2, se esta solução corresponder a uma raiz dupla da equação característica da equação homogênea).
REGRA DA SOMA: Se r(x) é uma soma das funções listadas na coluna esquerda da tabela citada, então sua escolha de yp(x) deve ser uma soma das funções correspondentes listadas na coluna direita da mesma tabela.
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26
RESOLUÇÃO DE EQUAÇÕES DIFERENCIAIS EM SÉRIES DE POTÊNCIAS
A solução de equações diferenciais por este método fornece resultados sob a forma de séries de potências. É um processo padronizado que pode ser empregado para resolver equações diferenciais lineares com coeficientes variáveis.
0,0
0,5
1,0
1,5
2,0
2,5
3,0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Seja a seqüência (têrmo geral da série):
21nn =α , tal que 0lim nn
=α∞→
e a série convergente:
Snnnn
n =+++++==∑∑∞
=
∞
=
...1...31
2111
2221
21α
onde ∑=
=k
nk nS
121
é a soma parcial da série, 11 =S ; 41
411 12 +=+= SS ;
91
91
411 23 +=++= SS , ...
Se a série é convergente, o limite das somas parciais será o valor da série, isto é:
SSn kkn
==∞→
∞
=∑ lim11
2
As séries de potências são do tipo:
...)xx(a)xx(a)xx(aa)xx(a 303
202010
0n
n0n +−+−+−+=−∑
∞
=
onde a0,a1,a2,a3,... são constantes e são chamados de coeficientes da série, x0 é uma constante chamada de centro da série e x é a variável. Se x0=0 obtemos uma série de potências de x
...xaxaxaaxa 33
2210
0n
nn ++++=∑
∞
=
Exemplos: Séries de Maclaurin
x11...xxx1x 32
0n
n
−=++++=∑
∞
= (converge se |x|<1, série geométrica)
x3232
1n
n
e...6x
2xx1...
!3x
!2xx1
!nx
=++++=++++=∑∞
= (Taylor)
)cos(...242
1...!4!2
1)!2(
)1( 4242
0
2
xxxxxnx
n
nn
=−+−=−+−=−∑
∞
=
)(...1206
...!5!3)!12(
)1( 5353
0
12
xsenxxxxxxnx
n
nn
=−+−=−+−=+
−∑∞
=
+
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27
TÉCNICA PARA RESOLVER EQUAÇÕES DIFERENCIAIS COM COEFICIENTES VARIÁVEIS: Seja y’’(x)+p(x)y’(x)+q(x)y(x)=0
1. Desenvolver todas as funções dadas [p(x) e q(x)] na forma de série de potências de x
2. Assumir uma solução y(x) na forma de série de potências: ∑∞
==
0n
nnxa)x(y
3. Inserir y(x) na equação diferencial e, em seguida, calcular as derivadas ∑∞
=
−=1n
1nnxna)x('y e
∑∞
=
−−=2n
2nnxa)1n(n)x(''y
4. Agrupar os termos de mesma potência iniciando com o termo constante, depois x1, x2,..., e igualar a soma dos coeficientes de cada termo a zero.
Exemplo: Seja a equação diferencial de 1ª ordem:
y’(x)-y(x)=0
onde p(x)=1 e q(x)=1
Se ∑∞
==
0n
nnxa)x(y ⇒ ∑
∞
=
−=1n
1nnxna)x('y
Substituindo em y’(x)-y(x)=0 ⇒ 0xaxna0n
nn
1n
1nn =− ∑∑
∞
=
∞
=
−
(1a1x0+2a2x1+3a3x2+4a4x3+ ... )-(a0x0+a1x1+a2x2+a3x3+ ...)=0
[a1+2a2x+3a3x2+4a4x3+ ... +nanxn-1+(n+1)an+1xn+...]-[a0+a1x+a2x2+a3x3+ ... +an-1xn-1+anxn+…]=0
(a1-a0)+(2a2-a1)x+(3a3-a2)x2+(4a4-a3)x3+ ... +(nan-an-1)xn-1+[(n+1)an+1-an]xn+…= 0
(a1-a0)=0 ⇒ a1-a0=0 ⇒ a1=a0
(2a2-a1)x=0 ⇒ 2a2-a1=0 ⇒ 2a2-a0=0 ⇒ 2a2=a0 ⇒ 2aa 0
2 =
(3a3-a2)x2=0 ⇒ 3a3-a2=0 ⇒ 3a3=a2 ⇒ 2aa3 0
3 = ⇒ !3
a6aa 00
3 ==
(4a4-a3)x3=0 ⇒ 4a4-a3=0 ⇒ 4a4=a3 ⇒ 6aa4 0
3 = ⇒ !4
a24aa 00
4 ==
...
(nan-an-1)xn-1=0 ⇒ nan-an-1=0 ⇒ nan=an-1 ⇒ )!1n(
ana 0n −= ⇒
!na
)!1n(naa 00
n =−
=
forma geral: !n
aa 0n = , onde a0 é uma constante obtida a partir da condição inicial do problema.
Substituindo os valores dos coeficientes:
++++=++++==∑
∞
=
...!31
!211...
!3!2)( 32
03020
000
xxxaxaxaxaaxaxyn
nn
Lembrando que x32
e...!3
x!2
xx1 =++++ ⇒ y(x)=a0ex
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28
Exemplo: Resolva a equação diferencial y’(x)=2xy(x) por:
1. Por meio de separação de variáveis: y’=2xy
Separando as varáveis em lados opostos: xyy 2'= ⇒ x
dxdyy
21= ⇒ xdxdy
y21
=
integrando ambos os lados: cxdxdyy
+= ∫∫ 21
ln(y)=2∫xdx+c ⇒ cxcxy +=+= 22
22)ln( ⇒ cxy ee +=
2)ln( ⇒ 222 xxcx e'c'ceee)x(y ===
2. Por meio de série de potências: y’=2xy
Fazendo ∑∞
==
0n
nnxa)x(y ⇒ ∑
∞
=
−=1n
1nnxna)x('y e substituindo em y’=2xy:
a1+2a2x+3a3x2+4a4x3+5a5x4+6a6x5+...=2x[a0+a1x+a2x2+a3x3+a4x4+a5x5+...]
a1+2a2x+3a3x2+4a4x3+5a5x4+6a6x5+...=2a0x+2a1x2+2a2x3+2a3x4+2a4x5+2a5x6+...
a1+(2a2-2a0)x+(3a3-2a1)x2+(4a4-2a2)x3+(5a5-2a3)x4+(6a6-2a4)x5+... =0
a1=0
(2a2-2a0)x=0 ⇒ 2a2-2a0=0 ⇒ 2a2=2a0 ⇒ a2=a0
(3a3-2a1)x2=0 ⇒ 3a3-2a1=0 ⇒ 3a3=2a1 ⇒ 11
3 a32
3a2a == como a1=0 ⇒ a3=0
(4a4-2a2)x3=0 ⇒ 4a4-2a2=0 ⇒ 2a4-a2=0 ⇒ 2a4=a2 ⇒ 22
4 a21
2aa == como a2= a0 ⇒ 04 a
21a =
(5a5-2a3)x4=0 ⇒ 5a5-2a3=0 ⇒ 5a5=2a3 ⇒ 33
5 a52
5a2a == como a3=0 ⇒ a5=0
(6a6-2a4)x5=0 ⇒ 6a6-2a4=0 ⇒ ⇒ 3a6=a4 ⇒ 44
6 a31
3aa == como 04 a
21a = ⇒ 006 a
61a
21
31a ==
...
então: y(x)=a0+a1x+a2x2+a3x3+a4x4+a5x5+a6x6+...
∑∞
==
++++=++++=0n
n2
0642
06
04
02
00 !nxa...x
!31x
!21x1a...xa
!31xa
!21xaa)x(y
Como ...!5!4!32
15432
++++++=zzzzzez ⇒ ...
!5)(
!4)(
!3)(
2)(1
5242322222
++++++=xxxxxex
então 2x0
0n
n2
0642
0 ea!n
xa...x!3
1x!2
1x1a)x(y ==
++++= ∑∞
=
FUNÇÕES DE LEGENDRE Seja a seguinte equação diferencial da Física:
(1-x2)y’’(x)-2xy’(x)+n(n+1)y(x)=0 relacionada a problemas de valor de contorno com simetria esférica.
onde n é um número real dado e as soluções y(x) são conhecidas como Funções de Legendre. A equação anterior também pode ser escrita na forma:
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29
[(1-x2)y’(x)]’+n(n+1)y(x)=0
Dividindo a equação (1-x2)y’’(x)-2xy’(x)+n(n+1)y(x)=0 por (1-x2) obtém-se a forma padrão:
y’’(x)+f(x)y’(x)+g(x)y(x)=0
onde 2x1x2)x(f
−−= e 2x1
)1n(n)x(g−+
= .
A existência dos termos y’(x) e y’’(x) implica no cálculo das derivadas de ∑∞
==
0i
iixa)x(y que são:
∑∞
=
−=1i
1iixia)x('y e ∑
∞
=
−−=2i
2iixa)1i(i)x(''y
Substituindo os termos na equação original (1-x2)y’’(x)-2xy’(x)+n(n+1)y(x)=0 obtém-se:
0xa)1n(nxiax2xa)1i(i)x1(0i
ii
1i
1ii
2i
2ii
2 =++−−− ∑∑∑∞
=
∞
=
−∞
=
−
0xa)1n(nxia2xa)1i(ixxa)1i(i0i
ii
1i
ii
2i
2ii
2
2i
2ii =++−−−− ∑∑∑∑
∞
=
∞
=
∞
=
−∞
=
−
0xa)1n(nxia2xa)1i(ixa)1i(i0i
ii
1i
ii
2i
ii
2i
2ii =++−−−− ∑∑∑∑
∞
=
∞
=
∞
=
∞
=
−
0xa)1n(nxa)1n(nxa)1n(nxia2xa2xa)1i(ixa)1i(i2i
ii
221
2i
ii1
2i
ii
2i
2ii =++++++−−−−− ∑∑∑∑
∞
=
∞
=
∞
=
∞
=
−
0xa)1n(nxia2xa)1i(ixa)1i(ixa)1n(nxa)1n(nxa22i
ii
2i
ii
2i
ii
2i
2ii
2211 =++−−−−+++++− ∑∑∑∑
∞
=
∞
=
∞
=
∞
=
−
[ ] 0xa)1n(nxia2xa)1i(ixa)1i(ixa)1n(nxa)]1n(n2[2i
ii
ii
ii
2ii
221 =++−−−−+++++− ∑
∞
=
−
0}xa)]1n(ni2)1i(i[xa)1i(i{xa)1n(nxa)]1n(n2[2i
ii
2ii
221 =++−−−+−+++++− ∑
∞
=
−
0}xa)]1n(ni2ii[xa)1i(i{xa)1n(nxa]2)1n(n[2i
ii
22ii
221 =++−+−+−+++−+ ∑
∞
=
−
0}xa)]1n(nii[xa)1i(i{xa)1n(nxa]2)1n(n[2i
ii
22ii
221 =++−−+−+++−+ ∑
∞
=
−
0}xa)]1i(i)1n(n[xa)1i(i{xa)1n(nxa]2)1n(n[2i
ii
2ii
221 =−−++−+++−+ ∑
∞
=
−
Como resultado final obtém-se uma fórmula de recorrência que fornece os coeficientes de ordem i+2 em função do coeficiente de ordem i, exceto os coeficientes a0 e a1 que são arbitrários:
i2i a)1i)(2i(
)1in)(in(a++++−
−=+ para i=0,1,2,3,...
a0= arbitrário e a1= arbitrário
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30
02 a2
)1n)(n(a +−=
113 a!3
)2n)(1n(a6
)2n)(1n(a +−−=
+−−=
00024 a!4
)3n)(1n)(n)(2n(a24
)3n)(1n)(n)(2n(a2
)1n)(n(12
)3n)(2n(a12
)3n)(2n(a ++−=
++−=
++−=
+−−=
111323 a!5
)4n)(2n)(1n)(3n(a120
)4n)(2n)(1n)(3n(a6
)2n)(1n(20
)4n)(3n(a20
)4n)(3n(a ++−−=
++−−=
+−+−=
+−−=+
Substituindo-se estes coeficientes em ∑∞
==
0n
nnxa)x(y :
...x!4
)3n)(1n(n)2n(x!2
)1n(n1)x(y 421 −
++−+
+−=
...x!5
)4n)(2n)(1n)(3n(x!3
)2n)(1n(x)x(y 532 −
++−−+
+−−=
POLINÔMIOS DE LEGENDRE Em muitos casos, o parâmetro n na Equação de Legendre é um número inteiro não-negativo
(n≥0), então, segue-se que o 2° termo da relação i2i a)1i)(2i(
)1in)(in(a++++−
−=+ é nulo quando i=n e
todos os termos pares, a partir de i=n serão nulos. Então:
se n é par ⇒ y1(x) é um polinômio de grau n
se n é ímpar ⇒ y2(x) é um polinômio de grau n
i2i a)1i)(2i(
)1in)(in(a++++−
−=+
Estes polinômios multiplicados por certas constantes são os Polinômios de Legendre:
∑=
−
−−−
−=N
0i
i2nn
in x
)!i2n()!in(!i2)!i2n2()1()x(P
onde Pn(1)=1 por definição.
