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Contraponto - Kent Kennan

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  • .CONTRAPONTO

    Baseado na

    Prtia do Sulo XVIII

    TERCEIRA EDIO

    KENT KENNAN

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  • Traduzido por Riardo Mazzini Bordini, editado por Hugo L. Ribeiro.

    Kennan, Kent Weeler. 1987. Conterpoint: Based on Eighteeth-Century Pratie. 3a ed. Englewwod

    Clis, New Jersey: Prentie-Hall.

    1

    edio - 2008

    2

  • Captulo 1

    Introduo

    Baseado na teoria de que quem quer que embarque no estudo do ontraponto deve onheer algo sobre a

    histria desta disiplina e sobre as vrias abordagens ao seu ensino atravs dos anos, um breve omentrio

    sobre o assunto ofereido aqui.

    PERSPECTIVA HISTRICA

    Desde que a msia utilizou linhas ou vozes independentes, os ompositores e terios onerniram-se

    om os prinpios envolvidos em oloar uma voz ontra a outra efetivamente. Um dos primeiros tratados

    sobre o assunto e provavelmente o mais onheido est ontido no Gradus ad Parnassum (Degraus

    para o Parnassus) de Johann Joseph Fux (1660-1741), o qual foi publiado em 1725. Na realidade, o

    livro foi pensado por seu autor om um texto de omposio, e inlua material sobre intervalos, esalas,

    fuga, e vrias tendnias estilstias dos dias de Fux. Mas a maior poro era devotada lies bsias

    de ontraponto, e esta seo est, felizmente, disponvel numa traduo de Alfred Mann intitulada The

    Study of Couterpoint. (Mann tambm esreveu artigos iluminantes sobre o estudo de ontraponto de

    Haydn e Beethoven.) Sobre o Gradus, Ernest Newman diz: Direta ou indiretamente, ele o fundamento

    de pratiamente todos os mtodos de ensino do ontraponto durante os ltimos duzentos anos. Esrito

    originalmente em Latim e ento traduzido em muitas lnguas, ele est na forma de um dilogo entre

    o professor, Aloysius (pretendido por Fux para representar Palestrina), e Josephus, o aluno que deseja

    aprender omposio. Sabemos que Mozart usou-o tanto omo aluno quanto omo professor; que Haydn

    e Albrehtsberger absorveram seus ontedos, assim omo fez seu aluno de ontraponto, Beethoven; e

    que muitos dos ompositores salientes do sulo XIX estudaram ontraponto de aordo om os prinpios

    de Fux, onforme transmitidos por Albrehtsberger e Cherubini, entre outros.

    Infelizmente, a ontribuio monumental de J. S. Bah e outros mestres Barroos foi largamente

    ignorada pelos professores daquela era. Assim existe uma uriosa situao na qual um sistema de instruo

    de ontraponto amplamente aeito omo o nio autntio que persistiu mesmo tendo falhado em levar

    em onta a importante msia ontrapontstia de um sulo inteiro anterior.

    CONTRAPONTO ESTRITO VERSUS LIVRE

    Embora no haja onordnia universal quanto ao signiado exato destes termos, ontraponto estrito

    normalmente refere-se a uma abordagem essenialmente omo a de Fux: h um antus rmus (voz xa)

    em semibreves, ontra o qual outra voz esrita, usando uma das vrias espies (nota ontra nota,

    duas notas ontra a nota dada, e assim por diante). Os exerios bsios no pretendem envolver um

    pulso mtrio, e impliaes harmnias no apresentadas. A nfase est mais nos intervalos vertiais e

    no movimento da voz adiionada em relao ao antus rmus; sobre ambos estes aspetos h restries

    severas. Alguns professores retm a abordagem modal, la Fux, enquanto outros desartam-na em favor

    do sistema maior-menor. Pode haver ou no um estudo do ontraponto do sulo XVI.

    Como regra, o ontraponto livre baseado nos modelos instrumentais do sulo XVIII e onsequente-

    mente no est onernido om aquelas restries que apliam-se espeiamente ao estilo do sulo XVI.

    Ele geralmente faz uso de exerios nas espies mas geralmente de uma maneira modiada que

    envolve um senso de metro e impliaes harmnias (omo neste livro).

  • 4 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    Os primrdios do oneito de ontraponto livre podem ser rastreados no passado at os esritos

    de Johann Philipp Kirnberger (1721-1783). Embora esta abordagem tenha ganho adeses (tais omo

    Jadassohn, Riemann, e Kurth), o ensino de fato daquela maneira no tornou-se difundido at o nal do

    sulo XIX.

    Os ontrapontos estrito e livre oexistem desde h muito e provavelmente ontinuaro uma situao

    que reete a divergnia de opinies aera de seus respetivos mritos entre os terios. Argumentos

    persuasivos em favor de ada um podem ser adiantados.

    O CONTRAPONTO CONFORME ENSINADO

    NA BASE DE NORMAS ESTILSTICAS

    Os

    1

    termos estrito e livre no so geralmente usados para rotular ursos de ontraponto. O proed-

    imento usual lista-los omo Contraponto do Sulo XVI ou omo Contraponto do Sulo XVIII.

    Enquanto o primeiro normalmente ensinado moda do estrito, o outro pode usar aquela abordagem

    ou uma mais livre.

    Pelo fato de que estes dois perodos diferem em esprito, onstruo tnia, e (geralmente) no uso

    de texto, eles neessitam de ursos diferentes, ou ao menos partes separadas do mesmo urso. Uma

    tentativa de fundi-los em um estilo omposto somente ir produzir um resultado sinttio que no tem

    ontrapartida na msia real.

    O presente volume trata inteiramente do ontraponto do sulo XVIII (Barroo ou estilo de Bah),

    e prinipalmente om msia instrumental. A abordagem livre. importante entender desde o inio

    que os prinpios bsios do ontraponto do sulo XVIII realmente apliam-se num sentido amplo

    msia ontrapontstia e mesmo muita msia homofnia at aos dias de Brahms. Isto , despeito

    das muitas mudanas e inovaes estilstias na msia durante os trezentos anos passados ou mais, a

    abordagem fundamental polifonia permaneeu mais ou menos onstante at o nal do sulo XIX. Nesta

    poa, o impressionismo, o dodeafonismo, e outras tendnias trouxeram muitas mudanas importantes

    para as tnias musiais. O ponto tratado aqui que ao estudar o assim hamado ontraponto no estilo

    de Bah no estamos limitando o nosso interesse na msia de Bah ou mesmo na msia do sulo

    XVIII; mais do que isso, estamos onentrando-nos em modelos daquele perodo porque eles propiiam

    os exemplos mais laros de uma tnia ontrapontstia que perpassa a msia de trs sulos.

    A NATUREZA DO CONTRAPONTO

    No proesso de expliar o signiado do termo ontraponto ao seu aluno Josephus, o Aloysius de Fux

    diz, neessrio que vo saiba que em tempos anteriores, ao invs das nossas notas modernas, pontos

    ou sinais eram usados. Assim, ostumava-se hamar uma omposio na qual um ponto era oloado

    ontra ou oposto a outro, `ontraponto'. Como uma tnia, isto pode ser denido omo a arte de

    ombinar duas ou mais linhas meldias de maneira musialmente satisfatria. Inlusa nesta denio

    est a suposio de que ada linha seja boa por si mesma; e a frase de maneira musialmente satisfatria

    implia entre outras oisas que as linhas sero independentes mas oordenadas em sentido.

    Enquanto o ontraponto do sulo XVIII pe onsidervel nfase no aspeto linear ou horizontal da

    msia, ele tambm est muito onernido om a ombinao vertial dos sons; isto , as linhas ouvidas

    juntas devem delinear progresses harmnias bem denidas e fortes. Conforme Oldroyd oloa em seu

    livro The Tehnique and Spirit of Fugue, O ontraponto o vo da teelagem meldia entre uma

    harmonia e outra. E R. O. Morris, no seu Foundations of Pratial Harmony and Couterpoint, sumaria

    a relao vertial-horizontal laramente: A harmonia e o Contraponto no so duas oisas diferentes mas

    meramente duas maneiras diferentes de onsiderar a mesma oisa.

    1

    O aso da abordagem estilstia belamente apresentado pelo Professor Glen Haydon na sua introduo ao Counter-

    point, The Polyphoni Voal Style of the Sixteenth Century de Jepesson: Mais e mais, msios zelosos tem ompreendido

    que no se pode ensinar ontraponto `em geral' sem enetar ontrovrsias inndveis sobre o que permissvel ou no.

    Tambm, o livro de Jepesson ( despeito de seu ttulo) inlui um Esboo Histrio da Teoria Contrapontstia que omenta

    extensivamente o ontraponto no estilo de Bah e d exelentes explanaes da relao entre este e o ontraponto no estilo

    de Palestrina, em termos de estrutura musial, perspetiva histria, e abordagem pedaggia.

  • Captulo 1

    A Linha Meldia Simples

    CONTORNO MELDICO

    J que o ontraponto onerne om o arter de linhas individuais bem omo om os

    prinpios envolvidos na ombinao de duas ou mais delas, nossa primeira onsiderao

    ser om as qualidades que fazem uma boa linha meldia. Entre as mais importantes

    destas est um senso de direo e um ponto de lmax, ambos ontribuindo para um

    ontorno meldio interessante e bem denido. (Outras relaionam tal matria om um

    equilbrio agradvel entre movimento onjunto e disjunto e entre movimento asendente

    e desendente.) Devido as muitas diferentes possibilidades para o ontorno meldio,

    imprativel tentar uma atalogao ompleta delas; mas ertos tipos abrangentes sero

    menionados a seguir.

    O mais omum aquele em que a linha asende ao ponto mais agudo e ento desende.

    No Exemplo 1a o ponto ulminante est a era de um tero da aminho perorrido, em 1b

    ligeiramente alm do ponto mdio, e em 1 perto do nal. A oloao dele em algum lugar

    da segunda metade a disposio mais usual, j que permite um senso de desenvolvimento

    at o ponto ulminante e mantm o interesse mais efetivamente.

