Upload
dangkhanh
View
217
Download
0
Embed Size (px)
Citation preview
UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE
CENTRO DE SAÚDE E TECNOLOGIA RURAL
UNIDADE ACADÊMICA DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CAMPUS DE PATOS - PB
LUCIANA SOARES DE SOUZA
A CONSERVAÇÃO DO BIOMA CAATINGA NO CONTEXTO ESCOLAR: O
CONHECIMENTO E INTERESSE DOS ALUNOS SOBRE A FAUNA DA REGIÃO
PATOS – PB
2015
LUCIANA SOARES DE SOUZA
A CONSERVAÇÃO DO BIOMA CAATINGA NO CONTEXTO ESCOLAR: O
CONHECIMENTO E INTERESSE DOS ALUNOS SOBRE A FAUNA DA REGIÃO
Monografia apresentada ao Curso de Licenciatura em Ciências
Biológicas da Universidade Federal de Campina Grande,
Centro de Saúde e Tecnologia Rural, Campus de Patos, PB,
como parte dos requisitos para obtenção do grau de Licenciado
em Ciências Biológicas.
Orientador: Prof. Dr. Edevaldo Silva
PATOS – PB
2015
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO CSTR
S719c
Souza, Luciana Soares de
A conservação do bioma caatinga no contexto escolar: o conhecimento
e interesse dos alunos sobre a fauna da região / Luciana Soares de Souza. –
Patos, 2015.
39f. : il. color.
Trabalho de Conclusão de Curso (Ciências Biológicas) - Universidade
Federal de Campina Grande, Centro de Saúde e Tecnologia Rural, 2015.
“Orientação: Prof. Dr. Edevaldo Silva”
Referências.
1. Educação ambiental. 2. Didática. 3. Ensino fundamental.
4. herpetofauna. 5. Percepção ambiental. I. Título.
CDU 504:37
AGRADECIMENTOS
A Deus, fonte de energia em minha vida, mostrando em cada obstáculo superado sua presença e
amor.
Imensamente ao meu orientador, professor Edevaldo da Silva, pelo valioso caminho que me
direcionou e orientou neste trabalho, pela dedicação paciente e comprometimento para com seus
orientandos, demonstrando verdadeiramente seu papel e exemplo do que é ser um educador e
professor transformador.
Aos meus pais, Josemar F. de Souza e Maria Lúcia S. de Souza, minha eterna gratidão pela
dedicação em minha formação que se iniciou por estes que foram meus primeiros professores, me
ensinaram acima de tudo a não desistir e ter sempre ética e moral em minha vida. Obrigado por
sempre acreditarem e sonharem comigo cada etapa dos meus sonhos.
Aos amigos, Ítalo Társis F. de Sousa, Lindomar Ricardo A. de Sousa, Fernanda Souto e
professor Marcelo N. de C. Kokubum, pela valiosa contribuição das imagens referentes às espécies
citadas pelos alunos neste trabalho, o meu muitíssimo obrigado.
A todos que de varias e valiosas formas contribuíram para a realização deste trabalho e em especial
ao meu esposo Danilo F. de Sousa, por toda ajuda, amor e dedicação desempenhado em minha
vida.
“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas”.
Antoine de Saint-Exupéry
RESUMO
É de grande relevância inserir a percepção ambiental no contexto escolar, para que se inicie a
tomada de consciência e percepção do ambiente a partir das primeiras etapas de formação do
indivíduo. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o conhecimento dos alunos do ensino
fundamental de duas escolas da rede pública no município de Patos, estado da Paraíba, sobre a
composição faunística local em especial para répteis e anfíbios do bioma Caatinga e como eles
percebem esses animais. Foram escolhidas duas escolas, de maneira aleatória, sendo entrevistados
60 alunos de cada escola durante o ano de 2015. A metodologia consistiu na aplicação de um
questionário constituído por dez perguntas, bem como uma aula prática no Laboratório de
Herpetologia da Universidade Federal de Campina Grande, expondo uma didática diferenciada do
cotidiano dos alunos. Os resultados reportaram que os alunos percebem o bioma Caatinga como um
ambiente seco e quente, limitando toda riqueza que nele existe. No total, eles listaram 66 espécies
de animais e vegetais que veem neste bioma. Eles demonstram saber da importância dos grupos
herpetofaunístico para o ambiente e possuem empatia pelo grupo, mas, não possuem proximidade
com estes animais. Na prática no laboratório de herpetologia, os alunos puderam aprender e
conhecer um pouco mais estes grupos, desfazendo alguns valores equivocados e compartilhando
conhecimento e experiências diferenciadas do seu cotidiano, estimulando um interesse consciente,
crítico e científico sobre esses animais.
Palavras-chave: didática, ensino fundamental, herpetofauna, percepção ambiental.
ABSTRACT
It is of great importance including environmental awareness in the school context, in order to start
environmental consciousness and awareness-making from the earliest formation of the individual
steps. Thus, the aim of this study was to evaluate the knowledge of elementary school students from
two public schools in Patos county, state of Paraiba, about the local fauna composition especially
for reptiles and biome amphibians Caatinga and how they perceive these animals. Two schools
were chosen at random, being interviewed 60 students in each school during the year 2015. The
methodology involves the application of a questionnaire consisting of ten questions and a practical
class in Herpetology Laboratory of the Federal University of Campina Grande, exposing a
differentiated the everyday didactic of students. The results reported that students realize the
Caatinga biome as a dry and warm environment, limiting all the wealth that is in it. In total, they
listed 66 species of animals and plants they see in this biome. They demonstrate the importance of
knowing herpetofaunístico groups for the environment and have empathy for the group, but have no
proximity to these animals. In practice the herpetology lab, the students could learn and know more
these groups, undoing some misguided values and sharing knowledge and unique experiences of
their daily lives, encouraging a conscious, critical and scientific interest on these animals.
Keywords: didactic, elementary school, herpetofauna, environmental perception.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ................................................................................................................................ 8
2 OBJETIVOS ................................................................................................................................... 10
2.1 Objetivo Geral .............................................................................................................................. 10
2.2 Objetivos Específicos ................................................................................................................... 10
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................................................. 11
3.2 O Bioma Caatinga ........................................................................................................................ 12
3.2.1Características Biogeográficas ................................................................................................... 12
3.2.2Diversidade faunística ................................................................................................................ 13
3.2.3O Bioma Caatinga na Educação ................................................................................................. 13
3.3 Herpetologia ................................................................................................................................. 14
3.3.1 Caracterização do grupo ............................................................................................................ 14
3.3.2 Classe Amphibia ....................................................................................................................... 15
3.3.3 Classe Reptilia........................................................................................................................... 15
3.3.4 Importância Ecológica .............................................................................................................. 15
4 MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................................ 17
4.1 Caracterizações da área de estudo ................................................................................................ 17
4.2 População e Amostra ................................................................................................................... 17
4.3 Coleta e análise dos dados ........................................................................................................... 18
5 RESULTADOS E DISCUSSÃO .................................................................................................... 20
5.1 Perfis dos alunos e seus conhecimentos e percepção sobre o Bioma Caatinga e sua fauna ........ 20
5.2 Aula Prática no Laboratório de Herpetologia da Universidade Federal de Campina Grande,
Patos-PB. ............................................................................................................................................ 28
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................................................... 30
7 REFERÊNCIAS .............................................................................................................................. 31
8
1. INTRODUÇÃO
O bioma caatinga foi considerando por muito tempo como um ambiente de pouca riqueza
biológica (ABÍLIO et al., 2010), sofrendo forte ação antrópica, com a desagregação e redução de
habitats. Entretanto, nos últimos anos diversos estudos apontam para uma realidade diferente
(PRADO, 2003) assim alguns preconceitos sobre o bioma Caatinga foram desmistificados,
principalmente àqueles relacionados aos aspectos da pobreza paisagística e da biodiversidade,
características adotadas por quem o desconhece (BARROS, 2004). Sua biota, ainda pouco
conhecida, é diversa como qualquer outro bioma do mundo (SILVA; FONSECA, 2004), rica em
endemismos e bastante heterogênea em diversidade biológica (ALVES et al., 2013).
