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Viaturas da PSP SOCIEDADE. Metade das viaturas da polícia do distrito de Lisboa estão inoperacionais por falta de reparação. Concelho, 4 Reabre Museu do Ar SOCIEDADE. O museu estava fechado desde novembro e vai reabrir a 29 de junho, no Dia do Município, com novas aeronaves e salas de exposição. Concelho, 8 Novos treinadores FUTEBOL. As equipas do Atlético Clube do Cacém e do Clube Atlético Pêro Pinheiro preparam a época 2012/2013 com novos treinadores. Desporto, 10 Ponte encerrada SOCIEDADE. A circulação rodoviária na ponte do século XVI que liga Queluz à Amadora vai estar encerrada durante vários meses para obras de recuperação. Queluz, 12 PUB PUB Manifestação contra reforma administrativa Centena e meia de moradores e autarcas protestaram em frente aos paços do concelho contra a nova lei da reforma administrativa e contra a extinção de freguesias. Plataforma SIMtra entregou petição com mais de sete mil assinaturas na Assembleia da República. Concelho, 6 Assaltaram cemitério de Rio de Mouro No espaço de uma semana, um grupo de assaltantes ligado ao roubo de metais, como o cobre e o alumínio, assaltou duas vezes o cemitério e vandalizou dezenas de campas e gavetões. Os proprietários vão ter de pagar os prejuízos, que ascedem às centenas de euros. Concelho, 4 PUB

Correio de Sintra

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Edição 45 do jornal Correio de Sintra

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Page 1: Correio de Sintra

Viaturas da PSP SOCIEDADE. Metade das viaturas da polícia do distrito de Lisboa estão inoperacionais por falta de reparação. Concelho, 4 Reabre Museu do ArSOCIEDADE. O museu estava fechado desde novembro e vai reabrir a 29 de junho, no Dia do Município, com novas aeronaves e salas de exposição. Concelho, 8

Novos treinadores FUTEBOL. As equipas do Atlético Clube do Cacém e do Clube Atlético Pêro Pinheiro preparam a época 2012/2013 com novos treinadores. Desporto, 10

Ponte encerradaSOCIEDADE. A circulação rodoviária na ponte do século XVI que liga Queluz à Amadora vai estar encerrada durante vários meses para obras de recuperação. Queluz, 12

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Manifestação contra reforma administrativaCentena e meia de moradores e autarcas protestaram em frente aos paços do concelho contra a nova

lei da reforma administrativa e contra a extinção de freguesias. Plataforma SIMtra entregou petição com

mais de sete mil assinaturas na Assembleia da República. Concelho, 6

Assaltaram cemitério de Rio de Mouro

No espaço de uma semana, um grupo de assaltantes ligado ao roubo de metais, como o cobre e o alumínio, assaltou

duas vezes o cemitério e vandalizou dezenas de campas e gavetões. Os proprietários vão ter de pagar os prejuízos,

que ascedem às centenas de euros.Concelho, 4

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Page 2: Correio de Sintra

2 Correio de Sintra 21 de junho de 2012 A abrir

A freguesia de Algueirão-Mem Martins está mais pobre depois de o restaurante Chaby ter encerrado portas. A crise está a transformar o centro desta vila, com vários estabelecimentos tradicionais a encerrarem e a darem lugar a armazéns de produtos de baixo custo. Sinais dos tempos...

Salta à vista...

Viamos o Macgyver, o kit do Michael Knight, o Dartacão e o Tom

Sawyer. Mascávamos pastilhas Gorila, jogávamos ao berlinde, jogo que mais tarde trocámos pela Mega Drive. E estudámos. Passámos metade da nossa vida a estudar. O grupo de portugueses que hoje tem idades entre os 20 e os 35 anos é claramente a geração mais letrada da história do país. Mas, no pós 25 de Abril, é também a que menos oportunidades tem. Se daqui a 35 anos a Segurança Social ainda existir nos moldes em que existe hoje, esta geração vai enfrentar as mesmas dificuldades que hoje enfrentam as gerações mais velhas, mais pobres, mais iletradas. As reformas, se as houverem ainda, serão baixas. Baixas porque as oportunidades que temos não nos dão garantias de descontos para a Segurança Social. Vamos ter que trabalhar mais tempo, porque o tempo que passamos em estágios e em trabalhos a recibos verdes não nos permitem fazer descontos. Não é que não quiséssemos, é simplesmente porque não conseguimos sobreviver e pagar esses descontos. E se descontamos menos tempo e menos dinheiro, as pensões serão demasiado baixas. E tendo em conta as previsões que fazemos para daqui a três décadas – os sinais de hoje apontam claramente para isso - sobre a perda de várias garantias de qualidade de vida que os nossos pais tiveram no pós 25 de Abril, como o Serviço Nacional de Saúde,

seremos a geração com menos saúde da história moderna do país. Ora, se os rendimentos serão baixos e se os serviços de saúde vão ser menos subsidiados pelo Estado, vamos ser mais pobres. Muito mais pobres. Somos a geração adiada. Os nossos pais habituaram-se a sonhar que um dia seríamos os primeiros licenciados da família. Fizemos-lhes a vontade. Estudámos. Tirámos cursos, mas hoje o nosso futuro está a meio passo de um precipício. Incerto. Tratamos os call center´s por tu e a maior parte de nós são precários. Somos a geração dos sem futuro, ou no mínimo, os do futuro adiado. O nevoeiro que se abateu sobre Portugal obriga-nos a passar os sonhos dos nossos pais para os nossos filhos. Se os tivermos. Se os pudermos ter. A crise para nós é como se fosse um familiar, uma tia de quem não gostamos, tanto que nos habituámos a ouvir falar dela.Somos a geração adiada. Por muito que isto custe aos nossos pais, que tudo fizeram para que fossemos a geração mais letrada, com mais qualidade de vida e com mais oportunidades de toda a história de Portugal. JOAQUIM JOSÉ REIS

editorialGeração adiada. Uma chamada de atenção.

