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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE SAÚDE
CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
CONTEÚDOS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO
FÍSICA NA CIDADE DE PORTO VELHO
JOSÉ FERREIRA FILHO
MONOGRAFIA DE GRADUAÇÃO
Porto Velho – Rondônia
2009
CONTEÚDOS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
NA CIDADE DE PORTO VELHO
Autor: José Ferreira Filho
Orientadora: Prof.ª Ms. Eurly Kang Tourinho
Monografia de Graduação apresentada ao
Departamento de Educação Física, Núcleo
de Saúde da Universidade Federal de
Rondônia (RO), como requisito parcial para
obtenção do título de Licenciado em
Educação Física.
Porto Velho, Rondônia
2009
FICHA CATALOGRÁFICA
BIBLIOTECA PROF. ROBERTO DUARTE PIRES
Bibliotecária Responsável: Ozelina Saldanha CRB11/947
F3831c
Ferreira Filho, José Conteúdos da ginástica artística nas aulas de educação física na cidade de Porto Velho / José Ferreira Filho. Porto Velho, Rondônia, 2009. 59f.
Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Educação Física) Fundação Universidade Federal de Rondônia / UNIR.
Orientadora: Profª. Ms. Eurly Kang Tourinho
1. Ginástica artística 2. Desenvolvimento motor 3. Aprendizagem motora I. Tourinho, Eurly Kang II. Título.
CDU: 796:612.766.1
ii
iii
DEDICATÓRIA
Marilene Marques Rodrigues: companheira
amorosa, vencedora, forte, compreensiva,
dedicada, incentivadora, amiga. Mulher essa,
a qual sinto satisfação em tê-la ao meu lado
como esposa e aos meus filhos, grande razão
pela qual supero todos os obstáculos.
iv
AGRADECIMENTOS
• Religioso:
- A Deus, razão de toda existir e acontecer, que iluminou os meus caminhos
até vencer mais esta etapa da minha vida.
• Pessoal:
- Aos meus pais: José Ferreira e Maria Neuza; meus irmãos e demais
familiares, que compreenderam a minha ausência; a minha cunhada Dailva,
pelo auxilio nas horas precisas; aos colegas de trabalho e profissão pelo
incentivo para continuar nos estudos, em especial ao meu amigo Paulo.
• Acadêmico:
- A Profª. Ms. Eurly, minha orientadora que persistiu nesse orientando tão
ausente, ao Prof. Ms. Ramon que sempre acreditou na minha capacidade e
incentivou-me nos trabalhos acadêmicos, ao Prof. Bernardino que me
aproximou da realidade da regência nas escolas incentivando o
desenvolvimento de trabalhos no contexto escolar. E todos os demais
professores que contribuíram para minha formação. E aos meus amigos
acadêmicos da turma de 2006 que sempre estiveram unidos a mim durante o
curso.
• Institucional:
- Universidade Federal de Rondônia – UNIR, que propiciou minha formação
acadêmica; a REN/SEDUC, pelas informações sobre as escolas e os
professores de Educação Física da rede pública estadual; a SIEDE/SEMED,
pelas informações sobre as escolas e os professores da rede pública
municipal, em especial ao Prof. Bispo do SIEDE pela atenção e presteza e a
Profª. Rosemar do DADE; a todas as escolas da rede pública municipal e
estadual e da rede particular de ensino da cidade de Porto Velho, que me
atenderam com presteza e atenção.
v
SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................... vi
ABSTRACT .............................................................................................................. vii
LISTA DE ANEXOS ................................................................................................. viii
1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 9
1.1 O Problema e sua Importância ............................................................................ 9
2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 13
3. OBJETIVOS ........................................................................................................ 14
3.1. Objetivo Geral ................................................................................................... 14
3.2. Objetivos Específicos ....................................................................................... 14
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ........................................................................... 15
4.1. Origem da Ginástica Artística ........................................................................... 16
4.1.1. Precursores da Ginástica Artística ................................................................ 16
4.1.2. O Pai da Ginástica Artística ........................................................................... 19
4.1.3. A Federação Internacional de Ginástica (FIG) .............................................. 20
4.2. Educação Física e Ginástica Artística .............................................................. 21
4.3. Ginástica Artística e Desenvolvimento Motor ................................................... 24
4.4. Ginástica Artística e Aprendizagem Motora ...................................................... 27
4.5 Fundamentos da Ginástica Artística ................................................................... 33
5. METODOLOGIA .................................................................................................. 39
5.1. Caracterização da Pesquisa ............................................................................. 39
5.2. População e Amostra ....................................................................................... 39
5.2.1 Seleção da Amostra ....................................................................................... 39
5.3. Instrumento de Coleta de Dados ...................................................................... 43
5.3.1. Tabulação dos Dados .................................................................................... 43
6. RESULTADADOS ............................................................................................... 44
6.1. Análise e Discussão dos Dados ........................................................................ 44
7. CONCLUSÃO ...................................................................................................... 50
8. REFERÊNCIAS .................................................................................................... 52
ANEXOS .................................................................................................................. 55
APÊNDICE .............................................................................................................. 59
vi
CONTEÚDOS DA GINÁSTICA ARTÍSTICA NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA
NA CIDADE DE PORTO VELHO.
Autor: José Ferreira Filho
RESUMO
O objetivo deste estudo foi investigar a aplicação dos conteúdos da Ginástica Artística (GA) nas aulas de educação Física na cidade de Porto Velho/RO, tendo em vista a melhoria das capacidades físicas e ampliação do repertório motor dos alunos. Para atingir esse objetivo foi realizado um estudo bibliográfico baseado em literaturas que abordassem o tema, e uma pesquisa de campo, no período de 29 de Setembro a 15 de Novembro do ano de 2009, com 23 professores da pública estadual, 18 da municipal e 6 da rede particular da cidade de Porto Velho. O instrumento de coleta de dados utilizado foi um questionário misto contendo 8 questões. Para análise estatística, foram tabulados os percentuais obtidos nas respostas dos professores nas questões do instrumento de coleta de dados, com base na estatística descritiva para estabelecer as características da amostra. Os resultados demonstraram que 58,3% dos professores da rede particular aplicam os conteúdos da GA nas aulas e outros 41,7% não aplicam, na da rede pública estadual 23,8% dos professores aplicam enquanto 76,2% não aplicam os conteúdos da GA em suas aulas. Na rede pública municipal 14,3% dos professores aplicam a GA nas aulas enquanto outros 85,7% não aplicam. Demonstrando que a maioria dos professores de Educação da rede pública da cidade de Porto velho, tanto do estado, como do município, não aplicam os conteúdos da Ginástica Artística nas aulas de Educação Física.
PALAVRAS - CHAVE: Ginástica Artística, Desenvolvimento Motor, Aprendizagem
Motora
vii
CONTENTS OF ARTISTIC GYMNASTICS IN PHYSICAL EDUCATION CLASSES
IN THE CITY OF PORTO VELHO.
Author: José Ferreira Filho
ABSTRACT
The objective of this study was to investigate the application of the contents of Gymnastics (GA) in physical education classes in the city of Porto Velho, in order to improve physical capacity and expansion of the motor repertoire of the students. To achieve these objectives were a literature study based on literature about the theme, and a field survey, from 29 Sectember to 15 November in the year 2009, with 23 teachers of the state government, municipal and 18 of 6 the private network of the city of Porto Velho. The instrument of data collection was a questionnaire containing 8 questions mixed. Statistical analysis was performed descriptive statistics to establish the characteristics of the sample. The results showed that 58.3% of private school teachers apply the contents of GA in the classroom and other 41.7% do not apply in the public school teachers 23.8% 76.2% apply while not applying the contents the GA in their classes. The public health system 14.3% of teachers apply the GA in class while other 85.7% do not apply. Demonstrating that the majority of teachers in public education in the city of Porto Velho, both the state, and the city do not apply the contents of Gymnastics in Physical Education Classes.
KEY WORDS: Gymnastics, Motor Development, Motor Learning.
viii
LISTA DE ANEXOS
ANEXO I - Ofício de apresentação à Seduc ......................................................... 55
ANEXO II - Ofício de apresentação à Semed ...................................................... 56
ANEXO III - Ofício de apresentação às escolas ................................................... 57
ANEXO IV - Autorização do Autor ........................................................................ 58
9
1. INTRODUÇÃO
1.1. O Problema e sua Importância
Este trabalho teve como objetivo verificar a aplicação dos conteúdos da
ginástica artística nas aulas de Educação Física nas redes pública e particular da
cidade de Porto Velho/RO.
A Ginástica Artística (GA), assim denominada de acordo com os estatutos da
Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), a partir de 2006, é mais conhecida no
Brasil como Ginástica Olímpica (GO), teve sua origem na antiguidade, nessa época
o homem já realizava acrobacias como habilidade natural. Fora utilizada com várias
finalidades, tanto para entretenimento, como para treinamento militar na Antiga
Grécia e em Roma. Mas foi na Alemanha por volta de 1793 que Guts Muths
introduziu a Ginástica pedagógico-didática constituindo a base sistemática da
Ginástica educativa.
Iniciada por Basedow e Guts Muths, a Ginástica se desenvolveu na
Alemanha, porém, cabe a Friedrich-Ludwig Janh1 o mérito da propagação da
Ginástica Artística pelo mundo inteiro até chegar ao Brasil trazida como parte da
cultura dos imigrantes alemães em 1824 ao chegarem a região sul.
Como modalidade desportiva a GA encanta o público pela beleza de seus
movimentos demonstrando leveza, agilidade e força em exercícios de alta
complexidade. No ambiente escolar, alguns autores entre estes Marcassa (2004)
corroborando com Soares (1998) e Nista-Piccolo (2005) apud Lopes (2007), a
consideram como um importante instrumento nas aulas de Educação Física para o
desenvolvimento e o aprimoramento motor humano. Visto ser este um importante
conteúdo da Educação Física escolar e expressivo componente da cultura corporal
1 Friedrich Ludwig Christoph Jahn – Pedagogo alemão nascido em 11 de agosto de 1778 - No ano de 1811, sistematizou a prática da ginástica e a transformou em modalidade esportiva. É considerado o pai da ginástica olímpica, hoje artística.
10
de movimento. Por apresentar características que possibilitam várias alternativas
de movimento, como saltar, rolar, girar, mudar de apoios e posições.
A GA em nível competitivo nacional e internacional é dividida em duas
categorias distintas; masculino e feminino. Os ginastas masculinos disputam em seis
aparelhos: solo sem fundo musical, barra fixa, cavalo com alças, barras paralelas,
argolas e salto sobre a mesa. As femininas disputam em quatro aparelhos: o solo
com fundo musical, a trave de equilíbrio, as barras paralelas assimétricas e o salto
sobre a mesa.
No contexto escolar levando em conta as possibilidades que GA pode
oportunizar a quem a pratica, Nista-Piccolo (2005) cita que por essa modalidade ser
uma atividade em que a criança sente prazer em executar, além de estimula a
criatividade pela expressão corporal dos elementos ginásticos, além de socializar o
praticante desde da aprendizagem, quando há necessidade dos companheiros se
ajudarem na execução dos fundamentos, não pode deixar desse contexto
educacional. Contribuindo com o assunto Hostal (1982) afirma, que a GA nas aulas
de Educação Física põe a criança em relação com o próprio corpo, permitindo a ela
a descoberta de diversos seguimentos, a ação do conjunto das articulações, dando
oportunidade de aprimoramento dos vários movimentos desencadeados por ela.
A respeito do benefício motor que a GA propicia Nista-Picollo (2005, p.32)
afirma:
A GA é composta por elementos considerados fundamentais para o desenvolvimento motor do ser humano, tais como o rolar, o equilibrar-se, o saltar, o girar, entre outros elementos. Aprender executá-los, combinando-os em seqüência de movimentos, facilita o aprimoramento das capacidades físicas mais complexas e amplia as possibilidades de desempenho de habilidades motoras.
O embasamento em documentos oficiais para utilização da GA como
conteúdo nas aulas de Educação Física apóia-se nos Parâmetros Curriculares
Nacionais (PCN’s) da Educação Física, e nas Matrizes Curriculares de Educação
Física do Estado de Rondônia e do Município de Porto Velho. Segundo os PCN’s
(1997) para integrar o aluno na cultura corporal do movimento, os professores
devem se utilizar do jogo, do esporte, das atividades rítmicas, da dança, das
ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade de vida. Já a
11
Matriz Curricular de Educação Física do Estado de Rondônia e do Município de
Porto Velho, engloba todos os conteúdos a serem ministrados nas aulas de
Educação Física na Educação Básica, onde a Ginástica está incluída.
