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DOCUMENTOS CONTABILÍSTICOS
elaborados pela empresa:
traduzem, em termos monetários,
a situação patrimonial,
a formação dos resultados e
a movimentação dos meios financeiros.
INFORMAÇÃO NÃO CONTABILÍSTICA
Mais do que a SITUAÇÃO ACTUAL da empresa
do ponto de vista financeiro,
interessa conhecer O PORQUÊ DESSA SITUAÇÃO
e AS PERSPECTIVAS FUTURAS que
o conjunto de variáveis em presença permite antever.
necessidade de
INFORMAÇÃO NÃO CONTABILÍSTICA
sobre o máximo de variáveis
que esclareçam a situação presente,
sejam directa ou indirectamente responsáveis pela mesma,
ou possam vir a actuar sobre a evolução futura.
Para facilitar o trabalho de análise,
PROCEDIMENTOS OU MÉTODOS DE TRABALHO,
que ajudam a melhor
COMPREENDER A LINGUAGEM DOS NÚMEROS,
e a deles EXTRAIR CONCLUSÕES ACERTADAS e
um julgamento seguro sobre a situação financeira da empresa.
OS DOCUMENTOS CONTABILÍSTICOS
NECESSÁRIOS À ANÁLISE
DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DE SÍNTESE
BALANÇO
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
devem reflectir com fidelidade a situação patrimonial da
empresa e a formação dos resultados da actividade.
Não comportam espaço para qualquer tipo de explicita-
ções, esclarecimentos, pormenorizações, decomposições.
ou notas de rodapé
são complementados por outros documentos, de carácter
explanativo, explicativo:
ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO
DOS RESULTADOS
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
DEMONSTRAÇÃO DA ORIGEM E APLICAÇÃO
DE FUNDOS.
NORMALIZAÇÃO E ADEQUAÇÃO À REALIDADE.
POTENCIAIS INTERESSADOS EM
CONHECER A SITUAÇÃO FINANCEIRA
DA EMPRESA
O Estado, por força das suas atribuições de
controle da economia, planificação económi-
ca, controle de preços, arrecadação de
impostos, estatística, etc.;
Os sindicatos
As associações patronais
Os Trabalhadores
Os sócios/accionistas
Clientes
Fornecedores
Bancos
Outros credores ou potenciais credores
Agentes dos mercados financeiros
Público em geral
A IMPORTÂNCIA DE UMA LINGUAGEM
COMUM (NORMALIZADA)
ACESSÍVEL A TODOS OS INTERESSADOS
AS NORMAS DE APRESENTAÇÃO DAS CON-
TAS
E OS PLANOS OFICIAIS DE CONTAS
(SECTORIAIS OU PARA AS EMPRESAS EM GERAL)
CONTEMPLAM EM REGRA
- Os princípios contabilísticos seguidos
- Quadros de contas ou rubricas a utilizar (com
indicação de conteúdos, regras de movimentação
e articulação)
- Critérios de valorimetria
- Mapas-modelo de apresentação das demonstra-
ções financeiras de síntese
- Lista de um conjunto de aspectos concretos que
carecem de esclarecimento mais circunstanciado
ou apresentação de forma mais pormenorizada.
PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS FUNDAMENTAIS
“Com o objectivo de obter uma imagem verdadeira e
apropriada da situação financeira e dos resultados das
operações da empresa”, o POC (Cap. 4), considera os
seguintes princípios contabilísticos fundamentais:
“(a) da continuidade – a empresa opera continuadamen-
te, com duração ilimitada; desta forma, entende-se
que a empresa não tem intenção nem necessidade de
entrar em liquidação ou de reduzir significativamete
o volume das suas operações;
(b) da consistência – a empresa não altera as suas políti-
cas contabilísticas de um exercício para o outro; se o
fizer, e a alteração tiver efeitos materialmente rele-
vantes, deve referi-la no Anexo (nota 1):
(c ) da especialização (ou do acréscimo) – os proveitos
e os custos são reconhecidos quando obtidos ou
incorridos, independentemente do seu recebimento
ou pagamento, devendo incluir-se nas demonstra-
ções financeiras dos períodos a que respeitam;
PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS FUNDAMENTAIS
(d) do custo histórico – Os registos contabilísticos
devem basear-se em custos de aquisição ou de pro-
dução, quer a escudos nominais, quer a escudos
constantes;
(e) da prudência – significa que é possível integrar nas
contas um grau de precaução ao fazer as estimativas
exigidas em condições de incerteza sem, contudo,
permitir a criação de reservas ocultas ou provisões
excessivas ou a deliberada quantificação de activos e
proveitos por defeito ou passivos e custos por exces-
so;
(f) da substância sobre a forma – as operações devem
ser contabilizadas atendendo à sua substância e à
realidade financeira e não apenas à sua forma legal;
(g) da materialidade – as demonstrações financeiras
devem evidenciar todos os elementos que sejam
relevantes e que possam afectar avaliações ou deci-
sões pelos utentes interessados.”
