59
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS FACULDADE DE QUÍMICA PABLO LUIS BAIA FIGUEIREDO COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS VOLÁTEIS DE ESPÉCIES DE Piper (P. divaricatum, P. marginatum sensu lato) E Hyptis (H. crenata, H. suaveolens) OBTIDOS POR VÁRIOS PROCESSOS DE EXTRAÇÃO BELÉM - PARÁ 2014

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DOS VOLÁTEIS DE ESPÉCIES DE Piper (P. divaricatum, P. marginatum sensu lato) E Hyptis (H. crenata, H. suaveolens) OBTIDOS POR VÁRIOS PROCESSOS DE EXTRAÇÃO

Embed Size (px)

DESCRIPTION

óleo essencial, composição, piper, hyptis

Citation preview

  • UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAR

    INSTITUTO DE CINCIAS EXATAS E NATURAIS

    FACULDADE DE QUMICA

    PABLO LUIS BAIA FIGUEIREDO

    COMPOSIO QUMICA DOS VOLTEIS DE ESPCIES DE Piper

    (P. divaricatum, P. marginatum sensu lato) E Hyptis (H. crenata, H. suaveolens) OBTIDOS POR VRIOS PROCESSOS DE EXTRAO

    BELM - PAR 2014

  • PABLO LUIS BAIA FIGUEIREDO

    COMPOSIO QUMICA DOS VOLTEIS DE ESPCIES DE Piper (P. divaricatum, P. marginatum sensu lato) E Hyptis (H. crenata, H. suaveolens)

    OBTIDOS POR VRIOS PROCESSOS DE EXTRAO

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado para obteno do ttulo de Licenciado em Qumica, Faculdade de Qumica, Instituto de Cincias Exatas e Naturais da Universidade Federal do Par. Orientadora: Dr. Eloisa Helena de Aguiar Andrade.

    BELM - PAR

    2014

  • PABLO LUIS BAIA FIGUEIREDO

    COMPOSIO QUMICA DOS VOLTEIS DE ESPCIES DE Piper (P. divaricatum, P. marginatum sensu lato) E Hyptis (H. crenata, H. suaveolens)

    OBTIDOS POR VRIOS PROCESSOS DE EXTRAO

    Trabalho de Concluso de Curso apresentado para obteno do ttulo de Licenciado em Qumica, Faculdade de Qumica, Instituto de Cincias Exatas e Naturais da Universidade Federal do Par. Orientadora: Dr. Eloisa Helena de Aguiar Andrade.

    Data da Apresentao: 22 de Janeiro de 2014

    Conceito: EXCELENTE

    BANCA EXAMINADORA

    _______________________________________________

    Prof. Dr. Eloisa Helena de Aguiar Andrade Faculdade de Qumica/UFPA - Orientadora

    __________________________________________

    Prof. Dr. Joyce Kelly do Rosrio da Silva Faculdade de Biotecnologia/UFPA - Membro

    __________________________________________

    Prof. Dr. Giselle Maria Skelding Pinheiro Guilhon Faculdade de Qumica/UFPA - Membro

  • minha av, Dora Figueiredo.

    minha me, Simone Baia.

  • AGRADECIMENTOS

    Deus, pela oportunidade que tive para evoluir intelectualmente por meio de

    ingresso em uma universidade.

    minha av, Dora Figueiredo, pelo carinho, amor e afeto que recebi desde

    meu nascimento e pelo apoio psicolgico que recebi nos momentos mais difceis de

    minha caminhada.

    minha me, Simone Baia, pelo apoio, carinho e afeto.

    Universidade Federal do Par, pelo apoio estrutural, que recebi desde meu

    ingresso at meus ltimos momento como discente de graduao.

    Aos programas PIBIC/CNPq, PIBIC/FAPESPA e PIBIC/UFPA pelo apoio

    financeiro na concesso da bolsa de estudo durante meu curso.

    Prof.. Dr.. Eloisa Helena de Aguiar Andrade, pela pacincia, confiana,

    sugestes, disponibilidade e acessibilidade sempre que precisei.

    A Prof.. Dr.. Joyce Kelly do Rosrio da Silva e as alunas de mestrado do

    programa de ps-graduao em Biotecnologia Shirlley Ferreira e Lia Meireles, pela

    orientao sugesto e companhia no laboratrio.

    minha colega de iniciao cientfica, de turma e muitas vezes irm mais

    velha Valdelini Pereira da Silva pelo apoio e companhia nesta caminhada.

    minha colega de laboratrio Rafaela Oliveira Pinheiro pela orientao,

    ajuda, pacincia e bom humor constante.

    Aos meus colegas de turma do Curso de Licenciatura em Qumica 05510 e ao

    grupo SF4 pela descontrao, ajuda, companhia, risadas e carinho.

    minha namorada, colega e parceira Vilmara dos Santos Moura pelo carinho,

    apoio, incentivo e companhia.

    Por fim, a todos que contriburam direta ou indiretamente na construo deste

    trabalho e na minha jornada acadmica.

  • RESUMO

    O uso dos leos essenciais como agentes medicinais conhecido desde a

    remota antiguidade. Destacando-se as famlias Piperaceae e Lamiaceae pelas suas

    importncias econmicas e medicinais, uma vez que algumas espcies fazem parte

    do mercado mundial, como a pimenta-do-reino, utilizadas na medicina popular e

    como fontes de leos essenciais. Os volteis de Piper divaricatum, P. marginatum,

    Hyptis crenata e H. suaveolens foram obtidos por hidrodestilao (HD), arraste a

    vapor (AV), Destilao-Extrao-Simultnea (DES) e analisados por CG-EM. Dentre

    as espcies de Piper estudadas o melhor rendimento em leo foi obtido de P.

    divaricatum (2,15%), cuja composio qumica (eugenol, metileugenol e acetado de

    eugenol) no mostrou dependncia ao mtodo de extrao empregado (HD e DES),

    alm da atividade biolgica de seu leo essencial frente Artemia salina. Os

    constituintes (safrol, 3,4-metilenodixipropiofenona, -terpineol) de P. marginatum

    mostraram variaes qualitativas e quantitativas entre as tcnicas empregadas. Nas

    Lamiaceaes a espcie H. crenata apresentou rendimento em leo (2,33%) superior a

    H. suaveolens (0,3%), onde o melhor rendimento foi obtido por HD. A similaridade na

    composio qumica de H. crenata ocorreu entre as tcnicas por AV e DES

    (majoritrios: -pineno, -2-careno e 1,8-cineol), enquanto na HD no apresentou

    nenhum constituinte com concentrao significativa (principais: -terpineol, 10-epi--

    eudesmol, valerianol), onde a melhor capacidade antioxidativa foi obtida do leo

    extrado por AV. Quanto aos constituintes qumicos de H. suaveolens observou-se

    uma leve variao quantitativa (-Elemeno, -cariofileno e biciclogermacreno).

    Palavras-chave: Piperaceae, Piper, Lamiaceae, Hyptis, constituintes volteis

  • LISTA DE ILUSTRAES

    Figura 01. Extrator de destilao e extrao simultnea............................... 16

    Figura 02. Foto da espcie Artemia salina....................................................

    19

    Figura 03. Sequestro do DPPH* por um antioxidante................................... 20

    Figura 04. Foto das espcies de Piper divaricatum, Piper marginatum sensu lato, Hyptis crenata e Hyptis suaveolens..........................

    21

    Figura 05. Sistema de extrao de leo essencial por hidrodestilao........

    22

    Figura 06. Sistema de extrao de leo essencial por arraste a vapor dgua...........................................................................................

    23

    Figura 07 Sistema de extrao de concentrado de volteis por destilao e extrao simultnea..................................................................

    24

    Figura 08. Rendimento em leo essencial das partes areas das espcies de Piper e Hyptis..........................................................................

    27

    Figura 09. Rendimento de leo essencial em vrios rgos de Piper divaricatum...................................................................................

    28

    Figura 10. Estruturas qumicas dos componentes majoritrios obtidos nos diferentes rgos de Piper divaricatum........................................

    31

    Figura 11. Composio qumica dos volteis obtidos das partes areas de Piper divaricatum por HD e DES..................................................

    32

    Figura 12. Composio qumica dos leos essenciais obtidos de vrios rgos de Piper divaricatum.........................................................

    32

    Figura 13. Composio qumica de Piper marginatum por HD e DES..............................................................................................

    35

    Figura 14. Estruturas qumicas dos componentes majoritrios obtidos das partes areas de Piper marginatum.............................................

    36

    Figura 15. Variao qumica de Hyptis crenata por HD, AV, DES................

    39

    Figura 16. Estruturas qumicas dos compostos majoritrios obtidos de Hyptis crenata..............................................................................

    40

  • Figura 17. Figura 18.

    Composio qumica de Hyptis suaveolens obtidos por HD e AV................................................................................................. Estruturas qumicas dos compostos majoritrios obtidos de Hyptis suaveolens........................................................................

    43 44

  • LISTA DE TABELAS

    p.

    Tabela 01. Composio qumica dos volteis dos vrios rgos de Piper divaricatum por HD e DES.............................................

    29

    Tabela 02. Composio qumica dos volteis (>1,0%) de Piper marginatum por HD e DES ....................................................

    34

    Tabela 03. Composio qumica dos volteis de Hyptis crenata por HD, AV e DES.........................................................................

    37

    Tabela 04. Composio qumica dos volteis de Hyptis suaveolens por HD e DES................................................................................

    41

    Tabela 05. Resultado do teste de toxidade preliminar do leo essencial

    das folhas de Piper divaricatum..............................................

    45

    Tabela 06. Resultado do teste de toxidade preliminar do leo essencial dos galhos secundrios de Piper divaricatum........................

    45

    Tabela 07. Resultados dos testes da capacidade antioxidativa do OE de Hytis crenata extrado por HD e AV....................................

    46

  • LISTA DE ABREVIATURAS E SMBOLOS

    AV Arraste a vapor dgua

    BHA Butil hidroxianisol

    BHT Butil hidroxitolueno

    B. L. U. Base livre de umidade

    CG Cromatografia em fase gasosa

    CG-EM Cromatografia em fase gasosa acoplada espectrometria de massas

    CLAE-UV Cromatografia Liquida de Alta Eficiencia acoplada ultravioleta

    CL50 Concentrao letal para causar morte 50% da populao

    DES Destilao e extrao simultnea

    DPPH 1,1-difenil-2-picrildrazila

    EM Espectrometria de massas

    EtOH Etanol

    F Folha(s)

    GP Galho Primrio

    GS Galho secundrio

    HD Hidrodestilao

    IR ndice de reteno

    m Massa

    OE leo essencial

    pH Potencial hidrogeninico

    R Raiz

    UFPA Universidade Federal do Par

    UV Ultravioleta

  • SUMRIO

    p.