A formação dos professores de Educação Física no que tange aos
conhecimentos sobre GA é um ponto importante para que se possa ter o suporte
teórico e prático sobre essa modalidade. Sobre o assunto os estudos de Nunomura
(2003) apontam que, a maioria dos cursos de graduação em Educação Física
oferece a disciplina GA ou GO em suas grades curriculares. De acordo com as
ementas desses cursos, são desenvolvidos os fundamentos básicos da GA,
subsidiando aos futuros profissionais a orientarem programas de iniciação à
modalidade.
Mesmo com esses conhecimentos básicos sobre GA, segundo Schiavon e
Nista-Picollo (2007) em uma pesquisa realizada em Campinas-SP, a maioria dos
profissionais em Educação Física têm dificuldade de visualizarem essa modalidade
além do caráter competitivo, ou seja, eles desconhecem as contribuições da
aprendizagem da GA para o desenvolvimento motor dos alunos.
Quanto à formação dos professores de Educação Física no estado de
Rondônia, no que se refere aos conhecimentos da modalidade em questão, os
cursos de graduação em Educação Física das instituições de Ensino Superior em
Porto Velho-RO entre as quais a Universidade Federal de Rondônia – UNIR,
oferecem a disciplina GA na grade de curso, de acordo com a ementa da disciplina
de Ginástica Olímpica, como é denominada na ementa da grade da UNIR, são
desenvolvidos os fundamentos básicos da GA.
Considerada uma modalidade esportiva básica a GA, engloba experiências
diferenciadas de movimento em relação a outras modalidades esportiva, além de
proporcionar também domínio corporal, flexibilidade, força, coordenação, equilíbrio e
concentração. Criando possibilidades cada vez maiores de melhoria e ampliação do
repertorio motor dos seus praticantes Nista-Piccolo (2005). Nesse sentido nas aulas
de Educação Física Escolar essa modalidade é um importante meio de introduzir e
integrar o aluno na cultura corporal do movimento. Para isso ela busca o pleno
domínio do corpo exigindo uma constante integração entre o físico e o intelecto,
proporcionando prazer em praticar as atividades.
12
Partindo deste contexto, meu problema se formula como segue: Tendo em
vista a Educação Física Escolar ter dentre seus conteúdos a Ginástica como
preconiza os PCN’s e como manifestação da cultura corporal ela proporcionar
valiosas experiências corporais além do desenvolvimento e o aprimoramento motor
humano. São aplicados ou não, os conteúdos de Ginástica Artística nas aulas de
Educação Física na cidade de Porto Velho-RO?
13
2. JUSTIFICATIVA
A presente investigação é justificada por vários motivos, um deles numa visão
histórico-cultural e pedagógica é que o termo “Ginástica” existe há milhares de anos
como prática cultura das antigas civilizações. Atualmente uma das manifestações
clássicas da cultura corporal que compõem o rol de conhecimentos da Educação
Física é a Ginástica que, na nossa concepção, pode provocar valiosas experiências
corporais, enriquecendo o universo de conhecimento do ser humano. Incluída nos
Parâmetros Curriculares Nacionais (1997) como disciplina formadora, pois ajuda a
desenvolver o equilíbrio, a resistência, a flexibilidade e a força.
Entre os motivos desencadeados pela prática dessa modalidade. O primeiro a
ser destacado é por existir uma lacuna referente à pesquisa na Educação Física
Escolar sobre questões relacionadas aos conteúdos da Ginástica Artística.
O segundo motivo justifica-se pela escassez de literatura especifica sobre os
conteúdos da Ginástica Artística no desenvolvimento Motor. Desse modo esse
beneficio é pouco conhecido pelos profissionais e formandos em Educação Física.
O terceiro motivo, é que os dados levantados poderão ser apresentados, nas
reuniões pedagógicas das instituições com a finalidade de criar alternativas para
aplicação dos conteúdos da GA nas aulas de Educação.
O quarto, diz respeito à utilização dos dados da presente investigação pelas
Instituições de Ensino Superior. Estes servirão de base a essas instituições, a fim de
promoverem cursos e/ou oficinas sobre Ginástica Artística com a finalidade de
oportunizar conhecimento nessa área.
O último motivo em destaque para que se justifique a pesquisa, situa-se na
importância dos conhecimentos sobre os conteúdos da GA para o professor de
Educação Física Escolar, a fim de que possa desenvolver um trabalho competente,
com bases cientificas e capaz de contribuir para o desenvolvimento integral do
educando.
14
3. OBJETIVOS
3.1. Objetivo Geral:
Verificar a aplicação dos conteúdos da Ginástica Artística nas aulas de
Educação Física Escolar na rede pública e particular de ensino da cidade de Porto
Velho/RO.
3.2. Objetivos Específicos:
- Levantar informações quanto ao nível de experiência dos professores de
Educação Física das redes pública e particular de ensino da cidade de Porto Velho
no tocante a GA.
- Diagnosticar dificuldades encontradas pelos professores para a inclusão dos
conteúdos da GA, nas aulas de Educação Física;
- Levantar informações se os professores de Educação Física da rede pública
e privada direcionam as aulas de acordo com os PCN’s e com as Matrizes
Curriculares de Educação Física do Estado de Rondônia e do Município de Velho;
- Verificar o grau de importância atribuído pelos professores de Educação
Física das redes de ensino pública e particular aos conteúdos de GA para o
aprimoramento e/ou desenvolvimento motor de seus alunos.
15
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A fundamentação teórica desse estudo está organizada inicialmente por cinco
tópicos. O primeiro deles abordará a origem histórica da Ginástica Artística na
concepção de Publio (1998), Bregolato (2002), destacando alguns conceitos, os
precursores dessa modalidade, bem como, a propagação da GA pelo mundo até
chegar ao Brasil.
O segundo tópico abordará conceitos e definições sobre a Educação Física
na concepção de alguns autores como, Souza (1989), Gonçalves (2002) e Tojal
(2004) os quais destacarão a Educação Física como ciência e como ato Educativo,
buscando a relação dos conteúdos da GA nas aulas Educação Física sob o ponto de
vista dos direcionamentos dos Parâmetros Curriculares Nacionais e das Matrizes
Curriculares de Educação de Educação Física do Estado de Rondônia e do
Município de Porto Velho.
No terceiro tópico será destacada a contribuição da Ginástica Artística no
desenvolvimento motor, buscando relacioná-la com esses benefícios de acordo com
a visão de alguns autores da teoria desenvolvimentistas como Gallahue (2003) e a
teoria dos sistemas dinâmicos como Gonçalves (1995). Bem como os que
consideram o movimento essencial ao ciclo da vida como Shumway-Cook (2003) e
Santos et all (2004).
Num quarto momento será dado destaque a aprendizagem motora
relacionando com as possibilidades que GA proporciona nesse sentido, segundo
alguns autores como, Gallahue (2003), Shmidt (2001) e Teixeira (2005) que
consideram a interação entre o individuo, a tarefa e o ambiente, como determinantes
da aprendizagem motora.
Finalmente, serão enfocados os fundamentos da GA, destacando as
ferramentas que possibilitam a aprendizagem dessa modalidade, servindo de
proposta nos programas de iniciação a essa modalidade, bem como a inclusão nas
aulas de Educação Física Escolar, com bases em autores como Carrasco (1982),
Russel e Kinsman (1986) e Leguet (1987), citados por autores que vivenciaram a
GA, seja como atleta, técnico ou docentes universitários como: Nunomura e Russel
(2002), Nista-Piccolo (2005) e Nunomura & Tsukamoto (2005). A abordagem dos
16
fundamentos de maneira simplificada e prática, visando atingir a todos os
profissionais da área da Educação Física que se interessem em iniciar um programa
de GA, seja no alto rendimento ou para que seus alunos possam usufruir dos
benefícios dessa modalidade.
4.1. Origem da Ginástica Artística
Esse tópico tem a finalidade de citar os estudos históricos de alguns autores
sobre o surgimento da Ginástica e como os conhecimentos sobre exercícios físicos
nas épocas passadas contribuíram para o surgimento e o desenvolvimento da
Ginástica Artística.
De acordo com Publio (1998) o termo “Ginástica”, “Esportes” e “Educação
Física” são freqüentemente confundidos na linguagem de vários filósofos, lingüistas
e pedagogos. Isso pode se dá pelo fato da Ginástica ter suas origens há milhares de
anos.
Segundo Meuret apud Publio (1998), o termo Ginástica remonta há milhares
de anos, seja ela como, uma Ginástica educativa, de formação do corpo, conhecida
também com o nome de Educação Física ou como Ginástica médica ou terapêutica,
praticada nas antigas civilizações com a finalidade de manter e melhorar a saúde.
Bregolato (2002), afirma que, na antiguidade o homem já realizava
acrobacias, como habilidade natural. No transcurso dos tempos elas foram
introduzidas em danças sacras, pelo fato das danças por muito tempo fazerem parte
das missas e rituais místicos. No Egito, na Grécia e em Roma os acrobatas,
conhecidos como saltimbancos se exibiam nas feiras e nos circos.
A ginástica, como prática de exercícios físicos veio da Pré-história em que
essa prática era necessária por motivo de sobrevivência. Na Antigüidade o homem
já realizava acrobacias como habilidade natural. Estacionou na Idade Média,
fundamentou-se na Idade Moderna e sistematizou-se nos primórdios da Idade
Contemporânea, Wikipédia (2009).
Como a prática freqüente da Ginástica desenvolvia habilidades corporais
importantes, como a força e a elasticidade, então, ela passou a ser adaptada ao
17
treinamento militar. Na Grécia Antiga ela foi praticada com os mesmos objetivos, de
desenvolvimento das habilidades corporais, onde a ginástica continuou a
desenvolver-se. No entanto, em Roma, a estima, dispensada a essa modalidade
como forma de treinamento caiu em desuso. Desse modo a ginástica passou a ser
utilizada apenas em apresentações de circo, como inspiração aos soldados antes
das batalhas, enquanto estes davam para a ginástica outros valores, não mais
sendo utilizada em termos de preparação militar.
O surgimento da Ginástica na Era Moderna seria de inicio ligado à arte. Na
época do Renascimento, os principais artistas cultuavam ao corpo humano, assim
como suas formas. De modo que a prática da ginástica nas escolas tornou-se
freqüente e dia a dia a modalidade ganhava espaço entre os homens, Wikipédia
(2009).
Publio (1998), em seus estudos sobre as origens da Ginástica, cita que
alguns autores trazem à lembrança as acrobacias praticadas em todas as épocas,
no mundo todo. Outros relatam a condição física avaliada necessária em todos os
tempos. Também são citados os cautelosos ensinamentos chineses, as experiências
dos egípcios, demonstradas pelas evidencias na America do Sul. Todos admitem a
importância da antiguidade grega. Assim como não podem se ignoradas as teorias
de pensadores gregos como as de Platão (428 - 348), de Aristóteles (384 - 322), as
de Galeano (132 - 201), entre outros sábios gregos.
4.1.1. Precursores da Ginástica Artística
A Ginástica no seu sentido mais amplo envolve todas as atividades praticadas
como forma de exercícios físicos de todas as épocas, mas Publio (1998), cita
cronologicamente a contribuição de alguns autores que se destacaram em suas
épocas no campo da Ginástica.
No Século XVI, os franceses François Rabeais (1493 -1533) e Michel de
Montaigne (1533 – 1592), além do escritor italiano Jerônimo Mercurialis (1530 –
1606), cuja obra “De Arte Ginástica”, publicada em 1569, na cidade de Veneza,
18
consta preciosas informações históricas, principalmente sobre a história dos gregos
e dos romanos.
Também é destacado por Publio (1998), Archangelo Tuccaro por ter escrito
sobre os exercícios acrobáticos que eram praticados em sua época em um livro
intitulado “Trois dialogues del l’exercice de sauter et voltiger em l’air avec lês figures
que servente à La parfaicte démonstratduct artion et inteligence dudict art”. Em
português “Três diálogos de exercício de saltar e voar com figuras que são usadas
para perfeita demonstração e dedução inteligente da arte”.
