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0 Construção de Indicadores das Atividades de Inovação Tecnológica nas Indústrias Alagoanas Construção de indicadores das atividades de inovação tecnológica: uma aplicação da metodologia da Pintec nas indústrias alagoanas. Núcleo de Inovação e Pesquisa - NIP Instituto Euvaldo Lodi de Alagoas IEL/AL Maceió AL 2015

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

Construção de indicadores das atividades de inovação

tecnológica: uma aplicação da metodologia da Pintec nas

indústrias alagoanas.

Núcleo de Inovação e Pesquisa - NIP

Instituto Euvaldo Lodi de Alagoas – IEL/AL Maceió – AL

2015

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

Construção de indicadores das atividades de inovação

tecnológica: uma aplicação da metodologia da Pintec nas

indústrias alagoanas.

Núcleo de Inovação e Pesquisa - NIP

Instituto Euvaldo Lodi de Alagoas – IEL/AL

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – CNI

Presidente

Robson Braga de Andrade

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE ALAGOAS – FIEA

DIRETORIA EFETIVA

Presidente

José Carlos Lyra de Andrade

Diretor 1º Vice-Presidente

José da Silva Nogueira Filho

Diretor Vice-Presidente

Ricardo de Souza Leão Sampaio

Diretor Vice-Presidente

Wander Lobo Araújo Silva

Diretor Vice-Presidente

Durval Guimarães Filho

Diretor Vice-Presidente

Carlos Oiticica Pinto Guedes de Paiva

Diretor Vice-Presidente

Álvaro Cézar Oliveira de Almeida

Diretor 1º Secretário

Alberto Cabus

Diretor 2º Secretário

Frederico Gondim Carneiro de Albuquerque

Diretor 1º Tesoureiro

José Fernandes Souza de Holanda

Diretor 2º Tesoureiro

Floriano Alves da Silva Júnior

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

DIRETORES

Pedro Robério de Melo Nogueira

Jerlane Carneiro de Almeida

Alfredo Raimundo Dacal

Maria Aparecida Parisotto Lucas

DIRETORIA SUPLENTE

Ronaldo Patriota Cota

Felix Eugenio Oiticica Berard

Francisco José Acioli da Silva

Adário Bartolomeu Queiroz Monteiro Junior

José Ferreira Costa

Edenir Moreira Peixoto

Valdomiro Feitosa Batista

Jorge Augusto Bastos

Fernando Márcio Cunha

Jorge de Oliveira Lima

Antônio Monteiro da Silva Filho

José Enaldo Marques Silva

José Djalma Rocha

Marcos Antônio Costa Buarque de Holanda

Sérgio Luis Feliciano

CONSELHO FISCAL - EFETIVO

José Ribeiro Toledo Filho

Jorge Toledo Florêncio

Celso Tenório Nonô

CONSELHO FISCAL – SUPLENTE

Carlos Alberto Barros de Araújo

Nairon da Silva Monteiro

Romildo Ramos Rocha

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES DA

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – EFETIVOS

José Carlos Lyra de Andrade

José da Silva Nogueira Filho

DELEGADOS REPRESENTANTES JUNTO AO CONSELHO DE REPRESENTANTES DA

CONFEDERAÇÃO NACIONAL DA INDÚSTRIA – SUPLENTES

Alberto Cabús

Carlos Oiticica Pinto Guedes de Paiva

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

FEDERAÇÃO DAS INDÚSTRIAS DO ESTADO DE ALAGOAS – FIEA

Diretor Executivo FIEA

Walter Luiz Jucá Sá

SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA – SESI

Superintendente

Walter Luiz Jucá Sá

Superintendente Executivo

Carlos Alberto Pacheco Paes

SERVIÇO NACIONAL DE APRENDIZAGEM INDUSTRIAL – SENAI

Diretor Regional

Marben Montenegro Loureiro

INTITUTO EUVALDO LODI – IEL/AL

Superintendente

Helvio Braga Vilas Boas

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5

Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

EXECUÇÃO

Federação das Indústrias do Estado de Alagoas - FIEA

Instituto Euvaldo Lodi – IEL/AL

Presidente FIEA / Diretor Regional do IEL

José Carlos Lyra de Andrade

Vice Presidente FIEA

José da Silva Nogueira Filho

Superintendente IEL/AL

Helvio Braga Vilas Boas

Coordenadora do Núcleo de Inovação e Pesquisa

Eliana Maria de Oliveira Sá

Consultores

Luciana Peixoto Santa Rita

Francisco José Peixoto Rosário

Bolsistas

Danyella Nutels Reys

Gizele Claudino

Graziela Roberto de Albuquerque

Juliana Silva Goes

Maria José do Nascimento

Pedro Henrique Vasconcellos Sarmento

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

SÚMARIO

1. INTRODUÇÃO...................................................................................................09

2. METODOLOGIA................................................................................................11

3. RESULTADOS.....................................................................................................12

3.1 Característica e desempenho das empresas............................................12

3.2 Inovação Tecnológica...................................................................................13

3.2.1 Inovação de Produto...............................................................................13

3.2.2 Inovação de Processo.............................................................................14

3.3 Inovação não tecnológica.........................................................................15