BALANÇO (MODELO DESENVOLVIDO)
C Ó D I G O D A S E x e r c í c i o s C O N T A S N N-1
EU P O C A c t i v o A AP A AL C Imobilizado:
I Imobilizações incorpóreas: 1 431 Despesas de instalação........................................................... x x x x 1 432 Despesas de investigação e desenvolvimento......................... x x x x 2 433 Propriedade industrial e outros direitos.................................. x x x x 3 434 Trespasses .............................................................................. x x x x 4 441/6 Imobilizações em curso.......................................................... x x x 4 449 Adiantamentos por conta de imobilizações incorpóreas......... x x x
x x x x II Imobilizações corpóreas:
1 421 Terrenos e recursos naturais.................................................... x x x x 1 422 Edifícios e outras construções ................................................ x x x x 2 423 Equipamento básico ............................................................... x x x x 2 424 Equipamento de transporte .................................................... x x x x 3 424 Ferramentas e utensílios ........................................................ x x x x 3 426 Equipamento administrativo .................................................. x x x x 3 427 Taras e vasilhame .................................................................. x x x x 3 429 Outras imobilizações corpóreas ............................................. x x x x 4 441/6 Imobilizações em curso ......................................................... x x x 4 448 Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas ........... x x x
x x x x III Investimentos financeiros:
1 4111 Partes de capital em empresas do grupo ................................ x x x x 2 4121+4131 Empréstimos a empresas do grupo ........................................ x x x x 3 4112 Partes de capital em empresas associadas .............................. x x x x 4 4122+4132 Empréstimos a empresas associadas ...................................... x x x x 5 4113+414+415 Títulos e outras aplicações financeiras ................................... x x x x 6 4123+4133 Outros empréstimos concedidos ............................................ x x x x 6 441/6 Imobilizações em curso .......................................................... x x x 6 447 Adiantamentos por conta de investimentos financeiros.......... x x x
x x x x D Circulante:
I Existências: 1 36 Matérias primas, subsidiárias e de consumo .......................... x x x x 2 35 Produtos e trabalhos em curso ............................................... x x x x 3 34 Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos....................... x x x x 3 33 Produtos acabados e intermédios ........................................... x x x x 3 32 Mercadorias ........................................................................... x x x x 4 37 Adiantamentos por conta de compras .................................... x x x
x x x x II Dívidas de terceiros – Médio e longo prazos (b) x x x x II Dívidas de terceiros – Curto prazo:
1 211 Clientes, c/c ........................................................................... x x x x 1 212 Clientes – títulos a receber ..................................................... x x x x 1 218 Clientes de cobrança duvidosa ............................................... x x x x 2 252 Empresas do grupo ................................................................ x x x x 3 253+254 Empresas participadas e participantes ................................... x x x x 4 251+255 Outros accionistas (sócios) .................................................... x x x x 4 229 Adiantamentos a fornecedores ............................................... x x x x 4 2619 Adiantamentos a fornecedores de imobilizado ...................... x x x 4 24 Estado e outros entes públicos ............................................... x x x 4 262+266+267+268+221 Outros devedores ................................................................... x x x x 5 264 Subscritores de capital ........................................................... x x x x
x x x x III Títulos negociáveis:
1 1511 Acções em empresas do grupo ............................................... x x x x 3 1521 Obrigações e títulos de participação em empresas do grupo.. x x x x 3 1512 Acções em empresas associadas............................................. x x x x 3 1522 Obrigações e títulos de participação em empresas associadas x x x x 3 1513+1523+153/9 Outros títulos negociáveis....................................................... x x x x 3 18 Outras aplicações de tesouraria............................................... x x x
x x x x IV Depósitos bancários e Caixa:
12+13+14 Depósitos bancários............................................................... x x x 11 Caixa ................................................................................... x x x x x x E Acréscimos e diferimentos: 271 Acréscimos de proveitos.......................................................... x x x 272 Custos diferidos........................................................................ x x x x x x Total de amortizações................... x Total de provisões ........................ x Total do activo .............................. x x x x
C Ó D I G O D A S C O N T A S Exercícios CEE N N-1
(a) P O C C a p i t a l p r ó p r i o e p a s s i v o A Capital próprio
I 51 Capital ......................................................................................... + x + x 521 Acções (quotas) próprias – Valor nominal .................................... - x - x 522 Acções (quotas) próprias – Descontos e prémios.......................... ± x ± x 53 Prestações suplementares .............................................................. + x + x
II 54 Prémios de emissão de acções (quotas) ......................................... + x + x III 55 Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas .............. ± x ± x 56 Reservas de reavaliação ................................................................. ± x ± x
IV Reservas: 1/2 571 Reservas legais ...................................................................... + x + x
3 572 Reservas estatutárias ............................................................. + x + x 4 573 Reservas contratuais .............................................................. + x + x 4 574 a 579 Outras reservas ...................................................................... + x + x
V 59 Resultados transitados ................................................................... ± x ± x Subtotal...................................... ± x ± x
VI 88 Resultado líquido do exercício ....................................................... ± x ± x 89 Dividendos antecipados ................................................................. - x - x Total do capital próprio .............. ± x ± x Passivo: B Provisões para riscos e encargos:
1 291 Provisões para pensões ................................................................. x x 2 292 Provisões para impostos ................................................................ x x 3 293/8 Outras provisões para riscos e encargos ......................................... x x
x x C Dívidas a terceiros – Médio e longo prazo (b)..................................... x x
C Dívidas a terceiros – Curto prazo:
1 Empréstimos por obrigações: 2321 Convertíveis .......................................................................... x x 2322 Não convertíveis .................................................................... x x
1 233 Empréstimos por títulos de participação ....................................... x x 2 231+12 Dívidas a instituições de crédito .................................................... x x 3 269 Adiantamentos por conta de vendas............................................... x x 4 221 Fornecedores, c/c ........................................................................... x x 4 228 Fornecedores – Facturas em recepção e conferência ...................... x x 5 222 Fornecedores – Títulos a pagar ..................................................... x x 5 2612 Fornecedores de imobilizado – Títulos a pagar .............................. x x 6 252 Empresas do grupo ........................................................................ x x 7 253+254 Empresas participadas e participantes ........................................... x x 8 251+255 Outros accionistas (sócios) ............................................................ x x 8 219 Adiantamentos de clientes ............................................................. x x 8 239 Outros empréstimos obtidos .......................................................... x x 8 2611 Fornecedores de imobilizado, c/c ................................................... x x 8 24 Estado e outros entes públicos ....................................................... x x 8 262+263+264+265+ Outros credores .............................................................................. x x
+267+268+211 x x D Acréscimos e diferimentos: 273 Acréscimos de custos .................................................................... x x 274 Proveitos diferidos .......................................................................... x x
x x Total do passivo ................................ x x Total do capital próprio e do passivo . x x
Abreviaturas : AB = Activo bruto; AP = Amortizações e provisões acumuladas; AL = Activo líquido. (a)– Em conformidade com o artº 9º da 4ª Directiva da UE; b) – A desenvolver segundo as rubricas existentes no “curto prazo”, atendendo às previsões de cobrança ou exigibilidade da dívida ou de parte dela a mais de um ano.