Dois filósofos no Século XVII devem ser citados como precursores da
Ginástica, o britânico iluminista John Locke (1632 – 17040 e o educador tcheco
Comenius (1592 – 1670) Publio (1998).
Somente no Século XVIII, foram estabelecidas as bases pedagógicas da
Ginástica entre eles se destacam o filósofo genovês Jean-Jacques Rousseu (1712 –
1778) por sua audácia e inovação no domínio da Educação Física, o pedagogo
suíço Jean-Henri Pestalozzi (1746 – 1827) por introduzir exercícios da Ginástica em
sua escola e Jean-Bernard Basedow por fundar um ginásio na Alemanha e propagar
a Ginástica na Rússia durante o reinado de Catarina II (Publio, 1998).
Por volta do final do Século XVIII, surgiram os criadores da Ginástica
moderna, cabendo esse mérito ao alemão Johann-Cristoph Guts Muths (1759 –
1839) por ter sido o introdutor da Ginástica pedagógico-didática, cuja obra
“Gynminastik fur Jugend” (Ginástica para Juventude) publicada em 1793,
estabeleceu a base sistemática que serve de base à Ginástica Educativa. E ao
espanhol Francisco Amóros Y Ondeano (1769 – 1849), tornou-se cidadão francês
em 1816, fundou uma escola de Ginástica em Grenelle. Influenciou a Educação
Física na França até o Século XX (Publio, 1998).
Segundo Publio (1998), a Ginástica iniciada por Basedow e Guts Muths se
desenvolveu na Alemanha pela impulsão dada por Jahn. O professor Friedrich
Ludwig Jahn (1778 - 1852) fundou em Berlim, na Alemanha, o primeiro clube voltado
apenas à prática da ginástica. Inspirado pelo espírito patriota advindo de seu pai e
pelos escritos de Guts Muths - pai da ginástica pedagógica.
19
4.1.2. O Pai da Ginástica Artística
A ginástica Artística surgiu graças a “Batalha de Jena” como Publio (2005, p.
16) afirma:
Não fosse a Batalha de Jena (1806), provavelmente esta modalidade esportiva tão linda, denominada Gymnastique Artistique pela Federação Internacional de Ginástica e popularizada e Homologada no Estatuto da Confederação Brasileira de Ginástica, como Ginástica Olímpica, (16/03/1979), não existisse hoje.
A derrota vergonhosa sofrida pelos prussianos na Batalha de Jena motivou
muito as atitudes do professor Johann Friedrich Ludwig Cristoph Jahn, denominado
o “Pai da Ginástica” [grifo do autor] (Turnvater) que resolveu motivar os jovens
prussianos para se prepararem fisicamente a fim de uma revanche contra as tropas
de Napoleão. Jahn era filho de um pastor protestante, teórico, nacionalista e homem
político. Inventou o termo “Turnen” e escreveu o livro “Die Deuctsche Turkunst” ( A
arte da Ginástica) Publio (1998).
De acordo com Publio (1998), foi a influencia exercida por Guts Muths muito
importante para Jahn, pois ele tomou muito dos exercícios publicados na obra de
Muths, exercícios esses que foram inspirados na Ginástica Grega, com a corrida, o
salto, a luta, o disco, o dardo; com os acrobatas de quem tomou os equilíbrios; as
atividades profissionais dos marinheiros lhe forneceram o mastro, a escalada, as
vergas, as cordas e as escadas de trepar; das Cruzadas na Idade Media tomou o
tiro e o arco; da cavalaria, a esgrima .
Publio (1998) afirma que pelo conteúdo da obra de Jahn, percebe-se que ele
introduziu um bom numero de aparelhos, alguns já conhecidos e outros inventados e
adaptados por ele. Entre esses a barra horizontal, apesar de conhecida
anteriormente fora introduzida e tornou-se popular no seu campo de treinamento de
Ginástica ao ar livre (playground). As barras paralelas surgiram lá, mas não se sabe
quem as inventou.
O trabalho de Jahn foi sem duvida a “célula mater” [grifo do autor] da
Ginástica Olímpica (gymnastique artistique), denominada Ginástica Artística,
Ginástica Desportiva ou Ginástica de Solo e Aparelhos, Publio ( 2005, p. 16)
20
4.1.3. A Federação Internacional de Ginástica (FIG)
Foi graças aos esforços de Nicolas J. Cupérus em propagar os exercícios
físicos que compõem a Ginástica, que ela foi se expandindo. Começando na
Antuérpia, depois em toda a Bélica, na Europa e por fim no mundo inteiro (Publio,
2005).
Nicolas Cupérus concebia a Ginástica como a manifestação do esforço pelo
prazer da prática da atividade física em beneficio da saúde, sem nenhum interesse
competitivo.
Fundada em 1891, a Federação Internacional de Ginástica (FIG) sendo
denominada inicial como Federação Européia de Ginástica (FEG), passou a se
chamar FIG somente em 1921. Cinco anos depois, a modalidade seria incluída no
programa dos primeiros Jogos Olímpicos modernos, realizados em Atenas, na
Grécia. Por razões da origem do nome, a entrada das mulheres nas competições, só
se deu na edição de 1928 das Olimpíadas, que aconteceu em Amsterdã, na
Holanda. O referido nome incluía a prática nua por parte dos ginastas. Por esta
razão, os homens, nos primeiros Jogos, competiam despidos da cintura para cima.
Com a providência de vestirem-se por completo, as mulheres puderam estrear nos
campeonatos.
A partir daí, a evolução da ginástica enquanto desporto se deu ao longo de
poucos anos. 1950 foi um momento em particular: As mulheres competiram em
alguns aparelhos masculinos - como as argolas - e a ginástica rítmica ainda fazia
parte das apresentações artísticas. Em seguida, algumas provas foram
acrescentadas e outras retiradas. Os aparelhos foram definidos para cada evento. E
por fim, seu aprimoramento não para e a cada revisão das regras, a dificuldade e a
beleza dos movimentos aumenta. Atualmente, a ginástica artística é um dos mais
populares esportes - não apenas nos Jogos Olímpicos - e um dos mais exigentes
para com seus atletas e praticantes. Baseada nessa rápida evolução e
popularização, principalmente entre as mulheres, a modalidade artística tornou-se a
rainha da FIG entre as demais práticas da ginástica. Surgida como um esporte
tipicamente masculino, a modalidade artística globalizou-se como um desporto
feminino, que hoje possui maior destaque, um maior número de praticantes e atletas
mundialmente reconhecidas, Wikipédia (2009).
21
No Brasil de acordo com Públio (1998) a GA, iniciou com colonização alemã
no Rio grande do Sul, em 1824, dando origem a Sociedade Ginástica de Joinville,
Santa Catarina, fundada em 16 de novembro de 1858, a mais antiga da América do
Sul. A partir de então a GA foi criando adeptos em todo país através dos primeiros
torneios, da oficialização da Ginástica com sua filiação à Federação Internacional de
Ginástica em 1951. Através da então Confederação Brasileira de Desportos, até a
fundação da Confederação Brasileira de Ginástica em 25 de novembro de 1978,
depois da repercussão da participação de ginastas brasileiros nos Jogos Pan-
americanos, Luso-brasileiros, Sul-americanos. E atualmente com a representação
expressiva dos ginastas brasileiros nos mundiais e nos jogos olímpicos.
4.2. Educação Física e a Ginástica Artística
Alguns autores justificam os conteúdos da GA nas aulas de Educação Física,
entre eles, Marcassa (2004) corroborando com Soares (1998), destaca que a
Ginástica no contexto da Educação Física Escolar deve ser pensada como um tema
que insere os alunos na cultura corporal, nessa perspectiva, essa modalidade
gimnica2 deve ser conhecida e experimentada.
Nista-Piccolo (2005) reforça citando que por ser uma atividade na qual a
criança sente prazer na execução de acrobacias, estimulando a criatividade a
expressão corporal combinada aos seus elementos gímnicos, além de socializar o
educando desde o momento da aprendizagem, quando há necessidade de ajuda
mútua entre os companheiros. Se tratando de uma visão educativa, esses
elementos gímnicos tornam-se fundamentais nas aulas de Educação Física Escolar.
Hostal (1982) reforça a idéia afirmando que a GA, nas aulas de Educação
Física, põe a criança em relação com o próprio corpo, permitindo descoberta de
diversos partes do corpo, seguimentos e membros, assim como a ação de grupos
musculares e das articulações, oportunidade o aprimoramento de vários movimentos
exigidos pelos fundamentos da citada modalidade.
2 Modalidade gímnica - que faz parte do rol de modalidades das ginásticas de competição olímpica.
22
Alguns conceitos e definições da Educação Física, nos aspectos legais e na
visão de alguns autores, vão a favor dos conteúdos da GA nas aulas, de acordo com
as justificativas dos autores citados acima. Os quais destacaram alguns pontos em
comum. Como o estímulo à criatividade, o desenvolvimento motor e das
capacidades físicas, além do prazer na execução dos exercícios.
A Educação Física no ambiente escolar é um importante meio de introduzir e
integrar o aluno na cultura corporal do movimento, formando o cidadão que irá
usufruí-la. Para isso ela se utiliza do jogo, do esporte, das atividades rítmicas, da
dança, das ginásticas e práticas de aptidão física, em benefício da qualidade de vida
(PCN’s, 1997).
“A educação física como ciência é a educação global do indivíduo, ou seja, a
educação do físico, do intelecto e a educação social”, Souza (1989). Entendida
como forma de desenvolvimento da aptidão física, ou seja, possibilitar ao indivíduo o
melhoramento para exercer suas tarefas cotidianas e também para o lazer, a
recreação e o desporto.
Gonçalves (2002) define a Educação Física como a prática sistêmica de
atividades físicas, desportivas ou lúdicas no âmbito educacional que está
relacionada dialeticamente com alguns campos de conhecimentos advindos de
diferentes ciências, como: Biologia, Sociologia, Biomecânica, entre outras.
O mesmo autor, afirma que, a Educação Física como ato educativo relaciona-
se diretamente com a “corporalidade” e o movimento humano. Implica, portanto,
uma atuação intencional sobre o homem como ser corpóreo e motriz, abrangendo as
formas de atividade física, como, o jogo, a dança, a ginástica e o desporto.
Segundo, Tojal (2004), na sociedade brasileira, a expressão “Educação
Física” é utilizada para representar as atividades físicas desenvolvidas no sistema
escolar formal, que levam à obtenção da saúde e o desenvolvimento biopsicossocial
do indivíduo.
O Manifesto Mundial da Educação Física FIEP – 1970, definiu:
“... A Educação Física como o elemento da educação que utiliza, sistematicamente, as atividades físicas e a influência dos agentes naturais: ar, sol, água etc. como meio específicos, no qual a atividade física é considerada um meio educativo privilegiado, porque abrange o ser na sua totalidade;” (cev, 2008).
23
Do ponto de vista legal, a Educação Física é componente curricular
obrigatório da Educação Básica (Ensino Infantil, Fundamental e Médio), através da
lei 9394/96, sobre Diretrizes e Bases da Educação (LDB). Os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN’s) de Educação Física, orienta de Forma organizada as
principais questões a serem consideradas pelo professor de Educação Física no
desenvolvimento do seu trabalho. Outros documentos que orientam o ensino de
Educação Física Escolar a nível estadual e municipal são as Matrizes Curriculares
de Educação Física do Estado de Rondônia e do município de Porto Velho. Dentre
os conteúdos indicados por esses documentos estão inclusos a GA.
Em nível nacional de acordo com os PCN’s, os conteúdos da Educação Física
Escolar estão organizados em três blocos: Esportes, jogos, lutas e ginásticas;
Atividades rítmicas e expressivas e Conhecimentos sobre o corpo, a GA é abordada
no primeiro bloco, com finalidades diversas como preparação para outras
modalidades, podendo ser feita de forma recreativa, competitiva e de convívio social,
envolvendo ou não a utilização de materiais e aparelhos.
Em Rondônia a nível estadual a Matriz Curricular de Educação Física, aborda
os conteúdos dessa disciplina em quatro Núcleos, nos quais a ginástica é abordada
no Núcleo II nos anos iniciais do ensino fundamental, com seus conteúdos
elementares e no Núcleo IV no nono ano, com seus conteúdos mais complexos e
por fim abordado no Núcleo III final do ensino médio com a elaboração e
apresentação de séries.