3.4 Atividades inovativas...................................................................16

3.5 Dificuldades para o desenvolvimento da inovação................................17

3.6 Impacto resultante da introdução de inovação............................18

3.7 Fonte de Informação ..................................................................19

3.8 Atividades Cooperativas.............................................................19

4. CONCLUSÃO..................................................................................................20

REFERÊNCIAS...................................................................................................21

APÊNDICE........................................................................................................23

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

ÍNDICE DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Percentual das empresas que introduziram ou não,

produto novo ou significativamente aperfeiçoado (2011-2013)................,......13

Gráfico 2 – Percentual de empresas que inovaram em produtos

de acordo com seu impacto..................................................................................14

Gráfico 3- Percentual de empresas que introduziram algum tipo

de inovação de processo (2011-2013) ......................................................,.....14

Gráfico 4 – Percentual de empresas que introduziram ou não, no

mercado algum tipo de inovação organizacional ou de

marketing (2011-2013) .....................................................................................15

Gráfico 5 – Participação percentual do número de empresas que

encontraram dificuldades para implementar projetos de

inovação (2011-2013) ......................................................................................17

Gráfico 6 - Participação percentual das empresas, dos últimos

três anos, em atividades cooperativas formais ou informais com

outra empresa ou organização.............................................................................19

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

ÍNDICE DE TABELAS

Tabela 1 – Percentual de contratação de funcionários para produção

e administração............................................................................................................12

Tabela 2 – Percentual da forma que foi introduzida a inovação de

Processo..........................................................................................................................15

Tabela 3 - Participação percentual do número de

empresas que implementaram inovações organizacional e o realizado...........16

Tabela 4- Participação percentual do número de empresas

que implementaram inovações em marketing e o realizado...............................16

Tabela 5 – Atividade Inovativa (%)..............................................................................17

Tabela 6 – Impactos resultante da introdução de inovação (%)..........................18

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

1 INTRODUÇÃO

No atual contexto da sociedade do conhecimento, o desenvolvimento de

regiões e do nível de competitividade de suas empresas depende cada vez mais

dos processos de acompanhamento de indicadores de inovação e atividades

inovativas. Logo, com a complexidade do mercado contemporâneo é

necessário que as empresas se adequem às constantes transformações para se

manter no mercado.

Além da consolidação da estabilidade econômica, o Brasil da última

década foi marcado fortemente pela retomada de políticas de incentivo à

competitividade e a inovação. No bojo desse contexto, estados considerados

periféricos, a exemplo de Alagoas, necessitam potencializar iniciativas que

englobam a inovação em toda sua transversalidade desde o ambiente sistêmico

ao particular de cada empresa, perpassando pelas instituições de todo tipo,

academia, governo, instituições de apoio, empresas, leis.

Segundo dados do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o

Brasil investe em torno de 1,2% do PIB na área de inovação. (Site Inventta).

Quando comparado a outros países, percebe-se que este investimento

ainda não é o suficiente para atingir patamares maiores, por isso, espera-se maior

investimento nessa área, principalmente do setor privado.

Apesar da alta complexidade, atualmente já se tem um entendimento

maior sobre o processo de inovação, já que desenvolvimentos posteriores aos de

Schumpeter foram realizados. De acordo com Marx, a inovação é fundamental

para o chamado desenvolvimento econômico, mas nesse caso, não como

resultante do pendor inovador de um grupo de empresários, e sim como uma

forma de aumentar a extração de mais-valia relativa do trabalhador, esta, por

sua vez, origem do lucro. E, para a sobrevivência das organizações, a ampliação

da taxa do lucro é fundamental no atual paradigma.