Exemplo: Analiticamente, os Polinômios de Legendre são gerados pela relação:
∑=
−
−−
−−=
M
0m
m2nn
mn x
)!m2n()!mn(!m2)!m2n2()1()x(P
onde parnnMm2
0 =≤≤ ou imparnnMm210 −
=≤≤
As expressões dos Polinômios de Legendre de grau menor ou igual a 5 são:
1)x(P0 = , x)x(P1 = , )1x3(21
21x
23)x(P 22
2 −=−= , )x3x5(21x
23x
25)x(P 33
3 −=−= ,
)3x30x35(81
83x
830x
835)x(P 2424
4 +−=+−= e )x15x70x63(81x
815x
870x
863)x(P 3535
5 +−=+−=
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x p0 p1 p2 p3 p4 p5-1,000 1,000 -1,000 1,000 -1,000 1,000 -1,000-0,900 1,000 -0,900 0,715 -0,473 0,208 0,041-0,800 1,000 -0,800 0,460 -0,080 -0,233 0,400-0,700 1,000 -0,700 0,235 0,193 -0,412 0,365-0,600 1,000 -0,600 0,040 0,360 -0,408 0,153-0,500 1,000 -0,500 -0,125 0,438 -0,289 -0,090-0,400 1,000 -0,400 -0,260 0,440 -0,113 -0,271-0,300 1,000 -0,300 -0,365 0,383 0,073 -0,345-0,200 1,000 -0,200 -0,440 0,280 0,232 -0,308-0,100 1,000 -0,100 -0,485 0,148 0,338 -0,1790,000 1,000 0,000 -0,500 0,000 0,375 0,0000,100 1,000 0,100 -0,485 -0,148 0,338 0,1790,200 1,000 0,200 -0,440 -0,280 0,232 0,3080,300 1,000 0,300 -0,365 -0,383 0,073 0,3450,400 1,000 0,400 -0,260 -0,440 -0,113 0,2710,500 1,000 0,500 -0,125 -0,438 -0,289 0,0900,600 1,000 0,600 0,040 -0,360 -0,408 -0,1530,700 1,000 0,700 0,235 -0,193 -0,412 -0,3650,800 1,000 0,800 0,460 0,080 -0,233 -0,4000,900 1,000 0,900 0,715 0,472 0,208 -0,0411,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000 1,000
-1,500
-1,000
-0,500
0,000
0,500
1,000
1,500
-1,00
0-0,
900-0,
800-0,
700-0,
600-0,
500-0,
400-0,
300-0,
200-0,
100
0,000
0,100
0,200
0,300
0,400
0,500
0,600
0,700
0,800
0,900
1,000
p0 p1 p2 p3 p4 p5
ESPAÇO VETORIAL E VETORES
X Y
Z
X1
y2
y1
z2
z1
X2
P Q
Considerando um vetor ar
, definido em um sistema de refência cartesiano em R3, representado pelo segmento de retaorientado PQ , tal que P seja o ponto inicial e Q o ponto final, e (x1,y1,z1) e (x2,y2,z2) sejam as coordenadas de P e Q, respectivamente então, os números ax=x1-x2, ay=y1-y2 e az=z1-z2 são as chamados de componentes do vetor a
r, em relação
ao sistema de referência considerado e a grandeza |a|r
(módulo do vetor ar
) é a distância PQ , que é definida como:
2z
2y
2x aaa|a| ++=
r
ESPAÇO VETORIAL
Um ESPAÇO VETORIAL sobre um campo K é um conjunto não vazio Xr
de elementos ,...y,xrr
(chamados vetores), ou seja ,...}y,x{X
rrr= junto com 2 operações algébricas (adição vetorial e
multiplicação de vetor por escalar, isto é, por elementos de K) tal que as seguintes propriedades (propriedades do espaço vetorial) são observadas:
• xyyxrrrr
+=+
• z)yx()zy(xrrrrrr
++=++
• x0xrrr
=+ ( 0r
= vetor zero)
• 0)x(xrrr
=−+ ( xr
− é o vetor simétrico de xr
)
• x)()x(rr
αβ=βα
• xx rr=⋅1
• yx)yx(rrrr
α+α=+α
• xxx)(rrr
β+α=β+α
NORMA (tamanho do vetor)
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A NORMA DE UM ESPAÇO VETORIAL Xr
é uma função real em Xr
( ℜ|||| x
Xr
ar
), cujo valor para cada Xxrr
∈ é dado por ||x||r
(norma do vetor xr
) com as seguintes propriedades:
• 0||x|| ≥r
• 0x0||x||5 rrr
=⇔= 6
• ||x||||||x||rr
⋅α=α
• ||y||||x||||yx||rrrr
+≤+ (desigualdade triangular)
Produto interno (ou produto escalar)7
Um PRODUTO INTERNO SOBRE O ESPAÇO VETORIAL Xr
é um mapeamento (função ou transformação) de XX
rr⊗ sobre o campo escalar K (Real ou Complexo), isto é, Xz,y,x
rrrr∈∀ e α∈K:
• z,yz,xz,yxrrrrrrr
+=+
• y,xy,xrrrr
α=α
• x,yy,xrrrr
= (conjugado complexo8)
• 0x,x ≥rr
• 0x0x,xrrrr
=⇔=
Exemplos:
1. No 2ℜ , )2,1(a =r
e )4,3(b =r
⇒ 11834231ba =+=⋅+⋅=⋅rr
2. No 3ℜ , )3,2,1(a =r
e )5,4,3(b =r
⇒ 261583534231ba =++=⋅+⋅+⋅=⋅rr
PROBLEMA DE STURM-LIOUVILLE (P.S.L.) Uma equação diferencial que se apresente na forma:
0)x(y)]x(p)x(q[)]'x('y)x(r[ =λ++
é chamada de equação de Sturm-Liouville e suas soluções resultam em vários conjuntos ortogonais importantes. Essa equação é válida para a≤x≤b, onde assume-se a continuidade das funções r(x), y’(x), q(x) e p(x), sendo p(x)>0 ∀x∈[a,b] e λ∈ℜ . Nos pontos extremos x=a e x=b, são impostas as condições de contorno:
k1y(a)+k2y’(a)=0 em x=a
l1y(b)+l2y’(b)=0 em x=b
6 ⇔ = se e somente se 7 Produto escalar: É um número (escalar) representado por θ=• cos|b||a|ba
rrrr onde θ é o ângulo formado entre os vetores ar
e br
.
Produto vetorial: É um terceiro vetor cr
representado por ksenbabacrrrrrr θ||||=×= onde k
ré um vetor unitário perpendicular ao
plano formado pelos vetores ar e br
(regra da mão direita); θ é o ângulo formado entre os vetores ar
e br
. Neste caso, cr
é o vetor cuja norma ( cr ) é igual à área do paralelogramo em que os vetores a
r e b
r são lados adjacentes, cuja direção é perpendicular à direção
dos vetores ar
e br
e é tal que os vetores ar
, br
e cr
, nesta ordem, constituem um terno de vetores de orientação positiva (dextrógira:
regra da mão direita). Se a ordem dos vetores ar
e br
for invertida, o vetor cr
tem seu sentido invertido em 180° ( abc rrr×=− ).
8 se z=a+ib, o complexo conjugado de z é ibaz −=
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com constantes k1 e k2 dadas que nunca podem se anular simultaneamente, e constantes l1 e l2 dadas que também nunca podem se anular simultaneamente.
As equações de Legendre, Bessel e outras podem ser escritas na forma de Sturm-Liouville.
Observação 1: y(x)≡0 para ∀λ∈ℜ sempre será uma solução para qualquer problema do tipo Sturm-Liouville. É a chamada solução trivial que no entanto, não tem qualquer valor prático, sendo em geral descartada. É necessário determinar as soluções não nulas que satisfaçam tanto a equação quanto as condições de contorno. Se existem tais soluções, elas são chamadas de funções características, funções próprias, autofunções ou autovetores e os valores de λ são chamados de valores característicos, valores próprios ou autovalores.
EXEMPLOS: 1. A Equação de Legendre:
(1-x2)y''(x)-2xy'(x)+n(n+1)y(x)=0
pode ser re-escrita na forma:
[(1-x2)y'(x)]’+λy(x)=0,
onde λ=n(n+1), r(x)=(1-x2), q(x)=0 e p(x)=1.
2. Ache os autovalores e as autofunções do seguinte problema de Sturm-Liouville:
y''(x)+λy(x)=0, y(0)=0 e y(π)=0
Observação importante: Embora a equação y''(x)+λy(x)=0 se pareça com a equação
0)x(ymk)x(''y =+ (sistema massa+mola), as técnicas de solução são bastante diferentes. Na
equação massa+mola os coeficientes são todos conhecidos, enquanto que na equação de Sturm-Liouville y''(x)+λy(x)=0, o parâmetro λ (autovalor) só será determinado após o processo de solução. Equações diferenciais com condições de contorno constituem o que se chama de problema de valor de contorno.
Solução padrão: Como a equação é de segunda ordem, a forma da solução vai depender da equação característica correspondente, que depende do parâmetro λ. Precisamos portanto, analisar três casos possíveis em função do sinal de λ.
1° CASO: λ<0
Impondo-se que λ=-v2, ∀v∈ℜ (v≠0) e substituindo λ=-v2 em y''(x)+λy(x)=0 tem-se:
y''(x)-v2y(x)=0
Como a equação resultante assume a forma de uma equação diferencial homogênea a solução geral pode ser obtida da seguinte forma:
Supomos y(x)=eαx ⇒ y'(x)=αeαx ⇒ y''(x)=α2eαx
Substituindo y(x) e y''(x) em y''(x)-v2y(x)=0:
α2eαx-v2eαx=0
eαx(α2-v2)=0
α2-v2=0 ⇒ (α+v)(α-v)=0 ⇒ α1=v e α2=-v
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então y1(x)=evx e y2(x)=e-vx e a solução geral é da forma: y(x)= c1y1(x)+c2y2(x)=c1evx+c2e-vx
Como as condições de contorno são y(0)=0 e y(π)=0 tem-se:
y(0)=c1ev0+c2e-v0 ⇒ 0=c1e0+c2e-0 ⇒ 0=c11+c21 ⇒ 0=c1+c2 ⇒ c1=-c2 senh(x*pi)
-15000
-10000
-5000
0
5000
10000
15000
-3,14
-2,83
-2,51
-2,20
-1,88
-1,57
-1,26
-0,94
-0,63
-0,31 0,0
00,3
10,6
30,9
41,2
61,5
71,8
82,2
02,5
12,8
33,1
4
y(π)=c1evπ+c2e-vπ ⇒ 0=c1evπ+c2e-vπ ⇒ 0=c1evπ-c1e-vπ
0=c1(evπ-e-vπ) ⇒
−=
π−π
2eec20
vv
1 =2c1senh(vπ)
Como a função senh(x) só se anula na origem (x=0), a única maneira de satisfazer a condição de contorno é a de termos c1=0 ⇒ c2=-c1=0 e isto recai na solução trivial, que não é a resposta procurada.
2° CASO: λ=0
Vamos agora analisar o caso λ=0.
Substituindo λ=0 em y''(x)+λy(x)=0 tem-se y''(x)=0.
A solução geral é dada por:
y(x)=c1y1(x)+c2y2(x)=c1+c2x
Como as condições de contorno são y(0)=0 e y(π)=0 tem-se:
y(0)=c1+c20=0 ⇒ c1+0=0⇒ c1=0
y(π)=c1+c2π =0⇒ 0+c2π=0 ⇒ c2=0
Como c1=0 e c2=0, obtemos novamente a solução trivial.
3° CASO: λ>0
Vamos agora analisar o caso λ>0. Admitindo que λ=+u2 , ∀u∈ℜ |u≠0 e substituindo λ=+u2 em y''(x)+λy(x)=0 tem-se: y''(x)+u2y(x)=0. Como a equação resultante assume a forma de uma equação diferencial homogênea a solução geral pode ser obtida da seguinte forma:
Supomos que y(x)=eαx ⇒ y'(x)=αeαx ⇒ y''(x)=α2eαx
Substituindo y(x) e y''(x) em y''(x)+u2y(x)=0:
α2eαx+u2eαx=0
eαx(α2+u2)=0 ⇒ α2+u2=0 ⇒ α2=-u2 ⇒ uiuiu ±=±=−±= 222 )(α ⇒ ui=1α e ui−=2α
então y1(x)=eiux e y2(x)=e-iux
e a solução geral é da forma:
y(x)=c1cos(ux)+c2sen(ux)
Como as condições de contorno são y(0)=0 e y(π)=0 tem-se:
y(0)=c1cos(u0)+c2sen(u0) ⇒ 0=c11+c20 ⇒ 0=c1+0 ⇒ c1=0
y(π)=c1cos(uπ)+c2sen(uπ) ⇒ 0=0cos(uπ)+c2sen(uπ) ⇒ 0=0+c2sen(uπ) ⇒ se c2=0 temos a solução trivial.
Se sen(uπ)=0 ⇒ uπ=nπ ⇒ u=n para n=±1,±2,±3,... (n≠0 porque u=0 não interessa)
Neste problema, c2 fica indeterminado e as soluções do problema (autofunções) serão da
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forma: yn(x)=sen(nx), para
n=±1,±2,±3,...
e os autovalores serão: λn=n2, para
n=±1,±2,±3,...
A REALIDADE DOS AUTOVALORES
0)x(y)]x(p)x(q[)]'x('y)x(r[ =λ++
Se p(x), q(x), r(x) e r’(x) são funções reais e contínuas no intervalo a≤x≤b, e p(x)>0 (função peso) neste intervalo, então, todos os autovalores λ do problema de Sturm-Liouville são reais. Os autovalores estão relacionados às grandezas físicas como freqüências de vibração de uma corda, etc...
ORTOGONALIDADE
Funções y1(x), y2(x), ..., ym(x) definidas em algum intervalo a≤x≤b são ditas ortogonais em [a;b] com relação à função p(x)>0 (função peso ou função de ponderação) se:
0dx)x(y)x(y)x(pb
a nm =∫ para m≠n
A norma ||ym(x)|| de ym(x) é definida como:
∫= b
a2mm dx)x(y)x(p||)x(y||
As funções y1(x), y2(x), ..., ym(x) são ditas ortonormais se são ortogonais e tem ||yi(x)||=1 para i=1,2,...,m.
Exemplo: As funções ym(x)=sen(mx) para m=1,2,..., formam um conjunto ortogonal em x∈[-π;π].
y1(x)=sen(x), y2(x)=sen(2x), y3(x)=sen(3x), ...
Demonstração:
Se as funções são ortogonais então 0dx)x(y)x(y)x(pb
a nm =∫ para m≠n
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Neste caso, 0dx)nxsen()mxsen()x(p =∫π
π− para m≠n. Considerando que a função peso é dada por
p(x)=1, segue-se que a ortogonalidade vai implicar que 0dx)nxsen()mxsen( =∫π
π− para m≠n.
Pelas leis da Trigonometria, sabe-se que:
cos(mx+nx)=cos(mx)cos(nx)-sen(mx)sen(nx) ⇒ cos[(m+n)x]=cos(mx)cos(nx)-sen(mx)sen(nx)
⇒ sen(mx)sen(nx)=cos(mx)cos(nx)-cos[(m+n)x] (a)
Sabe-se também que:
cos(mx-nx)=cos(mx)cos(nx)+sen(mx)sen(nx) ⇒ cos[(m-n)x]=cos(mx)cos(nx)+sen(mx)sen(nx)
⇒ sen(mx)sen(nx)=cos[(m-n)x]-cos(mx)cos(nx) (b)
Somando-se então as equações (a) e (b) teremos:
[ ]n)x]cos[(m-n)x]-cos[(m21(nx)sen(mx)sen +=
então:
∫−π
πdxnxsenmxsen )()( }n)x]cos[(mn)x]-cos[(m{
21
∫∫ −−+−=
π
π
π
πdxdx
0}n)x]sen[(m)(
1n)x]-sen[(mn)-(m1{
21
=++
−=−
−
π
π
π
π nm para m≠n
Fica assim demonstrado que as funções ym(x)=sen(mx) para m=1,2,... são ortogonais.
