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O coordenador pedagógico é um profissional que desempenha várias funções entre elas estimular, orientar e acompanhar o processo de formação dos professores e ter sensibilidade para identificar dificuldades e necessidades que possam ser supridas através da promoção e implantação de programa de formação continuada.
Citation preview
Unip – Universidade Paulista
Curso de Pedagogia
Ações do Coordenador Pedagógico
Alunas:
Elivane Leandro da Silva – RA: 1225956
Deusiane da Silva Sousa – RA: 1201302
Ceres Centro
2014
II
Autoras
Elivane Leandro da Silva – RA: 1225956
Deusiane da Silva Sousa – RA: 1201302
Ações do Coordenador Pedagógico
Trabalho apresentado na
disciplina Projetos e Práticas de
Ação Pedagógica ministrada pela
professora Lucy Almeida do curso
de Pedagogia - Turma 2012 pela
Universidade Paulista – Unip.
Ceres – Centro
2014
III
Sumário
Tema ................................................................................................................. II
Justificativa ....................................................................................................... IV
Situação-problema ............................................................................................ V
Público Alvo ..................................................................................................... VII
Objetivos ......................................................................................................... VIII
Embasamento Teórico ..................................................................................... IX
Metodologia .................................................................................................... XIII
I – Função do Coordenador Pedagógico ............................................. XIII
II – Pesquisa realizada no Município Ceres Go ................................... XV
III – Conclusões iniciais ....................................................................... XVI
Recursos ........................................................................................................ XIX
Cronograma .................................................................................................... XX
Avaliação ........................................................................................................ XXI
Referências Bibliográficas ............................................................................. XXII
IV
Justificativa
O coordenador pedagógico é um profissional que desempenha
várias funções entre elas estimular, orientar e acompanhar o processo de
formação dos professores e ter sensibilidade para identificar dificuldades e
necessidades que possam ser supridas através da promoção e implantação de
programa de formação continuada. “Reger a escola do século 21 não é uma
tarefa para qualquer maestro. Exige reflexão e interferência das práticas
pedagógicas no processo de ensino-aprendizagem. Não há uma receita para o
trabalho da coordenação pedagógica que garanta o sucesso do trabalho” é o
que diz a “Revista Educação – agosto 2011”. “Além disso, a função do
coordenador pedagógico tem se consolidado, mas os próprios coordenadores
muitas vezes não sabem qual é sua função”. Pesquisa: O papel do
coordenador pedagógico (2010), da Fundação Victor Civita, e revela ainda que
apenas 9% dos coordenadores entrevistados acreditam que faz parte do seu
trabalho realizar um planejamento pedagógico e buscar melhorias para o
ensino, aprendizagem e dificuldades dos alunos. Ainda, apenas 60%
promovem reuniões com docentes.
Compreendendo a importância da função do coordenador
pedagógico, faz se necessário um programa que norteie o trabalho desse
profissional levando em consideração a reflexão e as peculiaridades de cada
instituição.
V
Situação-Problema
O coordenador pedagógico de uma forma geral é aquele profissional que
busca soluções para os problemas inerentes à realidade da Escola na qual
trabalha. Desempenhando uma função articuladora, formadora e
transformadora, tornando-se o mediador entre currículo e professores,
conhecendo e considerando a realidade dos discentes nas dimensões
sociocultural, interpessoais e pedagógicas.
Considera-se que cada escola tem características pedagógico-sociais
peculiares (José Mário Pires Aranha), portanto o profissional da Coordenação
Pedagógica precisa atentar em desempenhar um trabalho coletivo que abranja
e atenda as necessidades da instituição sendo o elo entre professores,
gestores, pais e alunos.
A demanda cresceu, o cenário educacional mudou e ainda considerando
a cobrança social pela aprendizagem dos alunos, o trabalho interdisciplinar, as
singularidades regionais e muitas outras questões que pressionam de todos os
lados, pergunta-se: Quais as características que fariam do coordenador um
profissional capacitado a desempenhar plenamente seu papel de articulador?
Ou qual seria o foco da ação desse profissional?
Entende-se que não há receita pronta para o trabalho desse profissional
e que existem experiências positivas e negativas, recomenda-se não
padronizar métodos e técnicas didáticas. Para tanto ainda é necessário levar
em consideração a formação do profissional, preferências, limitações, estilo de
comunicação, postura diante das situações diversas do cotidiano, percepção e
reflexão.