A Matriz Curricular de Educação Física do município de Porto Velho aborda
os conteúdos da referida disciplina em quatro Núcleos com temas distintos, O
movimento em construção e estruturação; O movimento nas manifestações lúdicas e
esportivas; O movimento em expressão e ritmo e O movimento e a saúde. A
ginástica está inserida no Núcleo O Movimento e as manifestações lúdicas e
esportivas do primeiro ao terceiro ano do ensino fundamental. Desse modo como
preconiza as literaturas oficiais a nível nacional, estadual e municipal a GA esta
inserida como conteúdo da Educação Física Escolar.
Segundo Betti, (1991), as aulas de Educação Física devem auxiliar o aluno a
compreender o seu sentir e o seu relacionar-se na esfera da cultura corporal de
movimento. Logo, a Educação Física escolar é um processo, com conteúdos e
24
objetivos específicos, os quais devem ser direcionados para promover o
desenvolvimento integral do aluno em todo o período da educação básica, e
segundo os PCN’s, também devem respeitar os níveis de desenvolvimento e as
características individuais dos alunos.
4.3. Ginástica Artística e Desenvolvimento Motor
De acordo com Gallahue (2003), o desenvolvimento é um processo contínuo
que se inicia na com a fecundação e termina com a morte. O desenvolvimento,
segundo esse autor, inclui todos os aspectos do comportamento humano, e como
resultado, somente artificial pode ser separado em áreas, fases ou faixas etárias. A
aceitação crescente do conceito de um desenvolvimento permanente é muito
importante deve ser acatado. Da mesma maneira como o estudo do movimento no
período neonatal, na infância, e na vida posterior. O ganho com o aprendizado do
desenvolvimento motor em todas as idades e com a análise desse processo dura a
vida toda.
O campo de estudo do desenvolvimento motor humano enfoca as mudanças
no comportamento motor no decorrer do ciclo da vida Clark & Whit All, Clark e
Haywood apud Gonçalves (1995). O estudo do desenvolvimento motor torna-se
fundamental uma vez que trabalhamos essencialmente com atividades corporais nas
aulas de Educação Física. Nelas o movimento se expressa como fator essencial da
aprendizagem e da vida.
Gallahue (2003) reforça que o processo de desenvolvimento e, mais
especificamente, o do desenvolvimento motor, deveria lembrar-nos constantemente
da individualidade do aprendiz, pois muitos fatores que envolvem habilidades
motoras e desempenho físico interagem de maneira complexa com o
desenvolvimento cognitivo e afetivo. Cada um desses fatores é, por sua vez, afetado
por ampla variedade de exigências relacionadas a tarefas específicas, biológicas e
ambientais.
Nesse sentido Papalia et al. (2006), afirma que fatores como:
Hereditariedade; Ambiente e a Maturação influenciam no desenvolvimento humano.
25
O primeiro diz respeito à dotação genética dos pais biológicos de uma pessoa, o
segundo compreende a totalidade de influencias externa, ou seja, não genéticas que
determinam o desenvolvimento. O último relaciona-se a maturação do corpo, ou
melhor, dos desdobramentos de uma sequência genética influenciada e muitas
vezes relacionada à idade cronológica, de mudanças físicas e padrões de
comportamento, incluindo a prontidão de comportamento para adquirir novas
habilidades.
Gallahue (2003) destaca sobre o assunto, ser importante conhecer os
produtos do desenvolvimento, ou seja, como as pessoas são tipicamente nas fases
e nos estágios particulares do desenvolvimento e também como essas alterações
acontecem. Para essa finalidade o autor destaca duas abordagens da teoria do
desenvolvimento. A teoria de Sistemas Dinâmicos e a Ecológica, também conhecida
como teoria Contextual. Do início ao fim da vida, o comportamento motor muda.
Algumas destas mudanças são drásticas e ocorrem na fase da infância e
adolescência, outras são mais modestas e acontecem na fase adulta,
posteriormente percebe-se uma regressão nos movimentos com o avanço da idade.
Na primeira, o desenvolvimento ocorre através da auto-organização entre
outros princípios, desencadeando um processo não linear e descontínuo, isto é a
alteração individual ao longo do tempo, não é necessariamente simples e
hierárquica e não envolve mover-se em direção a níveis superiores de complexidade
e competência no sistema motor. E sim como citado anteriormente pela auto-
organização, nela os seres humanos ficam inclinados a lutar pelo controle motor e a
habilidade motora.
A segunda teoria entende o desenvolvimento humano ocorrendo em função
do contexto ambiental e da estrutura temporal histórica na qual se vive, ou seja, se
relaciona com o individuo e seu meio ambiente, bem como, o desenvolvimento
integral dos domínios cognitivos, afetivo e psicomotor. Esses domínios interagem no
desenvolvimento do individuo. Ambas as teorias têm um ponto em comum, o
movimento integrando todas as fases da vida.
Segundo Santos et al. (2004), O movimento está presente em todos os
momentos da nossa vida com seu grau de significância sendo alternado, modificado
e adaptado durante o ciclo da vida, desde o significado de ficar de pé pela primeira
26
vez e a dificuldade de em levantar-se na velhice. Essas mudanças, modificações e
adaptações durante o ciclo vital, são o foco desses estudos sobre o
desenvolvimento humano.
Para Shumway-Cook (2003), o movimento é um aspecto essencial da vida.
Ele é indispensável na nossa capacidade de locomoção, seja no caminhar, correr e
brincar, na procura pelos alimentos que nos nutrem; na comunicação com as
pessoas do nosso convívio social.
Do início ao fim da vida, de acordo com Gonçalves (1995), o comportamento
motor muda. Algumas destas mudanças são drásticas e ocorrem na fase da infância
e adolescência, outras são mais modestas e acontecem na fase adulta,
posteriormente percebe-se uma regressão nos movimentos com a senilidade.
Conforme Barela, apud Gonçalves et al. (1995), as mudanças ocorridas no
comportamento motor do indivíduo durante a vida, são mudanças na forma e na
execução do movimento. Alterando assim a organização ou controle e a
coordenação dos movimentos.
Na infância o desenvolvimento motor se caracteriza pela aquisição de grande
número de habilidades motoras, que possibilitam a criança um amplo domínio do
seu corpo em diferentes posições e/ou posturas estáticas e dinâmicas. O que lhes
permite locomover-se no ambiente de variadas formas, andando, correndo, saltando
etc. bem como manipular objetos de variadas formas, texturas e tamanhos.
Segundo Grespan apud Peixoto (2006) no primeiro ano do ensino
fundamental, normalmente aos seis anos de idade a criança já tem desenvolvido sua
noção de esquema corporal, reconhece as partes do corpo e relaciona-se bem com
objetos. Nesta fase ela está apta a se envolver em uma intensa gama de atividades,
tem apreço pela reprodução e imitação de ações e está aberta a aprendizagem
escolar, por que seus interesses tornam-se mais sistemáticos.
De acordo Gallahue apud Peixoto (2006), a partir dos 10 anos de idade, há
um grande salto de evolução das estruturas anatômicas e nervosas. Nesta fase a
criança possui um domínio psicomotor equivalente ao adulto, seu domínio motor
global é bem favorecido pela facilidade de assimilação e disponibilidade motora,
favorecendo a prática de atividades mais complexas que envolvem deslocamentos,
precisão e equilíbrio.
27
Sabe-se que, dos 6 aos 10 anos de idade, as exigências de movimento,
segundo o autores da teoria desenvolvimentista, como Gallahue, são compatíveis
com as atividades que a GA proporciona, Nista-Piccolo (2005 p. 113).
Lopes (2007) reforça, afirmando que a Ginástica Artística contribui para o
desenvolvimento da criança, pois apresenta variedades de movimentos e demanda
muitas capacidades físicas e motoras, as quais podem facilitar a aquisição de
habilidades importantes para as demais modalidades esportivas. Nista-Piccolo
(2005) afirma essa importância quando cita a possibilidade de se ampliar o
repertório motor da criança através da riqueza de materiais e da grande variedade
de movimentos proporcionados pela GA.
A GA, de acordo com Werner apud Nunomura & Tsukamoto (2003) é uma
modalidade que desenvolve, de maneira bastante eficaz, as capacidades motoras. A
variedade dos exercícios influi sobre todo o aparelho locomotor, bem como auxilia
no desenvolvimento do domínio cognitivo e da propriocepção. Ela também estimula
outras qualidades como, a criatividade, a perseverança e a coragem. Brikina apud
Nunomura & Tsukamoto (2003) confirma, que a combinação ilimitada dos
movimentos, suas variações e complexidade, permitem a aplicação de um grande
número de exercícios físicos diferentes por sua forma e coordenação, levando seus
praticantes a valorizarem suas possibilidades motoras.
Desse modo confirmando que a Ginástica Artística possui um amplo
repertório de exercícios que podem ser executados através de combinações de seus
elementos básicos de movimento, os quais podem produzir diferentes tipos de ações
motoras, contribuindo ao desenvolvimento motor.
4.4. Ginástica Artística e Aprendizagem Motora
A aprendizagem motora segundo Shumway-Cook (2003) é descrita como
uma serie de processos associados à pratica ou à experiência, que levam a
mudanças relativamente permanentes na capacidade de produzir uma ação hábil.
Vários autores entre os quais, Gallahue (2003), Shmidt (2001) e Teixeira
(2005), são de acordo que a aprendizagem motora é uma interação entre o individuo
28
(aluno, educando), a tarefa (atividade a se desenvolvida) e o ambiente (contexto no
qual será desenvolvida a atividade).
As habilidades motoras são movimentos voluntários do corpo e/ou dos
membros (seguimentos) para atingir um objetivo segundo Richard (2002). Ou seja,
executar uma tarefa previamente solicitada e/ou criada uma situação ambiental que
exija essa tarefa.
Gallahue (2003), afirma que a aptidão motora de um individuo tem efeito
decisivo no desempenho de qualquer atividade motora que requeira reações
rápidas, velocidade de movimento, agilidade e coordenação de movimento, força
explosiva e equilíbrio. Nesse sentido com relação à aprendizagem motora o autor
destaca princípios mecânicos considerados como base para a aprendizagem
motora.
Entre os fatores físicos e mecânicos o autor destaca, a influência gravitacional
da terra sobre três fatores primários de preocupação no estudo do equilíbrio, são
eles, o centro da gravidade, a linha de gravidade e a base de apoio. O primeiro
existe em todos os objetos, em formas geométricas localiza-se no centro do objeto,
nos assimétricos como é o caso do corpo humano esta constantemente mudando
conforme o movimento. O centro da gravidade do nosso corpo sempre se desloca
na direção do movimento ou do peso adicional. Nas crianças em pé na posição
ereta, está aproximadamente no alto dos quadris, mais precisamente entre a parte
da frente e a parte da trás do tronco.
Em atividades nas quais o centro da gravidade permanece em posição
estável, como sustentar-se em um pé ou plantar bananeira, são chamadas de
atividades estáticas de equilíbrio. Caso o centro da gravidade se desloque
constantemente, como o ato de pular corda, caminhar, rolar, fazer cambalhota, são
chamadas atividades de equilíbrio dinâmico.
O segundo diz respeito à linha imaginária que se estende verticalmente do
centro da gravidade ao centro da terra. A relação mútua entre esses dois centros até
a base de apoio determina o grau de estabilidade do corpo.
O último é a parte do corpo que entra em contato com a superfície de apoio.
Se a linha de gravidade estiver situada na base de apoio, o corpo estará em
29
equilíbrio. Se esta estiver fora dessa base, o corpo estará fora de equilíbrio. Quanto
mais ampla for à base de apoio, maior a estabilidade.
Teixeira apud Teixeira (2005) justifica a interação da tríade, individuo, tarefa
e o ambiente, na aprendizagem motora afirmando, que inicialmente o indivíduo
precisa identificar o problema motor que, a titulo de exemplo, esse autor coloca a
tarefa de ficar em posição invertida, com as mãos apoiadas no chão e os pés para
cima. Em seguida, essa pessoa precisa formular um plano de ação, em que gerará
uma hipótese de como seria possível realizar tal objetivo. Isso é feito imaginando-se
as possíveis formas de atender a essa e tarefa.
