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COLÉGIO ESTADUAL SENADOR CORREIA ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PONTA GROSSA 2010

COLÉGIO ESTADUAL SENADOR CORREIA · 10.3.7.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LABORATÓRIO DE MONTAGEM TEATRAL 200 ... 10.4.9.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

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COLÉGIO ESTADUAL SENADOR CORREIA

ENSINO FUNDAMENTAL, MÉDIO E PROFISSIONAL

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PONTA GROSSA

2010

2

I. APRESENTAÇÃO 10

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO 13

1.1. ASPECTOS HISTÓRICOS DO COLÉGIO 13

1.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO 14

1.3. ESPAÇO FÍSICO 16

1.4. PRÉDIO ESCOLAR 17

1.5. EQUIPAMENTOS 17

1.6. BIBLIOTECA 17

2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR 17

2.1.MODALIDADE DE ENSINO 17

2.2.ORGANIZAÇÃO DO TEMPO, ESPAÇO E FAZER PEDAGÓGICO 18

2.3.PARECER E RESOLUÇÃO DO CREDENCIAMENTO DA INSTITUIÇÃO 19

2.3.1.ENSINO FUNDAMENTAL 19

2.3.2.EDUCAÇÃO PROFISSIONAL 19

2.3.3. CELEM 20

2.3.4.TÉCNICO EM PUBLICIDADE 20

3. ASPECTOS QUANTITATIVOS 20

3.1.QUADRO DEMONSTRATIVO DE PESSOAL 21

3.1.2.TÉCNICO ADMINISTRATIVO, PEDAGOGO E APOIO 21

3.1.3.CORPO DOCENTE 23

II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 27

4.OBJETIVO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO 27

4.1.OBJETIVOS GERAIS 27

4.2.OBJETIVOS ESPECÍFICOS 27

4.3.PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR 29

4.4.PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO. 30

III. ATO SITUACIONAL 32

3

5.PERFIL 32

5.1.PAPEL DA ESCOLA NA REALIDADE 32

5.2.PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR 32

6.MODALIDADES QUE O COLÉGIO OFERECE. 33

6.1.ENSINO FUNDAMENTAL 33

6.2.ENSINO MÉDIO – CURSO TÉCNICO EM PUBLICIDADE - EIXO PROFISSIONAL, PRODUÇÃO CULTURAL E DESING – INTEGRADO

34

6.3.TÉCNICO EM ARTE SUBSEQUENTE 34

6.4.EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA) 35

6.5.CURSO CELEM – ESPANHOL 36

6.6.SALA DE RECURSOS 36

6.7.SALA DE APOIO – LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA 41

7. REFLEXÃO TEÓRICO-PRÁTICA 41

IV. ATO CONCEITUAL 42

8.CONCEPÇÕES 43

8.1. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE 43

8.2.CONCEPÇÃO DE HOMEM 43

8.3.CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO 44

8.4.CONCEPÇÃO DE ESCOLA 45

8.5.CONCEPÇÃO DE ESCOLA DEMOCRÁTICA 45

8.6.CONCEPÇÃO DE FORMAÇÃO CONTINUADA 46

8.7.CONCEPÇÃO CURRICULAR 48

8.8.PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM 48

9.AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM 49

9.1.DADOS ESTATÍSTICOS REFERENTES AO APROVEITAMENTO DOS ALUNOS 50

4

10.PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL E ENSINO MÉDIO

54

10.1.MATRIZ DO ENSINO FUNDAMENTAL 55

10.1.1. PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL 56

10.1.1.1.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTES 56

10.1.1.2. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS 63

10.1.1.3. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 73

10.1.1.4.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO 78

10.1.1.5.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA 81

10.1.1.6. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA HISTÓRIA 90

10.1.1.7.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA 95

10.1.1.8.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA 116

10.1.1.9.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LEM

125

10.2.MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM PUBLICIDADE 135

10.2.1.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA EDUCAÇÃO FÍSICA 136

10.2.2.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA 140

10.2.3.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA GEOGRAFIA 144

10.2.4.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA HISTÓRIA 148

10.2.5.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À PUBLICIDADE

153

10.2.6.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA

157

10.2.7.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA 164

10.2.8.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MÍDIAS EM PUBLICIDADE 169

10.2.9.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA 172

10.2.10.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE RELAÇÕES INTERPESSOAIS

176

10.2.11.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA 179

10.3.MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM ARTE DRAMÁTICA – ATOR CÊNICO

185

10.3.1.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE IMPROVISAÇÃO TEATRAL 186

10.3.2.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE TÉCNICA DE EXPRESSÃO 189

5

VOCAL

10.3.3.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INTERPRETAÇÃO TEATRAL 191

10.3.4.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ILUMINAÇÃO, CENOGRAFIA E SONOPLASTIA

193

10.3.5.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INDUMENTÁRIA E CARACTERIZAÇÃO

196

10.3.6.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DO TEATRO 197

10.3.7.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LABORATÓRIO DE MONTAGEM TEATRAL

200

10.3.8.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ORGANIZAÇÃO E PRODUÇÃO TEATRAL

202

10.3.9.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EXPRESSÃO CORPORAL 204

10.3.10.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LITERATURA DRAMÁTICA 207

10.3.11.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS DO TRABALHO

210

10.3.12.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DE ARTE 212

10.4.MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II, PRESENCIAL DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

216

10.4.1.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA 217

10.4.2.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE 226

10.4.3.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA -LEM

232

10.4.4.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 236

10.4.5.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO MATEMÁTICA 240

10.4.6.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS NATURAIS 253

10.4.7.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA 258

10.4.8.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA 262

10.4.9.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO 268

10.5.MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE ENSINO MÉDIO, PRESENCIAL DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 271

10.5.1.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA PORTUGUESA E LITERATURA 272

10.5.2.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA ESTRANGEIRA MODERNA – LEM. 283