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS (MODELO DESENVOLVIDO)
CÓD.CONTAS EXERCÍCIOS
EU (1) P O C N N – 1 A C us t o s e p e r d a s 2.a) 61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas:
Mercadorias ..................................................................................... x x Matérias ........................................................................................... x x x x
2.b) 62 Fornecimentos e serviços externos ............................................................ x x 3 Custos com o pessoal:
3.a) 641+642 Remunerações .................................................................................. x 3.b) Encargos sociais:
643+644 Pensões ........................................................................................ x x 645/8 Outros .......................................................................................... x x x x
4.a) 66 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo ................................ x x 4.b) 67 Provisões .................................................................................................. x x x x
5 63 Impostos ................................................................................................... x x 5 65 Outros custos e perdas operacionais ......................................................... x x x x (A) ................................................ x x 6 682 Perdas em empresas do grupo e associadas .............................................. x x 6 683+684 Amortizações e provisões de aplicações e investimentos financeiros x x 7 (2) Juros e custos similares: Relativos a empresas do grupo ......................................................... x x
Outros .............................................................................................. x x x x (C) ................................................. x x
10 69 Custos e perdas extraordinárias ................................................................ x x (E) ................................................. x x
8+11 86 Impostos sobre o rendimento do exercício ................................................ x x (G) ................................................ x x
13 88 Resultado líquido do exercício .................................................................. ± x ± x x x B P r ov e i t os e g a n h o s
1 71 Vendas: Mercadorias ..................................................................................... x x Produtos ........................................................................................... x x 1 72 Prestações de serviços .............................................................................. x x 2 (3) Variação da produção .............................................................................. 3 75 Trabalhos para a própria empresa ............................................................ 4 73 Proveitos suplementares ........................................................................... x x 4 74 Subsídios à exploração ............................................................................. x x 4 76 Outros proveitos e ganhos operacionais..................................................... x x (B) ................................................. x x 5 782 Ganhos em empresas do grupo e associadas ............................................ x x 5 784 Rendimentos de participações de capital .................................................. x x 6 (4) Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras: Relativos a empresas do grupo ......................................................... x x Outros .............................................................................................. x x 7 (5) Outros juros e proveitos similares: Relativos a empresas do grupo ......................................................... x x Outros .............................................................................................. x x x x (D) ................................................ x x 9 79 Proveitos e ganhos extraordinários ........................................................... x x (F) ................................................. x x
R e s u m o : Resultados operacionais: (B) – (A) = ....................................................................................... x x Resultados financeiros: (D – B) – (C – A) = ............................................................................ x x Resultados correntes (D) – (C) = ............................................................................................. x x Resultados antes de impostos: (F) – (E) = ............................................................................... x x Resultado líquido do exercício: (F) – (G) = .............................................................................. x x
(1) Em conformidade com o artigo 24º da 4ª Directiva da CEE. (2) 681+685+686+687+688 (3) Diferença algébrica entre as existências finais e iniciais de “Produtos acabados e intermédios” (C/33), ”Subprodutos, des-
perdícios, resíduos e refugos” (C/34) e “Produtos e trabalhos em curso” (C/35), tomando ainda em consideração o movimento registado em “Regularização de existências” (C/38).
(4) 7812+7815+7816+783. (5) 7811+7813+7814+7818+785+786+787+788.
BALANÇO MODELO SIMPLIFICADO (Artigo 3º do Decreto-Lei nº 410/89)
C Ó D I G O D A S E x e r c í c i o s
C O N T A S N N-1
CEE AB AP AL AL P O C A c t i v o
C Imobilizado:
I 43+441/6+449 Imobilizações incorpóreas ....................................................... x x x x
II 42+441/6+448 Imobilizações corpóreas .......................................................... x x x x
III 41+441/6+447 Investimentos financeiros......................................................... x x x x
x x x x
D Circulante:
I 32 a 37 Existências .............................................................................. x x x x
II 21+22+24+25+26 Dívidas de terceiros:
Médio e longo prazo ..................................................... x x x x
Curto prazo ................................................................... x x x x
III 15+18 Títulos negociáveis .................................................................. x x x x
IV 11 a 14 Depósitos bancários e Caixa .................................................. x x x x
E 27 Acréscimos e diferimentos ................................................................. x x x x
Total do activo ................................................................................... x x x X
C Ó D I G O D A S Exercícios
CONTAS cios CEE N N-1
P O C C a p i t a l p r ó p r i o e p a s s i v o
A Capital próprio:
I 51 Capital ............................................................................................. x x
II 54 Prémios de emissão de acções (quotas) ............................................ x x
III 55 Reservas de reavaliação .................................................................... x x
IV 571 Reservas legais ................................................................................. x x
52+53+55+572/9 Restantes reservas e outros capitais próprios .................................... ± x ± x V 59 Resultados transitados ...................................................................... ± x ± x
Subtotal .................................................. ± x ± x VI 88 Resultado líquido do exercício .......................................................... ± x ± x
89 Dividendos antecipados .................................................................... - x - x
Total do capital próprio .......................... ± x ± x
Passivo:
B 29 Provisões para riscos e encargos ........................................................... x x
C 21+22+23+24+25+26
Dívidas a terceiros
Médio e longo prazo ....................................................................... x x
Curto prazo ...................................................................................... x x
x x
D 27 Acréscimos e diferimentos: x x
Total do passivo ............................... x x
Total do capital próprio e do passivo x x
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS MODELO SIMPLIFICADO (Artigo 3º do Decreto-Lei nº 410/89)
CÓD.CONTAS EXERCÍCIOS CEE P O C N N – 1 (1)
A C us t o s e p e r d a s 2.a) 61 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas..................... x x 2.b) 62 Fornecimentos e serviços externos ............................................................ x x x x
3 Custos com o pessoal: 3.a) 641+642 Remunerações .................................................................................. x x 3.b) 643/ 648 Encargos sociais (1) ......................................................................... x x x x 4.a) 66 Amortizações do imobilizado corpóreo e incorpóreo ................................ x x 4.b) 67 Provisões .................................................................................................. x x x x
5 63 Impostos ................................................................................................... x x 5 65 Outros custos e perdas operacionais ......................................................... x x x x (A) ................................................ x x 6 683+684 Amortizações e provisões de aplicações e investimentos financeiros x x 7 (2) Juros e custos similares ............................................................................ x x x x (C) ................................................. x x
10 69 Custos e perdas extraordinárias ................................................................ x x (E) ................................................. x x
8+11 86 Impostos sobre o rendimento do exercício ................................................ x x (G) ................................................ x x
13 88 Resultado líquido do exercício .................................................................. ± x ± x x x B P r ov e i t os e g a n h o s
1 71 e 72 Vendas e prestações de serviços............................................................... x x 2 (3) Variação da produção .............................................................................. ± x ± x 3 75 Trabalhos para a própria empresa ............................................................ x x 4 74 Subsídios à exploração ............................................................................. x x 4 73+76 Outros proveitos e ganhos operacionais..................................................... x x x x (B) ................................................. x x 5 784 Rendimentos de participações de capital .................................................. x x 6 (4) Rendimentos de títulos negociáveis e de outras aplicações financeiras ..... x x 7 (5) Outros juros e proveitos similares ............................................................. x x x x (D) ................................................ x x 9 79 Proveitos e ganhos extraordinários ........................................................... x x (F) ................................................. x x
R e s u m o : Resultados operacionais: (B) – (A) = ....................................................................................... x x Resultados financeiros: (D – B) – (C – A) = ............................................................................ x x Resultados correntes (D) – (C) = ............................................................................................. x x Resultados antes de impostos: (F) – (E) = ............................................................................... x x Resultado líquido do exercício: (F) – (G) = .............................................................................. x x
(1) Evidenciar os custos de “Pensões”, quando for caso disso. (2) 681+685+686+687+688 (3) Diferença algébrica entre as existências finais e iniciais de “Produtos acabados e intermédios” (C/33), ”Subprodutos, des-
perdícios, resíduos e refugos” (C/34) e “Produtos e trabalhos em curso” (C/35), tomando ainda em consideração o movimento registado em “Regularização de existências” (C/38).