    1 INTRODUO................................................................................................12

    2 OBJETIVOS

    2.1 GERAL.............................................................................................................13

    2.2 ESPECFICOS.................................................................................................14

    3 REVISO BIBLIOGRFICA

    3.1 OS LEOS ESSENCIAIS................................................................................14

    3.2 MTODOS DE EXTRAO DE VOLTEIS...................................................14

    3.3 A FAMLIA PIPERACEAE E O GNERO PIPER............................................16

    3.4 A FAMLIA LAMIACEAE E GNERO HYPTIS ..............................................16

    3.5 PIPER DIVARICATUM....................................................................................17

    3.6 PIPER MARGINATUM SENSU LATO.............................................................17

    3.7 HYPTIS CRENATA..........................................................................................17

    3.8 HYPTIS SUAVEOLENS..................................................................................18

    3.9 TOXIDADE PRELIMINAR COM LARVAS DE ARTEMIA SALINA.................18

    3.10CAPACIDADE ANTIOXIDATIVA DE LEOS ESSENCIAIS........................19

    4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

    4.1 COLETA, IDENTIFICAO E SECAGEM DO MATERIAL BOTNICO.........21

    4.2 EXTRAO DOS COMPONENTES VOLTEIS............................................22

    4.2.1 Extrao dos leos essenciais...............................................................22

    4.2.2 Clculo do rendimento dos leos essenciais.......................................23

    4.2.3 Extrao do concentrado voltil.............................................................23

    4.2.4 Anlise da composio qumica.............................................................24

    4.3 TESTES BIOLGICOS...................................................................................25

    4.3.1 Teste da toxidade preliminar...................................................................25

    4.3.2 Teste da capacidade antioxidativa .........................................................25

    5 RESULTADOS E DISCUSSO

    5.1 RENDIMENTO DOS LEOS ESSENCIAIS....................................................27

    5.2 COMPOSIO QUMICA ..............................................................................29

    5.2.1 Composio qumica dos vrios rgos de Piper divaricatum...........29

    5.2.2 Composio qumica de Piper marginatum por HD e DES..................34

    5.2.3 Composio qumica de Hyptis crenata por HD, AV e DES.................37

  • 5.2.4 Composio qumica de Hyptis suaveolens por HD e AV...................41

    5.3 TESTES BIOLGICOS..................................................................................45

    5.3.1 Toxidade preliminar de Piper divaricatum.............................................45

    5.3.2 Capacidade antioxidativa de Hyptis crenata.........................................46

    6 CONCLUSES...............................................................................................47

    REFERNCIAS...............................................................................................48

    ANEXOS..........................................................................................................55

  • 12

    1 INTRODUO

    A magnitude da biodiversidade brasileira no conhecida com preciso tal a

    sua complexidade (DIAS, 1996). O Brasil possui a maior cobertura de florestas

    tropicais, especialmente concentrada na Regio Amaznica, possuindo a flora mais

    rica do mundo, com cerca de 55 mil espcies de plantas superiores,

    aproximadamente 22% do total mundial (LEWINSOHN; PRADO, 2000)

    Nesse contexto vrias espcies do gnero Piper destacam-se pelo seu

    potencial medicinal, importncia econmica (DI STASI et al., 1989; PIO-CORREA

    1974; GUIMARES; ICHASO; COSTA, 1978) e diversidade de metablitos

    secundrios (BARROS et al., 1996;YUNCKER, 1958; SILVA; MACHADO, 1999).

    As plantas da famlia Lamiaceae so utilizadas nas indstrias de ervas

    condimentares, como fonte de leo essencial (EL-GAZZAR; WATSON, 1970a,b).

    Havendo uma notvel importncia econmica e um potencial farmacolgico dos

    leos essenciais de espcies do gnero Hyptis (FALCO; MENEZES, 2003).

    Dentre as plantas da famlia Lamiaceae e Piperaceae, Piper divaricatum, P.

    marginatum, Hyptis crenata e H. suaveolens destacam-se por apresentarem vrios

    estudos da composio qumica dos seus leos essncias e atividades biolgicas de

    tais leos (ALMEIDA et al., 2009; REIGADA et al.,2007; MARTINS et al., 2006;

    REBELO et al., 2009).

    No Brasil a produo de leos essenciais, alm de vivel rentvel (BIZZO;

    HOVELL; REZENDE, 2009) e suas composies so fortemente dependentes das

    matrias-primas obtidas e dos processos de extrao (OLIVEIRA; OLIVEIRA;

    SACRAMENTO, 2007). Este trabalho avaliou os componentes volteis de duas

    espcies do gnero Piper (P. marginatum sensu lato e P. divaricatum) e Hyptis (H.

    crenata e H. suaveolens) em diferentes processos de extrao, hidrodestilao (HD),

    arraste a vapor (AV) e destilao e extrao simultnea (DES), para verificar se a

    composio qumica destes volteis dependia ou no dos referidos mtodos de

    extrao.

  • 13

    2 OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    Avaliar a influncia do processo de extrao de volteis na composio

    qumica de espcies de Piper e Hyptis e atividade biolgica dos leos

    essenciais em estudo

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    Analisar a composio qumica dos volteis obtidos dos vrios

    processos de extrao por cromatografia de fase gasosa (CG)

    acoplada espectrometria de massas (EM);

    Determinao da citotoxidade preliminar dos leos essenciais frente a

    Artemia salina.

    Determinar a capacidade antioxidativa de alguns leos essenciais pelo

    mtodo do DPPH

  • 14

    3 REVISO BIBLIOGRFICA

    3.1 OS LEOS ESSENCIAIS

    Os leos essenciais so lquidos volteis dotados de aroma forte e quase

    sempre agradvel, proveniente do metabolismo secundrio de vegetais (SILVA;

    CASALI, 2000). Os leos essenciais exercem a funo de adaptao da planta ao

    meio ambiente, atuando na defesa contra o ataque de predadores, atrao de

    agentes polinizadores, proteo contra perda de gua, aumento da temperatura e

    como inibidores de germinao, constituem um dos mais importantes grupos de

    matrias primas para vrias indstrias, como as de perfumaria, alimentos e

    farmacutica (SOUZA, 2010).

    No incio do sculo XX, os leos essenciais trouxeram um renovvel interesse

    em produtos naturais, devido aos indesejveis efeitos colaterais das drogas

    sintticas. Atualmente os leos essenciais puros, so amplamente utilizados na

    alimentao e na perfumaria, alm do uso farmacutico, uma vez que possuem

    componentes qumicos com atividade farmacolgica (PALA; SALIN; CORTEZ,

    2010).

    As variaes na composio do leo essencial tm sido observadas em

    diversos aspectos, como na parte da planta empregada na destilao, variabilidade

    gentica intraespecfica, estado de desenvolvimento da planta, poca de colheita,

    condies de cultivo, suas coordenadas geogrficas, caractersticas do solo, clima e

    outras condies (TAVARES et al., 2005; HAY; SVOBODA, 1993; REIS et al.,

    2010).Utilizam-se diferentes mtodos de extrao para isolar tais leos, devendo-se

    ressaltar que, dependendo do mtodo, a composio do leo pode variar

    significativamente (CASSEL et al., 2009; OLIVEIRA; OLIVEIRA; SACRAMENTO,

    2007).

    3.2 MTODOS DE EXTRAO DE VOLTEIS

    Os processos de obteno de leos essenciais variam conforme a localizao

    do leo na planta, alguns dos mtodos de extrao mais utilizados so:

    hidrodestilao, extrao por solventes orgnicos, destilao a vapor, extrao por

    fluido supercrtico, enflorao, prensagem a frio, dentre outros. A proporo de leos

  • 15

    essenciais extrados por destilao a vapor de 93%, enquanto que os 7%

    restantes so extrados utilizando os outros mtodos (YUSOFF et al., 2011;

    ROBBERS; SPEEDIE; TYLER, 1997; SIMES; SPITZER, 2004).

    Na indstria de leos essenciais existem trs tipos de extraes distintas de

    arraste por vapor dgua. Essa distino feita pela forma na qual se estabelece o

    contato entre a amostra e a gua, na fase lquida ou de vapor; a primeira chamada

    de hidrodestilao, onde a amostra fica imersa na gua contida em uma caldeira; na

    segunda, chamada de destilao pela gua e vapor, onde uma rede colocada na

    parte inferior de uma caldeira mais alta separando a gua da amostra e a terceira;

    chamada propriamente de destilao pelo vapor de gua, a amostra mantida em

    um recipiente separado e o vapor de gua que flui provm de um gerador prprio

    independente (ALVES, 1988; CRAVEIRO et al., 1981, BRUNETON, 1991, COSTA,

    1994; SIMES, 1999; FAJARDO; MARTINEZ-SOSA; ESTARRN-ESPINOSA,

    1997).

    A indstria utiliza preferencialmente, o terceiro mtodo, pois em relao aos

    demais mtodos reduzido o contato da amostra com a gua, e a hidrlise dos

    steres e a polimerizao de outros constituintes, em particular dos aldedos,

    menos acentuada (ALVES, 1988; CRAVEIRO et al., 1981; BRUNETOIN, 1991).

    O mtodo de extrao usando o vapor simultneo e destilao com solvente

    orgnico a partir de bales de ebulio separados que conduzem a uma superfcie

    de condensao comum (Figura 01 pg. 15) chamado de "extrao e destilao

    simultnea a vapor (EDS)" a sigla DES de uso comum. O material botnico

    colocado com gua no balo de destilao ligado ao ponto A e o solvente orgnico

    (menos denso do que a gua) colocado em um balo de destilao anexado em B.

    O condensador C inserido no tubo D de tal forma que o condensado retornado

    parte inferior da D, a gua de condensao volta para o balo A e a recolha do

    solvente em cima da gua volta para o balo B (RON SELF, 2005).

  • 16

    Figura 01. Extrator de destilao e extrao simultnea.

    Fonte: Ron Self, 2005.

    3.3 A FAMLIA PIPERACEAE E O GNERO PIPER

    Piperacea uma famlia de ervas, arbustos, pequenas rvores, rvores

    aromticas e trepadeiras, representada por quatro gneros: Piper, Peperoma,

    Manekia e zippelia, compreendendo aproximadamente 4000 espcies (WANKE et

    al., 2007; MONTEIRO; GUIMARES, 2009).

    Muitos txons de Piperaceae so ricos em metablitos secundrios bioativos,

    incluindo alcalides, amidas, flavonides e terpenos, possuindo assim importncia

    econmica e medicinal, como Piper nigrum L. (pimenta-do-reino), P. umbellatum L.

    (pariparoba) e P. methysticum L. (kavakava) (YUNCKER, 1958; BARROS et al.,

    1996; SILVA; MACHADO, 1999).

    O gnero Piper tem aproximadamente 700 espcies, com cerca de 170 no

    Brasil (YUNCKER, 1972). Vrias plantas deste gnero so largamente utilizadas na

    medicina popular em muitas partes do mundo e tm seus metabolitos secundrios

    com diversas atividades biolgicas (PARMA et al., 1997).

    3.4 A FAMLIA LAMIACEAE E O GNERO HYPTIS

    A famlia Lamiaceae compreende cerca de 250 gneros e 6.970 espcies

    (JUDD et al., 1999) distribudas em todo o mundo, sendo o maior centro de

    disperso a regio do Mediterrneo (PORTE; GODOY, 2001). As plantas de

    Lamiaceae so utilizadas nas indstrias de ervas condimentares, como fonte de leo

    essencial (EL-GAZZAR; WATSON, 1970a,b).

  • 17

    So exemplos de espcies de Lamiaceae, o alecrim (Rosmarinus sp.), slvia

    (Salvia sp.), organo (Origanum sp.), tomilho (Thymus sp.), manjerico (Ocimum

    sp.), manjerona (Marjorana sp.), menta (Mentha sp.) e segurelha (Satureja sp.),

    (MARIUTTI; BRAGAGNOLO, 2007).

    O gnero Hyptis o segundo maior de Lamiaceae e est includo dentre os

    que tm maior concentrao de leos essenciais (EL-GAZZAR; WATSON, 1970a,b).

    3.5 PIPER DIVARICATUM

    Piper divaricatum Meyer um arbusto com at 9,0 m de altura, conhecido

    popularmente por pau-de-angola, jaborandi-manso e betre. Tem distribuio

    geogrfica na Amrica do Sul. No Brasil, nos estados do Amazonas, Amap, Par,

    Cear, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Esprito Santo, Rio de Janeiro e Mato

    Grosso. Sua raiz aromtica, de sabor forte, semelhante ao do gengibre, suas

    folhas e razes, quando em infuso, so empregadas internamente contra dores

    reumticas e clicas, e, quando cozidas, so utilizadas sob a forma de banhos

    antirreumticos (GUIMARES; GIORDANO, 2004).

    3.6 PIPER MARGINATUM SENSU LATO

    Piper marginatum sensu lato conhecida como caapeba cheirosa e

    malvarisco, um arbusto que tem ocorrncia desde o Oeste da ndia at as

    Amricas Central e Sul (desde o Equador at o Brasil). Suas folhas tm

    aproximadamente 8-15 cm de largura e 10-28 cm de comprimento (ANDRADE;

    GUIMARES; MAIA, 2009).

    O extrato de suas folhas usado na medicina popular para tratar o fgado e

    doenas da vescula e tambm como tnico e antiespasmdico (BERG, 2010). No

    estado da Paraba folhas e talos de P. marginatum so utilizados contra picada de

    cobra e como sedativos (GUIMARES; GIORDANO, 2004).

    3.7 HYPTIS CRENATA

    Hyptis crenata Pohl. ex. Benth uma erva anual com cerca de 69-80 cm de

    altura, cresce espontaneamente em solos arenosos perto de crregos da ilha do

  • 18

    Maraj, Par (MAIA; ZOGHBI; ANDRADE, 2001; ANDRADE et al.,2002).

    conhecida popularmente como salva-do-maraj, hortel-brava, salsa-do-maraj e

    malva-do-maraj (CORRA, 1984; HASHIMOTO, 1996).

