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Como a compatibilização de projetos pode diminuir custos, gastos e retrabalhos na Construção Civil
Dezembro/2014
ISSN 2179-5568 – Revista Especialize On-line IPOG - Goiânia - 8ª Edição nº 009 Vol.01/2014 Dezembro/2014
Como a compatibilização de projetos pode diminuir custos, gastos e
retrabalhos na Construção Civil
Guilherme Souza Santos – [email protected]
MBA em Gerenciamento de Obras
Instituto de Pós-Graduação - IPOG
Florianópolis, Santa Catarina, 27/04/2014
Resumo
Com a ampla evolução da Indústria da Construção Civil, vemos ainda alguns ranços na
Construção, como obras em projetos, projetos defeituosos, e mão de obra de má qualidade, e
que essa nossa indústria apresentam características próprias, entre as quais destacamos a
necessidade de diferentes tipos de profissionais, alguns mais amadores, outros mais
industrializados. Dentre todas as etapas que envolvem o processo construtivo, destaca-se a
concepção como uma fase crítica. A etapa de concepção é responsável por uma pequena parcela
do custo do produto final (cerca de 3 a 5%), porém é apontada como uma das principais causas
de falhas nas edificações em uso. É nesta etapa que são definidos cerca de 70 a 80% do custo
total da edificação. Temos por objetivo neste trabalho, sistematizar as referências de melhorias
na gestão da etapa de projeto obtidas na literatura, e avaliar a presença destes aspectos par aos
dias de hoje. As análises de compatibilidade buscam apresentar através dos quadros
comparativos os elementos conflitantes nos projetos abortados. Desta forma, busca-se
proporcionar subsídios aos profissionais da área para a racionalização dos processos
projetuais, e a consequente redução de improvisações na obra, retrabalhos e desperdícios de
insumos na construção. A análise propõe, assim, uma otimização dos recursos que deverão ser
aplicados na elaboração da fase inicial deste processo, onde as soluções podem ser mais
eficazes e definidoras nas etapas subsequentes, conforme amplamente observado nos favoráveis
resultados obtidos nas análises avaliadas.
Palavras-chave: Projeto. Qualidade. Edificações. Compatibilização. Construção civil.
1. INTRODUÇÃO
Tendo em vista que muitos dos problemas relacionados à falta de qualidade em edificações têm
como causa principal a falta de qualidade no processo de projeto – normalmente desenvolvido de
forma não planejada, segmentada e sequencial, sem uma visão abrangente e integrada do
binômio projeto/execução, e com evidente ausência de interação e comunicação entre os diversos
agentes envolvidos –, construtoras e incorporadoras brasileiras, seguindo a tendência global,
começam a buscar, ainda que de forma incipiente, metodologias de gestão da qualidade do
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Dezembro/2014
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projeto, no sentido de modificar o modelo tradicional e garantir a qualidade de seus produtos e
processos, e consequentemente a satisfação de seus clientes.
Nesse contexto, a incorporação da filosofia de trabalho da Engenharia Simultânea – tratamento
simultâneo de restrições de projeto e da manufatura; paralelismo das atividades de projeto; foco
na qualidade, custo e cronograma de desenvolvimento; ênfase na satisfação do consumidor;
configuração de equipe multidisciplinar; consideração do ciclo de vida do produto.
Alguns autores (Fabrício et alii, 1998a e 1998b; Andery, 2000) que defendem a mudança das
atuais formas de condução de projetos de edificações, acenam para: (i) a realização em paralelo
de várias etapas do processo, em especial, o desenvolvimento integrado de projetos do produto e
para produção; (ii) o estabelecimento de equipes multidisciplinares, formadas por projetistas,
usuários e construtores, em especial os engenheiros de obras; (iii) uma forte orientação para a
satisfação dos clientes e usuários; (iv) a padronização das formas de apresentação e
documentação do projeto; (v) a adoção de procedimentos para coleta de dados durante a
execução e após a entrega das obras, que torne possível a retroalimentação dos projetos. Ou seja,
apontam para um novo paradigma na construção civil: o desenvolvimento integrado de
edificações.
Contudo, para que essas mudanças possam ser implementadas com sucesso, a empresa – além de
um ambiente propício e de ferramentas, técnicas e metodologias de trabalho que suportem a
execução do processo – precisa antes de tudo, conhecer e ter explícito a forma com que o
processo é executado, ou seja, ter o seu desenvolvimento de produto modelado, permitindo, uma
visão global do mesmo: o que deve ser feito (projetos, etapas, atividades, tarefas), por quem (os
envolvidos, suas funções e responsabilidades, interações), quando (a que tempo e a que a hora,
relações de precedência), como (informações ou documentos de entrada; procedimentos,
ferramentas e/ou tecnologias utilizadas no processamento das informações; informações ou
documentos de saída; forma de controle), e onde (em que local, em que tipo de situação, por
quais meios).
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 Projetos
Projeto possui uma diversidade de definições, variando de acordo com o contexto em que esteja
se referindo e quanto ao emprego desta palavra. Segundo a NBR 13.531 (ABNT, 1995), por
elaboração de projeto de edificação se entende como a “determinação e representação prévias
dos atributos funcionais, formais e técnicos de elementos de edificação a construir, a pré-
fabricar, a montar, a ampliar, etc., abrangendo os ambientes exteriores e interiores e os projetos
de elementos da edificação e das instalações prediais” (NASCIMENTO & SANTOS, 2002, p.1).