6

10.5.3.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE 290

10.5.4.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA 293

10.5.5.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA 296

10.5.6.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 302

10.5.7. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA 305

10.5.8. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA 309

10.5.9.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA 315

10.5.10.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA 320

10.5.11.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA 326

10.5.12.PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA 330

V. ATO OPERACIONAL 334

11. A ESCOLA QUE DESEJAMOS 334

12. CONCEPÇÃO DE CULTURA AFRO 335

13. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL 337

14. CONCEPÇÃO DO ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS INDÍGENAS DO BRASIL

338

15. CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E CULTURA DO PARANÁ 339

16. PLANOS DE AÇÃO E CARACTERIZAÇÃO 339

16.1. PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO ESCOLAR 339

16.2. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA 341

16.3. O PROFESSOR ENQUANTO EDUCADOR 343

16.4. ALUNO CRÍTICO E REFLEXIVO 344

16.5. FUNCIONÁRIO PARCEIRO 344

17. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA ESCOLA 345

17.1. INSTÂNCIAS COLEGIADAS 346

17.2. CONSELHO ESCOLAR 346

17.3. APMF (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS 347

17.4. GRÊMIO ESTUDANTIL 348

17.5. CONSELHO DE CLASSE 348

7

18. PROJETOS QUE O COLÉGIO PRETENDE DESENVOLVER 349

18.1. ESTUDOS DOS DOCUMENTOS LEGAIS (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ECA E REGIMENTO ESCOLAR

349

18.2. PROJETO COM O TEMA: INCLUSÃO SOCIAL E CULTURA NEGRA 350

18.3.PROJETO DE INTEGRAÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PROFISSONALIZANTE AO MUNDO DO TRABALHO

350

19. PROJETOS MAIS EDUCAÇÃO – VIVA A ESCOLA 351

19.1. TEATRO – MAIS EDUCAÇÃO 351

19.2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL – MAIS EDUCAÇÃO 353

19.3. VIVENDO O VOLEIBOL – MAIS EDUCAÇÃO 355

19.4. XADREZ NA ESCOLA – MAIS EDUCAÇÃO 357

19.5. PRESERVAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL – MAIS EDUCAÇÃO 360

19.6. CONTANDO E CANTANDO A CIDADE DE PONTA GROSSA 362

20.REFERÊNCIAS 364

8

9

APRESENTAÇÃO

“Caminho caminhando, refazendo e retocando o sonho

pelo qual se pôs a caminhar.”

(PAULO FREIRE)

O presente Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Senador

Correia – Ensino Fundamental, Médio e Profissional vem atender o disposto no

Art. 12 da LDB e os princípios da Secretaria de Estado da Educação e

Superintendência da Educação sob a Instrução nº 006/2010 – SUED/SEED.

O Projeto Político Pedagógico apresenta a linha mestra de ação do

estabelecimento de ensino, evidenciando a organização do trabalho

pedagógico escolar como um todo, em suas especificidades, níveis e

modalidades.

A reformulação desse projeto tem a finalidade de apresentar as linhas

norteadoras revelando a necessidade de construir uma educação básica

voltada para a cidadania e para a garantia do aluno do acesso a construção

dos conhecimentos indispensáveis para a sua formação.

A proposta pedagógica do Colégio tem como finalidade a preparação

ativa e transformadora das várias instâncias da vida social, passando pelo

cuidado na formação das novas gerações e pressupondo o desenvolvimento

da prática educativa.

Assim, entendemos esse colégio como uma instituição educacional cuja

tarefa extrapola os limites da escola convencional, embora não pretenda cobrir

todas as instâncias educacionais existentes na sociedade.

Considerando os desafios educacionais contemporâneos no sentido de

garantir o acesso e a permanência do aluno na escola, bem como sua

formação dentro de parâmetros de atendimento às necessidades da vida, o

Colégio Senador Correia procura responder às novas exigências do momento

histórico.

O Colégio Estadual Senador Correia deve oportunizar condições de

escolaridade acrescida de atividades educativas ligadas às áreas de esporte,

cultura, meio ambiente e saúde, desenvolvidas através de projetos específicos

os quais pretendem atingir toda a clientela escolar.

10

A escola de hoje deve ser um espaço que haja como uma instituição

aberta, que atue ao lado das outras instituições sociais, formando com elas um

sistema de comunicação e cooperação.

O ponto de partida da tarefa educativa é a realidade do aluno, que deve

ser trabalhada no sentido da sua superação dialética, ou seja, a incorporação

do ‘’velho’’ na articulação de uma nova configuração do conhecimento e da

prática.

Assim, pretendemos a formação da pessoa, entendida como o ser

humano em todas as suas dimensões, sujeito de múltiplas determinações, o

que implica compreendê-lo na sua totalidade, situado histórica e socialmente.

Nossa tarefa educativa é o pleno desenvolvimento da pessoa, seu

preparo para o exercício da cidadania e também sua qualificação para o

mercado de trabalho.

Entendemos que é primordial que haja a valorização do educando

enquanto pessoa que tem saberes, sentimentos, valores, responsabilidades,

direitos e deveres, enquanto cidadão capaz de conviver de maneira crítica e

participativa numa sociedade com influências de outras culturas, e marcada por

diferenças de classes e grupos sociais.

Para tanto, a cidadania é construída mediante todo o processo em que o

indivíduo se percebe como sujeito de uma sociedade. O que fundamenta a

formação da pessoa e do cidadão é a idéia de trabalho como ação humana que

modifica o meio natural e social e é entendido como princípio educativo,

possibilitando a descoberta do novo, renovando saberes que transformam a

prática.

Caberá aos profissionais do Colégio Estadual Senador Correia, dar

condições para o aluno formar-se e construir-se, permitindo que o mesmo

compreenda a sua realidade e sua participação no meio onde vive. Para isso,

devemos oferecer oportunidades para que o educando perceba que o

conhecimento se dá através da integração dos conteúdos curriculares e de

outras oportunidades educativas. É esse o corpo de conhecimentos que o

instrumentaliza para compreensão e modificação da realidade.

Desenvolver essa proposta implica, também, em estabelecer um

trabalho coletivo que busca oferecer oportunidades de educação diferenciada,

interativa e com vistas à construção de um espaço democrático. Estabelecer

11

esse trabalho implica criar condições de efetiva participação, ou seja, garantir o

conhecimento da proposta e seu entendimento como processo de construção

participativa. Assim a definição de papéis e funções tem como pré-requisito o

envolvimento de todos como autores da proposta e, em conseqüência, em

assumir conjunto da responsabilidade pela sua concretização.

As experiências vivenciadas indicam a necessidade de traçarmos novos

caminhos e diretrizes que propiciem maior envolvimento das pessoas

envolvidas no processo pedagógico.

Neste sentido, a construção da proposta pedagógica deve nortear

nossas ações para que possamos proporcionar um ensino de boa qualidade.