    O ch de suas folhas usado popularmente como sudorfico, tnico,

    estimulante, para tratar inflamao dos olhos e garganta, constipao e artrite

    (BERG, 2010). Alm do ch, suas folhas so utilizadas como repelente de insetos

    quando friccionadas sobre a pele (POTT; POTT, 1997).

    3.8 HYPTIS SUAVEOLENS

    Hyptis suaveolens (L.) Poit. uma erva ereta anual, cerca de 1-2 metros de

    altura (SILVA et al., 2003). conhecida popularmente como mentrasto ou erva-

    cidreira, como bamburral (nordeste) e erva canudo (sudeste e sul), onde

    considerada invasora de lavoura de milho e de pastagens (MARTINS; POLO; 2009).

    encontrada em locais onde os solos foram drasticamente alterados, e est

    amplamente distribuda nas regies tropicais e subtropicais (WULFF, 1973)

    Suas folhas so utilizadas na medicina popular como bquica, sudorficas,

    antiespasmdicas, carminativa e para tratamento de distrbios gastrintestinais

    (CORREA, 1981; MARTINS; POLO, 2009). Suas flores e folhas secas, em forma de

    cigarro, so utilizadas nas odontalgias, e tambm no tratamento das cefalias,

    sendo tambm indicadas contra gripes, febres e problemas respiratrios em geral.

    (BASLIO et al., 2006).

    3.9 TOXIDADE PRELIMINAR COM LARVAS DE ARTEMIA SALINA

    Desde tempos antigos plantas so usadas como medicamento, este uso tem

    grande importncia, pois podem prover medicamentos para ampliar o arsenal

    teraputico (JARAMILLO, 1989). Contudo, muitas plantas so conhecidas por serem

    txicas, por essa razo, pesquisa so necessrias para determinar a ao

    farmacolgica e toxidade destas plantas medicinais (PARRA et al.; 2001).

    O microcrustceo Artemia salina (Figura 02) pertence ao filo Arthropoda,

    classe Crustcea, subclasse Branquiopoda, ordem Anostraca, famlia Artemidae e

    gnero Artemia (PIMENTEL et al., 2011). Por se tratar de um animal de fcil

    manuteno em condies de laboratrio e de ampla distribuio, Artemia sp. tem

  • 19

    sido largamente utilizada em testes de toxicidade. O teste com Artemia sp. consiste

    na exposio dos nuplios na fase II ou III durante 24 e/ou 48 horas a concentraes

    crescentes da amostra que se pretende testar com anlise do nmero de

    organismos mortos ao final do perodo de exposio (VEIGA; VITAL, 2002; CETESB,

    1987).

    Figura 02. Foto da espcie Artemia salina

    Fonte: http://www.hlasek.com/artemiasalina.html

    3.10 CAPACIDADE ANTIOXIDATIVA DE LEOS ESSENCIAIS

    Os antioxidantes so comumente usados para inibir, prevenir ou retardar a

    deteriorao pela oxidao, podendo atuar na reduo dos radicais livres,

    antioxidante primrio, ou por um mecanismo que no envolve a reduo direta dos

    radicais livres, antioxidante secundrio (POKORNY, 2001).

    Devido tendncia atual pela procura cada vez maior de produtos naturais

    pelos consumidores, causada pela crescente preocupao com a sade, torna-se

    necessrio o estudo do uso de condimentos e ervas aromticas como antioxidantes

    naturais em substituio aos convencionais BHA e BHT amplamente utilizados

    (MARIUTTI; BRAGAGNOLO, 2007).

    Existe uma grande variedade de testes para verificar a potencialidade dos

    componentes presentes nos condimentos e ervas aromticas. Os mtodos podem

    ser classificados em dois grupos: mtodos que avaliam a habilidade de sequestrar

    radicais livres e mtodos que testam a habilidade de inibir a oxidao lipdica

    (SCHWARZ et al., 2001). A quantificao do substrato, do agente oxidante, dos

    produtos intermedirios ou dos produtos finais da oxidao pode ser usada para

    medir a atividade antioxidante (ANTOLOVICH et al., 2002).

  • 20

    O mtodo de sequestro do radical DPPH bastante utilizado para avaliar a

    evoluo da atividade antioxidante de alimentos, extratos de plantas, leos

    essenciais e substncias puras. O radical DPPH (DPPH*) bastante estvel em

    soluo alcolica. Sua forma radicalar recebe facilmente um tomo de hidrognio

    (ou um eltron) abstrado de um substrato e sua colorao muda de violeta para

    amarelo por uma reduo do seu coeficiente de absortividade molar de 9660 a 1640

    a 517 nm (Figura 03). A mudana de colorao do DPPH estequiomtrica em

    relao ao nmero de eltrons capturados (PRAKASH, 2001).

    Figura 03. Sequestro do DPPH* por um antioxidante.

    N-

    O2N

    O2N

    NO2 + RHHN

    O2N

    O2N

    NO2 R-+

    As reaes de um antioxidante ou de uma espcie radicalar (R*) com o

    DPPH*, promovem sua reduo. O desenvolvimento da reao bem como sua

    eficincia antioxidante pode ser monitorado pelo decrscimo da absorbncia por

    espectrofotometria UV-visvel ou pela diminuio da rea do pico por CLAE-UV

    (YAMAGUCHI et al., 1998).

  • 21

    4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

    4.1 COLETA, IDENTIFICAO E SECAGEM DO MATERIAL BOTNICO

    As espcies Piper marginatum sensu lato, Hyptis crenata e Hyptis suaveolens

    (Figura 04) foram coletados no Parque Estadual Serra das Andorinhas e dos

    Martrios, Municpio de So Geraldo do Araguaia, Par. Piper divaricatum (Figura 04)

    foi coletado nas margens do rio Tucunduba no campus profissional da Universidade

    Federal do Par, em Belm, Par.

    Figura 04. Foto das espcies de Piper divaricatum, Piper marginatum sensu lato, Hyptis crenata e Hyptis suaveolens.

    Fonte: Eloisa Andrade, 2013

    A preparao de exsicatas, registro, incorporao no herbrio e identificao

    das espcies foi feita segundo tcnica tradicional em botnica, ou seja, prensagem,

    anotao de dados fenolgico, etnobotnico, ambiente, tipo de vegetao. A

    identificao botnica foi feita por comparao morfolgica com amostras autenticas,

    e incorporado no Herbrio Joo Mura Pires do Museu Paraense Emlio Goeldi

    (MG 200.151, MG 200.119, MG 200.123), em Belm, Par.

    As partes areas das espcies P. marginatum, H. suaveolens, H. crenata e a

    planta inteira P. divaricatum foram colocadas sobre bandejas, em estufa com

    ventilao a temperatura mdia de 35 C durante cinco dias, aps a secagem o

    material foi modo, homogeneizado, pesado e submetido aos processos de

    extraes. Para a extrao, o material de P. divaricatum foi separado em folhas,

    galhos primrios, galhos secundrios e razes.

  • 4.2 EXTRAO DOS COMPONENTES VOLTEIS

    4.2.1 Extrao dos leos essenciais

    Os leos essenciais

    hidrodestilao, j os leos essenciais das espcies

    hidrodestilao e arraste a vapor

    Clevenger modificado, acoplado a sistema de refrigerao para

    gua de condensao entre 10

    centrifugados durante 5 min a 3000 rpm, desidratados com Na

    novamente centrifugados nas mesmas condies. Os leos foram armazenados em

    ampolas de vidro mbar, vedadas

    C.

    Figura 05. Sistema de extrao de leo essencial por hidrodestilao.

    EXTRAO DOS COMPONENTES VOLTEIS

    leos essenciais

    essenciais das espcies de Piper foram obtidos apenas por

    hidrodestilao, j os leos essenciais das espcies Hyptis foram obtidos por

    hidrodestilao e arraste a vapor (Figura 05 e 06) utilizando sistema de vidro do tipo

    Clevenger modificado, acoplado a sistema de refrigerao para manuteno da

    gua de condensao entre 10-15 C, durante 3 h. Os leos, aps extrao foram

    centrifugados durante 5 min a 3000 rpm, desidratados com Na

    novamente centrifugados nas mesmas condies. Os leos foram armazenados em

    ro mbar, vedadas com chama e, acondicionados em geladeira a 5

    Sistema de extrao de leo essencial por hidrodestilao.

    Fonte: Eloisa Andrade, 2013

    22

    foram obtidos apenas por

    foram obtidos por

    utilizando sistema de vidro do tipo

    manuteno da

    C, durante 3 h. Os leos, aps extrao foram

    centrifugados durante 5 min a 3000 rpm, desidratados com Na2SO4 anidro e

    novamente centrifugados nas mesmas condies. Os leos foram armazenados em

    com chama e, acondicionados em geladeira a 5

    Sistema de extrao de leo essencial por hidrodestilao.

  • 23

    Figura 06. Sistema de extrao de leo essencial por arraste a vapor dgua.

    Fonte: Elosa Andrade, 2013.

    4.2.2 Clculo do rendimento dos leos essenciais

    O rendimento (%) do leo essencial extrado da biomassa vegetal foi obtido

    do material bruto seco e livre de umidade (BLU) atravs da relao entre massa,

    leo e umidade:

    % leo BLU Vol. do leo obtido mLmassa do material g !"#$ % !'(( )* . 100%

    A determinao da umidade residual do material vegetal foi realizada em

    balana com determinao de umidade com aquecimento infravermelho no

    momento da extrao.

    4.2.3 Extrao do concentrado voltil

    Para obteno dos concentrados volteis, as amostras de P. marginatum, P.

    divaricatum e H. crenata foram submetidas a micro hidrodestilao-extrao

    simultnea (DES), usando um extrator tipo Nickerson & Likens da Chrompack

    (Figura 07), e n-pentano como solvente (2 mL), acoplado a um sistema de

    refrigerao para manuteno da gua de condensao entre 5-10 C, durante 2

  • 24

    horas.

    Figura 07. Sistema de extrao de concentrado de volteis por destilao e extrao simultnea.

    Fonte: Pablo Figueiredo, 2013

    4.2.4 Anlise da composio qumica

    A composio qumica dos leos essenciais e concentrados volteis foi

    analisada por Cromatografia de fase gasosa/Espectrometria de Massas em sistema

    Thermo DSQ-II equipado com coluna capilar de slica DB-5MS (30m x 0,25 mm;

    0,25 mm de espessura do filme) nas seguintes condies operacionais: programa de

    temperatura: 60C-240C (3C/min); temperatura do injetor: 250C; gs de

    arraste:hlio (velocidade linear de 32 cm/s, medida a 100C); injeo: tipo "splitless"

    (0,1 L de uma soluo 2:1000 de leo essencial em hexano); espectros de massas:

    por impacto eletrnico a 70 eV; temperatura da fonte de ons: 200C.

    A identificao dos componentes volteis foi baseada no ndice de reteno

    linear calculado em relao aos tempos de reteno de uma srie homloga de n-

    alcanos e no padro de fragmentao observados nos espectros de massas, por

    comparao com amostras autenticas existentes nas bibliotecas do sistema de

    dados e da literatura (ADAMS, 2007).

  • 25

    4.3 TESTES BIOLGICOS

    4.3.1 Teste da toxidade preliminar

    Para o teste da toxidade preliminar ovos do microcrustceo Artemia salina

    foram colocados para eclodirem em uma salmoura artificial composta por 1,4 g de

    KCl, 46 g de NaCl, 8 g de Na2SO4, 22 g de MgCl2, 2,6 g de CaCl2 dissolvidos em 2

    litros de gua com pH ajustado em 9 com Na2CO3 para diminuir o risco de morte de

    A. salina devido a diminuio do pH durante a incubao dos ovos (LEWAN;

    ANDERSSON; MORALES-GOMERS, 1992).

    As larvas eclodiram aps aproximadamente 48 horas, dez larvas foram

    colocadas em cada tubo de ensaio em concentraes de 1, 5, 10, 25, 50 e 100

    g/mL do leo essencial das folhas e galhos secundrios de P. divaricatum com

    dimetil sulfxido como diluente do leo, esta etapa foi realizada em triplicata.

    Aps o perodo de 24 horas foi realizada a contagem das larvas mortas e

    efetuado o clculo da concentrao necessria para causar a morte de 50% (Cl50)

    pelo mtodo estatstico Probitos (FINNEY, 1971).

