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2491Anais do 47º Congresso Brasileiro de CerâmicaProceedings of the 47th Annual Meeting of the Brazilian Ceramic Society
15-18/junho/2003 – João Pessoa - PB - Brasil
DETERMINAÇÃO DO COEFICIENTE DE ATRITO E DESGASTE EM COMPÓSITOS CERÂMICOS Si3N4-SiC(w)
S. A. Baldacim, C. Santos, O. M. M. Silva e C. R. M. Silva
CTA-IAE- Divisão de Materiais
Pça. Mar. do Ar Eduardo Gomes, 50 – Vila das Acácias – S. J. dos Campos - SP
Cep: 12228-904 - Tel: (0xx) 12 3947-6432
email: [email protected]
RESUMO
Para compósitos cerâmicos reforçados com fibra, plaquetas e/ou whiskers,
visando sua utilização em aplicações estruturais como, por exemplo, ferramentas de
corte, é necessário caracterizá-los quanto aos coeficientes de atrito e desgaste
quando em deslizamento sobre ligas metálicas. Assim, este trabalho teve como
objetivo caracterizar e analisar os coeficientes de atrito e desgaste de compósitos
cerâmicos Si3N4-SiC(w) em deslizamento sobre ligas de ferro fundido cinzento, por
intermédio de um tribômetro pino(cerâmico) contra disco (metal). Todos os testes
foram realizados com os mesmos parâmetros, permitindo assim uma comparação
entre os diversos corpos-de-prova, adotando uma distância e velocidade de
deslizamento de 3000 m e 2 ms-1, respectivamente, com carga normal aplicada de 5
N. Não foi utilizado lubrificante e a temperatura e umidade do ar foram ambiente. Os
resultados obtidos apresentaram um baixo coeficiente de atrito e desgaste, estando
diretamente relacionado ao nível de densificação dos corpos-de-prova analisados.
Por microscopia eletrônica de varredura (MEV), os mecanismos atuantes foram a
abrasão e processos de tribooxidação nas superfícies de desgaste.
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Palavras-chaves: Compósitos cerâmicos, nitreto de silício, whiskers de carbeto de
silício, coeficiente de atrito, coeficiente de desgaste.
I. INTRODUÇÃO
Com o objetivo de melhorar as propriedades mecânicas, principalmente no que
diz respeito a tenacidade à fratura, fator este limitativo para aplicações
estruturais (1,2), utiliza-se como reforço whiskers, plaquetas e/ou fibras de carbeto de
silício, procurando reduzir o problema da fragilidade e diminuir a dispersão dos
valores de resistência mecânica (3-5).
Os materiais cerâmicos à base de Si3N4 possuem um conjunto notável de
propriedades, que incluem uma elevada dureza que se conserva para uma ampla
gama de temperaturas, boa tenacidade à fratura, boa resistência ao choque térmico
e baixa reatividade química, que os tornam bastante atrativos para aplicações
tribológicas, tais como as que ocorrem em certos componentes de motores de
combustão interna ou em pastilhas de corte por arranque de aparas (cavacos) (6,7).
De acordo com estudos publicados, verifica-se que o comportamento ao atrito
e desgaste de materiais cerâmicos de nitreto de silício é complexo e pode ser
controlado por um conjunto de mecanismos bastante distintos, tais como a
deformação plástica, microfratura e reações triboquímicas. Diversos parâmetros de
funcionamento e do material, como a umidade atmosférica, temperatura, dureza,
massa específica, dentre outros, vem afetar fortemente o comportamento tribológico
destes materiais (8-11).
Por outro lado, pouco tem sido o trabalho dedicado aos estudos do
comportamento tribológico de compósitos cerâmicos à base de nitreto de silício
reforçados com whiskers de carbeto de silício, quando em deslizamento sobre ligas
metálicas e, em particular, sobre ligas ferrosas (12), traduzindo em uma apreciável
escassez de resultados de atrito e desgaste relativo aos pares que envolvam o
contato destes compósitos cerâmicos com ligas metálicas.
O coeficiente de atrito depende da combinação entre as naturezas químicas
dos materiais envolvidos, da geometria dos componentes, rugosidade superficial e
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das condições operatórias. A própria duração de contato, modificações topográficas
e triboquímicas da superfície em movimento relativo fazem variar no tempo a força
de atrito.
Por outro lado, o desgaste ocorre por conseqüência do movimento relativo
entre duas superfícies em contato, ou pela ação de agentes de superfície, de
natureza mecânica e/ou química e tem como resultado a perda de sucessivas
camadas externas de material (13).
O interesse em conhecer os mecanismos de desgaste, quantificar as
respectivas taxas e o estudo de condições ótimas de domínio de mecanismos, deve-
se ao fato de ser um fenômeno que pode ser controlado e minimizado, aumentando
assim a vida útil dos componentes.