As constantes transformações na sociedade provocam mudanças na

estrutura de funcionamento do processo de ensino, nesse sentido torna-se

necessário elaborar um Projeto Político Pedagógico que corresponda ao nível

de aspiração da comunidade, que garanta a qualidade de ensino, condição

fundamental para a formação integral do ser humano.

A elaboração desta proposta, de cunho político pedagógico, resultado de

nossas discussões e reflexões, estrutura-se a partir da delimitação do que

pretendemos no Colégio Estadual Senador Correia enquanto totalidade que se

concretiza nas diferentes ações que desenvolvemos.

Diante do exposto até aqui, percebemos nossa opção por uma

perspectiva democrática e humanista de educação. Nessa perspectiva, o

conhecimento individual é entendido como resultado da relação entre a história

individual. A partir dessa concepção, nosso objetivo, enquanto profissionais,

pode ser sumarizado nos seguintes termos: fornecer instrumentos para que o

aluno possa construir seu próprio conhecimento a partir da compreensão da

sua história, da história do bairro em que vive e da sociedade.

O saber sistematizado que o homem adquire exerce um papel

fundamental, pois permite ampliar a sua compreensão da realidade. Assim,

enquanto atividades escolares buscaram ampliar a visão de mundo, levando o

aluno a um melhor entendimento e enfrentamento dos acontecimentos que o

rodeiam.

Para concretizar a proposta de ensino de boa qualidade que abordamos

nesse documento, apresentamos o que vamos fazer, em termos de objetivos e

linhas de procedimento.

12

O Projeto Político Pedagógico que estamos apresentando resulta da

soma de esforços coletivo entre profissionais comprometidos com a educação

e com a qualidade do ensino de modo a atender as necessidades

socioeconômicas, históricas e culturais que caracterizam a sociedade atual.

1. IDENTIFICAÇÃO DO ESTABELECIMENTO

COLÉGIO ESTADUAL SENADOR CORREIA – ENSINO FUNDAMENTAL E

MÉDIO E PROFISSIONAL – Código 00211.

1.1. ASPECTOS HISTÓRICOS DA ESCOLA

O Colégio Estadual Senador Correia, Ensino Fundamental e Médio,

pioneiro da instrução pública no município, foi criado pela Lei nº 1.201, de 28

de março de 1912.

Nasceu da fusão de duas escolas isoladas, recebendo a denominação

de Grupo nº 2 e, no mesmo ano pelo Decreto nº 324 de 13 de abril, passou a

denominar-se Casa Escolar Senador Correia. Ainda, nesse mesmo ano,

iniciou-se a construção do prédio, na Praça Roosevelt, e o Colégio foi instalado

oficialmente em 18 de maio de 1942.

A história do Colégio e a de Ponta Grossa desenvolvem-se

entrelaçadas, pois durante 15 anos foi a única escola oficial do estado na

cidade, visto que a fundação do Colégio Normal Primário ocorreu apenas em

1924, e a fundação da Escola Estadual Regente Feijó, em 1927.

O Colégio Senador Correia recebeu esta denominação como uma justa

homenagem a um paranaense nascido em Paranaguá, chamado Manoel

Francisco Correia, eleito Senador do Império pela província do Paraná.

Dedicado à causa da instrução pública, promoveu conferências, palestras

sobre ensino, fundou institutos, bibliotecas, museus e escolas. Foi

cognominado “o Fundador de Escolas”, razão plenamente suficiente para

receber esta justa homenagem.

O colégio, por ser pioneiro da instrução pública no município, foi

responsável pela educação de inúmeras gerações de ponta-grossenses e que,

13

por suas ações na comunidade, enaltecem o Colégio onde realizaram seus

estudos.

Até o ano de 1992, funcionaram duas classes de pré-escolas, as quais

foram desativadas em função da municipalização do ensino desencadeada em

Ponta Grossa a partir de 1993.

O Colégio, situado no centro da cidade, funciona num prédio construído

na década de 60, em substituição ao prédio original datado do início do século.

O prédio de dois andares contém 12 salas de aula, todas com boa

iluminação e grandes janelas de vidro. Dispomos ainda de biblioteca,

laboratório, sala de vídeo, arquivo morto, almoxarifado, cozinha, dispensa,

salas destinadas à Direção, Secretaria, Equipe Pedagógica e sala para guardar

material de Educação Física. Possui, também, um auditório com capacidade

para 300 pessoas, um gabinete odontológico, sala de professores, sala de

funcionários e 18 instalações sanitárias para alunos, alunas e professores.

1.2. ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO

O Colégio Estadual Senador Correia, é uma escola ampla, que conta

com 2.689,50 m2. Possui doze salas de aulas, em pleno funcionamento. Em

sua maioria são salas espaçosas, ventiladas, com piso em taco de madeira,

iluminadas e acortinadas. O número de carteiras é suficiente para favorecer a

clientela dos três períodos e atende o total de alunos matriculados.

O Colégio também conta com quatro salas especiais, onde funcionam:

Laboratório de Informática, Laboratório de Ciências/Biologia, Biblioteca e Sala

de Jogos. As salas são utilizadas para os fins os quais se destinam e

diariamente estão funcionando nos três turnos.

O Laboratório de Informática é utilizado seguindo um cronograma de

agendamentos com vistas à oportunidade de desenvolver as diferentes

habilidades tecnológicas nos alunos. Já o Laboratório de Ciências/Biologia

serve para que os alunos possam se integrar, juntamente com os professores

nas experiências trabalhadas e também ampliar seus conhecimentos sobre os

conteúdos trabalhados.

14

A biblioteca é considerada um espaço pedagógico centralizador da

cultura, onde os educandos podem promover estudos de instrumentalização

acerca das diferentes áreas do conhecimento.

A sala de jogos destina-se ao trabalho com alunos que possuem

dificuldades de aprendizagem e necessitam de um acompanhamento, bem

como para promover recursos diferenciados para os professores para o

trabalho de sua disciplina.

O Colégio possui um amplo pátio interno o qual é utilizado como espaço

para recreação, aulas de Educação Física, direcionamento de trabalhos

coletivos e também refeitório. Na quadra de esportes externa praticam-se as

atividades da disciplina de Educação Física.

Possui também sala de direção, secretaria e sala de professores que

são utilizadas para os determinados fins.

A cantina escolar conta com espaço para manipulação e preparação de

alimentos como também de uma sala para depósito da merenda escolar.

O colégio conta também com dezoito instalações sanitárias para alunos,

alunas e professores com adaptação para o portador de necessidade especial.

