Cópia de trabalho de filosofia eutanásia

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  • 1. 1 parte:O q Eutansia (do grego - "bom", "morte") a prtica pela qual se abrevia a vidade um enfermo incurvel de maneira controlada e assistida por um especialista.A eutansia representa atualmente uma complicada questo de biotica e biodireito, pois enquanto oEstado tem como princpio a proteo da vida dos seus cidados, existem aqueles que, devido aoseu estado precrio de sade, desejam dar um fim ao seu sofrimento antecipando a morte.Independentemente da forma de eutansia praticada, seja ela legalizada ou no (tanto em Portugalcomo no Brasil esta prtica considerada ilegal), ela considerada um assunto controverso,existindo sempre prs e contras teorias eventualmente mutveis com o tempo e a evoluo dasociedade, tendo sempre em conta o valor de uma vida humana. Sendo eutansia um conceito muitovasto, distinguem-se aqui os vrios tipos e valores intrinsecamente associados: eutansia,distansia, ortotansia, a prpria morte e a dignidade humana.Em primeiro lugar, importante ressaltar que a eutansia pode ser dividida em dois grupos: a"eutansia ativa" e a "eutansia passiva". Embora existam duas "classificaes" possveis, aeutansia em si consiste no ato de facultar a morte sem sofrimento a um indivduo cujo estado dedoena crnico e, portanto, incurvel, normalmente associado a um imenso sofrimento fsico epsquico.A "eutansia ativa" conta com o traado de aces que tm por objectivo pr trmino vida, namedida em que planeada e negociada entre o doente e o profissional que vai levar e a termo oacto.A "eutansia passiva" por sua vez, no provoca deliberadamente a morte, no entanto, com o passardo tempo, conjuntamente com a interrupo de todos e quaisquer cuidados mdicos, farmacolgicosou outros, o doente acaba por falecer. So cessadas todas e quaisquer aes que tenham por fimprolongar a vida. No h por isso um acto que provoque a morte (tal como na eutansia ativa), mastambm no h nenhum que a impea (como na distansia). relevante distinguir eutansia de "suicdio assistido", na medida em que na primeira umaterceira pessoa que executa, e no segundo o prprio doente que provoca a sua morte, ainda quepara isso disponha da ajuda de terceiros.Etimologicamente, distansia o oposto de eutansia. A distansia defende que devem serutilizadas todas as possibilidades para prolongar a vida de um ser humano, ainda que a cura no sejauma possibilidade e o sofrimento se torne demasiadamente penoso.2 parte:A FavorPara quem argumenta a favor da eutansia, acredita-se que esta seja um caminho para evitar a dor eo sofrimento de pessoas em fase terminal ou sem qualidade de vida, um caminho consciente quereflete uma escolha informada, o trmino de uma vida em que, quem morre no perde o poder deser ator e agente digno at ao fim.So raciocnios que participam na defesa da autonomia absoluta de cada ser individual, na alegaodo direito autodeterminao, direito escolha pela sua vida e pelo momento da morte. Uma defesaque assume o interesse individual acima do da sociedade que, nas suas leis e cdigos, visa protegera vida. A eutansia no defende a morte, mas a escolha pela mesma por parte de quem a concebecomo melhor opo ou a nica.