Conforme a NBR 5670 (ABNT, 1977) o conceito de projeto é sendo como “a definição
qualitativa e quantitativa dos atributos técnicos, econômicos e financeiros de um serviço ou obra
de engenharia e arquitetura, com base em dados, elementos, informações, estudos,
discriminações técnicas, cálculos, desenhos, normas e disposições especiais”.
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Falha de comunicação entre projetos inerentes pode causar, entre outros fatores, um aumento de
custo no produto final, e consequentemente um descontentamento do cliente, frustrando sua
expectativa. Através de muitas pesquisas (NOVAES, 1997; ARAÚJO, 2000; MARIA et al.,
2001) demonstraram que os erros ocasionados por falhas de projeto fazem parte da rotina da
maioria das construtoras e normalmente são descobertas apenas na hora da execução da obra.
Isto ocorre quando a elaboração de projetos e a execução têm tratamento dissociado e distinto
embora o mais importante seja que os dois caminhem lado a lado, pois são duas importantes
etapas da obra.
O projeto permite planejar não apenas a forma final do produto edifício, definindo uma série de
aspectos da edificação que influenciam na qualidade e produtividade do processo construtivo. A
partir de definições como formas geométricas da edificação, a sua localização no terreno, as
soluções estruturais, os materiais e o padrão de acabamento e detalhamento que são estabelecidas
as principais condições de execução (SCARDOELLI, 1995).
Souza; Abiko (1997) identificam que é na etapa de projeto que o produto é concebido e
desenvolvido e que deve ser baseado na identificação das necessidades dos clientes em termos de
desempenho e custos e nas condições de exposição a que está submetido o edifício na sua fase de
uso.
Melhado (1994) oferece várias de inúmeros autores para a palavra projeto e utiliza a seguinte
definição: “uma atividade ou serviço integrante do processo de construção, responsável pelo
desenvolvimento, organização, registro e transmissão das características físicas e tecnológicas
especificadas para uma obra, a serem consideradas na fase de execução”. Em outro capítulo, o
autor faz comparações das características de um projeto de edifício com as características
atribuídas a um serviço, encontrando muita coisa incomum, como: variabilidade de resultados; a
falta de especificação pelo cliente; produção e consumo desencadeados e não simultâneos; e
contato pessoal e direto com o cliente. Contanto, o autor enfatiza a necessidade de se estabelecer
padrões do projeto também como produto, definindo seu conteúdo mínimo e a forma de
apresentação das informações.
Para Andery (2003), “os dois aspectos da atividade de projeto são complementares e um enfoque
(projeto como processo) dá origem ao outro (projeto como resultado ou produto)”.
Considerando todos os conceitos citados ao projeto, pode-se afirmar que um projeto de
engenharia possui particularidades e características únicas que o singularizam quando
comparados aos projetos de indústrias e que influenciam na definição, obtenção e avaliação da
sua qualidade (AMORIM, 1998; BOBROFF, 1993; IBP, 1994 citado por Verdi,2000):
A elaboração do projeto é uma atividade ainda essencialmente artesanal, onde cada produto é
produzido individualmente por uma ou mais pessoas. Mesmo a utilização de recursos
computacionais não altera o fato de que cada documento é uma entidade distinta e ainda que
se tenha um elevado grau de informatização na elaboração de um projeto, este não pode ser
comparado com uma linha de produção ou uma produção seriada típica de uma fábrica;
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O resultado do processo de projeto não é um produto único como em uma produção seriada.
O produto resultante de um projeto é constituído por um conjunto de produtos:
especificações, desenhos, requisições e memoriais. Por esta razão, não basta que alguns
destes produtos tenham qualidade. A qualidade deve recair sobre todas as partes
constituintes;
O projeto apresenta um caráter não homogêneo e não seriado do seu produto, estando na
dependência de encomendas que implicam na elaboração de um bem singular, não
reproduzível. Para garantir a qualidade deste produto é preciso conhecer e definir as reais
necessidades do cliente/contratante para poder atender aos seus requisitos;
A qualidade final do objeto projetado revela-se na hora da sua execução. O projeto é posto à
prova pelos fornecedores, construtoras e demais participantes quando da implantação do
empreendimento. Ao receber um projeto, o cliente não consegue detectar todas as eventuais
falhas e, muitas vezes, as inadequações de projeto são identificadas em fases bastante
avançadas da obra, sendo normalmente solucionadas de forma insatisfatória ou com alto
custo;
A dualidade de enfoques sobre o projeto, visto como uma prestação de serviço com o
fornecimento de produtos, apresenta dificuldades adicionais no que se refere à avaliação da
qualidade, que deve se aplicar tanto ao processo de prestação de serviço como aos produtos
resultantes;
A atuação de grande complexidade inter-relacional, decorrente da diversidade e do número
de intervenientes no processo de projeto (usuários, clientes, projetistas, financiadores,
construtoras) com interesses nem sempre convergentes e relações contratuais informais e
pouco definidas, faz com que o julgamento sobre a qualidade do projeto fique na
dependência da avaliação de diversos usuários – ao contrário do que acontece com bens de
consumo, em que o comprador e o usuário final são geralmente a mesma pessoa;
Pouco tempo é investido em planejamento e projeto para executar obras que tomam longo
tempo e pesados orçamentos. Como conseqüência, as atividades têm de ser revistas e refeitas
no canteiro, fazendo do improviso uma constante.