As instalações do banheiro são revestidas com azulejos, favorecendo sua

limpeza e higiene.

O auditório do colégio tem capacidade para 300 pessoas e possui um

espaço bem agradável e amplo para o direcionamento de palestras, oficinas,

reuniões, apresentações artísticas e treinamento de representações teatrais do

Curso de Arte Dramática.

Este estabelecimento de ensino é mantido pelo Governo do Estado do

Paraná e tem como recursos o Fundo Rotativo, para a manutenção das

despesas. O ambiente da instituição é composto por um espaço organizado de

forma a propiciar um ambiente agradável e acolhedor, o que torna favorável à

aprendizagem e integração do aluno.

15

1.3. ESPAÇO FÍSICO

- 13 salas de aula;

- 01 sala de Direção;

- 01 sala de Secretaria;

- 01 Biblioteca;

- 01 sala de Informática;

- 01 sala para Laboratório de Ciências/Biologia;

- 01 sala de Jogos;

- 01 sala de Professores;

- 01 sala de Equipe Pedagógica;

- 01 cozinha;

- 01 sala para depósito para merenda escolar;

- 01 auditório de capacidade para 300 pessoas;

- 06 sanitários femininos;

- 06 sanitários masculinos;

- 01 sanitário para alunos especiais;

- 01 sanitário para professores;

- 04 sanitários no auditório;

- 01 pátio interno;

- 01 quadra de esportes;

- 01 almoxarifado;

- 01 sala para guardar materiais de Educação Física;

- 01 sala de Recursos.

1.4 PRÉDIO ESCOLAR

- Área do terreno: 2.277.00 m2

- Área construída: 2.689,50 m2

1.5. EQUIPAMENTOS

- 11 televisões com entrada para pendrive;

- 20 computadores no laboratório de informática;

16

- 04 retro projetores;

- 01 projetor de slides;

- 01 spyn-light;

- 03 aparelhos de DVD;

- 03 rádios;

- 05 computadores;

- Aparelhos diversos do laboratório de Ciências;

- 03 impressoras a laser;

- 06 computadores para uso da secretaria e equipe administrativa;

- 01 caixa de som com amplificador;

- 01 mesa de som com dois microfones;

- Diversos jogos pedagógicos para o ensino da leitura e da matemática.

1.6. BIBLIOTECA

- Aproximadamente 5000 livros em seu acervo.

2. ORGANIZAÇÃO DA ENTIDADE ESCOLAR

2.1. Modalidade de Ensino

- Ensino Fundamental de 5.a a 8.a série

- Educação de Jovens e Adultos – Ensino Fundamental e Médio (EJA)

- Ensino Médio Técnico em Publicidade Integrado

- Técnico em Arte Dramática Subsequente

- Celem – Espanhol básico

2.2. ORGANIZAÇÃO DO TEMPO, DO ESPAÇO E DO FAZER

PEDAGÓGICO

O Colégio Estadual Senador Correia, destaca a autonomia do professor

enquanto compromisso e cumplicidade com os alunos, estabelecendo assim

um voto de confiança na capacidade de todos para aprender.

17

Diante disso, sabemos que a autonomia também pode ser construída a

partir de qualificação permanente, onde a escola organizará mecanismos de

divulgação de informações recebidas a respeito dos cursos de capacitação

para que os professores estejam sempre informados sobre os mesmos.

Salientamos que a formação continuada é instituída também pela

organização da hora-atividade que é destinada a assuntos educacionais de

interesse da comunidade como: estudos, reflexões sobre os conteúdos

curriculares, elaboração de projetos, trocas de experiências, correção de

tarefas e também atendimento aos alunos e pais.

No colégio, à hora-atividade é organizada de acordo com as orientações

do NRE, possibilitando o encontro interdisciplinar entre as disciplinas afins, de

modo que favoreça o bom rendimento escolar do aluno e propiciando um

trabalho compartilhado e coletivo.

O acompanhamento das atividades executadas durante a hora-atividade

é de responsabilidade da equipe pedagógica e o gestor escolar. O quadro de

distribuição da hora-atividade está sempre exposto na sala dos professores,

equipe pedagógica, sala da direção e secretaria, para que todos possam se

organizar quanto à preparação das atividades escolares.

Este trabalho sistemático, porém organizado e intencionalmente coletivo

visa desenvolver a construção da identidade e da autonomia dos alunos bem

como trabalhar com o desenvolvimento integral e harmônico do educando.

Nesta busca constante, o colégio está aberto para a comunidade e, isto

se concretiza afetivamente na ação da escola como um todo, direção, equipe

pedagógica, secretaria, biblioteca, funcionários, ação do professor, dos alunos

e dos pais, na contextualização dos conteúdos elencados e nos objetivos a

serem atingidos.

2.3. PARECER E RESOLUÇÃO DO CREDENCIAMENTO DA INSTITUIÇÃO

2.3.1. ENSINO FUNDAMENTAL

Resolução de Autorização de Funcionamento do Estabelecimento:

Resolução n.º 1406 – DOE 30/12/1975.

18

Resolução de Reconhecimento do Estabelecimento:

Resolução n.º 2684 – DOE 07/12/1981.

Resolução de Renovação de Reconhecimento do Curso:

Resolução n.º 2475 – 02/10/2003.

2.3.2. EDUCAÇÃO PROFISSIONAL

Resolução de Autorização de Funcionamento do Curso Técnico em

Artes Cênicas: Resolução n.º 230/09.

Resolução de Autorização de Funcionamento do Curso Técnico em

Publicidade – Processo em andamento.

2.3.3. CELEM

Resolução de Autorização de Funcionamento dos Cursos do CELEM:

Resolução n.º 3977/2006 – DOE 24/08/06.

2.3.4. TÉCNICO EM PUBLICIDADE INTEGRADO

Reconhecimento e processo em andamento.