Quanto à área de estudo em questão, o estado de Alagoas no Brasil

assume uma posição retardatária nos rankings de indicadores sociais e

econômicos dos estados brasileiros, no que concerne à produção tecnológica e

de inovação, em que o acesso ao fomento é prática concentrada em poucos

atores. Ademais, a cultura da inovação e da proteção intelectual é incipiente e

as poucas iniciativas concentram-se, sobretudo, em setores que integram uma

economia baseada em commodities, somadas a algumas empresas de base

tecnológica.

Destacam-se três condições estruturais na indústria de Alagoas:

concentração do valor de transformação industrial, baixa densidade

tecnológica e reduzido nível de especialização da mão-de-obra. Outro aspecto

importante da caracterização setorial da indústria local é a existência de um

número expressivo de empresas de 16 (dezesseis) gêneros que, embora,

apresentem uma dinâmica regular de crescimento, possuem pouca

representatividade em termos de pessoal empregado e elevada dependência

das flutuações sazonais da indústria sucroalcooleira (SANTA RITA et al,).

As fragilidades ressaltadas nas questões sociais do estado, sobretudo a

qualidade da educação, além de impactarem na capacidade inovativa local,

comprometem o direcionamento de recursos para áreas que não estejam na

linha direta das urgências sociais. Por outro, as novas institucionalidades vigentes

e a nova ideia do papel do governo marcaram uma série de transformações que

fez renascer o interesse sobre o papel que os indicadores de inovação podem ter

na reestruturação produtiva, assim como no desenvolvimento da região. Esse

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10

Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

interesse coincide com a busca para se criar um índice de inovação para

indústrias que requer que o ponto de partida seja os indicadores já existentes.

Adentrando ao conceito de inovação, segundo o Manual de Oslo a

inovação é a inserção de um produto ou processo novo ou significativamente

melhorado ou um novo método de marketing ou organizacional em uma

organização. Estudos de um reconhecido pesquisador desse tema, Christopher

Freeman, expõem a ideia de que a inovação não se limita apenas a uma

ocorrência técnica, pois pode ser considerada um fenômeno socioeconômico.

Schumpeter, na década de 30, salientou a importância da inovação para

o desenvolvimento econômico das nações e indagou que ela não se limita aos

produtos e processos, mas alcança também novos métodos gerenciais. Outro

fator que é negligenciado é a dimensão local dos arranjos produtivos, e suas

singularidades, a respeito dos aspectos sociais e institucionais e como isso vai

influenciar na hora de incorporar técnicas que foram desenvolvidas em outras

regiões.

Outro autor que merece ser destacado é De Negri (2005), o qual

menciona que é necessário lidar com a criação, manutenção e renovação de

vantagem competitiva em termos dos recursos das firma. E, para uma firma

sobreviver ao longo prazo, ela precisa de um conjunto de competências ou

capacitações centrais para realizar inovações. Além disso, De Negri afirma que a

atividade tecnológica de países em desenvolvimento tende a ser quase

totalmente do tipo incremental, ao invés do tipo radical, que causa mudanças

tecnológicas radicais. Entretanto, o autor afirma que não se pode subestimar a

importância da significância cumulativa da mudança tecnológica incremental,

mesmo as ocorridas em países em desenvolvimento.

A Pesquisa de Inovação Tecnológica – PINTEC não é aplicada no Estado.

Na realidade nacional, existe uma quantidade crescente de indicadores que

servem para descrever o processo de inovação. Eles são úteis porque logram

captar aspectos relevantes desse processo. Porém, quase sempre são parciais e

incompletos. Nesse estudo se propõe a usar uma metodologia já consolidada

pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

O escopo da pesquisa inclui informações sobre atividades inovativas,

desenvolvimento da inovação, fontes de informação, relações de cooperação

entre os diferentes atores envolvidos, impactos da inovação, o papel dos

incentivos governamentais e os obstáculos encontrados às atividades de

inovação (IBGE, 2008). Com base nisso, as informações são coletadas junto às

indústrias alagoanas, tendo como parâmetro de análise o ano de 2013 (2011,

2012, 2013).

Os resultados produzidos serão de grande interesse para diversos setores

da sociedade. A mobilização das empresas e do governo em prol dos avanços

da estruturação e desenvolvimento do processo de inovação é essencial para o

desenvolvimento econômico do estado e do país e ainda.