A escola tem um papel de grande importância na problematização sobre o ensino de ciências
que propicie aos alunos conhecimentos sobre o bioma Catinga. É de grande relevância a
contribuição da educação ambiental para a formação de cidadãos, os quais posam repensar sobre as
diferentes problemáticas de sua realidade e tenham o direito de tomar decisões e agir como
indivíduos participativos (POLLI; SIGNORINE, 2012).
No contexto escolar, é importante que o educador e a escola, proporcionem um ensino-
aprendizagem que desperte nos alunos a valorização e a importância do seu bioma. É de grande
relevância conhecer cada elemento na natureza e deve ser alvo de estudo da Ciência nas escolas
básicas (KINDEL, 2012).
Durante a vida escolar, os alunos adquirem valores morais e éticos que os auxiliam para
tomadas decisões, atitudes e mudanças em sua vida adulta. Em sua educação, eles desenvolvem
valores quanto aos diversos grupos de animais, de forma a desenvolver valores negativos
intrínsecos a determinados grupos de espécies de animais (ARAÚJO et al., 2011), podendo
generalizar essa percepção para o seu próprio bioma.
No contexto didático, a utilização de diversas ferramentas didáticas no ensino aprendizagem
pode estimular o aluno e aproximá-lo do conteúdo (CUNHA, 2012), despertando o seu interesse por
conhecer, valorizar e conservar o ambiente que estão inseridos. Dessa maneira, é veemente a
necessidade e importância da utilização de ferramentas didáticas no ensino Ciências para que
algumas dificuldades de aprendizagem sejam supridas e as aulas se tornem mais dinâmicas e
atraentes. Nesse sentido, os processos educacionais têm sofrido transformações constantes a fim de
promover melhorias no aprendizado dos alunos (FILHO et al., 2011).
9
De acordo com Fiscarelli (2007, p. 2):
Assim, em torno dos materiais didáticos tem se construído, ao longo da
história da educação brasileira, um discurso que legitima sua utilização em
sala de aula, salientando as suas potencialidades rumo a um ensino
moderno, renovador, eficiente e eficaz.
Ferreira et al. (2010) afirmaram que a construção de ferramentas didáticas para serem
empregadas no ensino de Ciências permite a ligação entre teoria e prática, e que essas atividades
práticas deverão ser conduzidas, visando desenvolver nos alunos diversas habilidades e,
consequentemente, um raciocínio crítico e reflexivo. Além disso, a contextualização transdisciplinar
dos conteúdos científicos é importante no ensino (VINTURE et al., 2014).
De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1996), o aluno deve ser
capaz de formular questões e propor soluções para problemas reais, com capacidade para aprender,
buscar, criar, enfatizar informações, e não somente memoriza-las.
Apesar de os PCN's do ensino fundamental definirem como necessária a apresentação que
debata em sala de aula saberes transdisciplinar, envolvendo o contexto do ambiente no ensino
(BRASIL, 1998), poucos trabalhos avaliam como os alunos do semiárido brasileiro se relacionam
e/ou conhecem o bioma Caatinga e de que maneira as aulas de ciências na educação básica tem
contribuído para o sucesso desse ensino.
Esse trabalho teve como objetivo avaliar o conhecimento dos alunos do Ensino Fundamental
de duas escolas públicas da cidade de Patos, Paraíba, sobre a composição faunística do bioma
Caatinga, especialmente, sobre os répteis e os anfíbios. Além disso, se objetivou envolver os alunos
em uma vivência didática prática, em um laboratório de herpetologia.
10
2. OBJETIVOS
2.1 Objetivo Geral
Esse trabalho objetivou avaliar o conhecimento dos alunos do Ensino Fundamental de duas
escolas públicas da cidade de Patos, Paraíba, sobre a composição faunística do bioma Caatinga,
especialmente, sobre os répteis e os anfíbios.
2.2 Objetivos Específicos
Aplicar um questionário para o ensino fundamental buscando saber quem são os Anfíbios e os
Répteis para os alunos.
Avaliar o conhecimento dos alunos sobre a diversidade faunística do bioma caatinga, bem como
investigar se os mesmos apresentam algum conhecimento sobre aspectos da biologia destes
animais.
Proporcionar aos alunos participantes da pesquisa uma aula prática no laboratório de
herpetologia da Universidade Federal de Campina Grande.
11
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Ferramentas Didáticas para o Ensino de Ciências
As ferramentas didáticas são conhecidas como “recursos”, “ferramentas”, “práticas
experimentais” ou ainda “tecnologias educacionais”, sendo recursos utilizados no ensino
aprendizagem para estimular o aluno e aproximá-lo do conteúdo (SOUZA, 2007).
Na experimentação, o aluno pode reestruturar seus pensamentos, praticando assim uma
educação científica mais eficaz (GASPAR, 2009; KRASILCHIK, 2008; SASSERON e
CARVALHO, 2008).
Gaspar, (2009) traz para as práticas experimentais o objetivo de “promover interações
sociais que tornem as explicações mais acessíveis e eficientes” com isso ajuda aos alunos a
refletirem sobre vários aspectos (AZEVEDO, 2009). Vemos essas alternativas como sendo
motivantes e ansiadas pelos alunos, desenvolvendo uma nova visão sobre o mundo que os rodeia,
ampliando seus entendimentos sobre fenômenos naturais (SASSERON e CARVALHO, 2008).
Frequentemente nos deparamos na sala de aula com perguntas de questões da biologia
envolvendo temas do cotidiano dos alunos e o meio em que está inserido, e que se torna nítido o
desconhecimento deles quanto ao ambiente em que vivem. Essa percepção limitada pode ter
grandes consequências e impactos socioambientais, visto que, sem conhecimentos, os alunos não
desenvolverão o pensamento crítico e reflexivo sobre a realidade e aspectos ambientais da sua
região.
De acordo com (KRASILCHIK, 2008), a biologia objetiva-se em, aprender conceitos
básicos, refletir sobre os processos da pesquisa científica, analisar as questões sociais da ciência e
da tecnologia.
A biologia tanto quanto o ensino de ciências no geral, tem que ter outras funções além das
tradicionais propostas no currículo escolar, práticas estas que estimulem os alunos a enfrentar e
resolver problemas cotidianos e observar o seu entorno buscando soluções para problemas vistos na
sociedade tais como a preservação do ambiente.
Segundo (FERNANDES, 1998), os alunos não nutrem interesse pela biologia devido às
formas como esta é transmitida, cheia de exemplos sem interação do aluno com a sua realidade. A
utilização de ferramentas didáticas pode ajudar a atrair os alunos ao estudo da biologia e estimular
seu interesse e participação nas aulas, apresentando a sua realidade ambiental de forma mais
dinâmica e participativa.
A didática é a principal ferramenta que garante progressos em varias áreas, (CARVALHO,
2005). Define-se didática como a “técnica de ensinar”, sendo uma “transformação" no ensino
12
aprendizagem. Essas técnicas estão sendo ao longo do tempo aprimoradas e resultantemente
trazendo os alunos para aprendizagens mais eficientes.
As ferramentas didáticas são de diversos seguimentos, na didática temos qualquer material,
usado para melhorar o ensino aprendizagem dos alunos pelos professores, devendo este ser tido
como complementar da aprendizagem (SOUZA, 2007).
São exemplos de ferramentas didáticas: artigos, apostilas, livros, softwares, sumários de
livros, trabalhos acadêmicos, apresentações em PowerPoint, filmes, atividades, exercícios,
ilustrações, CDs, DVDs (FERREIRA, 2007), e temos com os avanços tecnológicos, recursos
didáticos cada vez mais aprimorados, ilustrativos e bem vistos, como no caso das lousas-digitais e
as próprias cartilhas didáticas, mais ilustrativas, coloridas e lúdicas.
3.2 O Bioma Caatinga
3.2.1Características Biogeográficas
O termo “Caatinga” é de origem indígena composto por duas palavras na linguagem
Tupi: caa (mata) e tininga (seca) (BELARMINO, 2001) significando "mata branca" ou “floresta
branca”, que caracteriza o aspecto da vegetação na estação seca quando as folhas caem e apenas os
troncos brancos das árvores e arbustos permanecem na paisagem (PRADO, 2003). Ocupa cerca de
10% do território nacional abrangendo os estados da Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba,
Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Minas Gerais.