    Exemplo 1a BACH: Passaaglia em D Menor

    noteheads noteheadsnoteheads noteheads noteheadsaccidentals noteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads dots noteheadsnoteheads noteheads noteheadsaccidentalsaccidentalsaccidentalsclefs 43 noteheads

    Exemplo 1b GOTTLIEB MUFFAT: Fuga em Sol Menor, para rgo

    restsnoteheads noteheads noteheadsnoteheadsaccidentals noteheadsnoteheadsnoteheadsaccidentalstimesig flagsnoteheadsscriptsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheadsdots rests noteheads noteheads noteheadsflagsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheadsaccidentals noteheads noteheadsnoteheads noteheads restsaccidentalsaccidentalsclefs noteheads noteheadsnoteheads noteheads

    Exemplo 1 BACH: C.B.T.

    1

    ,1 Livro II, Fuga 8

    timesigaccidentalsaccidentalsaccidentalsaccidentalsaccidentalsaccidentalsclefs flagsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsrests noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsaccidentals noteheads

    O padro oposto , aquele que move-se desendentemente e ento retorna para a rea

    da altura original mostrado no Exemplo 2.

    1

    Esta abreviatura usada nos exemplos deste livro para referir-se ao Cravo Bem Temperado de Bah.

  • 2 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    Exemplo 2 BACH: Conerto para Dois Violinos

    noteheads noteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsdots812 noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsflagsclefs noteheadsdots noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsaccidentals noteheadsdots

    Este ontorno (Exemplo 2) s visto raramente, provavelmente porque um senso de

    lmax de altura difil de obter om ele. Entretanto, a ausnia quase ompleta deste

    elemento nesta passagem ontribui para a sua qualidade serenamente bela.

    Se uma linha primeiro dese, e depois sobe para um ponto um pouo mais alto do que

    o do inio, um laro senso de lmax de altura pode resultar (Exemplo 3).

    Exemplo 3 HANDEL: Judas Ma

    abeus (To Our Great God)

    flags noteheadsaccidentals noteheadsdotsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheads accidentalsnoteheadsflags noteheadsrests dotsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsclefs accidentalsaccidentals noteheadsnoteheadsAllegrotimesig flags noteheads

    dots noteheadsflagsnoteheadsnoteheads accidentalsnoteheadsdotsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    O tipo de urva que omea om o seu ponto mais baixo e termina om o seu mais alto

    visto no Exemplo 4a, e o reverso dela no 4b. Ambos so relativamente infreqentes.

    Exemplo 4a BACH: Dueto em F (do Clavier-bung, Parte III)

    noteheads dotsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads (42 noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsaccidentals noteheadsclefs noteheadsnoteheads )noteheads

    Exemplo 4b BACH: A Arte da Fuga, No. 8

    noteheadsaccidentals noteheadsnoteheadsnoteheadstimesig scriptsnoteheads accidentalsnoteheads noteheadsclefs accidentals noteheads noteheadsrests noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheads

    O Exemplo 4b ilustra o fato de que um erto senso de lmax de altura pode ser

    obtido por um movimento basiamente desendente para um ponto grave, o reverso do

    proedimento mais freqente; ao menos h um forte sentido de direo para o R grave e

    um senso de hegada ao destino desejado quando ele alanado.

    Um sentido de lmax numa linha meldia ertamente no dependente da altura

    somente. Outros fatores omo durao, nvel de dinmia, e disposio das notas dentro

    da melodia entram em onsiderao. Por exemplo, uma nota que, em termos de altura,

    no mereeria uma ateno partiular pode ser tornada mais importante por meio de um

    valor mais longo (aento aggio) ou de um aento dinmio, enquanto que uma altura

    relativamente aguda que seja toada rapidamente pode no ter o efeito limtio que ela

    teria se fosse sustentada. No aso em que um lmax de altura desejado, geralmente

    melhor evitar que a linha mova-se para o mesmo ponto alto ou o mesmo ponto baixo

    (qualquer que esteja envolvido) mais de uma vez. Algumas melodias envolvem um tipo de

  • Captulo 1 A Linha Meldia Simples 3

    padro pivotante, no qual a linha entra-se em torno de uma nota ou rea partiular (a

    nota R no Exemplo 5a, e D no 5b).

    Exemplo 5a BUXTEHUDE: Fuga em Sol

    noteheadsnoteheadsnoteheads flagsnoteheads noteheads noteheadstimesig noteheadsrests noteheadsnoteheadsnoteheadsclefs accidentals noteheads rests noteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsExemplo 5b BACH: C.B.T., Livro I, Fuga 2

    noteheadsnoteheadsclefs accidentalsaccidentalsaccidentals noteheads noteheads noteheads noteheads noteheadsaccidentalsnoteheadsnoteheads flagsnoteheads noteheadsnoteheadstimesig noteheads noteheadsnoteheadsaccidentalsnoteheads noteheadsnoteheadsrests noteheadsnoteheads

    Note, ainda assim, que em tais asos a natureza intenional do retorno nota piv

    bvia para o ouvido. A menos que um tal padro laramente planejado seja aparente,

    um melodia que permanee voltando para as mesmas notas ir soar inutilmente repetitiva.

    Tambm para ser notado o fato de que melodias de variedade pivotante geralmente

    ontm, em adio s notas reorrentes, elementos que do um senso de progresso e

    direo. Por exemplo, nos Exemplos 5a e 5b ertas notas (indiadas por setas) formam

    linhas que movem-se por grau onjunto (progresses por grau onjunto [step-progressions).

    Esta araterstia ir reeber mais omentrios na prxima seo.

    IMPORTNCIA RELATIVA DAS NOTAS

    Em muitas melodias tonais ertas notas so ouvidas omo sendo mais importantes do que

    outras

    2

    . Isto pode oorrer quando aquelas notas so: (1) a mais aguda ou mais grave

    em uma frase ou um segmento mais longo; (2) a primeira e/ou a ltima; (3) mais longa

    em valor; (4) repetida, seja imediatamente ou mais tarde; (5) numa posio mtria forte;

    (6) aentuadas dinamiamente; (7) harmnias em oposio a no harmnias; (8) numa

    progresso por grau onjunto. (Qualquer uma destas ou todas estas ondies podem

    apliar-se.)

    As primeiras sete destas situaes ou so disutidas em outras partes do livro ou so

    por si evidentes. Mas a ltima requer alguma explanao aqui. Uma progresso por grau

    onjunto uma srie de notas (geralmente) no adjaentes numa melodia que formam

    uma suesso por grau onjunto; a forte relao meldia de uma segunda faz om que

    estas notas sejam ouvidas omo uma linha mesmo que outras notas intervenham. Algumas

    melodias, omo aquelas mostradas nos Exemplos 5b e 26, ontm uma progresso por

    grau onjunto simples. Outras envolvem muitas que omeam e terminam em diferentes

    pontos

    3

    . O Exemplo 6 mostra uma instnia deste ltimo tipo.

    2

    Alguns sistemas terios referem-se a estas notas omo alturas bsias. O rtulo foi evitado aqui

    porque deises denitivas de quais notas so bsias so difeis de alanar, posto que muitos fatores

    envolvidos e elementos de julgamento subjetivo neessariamente entram em questo. Tambm, h graus

    de basiidade, e assim paree questionvel falar de qualquer onjunto dado de notas omo a forma bsia

    de uma melodia.

    3

    O The Craft of Musial Composition de Hindemith inlui exemplos nos quais at seis progresses por

    grau onjunto esto operando ao mesmo tempo.

  • 4 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    Exemplo 6 BACH: Sonata IV para Flauta e Cravo

    noteheads noteheadsnoteheads dots noteheads noteheadsflagsnoteheadsscriptsnoteheads noteheadsnoteheadsaccidentalsclefs noteheadstimesig noteheadsnoteheadsaccidentals noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsaccidentals noteheads noteheadsnoteheads noteheads3clefs noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads

    Mais ilustraes da mesma situao podem ser vistas nos Exemplos 5a e 25. Obvia-

    mente, a presena de uma progresso por grau onjunto ajuda a dar um laro sentido de

    direo linha meldia. Quando, omo aontee raramente, h uma nia progresso

    por grau onjunto que ontinua atravs da frase inteira omo no Exemplo 7, ela delineia o

    esqueleto estrutural ompleto da frase.

    Exemplo 7 HANDEL: Messiah

    noteheadsRe

    restsnoteheadsaccidentalsaccidentals timesigjoice

    noteheadsnoteheadsjoice

    noteheads restsflagsjoice

    noteheadsclefsgreat

    noteheads noteheadsrestsflags noteheads accidentals noteheadslyRe

    flags noteheadsRe

    noteheadsrestsrests

    noteheadsnoteheadson!

    noteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsrests noteheads dotsrests noteheads noteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsRe

    noteheadster

    dotsdaugh

    noteheads noteheadsnoteheadsflagsZi

    4 noteheadsof

    noteheadsO

    clefs accidentalsaccidentalsjoice

    Mas omo pouas melodias so assim onstrudas e omo muitas ontm vrias pro-

    gresses por grau onjunto onorrentes, seria um erro onluir que o esqueleto estrutural

    pode normalmente ser deduzido simplesmente das progresses por grau onjunto. E er-

    tamente ns devemos lembrar que muitas melodias boas no fazem absolutamente uso da

    progresso por grau onjunto.

    IMPLICAES HARMNICAS

    Muitas melodias do perodo Barroo sugerem um fundo harmnio de algum grau. Em

    ertos asos (omo no Exemplo 8), aordes ompletos esboados dentro da linha tornam a

    harmonia impliada bem explita. Mas note que mesmo em tais onguraes harmnias

    aparentes, elementos laramente lineares esto geralmente presentes; duas progresses por

    grau onjunto foram indiadas no Exemplo 8, e duas mais nas vozes internas poderiam

    ter sido mostradas.

    Exemplo 8 BACH: C.B.T., Livro II, Fuga 15

    noteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsaccidentals noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsclefs noteheads83 noteheadsnoteheadsrests

  • Captulo 1 A Linha Meldia Simples 5

    Em outras melodias (Exemplos 9 e 12a), as impliaes harmnias so menos denidas.

    s vezes elas so mesmo apazes de serem interpretadas de duas ou mais maneiras diferentes

    at que sejam laramente denidas pela presena de uma tereira voz. As trs suesses

    harmnias listadas abaixo da msia no Exemplo 9 ilustram este ponto.

    Exemplo 9 BACH: C.B.T., Livro I, Fuga 1

    noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadstimesigclefs noteheadsnoteheadsnoteheads dotsrests noteheads noteheads noteheadsflagsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheads

    O termo ritmo harmnio omumentemente usado para desrever o padro de mu-

    dana harmnia na msia. Embora uma base harmnia seja provavelmente mais de-

    nida quando duas ou mais linhas estejam envolvidas, o ritmo harmnio aparente mesmo

    numa linha meldia nia que sugere um fundo ordal espeo.