2. A escolha pela morte no poder ser irrefletida. As componentes biolgicas, sociais, culturais,econmicas e psquicas tm que ser avaliadas, contextualizadas e pensadas, de forma a assegurar averdadeira autonomia do indivduo que, alheio de influncias exteriores sua vontade, certifique aimpossibilidade de arrependimento.Quando uma pessoa passa a ser prisioneira do seu corpo, dependente na satisfao das necessidadesmais bsicas; o medo de ficar s, de ser um "fardo", a revolta e a vontade de dizer "No" ao novoestatuto, levam-no a pedir o direito a morrer com dignidade. Obviamente, o pedido dever serponderado antes de operacionalizado, o que no significa a desvalorizao que tantas vezes conduzesses homens e mulheres a lutarem pela sua dignidade anos e anos na procura do noprolongamento de um processo de deterioramento ou no evoluo."A dor, sofrimento e o esgotamento do projeto de vida, so situaes que levam as pessoas adesistirem de viver" (Pinto, Silva 2004 - 36) Conduzem-nas a pedir o alvio da dor, a dignidade epiedade no morrer, porque na vida em que so "atores" no reconhecem qualidade. A qualidade devida para alguns homens no pode ser um demorado e penoso processo de morrer.No Brasil, normalmente apontado como suporte a essa posio o art. 1, III, da ConstituioFederal, que reconhece a "dignidade da pessoa humana" como fundamento do Estado Democrticode Direito, bem como o art. 5, III, tambm da Constituio da Repblica, que expressa que"ningum ser submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante", alm do art. 15 doCdigo Civil que expressa que "Ningum pode ser constrangido a submeter-se, com risco de morte,a tratamento mdico ou a interveno cirrgica", o que autoriza o paciente a recusar determinadosprocedimentos mdicos, e o art. 7, III, da Lei Orgnica de Sade, de n 8.080/90, que reconhece a"preservao da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade fsica e moral".1 2 3No Estado brasileiro de So Paulo, existe a Lei dos Direitos dos Usurios dos Servios de Sade doEstado de So Paulo, de n 10.241/99, que em seu art. 2, Inciso XXIII, expressa que so direitosdos usurios dos servios de sade no Estado de So Paulo "recusar tratamentos dolorosos ouextraordinrios para tentar prolongar a vida".4 5A autonomia no direito a morrer no permitida em detrimento das regras que regem a sociedade, ocomum, mas numa poltica de conteno econmica, no sero os custos dessa obrigatoriedadeelevados?Alm do mais, em um pas como o Brasil, onde o acesso sade pblica no satisfatrio, a prticada eutansia muitas vezes encarada como um modo de proporcionar a doentes de casosemergenciais uma vaga nos departamentos de sade.3 parte:ContraMuitos so os argumentos contra a eutansia, desde os religiosos, ticos at os polticos e sociais.Do ponto de vista religioso a eutansia tida como uma usurpao do direito vida humana,devendo ser um exclusivo reservado ao Senhor, ou seja, s Deus pode tirar a vida de algum."algumas religies, apesar de estar consciente dos motivos que levam a um doente a pedir paramorrer, defende acima de tudo o carter sagrado da vida," (Pinto, Susana; Silva, Florido,2004, p.37).Da perspectiva da tica mdica, tendo em conta o juramento de Hipcrates, segundo o qualconsidera a vida como um dom sagrado, sobre a qual o mdico no pode ser juiz da vida ou damorte de algum, a eutansia considerada homicdio. Cabe assim ao mdico, cumprindo ojuramento Hipocrtico, assistir o paciente, fornecendo-lhe todo e qualquer meio necessrio suasubsistncia. Para alm disto, pode-se verificar a existncia de muitos casos em que os indivduosesto desenganados pela Medicina tradicional e depois procurando alternativas conseguem curar-se. 3. [carece de fontes]"Nunca lcito matar o outro: ainda que ele o quisesse, mesmo se ele o pedisse () nem lcitosequer quando o doente j no estivesse em condies de sobreviver" (Santo Agostinho in Epstola)Outro dos argumentos contra, centra-se na parte legal, uma vez que o Cdigo Penal atual noespecifica o crime da eutansia, condenando qualquer ato antinatural na extino de uma vida.Sendo quer o homicdio voluntrio, o auxilio ao suicdio ou o homicdio mesmo que a pedido davitima ou por "compaixo", punidos criminalmente.O dicionrio Houaiss diz que eutansia ato de proporcionar morte sem sofrimento a um doenteatingido por afeco incurvel que produz dores intolerveis. O dicionrio Aurlio afirma queeutansia : 1. Morte serena, sem sofrimento. 