(4) 7812+7815+7816+783. (5) 7811+7813+7814+7818+785+786+787+788.
QUEM PODE APRESENTAR APENAS OS MODELOS MENOS DESENVOLVIDOS DO BALANÇO, DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTA-DOS E ANEXO Art.º 3.º – 1 - As empresas individuais reguladas pelo Código Comercial, os estabelecimentos individuais de responsabilidade limitada, as sociedades por quotas, as sociedades anónimas e as cooperativas que, à data do encerramento das contas, não tenham ultrapassado dois dos três limites referidos no artigo 262º do Código das Sociedades Comerciais poderão apresentar somente os modelos menos desenvolvidos de balanço, demons-tração dos resultados líquidos e anexo indicados o Plano Oficial de Contabilidade.
2 - Sempre que os limites referidos no número anterior sejam excedidos durante dois anos consecutivos, deixa de ser aplicável a faculdade nele referida.
3 - Quando os limites indicados no número anterior deixarem de ser atingidos durante dois anos consecutivos, só a partir do exercício seguinte será aplicável a faculdade nele referida.
4 - O disposto o n.º 1 não se aplica às empresas interligadas, definidas no n.º 7 das “Considerações técnicas” do Plano Oficial de Contabilidade.
5 - Ficam dispensados do previsto no n.º 1 aqueles que, exer-cendo a título individual qualquer actividade comercial, indus-trial, ou agrícola, não realizem na média dos últimos três anos um volume de negócios superior a 30 000 contos.
Limites previstos no n.º 2 do art.º 262.º do Código das Socieda-des Comerciais, com a redacção do art.º 3.º do Dec.-Lei n.º 343/98 de 6 de Novembro: a) Total do balanço: 1.500.000 Euros (aproximadamente
300.000 contos); b) Total das vendas líquidas e outros proveitos: 3.000.000 de
Euros (aproximadamente 600.000 contos); c) Número de trabalhadores empregados em média durante o
exercício: 50.
O BALANÇO. ORDENAÇÃO, CERTIFICAÇÃO E
ARRUMAÇÃO PARA ANÁLISE.
ORDENAÇÃO POR GRAUS DE LIQUIDEZ E EXIGIBILI-
DADE
Grau de liquidez, grau de proximidade da conversão em meios
líquidos (numerário) dos respectivos bens ou direitos (maior ou
menor demora a se transformarem em dinheiro) pelo
funcionamento normal da empresa.
Grau de exigibilidade ou de proximidade da exigência de
pagamento
No actual POC:
Grau de liquidez crescente (do menos líquido para o mais
líquido)
Grau de exigibilidade crescente (do menos exigível para o
mais exigível)
Como há também que atender à ordenação por grupos de massas
patrimoniais da mesma natureza, poderá acontecer encontrar-se
num grupo, em que as rubricas, no seu conjunto, tenham
determinado grau de liquidez ou exigibilidade, alguma ou
algumas rubricas com graus diferentes. Não se deve, por isso,
utilizar os critérios de arrumação com excessiva meticulosidade e
rigorismo.
Em Portugal seguem-se, como regra (mas não de forma
pura), no POC, os graus de liquidez e de exigibilidade
crescentes.
Em termos puramente contabilísticos ou financeiros, é
indiferente o critério seguido, desde que se utilize o
mesmo para os dois membros do balanço (liquidez e exi-
gibilidade decrescentes, ou liquidez e exigibilidade cres-
centes).
CERTIFICAÇÃO E ARRUMAÇÃO PARA A ANÁLISE.
Nem sempre os documentos financeiros de síntese, que servem
de suporte à análise, são facilmente compreensíveis ou evi-
dentes por si próprios: umas vezes, por dificuldades de apreen-
são do conteúdo das suas diversas rubricas; outras, pela exis-
tência de indícios (ténues ou fundados) de que os respectivos
saldos não resultam de uma correcta contabilização, de har-
monia com os princípios contabilísticos geralmente aceites,
e/ou não traduzem fielmente a situação da empresa.
TAREFAS PRÉVIAS À ANÁLISE
a) A CERTIFICAÇÃO, isto é, verificação sobre se reflectem
a verdadeira situação da empresa, e correcção das anomalias
detectadas; e
c) A PREPARAÇÃO OU ARRUMAÇÃO (PARA ANÁ-
LISE), numa perspectiva essencialmente financeira, por forma
a se porem em destaque os elementos que permitam, com a
utilização de procedimentos ou técnicas apropriadas, extraí-
rem-se informações relevantes para formulação de um juízo
seguro sobre a situação financeira da empresa.
A CERTIFICAÇÃO
Na fase da certificação, deve diligenciar-se para que
as contas reflictam uma imagem verdadeira e apropriada
da situação financeira da empresa, efectuando-se as cor-
recções que se entenderem convenientes para se possa
atingir a maior aproximação possível a este objectivo.
O que se pretende é obter, como elementos de suporte
à análise, aqueles que reflictam, com a maior exactidão
possível, a verdadeira situação da empresa, do ponto de
vista financeiro.
VERIFICAR
se foram introduzidas (e introduzir se for caso disso) nas
várias rubricas, as correcções resultantes de:
- eventuais IRREGULARIDADES detectadas em
auditoria que porventura tenha sido feita;
- apuramento de eventuais ÓNUS EFECTIVOS OU
POTENCIAIS, não contabilizados, que incidam
directa ou indirectamente sobre o património da
empresa;
- apuramento das SITUAÇÕES SUPERVENIEN-
TES AO FECHO DE CONTAS, desde que respei-
tem a anterior actividade da empresa e devam
reflectir-se na respectiva contabilidade, quer por
força de disposição legal, quer por força de prática
contabilística considerada regular e corrente.
PRESTAR ATENÇÃO MUITO ESPECIAL
aos seguintes grupos de rubricas, habitualmente mais
susceptíveis a lançamentos irregulares, e a acertos e
correcções:
Devedores em geral
Analisar a natureza dos componentes da rubrica, e da
probabilidade de recebimento dos créditos; detecção de
créditos incobráveis, créditos de cobrança duvidosa ou
difícil, corrigindo (ou criando) se for caso disso, as res-
pectivas provisões; discriminação por curto, ou
médio/longo prazos.