    4.3.2 Teste da capacidade antioxidativa

    Cada amostra de leo (5 L) foi misturada com 900 L do tampo Tris-HCl

    100 mM (pH = 7,4), 40 L de etanol e 50 L de uma soluo de Tween 20 0,5%

    (m/m) e adicionado 1,5 mL de DPPH 0,5 mM em etanol (250 M na mistura

    reacional). O Tween 20 foi usado como um emulsificante para mistura leo-gua

    (YAMAGUCHI et al., 1998; FRANKEL et al., 1996; SIRENDI, GOHTANI, YAMANO,

    1998).

    A mistura foi agitada vigorosamente e mantida em ambiente escuro a

    temperatura ambiente por 30 min. A leitura da absorbncia foi feita no UV-visvel a

    517 nm. A reao controle foi feita substituindo a amostra por 50 L de Trolox 1 mM

    em etanol (concentrao final na reao 25 M).

    A porcentagem de inibio dos radicais DPPH(IDPPH) para cada amostra foi

    calculada de acordo com a equao:

  • 26

    I DPPH % 11 A /B 4 5 100 Onde: A a absorbncias da amostra controle B a absorbncia do branco no trmino da reao.

    Os percentuais de inibio dos leos foram comparados com a inibio

    induzida pela soluo de trolox 1 mM. A capacidade antioxidante total expressa em

    mg ET/ml de leo foi calculada de acordo com a equao.

    mg ET/mL A BA C X Trolox1000 X 250,291000 X 100010 Onde: A = Abs do branco B = Abs da amostra C = Abs do Trolox [Trolox] = concentrao da soluo de trolox usada como referncia. 250,29 = peso molecular do trolox

  • 5 RESULTADOS E DISCUSSO

    5.1 RENDIMENTO EM LEO ESSENCIAL

    A Figura 08 mostra

    areas das espcies estudada

    Dentre as espcies do gnero

    por hidrodestilao foi obtido

    rendimento de leo essencial

    superior ao rendimento por arraste a vapor (1,7

    crenata foram de 0,30%

    respectivamente.

    Figura 08. Rendimento em leo essencial das partes areas das espcies de Piper e Hyptis.

    A Figura 09, pg. 27

    dos vrios rgos de P. divaricatum

    0

    0.5

    1

    1.5

    2

    2.5

    divaricatum

    2.15

    RESULTADOS E DISCUSSO

    EM LEO ESSENCIAL

    mostra os rendimentos em leo essencial obtidos das partes

    areas das espcies estudadas.

    espcies do gnero Piper, o melhor rendimento em leo essencial

    btido de P. divaricatum (2,15%). Dentre as

    rendimento de leo essencial de H. suaveolens por hidrodestilao (2,33%) foi

    superior ao rendimento por arraste a vapor (1,70%). Os rendimentos da espcie

    foram de 0,30% e 0,23% por hidrodestilao e arraste a vapor

    Rendimento em leo essencial das partes areas das espcies de

    7 apresenta os rendimentos dos leos essenciais

    divaricatum por hidrodestilao.

    divaricatum marginatum crenata suaveolens

    Piper Hyptis

    1.8

    0.3

    2.33

    0.23

    1.7

    27

    obtidos das partes

    , o melhor rendimento em leo essencial

    (2,15%). Dentre as Hyptis, o

    por hidrodestilao (2,33%) foi

    %). Os rendimentos da espcie H.

    arraste a vapor,

    Rendimento em leo essencial das partes areas das espcies de

    s essenciais obtidos

    HD

    AV

  • Figura 09. Rendimento de

    Dentre os rgos estudados, nas folhas foi obtido o melhor

    (2,15%), enquanto o menor

    folha

    galho secundrio

    galho primrio

    raiz

    r

    g

    o

    s

    Rendimento de leo essencial em vrios rgos de Piper

    Dentre os rgos estudados, nas folhas foi obtido o melhor

    o menor encontra-se nos galhos primrios (0,1%).

    2.15

    0.88

    0.1

    0.27

    0 0.5 1 1.5 2

    folha

    galho secundrio

    galho primrio

    raiz

    (%)

    28

    Piper divaricatum.

    Dentre os rgos estudados, nas folhas foi obtido o melhor rendimento

    2.15

    2.5

  • 29

    5.2 COMPOSIO QUMICA

    5.2.1 Composio qumica dos rgos de Piper divaricatum

    Na tabela 01 encontram-se os 68 constituintes qumicos, com seus

    respectivos ndices de reteno (IR), identificados dos volteis obtidos das folhas

    (F), galhos secundrios (GS), galhos primrios (GP) e razes (R) de P. divaricatum

    extrados por hidrodestilao (HD) e destilao e extrao simultnea (DES). A

    Figura10, pg. 30 apresenta as estruturas qumicas dos constituintes majoritrios

    obtidos dos volteis de P. divaricatum.

    Tabela 01. Composio qumica dos volteis dos vrios rgos de Piper divaricatum por HD e DES.

    IR

    Constituintes

    HD DES

    F GS GP R F GS GP

    846 2E-hexanal 0,04 0,16

    932 -pineno 0,37 5,88 0,09 1,4 11,9 9,91

    969 sabineno 0,2 0,06 0,94 4,2

    974 -pineno 0,1 4,04 6,77

    1024 limoneno 0,04 0,6 0,04 0,08 1,02 0,46

    1025 silvestreno 0,21

    1031 Z--ocimeno 0,09 0,12

    1044 E--ocimeno 0,89 0,69 1,88 0,95 0,15

    1086 terpinoleno 0,07 0,08

    1186 -terpineol 0,09 0,07 0,06

    1298 cido (2E,3Z)-decadienoico 0,55

    1335 -elemeno 0,96 1,06 2,54 0,12 1,29 0,82 0,65

    1356 eugenol 36,2 33,73 20,8 0,32 27,33 30,19 51,16

    1373 -ylangeno 0,35 0,26 0,34 0,38 0,27

    1389 -elemeno 7,14 8,79 16,66 3,33 7,82 6,39 6,51

    1402 -funebreno 0,23

    1403 metileugenol 18,49 16,43 11,32 2,58 16,26 13,39 8,78

    1417 -cariofileno 3,41 6,68 9,98 3,46 3,4 4,36 3,22

    1430 -copaeno 0,31 0,32 0,56 0,24

    1432 trans--bergamoteno 0,11

    1437 -guaieno 0,04 0,17 0,52 0,21 0,32 0,08

    1439 aromadendreno 0,06 0,07 0,22 0,22 0,04

    1452 -humuleno 0,26 0,56 1,11 0,12 0,37 0,19

    1457 sesquisabineno 2,77

    1458 alloaromadendreno 0,08 0,22 0,56 0,12

    1464 E-9-epi-cariofileno 0,06 0,18 0,43 0,43 0,07

    1475 trans-cadina-1,(6),4-dieno 0,62

  • 30

    IR Constituintes HD DES

    F GS GP R F GS GP

    1484 germacreno D 2,38 1,95 3,77 2,66 1,4

    1489 -selineno 0,17 0,78 2,23 0,22 0,46

    1493 trans-muurola 5,4(14)-dieno 0,12 0,23 0,56

    1498 -selineno 3,82

    1500 biciclogermacreno 1,65 2,52 6,19 2,31 1,77 1,71

    1500 pentadecaeno 3,48

    1501 epizonareno 0,59

    1502 trans--guaieno 0,16 0,19 0,47

    1505 -bisaboleno 6,28

    1506 Z--bisaboleno 2,12

    1521 acetado de eugenol 22,77 10 1,64 0,37 27,56 15,86 9,85

    1522 -cadineno 1,42

    1528 zonareno 0,4

    1529 (E)--bisaboleno 0,26

    1532 -cupreno 0,12

    1533 trans-cadina-1,4-dieno 0,14

    1537 -cadineno 0,06

    1548 elemol 0,71

    1555 elemicina 0,14 0,17 0,1 0,16

    1561 E-nerolidol 0,1 0,15 0,94 0,51 0,12

    1577 espatulenol 0,76 0,51 1,46 0,86 1,02 0,45

    1582 xido de cariofileno 0,26 0,26 0,6 0,48 0,22 0,08

    1590 globulol 0,17 0,27 1,13 0,53 0,16 0,1

    1592 viridiflorol 0,41

    1600 guaiol 0,45

    1602 ledol 0,23

    1607 5-epi-7-epi--eudesmol

    1618 1,10-di-epi-cubebol 0,07

    1620 dilapiol 0,2 0,33 2,81 22,31 0,1 0,2 0,64

    1622 10-epi--eudesmol 1,73

    1627 1-epi-cubebol 0,04 0,1 0,45 0,05

    1639 cariofila-4(12),8(13)-dien-5-ol 0,05

    1640 -epi-murrolol 0,12 0,1 0,4 0,48 0,07

    1644 -murrrolol 0,05 0,07 0,29 0,45 0,14 0,07

    1652 -eudesmol 1,86

    1652 -cadinol 0,34 0,24 1,03 0,13

    1658 selin-11-en-4-ol 0,2 0,61 2,15 1,19 0,3 0,42

    1666 Z-14-hidroxi-cariofileno 0,22 0,11 0,37 0,09

    1685 -bisabolol 0,1 1,46 13,89 0,09 0,13

    16,98 (2Z,6Z)-farnesol 1,16

    1700 heptadecano 0,36

    TOTAL (%) 99,19 98,82 93,55 81,36 95,71 98,31 98,62

  • 31

    Figura 10. Estruturas qumicas dos componentes majoritrios obtidos nos diferentes rgos de Piper divaricatum

    eugenol metileugenol acetato de eugenol

    OH

    dilapiol -elemeno -bisabolol

    Os constituintes majoritrios dos volteis obtidos por HD e DES dos vrios

    rgos de P. divaricatum foram o fenilpropanide eugenol (20,8 a 51,6%), com

    exceo do leo essencial obtido da raiz (0,32%), cujo constituinte principal foi o

    fenilpropanide dilapiol (22,31%). Metileugenol foi o segundo constituinte principal

    obtido (8,78 a 18,49%), com exceo novamente para o leo da raiz (2,58%), que

    apresentou o sesquiterpeno oxigenado -bisabolol (13,89%).

    Acetato de eugenol obtido por HD apresentou teor de 0,37% (R), 1,64% (GP),

    10% (GS) e 22,77% (F) havendo um aumento na concentrao desse constituinte

    medida que a planta sai do subsolo at atingir a parte mais area dos rgos, o

    mesmo ocorrendo na DES, 9,85% (GP), 15,86% (GS) e 27,56% (F). Na Figura 11,

    pg. 31 apresenta-se a composio qumica dos volteis obtidos das partes areas

    de P. divaricatum por HD e DES, onde observa-se que a diferena mais significativa

    entre as tcnicas foi nos volteis obtidos dos galhos primrios, destacando-se o

    constituinte eugenol que foi duas vezes superior na DES (51,16%) que na HD

    (20,8%), assim como o hidrocarboneto monoterpnico -pineno foi

    aproximadamente 100 vezes superior na DES (9,91%) com relao ao obtido na HD

    (0,09%). O oposto acontece com a concentrao dos hidrocarbonetos

    sesquiterpnicos -elemeno e -cariofileno, os quais apresentam concentraes

  • muito maiores no leo essencial (16,

    (6,51% e 3,22%), respectivamente.

    Figura 11. Composio qumicaPiper divaricatum por HD e DES

    Figura 12. Composio qumica dos leos essenciais obtidos de vrios rgos de Piper divaricatum

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    HD DES

    (

    %)

    folha galho secundrio galho primrio

    0

    10

    20

    30

    40

    (

    %)

    Constituintes qumicos

    o maiores no leo essencial (16,66% e 9,98%) que no concentrado voltil

    (6,51% e 3,22%), respectivamente.

    Composio qumica dos volteis obtidos das partes areaspor HD e DES

    Composio qumica dos leos essenciais obtidos de vrios rgos de

    HD DES HD DES

    folha galho secundrio galho primrio

    -pineno

    -elemeno

    -cariofileno

    metileugenol

    eugenol

    acetado de eugenol

    Constituintes qumicos

    folha

    galho secundrio

    galho primrio

    raiz

    32

    66% e 9,98%) que no concentrado voltil

    das partes areas de

    Composio qumica dos leos essenciais obtidos de vrios rgos de

    pineno

    elemeno

    cariofileno

    metileugenol

    eugenol

    acetado de eugenol

    galho secundrio

    galho primrio

  • 33

    Nos dados da Figura 12 pg. 31, observa-se certa semelhana nos perfis

    qumicos das folhas e galhos secundrios obtidos por HD, os quais so constitudos

    por eugenol (36,25 e 33,73%), metileugenol (18,49% e 16,43%), acetato de eugenol

    (22,77% e 10%), respectivamente. Com exceo ao acetado de eugenol que tem

    concentrao duas vezes maior nas folhas que nos galhos secundrios, os demais

    constituintes apresentam concentraes muito prximas. Contudo, quando se

    compara a composio dos volteis das folhas e galhos secundrios com a

    composio dos volteis dos galhos primrios observa-se que -elemeno que tem

    concentraes de 7,14% e 8,79% nas folhas e galhos secundrios, respectivamente,

    passa a ser um dos compostos majoritrios nos galhos primrios (16,66%).