O mesmo autor afirma que o estágio de aprendizagem é especifico a tarefa
motora, o que significa dizer que o fato de alguém estar em um estágio avançado
em uma habilidade, não diz absolutamente nada sobre o estágio de aprendizagem
desse individuo em uma tarefa posterior, a menos que essas habilidades possuam
elementos em comum. A detecção correta do estágio por parte do orientador permite
a ele formular estratégias apropriadas de organização entre a tarefa e o ambiente da
prática.
Teixeira (2005), destaca quatro critérios mais usados para classificar uma
tarefa, são eles: a demanda de precisão, a identificação do ponto de inicio, o
processamento de feedback e a estabilidade do ambiente. O primeiro critério diz
respeito ao tamanho do grupo muscular no controle dos movimentos na execução
da aprendizagem motora. Como em qualquer ação há a participação tanto de grupos
musculares pequenos, como os músculos das mãos e das faces, com de grandes
grupos musculares, como os das costas e das pernas, a classificação entre
habilidades finas e habilidades globais, é feita de acordo com a importância da
participação desses grupos musculares no controle da tarefa.
O autor cita como exemplo a tarefa de escrever ou pintar, o controle
diferenciado de pequenos músculos é essencial para produção de movimentos
precisos e de pequena magnitude, apesar de necessária a estabilidade postural
gerada através da musculatura do torso e das pernas. Trata-se de uma tarefa
tipicamente fina. De mesmo gênero o, o giro gigante3 na barra fixa envolve ação
3 Giro Gigante – giro transversal de 360° com empunhadura das mãos nas barras fixas e nas barras assimétricas.
30
manual, mas a demanda maior da ação é gerada por meio da contração de grandes
grupos musculares para impulsionar o corpo todo. Além disso, os movimentos
manuais são empregados para manter-se agarrado à barra e não para
manipulações que requeiram controle refinado dessa musculatura, por essas
características a habilidade descrita é classificada como global.
O segundo critério de classificação da tarefa a partir da identificação do ponto
de inicio da ação distingue as habilidades motoras em discreta, seriadas ou cíclicas.
O referencial empregado nesse critério é se existe na tarefa um ponto de inicio bem
definido, é classificada como habilidade discreta. Nessa categoria de habilidade, um
observador tem condições de reconhecer o momento em que a tarefa é inicia e
quando é encerrada. Um exemplo dessa categoria de habilidade é o salto simples,
como descreve Teixeira (2005), a tarefa é iniciada com um movimento preparatório,
realizando-se simultaneamente agachamento e extensão dos braços para trás, e se
encerra com a flexão das pernas após a fase de vôo, amortecendo o impacto da
queda. Na habilidade cíclica de tarefas motoras dessa categoria uma vez iniciada a
ação, não é possível reconhecer os pontos de inicio ou de fim, pois sua
característica repetitiva, em que alguns movimentos são executados várias vezes,
ou seja, de forma cíclica, é sua marca registrada. Dentre essas habilidades estão as
empregadas para locomoção, como, andar, correr, uma seqüência de flic-flac4 ou
giros na barra. Já a terceira categoria desse critério de classificação de tarefas
motoras envolve a combinação de duas tarefas motoras ou mais, sejam elas
discretas ou cíclicas. Desse modo, tanto ações que envolvam poucos componentes,
como o rodante que é composto por uma corrida (habilidade 1) e mais o movimento
principal passando pela posição invertida (habilidade 2), assim como, tarefas
possuindo várias partes elementares, como é o caso de uma série de GA no solo,
são classificadas como tarefas seriadas.
Quanto ao terceiro critério da disponibilidade de informação de feedback, é
definido por Teixeira (2005), como um tipo de informação especial, a qual é gerada
durante a execução de um movimento, que retorna ao executante por diferentes vias
4 Flic-Flac – salto com apoio dos pés com projeção de ombros passando pelo apoio invertido e terminando com o apóio dos pés, podendo ser executado para frente ou para trás como ligação a outros saltos.
31
sensoriais, ou seja, a visual, a auditiva, a tátil e a proprioceptiva. O individuo executa
a ação e, em condições normais observa a reações desencadeadas, tais como, a
sensação de pressão de partes de seu corpo contra o solo e ouve o som de
impactos provenientes de aterrissagens. O autor lembra que o processamento de
informações não é instantâneo, leva-se tempo para identificar, analisar e converter o
resultado dessa análise em movimentos corretivos. Por esse motivo um fator
decisivo para classificação da habilidade quanto ao uso do feedback é o tempo para
se completar uma ação. Em movimento de curtíssima duração, realizados em uma
fração de segundos a informação de feedback só será aproveitada na tentativa
seguinte. Como uma habilidade que representa bem essa categoria, pode-se citar o
salto mortal, no qual o executante realiza um ou mais giros em torno do eixo
transversal do corpo em um curto intervalo de tempo. Uma vez iniciada a ação não
é mais possível se fazer ajustes de rota ou de tempo caso o executante tenha
cometido algum erro de programação dos movimentos, habilidades com essas
característica são classificadas como de circuito aberto de feedback. Já as
habilidades com tempo com tempo bastante longo, requerendo alguns segundos
para que a execução seja completada é classificada como de circuito fechado de
feedback, uma vez que vários ciclos de processamento de informações podem ser
concluídos, seja fechando o circuito, do inicio ao final da execução da tarefa. Isso
pode ser notado na ginástica de solo e em todos os aparelhos da GA, que implica a
capacidade de promover ajustes durante o movimento, corrigindo-se erros
eventualmente cometidos em fases prévias da execução.
O quarto critério de classificação de habilidades, destacado por Teixeira
(2005) está baseado na estabilidade do ambiente em que a tarefa é realizada.
Considera-se como estabilidade ambiental a freqüência com que os elementos
críticos para a execução da tarefa são modificados durante a execução. Dessa
forma, habilidades de ambiente estável (fechado), são aquelas em que não ocorrem
alterações que exijam o ajustamento dos movimentos, ou seja, o ambiente
permanece estático do inicio ao fim da ação motora, de modo que todas as decisões
são tomadas antes do inicio da ação. Nessa categoria estão todas as tarefas
realizadas na GA. Outra categoria que o autor menciona dentro desse critério de
classificação é o que se denomina tarefas de ambiente instável (aberto), são
32
aquelas em que o executante necessita avaliar continuamente o que acontece no
ambiente à sua volta durante o desdobramento do ato motor, a fim de que consiga
tomar decisões apropriadas e atingir seu objetivo. Nessa categoria estão as tarefas
de interceptar e rebater objetos como, a bola e a peteca, o objetos em que toque
deve ser evitado também, assim como jogos em movimento.
Logo, segundo Shmidt (2001) a aprendizagem motora requer o aprendizado
de ações integrais do ser humano que possibilitem a execução de uma variedade de
movimentos voluntários para que possam atingir os seus objetivos.
De acordo com Teixeira (2005), um dos princípios fundamentais da
motricidade humana é que o comportamento motor é adaptável. A adaptação, no
entanto, só ocorre à medida que existam situações que desafiem a capacidade de
movimento já adquirida, requerendo que novas estruturas de ação tenham que ser
formadas para atender às exigências impostas pelo ambiente.
O mesmo autor explica a relação da GA com a aprendizagem motora, ao
afirmar que, ao se falar em aprendizagem motora, referimo-nos a alterações
observáveis no desempenho motor, que freqüentemente são quantificadas de forma
qualitativa, como se faz em torneios de GA. Onde se observa a execução de uma
série e/ou habilidade isolada.
Nista-Piccolo (2005), afirma ser extremamente importante aprimorar o
equilíbrio corporal da criança em atividade que exigem equilíbrio dinâmico, estático e
recuperado. A trave de equilíbrio, trabalhada com movimentos simples e de fácil
execução, oferece grandes possibilidades de atingir esse objetivo, aumentando
sempre a complexidade dos exercícios dados buscando alcançar o equilíbrio
desejável para a aprendizagem motora.
A mesma autora cita que na evolução sensório-motora, a criança elabora seu
esquema corporal, mas, para tanto, é preciso ter as noções espaciais e temporais
bem trabalhadas. Para organizar essas percepções relativas ao próprio corpo, de
acordo com a autora, é imprescindível vivenciar atividades no solo, em colchões ou
gramado. Nesta perspectiva os elementos de GA desenvolvidos no solo trazem
experiências fantásticas em relação à noção espacial.
Perceber os pés na posição vertical invertida da parada de mãos pode proporcionar consciência do corpo, difícil de ser
33
experimentada. Além disso, os elementos ginásticos e acrobáticos que compões os fundamentos da GA são básicos para a evolução motora de qualquer criança. Nista-Picollo (2005, p. 118).
Nessa perspectiva a GA nas aulas de Educação Física Escolar pode
contribuir para formação integral da criança com base numa aprendizagem motora
eficiente.
4.5. Fundamentos da Ginástica Artística
Segundo, Tsukamoto & Nunomura (2005), assim como a base da casa é o
alicerce, os fundamentos da GA são as ferramentas essenciais para o aprendizado
das habilidades avançadas dessa modalidade. Ainda que para muitos profissionais
os rolamentos, a parada de mãos, a estrela, rodante, as reversões no solo; as
oitavas os giros e os kipes na paralela; o salto grupado, afastado e carpado; entre
outras habilidades, no solo e/ou aparelhos, entendam como fundamentos. De acordo
com essas autoras existem outros anteriores a esses, que representam o conteúdo
essencial para a progressão na GA. Esses fundamentos receberam denominações
distintas, conforme seus autores.
Seguindo uma ordem cronológica de autores mais citados em trabalhos
acadêmicos e por profissionais da área que vivenciaram essa modalidade, seja
como atleta, técnico ou arbitro. Temos Carrasco (1982) citado por Tsukamoto &
Nunomura (2005), o qual aprofundou os fundamentos da GA em exemplos
concretos com a que todos profissionais da Educação Física, atuantes ou não na
modalidade pudessem entender.
Desse percebe-se que o autor segundo Tsukamoto & Nunomura (2005),
pretendeu sistematizar a GA, levando em conta a heterogeneidade dos movimentos
de forma lógica, progressiva e coerente.
Carrasco (1982) entende a estruturação lógica dos fundamentos da GA nas
principais formas de ações que compõem o conteúdo essencial de todo gesto
ginástico, que geralmente são combinadas. As quais foram classificadas pelo autor
como:
34
- As cinco ações musculares principais, Fechamento, Abertura, Retropulsão,
Antepulsão e Repulsão;
- A posição da bacia, para fixação do quadril em contrações muscular global
e/ou bloquear o impulso e controlar a posição de báscula;
- Posição do dorso, levar ou conservar o tronco no prolongamento dos braços
em apoio invertido;
- Repulsão de braços, elevação dos ombros, braços erguidos acima da
cabeça;
- Repulsão das pernas, impulsão máxima de uma perna (impulsão alternativa)
e impulsão das pernas (impulsão simultânea).
Desse modo segundo Carrasco apud Tsukamoto & Nunomura (2005), essas
ações musculares permitem a realização dos elementos ginásticos. Em geral, por
serem na maioria das vezes combinadas, dependendo da habilidade uma prevalece
mais do que outras. Assim segundo Carrasco (1982), a segmentação aparente da
habilidade ou elemento ginástico permite ao profissional identificar as ações
musculares desencadeadas. Desse poderá definir a preparação física adequada.
Entre os autores mais citado em trabalhos acadêmicos, sobre sistematização
estão Russell e Kinsman (1986), citados por Nunomura (2000), Nunomura & Russell
(2002) e Tsukamoto & Nunomura (2005). Eles elaboraram programa de iniciação há
mais de trinta anos no Canadá, o qual foi denominado de “Padrões Básicos de
Movimento” (PBMs). Nesses PBMs, Russel & Kinsman apud Nunomura & Russel
(2002), consideram que esses padrões são modelos ou temas básicos da GA, pois
há entre eles os mais comuns de todos os tipos de movimentos da ginástica.