O tamanho da função (norma) é dado por:
∫∫π
π−== dx)mx(sendx)x(y)x(p||)x(y|| 2b
a2mm
Das leis da Trigonometria, sabe-se que:
[ ]cos(2mx)-121(mx)sen2 =
então: [ ] ππ
π
π
π=
−=−=
−−∫ m
mxsenxdxmxxym 2)2(
21)2cos(1
21||)(|| 2
Logo, π=||)(|| xym
As funções π
=)mxsen()x(ym , para m=1,2,3,... formam uma base ortonormal.
TEOREMA DA ORTOGONALIDADE DAS AUTOFUNÇÕES Suponha que as autofunções p(x), q(x), r(x) e r’(x) na equação de Sturm-Liouville:
0)x(y)]x(p)x(q[)]'x('y)x(r[ =λ++
sejam reais, contínuas9 e p(x)>0 em [a;b]. Sejam as autofunções do problema de Sturm-Liouville ym(x) e yn(x) que correspondem a autovalores λm e λn diferentes, respectivamente. Então, as autofunções ym(x) e yn(x) são ortogonais naquele intervalo [a;b] em relação à função p(x) (função peso).
9 Função contínua: )x(f)x(flim 0xx 0
=→
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Exemplo: A equação diferencial y’’(x)+λy(x)=0 é da forma [r(x)y’(x)]’+[q(x)+λp(x)]y(x)=0, onde r(x)=1, q(x)=0 e p(x)=1>0.
Do teorema da ortogonalidade das autofunções tem-se que as autofunções correspondentes a essa equação diferencial são ortogonais em x∈[0;π].
EXPANSÃO EM AUTOFUNÇÕES Por que os conjuntos de autofunções são importantes? Porque nos permitem expressar funções arbitrárias na forma de séries de termos (autofunções) de modo simples, tais como: séries de Fourier, Fourier-Legendre, etc.
Seja {y0(x), y1(x), y2(x), ...} um conjunto ortogonal com relação ao peso p(x)>0. Seja f(x) uma certa função que possa ser representada em termos de ym(x) por uma série convergente:
...)x(ya)x(ya)x(ya)x(ya)x(f 2211000m
mm +++== ∑∞
=
y0(x), y1(x), y2(x), ... são funções ortogonais
expansão ortogonal
série generalizada de Fourier
expansão de autofunções
Suponha que uma função f(x) possa ser expressa a partir de uma expansão em série
∑∞
==
0mmm )x(ya)x(f onde {y0(x), y1(x), y2(x), ...} formam um conjunto ortogonal. Para obter os
coeficientes am da expansão vamos utilizar as propriedades ortogonais das funções ym(x) como segue.
Vamos multiplicar ambos os lados da expansão ∑∞
==
0mmm )x(ya)x(f por p(x) e yi(x):
∑∞
==
0mimmi )x(y)x(y)x(pa)x(y)x(f)x(p
Integrando agora ambos os lados da equação teremos:
∑∫∫ ∑∫∞
=
∞
===
0m
b
a immb
a0m
immb
a i dx)x(y)x(y)x(padx)x(y)x(y)x(padx)x(y)x(f)x(p
...dx)x(y)x(y)x(pa...dx)x(y)x(y)x(padx)x(y)x(y)x(padx)x(y)x(y)x(padx)x(y)x(f)x(p b
a iiib
a i22b
a i11b
a i00b
a i +++++= ∫∫∫∫∫
como os pares são ortogonais, isto é, yi(x)⊥yj(x) quando i≠j, o único termo que não se anula é ∫ dx)x(y)x(y)x(pa iii , ou seja, 0dx)x(y)x(y)x(p)x(y),x(y b
a jiji == ∫ para i≠j, então:
∫∫ = b
a iiib
a i dx)x(y)x(y)x(padx)x(y)x(f)x(p ⇒ ∫∫ = b
a2ii
b
a i dx)x(y)x(padx)x(y)x(f)x(p
como [ ] ∫=b
a2i
2i dx)x(y)x(p||)x(y|| ⇒ [ ]2ii
b
a i ||)x(y||adx)x(y)x(f)x(p =∫ ⇒ 2
i2
i ||)(y||)(),(
||)(y||
)()()(
xxyxf
x
dxxyxfxpa i
b
a ii == ∫
Exemplo: Série de Fourier
Supondo que um problema de Sturm-Liouville [y’’(x)+λy(x)=0] forneceu um conjunto ortogonal dado pela série:
1, cos(x), sen(x), cos(2x), sen(2x), ...
no intervalo x∈[-π,π] com p(x)=1. A expansão ortogonal será dada por:
∑∞
=+=
0nnn )]nxsen(b)nxcos(a[)x(f
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e os coeficientes pelas fórmulas:
∫π
π−π= dx)x(f
21a0 , ∫
π
π−π= dx)nxcos()x(f1an e ∫
π
π−π= dx)nxsen()x(f1bn
Exemplo: Série de Fourier
π<<<<π−−
=x01
0x1)x(f
f(x+2π)=f(x) (período igual a 2π)
00 =a
0)cos()1(1)cos()1(1)cos()(10
0=+−== ∫∫∫ −−
π
π
π
π πππdxnxdxnxdxnxxfan
=
==+−== ∫∫∫ −− ,...8,6,4,20
,...7,5,3,14)()1(1)()1(1)()(1
0
0
n
nndxnxsendxnxsendxnxsenxfbn ππππ
π
π
π
π
++++π
= ...7
)x7sen(5
)x5sen(3
)x3sen()xsen(4)x(f
Exemplo: Série de Fourier-Legendre Os polinômios de Legendre advém da equação de Legendre, (1-x2)y''(x)-2xy'(x)+n(n+1)y(x)=0,
que pode re-escrita na forma auto-adjunta (Sturm-Liouville) [(1-x2)y'(x)]’+λy(x)=0, onde λ=n(n+1), r(x)=(1-x2), q(x)=0 e p(x)=1. Deste modo, os polinômios de Legendre formam uma base ortogonal correspondente a este Problema de Sturm-Liouville e podem ser utilizados
como uma base de funções para a expansão em série de funções, tal como as funções cos(mx) e sen(mx) são utilizadas numa série de Fourier tradicional.
...)x(Pa)x(Pa)x(Pa)x(Pa)x(Pa)x(f 332211000n
nn ++++== ∑∞
=
...x23x
25a
21x
23a)x(a)1(a)x(Pa)x(f 3
32
2100n
nn +
−+
−++== ∑∞
=
Podemos calcular a norma dos polinômios de Legendre através da fórmula
122)()()(||)(|| 2
1
1
21
1
2
+=== ∫∫
−− ndxxPdxxPxpxP nnn , ou seja,
1n22||)x(P|| 2
n +=
Os coeficientes na podem ser obtidos a partir da fórmula ∫−+
== 1
1 n2n
nn dx)x(P)x(f
21n2
||)x(P||)x(P),x(f
a
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TRANSFORMADA DE LAPLACE
A transformada de Laplace é um método de resolução de equações diferenciais lineares em etapas:
1. A equação diferencial é transformada em uma equação algébrica chamada de equação subsidiária,
2. A equação algébrica é resolvida
3. A solução da equação algébrica é transformada, em sentido contrário, de maneira a fornecer a solução da equação diferencial original.
DEFINIÇÃO: Se f(t) é uma função definida para todo t≥0, vamos multiplicar f(t) por e-st e integrar em t de 0 a ∞. A integral resultante será uma função de s
∫∞ −0
stdte)t(f
Se a integral existir, será denominada Transformada de Laplace.
∫∞ −= 0
stdte)t(f)s(F
O integrando f(t)e-st deve convergir para 0 (zero) quando t cresce para infinito.
F(s)=L[f(t)] ⇒ )]t(f[Ldte)t(f)s(F 0st == ∫
∞ −
A função f(t) é chamada de Transformada Inversa de F(s) que é denotada por:
L-1[F(s)]=f(t)
Exemplo: Ache a Transformada de Laplace de f(t)=1 para t>0.
s1
s10
se1
se1lim
se1e
s1dtedte1dte)t(f)s(F 0sstt
0st
0
st0
st0
st0
st =+−=+−
=−=−
====∞→
∞∞−∞ −∞ −∞ − ∫∫∫ para s>0
Formalmente, o limite da função quando t cresce para infinito deve ser analisado da seguinte forma:
011011lim1lim1limlim1]1[ 000
00>=+−=
+−=−=
−===
∞→∞→
−
∞→
−
∞→
∞ − ∫∫ ssesssesese
es
dtedteL ssaa
a
sta
ast
a
a st
a
st
Exemplo: Ache a Transformada de Laplace de f(t)=eat para t≥0 e a≠0 ∞
−
∞−−∞ −−∞ −∞ −∞ −
−−=
−−======= ∫∫∫∫
0t)as(
0
t)as(0
t)as(0
t)sa(0
stat0
statat
e)as(1e
)as(1dtedtedtedtee]e[L)]t(f[L)s(F
)as(1
e)as(1lim
e)as(1
e)as(1lim
e)as(1
e)as(1lim]e[L t)as(t0t)as(t0)as(t)as(t
at
−+
−−=
−+
−−=
−+
−−= −∞→−∞→−−∞→
se s>a ⇒ s-a>0 ⇒ as
1)as(
10)as(
1e)as(
1lim]e[L t)as(t
at
−=
−+−=
−+
−−= −∞→
se s<a ⇒s-a<0⇒
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divergeasasas
easeas
eLttast
at ⇒−
+−∞=−
+−−
=−
+−−
=∞
∞→−∞→ )(1
)(1
)(lim
)(1
)(1lim][ )(
então: as
1]e[L)]t(f[L)s(F at
−=== para s-a>0 ⇒ s>a
TEOREMA DA LINEARIDADE DA TRANSFORMADA DE LAPLACE A Transformada de Laplace é uma operação linear, isto é, sejam f(t) e g(t) funções cujas transformadas existam, com a e b constantes, segue-se que:
L[af(t)+bg(t)]=aL[f(t)]+bL[g(t)] Prova:
∫∫∫∫∫∞ −∞ −∞ −∞ −∞ − +=+=+=+0
st0
st0
st0
st0
st dte)t(gbdte)t(fadte)t(bgdte)t(afdte)]t(bg)t(af[)]t(bg)t(af[L
como ∫∞ −=0
stdte)t(f)]t(f[L e ∫∞ −=0
stdte)t(g)]t(g[L ⇒ L[af(t)+bg(t)]=aL[f(t)]+bL[g(t)]
Exemplo: Sabendo que as
1]e[L at
−= , para s>a, calcule L[cosh(at)].
Por definição sabe-se que: ∫∞ −=0
stdte)t(f)]t(f[L então: ∫∞ −=0
stdte)atcosh()]at[cosh(L
As funções hiperbólicas indicam que 2
ee)xcosh(xx −+
= então:
Utilizando a propriedade de linearidade da Transformada de Laplace o problema se reduziria a:
][21][
21][
21
2)][cosh( atatatat
atat
eLeLeeLeeLatL −−−
+=+=
+=
Sabendo que as
1]e[L at
−= para s>a e
as1]e[L at
+=− , para s>-a⇒
22 ass
as1
as1
21)]at[cosh(L
−=
++
−= para s>a (supondo a>0).
Existência da Transformada de Laplace Definição: Uma função f(t) é dita contínua por partes (piecewise continuous) em um intervalo a≤t≤b, se f(t) está definida no intervalo [a,b] e esse intervalo pode ser subdividido em um número finito de subintervalos, nos quais f(t) é contínua e tem limites finitos quando se aproxima dos extremos.
Função contínua⇒ )x(f)x(flim 0xx 0
=→
Função contínua por partes
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Teorema da existência: Seja f(t) contínua por partes em todo o intervalo finito t≥0 e satisfaça |f(t)|≤Meγt ∀t≥0 para certas constantes M e γ. Logo, a Transformada de Laplace de f(t) existe para todo s>γ.
TRANSFORMADA DA DERIVADA
Suponha que f(t) é contínua para t≥0, satisfaça a condição |f(t)|≤Meγt ∀t≥0 para algum M e γ e tenha derivada f'(t) contínua por partes em qualquer intervalo finito tal que t≥0. Segue-se que a transformada da derivada f'(t) existe para s>γ e:
L[f'(t)]=sL[f(t)]-f(0) para s>γ Prova:
∫∞ −=0
stdte)t('f)]t('f[L (por definição)
Utilizando integração por partes [ ] ∫∫ ′−=′b
a
b
a
b
a
dttgtftgtfdttgtf )()()()()()(
teremos:
)]t(f[sLe
)0(fe
)t(flimdte)t(fse
)t(fdte)s)(t(fe)t(fdte)t('f)]t('f[L 0sstt0st
0st0
st
0
st0
st +−=+=−−==∞→
∞ −∞
∞ −∞−∞ − ∫∫∫
logo: )]([)0()]([)0()]('[ 0 tfsLftfsLeftfL +−=+−= ⇒ )0(f)]t(f[sL)]t('f[L −=
Repetindo o argumento teremos:
)0(')0()]([)}0()]([{)0(')]('[)0(')](''[ 2 fsftfLsftfsLsftfsLftfL −−=−+−=+−== ⇒
)0(')0()]([)](''[ 2 fsftfLstfL −−=
Generalizando: [ ] 1n
1n
2
23n2n1nn
n
n
dt)0(fd...
dt)0(fds
dt)0(dfs)0(fs)t(fLs
dt)t(fdL −
−−−− −−−−−=
Exemplo 1:
Sabendo que f(t)=t2 e L[1]=s, calcule L[f(t)].
f(t)=t2 ⇒ f'(t)=2t e f''(t)=2
então: )]t(f[Ls0)0(s)]t(f[Ls)0('f)0(sf)]t(f[Ls)0('f)]t('f[sL)]t(''f[L 222 =−−=−−=−=
logo: )]([)(''[ 2 tfLstfL = ⇒ 3222
212]1[2]2[)]([ssss
LsLtfL ====
Exemplo 2:
Sabendo que f(t)=cos(ωt) e L[1]=s, calcule L[f''(t)].
f(t)=cos(ωt) ⇒ f'(t)=-ωsen(ωt) e f''(t)=-ω2cos(ωt)
como: )0('f)0(sf)]t(f[Ls)]t(''f[L 2 −−=
então: s)]t[cos(Ls)0()1(s)]t[cos(Ls)0sen()0cos(s)]t[cos(Ls)]tcos([L 2222 −ω=ω+−ω=ωω+ω−ω=ωω−
logo: s)]t[cos(Ls)]tcos([L 22 −ω=ωω− ⇒ s)]t[cos(Ls)]t[cos(L 22 −ω=ωω− ⇒ s)]t[cos(L)]t[cos(Ls 22 =ωω+ω
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s)]t[cos(L)s( 22 =ωω+ ⇒ 22ss)]t[cos(Lω+
=ω
Exemplo:
Seja o seguinte problema de valor inicial: y''(t)+ay'(t)+by(t)=r(t) para y(0)=k0 e y'(0)=k1.