    No estilo que estamos onsiderando, a tonalidade invariavelmente estabeleida no ou

    prxima do inio de uma melodia. Sujeitos de fugas e motivos de invenes quase sempre

    omeam na nota da tnia ou da dominante, oasionalmente na nota da sensvel ou da

    supertnia omo uma anaruse. A harmonia da tnia oorrendo no nal de um sujeito

    ou frase geralmente ai no tempo forte (o primeiro e tereiro num ompasso de quatro

    tempos, o primeiro num ompasso de dois ou trs tempos).

    A LINHA COMPOSTA

    O tipo de linha mostrada no Exemplo 10 (onsistindo, em efeito, de duas ou mais linhas

    ouvidas alternadamente) oorre freqentemente em obras para instrumentos de ordas

    desaompanhadas, onde um senso de ompletitude harmnia seria difil de obter de

    outro modo. Tais linhas obviamente envolvem um ontorno omposto.

    Exemplo 10 BACH: Chaonne

    accidentalsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheads noteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheads accidentalsaccidentalsaccidentals noteheads noteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    accidentalsnoteheads noteheadsaccidentalsclefs noteheads accidentalsnoteheads

    accidentalsnoteheads noteheadsaccidentalsnoteheads

    noteheads noteheads noteheadsnoteheads accidentalsnoteheads

    Se as trs linhas implitas nesta passagem fossem esritas omo tais, elas pareeriam

    aproximadamente omo isto:

    Exemplo 11

    noteheadsaccidentals43 noteheads

    noteheads noteheadsflagsflags

    flagsrests

    accidentals

    clefs flagsrests

    dots noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheadsrestsnoteheadsnoteheads accidentals

    noteheadsrests noteheads flags

    accidentalsflags flagsnoteheadsnoteheads noteheadsrests

    noteheads

    noteheadsrests noteheads restsrests

    noteheads

    accidentals

    accidentals noteheadsrests noteheads

    43

    noteheadsaccidentalsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsflagsrests

    clefs accidentals flags

    accidentals

    rests

    accidentalsnoteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    accidentals rests

    noteheads noteheads

    accidentals

    noteheadsnoteheads

  • 6 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    EXTENSO

    Como uma regra geral, as melodias dos sulos XVII e XVIII tendem a permaneer dentro

    da extenso de uma 12a, e muitas so onsideravelmente mais estreitas em mbito. Sujeitos

    de fugas, em partiular, muito freqentemente onnam-se extenso de uma oitava;

    daquelas no Cravo Bem Temperado, somente umas pouas envolvem extenses to amplas

    quanto uma 10a, e nenhuma a exede. O Exemplo 12 mostra melodias om extenses

    estreitas e amplas, respetivamente uma 5a em a e uma 11a em b.

    Exemplo 12a BACH: C.B.T., Livro I, Fuga 14

    noteheads accidentalsrests noteheads noteheadsaccidentalsaccidentalsaccidentals accidentalsnoteheads accidentalsnoteheads dots accidentals noteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads46

    noteheads dotsnoteheadsscriptsdotsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsclefs

    Exemplo 12b C.P.E. BACH: Kurze und leihte Klavierstke, No. 15b, Minuetto II

    noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsaccidentals noteheadsnoteheads accidentals noteheadsclefs noteheadsnoteheadsnoteheads

    43 noteheads noteheads accidentals restsaccidentalsaccidentalsaccidentalsaccidentals noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads

    OUTRAS CONSIDERAES

    At aqui no zemos mais do que toar brevemente em algumas das muitas possibilidades

    do ontorno meldio e em alguns fatores da onstruo meldia. Devemos agora rever

    ertos pontos espeos envolvidos na esrita meldia bem suedida:

    1. Os quarto, sexto, e stimo graus da esala (s vezes hamados graus ativos), tem

    tendnias direionais partiulares em relao harmonia da tnia bem omo tambm em

    ertos outros ontextos harmnios. O Exemplo 13 mostra as tendnias dos graus ativos

    em D maior.

    Exemplo 13

    noteheadsnoteheads noteheads12

    5noteheadsclefs 4 6 7 8noteheads 3noteheads

    O quarto grau, estando apenas um semitom aima do tereiro, na maioria das vezes

    move-se naquela direo mais do que um tom inteiro na direo oposta. Semelhantemente,

    o stimo grau tende a mover-se para o grau da esala mais prximo, a tnia um semitom

    aima. Embora a relao de semitom no se aplique no aso do sexto grau da esala (isto

    , em maior), a tendnia daquela nota normalmente deser para o quinto grau da esala,

    j que a nota aima dela em si uma nota ativa.

  • Captulo 1 A Linha Meldia Simples 7

    Entretanto, se abordadas omo no Exemplo 14a, estas mesmas notas podem onvin-

    entemente mover-se na direo oposta daquela mostrada aima. s vezes elas saltam

    para outras notas ativas, aso em que a tendnia da primeira nota renuniada ou sua

    resoluo assumida por outra voz. Em qualquer aso, a maneira da resoluo deriva da

    tendnia da ltima nota numa srie de notas ativas (Exemplo 14b).

    Exemplo 14

    noteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheads noteheads noteheadsclefs noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    O segundo grau da esala s vezes onsiderado ativo tambm, mas ele tem menos

    senso de empuxe gravitaional do que os quarto, sexto, ou stimo graus. Sua tendnia

    mais bsia deser para a nota da tnia, embora ele geralmente mova-se para ima para

    o tereiro grau da esala ao invs.

    Em menor, a esala menor harmnia (Exemplo 15) normalmente a base para as

    harmonias vertiais impliadas neste estilo, de modo que o aorde de dominante seja maior,

    a subdominante, menor.

    Exemplo 15

    accidentals noteheadsnoteheads

    noteheadsaccidentalsaccidentalsaccidentals noteheadsnoteheads noteheadsaccidentalsaccidentalsaccidentals noteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsclefs noteheads noteheads noteheads

    Nesta esala, as tendnias dos graus ativos so as mesmas daquelas em maior, mesmo

    que diferentes relaes intervalares estejam envolvidas nos dois asos; isto , o quarto grau

    est um tom inteiro aima do tereiro e o sexto grau um semitom aima do quinto.

    A esala menor meldia (Exemplo 16) mais geralmente usada para melodias, para

    evitar a 2a aumentada que oorreria entre os graus 6 e 7 se ambos no fossem ou levantados

    ou deixados na sua forma menor natural.

    Exemplo 16

    accidentalsnoteheads

    accidentalsnoteheadsclefs noteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsaccidentalsnoteheads noteheadsnoteheadsaccidentals

    accidentalsaccidentals noteheadsaccidentalsnoteheads noteheads noteheads

    Como uma regra muito geral, linhas asendentes empregam a forma asendente desta

    esala, linhas desendentes a forma desendente. Mas o fundo harmnio tambm tem uma

    parte importante na esolha de uma ou outra. H oasies em que a forma asendente deve

    ser usada numa passagem desendente de modo a impliar o aorde (maior) de dominante

    (Exemplo 17a); e a forma desendente s vezes vista numa passagem asendente quando

    a subdominante (menor) est impliada (Exemplo 17b).

  • 8 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    Exemplo 17a BACH: C.B.T., Livro I, Fuga 2

    accidentals

    restsnoteheadsnoteheads accidentalsaccidentals

    accidentalsaccidentals rests noteheadsaccidentalsaccidentalsaccidentals

    noteheads

    43

    noteheads

    clefs

    accidentals noteheads43

    dotsnoteheadsclefs noteheadsnoteheadsnoteheads accidentalsnoteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    Exemplo 17b BACH: C.B.T., Livro I, Fuga 4

    clefs

    timesig

    noteheads

    noteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheads dotsrests noteheads

    noteheads noteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads noteheadsaccidentalsaccidentalsaccidentalsaccidentalsaccidentals timesig noteheads

    clefs accidentalsaccidentalsaccidentalsaccidentals noteheadsnoteheadsnoteheads

    aparente, entretanto, que no aso de uma esala menor meldia a tendnia normal

    dos sexto e stimo graus levantados para ima, e os sexto e stimo graus abaixados, para

    baixo.

    Em qualquer aso, o intervalo ompliado e no voal de uma 2a aumentada que oorre

    entre o sexto grau no alterado e o stimo grau levantado (L bemol para Si natural em

    D menor) geralmente evitado em linhas meldias. As exees so prinipalmente em

    passagens que delineiam um aorde de stima diminuta (Exemplo 18).

    Exemplo 18 BACH: Invenes a Duas Partes No. 13

    noteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsaccidentalsnoteheads noteheadsnoteheads noteheads noteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsaccidentals noteheads noteheadsnoteheads noteheads noteheadsaccidentals noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads accidentalsnoteheads noteheadsnoteheadsaccidentalsnoteheadsclefs accidentalsnoteheads noteheads

    noteheads noteheadsnoteheads

    Oasionalmente a 2a aumentada intenionalmente destaada omo um arter ara-

    terstio reorrente numa passagem, omo no Exemplo 19.

    Em tais asos, a orroborao do intervalo inomum atravs da repetio (e imitao

    annia no Exemplo 19) d espeial validade e preserva-o de soar meramente fortuito.

    Diferente da 2a aumentada, o intervalo de 7a diminuta entre o sexto grau no alterado

    da esala e o stimo grau levantado da oitava abaixo inteiramente utilizvel e enon-

    trado freqentemente na msia dos perodos Barroo e Clssio (veja o Exemplo 8a neste

    aptulo bem omo os Exemplos 3 e 4 no Captulo 17).

  • Captulo 1 A Linha Meldia Simples 9

    Exemplo 19 BACH: Dueto em F (do Clavier-bung, Parte III)

    noteheads

    noteheads

    flags accidentalsnoteheadsaccidentals noteheads accidentalsaccidentalsnoteheads noteheadsnoteheads noteheads

    accidentals accidentalsnoteheads

    noteheads dotsnoteheads

    accidentals

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    restsclefs

    noteheadsnoteheads

    restsnoteheads

    clefs noteheads

    noteheads accidentals

    noteheads

    accidentals noteheads noteheadsnoteheads noteheads

    accidentals noteheads

    noteheads

    accidentalsclefs noteheads

    noteheadsnoteheadsaccidentals

    accidentals flags

    noteheads rests

    noteheads

    noteheads

    accidentalsnoteheads

    accidentalsclefs noteheads

    noteheads

    noteheadsaccidentals noteheads

    accidentals accidentals

    4

    accidentals accidentals noteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads rests

    flagsaccidentals

    noteheadsaccidentals noteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheads accidentals

    flags

    2. Mesmo numa linha meldia simples ertas notas podem ser ouvidas omo no

    harmnias para as harmonias impliadas e devem ser resolvidas. Como este ponto

    muito mais provvel de surgir omo um problema em onexo om os exerios a duas

    vozes que sero feitos mais adiante, uma disusso ulterior ser reservada para o Captulo

    4.