Esses citados autores dividem os fundamentos da GA em seis Padrões
Básicos de Movimento, destacando seu tipos e o princípio mecânico:
1- Aterrissagens, sobre os pés sobre as mãos, com rotação, sobre as costas,
cujo principio mecânico é utilizar mais tempo e mais partes do corpo para absorver o
momento da aterrissagem;
2- Posições Estáticas, apoios, suspensões e equilíbrio. Tem como principio
mecânico a relação entre o Centro da Gravidade (CG) e a Base de Apoio (BA),
quanto mais próximo a CG da BA, maior a estabilidade;
35
3- Deslocamentos, sobre os pés, em apoio e em suspensão. Com o principio
mecânico da aplicação da força interna (contração muscular) para mover o CG;
4- Rotações, no eixo longitudinal, no eixo transversal e no eixo ântero-
posterior. O principio mecânico diz que para iniciar uma rotação, aplicar uma força
que não passe pelo CG, quanto mais longe a força for aplicada do CG, maior o
efeito da rotação.
5- Saltos, com as duas pernas, com uma perna e com as mãos. Com o
principio mecânico da aplicação de força interna ou externa para produzir um
deslocamento rápido do CG. Essa força deverá ser de magnitude suficiente, na
direção desejada e aplicada em um corpo rígido.
6- Balanços, da suspensão e do apoio. O principio mecânico diz que na fase
ascendente o momento é diminuído, na fase descendente o momento será
aumentado.
Segundo Nunomura & Tsukamoto (2005), os autores constataram que todas
as habilidades da GA partem desses PBMs. Assim o domínio dos desses padrões
permite a evolução para qualquer habilidade na GA. Desse seria possível construir
qualquer habilidade especifica dessa modalidade através de combinações destes
PBMs.
Outra abordagem sobre os fundamentos da GA, por Russel e Nunomura
(2002), É uma abordagem útil para a aprendizagem do movimento humano,
tentando reduzir o número de temas para que o professor trabalhe com aqueles que
tenham um valor realmente significativo. A intenção é alinhar o movimento ou as
habilidades e ensinar os que são necessários para o contínuo aprendizado da
ginástica.
Os autores consideram os modelos ou temas dos movimentos básicos da
ginástica na visão de Laban 5 são: Primeiramente, o mais comum de todos os tipos
de movimentos da ginástica. As aterrissagens, além de ser a mais comum dos tipos
de movimentos executados no contexto da ginástica, as aterrissagens representam
aquele ponto da ginástica em que a maioria das lesões ocorre. As crianças,
5 Rudolf Laban – bailarino austríaco nascido em 1879, aos 30 anos mudou-se para Munique e passou a dedicar-se ao estudo do movimento humano dando ênfase aos aspectos psíquicos e fisiológicos.
36
normalmente, não se machucam enquanto estão no ar ou em algum aparelho
somente, quando estão aterrissando. No entanto, os professores devem
compreender os mecanismos das aterrissagens (em alguns casos caindo) [grifo do
autor] e devem ensinar as crianças a estarem aptas a aterrissarem sobre os pés;
aterrissarem sobre as mãos; aterrissarem enquanto estão executando rotações e
aterrissarem chapados sobre suas costas.
Outro tema dominante na ginástica é o da posição estática. Os professores
deveriam compreender e desenvolver o equilíbrio, a suspensão e o apoio. O
equilíbrio se explica pelo fato de seu desenvolvimento ser importante para a
ginástica. A suspensão e o apoio, os outros dois componentes do tema posição
estática, não são muito bem compreendidos, mas de fato, mais habilidades
evoluíram a partir deles. A suspensão pode ser definida como qualquer atividade de
suspensão na qual os ombros estão abaixo do ponto de suspensão. O apoio pode
ser definido como qualquer posição estável (se instável, é um equilíbrio) [grifo dos
autores] que não seja uma suspensão. Todos os balanços evoluíram das
suspensões e dos apoios.
O balanço é um tema ou modelo de movimento auto-explicativo e ao mesmo
tempo único, muito indicativo do tipo de movimento da ginástica. O deslocamento
consiste de mudanças repetitivas do corpo no espaço, como nadar, escalar e
aparelhos de locomoção. A rotação é o quinto tema, representada por qualquer giro
ou rodopio em torno de um dos nossos três eixos primários. Se um professor
compreende os princípios mecânicos básicos associados à rotação inicial e
mudança de rotação, ele compreenderá que tudo o que vier depois serão
meramente rotações ao redor de um dos eixos: giros, rodopios, saltos mortais,
rolamentos, rodas, rotações em torno de um eixo, voltas e piruetas. Basicamente,
todos são o mesmo modelo de movimento, mas executados ao redor de eixos
diferentes.
O último tema ou modelo de movimento do salto abordado pelos autores é o
deslocamento rápido do corpo, seja das pernas ou dos braços. Mais uma vez, o
conhecimento de alguns princípios de mecânica é o bastante para entender coisas
como saltar, saltitar, repulsão, saída rápida do chão etc.
37
Por fim entre os autores que abordam a ginástica sem os objetivos de alto
rendimento, temos Leguet (1987), citado por Nista-Piccolo (2005) e Nunomura &
Tsukamoto (2005), a proposta oferecida por este autor, denominada “Ações
Motoras” não têm finalidade competitiva, procura sempre utilizar as formas mais
naturais do movimento. Na concepção de Leguet apud Nista-Piccolo (2005) é
possível ensinar ginástica criando-se um ambiente gímnico, em que os processos de
desenvolvimento das atividades estejam centrados na motricidade, cujas ações e
suas coordenações extrapolem os objetivos da competição.
O autor esclarece de acordo com Nunomura & Tsukamoto (2005) que o ponto
comum entre as habilidades simples e as habilidades complexas da ginástica é o
comportamento motor dos indivíduos, pois tanto o habilidoso como o iniciante agem
em situações e ambientes em comum. O que diferencia cada um deles seria o ritmo
de controle e de domínio de suas ações e potencial motor natural individual.
Leguet apud Nunomura & Tsukamoto (2005, p. 44), afirma,
Ainda que haja diferenças na dificuldade ou na complexidade das situações encontradas, no nível das respostas motoras nessas situações e nas dosagens e prioridades segundo o setor considerado e o tempo que se dispõe (iniciação, treinamento), em todas as situações, a questão é aumentar o poder de ação, de ajustar suas ações em uma determinada tarefa e de estar disponível para realizar outras tarefas.
Levando em conta a preocupação de evitar a incorporação de gestos
específicos de alto rendimento da modalidade, Leguet apud Nunomura & Tsukamoto
(2005) o autor aborda as habilidades da GA pelas Ações Motoras: aterrissar e
equilibra-se; girar sobre si mesmo; balancear em apoio; balancear em suspensão;
passar pelo apoio invertido; passar pela suspensão invertida; deslocar-se em
bipedia; equilibrar-se; passagem sobre o solo ou trave; abertura e fechamento;
volteio e saltar.
De acordo com o autor, citado por Nunomura & Tsukamoto (2005), essas
ações podem ser realizadas isoladas ou em combinação entre elas, abordando o
conjunto da especialidade, e cada uma delas representa a totalidade significativa
para o praticante. Considerando a relação que o praticante mantém com o
implemento e o contexto, a unidade comportamental que pode ser ampliada pela
38
transformação e distinção por níveis de prática, a base motora e a gênese particular,
ou seja, a individualidade biológica do praticante.
Nota-se a estreita relação entre os fundamentos da GA com aprendizagem
motora como cita Gallahue (2003), sobre os três fatores primários de preocupação
no estudo do equilíbrio. Já que eles, o centro da gravidade, a linha de gravidade e a
base de apoio. São constantemente alterados pelas exigências dos movimentos
desencadeados na prática dos conteúdos da GA.
39
5. METODOLOGIA
5.1. Caracterização do Estudo
De acordo com Ávila (2000) esta pesquisa caracteriza-se como descritiva,
uma vez que, tem a finalidade de descrever de forma sistematizada os fatos e
características de uma dada população e de uma determinada área de interesse, de
maneira real e correta. De forma a proporcionar subsídios para responder aos
objetivos deste estudo através da análise quantitativa e qualitativa dos dados
coletados.
5.2. População e Amostra
A população alvo deste estudo foi constituída por professores de Educação
Física da cidade de Porto Velho-RO, da rede pública estadual; da rede pública
municipal e da rede particular.
5.2.1. Seleção da Amostra
Primeiramente, foram averiguadas quantas escolas havia, nas redes públicas
estadual, municipal e particular de ensino e dentro delas, quantos professores
ministravam a disciplina de Educação Física, para que fosse delimitada a amostra.
As Escolas da Rede Estadual da cidade de Porto Velho estão divididas de
acordo com a Secretaria de Estado da Educação em 9 (nove) Pólos, as quais
somam um total de 71 (Setenta de uma), de acordo com da SEDUC, distribuídas da
seguinte forma:
• POLO I
APAE, Carmela Dutra, Branca de Neve, Marise Castiel, Padre Moretti,
Samaritana, Duque de Caxias, Barão do Solimões, Castelo Branco.
40
• POLOII
Nações Unidas, São Sebastião I, 21 de Abril, Major Guapindaia,
Osvaldo Piana, CENE;
• POLO III
Rio Branco, John Kennedy, Murilo Braga, N. Srª. Das Graças, Pestalozzi;
• POLO IV
Eduardo Lima e Silva, Tancredo Neves, Bela Vista, Sebastiana L. de
Oliveira, Claudio M. da Costa, D. Pedro I, Heitor Villa Lobos, CE Mª de
Nazaré, Helio Neves Botelho, João Bento da Costa, Jorge Vicente Salazar
dos Santos.
• POLO V
José Otino de Freitas, 04 de Janeiro, Tiradentes, Roberto Pires, Eloisa
Bentes, Brasília, Casa de Davi, Mundo Mágico, Santa Marcelina, Enio
Pinheiro.
• POLO VI
Herbet de Alencar, Orlando Freire, N. Srª do Amparo, Juscelino
Kubitschek, Petrônio Barcelos, Jesus B. Hosannah, Araújo Lima, Bom Jesus.
• POLO VII
Getúlio Vargas, Estudo e Trabalho, Pe. Mario Castagna, Manaus,
Franklin Roosevelt, Cel. Carlos A. Weber.
• POLO VIII
Risoleta Neves, Daniel Néri, São Luiz, Mariana, Flora Calheiros
Contrin, Jânio Quadros, Mª. Carmosina Pinheiro, Ulisses Guimarães.
• POLO IX
Jorge Teixeira, Marcos Freire, São Francisco de Assis, Santa Clara de
Assis, Marcelo Cândia-BR, Marcelo Cândia-MF, Paulo Leal, Princesa Isabel.
Constituindo segundo a REN/SEDUC 137 (cento e trinta e sete) professores
de Educação Física.
As Escolas da Rede Municipal da cidade de Porto Velho estão divididas de
acordo com a Secretaria Municipal de Educação em 4 (quatro) Pólos, as quais
somam um total de 52 (cinqüenta e duas), distribuídas da seguinte forma:
41
• POLO I
Antônio Ferreira da Silva, Maria Isaura, Prof. Antônio A. Rebelo, São
Pedro, Nacional, Pequeno Polegar, Meu Pequeno Jones, Semente do Araçá.
• POLO II
Saul Bennesby, Rio Guaporé, Joaquim Vicente Rondon, Manoel
Aparício N. de Almeida, Krys Damares, Nova República, Padre Chiquinho,
Raimundo A. da Silva, Areal da Floresta, Dr. Tancredo Neves, Pequeno
Mestre, Tucumã, Estela do Manhã, Broto do Açaí, Cor de Jambo, Pequenos
Talentos, Alegria e Moranguinho.
• POLO III
Professor Pedro Tavares Batalha, Senador Olavo Pires, Rio Madeira,
Engº Francisco Erse, João Ribeiro Soares, Senador Darcy Ribeiro,
Guadalupe, Esperança, Encanto do Ipê.
• POLO IV
Chapeuzinho Vermelho, Bom Principio, Ulisses Soares Ferreira, São
Miguel, Pingo de Gente, Prof.ª Estela de Araújo Compasso, Auta de Souza,
Jornalista Fernando Escariz, Vovó Helena, 08 de Março, Engº Waldih Darwich
Zacarias, Pe. Geovane Mendes, 12 de Outubro, Flor do Piquiá, Elenilson
Negreiros, Vôo da Paz. Constituindo segundo a SIEDE/SEMED 111 (cento e
onze) professores de Educação Física.