O clima varia de semiárido e subúmidos e são caracterizadas por uma pluviometria
ocorrente em um só período, médias anuais entre 250 a 900 mm, irregularmente distribuídas. As
temperaturas médias anuais sofrem variações de 26 a 29ºC, e a insolação aproximada é de 2.800
horas/ano. A umidade relativa do ar é de aproximadamente de 50% e suas taxas de evaporizarão
varia em torno de 2.000mm por ano (ALVES, 2007). Entretanto, todas as áreas superiores a 250 m
de altitude têm temperaturas médias mais baixas 20 – 22ºC (PRADO, 2003).
A região apresenta terrenos cristalinos, praticamente impermeáveis (50%), terrenos
sedimentares (50%), apresentando boa reserva de água subterrânea. O solo salve exceções, é pouco
desenvolvido, rico em minerais, pedregoso, pouco espesso e com fraca capacidade de retenção de
água (ALVES, 2007).
A vegetação da Caatinga apresenta um estrato arbóreo relativamente baixo no seu porte,
árvores e arbustos normalmente com troco fino, armados e com folhas pequenas. Cactos e
13
bromélias terrestres são, também, elementos importantes na paisagem da caatinga. O estrato
herbáceo é efêmero, apresentando apenas uma estação chuvosa (QUEIROZ, 2006).
3.2.2 Diversidade Biológica
O bioma caatinga segundo (GARIGLIO, 2010) possui um grande potencial em
biodiversidade e altos índices de endemismo, apesar de sua riqueza este bioma ainda é pouco
reconhecido pelos poderes públicos. O que se mostra necessário demostrar sua importância aos
alunos, e cultivar sua preservação e interesse cientifico, além de incentivos a conhecer seu bioma e
sua diversidade biológica. Rica em biodiversidade e endemismos e bastante heterogênea, deve ser
considerada “como um patrimônio biológico de valor incalculável” (CAATINGA, 2014).
Segundo dados da Reserva da Biosfera da Caatinga (2008), já foram registrados 148 espécies
de mamíferos, 348 espécies de aves, 154 répteis e anfíbios, e 185 tipos de peixes. Em termos de
espécies vegetais, segundo Giulietti, Conceição e Queiroz (2006), em seu sentido mais restrito, a
Caatinga tem 1.512 espécies; no bioma, incluindo encraves, são 5.344 espécies.
O Ministério do Meio Ambiente mostrou números relevantes pra répteis e anfíbios 177 e 79
espécies respectivamente. Mendes, (1997) descreveu o uso da fauna na Região, utilizada como
alimento (carne e ovos), medicamentos e ornamentação (chifres, cascos, ovos e peles).
3.2.3 O Bioma Caatinga na Educação
Na problematização sobre o bioma Catinga a escola tem um papel de grande importância.
(CACHAPUZ et al, 2005), ressaltaram a relevância da contribuição da educação científica para a
formação de cidadãos, os quais possam repensar sobre as diferentes problemáticas de sua realidade
e tenham o direito de tomar decisões e agir como indivíduos participativos.
Os PCN's do ensino fundamental e médio mencionam a necessidade de apresentar e debater
em sala de aula saberes do domínio vivencial dos alunos (BRASIL, 1998; BRASIL, 1999). Poucos
trabalhos discutem a abordagem da Caatinga nas aulas de ciências e biologia na educação básica.
O material didático utilizado pelo professor pode não possuir, especificamente, discussões
sobre este bioma, sendo necessária a utilização de outros recursos didáticos (cartilhas, informações
em sites da área de ensino de ciências, etc.) que favoreçam novas reflexões sobre a Caatinga
(SOUZA, 2007).
14
A Caatinga é um dos biomas brasileiros mais alterados pelas atividades humanas ao longo
dos séculos (PEREIRA, 2002). Por meio da combinação de indicadores foi calculado o índice de
pressão antrópica – IPA, que indica a situação atual da pressão da ação humana sobre o bioma
Caatinga (PEREIRA, 2002). As sucessivas ações governamentais para melhorar a qualidade de vida
da população contribuem cada vez mais com a destruição dos recursos biológicos (PEREIRA,
2002).
Promover a conservação da biodiversidade da Caatinga não é uma ação simples, uma vez
que grandes obstáculos precisam ser superados, mas o que podemos como educadores é inserir
informações que mostrem a importância deste bioma, dentro das salas de aulas e começar a cultivar
o interesse e preservação por partes dos alunos.
3.3 Herpetologia
3.3.1 Caracterização do grupo
Na herpetologia estão inclusos os estudos dos répteis e anfíbios. No mundo são conhecidas
cerca de 10 mil espécies de répteis (UETZ, 2014). Dados de 2014 pela SBH (Sociedade Brasileira
de Herpetologia) descreveram o registro de 1026 espécies de anfíbios e 760 répteis, para o território
Brasileiro.
De acordo com (FROST, 2013) os anfíbios foram os primeiros vertebrados a viverem na
terra, com uma distribuição ampla em diversos habitats e ecossistemas, com presença de água doce
(LOEBMANN, 2005). Os répteis surgiram a partir do ancestral comum compartilhado com os
anfíbios (LEMA, 2011) que se adaptaram a ambientes secos (QUINTELA e LOEBMANN, 2009).
Estes animais são vistos pela população como nocivos e que causam mal (BARROS, 2005)
faz saber que a população tem este entendimento devido a conceitos errôneos e pessimamente
fundamentados pelo imaginário das pessoas, e com isto causa a morte e descriminação desses
animais.
A maioria dos répteis é especialista em habitats, ou seja, só consegue sobreviver em um ou
em poucos ambientes distintos (MARQUES et al., 2002). São vertebrados tetrápodes, com
necessidade de regulação da temperatura corporal (BORGES – MARTINS, 1997).
15
3.3.2 Classe Amphibia
A etimologia da palavra vem do (Grego amphi = Duplo, bios= Vida), representada por três
ordens Anura (Sapos, Rãs e Pererecas), Caudata ou Uroldela (Salamandras) e Gymnophiona ou
Apoda (Cecília ou Cobra-cega), apresentando a fase larval e a fase adulta.
Os anfíbios apresentam uma pele lisa, úmida e altamente permeável responsável pelas trocas
gasosas neste grupo com o meio em que vive (POUGH, 2008). Essas características tornam este
grupo importante indicador ambiental da qualidade do seu habitat, e vulneráveis a mudança do
meio. Fazem parte da dieta de diversos predadores, e matem o equilíbrio mantendo uma dieta
carnívora, principalmente de invertebrados fazendo o controlo da população de insetos e na cadeia
trófica.
3.3.3 Classe Reptilia
São representados por quatro ordens: Rhyncopcephalia (Tuataras), Squamata (Lagartos,
Serpentes, Anfisbenas ou cobra-de-duas-cabeças), Testudines (Tartarugas, Jabutis, Cagados), e
Crocodylia (Gavial, Jacarés, Crocodilos e Aligátores) (UETZ e HOSEK, 2013).
Sua alimentação varia desde carnívora até hábitos frutíferos por algumas espécies destes
grupos, contribuindo na dispersão das sementes de vários tipos de plantas (MARTINS e MOLINA,
2008). Os répteis têm o corpo recoberto por uma pele seca e praticamente impermeável. Sua
epiderme é rica em queratina, o que protege o animal contra a desidratação e representa uma
adaptação à vida em ambientes terrestres. Em sua maioria, os répteis são animais carnívoros;
algumas espécies são herbívoras e outras são onívoras.
3.3.4 Importância Ecológica
Os répteis estão presentes em quase todos os ecossistemas brasileiros, sua distribuição
diversa vai predominar em regiões mais quentes por serem ectotérmicos. Para estudiosos, muitas
destas espécies conseguem se beneficiar da alteração de habitats, contudo está característica não vai
de encontro a grande ação antrópica causada pelo o homem no bioma caatinga.
16
Além de serem espécies fundamentais nas cadeias ecológicas temos também uma grande
importância socioeconômica destes animais, sejam na alimentação para a própria população
humana, seja na indústria farmacêutica. O que aumenta a caça predatória por diversas espécies de
répteis (MARTINS e MOLINA, 2008).
Os anfíbios representam também grande importância nas cadeias ecológicas e nas indústrias
farmacêuticas, e ainda uma grande importância como indicadores ambientais para muitos habitats.
(HADDAD, 2008) ressaltou que a perda deste grupo pode limitar as descobertas biológicas
relevantes.