Aplicando a transformada em ambos os lados da equação y''(t)+ay'(t)+by(t)=r(t) teremos:
L[y''(t)+ay'(t)+by(t)]=L[r(t)]
Pela linearidade do operador:
L[y''(t)]+L[ay'(t)]+L[by(t)]=L[r(t)]
L[y''(t)]+aL[y'(t)]+bL[y(t)]=L[r(t)]
Usando L[f'(t)]=sL[f(t)]-f(0) e L[f''(t)]=s2L[f(t)]-sf(0)-f'(0),
s2L[y(t)]-sy(0)-y'(0)+a{sL[y(t)]-y(0)}+bL[y(t)]=L[r(t)]
como y(0)=k0 e y'(0)=k1
s2L[y(t)]-sk0-k1+asL[y(t)]-ak0+bL[y(t)]=L[r(t)]
(s2+as+b)L[y(t)]-(s-a)k0-k1=L[r(t)]
(s2+as+b)L[y(t)]=(s-a)k0+k1+L[r(t)]
bass)]t(r[Lkk)as()]t(y[L 2
10
++++−
= ⇒
++++−
= −
bass)]t(r[Lkk)as(L)t(y 2
101
Exemplo:
Seja o seguinte problema de valor inicial: y''(t)-y(t)=t para y(0)=1 e y'(0)=1.
y''(t)-y(t)=t
L[y''(t)-y(t)]=L[t]
L[y''(t)]-L[y(t)]=L[t]
usando L[f'(t)]=sL[f(t)]-f(0) e L[f''(t)]=s2L[f(t)]-sf(0)-f'(0) ⇒ s2L[y(t)]-sy(0)-y'(0)-L[y(t)]=L[t]
como y(0)=1 e y'(0)=1
s2L[y(t)]-s-1-L[y(t)]=L[t]
s2L[y(t)]-L[y(t)]=s+1+L[t]
(s2-1)L[y(t)]=s+1+L[t]
1s]t[L1s)]t(y[L 2 −
++=
Sabendo-se que 2s1]t[L = ⇒
)1(1
1
11)]([ 22
23
2
2
−++
=−
++=
ssss
ss
styL
)1s(s1
)1s(1
)1s(s1
)1s)(1s(s)1s(s
)1s(s1ss)]t(y[L 22222
2
22
23
−+
−=
−+
−++
=−++
=
Utilizando recursos de frações parciais podemos decompor em frações mais simples que possam ser reconhecidas numa tabela de Transformadas de Laplace:
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)1s(sAs)BA(
)1s(sABsAs
)1s(sBsAAs
)1s(sBs)1s(A
1sB
sA
1s1
s1
)1s(s1
22
2
22
22
22
22
22
22
222222 −−+
=−−+
=−+−
=−+−
=−
+=−
=−
A única forma da expressão )1s(sAs)BA(
)1s(s1
22
2
22 −−+
=−
ser verdadeira é quando (A+B)s2-A=1
⇒ (A+B)=0 e -A=1
⇒ A+B=0 ⇒ A=-B
como A=-1 ⇒ B=1
logo: 1s
1s1
1sB
sA
)1s(s1
222222 −+−=
−+=
−
Retomando a expressão )1(
111)]([ 22 −
+−
=sss
tyL
1
1111)]([ 22 −
+−−
=sss
tyL
Sabendo-se que 1s
1]e[L t
−= , 2s
1]t[L = , 1s
1)]t[senh(L 2 −=
⇒ L[y(t)]=L[et]-L[t]+L[senh(t)]=L [et-t+senh(t)]
Aplicando a transformada inversa em ambos os lados da equação teremos:
L-1{L[y(t)]}=L-1{L[et-t+senh(t)]} ⇒ y(t)= et –t + senh(t)
TRANSFORMADA DE LAPLACE DA INTEGRAL DE UMA FUNÇÃO Teorema da Integração: Se f(t) é contínua por partes e satisfaz uma desigualdade da forma
|f(t)|≤Meγt, ∀t≥0 para certas constantes M e γ, então:
)]([1})({0
tfLs
dfLt
=∫ ττ para s>0 e s>γ
Demonstração:
∫ ττ= t
0d)(f)t(g é contínua e g’(t)=f(t) exceto nos pontos de descontinuidade
então: L[f(t)]=L[g’(t)]=sL[g(t)]-g(0) para s>γ
0d)(f)0(g 0
0=ττ= ∫ ⇒ L[f(t)]=sL[g(t)] ⇒ )]t(f[L
s1)]t(g[L = ⇒ )]t(f[L
s1]d)(f[L t
0=ττ∫
Denotando L[f(t)]=F(s) ⇒
=ττ −− ∫ )]t(f[L
s1L]}d)(f[L{L 1t
01 ⇒
=ττ −∫ s
)s(FLd)(f 1t
0
Aplicação: Seja )s(s
1)]t(f[L 22 ω+= , achar f(t).
Pela tabela de transformadas tem-se: )tsen(1s
1L 221 ω
ω=
ω+
−
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44
Então:
)()]cos(1[1)cos(1)(1)(
11)(
12
02022
122
1 tftwdsenss
Lss
Lt
t=−=−==
+
=
+ ∫−− ω
ωτ
ωτωτ
ωωω
DEFASAGEM EM S
Teorema: “ Se f(t) tem transformada F(s) para s>γ, então eatf(t) tem transformada F(s-a) com s-a>γ ”.
L[f(t)]=F(s) ⇒ L[f(t)eat]=F(s-a) Em resumo, a substituição de s por s-a na transformada corresponde à multiplicação da função original por eat.
PROVA:
∫∞ −=0
stdte)t(f)s(F ⇒ ])([])([)()()(000
)( atstatatsttas etfLdteetfdtetfdtetfasF ====− ∫∫∫∞ −∞ +−∞ −−
Exemplo: Sabendo-se que 22s1)]t[cos(Lω+
=ω , calcule a Transformada de Laplace da função
g(t)=e5tcos(ωt).
220
5
0
55
)5(5)cos()cos()]cos([)]([ω
ωωω+−
−==== ∫∫
∞ −∞ −
ssdteetdteteteLtgL sttsttt
DEFASAGEM EM T
Teorema: “ Se f(t) tem transformada F(s), então a função
>−<
=at)at(fat0
)t(f com a≥0 tem
transformada e-asF(s) “.
-1,20
-1,00
-0,80
-0,60
-0,40
-0,20
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0,00 0,79 1,57 2,36 3,14 3,93 4,71 5,50 6,28 7,07 7,85 8,64
Exemplo:
1s1e)]t(sen[L 2
s
+=π− π−
O gráfico azul representa a função sen(t) e o gráfico vermelho afunção )t(sen π− .
Função degrau unitário (Heaviside)
><
=−at1at0
)at(u
>−<
=−−=at)at(fat0
)at(u)at(f)t(f
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45
-1,20
-1,00
-0,80
-0,60
-0,40
-0,20
0,00
0,20
0,40
0,60
0,80
1,00
1,20
0,00 1,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00
Exemplo:
Se f(t)=cos(t) então )2t(u)2tcos()2t(u)2t(f)t(f −−=−−=
O gráfico azul representa a função cos(t) e o gráfico vermelho afunção cos(t-2)u(t-2).
Teorema da defasagem: “ Se L[f(t)]=F(s) então L[f(t-a)u(t-a)]=e-asF(s). Tomando a
transformada inversa L-1[e-asF(s)]=f(t-a)u(t-a) “. Prova:
∫∫∫∫∞ τ+−∞ τ−−∞ τ−−∞ τ−−− ττ=ττ=ττ=ττ=0
s)a(0
sas0
sas0
sasas d)(fed)(fed)(feed)(fee)s(Fe
se a+τ=t ⇒ τ=t-a ⇒ dτ=dt
∫∫∫∞ −∞ −∞ +−− −−=−==00
)( )()()()()( dtatuatfedtatfedfesFe ts
a
tssaas τττ
logo e-asF(s)=L[f(t-a)u(t-a)]
Exercício 1: Sabendo que s1]1[L = , calcule L[u(t-a)].
ases1)]at(u1[L)]at(u[L −=−=−
Exercício 2: Achar a transformada inversa de 3
s3
se−
, sabendo que 2t
s1L
2
31 =
− .
=
−−−
− s33
13
s31 e
s1L
seL
Lembrando que e-asF(s)=L[f(t-a)u(t-a)] L-1[e-asF(s)]=L-1[L[f(t-a)u(t-a)]]=f(t-a)u(t-a)
)3t(u)3t(fs1eLe
s1L 3
s31s33
1 −−=
=
−−−−
−
−=−−== −
−
)3t(u2
)3t(L)]3t(u)3t(f[Ls1e
se 2
3s3
3
s3
-1,0
4,0
9,0
14,0
19,0
24,0
29,0
34,0
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0
O gráfico azul corresponde à curva
2t2
e o
gráfico vermelho corresponde à curva
)3t(u2
)3t( 2
−−
Função Delta de Dirac10
Em mecânica, a utilização do conceito de impulso de uma força f(t) sobre um intervalo a≤t≤a+k é
definido como ∫+
=ka
ak dttfI )( .
Vamos analisar o comportamento desta integral quando k for muito pequeno (k→0).
10 Utilizada para modelar, matematicamente, um impulso instantâneo.
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+><+≤≤=
katouatkataktfk 0
1)(
1)(11)(0
=−+=== ∫∫+∞
kkak
dtk
dttfIka
akk
)]}ka(t[u)at(u{k1)t(fk +−−−=
ases
atuL −=−1)]([
[ ] { })]([1)(1)]([)()]([)()]([ katuLk
atuLkk
katuLkatuL
kkatuatuLtfL k +−−−=
+−
−
−
=
+−−−
=
]e1[ks
e]eee[ks1]ee[
ks1
se
k1
se
k1)]t(f[L ks
asksasass)ka(as
s)ka(as
k−
−−−−+−−
+−−
−=−=−=−=
No limite quando k→0, teremos:
00]11[
0]1[
0]1[lim)]([lim 0
0=−=−=−=
−−
−−
−
→∞→
ass
asks
as
kkk
ees
eeksetfL ⇒ (indeterminação)
Para resolver essa indeterminação pode-se aplicar a Regra de L´Hôpital:
asska
k
ksas
k
ksas
k
ksas
k
ksas
kk eeeeesesee
ksetfL −+−
→
−−
→
−−
→
−−
→
−−
→=====−= )(
00000limlimlim][lim]1[lim)]([
Assim, a transformada de Laplace das funções fk(t) é dada pela fórmula ask etfL −=)]([ . Por outro
lado, a “função generalizada” ou “distribuição” Delta de Dirac δ(t-a) apresenta a seguinte propriedade: )a(fdt)at()t(f =−δ∫
∞
∞− . Se calcularmos a transformada de Laplace do Delta de Dirac teremos:
asst edteatatL −∞ − =−=− ∫0 )()]([ δδ
Podemos portanto comparar as duas expressões para concluir que a transformada de Laplace do delta de Dirac e o limite da transformada das funções fk(t) nos dá o mesmo resultado, ou seja:
askk
eatLtfL −
∞→=−= )]([)]([lim δ
Exemplo: Determine a resposta do sistema y’’(t)+3y’(t)+2y(t)=δ(t-a) com y(0)=0 e y’(0)=0.
Trata-se de um sistema massa+mola amortecido em repouso, representado por uma equação diferencial de coeficientes constantes, e que, no instante t=a recebe um impulso. Como no instante t=0 ele estava em repouso, y(0)=0 (posição de equilíbrio) e y’(0)=0 (parado).
1° passo:
y’’(t)+3y’(t)+2y(t)=δ(t-a)
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L[y’’(t)+3y’(t)+2y(t)]=L[δ(t-a)]
L[y’’(t)]+3L[y’(t)]+2L[y(t)]=L[δ(t-a)]
Lembrando que L[y’’(t)]=s2y(t)-sy(0)-y’(0), L[y’(t)]=sy(t)-y(0), L[δ(t-a)]= e-as e substituindo em
L[y’’(t)]+3L[y’(t)]+2L[y(t)]=L[δ(t-a)] obtém-se:
{s2L[y(t)]-sy(0)-y’(0)}+3{sL[y(t)]-y(0)}+2L[y(t)]=e-as
como y(0)=0 e y’(0)=0,
s2L[y(t)]+3sL[y(t)]+2L[y(t)]=e-as
[s2+3s+2]L[y(t)]=e-as
Fazendo Y≡Y(s)=L[y(t)]
Y[s2+3s+2]=e-as ⇒ 2s3s
e)s(Y 2
as
++=
−
Y(s)=F(s)e-as ⇒ 2s3s
1)s(F 2 ++=
)1)(2(2)(
)1)(2()2()1(
)1()2()1)(2(1
231)( 2 ++
+++=
+++++
=+
++
=++
=++
=ss
BAsBAsssBsA
sB
sA
sssssF
⇒ (A+B)=0 e A+2B=1
⇒ A+B=0 ⇒ A=-B
A+2B=1 ⇒ -B+2B=1 ⇒ B=1 ⇒ A=-1 ⇒ 1s
12s
1)1s(
1)2s(
1)1s(
B)2s(
A)s(F+
++
−=+
++−
=+
++
=
Da tabela de transformadas de Laplace sabe-se que: as
1]e[L at
−= então:
1s1
2s1)s(F
++
+−= ⇒
+
++
−= −−
1s1
2s1L)]s(F[L 11 ⇒
+
+
+
−= −−
1s1L
2s1L)t(f 11
logo t2ttt211 eeee1s
1L2s
1L)t(f −−−−−− −=+−=
+
+
+
−=
L-1[Y(s)]=L-1[F(s)e-as]=f(t-a)u(t-a)=[e-(t-a)-e-2(t-a)]u(t-a) ⇒
≤≤>−
=−−−−
at00atee)t(y
)at(2)at(
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48
SÉRIE DE FOURIER (FUNÇÕES PERIÓDICAS)
• Uma função é dita periódica quando é definida para todo x∈R e existe algum número p>0 tal que f(x+p)=f(x) para todo x∈R.
Exemplo: sen(x+2π)=sen(x)
• Se p é período de f(x), então np (n=1,2,3,...) também será.