QUINTA DE SANTA THERESALOCALIZAÇÃOSituada na Avenida do Conde de Sucena, próximo do Campo de Jogos do 1º de Dezembro.

NOTASLocalizada em São Pedro de Penaferrim, mais conhecido como São Pedro de Sintra, a Quinta de Santa Theresa inclui vários edifícios todos em visível desocupação e estado avançado de degradação, nomeadamente o Café, a Galeria de Arte e a Capela da Quinta, todos acessíveis pela Avenida do Conde de Sucena.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃOReabilitação total do completo de edifícios da Quinta. Grande potencial para turismo de luxo.

http://www.sintraemruinas.blogspot.com/

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Page 3: Correio de Sintra

321 de junho de 2012

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4 Correio de Sintra 21 de junho de 2012

CRIME. No espaço de uma semana, um grupo de assaltantes ligado ao roubo de metais, como o cobre e o alumínio, assaltou duas vezes o cemitério de Rio de Mouro. No segundo assalto foram vandalizadas centro e trinta campas e setenta gavetões, e a população teme que o crime se volte a repetir.

Floreiras, chapas com nomes, cruxifixos e estatuetas foram o alvo dos assaltantes, que

provocaram centenas de prejuízos à junta de freguesia e aos proprietários das campas e dos gavetões.

De acordo com o presidente da junta, Filipe Santos, a 12 de junho, os assaltantes voltaram a partir os már-mores de dezenas de campas, depois de uma semana antes já terem van-dalizado cerca de setenta gavetões.

“Desta vez roubaram dezenas de estatuetas, chapas, crucifixos e flo-reiras e partiram os mármores de dezenas de campas”, disse o autarca.

Uma semana antes, cerca de 70 gavetões foram vandalizados e abertos, com o objetivo de retirar todo o material de metal.

De acordo com o autarca, a Junta de Freguesia de Rio de Mouro está

disponível para “arranjar as pedras dos gavetões”, mas serão os pro-prietários a suportar os arranjos das campas.

Filipe Santos lamentou que a polícia não consiga prevenir este tipo de situações no cemitério. O autarca lembrou que, apesar de há cerca de

um ano a junta ter cedido uma viatura à esquadra da PSP de Rio de Mouro, raramente sejam visíveis os veículos policiais a circular naquele local.

De acordo com o autarca, dezenas de pessoas já apresentaram recla-mações à junta, exigindo que sejam ressarcidas pelos danos. “As pessoas

dizem que houve falta de cuidado e negligência da nossa parte”, referiu.

Fonte da PSP disse ao Correio de Sintra que a polícia ainda não tem qualquer pista sobre os suspeitos deste crime que estará relacionado com o roubo de metais, um tipo de crime que está a aumentar.

Apesar de haver um aumento do número de casos de furto de metais, “não é normal” esses furtos ocor-rerem em cemitérios, disse a fonte policial.

“Levaram tudo o que eram com-ponentes metálicas dos gavetões do cemitério. Não temos tido registos de atos semelhantes nesses locais. O crime mais comum relacionado com o furto de metais é o furto de fio de cobre, que mais tarde é vendido e fundido”, explicou.

O Correio de Sintra esteve no local e falou com vários proprietários de campas, que se mostraram receosos de um novo assalto.

“Felizmente não estragaram a campa da minha mãe. Se já cá vieram duas vezes, tenho medo que voltem e estraguem o resto. Se estragarem a campa, não tenho dinheiro para a arranjar porque sou reformada”, disse Maria Resende, sexagenária.

Joaquim José Reis

Partiram dezenas de campas e gavetões

DR

Concelho

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Ladrões danificaram gavetões e campas para retirar placas metálicas.

Metade das viaturas da PSP estão inoperacionaisSOCIEDADE. Cerca de 700 das 1400 viaturas da PSP do distrito de Lisboa estão inoperacionais por falta de reparação. O alerta surgiu da distrital de Lisboa da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP), mas o ministro da Administração Interna (MAI) e o Comando Metropolitano de Lisboa desmentem esses dados.

Segundo o presidente da distrital da associação, José Mendes, das “cerca

de 1400 viaturas do distrito, 700 encontram-se inoperacionais e encostadas” por falta de reparação.

“É evidente que se nós temos uma frota de 1400 viaturas para dar resposta aos problemas da cri-minalidade nesta área, se redu-zimos esse número para metade isso vai restringir o combate à crimi-nalidade. Isto põe em causa a ope-racionalidade das polícias”, afirmou

o dirigente do sincato das polícias.Fontes policiais disseram ao Cor-

reio de Sintra que devido a estas dificuldades, algumas esquadras de fiscalização rodoviária “acabam por atuar só nas áreas à volta das esquadras”, uma vez que não têm meios para transportar os polícias a outras freguesias do concelho.

“Temos casos de áreas onde moram muitas pessoas, como Algueirão-Mem Martins ou Cacém, onde apenas há uma viatura. Se um desses veículos estiver ocupado

num serviço, não pode ir a outro, e isto em nada contribui para a segu-rança das populações”, disse uma das fontes.

Depois do alerta da ASPP e do desmentido do Ministério da Admi-nistração Interna, que ocorreu no início de junho, doze viaturas da divisão de Sintra já foram encami-nhadas para oficinas. No entanto, o número de veículos “encostados” por falta de verbas para a repa-ração continua a rondar as cerca de três dezenas. Redação

Page 5: Correio de Sintra

521 de junho de 2012

SOCIEDADE. A jovem acusada de esfaquear 17 vezes uma menor em Algueirão-Mem mostrou-se arrependida em tribunal, pediu desculpas à vítima, e afirmou que estava “descontrolada, bêbeda e drogada” quando agrediu a menor.