No Brasil há grande necessidade de estudos no acompanhamento das populações de
anfíbios, entendendo assim o grave problema de declínio e de ameaças deste grupo, que estão
vulneráveis as condições de preservação de muitas regiões (HADDAD, 2008).
17
4. MATERIAL E MÉTODOS
4.1 Caracterizações da área de estudo
O Município de Patos está localizado na mesorregião do sertão paraibano com densidade
demográfica de 105.531 habitantes (IBGE, 2015). Sua vegetação é típica de Caatinga, a temperatura
média anual é bastante elevada e seus valores variam entre 26 ºC a 28 ºC. Os meses mais chuvosos
são março (213 mm) e abril (177 mm), enquanto agosto (3 mm) e setembro (1 mm) são os mais
secos e apresentando um relevo com uma cadeia de inselbergs, sua precipitação média anual é de
728 milímetros (mm), (CLIMATE-DATA.ORG, 2015). Fenômenos frequentes, tais como secas que,
sem dúvida alguma têm modelado a vida animal e vegetal particular da Caatinga, contudo, é a
ausência completa de chuvas em alguns anos que caracterizam a região (PRADO, 2003). Essas
características favorecem a boa coleção herpetofaunística nas diferentes estações do ano. Patos
sedia à 16º Coordenação Regional de Educação (CRE), e totaliza 49 escolas municipais segundo a
Secretária de Educação do município.
4.2 População e Amostra
A pesquisa foi realizada com alunos das séries finais (8º e 9º anos) do Ensino Fundamental
em duas escolas públicas da cidade de Patos, Paraíba. Os nomes das escolas assim como o número
total de alunos matriculados e entrevistados estão descritos na Tabela 1. A amostragem aleatória
abrangeu alunos de três salas de aula de cada escola.
Tabela 1 - Escolas, total de alunos matriculados nas séries finais do ensino
fundamental (8º e 9º ano) e tamanho amostral.
Escola Alunos
Matriculados
Alunos
Entrevistados
Drº Dionísio da Costa (DDC) 80 60
Monsenhor Manoel Vieira (MMV) 151 60
Fonte: Autores (2015).
18
4.3 Coleta e análise dos dados
Os dados foram coletados em duas etapas distintas da pesquisa. No primeiro momento,
foram coletados dados dos alunos com a aplicação de um questionário constituído por 10 perguntas
(Tabela 2), que versavam sobre a diversidade, ecologia e percepção dos alunos sobre a fauna,
particularmente, sobre espécies de animais pertencentes aos grupos dos anfíbios e répteis (grupos de
animais da herpetologia). Em um segundo momento, houve uma aula prática ministrada pelos
pesquisadores, no Laboratório de Herpetologia da Universidade Federal de Campina Grande,
campus de Patos, Paraíba, para proporcionar uma aula com ferramentas didáticas diferentes das
habituais, nesse caso, com a utilização e manipulação de espécimes de animais fixados da coleção
do laboratório visitado.
Tabela 2 - Questionário aplicado aos alunos entrevistados na pesquisa (Patos, 2015).
1. Quando falamos sobre o bioma “CAATINGA”, que imagens você lembra? Cite, pelo
menos 3 imagens.
2. Quais as espécies você conhece que habitam a região onde você mora?
3. Em sua opinião, qual o nível de importância, para a natureza, de animais tais como cobras
(serpentes), lagartos e sapos?
( ) Nenhuma ( ) quase nenhuma ( ) não sei ( ) pouca ( ) muita importância
4. Quanto você gosta dos animais citados na questão anterior? ( ) Desgosto completamente
( ) Desgosto pouco ( ) gosto ( ) gosto um pouco ( ) gosto muito.
5. Ao notar a presença desses animais o que você tem vontade de fazer?
Dentre as classes de animais abaixo defina o quanto você gosta deles. Considere: 1 -
Desgosto completamente; 2 - Desgosto pouco; 3 – gosto; 4 - gosto um pouco; 5 - gosto
muito.
6. Aves ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( )5
7. Anfíbios ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( )5
8. Répteis ( ) 1( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( )5
9. Mamíferos ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4( )5
10. Peixes ( ) 1 ( ) 2 ( ) 3 ( ) 4 ( )5
Fonte: Autores (2015).
O questionário foi constituído por 03 perguntas discursivas e 07 perguntas construídas
segundo o modelo da Escala de Likert, contendo cinco níveis de respostas.
Os dados das perguntas qualitativas foram interpretados baseados na literatura específica e
discurso teórico que qualifique e/ou compreenda melhor o pensamento-ação do saber do aluno. As
19
espécies citadas pelos alunos foram catalogadas para: 1. Identificação de seu nome científico e; 2.
Para identificar quais dessas espécies citadas são encontradas no bioma Caatinga.
A relação das espécies da herpetofauna com ocorrência no bioma foi obtida a partir de
consultas as coleções científicas do Laboratório de Herpetologia da UFCG, no Centro de Saúde e
Tecnologia Rural, na Unidade Acadêmica de Ciências Biológicas. Além da consulta em literatura
específica.
As respostas quantitativas geradas pela Escala de Likert foram interpretadas por meio das
frequências percentuais de cada alternativa, para cada pergunta. Os dados foram interpretados
utilizando os softwares Microsoft Excel 365 e o SPSS v.20.0.
20
5. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5.1 Perfis dos alunos e seus conhecimentos e percepção sobre o Bioma Caatinga e sua fauna
Foram entrevistados 60 (50%) alunos do gênero masculino e 60 (50%) do gênero feminino,
com idades que variaram entre 13 a 18 anos.
Para a maioria dos alunos de ambas as escolas pesquisadas, o bioma Caatinga foi percebido
principalmente pelos seus fatores ambientais abióticos, onde os termos chaves “seca”,
“quente/calor” e “chuva” foram citados por 53,3% (n = 24) dos alunos da escola DDC e por 48,9%
(n = 22) dos alunos da escola MMV (Tabela 3). Dentre os fatores bióticos, a escola DDC: 24,4%, n
= 11 relacionados à vegetação, já a escola MMV: 17,8%, n= 8 relacionou à animais.
Tabela 3 - Frequência percentual (Fr) e absoluta (n) dos
elementos que os alunos citaram como imagens que representam
o bioma Caatinga pelo alunos das séries finais do ensino
fundamental das escolas pesquisadas (N = 89).
Fatores Ambientais
Escolas
DDC (n = 45) MMV (n = 44)
Fr (%) N Fr (%) N
Abióticos 53,3 24 48,9 22
Seca 31,1 14 24,4 11
Quente/Calor 17,8 8 24,4 11
Chuva 4,4 2 0,0 0
Paisagem 17,8 8 20,0 9
Bonita 8,9 4 8,9 4
Feia 2,2 1 4,4 2
Desmatamento 6,7 3 6,7 3
Bióticos 28,9 13 28,9 13
Vegetais 24,4 11 11,1 5
Animais 4,4 2 17,8 8
Fonte: Autores (2015).
A lembrança do desmatamento por alguns alunos (Tabela 3), como elementos deste bioma
sugere que eles já percebem as ações antrópicas no ambiente. Na educação a gestão ambiental na
21
escola assim como outros parâmetros organizacionais da vida humana, estabelecem novos valores
culturais, traduzidos em ferramentas teóricas e ações práticas que vão possibilitar uma nova atitude
frente ao mundo e suas preocupações de preservação do meio ambiente (ARAGÃO et al., 2011).
As características extremas do bioma Caatinga (período seco/chuvoso, abundância/escassez)
são igualmente impressas na percepção dos alunos, havendo alunos que a percebe positiva ou
negativamente, ou até mesmo quanto ao seu estado transitório (Tabela 4).
Tabela 4 – Formas de percepções do bioma Caatinga pelo
alunos das séries finais do ensino fundamental das escolas
pesquisadas.
Percepção Termos-chave usados
Positiva
Bonita - Pés de Favela - Chique Chique
Verde - Chuva – Plantio
Transição seca/chuva Vegetação Seca - Chuva - Vegetação Verde
Negativa
Seca - Desmatada - Animais mortos
Paisagem Seca - Vacas Mortas – Calor
A caatinga é um bioma com características climáticas extremas (MENEZES et al., 2015), se
destacando como uma das regiões mais quente do planeta (ALVES et al., 2009), Porém esta
condição não impede que a Caatinga seja rica em recursos naturais, como constata (LEAL et al.,
2005).