Estimando-se o valor do coeficiente de desgaste por meio de ensaios
laboratoriais adequados, é possível dimensionar os componentes de desgaste de
um sistema tribológico. Por exemplo, no caso do sistema material a ser
usinado/ferramenta de corte, torna-se possível dimensionar a ferramenta para um
determinado tempo de vida útil.
Na tabela 1, é apresentada uma classificação usual para distinção das
situações de desgaste moderado e severo.
Tabela 1. Parâmetros de desgaste moderado e severo (14).
Desgaste
Parâmetros Moderado Severo
Hv Abrasivo/Hv Superfície <1,0 >1,0
Rugosidade Superficial (Ra)
(m)
0,05 – 0,5,0 >10,0
Coeficiente de Desgaste (K)
[m3N-1m-1]
10-15 10-15
Procuram-se desenvolver sistemas tribológicos nos quais a diminuição ou a
ausência de lubrificação não conduza a redução das performances tribológicas,
idealmente com coeficiente de desgaste Kd 10-15 (m3N-1m-1), independentemente da
velocidade de deslizamento, da carga e da temperatura ambiente. Estudos
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demonstraram que o coeficiente de atrito de um pino de nitreto de silício sobre aço,
para temperatura de 22oC, velocidade de 0,5 ms-1 e carga de 0,5 N situa-se na
ordem de 0,8 (15).
Com a complexidade e diversidade que reveste o comportamento ao atrito e
desgaste dos cerâmicos, o estudo do seu comportamento tribológico torna-se
imprescindível sempre que é desenvolvido um novo material cerâmico com real
potencial para aplicações tribológicas, bem como quando este possa vir a integrar
um par tribológico ainda não caracterizado. Este fato traduz-se necessariamente
numa escassez de resultados de atrito e de desgaste relativos a pares que
envolvam o contato de compósitos cerâmicos com materiais adequados para este
tipo de ensaio, como, por exemplo, ferro fundido e super ligas de níquel.
II. MATERIAIS E MÉTODOS
As composições estudadas apresentadas na tabela 2 foram confeccionados a
partir de uma matriz à base de nitreto de silício (H.C. Starck), aditivada com nitreto
de alumínio (H.C. Starck) e óxido de ítria (H.C. Starck). Como reforço, utilizou-se
whiskers de carbeto de silício (ICD Group. Inc.), com fração volumétrica de 10, 20 e
30% em volume.
Tabela 2. Composições avaliadas neste trabalho.
Composicão
Matriz
(% em peso)
Whiskers
(% em volume)
Si3N4 AlN Y2O3 SiC
A 90 5 5 -
B 90 5 5 10
C 90 5 5 20
D 90 5 5 30
Após as etapas de moagem/homogeneização, em moinho de bolas por um
período de 24 horas, compactação por prensagem uniaxial seguida por prensagem
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isostática, ambas à frio, realizou-se a etapa de sinterização sob prensagem uniaxial
a quente (20,0 MPa) (HP). Utilizou-se uma temperatura em torno de 1750ºC, com
taxa de aquecimento de 20ºC/min e patamar de sinterização de 30 minutos.
Os corpos-de-prova (pinos), com dimensões entre 5,0 e 6,0 mm de diâmetro e
15,0 mm de comprimento, foram obtidos a partir do processo de sinterização
mencionado anteriormente, sendo a confecção dos mesmos, de geometria tronco-
cônica e extremidade plana, realizada pelo seu embutimento à quente em suporte
de aço inoxidável, com subseqüente retificação de sua ponta.
Os discos de ferro fundido nodular, foram obtidos por usinagem de tarugos,
seguida de retificação, lixamento e polimento das suas superfícies destinadas ao
contato tribológico, apresentando dimensões finais de 80 mm de diâmetro e
espessura de 8 mm, com um furo central de aproximadamente 8 mm.
Para os testes de atrito e desgaste, utilizou-se um tribômetro do tipo pino-disco,
marca Plint & Partners Ltd, modelo TE67 HT, localizado no Laboratório de Órgãos
de Máquinas e Tribologia – Universidade do Minho (16). Todos os testes foram
realizados com os mesmos parâmetros, permitindo assim uma comparação entre os
diversos corpos-de-prova. Adotou-se uma distância e velocidade de deslizamento de
3000 m e 2 ms-1, respectivamente, com carga normal aplicada de 5 N. Não foi
utilizado lubrificante e a temperatura e umidade do ar foram ambiente.