    Ao analisar e comparar a composio qumica do leo essencial das razes

    com os leos dos demais rgos (folhas, galhos secundrios e primrios), observa-

    se que dilapiol (22,31%) e -bisabolol (13,89%), que so os componentes

    majoritrios da raiz, tm baixssimas concentraes nos demais rgos (folhas:

    0,2%; galhos secundrios: 0,33%; galhos primrios: 2,81%) e (folhas -, galhos

    secundrios: 0,1%; galhos primrios: 1,46%), respectivamente.

    Barbosa, Da Cmara e Ramos (2012) ao analisarem qualitativamente e

    quantitativamente o leo essencial de trs rgos de P. divaricatum (folhas jovens,

    frutos e caule) coletado em Itabuna, Bahia mostraram que o fenilpropanide safrol

    o constituinte predominante com 98%, 87% e 83% nos trs rgos, respectivamente.

    Assim provavelmente o espcime de P. divaricatum diferente do quimiotipo

    estudado neste trabalho.

    A composio qumica do leo essencial das folhas de P. divaricatum tambm

    so reportados por Da Silva et al. (2010), os quais identificaram como componentes

    majoritrios os fenilpropanoides metileugenol (63,8%) e eugenol (23,6%) em um

    espcime coletado na ilha do Maraj, Par, Brasil, semelhante ao quimiotipo

    estudado neste trabalho.

    H tambm outro quimiotipo descrito por Almeida et al. (2009), que

    descrevem como componentes majoritrios das folhas de P. divaricatum os

    monoterpenos linalol (29,0%), -pineno (25,0%) e -pineno (18,8%) em espcimes

    coletadas em Guaramiranga, Cear, Brasil.

  • 34

    5.2.2 Composio qumica de Piper marginatum por HD e DES

    Na Tabela 02 so apresentados os constituintes volteis das partes areas de

    Piper marginatum (>1%) obtidos por HD e DES e seus respectivos ndices de

    reteno,

    Tabela 02. Composio qumica dos volteis (>1,0%) de Piper marginatum por HD e DES

    IR Constituintes HD DES

    932 -pineno 0,32 2,45

    946 canfeno 0,42 3,20

    974 -pineno 0,42 1,42

    1020 -cimeno 0,85 2,40

    1026 1,8-cineol 1,20

    1054 -terpineno 1,53 0,52

    1140 E-miroxido 2,56 0,20

    1141 cnfora 1,01 0,86

    1165 borneol 1,14 0,40

    1174 terpinen-4-ol 1,83 0,10

    1285 safrol 37,62 28,11

    1186 -terpineol 16,54 -

    1289 timol 1,81 1,89

    1374 -copaeno 0,17 1,31

    1387 -bourboneno 0,13 1,25

    1403 metileugenol 0,32 1,45

    1404 piperonato de metila 0,44 1,76

    1417 -cariofileno 2,97 3,29

    1473 3,4-metilenodixi-propiofenona 1,76 10,61

    1517 miristicina 0,49 1,89

    1555 elemicina 0,83 2,06

    1577 espatulenol 3,48 5,53

    1582 xido de cariofileno 2,49 2,99

    1590 globulol 1,04 0,44

    1620 dilapiol 0,29 1,42

    1630 muurola-4,10(14)-dien-1-ol 1,51

    1638 2-hidrxi-3,4-metilenodixi-propiofenona 0,84 2,28

    1649 -eudesmol 1,36 1,39

    Os componentes majoritrios obtidos por HD e DES das partes areas de P.

    marginatum foram os fenilpropanides safrol (37,6% e 28,11%) e 3,4-metilenodixi-

    propiofenona (1,76% e 10,61%), terpenos oxigenados -terpineol (16,54% e -) e

    espatulenol (3,48% e 5,53%), respectivamente.

    Na Figura13 pg. 34, observa-se a variabilidade dos constituintes qumicos

  • 35

    obtidos nos dois mtodos de extrao. Os teores de safrol e -terpineol so maiores

    no leo essencial por HD, o oposto acontece com 3,4-metilenodixipropiofenona e

    espatulenol, os quais mostraram maiores concentraes por DES.

    Figura 13. Variao dos constituintes volteis obtidos das folhas de Piper marginatum por HD e DES

    Andrade et al. (2008) propem sete quimiotipos para leos essenciais obtidos

    por HD das partes areas de P. marginatum sensu lato, sendo estes: 1) safrol e 3,4-

    metilenodixi-propiofenona; 2) 3,4-metilenodixi-propiofenona e -Menta-1(7),8-

    dieno; 3) 3,4-metilenodixi-propiofenona, miristicina, (E)--ocimeno e -terpineno; 4)

    -cariofileno, -copaeno e 3,4-metilenodixi-propiofenona; 5) (E)-isoosmorizol, (E)-

    anetol e isoosmorizol; 6) 2-metoxi-4,5-metilenodioxipropiofenona, ismero metoxi-

    4,5-metilenodioxi-propiofenona e (E)-isoosmorizol, 7) -cariofileno,

    biciclogermacreno e (E)-asarona.

    O quimiotipo analisado neste espcime semelhante ao quimiotipo 1 de

    Andrade et al. (2008), o qual caracterizado por altas concentraes de safrol

    (23,963,9%) seguido de 3,4-metilenodioxi-propiofenona (7,333,2%), (E)--

    ocimeno (1,5 13,5%), miristicina (0,6 8,2%), germacreno D (0,9 6,3%), -

    cariofileno (1,26,0%) e (Z)--ocimeno (1,15,3%).

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    (

    %)

    Constituintes volteis

    HD

    DES

  • 36

    No Trabalho de Andrade et al. (2008) os espcimes que apresentaram este

    qumiotipo foram coletadas em Monte Alegre (Par), Xambio (Tocantis) e em

    Naraz (Tocantins)

    Na Figura 14 so mostradas as estruturas qumicas dos componentes

    majoritrios obtidos dos volteis das partes areas de P. marginatum.

    Figura 14. Estruturas qumicas dos componentes majoritrios obtidos das partes areas de Piper marginatum

    Safrol

    H

    H

    HO

    Espatulenol

    -terpineol

    3,4-metilenodixi-propiofenona

    -cariofileno

  • 37

    5.2.3 Composio qumica de Hyptis crenata por HD, AV e DES

    Na Tabela 03, encontram-se os componentes identificados de H. crenata e

    seus respectivos ndices de reteno (IR) nos trs processos de extrao: HD, AV e

    DES.

    Tabela 03. Composio qumica dos volteis de Hyptis crenata por HD, AV e DES

    IR COMPONENTE HD AV DES

    932 -pineno

    20,78 28,57

    946 canfeno 3,42 3,64

    974 -pineno 2,31 1,92

    988 mirceno 1,19 1,32

    1001 -2-careno 7,72 7,84

    1020 -cimeno 0,05 1,28

    1024 limoneno 0,05 3,37

    1026 1,8-cineol 2,54 21,87 33,54

    1014 -terpineno 0,05 1,02 1,96

    1067 cis-oxido de linalol 0,08

    1084 trans-oxido de linalol 0,72 0,24

    1095 linalol 0,87 0,29 0,37

    1118 exo fenchol 0,56 0,16 0,20

    1118 cis--menh-2-en-1-ol 0,38 0,09

    1135 trans-pinocarveol 0,23

    1141 cnfora 3,20 1,97 2,10

    1145 hidrato de canfeno 0,79 0,25 0,33

    1160 pinocarvonena 0,19 0,07 0,08

    1165 borneol 4,39 1,11 1,29

    1174 terpinen-4-ol 1,61 0,49 0,54

    1179 -cimen-8-ol 0,49 0,16

    1186 -terpineol 7,09 1,70 2,03

    1207 trans-piperitol 0,12 0,05

    1214 fragranol 0,10

    1215 trans-carveol 0,14

    1241 metanoato de carvacrol 0,05

    1249 piperitona 0,06

    1289 timol 1,22 0,13 0,08

    1287 acetato de bornila 0,16

    1285 safrol 1,07 0,30 0,13

    1293 mirtenato de metila 0,30

    1298 carvacrol 0,35 0,07

    1283 -terpinen-7-al 0,10

    1350 -longipineno 2,02 1,10 0,48

    1373 -ilangeno 0,82 0,49 0,17

    1374 -copaeno 0,61 0,35 0,11

  • 38

    IR COMPONENTE HD AV DES

    1381 -panasinseno 0,10

    1403 metileugenol 0,10

    1409 -gurjuneno 0,50 0,31 0,09

    1417 -cariofileno 4,85 2,58 1,08

    1436 aromadendreno 0,60 2,78 0,96

    1437 -guaieno 4,81

    1449 -himachaleno 1,14 0,58 0,19

    1452 -humuleno 0,49 0,24

    1458 alloaromadendreno 1,57

    1475 - gurjuneno 0,47 0,22 0,05

    1479 - muuroleno 0,71 0,41 0,12

    1481 - himachaleno 0,69 0,34 0,10

    1481 -curcumeno 0,20 0,23 0,06

    1489 -selineno 1,25 0,63 0,19

    1489 viridifloreno 2,02 0,31

    1489 -selineno 0,69

    1500 - himachaleno 1,36 0,67 0,19

    1514 cubebol 0,30 0,04

    1516 dihidro -himachaleno 0,10 0,12

    1522 -cadineno 2,15 0,44 0,39

    1521 trans-calameneno 0,32 0,71 0,04

    1544 -calacoreno 1,00 0,19

    1545 selina-3,7(11)-dieno 0,57

    1548 -agarofurano 0,44

    2577 espatulenol 1,44 0,34 0,16

    1582 oxido de cariofileno 0,9 0,10

    1590 globulol 1,22 0,16

    1592 viridiflorol 1,38 0,15

    1600 guaiol 0,36 0,06

    2600 rosifoliol 0,65 0,06

    1620 dilapiol 4,06 0,18 1,33

    1622 10-epi--eudesmol 13,80 4,65 2,07

    1640 hinesol 2,41

    1656 valerianol 6,96 1,74 1,22

    TOTAL (%) 90,02 99,99 96,17

    Os constituintes principais na hidrodestilao (HD), no arraste a vapor (AV) e

    destilao e extrao simultnea (DES) foram os monoterpenos -pineno (ausente,

    20,78% e 28,57%), -2-careno (ausente, 7,71% e 7,84%), 1,8-cineol (2,54%, 21,87%

    e 33,54%), -terpineol (7,09%, 1,7% e 2,03%) e os sesquiterpenos oxigenados 10-

    epi--eudesmol (13,8%, 4,65% e 2,07%) e valerianol (6,96%, 1,74%, 1,22%),

    respectivamente.

  • 39

    Na Figura 15, notvel a semelhana no perfil qumico obtido por AV e DES

    (majoritrios: 1,8-cineol, -terpineol e -2-careno). Contudo, estes se diferenciam do

    perfil obtido por HD que no apresenta nenhum constituinte com concentrao

    significativa (principais: -terpineol, 10-epi--eudesmol, valerianol).

    Figura 15. Variao qumica de Hyptis crenata por HD, AV, DES.

    No trabalho de Rebelo et al. (2009), descrita a composio qumica do leo

    essencial obtido por HD de um espcime de H. crenata coletado no municpio de

    salvaterra, ilha do Maraj, Par, onde teve como constituintes principais -pineno

    (19,5%), 1,8-cineol (23,2%), -pineno, (13,8%), cnfora (11,6%), limoneno (4,4%) e

    -terpineno (2,4%). O perfil qumico, obtido por HD, muito similar ao perfil qumico

    de H. crenata obtido por AV e DES.