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11

Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

2 METODOLOGIA

É notória a crescente utilização de informações estatísticas para uma

tomada de decisão mais precisa. Visto isso, a pesquisa de Inovação Tecnológica

– Pintec, foi desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE,

junto à financiadora de Estudos e Projetos – FINEP para ter um sistema de

informações a respeito das atividades inovativas no Brasil. Entretanto, apesar de

tal pesquisa ser aplicada 14 estados do país, Alagoas não está incluído.

O estado de Alagoas, localizado na região Nordeste do Brasil, foi a área

geográfica na qual este estudo foi realizado e, no que concerne ao estado

referente aos indicadores sociais e econômicos, percebe-se que quando

comparado a outros estados brasileiros este índice é baixo, influenciando dessa

forma a capacidade inovativa da região.

Nesse paradigma, observou-se a importância de mensurar as taxas de

inovação nos segmentos industriais alagoanos e seus efeitos sobre as instituições

e para isso, a pesquisa foi realizada com base na metodologia da PINTEC.

Os resultados desta pesquisa são relevantes no que se refere a possível

comparação com os indicadores de inovação em outras regiões do país. Além

disso, é possível que o governo desenvolva novas políticas regionais ou políticas

de incentivo, e também que as empresas possam fazer uma análise do mercado.

Para a coleta dos dados pertinentes a inovação no estado de Alagoas,

adotou-se um método misto de pesquisa. Este método utiliza mais de uma

estratégia, no qual envolve aspectos qualitativos e quantitativos, dentro de um

mesmo projeto. Além disso, a pesquisa é de natureza exploratória descritiva.

Os dados coletados abordam questões referentes à inovação tecnológica

e inovação não tecnológica, assim como os impactos gerados pelas inovações

introduzidas pelas empresas e as fontes de cooperação estabelecidas. Estes

dados competem ao período de 2011-2013, visto que a PINTEC realiza com base

em triênio.

A partir da amostra de 255 (duzentos e cinquenta e cinco empresas), que

faziam parte de um universo de 4.387 empresas, a pesquisa obteve um total de

133 (cento e trinta e três) empresas coletadas. Os questionários foram coletados,

em sua maior parte, com a aplicação in loco e outros através de e-mails ou por

telefone.

Referente à amostra, esta foi feita com base no Cadastro Industrial da

Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (FIEA) e alcançou 15 setores

industriais, sendo eles: Construção Civil; Diversas e Mobiliário; Editorial e Gráfica;

Madeira; Material de Transporte; Mecânica; Metalúrgicas e Siderúrgicas; Minerais

Não Metálicos; Papel, Papelão e Celulose; Plástico e Borracha; Produtos

Alimentares e Bebidas; Química; Sucroenergético; Têxtil; Vestuário e Calçados.

Cabe mencionar que o porte das empresas coletadas constitui de micro,

pequena, média e grande.

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12

Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

3 RESULTADOS

O estado de Alagoas carece de estudos a respeito da inovação, e visto a

importância de aprofundar este tema para o desenvolvimento da região, foi

realizada a pesquisa com base na metodologia da Pintec, com o objetivo de

medir os indicadores de inovação das indústrias alagoanas.

De maneira geral, através da inovação muitas empresas tornam-se

competitivas, sendo isto importante para que a mesma sobreviva no mercado

atual. Porém, Mattos et al (2008) apontam para dois possíveis fatores que

impedem o processo inovativo nas empresas: a visão tradicional da inovação e o

desconhecimento dos gestores a respeito de ferramentas capazes de ajudar a

criação da inovação dentro das empresas.

Um ponto essencial que também deve ser levado em consideração é o

medo da instabilidade que muitos gestores possuem, decorrente do alto grau de

incerteza, econômico, política e social que prevalece no país.

Entretanto, o investimento em inovação traz bons resultados, e os principais

impulsionadores além do desenvolvimento econômico, são a busca por

vantagem competitiva, o aumento do mercado e a competição a nível

abrangente.

Os resultados e análises demonstrados a seguir foram elaborados com

base em informações e dados coletados com 133 empresas industriais formais do

estado de Alagoas. Esses resultados estão evidenciados por meio de gráficos e

tabelas que permitem a visualização de indicadores de diversos aspectos

relativos à questão da inovação, que abrangem de forma geral os processos,

atividades inovativas e efeitos que ocorreram nas empresas no período de 2011 a

2013.