O coeficiente de atrito, f, foi quantificado pelo quociente entre a força tangencial
de atrito, Fa, desenvolvida no contato e o valor da carga normal aplicada (W) (16):
f = Fa / W (A)
Para a quantificação do desgaste nos pinos e discos, foi adotado o coeficiente
de desgaste, K, definido como o volume de desgaste (V) por unidade de carga (W) e
por unidade de distância de deslizamento (x) (17,18). Trata-se assim de uma taxa de
desgaste normalizada em relação à carga, dada por:
K = V / x W (B)
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15-18/junho/2003 – João Pessoa - PB - Brasil
onde as unidades usuais para K são (m3N-1m-1), volume de desgaste (V) em (m3),
carga normal (W) em (N) e distância de deslizamento (x) em (m).
Com relação às propriedades físicas, a massa específica aparente foi
determinada utilizando-se a norma ASTM C20-87, tomando-se em média três
medidas de cada corpo-de-prova. Determinou-se também a massa específica
relativa (relação entre a massa específica aparente e a calculada pela regra da
mistura). As análises das superfícies de desgaste dos pinos foram realizadas por
intermédio de um microscópio eletrônico de varredura, onde se procurou observar os
possíveis mecanismos de desgaste atuantes no contato cerâmico/metal.
III. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Na tabela 3 estão apresentados para os diversos corpos-de-prova os valores
experimentais obtidos para a massa específica aparente (), massa específica
relativa (r), coeficiente de atrito (f) e de desgaste dos pinos (Kp).
Tabela 3. Resultados obtidos de densificação e nos ensaios tribológicos.
Composição
Massa específica
aparente (g/cm3)
Massa específica
relativa (%) f
Kp
(mm3N-1m-1)
A 3,23 99,00 0,60 1,8710-15
B 3,20 98,40 0,75 2,1710-15
C 3,16 97,20 0,63 7,0010-15
D 3,10 95,70 0,39 1,5010-14
As composições A, B e C apresentaram valores de coeficiente de atrito entre
0,60 e 0,75, estando dentro da faixa de valores usualmente referidos na literatura
para contatos tribológicos não lubrificados envolvendo superfícies cerâmicas. Estes
materiais evidenciaram os melhores resultados obtidos em termos de resistência ao
desgaste, caracterizando-se por valores de Kp próximos de 10-15 m3N-1m-1, e
exerceram uma ação tribológica agressiva sobre a superfície metálica oponente
onde se registraram valores de desgaste no disco, Kd, superiores a 10-14 m3N-1m-1,
representativos de desgaste severo.
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A composição D apresentou valor relativamente baixo de coeficiente de atrito
(0,39), o que leva a admitir que se formou uma tribocamada de resíduos de
desgaste aderentes à superfície dos pinos logo após o contato pino-disco, onde esta
pode ter agido como um lubrificante. O coeficiente de desgaste em torno de
10-14 m3N-1m-1 foi representativo de desgaste severo, estando relacionado
possivelmente ao decréscimo da massa específica aparente.
A figura 1 apresenta os perfis de coeficiente de atrito em função da distância de
deslizamento para as composições avaliadas neste trabalho. Para a caracterização
tribológica, geralmente utiliza-se o valor médio do coeficiente de atrito
correspondente ao regime estacionário, que se manifesta após uma certa distância
de deslizamento, variável de teste para teste, mas sempre superior a 100 m no
presente estudo.
0 500 1000 1500 2000 2500 30000,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
Composição A: Si3N4 monolítico
Coe
ficie
nte
de a
trito
Distância de deslizamento (m)0 500 1000 1500 2000 2500 3000
0,0
0,1
0,2
0,3
0,4
0,5
0,6
0,7
0,8
0,9
1,0
Composição B: Si3N4- 10% vol. SiCw
Coef
icie
nte
de a
trito
Distância de deslizamento (m)
0 500 1000 1500 2000 2500 30000,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Composição C: Si3N4- 20% vol. SiC(w)
Coef
icie
nte
de a
trito
Distância de deslizamento (m)0 500 1000 1500 2000 2500 3000
0,0
0,2
0,4
0,6
0,8
1,0
Composição D: Si3N4 - SiC(w)
Coe
ficie
nte
de a
trito
Distância de deslizamento (m)
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Figura 1. Perfis de coeficiente de atrito em função da distância de deslizamento.
Observou-se que o desgaste dos pinos foi fortemente influenciado pela massa
específica, sendo maior o desgaste em pinos com menor massa específica e vice-
versa, onde a porosidade dos materiais cerâmicos conduz, em geral, a um aumento
drástico de desgaste por via da menor resistência mecânica. Os poros constituem
locais importantes de concentração de tensão e de iniciação de fissuras (16) .
As figuras 2 e 3 mostram as micrografias das superfícies de desgaste das
diferentes composições após o deslizamento sobre ferro fundido, onde se
evidenciou desgaste por microabrasão e a presença de tribocamadas de material
aderente.