De acordo com a acusação do Ministério Público (MP), a 27 de maio do ano passado,

a jovem terá esfaqueado com uma navalha uma menor de 14 anos por 17 vezes, depois de uma discussão entre ambas, provocando-lhe várias lesões e cicatrizes.

A arguida, que na altura dos factos tinha 17 anos, está indiciada por um crime de homicídio qualificado na forma tentada e por um crime de ofensa à integridade física. Outro jovem que terá tentado separá-las foi esfaqueado na mão esquerda e no antebraço, tendo sido submetido a uma cirurgia plástica.

Na primeira audiência do julga-mento, a 12 de junho, foram ouvidos os três envolvidos e mais duas teste-munhas, raparigas que nesse dia se encontravam na residência de um rapaz, onde ocorreram as agressões.

De acordo com a acusação do MP, antes de iniciar as agressões, a jovem

de 17 anos terá dito à vítima que na altura tinha 14 anos: “És uma branca bonita, mas vais ficar fatela porque eu sou louca”.

A jovem arguida mostrou-se arre-pendida afirmando ao coletivo de juízes que nessa noite tinha estado com um grupo de oito jovens a beber e a fumar haxixe numa festa na casa de um amigo.

“Eu estava inconsciente, descontro-lada, porque tinha fumado e bebido. Eu não sou assim, estava drogada”, afirmou, durante a sessão da manhã.

A jovem adiantou que a discussão com a menor teve início quando ale-gadamente partiu um cigarro que con-tinha cocaína, tendo então sido agre-dida pela menor pelas costas. Esta versão contraria o que consta da acu-sação, na qual é referido que ambas terão discutido na casa de banho por a arguida ter exigido 10 euros à menor.

Da parte da manhã foi ainda ouvido o jovem que tentou separar a arguida e a menor. Esta testemunha adiantou que as jovens tinham dis-

cutido no apartamento de um amigo, tendo depois descido “lá para baixo”, onde tudo se passou. O jovem disse desconhecer as causas da discussão, negando a existência de cocaína na festa.A sessão da tarde teve início com o depoimento da menor, uma rapariga de 15 anos, que voltou a afirmar que na origem da agressão esteve uma discussão com a arguida por causa de dez euros.

A jovem confessou que, até se dar a discussão, um grupo de amigos tinha estado a beber whisky e a fumar haxixe, mas não o suficiente para ficarem “bêbedos”, como alegou a arguida durante a sessão da manhã.

De acordo com a menor, após uma discussão no apartamento, ambas desceram do prédio e envolveram-se numa troca de agressões, até que a arguida a começou a agredir com um objeto cortante.

A presidente do coletivo de juízes questionou diversas vezes a menor sobre as circunstâncias que levaram à discussão, uma vez que a menor e a arguida apresentam diferentes argumentos. A juíza afirmou não con-seguir perceber “a picardia” entre ambas, nem porque é que, antes da troca de agressões, a menor esperava a arguida com um sapato na mão.

Joaquim José Reis

Droga e álcool na origem das agressões

JR

Leitura da sentença está agendada para 2 de julho no Tribunal de Sintra.

Exigem melhores condições de trabalhoSOCIEDADE. Meia centena de trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS) de Sintra manifestou-se em protesto para exigir melhores condições de trabalho..

A 11 de junho, o grupo de tra-balhadores concentrou-se às 08:00 em frente às ins-

talações da empresa municipal, na Portela de Sintra.

De acordo com o dirigente do Sin-dicato dos Trabalhadores da Admi-nistração Local (STAL), Ludgero Pintão, os trabalhadores exigem melhores condições de trabalho, como a limpeza aos fins de semana das casas de banho das oficinas da empresa e a entrega de fardamento de verão a todos os funcionários.

Os trabalhadores reinvindicaram ainda uma hora de jantar no refei-tório das oficinas da empresa durante o turno entre as 16:00 e as 24:00 e pretendem a melhoria das

condições do vestiário.“Iniciámos as negociações com

a administração da empresa há um ano e desde essa altura que estão sempre a adiar. Exigimos que tomem medidas com caráter de urgência e cumpram o que prometeram”, disse o sindicalista.

Um dos funcionários, Carlos Fer-nandes, adiantou ao Correio de Sintra que as exigências dos traba-lhadores incidem na melhoria das condições de saúde e segurança no trabalho.

“As condições de trabalho devem ser melhoradas. O que exigimos até não tem grandes custos para a empresa”, disse.

Os trabalhadores pretendem ainda a existência de um livro de reclamações no refeitório das ofi-cinas dos SMAS.

O Correio de Sintra solicitou esclarecimentos ao conselho de administração dos SMAS, presidido por Fernando Seara – presidente da Câmara de Sintra – mas não obteve qualquer resposta. Redação

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Page 6: Correio de Sintra

6 Correio de Sintra 21 de junho de 2012

SOCIEDADE. Uma centena e meia de moradores e autarcas do concelho de Sintra protestaram em frente aos paços do concelho contra a nova lei da reforma administrativa e contra a extinção de freguesias.

Este foi um protesto organizado pela plataforma SIMtra, criado por um grupo de cidadãos

ligados à CDU e ao Pa rtido Socia-lista, que entregou cerca de 7 mil assi-naturas na Assembleia da República a exigir a suspensão da reforma da admi-nistração local.

A 2 de junho, estiveram presentes no protesto moradores do concelho, vários presidentes de juntas de fre-guesia do PS, vereadores e elementos das diversas assembleias de freguesia do município.