3.1. Característica e desempenho das empresas

De maneira geral, com exceção apenas de uma empresa, todas as outras

são de origem nacional. Além disso, 88,72% das empresas afirmaram ser sede. As

empresas que afirmam fazer parte de um grupo possui a maior parte da sede

localizada no Nordeste. Cabe mencionar que aproximadamente 53% das

empresas pesquisadas afirmaram que houve mais de 6% nas vendas no período

de 2011 a 2013.

No que se refere à contratação de funcionários, foi constatado que houve

mais contratação de funcionários para a produção quando comparado à

contratação para a área administrativa. E isto pode ser observado na tabela 1

abaixo.

Tabela 1 – Percentual de contratação de funcionários para produção e

administração

Produção Administração

Sim 75,19% 45,11%

Não 24,81% 54,69%

Total 100% 100%

Fonte: Dados da Pesquisa.

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13

Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

3. 2. Inovação Tecnológica

3.2.1 Inovação de Produto

No que se refere à introdução de produtos novos ou substancialmente

aprimorados para a empresa, foi visto que 69 das 133 empresas entrevistadas

relataram não ter realizado inovação de produto no período de 2011 a 2013. Esta

afirmação pode ser observada através do gráfico 1.

Gráfico 1 - Percentual das empresas que introduziram ou não, produto novo ou

significativamente aperfeiçoado (2011-2013)

Fonte: Dados da Pesquisa.

Segundo os estudos de Baker e Sinkula (1999) e de Han, Kim e Srivastava

(1998), a Inovação de Produtos é como um elemento chave do sucesso

sustentável e da performance empresarial. Como pode ser analisado, apenas

48,12% das empresas alagoanas realizaram tal inovação.

Referente à fonte de financiamento, grande parte das empresas que

realizaram este tipo de inovação afirmaram ter feito através de recursos próprios.

Como mencionado anteriormente, considerando o grau de novidade do

produto, dentre as empresas analisadas, 48% introduziram produto novo ou

significativamente aperfeiçoado para a empresa, porém ele já existia no

mercado nacional. Em relação à questão de ter introduzido um produto

considerado novidade para o mercado nacional, aproximadamente 20% das

empresas tiveram resposta afirmativa e cinco delas anularam esse indicador.

Cabe mencionar também quanto ao impacto da novidade sob o

mercado vigente, na qual as inovações podem ser radicais ou incrementais.

Ambas se distinguem pelo fato da intensidade. Enquanto a radical é de alta

intensidade, ou seja, ‘’completamente novo’’, a incremental é o inverso,

‘’aprimoramento de algo já existente’’.

Neste aspecto, conforme o gráfico 2, dentre as empresas que afirmaram

ter realizado inovação de produto, 34% delas introduziram bens ou serviços

completamente novos com características que os distinguem de produtos

anteriores por características de seus componentes, materiais ou funções; e o

restante (66%) introduziu um produto resultante do aperfeiçoamento de outro já

existente por mudanças parciais que influem na melhoria do seu desempenho e

eficiência.

51,88% 48,12% Não

Sim

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14

Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

Gráfico 2 – Percentual de empresas que inovaram em produtos de acordo com

seu impacto

Fonte: Dados da Pesquisa.

3.2.2 Inovação de Processo

No tocante a inovação de processo, aproximadamente 65% das empresas

afirmaram ter realizado ou um novo método de fabricação, ou um novo sistema

de distribuição ou aquisição de novos equipamentos, softwares e técnicas. Isto

pode ser visto no gráfico 3.

Gráfico 3- Percentual de empresas que introduziram algum tipo de inovação de

processo (2011-2013)

Fonte: Dados da Pesquisa.

No que concerne à forma de inovação, 48,12% declararam ter introduzido

tecnologia de produção de bens ou serviços ou métodos de fabricação novos

ou significativamente aperfeiçoados. Aproximadamente 44% do total afirmou ter

introduzido softwares, equipamentos ou técnicas para atividades de apoio a

produção com o objetivo de aumentar a eficiência dos processos realizados e

7% anularam essa questão. Já em relação ao sistema logístico e métodos de

manuseio e entrega de produtos, apenas 24,06% atestaram ter inovado nesse

quesito.

66%

34% Aprimoramento de um já existente

Completamente novo para a empresa

65%

35%

Sim

Não

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15

Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

Tabela 2 – Percentual da forma que foi introduzida a inovação de processo

INOVAÇÃO DE PROCESSO (%)

Novo método de fabricação 48,12%

Novo sistema de distribuição 24,06%

Novos equipamentos, softwares e técnicas 43,61%

Fonte: Dados da Pesquisa.