2.2 Importância do projeto na construção
O setor da construção é um dos setores mais sensíveis da economia, sendo considerado por
alguns autores como o pulmão da economia. Segundo Picchi (1993) apud Franco (1995), sua
participação decresce nos períodos recessivos, enquanto que seu crescimento é maior que a
média do país, em épocas de expansão.
Portanto é fundamental que o profissional da construção civil valorize a etapa de projeto, pois o
ela pode assumir o encargo fundamental de agregar eficiência e qualidade ao produto se for
incorporado adequadamente ao processo construtivo e explorado o seu caráter estratégico de
indutor da racionalização do processo construtivo e redutor dos custos dos empreendimentos
(MOURA, 1998).
Segundo Picchi (1993) apud Tavares Junior (2001, p. 53), “o projeto exerce uma considerável
influência sobre os custos da edificação, devido à grande possibilidade de alternativas existentes
nesta fase, na qual poucas despesas foram realizadas. Verifica-se que com a evolução do
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empreendimento, as possibilidades de influência no custo final do empreendimento diminuem
consideravelmente”, conforme mostrado pela Figura 1.
Figura 1 - Nível de influência sobre os custos do empreendimento. Fonte: BARRIE &
PAULSON (1978), apud TAVARES JUNIOR (2001, p.9).
As decisões tomadas nas fases iniciais do empreendimento são importantes, conforme mostrado
pela Figura 2, podendo-se atribuir a elas a principal participação na redução dos custos de falhas
do edifício.
Figura 2 - Capacidade de influenciar o custo final de um empreendimento de edifício ao
longo de suas fases.
Fonte: CII (1987), apud RUFINO (1999).
Ainda podemos destacar a importância dos projetos por constituírem, entre outros fatores, em
instrumento de garantia e controle de qualidade da edificação. Com isso, segurando que o projeto
tem qualidade, conseguiremos minimizar os problemas a serem definidos na obra, aumentando a
qualidade e reduzindo os custos dela. Para tanto, é importantíssimo conhecer e controlar cada
etapa do processo do projeto.
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2.3 Etapas do Processo de Projetos
Para termos a qualidade desejada do processo de projetos é de suma importância que
identifiquemos e analisemos todas as etapas dos processos. Apesar dessa importância de
identificação e análise dos conhecimentos das etapas ainda falta muita padronização nessas
definições.
Segundo TZORTZOPOULOS (1993, p.23) “tende a ser incrementada pelo fato dos
intervenientes do processo ser especializados no desenvolvimento de projetos específicos, e
terem uma compreensão diferenciada do conteúdo técnico de cada uma das etapas”.
Não há uniformidade entre os diferentes autores sobre quais são as etapas de projeto, mas é
quase que unânime entre eles, que a modelagem do processo é uma das primeiras ações a serem
realizadas para organizar, desenvolver e controlar o processo, permitindo a todos os agentes
envolvidos no mesmo tenham uma visão sistemática e detalhada de cada etapa.
Vários autores, baseados em pesquisas e trabalhos, sugerem a sua melhor maneira de divisão das
etapas de projeto, que iremos apresentar a seguir.
Para MELHADO (1994), o processo de projeto passa por etapas conceitualmente progressivas,
no qual a liberdade de divisão na escolha ou alternativas, vai sendo gradativamente substituída
pelo detalhamento das soluções adotadas. Essas etapas são: programa de necessidade, estudo
preliminar, anteprojeto, projeto executivo, projeto para produção, planejamento e execução,
assistência técnica.
Segundo a Norma NBR 13.531 (ABNT,1995) considera-se a seguinte divisão de processo de
desenvolvimento das atividades técnicas do projeto de edificações: levantamento, programa de
necessidades, estudo de viabilidade, estudo preliminar, anteprojeto, projeto legal, projeto básico
e projeto para execução.
SOUZA (1994) descreveu que as etapas do projeto de uma edificação são as partes sucessivas
nas quais poderá ser dividido o processo de desenvolvimento das atividades técnicas de projeto.
A subdivisão das etapas é feita da seguinte maneira: levantamento de dados, programa de
necessidade, estudo de viabilidade, estudo preliminar, anteprojeto, projeto legal, projeto pré-
executivo, projeto básico, projeto executivo, detalhes de execução, caderno de especificações,
gerenciamento de projetos, assistência à execução e Projeto As Built1.
PICCHI (1993) definiu que a nomenclatura das etapas de projeto não é consensual, sendo
geralmente no mínimo de três etapas: estudos preliminares, anteprojeto, projeto definitivo
(projeto executivo/detalhado). Outra etapa desenvolvida em paralelo ao anteprojeto, é a de
1 O projeto as built (como construído) é elaborado partir de informações de alterações do projeto executivo
coletadas durante ou após a execução da obra, tais como adequações de instalações elétricas e hidrosanitarias,
alterações de especificações de materiais, dimensões dos ambientes como revestimentos entre outro.
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“projeto legal”, elaborado para obter as aprovações necessárias em órgãos públicos e
concessionárias.
Com isso, podemos constatar que existem duas linhas de raciocínio para dividirmos as etapas de
processo de projeto: uma que é ligada ao conceito de que projetos são uma concepção e
especificação técnica o produto (projeto=produto), e outra linha ligada ao conceito de que
projeto é como um serviço. Neste caso, projeto não é apenas uma entrega de plantas, memoriais,
especificações, etc., mas sim o acompanhamento de todo processo de produção ate a entrega ao
usuário final.