3. Aspectos Quantitativos

TURNO NÚMERO DE TURMASManhã 13Tarde 06Noite 07

TURNO NÚMERO DE ALUNOSManhã 434

19

Tarde 206Noite 221

TURNO NÚMERO DE PROFESSORESManhã 23Tarde 14Noite 17

TURNO NÚMERO DE PROFESSOR

PEDAGOGOManhã 02Tarde 02Noite 02

TURNO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS

ADMINISTRATIVOMANHÃ 3TARDE 3NOITE 3

TURNO NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS

SERVIÇOS GERAISMANHÃ 3TARDE 3NOITE 3

3.1. QUADRO DEMONSTRATIVO DE PESSOAL

3.1.2. TÉCNICO ADMINISTRATIVO, PEDAGOGO E APOIO

NOME FUNÇÃOMarcia Terezinha Costa DireçãoVera Marli Viezer Calil Diretor Auxiliar

Maristela Batista da Cunha

Fischer

Secretária

Rosângela do Rocio Bueno Apoio Técnico

AdministrativoClaiton José Martiniak Apoio Técnico

AdministrativoRosana Senger Kochmann Apoio Técnico

Administrativo

20

Sirlei Dolizete Miguel Apoio Técnico

AdministrativoMaria Luiza Moro Batista Técnico PedagógicoMaria Aparecida Furmann

Zappe

Técnico Pedagógico

Ignes Amorim Figueiredo Técnico PedagógicoLeonilda Catarina Ahren Técnico PedagógicoDenise Machado Sguario Técnico Pedagógico

Ieda Mari de Medeiros Coordenador de

CursoEnilce do Rocio Mauda Coordenador de

CursoGerse Maria Lopes Auxiliar de serviços

geraisAmélia Gonçalves de Deus Auxiliar de serviços

geraisAcir José Coito Auxiliar de serviços

geraisRosani Eunice da Silva Auxiliar de serviços

geraisRoseane Edvigens Ramos Auxiliar de serviços

geraisSilvia Maria Martins dos

Santos

Auxiliar de serviços

geraisElenir Rocio Ribeiro Auxiliar de serviços

gerais

21

3.1.3. CORPO DOCENTE

NOME DISCIPLINA QUE ATUAFabio Martins Arte

Ieda Mari de Medeiros ArtePaulo Henrique de

Ramos

Arte

Cleisiara Vecchia ArteLiliane Margraf Ciências

Scheyla Mara Silvério CiênciasAndrea Valéria Xavier Ciências

Ana Paula Silveira CiênciasMaria Virginia Bourguig Ciências

Joziane das Graças CiênciasLuiz Alberto Guimarães Ciências

Gilberto Garcia dos

Santos

Ciências

Cesar Amauri Silva Educação FísicaMarilis Balzer Maciel Educação FísicaZulmara de Fátima

Ribeiro

Educação Física

Vera Marli Viezer Calil Educação FísicaRicardo Correa Machado Educação Física

Lindacir Aparecida da

Silva

Ensino Religioso

Maria Elisete Coelho

Vieira

Ensino Religioso

Solange de Lurdes Torres Ensino ReligiosoDalmo João Salles Geografia

Roseli Bidas Vicente GeografiaMarilvia Chimaleski

Pereira

Geografia

Roberto Meira Pinto GeografiaCaroline da Silva Paz GeografiaMarines da Conceição Geografia

Erickson Fernando Telle GeografiaDouglas Cassins Moreira Geografia

Lindacir Aparecida da

Silva

História

Solange de Lurdes Torre HistóriaLuciane de Abreu

Francisquini

História

Maria Elisete Coelho

Vieira

História

22

Marisa Pereira Barabach HistóriaVera Teresinha Nunes História

Lucilene Palinski de

Macedo

L.E.M. – Inglês

Luciane de Cássia

Andrade

L.E.M. – Inglês

Luciana Teixera Jacob L.E.M. – InglêsCleisiara Vecchia L.E.M. – Inglês

Flavia Vanessa Starke Língua Espanhola –

CELEMAmarili Sequeira

Nogueira

Língua Espanhola –

CELEMEliana Vieira Machado Língua Espanhola –

CELEMMari Ester Nascimento Língua PortuguesaRegina Janiaki Copes Língua Portuguesa

Maria de Lourdes Bertol Língua PortuguesaLuciana Teixeira Jacob Língua Portuguesa

Luciane de Cássia

Andrade

Língua Portuguesa

Edilene de Fátima

Pistuache

Língua Portuguesa

Stefan Wolcz Filho Língua PortuguesaVera Lucia Mazur Benass Língua Portuguesa

Rosana de Fátima

Chibinski

Matemática

Valquíria Glinski MatemáticaTânia Beatriz Gabardo Matemática

Eliana Guimarães

Szumsk

Matemática

Mariana da Silva

Nogueira

Matemática

Marselha Aparecida

Wiecheteck Gobel

Matemática

Rosangêla Teixeira dos

Santos

Matemática

Luciane de Cássia

Andrade

Sala de apoio – Língua

PortuguesaArlene Cristiane Martin Sala de apoio –

MatemáticaPatrícia Jardim Strack Química

Mileide Aparecida Ribeiro Introdução a publicidade

23

Mileide Aparecida Ribeiro Mídias em publicidadeCezar Luis Panazzolo Filosofia

Patricia dos Santos SociologiaMileide Aparecida Ribeiro Relações interpessoais

Clice Isabel Sabino

Demengeon

Apoio em sala de aula

com alunos com TGDElisângela Mauda História da Arte

Carlos Alexandre Martin História do TeatroCarlos Alexandre Martin Literatura DramáticaRegiane Patricia Kusnic Expressão CorporalJosé Fernando de Meira Expressão CorporalCarlos Alexandre Martin Iluminação, cenografia e

sonoplastiaRegiane Patricia Kusnic Improvisação teatralCarlos Alexandre Martin Indumentária e

caracterizaçãoCarlos Alexandre Martin Interpretação teatralJosé Fernando de Meira Interpretação teatralRegiane Patricia Kusnic Interpretação teatralJosé Fernando de Meira Laboratório de montagem

teatralRegiane Patricia Kusnic Organização e produção

teatralElisângela Mauda Técnica de expressão

vocalCarlos Alexandre Martin Fundamentos do trabalhoMônica Rodrigues Diniz Ciências SociaisPatrícia Vanat Koscians Química

João Luiz Schirlo FísicaAna Claudia Marochi BiologiaRejane da Silva Vier Sala de Recursos

Sofia Maria Alexandre Sociologia

24

II. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

4. OBJETIVOS DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

4.1. OBJETIVOS GERAIS

- Planejar o desenvolvimento da escola como condição indispensável para que

os objetivos que se tem sejam traçados.

- Conquistar maior autonomia para a unidade escolar, abrindo possibilidades

para a realização de experiências inovadoras, ousadas e desafiadoras.

- Apresentar resultados de melhoria na qualidade do ensino e na formação de

seres humanos mais autônomos.

- Compartilhar responsabilidades no coletivo escolar.