• O período mínimo positivo (p>0) de uma função periódica é chamado de período principal (ou fundamental).
• Se f(x) e g(x) são duas funções com período p, então a função h(x)= a[f(x)]+b[g(x)] também terá período p.
A questão que se apresenta é a de como representar funções periódicas com período p=2π a partir de funções do tipo: {1, sen(x), cos(x), sen(2x), cos(2x), sen(3x), cos(3x), ...}. A função periódica f(x) será representada por uma série infinita de funções trigonométicas, sendo necessário determinar os coeficientes an e bn:
∑∞
=
++=1
0 )]()cos([)(n
nn nxsenbnxaaxf
Seja f(x) uma função periódica de período 2π, f(x)=f(x+2π), representada pela série trigonométrica
∑∞
=++=
1nnn0 )]nxsen(b)nxcos(a[a)x(f
Para obter o coeficiente a0 vamos utilizar a propriedade da ortogonalidade das funções trigonométricas e integrar ambos os lados da expansão acima de -π a +π:
∫ ∑∫π
π−
∞
=
π
π−
++= dx)]nxsen(b)nxcos(a[adx)x(f
1nnn0
∫ ∑∫∫π
π−
∞
=
π
π−
π
π−++= dx)]nxsen(b)nxcos(a[dxadx)x(f
1nnn0
∑ ∫∫∫∞
=
π
π−
π
π−
π
π−++=
1nnn0 dx)]nxsen(b)nxcos(a[dxadx)x(f
∑ ∫ ∫∫∫∞
=
π
π−
π
π−
π
π−
π
π−++=
1nnn0 ]dx)nxsen(bdx)nxcos(a[dxadx)x(f
∑ ∫ ∫∫∫∞
=
π
π−
π
π−
π
π−
π
π−++=
1nnn0 ]dx)nxsen(bdx)nxcos(a[dxadx)x(f
como π=∫π
π−2dx , 0dx)nxcos( =∫
π
π− e 0dx)nxsen( =∫π
π− ⇒ 0a2dx)x(f π=∫π
π− ⇒
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49
π
π
π
2
)(0∫−=
dxxfa
De forma análoga vamos utilizar a propriedade da ortogonalidade das funções seno e coseno para obter o coeficiente a3. Para tanto, devemos multiplicar ambos os lados da equação pela função correspondente ao coeficiente a3 ou seja, a função cos(3x).
co)]nxsen(b)nxcos(a[)x3cos(a)x3cos()]nxsen(b)nxcos(a[a)x3cos()x(f1n
nn01n
nn0 ∑∑∞
=
∞
=++=
++=
Integrando ambos os lados de -π a +π:
∫ ∑∫π
π−
∞
=
π
π−
++= dx)x3cos()]nxsen(b)nxcos(a[)x3cos(adx)x3cos()x(f
1nnn0
∫ ∑∫∫π
π−
∞
=
π
π−
π
π−++= dx)x3cos()]nxsen(b)nxcos(a[dx)x3cos(adx)x3cos()x(f
1nnn0
∫ ∑∫∫π
π−
∞
=
π
π−
π
π−++= dx)x3cos()]nxsen(b)nxcos(a[dx)x3cos(adx)x3cos()x(f
1nnn0
como 0dx)x3cos( =∫π
π− ⇒ 0dx)x3cos(a0 =∫π
π− , então:
Invertendo a posição entre o somatório e a integral, nos termos à direita da expressão:
∑∫∫∞
=
π
π−
π
π−+=
1nnn dx)x3cos()]nxsen(b)nxcos(a[dx)x3cos()x(f
∑ ∫∫∫∞
=
π
π−
π
π−
π
π−+=
1nnn }dx)x3cos()nxsen(bdx)x3cos()nxcos(a{dx)x3cos()x(f
∑ ∫∫∫∞
=
π
π−
π
π−
π
π−+=
1nnn }dx)x3cos()nxsen(bdx)x3cos()nxcos(a{dx)x3cos()x(f
Pela propriedade da ortogonalidade das funções seno e coseno: 0dx)x3cos()nxsen( =∫π
π− ∀n, então:
∑ ∫∫∞
=
π
π−
π
π−=
1nn dx)x3cos()nxcos(adx)x3cos()x(f
Utilizando a identidade trigonométrica:
b)cos(a)cos(2
b)-cos(a2
b)cos(a=+
+ teremos:
23x)-cos(nx
2)x3cos(nx(3x)cos(nx)cos +
+=
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50
∑ ∫∫∑ ∫∫∞
=
π
π−
π
π−
∞
=
π
π−
π
π−
−
++
=
−
++
=1n
n1n
n dx2
)x3nxcos(dx2
)x3nxcos(adx2
)x3nxcos(2
)x3nxcos(adx)x3cos()x(f
[ ]∑ ∫∫∑ ∫∫∫∞
=
π
π−
π
π−
∞
=
π
π−
π
π−
π
π−−++=
−++=
1n
n
1nn dx)x3nxcos(dx)x3nxcos(
2adx)x3nxcos(
21dx)x3nxcos(
21adx)x3cos()x(f
∑ ∫∫∫∞
=
π
π−
π
π−
π
π−−++=
1n
n }dx]x)3ncos[(dx]x)3ncos[({2adx)x3cos()x(f
como 0dx]x)3ncos[( =+∫π
π− para ∀n, 0dx]x)3ncos[( =−∫π
π− para ∀n≠3
e π=−∫π
π−2dx]x)3ncos[( para n=3
∑ ∫∫∞
=
π
π−
π
π−−=
1n
n dx]x)3ncos[(2adx)x3cos()x(f
π=∫π
π−2
2adx)x3cos()x(f 3 ⇒ 3adx)x3cos()x(f1
=π ∫
π
π−
por analogia: ∫π
π−π= dx)nxcos()x(f1an e ∫
π
π−π= dx)nxsen()x(f1bn
Então tem-se:
∫π
π−π= dx)x(f
21a0 Valor médio da função
∫π
π−π= dx)nxcos()x(f1an para n=1,2,3,...
∫π
π−π= dx)nxsen()x(f1bn para n=1,2,3,...
Exemplo: Qual é o “tamanho” do cos(x)?
∫∫∫∫∫ −−−−−+=+=
+==
π
π
π
π
π
π
π
π
π
πdxxdxdxxdxxdxxx )2cos(
21
21)]2cos(1[
21
2)2cos(1)(cos||)cos(|| 22
π−−
π+π−−π=+=+=
π
π−
π
π−
π
π−
π
π− ∫∫ 2)2sen(
2)2sen(
21)]([
21
2)x2sen(
21x
21dx)x2cos(
21dx
21||)xcos(|| 2
ππππππ =+=
+++= )0(
21
2)2(
2)2(
21)(
21||)cos(|| 2 sensenx
||cos(x)||2=π
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51
Exemplo: Calcule a série de Fourier da função f(x)=-4 para -π<x<0 e f(x)=4 para 0<x<π (periódico).
∫π
π−π= dx)x(f
21a0 Valor médio da função
02224
244
214
21)(
21
0
0
0
0
0
0
0 =+−
=+−
=+−==−−−− ∫∫∫∫∫
π
π
π
π
π
π
π
π πππππππxxdxdxdxdxdxxfa
00 =a
∫π
π−π= dx)nxcos()x(f1an para n=1,2,3,...
∫∫∫∫∫π
π−
π
π−
π
π− π+−
π=
π+
π=
π=
0
0
0
0n nxcos(41dx)nxcos(41dx)nxcos()x(f1dx)nxcos()x(f1dx)nxcos()x(f1a
π
π−
π
π− π+
π−
=π
+π−
= ∫∫0
0
0
0n n
)nxsen(4n
)nxsen(4dx)nxcos(4dx)nxcos(4a
−π
+
π+
π−
=
−π
π+
π−−
π−
=n0
n04
n)nsen(
n04
n)0nsen(
n)nsen(4
n)nsen(
n)0nsen(4an
[ ] 0)0(4)0(4004n004an =
π+
π−
=−π
+
+π−
=
0=na
∫π
π−π= dx)nxsen()x(f1bn para n=1,2,3,...
∫∫∫∫∫π
π−
π
π−
π
π− π+−
π=
π+
π=
π=
0
0
0
0n dx)nxsen(41dx)nxsen(41dx)nxsen()x(f1dx)nxsen()x(f1dx)nxsen()x(f1b
π
π
π
π
π
π ππππππ 0
0
0
0
0
0 )cos(4)cos(4)]cos([4)]cos([4)(4)(4nnx
nnx
nnx
nnxdxnxsendxnxsenbn −=
−+
−−=+
−=
−−− ∫∫
]1)1[(n4])1(1[
n4
n1
n)1(4
n)1(
n14
n)0ncos(
n)ncos(4
n)ncos(
n)0ncos(4b nn
nn
n −−π
−−−π
=
−
−π
−
−−
π=
−π
π−
π−−
π=
=
==−−=,...6,4,20
,...5,3,116])1(1[8
n
nnn
b nn ππ
+++π
= ...5
)x5sen(3
)x3sen()xsen(16)x(f
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52
CONVERGÊNCIA E SOMA DA SÉRIE DE FOURIER
Teorema: “Se uma função f(x), periódica com período p=2π, é contínua por partes no intervalo -π≤x≤π e tem derivadas à esquerda e à direita em cada ponto do intervalo [-π,π], então, a série a0+∑[ancos(nx)+bnsen(nx)] de f(x) é convergente. Sua soma é f(x) exceto no ponto x0 em que f(x) é descontínua e a soma da série é a média dos limites à esquerda e à direita de f(x) em x0“.
FUNÇÕES DE PERÍODO p=2L Se uma função f(x), com período p=2L, tem uma série de Fourier, esta será da forma:
∑∞
=
+
+=
10 cos)(
nnn L
xnsenbLxnaaxf ππ
∫−= LL0 dx)x(f
L21a
∫−
π
= L
Ln dxL
xncos)x(fL1a e ∫−
π
= LLn dx
Lxnsen)x(f
L1b f(x) é uma função centrada na origem
Exemplo: Onda quadrada:
<<<<−−<<−
=2x1para01x1parak1x2para0
)x(f
período = 4 ⇒ p=2L=4 ∴ L=2
∑∑∞
=
∞
=
+
+=
+
+=
10
10 22
coscos)(n
nnn
nn xnsenbxnaaLxnsenb
Lxnaaxf ππππ
24100
41)(
21 1
1
2
1
1
1
1
20kkdxdxkdxdxdxxf
La
L
L==
++== ∫∫∫∫∫ −−
−
−−
⇒ 2ka0 =
∫∫ −−
π
=
π
= 22
LLn dxx
2ncos)x(f
21dx
Lxncos)x(f
L1a
∫∫∫∫∫ −−−−
π
=
π
=
π
+
π
+
π
= 11
11
21
11
12n dxx
2ncos
2kdxx
2ncosk
21dxx
2ncos0dxx
2ncoskdxx
2ncos0
21a
−−
=
=
=
−− 22222
2
1
1
1
1
πππ
ππ
ππ
nsennsennkxnsen
nkxnsen
nkan
como sen(-x)=-sen(x)
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53
=
+
=
22
22π
πππ
πnsen
nknsennsen
nkan para n=1,2,3,...
=π
−
=π
=
=
π
π=
,...11,7,3nparank2
,...9,5,1nparank2
,...6,4,2npara0
2nsen
nk2an
∫−
π
= L
Ln dxL
xnsen)x(fL1b
∫∫ −−
π
=
π
= 2
2
L
Ln dxx2
nsen)x(f21dx
Lxnsen)x(f
L1b
∫∫∫∫∫ −−−
−
−
=
=
+
+
=
1
1
1
1
2
1
1
1
1
2 22221
20
220
21 dxxnsenkdxxnksendxxnsendxxnksendxxnsenbn
πππππ
π−−
π
π−=
−
π−
π
π−=
π
π−=
π
−
π=
−−2
ncos2
ncosnk)1(
2ncos1
2ncos
nkx
2ncos
nkx
2ncos
n2
2kb
1
1
1
1
n
como cos(-x)=cos(x)
0)0(nk
2ncos
2ncos
nkbn =
π=
π
−
π
π= ⇒ 0bn =
Então: ∑∑∞
=
∞
=
+=
+
+=
110 2
cos222
cos)(n
nn
nn xnakxnsenbxnaaxf πππ
−
+
−
+=
+= ∑
∞
= 27cos
71
25cos
51
23cos
31
2cos2
22cos12
2)(
1
xxxxkkxnn
kkxfn
πππππ
ππ
FUNÇÕES PARES E ÍMPARES A função g(x) é par se g(-x)=g(x), ou seja, é simétrica em relação ao eixo-y, e ímpar se g(-x)=-g(x); ou seja, é simétrica em relação à origem.
• O produto de uma função par por outra função par resulta em uma função par.
• O produto de uma função par por uma função ímpar resulta em uma função ímpar.
• O produto de uma função ímpar por outra função ímpar resulta em uma função par. Toda função f(x) pode ser escrita como a soma de uma função par P(x) e uma função ímpar I(x), pois:
f(x)=P(x)+I(x)
logo:
f(-x)=P(-x)+I(-x)=P(x)-I(x)
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54
fazendo f(x)+f(-x)=P(x)+I(x)+P(x)-I(x)=2P(x) ⇒ 2
)x(f)x(f)x(P −+=
fazendo f(x)-f(-x)=P(x)+I(x)-P(x)+I(x)=2I(x) ⇒ 2)x(f)x(f)x(I −−
=
Se g(x) é uma função par, então ∫∫ =−
L
0
L
L dx)x(g2dx)x(g
Se h(x) é uma função impar, então 0)( =∫−L
Ldxxh
Então, os coeficientes de Fourier de uma função par g(x) serão dados por:
∫∫∫ ===−
LLL
Ldxxg
Ldxxg
Ldxxg
La
000 )(1)(22)(
21
:
∫∫
π
=
π
=−
L0
LLn dxx
Lncos)x(g
L2dxx
Lncos)x(g
L1a pois g(x) é par e
π x
Lncos é par ⇒
π x
Lncos)x(g (integrando) será par.
0dxxLnsen)x(g
L1b L
Ln =
π
= ∫− pois g(x) é par e
π x
Lnsen é impar ⇒
π x
Lnsen)x(g é impar
Analisando agora o caso de uma função h(x) ímpar, seus coeficientes serão dados por:
0)(21
0 == ∫−L
Ldxxh
La pois h(x) é ímpar e a integral de uma função ímpar no intervalo [-L,L] é
sempre 0 (zero).