Por todas essas divergências entre autores, quanto às etapas de processo de projeto, seguiremos
as seis etapas proposta por Melhado et. Al (2005, p.32) adaptado ao trabalho de MELHADO
(1994), que consiste em: idealização do produto, desenvolvimento do produto, formalização do
produto, detalhamento do produto, planejamento para execução e entrega final.
Na etapa de idealização do produto são escolhidas as definições preliminares e os programas de
necessidades do empreendimento, destinada à concepção, definições, analise e avaliações do
conjunto de informações técnicas e econômicas iniciais e estratégicas do empreendimento.
Visando constatar a viabilidade de um produto definido, seguindo as necessidades do mercado.
Segundo MELHADO (2005) podemos resultar no programa de necessidades se não houver
programa preestabelecido, onde as equipes de projeto e o cliente definem os rumos que o
empreendimento irá tomar.
A próxima etapa que é a de Desenvolvimento de produto, onde acontecem os levantamentos de
dados e o primeiro estudo preliminar. É feita a primeira avaliação nos aspectos mercadológicos,
econômicos e técnicos, junto com os custos, restrições legais, tecnologia e adequação ao usuário,
Melhado et. al. (2005). No final dessa etapa podemos chegar ao estudo preliminar.
Na etapa de formalização do produto chega-se no anteprojeto, projeto legal e projeto básico. O
anteprojeto é nosso produto final que desenvolvemos junto com as soluções dadas pelos
projetistas. Vai desde interfaces ocorridas nos projetos de instalações prediais, ate os mais
específicos projetos, tais como fundações, estrutura, esquadrias e ainda a parte de paisagismo e
interiores. Com todo o anteprojeto finalizado, passamos para o projeto legal e o básico. Esse
primeiro nada mais é que o projeto a ser aprovado pelos órgãos de administração publica, alem
de alvarás de construções e outras pendências. O projeto básico nos mostra as soluções
intermediárias das especialidades do projeto.
A etapa de detalhamento do produto é representada com todos os seus detalhes, informações,
especificações, memoriais tudo isso graficamente, deixando da maneira mais clara a edificação a
ser executada. Nesta etapa é que ocorrem as especificações dos componentes da edificação, sob
forma de desenhos, nos auxiliando na execução de cada serviço.
Etapa de planejamento para execução é uma etapa de transição entre as etapas de elaboração de
projeto e a entrega final. Nela esta a articulação entre os projetos, o planejamento e a execução
da obra. Segundo Melhado (2005) o planejamento para execução possibilita a simulação das
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alternativas técnicas e econômicas propostas pelo construtor ou pelo representante do cliente,
incrementando a racionalização da produção e adequando o projeto à cultura construtiva da
construtora, favorecendo a gestão de custos e prazos de projetos.
Entrega final é a finalização e revisões do projeto executivo, atualizando todas as informações
necessárias do projeto que tinha sido modificada durante a execução da obra. Essa etapa ocorre
com o desenvolvimento iterativo e a entrega de trabalhos finais, revisados pelas equipes de
projetos e de obra. O produto final desta etapa é o Projeto As Built, que contém informações do
projeto executivo, mostrando todas as suas modificações ao longo do período de execução de
obra.
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2.4 Diferentes tipos de Projetos numa Edificação
Baseado em MARQUES (1979) e MESEGUER (1991), traçou-se uma configuração para a
composição de um projeto, que está ilustrada na figura 3.
Figura 3 – Configuração para a composição de um projeto.
Fonte: Tavares Júnior (2001, p. 30).
Esta configuração para o projeto propõe uma divisão em duas partes. Na parte gráfica
colocaram-se as disciplinas básicas (Arquitetura, Estrutura e de Instalações) e as disciplinas
complementares (Sistemas mecânicos e de Produção). Na parte escrita, consideraram-se os
elementos que irão também complementar as disciplinas gráficas, tais como:
Memorial Descritivo – é a descrição das soluções adotadas pelo projetista no seu trabalho;
Memorial de Cálculo – é a justificativa matemática das soluções adotadas em projeto, sendo
necessária em algumas disciplinas gráficas (Estrutura, Instalações Elétrica, Hidráulica,
Sanitária e Sistemas Mecânicos);
Caderno de Encargos – estabelece as condições indispensáveis para o processo construtivo
especialmente quanto à qualidade dos materiais e à tecnologia construtiva empregada;
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Orçamento – é o elemento que relaciona o processo construtivo com a parte financeira,
tornando-se assim um item muito importante para o projeto.
Existem vários tipos de projetos na construção civil para uma edificação. Levantamento
Topográfico, estudo de solo, projetos estruturais, projeto de instalações (elétrico, telefônico,
hidrosanitário) projeto arquitetônico, projeto preventivo contra incêndio, entre outros. Aqui no
caso deste trabalho iremos estudar apenas alguns deles, os que achamos mais necessários para
desenvolvermos os estudos de compatibilização de projetos.
2.4.1 Projeto Arquitetônico
O projeto arquitetônico é o processo pelo qual uma obra de arquitetura é concebida e também a
sua representação final. É considerada a parte escrita de um projeto. O objetivo principal de
projeto de arquitetura de uma edificação é a execução da obra idealizada pelo arquiteto. Essa
obra deve se adequar aos contextos natural e cultural em que se insere e responder as
necessidades do cliente e futuros usuários do edifício. O projeto arquitetônico pode contar com
uma gama de projetos, plantas baixas, como fachadas, cortes, detalhes de acabamentos e
esquadrias, entre outros, só que no nosso caso iremos apenas analisar a planta baixa da
edificação do pavimento pilotis, pavimento tipo e da cobertura.
