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CONDURIL ENGENHARIA, S.A. Relatório e Contas 2010

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CONDURIL – ENGENHARIA, S.A.

Relatório e Contas

2010

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“Não há ventos favoráveis para quem não conhece o seu rumo”

Séneca

Ponte sobre o Rio Kwanza em Cangandala

Malanje - Angola

Relatório e Contas Individuais

2010

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CONDURIL – ENGENHARIA, S.A.

Av. Eng.º Duarte Pacheco, 1835

4445-416 Ermesinde

PORTUGAL

Conservatória do Registo Comercial de Valongo

Capital Social: 10 000 000 €

NIF: 500 070 210

Alvará nº 568

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Índice

A Identidade da Conduril 5

Orgãos Sociais 6

Estrutura Organizacional 7

Factos e Indicadores Relevantes 8

Relatório de Gestão 11

I. Enquadramento Macroeconómico 12

II. Análise do Negócio 17

III. Recursos Humanos 20

IV. Qualidade, Ambiente e Segurança 21

V. Gestão de Risco 21

VI. Perspectivas Futuras e Eventos Subsequentes 22

VII. Proposta de Aplicação de Resultados 23

Demonstrações Financeiras e Anexos 24

Balanço em 31 de Dezembro de 2010 25

Demonstração dos Resultados por Naturezas 26

Demonstração de Fluxos de Caixa 27

Demonstração das Alterações no Capital Próprio 28

Anexo às Demonstrações Financeiras em 31 de Dezembro de 2010 29

Relatório do Conselho Fiscal 60

Certificação Legal das Contas 62

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A Identidade da Conduril

A Conduril desenvolve toda a sua actividade no domínio da Engenharia Civil e o seu objectivo principal, quer em

termos técnicos quer em termos económicos, é ser (e ser reconhecida pelo mercado como tal) uma das melhores

empresas portuguesas de engenharia com, simultaneamente, as seguintes características:

Ser uma grande empresa à escala nacional em termos técnicos e económicos, capaz de dar resposta a qualquer

obra de engenharia civil quer no mercado nacional quer no estrangeiro.

Ser, em termos do número total de pessoas no activo, a nível nacional, uma média empresa, flexível, capaz de

responder às diversas solicitações do mercado, e com uma grande capacidade técnica capaz de, além do mais,

ser uma sólida base de apoio à sua actuação no estrangeiro.

Temos por missão a criação duradoura de riqueza para os nossos accionistas e a sustentabilidade das melhores

condições de trabalho para os nossos colaboradores como primeiro vector da nossa responsabilidade social.

Acreditamos que só podemos criar valor e riqueza, isto é, vencer, da forma certa ou seja: com franqueza,

confiança e responsabilização alicerçada numa cultura de Integridade que significa: Honestidade, Transparência, Justiça e

uma rigorosa adesão às regras e aos regulamentos. São estes os nossos valores.

• Fundação da Conduril como Sociedade por Quotas

1959

• Compra da Conduril pelos actuais accionistas de referência

1970

• Transformação da Conduril em Sociedade Anónima

1976

• Adopção da denominação Conduril - Engenharia, S.A.

2011

DATAS RELEVANTES

VISÃO

MISSÃO

VALORES

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Órgãos Sociais

Mesa da Assembleia Geral

Presidente João Baqueiro Oliveira

Secretários Amadeu Augusto Vinhas

António Emanuel Lemos Catarino

Conselho de Administração

Chairman António Luís Amorim Martins

Presidente da Comissão Executiva Maria Benedita Andrade de Amorim Martins

Vice-Presidente da Comissão Executiva Maria Luísa Andrade Amorim Martins Mendes

Administradores Executivos Admar Américo Soares Paiva

Álvaro Duarte Neves Vaz

António Baraças Andrade Miragaia

Carlos António Soares de Noronha Dias

Ricardo Nuno Araújo Abreu Vaz Guimarães

Conselho Fiscal

Presidente Crisóstomo Aquino de Barros

Vogais Daniela Brás Vigário Silva

José Tiago Sapage Meireles de Amorim

Suplente José Álvaro Fonseca Moura

Revisor Oficial de Contas

Horwath & Associados, SROC, Lda

Representada por: Ana Raquel Borges Louro Esperança Sismeiro

Suplente Sónia Bulhões Costa Matos Lourosa

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Estrutura Organizacional

Comissão

Executiva

(CEO)

ANGOLA

PORTUGAL

MOÇAMBIQUE

Controle

Operacional

BOTSWANA

MARROCOS

Gabinete

Jurídico

Compras

Tesouraria

C. C.

Qualidade

Serviços

Administrativos

e Financeiros

Inovação

Laboratório

Recursos

Humanos

H. e A.

Vias

Informática

Higiene e

Segurança

Gabinete

Economia

Gabinete

Estudos

Conselho de

Administração

(Chairman)

Comissão de Auditoria

Interna

(Unidade de Controle)

Comissão de

Remunerações

Conselho Fiscal

Ilhas

Parque e

Instalações

Fixas

Finanças e

Tesouraria

Aquisição de

Imobilizado

Mercado e

Marketing

Controle

Interno

Áreas

Funcionais

Áreas

Geográficas

Comissões

Especializadas

OBS.

a) dentro da C.E. há um substituto designado para cada elemento incluindo um vice-presidente

b) serão atribuídas várias áreas funcionais a cada um dos elementos da C.E.

Nota: Cada área geográfica adopta uma estrutura organizacional com a filosofia da de Portugal mas terá em consideração as circunstâncias locais próprias quer em dimensão

quer em especificidade.

Análise de

contratos

Comité de

Carreiras

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Factos e Indicadores Relevantes

Expansão para novos mercados, nomeadamente, Espanha, Cabo Verde e outros países do continente africano. Em

paralelo, reavaliamos a nossa posição em Marrocos.

Obras em destaque:

Ampliação do Molhe Leste do Porto de Sines, Portugal

Centro Materno-Infantil do Norte, Portugal (em consórcio)

Barragem do Alto do Ceira, Portugal (em consórcio)

TGV – Espanha: Plataforma no troço Alcántara-Garrovillas, Espanha (em consórcio)

TGV – Troço Lisboa-Poceirão: 1ª posição no concurso entretanto anulado, Portugal (em consórcio)

5 Pontes no eixo viário Saurimo – Luau, Angola

Ponte sobre Rio Kwanza, Angola

Estrada Malanje-Cangandala, Angola

Estrada Ganda-Catengue, Angola

Estaleiro Naval, Porto Amboim, Angola

Pontes da Manica, Moçambique (em consórcio)

Pontes da Zambézia, Moçambique (em consórcio)

Estrada Macomia-Oasse, Moçambique (em consórcio)

Auto-estrada Gaborone/Tlokweng, Botswana

Para a ambicionada melhoria e consolidação dos processos de gestão, de forma a elevarmos os nossos padrões de

eficiência e eficácia, em muito contribuiu a uniformização e integração das diferentes plataformas de reporte das

nossas unidades de negócio bem como o sistema de digitalização e conferência electrónica dos documentos.

O ano de 2010 ficou, também, marcado pela implementação do novo Sistema de Normalização Contabilística, na

sequência da publicação do Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho. Em resultado do trabalho de identificação e

quantificação das diferenças face ao anterior normativo, as Demonstrações Financeiras a 31 de Dezembro de 2009,

foram reexpressas.

O desafio da melhoria contínua dos nossos recursos, continua a merecer-nos especial atenção. Neste sentido, foi

criada a Conduril Academy, cuja sede foi construída em Benguela - Angola, e implementado o Modelo de Gestão de

Carreiras.

Realçamos a expansão da nossa capacidade produtiva com a construção do Edifício Pólo 2, futuras instalações das

nossas secções de serralharia e carpintaria, em Portugal. De destacar, também, a conclusão das obras de

modernização do edifício da Sede, a construção de instalações fixas nas várias províncias de Angola, bem como a

modernização do estaleiro de Matola, em Moçambique.

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Factos e Indicadores Relevantes

A reforçar o nosso compromisso de excelência, já premiado nos últimos 2 anos,

conquistamos, pelo 3º ano consecutivo, o galardão atribuído pela Revista EXAME,

como “A Melhor Empresa do Sector da Construção”. Não

menos meritório foi repetirmos o prémio atribuído pela Revista

EXAME em parceria com a Accenture de “Melhor Empresa

para Trabalhar no Sector da Construção”.

Apreciação de alguns dos principais indicadores económico-financeiros para análise da evolução da nossa

actividade:

Indicadores económico-financeiros 2008 2009 2010

Volume de negócios (m€) 203.324 243.563 244.565

RLE (m€) 26.313 36.759 34.217

EBITDA (m€) 51.551 64.611 72.741

Rentabilidade do Activo 12% 12% 9%

Rentabilidade do Capital Próprio 44% 40% 28%

Rentabilidade das Vendas 13% 15% 14%

Autonomia Financeira 28% 31% 34%

Liquidez geral 211% 213% 222%

NOTA: A informação de 2009 e 2010 encontra-se expressa de acordo com o referencial contabilístico em vigor, Sistema de Normalização Contabilística, não sendo integralmente

comparável com 2008. No entanto, tal não distorce a qualidade da informação prestada.

Apesar do clima macroeconómico e sectorial particularmente difícil, o nosso empenho e compromisso

conjunto permitiu superar essas contrariedades, o que fica bem patente pela situação económico-

financeira consistente expressa acima;

O mercado externo representa 80% do nosso volume de negócios, ascendendo a 20% o contributo do

mercado interno;

A par da boa performance registada nos anos anteriores, o período de 2010 culminou com um resultado

sólido de 34,2 milhões de euros. Por sua vez, o EBITDA evidencia um crescimento de 13% face ao ano

transacto;

As dificuldades de liquidez sentidas por muitos dos nossos clientes não comprometeram a nossa posição

financeira robusta mas obrigaram a uma gestão de tesouraria cautelosa e alerta;

O esforço contínuo de consolidação permitiu-nos um desempenho global positivo.

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Relatório de Gestão

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Relatório de Gestão

O Conselho de Administração da CONDURIL, S.A., no cumprimento dos estatutos e disposições legais aplicáveis

nomeadamente nos termos dos artigos 65º e 66º do Código das Sociedades Comerciais, apresenta e submete a

apreciação da Assembleia-Geral de Accionistas, o Relatório de Gestão, as contas do período e demais documentos de

prestação de contas, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010.

I. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO

a. Panorâmica da Economia Mundial

Os Indicadores Compósitos Avançados da OCDE, publicados em Janeiro de 2011, indicam uma consolidação das

trajectórias de expansão que se têm observado nos últimos meses nas principais economias mundiais, com um dinamismo

mais moderado no último trimestre, sobretudo nas economias avançadas, tal como se observa pelo gráfico abaixo:

Na Zona Euro, o PIB deverá ter crescido 0,9% em 2010 enquanto a produção industrial, em termos homólogos,

acelerou para 7,2% e as exportações aumentaram 23,2%. O ano de 2010 foi também marcado pelo aumento da taxa de

inflação média, para 1,6% (0,3% em 2009), sendo que a taxa de desemprego, estabilizou nos 10,1%. Relativamente às

taxas de juro de curto prazo, sentiram-se incrementos ligeiros, situando-se em média em 0,81%, tendência esta de subida

que se perspectiva também para 2011, em todos os prazos. Por sua vez, no mercado cambial, assistiu-se à desvalorização

do euro face ao dólar americano.

Contudo, o sobrendividamento persistente de alguns países, nomeadamente da Grécia, Irlanda, Portugal,

Espanha, Itália e Bélgica, obrigou à implementação de pacotes de austeridade para aliviar as tensões relacionadas com o

risco de default da dívida soberana desses países, elevando os juros subjacentes. O ano de 2011 será um ano de reforço

dessas medidas severas para combater o défice e as dívidas públicas, de forma a garantir a estabilidade do euro e minorar

as ajudas do Fundo Monetário Internacional (FMI), o que continuará a afectar, drasticamente, o mercado português.

Nos EUA, no 4.º trimestre de 2010, os indicadores de confiança dos empresários e dos consumidores

fortaleceram-se e o PIB terá crescido 2,5% em 2010. O consumo privado apresentou um forte crescimento, 2,6% em

-6,0%

-3,5%

-1,0%

1,5%

4,0%

6,5%

9,0%

11,5%

14,0%

2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011

%PIB

Fonte: FMI - Perspectiva Económica Mundial (Out 2010)

COMPARAÇÃO INTERNACIONAL DO CRESCIMENTO ECONÓMICO

China Índia África EUA Zona Euro Japão Brasil

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Relatório de Gestão

termos reais, porém, tanto a produção industrial como as exportações abrandaram, apresentando, ainda assim, um

crescimento em termos homólogos, de 5,8% e 14,8%, respectivamente.

A China, por sua vez, acelerou o crescimento do PIB para 10,2%, em termos homólogos reais devido sobretudo à

continuação de um forte crescimento da procura interna, tendo as exportações aumentando 31%, em termos homólogos

nominais (-16% em 2009). Esta aceleração conduziu à implementação de medidas restritivas no domínio monetário,

nomeadamente na subida de taxas de juro de referência.

Segundo o relatório do FMI sobre “Perspectiva Económica Mundial”, o crescimento da economia global em 2011

irá centrar-se em 4,5%, abrandando face à previsão de 4,8% para 2010, com os países emergentes e em desenvolvimento

a manter um forte crescimento no próximo biénio, cujo PIB alcançará os 6,5%, enquanto os países desenvolvidos ficarão

pelos 2,5%. Por sua vez, o Banco Mundial (BM), no relatório “Global Economic Prospects 2010”, adverte que, embora o pior

da crise financeira talvez tenha passado, a recuperação mundial é frágil e os efeitos prolongar-se-ão. Estas perspectivas

assumem um elevado nível de incerteza quer pelos níveis de confiança das famílias e empresas, quer pelo impacto do fim

das medidas de estímulo orçamental. Os mercados financeiros continuarão a registar perturbações e a procura do sector

privado manter-se-á baixa, numa situação grave de desemprego elevado.

Neste contexto, os próximos 5 a 10 anos, a fuga crescente ao risco, uma regulamentação mais prudente e a

necessidade de impedir algumas práticas de crédito mais arriscadas, similares às do período de expansão pré-crise,

deverão traduzir-se na redução e no encarecimento dos capitais mobilizados a favor dos países em desenvolvimento.

b. Enquadramento das economias onde a Conduril actua

Economia Portuguesa

O relatório preliminar do Instituto Nacional de Estatística aponta para um crescimento do PIB de 1,4%, em 2010,

em muito impulsionado pelo ritmo muito acelerado das exportações, 15% de aumento face a 2009, e limitado pela

debilidade da procura interna, nomeadamente pelo comportamento do investimento. A manter-se a evolução destes

agregados macroeconómicos, as necessidades de financiamento externo da economia portuguesa diminuirão, apesar de

se permanecerem a níveis elevados.

As mais recentes projecções do Banco de Portugal (Boletim Económico de Inverno) prevêem uma contracção da

actividade económica portuguesa em 2011, de 1,3%, e um frágil crescimento em 2012, 0,6%, com a inflação a aumentar

2,7% e 1,4%, respectivamente. Esta evolução, será marcada pelo esforço de ajustamento dos desequilíbrios

macroeconómicos acumulados ao longo de mais de uma década. No mercado de trabalho, e após a taxa de desemprego

de 10,8% de 2010 (um aumento de 1,3 p.p. face a 2009), prevê-se uma redução no emprego de 1 p.p. já em 2011 e 0,2

p.p. em 2012, como consequência dos efeitos desfasados da evolução da actividade económica.