Diante de pesquisas, uma delas “O papel do coordenador pedagógico”
(2010), da Fundação Victor Civita, apontam que coordenadores muitas vezes
não sabem qual é sua função, e revela ainda que apenas 9% dos
coordenadores entrevistados acreditam que faz parte do seu trabalho realizar
um planejamento pedagógico e buscar melhorias para o ensino, aprendizagem
e dificuldades dos alunos. Além disso, apenas 60% promovem reuniões com
docentes.
VI
De acordo com a revista Nova Escola, Edição Especial 046, em
entrevista com Neurilene Ribeiro, coordenadora pedagógica regional do
Instituto Chapada de Educação e Pesquisa, ONG que atua em 30 municípios
baianos, a diferença entre um coordenador que sabem quais devem ser suas
atividades e outro que não sabe com clareza é o comprometimento da escola
com o projeto político-pedagógico. Uma escola que tem como objetivo
sustentar uma prática pedagógica inovadora deve voltar a coordenação para
sua real função, que é a da formação continuada.
A partir das considerações acima e dos cenários apresentados pelas
pesquisas trazemos nossa investigação realizadas entre os dias 06 à 29 de
abril de 2014 como parte integrante desse trabalho na qual verificou-se que os
dos 23 coordenadores de 17 escolas particulares e públicas entre elas três
creches da rede municipal de Ceres Go verifica-se que 13 desses profissionais
da área da coordenação pedagógica forneceram respostas que demonstram
uma atuação frágil, descontínua e focado a resolver problemas cotidianos.
“Muitas vezes planejo ações, principalmente orientações pedagógicas para
alguns professores, mas quando chego à escola surge tanta coisa do tipo, tem
uma torneira vazando, o muro precisa ser consertado. Faço de tudo, inclusive
serviço da direção quando ela não está presente”. A justificativa da
coordenadora quando perguntada foi: “Nossa escola é pequena e particular,
então faço o trabalho do coordenador, orientador e resolvo todo tipo de
problema que aparecer”.
A situação do professor/coordenador no nosso município não é diferente
da pesquisa apontada pela revista Nova Escola, sustentando assim a
necessidade de se discutir soluções e desenvolver um projeto que oriente não
só coordenadores, mas diretores e demais atores envolvidos no processo
educacional.
VII
Público-Alvo
O presente estudo/projeto tem como público-alvo
professores/coordenadores, diretores de escolas públicas e particulares do
município de Ceres e demais profissionais envolvidos na educação.
VIII
Objetivos
Disponibilizar informações sobre a situação do profissional
professor/coordenador quanto ao desempenho de ações referentes à
sua função.
Disponibilizar por escrito, de forma clara, objetiva e simplificada itens
que fazem parte da função do coordenador pedagógico.
Analisar a função do coordenador, características profissionais e
fundamentar o trabalho desse profissional em teorias já consagradas.
Desenvolver uma pesquisa que favoreça um embasamento teórico na
função do coordenador pedagógico.
IX
Embasamento Teórico
Inicia-se refletindo sobre o estar aberto ao novo com a frase do grande
professor Paulo Freire: “A minha abertura ao querer bem significa a minha
disponibilidade à alegria de viver. Justa alegria de viver, que, assumida
plenamente, não permite que me transforme num ser „adocicado‟ nem
tampouco num ser arestoso e amargo”.
Diversos estudiosos, educadores e teóricos falam sobre o trabalho do
coordenador pedagógico em relação à:
O coordenador de hoje:
Como mostrado em pesquisas os coordenadores sentem-se sozinhos,
lutando em muitas frentes, tendo que desempenhar várias funções. Qual seria
sua efetiva identidade profissional? A sensação que se têm, com frequência é
de que são „bombeiros‟ a apagar os diferentes focos de „incêndio‟ na escola, e
no final do dia vem o amargo sabor de que não se fez nada de muito relevante
[...] Sentem ainda o distanciamento em relação aos professores, a
desconfiança, a competição, a disputa de influência e de poder
(VASCONCELLOS, 2007, p. 85).