2.4.2 Projeto Estrutural
Elaborado por calculistas (Engenheiro de Estruturas), visa adaptar o projeto arquitetônico ao
sistema estrutural mais adequado. Através de criteriosos cálculos, o dimensionamento da
estrutura proporciona ao cliente ganhos como: rapidez na execução da obra, economia de
investimentos em materiais excedentes, facilidade de obtenção de orçamentos como ferragens e
concreto usinado através da quantificação dos mesmos. Além de proporcionar segurança para
operários e futuros moradores. Os projetos estruturais também possuem vários tipos como
projeto de fundações, formas, dimensionamento de pilares, de vigas, entre outros. Para facilitar o
estudo iremos utilizar apenas as plantas de formas dos pavimentos da edificação, onde
encontramos as vigas e seus pilares.
2.4.3 Projeto de Instalações Elétricas e Telefônicas
Como o próprio nome já diz, é o projeto elétrico de uma edificação. Nesse projeto que mostra
onde que vai cada tomada na edificação, quanto vai consumir de energia, a potência de cada ela,
onde que está ligada, a que circuito pertence, quadro de medidores, quadro de disjuntores, enfim
toda a parte elétrica da residência. Já o projeto telefônico, nos mostra onde que fica os pontos do
telefone, do interfone, da antena da televisão. No nosso trabalho consta um projeto elétrico e
telefônico da edificação.
2.4.4 Projeto de Instalações Hidrosanitário
O projeto de instalação hidrosanitário tem a nos informar toda a parte de água e esgoto da
edificação, entre plantas baixas, detalhes, descida de prumada de água, barriletes, entre outros.
Aqui neste trabalho iremos apenas usar as plantas baixas da edificação.
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2.5 Falhas mais freqüentes de Projetos
Foram demonstradas em pesquisas que os erros são ocasionados por falhas de projeto fazem, e
vêem fazendo partes da rotina da maioria das construtoras e, normalmente, e só são descobertos
na hora da execução da obra. Alguns dados são apresentados por Oliveira et al. (2001) nos
mostra que no Brasil 52% das falhas na construção civil se relacionam os erros de execução, e os
48% restantes se dividem em problemas com projeto e na qualidade do material, bem como na
má utilização dos equipamentos e dos edifícios. Estes dados deixam evidentes as falhas
existentes no processo produtivo da construção e apontam para a importância e a necessidade do
setor em tentar melhorar a qualidade das edificações brasileiras.
Atrasos na entrega dos projetos, inadequações de memoriais descritivos, soluções técnicas
inadequadas, falta de interesse de projetistas em conhecer elementos da obra e revisões feitas por
técnicos não habilitados, são alguns dos problemas recorrentes nas obras. Isso gera na obra re-
trabalhos, aumento de custos, interferências dos projetos, etc.
Conforme ABRANTES (1995), a qualidade de uma construção tem que ser entendida como
sendo a capacidade de satisfazer as exigências dos respectivos utilizadores, em condições de uso
para que fosse prevista, e resulta da soma de três qualidades: a do planejamento, a do projeto e a
da execução da obra. O autor também afirma que a não qualidade é muitas vezes mais
importante em fases anteriores do processo de construção, ainda que as conseqüências não sejam
imediatamente visíveis, sendo as formas mais correntes de não-qualidade os sinistros que
ocorrem durante a fase de uso da obra. As origens destes sinistros são indicadas na tabela 1.
Tabela 1 – Origens dos problemas patológicos na construção civil
ORIGENS DOS PROBLEMAS (%)
Projeto 60,0
Construção 26,4
Equipamentos 2,1
Outros 11,5
TOTAL 100,0
Fonte: Abrantes (1995).
Segundo NOVAES (1998), devido à subestimação da importância das etapas do processo de
projeto, é possível observar-se um conjunto de procedimentos que tem contribuído para a
elaboração de projetos e especificações inadequadas e imprecisas:
Insuficiência de detalhes;
Incompatibilização entre a concepção e o detalhamento;
Falta de integração entre projetos distintos;
Ausência de conformidade entre o projeto e a produção.
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Também, com base em entrevistas, NASCIMENTO & FORMOSO (1998) destacaram os
seguintes problemas de projeto como os de maior freqüência em obra:
Peso excessivo dos componentes pré-fabricados;
Detalhes de acabamento que ficam a critério do cliente;
Nível de detalhamento do projeto insuficiente;
Cruzamento de tubulações elétricas e hidráulicas;
Posicionamento incorreto dos pontos elétricos;
Falta de especificação para execução dos serviços;
Falta de projeto executivo;
Falta de medidas;
Ferragens ou armaduras muito extensas que geram problemas de transporte;
Utilização de materiais frágeis;
Falta de informação quanto à utilização de novos materiais;
Mudanças imprevistas de projeto.
Neste mesmo trabalho, os autores fizeram um levantamento dos retrabalhos acontecidos durante
a coleta e chegaram à conclusão de que a origem desses problemas era devido a:
Erros de medida no projeto;
Incompatibilidades entre elementos construtivos;
Solicitações de modificações realizadas pelo cliente;
Incompatibilidades entre projetos;
Projeto não foi seguido ou ocorreu algum erro de leitura do projeto por parte da produção.
Melhado (1994) lembra ainda que, embora indesejáveis, podem ocorrer alterações nas
discriminações de materiais, cronogramas, métodos construtivos e até mesmo no projeto ao
longo da execução do empreendimento.