A percepção dos alunos deste bioma como seco e quente, reflete a marcante característica
climática do bioma Caatinga. Contudo, é importante que aspectos relacionados à biodiversidade,
conservação e os problemas socioambientais atuais sejam igualmente lembrados por eles. Caso
contrário, a educação transdisciplinar para a vivência do aluno no contexto do seu ambiente
(Caatinga) não trará êxito para a formação de seu pensamento crítico, reflexivo e preocupado
ambientalmente com o bioma em que vive.
Nossos ecossistemas encontram-se frente a inúmeros problemas ambientais, sendo cada vez
mais visíveis as agressões ao ambiente e os impactos causados aos ecossistemas. Os
desmatamentos, a exploração dos recursos naturais, dentre outros, têm causado consequências
ambientais e sociais.
É pela educação que iremos controlar e mostrar alternativas de preservação, sendo este um
desafio da sociedade. A escola e seus educadores devem potencializar atividades inovadoras, sejam
22
com uso da tecnologia, atividades de campo, parcerias com as universidades que garanta
oportunidade de conhecer e compreender fenômenos naturais, problemas que envolvem sociedade e
meio ambiente e ainda debater importância e significado de cada ser vivente e seu papel primordial
no meio (PETRY et al., 2010).
Promover a conservação da biodiversidade da Caatinga não é uma ação simples, uma vez
que grandes obstáculos precisam ser superados. A visão antropocêntrica da sociedade que trata os
demais organismos apenas como recursos úteis, não leva em consideração a grande e complexa rede
de interações entre as espécies e o seu papel essencial no meio tornando o trabalho de conservação
mais árduo, contudo o que podemos como educadores é inserir informações que mostrem a
importância deste bioma dentro das salas de aulas e começar a cultivar o interesse e preservação por
parte dos alunos.
Para isso, salientar a importância e atualização de conceitos mais expressivos, amplos e
consciente de preservação do habitat e diversidade biológica, pode modificar atitudes que seriam
levadas a vida adulta. Ser conhecedor e acompanhar como está o interesse dos alunos para grupos
de espécies, pode apontar problemas e soluções que garantam a preservação do meio natural.
Segundo (SATO, 2003) os seres humanos não possuem solidariedade e não se reconhece em
uma relação com a Terra. Dessa forma, os alunos carecem de desenvolver a concepção de parte da
natureza e sua independência em relação aos outros seres e considerar as inter-relações locais e
globais, para tal concepção o professor deve agir como mediador desenvolvendo uma Educação
Ambiental que promova a conservação de seu bioma.
A relação de todas as espécies conhecidas pelos alunos entrevistados, de ambas as escolas,
estão relacionadas na Tabela 5, onde os grupos que compõem a herpetofauna (répteis e anfíbios)
corresponderam a 20,8% e 7,4% das espécies citadas, totalizando 28,2%. Dessa forma, a
herpetofauna aparece com uma boa indicação, sendo o segundo grupo mais citado.
Tabela 5 – Lista do nome vulgar e científico e frequência percentual das espécies citadas
pelos alunos entrevistados de ambas as escolas (Patos, Paraíba, 2015) segundo a classificação.
Nome Citado Classificação Científica Nome
Citado
Classificação Científica
Mamíferos (n= 15 Fr= 23,8%)
Cachorro Canis sp. Onça Panthera sp.
Gato Felis sp. Porco Sus sp.
Raposa Lycalopex sp. Cabra Capra sp.
Vaca Bos sp. Bode Capra sp.
Preá Cavia sp. Boi Bos sp.
Burro Equus sp. Gato do
Mato
Leopardus sp.
Cavalo Equus sp. Rato Ratus sp.
Jumento Equus sp.
23
Aves (n= 10 Fr= 15,8%)
Galinha Gallus sp. Papagaio Amazona sp.
Galo de Campina Paroaria sp. Coruja Megascops sp.
Pardal Passer sp Arara Cyanopsitta sp.
Urubu Caragyps sp. Rolinha Columbina sp.
Carcará Caracara sp. Asa branca Patagioenas sp.
Anfíbios (n= 5 Fr= 7,9%)
Sapo cururu Rhinella sp. Perereca Scinax sp.
Sapo boi Rhinella sp. Gia Leptodactylus sp.
Rã de Banheiro Scinax sp.
Peixes (n= 4 Fr= 6,3%)
Traíra Hoplias sp Tilápia Tilapia sp.
Cumatã/Curimatã Prochilodus sp.
Piaba Leporinus sp.
Répteis (n= 13 Fr= 20,6%)
Camaleão/iguana Iguana sp. Cascavel Crotalus sp.
Cobra de cipó Chironius sp. Jabuti Chelonoidis sp.
Lagarticha Hemidactylus sp. Cágado Chelodina sp.
Tejo Tupinambis sp. Cobra coral Micrurus sp.
Tartaruga Caretta sp. Cobra verde Philodryas sp.
Cobra corre-campo Thamnodynastes sp. Cobra de
leite
Lagarto de
muro
Pseudoboa sp.
Tropidurus sp.
Invertebrados (n= 16 Fr= 25,3%)
Borboleta Lepidoptera Abelha Hymenoptera
Mosca Diptera Esperança Orthoptera
Minhoca Haplotaxida Joaninha Coleoptera
Besouro Coleoptera Gafanhoto Orthoptera
Cavalo do cão Hymenoptera Formiga Hymenoptera
Grilo Orthoptera Barata Blattodea
Barbeiro Hemiptera Carrapato Ixodida
Muriçoca Diptera Borboleta Lepidoptera
Aranha caranguejeira Araneae Mosca Diptera Fonte: Autores (2015).
Analisando a soma das frequências percentuais, para ambas as escolas a classe de animais
mais citada foi a dos mamíferos, representando 33,3% (n= 26 para a DDC) e 29,1% (n= 23 para a
MMV) de todas as citações dos alunos com destaque para animais domesticados (cachorro e gato) e
animais da região da caatinga, tais como a cabra e o bode, além das espécies menos comuns: raposa,
preá, onça e o gato do mato. Estes números reportam possível afinidade para com este grupo de
Animais (Figura 1).
Para as classes da herpetofauna os anfíbios possuíram as menores frequências de citações
(8,7% para a MMV) e (8,6% para a DDC). Dentre todos os grupos, os peixes foram os menos
citados (7,5% para a MMV) e (1,2% para DDC) enquanto que os invertebrados apresentaram
frequência de citações significativa, com (23,4% para DDC) e (11,2% para MMV).
24
Figura 1 - Espécies citadas pelos alunos de 8º e 9º ano da Escola Drº Dionísio da
Costa e Monsenhor Manoel Vieira. Valores dados por Frequência Percentual (Fr).
Fonte: Autores (2015).
Dentro do grupo de animais da herpetofauna, foram citadas 18 espécies, sendo 13 répteis e 5
anfíbios (Tabela 5). As mais citadas foram: Lagartos, com 04 espécies, uma destas considerada
exótica a Hemidactylus mabouia (Lagartixa-de-Parede; MARTINS; MOLINA, 2008), 6 serpentes (
Chironius bicarinatus; Thamnodynastes pallidus; Crotalus durissus; Micrurus sp.; Philodryas
aestiva; Pseudoboa nigra) , 3 Testudines ( Caretta sp.; Chelonoidis sp.; Chelodina sp.). Todos os
anfíbios citados pertenciam à classe Anura, com citação mais frequente para a Rhinella icterica
(Sapo Cururu). Algumas dessas espécies estão ilustradas na Figura 2.
Os anfíbios representam uma grande importância nas cadeias ecológicas e nas indústrias
farmacêuticas, e como indicadores ambientais para muitos habitats (LUCAS; MARROCCO, 2011).
Haddad (2008) ressalta que a perda deste grupo pode limitar as descobertas biológicas relevantes.
Foi observado que os alunos se equivocaram quanto ao conceito de espécie, quando citam
nomes que determinam grupos como “sapo”, “peixe" ou “ave” e não a variedade de sapos, peixes
ou aves existente no bioma. Em virtude da velocidade de modificação dos conceitos e o grande
número de informações, a formação dos professores não é suficiente para um continuo e
significativo trabalho em sala de aula, podendo tornar a visão do ensino obsoleta (LIMA;
VASCONCELOS, 2006).