0cos)(1=
= ∫−
L
Ln xLnxh
La π
pois h(x) é ímpar e
π x
Lncos é par ⇒
π xLncos)x(g é
ímpar.
∫∫
=
=
−
LL
Ln xLnsenxh
Lx
Lnsenxh
Lb
0)(2)(1 ππ
pois h(x) é ímpar e
π x
Lnsen é impar
⇒
xLnsenxh π)( é par
SÉRIE DE FOURIER DE FUNÇÕES PARES E ÍMPARES
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55
A série de Fourier de uma função par com período p=2L é dada por:
∑∞
=
π
+=1n
n0 Lxncosaa)x(f
∫∫∫ ===−
L
0
L
0
L
L0 dx)x(f
L1dx)x(f
L212dx)x(f
L21a
∫∫
=
=
−
LL
Ln dx
Lxnxf
Ldx
Lxnxf
La
0
cos)(2cos)(1 ππ
0dxL
xnsen)x(fL1b
L
Ln =
π
= ∫−
A série de Fourier de uma função ímpar com período p=2L é dada por:
∑∞
=
π
=1n
n Lxnsenb)x(f
0dx)x(fL21a
L
L0 == ∫
−
0dxL
xncos)x(fL1a
L
Ln =
π
= ∫−
∫∫
=
=
−
LL
Ln dx
Lxnsenxf
Ldx
Lxnsenxf
Lb
0
)(2)(1 ππ
Teorema: “Os coeficientes de Fourier de uma soma de funções periódicas f=f1+f2 são
iguais às somas dos correspondentes coeficientes de f1 e f2”.
Exemplo: f(x) = x + 4 ⇒
+
+= ∑
∞
= Lxnsenb
Lxnaaxf n
nn
ππ1
0 cos)(
Seja f1(x)=x ⇒ f1(x) é ímpar ⇒ ∑∞
=
=
1
)1(1 )(
nn L
xnsenbxf π; 0)1( =oa e 0)1( =na .
e f2(x)=4 ⇒ f2(x) é par ⇒ 4)( )2(02 == axf ; 0)2( =nb ; 4)2(
0 =a e 0)2( =na .
Observação: A série de Fourier de uma função constante f(x)=k é a própria função, ou seja, apenas o coeficiente a0 (média da função) é diferente de zero.
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56
Como a função f(x) é igual à soma das funções f1(x) e f2(x), (f(x)= f1(x) + f2(x)), os coeficientes de
Fourier de f(x) serão iguais à soma dos coeficientes de f1(x) e f2(x) ⇒ 4)2()1( =+= ooo aaa ,
0)2()1( =+= nnn aaa e )1()2()1(
nnnn bbbb =+= .
Teorema: “Os coeficientes de Fourier da função g(x)=c[f(x)] são iguais a c vezes os
coeficientes de f(x)”.
∫−= L
L)x(f
0 dx)x(fL21a
)x(f0
LL
LL
)x(g0 cadx)x(f
L21cdx)x(cf
L21a === ∫∫ −−
∫−
=
L
L
xfn dx
Lxnxf
La πcos)(1)( )()( cos)(1cos)(1 xf
n
L
L
L
L
xgn cadx
Lxnxf
Lcdx
Lxnxcf
La =
=
= ∫∫ −−
ππ
∫−
=
L
L
xfn dx
Lxnsenxf
Lb π)(1)( )()( )(1)(1 xf
n
L
L
L
L
xgn cbdx
Lxnsenxf
Lcdx
Lxnsenxcf
Lb =
=
= ∫∫ −−
ππ
EXPANSÃO EM MEIO PERÍODO
Às vezes precisamos calcular a série de Fourier de funções f(x) dadas em um intervalo 0≤x≤L (p=L).
função original tipo de expansão
expansão par
expansão ímpar
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57
Exercício: Seja
<<−
<<
=
Lx2Lpara
L)xL(k2
2Lx0para
Lkx2
)x(f
Expansão par:
bn=0
∫=L
00 dx)x(f
L1a
∫
π
=L
0n dx
Lxncos)x(f
L2a
∫∫∫∫∫∫∫ −+=−
+=+==L
2L
2
2L
02
L
2L
2L
0
L
2L
2L
0
L
00 dx)xL(
Lk2xdx
Lk2dx
L)xL(k2
L1dx
Lkx2
L1dx)x(f
L1dx)x(f
L1dx)x(f
L1a
2222
22222
2
2
22
2
0
2
2
2
2
2
2
2
020
kxLkx
Lkx
Lkxdx
LkLdx
Lkxdx
Lka
L
L
LL
LL
L
L
L
L
=−+=−+= ∫∫∫
20ka =
∫∫∫
π
+
π
=
π
=L
2L
2L
0
L
0n dx
Lxncos)x(f
L2dx
Lxncos)x(f
L2dx
Lxncos)x(f
L2a
∫∫∫∫
π
−+
π
=
π−
+
π
=L
2L
2L
0
L
2L
2L
0n dx
Lxncos)xL(
Lk2
L2dx
Lxncosx
Lk2
L2dx
Lxncos
L)xL(k2
L2dx
Lxncos
Lkx2
L2a
∫∫∫
π
−
π
+
π
=L
2L
2
L
2L
2L
02n dx
Lxncosx
Lk4dx
Lxncos
Lk4dx
Lxncosx
Lk4a ⇒
−π−
π
π= 1)ncos(
2ncos2
nk4a 22n
para n≠2,6,10,14,... ⇒ an=0
( )[ ] [ ] [ ] 22222222 216222)1(211cos21)2cos(
22cos2
24
ππππ
πππ
πkkkkka −=−−=−−=−−=
−−
=
( )[ ] [ ] [ ] 22222226 31622
92)1(2
9113cos2
3641)6cos(
26cos2
64
ππππ
πππ
πkkkkka −=−−=−−=−−=
−−
=
+
π
+
π
+
π
π−≈ ...
Lx10cos
101
Lx6cos
61
Lx2cos
21k16
2k)x(f 2222
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Expansão ímpar:
a0=0
an=0
∫
π
=L
0n dx
Lxnsen)x(f
L2b
π
π=
2nsen
nk8b 22n ⇒
+
+
−
≈ ...5
513
31
118)( 2222 L
xsenLxsen
Lxsenkxf πππ
π
SÉRIE DE FOURIER COMPLEXA
Seja ∑∑∞
=
∞
=+=++=
0nnn
1nnn0 )]nxsen(b)nxcos(a[)]nxsen(b)nxcos(a[a)x(f com período p=2π.
segundo a fórmula de Euler: eit=cos(t)+isen(t) e e-it=cos(t)-isen(t) (onde 1−=i ).
eit+e-it=cos(t)+isen(t)+cos(t)-isen(t)=2cos(t) ⇒ 2
ee)tcos(itit −+
=
eit-e-it=cos(t)+isen(t)-cos(t)+isen(t)=2isen(t) ⇒ i2ee)tsen(
itit −−=
Então: ∑∑∞
=
−−∞
=
−+
+=+=
00 22)]()cos([)(
n
inxinx
n
inxinx
nn
nn ieebeeanxsenbnxaxf
∑∑∞
=
−∞
=
−−
++
−=
+−+=0n
inxnninxnn
0n
inxninxninxninxn e2
ib2ae
2ib
2ae
2ibe
2ibe
2ae
2a)x(f
Definindo 22nn
nibac −= e
22nn
nibak += obtemos a expressão
[ ]∑∞
=
−++=1
0)(n
inxn
inxn ekeccxf
Introduzindo a notação nn ck −= teremos a expressão:
∑∞
−∞=
=n
inxnecxf )(
onde 2
ib2ac nn
n −= ⇒ 22nn
nnibakc +==− .
com ∫π+
π−
−
π= dxe)x(f
21c inx
n onde ,...3,2,1,0 ±±±=n
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Exemplo: f(x)=ex, para -π≤x<π e p=2π.
−
−−π
=−π
=π
=π
=π
=π
=π−−π−π+
π−
−π+
π−
−π+
π−
−π+
π−
−π+
π−
− ∫∫∫∫ )in1(e
)in1(e
21
)in1(e
21dxe
21dxe
21dxee
21dxe)x(f
21c
))(in1()in1(x)in1(x)in1(inxxinxxinx
n
Utilizando as identidades:
einπ=cos(nπ)+isen(nπ)=(-1)n+i(0)=(-1)n
e-inπ=cos(nπ)-isen(nπ)=(-1)n-i(0)=(-1)n
++
−=
++−−−
=
++−
=−−−
222 11)()1(1
11
2)1()1(1
11
21
ninsenh
ninee
nineeeec n
nninin
n ππππ
ππππππ
Então: ∑∑+∞
∞−
+∞
∞− ++
−π
π=
++
π−π
== inx2
ninx2
nx en1in1)1()senh(e
n1in1)senh()1(1e)x(f
INTEGRAL DE FOURIER Observação: Funções não periódicas não têm série de Fourier
Vamos tomar a função fL(x) com período p=2L e observar o que acontece quando L→∞.
+<<++<<−−<<−
=Lx1para01x1para11xLpara0
)x(fL
Como a função é par ⇒ bn=0
Ldx
Ldx
Ldxxf
Ldxxf
Ldxxf
La
LLL 10111)(1)(1)(1
1
1
01
1
000 =+=+== ∫∫∫∫∫
∫∫∫
+
=
=
LL
n dxLxn
Ldx
Lxndx
Lxnxf
La
1
1
00
cos02cos1cos)(2 πππ
−
=
=
= ∫
Ln
LnLnsen
LLnLxnsen
Ldx
Lxn
Lan ππ
π
π
ππ 022cos2
1
0
1
0
Ln
Lnsen
L2an π
π
= , definindoLn
nπ
=ω ⇒ n
nn
n
n
n
n)sen(
n2)sen(
n2a
ωω
πω
=ωω
ωπ
=
Suponha agora que a função )(xfL é uma função periódica qualquer com período p=2L e vamos obervar o que ocorre com sua série de Fourier quando ∞→L .
∑∞
=
++=1
0 )]()cos([)(n
nnnnL xsenbxaaxf ωω , onde pn
Ln
nππω 2
==
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60
∑ ∫∫∫∞
= −−−
+
+=
1
)()()(1)cos()cos()(1)(21)(
nn
L
LnLn
L
LnL
L
LLL xsendvvsenvf
Lxdvvvf
Ldvvf
Lxf ωωωω
como ∆ω=ωn+1-ωn ⇒ LL
nL
n πππω =−+
=∆)1(
⇒ L1
=πω∆
∑ ∫∫∫∞
= −−−
∆
+∆
+=
1)()()()cos()cos()(1)(
21)(
nn
L
LnLn
L
LnL
L
LLL xsendvvsenvfxdvvvfdvvf
Lxf ωωωωωω
π
Se L→∞ e assumindo que )x(flim)x(f LL ∞→= ⇒ dw
Lw →=∆
π e o somatório tende a uma integral,
isto é, ∫∑∞∞
→00
ωωωπ
ωωπ
dxsendvvsenvfxdvvvfxf ∫ ∫∫∞ ∞
∞−
∞
∞−
+
=0
)()()(1)cos()cos()(1)(
Definindo: ∫∞
∞−
= dvvvfwA )cos()(1)( ωπ e ∫
∞
∞−
= dvvsenvfwB )()(1)( ωπ
[ ] ωωω dxsenwBxwAxf ∫∞
+=0
)()()cos()()(
Esta representação da função f(x) é denominada de Integral de Fourier
Se a função for par ⇒ B(w)=0 e ωω dxwAxf ∫∞
=0
)cos()()(
Se a função for ímpar ⇒ A(w)=0 e ωω dxsenwBxf ∫∞
=0
)()()(
RESUMO:
Função Não-Periódica ⇒ Integral de Fourier
Função Periódica ⇒ Série de Fourier
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Exemplo:
Ache a integral de Fourier da função:
>−<<
=1x e 1xpara0
1|x|para1)x(f
[ ] ωωω dxsenwBxwAxf ∫∞
+=0
)()()cos()()(
−
−=====−−−
∞
∞−∫∫∫ ω
ωωω
πωω
πω
πω
πω
π))1(())1((1)(1)cos(1)cos(11)cos()(1)(
1
1
1
1
1
1
sensenvsendvvdvvdvvvfwA
ωω
πωω
πωω
ωω
πωω
ωω
π)(2)(21)()(1)()(1)( sensensensensensenwA =
=
+=
−
−=
−
+−
=−
====−−−
∞
∞−∫∫∫ ω
ωωω
πωω
πω
πω
πω
π))1(cos())1(cos(1)cos(1)(1)(11)()(1)(
1
1
1
1
1
1
vdvvsendvvsendvvsenvfwB
0)0(1)cos()cos(1)cos()cos(1))1(cos())1(cos(1)( ==
+−
=
−
+−
=
−
+−
=πω
ωωω
πωω
ωω
πωω
ωω
πwB
ωω
ωωπ
ωωωπω
ω dxsendxsenxsenxf ∫∫∞∞
=
+=
00
)cos()(2)(0)cos()(2)(
A partir do teorema de convergência da integral de Fourier e dos valores da função f(x) podemos concluir que:
>
=
<≤
=∫∞
10
14
102
wx)sen(w)cos(
0 xquando
xquando
xquando
d π
π
ωω
Teorema da Convergência: “Se f(x) é contínua por partes em todo o intervalo finito, tem
derivadas à esquerda e à direita em cada ponto e a integral ∫+∞
∞−
dx|)x(f| existe,
então, f(x) pode ser representada por uma integral de Fourier. Nos pontos de descontinuidade, a integral de Fourier converge para a média dos valores dos limites à esquerda e à direita”.
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TRANSFORMADA DE FOURIER
[ ] ωωω dxsenwBxwAxf ∫∞
+=0
)()()cos()()(
∫∞
∞−
= dvvvfwA )cos()(1)( ωπ
∫∞
∞−
= dvvsenvfwB )()(1)( ωπ
ωωωπ
ωωπ
dxsendvvsenvfxdvvvfxf ∫ ∫∫∞ ∞
∞−
∞
∞−
+
=0
)()()(1)cos()cos()(1)(
ωωωωωπ
dxsendvvsenvfxdvvvfxf ∫ ∫∫∞ ∞
∞−
∞
∞−
+
=
0
)()()()cos()cos()(1)(
ωωωωωπ
ddvxsenvsenvfdvxvvfxf ∫ ∫∫∞ ∞
∞−
∞
∞−
+=0
)()()()cos()cos()(1)(
ωωωωωπ
ddvxsenvsenvfxvvfxf ∫ ∫∞ ∞
∞−
+=0
)()()()cos()cos()(1)(
[ ] ωωωωωπ
ddvxsenvsenxvvfxf ∫ ∫∞ ∞
∞−
+=0
)()()cos()cos()(1)(
ωωωπ
ddvvxvfxf ∫ ∫∞
∞−
∞
∞−
−= )cos()(21)(
Aqui utilizamos a propriedade de que a função cos(wx-wv) é par com relação a w.