As Escolas da Rede Particular da cidade de Porto Velho foram mapeadas
através de lista telefônica atualizada da cidade, sendo descartadas as creches e
consideras as escolas com as séries iniciais do ensino fundamental por haver maior
possibilidade destas últimas terem em seu quadro docente professores de Educação
Física. O levantamento do quantitativo de professores dessa rede de ensino foi
realizado através de visitas a estas instituições nas quais se verificou um total 34
professores e 15 escolas distribuídas da seguinte forma:
Colégio Adventista, Colégio Objetivo, Escola Infantil DG e Centro de Ensino
Mineiro, no bairro Flodoaldo Pontes Pinto; Instituto Maria Auxiliadora, Colégio Classe
A, Colégio Dom Bosco, Colégio Interação e Centro de Ensino Pleno Êxito no Centro;
Instituto Laura Vicuña e Sesc, no bairro Olaria; Instituto de Educação Marise Castiel,
42
no Park Alphaville; Colégio Mojuca no Nossa Senhora das Graças; Sesi no Lagoa e
Colégio Terra Nova no bairro Caiari.
A entrega dos questionários foi realizada em cada escola, segundo a
informação da direção de quantos professores de Educação Física havia e após
verificação de quantos se dispunham a responder era marcado um dia para recolhê-
los. Foram entregues 61 (sessenta e um) questionários e 53 (cinqüenta e três) foram
recolhidos perfazendo um percentual de 86,8% dos questionários entregues.
Desse modo com base em Berquó et al. (2005), fora selecionada uma
amostra probabilística proporcional estratificada simples de 47 (quarenta e sete)
professores, sendo 23 (vinte e três) da rede pública estadual, 18 (dezoito) da rede
pública municipal e 06 (seis) da rede particular, cuja razão calculada fora baseada
na fórmula ( n/N =h => 47/282 = 0.16666) como demonstrado no quadro abaixo:
Quadro 1 – Demonstrativo da seleção estratificada da amostra dos professores
ESCOLAS POPULAÇÃO % VALOR AMOSTRA
Escolas Estaduais 137 16.66 22,82 23
Escolas Municipais 111 16.66 18.49 18
Escolas Particulares 34 16.66 5.66 6
TOTAL 282 - 46.97 47
43
5.3. Instrumento de Coleta de Dados
A coleta de dados foi realizada entre os dias 29 de setembro a 15 de
novembro do ano de 2009 em 9 (Nove) escolas da rede Pública Estadual, uma de
cada pólo, 4 (quatro) escolas da rede Municipal, uma de cada pólo e 5 (cinco) da
Rede Particular da cidade de Porto Velho. Como instrumento de coleta dados foi
utilizado um questionário misto, composto por 08 (oito) questões, o qual foi
elaborado com base nos objetivos desse trabalho, assim com, em pesquisas
bibliográficas de autores que tratavam especificamente de questões sobre o tema
desse estudo.
Este questionário foi elaborado exclusivamente para este estudo e validado
no período de 13 a 20 de setembro de 2009, nas escolas, Eloisa Bentes, João Bento
e Marcelo Cândia. O modelo do questionário segue em apêndice (p. 59).
5.3.1 Tabulação dos Dados
A tabulação dos dados obtidos por meio dos questionários ocorreram em 3
(três) níveis: Professores de Educação Física da Rede Pública Estadual e
Municipal, e da Rede Particular de Ensino, com base nas respostas com maior
freqüência para cada nível.
Os dados foram analisados e depois tabulados através de percentuais
quantitativos abordando de forma qualitativa a maneira de verificar as questões do
instrumento de coleta de dados referentes: ao nível de ensino que atuam; o tempo
que atuam na docência a experiência que os professores tiveram com GA; os
conhecimentos que a graduação proporcionou sobre os conteúdos da GA; a
aplicam os conteúdos da GA nas aulas; grau de importância dado aos conteúdos da
GA para o aprimoramento e/ou desenvolvimento motor dos alunos; as dificuldades
para aplicar os conteúdos da GA nas aulas e por fim em quais literaturas se apóiam
para o direcionamento das aulas de Educação Física.
44
6. RESULTADOS
A estatística descritiva foi utilizada para analisar os dados deste estudo. Os
resultados das questões serão apresentados em tabelas pelos percentuais da
freqüência das respostas das questões.
6.1. Análise e Discussão dos Dados
A tabela 1 representa o percentual das respostas referente à pergunta 1:
“Nível de Ensino que atua”. 25% dos professores da rede particular que comporam a
amostra atuam no ensino fundamental do 5º ao 9º anos, outros 25% no ensino
fundamental do 1º ao 5º ano e no ensino médio, 16,7% no fundamental do 1º ao 5º
ano, 16,7% no médio, 8,3% no fundamental do 1º ao 9º e 8,3% outros no ensino
fundamental. Na rede pública estadual 38,1% dos professores atuam no ensino
fundamental do 6º ao 9º anos e no médio, 23,8% no ensino fundamental do 6º ao 9º
ano, 14,3% no ensino médio, 9,5% no fundamental do 1º ao 9º ano, 4,8% no
fundamental do 1º ao 5º e no médio e outros 9,5% no ensino fundamental e médio.
Já na rede pública municipal 42,8% dos professores atuam no ensino fundamental
do 1º ao 5º ano, 28,6% no fundamental do 6º ao 9º ano e os outros 28,6% no
fundamental do 1º ao 9º ano. Demonstrando que a maioria dos professores da rede
particular e pública estadual atua nos anos finais do ensino fundamental e no ensino
médio, e os da rede municipal a maioria atua nos anos iniciais do ensino
fundamental.
Tabela 1 – Nível de ensino que atua
OPÇÕES PARTICULAR (%) ESTADUAL (%) MUNICIPAL (%)
Fundamental 1º ao 5º ano 16,7 - 42,8
Fundamental 6º ao 5º ano 25 23,8 28,6
Médio 16,7 14,3 -
Fundamental 1º ao 9 º ano 8,3 9,5 28,6
Fund. 1º ao 5º e Médio - 4,8 -
Fund. 6º ao 9º e Médio 25 38,1 -
Fundamental e Médio 8,3 9,5 -
45
A Tabela 2 referi-se ao percentual das respostas referente à pergunta 2:
“Tempo de atuação na docência”. 41,7% dos professores da rede particular
componentes da amostra têm atuado na docência no período de 3 a 6 anos, 16,7%
de 1 a 3 anos, 16,7% de 9 a 12 anos, 8,3% atuam de a menos de 1 anos, outros
8,3% de 6 a anos e os demais 8,3% atuam há mais de 15 anos. Os da rede pública
estadual 23,8% atuam há mais de 15 anos, 19,1% atuam de 1 a 3 anos, 14,3% de 3
a 6 anos, 9,5% de 6 a 9 anos, outros 9,5% de 9 a 12 anos e os 9,5% têm atuado de
12 a 15 anos. Na rede pública 35,8% dos professores atuam na docência de 1 a 3
anos, 21,4% há menos de 1 ano, outros 21,4% há mais de 15 anos, 14,3% de 9 a 12
anos e 7,1% atuam de 3 a 6 anos na docência. Demonstrado que na rede particular
o tempo de atuação dos professores se contra entre 3 a 6 anos, na rede pública
estadual apesar de haver tempos de atuações distintos a maioria atua há mais de 15
anos. Já na rede pública municipal a maioria dos professores atuam de 1 a 3 anos
na docência havendo também valores para menos de 1 ano e mais 15 anos de
atuação como segundo percentual mais alto.
Tabela 2 – Tempo de atuação na docência
OPÇÕES PARTICULAR (%) ESTADUAL (%) MUNICIPAL (%)
Menos de 1 anos 8,3 14,3 21,4
De 1 a 3 anos 16,7 19,1 35,8
De 3 a 6 anos 41,7 14,3 7,1
De 6 a 9 anos 8,3 9,5 -
De 9 a 12 anos 16,7 9,5 14,3
De 12 a 15 anos - 9,5 -
Mais de 15 anos 8,3 23,8 21,4
A Tabela 3 representa o percentual das respostas referente à pergunta 3: “Já
tiveram alguma experiência com Ginástica Artística (GA) ou Ginástica Olímpica
GO?”. 75% dos professores da rede particular de ensino que comporam a amostra
tiveram essa experiência na graduação, outros 16,7% como escolar e acadêmico e
8,3% como atleta e acadêmico, os da rede pública estadual 80,9% tiveram
experiência com essa modalidade como acadêmico, 9,5% como atleta e acadêmico,
46
4,8% como escolar e acadêmico e 4,8% não tiveram experiência com essa
modalidade. Na rede municipal os resultados demonstraram que 85% dos
professores tiveram experiência com GA na graduação, e outros 7,1% como escolar
e acadêmico e 7,1% como atleta e acadêmico. Logo, os dados demonstraram que a
maioria dos professores do total da amostra tiveram experiência com a GA, e essa
experiência em 80,8% dos entrevistados ocorreu na graduação.
Tabela 3 - Experiência com a GA
OPÇÕES PARTICULAR (%) ESTADUAL (%) MUNICIPAL (%)
Como escolar - - -
Como acadêmico 75 80,9 85,8
Como atleta - - -
Não teve - 4,8 -
Como escolar e acadêmico 16,7 4,8 7,1
Como atleta e acadêmico 8,3 9,5 7,1
A tabela 4 mostra o percentual das respostas da questão 4: “A graduação lhe
proporcionou os conhecimentos necessários para aplicação dos conteúdos da
Ginástica Artística nas aulas de Educação Física? Justifique”. A maioria dos
professores não justificou sua resposta, mas, 66,7% os da rede particular opinou
que sim e 33,3% opinou que não, na rede pública estadual 66,7% opinou que sim e
33,3% que não. Na rede pública municipal 64,3% dos professores opinou que sim e
35,7% que não. Os resultados revelaram haver um consenso quanto à opinião em
todos os níveis, apontando que mais de 64% do total da amostra opinou que sim, ou
seja, a graduação proporcionou os conhecimentos necessários à aplicação dos
conteúdos da GA, nas aulas de Educação Física.
Tabela 4 - Conhecimentos necessários para aplicação da GA obtidos na graduação
RESPOSTAS PARTICULAR (%)
ESTADUAL (%)
MUNICIPAL (%)
Sim 66,7 66,7 64,3
Não 33,3 33,3 35,7
47
A tabela 5 mostra o percentual das respostas da questão 5: “Nas suas aulas
são aplicados os conteúdos da Ginástica Artística?”. Verificou-se que 58,3% dos
professores da rede particular aplicam os conteúdos da GA nas aulas e outros
41,7% não aplicam, na da rede pública estadual 23,8% dos professores aplicam
enquanto 76,2% não aplicam os conteúdos da GA em suas aulas. Na rede pública
municipal 14,3% dos professores aplicam a GA nas aulas enquanto outros 85,7%
não aplicam. Demonstrando que a maioria dos professores de Educação da rede
pública da cidade de Porto velho, tanto da estadual, como da municipal, não aplicam
os conteúdos da Ginástica Artística nas aulas de Educação Física.
Tabela 5 - Aplicação dos conteúdos da GA nas aulas
RESPOSTAS PARTICULAR (%)
ESTADUAL (%)
MUNICIPAL (%)
Sim 58,3 23,8 14,3
Não 41,7 76,2 85,7
A Tabela 6 referi-se ao percentual das respostas da questão 6: “Qual
importância você daria aos conteúdos da GA nas aulas de Educação Física, para o
desenvolvimento motor dos alunos?”. Constatou-se que 50% dos professores da
rede particular atribuíram ser importante, 41,7% de ser muito importante, enquanto
8,3% responderam ser de média importância, na rede pública estadual 47,6%
opinaram ser a GA muito importante, 28,6% de ser importantes, 14,3% de ser de
média importância e outros 9,5% foram indiferentes a essa questão. Na rede pública
municipal 57,1% dos professores atribuíram ser importante e outros 42,9% de ser
muito importante. Mostrando que a maioria dos professores da cidade de Porto
Velho reconhece a importância da GA para o desenvolvimento e/ou aprimoramento
motor dos alunos.