Ao nível sectorial, prevê-se que o crescimento tenha maior enfoque nos sectores de bens e serviços

transaccionáveis – indústria transformadora e actividades do sector de serviços mais orientadas para a exportação,

enquanto que sectores como o da construção e de serviços não transaccionáveis, serão mais condicionados pela

significativa contracção da procura.

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Relatório de Gestão

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2006 2007 2008 2009 2010

Milhões €/Nº obras

Fonte: ANEOP

PROMOÇÕES DE OBRAS PÚBLICAS

Nº Obras Promovidas Nº Obras Adjudicadas (estimat.)

Valor Promovidas Valor Adjudicadas

-20%

0%

20%

40%

0

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4.000

5.000

2006 2007 2008 2009 2010

% Desvio Milhões €

Fonte: ANEOP

EVOLUÇÃO DA CONCORRÊNCIA NO MERCADO DE OBRAS PÚBLICAS

Base licitação Valor adjudicação Desvio entre licitação e adjudicação

Assim, os desenvolvimentos económicos à escala global e, em particular, a recuperação sustentada dos fluxos de

comércio internacional, serão fundamentais para a recuperação da actividade económica em Portugal. Estas projecções

económicas encontram-se, igualmente, condicionadas pelas medidas de consolidação orçamental em curso para garantir o

cumprimento dos exigentes objectivos orçamentais, mitigando as dúvidas quanto à sustentabilidade das finanças que vêm

penalizando os prémios de risco da dívida soberana portuguesa. Tal persistirá as dificuldades de acesso dos bancos

portugueses aos mercados de financiamento por grosso, com repercussões relevantes sobre as condições de

financiamento das empresas e das famílias, e manterá elevado o recurso ao financiamento do Eurosistema.

Construção em Portugal

As condicionantes macroeconómicas e orçamentais restritivas a que se assistiram em 2010 não deram

reconhecimento ao sector da construção como agente económico privilegiado no combate à crise, disseminando os seus

investimentos, criando emprego, mobilizando a extensa força de trabalho, e lançando a economia em geral, e na cadeia de

valor da construção em particular, efeitos multiplicadores positivos. Em termos homólogos, o índice de produção na

construção e obras públicas apresentou uma quebra de 11,1% no último trimestre de 2010.

Os dados disponíveis para o 4.º trimestre de 2010,

mostram a continuação da contracção do investimento,

resultante das medidas de contenção das despesas públicas

implementadas durante 2010, com especial contributo do

investimento em construção (no último trimestre as licenças de

construção caíram 9,8%), como se evidencia no gráfico:

De todas as actividades da Construção, a Engenharia Civil foi

a que mais se ressentiu neste clima de austeridade, muito

marcado pela não adjudicação de empreitadas já lançadas a

concurso.

De notar, também, o aumento da intensidade da

concorrência, estimulado pelo esforço das medidas

restritivas que se têm feito sentir aos serviços públicos

da Administração, retratada pela evolução da margem

entre as bases licitadas e os valores adjudicados, a qual

apresentou uma redução relevante em 2010, como

observado no gráfico:

Como consequência, o sector da construção

teve que se adaptar, com o consequente aumento dos

níveis de desemprego.

Perante a actual conjuntura económica nacional, este ano não augura um cenário mais positivo, prevendo-se uma

nova quebra na produção do sector da construção, de 5% sendo de 3% na engenharia civil, de acordo com a previsão da

Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas (AECOPS). As incertezas subjacentes dependem do

comportamento orçamental e da suspensão, ou não, de várias obras que estão a ser ou se previa virem a ser

desenvolvidas em regime de Parcerias Público Privadas (PPP). Parte da solução para contrariar esta evolução do mercado

passa pelo incentivo à reabilitação, no âmbito das recentes medidas anunciadas pelo Governo de dinamização do mercado

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Relatório de Gestão

de arrendamento de promoção da requalificação urbana e pela continuação da execução do programa de reabilitação de

escolas, a cargo da empresa Parque Escolar.

Economia Africana

A região africana destacou-se, em 2010 pelo seu desempenho positivo, com uma taxa de crescimento real do PIB

prevista de 5% (5,5% para 2011), voltando aos ritmos de crescimento verificados no período pré-crise internacional. A

recuperação económica mundial, particularmente a forte procura asiática, em muito beneficiará estas economias, pela

crescente procura de commodities de que os países africanos são exportadores. Verificou-se uma resiliência durante a

recessão mundial e de retoma económica em curso, apesar de ainda persistirem alguns riscos, em resultado da aplicação

de políticas económicas bem concebidas na véspera dos choques mundiais de 2007-2009.

Quanto às marcas que a crise deixou, estas encontram-se expressas nos indicadores macroeconómicos, incluindo

uma elevada taxa de desemprego, saldos orçamentais deteriorados, em particular nos países com rendimentos intermédios

e nos países exportadores de petróleo, baixa das exportações e crescimento modesto do crédito.

Os principais riscos para a actividade na região, para além das convulsões políticas, prendem-se com a

possibilidade de menores fluxos de capital com origem nas economias avançadas, assim como, com o calendário eleitoral

preenchido (cerca de 17 actos eleitorais na região ao longo do próximo ano), que pode conduzir a um adiamento de

reformas estruturais. O FMI sugere aos decisores do continente a aplicação de políticas para apoiar a recuperação

económica, centralizando a política orçamental nas preocupações financeiras a médio prazo e a viabilidade da dívida,

melhorar os serviços públicos e as infra-estruturas, reforçar os sistemas financeiros e manter um clima propício à actividade

económica privada.

Angola

Entre as principais economias da região, e particularmente entre os países produtores de petróleo, Angola foi dos

países mais afectados em 2009. Perante a elevada dependência do petróleo, a aceleração da economia em 2010 reflecte

em grande parte a recuperação da procura mundial desta commodity e a subida do preço no mercado internacional. O FMI

aponta para um crescimento do PIB de 5,9% em 2010 e de 7,1% em 2011, que será suportado por uma recuperação do

sector não-petrolífero. Este último desacelerou face a 2009, fruto do desinvestimento feito no âmbito da política de

contenção fiscal e do impacto na actividade das dívidas do Estado às empresas privadas de capitais estrangeiros, com a

consequente menor propensão ao investimento por parte dos investidores estrangeiros.

A estabilização da economia ao longo do último ano é também uma consequência das medidas adoptadas no

âmbito do acordo firmado com o FMI, marcado pela recuperação das reservas internacionais, com a consequente

estabilidade da taxa de câmbio USD/KWZ, recuperação da balança comercial e equilíbrio das contas públicas. Contudo, a

inflação terminou 2010 em 15,31%, valor acima do esperado. Finalmente, refira-se que no último semestre de 2010, iniciou-

se o processo de regularização das dívidas às empresas estrangeiras e existe a perspectiva que a situação fique resolvida

até final de Março de 2011.

Em 2011, estima-se uma melhoria da posição orçamental de Angola, acompanhando o aumento da receita fiscal

relacionada com a actividade petrolífera, o que actualmente representa cerca de 70% da receita total.

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Relatório de Gestão

Moçambique

O ritmo de crescimento económico em 2010 deverá rondar os 8%, acima da média dos seus pares - países da

região costeira pouco dependentes de recursos naturais - que terão registado uma expansão de 3,5%. Um dos sectores

que contribuiu significativamente para o crescimento de 2010 foi a construção, sector que deverá continuar a crescer, uma

vez que existem diversos projectos de construção em andamento, designados mega-projectos, destacando-se o alumínio, a

energia eléctrica e também o gás natural, investimentos que se prevê manter nos próximos anos.

A taxa de inflação deverá ter-se situado em 12,7%, em 2010, acima dos 3,3% de 2009, aumento justificado em

grande parte pela depreciação do metical e pela retirada de subsídios aos preços de alguns bens e serviços essenciais. O

último semestre de 2010 foi marcado pelo surgimento de tensões relacionadas com o corte desses subsídios, parte dos

quais foram reintroduzidos.

Não se antecipam alterações ao padrão de evolução da economia moçambicana para os próximos anos, sendo de

prever que o ritmo de expansão da actividade continue a surpreender favoravelmente. O FMI projecta uma taxa de

crescimento económica de 8%, entre 2012 e 2015. A manutenção desta dinâmica exigirá que as autoridades mantenham

como objectivos primordiais: o melhoramento das infra-estruturas e serviços públicos, o reforço do sistema financeiro, e, a

manutenção de um clima de negócios aberto à iniciativa privada.

Botswana

Após a contracção da economia em 2009, em 2010, a economia do maior produtor de diamantes do mundo voltou

a crescer, 8,4% em 2010, prevendo-se 4,8% em 2011 e 7,2% em 2012. A taxa de inflação que em 2010 rondou os 6,7%.

Ao nível cambial, assistiu-se a uma grande estabilidade de preços.

A previsão de melhoria do preço das commodities, acompanhando a melhoria dos mercados internacionais,

impulsionará o sector mineiro e consequentemente o crescimento económico deste país. Por sua vez, e relativamente ao

sector não mineiro espera-se um crescimento mais modesto em resultado da diminuição prevista na despesa do estado,

com o objectivo de, em 2012/13, alcançar um orçamento equilibrado que potencie um crescimento sustentável, prevendo-

se, sobretudo, a conclusão de vários projectos do desenvolvimento e a manutenção das infra-estruturas existentes.

Economia Espanhola

O ano de 2010 continuou em contracção económica, embora muito inferior à registada em 2009 e com uma ligeira

tendência de recuperação ao longo do ano, registando o PIB uma quebra de cerca de 0,1%. O mercado de trabalho

continuou a apresentar taxas de desemprego muito elevadas, ascendendo a 20,3% no 4º trimestre.

As necessárias medidas de consolidação orçamental encetadas, em 2010, perante as pressões sobre a dívida

pública, comprometeram as componentes da procura pública, perspectiva que se mantém para 2011, situação idêntica à

vivida em Portugal. Neste cenário, o segmento da construção intensificou a sua contracção, com as evidentes repercussões

na iniciativa privada.

O ano de 2011 perfila-se como um ano de consolidação para as contas públicas e para o sector financeiro

doméstico, prevendo-se um crescimento do PIB de 0,7%.

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Relatório de Gestão

c. Doing Business

De forma a medir os progressos dos países quanto às reformas e às liberdades na economia, incluindo a liberdade

fiscal, os gastos/investimentos do Governo, a liberdade e segurança monetária e dos investimentos, o Banco Mundial

elabora um relatório anual, denominado Doing Business, destacando-se, de seguida, as conclusões dos países atrás

referidos:

II. ANÁLISE DO NEGÓCIO

Uma das maiores dificuldades com que nos deparamos actualmente é a intensidade competitiva instalada no

nosso sector. Em Portugal, em cerca de 73% das obras adjudicadas em 2010 o valor era inferior ao preço base, com

desvios superiores a 10%, de acordo com os dados publicados pela Confederação Portuguesa de Construção e Imobiliário;

no estrangeiro, está patente pela crescente concorrência, sobretudo, chinesa e brasileira sendo o nosso sucesso resultado

do empenho, da dedicação e do profissionalismo de todos aquele que fazem parte e dão forma à Conduril: é alicerçada na

sua competência e dedicação que encaramos o futuro com optimismo.

Em termos internacionais, prospectamos o alargamento da nossa actividade a mais alguns países, tendo já sido

adjudicada uma nova obra em Cabo Verde, prosseguindo a nossa estratégia de expansão no sentido de melhoria contínua

do bem-estar económico e financeiro do Grupo Conduril e de todos os seus stakeholders.

a. Mercado Interno

A área de vias foi a que mais constrangimentos sentiu com as medidas de

consolidação orçamental, nomeadamente, com a anulação do concurso da Linha de

Alta Velocidade Lisboa-Poceirão, que incluía a Terceira Travessia do Tejo no qual

integrávamos o consórcio que se apresentava em melhor posição, e com a anulação

de obras que nos tinham sido já adjudicadas.

Portugal Angola Moçambique Botswana Espanha

2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011 2010 2011

Índice geral - Doing Business 48º 31º 164º 163º 130º 126º 45º 52º 62º 49º

Começar um negócio 60º 59º 164º 164º 96º 65º 83º 90º 146º 147º

Obtenção de licenças construção 111º 111º 119º 128º 159º 155º 122º 127º 53º 49º

Registo de propriedade 52º 31º 173º 174º 153º 144º 44º 44º 48º 54º

Obtenção de crédito 87º 89º 109º 116º 125º 128º 43º 46º 43º 46º

Protecção dos investidores 41º 44º 57º 59º 41º 44º 41º 44º 93º 93º

Pagamento de impostos 80º 73º 135º 142º 98º 101º 18º 21º 78º 71º

Comércio transfronteiriço 19º 27º 167º 166º 136º 133º 150º 151º 59º 54º

Cumprimento de contratos 25º 24º 181º 181º 129º 132º 79º 70º 52º 52º

Fechar o negócio 22º 21º 144º 147º 135º 129º 27º 27º 19º 19º

Fonte: http://www.doingbusiness.org

Ponte sobre o Rio Ovelha

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Relatório de Gestão

O ano 2010 ficou, também, marcado pela adjudicação à Conduril de obras

emblemáticas no sector de hidráulica, com destaque para a ampliação do Molhe

Leste do Porto de Sines e pela adjudicação da empreitada de construção da

Nova Barragem do Alto Ceira. Destacamos também, a conclusão da empreitada

de Interligação das Origens Douro e Paiva – Troço Ramalde/Galegos e Estação

Elevatória de Ramalde, umas das principais empreitadas que vínhamos a

executar desde o ano anterior.

Fortemente condicionada pelo panorama económico nacional, o ano

fica marcado pela conclusão da Escola Avelar Brotero, em Coimbra, pela

continuação da construção do Hospital de Amarante e pelo sucessivo adiamento

da empreitada de construção do Centro Materno-Infantil do Norte.

Apesar do mercado de Ilhas ser de reduzida dimensão, a produção no

ano de 2010 apresentou resultados razoáveis, com destaque para a nossa

participação na maior obra actualmente em execução do Arquipélago dos

Açores, a requalificação e reordenamento da Frente Marítima da Cidade da

Horta e ainda com a conclusão e inauguração do Centro de Actividades Ocupacionais de Vila Franca do Campo.

b. Mercado Externo

Angola

O ano de 2010 ficou estigmatizado como o ano de abrandamento do ritmo de reconstrução do país, implicando

uma redução drástica no número de concursos e no volume, praticamente inexistente, de adjudicações de novas obras.

Ainda assim, neste contexto, o esforço levado a cabo pelas nossas unidades de negócio permitiu a obtenção de resultados

bastante satisfatórios.

Com a inauguração das obras das 5 Pontes no eixo viário Saurimo –

Luau e da Ponte sobre o Rio Kwanza (ver imagem pág. 1), inseridas no

programa oficial dos 35 anos de independência de Angola, prosseguimos com

a consolidação da nossa actividade com obras em todas as áreas

geográficas.

Prevemos um maior dinamismo no mercado da construção Angolano

para o ano 2011, procurando adaptar os nossos recursos às crescentes exigências do mercado na tentativa de alargar o

nosso âmbito de actuação a todas as províncias, sendo fundamental a progressiva autonomização das nossas áreas

geográficas de influência. É nosso objectivo criar uma nova sociedade, denominada Urano, Lda, sediada em Malanje, com

especial apetência para a metalomecânica.

A nossa procura constante da excelência e da melhoria contínua leva-nos a ambicionar um lugar de destaque no

panorama empresarial local, nos próximos anos.

ETAR do Sousa

Escola Avelar Brotero

Heerema Marine Contractores

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Relatório de Gestão

Moçambique

A consolidação da actividade levada a cabo pelas nossas dependências de Moçambique e os esforços

desencadeados no sentido de melhorar o ritmo de cobranças, marcam o ano de 2010. Em termos operacionais,

destacamos a conclusão da Empreitada das Pontes da Manica, Ponte da Zambézia e Reabilitação das Ruas de Quelimane.