Aproximadamente 73% das empresas classificaram o processo introduzido

como um aprimoramento de algum que já possuía, 24% consideraram como

completamente novo e 3% não responderam. Dentre as 85 empresas que

afirmaram ter inovado em processo, a imensa maioria, aproximadamente 90%

delas, introduziu um processo novo para empresa, porém que já existia no Brasil.

Do restante, em 7% o processo foi considerado uma novidade a nível nacional,

em 1% a nível mundial e 3% anularam a questão ou não souberam como

responder.

3.3 Inovação não tecnológica

No que se refere à inovação não tecnológica, esta se baseia nas formas de

inovação com vivência no mercado. Quanto à inovação organizacional, esta se

refere à implementação de novas técnicas de gestão ou desenvolvimento de

novos métodos de trabalho. Já a inovação de marketing trata da

implementação de novas estratégias de melhoria e visualização para o produto

oferecido.

Com base nisso, o gráfico 5 apresenta o percentual das indústrias

alagoanas que introduziram no período de 2011 a 2013 algum tipo de inovação

não tecnológica. Vale ressaltar que nesse percentual estão exclusas as empresas

que não responderam.

Gráfico 4 – Percentual de empresas que introduziram ou não, no mercado algum

tipo de inovação organizacional ou de marketing (2011-2013)

Fonte: Dados da Pesquisa.

Com base nas empresas que realizaram pelo menos uma inovação neste

âmbito (75%), foi feita uma análise para indicar o percentual de inovação em

cada aspecto. Como pode ser observado na tabela 2, a maior parte das

empresas realizaram novas técnicas de gestão organizacional. Já na tabela 3,

25%

75% Não

Sim

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16

Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

observa-se que as mudanças na estética, desenho ou mudanças subjetivas foi a

inovação mais realizada no âmbito do marketing. Mas, vale ressaltar que caso

fosse analisar esses percentuais de maneira geral, ou seja, com as 133 empresas

independente de terem praticado inovação ou não, este resultados seriam

diferentes, já que levaria em consideração aquelas empresas que não

praticaram inovação em nenhum desses dois âmbitos.

Tabela 3 - Participação percentual do número de empresas que implementaram

inovações organizacional e o realizado.

Inovação Organizacional (%)

Novas técnicas de gestão 69,23%

Novas técnicas de gestão ambiental 39,56%

Novos métodos de organização do trabalho 49,45%

Mudanças nas relações 27,47%

Fonte: Dados da Pesquisa.

Tabela 4- Participação percentual do número de empresas que implementaram

inovações em marketing e o realizado.

Inovação em Marketing (%)

Mudanças na estratégias e conceitos de Marketing 40,65%

Mudanças na estética, desenho ou mudanças subjetivas 52,74%

Fonte: Dados da Pesquisa.

3.4 Atividades inovativas

No que concerne as atividades inovativas, estas representam os esforços

das empresas voltados para a melhoria da mesma. Pode-se mencionar o

desenvolvimento da P&D, a qual tem grande impacto nas empresas.

A partir da tabela 5, é possível observar o grau de importância que as

empresas afirmaram ter existido no período de 2011-2013. Vale ressaltar que

‘’Nulo’’ mencionado na tabela se refere às empresas que não responderam ou

que não praticaram tal atividade.

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17

Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

Tabela 5 – Atividade Inovativa (%)

Atividade Inovativa Importância (%)

Baixa Média Alta Nulo Total

Desenvolvimento de P&D 14,28% 15,04% 15,79% 54,89% 100%

Aquisição externa de P&D 20,30% 16,54% 14,29% 48,87% 100%

Aquisição de máquinas e equipamentos 12,03% 19,55% 45,11% 23,31% 100%

Aquisição de outras tecnologias 15,04% 12,78% 36,84% 35,34% 100%

Projeto ou desenho industrial 18,05% 12,78% 25,56% 43,61% 100%

Programa de treinamento 15,79% 18,05% 27,82% 38,35% 100%

Programas de gestão da qualidade organizacional 12,03% 18,05% 30,83% 39,10% 100%

Programas de qualidade ambiental 13,53% 21,05% 24,06% 41,35% 100%

Novas formas de comercialização 11,28% 18,80% 26,32% 43,61% 100%

Fonte: Dados da Pesquisa

Como pode ser observado, no período de 2011 a 2013 a aquisição de

máquinas e equipamentos foi a atividade inovativa que as empresas

mencionaram ter maior grau de importância (45,11%), seguido da aquisição de

outras tecnologias (36,84%).