    Bravim (2008) descreve o perfil qumico do leo essencial de H. crenata,

    coletado em Salvaterra, Par, obtido por HD com constituintes majoritrios

    monoterpenos 94,5%, sendo encontrados em maior concentrao 1,8-cineol (34%),

    -pineno (26%) e -pineno (11,4%).

    H semelhana no perfil qumico de H. crenata obtido por HD de Rebelo et al.

    (2009) e Bravim (2008) ao perfil qumico deste trabalho, porm utilizando tcnicas de

    extrao diferente, AV e DES, portanto no sugere que se trate do mesmo

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    HD AV DES

    (%)

    tecnica

    valerianol

    10-epi--eudesmol

    -terpineolo

    1.8-cineol

    -2-careno

    -pineno

  • 40

    quimiotipo, s refora que as formas de como as destilaes so feitas, assim como

    o mtodo e o tempo de secagem do material podem influenciar na composio

    qumica dos volteis.

    Na Figura 16, so mostradas as estruturas qumicas dos constituintes

    majoritrios identificados nos volteis da espcie H. crenata.

    Figura 16. Estruturas qumicas dos compostos majoritrios obtidos de Hyptis crenata

    O

    1,8-Cineol

    OH

    10-epi--eudesmol

    -pineno

    -terpineol

    -2-careno

    OH

    Valerianol

  • 41

    5.2.4 Composio qumica de Hyptis suaveolens por HD e AV

    Nos leos essenciais de H. suaveolens foram identificados 79 e 61

    constituintes, que correspondem 89,93 e 94,1% do contedo total dos leos obtidos

    por HD e AV. Na tabela 04 encontram-se os constituintes qumicos identificados nos

    leos essenciais obtidos por HD e AV de H. suaveolens e seus respectivos ndices

    de reteno (IR).

    Tabela 04. Composio qumica dos volteis de Hyptis suaveolens por HD e DES IR COMPONENTES HD AV

    932 -pineno 0,26 0,04 969 sabineno 7,91 3,33

    1014 -terpeno 0,28 1026 1,8 cineol 4,37 2,82 1054 -terpineno 0,53 0,19 1065 hidrato de cis-sabineno 0,32 0,23 1086 terpinoleno 0,72 0,31 1098 hidrato de trans-sabineno 0,39 0,36 1118 cis--ment-2-en-1-ol 0,07 1136 trans- ment-2-en-1-ol 0,05 1141 cnfora 0,09 0,14 1165 borneol 0,13 0,15 1174 4-terpinenol 0,64 0,54 1179 -cimen-8-ol 0,08 1186 -terpineol 0,37 0,53 1195 cis-piperitol 0,04 1335 elemeno 9,19 12,18 1345 -cubebeno 1,22 0,87 1356 eugenol 0,04 0,08 1374 -copaeno 0,47 0,89 1387 -bourboneno 0,90 1,13 1389 -elemeno 2,80 2,70 1419 -gurjuneno 0,04 0,15 1417 -cariofileno 9,75 14,67 1431 -gurjuneno 2,72 1432 trans -bergamoteno 0,08 0,9 1434 -elemeno 2,97 1439 aromadendreno 0,41 0,13 1442 6,9-guaiadieno 0,54 0,77 1452 -humuleno 1,26 1,61 1458 allo aromadendreno 0,37 0,53 1461 cis-cadina-1(6),4-dieno 0,22 0,32 1475 trans-cadina-1(6),4-dieno 0,10 0,12 1478 -muuroleno 0,58 0,75 1484 germacreno D 7,56 11,19 1489 -salineno 0,84 0,99 1496 viridifloreno 0,16 0,25

  • 42

    IR COMPONENTES HD AV

    1500 biciclogermacreno 10,5 11,80 1500 -muuroleno 0,31 1505 -bisaboleno 0,28 2,90 1509 -bulneseno 0,31 1513 -cadineno 0,38 0,55 1514 cubebol 0,19 0,85 1521 trans-calameneno 0,16 0,26 1521 -sesquifelandreno 0,15 0,12 1522 -cadineno 0,76 0,29 1529 E--bisaboleno 0,04 1533 trans-cadina-1,4-dieno 0,11 0,13 1537 -cadineno 0,08 0,10 1559 germacreno B 0,13 0,10 1561 E-nerolidol 0,06 1567 palustrol 0,18 1577 espatulenol 6,71 5,91 1582 xido cariofileno 0,76 0,92 1590 globulol 0,88 0,41 1592 viridiflorol 0,38 0,19 1595 11-cubebanol 0,04 1608 epxido de humuleno II 0,15 1618 10-diepi-cubenol 0,72 0,53 1618 junenol 0,01 0,05 1620 dilapiol 0,01 1627 1-epi--cubenol 0,10 1638 -epi-cadinol 2,00 1,44 1638 -epi-murrolol 0,50 0,04 1644 -muurolol 0,10 1652 -cadinol 2,00 0,50 1652 selin-11-en-4--ol 0,86 1,32 1685 -bisabolol 0,14 1685 trans--germagra-4(15),5,10(14)-1-ol 0,17 1754 6,10,14-trimetil-2-pentadecanone 0,13 1685 garmacra-4(15),5,10(14)-trien-1--ol 0,17 1754 6,10,14-trimetril-2-pentadecanona 0,13 1905 isopimara-9(11),15-dieno 1,13 1,84 1987 xido de manool 0,41 0,49 2022 abieta-8,12-dieno 0,09 0,09 2055 abietatrieno 0,87 0,77 2153 abieta-8(14),13(15)-dieno 0,12 2324 8,13-abietadien-18-o 2,23 0,25 2368 dihidro abietol 0,18 2401 abietol 0,13

    Total (%) 89,93 94,1

  • 43

    Os componentes majoritrios obtidos por HD e AV foram os hidrocarbonetos

    sesquiterpnicos: -cariofileno (9,75% e 14,67%), biciclogermacreno (10,57% e

    11,80%) e germacreno D (7,56% e 11,19%) e o monoterpeno sabineno (7,91% e

    3,33%), respectivamente. Na Figura 17 pg. 42 observa-se similaridade no perfil

    qumico dos volteis obtidos por HD e AV, visto que no h grandes diferenas

    qualitativas entre as concentraes dos constituintes majoritrios.

    Figura 17. Variao dos constituintes volteis obtidos das folhas de Hyptis suaveolens por HD e DES

    Silva et al. (2003) ao analisarem a composio qumica do leo essencial

    obtido por arraste a vapor de diversas partes de H. suaveolens, folhas, galhos e

    inflorescncias, coletado em Viosa, Minas Gerais, obtiveram como componentes

    majoritrios nas folhas: 1,8-cineol (2,82%), germacreno D (7,84%), espatulenol

    (7,94%), -cariofileno (10,39%), perfil qumico muito semelhante ao perfil descrito

    neste trabalho.

    Martins et al. (2006) ao analisarem a composio qumica do leo essencial

    de H. suaveolens por hidrodestilao sob diferentes condies de cultivo descrevem

    como componentes majoritrios: espatulenol, globulol, deidroabietol, -cadinol,

    abietol, -cadineno e trans--bergamoteno, componentes presentes nos volteis de

    0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    14

    16

    (

    %)Constituintes volteis

    HD

    AV

  • 44

    H. suaveolens deste trabalho, porm em concentraes mais baixas.

    Na Figura 18 encontram-se as estruturas qumicas dos componentes

    majoritrios identificados nos leos essenciais de H. suaveolens.

    Figura 18. Estruturas qumicas dos compostos majoritrios obtidos de Hyptis suaveolens.

    Sabineno

    -elemeno

    Germacreno D

    H

    H

    HO

    Espatulenol

    -cariofileno

    Biciclogermacreno

  • 45

    5.3 TESTES BIOLGICOS

    5.3.1 Toxidade preliminar de Piper divaricatum

    Nas Tabelas 05 e 06 so mostrados os resultados do teste para cada triplicata

    das folhas e galhos secundrios, respectivamente. Os valores da CL50 para os leos

    de P. divaricatum foram de 10,4 g.mL-1 e 25,15 g.mL-1 para as folhas e galhos

    secundrios, respectivamente.

    Tabela 05. Resultado do teste de toxidade preliminar do leo essncias das folhas de Piper divaricatum

    MDIA DESV. CV (%) CL50 10,40 2,60 25,10 R2 0,69 0,15 21,02

    Tabela 06. Resultado do teste de toxidade preliminar do leo essencial dos galhos secundrios de Piper divaricatum

    MDIA DESV. CV(%) CL50 25,15 2,60 10,20 R2 0,56 0,19 33,32

    Os leos essenciais das folhas e galhos secundrios de P. divaricatum

    mostraram atividade larvicida frente s larvas de A. salina, indicando que possui

    relevante atividade biolgica, pois de acordo com Meyer e colaboradores (1982),

    amostras de leos e extratos de plantas so consideradas txicas quando os valores

    de CL50 se situam abaixo de 1.000 g.mL-1.

    O leo essencial das folhas duas vezes mais txico que o leo essencial

    dos galhos secundrios, uma vez que tem uma CL50 duas vezes menor, o que leva a

    uma menor concentrao de leo para matar a metade das larvas.

    Essa diferena pode ser causada pela presena do constituinte acetato de

    eugenol, que possui atividade bactericida, antiviral e antifngica (BENITEZ, 2009),

    apresentar uma concentrao duas vezes maior no leo essencial das folhas que

    nos galhos secundrios. Contudo, importante ressaltar que as substncias

    majoritrias encontradas nos leos essenciais nem sempre so os componentes

    responsveis pelas propriedades que estes demonstram (BANDONI; CZEPAK,

    2008).

  • 46

    5.3.2 Capacidade antioxidativa de Hyptis crenata

    A curva de inibio do trolox foi plotada utilizando as concentraes de 10,0,

    5,0, 2,5 e 1,0 mM com valores de inibio de 84,6, 53,4, 29,8 e 12,2%,

    respectivamente. A reao entre trolox e DPPH atingiu o plateau antes dos 30 min. A

    correlao dose-resposta foi linear (R2 = 0,98; P = 0,001); a equao da reta obtida

    (y = 0,12X 0,99) foi utilizada para expressar os resultados da atividade antioxidante

    em M e mg do equivalente trolox por ml de leo (mg ET/mL).

    As amostras mostraram capacidade de sequestro do radical DPPH, com uma

    cintica de reao consideravelmente lenta com durao mdia de 2 horas. Os

    valores de inibio dos leos essenciais de H. crenata foram de 34,9% extrado por

    HD, 49,5% extrado por AV. O leo mais ativo foi o extrado AV com atividade de

    apenas 4 vezes menor que do Trolox. Os valores da atividade antioxidante das

    amostras encontram-se na Tabela 07.

    Tabela 07. Resultados dos testes da capacidade antioxidativa do leo essencial de Hyptis crenata extrado por HD e AV

    MTODO MDIA DESV. VARINCIA CV(%)

    HD 187,70 5,60 31,10 2,90 AV 269,00 16,51 272,30 61,00

    provvel que maior capacidade antioxidativa do leo essencial de H.

    crenata extrado por AV seja devido seus constituintes majoritrios, -pineno

    (20,78%), 1,8-cineol (21,87%) terem comprovada atividade antioxidativa frente ao

    mtodo do DPPH descrita por Wang et al. (2008) e Ruberto e Baratta (2000), no

    sendo encontrada na literatura relados da atividade antioxidativa de 10-epi--

    eudesmol.

    Todavia, a capacidade antioxidativa do leo essencial de H. crenata extrado

    por HD teve uma atividade de 5 vezes menor que a do trolox, havendo uma

    expectativa de tal capacidade ser causada por alguns de seus demais constituintes.

  • 47

    6 CONCLUSES

    As espcies de Piper apresentaram altos teores em leo essencial nas partes

    areas, com predominncia da classe fenilpropanodica.

    Entre as espcies de Hyptis, onde houve predominncia da classe terpnica,

    os melhores rendimentos em leo essencial foram obtidos por Hidrodestilao.

    Os rgos de P. divaricatum apresentaram semelhana no perfil qumico das

    folhas, galhos secundrio e primrio, os quais podem ser usados juntos na produo

    de leo essencial, diferente do perfil qumico das razes.

    O leo essencial de P. divaricatum obtido das partes areas apresentou alta

    atividade biolgica frente Artemia salina.

    A influncia do tipo de extrao de volteis na composio qumica foi

    observada para as espcies Piper marginatum e Hyptis crenata, o que pode

    influenciar nas atividades biolgicas dos leos. Portanto necessrio um

    planejamento prvio cuidadoso sobre o perfil qumico desejado para selecionar a

    tcnica de extrao adequada para as espcies P. marginatum e H. crenata.