Apesar de todo o empenho nas fases de concurso, sucessivos

cancelamentos e atrasos conduziram a que as expectativas quanto ao volume de

obras ganhas ficassem ligeiramente aquém do desejado.

Antevemos para 2011, uma evolução positiva da nossa actividade,

impulsionada pelo arranque de novas obras e pelo aumento esperado no

investimento público, nomeadamente a nível das vias de comunicação, infra-

estruturas de apoio à exploração de carvão e no regime de concessões.

Botswana

Prossegue a bom ritmo a construção da auto-estrada Gaborone –

Tlokweng, com uma média mensal de cerca de 190 colaboradores afectos à

obra.

Procuramos conquistar novas frentes de trabalho, com expectativas

de resultados positivos nos concursos a que nos propomos, conscientes da

feroz concorrência chinesa que enfrentamos.

Marrocos

A ponderação das condições concretas do mercado marroquino em que estávamos envolvidos, conduziu-nos à

decisão de abandonar esse mercado.

Espanha

O objectivo de extensão da nossa actividade a outros países da União Europeia foi alcançado no ano de 2010,

com a adjudicação da empreitada de construção da Linha de Alta

Velocidade no troço Alcántara-Garrovillas ao consórcio FCC-Conduril

(UTE Alcántara-Garrovillas) pela Administração de Infra-estruturas

Ferroviárias Espanhola.

Vimos procurando solidificar a nossa presença neste mercado

com a apresentação de propostas a concursos no ramo da Engenharia

Civil.

Viaduto sobre El Arroyo de Santa Ana

Troço Alcántara - Garrovillas

Ponte de Lucite

Auto-estrada Gabarone-Tlokweng

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Relatório de Gestão

Nacionalidades dos Colaboradores da Conduril

382

1014

92

193

237

III. RECURSOS HUMANOS

Num mercado globalizado, onde as fronteiras físicas foram esbatidas pelas facilidades de comunicação e

deslocação, a Conduril orgulha-se de possuir no seu universo de colaboradores uma multiplicidade de nacionalidades.

Portugal Angola Moçambique Botswana Marrocos Reino Unido

Brasil Itália Guiné Bissau Ucrânia Zimbabwe África do Sul

Consolidados os princípios e as linhas de orientação estratégica no que concerne ao desenvolvimento de

Recursos Humanos no universo da Conduril, a par da entrada em pleno funcionamento do Modelo de Gestão de Carreira,

continuamos o esforço de melhoria das actividades de recrutamento e acolhimento de novos colaboradores, com especial

destaque à formação dos colaboradores. De facto, um dos grandes objectivos no âmbito da nossa política de Recursos

Humanos, centra-se na formação profissional. Projectando os recursos humanos como um dos pilares de competitividade e

desenvolvimento das organizações, apostamos no investimento na qualificação de base dos nossos Colaboradores.

A Conduril Academy, é já uma realidade no panorama de Formação Profissional em Angola,

estando já devidamente reconhecida pelo INEFOP – Instituto Nacional do Emprego e Formação

Profissional de Angola. Nos seus moldes actuais de funcionamento é, e será, permanentemente, o

organismo da Conduril responsável por garantir em Angola a formação profissional do seu pessoal, a

todos os níveis, com credenciação e reconhecimento de competências. Foram entregues 70 certificados que resultaram da

sua actividade no ano de 2010. A sedimentação da experiência acumulada ao longo do triénio 2010-12 no universo da

Conduril em Angola, a definição do local definitivo para a construção do Campus Escolar permitirão lançar a segunda fase

do projecto da Conduril Academy, virado não só para dentro da Conduril, mas também para o seu exterior, contribuindo

assim, para a criação de uma escola técnico-profissional de referência para o mercado da Construção.

Em Portugal, foram desenvolvidas 58 acções de formação internas e externas envolvendo 421 formandos,

totalizando um volume de 6.163 horas.

No âmbito da nossa política interna de responsabilidade social, insere-se, indubitavelmente, o Fundo de Pensões

Conduril. As responsabilidades por serviços passados encontram-se totalmente cobertas pelo valor do fundo subjacente, o

qual ascende a 6.820 milhares de euros, no final de Dezembro de 2010. Do aumento que essas responsabilidades

apresentaram no período, cerca de 37%, foi consequência da diminuição da taxa de rendimento e técnica. A contribuição

efectuada em 2010 situou-se nos 600 milhares de euros.

Em 2010, nas diversas unidades de negócio do Grupo Conduril, o número de

colaboradores ascendeu, em média, a 1.918, apresentando-se no gráfico anexo a sua

distribuição geográfica.

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Relatório de Gestão

IV. QUALIDADE, AMBIENTE E SEGURANÇA

No decurso de 2010, foi realizada pela APCER – Associação Portuguesa de Certificação, uma auditoria de

acompanhamento ao Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, da Segurança e Saúde do Trabalho, cujos resultados

foram satisfatórios.

A referida auditoria foi praticada de acordo com os seguintes normativos referenciais: NP EN ISO 9001:2008 –

Sistema de Gestão da Qualidade - Requisitos; NP 4397:2008 – Sistema de Gestão da Segurança e Saúde do Trabalho -

Requisitos; BS OHSAS 18001:2007 – Occupational Health and Safety Management Systems – Requirements.

Igualmente bem sucedidas, foram as auditorias de renovação efectuadas ao nosso Laboratório Central, pelo IPAC

– Instituto Português de Acreditação, de acordo com o referencial normativo NP EN ISO/IEC 17025:2005 – Requisitos

Gerais de Competência para Laboratórios de Ensaio e Calibração. Este reconhecimento é também partilhado por entidades

externas que recorrem, frequentemente, a serviços de assessoria prestados pelo nosso laboratório.

Em Angola, temos em curso a implementação das mais modernas e avançadas políticas de Qualidade, Controlo

Laboratorial e Higiene e Saúde no Trabalho (NP EN ISO 9001, NP 4397:2001 / OHSAS 18001:1999 e ISO 17025), com a

certificação externa e estamos em crer que será obtida até final de 2012.

Iniciado em 2009, o processo de implementação do Sistema de Gestão Ambiental, fomos agora, em 2010, sujeitos

à primeira auditoria interna, realizada por auditores externos do IEP – Instituto Electrotécnico Português, com um desfecho

bastante positivo.

A importância da certificação ambiental surge do desenvolvimento da economia, que torna evidente a necessidade

de proceder a uma integração cada vez maior das questões ambientais nos sistemas de gestão, de forma a satisfazer as

necessidades socioeconómicas, optimizando a utilização de recursos, protegendo o ambiente e prevenindo a poluição. A

intensificação da discussão pública destas matérias, bem como do acervo legal nacional e comunitário aplicável à gestão

ambiental, reforça a necessidade da implementação de sistemas de gestão ambiental. Por sua vez, estratégias

sustentáveis são valorizadas pelo mercado e são o reflexo de uma gestão inovadora e eficiente.

Estabelecemos assim, uma meta para este ano obter a certificação do Sistema de Gestão Ambiental, através da

primeira auditoria de concessão solicitada à APCER, de acordo com a norma NP EN ISO 14001:2004.

V. GESTÃO DE RISCO

Enquadrada na nossa política de bom governo da sociedade, a Conduril, consciente da imprescindibilidade de

uma adequada gestão de risco, possui uma política interna sólida de identificação, qualificação e mitigação dos riscos que

podem ter um impacto negativo na concertação dos seus objectivos.

Orientado pela Norma Europeia da Gestão de Riscos, o Conselho de Administração e a Comissão Executiva têm

alicerçado as suas preocupações nas reuniões quinzenais realizadas.

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Relatório de Gestão

O nosso sistema de gestão de risco assenta em 3 áreas que consideramos fundamentais, e para as quais estão

instituídos diversos mecanismos de acompanhamento:

a. Risco Operacional:

A actividade do grupo é observada e discutida, semanalmente, por todos os responsáveis operacionais e

administradores, antecipando e delineando a trajectória das acções em curso;

Encontram-se em pleno funcionamento as Comissões de Análise de Contratos, de Imobilizado e de

Mercados e Marketing, com reuniões de avaliação periódicas, orientando as áreas em causa;

Sistema Integrado de Gestão da Qualidade, Segurança e Saúde no Trabalho (NP EN ISO 9001:2008, NP

4397:2008 e BS OHSAS 18001:2007), com auditorias regulares que avaliam e previnem eventuais riscos;

Apólices de seguros de todos os riscos de construção, ambientais e de responsabilidade civil que cobrem

alguns dos nossos principais riscos de operação;

Comité de Carreiras, no sentido de promover o desenvolvimento do Capital Humano.

b. Riscos Financeiros

Acompanhamento semanal operado pela Comissão de Finanças e Tesouraria aos agregados

macroeconómicos e orçamentais. Neste sentido, é realizado um controlo sistemático e análises

prospectivas de forma a antecipar a evolução dos indicadores que podem influenciar a situação financeira

do grupo, propondo as melhores e mais eficazes formas de actuação;

Comissão de Controle Interno, para seguimento e análise económico-financeira de toda a actividade.

c. Riscos Estratégicos

As regulamentações e restrições legais são prontamente assistidas internamente, mas também por

recurso a consultores externos especializados;

Quanto ao risco país (instabilidade política, económica e social) efectuamos uma avaliação dos riscos

antes de cada investimento, fazendo um acompanhamento local e contínuo dessas diferentes vertentes

nos países onde estão os nossos activos.

VI. PERSPECTIVAS FUTURAS E EVENTOS SUBSEQUENTES

O cenário macroeconómico, especialmente em Portugal, não se afigura animador. O ambiente de incerteza e de

instabilidade, marcado por uma concorrência feroz, obriga a superarmo-nos e a potenciar a nossa elevada experiência

aproveitando as exíguas obras públicas lançadas e as perspectivas de crescimento económico das economias mais

pujantes.

As obras em carteira, que ascendem a cerca de 800 milhões de euros, deixam-nos confiantes nos bons resultados

da nossa estratégia, ainda que muito cautelosos. Por esta passou, também, a alteração da denominação social da

sociedade, deliberada a 31 de Janeiro de 2011, passando a designar-se CONDURIL – ENGENHARIA, S.A.. Esta

modificação, materializa uma designação mais simples e apelativa, correspondente à realidade da sociedade,

aproximando-nos do mercado.

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Relatório de Gestão

O nosso objectivo de promover um crescimento sustentável, ponderando a criação de valor para o accionista com

a estabilidade e satisfação dos nossos colaboradores, pautará sempre a nossa actuação, colocando a tónica no

desenvolvimento eficaz e eficiente das nossas Unidades de Negócio.

VII. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DOS RESULTADOS

No prosseguimento da política de justa remuneração do capital investido, propomos que o resultado líquido do

período de 34.217.120 euros tenha a seguinte aplicação:

Dividendos: 2.700.000 euros, que correspondem a 1,5 euros por acção

Reservas Livres: 31.517.120 euros para reservas livres

NOTA DE AGRADECIMENTO

Consciente da cooperação demonstrada por todos aqueles que, directa ou indirectamente, colaboraram com a

sociedade, o Conselho de Administração não poderia concluir sem deixar uma nota especial de agradecimento:

aos Órgãos Sociais, pelo apoio e qualidade nas suas intervenções;

aos Accionistas, pela inequívoca confiança demonstrada;

aos nossos Clientes, Instituições Financeiras e Fornecedores, pela colaboração sempre evidenciada;

a todos os Colaboradores, pelo seu empenho e continua dedicação, contributos decisivos para o êxito e

fortalecimento do Grupo Conduril.

Ermesinde, 21 de Fevereiro de 2011

O CONSELHO DE ADMNISTRAÇÃO

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Demonstrações Financeiras e Anexos

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Demonstrações Financeiras e Anexos

BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010

Montantes expressos em EURO

RUBRICAS Notas 31.12.2010 31.12.2009

ACTIVO

Activo não corrente:

Activos fixos tangíveis 3; 7 33.483.541 38.012.306

Activos Intangíveis 3; 6 84.047 1.885

Participações financeiras (método de equivalência patrimonial) 3; 9 6.953.177 5.148.263

Participações financeiras (outros métodos) 3 687.690 547.690

Outros activos financeiros 3 376.123 378.303

Activos por impostos diferidos 141.691 117.598

41.726.269 44.206.045

Activo corrente:

Inventários 3; 10 7.132.362 11.284.989

Clientes 3; 18 248.875.843 184.882.657

Clientes c/retenções de garantias 3 10.193.351 7.802.522

Adiantamentos a fornecedores 3 241.188 560.770

Estado e outros entes públicos 20 11.189.803 5.462.265

Outras contas a receber 11 27.047.558 19.495.632

Diferimentos 19 1.382.249 2.058.988

Caixa e depósitos bancários 3; 4 14.130.571 21.212.599

320.192.925 252.760.421

Total do Activo 361.919.194 296.966.466

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO

Capital Próprio:

Capital realizado 10.000.000 10.000.000

Resultado líquido do período 3 (950.000) (950.000)

Reservas legais 2.849.856 2.849.856

Outras reservas 63.082.381 37.467.829

Resultados transitados 8.566.682 3.222.564

Ajustamentos em activos financeiros 5.314.719 4.147.889

Outras variações de capital próprio (564.014) (971.723)

88.299.624 55.766.415

Resultado líquido do exercício 34.217.120 36.759.175

Total do Capital Próprio 3 122.516.745 92.525.590

PASSIVO

Passivo não corrente:

Provisões 3; 13 7.711.986 7.423.783

Financiamentos obtidos 3; 8 12.872.521 14.775.979

Passivo por impostos diferidos 3 1.902.012 1.881.977

Outras contas a pagar 0 973.833

22.486.519 25.055.572

Passivo corrente:

Fornecedores 3 71.586.276 67.228.322

Adiantamentos de clientes 3 9.991.435 9.889.876

Estado e outros entes públicos 20 23.196.855 14.656.092

Financiamentos obtidos 3; 8 5.789.543 1.611.588

Outras contas a pagar 32.642.564 24.067.489

Outros Passivos financeiros 3; 18 159.083 90.918

Diferimentos 11 73.550.174 61.841.019

216.915.930 179.385.305

Total do Passivo 239.402.449 204.440.876

Total do Capital Próprio e do Passivo 361.919.194 296.966.466

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Demonstrações Financeiras e Anexos

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010

Montantes expressos em EURO

RUBRICAS Notas 2010 2009

RENDIMENTOS E GASTOS

Vendas e serviços prestados 3; 12; 20 244.564.863 243.563.145

Subsídios à exploração 0 0

Ganhos/Perdas imputados de subsidiárias, associadas e empreendimentos conj. 3 1.174.497 1.010.310

Variação de Inventários na produção 10 (3.595.542) (1.548.533)

Trabalhos para a própria entidade 3 2.739.611 563.631

Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 10 (35.129.924) (29.643.463)

Fornecimentos e serviços externos (114.540.878) (120.221.170)

Gastos com pessoal 19 (33.060.280) (33.054.904)

Ajustamentos de inventários (perdas/reversões) 10 (382.349) (54.392)

Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões)

(51.791) 67.906

Provisões (aumentos/reduções) 13 (342.282) (106.106)

Imparidade de activos não depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 0 0

Aumentos/Reduções de justo valor 18 (68.165) (90.918)

Outros rendimentos e ganhos 14; 20 18.834.553 14.505.421

Outros gastos e perdas 14; 20 (7.743.196) (10.486.151)

Resultado antes de depreciações, gastos de financiamento e impostos 72.399.118 64.504.777