Formoso (1993) constatou, em sua pesquisa realizada sobre as dificuldades dos gestores
técnicos, que quase na totalidade das vezes, as reuniões realizadas entre projetistas e construtores
são feitas de maneira informal, através de visitas ou ligações telefônicas. Segundo o próprio,
apenas 11% das empresas adotavam comunicações por escrito. Mais de 90% das empresas
alteravam projetos durante a execução da obra, sendo que 22% delas revelaram que as obras
tinham início antes da conclusão dos projetos executivos.
Ainda podemos identificar alguns problemas comuns relacionados aos projetos, sendo que as
respostas mais freqüentes são complementares, como pode ser observado na Tabela 2, a seguir:
Tabela 2 – Falhas típicas de projetos apontados por construtoras
TIPO DE PROBLEMA (%)
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Incompatibilidade entre diferentes projetos 53,0
Erros ou diferenças de cotas, níveis, alturas 53,0
Falta de detalhamento dos projetos 48,0
Falta de discriminação de materiais e componentes 47,0
Detalhamento inadequado dos projetos 47,0
Discriminação falha de materiais e componentes 26,0
Fonte: FORMOSO (1993).
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2.6 Coordenação de Projetos
A coordenação de projeto é uma atividade de suporte ao desenvolvimento voltado à integração
dos requisitos e das decisões de projetos, ela tem que ser exercida durante todo o processo e o
seu objetivo é fomentar a interatividade, melhorando a qualidade dos projetos. Segundo o
professor da POLI-USP, Silvio Burratino Melhado em entrevista para Revista Téchne,
Abri/2006:
“As decisões tomadas nas fases iniciais do empreendimento têm grande participação na redução
dos custos e falhas do edifício e representam importante informação de apoio à produção”.
Portanto, Coordenação de Projetos, pode ser definida como uma função que faz parte da gestão
do processo de projeto que tem por objetivo garantir: o atendimento dos requisitos exigidos pelo
cliente, o fluxo de informações entre os participantes, o controle das mesmas e a compatibilidade
entre as soluções dos sistemas projetados.
De acordo com SOUZA et al (1994, p.142), “a coordenação é uma função gerencial a ser
desempenhada no processo de elaboração do projeto, com a finalidade de assegurar a qualidade
do projeto como um todo durante o processo. Trata-se de garantir que as soluções adotadas
tenham sido suficientemente abrangentes, integradas e detalhadas e que, após terminado o
projeto, a execução ocorra de forma contínua, sem interrupções e improvisos”.
Segundo ARANCIBIA, 2005, alguns autores identificam a coordenação de projetos num sentido
amplo como sendo a própria gestão do processo. Nesta dimensão, a mesma pode ser definida
como:
Definição, organização e planejamento das etapas do desenvolvimento de projetos, definindo
prazos, responsabilidades e o alcance dos mesmos;
Análise e controle das soluções técnicas propostas pelos projetistas, visando o melhor
desempenho da edificação, a racionalização de recursos e a adequação entre o projeto e a
prática construtiva do executor do empreendimento;
Controle global do processo em nível de recursos, comunicações, qualidade, custos e riscos
entre outros;
Integração geral e compatibilização entre os projetos de arquitetura e complementares.
As vantagens da coordenação de projetos é a redução de custos e a racionalização da obra. A
coordenação reduz ainda tempo de obra e melhora o desempenho do edifício. A qualidade dos
projetos tem impacto direto no orçamento, no planejamento e na execução da obra. Quanto
menos erros nos projetos, conceituais ou operacionais, menor a probabilidade de falhas na obra e
menores perdas financeiras. Uma coordenação bem executada melhora a qualidade dos projetos,
reduz custos, proporcionando um retorno do investimento realizado.
2.7 Compatibilização de projetos
Na construção de edificações, os projetos são geralmente desenvolvidos paralelamente pelos
diversos projetistas (arquitetura, estruturas e instalações), sendo reunidos somente na hora da
execução dos serviços (na obra). Este procedimento gera uma série de incompatibilidades que
comprometem a qualidade do produto final e causam perdas de materiais e produtividade. É
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fundamental que exista uma coordenação de projetos, que os compatibilize desde os estudos
preliminares (GOZZI & OLIVEIRA, 2001).
Marques (1979) apud Novaes (1997) entende caber distinção entre dois conceitos para projeto.
Um estático referente a projeto como produto, constituído por elementos gráficos e descritivos,
ordenados e elaborados de acordo com linguagem apropriada, destinado a atender às
necessidades da etapa de produção; e outros, dinâmicos, que confere ao projeto um sentido de
processo, através do quais as soluções são elaboradas e compatibilizadas.
Compatibilização de Projetos é a atividade de gerenciar e integrar projetos correlacionados,
tendo em vista o perfeito ajuste entre eles, conduzindo para a obtenção dos padrões de controle
de qualidade total de determinada obra. Também pode ser definida como: a análise, verificação e
correção das interferências físicas entre as diferentes soluções de projeto de uma edificação.
NOVAES (1998) afirmou que a compatibilização das disciplinas do projeto é uma ação
empreendida no âmbito da coordenação das soluções adotadas nos projetos do produto e nos
projetos para produção, assim como, nas especificações técnicas para a execução de cada
subsistema.