    3. Quando dois ou mais saltos so feitos na mesma direo, o ouvido interpreta todas as

    notas omo pertenentes mesma harmonia, assumindo que nenhuma delas seja laramente

    no harmnias. Portanto, saltos onseutivos devem envolver somente notas que formam

    uma harmonia aeitvel no estilo que est sendo usado. No idioma que estamos estudando,

    suesses omo as seguintes so geralmente exludas por esta razo:

    Exemplo 20

    3

    noteheads noteheadsnoteheads noteheadsaccidentals7

    noteheadsclefs noteheadsnoteheads noteheads5

    noteheads7

    noteheads noteheads44

    noteheads4 5

    Se, entretanto, a ltima nota em ada aso fosse ouvida omo no harmnia e ento

    resolvida, muitas de tais suesses tornar-se-iam utilizveis. Revertendo-se a direo do

    segundo intervalo em ada uma das suesses do Exemplo 20 iria torna-las todas aeitveis,

    j que o senso de uma harmonia implita envolvendo todas as trs notas seria ento

    anelado.

    4. Mesmo quando elas enaixam-se na mesma harmonia implita, dois saltos amplos

    (digamos de uma sexta ou mais) na mesma direo devem ser evitados, j que eles tende-

    riam a levar a linha muito longe em uma direo muito abruptamente, e poderiam provoar

    uma falta de equilbrio meldio (Exemplos 21a, b, ). Aps um salto grande geralmente

    melhor mudar a melodia para a direo oposta (Exemplos 21d, e).

  • 10 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    Exemplo 21

    noteheads noteheadsnoteheadsa enoteheadsclefs noteheadsc noteheads dnoteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    b

    noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheads

    5. Como uma regra muito geral, um salto seguido por movimento em grau onjunto

    prefervel do que movimento por grau onjunto seguido por um salto (Exemplo 22).

    Exemplo 22

    noteheadsc noteheads

    d

    3 noteheadsa noteheadsDuvidvel

    clefs 3 noteheadsflags noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsBom

    noteheadsnoteheadsb

    flagsflags noteheadsBom

    noteheadsnoteheads flagsnoteheads noteheads

    Pobre

    noteheads noteheads

    Quanto mais rpido o movimento das notas envolvidas, e quanto maior o salto, mais

    ensurvel ser a suesso grau onjunto-salto. Ela [a suesso ensurvel tende a apareer

    mais geralmente (no ontraponto de estudantes) om o salto entre a ltima frao de

    um tempo e a primeira nota do prximo, omo nos Exemplos 22b e d. Em valores de

    notas que se movem mais lentamente o resultado ligeiramente melhor, embora ainda

    frao, espeialmente se o salto est sobre a barra de ompasso, omo no Exemplo 23a.

    A introduo sbita de um salto aps o movimento por grau onjunto paree hamar a

    ateno para si mais naquele ponto, possivelmente porque normalmente h uma mudana

    harmnia l. Quando o salto de um tempo forte para um tempo frao, omo nos

    Exemplos 23b e , o resultado provavelmente mais aeitvel.

    Exemplo 23

    Ainda melhor, usvel

    noteheadsnoteheads noteheads noteheads noteheadsa

    noteheads43

    noteheadsFracotimesig noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsclefs noteheadsnoteheads noteheadsb noteheadsnoteheads timesig noteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    cMelhor, usvel

    6. Deve haver alguma orroborao de elementos musiais, meldios ou rtmios ou

    ambos. A orroborao meldia pode ser obtida por repetio real de um elemento

    qualquer oisa desde uma gura at uma frase ou seo inteira. A repetio pode oorrer

    suessivamente, omo no Exemplo 24, ou aps material interveniente.

    Exemplo 24 SCARLATTI: Sonata em S-bemol Maior (Kirkpatrik 441)

    noteheads noteheadsclefs

    rests

    noteheadsrests noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    noteheads

    noteheads

    restsnoteheadsnoteheadsnoteheadsaccidentalsaccidentals

    noteheads

    noteheadsnoteheads

    restsaccidentalsaccidentals noteheads noteheads

    noteheadstimesignoteheads

    noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadstimesig

    noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheads

    noteheadsclefs noteheads

  • Captulo 1 A Linha Meldia Simples 11

    A seqnia, na qual um elemento meldio reorre em outro grau da esala, muito

    mais freqente do que a repetio literal neste estilo, e um dispositivo extremamente

    omum e importante na msia ontrapontstia do perodo tonal. Ela ilustrada no

    Exemplo 25.

    Exemplo 25 BACH: Sinfonia No. 3

    accidentalsaccidentals

    noteheads noteheads noteheadsnoteheadstimesig

    clefs noteheads noteheads

    noteheadsrests

    noteheads

    noteheads

    noteheadsflagsnoteheads

    rests flags

    noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsaccidentals

    noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    flags

    noteheads noteheads

    noteheadsflags

    noteheadstimesig

    noteheads

    rests

    noteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheads

    accidentalsaccidentalsaccidentals

    noteheads

    noteheads noteheads

    flagsrests

    clefs

    A seqnia sempre onebida om algum objetivo harmnio em mente seja uma

    progresso dentro de uma rea harmnia espea ou uma onexo de duas de tais reas.

    Alm disso, muitas seqnias tem uma funo linear. Por exemplo, no Exemplo 25 note a

    progresso por grau onjunto na voz superior. (Somente a voz superior est indiada ali.)

    Um ponto interessante em onexo om a seqnia o de que ela geralmente justia o

    uso de alguma araterstia inomum que, se formulada somente uma vez, poderia soar

    improvvel e aidental. A orroborao imediata no somente assegura ao ouvido que

    a araterstia inesperada era intenional, mas ria um padro que d objetivo e lgia

    para a msia. Por exemplo, no Exemplo 26 o salto asendente de 7a (de R para D)

    om um valor longo inesperado na nota superior inteiramente onvinente por ausa

    de sua onrmao na seqnia e por ausa de resoluo paralela das notas ativas (D

    para Si e Mi para R). A suesso grau onjunto-salto no primeiro segmento b tambm

    exepional. Observe que a linha asende de Sol para Si e para R, as notas da trade da

    tnia.

    Exemplo 26 BACH: C.B.T., Livro I, Fuga 15

    noteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheads flags noteheadsnoteheads noteheadsclefs noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsaccidentals noteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheads86 noteheadsnoteheads noteheads noteheads noteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsflagsnoteheads

    No exemplo 27, a repetio de alturas na voz inferior poderia ter soado meramente

    exntria e ompliada se tivesse oorrido somente uma vez; omo parte do padro ouvido

    aqui, lgia e satisfatria.

    Ex. 27 BACH: C.B.T., Livro I, Fuga 14

    noteheadsaccidentals

    noteheadsnoteheads

    flagsnoteheadsdots accidentals

    noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    noteheadsclefsnoteheads

    accidentalsrests noteheads noteheadsnoteheads

    accidentalsaccidentalsaccidentals noteheadsnoteheadsclefs noteheads noteheads

    noteheadsnoteheads noteheadsaccidentals

    noteheadsnoteheadsaccidentalsaccidentalsaccidentals accidentalsrests

    noteheads noteheadsnoteheadsdots noteheadsaccidentalsnoteheadsaccidentals

    noteheadsnoteheads

    Entretanto, h um limite para o que a seqnia pode justiar. Uma araterstia que

  • 12 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    seja realmente ensurvel mais do que meramente inomum no ir tornar-se mais aeitvel

    om a repetio. Tambm, importante relembrar que muitas repeties onseutivas de

    um padro produzem um efeito montono e redundante. Como regra, trs podem ser

    onsideradas um limite seguro.

    Seqnias s de ritmos so tambm possveis, mas a orroborao rtmia mais geral-

    mente obtida meramente por meio de um padro araterstio, tal omo o de semiolheia

    pontuada seguida de uma fusa no seguinte:

    Exemplo 28 BACH: C.B.T., Livro II, Prelude 16

    dots noteheadsnoteheads restsdots

    dotstimesig noteheads noteheadsrestsnoteheads

    noteheads

    clefs accidentalsaccidentals restsdots

    scripts

    clefsdots

    accidentalsaccidentals noteheadsnoteheads

    restsnoteheads

    accidentalsdots noteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsdots

    noteheadstimesigflagsdotsnoteheads noteheads

    noteheads dotsnoteheadsscripts

    No devem haver muitos padres rtmios diferentes nem valores muito divergentes na

    melodia se unidade e oernia devem ser mantidas.

    7. Paradas brusas no movimento rtmio devem ser evitadas. Onde houver uma eso-

    lha ente movimento num tempo forte e movimento num tempo frao, a ltima disposies

    geralmente prefervel, assim haver um senso de propulso para o tempo forte, de modo

    que a durao da nota e a fora do tempo sero mutuamente suportados. Por exemplo,

    noteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheads normalmente mais satisfatrio do que noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads . Mas este prinpio no

    deve ser tomado muito literalmente, pois exees so freqentemente realizadas por onsi-

    deraes espeiais do padro musial. Nem se aplia quando h outra voz que pode manter

    o uxo rtmio em pontos onde a primeira voz interrompida.

    TAREFAS SUGERIDAS

    1 Exerios na deteo de erros.

    2 Esreva ino melodias (ou tantas quantas forem espeiadas pelo instrutor) de

    quatro a oito ompassos de omprimento. Estas devem demonstrar os vrios tipos

    de ontorno meldio. Tenha algumas melodias em maior, algumas em menor, e use

    diferentes sinais de ompasso e andamento.

    3 Traga trs exemplos de progresso por grau onjunto de msia dos perodos Barroo

    e Clssio. Se o instrutor assim espeiar, as notas envolvidas nas progresses por

    grau onjunto devero ser indiadas om setas, omo no texto.