3.5 Dificuldades para o desenvolvimento da inovação

Para implementar algum tipo de inovação, existe a possibilidade de a

empresa encontrar dificuldades ou obstáculos que dificultem ou até impeçam

esse processo, como entraves burocráticos, rigidez organizacional, custos

elevados para inovar, falta de pessoal qualificado, entre outros.

119 empresas responderam a esse quesito e, desse total, 63,03% afirmaram

que não encontraram problemas ou não procuraram desenvolver, enquanto que

36,97% encontraram alguns entraves.

Gráfico 5 – Participação percentual do número de empresas que encontraram

dificuldades para implementar projetos de inovação (2011-2013)

Fonte: Dados da Pesquisa.

36,97%

63,03%

Encontraram dificuldades para o desenvolvimento da inovação

Não encontraram dificuldades para o desenvolvimento da inovação, ou não procuraram desenvolver

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

3.6 Impacto resultante da introdução de inovação

As empresas pesquisadas perceberam que ao introduzir determinada

inovação, diversos impactos foram gerados. Pode-se exemplificar com o

aumento da produtividade da empresa e o aumento da qualidade dos

produtos, as quais se destacaram, visto que tiveram os maiores percentuais

quando se refere à alta importância (42,11% e 45,11%, respectivamente).

O enquadramento em regulações e normas padrão relativas ao mercado

interno e externo foram as que menos foram levadas em consideração, visto que

muitas empresas afirmaram não ter ocorrido esse impacto (62,41%).

Assim como esses impactos, existiu também a ampliação da gama de

produtos ofertados, na qual 33,08% das empresas consideraram como alta

importância, 19,55% representam média importância e 14,29% das empresas

afirmam ser de baixa importância.

Além disso, cabe mencionar que 52 empresas afirmaram ser alta a

importância que a inovação permitiu que a empresa mantivesse a sua

participação nos mercados de atuação, enquanto 26 afirmaram ser de média

importância e 14 de baixa importância.

Já na perspectiva da redução do impacto sobre o meio ambiente, 15,04%

das empresas afirmaram ser de baixa importância, 15,79% de média importância

e 18,05% de alta importância.

Para uma melhor analise, a tabela abaixo apresenta detalhadamente o grau

de importância desses impactos.

Tabela 6 – Impactos resultante da introdução de inovação (%)

IMPACTOS Alta

importância

Média

importância

Baixa

importância

Nulo

Aumento da produtividade da empresa 42,11% 22,56% 9,02% 26,32%

Ampliação da gama de produtos

ofertados

33,08% 19,55% 14,29% 33,08%

Aumento da qualidade dos produtos 45,11% 18,80% 6,02% 30,08%

Permitiu que a empresa mantivesse a sua

participação nos mercados de atuação

39,10% 19,55% 10,53% 30,83%

Aumento da participação no mercado

interno da empresa

24,81% 27,82% 9,77% 37,59%

Aumento da participação no mercado

externo da empresa

19,55% 18,05% 18,05% 44,36%

Permitiu que a empresa abrisse novos

mercados

20,30% 15,79% 18,80% 45,11%

Permitiu a redução de custos do trabalho 20,30% 15,79% 13,53% 50,38%

Permitiu a redução de custos de insumos 16,54% 17,29% 15,79% 50,38%

Permitiu a redução do consumo de

energia

16,54% 12,78% 13,53% 57,14%

Permitiu a redução do consumo de água 12,78% 9,02% 18,05% 60,15%

Permitiu o enquadramento em regulações

e normas padrão relativas ao mercado

19,55% 9,77% 11,28% 59,40%

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

Fonte: Dados da Pesquisa

3.7 Fonte de Informação

As fontes de informação que contribuíram para o aprendizado da empresa

que foi utilizado na melhoria dos processos, atividades e outros, também foram

analisadas. Em relação às fontes internas, os itens que tiveram maior percentual

de alta importância foram a área de produção com 41% e a área de vendas,

marketing e serviços de atendimento ao cliente com 38%. No que se refere as

fontes externas, os clientes representaram um percentual de alta importância de

45%, enquanto os concorrentes e os fornecedores, aproximadamente 33% cada.

Na classificação de outras fontes, as informações de rede baseadas na internet

ou computador foram consideradas por 44% das empresas como de alta

importância. Universidades e outros institutos de pesquisa não foram classificados

com percentuais de alta ou média importância consideráveis, apesar de sua

capacidade de poder contribuir como uma ótima fonte de aprendizado.