De acordo com Hugo Frederico, da plataforma SIMtra, o objetivo do pro-testo foi mostrar que as populações das vinte freguesias de Sintra estão contra a reforma administrativa, que poderá extinguir oito ou nove freguesias.

“Esta reforma não tem aplicabilidade em Sintra, onde até deveriam existir mais freguesias. Aqui a questão é quais é que são as freguesias a extinguir. Temos a certeza que este é o caminho

para encerrar mais serviços públicos”, disse o responsável socialista.

Hugo Frederico criticou ainda a Câmara de Sintra (coligação PSD e CDS-PP) por ainda não ter tomado uma posição sobre esta questão.

Os membros da plataforma consi-deram que a aplicação dos critérios da reforma, que impõem uma redução de 55 por cento das freguesias urbanas do concelho e 35 por cento das rurais, vai potenciar a falta de proximidade entre

os cidadãos e os eleitos locais.A plataforma defende ainda que, ao

reduzir de vinte para onze as freguesias do concelho, algumas das futuras juntas de freguesia ficarão com mais de cin-quenta mil moradores, enquanto outras terão territórios demasiado extensos.

Durante o período dedicado aos dis-cursos, o vereador da CDU, Pedro Ven-tura, disse que o “concelho deveria ter outro tipo de divisão”, que deveria passar por aumentar o número de fre-

guesias, tendo em conta o número de moradores que reside sobretudo nas zonas urbanas como Algueirão-Mem Martins ou Rio de Mouro.

“Querem criar monstros administra-tivos. Esquecem-se que neste tempo de grande necessidade é à porta das juntas que as pessoas batem”, disse.

Já o vereador do PS, Domingos Quintas, adiantou não estar disposto a votar “qualquer proposta a favor da extinção ou fusão de freguesias” durante o período em que o município terá que discutir estas questões.

O representante do Bloco de Esquerda, André Beja, contestou a nova lei da reforma administrativa, conside-rando que é “cega e que não serve os interesses das populações”.

O presidente da Junta de Freguesia de Queluz, António Barbosa, lamentou que seja “alguém, num gabinete, a decidir o abate de sete ou oito fregue-sias”, prejudicando as populações que lá moram.

A maior parte dos moradores vieram de Montelavar, uma freguesia com 500 anos. Os moradores temem que a fre-guesia seja agregada com a vizinha Pêro Pinheiro - freguesia criada há cerca de duas décadas - e que a sede da junta deixe a sua localização atual.

Redação

Concelho

Manifestação contra reforma administrativa

JR

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Plataforma já entregou mais de sete mil assinaturas na Assembleia da República.

Page 7: Correio de Sintra

721 de junho de 2012 Correio de Sintra

Page 8: Correio de Sintra

8 Correio de Sintra 21 de junho de 2012

SOCIEDADE. Inaugurado em 2009, o museu esteve fechado desde novembro para obras de remodelação e a reabertura está prevista para 29 de junho. O espaço tem novos aviões e novas salas de exposição e de multimédia.

Até à reabertura, o museu estava dividido em três pólos (Sintra, Alverca e Ovar), mas

após obras de remodelação das ins-talações na Granja do Marquês, o museu passa a centrar-se em Sintra, com um espaço de cerca de sete mil metros quadrados, divididos pelo hangar principal, pelo hangar Tenente Caseiro e pelas salas ANA e TAP. A transferência do museu para Sintra deve-se à impossibili-dade de expansão das instalações de Alverca.

O Museu do Ar tem por objetivo a preservação da memória da aviação militar e civil portuguesa, através da conservação, restauro, aquisição e permuta de objetos de valor histó-rico, artístico e documental, com vista a divulgar, expor e documentar a his-tória da aviação em Portugal.

Uma sala multimédia foi patro-cinada pela câmara de Sintra, que financiou o museu em cerca de ses-senta mil euros, e consiste num auditório com capacidade para 50 lugares, onde serão reutilizados bancos de um antigo avião Boeing.

A nova sala dos pioneiros terá pro-jetos relacionados com os aviadores que contribuíram para o progresso da aviação em Portugal. O hangar principal vai exibir um painel fotográ-fico com a história dos 100 anos da aviação em Portugal.

O museu vai expor quatro dezenas de aeronaves e espólio relacionado com a aviação militar e civil. Nesta exposição, estarão exemplares como um biplano pilotado pelo brasileiro Alberto Santos Dumont, em 1906, em Paris. Esta é a segunda maior réplica deste modelo a nível mundial.

História com mais de cem anosEm 1909 foi fundada em Por-

tugal a primeira instituição dedicada à aviação - o aero clube de Portugal - que teve um papel decisivo na divul-gação da aeronáutica. Seria através de um convite deste clube que em 1910 o piloto francês Mamet fez as primeiras demonstrações de um avião (um Blé-riot XI) em território português. Os por-tugueses sentiram-se estimulados pelo

feito e, em 1912, depois da aprendi-zagem em França, Alberto Sanches de Castro tornou-se o primeiro português a voar em território nacional, no Mouchão da Póvoa de Santa Iria, a bordo de um Voisin Antoinette de 40 cavalos.

A Aviação Militar foi oficialmente constituída em Portugal em 1914, nos ramos Exército e Marinha com a criação da Escola de Aviação Militar e Aviação Naval. Joaquim José Reis.

Museu do ar reabre no Dia do Município

DR

Dezenas de aeronaves vão ficar em exposição a partir de 29 de junho.