Por outro lado sendo a função sen(wx-wv) ímpar relativamente a w teremos:
0)()(21)( =
−= ∫ ∫∞
∞−
∞
∞−
ωωωπ
ddvvxsenvfxf
Utilizando agora a fórmula de Euler para variáveis complexas, e somando a integral em coseno
ωωωπ
ddvvxvfxf ∫ ∫∞ ∞
∞−
−=0
)cos()(1)(
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63
com a integral em seno multiplicada pelo número imaginário i, vamos obter a seguinte expressão:
ωπ
ddvevfxf vxiw∫ ∫∞
∞−
∞
∞−
−
= )()(21)(
Esta expressão é conhecida como a Integral de
Fourier Complexa. TRANSFORMADA DE FOURIER
A Transformada de Fourier de f(x) é definida por: dxexff xi∫
∞
∞−
−= ω
πω )(
21)(ˆ
A Transformada Inversa de Fourier de f(x) é definida por: ωωπ
ω defxf xi∫∞
∞−
= )(ˆ21)(
Exemplo: Ache a transformada de Fourier da função
><<<
=ax e 0x0
ax0k)x(f
−
−−
=
−
−−
=−
===−−−−
−∞
∞−
− ∫∫ ωωπωωπωπππω
ωωωωωω
iiek
ie
iek
iekdxkedxexff
aiiaiaxiaxixi 1
22221)(
21)(
0
00
)1(2
)( aieikf ω
πωω −−=
LINEARIDADE DA TRANSFORMADA DE FOURIER
O operador transformada de Fourier )]([)(ˆ xfwf ℑ= é linear, ou seja:
)]([)]([)]()([ xgbxfaxbgxaf ℑ+ℑ=+ℑ
TRANSFORMA DA DERIVADA DE FOURIER
[ ] )]([)()(21)('
21)]('[ xfidxeixfexfdxexfxf xixixi ℑ=
+==ℑ ∫∫∞
∞−
−∞+
∞−−
∞
∞−
− ωωππ
ωωω
)]([)]([)()]([ 22 xfxfixf ℑ−=ℑ=′′ℑ ωω
)]([)]([)()]([ )( xfixfixf nnnn ℑ=ℑ=ℑ ωω
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64
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS – E.D.P.
• Uma equação diferencial parcial é uma equação diferencial envolvendo derivadas parciais de uma função incógnita que depende de 2 ou mais variáveis. Exemplo: u(x,y), v(x,t).
• A ordem da mais alta derivada é a ordem da equação.
• Uma equação diferencial parcial é linear quando é do 1° grau na variável dependente (função incógnita) e suas derivadas.
• Se todos os termos da equação diferencial parcial contém a variável dependente ou uma de suas derivadas, a equação é dita homogênea, ou seja, não possui termo independente.
• De modo geral, as equações diferenciais parciais possuem infinitas soluções. A unicidade da solução será obtida ao se aplicar as condições de contorno (na fronteira) e as condições iniciais (em t=0) [Problema bem posto].
Teorema: Superposição e Linearidade Se u1 e u2 são soluções de uma equação diferencial parcial homogênea e linear em uma região R, então u=c1u1+c2u2, para c1 e c2 constantes também é solução.
CLASSIFICAÇÃO DAS EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PARCIAIS DE 2ª ORDEM
Uma equação diferencial parcial de 2ª ordem pode ser escrita da seguinte forma:
0g)y,x(fuy
)y,x(uex
)y,x(udy
)y,x(ucyx
)y,x(ubx
)y,x(ua 2
22
2
2
=++∂
∂+
∂∂
+∂
∂+
∂∂∂
+∂
∂
onde a, b, c, d, e e f podem ser variáveis independentes em x e y.
É usual classificar as equações diferenciais parciais de 2ª ordem como segue:
∆=b2-4ac<0 ⇒ elíptica ⇒ 0y
)y,x(ux
)y,x(u2
2
2
2
=∂
∂+
∂∂ ⇒ Equação de Laplace
∆=b2-4ac=0 ⇒ parabólica ⇒ 0t
)t,x(ux
)t,x(uc 2
22 =
∂∂
−∂
∂ ⇒ Equação do Calor
∆=b2-4ac>0 ⇒ hiperbólica ⇒ 0t
)t,x(ux
)t,x(uc 2
2
2
22 =
∂∂
−∂
∂ ⇒ Equação da Onda
EQUAÇÃO DA ONDA (corda vibrante) Vibrações transversais de uma corda elástica, por exemplo, uma corda de violão.
Hipóteses simplificadoras:
1. a massa da corda, por unidade de comprimento, é constante.
2. a força gravitacional é desprezível, quando comparadas com as forças de tensão a que está submetida a corda.
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65
3. a corda desloca-se com pequenos movimentos transversais no plano vertical.
Na direção y=u(x,t):
2
2
12),()sen(T-)sen(T
ttxux
∂∂
∆= ραβ
Na direção x:
0)cos(T)cos(T- 21 =+ βα
cteT === )cos(T)cos(T 21 βα
Dividindo a equação na direção vertical por T1cos(α) teremos:
)cos(Tt
)t,x(ux
)cos(T)sen(T
)cos(T)sen(T
1
2
2
1
2
1
1
α∂
∂∆ρ
=αβ
+αα−
como cteT === )cos(T)cos(T 21 βα ⇒
⇒ Tttxux
TsenT
TsenT 2
2
2
2
1
1
),(
)cos()(
)cos()( ∂
∂∆
=+− ρ
ββ
αα
⇒ 2
2 ),()tan()tan(ttxu
Tx
∂∂∆
=+− ρβα
lembrando que xx
txu
∂∂
=),()tan(α e
xxxtxu
∆+
∂∂
=),()tan(β
⇒ 2
2 ),(),(),(ttxu
Tx
xtxu
xtxu
xxx ∂∂∆
=
∂∂
−
∂∂
∆+
ρ
⇒ 2
2 ),(),(),(ttxu
Tx
xtxu
xtxxu
∂∂∆
=∂
∂−
∂∆+∂ ρ
2
2 ),(),(),(1ttxu
Txtxu
xtxxu
x ∂∂
=
∂∂
−∂∆+∂
∆ρ
Definindo ρ
=Tc2 ⇒ 2
2 ),(),(),(1ttxu
Txtxu
xtxxu
x ∂∂
=
∂∂
−∂∆+∂
∆ρ
Fazendo ∆x→0 ⇒ 2
2
2
22 ),(),(
ttxu
xtxuc
∂∂
=∂
∂ ou 2
22
2
2 ),(),(xtxuc
ttxu
∂∂
=∂
∂
Esta é a chamada “equação uni-dimensional da onda”.
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66
Para determinar solução para a equação da onda (ou “corda vibrante”) 2
2
2
22
t)t,x(u
x)t,x(uc
∂∂
=∂
∂
precisamos suplementar a equação com as seguintes condições de contorno: 00 =),( tu e
0=),( tLu e as seguintes condições iniciais: )(),( xfxu =0 e )(),( xgtxu
=∂
∂ 0.
Solução padrão: 1° passo: separação de variáveis
u(x,t)=F(x)G(t) ⇒
)t(G)x('Fx
)t,x(u=
∂∂ e )t('G)x(F
t)t,x(u=
∂∂
)t(G)x(''Fx
)t,x(u2
2
=∂
∂ e )t(''G)x(Ft
)t,x(u2
2
=∂
∂
como 2
2
2
22
t)t,x(u
x)t,x(uc
∂∂
=∂
∂ ⇒ c2F''(x)G(t)=F(x)G''(t) ⇒ )t(Gc)t(''G
)x(F)x(''F
2=
A única forma dessa expressão ser verdadeira, para qualquer x e t, é K)t(Gc)t(''G
)x(F)x(''F
2 == , onde K é
a constante de separação.
Da expressão K)t(Gc)t(''G
)x(F)x(''F
2 == depreende-se que:
K)x(F)x(''F= ⇒ F''(x)=KF(x) ⇒ F''(x)-KF(x)=0
K)t(Gc)t(''G
2 = ⇒ G''(t)=Kc2G(t) ⇒ G''(t)-Kc2G(t)=0
2° passo: solução de F''(x)-KF(x)=0
satisfação das condições de contorno
u(x,t)=F(x)G(t)
u(0,t)=0 ⇒ F(0)G(t) =0 ⇒ F(0)=0, ∀t.
u(L,t)=0 ⇒ F(L)G(t) =0 ⇒ F(L)=0, ∀t.
Sendo a equação diferencial em x de segunda ordem F''(x)-KF(x)=0, é necessário analisar três diferentes possibilidades dependendo do sinal da constante de separação K.
i) Para 0>K , podemos admitir que 02 ≠ℜ∈= µµµ ,,K .
00 2 =−′′⇒=−′′ )()()()( xFxFxKFxF µ
a solução da homogênea é dada por: xx BeAexF µµ −+=)(
Com as condições de contorno F(0)=0, ∀t e F(L)=0, ∀t tem-se:
BABABeAeF −=⇒=+⇒=+= − 000 00 µµ)(
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67
0202
200 =−⇒=+
−⇒=+−⇒=+=−
−− )()()( LBsenhBeeBBeBeBeAeLFLL
LLLL µµµ
µµµµ
Como 0000000 ≡=⇒≡⇒=⇒=⇒≠≠≠ )()(),()()(,, tGxFtxuxFABLsenhL µµ
ii) para 0=K
BAxxFxFxKFxF +=⇒=′′⇒=−′′ )()()()( 00
A solução da homogênea: BAxxF +=)(
Impondo as condições de contorno F(0)=0 e F(L)=0, tem-se:
0000 =⇒=+= BBAF .)(
00 =⇒== ALALF .)(
Como 0000 ≡=⇒≡⇒==+= )()(),()(,,)( tGxFtxuxFBABAxxF
iii) Para 0<K , podemos admitir que 02 ≠ℜ∈−= pppK ,, .
00 2 =+′′⇒=−′′ )()()()( xFpxFxKFxF
a solução da homogênea é dada por: )()cos()( pxBsenpxAxF +=
Com as condições de contorno F(0)=0, ∀t e F(L)=0, ∀t tem-se:
0000000 =⇒=+⇒=+= ABABsenAF .)()cos()(
,...,,)()()( 32100 ==⇒=⇒=⇒== nLnpnpLpLsenpLBsenLF ππ
então, 2
2
LnpK
π
−=−= e
π
= xLnsenB)x(F nn , para n=1,2,3,...
3° passo: solução de G''(t)-Kc2G(t)=0
como K)t(Gc)t(''G
)x(F)x(''F
2 == e 2
LnK
π
−=
0)t(GcLn)t(''G 2
2
=
π
−−
0)t(GL
cn)t(''G2
=
π
+
Definindo L
cnn
π=λ ⇒ G''(t)+λn
2G(t)=0
A solução da homogênea será: Gn(t)=Cncos(λnt)+Dnsen(λnt)
como u(x,t)=F(x)G(t) ⇒ un(x,t)=Fn(x)Gn(t) ⇒ )]tsen(D)tcos(C[xLnsenB)t,x(u nnnnnn λ+λ
π
=
+= xLnsentsenFtEtxu nnnnnπλλ )]()cos(),( , para n=1,2,3,... , En=BnCn e Fn=BnDn
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68
Pelo princípio da linearidade e da superposição:
∑∑∞
=
∞
=
λ+λ
π
==1n
nnnn1n
n )]tsen(F)tcos(E[xLnsen)t,x(u)t,x(u
4° passo: Satisfazendo as condições iniciais
1ª condição inicial, u(x,0)=f(x):
)()]()cos([),( xfxLnsenEsenFEx
Lnsenxu
nn
nnnnnn =
=+
= ∑∑
∞
=
∞
= 11000 πλλπ
Sendo nE coeficientes da série de Fourier,
∫
π
= L
0n dxxLnsen)x(f
L2E
2ª condição de inicial:
)(),(xg
txun =
∂∂ 0
)()]cos()([),( xgxLnsentFtsenE
ttxu
nnnnnn =
+−=
∂∂ ∑
∞
=1
πλλλ
∑∑∞
=
∞
=
+−=
+−=
∂∂
11
00000n
nnnn
nnnnn xLnsenFsenEx
LnsenFsenE
txu πλπλλλ )]cos()([)]cos()([),(
)()]()([),( xgxLnsenFx
LnsenFx
LnsenFE
txu
nnn
nnn
nnnn =
=
=
+−=
∂∂ ∑∑∑
∞
=
∞
=
∞
= 111
100 πλπλπλ
como ∑∞
=
1nnn x
LnsenF πλ é uma série de Fourier
∫
=
L
nn dxxLnsenxg
LF
0
2 πλ )( ⇒ ∫
=
L
nn dxx
Lnsenxg
LF
0
2 πλ
)(
EQUAÇÃO DA CORDA VIBRANTE
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69
Solução: ∑∑∞
=
∞
=
+==
11 nnnnn
nn x
LnsentsenFtEtxutxu πλλ )]()cos([),(),(
As funções un(x,t) são as autofunções ou funções características e os valores λn são os autovalores ou valores característicos da corda vibrante. O conjunto dos autovalores {λ1, λ2, λ3, ... , λn} é denominado espectro.
DISCUSSÃO DAS AUTOFUNÇÕES
Cada un(x,t) representa um movimento harmônico (oscilatório) com freqüência L2
cn2
n =πλ
ciclos/unidade de tempo (ou Hertz = Hz). Este movimento é o n-ésimo modo normal da corda. O 1° modo normal é o modo fundamental, com n=1, e os outros são os modos ou harmônicos
superiores (overtunes). Considerando que 0xLnsen =
π , em
nL)1n(,...,
nL3,
nL2,
nLx −
= , o modo
normal n tem (n-1) nós; isto é, pontos fixos internos:
n=1 n=2 n=3
A afinação (tuning) é feita mudando-se a tensão T, como se observa na fórmula:
T↑⇒λn↑
ρ↑⇒λn↓ L2nT
L2cn
2n
ρ==
πλ ⇒
L↑⇒λn↓
EQUAÇÃO DO CALOR
A equação do calor é dada por t
)t,x(u)t,x(uc 22
∂∂
=∇ 11 ou t
)t,x(uz
)t,x(uy
)t,x(ux
)t,x(uc 2
2
2
2
2
22
∂∂
=
∂
∂+
∂∂
+∂
∂ ,
onde σρkc =2 é a difusibilidade térmica, k é a condutividade térmica, σ é o calor específico e ρ é
a massa específica do material.