De acordo com Vanni et al. (1999), como princípio norteador do desenvolvimento do método de
compatibilidade de projetos, partiu-se da idéia básica de que as incompatibilidades entre os
diversos projetos – arquitetônico, estrutural, hidráulico, elétrico, etc., são decorrentes dos fluxos
ineficientes de informação nas diversas etapas de desenvolvimento do projeto. Mais ainda,
muitas das atividades desenvolvidas não agregam valor ao produto final, representando,
portanto, um desperdício.
Segundo Youssef (1994) apud Vanni et al. (1999), a compatibilidade de projetos é uma tarefa
voltada à execução de edificações, e tem de ser considerada como intrinsecamente interligada a
ela. Portanto, os projetos devem ser realistas, buscando adoção de medidas de racionalização
tanto no projeto como na execução, tendo em vista alcançar a construtibilidade do produto.
Segundo RODRÍGUEZ e HEINECK (2001), a compatibilização deve acontecer em cada uma
das seguintes etapas do projeto: estudos preliminares, anteprojeto, projetos legais e projeto
executivo, indo de uma integração geral das soluções até as verificações de interferências
geométricas das mesmas. Os mesmos autores indicam que a compatibilização fica facilitada na
medida em que ela é iniciada a partir dos estudos preliminares.
Para exemplificar, a compatibilização deve resolver as seguintes interferências entre um sistema
estrutural e outros sistemas: interferência como o layout de arquitetura (circulações espaços,
possíveis modificações), interferência da malha estrutural com espaços para garagens e
circulações de veículos ou interferência com caminhos horizontais e verticais das instalações, ou
encontro dos projetos elétricos e hidrosanitário, tal como quadro de disjuntores com tubulações
de passagens na laje.
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Silva (2004, p.59) diz que após a avaliação das soluções nos diversos projetos analisados, a
compatibilização se processa por meios manuais ou digitais. Esta autora diz que a
compatibilização de projetos é realizada através da superposição e análise de desenhos:
Manualmente, analisando cada um dos projetos em desenhos impressos, em material
translúcido ou em plantas plotadas. As incompatibilidades podem ser destacadas com
“nuvens” de revisão e classificadas por cor e disciplina, colocando-se, ao lado do desenho,
uma lista por disciplina de projeto;
Digitalmente, através de recursos de superposição de pranchas bidimensionais ou em 3D de
arquivos eletrônicos.
Aqui iremos analisar duas técnicas de compatibilidade, para que no final escolhermos não a
melhor, mas a que satisfaça o nosso trabalho.
2.8 Diferentes Técnicas de Compatibilidade
A primeira técnica de compatibilidade a ser estudada neste trabalho será a de Engenharia
Seqüencial, posteriormente falaremos da segunda técnica que é a Engenharia Simultânea.
2.8.1 Engenharia Seqüencial
Engenharia Seqüencial é baseada no modelo de conversão que é conceitualizado por KOSKELA
(1998) como uma conversão de entradas em saídas, sendo que seus princípios e suas deficiências
estão sendo explicados na tabela 3.
Tabela 3 - Princípios relacionados ao modelo de conversão e suas deficiências
PRINCÍPIOS DEFICIÊNCIAS
a
- O processo de conversão pode ser dividido em Oculta atividades de não-conversão (por vezes
subrocessos, que também são processos de chamadas perdas), conduz para pensamento que
conversão. todas atividades são similares.
b
- O custo de processo total pode ser minimizado Oculta a interdependência entre atividades;
pela minimização do custo de cada subprocesso. direciona a atenção para longe de possibilidades
para redução de custos completos, coordenados
e otimizados de atividades sucessivas.
c
- O método é vantajoso para separar o processo Sugere aumentar atividades de não-conversão
de produção do ambiente externo completo por causa de coordenação.
físico ou suporte organizacional
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d
- O valor da saída de um processo é associado Oculta a oportunidade de agregar valor para
com custos (ou valor) de entradas para atender às necessidades do cliente.
qualquer processo.
Fonte: (KOSKELA, 1998).
Assim como KOSKELA, TZORTZOPOULOS (1999) concorda com essa abordagem e aponta
que o projeto, bem como os outros processos de produção, são analisados e gerenciados como
um conjunto de conversões, no qual a atividade de projetar é encarada como uma transformação
de requisitos e necessidades dos clientes (internos e externos) em projetos satisfazendo essas
requisições.
Quanto à melhoria do processo, TZORTZOPOULOS (1999) comenta que o ganho em eficiência
e eficácia das atividades tem como embasamento o uso de ferramentas de projeto como o CAD2.
Em contramão à melhoria do processo, HUOVILA et al (1997), citados por TZORTZOPOULOS
(1999), apontam duas deficiências importantes no modelo de conversão:
Neste modelo, na análise do processo de projeto não fica bem explicitada a existência de
atividades que não agregam valor ao produto;
O modelo não identifica claramente os clientes específicos de cada etapa do processo, que
possuem requisitos diferenciados.
Devido à contribuição destas deficiências, os mesmos autores apontam alguns problemas que
se mantém no processo:
A existência de muitos requisitos que não são definidos no início do processo;
Erros de projetos são detectados em fases avançadas, causando retrabalhos;
A existência de poucas interações entre os projetistas;
Esperas para aprovações, instruções ou informações tomam a maior parte do tempo dos
projetistas;
As atividades do processo são desenvolvidas de forma seqüencial, e muitas vezes ocorrem
longos períodos de espera entre o desenvolvimento de ações subseqüentes;
Longa duração, alto custo e baixa qualidade dos projetos em geral.