Isto é visto quando nesta pesquisa alunos citam “camaleão” para retratar Iguana iguana,
nomes que conferem a duas espécies distinta e uma delas (Camaleão) não sendo uma espécie
existente no bioma, uma citação cultural adaptada e adotada pela população local. É possível que
estejam relacionados adequação e exemplos apontados na sala de aula e o professor não chame
atenção para estas correções importantes.
33,3
23,4
17,2 16
8,6
1,2
29,1
11,25
26,25
16,2
8,75 7,5
0
5
10
15
20
25
30
35
Mamíferos Invertebrados Répteis Aves Anfíbios Peixes
Fer
quên
cia
(%)
DDC MMV
25
Os Répteis estão presentes nos ecossistemas brasileiros e sua distribuição diversa vai
predominar em regiões mais quentes por serem ectotérmicos (WALDEZ et al., 2013). Para o grupo
dos répteis, os alunos citam 16 espécies, este número pode estar ligado à presença em maior escala
de tempo nas diferentes épocas do ano deste grupo, tendo com este grupo um contato visual mais
expressivo.
Figura 2 – Guia de imagens com representações de algumas espécies herpetológicas citadas
pelos alunos. Legenda: (a) Iguana sp. -Camaleão; (b) Pseudoboa sp. cobra de leite; (c) Corallus sp. -Jiboia;
(d) Micrurus sp.- Coral falsa; (e) Tropidurus sp.- Lagarto de muro; (f) Hemidactylus sp.-Lagarticha de parede;
(g) Rhinella sp.- Sapo cururu; (h) Scinax sp.- Rã de banheiro; (i) Leptodactylus sp.- Gia. Fontes das Figuras: A
–E: Ítalo Souza; F: www.herpetofauna.com.br; G: Marcelo Kokubum; H: os autores; I: Lindomar Ricardo.
Dentre as diversas classes de animais, os alunos afirmaram ter mais preferência pelas aves e
peixes (Figura 3). Para o grupo de animais herpetológicos, os alunos do MMV desgostam mais do
grupo (41,7% n= 21) que os alunos do DDC (22,5% n= 15). O número de alunos indiferentes em
todos os grupos analisados é relevante, pois não exprimem qualquer interesse pelas classes, onde a
DDC foi mais indiferente (63,2% para mamíferos e 56,7% para aves) comparado ao MMV (41,7%
para mamíferos e 45,9% para aves) (Figura 4).
A B C
D E F
G H I
26
Figura 3 – Interesse dos alunos entre as classes das escolas Drº Dionísio da Costa
e Monsenhor Manoel Vieira na cidade de Patos-PB, 2015.
Fonte: Autores (2015).
Figura 4 – Interesse dos alunos para a classe herpetofaunística das escolas Drº
Dionísio da Costa e Monsenhor Manoel Vieira na cidade de Patos-PB, 2015.
Fonte: Autores (2015).
Para 35,6% (n= 26) dos alunos da escola DDC e 48,6% (n=29) da escola MMV, os animais
que pertencem à herpetologia são muito importantes para a natureza (Figura 5).
3,3
20
35
23,3
18,3 16,6
23,3 25
26,6
8,3
0
5
10
15
20
25
30
35
40
DesgostoCompletamente
Desgosto Pouco Gosto Gosto Pouco Gosto Muito
Freq
uên
cia
(%)
DDC MMV
1,7 1,6 11,7 15,0 22,5
41,7
12,3 11,7
56,7 45,9
40,0 35,0
39,2
25,8
63,2
41,7
41,7 52,5 48,3 50,0
38,3 32,5 24,6
46,7
0
20
40
60
80
100
DDC MMV DDC MMV DDC MMV DDC MMV
Fre
quên
cia
(%)
Desgosto pouco ou completamente Indiferente Gosto pouco ou muito
Aves Peixes Répteis e Anfíbios Mamíferos
27
Figura 5 - Nível de Importância dos Répteis e Anfíbios Para os Alunos das
escolas Drº Dionísio da Costa e Monsenhor Manoel Vieira na cidade de Patos-
PB, 2015.
Fonte: Autores (2015).
Além disso, a maioria dos alunos de ambas as escolas DDC: 53,4%, (n= 31); MMV: 46,6%,
(n= 28) afirmaram que diante de algum desses animais, eles correriam/fugiriam ou se afastariam
(Figura 6).
É importante que se avalie a reação dos alunos diante dos grupos que compõem a
herpetofauna, por estarem diretamente ligado a influências externas seja social, cultural ou intuitiva.
Além disso, o desencadeamento de determinadas atitudes vai influenciar tanto no seu
comportamento diante as práticas de conservação, quanto ao cuidado em se evitar acidentes com
estes animais.
As serpentes são vistas de maneira negativa, sendo o medo, o principal sentimento
despertado por elas, por isso é comum à aceitação de um estereótipo negativo (MOURA et al.,
2010). Já as concepções e representações sobre os anfíbios estão ligados a lembranças de
experiências pessoais, brincadeiras infantis e a imagens passadas por filmes, histórias, mitos e
superstições (KINDEL et al., 1997).
23,2
5,4 9,5
26
35,6
3,3 13,3
16,6 18,3
48,3
0
10
20
30
40
50
60
Nemhuma QuaseNenhuma
Não Sei Pouca Muita
Freq
uên
cia
(%)
DDC MMV
28
Figura 6 - Reações Diante os Répteis e Anfíbios Pelos alunos das escolas Drº
Dionísio da Costa e Monsenhor Manoel Vieira na cidade de Patos-PB, 2015.
Fonte: Autores (2015).
Segundo Drumond et al. (2004) é fundamental que um programa de uso sustentável da
biodiversidade da Caatinga e preservação de espécies dentro do bioma incorpore ações de educação
ambiental. Foi observado que os alunos demostram mesmo que indiretamente uma atitude positiva
perante as classes herpetofaunística, não conhecendo bem estes animais o melhor seria sempre
procurar se afastar e não elimina-los. Um ponto inicial para que esses alunos sejam trabalhados na
educação ambiental, onde conhecendo a importância do grupo surja maior interesse em preserva-
los.
Os indivíduos captam as informações e a influência cultural que o meio oferece a sua
conduta, conceitos e ações são construídos diante o equilíbrio entres os fatores externos e internos
(SILVA-LEITE et al., 2010). Com isto vale refletir como estes assuntos chegam aos alunos e como
estes o influenciaram na sua formação como individuo consciente de seu papel na natureza.
Utilizando outras estratégias didáticas nas aulas, incluindo aplicação de aulas práticas,
atividades em laboratórios ou em campo, filmes e documentários, realização de passeios a trilhas
guiadas e visitas a parques, jardins, museus (LIMA et al., 2008) é capaz de despertar o interesse dos
alunos ao aproxima-los a realidade que os cerca (CUNHA et al., 2009).
5.2 Aulas Prática no Laboratório de Herpetologia da Universidade Federal de Campina Grande,
Patos-PB.
Trazer uma vivência mais didática e atraente para os alunos vai transformar suas percepções
e modificar suas futuras ações para o bioma Caatinga e sua diversidade biológica. Pensando neste
18,9
53,4
8,6 12
6,8 1,6
46,6
15 16,6 20
0
10
20
30
40
50
60
Observar Fugir/Afastar Matar Capturar Nenhuma
Freq
uên
cia
(%)
DDC MMV
29
sentido este estudo trouxe no segundo momento uma aula diferenciada para os alunos, que poderão
observar mais de perto espécies do grupo herpetofaunístico.
A visita dos alunos participantes desta pesquisa ao laboratório de herpetologia da
Universidade Federal de Campina Grande (Figura 7) trouxe uma nova abordagem didática que
levou interação social, bem como união de saberes. Os alunos poderam indagar suas crenças e
mitos, identificar espécies e com isso aprender este conceito bastante discutido e pesquisado nas
universidades e trocar experiências com os pesquisadores dentro de um novo universo de saber
científico.
Figura 7 - Aula prática no Laboratório de Herpetologia da Universidade Federal
de Campina Grande (UFCG) Patos, Paraíba 2015.
Fonte: Autores (2015).
A escola é um espaço social que considerando a importância da temática ambiental deverá
oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas
e suas consequências para consigo, para sua própria espécie e os outros seres vivos no ambiente
(NASCIMENTO; ALMEIDA, 2012).