Formação Continuada:
A aprendizagem organizacional consiste na capacidade das
organizações de criar, adquirir e transferir conhecimentos. (RIBEIRO;
GARAFFA, 2007). O cenário mudou, a sociedade está em constante
transformação bem como as necessidades de cada um. O profissional da
coordenação pedagógica é bombardeado constantemente de todos os lados
com cobranças das mais diversas. Deve-se existir uma busca tanto do
profissional da coordenação quanto da escola em direcionar o trabalho, se
organizar e focar naquilo que realmente atenda as necessidades da instituição
em si, considerando as diferenças de cada uma.
A análise do pensamento de Alarcão (2000, p. 13), sobre a
conceituação da escola como “uma organização que continuamente se pensa a
si própria, na sua missão social e na sua estrutura, e se confronta com o
desenrolar da sua atividade num processo avaliativo e formativo” permite
considerar que a escola que ela classifica de reflexiva, constitui-se numa
X
organização de aprendizagem, num processo permanente de repensar-se,
avaliar-se e promover as mudanças que o contexto local e mundial exige.
Assim, para caracterizar-se como uma organização de aprendizagem,
não basta à escola qualificar o aluno, mas também todos os seus integrantes,
tendo como destaque o professor, através de um processo permanente de
formação, coordenado pelo Coordenador Pedagógico.
De acordo com o pensamento de Pimenta e Severino (2005), a
democratização do ensino, no Brasil, passa pela formação, valorização e
condições de trabalho do professor. Daí a importância de investimento no
contínuo desenvolvimento dos professores.
Ainda segundo esses autores, o processo de valorização profissional
envolve formação inicial e continuada, articulada, identitária e profissional. Essa
formação identitária é epistemológica, ou seja, reconhece a docência como um
campo de conhecimentos específicos configurados em quatro grandes
conjuntos (PIMENTA; SEVERINO, 2005, p. 13). Esses quatro conjuntos são
constituídos de conteúdos:
- das diversas áreas do saber e do ensino (das ciências humanas e naturais,
da cultura e das artes);
- didático-pedagógicos vinculados à prática docente;
- de saberes pedagógicos mais abrangentes;
- vinculados ao esclarecimento do sentido da existência humana individual,
com sensibilidade pessoal e social.
A construção das propostas de formação continuada dos professores
deve reconhecer a capacidade dos professores de participar e decidir. Dessa
forma, não há o risco de a prática docente constituir-se apenas na execução
das determinações pedagógicas e curriculares propostas por outras instâncias
educativas: gestores, mantenedoras, outras.
Conforme o pensamento de Becker (2003) toda participação e decisão
da equipe docente exigem uma superação a uma visão precária do
conhecimento, sendo essa última matéria prima de seu fazer pedagógico. Esse
autor ainda questiona as condições do professor para propor e dialetizar as
relações entre professor e aluno, entre ensino e aprendizagem, entre ciência e
conhecimento, se ele, professor, não possui uma visão dialética. E continua
questionando como um professor, cujo embasamento epistemológico é
XI
anticonstrutivista e antiinteracionista, pode conceber o conhecimento como
uma construção.
Assim, o professor só se efetivará como agente de mudanças “se
ampliar sua consciência sobre a própria prática, a de sala de aula e a da escola
como um todo, o que supõe os conhecimentos teóricos e críticos sobre a
realidade” (PIMENTA; SEVERINO, 2005, p. 13).
A pesquisa realizada por Medina (2002) aponta a produção do professor
como o objeto de trabalho do coordenador pedagógico. Essa produção
manifesta-se na aprendizagem do aluno. Assim, o coordenador pedagógico
contribui para um desempenho docente mais qualificado, opondo-se a uma
atuação linear, hierarquizada e burocrática.
Segundo Medina (2002, p. 155) o coordenador pedagógico “assume
uma posição de problematizador do desempenho docente”. Dessa forma,
expressa um posicionamento de indagar, comparar, responder, opinar, duvidar,
questionar, apreciar, revelar situações de ensino em geral e, em especial, as
classes regidas pelo professor.
O coordenador pedagógico, no dizer de Medina (2002, p. 159), que tiver
como ponto de partida e de chegada o pensamento de que a escola, como
instituição social, precisa ser pensada dialeticamente, cria um espaço novo e
diferente daquele que, historicamente, foi ocupado e que se caracterizou pelo
controle e, também, também, como refúgio burocrático.