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Direito de Resposta Vem a Junta de Freguesia de Casal de Cambra pronunciar-se relativamente ao artigo publicado no jornal local “Correio de Sintra”, nº44, edição de 01 a 15 de Junho, com o título “Assal-tantes detidos no Bairro da Bósnia”.É com profundo desagrado que con-statámos o erro no título do artigo, o bairro em questão é o Bairro de Santa Marta e não “Bairro da Bós-nia”, como foi apelidado na reporta-gem. Não sendo esta a primeira vez que nos deparamos com semel-hante equívoco (a ter em conta a edição do dia 1 de Abril de 2010 do mesmo jornal), é lamentável que por parte deste órgão de comunica-ção não se verifique a sensibilidade de fazer passar a notícia de forma clara, sem recorrer a meios sensa-cionalistas. Casal de Cambra merece um trata-mento adequado e digno, pois a sua população não tem que ser rotulada por imagens e slogans que em nada abonam, e que muito pelo contrário lesam o esforço de todos quantos têm trabalhado para um melhor ambiente que se vive no Bairro de Santa Marta. Assim sendo, e tratando-se de uma reportagem marcante para a imagem da nossa Vila, o mínimo exigido ao Diretor Joaquim José Reis é que re-ponha na próxima edição a informa-ção correta da designação do referi-do bairro – Bairro de Santa Marta.

Nota da redação do Correio de Sintra: Efetivamente, por lapso, faltou a referência ao verdadeiro nome do bairro. Por essa razão pedimos des-culpa aos moradores da freguesia, adiantando que não houve qualquer tentativa de denegrir o bom nome desta freguesia. No entanto, acres-centamos que “Bairro da Bósnia” é o nome pelo qual é conhecido quer entre os moradores, quer entre a polícia. Basta verificar algumas notí-cias feitas por vários outros órgãos de comunicação social nacionais que fizeram a cobertura noticiosa do mesmo assunto.

DR

Museu do Ar está instalado na Base Aérea de Sintra, em Pêro Pinheiro.

Page 9: Correio de Sintra

921 de junho de 2012 Correio de SintraPUB

Page 10: Correio de Sintra

10 Correio de Sintra 21 de junho de 2012

FUTEBOL. Depois de terem conseguido a manutenção na 3.ª Divisão Nacional de Futebol, as equipas do Atlético Clube do Cacém (ACC) e do Clube Atlético Pêro Pinheiro (CAPP) preparam a época 2012/2013 com novos treinadores.

Por razões de saúde, Miguel Rodrigues abdicou do cargo de treinador do ACC, após

sete anos ao comando do clube. “Este ano tenho tido problemas de hipertensão, pelo qual tenho que abrandar o meu estilo de vida. Foram excelentes os anos passados no clube e prometo cá voltar”, disse o antigo treinador. Para o substituir, a direção do ACC escolheu Ricardo Silva, antigo jogador e treinador-adjunto do clube.

“Foi um prazer aceitar este novo desafio que me foi proposto pela direção e é um orgulho por tudo o que

o clube significa para mim. Estou muito feliz em poder iniciar esta nova etapa da minha vida profissional no clube do meu coração”, disse Ricardo Silva ao Correio

de Sintra.O treinador assinou contrato por uma

época e está ciente das dificuldades que poderá encontrar ao longo da pró-xima temporada desportiva. “O cam-peonato vai sofrer algumas alterações, uma delas é o aumento de equipas a descer de divisão. Todas têm, assim, mais possibilidades de descer. Para que isso não nos aconteça, vamos redobrar os esforços”, sublinhou o técnico.

Ricardo Silva adiantou ainda que os objetivos passam pela manutenção do clube na 3.ª divisão nacional e pela prática de um futebol “agradável”. A equipa técnica é constituída por João Baranda, treinador de guarda-redes, e por Dário Neto, treinador-adjunto.

Quanto a mexidas no CAPP, o pre-sidente do clube, Domingos Janota, revelou ao Correio de Sintra que o novo treinador será escolhido após a assem-bleia-geral ordinária prevista para o dia 28 de junho. AOP

Sub-14 conquista dobradinhaBASQUETEBOL. A equipa masculina de sub-14 do Núcleo de Basquetebol de Queluz conquistou o campeonato nacional, depois de ter vencido, em dezembro, o campeonato distrital.

A equipa de Queluz conquistou a dobradinha, vencendo todos os jogos da fase final do cam-

peonato nacional de Basquetebol que se realizou na Covilhã.

Depois de ter atingido a fase final sem derrotas, os atletas defrontaram as equipas do União Sportiva, das Ofi-cinas de São José, do Futebol Clube do Porto e da Sanjoanense, durante os dias 15 e 16 de junho. No primeiro jogo, frente aos açorianos do União Sportiva, a equipa de Sintra não sentiu grandes dificuldades e venceu a par-tida por 72-16. Seguiu-se o jogo com

as Oficinas de São José e, apesar do pouco espetáculo demonstrado, a equipa de Queluz venceu por 44-30. Foi com meio objetivo cumprido que os atletas sintrenses defrontaram a equipa mais difícil da fase final, o Futebol Clube do Porto. Num jogo equilibrado, os minutos finais foram preponderantes para a equipa do con-celho, que recuperou de um resultado negativo de sete pontos, ganhando por 50-45.

“A equipa sabia que a fase final ia ser dura e que seria preciso mos-trar a força e a raça para conquistar o título. A partida foi muito bem jogada, e apenas nos restantes finais da par-tida é que conseguimos vencer. Fomos buscar forças ao fundo do poço para recuperar os pontos em atraso”, disse o vice-presidente do clube, Francisco

Nunes.No último jogo, contra a Sanjoa-

nense, a equipa conseguiu manter um resultado favorável ao longo da par-tida, fixando o resultado em 56-47.

“Após uma época inteira sem qual-quer derrota e a conquista do título de campeão distrital, a equipa chegou a esta fase final com a vontade de con-cretizar um sonho que há muito o clube procurava, ser campeão nacional no escalão de Sub-14. Conseguimos, e mais uma vez o nome de Queluz e de Sintra foi elevado ao mais alto patamar nacional através do desporto”, subli-nhou o dirigente. O cinco ideal foi composto por dois atletas campeões nacionais, Pedro Costa e Ricardo Mar-tins, juntamente com três jogadores da Sanjoanense, Tiago Tavares, David Dias e Daniel Dias. AOP

Desporto

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Clubes com novos treinadores

Ricardo Silva é o novo treinador do ACC.