O aspecto morfológico das superfícies de desgaste das composições A, B e C
apresentaram-se praticamente limpas e polidas, sendo visíveis apenas alguns
vestígios de material aderente. Esta observação evidencia a fraca adesão dos
resíduos de desgaste aos materiais cerâmicos com maior densidade teórica e,
conseqüentemente, o coeficiente de atrito resultou mais elevado, tendo-se lhe
associado, apesar disso, os valores mais baixos para o coeficiente de desgaste.
(A) composição A: superfície de desgaste sem aderência de material metálico.
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(B) composição B: Vestígios de material metálico na superfície de desgaste.
(C) composição C: Pequenas partículas de material metálico aderente à
superfície cerâmica
Figura 2. Aspectos das superfícies de desgaste em pinos cerâmicos.
Para a composição D, figuras 3A e 3B, a superfície de desgaste revelou a
existência de camadas de resíduos de desgaste aderentes ricas em ferro,
apresentando um aspecto escamoso associado ao desenvolvimento de
microfissuras praticamente perpendiculares à direção de deslizamento.
Observou-se que com o acréscimo de reforço em 30% vol. SiC (w), a massa
específica diminuiu, ocasionando o surgimento de porosidades e o enriquecimento
de camada aderente rica em ferro proveniente da superfície desgastada do disco.
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(A)
(B)
Figura 3. Superfície de desgaste da composição D, onde se observa uma visão
geral do pino cerâmico (A) e a aderência extensa de camada metálica na superfície
cerâmica (B).
IV. CONCLUSÕES
Nas condições de contato adotadas, as propriedades tribológicas degradaram-
se acentuadamente com o aumento do teor de reforço para 30% em vol. de SiC (w),
devido ao decréscimo da massa específica aparente, mostrando claramente a
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dependência do nível de densificação sobre o coeficiente de atrito e na resistência
ao desgaste do pino e do disco de ferro fundido.
O desgaste dos cerâmicos foi fortemente influenciado pela sua massa
específica, aumentando com a porosidade devido a menor resistência mecânica.
Neste caso está a composição D, onde se observou um desgaste mais elevado, se
bem que controlado por uma efetiva ação protetora de camada de terceiro corpo
aderente rica em ferro, que se traduziu nos valores mais baixos do coeficiente de
atrito.
Os melhores resultados em termos de resistência ao desgaste foram obtidos
para as composições A, B e C, com valores do coeficiente de desgaste muito
próximos de 10-15 m3N-1m-1, associados a superfícies de desgaste praticamente
limpas e polidas, evidenciando fraca adesão de resíduos de desgaste e conferindo a
estas composições os valores de coeficiente de atrito mais elevado.
A avaliação das características de atrito e desgaste de pares tribológicos
compósito cerâmico Si3N4-SiC(w) / ferro fundido nodular, mostrou que os mecanismos
de desgaste predominantes foram a microabrasão e a formação de tribocamadas
aderentes, associadas a reações triboquímicas nas superfícies de desgaste.
AGRADECIMENTOS
FAPESP – Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo
CTA/IAE/AMR – Divisão de Materiais
IPEN/USP – Departamento de Materiais Cerâmicos
UNIVERSIDADE DO MINHO, Departamento de Engenharia Mecânica, Guimarães,
Portugal
REFERÊNCIAS
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[4] P. Sajgalik; J. Dusza; M.J. Hoffmann, J. Amer. Ceram. Soc., 78 (10), p. 2619,
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[5] D.R. Askeland, Ed. Springer Verlag, New York, 1990.
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[10] A. Skopp; M. Woydt; K.H. Habig, Wear, 181, p. 571, 1995.
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Brasileiro de Engenharia Mecânica, p. 256, 1999.
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International, Vol. 18, 1992.
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1997.
[16] J.R. Gomes, Tese de Doutorado, Universidade do Minho, Portugal, 1997.
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[18] P.J. Blau, Lubric. Eng., 45, (10), p. 609, 1989.
FRICTION AND WEAR COEFFICIENT EVALUATE IN CERAMICS COMPOSITES Si3N4-SiC(w)
ABSTRACT
For ceramics composites reinforced by whiskers platelets and/or fibers, aiming
their utilization in structural applications such as cutting tools is necessary evaluate
the friction and wear coefficient when sliding against metallic alloys. This work has as
objectives characterize and analyze the friction and wear coefficient of the ceramics
composites Si3N4-SiC(w) in sliding against gray cast iron utilizing the pin-on-disc
tribometer. All tests were performed with the same parameters, without lubrication at
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a distance and sliding speed of the 3000 m and 2 m/s, respectively, with a constant
normal force of 5 N in room temperature and humidity. The results obtained showed
a low friction and wear coefficient related to densification degree of the sample
analyzed. By scanning electron microscope (SEM), the dominant wear mechanisms
observed for the pins ceramics Si3N4-SiC(w) on the metallic surface are abrasive
polishing and tribooxidation process.
Key-words: Compressive creep, ceramics composites, silicon nitride, silicon carbide
whiskers.