Tabela 6 - Importância da GA para desenvolvimento e/ou aprimoramento motor
RESPOSTAS PARTICULAR (%)
ESTADUAL (%)
MUNICIPAL (%)
Media importância 8,3 14,3 -
Importante 50 28,6 57,1
Muito importante 41,7 47,6 42,9
Indiferente - 9,5 -
48
A Tabela 7 representa o percentual das respostas da questão 7: “Quais
dificuldades o impedem de incluir os conteúdos da GA nas aulas de Educação
Física?”. Levantou-se que 41,6% dos professores da rede particular atribuíram ser a
falta de material específico, 25% de ser a falta de espaço físico adequado e outros
16,7% a falta de aceitação dos alunos e outros 16,7 opinaram não terem
dificuldades, na rede pública estadual 28,6% opinaram ser a falta de espaço físico
adequado e material especifico, 23,8% de ser a falta de materiais específicos e
conhecimento da modalidade, 14,3% a falta de materiais específicos, 14,3% a falta
de tempo e 9,5% de não terem dificuldades. Na rede pública municipal 57,1% dos
professores opinaram ser a falta de materiais específicos como dificuldade para
aplicação dos conteúdos da GA nas aulas, 21,4% de ser a falta de materiais
específicos e conhecimento da modalidade e outros 14,3% opinaram ser a falta de
tempo. Constatando que na rede particular a dificuldade maior é a falta de material
especifico, já na rede pública estadual e municipal a maior dificuldade além da falta
de espaço físico adequado e materiais específicos é a falta de conhecimentos sobre
a modalidade.
Tabela 7 - Dificuldades na inclusão dos conteúdos da GA
RESPOSTAS PARTICULAR (%)
ESTADUAL (%)
MUNICIPAL (%)
Materiais específicos 41,6 14,3 -
Materiais específicos e conhecimento - 23,8 21,4
Conhecimento do professor - - -
Espaço físico adequado 25 - -
Aceitação dos alunos 16,7 - -
Espaço físico e Materiais específicos - 28,6 57,1
Tempo - 14,3 14,3
Nenhuma 16,7 9,5 -
A Tabela 8 refere-se ao percentual da respostas da questão 8: “Os PCN’s, as
Matrizes Curriculares de Educação Física do Estado e do Município orientam para
seleção dos conteúdos e no planejamento das aulas de Educação Física. Cite em
qual ou quais documentos se apóia”. Observa-se que 41,6% dos professores da
rede particular se apóiam nos PCN’s, 16,7% nos PCN’s e a Matriz Curricular do
estado, 16,7% nos PCN’s e a Matriz Curricular do município, 16,7% em outras
49
referencias e outros 8,3% na Matriz Curricular do estado, na rede pública estadual
38,1% se apóiam na Matriz Curricular do estado, 38,1% nos PCN’s e a Matriz
Curricular do estado, 19% em outras literaturas e 4,8% nos PCN’. Na rede pública
municipal 28,6% dos professores se apóiam na Matriz Curricular do município,
28,6% nos PCN’s e a Matriz Curricular do município, 21,4% nos PCN’s, 14,3 em
outras literaturas e outros 7,1% nos PCN’s e a Matriz Curricular do estado. Nota-se
que a maioria dos professores adotam os PCN’s e as Matrizes Curriculares Estadual
e a Municipal e menos de 20% dos professores adotam outras literaturas, como
livros, sites da internet e manuais. Demonstrando que conhecem o que preconiza os
essa literaturas oficiais como conteúdos a serem abordados nas aulas de Educação
Física.
Tabela 8 - Literaturas que se apóiam para direcionamento das aulas
RESPOSTAS PARTICULAR (%)
ESTADUAL (%)
MUNICIPAL (%)
PCN’s 41,6 4,8 21,4
Matriz curricular do estadual 8,3 38,1 -
Matriz curricular do município - - 28,6
PCN’s e Matriz curricular do estado 16,7 38,1 7,1
PCN’s e Matriz curricular do município 16,7 - 28,6
Outros 16,7 19,0 14,3
50
7. CONCLUSÃO
Um dos princípios fundamentais do desenvolvimento motor humano é que se
permita em nossa vivência corporal, várias possibilidades de movimento. Esse
estudo demonstrou que a Ginástica Artística é uma modalidade que propicia a quem
a pratica uma variedade de possibilidades motoras e de desenvolvimento das
capacidades físicas. De acordo com Werner apud Tsukamoto & Nunomura (2005),
Nista-Picollo (2005), Teixeira (2005) entre outros autores referenciados nesse
estudo os fundamentos da Ginástica Artística são muito importante para o
desenvolvimento e para a aprendizagem motora dos alunos, uma vez, que as
tarefas motoras dessa modalidade são compatíveis com os requisitos básicos do
desenvolvimento e da aprendizagem motora do ser humano. Levantou-se que
apenas 23,8% dos professores da rede pública estadual e 14,3% da rede pública
municipal aplicam os conteúdos da GA nas aulas de Educação Física na cidade de
Porto Velho, apesar de mais de 90% do total dos professores que comporam a
amostra terem vivenciado essa modalidade esportiva na graduação. Na opinião de
mais da metade dos professores, essa disciplina na graduação lhes proporcionou os
conhecimentos necessários para aplicação dos conteúdos em suas aulas de
Educação Física.
Constatou-se que a maioria dos professores se apóiam nos PCN’s e nas
Matrizes Curriculares de Educação Física do estado e do município para o
planejamento das aulas o que se supõe que conheçam o que preconiza essas
literaturas a respeito dos conteúdos para as aulas de Educação Física em toda
educação básica. Visto que a maioria dos professores da rede particular e pública
estadual atuam nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, e os da
rede municipal a maioria atua nos anos iniciais do ensino fundamental. Desse modo
pode-se concluir que a principal dificuldade para inclusão desses conteúdos nas
aulas de Educação Física seja a falta de estrutura nas escolas, no diz respeito a
espaço físico adequado e materiais específicos, principalmente na rede pública.
Outro fator que contribui para o não desenvolvimento dessa modalidade tão
importante para ampliação do repertorio motor e das capacidades físicas dos alunos
é a falta de conhecimento mais aprofundado da modalidade. Uma sugestão a que se
51
propõe esse trabalho é de oferecer subsídios para que os profissionais de Educação
Física conheçam a relação que têm os elementos básicos da Ginástica Artística com
o crescimento e o desenvolvimento motor e das capacidades físicas de quem a
pratica, principalmente em idade escolar.
52
8. REFERÊNCIAS
ÁVILA, V. F. de. A Pesquisa na Vida e na Universidade. 2ª Edição. Campo Grande: Ed. UFMS, 2000.
BERQUÓ, E. S.;PACHECO J. M. de SOUZA; GOTLIEB S. L .D. Bioestatística. 2. ed. rev. São Paulo: EPU, 2005.
BREGOLATO, R. A. Cultura corporal da Ginástica. São Paulo: Ícaro, 2002.
GALLAHUE, D. O., J. C. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças, adultos e idosos. São Paulo: Phorte, 2003.
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55
ANEXO I
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
OF. n. /DEF/UNIR Porto Velho, de Setembro de 2009.
Exma. Sra. MARLI FERNANDES DE OLIVEIRA CAHULLA
Secretaria de Estado da Educação – SEDUC.
Senhora Secretária,
Ao tempo em que cumprimentamos Vossa Excelencia, venho por meio deste,
apresentar o acadêmico JOSÉ FERREIRA FILHO, do curso de Educação Física da
Universidade Federal de Rondônia – UNIR. A finalidade da visita a esta secretaria
será realizar um levantamento das escolas da rede pública de ensino, bem como,
dos professores de Educação Física do estado, os dados levantados comporão a
pesquisa de campo da monografia de graduação do referido acadêmico.
Cordialmente,
RAMÓN NÚÑES CÁRDENAS
Chefe do Departamento de Educação Física
EURLY KANG TOURINHO
Orientadora
56
ANEXO II
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
OF. n. /DEF/UNIR
Porto Velho, de Outubro de 2009.
Exma. Sra. EPIFÂNIA BARBOSA
Secretaria Municipal de Educação de Porto Velho – SEMED.
Senhora Secretária,
Ao tempo em que cumprimentamos Vossa Excelência, venho por meio deste,
apresentar o acadêmico JOSÉ FERREIRA FILHO, do curso de Educação Física da
Universidade Federal de Rondônia – UNIR. A finalidade da visita a esta secretaria
será realizar um levantamento das escolas da rede pública de ensino, bem como,
dos professores de Educação Física do município, os dados levantados comporão a
pesquisa de campo da monografia de graduação do referido acadêmico.
Cordialmente,
RAMÓN NÚÑES CÁRDENAS
Chefe do Departamento de Educação Física
EURLY KANG TOURINHO
Orientadora
57
ANEXO III
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA
NÚCLEO DE SAÚDE
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA
OF. n. /DEF/UNIR Porto Velho, de Outubro de 2009.
Senhor Diretor (a),
Ao tempo em que cumprimentamos Vossa Senhoria, venho por meio deste,
apresentar o acadêmico JOSÉ FERREIRA FILHO, do curso de Educação Física da
Universidade Federal de Rondônia – UNIR. A finalidade da visita a esta conceituada
instituição de ensino, será de fazer um levantamento da opinião dos professores
sobre as aulas de Educação Física. Os dados levantados comporão a pesquisa de
campo da monografia de graduação do referido acadêmico.
Atenciosamente,
EURLY KANG TOURINHO
Cref8 000060/G-RO
Orientadora
58
ANEXO IV
AUTORIZAÇÃO
Autorizo a reprodução e/ou divulgação total ou parcial da presente obra por
meio convencional ou eletrônico. Desde que citada a fonte.
Nome: José Ferreira Filho
Assinatura do autor: Ferreira Filho
Instituição: Universidade Federal de
Rondônia
Local: Porto Velho – Rondônia
Endereço: Rua Silas Shockness, 2827 –
Flodoaldo P. Pinto
E-mail: [email protected]
Porto Velho, 16 de Dezembro de 2009
Assinatura
59
APÊNDICE
Prezado (a) Professor (a): Este Questionário tem a finalidade de levantar informações sobre a aplicação dos conteúdos da Ginástica Artística (GA), mais conhecida como Ginástica Olímpica (GO) nas aulas de Educação Física, bem como saber sua opinião sobre a importância e as barreiras que dificultam o desenvolvimento desses conteúdos. Os resultados encontrados irão compor o meu trabalho de Conclusão de Curso, acadêmico José Ferreira Filho.
Obrigado pela participação! Se quiser entrar em contato: [email protected]
I- Identificação
Graduação no ano: _______ Sexo ( ) M ( ) F Data Nascimento:___/___/____
Cursou em Instituição de Ensino Superior:
( ) Pública na UF:______ ( ) Particular na UF:______
Rede de Ensino que atua:
( ) Pública Estadual ( ) Pública Municipal ( ) Particular.
II- Por favor responda:
01. Nível de Ensino que atua.
( ) Fundamental de 2º ao 5º ano.
( ) Fundamental de 6º ao 9º ano. ( ) Médio.
2. Tempo de atuação na docência:
( ) Menos de 1 ano. ( ) Entre 0 e 3 anos. ( ) Entre 3 e 6 anos. ( ) Entre 6 e 9 anos. ( ) Entre 9 e 12 anos. ( ) Entre 12 a 15 anos. ( ) mais de 15 anos.
3. Já teve alguma experiência com Ginástica Artística (GA) ou Ginástica Olímpica (GO)?
( ) Como escolar. ( ) Como atleta. ( ) Como acadêmico.
( ) Especialização. ( ) Não teve.
4. A graduação lhe proporcionou os conhecimentos necessários para aplicação dos conteúdos da Ginástica Artística nas aulas de Educação Física? Justifique.
( ) Sim. ( ) Não.
5. Nas suas aulas são aplicados os conteúdos da Ginástica Artística?
( ) Sim. ( ) Não.
6. Qual importância você daria aos conteúdos da GA nas aulas de Educação Física, para o desenvolvimento motor dos alunos?
R:________________________________________________________________
__________________________________________________________________
7. Quais dificuldades o impedem de incluir os conteúdos da GA nas aulas de Educação Física?
R:________________________________________________________________
__________________________________________________________________
8. Os PCN’s, as Matrizes Curriculares de Educação Física do Estado e do Município orientam para seleção dos conteúdos e no planejamento das aulas de Educação Física. Cite em qual ou quais documentos se apóia.
R:__________________________________________________________________