DR

Entrega da taça à equipa campeã.

DR

Curriculum de Ricardo Silva

Ricardo Jorge Fernandes Palma da Silva, 35 anos, é natural de Agualva-Ca-cém. Durante a formação passou pelo clube local e passou também pelo Sport Lisboa e Benfica e pelo Estoril Praia. En-quanto profissional, vestiu a camisola do Real Sport Clube, do Boavista – onde participou na Liga dos Campeões –, do Freamunde e do Olivais e Moscavide.No seu palmarés, destacam-se ainda as conquistas do campeonato nacional da 2.ª divisão com as camisolas do Santa Clara e do Olhanense.Depois de finalizar a carreira no ACC, ficou no clube do Cacém e passou a treinador-adjunto na época 2011-12.

Page 11: Correio de Sintra

1121 de junho de 2012

Candidatura do 1.º Dezembroreprovada pela UEFAO presidente do Sociedade União 1.º Dezembro, Fernando Cunha, anunciou, na sua página pesso-al do Facebook, que a UEFA não aprovou a candidatura do clube para a organização da Liga dos Campeões em futebol feminino. O dirigente considerou, no entanto, que esta “má notícia” não vai in-fluenciar a participação da equipa na maior competição europeia de futebol. “Temos agora que arranjar fundos para as deslocações onde se jogam as eliminatórias. Vai ser um trabalho árduo, mas não que-remos mandar a toalha ao chão”, sublinhou.

Breves

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Inscrições abertas para 6.º estágio do NAFLS FUTEBOL. As inscrições para o sexto estágio do Núcleo de Árbitros de Futebol da Linha de Sintra (NAFLS) estão abertas até o próximo dia 31 de julho. A ação de formação vai realizar-se na Guarda, de 9 a 12 de agosto.

Durante os três dias de estágio estão progra-madas várias atividades

e formações para os árbitros ins-critos. Segundo o presidente da NAFL, Luís Brás, o evento abrange a realização de exercícios físicos, de treinos em contexto real de jogo - no

Estádio Municipal da Guarda - e de palestras e workshops com nomes importantes do mundo do futebol.

“Estão confirmadas as pre-senças do árbitro internacional de Futebol 11, Olegário Benquerença, do árbitro de primeira categoria nacional de Futsal, Marco Rodri-

gues, do observador nacional de futebol de 11, Aníbal Guerreiro, do selecionador distrital de Futsal da Associação de Futebol da Guarda (AFG), Bruno Torres, e do coorde-nador distrital da AFG, Carlos Saca-dura”, revelou Luís Brás ao Correio de Sintra. AOP

FUTEBOL. A Escola Futebol MTBA realiza, a 23 de junho, uma jornada solidária entre as equipas do Futebol Clube do Porto, do Sport Lisboa e Benfica, da Academia Geração Sporting de Sintra e do MTBA, no Campo António José Pereira Forjaz, no Magoito.

A iniciativa ‘O verdadeiro lado do desporto’ tem como objetivo ajudar as crianças carenciadas

do concelho, através do Centro Social Paroquial de São João das Lampas e do Centro Comunitário Paroquial de Algueirão-Mem Martins.

“À entrada, os interessados poderão doar bens que no mesmo dia serão entregues às instituições, tais como leite, arroz, cereais e produtos de higiene pes-

soal. A iniciativa permite assim envolver os mini atletas, os clubes, os encarre-gados de educação e a população em geral, nesta causa tão nobre, para que todos se sintam parte integrante do pro-jeto”, disse ao Correio de Sintra o coor-denador, Rui Proença.

No total, são esperados 130 atletas, com idades compreendidas entre os quatro e os nove anos, nos escalões de petizes e traquinas A e B.

Os intervalos dos jogos estarão a cargo da academia de dança ‘Fell It Junior’.

O evento é organizado pelo Grupo União Recreativo Desportivo MTBA, através do Departamento de Formação, e tem o apoio da Câmara Municipal de Sintra, através da Divisão de Ação Social. AOP

Escola MTBA organiza torneio solidário

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12 Correio de Sintra 21 de junho de 2012

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1321 de junho de 2012

Agualva - Cacém

JR

SOCIEDADE. As marchas saíram às ruas de Agualva, para assinalar o Santo António. Centenas de pessoas assistiram à vitória da marcha da Escola Básica n.º 3 de Agualva.

A 13 de junho, no dia de Santo António, a tradição voltou às ruas da freguesia.

A junta lançou o desafio em forma de concurso à comunidade, a várias escolas e a associações com a fina-lidade de retomar as marchas na

freguesia.Foram selecionadas três escolas

para participar no desfile que tinha como objetivo principal a sustenta-bilidade e a ecologia.

O desfile teve início na Avenida dos Bons Amigos e terminou na Pra-ceta da Fraternidade Universal.

Após as apresentações, o júri, composto por representantes das marchas de Lisboa, das marchas de Sintra, da Junta de Freguesia de Agualva, do Comandante da PSP da Esquadra de Agualva-Cacém e

do patrocinador deste concurso, elegeu a Escola Básica n.º 3 de Agualva como a melhor marcha.

No segundo lugar ficou a Asso-ciação de Pais do ATL da Escola Básica/Jardim-de-Infância de Cola-ride, e no terceiro ficou a marcha do Colégio Colinho das Tias.

Todos os classificados rece-beram como prémio vales de dife-rentes valores em material escolar a levantar na papelaria que patro-cinou o concurso.