Aproximar os alunos com a realidade modifica o seu perfil e comportamento entre os
saberes científicos e populares, ajudando no processo de ensino-aprendizagem e contribuindo para a
tomada de consciência ecológica. Acreditamos que as universidades podem agir mais diretamente e
intensamente nas escolas, seja nas melhorias do currículo dos futuros profissionais de ensino ou
oferecendo parcerias com as escolas e professores de ciência e da biologia.
30
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Os alunos fazem associações do bioma Caatinga principalmente aos fatores abióticos, estas
associações poderiam ser mais completas se acrescentar uma boa educação ambiental que mostre a
riqueza, diversidade, importância do bioma na preservação das espécies.
Quanto às espécies conhecidas e citadas pelos alunos, apontamos um bom número, mas
precisa-se esclarecer a estes alunos o conceito de “espécie”, uma vez que algumas de suas citações
chegam até o gênero e não expressa a riqueza de espécies do bioma Caatinga.
Ainda existem muitas lacunas no ensino da Herpetologia no ensino fundamental, e bastante
evidenciado nas poucas aulas práticas e oferta de contato dos alunos com estes grupos de animais,
acarretando um desconhecimento sobre a ecologia e biologia dessas classes, que somado a
sentimentos culturais, resultante do senso comum, gera conceitos errôneos e fixos.
Na prática apresentada no trabalho como retorno, foi possível observar como é importante
uma nova amostragem de conhecimento, que veem esclarecendo certos preconceitos, crenças e
atitudes negativas dos alunos. Práticas de conservação podem ser acrescidas no cotidiano dos alunos
cabendo à escola preocupar-se com a educação implantada e inserir em seu plano de ensino uma
educação ambiental mais significativa.
31
7. REFERÊNCIAS
ABÍLIO, F. J. P.; FLORENTINO, H. S.; RUFFO, T. L. M. Educação Ambiental no Bioma
Caatinga: formação continuada de professores de escolas públicas de São João do Cariri,
Paraíba. Pesquisa em Educação Ambiental, São Paulo, v. 5, n. 1, p. 171-193, 2010.
ALVES, J. J. A. Geoecologia da caatinga no semiárido do Nordeste brasileiro. CLIMEP.
Climatologia e estudos da paisagem, Rio Claro, v. 2, n. 1, p. 58-71, 2007.
ALVES, L. I. F.; SILVA, M. M. P.; VASCONCELOS, K. J. C. Visão de comunidades rurais em
Juazeirinho-Pb referente à extinção da biodiversidade da Caatinga. Revista Caatinga, Mossoró,
v. 22, n. 1, p. 180-186, 2009.
ALVES, A. R.; RIBEIRO, I. B.; SOUSA, J. R. L.; BARROS, S. S.; SOUSA, P. S. Análise da
estrutura vegetacional em uma área de caatinga no município de Bom Jesus, Piauí. Revista
Caatinga, Mossoró, v. 26, n. 4, p. 99 – 106, 2013.
ARAÚJO, R. T. N.; KRAEMER, B. M.; MURTA, P. F. O. Percepções ambientais e concepções
de estudantes do ensino fundamental de Belo Horizonte/MG sobre tubarões. E-Scientia, Belo
Horizonte, v. 4, n. 1, p. 69-79, 2011.
ARAGÃO, J. P. G. V.; SANTOS, K. M. B.; SILVA, M. M. GESTÃO AMBIENTAL E
ESCOLA: A construção de uma atitude ambiental. Ambiente & Ciência, Anápolis-GO, v. 16, n.
2, 2011.
AZEVEDO, M. C. P. S. Ensino por investigação: problematizando as atividades em sala de
aula. In: CARVALHO, A.; P. Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a prática. Cengage Learning.
São Paulo, p. 19-32, 2009.
BARROS, M. L. B. In: SILVA, J. M. C.; TABARELLI, M.; FONSECA, M. T.; LINS, L. V. In:
Biodiversidade da caatinga: áreas e ações prioritárias para a conservação. Brasília, DF:
Ministério do Meio Ambiente: Universidade Federal de Pernambuco, 2004.
32
BARROS, F.B. Sapos e seres humanos: uma relação de preconceitos?. Universidade do Estado
do Pará. Altamira, 2005.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências
Naturais/ Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1996.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos – apresentação dos temas transversais.
Brasília, DF: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999. Dispõe sobre a educação ambiental e institui a
Política Nacional de Educação Ambiental e dá outras providências. Diário Oficial da Republica
Federativa do Brasil, Brasília, 1999. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil/Leis/L9795.htm>. Acesso em: 27 out. 2014.
BELARMINO, M. N. Ecologia e imaginário – memória cultural, natureza e submundialização.
Editora Universitária/UFPB. João Pessoa, 2001.
BORGES-MARTINS, M. Répteis. In: WORTMAN, M. L.; SOUZA, N. G. S.; KINDEL, E. A. I. O
estudo dos Vertebrados na Escola Fundamental. Unisinos, São Leopoldo, p. 132, 1997.
CACHAPUZ, A.; PRAIA, J.; GIL-PEREZ, D.; CARVALHO, A. M. P.; VILCHES, A. A
necessária renovação do ensino das Ciências. Cortez. São Paulo: 2005.
CARVALHO, G. F. A didática como ferramenta no treinamento. Pedagogia em Foco. Rio de
Janeiro, 2005. Disponível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/pemp01.htm>. Acesso em: 20
out. 2014.
CUNHA, E. E.; MARTINS, F. O.; FERES, R. J. F. Zoologia no ensino fundamental: Propostas
para uma abordagem teórico-prática. In: XXI Congresso de Iniciação Científica da UNESP,
2009, São José do Rio Preto: UNESP.
CUNHA, M. B. Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em
Sala de Aula. Química nova na escola. São Paulo, v. 34, n. 2, p. 92-98, 2012.
33
CLIMA-DATE.ORG.<http://pt.climate-data.org/location/42575/>.acesso em 11 de jul. 2015.
DRUMOND, M. A.; KIILL, L. H. P.; LIMA, P. C. F.; OLIVEIRA, M. C.; OLIVEIRA, V. R.;
ALBUQUERQUE, S. G.; NASCIMENTO, C. E. S.; CAVALCANTE, J. Estratégias para o uso
sustentável da biodiversidade da Caatinga. In: SILVA, J. M. C.; TABARELLI, M.; FONSECA,
M. T.; LINS, L. V. Biodiversidade da Caatinga: áreas de ações prioritárias para a conservação.
Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente: UFPE, 2004.
FERREIRA S. M. M. Os recursos didáticos no processo de ensino-aprendizagem Estudo de
caso da escola secundária Cónego Jacinto. 2007. 69 f. Monografia (Ciências da Educação e
Praxis Educativa) - Universidade Jean Piaget de Cabo Verde, Cidade da Praia. 2007.
FERREIRA, L. H.; HARTWIG, D. R.; OLIVEIRA, R.C. Ensino experimental de química: uma
abordagem investigativa contextualizada. Química Nova na Escola. São Paulo, v. 32, n. 2, p.
101-106, 2010.
FERNANDES, H. L. Um naturalista na sala de aula. Ciência & Ensino. Campinas, v. 5, p. 3-5,
1998.
FILHO, F. S. L.; CUNHA, F. P.; CARVALHO, F. S.; SOARES, M. C. A importância do uso de
recursos didáticos alternativos no ensino de química: uma abordagem sobre novas
metodologias. Enciclopédia Biosfera, Goiânia, v. 7, n. 12, p. 168-170, 2011.
FISCARELLI, R. B. O. Material didático e prática docente. Revista Ibero-Americana de Estudos
em Educação, Araraquara, v. 2, n. 1, p. 4-7, 2007.
FROST, D. R. American Museum of Natural History, New York. Amphibian Species of the
World. V. 5, n. 6, 2013. Disponível em: http://research.amnh.org/herpetology/amphibia/index.html.
Acesso em: 04 nov. 2014.
GARIGLIO, M. A.; SAMPAIO, E. V. S. B.; CESTARO, L. A.; KAGEYAMA, P. Y. O uso
sustentável e conservação dos recursos florestais da Caatinga. ed. 2. Brasília: Serviço Florestal
Brasileiro, 2010. p. 76.
34
GASPAR, A. Experiências de Ciências para o Ensino Fundamental. Ática, São Paulo, p. 24,
2009.