Credores em geral
Separação das dívidas correntes, das que se considerem
anómalas ou em mora; decomposição das mesmas por
tipos mais relevantes (fornecedores da exploração, de
imobilizado, diversos tipos de empréstimos bancários,
suprimentos, etc.); discriminação por curto, ou
médio/longo prazos.
Existências ou stocks
Verificar se existem monos, artigos defeituosos, antiqua-
dos etc., de venda difícil ou problemática, ou só possível
com prejuízo, corrigindo (ou criando) se for caso disso, a
respectiva provisão para depreciação de existências (a
considerar apenas para efeitos de análise).
Imobilizações incorpóreas
Verificar se na contabilização das diversas parcelas que
as compõem se seguiu uma prática corrente e contabilis-
ticamente aceitável para se evitar que, sob a capa de
imobilizações incorpóreas, se escondam verdadeiros pre-
juízos ou custos normais da exploração.
Separar os gastos de imputação plurienal, que não cor-
respondem verdadeiramente a bens com valor de venda,
mas a custos arrumados no balanço para serem distribuí-
dos, através do mecanismo das amortizações contabilísti-
cas, pelos exercícios seguintes.
Amortizações (ou reintegrações)
Verificar se têm sido habitualmente praticadas em rela-
ção a todo o imobilizado susceptível de deperecimento
(físico ou económico) e se o seu ritmo está conforme
com a vida útil correcta dos bens imobilizados, e averi-
guar em que medida se têm utilizado as taxas fiscais
estabelecidas.
Provisões
Ajuizar da justeza das provisões criadas para os diversos
riscos inerentes à actividade, e da probabilidade de ocor-
rência dos riscos a que estão a dar cobertura.
No que respeita às provisões incluídas no passivo, sepa-
rá-las, em função da data provável de ocorrência dos fac-
tos que determinaram a sua constituição, em curto e
médio/longo prazos.
Acréscimos e diferimentos
Analisar se estas contas não encobrirão eventuais prejuí-
zos, custos e proveitos normais da exploração ou ainda
reservas ocultas.
As rubricas citadas são aquelas em que mais vulgarmente
se cometem incorrecções, o que não impede que se pro-
ceda a um estudo cuidadoso das restantes, efectuando-se
os acertos que o bom senso impuser.
Tendo sempre em conta que o que se pretende é que as
contas traduzam, com a maior fidelidade possível, a
situação da empresa.
Mais ou menos valias potenciais
Haverá, também, que averiguar se estão relevadas conta-
bilisticamente as menos valias potenciais, em cumpri-
mento do princípio contabilístico da prudência.
De igual modo se deverá verificar se o valor real do acti-
vo imobilizado é superior ao evidenciado pelas contas
(mais valias potenciais).
PREPARAÇÃO E ARRUMAÇÃO
PARA ANÁLISE.
Nesta fase, é feita a arrumação dos referidos elementos, por
forma a tornar mais fácil e correcta a análise que se pretenda
desenvolver. Esta fase preparatória efectua-se sempre, qualquer que seja o
plano de contabilidade em presença. É na mesma que se irá
entrar com mais profundidade no conteúdo de cada rubrica e
se efectuarão as agregações, desagregações ou transferências
que permitam uma visão mais adequada da situação da em-
presa, do ponto de vista estritamente financeiro.
A tarefa a empreender aqui é transformar os documentos de
síntese obtidos, passando de uma perspectiva contabilística
formal para uma perspectiva puramente financeira (não opos-
ta, mas explicativa e complementar à primeira).
São os documentos preparados que vão servir de
base à análise, sem prejuízo de, sempre que necessá-
rio, se fazer referência aos elementos sob a sua for-
ma original.
No caso do balanço formal, por exemplo, quanto mais perto
estiver da óptica puramente financeira (o que nem sempre é
fácil devido à vasta gama de convenções economico-juridico-
fiscais a que, em termos de ortodoxia contabilística, deve dar
guarida) menor, como é óbvio, o número de acertos a fazer.
Nesta fase, interessa sobretudo verter a terminologia usada em
cada um dos documentos originais para uma linguagem que,
sem deixar de ser correcta, se torne, sempre que possível, mais
simples e acessível para quem analisa e, sobretudo, para aque-
les que irão tomar conhecimento ou fazer uso da análise efec-
tuada.
Para este efeito, interessa conhecer bem o con-
teúdo de cada uma das rubricas, e os aspectos
respeitantes às mesmas que sejam relevantes para
a análise.
Activos sem valor de venda: Capital próprioA deduzir ao capital próprio: CapitalDespesas de instalação ( - ) Acções (quotas) própriasDespesas de investigação e desenvolvimento ( - ) Subscritores de capitalPropriedade industrial e outros direitos ( - )
( - ) Accionistas (sócios) - retiradas de fundosCustos diferidos não recuperáveis Prestações suplementaresOutros activos sem valor de venda Prémios de emissão de acções (quotas)Imobilizado incorpóreo com valor de venda Ajustamentos de partes de capital em filiais e associadas
Propriedade industrial e outros direitos (Paten- Reservas de reavaliaçãotes, Marcas, Alvarás, Licenças, Privilégios, Outras reservasConcessões, Direitos de autor, outros direi- Provisões com carácter de reservatos e contratos assimilados), Trespasses Evidenciação de reservas ocultas
Despesas de investigação e desenvolvimento Resultados transitadosImobilizações corpóreas Resultado líquido do exercício
Terrenos e recursos naturais ( - ) Dividendos antecipadosEdifícios e outras construções Quase capitalEquipamento básico Títulos de participaçãoEquipamento de transporte Obrigações convertíveisFerramentas e utensílios Suprimentos consolidadosEquipamento administrativo Proveitos diferidos - subsídios p/ investimentos
Passivo a médio e longo prazosInvestimentos financeiros quando afectos à exploração:
Partes de capital em empresas do grupo e as- Provisões com probabilidade de utilização a m/l sociadas prazos: Provisões para riscos e encargos:Títulos e outras aplicações financeiras Provisões para pensõesInvestimentos financeiros (não afectos à exploração)Imobilizações corpóreas e incorpóreas não afectas à