  • Captulo 1

    Prinpios do Contraponto a Duas

    Vozes

    Se fssemos analisar um grande orpo de msia ontrapontstia dos sulos dezessete e

    dezoito, enontraramos que ertos prinpios gerais predominaram. Estes neessitam ser

    examinados antes que exerios reais na esrita a duas vozes sejam empreendidos. Os mais

    importantes so os seguintes:

    1 Cada linha deve ser boa por si mesma.

    2 Deve haver suiente independnia entre as vozes em termos de direo e movimento

    rtmio.

    3 Por outro lado, elas devem ter o suiente em omum estilistiamente e diferenas,

    de modo que elas fundam-se num todo onvinente quando ombinadas

    4 As linhas devem impliar uma boa suesso harmnia. Em qualquer ponto dado, o

    ouvido ouve no somente a linha horizontal mas o resultado vertial de sua ombina-

    o; estes sons vertiais devem representar uma progresso harmnia satisfatria.

    5 Neste estilo, as vozes devem ser prinipalmente onsonantes uma om a outra, as

    dissonnias esto presentes mas em quantidades menores do que as onsonnias.

    Vamos voltar agora e onsiderar ada um destes pontos separadamente, apliando-os

    ao exerto dado no Exemplo 1.

    Exemplo 1 BACH: Invenes a Duas Partes No. 11

    noteheadsnoteheadsaccidentals noteheads

    noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    restsnoteheads

    noteheads

    noteheads noteheadsscripts

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheadsaccidentalsnoteheads noteheadsaccidentals

    noteheadsflags

    noteheads

    noteheads

    restsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    noteheads

    noteheadsaccidentals noteheads noteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheads

    flags

    noteheads noteheadsnoteheads

    flagsnoteheads accidentals

    noteheads noteheads noteheads

    noteheadsflags

    accidentalstimesigaccidentalsclefs accidentalsaccidentals

    clefs

    timesig

    accidentalsaccidentals accidentals flags

    noteheads noteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    QUALIDADE DAS LINHAS INDIVIDUAIS

    No Exemplo 1 ada uma das linhas agradvel por si mesma. Cada uma tem um senso

    denido de direo, uma urva interessante. A voz superior a melhor esse respeito, j

    que ela asende para um ponto de lmax mais laramente denido. Cada linha mantm

    um bom equilbrio entre movimento por grau onjunto e saltos. Uma seqnia em ada

    voz no inio do segundo ompasso orrobora os padres rem ouvidos e d interesse

    adiional.

  • 2 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    INDEPENDNCIA ENTRE AS LINHAS

    Ritmiamente, as duas vozes no Exemplo 1 exibem um grau justo de independnia. Na

    maior parte, o movimento distribudo entre elas. A nia exeo oorre nos tereiro e

    quinto tempos, onde ambas as vozes movem-se em semiolheias de uma vez que prova

    ser um abandono agradvel do padro de diferentes valores.

    Outro elemento importante no sentido de independnia entre as linhas aqui o fato

    de que seus respetivos ontornos so na maior parte dessemelhantes. Isto , os asensos e

    desensos nelas no oorrem nos mesmos lugares novamente, om a exeo dos tempos 3

    e 5, onde ambas as vozes movem-se brevemente em sextas paralelas. Devido ao movimento

    ontrrio empregado em outras partes na passagem, o movimento paralelo aqui agradvel

    por via do ontraste. Se ontinuasse por muito tempo, entretanto, o efeito seria o de uma

    nia voz om uma parte harmnia paralela mais do que de duas vozes independentes.

    Se duas vozes movem-se em oitavas paralelas, o ouvido tende a reeber a impresso

    de que uma voz foi retirada, e o sentido real de ontraponto perdido. por esta razo

    que oitavas paralelas entre vozes so proibidas. Certamente este prinpio no tem a ver

    om o expediente de dobrar uma melodia um oitava aima ou abaixo numa passagem para

    adiionar fora ou uma or espeial, um expediente que oorre onstantemente na msia

    orquestral, de rgo, e de piano, por exemplo. Em tais asos o dobramento de oitava no

    uma voz real mas meramente um reforo de uma voz j presente.

    Unssonos paralelos so obviamente evitados tambm, j que (mais do que as oitavas)

    eles do o efeito de reduzir duas vozes em uma.

    O Exemplo 2 demonstra oitavas paralelas (a) e unssonos paralelos (b).

    Exemplo 2

    dots

    noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsdots

    noteheadsnoteheadsclefs noteheadsa noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads

    bnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    As 5as paralelas so igualmente evitadas, mas prinipalmente porque elas impliam

    trades paralelas, um expediente estranho ao estilo que estamos usando. Enquanto este

    ponto pode por esta razo no ser inteiramente apropriado sob o ttulo de independnia das

    vozes, ele pode muito onvenientemente ser disutido aqui junto om outros paralelismos.

    Quaisquer duas 5as perfeitas [justas paralelas so pobres (Exemplos 3a e b), bem omo

    a suesso de 5a diminuta para 5a perfeita (em ). No aso desta ltima suesso, uma

    objeo adiional que a 5a diminuta dissonante no resolvida. Por outro lado, uma 5a

    perfeita para uma 5a diminuta possvel se a resoluo formal segue (d).

    Exemplo 3

    noteheads

    noteheads

    Ruim

    noteheadsnoteheads

    noteheads

    a

    noteheads

    Ruim

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    b

    noteheads

    c

    noteheads

    noteheads

    Ruim Possvel

    ( )clefs noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    d

    noteheadsnoteheads

    Estes omentrios sobre paralelismo envolvem somente o ontraponto usando nota on-

    tra nota (primeira espie). Outras situaes sero onsideradas mais tarde quando elas

    oorrerem em onexo om vrios exerios.

    Como regra, o unssono, a 5a e a oitava no devem ser abordados por movimento

  • Captulo 1 Prinpios do Contraponto a Duas Vozes 3

    semelhante no ontraponto a duas vozes (Exemplos 4a, b e ) devido a nfase que tal

    movimento d ao intervalo perfeito. (O efeito ainda mais ensurvel se ambas as vozes

    saltam.) Entretanto, a abordagem da oitava mostrada em d, om o movimento pronuniado

    das fundamentais na voz inferior, bom; ela vista freqentemente em adnias.

    Exemplo 4

    b

    noteheads

    noteheadsnoteheads noteheads

    noteheads

    c

    noteheadsnoteheads

    Bom

    Oitava direta

    noteheadsnoteheads

    Fraco

    noteheads noteheads

    noteheads

    Quinta diretaUnssono direto

    a

    noteheads

    d

    clefs noteheadsnoteheads

    noteheads

    No ontraponto envolvendo mais de duas vozes, o movimento semelhante para um

    intervalo perfeito em vozes internas ou entre uma voz interna e uma voz externa no

    inomum. Em tais asos a relao menos bsia e menos audvel do que seria entre vozes

    externas.

    UNIDADE

    O tereiro ponto na nossa lista de requisitos, o fato de que as vozes devem ter algo em

    omum, prinipalmente uma questo de unidade estilstia. Mas, alm disso, as vozes no

    devem ser muito divergentes uma da outra em termos de valores e padres rtmios se elas

    devem enredar-se naturalmente. No exemplo 1 o uso em ambas as vozes dos mesmos valores

    (semiolheias, olheias, e uma semnima oasional) d s duas um alto grau de unidade

    rtmia. Uma tal disposio araterstia do ontraponto Barroo. Assim, tambm, a

    manuteno de um pulso estvel. A palavra motriz s vezes apliada msia deste

    tipo, na qual o pulso mtrio/rtmio subjaente onsistentemente aparente.

    Uma fonte adiional de unidade no exerto mostrado no Exemplo 1 a orroborao de

    elementos meldios. A instnia mais bvia disto a seqnia em ambas as vozes no inio

    do segundo ompasso. Mas alm disso, uma pequena gura que oorre primeiramente no

    segundo tempo na voz superior reorre de forma ligeiramente alterada no prximo tempo na

    voz inferior, e em movimento ontrrio (om a direo dos intervalos revertida) nos tempos

    7 e 8 na parte superior. (As aparies desta gura esto delimitadas no Exemplo 5.) E

    as passagens esalares, movendo-se primeiro asendentemente e depois desendentemente,

    ontribuem para a homogeneidade.

    Exemplo 5 BACH: Invenes a Duas Partes No. 11

    clefs noteheads

    rests

    noteheads

    accidentalsaccidentals

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheadsnoteheads flags

    noteheads

    noteheadsnoteheads scriptsnoteheadsaccidentals noteheadsnoteheads

    noteheads

    noteheads

    accidentalsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsSeqncia

    noteheads

    noteheads

    accidentals flags

    noteheads

    noteheads flags

    noteheads

    noteheads

    rests noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheads

    noteheads noteheadsnoteheads

    flags noteheads

    noteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheads noteheads

    noteheads accidentalsclefs

    timesig

    flagstimesig

    noteheadsaccidentalsaccidentals noteheadsnoteheads noteheads(Movimento contrrio)

    accidentalsaccidentalsaccidentals

    noteheads

    accidentalsnoteheads

    noteheadsnoteheads

  • 4 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    IMPLICAES HARMNICAS

    O quarto ponto na nossa lista tem a ver om o fundo harmnio impliado no ontraponto.

    O Exemplo 6 mostra, por meio de smbolos de aordes, as harmonias implitas na passagem

    que estamos usando para o propsito de demonstrao. As notas no harmnias foram

    iruladas.

    Exemplo 6 BACH: Invenes a Duas Partes No. 11

    noteheadsaccidentals noteheads

    accidentals flagsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheads noteheads

    flags

    noteheads

    noteheadsnoteheads

    accidentals

    accidentals scriptsnoteheads

    noteheads accidentals

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    timesigaccidentalsaccidentalsclefs noteheads noteheads

    noteheads

    noteheadsnoteheads noteheads

    accidentalsnoteheads accidentals

    noteheads noteheadsnoteheads

    noteheads

    rests

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheadsnoteheads flagsnoteheads noteheads noteheads

    noteheadsnoteheadstimesigaccidentals

    accidentalsclefs

    noteheads

    noteheads

    noteheadsaccidentals

    noteheads

    noteheadsrests noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads

    As alteraes romtias aqui, embora analisveis em termos harmnios, so esseni-

    almente notas de passagem; e o i perto do nal dominante em qualidade (um ponto a ser

    disutido presentemente). Assim o ritmo harmnia bsio move-se em valores de mnima.

    Note que todos os membros de ada trade esto inludos em uma voz ou outra, de modo

    que as harmonias so espeialmente impliadas om lareza aqui.