    .

  • 48

    REFERNCIAS

    ADAMS, R. P. Indentification of Essential Oil Components by Gas Chromatography / Mass Spectrometry. Allured Publishing Corporation, CarolStream, IL, 804p, 2007. ALMEIDA, J. G. L; SILVEIRA, E. R; PESSOA, O. D. L; NUNES, E. P; J. Essential Oil Composition From Leaves and Fruits of Piper divaricatum G. Mey. Essential Oil Research, v. 21, p. 228-230, 2009. ALVES, R. Filosofia da Cincia. Introduo ao jogo de suas regras. So Paulo: Brasiliense, 199p, 1988. ANDRADE, E. H. A; CARREIRA, L. M. M; DA SILVA, M. H. L; DA SILVA, J. D; BASTOS, C. N; SOUSA, P. J. C; GUIMARES, E. F; MAIA, J. G. S. Variability in Essential-Oil Composition of Piper marginatum sensu lato. CHEMISTRY & BIODIVERSITY, v 5, p. 197-206,2008. ANDRADE E. H. A; RIBEIRO, A. F; SILVA, M. H. L; ZOGHBI, M. G. B; MAIA, J. G. S. Plantas medicinais aromticas usadas pela populao ribeirinha. In Lisboa, P. L. B. (org.) Caxiuan: populaes tradicionais, meio fsico e diversidade biolgica, Belm: Museu Paraense Emlio Goeldi. 2002. p.421-431. ANDRADE, E. H. A.; GUIMARES, E. F.; MAIA, J. G. S. Variabilidade Qumica em leos Essenciais de Espcies de Piper da Amaznia. Belm: FEQ/UFPA, 2009. 448P. ANTOLOVICH, M; PRENZLER, P. D; PATSALIDES, E; McDONALD, S. ROBARDS, K. Methods for testing antioxidant activity Analyst, Cambridge. v. 127, n.1, p. 183-198, 2002. BANDONI, A. L; CZEPACK, M. P. Os recursos vegetais aromticos no Brasil. Vitoria: Edufes, p. 624. 2008. BARBOSA, Q. P. S; DA CMARA, C. A. G; RAMOS, C. S. chemical composition, circadian rhythm and antibacterial activity of essential oils of Piper divaricatum: A NEW SOURCE OF SAFROLE. Quimica Nova, v. 35, n. 9, p. 1806-1808, 2012. BARROS, S.B.M; TEIXEIRA, D.S; AZNAR, A.E; MOREIRA, J.A; ISHII, I; FREITAS, P.C.D. Antioxidant activity of ethanolic extracts of Pothomorphe umbellata (L.) Miq. (Pariparoba). Cincia e cultura, Journal of the Brazilian Association for the Advancement of Science, vol. 48(1/2): p. 114-116, 1996. BASLIO, I. J. L. D; AGRA, M. F. ROCHA, E. A; LEAL, C. K. A; ABRANTES, H. F. Estudo Farmacobotnico Comparativo das Folhas de Hyptis pectinata (L.) Poit. e Hyptis suaveolens (L.) Poit. (Lamiaceae). Acta farmacutica bonaerense, v. 25, n 4,2006. BERG, M. E. VAN DEN. Plantas Medicinais na Amaznia: Contribuio ao seu conhecimento sistemtico. 3 ed., MPEG, Belm, 2010.

  • 49

    BENITEZ, N. P; LEN, E. M. M; STASHENKO, E. E. Eugenol and Methyl Eugenol Chemotypes of Essential Oil of Species Ocimum gratissimum L.and Ocimum campechianum Mill. from Colombia. Journal of Chromatographic Science, v. 47, 2009. BIZZO, H. R; HOVELL, A. M. C; REZENDE, C. M. leos essenciais no Brasil: aspectos gerais, desenvolvimento e perspectivas. Quimica Nova, v. 32, n. 3, p. 588-594, 2009. BRAVIM, Luiciana Silva.AVALIAO DA ATIVIDADE ANTINOCICEPTIVA E ANTIINFLAMATRIA DO LEO ESSENCIAL DE Hyptis crenata (Pohl) ex Benth. 2008,69f. (TESE DE MESTRADO) Instituito de Cincias da Sade, Universidade Federal do Par, Belm. BRUNETON, J. Elementos de Fitoquimica y de Farmacognosia. Zaragoza: Acribia, p.594.1991. DIAS, B. F. S. A implementao da conveno sobre a diversidade biolgica no Brasil: desafios e oportunidades. Campinas: Andr Tosello, 1996. CASSEL, E; VARGAS, R. M. F, MARTINEZ, N; LORENZO, D; DELLACASSA, E. Steam distillation modeling for essential oil extraction process. Industrial Crops and Products, v. 29, p. 171-176, 2009. CORRA, P. Dicionrio das plantas teis do Brasil e das exticas cultivadas. Ministrio da Agricultura Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal. RJ, v. 6, p. 24, 1984. COSTA, A. F. Farmacognosia. 5. ed. Lisboa: Fundao Calouste Guibenkian, v. 3, p. 190-193. 1994. CRAVEIRO, A. A; FERNANDES, A. G; ANDRADE, C. H. S; MATOS, F. J. de A; ALENCAR, J. W. de; MACHADO, M. I. L.leos Essenciais de Plantas do Nordeste. Fortaleza: EUFC, p. 210, 1981. DA SILVA, J. K. R; ANDRADE, E. H. A; GUIMARES, E. F; MAIA, J. G. S. Essential Oil Composition, Antioxidant Capacity and Antifungal Activity of Piper divaricatum Meyer. Natural Product Communications, v. 5, p. 477-480, 2010. DA SILVA, Joyce Kelly do Rosrio. ESTUDO QUMICO E DAS PROPRIEDADES BIOLGICAS DOS LEOS ESSENCIAIS E EXTRATOS DE ESPCIES DE PIPER DA AMAZNIA ORIENTAL. 2010, 220f. Tese (Doutorado em qumica) Instituto de Cincias Exatas e Naturais, Universidade Federal do Para, Belm. DI STASI, L. C; SANTOS, E. M. G; SANTOS, C. M; HIRUMA, C.A. Plantas medicinais na Amaznia. Editora Universidade Estadual Paulista Jlio de Mesquita Filho, So Paulo.1989.

  • 50

    EL-GAZZAR, A; WATSON, L. Ataxonomic study of Labiatae and related genera. New Phytologist, v. 69, p. 451-86, 1970a. EL-GAZZAR, A; WATSON, L. Some economic implications of the taxonomyofLabiatae. New Phytologist,v. 69, p. 487-92, 1970b. FAJARDO, G;MARTINEZ-SOSA, M; ESTARRN-ESPINOSA, M. Comparative study of the oil and supercritical CO2 extract of Mexican pimento (Pimenta dioica Merrill). Jornal Essential Oil Research, v.9, n. 2, p.181-185, 1997. FALCO, D. Q, MENEZES, F.S. Reviso etnofarmacolgica, farmacolgica e qumica do gnero Hyptis. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 84, p. 69-74, 2003. FINNEY, D.J. Probits analysis. 3 ed. Cambridge UniversityPress. 1971. FRANKEL, E. N.; HUANG, S. W.; AESCHBACH, R.; PRIOR, E. Antioxidant activityof a rosemary extract and its constituents, carnosic acid, carnosol androsmarinicacid in bulk oil and oil-in-water emulsion. Journal Agricultural and Food Chemistry, v.44, p. 131-135, 1996. GUIMARES, E. F; ICHASO, C.L; COSTA, C. G. Piperaceae. 1. Ottonia, 2. Sarcorhachis, 3. Pothomorphe. In: R. REITZ (ed.). Flora Ilustrada Catarinense, Itaja: Herbrio Barbosa Rodrigues. 1978. GUIMARES, E.F; GIORDANO, L.C.S. Piperaceae do nordeste brasileiro I: estado do Cear. Rodrigusia, v. 55, p. 21-46, 2004. HASHIMOTO, G. Illustrated Cyclopedia of Brazilian Medicinal Plants. [s.f.]: Aboc-sha, 1996, p. 601. HAY, R. K. M; SVOBODA, K. P. In: Hay, R. K. M; Waterman. Volatile oil crops: their biology, biochemistry and production, Longman Group: England, p. 5, 1993. JARAMILLO, S. Naturismo como sistema sanitrio social. Barcelona: Lima. 1101, 1989. JUDD, W. S; CAMPBELL, C. S; KELLOGG, E. A; STEVENS, P. F. Plant Systematics. A phylogenetic approach. Inglaterra, Sinauer Associates Inc., p. 383. 1999. LEWAN, L; ANDERSSON, M; MORALES-GOMEZ, P. The use of Artemia salina in toxicity testing. Alternatives To Laboratory. Animals, v. 20, p. 297301, 1992. LEWINSOHON, T. M.; PRADO, P. I. Biodiversidade Brasileira: Sntese do Estado Atual do Conhecimento. http://www.mma.gov.br/port/sbf/chm/doc/estarte.doc nov. 2000 MAIA, J. G. S, ZOGHBI, M. G. B, ANDRADE, E. H. A. Plantas Aromticas da Amaznia e Seus leos Essenciais, Belm: Museu Paraense Emlio Goeldi. 2001

  • 51

    MARIUTTI, L. R. B; BRAGAGNOLO, N. Reviso: Antioxidantes Naturais da Famlia Lamiaceae. Aplicao em Produtos Alimentcios. Brazil Jornal Food Technology, v. 10, n. 2, p. 96-103, 2007. MARTINS, F. T; DOS SANTOS, M. H; POLO, M; BARBOSA, L. C. A. VARIAO QUMICA DO LEO ESSENCIAL DE Hyptis suaveolens (L.) POIT, SOB CONDIES DE CULTIVO. Qumica Nova, v. 29, n. 6, p. 1203-1209, 2006. MARTINS, F. T; POLO, M. Desenvolvimento reprodutivo de Hyptis suaveolens (L.) Poit.: relao entre fotoperodo, densidade celular meristemtica e padro de expresso de um ortlogo putativo do gene LEAFY de arabidopsis. Revista Brasil Botnica, v.32, n.1, p.131-142, 2009. MARTINS, F.T; POLO, M; DOS SANTOS, M. H; BARBOSA, L.C.A. Variao qumica do leo essencial de Hyptis suaveolens (L.) Poit., sob condies de cultivo. Qumica Nova, v. 29, p. 1203-1209, 2006. MEYER, B.N; FERRIGNI, N.R; PUTNAM, J.E; JACOBSEN, L. B; NICHOLS D.E; M. C; LAUGHLIN, J.L. Brine shrimp: a convenient general bioassay for active plant constituents. Jornal of medicinal plant research, v.45, p 31-34, 1982. MONTEIRO, D; GUIMARES, E. F. Flora do Parque Nacional do Itatiaia-Brasil: Manekia e Piper (PIPERACEAE). Rodrigusia, v.60, p. 999-1024, 2009. OLIVEIRA, R. A; OLIVEIRA, F. F; SACRAMENTO, C. K. leos essenciais: perspectivas para o agronegcio de especiarias na Bahia. Bahia Agrcola, v.8, n. 1, 2007. PALA, A. C. T; SALIN, C. T; CORTEZ, L. E. R. controle de qualidade de leos essenciais de alecrim (Rosmarinum officinalis) e lavanda (Lavandula augustifolia) comercializados em farmcias de dispensao. Em V Mostra Interna de Trabalhos de Iniciao Cientfica. CESUMAR Centro Universitrio de Maring. Maring Paran. ISBN 978-85-61091-69-9. 2010. PARRA, A. L.; YHEBRA, R. S.; SARDIAS, I. G.; BUELA, L. I. Comparative study of the assay of Artemia salina L. and the estimate of the medium lethal dose (LD50 value) in mice, to determine oral acute toxicity of plant extracts. Phytomedicine, v. 8, p. 395400. 2001. PARMAR, V. S; JAIN, S.C; BISHT, K.S; JAIN, R; TANEJA, P; JHA, A; TYAGI, O. D; PRASAD, A. K; WENGEL, J; OLSEN C. E; BOLL, P. M. Phytochemistry of the genus Piper. Phytochemistry, v. 46, p. 597-673. 1997. PIMENTEL, M. F.; SILVA JNIOR, F. C. G.; SANTAELLA, S. T.; LOTUFO, L. V. C. O Uso de Artemia sp. como Organismo-Teste para Avaliao da Toxicidade das guas Residurias do Beneficiamento da Castanha de Caju Antes e Aps Tratamento em Reator Biolgico Experimental. Jornal Brazil Society Ecotoxicology, v. 6, n. 1, 2011, p. 15-22, 2011.