3.8 Atividades Cooperativas

No atual paradigma, percebe-se a importância da prática da cooperação, a

fim de obter benefícios para a produção, aprendizado e para a organização

como um todo. Entretanto, esse percentual nas indústrias alagoanas ainda é

considerado baixo, visto que apenas 26% das empresas entrevistadas afirmaram

estar envolvida em atividades cooperativas, sejam elas formais ou informais, com

outras empresas ou organização.

Gráfico 6 - Participação percentual das empresas, dos últimos três anos, em

atividades cooperativas formais ou informais com outra empresa ou organização.

Fonte: Dados da Pesquisa.

68% 6%

26% Não

Nulo

Sim

interno

Permitiu o enquadramento em regulações

e normas padrão relativas ao mercado

externo

12,78% 6,77% 18,05% 62,41%

Permitiu reduzir o impacto sobre o meio

ambiente

18,05% 15,04% 15,79% 51,13%

Outros 5,26% 5,26% 3,01% 86,47%

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

4 CONCLUSÃO

O reconhecimento da inovação como fator de grande importância para

o desenvolvimento é uma ideia que se dissemina cada vez mais na sociedade

contemporânea, inclusive no âmbito empresarial. As práticas inovadoras podem

trazer muitos benefícios a uma empresa, já que podem proporcionar vantagens

competitivas e implicar em melhorias na gestão, na produção, na qualidade dos

produtos e serviços, nos resultados e na participação no mercado.

Conforme a análise realizada, fica evidente que a consciência dos

empresários alagoanos quanto à prática de inovação ainda é baixa. Porém,

percebe-se que grande parte das empresas que praticaram inovação tiveram

como fonte de financiamento os recursos próprios, mas vale ressaltar que existem

políticas voltadas para a inovação, como os incentivos fiscais, subvenção e

crédito subsidiado. Ademais, cabe ao próprio estado de Alagoas incentivar os

empresários e colaboradores quanto à importância da inovação.

As taxas dos diversos indicadores de inovação de Alagoas não são as

melhores, e isto pode ser relacionado a um conjunto de fatores de características

próprias do setor produtivo da região, da infraestrutura de pesquisa existente e

dos instrumentos empregados para incentivar os esforços tecnológicos das

empresas e sua influência mútua com as universidades e centros de pesquisa,

entre outros. Dentre esses fatores, pode-se destacar uma estrutura industrial

especializada em segmentos de menor intensidade tecnológica, em sua grande

parte, os commodities, apresentados pela cana-de-açúcar, baixa escala de

produção das empresas dos outros setores e a existência de poucas empresas

brasileiras de capital nacional em segmentos mais intensivos em tecnologia.

No decorrer da pesquisa foi observado que o conceito de inovação é

complexo para alguns empresários, visto que em certos casos houve dificuldades

ao expressar dados ou informações relativas ao processo de inovação. Com isso,

uma consideração importante é que, o investimento em recursos humanos

qualificado na empresa também é relevante, visto que o sistema organizacional

torna-se mais desenvolvido, já que sendo capaz de adquirir conhecimentos mais

eficientes e eficazes, facilita o manejo com as inovações introduzidas. Além disso

os arranjos produtivos locais devem receber a devida atenção das autoridades,

para que o ambiente seja propício ao desenvolvimento de inovações.

Esta pesquisa poderá servir de importante referência e orientação para

futuros estudos a despeito do desempenho de indicadores. Ademais, como

recomendação, esta pesquisa sugere à realização de outros trabalhos, não

apenas no que dizem respeito ao aprofundamento na análise dos indicadores

levantados por esta, mas um novo levantamento no período dos próximos três

anos, que comporte comparabilidade nacional sendo este realizado no mesmo

período de coleta, e que permita também comparabilidade com esta pesquisa,

podendo desta forma mensurar o desempenho destes indicadores no Estado de

Alagoas.

Quanto às limitações da pesquisa, pode-se mencionar a grande

dificuldade de acesso ao público respondente do questionário, em sua maior

parte os empresários. Grande parte afirmou não ter interesse na participação ou

não ter tempo para respondê-la, visto a extensão da mesma, além de não ter

autorização para expor determinadas informações.

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Construção de Indicadores das Atividades de Inovação

Tecnológica nas Indústrias Alagoanas

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APÊNDICE - QUESTIONÁRIO

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