Gastos/reversões de depreciação e de amortização 6; 7 (8.768.004) (7.464.584)

Imparidade de activos depreciáveis/amortizáveis (perdas/reversões) 0

Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 63.631.114 57.040.192

Juros e rendimentos similares obtidos 3; 12; 20 1.096.978 819.078

Juros e gastos similares suportados 3; 20 (3.407.147) (3.124.904)

Resultado antes de impostos 61.320.945 54.734.366

Impostos sobre o rendimento do período 17 (27.103.825) (17.975.191)

Resultado líquido do período 34.217.120 36.759.175

Resultado das actividades descontinuadas (líq. de impostos) inc. no RL período

Resultado líquido do período atribuível a:

Detentores do capital da casa mãe

Interesses minoritários

Resultado por acção básico 17,11 18,38

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27|64

Demonstrações Financeiras e Anexos

DEMONSTRAÇÃO DE FLUXOS DE CAIXA

PERÍODO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010

Montantes expressos em EURO

RUBRICAS NOTAS PERÍODOS

2010 2009

Fluxos de caixa das actividades operacionais - método directo

Recebimentos de Clientes 177.535.336 129.191.269

Pagamentos a Fornecedores (126.772.621) (112.389.421)

Pagamentos ao Pessoal (34.195.888) (34.338.246)

Caixa gerada pelas operações 16.566.827 (17.536.398)

Pagamento/Recebimento do Imposto sobre o Rendimento (19.099.440) (8.499.002)

Outros Recebimentos/Pagamentos 2.197.199 2.240.896

Fluxos de caixa das Actividades Operacionais (1) (335.414) (23.794.503)

Fluxos de caixa das actividades de investimento

Pagamentos respeitantes a:

Activos Fixos Tangíveis (1.712.065) (15.878.640)

Activos Intangíveis 0 (1.772)

Investimentos Financeiros 0 (1.522.557)

Outros activos 0 0

Recebimentos provenientes de:

Activos Fixos Tangíveis 8.798 105.818

Outros activos 0 0

Juros e Rendimentos Similares 443.059 1.325.000

Dividendos 374.029 0

Fluxos de caixa das Actividades de Investimento (2) (886.180) (15.972.151)

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Recebimentos provenientes de:

Financiamentos obtidos 36.919.861 11.750.000

Outras operações de financiamento 0 0

Pagamentos respeitantes a:

Financiamentos obtidos (37.558.037) (13.743.565)

Juros e gastos similares (1.199.075) (7.359.784)

Dividendos (3.600.000) (3.600.000)

Outras operações de financiamento (423.185) (1.471.364)

Fluxos de caixa das Actividades de Financiamento (3) (5.860.435) (14.424.713)

Variação de Caixa e seus equivalentes (1+2+3) (7.082.029) (54.191.367)

Efeito das Diferenças de Câmbio

Caixa e seus equivalentes no início do período 21.212.599 75.403.966

Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 14.130.570 21.212.599

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28|64

Demonstrações Financeiras e Anexos

DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

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29|64

Demonstrações Financeiras e Anexos

ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010

(Montantes expressos em Euros)

1. Identificação da Entidade

A CONDURIL – Engenharia, S.A. (“CONDURIL” ou “Empresa”) é uma sociedade anónima constituída em 14 de

Fevereiro de 1959, que tem a sua sede social na Av. Eng.º Duarte Pacheco, 1835 – 4445-416 Ermesinde – Valongo,

tendo como actividade principal empreitadas públicas ou particulares e todos os trabalhos que se prendam com o

exercício dessa actividade.

2. Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras

2.1 As presentes demonstrações financeiras foram preparadas no pressuposto de continuidade de operações, a

partir dos registos contabilísticos da Empresa e de acordo com as normas do Sistema de Normalização

Contabilística, regulado pelos seguintes diplomas legais:

Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho (Sistema de Normalização Contabilística);

Portaria n.º 986/2009, de 7 de Setembro (Modelos de Demonstrações Financeiras);

Aviso n.º 15652/2009, de 7 de Setembro (Estrutura Conceptual);

Aviso n.º 15655/2009, de 7 de Setembro (Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro);

Portaria n.º 1011/2009, de 9 de Setembro (Código de Contas).

Estas demonstrações financeiras reflectem apenas as contas individuais da Empresa, preparadas nos termos legais.

Embora os investimentos financeiros tenham sido registados pelo método da equivalência patrimonial, o que está de

acordo com os princípios de contabilidade geralmente aceites, estas demonstrações financeiras não incluem o efeito

da consolidação integral ao nível de activos, passivos, rendimentos e gastos. A Empresa prepara e apresenta

demonstrações financeiras consolidadas, em separado.

2.2 Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos conteúdos não sejam

comparáveis com os do exercício anterior:

As quantias relativas ao período findo em 31 de Dezembro de 2009, incluídas nas presentes demonstrações

financeiras para efeitos comparativos, estão apresentadas em conformidade com o modelo resultante das alterações

introduzidas pelos seguintes diplomas legais:

Decreto-Lei n.º 158/2009, de 13 de Julho (Sistema de Normalização Contabilística);

Portaria n.º 986/2009, de 7 de Setembro (Modelos de Demonstrações Financeiras);

Aviso n.º 15652/2009, de 7 de Setembro (Estrutura Conceptual);

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30|64

Demonstrações Financeiras e Anexos

Aviso n.º 15655/2009, de 7 de Setembro (Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro);

Portaria n.º 1011/2009, de 9 de Setembro (Código de Contas).

2.3 Adopção pela primeira vez das NCRF — divulgação transitória:

a) Forma como a transição dos Princípios Contabilísticos Geralmente Aceites (“PCGA”) anteriores para as NCRF

afectou a posição financeira, o desempenho financeiro e os fluxos de caixa relatados:

Até 31 de Dezembro de 2009, a Empresa elaborou, aprovou e publicou demonstrações financeiras, para efeito

do cumprimento da legislação comercial vigente, de acordo com os princípios de contabilidade geralmente

aceites em Portugal. O balanço em 31 de Dezembro de 2009 e a demonstração dos resultados apresentados

para efeitos comparativos, foram ajustados de forma a estarem de acordo com as NCRF. Os ajustamentos

efectuados com efeito a 1 de Janeiro de 2009, data da transição, foram efectuados de acordo com as

disposições da NCRF 3 – Adopção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro.

Os efeitos dos ajustamentos relacionados com a adopção das NCRF, reportados a 1 de Janeiro de 2009, foram

registados em resultados transitados, conforme estabelecido pela NCRF 3. Os principais impactos da adopção

pela primeira vez das NCRF são como seguem:

Reconhecimento de rédito associado aos contratos de construção na sucursal de Moçambique.

Goodwill - de acordo com a NCRF 12 – Imparidade de Activos, o goodwill não é amortizado, passando a ser

sujeito a testes anuais de imparidade. A Empresa aplicou a NCRF 12 prospectivamente a partir da data de

transição, pelo que foram anuladas as amortizações praticadas a partir de 1 de Janeiro de 2009, no montante

de 57.810 Euros; adicionalmente, o montante do goodwill resultante da aquisição da Edirio – Construções,

S.A. no período findo em 2009, que ascende a 289.048 euros, foi sujeito a um reconhecimento integral de

imparidade, tendo a respectiva perda sido reconhecida como gasto do período de 2009, para efeitos

comparativos;

Instrumentos financeiros – de acordo com a NCRF 27 – Instrumentos financeiros, a Empresa deverá

reconhecer um activo ou um passivo financeiro, quando se torne uma parte das disposições contratuais do

instrumento; A Empresa aplicou a NCRF 27 prospectivamente a partir da data de transição, tendo

reconhecido o justo valor de swaps de taxa de juro, contratualizados durante o período findo em 2009, no

montante negativo de 90.918 Euros;

Resultados extraordinários – as NCRF não contemplam a existência de custos e proveitos extraordinários.

Consequentemente, os valores apresentados nas rubricas de extraordinários nas demonstrações dos

resultados para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2009, foram reclassificados em função das

respectivas naturezas; e

Correcção ao valor escriturado dos activos tangíveis.

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Demonstrações Financeiras e Anexos

b) Reconciliação do capital próprio relatado segundo os PCGA anteriores com o capital próprio segundo as NCRF,

entre a data de transição para as NCRF e o final do último período apresentado nas mais recentes

demonstrações financeiras anuais, elaboradas segundo os PCGA anteriores:

31.12.2009

Capital próprio – POC 90.323.986

Ajustamentos de transição 2.201.604

92.525.590

Ajustamentos do período em resultados:

Rédito de contratos de construção 3.302.838

Provisão para garantias a clientes (106.106)

Goodwill: imparidade (231.238)

Instrumentos financeiros – Swaps de taxa de juro (90.918)

Impostos diferidos 28.118

Activos tangíveis 1.893

2.904.587

Ajustamentos do período em capital próprio:

Rédito de contratos de construção (448.449)

Provisão para garantias a clientes (248.180)

Correcção das depreciações de activos tangíveis (6.354)

(702.983)

CAPITAL PRÓPRIO – SNC 92.525.590

c) Reconciliação do resultado relatado segundo os PCGA anteriores, relativo ao último período das mais recentes

demonstrações financeiras anuais, com o resultado segundo as NCRF relativo ao mesmo período:

31.12.2009

Resultado líquido do exercício – POC 33.854.588

Rédito de contratos de construção 3.302.838

Provisões para garantias a clientes (106.106)

Goodwill: imparidade (231.238)

Instrumentos financeiros – Swaps de taxa de juro (90.918)

Impostos diferidos 28.118

Activos tangíveis 1.893

RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO – SNC 36.759.175

d) Distinção, nas reconciliações das alíneas b) e c), entre correcção de erros cometidos segundo os PCGA

anteriores (se aplicável) e alterações às políticas contabilísticas:

O montante constante da reconciliação entre os PCGA anteriores e as NCRF resulta de uma alteração de

política contabilística entre os dois normativos referidos.

e) As primeiras demonstrações financeiras de acordo com as NCRF são as demonstrações financeiras

apresentadas.

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Demonstrações Financeiras e Anexos

3. Principais políticas contabilísticas

3.1 Bases de mensuração usadas na preparação das demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos

livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com princípios contabilísticos geralmente aceites em

Portugal (NCRF).

a) Activos intangíveis

Os activos intangíveis, que compreendem essencialmente programas de computador, encontram-se registados

ao custo de aquisição, deduzido de eventuais perdas de imparidade e das amortizações acumuladas. Estes

activos são amortizados a partir do momento em que os activos subjacentes estejam concluídos ou em

utilização, pelo método da linha recta, durante um período de 3 anos.

Os activos intangíveis apenas são reconhecidos quando for provável que deles advenham benefícios

económicos futuros para a Empresa, sejam controláveis pela Empresa e que os mesmos possam ser

mensurados com fiabilidade.

As despesas de desenvolvimento para as quais a Empresa demonstre capacidade para completar o seu

desenvolvimento e iniciar a sua comercialização e/ou use e relativamente às quais seja provável que o seu activo

criado venha a gerar benefícios económicos futuros, são capitalizadas. As despesas de desenvolvimento que

não cumpram estes critérios são registadas como gasto no período em que são incorridas.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate destes activos são determinadas como a diferença entre

o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas pelo valor líquido

na demonstração dos resultados, como “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas”.

b) Activos fixos tangíveis

Os activos fixos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2009, encontram-se registados ao seu custo

considerado, o qual corresponde ao custo de aquisição ou ao custo de aquisição reavaliado de acordo com os

princípios geralmente aceites em Portugal até aquela data, deduzido das depreciações acumuladas e de perdas

por imparidade.

Os activos fixos tangíveis adquiridos após aquela data, encontram-se registados ao custo de aquisição, deduzido

das correspondentes depreciações e de perdas por imparidade acumuladas.

As depreciações são calculadas, após o início de utilização dos bens, pelo método da linha recta, numa base

anual, de acordo com as seguintes vidas úteis estimadas:

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Demonstrações Financeiras e Anexos

Os custos com a manutenção e reparação que não aumentam a vida útil destes activos fixos são registados

como gastos do período em que ocorrem. Os gastos com grandes reparações e remodelações são incluídos no

valor contabilístico do activo sempre que se perspective que este origine benefícios económicos futuros

adicionais.

Os activos fixos tangíveis em curso representam activo ainda em fase de construção, encontrando - se

registados ao custo de aquisição deduzido de eventuais perdas de imparidade. Estes activos são depreciados a

partir do momento em que estejam em estado de uso.

As mais ou menos valias resultantes da venda ou abate destes activos são determinadas como a diferença entre

o preço de venda e o valor líquido contabilístico na data de alienação/abate, sendo registadas pelo valor líquido

na demonstração dos resultados, como “Outros rendimentos e ganhos” ou “Outros gastos e perdas”.

c) Goodwill

O goodwill representa o excesso do custo de aquisição sobre o justo valor dos activos, passivos e passivos

contingentes identificáveis das subsidiárias à data da aquisição.

As diferenças entre o custo de aquisição dos investimentos em subsidiárias e associadas e o justo valor dos

activos e passivos identificáveis dessas empresas à data da sua aquisição, quando negativas, são reconhecidas

como proveito na data de aquisição, após reconfirmação do justo valor dos activos e passivos identificáveis.

À data do balanço, é efectuada uma avaliação quanto à recuperabilidade do valor líquido do goodwill, sendo

reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor contabilístico do goodwill exceda o seu valor

recuperável. O ganho ou perda na alienação de uma entidade inclui o valor contabilístico do goodwill relativo a

essa entidade, excepto quando o negócio a que esse goodwill está associado se mantenha a gerar benefícios

para a Empresa. As perdas de imparidade relativas ao goodwill não são reversíveis.

d) Locações

A classificação das locações em financeiras ou operacionais é feita em função da substância e não da forma do

contrato. Os contratos de locação em que a Empresa age como locatário, são classificados como locações

financeiras, se através deles forem transferidos substancialmente todos os riscos e vantagens inerentes à posse,

e como locações operacionais, quando através deles não forem transferidos substancialmente todos os riscos e

vantagens inerentes à posse.

Anos

Edifícios e outras construções 20 – 25

Equipamento básico 3 – 10

Equipamento de transporte 4 – 6

Equipamento administrativo 3 – 10

Outros activos fixos tangíveis 3 – 10

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Demonstrações Financeiras e Anexos

De acordo com o método financeiro, o custo do activo é registado como um activo, a correspondente

responsabilidade é registada no passivo, na rubrica “Financiamentos obtidos”, e os juros incluídos no valor das

rendas e a reintegração do activo são registados como gasto na demonstração dos resultados do período a que

respeitam.

Nas locações consideradas como operacionais, as rendas devidas são reconhecidas como gasto na

demonstração dos resultados, numa base linear, durante o período do contrato de locação.

e) Investimentos financeiros

Os investimentos financeiros em subsidiárias, associadas e entidades conjuntamente controladas são registados

pelo método de equivalência patrimonial, sendo as participações inicialmente contabilizadas pelo custo de

aquisição, o qual foi acrescido ou reduzido ao valor proporcional à participação nos capitais próprios dessas

empresas, reportado à data de aquisição ou da primeira aplicação do método da equivalência patrimonial.

De acordo com o método da equivalência patrimonial, as participações financeiras são ajustadas anualmente

pelo valor correspondente à participação nos resultados líquidos das subsidiárias e associadas por contrapartida

de rendimentos ou gastos do período. As participações são ainda ajustadas pelo valor correspondente à

participação noutras variações nos capitais próprios dessas empresas, por contrapartida da rubrica

“Ajustamentos em activos financeiros”. Adicionalmente, os dividendos recebidos destas empresas são registados

como uma diminuição do valor dos investimentos financeiros.