Redação

Marchas desfilaram em Agualva

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BrevesTentou matar mulherUm homem agrediu a ex-companheira na via pública com um x-ato e uma chave de fendas em Agualva, tendo-se entregado à Polícia Judiciária por julgar que tinha assassinado a mulher. A 6 de junho, o suspeito abordou a vítima na Avenida dos Missionários, a principal artéria da freguesia de Agualva, tendo provocado vários cortes e perfura-ções no corpo da antiga companheira, que teve que ser transportada ao Hospital Amadora-Sintra. Fonte policial disse ao Correio de Sintra que “apesar de haver uma perfuração com alguma dimensão, as restantes feridas não eram muito graves e a vítima está fora de perigo”. Segundo a fonte, várias pessoas que se encontravam na rua assistiram a tudo”. O suspeito entregou-se ainda de manhã à Polícia Judiciária, por pensar que tinha matado a mulher, acrescentou a fonte, adi-antando que, “por não se tratarem de feridas com muita gravidade,” o suspeito deverá ser indiciado por “ofensa à integridade física agravada”.

Jovens assaltaram em LisboaA PSP deteve um grupo de treze suspeitos de terem agredido e roubado cinco jovens na noite de 9 de junho, junto a estabelecimentos de di-versão noturna, em Lisboa. Segundo fonte da PSP, os jovens terão cometido os crimes no final de “uma saída à noite”, tendo como vítimas quatro rapazes e uma rapariga, com idades entre os 16 e os 23 anos. Os detidos vivem na periferia de Lisboa, em Agualva-Cacém, Alcabideche, Alcoitão, Estoril, Algueirão-Mem Martins, Cascais e Casal Cambra. De acordo com a polícia, os suspeitos têm idades entre os 17 e os 30 e sete deles têm antecedentes criminais. Por volta das 04:50, uma equipa da PSP deslocou-se à rua do Instituto In-dustrial, depois de receber uma informação de que um grupo de pessoas se encontrava a provo-car distúrbios num estabelecimento de diversão noturna. No local encontrava-se deitado no chão um homem com vários ferimentos, vítima de um roubo com agressão. Várias pessoas que se en-contravam naquele espaço informaram a polícia de que tinha acabado de ocorrer um assalto realizado por um grupo de jovens que tinham acabado de deixar o local.A polícia intercetou o grupo na Avenida 24 de Julho, junto a dois automóveis que acabaram por ser apreendidos. Ainda tentaram fugir, mas foram intercetados pela polícia e, posteriormente, iden-tificados pelas vítimas dos roubos.

SOCIEDADE. Uma explosão na cave de um prédio em Mira Sintra provocou dois feridos, um deles com gravidade. As vítimas trabalham numa empresa de gás e encontravam-se no local a reparar uma fuga.

As consequências poderiam ter sido mais graves, uma vez que, após o incidente, foram reti-

radas duas botijas de gás que se encon-travam junto ao local da explosão. De acordo com o comandante dos Bom-beiros de Agualva-Cacém, Luís Pimentel, o ferido grave apresentava queimaduras

de primeiro e segundo graus, tendo ambos os feridos sido transportados para o Hospital de São José. Dezenas de moradores do prédio de dez andares estiveram impedidos de entrar nas suas residências durante várias horas, por questões de segurança. Alguns deles disseram ao Correio de Sintra terem apanhado um “grande susto”, lamen-tando ainda vários estragos nas suas habitações. “Moro no primeiro andar e a explosão rebentou com a minha porta. Neste piso ficámos todos com as portas destruídas”, descreveu um dos mora-dores. Outro residente adiantou que os trabalhadores estavam a tentar reparar

uma fuga de gás.“É estranho como é que os trabalha-

dores estavam a reparar uma calha com um maçarico quando havia ali uma fuga de gás. Não ganhámos para o susto e vamos estar várias horas à espera que nos deixem entrar em casa”, disse.

Os moradores adiantaram esperar que a explosão não tenha afetado a estrutura do prédio.

“Espero que não venhamos a ter mais problemas por causa disto. A culpa não foi nossa e quem é que paga em caso de termos que fazer obras”, ques-tionou um dos moradores.

Joaquim José Reis

Dois feridos em explosão em Mira Sintra

Participaram dezenas de crianças. EB n.º 3 de Agualva venceu desfile. Percurso na Avenida dos Bons Amigos.

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14 Correio de Sintra 21 de junho de 2012

SOCIEDADE. A circulação rodoviária na ponte do século XVI que liga Queluz à Amadora vai estar encerrada durante vários meses para obras de recuperação, depois de ter sido encerrada devido a problemas na estrutura. A solução para evitar que milhares de condutores sejam prejudicados deve passar por abrir a circulação em terrenos militares junto ao local.

A 2 de junho, as proteções civis da Amadora e de Sintra encerraram “por prevenção”

a circulação rodoviária numa ponte do século XVI, devido a um “buraco na estrutura”, numa das faixas de rodagem. A ponte está situada junto à entrada da freguesia de Queluz, na fronteira com a freguesia da Venteira, Amadora, junto da urbani-zação Casal das Quintelas.

De acordo com o presidente da junta de Queluz, a circulação rodovi-ária vai estar encerrada vários meses para que as autarquias da Amadora e de Sintra possam avançar com obras de recuperação.

O autarca adiantou que o encer-ramento da circulação rodoviária nesta ponte vai prejudicar milhares de condutores que utilizam aquela zona, uma vez que se trata de um dos dois acessos para aceder ao IC19

“Se a ponte se mantiver fechada, os moradores daquela zona têm como alternativa ir por Carenque e entupir o centro da Amadora para chegar ao IC19. Só há duas saídas de Queluz em direção a essa via e esta é uma delas”, disse.