- Expressar reflexões e decisões a partir de um processo participativo de todos

os profissionais da escola.

- Instrumentalizar para a concretização da gestão democrática.

4.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Explicitar os fundamentos teórico-metodológicos, os objetivos, o tipo de

organização, as formas de implementação e a avaliação da instituição.

- Definir a efetivação da intencionalidade da escola, que é a formação do

cidadão participativo, responsável, compromissado, crítico e criativo.

- Instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que desvele os

conflitos e contradições.

- Construir planejamentos nos diversos contextos de um processo participativo.

25

- Analisar situações vivenciadas no dia a dia do cotidiano escolar.

- Pautar as ações na gestão democrática, com princípios de igualdade e

liberdade.

- Reavaliar constantemente as reflexões e questões de interesse comum,

revendo pressupostos do fazer pedagógico.

- Possibilitar o uso pedagógico das novas tecnologias de informação e de

comunicação na ação docente.

- Subsidiar a elaboração e execução de projetos, comprometendo-se com o

desenvolvimento profissional, com a ampliação do horizonte cultural e a

formação permanente dos docentes.

- Favorecer a participação da comunidade na gestão democrática da escola,

integrando as diversas associações existentes, buscando caminhos para a

resolução de problemas.

- Possibilitar uma formação pedagógica e social, de forma que o aluno possa

atuar como cidadão e como profissional consciente e responsável, pautando-se

nos princípios da ética, da democracia, do respeito mútuo, justiça, participação,

responsabilidade, diálogo e solidariedade.

4.3. PRINCÍPIOS FILOSÓFICOS DO TRABALHO ESCOLAR

A sociedade contemporânea inserida no processo de globalização

evidencia transformações e conflitos que trazem novos desafios para a

educação. Para o enfrentamento desses desafios, faz-se necessária uma

escola que contemple no seu processo educativo uma consciência e uma ação

política capaz de transpor os paradigmas de alienação e fortalecer a ação

reflexiva e transformadora do processo econômico, cultural, político e social.

26

Precisamos reconhecer as suas características, refletir acerca de novas

estratégias políticas de resistência e construir uma sociedade sem exclusões,

que defenda e promova a dignidade humana, fundamentada no

desenvolvimento, na justiça e na igualdade. Uma sociedade justa deve:

- Oportunizar as condições reais de exercício da cidadania;

- Ser dialética na construção dos sujeitos;

- Atender as necessidades básicas do desenvolvimento humano,

respeitando o pluralismo de concepções.

A escola que estamos construindo tem como função social a educação

de homens e mulheres críticos, capazes de refletir, analisar e interpretar a

realidade, buscando soluções para os problemas que se fazem presentes na

comunidades em que se encontram inseridos.

Mediante essas considerações, podemos definir a postura de nossa

escola como a de trabalhar no sentido de formar cidadãos conscientes,

capazes de compreender e criticar a realidade, atuando na busca da superação

das desigualdades e dos respeito ao ser humano.

Nos aspectos relacionados à dimensão pedagógica, a intenção da nossa

escola é a de formar cidadãos participativos, responsáveis, compromissados,

críticos e criativos.

Acreditamos também que a escola deve funcionar como um local de

produção e socialização cultural, valorizando saberes e estimulando a criação

de novos saberes, visando o pleno desenvolvimento.

A preocupação com a formação cidadã, humana e abrangente vem de

encontro à realidade que enfrentamos, pois muitos dos problemas sociais e

educacionais que nos deparamos, contrapõe-se a problemas vigentes na

sociedade.

As dificuldades encontradas na sociedade refletem questionamentos que

por vezes chegam a levantar questões que abalam as estruturas da escola. Por

isso, a escola necessita definir com clareza e exatidão seu projeto de educação

o qual deve trabalhar a formação do cidadão de forma interdisciplinar,

abrangendo os eixos do processo Educativo e enfrentando os desafios e as

exigências da sociedade.

A escola é o espaço privilegiado para a ocorrência de relações entre os

homens e suas diferentes visões de mundo. Na escola queremos discutir

27

saberes científicos que parta da realidade concreta do aluno, das suas

experiências de vida que façam despertar a curiosidade a capacidade de

reflexão. Saberes que garantam a promoção integral do aluno e possibilite sua

intervenção no contexto em que vive com habilidade para propor mudanças.

4.4. PRINCÍPIOS NORTEADORES DA EDUCAÇÃO

A escola necessita definir suas finalidades em busca da formação

integral do aluno com vistas ao desenvolvimento harmônico de sua

personalidade, evidenciando técnicas modernas de aprendizagem, integrando-

o ao meio, objetivando seu crescimento e dando-lhe oportunidade de tornar-se

um cidadão consciente e crítico.

O Colégio Senador Correia buscará ministrar seu ensino com base nos

princípios estabelecidos na Constituição Federal, Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional nº 9394/96, Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei

Complementar 07/77 – Estatuto do Magistério, Deliberação n.º 16/99 –

Conselho Estadual de Educação, Diretrizes Curriculares Estaduais e Lei nº

10.639/03.

De acordo com o Art. 206 da Constituição Federal, o ensino será

ministrado com base nos seguintes princípios:

I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e

o saber;

III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas e, coexistência de

instituições públicas e privadas de ensino;

IV – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;

V – valorização dos profissionais do ensino, garantindo, na forma da lei, planos

de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional e ingresso

exclusivamente por concurso público de provas e títulos, assegurado regime

jurídico único para todas as instituições mantidas pela União;

VI – gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

VII – garantia de padrão de qualidade;

28

De acordo com os princípios elencados acima, faz se necessário

constantemente refletir coletivamente em torno do Projeto Político Pedagógico

que deve ser vivenciado por todos e em todos os momentos. Sendo uma ação

intencional e planejada, busca direcionamentos com sentidos explícitos e

compromissos definidos;

Portanto, o Projeto Político Pedagógico apresenta-se de forma

inacabada e deve estar em permanente discussão e reflexão dos problemas

vivenciados na escola.

Nesse sentido, a caminhada do trabalho de nossa instituição irá se

respaldar nas inúmeras relações que podem ser estabelecidas com os

professores, alunos e os conteúdos de aprendizagem através de atividades

planejadas.

De uma maneira geral o trabalho pedagógico terá como pressupostos

alguns eixos básicos: desenvolver a criatividade, construir competências,

relacionar o conteúdo adquirido ao seu cotidiano, possibilitar a resolução de

problemas e tornar os conteúdos meios.