2. Prtica pela qual se busca abreviar, sem dor ousofrimento, a vida dum enfermo reconhecidamente incurvel. O dicionrio De Plcido e Silva,considera que Eutansia derivado do grego eu (bom) e thanatos (morte) quer significar,vulgarmente, a boa morte, a morte calma, a morte doce e tranquila.A Igreja contra a eutansia. A campanha da fraternidade lanada pela Conferncia Nacional dosBispos do Brasil (CNBB) em 2008, Escolhe, pois a vida, se dirigia contra a eutansia, bem comocontra o aborto e a pesquisa cientfica com embries humanos. Ao tomar parte do debate levantadopelo caso Eluana Englaro, o papa Bento XVI afirmou que a eutansia seria uma soluo falsa parao sofrimento.4 parte:O doenteAs pessoas com doena crnica e, portanto, incurvel, ou em estado terminal, tm naturalmentemomentos de desespero, momentos de um sofrimento fsico e psquico muito intenso, mas tambmh momentos em que vivem a alegria e a felicidade. Estas pessoas lutam dia aps dia para viveremum s segundo mais. Nem sempre um ser humano com uma determinada patologia quer morrer"porque no tem cura"! Muitas vezes acontece o contrrio, tentam lutar contra a Morte, tal comorefere Lucien Isral: "No defendem uma politica do tudo ou nada. Aceitam ficar diminudos desdeque sobrevivam, e aceitam sobreviver mesmo que sintam que a doena os levar um dia. ()dizem-nos com toda a simplicidade: se for necessrio, eu quero servir de cobaia. () arriscam otermo para nos encorajarem audcia. (Isral, Lucien; 1993; 86-87).Contrariando esta tendncia de luta a todo o custo, em alguns casos surgem os doentes querealmente esto cansados de viver, que no aguentam mais sentirem-se "um fardo", ou sentirem-sesozinhos, apenas acompanhados por um enorme sofrimento de ordem fsica, psquica ou social.Uma pessoa cuja existncia deixou de lhe fazer sentido sofre, no seu ntimo, e muitas vezes isoladano seu mundo interior; sente que paga a cada segundo que passa uma pena demasiadamente pesadapelo simples facto de existir.Nesta altura, e quando a morte parece ser a nica sada que o doente vislumbra, dever-se- informaro doente dos efeitos, riscos, dos sentimentos, das reaces que a Eutansia comporta, da formacomo ou vai ser praticada. S assim o doente poder decidir conscienciosamente e ter a certeza deque, para si, essa a melhor opo. No entanto, e a par da informao, o doente deve seracompanhado psicologicamente, a fim de se esclarecer que este no sofre de qualquer distrbiomental, permanente ou temporrio, e est capacitado para decidir por si e pela sua Vida.5 parte:Famlia e sociedade [editar] 4. O Homem como animal cultural, social e individual, quando inserido nos diferentes grupos, vaioferecer-lhes toda a sua complexidade que caracteriza o particular e o comum aos diferenteselementos que os constituem. A famlia grupo elementar que para cada indivduo e para aSociedade, quando confrontado com a morte reage na sua especificidade que a caracteriza, quandoo confronto com as diferentes situaes que podem levar um ser humano a lutar pelo direito amorrer, essas especificidades no desaparecem. a diferena essencialmente cultural e social, que faz com que a legislao mude de pas para pas,que faz com que os Pases Baixos tenha legalizado a eutansia e o nosso pas no..Em Portugal morrer sozinho pode ser mais do que um ttulo, muitas vezes realidade ou umaescolha.6 parte:Republica PortuguesaNa Lei Fundamental de Portugal Constituio da Repblica Portuguesa pode-se observarO Cdigo Penal Portugus trata este assunto com um rigor acentuado havendo severas penalizaesno que se concerne prtica da eutansia:Artigos 133 e 134 - Eutansia activa: Art. 133 (Homicdio privilegiado)Quem matar outra pessoa dominado por compreensvel emoo violenta, compaixo, desesperoou motivo de relevante valor social ou moral, que diminuam sensivelmente a sua culpa, punido com pena de priso de 1 a 5 anos. Art. 134 (Homicdio a pedido da vtima)Quem matar outra pessoa determinado por pedido srio, instante e expresso que ela lhe tenhafeito punido com pena de priso at 3 anos.A tentativa punvel.A eutansia considerada uma prtica legal no Brasil?No. As leis brasileiras sequer preveem a prtica. A eutansia no possui nenhuma meno nem noCdigo Penal Brasileiro, que data de 1940, nem na Constituio Federal. Por isso, legalmentefalando, o Brasil no tem nenhum caso de eutansia - quando algo semelhante acontece, recebe onome de homicdio ou suicdio. Mas, de acordo com a interpretao que advogados e juzes venhama desenvolver, os artigos 121 e 121 do Cdigo Penal podem ser empregados para fundamentarposies em relao prtica. O artigo 121 trata do homicdio qualificado, conceito que inclui amorte provocada por motivo ftil, com emprego de meios de tortura ou com recurso que dificulteou torne impossvel a defesa do ofendido. Em todos esses casos, a pena vai de 12 a 30 anos derecluso. O artigo 122 versa sobre o suicdio induzido, instigado ou auxiliado por terceiros.Paises que permitem a Eutansia:Holanda,Blgica,Luxemburgo,Sua,Suia,Alemanha,ustria...Paises que no permitem a Eutansia:Brasil,Portugual, 5. Maquina de Eutanasia:Estas imagens do cara se jogando do pressipicio , borboleta e os comentarios colocar como ultimos slides.No desista de sua vida!!! 6. E sim de uma Chanse a ela!!! 7. Comentarios:"Nunca lcito matar o outro: ainda que ele o quisesse, mesmo se ele o pedisse () nem lcitosequer quando o doente j no estivesse em condies de sobreviver"A Eutansia no a Resposta.A Vida at ao Fim