    Esolha das Notas do Aorde

    No ontraponto a duas vozes obviamente impossvel ter todas as trs notas de uma trade

    soando simultaneamente. Certamente elas podem s vezes serem esboadas em suesso,

    mas esta possibilidade nem sempre est disponvel. A questo que surge ento : quais

    membros do aorde devem ser omitidos? Se experimentamos, usando uma trade de D

    maior, veremos que a omisso da fundamental

    noteheadsnoteheadsclefs priva o aorde de sua identidadebsia, e que o Mi e o Sol podem agora ser interpretados omo fundamental e tera de uma

    trade de Mi menor. Paree, ento, que a fundamental deve ordinariamente estar presente.

    (Entretanto, se o D foi ouvido logo previamente, no haveria nenhuma questo sobre o

    Mi e o Sol serem ouvidos omo tera e quinta de uma trade de D maior.) Sem a tera

    clefs noteheadsnoteheads no podemos dizer se a trade maior ou menor; seu fator de or est visivelmentefaltando. Alm disso, omo foi apontado anteriormente, a 5a aberta usada esassamente

    neste estilo, j que ela tende a dar uma erta qualidade araia. Conlumos, portanto, que

    a tera do aorde um membro altamente importante. Se omitimos a quinta noteheadsnoteheadsclefs ,o efeito satisfatrio. Poder-se-ia argumentar que D e Mi poderiam ser ouvidos omo

    tera e quinta de uma trade de L menor. Se o aorde ou tonalidade de L menor foram

    ouvidos logo previamente, isto pode ser verdade; aso ontrrio o ouvido iria provavelmente

    esolher a interpretao em que a nota inferior ouvida omo fundamental. No Exemplo

    7 nenhuma 5a dos aordes est presente, ontudo todas as harmonias impliadas esto

    perfeitamente laras.

  • Captulo 1 Prinpios do Contraponto a Duas Vozes 5

    Exemplo 7

    noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsclefs noteheads

    Claro que se o quinto grau da esala aparee numa dada melodia e a harmonia da tnia

    paree exigida, ou a fundamental ou a tera tero que ser omitidas, mais freqentemente

    a tnia, omo em a no Exemplo 8. E h asos em que o quinta do aorde no baixo om

    a tera na voz superior perfeitamente satisfatria (em b).

    Exemplo 8

    noteheads accidentalsnoteheads noteheadsb

    noteheadsa

    noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsclefs noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    Dobramento

    Na esrita ontrapontstia a duas vozes, o problema do dobramento obviamente no est

    to envolvido na proporo em que est na esrita a quatro partes. E as regras de do-

    bramento que so apliadas numa textura a quatro partes so geralmente abandonadas

    por razes lineares no ontraponto. Mas pode ser bom apontar a leve fraqueza de uma

    tera dobrada numa posio proeminente, omo em a e b no Exemplo 9. Em b, a tera do

    aorde aontee tambm de ser a sensvel. Um dobramento dela deve ser partiularmente

    evitado, pois se as tendnias de ambas as notas ativas forem umpridas diretamente,

    oitavas paralelas resultaro.

    Exemplo 9

    noteheadsnoteheads noteheadsflagsanoteheads bnoteheadsclefs noteheads noteheadsdots

    noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads

    Entretanto, se ambas as vozes movem-se por grau onjunto e em movimento ontrrio

    atravs de dobramentos deste tipo, o resultado geralmente aeitvel, espeialmente se a

    nota dobrada no est num tempo forte (Exemplo 10).

    Exemplo 10

    noteheadsnoteheadsclefs noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads

    noteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsrests

    Tambm, as seqnia geralmente justiam o uso de um dobramento que poderia aso

    ontrrio ser questionvel.

  • 6 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    Esolha das Harmonias; Suesses Harmnias

    Ao esrever ontraponto, no devemos somente sugerir laramente as harmonias mas de-

    vemos nos assegurar de que as suesses harmnias impliadas so boas. Progresses que

    seriam evitadas na harmonia a quatro partes devem ser evitadas tambm aqui. O Exemplo

    11 ilustra algumas delas.

    Exemplo 11

    noteheads

    noteheadsnoteheads

    vi

    noteheadsnoteheads

    noteheadsclefs timesig noteheads noteheads

    noteheads

    noteheadsnoteheads

    ii

    noteheads

    I

    noteheads noteheads noteheads

    IV

    clefs timesigV

    anoteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    b cnoteheadsnoteheads noteheads

    noteheads

    No Exemplo 11a a suesso V IV, geralmente ouvida omo uma retrogresso quando

    ambos os aordes esto em posio fundamental, est implita. Se IV6 substitusse o IV

    no tereiro tempo, a progresso seria inteiramente utilizvel.

    Em b est a progresso ii I (novamente, om ambos os aordes em posio fundamental)

    que fraa. O ii deveria ou progredir para um V antes de ir para I ou mover-se para um I

    se uma adnia est envolvida.

    Em o aorde vi6 impliado abordado e deixado por salto, no baixo, enquanto que

    aquele aorde e o iii6 so utilizveis somente omo sons de passagem om o baixo movendo-

    se por grau onjunto. Empregados desta maneira, eles na verdade no expressam a funo

    dos graus vi ou iii mas so o que pode ser hamado de aordes ontrapontstios. Se

    argumentar-se que o L e o D podem ser ouvidos om um IV implito ao invs (o que

    improvvel devido ao Mi preedente), a progresso seria ainda pobre, por razes a serem

    expliadas brevemente.

    Neste estilo, o aorde utilizvel de quatro maneiras: (1) em adnias (a serem disu-

    tidas presentemente); (2) omo um aorde de passagem; (3) na repetio de aordes isto

    , om o preedido e seguido pela mesma harmonia em primeira inverso ou em posio

    fundamental; (4) omo um aorde ornamental [embellishing. Estes usos esto ilustrados

    no Exemplo 12.

    Exemplo 12

    I

    dotsnoteheads43

    noteheads noteheads dotsnoteheads 43

    noteheads

    I

    noteheadsnoteheads

    I

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    scripts

    noteheadsflags

    dots

    b

    noteheads

    clefs43 noteheads

    noteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheadsV

    dots

    I

    dots

    noteheadsa

    I

    noteheads

    noteheadstimesig

    noteheadsclefs43 timesig

    V ii

  • Captulo 1 Prinpios do Contraponto a Duas Vozes 7

    IV

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads noteheadsclefs

    noteheads

    V

    clefs

    I

    c noteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    I

    noteheads

    IV

    noteheads

    dnoteheads

    noteheads43

    43

    noteheads noteheads

    noteheads

    noteheadsclefs noteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheads noteheads

    I

    noteheads noteheadse7

    dots

    noteheads noteheadsnoteheads

    dots

    clefs

    f

    noteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    noteheads noteheadsnoteheads

    II

    noteheads

    I

    noteheads

    Em adnias (Exemplos 12a e b), o I oorre num tempo forte e tem a qualidade de

    uma dupla apojatura ao aorde V que o segue. Consequentemente, alguns sistemas terios

    (partiularmente aqueles inueniados por prinpios Shenkerianos) usam o smbolo V

    sozinho ao analisar a progresso adenial I V. Outros mostram todos os trs smbolos: I

    V. As nias instnias nas quais o baixo

    de um aorde abordado por salto so na progresso adenial ii I e na repetio de

    aordes. O de passagem ( e d) envolvem movimento por grau onjunto na voz inferior (mas

    no neessariamente na superior). As notas rotuladas V em d podem ser onsideradas omo

    impliando um vio6 ao invs, om um F mais do que um Sol impliado na voz interna;

    na msia do perodo Barroo envolvendo o baixo gurado, o smbolo em tais pontos

    geralmente em lugar de .

    O usado na repetio de aordes (e) normalmente representa uma elaborao de uma

    trade em posio fundamental ou em primeira inverso, mais do que um aorde no qual o

    baixo tenha signiado funional. O Exemplo 22 na pgina 32 [do livro envolve tal aso.

    O omo um aorde ornamental (f) pode ser onsiderado puramente em baixos [grounds

    lineares isto , omo uma bordadura sobre um baixo estaionrio. Como isto difil de

    impliar laramente om menos de trs vozes, ele raramente oorre no ontraponto a duas

    vozes. O IV o aorde mais freqentemente envolvido neste uso.

    J que a voz inferior no ontraponto a duas vozes tende a soar omo um baixo real, uma

    trade em segunda inverso implita resulta sempre que a quinta de uma trade aparee

    l. No aso em que este aorde implito no possa ser usado em uma das maneiras rem

    disutidas, algumas outras solues devero ser enontradas seja uma nota diferente na

    voz inferior ou (se aquelas voz dada) uma harmonia implita diferente sobre ela. Lembre-

    se de no saltar para ou do baixo de um aorde exeto em uma adnia (ii I) ou numa

    repetio de aorde. Por exemplo, ambos os seguintes so pobres:

    Exemplo 13

    noteheadsIV

    noteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsb

    noteheadsnoteheadsnoteheadsa

    I V

    noteheadsnoteheadsV

    clefs noteheads noteheadsI

    IV

  • 8 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    Os aordes II, III, e VI (em maior ou menor) so de pouo uso prtio neste estilo

    e ordinariamente no devem ser sugeridos na esrita ontrapontstia. Note que se os

    prinpios dados aqui forem seguidos, dois aordes em diferentes graus da esala nuna

    iro apareer em suesso.

    Ritmo Harmnio

    Algumas observaes sobre o ritmo harmnio foram dadas no aptulo preedente.

    importante distinguir laramente ritmo mtrio (o tempo) de ritmo harmnio. Enquanto

    os dois podem envolver os mesmos valores, em muitas msias no. Por exemplo, no

    Exemplo 1 o sinal de ompasso era 4/4, mas o ritmo harmnio era

    noteheadsnoteheads ( )noteheadsnoteheads noteheads.

    Nos exerios bsios de ontraponto os padres mais freqentes de ritmo harmnio

    so aqueles mostrados a seguir. (A semnima foi esolhida omo unidade aqui, mas qualquer

    outro valor poderia ter sido usado ao invs.)

    Exemplo 14

    Em mtria quaternria: a noteheads noteheadsnoteheads noteheads Em mtria ternria: e noteheadsnoteheads noteheadsb

    noteheads noteheadsf noteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads noteheads g dotsnoteheadsd noteheads noteheadsnoteheads

    Quando um padro de mudanas harmnias foi estabeleido e o baixo for sustentado

    de um tempo frao para um tempo forte (seja ruzando a barra de ompasso em qualquer

    metro ou do tempo 2 para o tempo 3 no metro quaternrio) o efeito esttio e pobre.