Desta forma, concluímos que o ensino deve ser uma tarefa coletiva e

compartilhada, onde a reflexão dever ser a razão da escolha, corrigindo-se

rumos a cada passo dado.

III. ATO SITUACIONAL

Levando em consideração que a educação vincula-se diretamente a

uma visão de sociedade, de homem, de cultura e de conhecimento, temos, as

seguintes visões sobre a nossa realidade.

5. PERFIL

5.1. PAPEL DA ESCOLA NA REALIDADE BRASILEIRA

A escola surgiu a partir da necessidade de transmitir conhecimentos

acumulados pela humanidade, onde com o decorrer do tempo foi assumindo

um papel mais significativo e amplo, estendendo-se à educação de valores e

até a apropriação do saber acumulado.

29

Hoje, a escola tem sido vista com grande expectativa para enfrentar

grandes desafios da era globalizada.

5.2. PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR

A escola está situada na área central de Ponta Grossa, porém, atende

alunos oriundos de várias regiões/bairros da cidade, caracterizando uma

clientela bastante variada e heterogênea.

Enfatizamos que uma parcela dos alunos mora com o pai, a mãe e os

irmãos. Mas a grande maioria dos alunos vem de uma constituição familiar

desestruturada, em que os pais são separados, convivendo apenas com avós,

tios ou outros responsáveis. Observa-se também que uma parcela de alunos

vive alternando suas moradias, oram moram com pai, ora moram com a mãe,

ora moram com avós e assim sucessivamente.

As famílias podem ser consideradas, em sua maioria, de classe média

baixa, sendo humildes, com poucos conhecimentos e bastante dificuldades

financeiras. O nível de escolaridade dos pais pode ser considerado regular,

pois a maioria cursou o Ensino Fundamental, sendo alguns até analfabetos.

Com relação aos alunos, observa-se principalmente que estes em sua

maioria não possuem nenhuma perspectiva de vida e que também não tem

acesso ao saber universalizado, convivendo com estruturas mínimas de acesso

ao conhecimento fora da escola.

Destacamos através dos levantamentos realizados que muitas famílias

também são mantidas não somente pelo pai, mas também pelas mães que em

sua maioria trabalham fora.

Em suma, nossa clientela pode ser considerada bastante diversificada e

nossa instituição também possui um espaço onde se efetivará o trabalho

comprometido com a diversidade respeitando a individualidade e as diferenças.

30

6. MODALIDADES QUE O COLÉGIO OFERECE

6.1. ENSINO FUNDAMENTAL

Nesta modalidade de ensino, o colégio tem como proposta uma

educação voltada ao desenvolvimento cognitivo, físico, afetivo, social, ético e

estético do aluno. Nosso objetivo é formar alunos que tenham a capacidade de

analisar, refletir e criticar as situações da realidade em que vivem,

transformando-a

Sendo assim, diante do que está proposto na Lei de Diretrizes e Base da

Educação Nacional (9394/96), o ensino fundamental deve desenvolver o pleno

domínio da leitura, escrita e cálculo; formando para a compreensão do

ambiente natural, social, político, tecnológico, artístico e dos valores que

fundamentam a sociedade.

6.2. ENSINO MÉDIO – CURSO TÉCNICO EM PUBLICIDADE – EIXO

PROFISSIONAL, PRODUÇÃO CULTURAL E DESING – INTEGRADO

Nesta modalidade de ensino, o colégio visa aperfeiçoar as relações que

podem se estabelecer entre trabalho, cultura, ciência e tecnologia como

princípios que sintetizam o processo de formação.

O curso pretende enaltecer e evidenciar as atividades profissionais

dedicada à difusão pública de idéias associadas a empresas, produtos ou

serviços, especificamente a propaganda comercial.

Os componentes curriculares integram-se e articulam-se garantindo que

os saberes científicos e tecnológicos sejam à base da formação técnica.

6.3. CURSO TÉCNICO EM ARTE DRAMÁTICA - SUBSEQUENTE

O curso Arte Dramática subsequente visa à concepção de uma

formação técnica que articule trabalho, cultura, ciência e tecnologia como

princípios que devem transversalizar todo o desenvolvimento curricular.

A proposta pretende proporcionar uma formação na qual teoria e prática

possibilitem aos alunos compreenderem a realidade para além de sua

31

aparência. Os conteúdos não têm fins em si mesmo porque se constituem em

síntese da apropriação histórica da realidade material, social e cultural do

homem.

A organização dos conhecimentos do Curso enfatiza a formação

humana na qual o aluno, como sujeito histórico produz sua existência pelo

enfrentamento consciente da realidade dada, produzindo valores de uso,

conhecimentos e cultura por sua ação criativa.

Em síntese, o aluno ao concluir o curso deve dominar o conhecimento

científico e tecnológico construídos historicamente que irão garantir sua

inserção no mundo social e do trabalho de forma crítica, com autonomia

intelectual e moral; e, conhecimentos técnicos que lhe permite desenvolver a

atividade de interpretação na linguagem teatral, com conhecimento de:

construção cênica, iluminação, sonoplastia, figurino, maquiagem,

caracterização e produção.

6.4. EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS (EJA)

O Curso de Educação de Jovens e Adultos tem o objetivo de educar e

instruir uma clientela com condições sociais e econômicas muito especiais,

assegurando-lhes melhores oportunidades no mercado de trabalho e também

para exercer sua cidadania, tornando-se capaz de auxiliar na transformação da

sociedade.

A oferta da Educação de Jovens e Adultos busca dar continuidade aos

estudos visando oportunidades apropriadas e considerando as características,

interesses, condições de vida e de trabalho, mediante ações didático-

pedagógicas coletivas e ou individuais.

A educação de adultos compreende a educação formal e permanente, a

educação não formal e toda a gama de oportunidades de educação informal e

ocasional existentes em uma sociedade educativa e multicultural, na qual se

reconhecem os enfoques baseadas na prática.

Neste sentido, para que se considere a EJA como uma modalidade de

educativa, faz-se necessário buscar uma concepção mais ampla das

dimensões tempo/espaço de aprendizagem, na qual educadores e educandos

estabeleçam uma relação mais dinâmica com o entorno social.

32

Para tanto, a EJA tem como finalidade e objetivos o compromisso com a

formação humana e com o acesso à cultura geral, de modo que os educandos

venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com

comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da

autonomia intelectual e moral.