A deficiência do modelo de Engenharia Seqüencial também é enfatizada por LESSA et al (1999,
p.3), que afirmam: “no modelo seqüencial de projeto, as atividades de planejamento do processo
e de avaliação e testes são realizadas numa etapa avançada do desenvolvimento do produto.
Assim, qualquer modificação no projeto causa: aumento dos custos devido ao retrabalho, atrasos
no lançamento previsto dos produtos, alto custo de fabricação para os novos produtos devido ao
baixo volume de fabricação, etc.”.
Portanto, por várias deficiências que este modelo de Engenharia Seqüencial apresenta, gerando
em conseqüência vários problemas, e da evolução dos fatores de competitividade produzidos
2 CAD - computer aided design
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pela globalização dos mercados, este modelo de Engenharia Tradicional perdeu espaço para uma
nova forma de organização, que é a Engenharia Simultânea.
2.8.2 Engenharia Simultânea
Podemos chamar Engenharia Simultânea também de Engenharia Paralela que tem origem do
inglês concurrent engineering, também chamada de simultaneous engineering ou parallel
engineering.
Conforme Broughton (1990) apud Evbuomwan & Anumba (1998) define Engenharia Simultânea
como uma tentativa para otimizar o projeto de produtos e processos de manufatura, para reduzir
tempos e melhorar a qualidade e o custo, por meio da integração das atividades de projeto e de
manufatura e da maximização do paralelismo nas práticas de trabalho.
Para Lugli & Naveiro (1996) a Engenharia Simultânea é definida como a maneira de conduzir a
atividade de projeto de forma que as várias atividades relacionadas à progressão do projeto são
integradas e realizadas, sempre que possível, em paralelo ao invés de seqüencialmente. Mais
especificamente, “Engenharia Simultânea é a consideração, durante a fase de projeto, dos fatores
associados ao ciclo de vida do produto. Eles incluem fabricação, montagem, teste, manutenção,
custo e qualidade” (O’GRADY & YOUNG, 1991 apud LUGLI & NAVEIRO, 1996, p.3).
De acordo com Rufino (1999), para a elaboração de um projeto com base na Engenharia
Simultânea, denominado de Projeto Simultâneo, é necessário haver um desenvolvimento em
conjunto e integrado de todas as fases do produto (projeto), como mostrado na Figura 4. Pode-se
concluir, a partir desta Figura, que as bases do Projeto Simultâneo são (FABRICIO 1998 apud
RUFINO, 1999):
Fomento à interatividade entre os participantes da equipe multidisciplinar, com ênfase para o
papel do coordenador de projetos como fomentador do processo;
Integração no projeto de visões de diferentes agentes do processo de produção, através da
formação de equipes multidisciplinares;
Forte orientação para a satisfação dos clientes e usuários (transformação das aspirações dos
clientes em especificações de projeto).
Realização em paralelo de várias etapas do processo de desenvolvimento de produto, em
especial, desenvolvimento conjunto de projetos do produto para a produção;
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Figura 4 - Interação de etapas no desenvolvimento de um novo empreendimento com
Projeto Simultâneo.
Fonte: FABRICIO (1998), apud RUFINO (1999).
Fazendo uma rápida comparação entre a Engenharia Seqüencial e a Engenharia Simultânea, o
primeiro aspecto a ser analisado será o processo de desenvolvimento do produto. Enquanto a
característica mais predominante do desenvolvimento de projeto pela engenharia tradicional é
justamente a sequenciamento das etapas constituintes de projeto, ocasionando algumas
deficiências, como: falta de integração entre as diversas etapas. Deficiência na troca sistemática
de informações e acréscimo de retrabalhos, TZORTZOPOULOS (1999), apud MELHADO
(1994), tem ainda outras deficiências relevantes, que são: o levantamento das necessidades dos
clientes para concepção do produto que é feita d maneira precária, BAIA & MELHADO, (1998),
ausência da coordenação de projetos, FABRICIO & MELHADO, (1998).
Já a Engenharia Simultânea aplica à execução de projetos, como seu próprio nome diz, executa
as etapas de projetos simultaneamente. Verifica-se também que o desenvolvimento do projeto do
processo de produção (definição do processo tecnológico, planejamento da produção, projeto
para produção) é feito em paralelo com o projeto do produto (briefing, estudo preliminar,
anteprojeto, projeto legal e projeto executivo).
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Com esse novo arranjo, propiciam-se melhores condições para uma maior integração entre as
etapas de projeto, melhorias na sistemática de informações e conseqüente diminuição de
retrabalhos, que são justamente os fatores em que o modelo tradicional apresenta deficiência.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O processo de desenvolvimento de produtos na construção de edifícios apresenta uma série
de deficiências que vão repercutir negativamente na qualidade dos produtos gerados e na
eficiência da construção. O pobre desempenho dos projetos, frente a seus clientes internos e
externos, está intimamente associado a pouca interatividade entre os agentes envolvidos no
processo de projetos do setor. Como alternativa a este quadro, a utilização do conceito de
Projeto Simultâneo se mostra potencialmente promissor na busca por processos de projetos
orientados ao desenvolvimento integrado das várias especialidades de projeto, com
significativas repercussões na qualidade do projeto. Para operacionalização dos Projetos
Simultâneos foram propostas alterações no encadeamento das etapas de projeto de forma a
privilegiar o paralelismo entre etapas de projeto e a interatividade entre os executores destas
etapas, de forma a buscar um processo de projetos orientado à análise precoce das
repercussões das especificações adotadas e de alternativas que propiciem uma ampliação do
desempenho dos projetos segundo uma visão global do empreendimento.
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