    A fraqueza reside no fato de que uma mudana de baixo est faltando preisamente no

    ponto onde ela mais neessria para prover um senso de movimento para frente e de pulso

    harmnio. A situao ilustrada no Exemplo 15a. Mesmo quando o baixo mudado mas

    a harmonia retida do [tempo frao para o forte, o efeito levemente esttio, embora

    muito menos ensurvel (b).

    Exemplo 15

    noteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheadsclefs

    noteheads

    noteheads

    noteheadsnoteheads

    dots flagsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    timesigclefs

    timesignoteheads noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads noteheads

    noteheads noteheads

    noteheads noteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    No metro ternrio o ritmo harmnio geralmente evitado por ausa do aento aggio

    artiial que tende a dar o segundo tempo. Entretanto, isto no signia uma regra

    invarivel, e h numerosas exees. Por exemplo, omo muitos padres no usuais na

    msia, este pode soar bastante aeitvel se orroborado pela repetio.

  • Captulo 1 Prinpios do Contraponto a Duas Vozes 9

    Cadnias

    Seria difil superestimar a importnia das adnias na msia do sulo dezoito. Elas

    estabeleem entros tonais, maram o nal das sees dentro do uma omposio, e provem

    o neessrio senso de nalizao no nal dela.

    Um problema freqente no ontraponto de estudantes a falha em fazer a adnia

    nal suientemente forte e estilistiamente apropriada. Para ser onvinente neste estilo,

    adnias autntias devem impliar uma das seguintes suesses harmnias:

    I

    (6)IV V I I

    (6)ii

    (6)(I

    64) V I I

    (6)(I

    64) V I

    (vi) (vi)

    J que, omo menionado anteriormente, o I adenial essenialmente uma deorao

    do V que o segue, ele pode ou no ser inludo. Quando pressente, ele oorre num tempo

    forte (no aso do metro ternrio, ou no primeiro ou no segundo tempo). Observe que numa

    adnia autntia o aorde de dominante est sempre empregado em posio fundamental.

    O Exemplo 16 mostra um nmero de adnias nais das Invenes a Duas Partes de

    Bah. Elas devem ser examinadas uidadosamente pelo arter araterstio. O exerto

    mostrado em f ontm uma resoluo de engano do V (para VI, aqui) no segundo ompasso,

    e uma adnia autntia perfeita no nal.

    Exemplo 16 Cadnias Finais das Invenes a Duas Partes de Bah

    noteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheads noteheads

    noteheads

    noteheads

    dots

    noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheads noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheads noteheadsnoteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads noteheadsclefsclefs

    noteheads

    noteheads

    dots

    accidentalsaccidentalsaccidentals noteheads

    accidentalsaccidentalsaccidentals noteheads

    clefs

    accidentalsaccidentals noteheadsnoteheads dots noteheadsnoteheadsclefs

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheadsaccidentalsaccidentalsdots

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheadsaccidentals accidentals

    accidentals

    accidentals accidentalsaccidentalsaccidentals noteheads

    noteheadsdots

    3

    accidentals

    noteheads

    noteheads noteheads

    accidentals accidentals accidentalsaccidentalsaccidentals noteheads noteheadsaccidentals

    noteheads noteheads

    dots noteheadsdots

    noteheads noteheads

    noteheadsflagsflags

    noteheads

    dots

    noteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheads

    dots

    noteheadsaccidentalsclefs noteheadsnoteheads

    noteheads

    noteheadsdots noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    noteheads noteheadsdots

    noteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads noteheadsaccidentals

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheads noteheads

    noteheadsaccidentals

    noteheads

    noteheads

    noteheads noteheads noteheads

    noteheads noteheadsnoteheads

    dots

    accidentalsclefs accidentals accidentals

    Quando as adnias oorrem no transurso de uma obra ontrapontstia, o movimento

    rtmio no para no aorde de tnia, omo nas adnias nais rem mostradas. Ao invs,

    ao menos uma das vozes mantm o ritmo em movimento (Exemplo 17).

  • 10 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    Exemplo 17 Cadnias Interiores das Invenes a Duas Partes de Bah

    noteheads

    flagsnoteheadsflags

    noteheads

    accidentals

    noteheads accidentalsaccidentalsnoteheads

    rests noteheads

    accidentals

    noteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheads rests

    noteheads noteheads

    dots

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads flags

    clefsclefs noteheads

    noteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheadsflagsnoteheads

    noteheads noteheadsnoteheads

    noteheads

    noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    noteheadsaccidentalsaccidentals

    rests

    restsnoteheads dots

    dots

    noteheadsnoteheads

    noteheads noteheads

    noteheads

    accidentalsnoteheads noteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsrests

    Notas No Harmnias

    Enquanto notas no harmnias podem logiamente ser onsideradas sob o ttulo de impli-

    aes harmnias, uma disusso ompleta dos vrios tipos est reservada para o prximo

    aptulo de modo que aquele material pode ser melhor relaionado mais diretamente om

    os primeiros exerios que realmente usam notas no harmnias. Eles so abordados de

    maneira geral na seo seguinte, sobre onsonnia versus dissonnia.

    CONSONNCIA VERSUS DISSONNCIA

    O quinto ponto relativo neessidade de um estilo onsonante basiamente e obviamente

    envolve a questo dos intervalos usados entre as vozes isto , os intervalos vertiais

    ou harmnios. Pode ser til, primeiramente, onsiderar onde os vrios intervalos so

    enontrados dentro da esala maior (Exemplo 18) e ento examinar alguns pontos da

    terminologia.

    Exemplo 18

    noteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsclefs noteheadsnoteheadsclefs noteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheadsclefs noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads

    noteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheads noteheads noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheads

    Em menor, intervalos harmnios adiionais oorrem, notavelmente a 2a aumentada

    (entre o sexto grau da esala natural e o stimo grau levantado) e sua inverso, a 7a

    diminuta. Estes intervalos podem raramente ser usados no ontraponto nota ontra nota

    devido aos intervalos nos quais eles normalmente resolvem , uma 4a justa e uma 5a justa

    respetivamente.

    Por propsito de designao, intervalos de mais de uma 10a e s vezes a 9a e a 10a

    tambm so geralmente reduzidos aos seus termos mais simples. Por exemplo, uma 11a

    pode ser hamada de uma 4a, e uma 13a pode ser hamada de uma 6a.

    Um intervalo essenial aquele no qual ambas as notas pertenem harmonia impli-

    ada. Num intervalo no essenial ao menos uma das notas estranha harmonia (no

  • Captulo 1 Prinpios do Contraponto a Duas Vozes 11

    harmnia). Ela ento resolve para uma nota da harmonia ou torna-se harmnia por si

    mesma onforme a outra voz se move.

    O Exemplo 19 mostra intervalos esseniais e no esseniais em vrias relaes. Notas

    no harmnias esto iruladas, e os nmeros apliados aos intervalos no esseniais esto

    entre parnteses.

    Exemplo 19

    noteheads noteheads

    timesig noteheadsnoteheadsnoteheads

    noteheads noteheads

    clefs noteheads

    noteheadstimesig

    noteheads noteheads

    noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads

    flagsdots

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheads noteheadsnoteheadsnoteheads

    clefs

    Como a tabela seguinte ir mostrar, intervalos esseniais so prinipalmente onsonan-

    tes, e eles oorrem muito freqentemente no tempo. Intervalos no esseniais so mais

    provavelmente dissonantes do que onsonantes e podem oorrer entre os tempos ou no

    tempo om o intervalo real seguindo-os. O primeiro padro o mais freqente. Este

    assunto inteiro ser examinado mais detalhadamente no Captulo 4.

    Considerando que os termos onsonnia e dissonnia so puramente relativos e mesmo

    disutveis, um quadro dado seguir para mostrar omo os intervalos vertiais so tra-

    diionalmente lassiados no idioma a que estamos nos referindo, e tambm para dar

    alguma idia de sua relativa freqnia no ontraponto a duas vozes do perodo.

    3

    a

    maior

    3

    a

    menor

    6

    a

    maior

    6

    a

    menor

    8

    a

    justa

    freqente

    4

    a

    aumentada

    5

    a

    diminuta

    }bastante freqentes; utilizveis prin-

    ipalmente omo intervalos esseni-

    ais impliando V7

    5

    a

    justa infreqente

    2

    a

    maior

    7

    a

    menor

    }infreqente omo intervalos esseniais

    2

    a

    menor

    7

    a

    maior

    4

    a

    justa

    muito infreqentes omo intervalos es-

    seniais

    Pode ser visto neste quadro que os intervalos mais utilizveis so a 3a, a 6a, e a oitava. A

    oitava aparee om menos freqnia do que os outros dois, e oorre muito freqentemente

    na nota da tnia nos inios e nais de frases ou sees, s vezes na nota da dominante, e

    oasionalmente em outras notas.

    Provavelmente a razo para o uso relativamente raro da 5a justa que ela tem o aberto,

    inompleto som de uma trade sem a tera e um pouo rgida para este estilo. Quando

    ela usada, a tera da trade muito freqentemente a preede ou a segue imediatamente.

    A 5a de trompa (ilustrada no Exemplo 20) envolve um padro de notas partiular que

    surgiu omo resultado da prtia instrumental e tornou-se permitido pelo uso tradiional.

  • 12 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    Exemplo 20 SCARLATTI: Sonata (Longo Ed. No. 5)

    clefs noteheads noteheadsflagsnoteheads noteheadsnoteheads

    noteheads

    noteheads

    clefs

    86

    noteheads

    noteheads flagsnoteheads

    noteheads noteheads noteheadsnoteheadsnoteheads noteheads

    noteheads

    86 noteheads noteheads

    flagsnoteheads

    noteheadsscriptsnoteheads noteheads

    Esta gura era freqentemente dada s trompas no tempo em que elas no tinham

    vlvulas e portanto estavam restritas s notas que podiam toar.

    Note que a 4a aumentada e a 5a diminuta oorrem, em maior, somente entre a sensvel

    e o quarto grau da esala, ambas so notas ativas ontidas dentro da harmonia de stima

    da dominante. Este fato initou os omentrios, no quadro preedente, sobre o seu uso.