O coordenador que queremos:
Para de fato haver efetividade da atuação do coordenador pedagógico
na intencionalidade de qualificar o trabalho destacam-se muitos fatores dentre
eles:
- reflexão contínua sobre as mudanças na sociedade que se refletem na
escola, demandando novo saberes, novos posicionamentos, novas
metodologias;
- definição da intencionalidade e planejamento do trabalho a ser desenvolvido;
- estabelecimento de canais de comunicação e colaboração consistentes com
os professores criando um clima de confiança de modo que os professores
possam reconhecer seus saberes e os aspectos que necessitam ser superados
e aperfeiçoados;
XII
- articulação do trabalho de formação contínua ao projeto político pedagógico
da escola para que o professor tome consciência de sua ação sobre o contexto
no qual atua;
- identificação de espaços/tempo em que a formação continuada dos
professores se concretize;
- aceitação dos professores em suas singularidades, tanto individuais quanto
coletivas.
Ainda, segundo o pensamento de Thurler (2002, p. 90) os professores
precisam ser considerados como: [...] atores plenos de um sistema que eles
devem contribuir para transformar, no qual devem engajar-se ativamente,
mobilizando o máximo de competências e fazendo o que for preciso para que
possam ser construídas novas competências a curto ou médio prazo.
O foco do coordenador pedagógico:
Os professores devem ser o foco do trabalho do coordenador
pedagógico (Thurler - 2002). Reuniões pedagógicas objetivando
direcionar/orientar/articular o corpo docente a repensar suas práticas
adequando-as ao PPP da escola e às necessidades em questão.
Ainda afirma (MEIRIEU, 2005) “Para melhor elucidar a questão, é fundamental
ao pedagogo, seja em âmbito de sistema ou em âmbito local, uma liderança
proativa, na qual suas estratégias serão pluralistas e focadas no
desenvolvimento do processo de aprendizagem de todos os alunos, até porque
apreender o que se ensina na escola é necessidade ou exigência de todos”.
Novas tecnologias e a atividade docente:
José Carlos Libâneo afirma que enquanto as inovações tecnológicas
invadem os meios de comunicação, da difusão cultural, científica e de
propagandas, na educação ela está em descrédito assim como a atividade
docente e a pedagogia.
XIII
Metodologia I - Função do coordenador pedagógico
Em releituras do material da UNIP (Orientação em Supervisão Escolar E
Orientação Educacional – Unidade III Pagina 125) verificamos que o mesmo
destaca a Resolução SE-SP-88/2007, atribuindo ações no exercício da função
do professor-coordenador que são:
• Acompanhar e avaliar o ensino e o processo de aprendizagem, bem como
os resultados do desempenho dos alunos;
• Atuar no sentido de tornar as ações de coordenação pedagógica espaço
coletivo de construção permanente da pratica docente;
• Assumir o trabalho de formação continuada, a partir do diagnostico dos
saberes dos professores para garantir situações de estudo e de reflexão sobre
a prática pedagógica, estimulando os professores a investirem em seu
desenvolvimento profissional;
• Assegurar a participação ativa de todos os professores do segmento/nível
objeto da coordenação, garantindo a realização de um trabalho produtivo e
integrador;
• Organizar e selecionar materiais adequados as diferentes situações de ensino
e de aprendizagem;
• Conhecer os recentes referenciais teóricos relativos aos processos de ensino
e aprendizagem, para orientar os professores;
• Divulgar práticas inovadoras, incentivando o uso dos recursos tecnológicos
disponíveis.
Entende-se que o professor/coordenador pedagógico tem a função de
articular, integrar e desenvolver relações harmônicas entre professores, pais,
alunos e equipe técnica.
Sendo assim o coordenador pedagógico se consolida cada vez mais
como formador, orientador de um trabalho coletivo e elo entre as pessoas, o
projeto escolar e os conteúdos programáticos.
Com tantas exigências tanto do mercado (sociedade) como da própria
profissão - quais seriam, então, as características que fariam do coordenador
um profissional capacitado a desempenhar o papel de articulador?