Os restantes investimentos financeiros encontram-se registados ao custo de aquisição ou, no caso de

empréstimos concedidos, ao valor nominal. É feita uma avaliação dos investimentos financeiros em empresas

associadas quando existem indícios de que o activo possa estar em imparidade, sendo registado como custo as

perdas de imparidade que se demonstrem existir. Os rendimentos resultantes de investimentos financeiros

(dividendos ou lucros distribuídos) são registados na demonstração dos resultados do período em que é decidida

e anunciada a sua distribuição.

f) Imparidade dos activos não correntes (excepto goodwill)

Sempre que seja identificado um evento ou alteração nas circunstâncias que indiquem que o montante pelo qual

o activo se encontra registado não possa ser recuperado, é efectuada uma avaliação de imparidade com

referência ao final de cada período.

Sempre que o montante pelo qual o activo se encontra registado é superior à sua quantia recuperável, é

reconhecida uma perda por imparidade, registada como um gasto na rubrica “Imparidade de activos

depreciáveis”. A quantia recuperável é a mais alta do preço de venda líquido e do valor de uso. O preço de

venda líquido é o montante que se obteria com a alienação do activo numa transacção entre entidades

independentes e conhecedoras, deduzido dos custos directamente atribuíveis à alienação. O valor de uso é o

valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados que espera que surjam do uso continuado do activo e da

sua alienação no final da sua vida útil. A quantia recuperável é estimada para cada activo, individualmente ou, no

caso de não ser possível, para a unidade geradora de fluxos de caixa à qual o activo pertence.

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Demonstrações Financeiras e Anexos

Após o reconhecimento de uma perda por imparidade, o encargo com a amortização/depreciação do activo é

ajustado nos períodos futuros para imputar a quantia escriturada revista do activo, menos o seu valor residual (se

o houver) numa base sistemática, durante a sua vida útil remanescente.

A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em períodos anteriores é registada quando se conclui que as

perdas por imparidade reconhecidas já não existem ou diminuíram. Esta análise é efectuada sempre que existam

indícios que a perda de imparidade anteriormente reconhecida tenha revertido. A reversão das perdas por

imparidade é reconhecida como um rendimento na demonstração dos resultados. Contudo, a reversão da perda

por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortização ou

depreciação), caso a perda por imparidade não se tivesse registado em períodos anteriores.

g) Custos de empréstimos obtidos

Os encargos financeiros com empréstimos são reconhecidos como gasto de acordo com o regime de acréscimo,

mesmo nos casos em estes encargos sejam directamente atribuíveis à aquisição, construção ou produção de um

activo cujo período de tempo para ficar pronto para o uso pretendido seja substancial, caso em que poderiam ser

capitalizados até ao momento em que todas as actividades necessárias para preparar o activo elegível para o

seu uso ou para a sua venda estejam concluídas.

h) Inventários

As mercadorias e as matérias-primas, subsidiárias e de consumo encontram-se valorizadas ao custo de

aquisição ou ao preço de mercado, no caso de este ser inferior (utilizando-se o custo médio como método de

custeio). Entende-se por preço de mercado, o valor realizável líquido ou o custo de reposição.

Os produtos acabados e semi-acabados, os subprodutos e os produtos e trabalhos em curso encontram-se

valorizados ao custo de produção (que inclui o custo das matérias-primas incorporadas, mão-de-obra e gastos

gerais de fabrico) ou ao preço de mercado no caso de este ser inferior. Por preço de mercado, entende-se o

valor realizável líquido.

Nos casos em que o preço de mercado é inferior ao custo de aquisição, reconhecem-se perdas por imparidade.

i) Instrumentos financeiros

i. Dívidas de terceiros

As dívidas de terceiros são registadas pelo seu valor nominal e apresentadas no balanço deduzidas de

eventuais perdas por imparidade, reconhecidas na rubrica “Imparidade de dívidas a receber (perdas/

reversões)”, de forma a reflectir o seu valor realizável líquido.

As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objectivamente e

de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para tal, a Empresa

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Demonstrações Financeiras e Anexos

tem em consideração informação de mercado que demonstre que o cliente está em incumprimento das suas

responsabilidades, bem como informação histórica dos saldos vencidos e não recebidos.

As perdas por imparidade reconhecidas correspondem à diferença entre o montante escriturado do saldo a

receber e respectivo valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro efectiva

inicial que, nos casos em que se perspective um recebimento num prazo inferior a um ano, é considerada

nula.

ii. Empréstimos

Os empréstimos são registados no passivo pelo seu valor nominal, deduzido dos custos de transacção que

sejam directamente atribuíveis à emissão desses passivos. Os encargos financeiros são calculados de

acordo com a taxa de juro efectiva e contabilizados na demonstração dos resultados do período de acordo

com o regime de acréscimo.

iii. Fornecedores e dívidas a terceiros

As dívidas a fornecedores ou a outros terceiros que não vencem juros são registadas pelo seu valor nominal.

iv. Passivos financeiros e instrumentos de capital próprio

Os passivos financeiros e os instrumentos de capital próprio são classificados de acordo com a substância

contratual da transacção, independentemente da forma legal que assumem.

Um instrumento financeiro é classificado como um passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual

da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou outro activo financeiro,

independentemente da sua forma legal. Os passivos financeiros são registados inicialmente pelo seu justo

valor, deduzido dos custos de transacção incorridos, e subsequentemente ao custo amortizado, com base no

método da taxa efectiva.

Um instrumento financeiro é classificado como instrumento de capital quando não existe uma obrigação

contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou outro activo financeiro,

independentemente da sua forma legal, evidenciando um interesse residual nos activos de uma entidade

após a dedução de todos os seus passivos.

Os custos directamente atribuíveis à emissão de instrumentos de capital são registados por contrapartida do

capital próprio como uma dedução ao valor da emissão. Os valores pagos e recebidos pelas compras e

vendas de instrumentos de capital são registados no capital próprio, líquidos dos custos de transacção.

As distribuições efectuadas por conta de instrumentos de capital são deduzidas ao capital próprio como

dividendos quando declaradas.

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Demonstrações Financeiras e Anexos

v. Acções próprias

As acções próprias são contabilizadas pelo seu valor de aquisição como um abatimento ao capital próprio. Os

ganhos e perdas inerentes à alienação das acções próprias são registadas na rubrica "Outras reservas", não

afectando o resultado do período.

vi. Letras descontadas e contas a receber cedidas em factoring

A Empresa desreconhece activos financeiros nas suas demonstrações financeiras, unicamente quando o

direito contratual aos fluxos de caixa inerentes a tais activos já tiver expirado, ou quando a Empresa transfere

substancialmente todos os riscos e benefícios inerentes a posse de tais activos para uma terceira entidade.

Se a Empresa retiver substancialmente os riscos e benefícios inerentes à posse de tais activos, continua a

reconhecer nas suas demonstrações financeiras os mesmos, registando no passivo na rubrica

"Financiamentos obtidos" a contrapartida monetária pelos activos cedidos.

Consequentemente, os saldos de clientes titulados por letras descontadas e não vencidas e as contas a

receber cedidas em factoring à data de cada balanço, com excepção das operações de "Factoring sem

recurso", são reconhecidas nas demonstrações financeiras da Empresa, no Passivo, até ao momento do seu

recebimento.

vii. Caixa e equivalentes de caixa

Os montantes incluídos na rubrica "Caixa e equivalentes do caixa" correspondem aos valores de caixa,

depósitos bancários, depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria, vencíveis a menos de três meses,

e que possam ser imediatamente mobilizáveis sem risco significativo de alteração de valor.

j) Provisões, Passivos contingentes e Activos contingentes

As provisões são reconhecidas apenas quando existe uma obrigação presente (legal ou implícita) resultante de

um evento passado, seja provável que para a resolução dessa obrigação ocorra uma saída de recursos e o

montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado. As provisões são revistas na data de cada balanço e

são ajustadas de modo a reflectir a melhor estimativa a essa data. As provisões para custos de reestruturação

são reconhecidas sempre que exista um plano formal e detalhado de reestruturação e que o mesmo tenha sido

comunicado às partes envolvidas.

Os passivos contingentes são definidos pela Empresa como: (i) obrigações possíveis que surjam de

acontecimentos passados e cuja existência somente será confirmada pela ocorrência, ou não, de um ou mais

acontecimentos futuros, incertos e não totalmente sob o controlo da empresa; ou (ii) obrigações presentes que

surjam de acontecimentos passados mas que não são reconhecidas porque não é provável que um exfluxo de

recursos que incorpore benefícios económicos seja necessário para liquidar a obrigação ou a quantia da

obrigação não pode ser mensurada com suficiente fiabilidade.

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Demonstrações Financeiras e Anexos

Os activos contingentes surgem normalmente de eventos não planeados ou outros esperados que darão origem

à possibilidade de um influxo de benefícios económicos para a Empresa. A Empresa não reconhece activos

contingentes nas suas demonstrações financeiras mas apenas procede à sua divulgação se considerar que os

benefícios económicos que daí poderão resultar para a Empresa forem prováveis. Quando a realização do

proveito for virtualmente certa, então o activo não é contingente e o reconhecimento é apropriado.

k) Periodização económica

Os gastos e rendimentos são registados no período a que se referem independentemente do seu pagamento ou

recebimento, de acordo com o regime de acréscimo. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e as

correspondentes receitas e despesas são registadas nas rubricas “Outras contas a receber e a pagar” ou

“Diferimentos”.

l) Impostos sobre o rendimento do período

Os impostos sobre o rendimento registados em resultados, incluem o efeito dos impostos correntes e impostos

diferidos. O imposto corrente sobre o rendimento é calculado com base no resultado tributável da Empresa, de

acordo com as regras fiscais em vigor.

Os impostos diferidos referem-se a diferenças temporárias entre os montantes dos activos e dos passivos para

efeitos de registo contabilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação, bem como os resultantes

de benefícios fiscais obtidos e de diferenças temporárias entre o resultado fiscal e contabilístico. O imposto é

reconhecido na demonstração dos resultados, excepto quando relacionado com itens que sejam movimentados

em capitais próprios, facto que implica o seu reconhecimento em capitais próprios.

Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e periodicamente avaliados utilizando-se as taxas de

tributação que se espera estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias.

Os impostos diferidos são calculados, de acordo com o método do passivo com base no balanço, sobre as

diferenças temporárias entre os valores contabilísticos dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizando as

taxas de imposto aprovadas ou substancialmente aprovadas, à data de balanço, em cada jurisdição e que se

espera que venham a ser aplicadas quando as diferenças temporárias se reverterem.

Os impostos diferidos passivos são reconhecidos para todas as diferenças temporárias tributáveis (com

excepção do goodwill não dedutível para efeitos fiscais), das diferenças resultantes do reconhecimento inicial de

activos e passivos que não afectem quer o lucro contabilístico quer o fiscal e das diferenças relacionadas com

investimentos em subsidiárias, na medida em que não seja provável que se revertam no futuro. Os activos por

impostos diferidos são reconhecidos, quando é provável a existência de lucros tributáveis futuros que absorvam

as diferenças temporárias dedutíveis para efeitos fiscais.

Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros

fiscais futuros suficientes para os utilizar. Anualmente é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias

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Demonstrações Financeiras e Anexos

subjacentes aos activos por impostos diferidos, no sentido de os reconhecer ou ajustar em função da expectativa

actual de recuperação futura.

m) Activos não correntes detidos para venda

Os activos não correntes são classificados como detidos para venda se o respectivo valor de balanço for

realizável através de uma transacção de venda, ao invés de o ser através do seu uso continuado. Considera-se

que esta situação se verifica apenas quando: (i) a venda é provável e o activo está disponível para venda

imediata nas suas actuais condições; (ii) a gestão está comprometida com um plano de venda; e, (iii) é

expectável que a venda se concretize num período de doze meses.

Os activos não correntes classificados como detidos para venda são mensurados ao menor valor entre a quantia

escriturada e o respectivo justo valor deduzido dos custos expectáveis com a sua venda.

n) Subsídios governamentais ou de outras entidades públicas

Os subsídios recebidos no âmbito de programas de formação profissional ou subsídios à exploração, são

registados na rubrica "Outros proveitos operacionais" da demonstração dos resultados do período em que estes

programas são realizados, independentemente da data do seu recebimento, a não ser que se torne recebível

num período posterior, onde será rendimento do período em que se tornar recebível.

Os subsídios não reembolsáveis relacionados com activos são registados no balanço como "Outras variações no

capital próprio" e reconhecidos na demonstração dos resultados proporcionalmente às reintegrações dos activos

subsidiados, em cada período.

o) Complementos de reforma

A Empresa assumiu compromissos de conceder aos seus empregados prestações pecuniárias a título de

complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez. Para cobrir essas responsabilidades a Empresa

aderiu a um Fundo de Pensões de benefício definido, cujos encargos anuais, determinados de acordo com

cálculos actuariais, são registados em conformidade com a NCRF 28 - "Benefícios dos empregados".

As responsabilidades actuariais são calculadas de acordo com o "Projected Unit Credit Method”, utilizando os

pressupostos actuariais e financeiros considerados adequados.

p) Rédito

A Empresa reconhece os resultados das obras, contrato a contrato, de acordo com o método da percentagem de

acabamento, o qual é entendido como sendo a relação entre os custos incorridos em cada obra até uma

determinada data e a soma desses custos com os custos estimados para completar a obra. As diferenças

obtidas entre os valores resultantes da aplicação do grau de acabamento aos proveitos estimados e os valores

facturados são incluídos nas rubricas “Outras contas a receber” e “Diferimentos”.

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Demonstrações Financeiras e Anexos

As variações verificadas nos trabalhos face à quantia de rédito acordada no contrato são reconhecidas no

resultado do período quando é provável que o cliente aprove a quantia de rédito proveniente da variação e que

esta possa ser mensurada com fiabilidade.

As reclamações para reembolso de custos não incluídos no preço do contrato são incluídas no rédito do contrato

quando as negociações atinjam um estágio avançado de tal forma que seja provável que o cliente aceite a

reclamação e que seja possível mensurá-la com fiabilidade.

Para fazer face aos custos a incorrer durante o período de garantia das obras, a Empresa reconhece anualmente

um passivo para fazer face a tal obrigação legal, a qual é apurada tendo em conta o volume de produção anual e

o historial de custos incorridos no passado com as obras em período de garantia. Quando é provável que os

custos totais previstos no contrato de construção excedam os proveitos definidos no mesmo, a perda esperada é

reconhecida imediatamente na demonstração dos resultados do período.

Os dividendos são reconhecidos como ganhos na demonstração dos resultados do período em que é decidida a

sua atribuição.

q) Trabalhos para a própria entidade

Os trabalhos para a própria entidade correspondem a obras de construção e beneficiação, executadas pela

própria Empresa, bem como a grandes reparações de equipamentos e incluem gastos com materiais, mão-de-

obra directa e gastos gerais.

Tais gastos são objecto de capitalização apenas quando os activos desenvolvidos são identificáveis, exista forte

probabilidade de os activos virem a gerar benefícios económicos futuros e serem mensuráveis de forma fiável.

r) Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data do balanço que proporcionem provas ou informações adicionais sobre

condições que existiam à data do balanço ("acontecimentos que dão lugar a ajustamentos") são reflectidos nas

demonstrações financeiras da Empresa. Os eventos após a data do balanço que sejam indicativos de condições

que surgiram após a data do balanço ("acontecimentos que não dão lugar a ajustamentos"), quando materiais,

são divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

s) Julgamentos e estimativas

Na preparação das demonstrações financeiras, o Conselho de Administração da Empresa baseou-se no melhor

conhecimento e na experiência de eventos passados e/ou correntes considerando determinados pressupostos

relativos a eventos futuros.