exploração Dívidas a terceiros a médio e longo prazos:Dívidas de terceiros a médio e longo prazos Empréstimos por obrigações não convertíveisExistências de venda lenta e/ou difícil Títulos de participaçãoTítulos de negociação de venda lenta e /ou difícil Obrigações convertíveisDepósitos a prazo não inferior a um ano Suprimentos consolidadosOutro realizável a prazo não inferior a um ano Proveitos diferidos - subsídios p/ investimentosCustos diferidos, recuperáveis a m/l prazos Outras dívidas a m/l prazos (com discriminação
Imobilizações corpóreas, incorpóreas e investimentos finan-ceiros em curso
Adiantamentos por conta de imobilizações corpóreas, incor- Acréscimos e diferimentos (m/l prazos )póreas e investimentos financeiros Acréscimos de custos
Adiantamentos a fornecedores de imobilizado Proveitos diferidos Matérias primas, subsidiárias e de consumo Passivo a curto prazo:Produtos e trabalhos em cursoSubprodutos, desperdícios, resíduos e refugos Provisões com probabilidade de utilização a Produtos acabados e intermédios curto prazo: Provisões para riscos e encargos:Mercadorias Provisões para pensõesAdiantamentos por conta de compras Provisões para impostos( - ) Adiantamentos por conta de vendas Outras provisões para riscos e encargos( +) Adiantamentos a fornecedores( - ) Adiantamentos de clientes to curtos Dívidas a terceiros a curto prazo
Dívidas a instituições de créditoDívidas de terceiros - curto prazo Empréstimos por obrigações Clientes c/c + Clientes c/títulos a receber Empréstimos por títulos de participação Clientes de cobrança duvidosa Fornecedores (c/c + c/facturas em recepção Empresas do grupo, participadas e participantes e conferência + c/títulos a pagar) Outros accionistas (sócios) Fornecedores de imobilizado (c/c + c/títulos) Adiantamentos a fornecedores (valores não pequenos Accionistas/sócios (empresas do grupo, par-
e/ou prazos não muito curtos ) ticipadas e participantes + Outros accionis- Estado e outros entes públicos tas/sócios) Outros devedores Adiantamentos por conta deTítulos negociáveis e outras aplicações de tesouraria vendasAcréscimos e diferimentos (curto prazo ) Adiantamentos de clientes Acréscimos de proveitos Outros empréstimos obtidos Custos diferidos (recuperáveis ) Estado e outros entes públicos
Letras a receber imediatamente descontáveis Outros credoresTítulos de negociação de venda imediata Acréscimos e diferimentos (curto prazo )Depósitos bancários à vista ou prazo mobilizáveis Acréscimos de custosCaixa Proveitos diferidos
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Fora do balanço: Letras descontadas não vencidas (do Anexo, nota 31)
idêntica à das dívidas de curto prazo)
Quando se desti- a posterior au-
mento de capital
Quando não se des -tinem a posterior au-mento de de capital
valores não pequenos
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e/ou prazos de entre-ga não muito curtos
Valores peque-quenos, prazosde entrega mui-
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Outras imobilizações corpóreas
Outras provisões para riscos e encargos
Quando nãotenham valor
de vendazir ao
a dedu-
Activo
DEMONSTRAÇÃO
DOS RESULTADOS
A CERTIFICAÇÃO
Princípios genéricos já referidos para o Balanço, com
as necessárias adaptações.
NESTA FASE
PRETENDE-SE SOBRETUDO VERIFICAR SE OS CUSTOS E PRO-
VEITOS SÃO REALISTAS E TRADUZEM AS CONDIÇÕES EM QUE
SE DESENVOLVEU A ACTIVIDADE, E, MAIS ESPECIFICAMENTE,
SE
- Foram correctamente periodificados;
- Foram utilizados critérios adequados de valorimetria das existências
e dos trabalhos para o imobilizado (ou se os resultados foram falsea-
dos a partir da manipulação do valor desta rubricas) - (ver nota 3 do
Anexo);
- As provisões constituídas estão de acordo com os riscos a que preten-
dem dar cobertura;
- As amortizações do imobilizado efectuadas traduzem níveis de depe-
recimento presumivelmente reais, e/ou correspondem às taxas máxi-
mas constantes das respectivas normas regulamentares;
- Foi feita uma correcta separação entre custos e proveitos correntes, e
custos e proveitos extraordinários (aproveitando-se, a ocasião para,
sempre que possível, se destacar, nos extraordinários, os que perten-
cem a exercícios anteriores, para serem levados a cada um dos mes-
mos);
- O resultado do exercício foi afectado, e em que medida, com vista a
se obterem vantagens fiscais - (ver nota 5 do Anexo);
EFECTUANDO-SE AS CORRECÇÕES QUE SE CONSIDEREM CON-
VENIENTES, PARA QUE O SALDO OBTIDO, ENTRE PROVEITOS E
CUSTOS, TRADUZA, COM FIDELIDADE E A MAIOR APROXIMA-
ÇÃO POSSÍVEL, O RESULTADO REAL DA ACTIVIDADE.
É TAMBÉM NESTA FASE DO TRABALHO DE ANÁLISE QUE SE
PROCURA:
- Separar os custos e proveitos por actividades, com discriminação,
sempre que possível, dos custos que, inequivocamente, foram supor-
tados para a consecução de um determinado tipo de proveito - (ver
nota 44 do anexo);
- Verificar se o conteúdo das contas são comparáveis com os dos exer-
cícios sucessivos que se confrontam na análise (e proceder aos acer-
tos necessários para que o sejam) - (nota 2 do Anexo);
- Arrumar os custos pelas diversas funções (custo industrial da produ-
ção, custo industrial dos produtos vendidos, custos comerciais, admi-
nistrativos, e financeiros);
- Obter informação sobre os custos que, sendo relevantes para o cálculo
do valor acrescentado, aparecem integrados, sem discriminação, nas
contas da demonstração dos resultados: rendas e alugueres (“Forne-
cimentos e serviços externos”); impostos directos e indirectos
(“Impostos”).
- Identificar os custos variáveis proporcionais (que variam proporcio-
nalmente em relação à produção ou às vendas) e os encargos de estru-
tura (custos variáveis não proporcionais e custos fixos);
- Acrescentar informações quantificadas sobre as vendas, compras,
produção e efectivos de pessoal - (ver nota 7 do Anexo).
O ÊXITO DESTA OPERAÇÃO DEPENDE, EM MUITO, DO CONHE-
CIMENTO QUE SE TENHA DOS DIVERSOS ELEMENTOS DA
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS, E DAS LIGAÇÕES EXISTEN-
TES ENTRE OS MESMOS E AS DIVERSAS RUBRICAS DO BALAN-
ÇO.