XIV
De acordo com pesquisas realizadas para esse fim verificamos que o
profissional professor/coordenador precisa:
Ser um bom comunicador, por não poder ter um perfil exato, pois só é
possível praticar a coordenação pedagógica com estilos variados sendo que
esse profissional nunca deve descuidar das relações interpessoais. “As
características que definem um bom coordenador talvez sejam as mesmas que
caracterizam um bom professor", aponta Renata Cunha, docente do Programa
de Pós-Graduação em Educação da Universidade Metodista de Piracicaba -
Unimep. Acesso em 12/04 (http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/167/profissao-articulador-escolar-
233504-1.asp)
Deve-se estabelecer um canal de comunicação para facilitar o caminho
para propor reflexões sobre possíveis divergências e convergências entre o
professor e o projeto pedagógico da escola. Essa ação deve projetar uma
relação de confiança, fundamental para que os professores sintam seguros e
tenham confiança em levar suas dificuldades e problemas/desafios para o
coordenador. Ainda de acordo com Schön, autor de Educando o profissional
reflexivo (Artmed, 2000, edição esgotada), a relação entre instrutor e aprendiz
(interpretados por especialistas como coordenador e professor) pode ser um
sucesso ou um fracasso dependendo de como a hierarquia, o poder e o
controle transparecerem na comunicação.
Garantir o espaço coletivo: Todo o trabalho do coordenador, portanto, só
é possível a partir de um espaço coletivo de debate com os professores. Essa
ação pode ser sua principal função. A reflexão promovida pelo coordenador
junto aos professores leva a uma pratica mais confiante com maiores
possibilidades de acertos. Por isso é importante para os coordenadores
compreender que a construção de conhecimento junto aos professores não
acontece porque o coordenador ensina o professor como ensinar, e sim porque
existe o intercâmbio entre eles. Como mostra as teorias do psicólogo russo Lev
Vigotski, tomada como base para entender as relações de aprendizagem
dentro da escola, é hoje utilizada no estudo do papel do coordenador.
Ser um mediador: Renata Cunha Unimep, defende em seu artigo que o
um dos desafios desses profissional é o de articular teoria e prática: "O saber e
o fazer reflexivo precisam estar contextualizados, uma vez que a transformação
da realidade educacional decorre do confronto entre teoria e prática. Nesse
XV
sentido, questiona-se quem seria o profissional responsável por mediar o
coletivo docente e articular os momentos de formação. O coordenador
pedagógico passa a ser considerado o interlocutor da formação docente na
medida em que proporciona a reflexão sobre a prática e a superação das
contradições entre o pensar e o agir", avalia.
Conhecer sua função: Apesar da consolidação da função do
coordenador pedagógico muitos deles ainda sabem qual é sua função.
Pesquisa O papel do coordenador pedagógico (2010), da Fundação Victor
Civita, que revela ainda: apenas 9% dos coordenadores entrevistados
acreditam que faz parte do seu trabalho realizar um planejamento pedagógico
e buscar melhorias para o ensino, aprendizagem e dificuldades dos alunos.
Além disso, apenas 60% promovem reuniões com docentes. Entende-se que
não há receita pronta para as ações, pois se devem levar em consideração o
repertório cultural, teórico e de vivências dos docentes pensando também nas
limitações, trajetórias de formação, determinadas preferências, estilo de
comunicação, postura em relação às diversas situações do cotidiano da escola.
A sensibilização do coordenador em relação às características
coletivas e individuais de sua equipe o ajuda a ser reflexivo. Conhecer,
executar e comprometer-se com o projeto político-pedagógico o leva a inovar e
automaticamente desperta a necessidade de uma formação continuada.
Planejar pode evitar fragilidades na execução de sua função e aumentar a
sustentação educacional. “O coordenador precisa focar sua ação naquela
situação que é única: naquela escola, naqueles alunos, naqueles índices,
naquele cotidiano vivido pela equipe e que deve ser problematizado" (Sonia
USP). Alarcão (2004) expõe acerca da ação reflexiva que tanto a escola como
os que organizam as situações de dialogo entre professores tem necessidade
de compreensão do que e ser professor e como se pode e deve formar tal
profissional. De sorte que e importante para o supervisor escolar/coordenador
pedagógico ter conhecimento das fontes de aquisição do saber do profissional
da educação e seus modos de integração no trabalho docente, como disposto
por Tardif (2002, p. 63):
II – Pesquisa realizada no Município de Ceres Go
XVI
A presente pesquisa parte de uma inquietação acerca do real papel do
coordenador pedagógico, como também, as atribuições a esse profissional nos
segmentos da Educação Infantil, Fundamental I e II. De caráter quantitativo por
analisar a função, a formação, as relações interpessoais e a sobrecarga no
trabalho do Coordenador Pedagógico. Tomando como campo de pesquisa o
município de Ceres Go, no total de 17 escolas sendo elas públicas e
particulares, entre os dias 06 à 29 de abril de 2014.