António Barbosa adiantou que esta é uma ponte “muito antiga”, cujos problemas podem estar rela-cionados com “as cargas de alca-trão” que têm sido colocadas ao longo dos anos.

“A ponte tem tido muito peso em cima, com o alcatrão que lá têm metido e por passarem ali muitos

camiões”, acrescentou. Segundo a presidente da Junta

da Venteira, na Amadora, que faz fronteira com Queluz, apesar de

este ser “um local com bastante circulação”, não serão os mora-dores da sua freguesia os mais pre-judicados, uma vez que a ponte é

mais utilizada pelos moradores de Queluz para acederem ao IC19.

As autarquias da Amadora e de Sintra já estiveram reunidas para decidir qual a solução para o local.

De acordo com o vereador da câmara da Amadora responsável pelas Obras Públicas, Gabriel Oli-veira, quatro quintos da ponte encon-tram-se no concelho de Sintra e o restante no concelho da Amadora, mas ambos os municipios vão finan-ciar a sua recuperação.

O vereador adiantou que a Câmara de Sintra está a analisar um projeto que passa por criar uma via alternativa à ponte em terrenos militares, junto ao local.

“A ponte vai ser recuperada mas a intervenção será lenta porque obriga a uma série de estudos. Enquanto não foi feita a sua recu-peração, a câmara de Sintra vai pro-curar uma solução com duas pontes que farão a ligação de Queluz à Amadora. Basta só fazer os arrua-mentos necessários”, disse o res-ponsável ao Correio de Sintra.

Comerciantes somam prejuízos

Vários comerciantes do local disseram ao Correio de Sintra temer que a situação se

arraste durante vários meses. “Agora não passam aqui carros nenhuns. No fundo da rua [do lado de Queluz] está uma placa a impedir os carros de cir-cularem nesta zona. As pessoas não param e não compram nada”, disse um dos comerciantes.

Bruno Araújo, proprietário de um café, lamentou também a diminuição da faturação desde que a circulação na ponte foi encerrada. Este comer-ciante teme que as obras de inter-venção da ponte demorem vários meses, considerando sentir-se preju-dicado pela suspensão da circulação naquele local.

“Agora as pessoas que aqui moram têm que fazer um percurso de vários quilómetros para apanhar o IC19. E não páram aqui”, disse. JJR

OpiniãoQueluz - Belas

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Ponte encerrada prejudica milhares de condutores

JR

Ponte datada do século XVI apresenta problemas na estrutura.

Circulação vai estar vedada ao trânsito automóvel durante vários meses.

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1521 de junho de 2012

Três perguntas sobre a extinção de freguesias no concelho de SintraTribunaTribuna

Até ao Outono, PSD e CDS pretendem concluir o processo de reforma do mapa autárquico, numa caminhada que levará à extinção de mais de um milhar de freguesias em todo o país.

Em Sintra irão desaparecer entre 7 e 9 fre-guesias, dependendo da proposta que, em Julho, a Coligação Mais Sintra apresentar à Assembleia Municipal. Resta saber ao certo quais são as freguesias condenadas e se os deputados da coligação terão coragem de votar contra as populações.

A primeira pergunta que se impõe é se faz falta uma reforma do mapa do concelho de Sintra. Num município tão grande, com tantas e diversas realidades sociais e cultu-rais, e, por tudo isso, de difícil governação, é urgente uma mudança.

A pergunta que vem a seguir é se esta é a reforma necessária. A realidade fala por si: existem freguesias enormes, como Mem Martins ou Rio de Mouro, que não serão divididas mas deviam. E outras, com pouca população mas com muito território, que vão ser fundidas e ficar três vezes maiores. Esta reforma não serve.

A discussão da reforma administrativa deveria ter servido para, aqui em Sintra, as populações dizerem se pretendem manter-se num único município ou não, ou para se debater e decidir se alguns territórios parti-culares deveriam estar noutras freguesias ou até noutro concelho. E tais mudanças deve-riam ser submetidas a referendo, para que as pessoas tivessem a última palavra.

Mas não foi para isso da democracia que se fez tal lei. A reorganização que nos estão a impor repete o que tem sido feito em outros aspectos da vida colectiva: ataca direitos dos mais fracos, acaba com serviços de pro-ximidade que fazem falta, faz desaparecer postos de trabalho e reduz os espaços de intervenção democrática das populações.

Tudo isto em nome de uma suposta pou-pança, que no caso das freguesias, corres-ponde a menos de 0,1% do orçamento de estado. Contrariamente a este sentimento de contenção, o governo continua a injectar dinheiro nos bancos para que nos “salvem” da crise onde nos meteram... São as ordens que a Troika dá, em nome de um futuro que, a cada dia que passa, vemos cada vez mais

negro.Julgo que as freguesias servem para

encurtar distâncias entre as pessoas, entre as necessidades da população e os/as autarcas. Entre o dever de votar e o direito de se ser cidadão ou cidadã com voz activa na comunidade.Com esta reforma, o concelho de Sintra e o país terão mais distâncias a per-correr e fossos para atravessar.

Por tudo isto, há uma terceira questão, cuja resposta é cada vez mais urgente: o que pensam sobre o tema o presidente Fer-nando Seara e os vereadores Marco Almeida, Lino Ramos, Luís Duque, Ana Duarte e Paula Simões, eleitos pela coligação PSD/CDS? É que, embora a promessa de acabar com freguesias não esteja no seu programa eleitoral, ainda não se lhes ouviu qualquer palavra convicta em defesa das freguesias do concelho e dos interesses das popula-ções, da sua cultura e história

André BejaBloco de Esquerda*Este artigo foi redigido sem as normas do novo

acordo ortográfico

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“Mas não foi para isso da democracia que se fez tal lei...

Page 16: Correio de Sintra

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