As estimativas contabilísticas mais significativas reflectidas nas demonstrações financeiras dos períodos findos

em 31 de Dezembro de 2009 e 31 de Dezembro de 2010 incluem:

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Demonstrações Financeiras e Anexos

Vidas úteis dos activos tangíveis, nomeadamente edifícios;

Registo de provisões e perdas de imparidade;

Reconhecimento de réditos em obras em curso.

Reconhecimento do valor presente das responsabilidades com benefícios de reforma

Apuramento do justo valor dos instrumentos financeiros

As estimativas foram determinadas com base na melhor informação disponível à data de preparação das

demonstrações financeiras. No entanto, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo

previsíveis à data, não foram consideradas nessas estimativas. Alterações a estas estimativas que ocorram

posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas em resultados, de forma prospectiva,

conforme disposto na NCRF 4.

3.2 Outras políticas contabilísticas relevantes

a) Resultados por acções

Os resultados por acção básicos são calculados dividindo o lucro individual atribuível aos accionistas da

Empresa pelo número ponderado de acções ordinárias em circulação durante o período, excluindo o número de

acções próprias detidas.

b) Moeda estrangeira

Todos os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para a moeda de apresentação

funcional, utilizando-se as cotações oficiais vigentes na data de reporte. As diferenças de câmbio, favoráveis e

desfavoráveis, originadas pelas diferenças entre as taxas de câmbio em vigor na data das transacções e aquelas

em vigor na data das cobranças, pagamentos ou à data do balanço, são registadas como ganhos e perdas na

demonstração dos resultados do período.

As diferenças cambiais associadas a contas receber/pagar cuja maturidade não se encontre definida, são

registadas na demonstração dos resultados do período quando tais contas a receber/pagar forem

depreciadas/alienadas/liquidadas. As demonstrações financeiras de empresas participadas e sucursais

expressas em moeda estrangeira são convertidas para Euro.

As cotações utilizadas para conversão em Euros foram as seguintes:

2010 2009

Moeda Moeda de Conversão 31 de Dezembro 31 de Dezembro

Dólar Americano Euro 0,7469 0,6928

Dirham Marroquino Euro 0,0889 0,0879

Pulas Botswana Euro 0,1156 0,1038

Metical Moçambicano Euro 43,956 39,708

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Demonstrações Financeiras e Anexos

3.3 Juízos de valor que o órgão de gestão fez no processo de aplicação das políticas contabilísticas e que tiveram

maior impacto nas quantias reconhecidas nas demonstrações financeiras

Na preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCRF, o Conselho de Administração da Empresa

utiliza estimativas e pressupostos que afectam a aplicação de políticas e montantes reportados. As estimativas e

julgamentos são continuamente avaliados e baseiam-se na experiência de eventos passados e outros factores,

incluindo expectativas relativas a eventos futuros considerados prováveis face às circunstâncias em que as

estimativas são baseadas ou resultado de uma informação ou experiência adquirida.

3.4 Principais pressupostos relativos ao futuro

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos

livros e registos contabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com princípios contabilísticos geralmente aceites em

Portugal.

Os eventos ocorridos após a data do balanço que afectem o valor dos activos e passivos existentes à data do balanço

são considerados na preparação das demonstrações financeiras do período. Esses eventos, se significativos, são

divulgados no anexo às demonstrações financeiras.

3.5 Principais fontes de incerteza

A presente nota faz referência aos principais pressupostos em relação ao futuro adoptados na elaboração das

demonstrações financeiras anexas, que possam implicar um risco significativo de ajustamentos materiais à

valorização de activos e passivos do próximo período financeiro.

a) Imparidade dos activos

A determinação da imparidade dos activos requer a estimativa do valor presente dos cash-flows futuros

associados a esse activo. Neste cálculo são adoptados pressupostos que se baseiam na experiência passada da

Empresa, bem como nas expectativas futuras. A Empresa considera existir um risco controlado destes

pressupostos não se verificarem.

4. Fluxos de Caixa

4.1 Comentário da gerência sobre a quantia dos saldos significativos de caixa e seus equivalentes que não estão

disponíveis para uso

O valor do saldo de “Caixa e seus equivalentes” encontra-se totalmente disponível.

4.2 Desagregação dos valores inscritos na rubrica de caixa e em depósitos bancários

O saldo de caixa e de depósitos bancários decomponha-se da seguinte forma:

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Demonstrações Financeiras e Anexos

31.12.2010 31.12.2009

Caixa 70.453 98.085

Depósitos à ordem 8.263.040 7.404.293

Depósitos a prazo 5.797.078 13.710.222

TOTAL CAIXA E DEPÓSITOS BANCÁRIOS 14.130.571 21.212.599

5. Partes relacionadas

5.1 Remunerações do pessoal chave da gestão

a) Total de remunerações e contribuições para a Segurança Social: 1.057.813 Euros.

5.2 Transacções entre partes relacionadas

a) Natureza do relacionamento das partes relacionadas:

País %

Sucursais: Angola - -

Moçambique - -

Marrocos - -

Botswana - -

Subsidiárias: Conduril – Gestão de Concessões de Infraestruturas, S.A. Portugal 100,00

Edirio – Construções, S.A. Portugal 100,00

Métis Engenharia, S.A. Angola 99,00

ENOP – Engenharia e Obras Públicas, Lda. Moçambique 85,47

Mabalane – Inertes, Lda. Moçambique 85,00

Entidades conjuntamente controladas: Edifer / RRC / Conduril, ACE Portugal 33,33

Groupement Adriano/Jaime Ribeiro/Conduril Construção, ACE Marrocos 33,33

Groupement Túnel de Nador – Construção, ACE Marrocos 50,00

Edifer, Dragados, Tecnovia, Conduril – Rodovias do Algarve Litoral, ACE Portugal 10,00

Edifer, Dragados, Tecnovia, Conduril – Rodovias do Baixo Alentejo, ACE Portugal 10,00

Outras empresas: Rotas do Algarve Litoral, S.A. Portugal 13,00

SPER – Sociedade Portuguesa para a Construção e Exploração Rodoviária, S.A. Portugal 11,26

Planestrada – Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. Portugal 10,00

Marestrada – Operação e Manutenção Rodoviária, S.A. Portugal 10,00

Pessoal chave da gestão:

Conselho de Administração: - -

Eng.º António Luís Amorim Martins (Presidente) – Chairman

Eng.ª Maria Benedita Andrade de Amorim Martins (Presidente da Comissão Executiva)

Dr.ª Maria Luísa Andrade Amorim Martins Mendes (Vice-Presidente da Comissão Executiva)

Sr. Admar Américo Soares Paiva

Eng.º Álvaro Duarte Neves Vaz

Eng.º António Baraças Andrade Miragaia

Eng.º Carlos António Soares de Noronha Dias

Eng.º Ricardo Nuno Araújo Abreu Vaz Guimarães

Outras: Geonorte – Geotécnia e Fundações Especiais, Lda. Portugal -

Sociedade Agrícola da Quinta do Javali, Lda. Portugal -

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Demonstrações Financeiras e Anexos

b) Transacções e saldos pendentes:

No decurso do presente período, a Empresa apresentou as seguintes transacções e saldos face a entidades

relacionadas:

Partes Relacionadas Saldos

pendentes activos

Saldos pendentes passivos

Perdas por imparidade acumuladas

Provisões

Entidades com controlo conjunto ou influência significativa:

Edifer / RRC / Conduril, ACE 12.474 19.392 - -

Groupement Adriano/Jaime Ribeiro/Conduril Construção, ACE 4.075.761 452.880 - 6.248.001

Groupement Túnel de Nador – Construção, ACE 30.497 201.933 - 479.891

Edifer, Dragados, Tecnovia, Conduril – Rodovias do Algarve Litoral, ACE 52.843 430.580 - -

Edifer, Dragados, Tecnovia, Conduril – Rodovias do Baixo Alentejo, ACE 945.570 1.058.947 - -

5.117.145 2.163.732 - 6.727.893

Subsidiárias:

Conduril – Gestão de Concessões de Infraestruturas, S.A. 68.038 - - 198.046

Edirio – Construções, S.A. 802.704 - - -

Metis Engenharia, S.A. 5.170.587 - - -

ENOP – Engenharia e Obras Públicas, Lda. 20.174.386 21.194.895 - -

Mabalane – Inertes, Lda. 752.788 779.621 - -

26.968.504 210.011 - 198.046

Partes Relacionadas Rendimentos Gastos Entidades com controlo conjunto ou influência significativa:

Edifer, Dragados, Tecnovia, Conduril – Rodovias do Algarve Litoral, ACE - -

Edifer, Dragados, Tecnovia, Conduril – Rodovias do Baixo Alentejo, ACE - -

Subsidiárias:

Conduril – Gestão de Concessões de Infraestruturas, S.A. -

Edirio – Construções, S.A. 322.903

Métis Engenharia, S.A. 16.723.578 15.330.614

ENOP – Engenharia e Obras Públicas, Lda. 8.223.435 4.674.185

Mabalane – Inertes, Lda. - -

25.269.917 20.004.799

6. Activos intangíveis

6.1 Divulgações, para cada classe de activos intangíveis, distinguindo entre os activos intangíveis gerados

internamente e outros activos intangíveis

a) As depreciações do período são calculadas tendo em consideração as seguintes vidas úteis e taxa de amortização

médias:

Activos intangíveis – Outros Vida útil Taxa de

amortização

Programas de computador 3 33,33%

Outros activos intangíveis 3 33,33%

b) Os elementos dos activos intangíveis são depreciados pelo método da linha recta, tendo por base as taxas de

amortização previstas no Decreto Regulamentar n.º 25/2009, de 14 de Setembro.

c) Os activos intangíveis apresentam a seguinte decomposição:

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Demonstrações Financeiras e Anexos

31.12.2010 31.12.2009

Activos intangíveis – Outros Activo bruto

Amort. e

perdas por

imparidade

Activo bruto

Amort. e

perdas por

imparidade

Projectos de desenvolvimento - - - -

Programas de computador 45.721 10.324 - -

Propriedade industrial 47.121 - - -

Outros activos intangíveis 13.379 11.850 13.379 11.494

TOTAL 106.221 22.174 13.379 11.494

d) O valor das amortizações relativas a activos intangíveis incluídas na rubrica da demonstração dos resultados

“Gastos/reversões de depreciação e de amortização” ascende a:

Amortizações do período – Outros 31.12.2010 31.12.2009

Projectos de desenvolvimento - -

Programas de computador 10.324 -

Propriedade industrial - -

Outros activos intangíveis 357 175

TOTAL 10.681 175

e) Os movimentos na rubrica activos intangíveis durante o ano 2010 e 2009 são os que se seguem:

2010

Goodwill Projectos desenv.

Software Propriedade

industrial Outros act. intangíveis

TOTAL

ACTIVO BRUTO:

Saldo em 31.12.2009 - - - - 13.379 13.379

Adições - - 45.721 47.121 - 92.842

Alienações - - - - - -

Activos detidos p/ venda - - - - - -

Transf. e abates - - - - - -

Saldo em 31.12.2010 - - 45.721 47.121 13.379 106.221

DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS:

Saldo em 31.12.2009 - - - - 11.494 11.494

Adições - - 10.324 - 357 10.681

Alienações - - - - - -

Activos detidos p/ venda - - - - - -

Transf. e abates - - - - - -

Saldo em 31.12.2010 - - 10.324 - 11.850 22.174

VALOR LÍQUIDO - - 35.397 47.121 1.529 84.047

2009

Goodwill Projectos desenv.

Software Propriedade

industrial Outros act. intangíveis

TOTAL

ACTIVO BRUTO: - - - - -

Saldo em 31.12.2008 - - - - 11.607 11.607

Adições - - - - 1.772 1.772

Alienações - - - - - -

Transf. e abates - - - - - -

Saldo em 31.12.2009 - - - - 13.379 13.379

DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS:

Saldo em 31.12.2008 - - - - 11.318 11.318

Adições - - - - 175 175

Alienações - - - - - -

Transf. e abates - - - - - -

Saldo em 31.12.2009 - - - - 11.494 11.494

VALOR LÍQUIDO - - - - 1.885 1.885

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Demonstrações Financeiras e Anexos

7. Activos tangíveis

7.1 Divulgações sobre activos fixos tangíveis

a) Bases de mensuração:

Os activos tangíveis estão valorizados de acordo com o modelo custo, segundo o qual um item do activo fixo

tangível é escriturado pelo seu custo menos qualquer depreciação acumulada e quaisquer perdas por

imparidade acumuladas.

b) Método de depreciação usado:

A Empresa amortiza os seus bens do activo fixo tangível de acordo com o método da linha recta. De acordo com

este método, a depreciação é constante durante a vida útil do activo se o seu valor residual não se alterar.

c) Vidas úteis e taxas de depreciação usadas:

As depreciações do período são calculadas tendo em consideração as seguintes vidas úteis e taxa de

amortização médias:

d) / e) Reconciliação da quantia escriturada no início e no fim do período

2010

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras

construções

Equip. básico

Equip. de transporte

Equip. administrativo

Outros activos fixos

tangíveis

Invest. em curso

TOTAL

ACTIVO BRUTO:

Saldo em 31.12.2009 7.272.883 17.579.317 36.752.531 17.856.113 1.429.672 218.929 563.631 81.673.076

Adições 19.579 950.300 664.270 31.841 17.177 2.735.639 4.418.806

Revalorizações 0

Alienações (373.622) (751.028) (12.945) (1.359) (1.138.954)

Activos detidos p/ venda 0

Transf. e abates (47.121) 3.265.212 (42.364) - - - (3.265.212) (89.485)

Saldo em 31.12.2010 7.245.341 20.844.529 37.286.844 17.769.355 1.448.569 234.746 34.058 84.863.442

DEPRECIAÇÕES ACUMULADAS:

Saldo em 31.12.2009 69.445 11.232.033 21.680.050 9.629.949 927.918 121.375 - 43.660.770

Adições 942.351 4.020.195 3.677.534 88.213 29.029 8.757.323

Revalorizações 0

Alienações (301.389) (732.475) (5.649) (571) (1.040.085)

Activos detidos p/ venda 0

Transf. e abates (69.445) 22.620 48.718 1.893

Saldo em 31.12.2010 0 12.174.384 25.421.476 12.623.726 1.010.482 149.834 0 51.379.901

VALOR LÍQUIDO 7.245.341 8.670.145 11.865.368 5.145.629 438.087 84.913 34.058 33.483.541

Activos tangíveis Vida útil Taxa de

amortização

Terrenos e recursos naturais - -

Edifícios e outras construções 25 – 20 4% – 5%

Equipamento básico 3 – 10 10% – 33,33%

Equipamento de transporte 4 – 6 16,66% – 25%

Equipamento administrativo 3 – 10 10% – 33,33%

Outros activos fixos tangíveis 3 – 10 10% – 33,33%

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Demonstrações Financeiras e Anexos

7.2 Quantia de dispêndios reconhecida na quantia escriturada de activos fixos durante a sua construção

Activos tangíveis

Dispêndios

reconhecidos

durante a

construção

Quantia total

escriturada

Terrenos e recursos naturais - -

Edifícios e outras construções 3.265.212 12.618.157

Equipamento básico 34.058 34.058

Equipamento de transporte - -

Equipamento administrativo - -

Equipamentos biológicos - -

Outros activos fixos tangíveis - -

TOTAL 3.299.270 12.652.215

7.3 Depreciação, reconhecida nos resultados ou como parte de custo de outros activos durante o período

Activos tangíveis

Depreciação

reconhecida nos

resultados

Depreciação

reconhecida

como parte de

custo de outros

activos

TOTAL

Terrenos e recursos naturais - - -

Edifícios e outras construções 942.351 18.602 960.953

Equipamento básico 4.020.195 - 4.020.195

Equipamento de transporte 3.677.534 - 3.677.534

Equipamento administrativo 88.213 - 88.213

Equipamentos biológicos - - -

Outros activos fixos tangíveis 29.029 - 29.029

TOTAL 8.757.323 18.602 8.775.925

2009

Terrenos e recursos naturais

Edifícios e outras

construções

Equip. básico

Equip. de transporte

Equip. administrativo

Outros activos fixos

tangíveis

Invest. em curso

TOTAL

ACTIVO BRUTO:

Saldo em 31.12.2008 6.820.215 16.912.628 31.852.877 14.330.749 1.069.381 200.453 44.587 71.230.891

Ajustamento de transição - - (6.354) - - - - (6.354)

Adições 452.668 666.689 8.801.086 5.015.070 361.020 18.475 563.631 15.878.640

Revalorizações - - - - - - - -

Alienações - - - - - - - -

Activos detidos p/ venda - - - - - - - -

Transf. e abates - - (3.895.079) (1.489.707) (729) - (44.587) (5.430.101)

Saldo em 31.12.2009 7.272.883 17.579.317 36.752.531 17.856.113 1.429.672 218.929 563.631 81.673.076

DEPRECIAÇÔES ACUMULADAS:

Saldo em 31.12.2008 337.857 10.456.022 20.616.051 7.536.241 835.409 79.129 - 39.860.708

Ajustamentos de transição - - (1.893) - - - - (1.893)

Adições 435 776.011 3.103.843 3.451.259 92.509 42.246 - 7.466.302

Revalorizações - - - - - - - -

Alienações - - - - - - - -

Activos detidos p/ venda - - - - - - - -

Transf. e abates (268.846) - (2.037.951) (1.357.551) - - - (3.664.348)

Saldo em 31.12.2009 69.445 11.232.033 21.680.050 9.629.949 927.918 121.375 - 43.660.770

VALOR LÍQUIDO 7.203.438 6.347.285 15.072.481 8.226.164 501.754 97.553 563.631 38.012.306

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Demonstrações Financeiras e Anexos

7.4 Depreciação acumulada no final do período

Depreciação acumulada 31.12.2010 31.12.2009

Terrenos e recursos naturais 0 69.445

Edifícios e outras construções 12.174.384 11.232.033

Equipamento básico 25.421.476 21.680.050

Equipamento de transporte 12.623.726 9.629.949

Equipamento administrativo 1.010.482 927.918

Equipamentos biológicos 0 -

Outros activos fixos tangíveis 149.834 121.375

TOTAL 51.379.901 43.660.770

7.5 Itens do activo fixo em curso

Os valores mais significativos incluídos na rubrica “Investimentos em curso”, em 31 de Dezembro de 2010 e 31 de

Dezembro de 2009, referem-se aos seguintes projectos:

31.12.2010 31.12.2009

Novas instalações - 563.631

Outros projectos 34.058 -

TOTAL 34.058 563.631

Em 31 de Dezembro de 2010, encontram-se em curso apenas 34.058 euros referentes a trabalhos em curso da

sucursal de Angola.

8. Locações

8.1 Locações financeiras - Locatários:

a) Quantia escriturada líquida para cada categoria de activo à data de 31.12.2010:

31.12.2010 31.12.2009

Equipamento básico 599.045 934.609

Equipamento de transporte 440.241 803.656

TOTAL 1.039.286 1.738.265

b) Reconciliação entre o total dos futuros pagamentos mínimos da locação à data de 31.12.2010 e 31.12.2009, e o

seu valor presente:

31.12.2010 31.12.2009

Pagamentos mínimos até um ano 752.818 843.210

Pagamentos mínimos mais de 1 ano e não mais de 5 anos 783.463 1.470.268

Pagamentos mínimos mais do que 5 anos - -

Total de pagamentos mínimos 1.536.281 2.313.478

Pagamento de juros futuros 61.198 103.539

VALOR PRESENTE DAS RESPONSABILIDADES 1.475.083 2.209.939

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Demonstrações Financeiras e Anexos

c) Total dos futuros pagamentos mínimos da locação à data de balanço, e o seu valor presente:

Pagamentos mínimos Valor presente

31.12.2010 31.12.2009 31.12.2010 31.12.2009

Não mais de 1 ano 752.818 843.210 669.192 1.236.106

Mais de 1 ano e não mais de 5 anos 783.855 1.470.268 805.891 973.833

Mais do que 5 anos - -

TOTAL 1.536.674 2.313.478 1.475.083 2.209.939

9. Interesses em empreendimentos conjuntos e investimentos em associadas

a) Listagem e descrição de interesses em empreendimentos conjuntos significativos:

Descrição Tipo de empreendimento Outros participantes

Edifer / RRC / Conduril, ACE Entidade conjuntamente controlada Edifer e RRC

Groupement Adriano/Jaime Ribeiro/Conduril Construção, ACE Entidade conjuntamente controlada Monte Adriano e Jaime Ribeiro e Filhos

Groupement Túnel de Nador – Construção, ACE Entidade conjuntamente controlada Jaime Ribeiro e Filhos

Rodovias do Algarve Litoral, ACE Entidade conjuntamente controlada Edifer, Dragados e Tecnovia

Rodovias do Baixo Alentejo, ACE Entidade conjuntamente controlada Edifer, Dragadose Tecnovia

b) Proporção do interesse de propriedade detido:

Denominação social Proporção do interesse detido

Edifer / RRC / Conduril, ACE 33,33%

Groupement Adriano/Jaime Ribeiro/Conduril Construção, ACE 33,33%

Groupement Túnel de Nador – Construção, ACE 50%

Rodovias do Algarve Litoral, ACE 10%

Rodovias do Baixo Alentejo, ACE 10%

c) Método usado no reconhecimento dos interesses em empreendimentos conjuntos:

Os interesses em empresas controladas conjuntamente foram reconhecidos nas demonstrações financeiras pelo

método da equivalência patrimonial, desde a data em que o controlo é partilhado. De acordo com este método, o

investimento é inicialmente reconhecido pelo custo sendo a quantia escriturada ajustada pelo valor

correspondente à proporção detida nos resultados líquidos, pelos dividendos recebidos e variação do capital

próprio.

10. Inventários

10.1 Políticas contabilísticas adoptadas na mensuração dos inventários e fórmula de custeio usada

Os inventários encontram-se valorizados pelo custo ou ao valor realizável líquido, no caso deste ser inferior. O custo

inclui todos os custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos para colocar os inventários na sua

condição actual. Os custos de compra incluem o preço de compra, direitos de importação e outros impostos, custos de

transporte, manuseamento, descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes. Os custos de conversão

incluem os custos directamente relacionados com as unidades de produção, tais como mão-de-obra directa. Também

incluem uma imputação sistemática de gastos gerais de produção fixos e variáveis que sejam incorridos em bens

acabados. A imputação de gastos gerais de produção é baseada na capacidade normal das instalações de produção.

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Demonstrações Financeiras e Anexos

A Empresa valoriza os seus inventários pela fórmula de custeio do custo médio ponderado, a qual pressupõe que o

custo de cada item é determinado a partir da média ponderada do custo de itens semelhantes no começo de um

período e do custo de itens semelhantes comprados ou produzidos durante o período.

10.2 Quantia total escriturada de inventários e quantia escriturada em classificações apropriadas

A quantia escriturada dos inventários descriminava-se da seguinte forma:

Inventários 31.12.2010 31.12.2009

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 6.190.670 6.365.406

Produtos acabados e intermédios 398.814 398.814

Produtos e trabalhos em curso 1.017.451 4.612.992

7.606.934 11.377.212

Perdas de imparidade (474.572) (92.223)

TOTAL 7.132.362 11.284.989

10.3 Quantia de inventários reconhecida como um gasto durante o período

O valor dos inventários reconhecidos como um gasto durante o período foi como se segue:

Matérias-primas,

subsidiárias e de consumo

Inventário inicial 6.273.182

Perdas por imparidade em existências (382.349)

Compras 34.955.188

Subcontratos -

Reclassificação e regularização de inventários -

Inventário final (5.716.098)

Gasto do período 35.129.924

Produtos acabados

/intermédios

Produtos e

trabalhos em

curso

Inventário final 398.814 1.017.451

Reclassificação e regularização de inventários - -

Perdas por imparidade acumuladas - -

Inventário inicial 398.814 4.612.992

Gasto do período - 3.595.542

10.4 Quantia das perdas de imparidade em inventários reconhecida como um gasto do período

O valor das perdas de imparidade reconhecidas como gasto do período foi o seguinte:

Perdas por imparidade em inventários 31.12.2010 31.12.2009

Mercadorias - -

Matérias-primas, subsidiárias e de consumo 1.344.486 482.834

Produtos acabados e intermédios - -

Produtos e trabalhos em curso - -

TOTAL 1.344.486 482.834

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Demonstrações Financeiras e Anexos

11. Contratos de construção

11.1 Quantia do rédito do contrato reconhecida como rédito do período

O rédito de cada contrato de construção compreende a quantia inicial de rédito acordada bem como variações no

trabalho, reclamações e pagamentos de incentivos até ao ponto que seja provável que resultem em réditos e estejam

em condições de serem fiavelmente mensurados. A 31.12.2010, o valor dos réditos reconhecidos como rédito do

período eram como se segue:

Obra/Contrato

Rédito total

previsto

Rédito do

período

Contratos de construção 814.486.612 235.202.299

TOTAL 814.486.612 235.202.299

11.2 Métodos usados para determinar o rédito do contrato reconhecido no período

O reconhecimento do rédito do período é efectuado de acordo com o método da percentagem de acabamento.

Segundo este método, o rédito é balanceado com os gastos contratuais incorridos ao atingir a fase de acabamento. O

rédito do contrato é reconhecido como rédito na demonstração dos resultados nos períodos contabilísticos em que o

trabalho seja executado. Nos casos em que o desfecho dos contratos não possa ser estimado fiavelmente, o rédito é

reconhecido até ao ponto em que seja provável que os custos do contrato incorridos serão recuperáveis.

11.3 Métodos usados para determinar a fase de acabamento dos contratos em curso

O método usado para determinar a fase de acabamento dos contratos em curso é o método de percentagem de

acabamento. De acordo com este método, o rédito contratual é balanceado com os gastos contratuais incorridos ao

atingir a fase de acabamento, resultando no relato de rédito, gastos e lucros que possam ser atribuíveis à proporção

de trabalho concluído.

De forma a determinar a fase de acabamento de um contrato, é utilizado o método que mensure com maior fiabilidade

o trabalho executado. Dependendo da natureza do contrato, o método utilizado para determinar a fase de acabamento

pode variar, como se descrimina:

A proporção em que os custos do contrato incorridos no trabalho executado até à data estejam para os custos

estimados totais do contrato;

Levantamento do trabalho executado;

Conclusão de uma proporção física do trabalho executado.

12. Réditos

12.1 Políticas contabilísticas adoptadas para o reconhecimento do rédito incluindo os métodos adoptados para

determinar a fase de acabamento de transacções que envolvam a prestação de serviços

A Empresa reconhece os réditos de acordo com os seguintes critérios:

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Demonstrações Financeiras e Anexos

a) Vendas - são reconhecidos nas demonstrações dos resultados quando os riscos e benefícios inerentes à posse

dos activos são transferidos para o comprador, quando deixa de existir um envolvimento continuado de gestão

com grau geralmente associado com a posse, quando o montante dos réditos possa ser razoavelmente

quantificado, quando seja provável que os benefícios económicos associados com a transacção fluam para a

entidade e quando os custos incorridos ou a serem incorridos referentes à transacção passam ser fiavelmente

mensurados.

b) Prestações de serviços - são reconhecidas na demonstração dos resultados com referência à fase de

acabamento da prestação de serviços à data do balanço.

c) Juros - são reconhecidos utilizando o método do juro efectivo.

d) Dividendos - são reconhecidos a partir do momento em que se estabelece o direito do accionista receber o

pagamento.

12.2 Quantia de cada categoria significativa de rédito reconhecida durante o período incluindo o rédito proveniente

de:

31.12.2010 31.12.2009

Vendas de bens 2.713.029 2.501.910

Prestações de serviços 241.851.834 241.061.235

Juros 699.653 728.385

Royalties - -

Dividendos 374.029 -

TOTAL 245.638.545 244.291.531

13. Provisões, passivos contingentes e activos contingentes

13.1 Provisões

A Empresa reconhece uma provisão quando, cumulativamente, exista uma obrigação presente como resultado de um

acontecimento passado; seja provável que um exfluxo de recursos que incorporem benefícios económicos será

necessário para liquidar a obrigação; e possa ser feita uma estimativa fiável da quantia da obrigação.

Durante o período findo em 31 de Dezembro de 2010, ocorreram os seguintes movimentos relativos a provisões:

Provisões Saldo

Inicial Aumentos Utilização Reversão

Alterações

taxa de

desconto

Saldo

Final

Garantias a Clientes 443.766 342.282 - - - 786.048

Subsidiárias 6.980.017 63.984 - 118.063 - 6.925.938

TOTAL 7.423.783 406.266 - 118.063 - 7.711.986

O aumento verificado refere-se à criação de provisão em empresas subsidiárias referente à aplicação do método de

equivalência patrimonial da Groupement Adriano/Jaime Ribeiro/Conduril Construção, ACE (Rocade) e Conduril –

Concessões e Infraestruturas, S.A. e ainda à criação de uma provisão para garantia a clientes. As reversões são

relativas à empresa Mabalane Inertes Lda.

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Demonstrações Financeiras e Anexos

14. Efeitos de alterações em taxas de câmbio

14.1 Diferenças de câmbio reconhecidas nos resultados

31.12.2010 31.12.2009

Diferenças de câmbio desfavoráveis

- Outros gastos e perdas 1.917.346 4.348.562

1.917.346 4.348.562

Diferenças de câmbio favoráveis

- Outros rendimentos e ganhos 5.559.563 1.198.821

5.559.563 1.198.821

14.2 Diferenças de câmbio líquidas classificadas num componente separado do capital próprio

Diferenças de câmbio no capital próprio a 31 de Dezembro de 2009 (971.723)

Reforços 407.709

Anulações -

Diferenças de câmbio no capital próprio a 31 de Dezembro de 2010 (564.014)

15. Acontecimentos após a data do balanço

15.1 Actualização da divulgação acerca das condições à data do balanço

Entre a data do balanço e a emissão das demonstrações financeiras não foram recebidas quaisquer informações

acerca de condições que existiam à data de Balanço, pelo que não foram efectuados ajustamentos das quantias

reconhecidas nas presentes demonstrações financeiras.

16. Matérias ambientais

16.1 Descrição das bases de mensuração adoptados, bem como dos métodos utilizados no cálculo de

ajustamentos de valor

Decorrente da sua actividade, é responsabilidade legal/contratual da Empresa evitar, reduzir ou reparar danos

ambientais. Para cumprir com esta obrigação, ao longo do período findo a 31 de Dezembro de 2010, a Empresa

incorreu em gastos que ascenderam a 50.000 Euros.

Para mensurar os dispêndios de carácter ambiental, a Empresa reconhece os gastos que efectivamente ocorreram no

período.

16.2 Dispêndios de carácter ambiental imputados a resultados

Todos os dispêndios de carácter ambiental devem ser considerados em resultados se foram gastos incorridos no

próprio período, ou seja, se não visarem evitar danos futuros ou proporcionar benefícios futuros.

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Demonstrações Financeiras e Anexos

Assim, os dispêndios de carácter ambiental imputados a resultados dizem respeitam a actividades passadas ou

correntes e ao restauro das condições ambientais no estado em que se encontravam antes da contaminação.