    A 4a justa um aso espeial. Embora relativamente onsonante austiamente, ela

    lassiada omo uma dissonnia neste estilo devido a sua qualidade inompleta e mais

    pesada [top-heavy (menos aeitvel do que a da 5a justa), e por ausa do seu uso

    araterstio no tempo no ontraponto Barroo a duas vozes, omo um intervalo no

    essenial resolvendo numa 3a (Exemplo 21).

    Exemplo 21 C.P.E. BACH: Kurze und Leihte Klavierstke, No. 1, Allegro

    noteheadsnoteheads

    (4)

    noteheads

    42

    noteheads noteheadsnoteheads noteheadsI

    noteheads

    I

    clefs noteheads

    accidentals noteheads

    I

    noteheads

    noteheadsclefs

    V7

    noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads

    scripts

    ii

    noteheadsnoteheads

    noteheads

    V

    noteheads noteheads

    scriptsflags

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    (4)noteheads (4) flags

    scripts(4)

    noteheads

    noteheads

    noteheads

    noteheadsaccidentals42 noteheads

    Outro ponto ontrrio ao uso da 4a justa omo um intervalo essenial que ela s vezes

    sugere aordes em pontos onde eles seriam estilistiamente imprprios.

    Enquanto a 4a raramente pode ser empregada essenialmente no ontraponto nota

    ontra nota, em outras espies de ontraponto ela oasionalmente oorre essenialmente

    num tempo frao e num andamento rpido ou om um valor urto (Exemplo 22).

    Exemplo 22 BACH: Invenes a Duas Partes

    accidentals noteheadsnoteheadsnoteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsnoteheads noteheadsaccidentalsaccidentals noteheadsnoteheads

    restsnoteheads noteheads

    42

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    42

    accidentalsaccidentals

    noteheadsnoteheadsclefs

    noteheads

    Em tais asos a 4a essenial aeitvel porque a harmonia impliada (por exemplo, Si

  • Captulo 1 Prinpios do Contraponto a Duas Vozes 13

    bemol maior no Exemplo 22a) sentida omo estando em posio fundamental desde o

    tempo em que a fundamental foi ouvida primeiramente no baixo. Assim a 4a implia uma

    deorao da harmonia em posio fundamental mais do que um aorde verdadeiro.

    Se retornamos agora para os ompassos iniiais da Inveno a Duas Partes em Sol

    Menor e analisamos os intervalos luz do material rem disutido, hegamos aos resultados

    mostrados no Exemplo 23.

    Exemplo 23 BACH: Invenes a Duas Partes No. 11

    (4)

    noteheads

    timesig3

    noteheads(6)

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    (3)

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    3

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    3 5d

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    (2) 3

    noteheads6

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    noteheads3(7)

    accidentals

    noteheads5d5

    Os intervalos esseniais aqui no Exemplo 23 so, por ordem de freqnia, 3as, 6as,

    oitavas, 5as diminutas, e 5as justas. Destes, os trs primeiros apareem no tempo ou na

    segunda parte do tempo, os outros entre aqueles pontos. Os intervalos no esseniais so

    6as, 4as, 7as, oitavas, 2as, e 3as. H somente um intervalo no essenial no tempo.

    TAREFAS SUGERIDAS

    1 Exerios na deteo de erros (1:1)

    2 Esteja preparado para disutir os requisitos do bom ontraponto.

    3 Esteja preparado para omentar analitiamente os exemplos de msia a duas vozes

    espeiados pelo instrutor, em termos dos pontos disutidos neste aptulo.

  • Captulo 4

    Exerios a Duas Vozes, 1:1, 2:1

    Nos exerios de ontraponto, uma voz usualmente dada. Esta onheida omo o

    antus rmus

    1

    (voz xa), e este termo omumente abreviado para C. F. A posio do

    C. F. omo voz superior ou inferior (em exerios a duas vozes) geralmente espeiada.

    Quando o C. F. ontraponteado om uma nota na voz adiionada ontra ada nota

    do C. F., o resultado hamado ontraponto de primeira espie. Esta espie pode

    onvenientemente ser designada pela razo de 1:1, dita omo uma ontra uma. As vrias

    espies tradiionalmente usadas no estudo do ontraponto so as seguintes:

    Primeira espie: 1:1

    Segunda espie: 2:1 e 3:1

    Tereira espie: 4:1 e 6:1

    Quarta espie: Sinopado

    Quinta espie: Florido (uma ombinao das outras quatro espies)

    Ainda que a abordagem usada neste livro seja em grande parte mais livre do que aquela

    das espies tradiionais de ontraponto, estaremos trabalhando exerios envolvendo as

    primeiras quatro propores rtmias para explorar as possibilidades e os problemas peu-

    liares de ada uma. A quinta espie no ser empreendida omo tal, j que ela se iguala

    de perto ao trabalho em ontraponto livre a ser feito.

    0.1 NOTA CONTRA NOTA (1:1)

    Muitas das relaes rtmias rem menionadas oorrem freqentemente na msia real,

    mas a proporo 1:1 raramente usada por longo tempo. A razo para isto que ela

    aree de independnia rtmia entre as vozes, um requisito importante do bom ontra-

    ponto. Entretanto, ela s vezes empregada para uns pouos tempos ou mesmo uns pouos

    ompassos, omo nos exertos seguintes.

    Exemplo 1a SCARLATTI: Sonata em L Menor, Kirkpatrik No. 3

    noteheads

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    noteheadsclefs

    clefs

    1

    O plural antus rmi. A verso italiana, anto fermo, s vezes usada ao invs, em qual aso o

    plural anti fermi.

  • 2 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    Exemplo 1b BEETHOVEN: Sonata, Op. 13

    accidentals

    noteheadsnoteheadsnoteheads

    rests

    noteheadsaccidentalsnoteheads noteheads

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    accidentalsaccidentalsaccidentals timesig

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    Exemplo 1 MOZART: Sinfonia No. 41, K. 551

    noteheadsnoteheads

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    rests

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    clefs timesig accidentals

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    accidentalsnoteheadsnoteheadsaccidentals noteheadsnoteheads

    rests

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    accidentals

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    Para ilustrar o tipo de exerio a ser feito primeiro, vamos supor que tenhamos dado

    o C. F. mostrado no pentagrama superior do Exemplo 2 a ser usado omo voz superior.

    Abaixo dele devemos adiionar outra voz na relao de 1:1. Um possvel ontraponto

    mostrado no pentagrama inferior. Os intervalos vertiais esto desritos por nmeros

    oloados entre os pentagramas, e as harmonias implitas foram indiadas embaixo.

    Exemplo 2

    noteheads

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    accidentalsaccidentalsaccidentalsaccidentals24 noteheads noteheads noteheadsnoteheads

    noteheadsclefsaccidentalsaccidentalsaccidentalsaccidentals24

    clefsnoteheads noteheads

    Somente intervalos esseniais devem ser usados em exerios 1:1. Destes, a 6a, a 3a, e a

    oitava devem apareer om maior freqnia. A oitava deve ser empregada prinipalmente

    na nota da tnia nos inios e nais; ela tambm pode ser oorrer na nota da dominante

    ou, raramente, em outra nota (exeto a sensvel) se a onduo de vozes torna o seu uso

    lgio por exemplo, entre a 10a e a 6a, om as vozes movendo-se por grau onjunto em

    movimento ontrrio. Em tais asos ela est geralmente numa posio rtmia fraa. A 5a

    justa pode ser usada oasionalmente, preferivelmente irundada por 3as ou 6as.

    Os Exemplos 3, 4, e 5 mostram faltas freqentemente enontradas no trabalho de

    estudantes.

    Exemplo 3

    clefs

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    noteheads

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    accidentalsaccidentalsaccidentalsaccidentals24 noteheads

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  • 3No Exemplo 3 as seguintes araterstias ruins podem ser apontadas:

    1 Em a e b, a 5a uma esolha questionvel omo intervalo.

    2 Em b, h 5as paralelas.

    3 Em , a tendnia da nota da sensvel (Sol) foi ignorada. Ela deveria subir para L

    bemol, no deser para Mi bemol. Alm disso, o baixo de um aorde I

    64 no deveria

    ter sido abordado por um salto, j que o aorde preedente no ii e a repetio de

    aordes no est envolvida.

    4 Em d, a harmonia onduzida do segundo tempo frao para o tereiro tempo forte.

    Tambm, o intervalo de uma 4a pobre

    5 Em e, a nota da sensvel foi dobrada.

    6 Em f, h oitavas paralelas.

    Exemplo 4

    noteheadsnoteheadsnoteheadsclefs

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    Aqui no Exemplo 4 h muito uso onseutivo do mesmo intervalo, a 6a. As linhas

    onsequentemente areem de independnia de urva. Como uma regra geral, um intervalo

    no deve ser usado mais do que trs ou quatro vezes em suesso.

    Exemplo 5

    noteheadsclefs

    noteheads

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    No Exemplo 5 os intervalos harmnios so satisfatrios, mas a voz inferior mantm-se

    retornando para o L bemol. Sua urva desinteressante e aree de qualquer senso forte

    de direo.

    Ao fazer os exerios apontados no Livro de Exerios de Contraponto, no qual vrias

    propores rtmias devem ser usadas, observe as seguintes instrues:

    1 A mesma nota no deve ser usada duas vezes em suesso. Isto iria, efetivamente,

    dar nota o dobro do valor e poderia alterar a proporo rtmia pretendida entre

    as vozes.

    2 Em muitos asos, as vozes no devem estar distaniadas por mais de duas oitava.

    Espaos de distnias maiores podem oorrer brevemente de vez em quando. Por

    enquanto, as vozes no devem ruzar-se.

  • 4 Contraponto baseado na prtia do s. XVIII

    3 A voz inferior deve ser onsiderada omo um baixo isto , o equivalente da voz

    inferior numa harmonizao real. Lembre-se, entretanto, que baixo no signia

    neessariamente fundamental; as notas na voz inferior iro geralmente ser a tera

    da harmonia impliada, oasionalmente a quinta ou a stima.

    (Exerios de 1:1 podem ser feitos neste ponto.)

    DUAS NOTAS CONTRA UMA (2:1)

    Os exerios a serem feitos seguir iro envolver duas notas na voz adiionada ontra

    ada nota do C. F. Os exertos no Exemplo 6 ilustram a relao 2:1, ada qual om uma

    unidade bsia diferente (semnima, mnima, olheia).

    Exemplo 6a BACH: Sute Franesa No. 2, Minuet

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    Exemplo 6b FRESCOBALDI: Canzoni alla Franese, Canzon Prima, detta La Rovetta

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