Vamos considerar a temperatura em uma barra longa com seção transversal constante, feita de um material homogêneo, orientada ao longo do eixo-x e isolada lateralmente, de modo que o fluxo de calor só se dê na direção x. Segue-se que:
0y
)t,x(u2
2
=∂
∂ e 0z
)t,x(u2
2
=∂
∂ ⇒ t
)t,x(ux
)t,x(uc 2
22
∂∂
=∂
∂
Vamos, ainda, considerar as seguintes condições de contorno:
11
2
2
2
2
2
22
z)t,x(u
y)t,x(u
x)t,x(u)t,x(u
∂∂
+∂
∂+
∂∂
=∇
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70
u(0,t)=0 e u(L,t)=0
e a seguinte condição inicial:
u(x,0)=f(x)
Solução padrão: 1° passo: separação de variáveis
u(x,t)=F(x)G(t) ⇒
)t(G)x('Fx
)t,x(u=
∂∂ e )t('G)x(F
t)t,x(u=
∂∂
)t(G)x(''Fx
)t,x(u2
2
=∂
∂
como t)t,x(u
x)t,x(uc 2
22
∂∂
=∂
∂ ⇒ c2F''(x)G(t)=F(x)G'(t) ⇒
)t(Gc)t('G
)x(F)x(''F
2=
A única forma dessa expressão ser verdadeira, para qualquer x e t, é K)t(Gc
)t('G)x(F)x(''F
2 == , onde K é
a constante de separação.
Da expressão K)t(Gc
)t('G)x(F)x(''F
2 == depreende-se que:
K)x(F)x(''F= ⇒ F''(x)=KF(x) ⇒ F''(x)-KF(x)=0
K)t(Gc
)t('G2 = ⇒ G'(t)=Kc2G(t) ⇒ G'(t)-Kc2G(t)=0
2° passo: solução de F''(x)-KF(x)=0
satisfação das condições de contorno
u(x,t)=F(x)G(t)
u(0,t)=F(0)G(t) e u(0,t)=0 ⇒ F(0)=0 ∀t
u(L,t)=F(L)G(t) e u(L,t)=0 ⇒ F(L)=0 ∀t
F''(x)-KF(x)=0
i) Para 0>K , podemos admitir que 02 ≠ℜ∈= µµµ ,,K .
00 2 =−′′⇒=−′′ )()()()( xFxFxKFxF µ
a solução da homogênea é dada por: xx BeAexF µµ −+=)(
Com as condições de contorno F(0)=0, ∀t e F(L)=0, ∀t tem-se:
BABABeAeF −=⇒=+⇒=+= − 000 00 µµ)(
0202
200 =−⇒=+
−⇒=+−⇒=+=−
−− )()()( LBsenhBeeBBeBeBeAeLFLL
LLLL µµµ
µµµµ
Como 0000000 ≡=⇒≡⇒=⇒=⇒≠≠≠ )()(),()()(,, tGxFtxuxFABLsenhL µµ
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71
ii) para 0=K
BAxxFxFxKFxF +=⇒=′′⇒=−′′ )()()()( 00
A solução da homogênea: BAxxF +=)(
Impondo as condições de contorno F(0)=0 e F(L)=0, tem-se:
0000 =⇒=+= BBAF .)(
00 =⇒== ALALF .)(
Como 0000 ≡=⇒≡⇒==+= )()(),()(,,)( tGxFtxuxFBABAxxF
iii) Para 0<K , podemos admitir que 02 ≠ℜ∈−= pppK ,, .
00 2 =+′′⇒=−′′ )()()()( xFpxFxKFxF
a solução da homogênea é dada por: )()cos()( pxBsenpxAxF +=
Com as condições de contorno F(0)=0, ∀t e F(L)=0, ∀t tem-se:
0000000 =⇒=+⇒=+= ABABsenAF .)()cos()(
,...,,)()()( 32100 ==⇒=⇒=⇒== nLnpnpLpLsenpLBsenLF ππ
então, 2
2
LnpK
π
−=−= e
π
= xLnsenB)x(F nn , para n=1,2,3,...
3° passo: solução de G'(t)-Kc2G(t)=0
como K)t(Gc
)t('G)x(F)x(''F
2 == e 2
LnK
π
−=
0)t(GcLn)t('G 2
2
=
π
−−
0)t(GL
cn)t('G2
=
π
+
para L
cnn
π=λ ⇒ G'(t)+λn
2G(t)=0
solução geral da homogênea de 1ª ordem: t2
Ce)t(G λ−= ⇒ tnn
2neC)t(G λ−=
como u(x,t)=F(x)G(t) ⇒ un(x,t)=Fn(x)Gn(t) ⇒ tnnn
2neCx
LnsenB)t,x(u λ−
π
=
π
= λ− xLnseneD)t,x(u t
nn2n , para n=1,2,3,... , Dn=BnCn
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Pelo princípio da linearidade e da superposição:
∑∑∞
=
λ−∞
=
π
==1n
tn
1nn x
LnseneD)t,x(u)t,x(u
2n
4° passo: Imposição da condição inicial e verificação de u(x,t)
Condição de inicial: u(x,0)=f(x)
)(),(),( xfxLnsenDx
LnseneDxuxu
nn
nn
nn
n =
=
== ∑∑∑
∞
=
∞
=
−∞
= 11
0
1
2
00 ππλ
Sendo ∑∞
=
=
1nn x
LnsenDxf π)( uma série de Fourier, seu coeficiente será dado pela
expressão:
∫
π
= L
0n dxxLnsen)x(f
L2D
A solução da equação uni-direcional do calor será dada pela expressão abaixo:
∑∑∞
=
λ−∞
=
π
==1n
tn
1nn x
LnseneD)t,x(u)t,x(u
2n
Podemos verificar que as condições de contorno são satisfeitas por esta expressão pois:
000000111
22
==
=⇒= ∑∑∑
∞
=
−∞
=
−∞
= n
tn
n
tn
nn seneD
LnseneDtutu nn )(),(),( λλ π
00111
22
==
=⇒= ∑∑∑
∞
=
−∞
=
−∞
= n
tn
n
tn
nn nseneDL
LnseneDtLutLu nn )(),(),( ππ λλ
Além disso a solução tende assintoticamente para zero quando o tempo t cresce para infinito, o que significa que a temperatura da barra tende a se anular de forma homogênea, já que seus extremos estão permanentemente submetidos a uma temperatura nula.
Matematicamente temos que 0)t,x(ulimt
=∞→
porque 0e t2n →λ−
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73
011
2
=
== ∑∑
∞
=
−
∞→
∞
=∞→∞→ n
tntn
nttx
LnseneDtxutxu nπλlim),(lim),(lim
EQUAÇÃO DO CALOR EM 2 DIMENSÕES E PERMANENTE A equação do calor em 2 dimensões é dada por:
∂
∂+
∂∂
=∇=∂
∂2
2
2
2222
y)t,y,x(u
x)t,y,x(uc)t,y,x(uc
t)t,y,x(u
Se o fluxo de calor for permanente, isto é, 0t
)t,y,x(u=
∂∂ , então a equação do calor se transforma
na equação de Laplace, onde ∇2u(x,y,t)=0, ou seja 0y
)t,y,x(ux
)t,y,x(u)t,y,x(u 2
2
2
22 =
∂∂
+∂
∂=∇ .
Neste caso, o problema de calor, consiste desta equação 0y
)t,y,x(ux
)t,y,x(u)t,y,x(u 2
2
2
22 =
∂∂
+∂
∂=∇ , que
deve valer em uma região R do plano xy, e de condições de contorno na fronteira C da região R, resultando em um problema de valor de contorno (PVC).
Dirichlet Neumann Misto
PROBLEMA DE DIRICHLET NO PLANO
u(0,y)=0 y∈(0,b)
u(a,y)=0 y∈(0,b)
u(x,0)=0 x∈(0,a)
u(x,b)=f(x) x∈(0,a)
Separando as variáveis:
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74
u(x,y)=F(x)G(y)
0y
)y,x(ux
)y,x(u2
2
2
2
=∂
∂+
∂∂ ⇒ F''(x)G(y)+F(x)G''(y)=0 ⇒ F''(x)G(y)=-F(x)G''(y) ⇒ k
)y(G)y(''G
)x(F)x(''F
−=−=
k)y(G)y(''G
)x(F)x(''F
−=−= ⇒
=−=+
0)y(kG)y(''G0)x(kF)x(''F
As condições de contorno laterais são:
u(0,y)=0 ⇒ F(0)G(y)=0 ⇒ F(0)=0
u(a,y)=0 ⇒ F(a)G(y)=0 ⇒ F(a)=0
A equação a ser resolvida é dada por F''(x)+kF(x)=0 com condições de contorno, F(0)=F(a)=0.
i) Para 0>K , podemos admitir que 02 ≠ℜ∈= µµµ ,,K .
00 2 =−′′⇒=−′′ )()()()( xFxFxKFxF µ
a solução da homogênea é dada por: xx BeAexF µµ −+=)(
Com as condições de contorno F(0)=0 e F(a)=0, tem-se:
BABABeAeF −=⇒=+⇒=+= − 000 00 µµ)(
0202
200 =−⇒=+
−⇒=+−⇒=+=−
−− )()()( aBsenhBeeBBeBeBeAeaFaa
aaaa µµµ
µµµµ
Como 0000000 ≡=⇒≡⇒=⇒=⇒≠≠≠ )()(),()()(,, yGxFyxuxFABasenha µµ
ii) para 0=K
BAxxFxFxKFxF +=⇒=′′⇒=−′′ )()()()( 00
A solução da homogênea: BAxxF +=)(
Impondo as condições de contorno F(0)=0 e F(a)=0, tem-se:
0000 =⇒=+= BBAF .)(
00 =⇒== AaAaF .)(
Como 0000 ≡=⇒≡⇒==+= )()(),()(,,)( yGxFyxuxFBABAxxF
iii) Para 0<K , podemos admitir que 02 ≠ℜ∈−= pppK ,, .
00 2 =+′′⇒=−′′ )()()()( xFpxFxKFxF
a solução da homogênea é dada por: )()cos()( pxBsenpxAxF +=
Com as condições de contorno F(0)=0 e F(a)=0, tem-se:
0000000 =⇒=+⇒=+= ABABsenAF .)()cos()(
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75
,...,,)()()( 32100 ==⇒=⇒=⇒== nanpnpapasenpaBsenaF ππ
então, 2
2
−=−=anpK π
e
= xansenxFnπ)( , para n=1,2,3,...
Resolvendo agora a equação em y, temos:
G''(y)-kG(y)=0
0G(y)a
n-(y)'G'2
=
π ⇒
yan
n
yan
nn eBeAyGππ
−+=)(
Impondo a condição de contorno no eixo horizontal, temos:
u(x,0)=0 ⇒ F(x)G(0)=0 ⇒ Fn(x)Gn(0)=0 ⇒ Gn(0)=0 ⇒ 0eBeA0
an
n
0an
n =+π
−π
⇒ Ane0+Bne0=0 ⇒ An+Bn=0
An+Bn=0 ⇒ An=-Bn ⇒
−
=
−=−=+=
π−
ππ
−ππ
−ππ
−π
2eeA2eeAeAeAeBeA)y(G
yany
an
n
yany
an
n
yan
n
yan
n
yan
n
yan
nn
=
= y
ansenhAy
ansenhAyG nnn
ππ ~)( 2
u(x,y)=F(x)G(y) ⇒ un(x,y)=Fn(x)Gn(y) ⇒
=
= y
ansenhx
ansenAy
ansenhAx
ansenyxu nnn
ππππ ~~),(
Utilizando o fato de ∇2u(x,y)=0 ser linear e homogênea, pode-se usar o princípio da superposição:
∑∑∞
=
∞
=
==
11 nn
nn y
ansenhx
ansenAyxuyxu ππ~),(),(
Impondo finalmente a condição de contorno no segmentoy=b, u(x,b)=f(x) temos:
∑∑∞
=
∞
=
=
=
11 nn
nn x
ansenb
ansenhAb
ansenhx
ansenAxf ππππ ~~)(
Fazendo
= bansenhAb nnπ~
⇒ ∑∞
=
π
=1n
n xa
nsenb)x(f = Série de Fourier ⇒
∫
π
=a
0n dxx
ansen)x(f
a2b
Então: ∫
=
a
n dxxansenxf
ab
ansenhA
0
2 ππ )(~ ⇒
=∫
bansenh
dxxansenxf
aA
a
n π
π
0
2 )(~
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76
EQUAÇÃO DO CALOR POR INTEGRAIS DE FOURIER
2
22
x)t,x(uc
t)t,x(u
∂∂
=∂
∂ , u(x,0)=f(x) para -∞<x<+∞
u(x,t)=F(x)G(t)
F(x)G'(t)=c2F''(x)G(t) ⇒ 22 p
)t(Gc)t('G
)x(F)x(''F
−==
F(x)=Acos(px)+Bsen(px) tpc 22
e)t(G −=
tpce22
Bsen(px)][Acos(px)p)t;u(x, −+=
tpc
pp22
esen(px)]Bcos(px)[Ap)t,u(x, −+= :
Equação Linear homogênea ⇒ Princípio de Superposição
∫∫∞
−∞
+==00
22
)]B(p)sen(pxx)[A(p)cos(p dpedpptxutxu tpc);,(),(
Integral de Fourier
ωωω dxsenwBxwAxf ∫∞
+=0
)]()()cos()([)(
∫+∞
∞−
= dvvvfwA )cos()()( ωπ1
e ∫+∞
∞−
= dvvsenvfwB )()()( ωπ1
∫ ∫+∞
∞−
+∞
∞−
ω
ω−ω
π= ddv)vxcos()v(f
21)x(f
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77
∫∞
+==0
)]B(p)sen(pxx)[A(p)cos(p0 dpxfxu )(),(
∫+∞
∞−
= dvpvvfpA )cos()()(π1
∫+∞
∞−
= dvpvsenvfpB )()()(π1
∫ ∫∞ +∞
∞−
−
−
π=
0
tpc dpdve)pvpxcos()v(f1)t,x(u22
Invertendo a ordem de integração:
∫ ∫+∞
∞−
+∞−
−= dvdpepvpxvftxu tpc
0
221 )cos()(),(π
Da tabela de integrais: 22 b
0
s e2
ds)bs2cos(e −∞
− π=∫
Definindo tcsp = ⇒ tc2
vxb −=
∫∫∞+
∞−
−∞+
∞−
−−
+π
=π
= dze)tcz2x(f1dve)v(ftc2
1)t,x(u22
2
ztc4)vx(