Quantia imputada

a resultados

Tratamento de resíduos 50.000

Tratamento de águas residuais -

TOTAL 50.000

17. Imposto sobre o rendimento

17.1 Principais componentes de gastos/rendimentos de impostos

31.12.2010 31.12.2009

Imposto corrente e ajustamentos:

Imposto corrente do período 27.107.380 17.718.268

27.107.380 17.718.268

Impostos diferidos:

Impostos diferidos relacionados com diferenças

temporárias (3.556) 256.923

(3.556) 256.923

Gasto com impostos sobre o rendimento 27.103.825 17.975.191

17.2 Imposto diferido ou corrente agregado relacionado com itens debitados ou creditados ao capital próprio

O imposto corrente ou imposto diferido deve ser debitado ou creditado directamente ao capital próprio se o imposto se

relacionar com itens que sejam debitados ou creditados, no mesmo ou num diferente período, directamente ao capital

próprio.

Durante o exercício findo a 31 de Dezembro de 2010, os itens debitados/creditados directamente ao capital próprio

foram como segue:

Imposto

Diferido

Valorização ao justo valor de instrumentos financeiros – impacto de

exercícios anteriores (NCRF 4 e NCRF 27) 24.093

Provisão para garantias a clientes referentes a períodos anteriores (NCRF 4

e NCRF 21) (117.598)

TOTAL (93.505)

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Demonstrações Financeiras e Anexos

17.3 Relacionamento entre gastos/ rendimentos de impostos e lucro contabilístico

Reconciliação da taxa efectiva de imposto:

31.12.2010 31.12.2009

Resultado antes de imposto 61.320.945 54.734.366

Gasto com impostos sobre o rendimento 27.103.825 17.975.191

Taxa efectiva de imposto 44,2% 32,8%

Taxa nominal de imposto (28,77% em 2010; 26,5% em 2009) 17.644.082 14.451.445

Ajustamentos:

Aplicação do método da equivalência patrimonial (292.679) (314.478)

Taxas diferenciadas de imposto 9.738.057 3.811.994

Ajustamentos de transição - (719.117)

Gastos não aceites como custo fiscal 81.511 214.655

Fundo de pensões 38.629 (102.710)

Excesso de estimativa de imposto (426.968) (114.482)

Tributações autónomas 283.001 342.428

Impostos diferidos decorrentes de exercícios anteriores - 315.949

Outros 38.191 89.507

9.459.742 3.523.746

Ajustamentos relativos ao imposto de períodos anteriores - -

Gasto com impostos sobre o rendimento 27.103.825 17.975.191

O montante relativo a “Taxas de imposto diferenciadas” decorre, essencialmente, do facto de a Sucursal de Angola ser

tributada em sede de imposto sobre o rendimento a uma taxa nominal de 35%.

18. Instrumentos financeiros

18.1 Bases de mensuração

É política da Empresa reconhecer um activo, um passivo financeiro ou um instrumento de capital próprio apenas

quando se torna uma parte das disposições contratuais do instrumento.

A Empresa mensura ao custo ou ao custo amortizado menos perda por imparidade os instrumentos financeiros que

tenham uma maturidade definida, que os retornos sejam de montante fixo, com taxa de juro fixa durante a vida do

instrumento ou de taxa variável que seja um indexante típico de mercado para operações de financiamento (como por

exemplo a Euribor) ou que inclua um spread sobre esse mesmo indexante, não contenha nenhuma clausula contratual

que possa resultar para o seu detentor em perda do valor nominal e de juro acumulado (excluindo-se os casos de

risco de crédito).

Os contratos para conceder ou contrair empréstimo em base líquida e os instrumentos de capital próprio que não

sejam negociados publicamente e cujo justo valor não possa ser obtido de forma fiável, bem como contratos ligados a

tais instrumentos que, se executados, resultam na entrega de tais instrumentos, são também mensurados ao custo ou

ao custo amortizado menos perda por imparidade.

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Demonstrações Financeiras e Anexos

Todos os instrumentos financeiros que não sejam mensurados ao custo ou ao custo amortizado menos qualquer

perda de imparidade são mensurados ao justo valor.

A Empresa não inclui os custos de transacção na mensuração inicial do activo ou passivo financeiro que seja

mensurado ao justo valor com contrapartida em resultados.

Enquanto a Empresa for detentora de um instrumento financeiro, a política de mensuração não será alterada.

18.2 Activos e Passivos Financeiros

a) Activos financeiros com reconhecimento de imparidade

31.12.2010 31.12.2009

Custo

Imparidade

acumulada Custo

Imparidade

acumulada

Clientes, c/c 248.875.843 - 184.882.657 -

Clientes, c/garantias 10.193.351 - 7.802.522 -

Clientes de cobrança duvidosa 2.519.775 (2.519.775) 2.366.696 (2.366.696)

TOTAL 261.588.969 (2.519.775) 195.051.874 (2.366.696)

b) Passivos financeiros mensurados ao justo valor

Quantia

escriturada

31.12.2010

Quantia

escriturada

31.12.2009

Swaps de taxa de juro (159.083) (90.918)

TOTAL (159.083) (90.918)

c) Base de determinação do justo valor

Para cada activo e passivo financeiro, nomeadamente, os swaps de taxa de juro, mensurados ao justo valor, a base

para determinação do justo valor resultou da soma do valor actualizado das trocas de fluxos futuras, tendo em conta a

taxa de juro fixa contratada e o valor esperado para o indexante subjacente em cada uma das datas de trocas dos

respectivos fluxos.

O apuramento do justo valor dos derivados contratados pela Empresa foi efectuado pelas respectivas contrapartes,

consideradas entidades financeiras independentes.

d) Ganhos e perdas líquidas reconhecidas de activos e passivos financeiros

A 31 de Dezembro de 2010, os ganhos e as perdas líquidas dos activos e passivos financeiros reconhecidos no

período findo nessa data descriminam-se como se segue:

Ganhos

Líquidos

Perdas

Líquidas

Passivos financeiros mensurados ao justo valor

Swaps de taxa de juro - (68.165)

TOTAL - (68.165)

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Demonstrações Financeiras e Anexos

18.3 Total de Rendimento e Gasto de Juros para Activos e Passivos Financeiros

Para calcular o custo amortizado de um activo financeiro ou de um passivo financeiro e imputar o rendimento dos juros

ou o gasto dos juros durante o período, foi utilizado o método do juro efectivo.

De acordo com este método, o total de rendimentos de juros para os activos financeiros e o total de gastos de juros

para os passivos financeiros, discriminam-se como se segue:

a) Rendimentos de juros para activos financeiros:

Activos Financeiros

2010

Depósitos bancários 346.116

Outros 353.537

TOTAL 699.653

b) Gastos de juros para passivos financeiros:

Passivos Financeiros

2010

Empréstimos 1.362.603

Locações financeiras 29.429

Outros 30.921

TOTAL 1.422.953

18.4 Perda por imparidade em activos financeiros

Para os activos financeiros que não estão mensurados ao justo valor através de resultados e relativamente aos quais

se verificaram indícios de imparidade, a Empresa avaliou as imparidades respectivas.

Desta avaliação, a Empresa conseguiu adquirir evidência objectiva de que os activos financeiros, apresentados no

quadro seguinte, apresentam perdas por imparidade no período:

Activos

financeiros

Perda por

imparidade

2010

Clientes 65.200

Outras contas a receber -

Outros activos financeiros -

TOTAL 65.200

18.5 Montante de capital social

A 31 de Dezembro de 2010, a Empresa detinha um capital social de 10.000.000 euros, totalmente subscrito e

realizado.

18.6 Acções representativas do capital social

A 31 de Dezembro de 2010, o capital social era composto por 2.000.000 acções, ao valor nominal de 5 euros por

acção.

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Demonstrações Financeiras e Anexos

19. Benefícios dos empregados

19.1 Benefícios pós-emprego

A 31 de Dezembro de 2010, existiam 52 funcionários a usufruir de benefícios pós-emprego relativamente a planos de

benefício definido. Os gastos reconhecidos no período de 2010 com benefícios pós-emprego ascendem a 754.517

euros.

O excesso da responsabilidade coberta a 31 de Dezembro de 2010, no valor de 358.306 euros, encontra-se registado

na rubrica de Diferimentos.

20. Outras informações

20.1 Estados e outros entes públicos

O detalhe da rubrica de “Estado e Outros entes Públicos” em 31 de Dezembro de 2010, é o seguinte:

Activo 31.12.2010

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 1.037

Imposto sobre o Valor Acrescentado 4.673.972

Contribuições para a Segurança Social -

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 6.514.795

TOTAL 11.189.803

Passivo

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares 580.184

Imposto sobre o Valor Acrescentado 574.408

Contribuições para a Segurança Social 443.880

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 21.598.383

TOTAL 23.196.855

20.2 Garantias prestadas

Em 31 de Dezembro de 2010, a Empresa tinha assumido responsabilidades por garantias prestadas, no montante de

117.385.060 euros.

20.3 Vendas e prestações de serviços por actividade e mercados geográficos

As vendas e prestações de serviços em 31 de Dezembro de 2010 e 2009 distribuíram-se da seguinte forma:

31.12.2010 31.12.2009

Vendas e Prestações de serviços:

Mercado interno 47.987.828 44.687.429

Mercado externo 196.577.035 198.875.717

TOTAL 244.564.863 243.563.145

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Demonstrações Financeiras e Anexos

20.4 Outros rendimentos e ganhos

A rubrica de Outros rendimentos e ganhos tem, no período findo em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a seguinte

composição:

31.12.2010 31.12.2009

Outros rendimentos e ganhos

Rendimentos suplementares 9.049.738 6.535.157

Descontos de pronto pagamento obtidos 1.103.698 483.111

Recuperação de dívidas a receber 87.234 0

Ganhos em inventários - 0

Rendimentos e ganhos nos restantes activos financeiros - 0

Rendimentos e ganhos nos restantes activos não financeiros 291.555 105.818

Outros 8.302.329 7.381.335

TOTAL 18.834.553 14.505.421

20.5 Outros gastos e perdas

A rubrica de Outros gastos e perdas tem, no período findo em 31 de Dezembro de 2010 e 2009, a seguinte

composição:

31.12.2010 31.12.2009

Outros gastos e perdas

Impostos 1.773.906 1.678.398

Descontos de pronto pagamento concedidos 682.662 391.585

Dívidas incobráveis 41.501 103.427

Perdas em inventários - 0

Gastos e perdas nos restantes investimentos financeiros - 0

Gastos e perdas em investimentos não financeiros 236.986 179.930

Outros 5.008.141 8.132.810

TOTAL 7.743.196 10.486.151

20.6 Demonstração dos resultados financeiros

Os resultados financeiros têm a seguinte composição:

31.12.2010 31.12.2009

Gastos e perdas de financiamento

Juros suportados 1.422.953 1.094.090

Diferenças de câmbio desfavoráveis - -

Outros gastos e perdas de financiamento 1.984.194 2.030.815

3.407.147 3.124.904

Juros, dividendos e outros rendimentos similares

Juros obtidos 699.653 728.385

Dividendos obtidos 374.029 -

Outros rendimentos similares 23.296 90.693

1.096.978 819.078

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Relatório do Conselho Fiscal

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Relatório do Conselho Fiscal

CONSELHO FISCAL

EXERCÍCIO DE 2010

Exmos. Senhores Accionistas:

No cumprimento do disposto na lei vem o Conselho Fiscal apresentar o seu Relatório e dar Parecer sobre

o Relatório de gestão, Balanço, Contas e Proposta de aplicação de resultados, que lhe foram apresentados

pelo Conselho de Administração da CONDURIL-Engenharia, S.A., anteriormente designada de Conduril

– Construtora Duriense, S.A., relativamente ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2010.

RELATÓRIO

No desempenho das suas funções, o Conselho Fiscal reuniu regularmente acompanhando a actividade

social e a evolução dos negócios da CONDURIL, S.A. e vigiando e zelando pela observação da lei e dos

estatutos, e inteirou-se dos actos praticados pelo Conselho de Administração, que sempre prestou os

esclarecimentos que lhe foram solicitados.

O Conselho procedeu a uma atenta análise do Relatório de gestão apresentado pelo Conselho de

Administração, do Balanço em 31 de Dezembro de 2010, da Demonstração dos resultados, da

Demonstração de fluxos de caixa, da Demonstração das alterações no capital próprio, e dos respectivos

Anexo e Notas explicativas, documentos estes que foram considerados em boa ordem.

O Conselho manteve-se informado dos trabalhos desenvolvidos ao longo do ano pela Sociedade de

Revisores Oficiais de Contas, obteve as informações e os esclarecimentos, prestados pela sua

representante, necessários à fiscalização da revisão de contas aos documentos de prestação de contas,

tomou conhecimento do Relatório de Conclusões e Recomendações de Auditoria enviado ao Conselho de

Administração, e procedeu à análise da Certificação Legal das Contas, documentos estes que merecem a

concordância do Conselho relativamente ao seu teor.

Em resultado do exposto, o Conselho considera que os documentos acima referidos permitem, no

seu conjunto, o correcto entendimento da situação financeira da CONDURIL, S.A., em 31 de Dezembro

de 2010, e dos resultados do exercício então findo, e considera também que as disposições legais e

estatutárias foram respeitadas.

O Conselho, no âmbito da sua competência, expressa também a sua concordância relativamente às

políticas contabilísticas e aos critérios valorimétricos utilizados.

A concluir, o Conselho agradece a referência feita no Relatório de gestão à sua actividade, assim como

também acompanha o Conselho de Administração no reconhecimento aos Colaboradores pela sua

dedicação.

Assim, o Conselho Fiscal é de

PARECER

1. que sejam aprovados o Relatório de gestão, as Contas e os respectivos Anexos, relativos ao

exercício findo em 31 de Dezembro de 2010;

2. que seja aprovada a Proposta de aplicação dos resultados constante do Relatório de gestão,

apresentado pelo Conselho de Administração.

Ermesinde, 4 de Abril de 2011

O CONSELHO FISCAL

Crisóstomo Aquino de Barros, Presidente

Daniela Brás Vigário Silva

José Tiago Sapage Meireles de Amorim

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Certificação Legal das Contas

CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras da Conduril Engenharia, S.A. (“Empresa”),

anteriormente designada de Conduril – Construtora Duriense, S.A., as quais compreendem o Balanço em 31 de Dezembro de 2010 (que evidencia um total de 361.919.194 Euros e um total de capital próprio de 122.516.745 Euros, incluindo um resultado líquido de 34.217.120 Euros), a Demonstração dos resultados por naturezas, a Demonstração das alterações no capital próprio e a Demonstração dos fluxos de caixa do período findo naquela data, e o correspondente Anexo.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa a preparação de

demonstrações financeiras que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente,

baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras. Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de

Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

- a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas

nas demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;

- a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua

divulgação, tendo em conta as circunstâncias; - a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e - a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações

financeiras.

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5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião. Opinião

7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e

apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Conduril Engenharia, S.A. em 31 de Dezembro de 2010, bem como o resultado das suas operações, as alterações no capital próprio e os fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidade com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal. Ênfase

8. Conforme divulgado na Nota 2.3 do Anexo às demonstrações financeiras, a Empresa adoptou

pela primeira vez em 2010 as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (“NCRF”), na preparação e apresentação das suas demonstrações financeiras. Assim, os valores apresentados para efeitos comparativos, referentes ao período findo em 31 de Dezembro de 2009, foram reexpressos tendo por base o disposto na NCRF 3 – Adopção pela primeira vez das normas contabilísticas e de relato financeiro.

Porto, 28 de Março de 2011 _________________________________________________________

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