COMPONENTES
DA FORMAÇÃO DOS RESULTADOS
VISÃO GERAL
CUSTOS QUE IMOBILIZADOIMOBILIZADO TRANSITAM
PARA O EXER-CÍCIO SEGUIN- TE INCORPORA- EXISTÊNCIASDOS NA PRODU- DE
EXISTÊNCIAS CAPITAL ÇÃO NÃO ACA- MATÉRIAS EDE MATÉRIAS E PRÓPRIO BADA E/OU MERCADORIASMERCADORIAS NÃO VENDIDA CAPITAL
PRÓPRIOEXISTÊNCIAS
EXISTÊNCIAS DE DE PRODUTOS PRODUTOS ACABADOS E TRABALHOS ACABADOS E
INTERMÉDIOS; C PARA D INTERMÉDIOS;PRODUTOS E A PRÓPRIA PRODUTOS E TRABALHOS PROVISÕES EMPRESA TRABALHOSEM CURSO; PARA ( TpE ) EM CURSO;
SUBPRODUTOS, RISCOS E SUBPRODUTOSDESPERDÍCIOS, ENCARGOS DESPERDÍCIOS, PROVISÕES
RESÍDUOS E RESÍDUOS, PARAREFUGOS E REFUGOS RISCOS E
ENCARGOS
DÍVIDAS DE DÍVIDAS A DÍVIDAS DE
TERCEIROS TERCEIROS TERCEIROSA MÉDIO OU A MÉDIO E VENDAS A MÉDIO OU DÍVIDAS A
LONGO PRAZOS LONGO E LONGO PRAZOS TERCEIROSPRAZOS OUTROS A MÉDIO E
B PROVEITOS LONGO PRAZOSDÍVIDAS DE CORRENTES DÍVIDAS DE
TERCEIROS A ( VPC ) TERCEIROS A
CURTO PRAZO CURTO PRAZO
DÍVIDAS A E ATERCEIROS DÍVIDAS
TÍTULOS DE A CURTO EXTRAORDI- TÍTULOS DE ANEGOCIAÇÃO PRAZO NÁRIOS NEGOCIAÇÃO TERCEIROS
( PE ) A
DISPONIBI- DISPONIBI- CURTO PRAZO
LIDADES LIDADES
ACRÉSCIMOS E ACRÉSCIMOS E ACRÉSCIMOS E ACRÉSCIMOS EDIFERIMENTOS DIFERIMENTOS DIFERIMENTOS DIFERIMENTOS Custos diferidos Proveitos diferidos Custos diferidos Proveitos diferidos Acréscimos de Acréscimos de cus- Acréscimos de Acréscimos de
proveitos tos proveitos custosImposto sobre o ren-
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CUSTOS QUE
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DO EXERCÍCIO
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ANO nB A L A N Ç ODEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
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dimento do exercício
CORRENTES
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( Cn+1 )
TRANSITARAM
VP = (Cn+1) – (Cn-1)
DÉBITO CRÉDITO
Custos transitados Parte corres- do exercício anterior pondente à
(na Demonstração dos Re- subtracção
tados transitam para o lado das existên- das existências finais, mas cias iniciais
com sinal negativo)
Variação daprodução
Parte
Activo: Activo: Existências
Proveitos correntes Imobilizado (Produtos acabados
Existências e em curso, Subpro-
Custos dife- dutos, Desperdícios, ridos Resíduos e Refugos)
Quota-parte dos
relativos à Variação
da produção e aosTrabalhos para a
própria empresa
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produtos,Desper-
Restantes
custos
correntes
VP
Trabalhos
DÉBITO CRÉDITO
Custos transitados do exercício anterior Parte corres-
(na Demonstração dos Re- pondente à
tados transitam para o lado subtracção das existências finais, mas das existên-
com sinal negativo) cias iniciais
Quota-parte dos Variação daprodução
relativos à Variação
da produção e aosTrabalhos para a
própria empresa
Custos correntes Quota-parte dos Activo: Activo: Existênciasperten- custos correntes Imobilizado (Produtos acabados centes do exercício res- Existências e em curso, Subpro-
ao exercício n respeitantes à Custos dife- dutos, Desperdícios,produção vendi- ridos Resíduos e Refugos)
da e aos restantesproveitos corren- Produção vendida e outrostes da exploração proveitos correntes (VPC)
(B)
Cn = CnC + CnERC = Resultados correntes do exercício = VPC - B Impostos sobre correntes
RE = Res.Extraord.= PE - CnE Proveitos e ganhos não correntes
Custos e perdas não correntes (extraordinários)(extraordinários)
(Cn+1) - (Cn-1) = VP
[ (C
n-1)
+ C
nC ]
- [ (C
n+1)
+ T
pE ]
= B
VP
Cn+1
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os resultados
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Custos e perdas
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extraordinários
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perdícios, Resí-
Result. Extr.Liq..
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Outros proveitos
financeiros
para a própria
Proveitos
Subsídios à
empresa
serviços
(CnE)
correntes
após impostos
Resultados
Imposto s/ Rend.
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custos correntes
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C
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RAI = [VPC + PE] – {[(Cn) + (Cn-1)] – [(Cn+1) + (TpE)]}
Proveitos totais: Vendas e outros proveitos cor-rentes VPC) e extraordiná-rios (PE)
Custos totais :
Pertencentes ao exercí-cio (Cn) Incorporados nas exis-tências de produtos que transitaram do exercício anterior (Cn-1)
Custos transferidos para o Balanço, incorporados em activos:
Existências finais de pro-dução não vendida (Cn+1) Activos relativos a traba-lhos para a própria empresa (TpE)
RL = RAI – IRC
A. 1 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas
Rubricas Mercadorias Matérias-primas, subsi-
diárias e de consumo
Existências iniciais ......................................... X x Compras ........................................................... X x Regularização de existências ........................... ? x ? x Existências finais ............................................. - x - x Custos no exercício ......................................... X x
As existências iniciais são as finais do ano anterior, constantes do respectivo balanço. As finais
são as constantes do balanço relativo ao exercício. No cômputo das compras, encontra-se incluída a parcela das aquisições cujas facturas não
tenham chegado à empresa até à data de referência para o cálculo do custo, ou não tenham ainda sido conferidas.
A conta de “Regularização de existências” serve de contrapartida ao registo de quebras e sobras, saídas e entradas por ofertas, ou outras variações nas existências não derivadas de compras, vendas ou consumos.
As contas de “Compras” e “Regularização de existências” não aparecem no balanço: são contas
transitórias, subsidiárias das contas de existências, para onde são transferidos os respectivos saldos.