HADDAD, C. F. B. Anfíbios. In: MACHADO, A. B. M.; DRUMMOND, G. M.; PAGLI, A. P.
Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Ministério do Meio Ambiente, Belo
Horizonte: Fundação Biodiversitas. Brasília, v. 2, p. 142, 2008.
IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades. 2015. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2010/tabelas_pdf/total_populacao_paraib
a.pdf> Acesso em: 10 nov. 2015.
KRASILCHIK, M. Pratica de ensino de biologia. Editora da universidade de São Paulo, v. 4, p.
11-12, 2008.
KINDEL, E. A. I.; WORTMANN, M. L. C.; SOUZA, N. G. S. Estudando os anfíbios em um
ambiente urbano. In: WORTMANN, M. L. C. O estudo dos vertebrados na escola fundamental.
São Leopoldo: Unsinos, 1997. p. 132.
KINDEL, E. A. I. Práticas pedagógicas em ciências: espaço, tempo e corporeidade. Porto
Alegre: Edelbra, 2012. v. 1, p. 112.
LEAL, I. R.; TABARELLI, M.; SILVA, J. M. C. Ecologia e conservação da caatinga. ed. 2.
Recife: Editora Universitária da UFPE, 2003. p. 181-230.
LEAL, I. R.; TABARELLI, M.; SILVA, J. M. C.; BARROS, M. L. B. Ecologia e Conservação da
Caatinga. ed. 2. Recife: Universitária da UFPE, 2005. p. 13-16.
LIMA, K. E. C.; VASCONCELOS, S. D. Análise da metodologia de ensino de ciências nas
escolas da rede municipal de Recife. Revista Ensaio: Avaliação e política pública em educação,
Rio de Janeiro, v. 14, n. 52, p. 397-412, 2006.
LIMA, K. E. C.; MAYER, M.; CARNEIRO-LEÃO, A. M.; VASCONCELOS, S. D. Conflitos ou
convergências? Percepções dos professores e licenciados sobre ética no uso de animais do
ensino de zoologia. Investigação em ensino de ciências, Porto Alegre, v. 13, n. 3, p. 353-369, 2008.
35
LEMA, T.; MARTINS, L. A. Anfíbios do Rio Grande do Sul: catálogo, diagnose, distribuição,
iconografia. Porto Alegre. Edipucrs, 2011.
LOEBMANN, D. Guia Ilustrado: Os Anfíbios da região costeira do Extremo Sul do Brasil.
Pelotas: USEB, 2005.
LUCAS, E. M.; MAROCCO, J. C. Anurofauna (Amphibia, Anura) em um remanescente de
Floresta Ombrófila Mista no Estado de Santa Catarina, Sul do Brasil. Biota Neotropica, São
Paulo, v. 11, n. 1, 2011.
.
MARTINS, M.; MOLINA, F. B. Panorama Geral dos Répteis Ameaçados do Brasil. In: Livro
Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção. Reptéis. Brasília, v. 2, p. 328-329, 2008.
MENDES, B. V. Biodiversidade e desenvolvimento sustentável do semiárido. Fortaleza:
SEMACE, 1997.
MENEZES, H. E. A.; FILHO, J. A. L.; MENEZES, H. E. A.; LIMA, F. S.; SILVA, L. L. Espécies
arbustivas selecionadas para o paisagismo no semiárido paraibano. Ambiência, Guarapuava, v.
11, n. 1, p. 175-195, 2015.
MOURA, M. R., COSTA, H. C., SÃO-PEDRO, V. A., FERNANDES, V. D. & FEIO, R. N. O
relacionamento entre pessoas e serpentes no leste de Minas Gerais, sudeste do Brasil. Biota
Neotropica. Campinas, v. 10, n. 4, 2010.
NASCIMENTO, M. V. E.; ALMEIDA, E. A. Estudo das percepções e avaliação de interações
educativas voltadas ao meio ambiente em escolas de uma unidade de conservação do Rio
Grande do Norte – Brasil. Ambiente & Educação, Anápolis-GO, v. 17, n. 2, 2012.
PEREIRA, R. M.; MONTENEGRO, M. M.; FONSECA, M. Avaliação e ações prioritárias para
conservação da biodiversidade da Caatinga. Brasília: MMA/SBF, 2002.
PETRY, L. S.; LIMA, V. M. R.; LAHM, R.A. Vivenciando práticas de ensino de ciências:
ampliando o olhar dos alunos do ensino fundamental sobre ecossistemas. Experiências em
Ensino de Ciências. Cuiabá, v. 5, p. 125-143, 2010.
36
POLLI, A.; SIGNORINI, T. A inserção da educação ambiental na prática pedagógica.
Ambiente & Educação. Anápolis-GO, v. 17, n. 2, 2012.
POUGH, F. H.; JANIS, C. M.; JOHN, B. A vida dos Vertebrados. Atheneu. ed. 4, p. 685. São
Paulo, 2008.
PRADO, D. E. As Catingas da América do sul. In: LEAL, I.R.; TABARELLI, M.; SILVA,
J.M.C. Ecologia e a conservação da Catinga. Recife: Ed. Universitária da UFPE, 2003.
QUEIROZ, L. P. Angiospermas do Semiárido Brasileiro. In: QUEIROZ, L. P.; RAPINI, A.;
GIULIETTI, A. M. Rumo ao Amplo Conhecimento da Biodiversidade do Semiárido Brasileiro.
Brasília: Ministério da Ciência e Tecnologia, v. Único, n. 1, cap. 06, p. 47-52, 2006.
QUINTELA, F. M.; LOEBMANN, D. Guia ilustrado: Os répteis da região costeira do extremo
Sul do Brasil. Pelotas: USEB, 2009.
RODRIGUES, M. T. Potencial Faunístico da caatinga. In: Anais do Simpósio sobre caatinga e
suas exploração racional. Brasília: EMBRAPA, 1986.
SASSERON L. H.; CARVALHO, A. M. P. Almejando a alfabetização científica no ensino
fundamental: a proposição e a procura de indicadores do processo. Investigações em Ensino de
Ciências, v. 13, n. 3, p. 333-352, 2008.
SATO, M. Resenhando esperança para um Brasil sustentável e democrático. In: Revista de
Educação Pública. Cuiabá, v. 12, n. 22, p. 189-197, 2003.
SILVA, J. M. C. T., M.; FONSECA, M. T. Áreas e ações prioritárias para a conservação da
biodiversidade na Caatinga. Brasília, DF: Ministério do Meio Ambiente: Universidade Federal de
Pernambuco, 2004.
SILVA-LEITE, R. R.; CAMPOS, Z.; PAMPLIN, P. A. Z. Uso de mapas mentais nas
representações perceptivas de alunos do ensino fundamental do município de Ilha Grande,
Piauí, Brasil: o caso do jacaré (Caiman crocodilos). Pesquisa em Educação Ambiental. Cuiabá, v.
5, n. 1, p. 47-70, 2010.
37
SOUZA, S. E. O uso de recursos didáticos no ensino escolar. In: I Encontro de Pesquisa em
Educação, IV Jornada de Prática de Ensino, XIII Semana de Pedagogia da UEM: “Infância e
Práticas Educativas”. Arq Mudi. 2007.
Disponívelem:<http://www.pec.uem.br/pec_uem/revistas/arqmudi/volume_11/suplemento_02/artig
os/0 19. df >. Acesso em: 18 Out. 2014.
UETZ, P. 2014. The Reptile Database. Disponivel em:<www.embl-
eidelberg.de/~uertz/LivingReptile.html>. Acesso em: 19 nov. 2014.
UETZ, P.; HOSEK, J. 2013. The Reptile Database. Disponível em:
<http://www.reptile.database.org/>. Acesso em: 19 nov. 2014.
VINTURE, E. F.; VECCHI, R. O.; IGLESIAS, A.; GHILARDI-LOPES, N. P. Sequências
didáticas para a promoção da alfabetização científica: relato de experiência com alunos do
ensino médio. Pesquisa em Educação Ambiental. Cuiabá, v. 9, n. 3, 2014.
WALDEZ, F.; MENIN, M.; VOGT, R. C. Diversidade de anfíbios e répteis Squamata na região
do baixo rio Purus, Amazônia Central, Brasil. Biota Neotropica. Campinas, v. 13, n. 1, 2013.