  • 52

    PIO-CORREA, M.Dicionrio de plantas teis do Brasil e das exticas cultivadas. Ministrio da Agricultura, Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, Rio de Janeiro. v. 5, 1974. POKORNY, J; YANISHLIEVA, N; GORDON, M. Antioxidants in Food - Practical Applications. CRC Press, 2001. PORTE, A; GODOY, R. L. de O. Alecrim (Rosmarinus officinalis l.): propriedades antimicrobiana e qumica do leo essencial. B. CEPPA, Curitiba, v. 19, n. 2, p. 193-210, 2001. POTT, A.; POTT, V. J. Plants of Pantanal. Braslia: Embrapa-SPI, p. 320, 1997 PRAKASH, A. Antioxidant activity. Medallion Laboratories Analytical Progress Press,v.19, p. 1-6, 2001. REBELO, M. M; DA SILVA, J. K. R; ANDRADE, E. H. A; MAIA, J. G. S. Antioxidant capacity and biological activity of essential oil and methanol extract of Hyptis crenata Pohl ex Benth. Revista Brasileira de Farmacognosia. Vol. 19(1B), 2009. REIS E. S; PINTO, J. E. B. P; BERTOLUCCI, S. K. V; CORREA, R. M; PAULA, J. R; ANDRADE, S. T; FERRI, P. H. Seasonal variation in essential oils of Lychnophora pinaster Mart. Journal of Essential Oil Research, v. 22, p. 147-149, 2010. REIGADA, J. B; TCACENCO, C. M; ANDRADE, L. M; KATO, M. J; PORTO, A. L. M; LAGO, J. H. G. Chemical constituents from Piper marginatum Jacq. (Piperaceae)antifungal activities and kinetic resolution of (RS)-marginatumol by Candida antarctica lipase (Novozym 435). Tetrahedron: Asymmetry. V. 18, p. 10541058, 2007. ROBBERS, J. E; SPEEDIE, M. K; TYLER, V. E. Famacognosia e farmacobiotecnologia. So Paulo: Premier, 327p. 1997 RON SELF. Extraction of Organic Analytes from Foods: A Manual of Methods. The Royal Society of Chemistry,2005. RUBERTO, G; BARATTA, M. T. Antioxidant activity of selected essential oil components in two lipid model systems. Food Chemistry, v. 69, p. 167-74, 2000. SCHWARZ, K; BERTELSEN, G; NISSEN, L. R; GARDNER, P. T; HEINONEN, M. I; HOPIA, A; HUYNH-BA, T; LAMBELET, P; MCPHAIL, D; SKIBSTED, L. H; TIJBURG, L. Investigation of plant extracts for the protection of processed foods against lipid oxidation. Comparison of antioxidant assays based on radical scavenging, lipid oxidation and analysis of the principal antioxidant compounds. European Food Research and Technology, Heidelberg, v. 212, n. 3, p. 319-328, 2001. SIRENDI, M.; GOHTANI, S.; YAMANO, Y. Effect of some polysaccharides on oxidative stability of methyl linoleate in emulsion.Journal of Dispersion Science and Technology, v. 19, p. 679-694, 1998.

  • 53

    SILVA, F; CASALI, V.W.D. Plantas medicinais e aromticas: ps-colheita e leos essenciais. Universidade Federal de Viosa, 135 p. 2000. SILVA, A. F; BARBOSA, L. C. A; SILVA, E. A. M; CASSALI, V. W. D; NASCIMENTO, E. A. composio qumica do leo essencial de H. suaveloens (L.) poit. (Lamiaceae). Revista Brasileira de Plantas medicinais, v. 6, p. 1-7, 2003. SILVA, E.M.J; MACHADO, S.R. V. O. Estrutura e desenvolvimento dos tricomas secretores em folhas de Piper regnellii (Miq.) C. DC. var. regnellii (Piperaceae). Revista Brasileira de Botnica, v. 22, p. 117-124, 1999. SIMES, C. M. O; SPITZER, V. leos volteis. In: SIMES, C. M. O., SCHENKEL, E. P; GOSMANN, G; MELLO, J.C.P; MENTZ, L.A, PETROVICK, P. R. Farmacognosia: da planta ao medicamento. 6. ed. Porto Alegre: Ed. UFSC, 2004. 821p. SIMES, C. M. O. Farmacognosia: da planta ao medicamento. Porto Alegre: UFRGS, 1999. 821p. SOUZA, S. A. M; MEIRA, M. R; DE FIGUEIREDO, L. S; MARTINS, E. R. leos essenciais: aspectos econmicos e sustentveis. Enciclopdia biosfera, Centro Cientfico Conhecer - Goinia, v.6, n.10, 2010. TAVARES, E. S; JULIO, L. S; LOPES, D; BIZZO, H. R; LAGE, C. L. S; LEITO, S. G. 2005. Anlise do leo essencial de trs quimiotipos de Lippia alba (Mill.) N. E. Br. ultivados em condies semelhantes. Revista Brasileira de Farmacognosia, v. 15, p. 1-5, 2005.

    VEIGA, L. F.; VITAL, N. Teste de toxicidade aguda com o microcrustceo Artemia sp. In: I. A. Nascimento, E. C. P. M., Sousa & M. Nipper (ed.), Mtodos em e cotoxicologia marinha. Aplicaes no Brasil. Artes Grficas e Indstria, So Paulo, p.111-122, 2002. WANG, W; WU, N; ZU, Y. G; FU, Y. J. Antioxidative activity of Rosmarinus officinalis L. essential oil compared to its main components. Food Chemistry, v. 108, p. 10191022, 2008 WANKE, S; M.A; JARAMILLO, T; BORSCH, M. S; Samain, D; Swandt, C. Neinhuis Mol. Phylogenet. v. 42, p. 477-497, 2007 WULFF, R. Intrapopulational variation in the germination of seeds in Hyptis suaveolens. Ecology, v. 54, p. 646-649, 1973.

    YAMAGUCHI, T; TAKAMURA, H; TERUYOSHI, M; TERAO, J. HPLC Method for evaluation of the free radical-scavenging activity of foods by using 1, 1 diphenyl-2-picrylhydrazyl. Bioscience Biotechnoly Biochemistry, v. 62, p. 1201-1204, 1998. YUNCKER, T.G. The Piperaceae A Family profile. Brittonia, v. 10. p 1-7. 1958.

  • 54

    YUNCKER, T. G. The Piperceae of Brazil. I. Piper Group I, II, III, IV. Hoehnea, v. 2, p. 19-366, 1972. YUSOFF, Z. M; NORDIN, M. N. N; RAHIMAN, M. H. F; ADNAN, R; TAIB, M. N. Characterization of Down-Flowing Steam Distillation System using Step Test Analysis. IEEE CSGRC, p. 197-201, 2011.

  • 55

    ANEXOS Ioncromatogramas obtidos dos volteis das folhas de P. marginatum

    Ioncromatogramas obtidos dos volteis das folhas de P. divaricatum

    RT: 2,97 - 45,21

    5 10 15 20 25 30 35 40 45Time (min)

    0

    20

    40

    60

    80

    1000

    20

    40

    60

    80

    100

    Rel

    ativ

    e A

    bund

    ance

    20,04

    31,51

    29,9031,63

    26,5023,2728,71 33,5623,58

    8,786,46 34,275,98 8,937,26 22,90 34,8213,54 36,74

    14,56 40,3721,35 41,405,7719,55

    15,54

    31,1924,98 29,4819,89 33,1614,9213,23 34,1610,03 16,526,52 36,67 43,9542,75

    NL:4,66E9TIC F: MS PPN201FGDES

    NL:7,11E8TIC F: MS ppn201fghd_121121121410

    RT: 3,94 - 44,95

    5 10 15 20 25 30 35 40Time (min)

    0

    20

    40

    60

    80

    1000

    20

    40

    60

    80

    100

    Rel

    ativ

    e A

    bund

    ance

    22,68

    24,60 29,31

    25,15

    21,40 31,349,55 34,29 35,895,98 20,97 37,6212,76 15,56 40,55 42,4825,37

    30,3424,4523,60

    22,9227,93

    9,61 21,52 31,795,97 34,577,26 34,96

    21,0012,78 37,7216,16 40,62

    NL:5,18E8TIC F: MS PA139FHD

    NL:1,74E9TIC F: MS pa139p.div.fdes

    HD

    DE

    HD

    DES

  • 56

    Ioncromatogramas obtidos dos volteis dos galhos secundrios de P. divaricatum

    Ioncromatogramas obtidos dos volteis dos galhos primrios de P. divaricatum

    RT: 2,62 - 44,81

    5 10 15 20 25 30 35 40Time (min)

    0

    20

    40

    60

    80

    1000

    20

    40

    60

    80

    100

    Rel

    ativ

    e A

    bund

    ance

    22,77

    24,65

    29,35

    5,9825,22

    7,28

    28,20

    21,42 31,369,53 34,39 35,9120,9911,03 15,57 37,645,73 41,4722,63

    24,55

    25,1729,13

    28,166,007,28

    21,40 34,3731,319,55 35,4915,57 20,9711,04 37,174,48 40,57

    NL:6,24E8TIC F: MS pa139gfdes

    NL:4,63E8TIC F: MS PA139GFHD

    RT: 3,38 - 44,94

    5 10 15 20 25 30 35 40Time (min)

    0

    20

    40

    60

    80

    1000

    20

    40

    60

    80

    100

    Rel

    ativ

    e A

    bund

    ance

    23,95

    22,45

    25,15

    28,20

    27,58

    21,40 32,93 34,4128,95

    36,7720,97 43,2215,565,98 37,197,25 8,93 11,5822,27

    28,9024,25

    25,025,977,25 32,8621,39 34,3431,268,95 35,494,27 15,0411,01 41,4516,29 43,22

    NL:3,59E8TIC F: MS PA139GGHD

    NL:1,03E8TIC F: MS pa139ggdes

    HD

    DE

    HD

    DE

  • 57

    Ioncromatogramas obtidos dos volteis por HD de vrios rgos de P. divaricatum

    RT: 3,31 - 43,00

    5 10 15 20 25 30 35 40Time (min)

    0

    50

    1000

    50

    1000

    50

    100

    Rel

    ativ

    e A

    bund

    ance

    0

    50

    10033,04

    35,6230,8428,71

    28,1525,0334,27

    23,22 36,09 37,46 41,4721,398,954,47 11,04 15,567,75 13,88 18,0223,95

    22,4525,15

    28,20

    21,40 32,93 34,4128,95 35,5226,5020,9715,565,98 7,25 37,62 41,458,93 11,58 18,04

    22,6324,55

    25,17 29,13

    28,166,00 7,28 21,40 34,3731,319,55 35,4915,5711,044,48 37,87 40,5718,0422,68

    24,60 29,31

    25,1521,40 31,349,55 34,29 35,895,98 37,6212,76 15,56 19,54 40,85

    NL:2,32E8TIC F: MS PA139RAIZHD

    NL:3,59E8TIC F: MS pa139gghd

    NL:4,63E8TIC F: MS pa139gfhd

    NL:5,18E8TIC F: MS pa139fhd

    Folha

    Galho primrio

    Galho secundrio

    Raiz

  • 58

    Ioncromatograma dos volteis de H. crenata obtidos por HD, AV e DES

    RT: 0,60 - 39,60

    5 10 15 20 25 30 35Time (min)

    0

    50

    1000

    50

    100

    Rel

    ativ

    e A

    bund

    ance

    0

    50

    10033,23

    33,0425,08 34,3215,71

    14,66 22,13 27,96 29,0513,56 19,579,05 23,2019,22 34,8611,58 36,528,753,92 5,509,13

    5,98

    33,048,23 25,8025,02 34,1915,5613,51 22,10 29,0011,01 31,9123,18 34,7919,195,73 37,879,13

    5,98

    8,23 33,0315,5613,53 25,00 34,1722,0811,04 27,88 29,8619,505,72 36,49

    NL:5,50E8TIC F: MS PPN176FHD

    NL:6,95E8TIC F: MS ppn176fav

    NL:4,88E8TIC F: MS ppn176fdes