B. 3 Variação da produção A Demonstração dos resultados concentra, no final do exercício, para além dos custos e os
proveitos operacionais, a “Variação da produção”. Esta, corresponde à diferença algébrica entre as existências finais e iniciais de “Produtos aca-
bados e intermédios”, ”Subprodutos, desperdícios, resíduos e refugos” e “Produtos e trabalhos em curso”, tomando ainda em consideração o movimento registado em “Regularização de existências”:
Rubricas
Produtos acabados e intermédios
Subprodutos, des-perdícios, resíduos
e refugos
Produtos e trabalhos em
curso Existências finais .................... x x x
Regularização de existências ? x ? x
Existências iniciais.................... - x - x - x
Aumento/redução no exercício . ? x ? x ? x
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
Com Variação da produção Positiva
Com Variação da produção Negativa
Variação da
produção (positiva)
Do lado esquerdo, para equilibrar o gráfico
Variação da produção (negativa)
Totalidade
dos custos
pertencentes
ao exercício
Resultado (quando posi-
tivo)
Trabalhos para a própria em-
presa
Vendas, e pres-tações de servi-
ços
Proveitos su-plementares
Subsídios à ex-ploração
Outros prov. operacionais
Proveitos e ganhos financei-
ros
Prov. e ganhos Extraordinários
Resultado (quando nega-
tivo)
Totalidade
dos custos
pertencentes
ao exercício
Resultado (quando posi-
tivo)
Trabalhos para a própria em-
presa
Vendas, e pres-tações de servi-
ços
Proveitos su-plementares
Subsídios à ex-ploração
Outros provei-tos opera-
cionais
Proveitos e ga-nhos extraordi-
nários
Resultado (quando nega-
tivo)
RESULTADOS
Dos 4 modelos indicativos previstos na 4ª Directiva da CE, foi incluído no POC o que apresen-ta, em disposição horizontal, os custos e proveitos classificados por natureza e a variação da produ-ção, ordenados por forma a se poderem obter, facilmente, e por etapas, os diversos tipos de resulta-dos, também de acordo com a sua natureza:
Operacionais Correntes Resultados Financeiros
Extraordinários
e ainda os Resultados antes de impostos, os Impostos sobre o rendimento do exercício e o Resultado líquido.
Os Resultados operacionais (ou Resultados económicos) concentram os custos e proveitos operacionais, e a variação da produção. Correspondem à medida da capacidade da empresa em criar excedentes com o seu negócio principal, independentemente da origem dos capitais que utilize.
Os Resultados correntes têm em conta (para além dos elementos que integram os Resultados operacionais), os custos e perdas, e os proveitos e ganhos de carácter financeiro.
Correspondem aos Resultados operacionais adicionados dos Resultados financeiros (diferença
entre os proveitos e ganhos financeiros, e os custos e perdas financeiros).
Adicionando, aos Resultados correntes, os Resultados extraordinários (diferença entre os proveitos e ganhos extraordinários, e os custos e perdas extraordinários), obtêm-se os Resultados antes de impostos.
Estes concentram, portanto, para além da variação da produção, a totalidade dos proveitos e dos
custos, qualquer que seja a sua natureza (operacionais, financeiros e extraordinários). Deduzindo-se a estes os Impostos sobre o rendimento do exercício, obtém-se o Resultado lí-
quido do exercício.
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS
OPERACIONAIS CORRENTES ANTES DE IMPOSTOS Variação da
Produção (se negativa)
Variação da
Produção (se positiva)
Variação da
Produção (se negativa)
Variação da Produção (se
positiva)
Variação da Produção (se
negativa)
Variação da Produção (se
positiva) Custo das mer-
cadorias vendi-das e das maté-rias consumidas
Vendas Custo das mer-cadorias vendi-das e das maté-rias consumidas
Vendas Custo das mer-cadorias vendi-das e das maté-rias consumidas
Vendas
Fornecimentos e serviços externos
Prestações de serviços
Fornecimentos
e serviços externos
Prestações de serviços
Fornecimentos e serviços exter-
nos Prestações de
serviços
Custos com o pessoal
Trabalhos para a própria
empresa Custos com o
pessoal Trabalhos
para a própria empresa
Custos com o pessoal
Trabalhos para a própria
empresa Amortizações
do exercício Proveitos suplementares Amortizações
do exercício Proveitos suplementares Amortizações
do exercício Proveitos suplementares
Provisões do exercício Subsídios
à exploração Provisões do exercício Subsídios
à exploração Provisões do exercício Subsídios
à exploração Impostos Impostos Impostos
Outros custos e perdas
operacionais
Outros proveitos e ganhos
operacionais
Outros custos e perdas
operacionais
Outros proveitos e ganhos
operacionais
Outros custos e perdas
operacionais
Outros proveitos e ganhos
operacionais Resultados
operacionais (se positivos)
Resultados
operacionais (se negativos
Custos e perdas financeiros
Proveitos e ganhos financei-
ros Custos e perdas
financeiros Proveitos e
ganhos financei-ros
Não contempla: Custos e perdas financeiros
Proveitos e ganhos financei-
ros
Resultados correntes
(se positivos)
Resultados correntes
(se negativos) Custos e perdas
extraordinários Proveitos e ganhos
extraordinários
Custos e perdas extraordinários
Proveitos e ganhos extraor-dinários
Não contempla: Custos e perdas extraordinários
Proveitos e ganhos extraor-dinários
Resultados
antes de impos-tos (se positi-
vos)
Resultados antes de impos-tos (se negati-
vos) FINANCEIROS EXTRAORDINÁRIOS Juros suporta-
dos Juros obtidos Donativos Restituição de impostos RESULTADOS LÍQUIDOS
Perdas em em-presas do grupo
e associadas Ganhos em em-presas do grupo
e associadas Dívidas incobráveis Recuperação
de dívidas RESULTADOS OPERACIONAIS
Amortizações de investimen-tos em imóveis
Rendimentos de imóveis Perdas
em existências Ganhos em existências + RESULTADOS FINANCEI-
ROS Provisões
para aplicações financeiras
Rendimentos de participa-
ções de capital Perdas em
imobilizações Ganhos em imobilizações = RESULTADOS CORRENTES
Diferenças de câmbio des-
favoráveis
Diferenças de câmbio favoráveis
Multas e penalidades
Benefícios de penalidades
contratuais + RESULTADOS EXTRAOR-
DINÁRIOS Descontos de pronto pagamen-
to concedidos
Descontos de pronto paga-mento obtidos
Aumentos de
amortizações e provisões
Reduções de
amortizações e provisões
= RESULTADOS ANTES DE IMPOSTOS
Perdas na alienação de aplicações de
tesouraria
Ganhos na alienação de aplicações de
tesouraria
Correcções relativas a exercícios anteriores
Correcções relativas a exercícios anteriores
- IMPOSTO SOBRE O REN-DIMENTO DO EXERCÍCIO
Outros custos e perdas
financeiros Outros proveitos
e ganhos financeiros
Outros custos
e perdas extraordinários
Outros proveitos
e ganhos extraordinários
= RESULTADOS LÍQUIDOS
Resultados financeiros
(se positivos)
Resultados financeiros
(se negativos)
Resultados extraordinários
(se positivos)
Resultados extraordinários (se negativos)