Objetiva analisar o trabalho do coordenador pedagógico, quanto ao
saber e ao fazer pedagogicamente, frente às funções que ele desenvolve na
instituição na qual trabalha, como agente formador em serviço, articulador dos
processos de ensino-aprendizagem, diante do trabalho pedagógico
desempenhado pelos docentes. Os sujeitos envolvidos serão 23
coordenadores pedagógicos do Ensino Fundamental I e II e Educação Infantil
incluindo 3 creches. A coleta de dados aconteceu por meio de entrevista
semiestruturada e um questionário dialogando com a teoria recorrente.
Na pesquisa comprometemo-nos respeitar o anonimato e a não divulgar
o nome da instituição. As perguntas que se seguiam eram: Há quanto tempo
trabalha nesta instituição? Qual é sua formação? Em qual segmento trabalha:
Educação Infantil, Ensino Fundamental I ou Ensino Fundamental II? Quantas
horas você trabalha por dia? Qual/quais ação/ações desenvolve diariamente
em relação à equipe docente? Qual/quais ação/ações desenvolve diariamente
em relação ao corpo discente? Qual/quais ação/ações desenvolve diariamente
em relação aos pais? Poderia escrever quais dificuldades enfrenta com maior
frequência? Como as resolve? Com que frequência é realizada reuniões com a
equipe docente? Quais são os assuntos? Escreva alguns. Conhece bem o PPP
da sua escola? Você acredita que todas as suas ações na escola faz parte do
seu trabalho? Qual/quais ação/ações não realiza e acha que deveria realizar?
Por quê?
III - Conclusões iniciais:
Faz-se necessário que coordenadores e professores, de um modo geral,
desenvolvam uma relação de proximidade a fim de estabelecerem uma
conexão entre as atividades que desenvolvem. Nesse sentido Libâneo discorre
que a atuação do pedagogo escolar é imprescindível na ajuda aos professores
no aprimoramento do seu desempenho na sala de aula (conteúdos, métodos,
XVII
técnicas, formas de organização da classe), na análise e compreensão das
situações de ensino com base nos conhecimentos teóricos, ou seja, na busca
minuciosa para averiguação da realidade; investigação e estudos, minudentes
e sistemáticos, com o fim de descobrir ou estabelecer fatos ou princípios
relativos a um campo qualquer do conhecimento.
Apontando que se faz necessário que o Coordenador Pedagógico esteja
apto a interferir de forma positiva na formação dos professores, partindo da
articulação dos saberes implícitos nas teorias estudadas, e constante processo
de atualização na área de atuação, o que é algo pouco presente na realidade
de muitos profissionais pesquisados. Estar atualizado e atento a novas teorias
educativas, novos métodos de ensino, novas políticas em educação, as novas
leis implementadas, entendendo que o conhecimento assegura um melhor
desempenho nas práticas pedagógicas.
Freire, tratando da formação dos sujeitos, afirma que “quem forma se
forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser
formado.” (1996, p. 25), como também que “na formação permanente dos
professores, o momento fundamental é o da reflexão crítica sobre a prática”
(1996, p. 43). Pensando criticamente a prática os profissionais da educação de
um modo geral precisam estar informados sobre as discussões na área da
educação.
Assim como o professor é responsável, na sala de aula, pela mediação
aluno/conhecimento, parceria entre coordenador pedagógico-educacional e
professor concretiza as mediações necessárias para o aperfeiçoamento do
trabalho pedagógico na escola. Essa parceria se traduz em um processo
formativo contínuo, em que a reflexão e os questionamentos do professor
quanto à sua prática pedagógica encontram e se confrontam com os
questionamentos e fundamentos teóricos evocados pelo coordenador (...), num
movimento em que ambos se formam e se transformam. (2007, p. 95)
São diversos os desafios à atuação do Coordenador Pedagógico, e
muitas vezes as funções desenvolvidas por esse profissional acabam
priorizando tarefas de ordem burocráticas e organizacionais em detrimento das
questões pedagógicas como: planejamento, formação, relações humanas,
questões que dizem respeito ao atendimento às dificuldades do corpo docente
no processo de trabalho, caracterizando a omissão ou negligencia a um
XVIII
trabalho com atuação frágil, descontínuo e focado a resolver problemas
cotidianos, o que foi verificado nas respostas de 13 dos profissionais
entrevistados.
Repensar a formação e atuação do pedagogo na escola nos remete à
ideia do dinamismo, que se tenha formação em nível superior para atuação nos
diversos níveis de ensino, supondo que a formação inicial dê conta da
demanda oriunda de diversidade de sujeitos sociais, dos conflitos, das
desigualdades, etc. que adentram as escolas.
XIX
Recursos Folhas A4 ;
Entrevistas;
Visitas às escolas públicas e particulares do município de Ceres - Go;
Pesquisas na internet;
Livro da Universidade Paulista – Unip - Orientação em Supervisão
Escolar e Orientação Educacional.
XX
Cronograma Data Atividade desenvolvida
03/03/2014
Inicio da leitura do material Unip na disciplina de Orientação em
Supervisão Escolar e Orientação Educacional.
17/03/2014 Início das discussões e pesquisas
sobre o tema a desenvolver.
21/03/2014 Definição da escolha do tema
04/04/2014 1ª postagem dos painéis no
Blackboard Learn
06 à 29/04/2014 Pesquisa junto aos coordenadores das escolas no município de Ceres-
Go.
08/05/2014 Postagem dos painéis com alterações
no Blackboard Learn
09/05/2014 Mudança do tema do trabalho em
questão.
10 à 11/05/2014 Revisão do texto redigido
12/05/2014 Postagem do trabalho completo no
Blackboard Learn
XXI
Avaliação
A avaliação será de forma contínua de modo a provocar uma reflexão e
mudanças positivas nas ações do coordenador em relação à função do
profissional da coordenação pedagógica.
Verificam-se necessidades de se desenvolver um projeto de maior
abrangência, na área de coordenação pedagógica, no sentido de que para se
definir seu campo de atuação, necessita ter visão de todo o universo escolar
para que possa intervir e articular condições necessárias para o desempenho
profissional e consequentemente, para o bom andamento do processo ensino-
aprendizagem.
Todos os processos educativos apresentam-se como complexos,
propiciando mudanças não pensadas e situações imprevisíveis que fazem os
educadores distanciarem-se da concepção de uma educação linear e estável.
Para alcançar esta educação, os avanços no âmbito das ciências naturais e
sociais indicam para o paradigma da complexidade. (Edgar Morin)
À luz do ponto de vista de Morin (2003, p. 61) o pensamento complexo é
animado, permanentemente, por uma “tensão entre a aspiração a um saber
não fragmentado, não dividido, não reducionista, e o reconhecimento do
caráter inacabado e incompleto de qualquer conhecimento”. Inacabado e
incompleto são não apenas os processos educativos, mas também a
sociedade, o ser humano, o profissional de pedagogia e todo o conhecimento
que nos cerca.
XXII
Referências Bibliográficas
Revista Eletrônica – Disponível em
http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/167/profissao-articulador-escolar-
233504-1.asp (Acesso em 17/03/2014)
http://pt.scribd.com/doc/100663061/PROPOSTA-DE-TRABALHO-PARA-
ATUAR-NA-COORDENACAO-PEDAGOGICA-prefeitura-de-Sao-Paulo (Acesso
em 19/03/2014)
Revista Eletrônica – Disponível em http://revistaescola.abril.com.br/edicoes-
especiais/046.shtml (Acesso em 20/03/2014)
Revista Eletrônica – Artigos – Disponível em
http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/142/artigo234539-1.asp (Acesso em
31/03/2014)
MENDES, Eva Cristina de C. Souza - Orientação em Supervisão Escolar e
Orientação Educacional – Unip Interativa