A EJA deve ter uma estrutura flexível e ser capaz de contemplar

inovações que tenham conteúdos significativos. Nesta perspectiva, há um

tempo diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos. Os

limites e as possibilidades de cada educando devem ser respeitados.

6.5. CURSO CELEM ESPANHOL

O Curso denominado CELEM sob a resolução de autorização n.º

3977/2006 – DOE 24/08/06 busca demonstrar que a Língua Espanhola é muito

importante devido às relações culturais e às relações que estão presentes

entre os países do Mercosul.

O Curso CELEM – Língua Espanhola, atende os alunos matriculados na

escola e também a comunidade em geral, oportunizando a participação dos

alunos da escola pública.

6.6. SALA DE RECURSOS

Partindo da etimologia da palavra “Inclusão”, ou seja, o ato de “Incluir”,

que segundo dicionário FERREIRA (1989, p. 410) significa: “Compreender,

abranger... conter em si, fazer tomar parte; inserir, introduzir...”,

Compreendemos a necessidade de reflexão sobre a temática. Falar

sobre Inclusão é trazer a discussão uma carga enorme de responsabilidades,

principalmente no que diz respeito à inclusão de seres humanos.

O tema Inclusão e Diversidade é atualmente fonte de inúmeros debates

no âmbito educacional, no entanto, ainda há uma visão equivocada de que

necessidades educacionais especiais referem-se apenas a educandos

portadores de deficiência, seja ela mental, física, auditiva ou visual. Nessa

perspectiva erroneamente entende-se que apenas educandos com deficiência

estariam a margem do sistema educacional, desconsiderando assim diferentes

33

segmentos sociais que também se encontram marginalizados e excluídos em

nossas escolas.

Entendemos que a visão que norteia os inúmeros debates educacionais

que constituem a cerca dessa temática, é que são as diferenças que

constituem os seres humanos, como o multiculturalismo e as complexas

transformações sociais e econômicas.

Na educação assume-se a construção de um espaço de conhecimento e

diálogo, onde as diferenças não sejam consideradas uma forma explícita de

exclusão, mas sim se complementem e contribuam para o processo de

desenvolvimento.

As políticas adotadas pela SEED PR, são de reconhecimento das

diferenças e trabalho de inclusão daqueles que sofreram ou sofrem qualquer

forma de exclusão, seja ela física ou simbólica.

Analisando o histórico da inclusão social das pessoas com necessidades

educacionais especiais das áreas física, visual, auditiva e intelectual, é

impossível desconsiderar os inúmeros avanços alcançados ao longo de

inúmeros anos de luta e conquistas , a considerar que até o séc. XIX os “

retardados” assim como eram denominados eram vistos como criaturas

malignas e aberrações da natureza. Até meados do séc. XX, os mesmos

passaram por um período de exclusão, sendo considerados indignos de

educação escolar. A partir do séc. XX as pessoas com necessidades especiais

eram segregadas e recebiam atendimento isolado. Apenas a partir da década

de 70 é que se passa a pensar em integração e finalmente na segunda metade

da década de 80 surge a palavra Inclusão, a qual está presente atualmente em

inúmeras discussões e também no dia a dia de nossas escolas.

A Inclusão de alunos com Necessidades Educacionais Especiais, na

rede regular de ensino é uma política que vem sendo desenvolvida desde a

década de 90, principalmente com a LDB ( Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nacional) 9394/96, que estabelece que o atendimento aos

educandos com necessidades educacionais especiais seja preferencialmente

na rede regular de ensino.

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDB

9394/96 em seu artigo 58: “ Entende-se por Educação Especial, para efeitos

34

desta lei, a modalidade de educação escolar, oferecida preferencialmente na

rede regular de ensino, para educandos portadores de necessidades especiais.

§ 1º Haverá quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola

regular, para atender às peculiaridades da clientela da educação especial.”

No Estado do Paraná, a forma de trabalho adotada e a posição

assumida é da “Inclusão Responsável,” onde inúmeras medidas estão sendo

desenvolvidas, medidas estas pioneiras no Brasil no que tange a Inclusão de

educandos com necessidades educacionais especiais na rede regular de

ensino.

Portanto, ao reconhecer a importância de fazer-se cumprir tal condição

nossa instituição contempla a Inclusão de alunos com necessidades especiais

de modo que não apenas possamos receber os alunos, mas sim que

possamos nos preparar para atender as diferenças.

Embora essa tarefa não seja uma tarefa fácil, pois ainda existem

inúmeras barreiras a serem transpostas, não somente arquitetônicas, mas

também de velhos paradigmas a serem quebrados, percebemos que já

avançamos nessa caminhada.

Compactuamos com FREIRE (1997, p. 39 ) quando ele afirma que:

“Faz parte igualmente do pensar certo a rejeição mais

decidida a qualquer forma de discriminação. A prática

preconceituosa de raça, de classe, de gênero ofende a

substantividade do ser humano e nega radicalmente a

democracia”.

Consideramos o pensamento apresentado por Freire como ponto de

partida para o nosso trabalho com os educandos com necessidades

educacionais especiais em nossa instituição, pois compreendemos que em

uma sociedade onde inúmeras são as diferenças, não podemos fechar os

nossos olhos e acreditar em uma escola homogênea onde todos aprendem ao

mesmo modo e tempo, pensam e sentem os mesmos sentimentos. Há que se

considerar as potencialidades e necessidades de cada ser e buscar

desenvolver cada uma delas, atendendo devidamente e propiciando as

condições necessárias para que o trabalho aconteça.

35

Na Deliberação 02/03 do Sistema de Ensino do Estado do Paraná em

seu artigo 9 fundamenta-se que: “O estabelecimento de ensino regular de

qualquer nível ou modalidade garantirá em sua proposta pedagógica o acesso

e o atendimento a alunos com necessidades educacionais especiais”.

Para tanto, nossas instituições vem ao longo dos anos buscando

algumas adaptações com a construção de rampas na entrada e acesso ao

primeiro piso e banheiros, com intuito de eliminar as barreiras arquitetônicas

nas instalações, embora saibamos da necessidade de melhorias e adequação

das mesmas.

Atualmente contamos com professor habilitado e especializado para

atuar em Sala de Recursos que atende a alunos com necessidades

educacionais especiais e professor habilitado e especializado para atuar com

Apoio em Sala de Aula aos alunos com Transtornos Globais do

Desenvolvimento no Ensino Fundamental, sendo estes programas de

atendimento uma grande conquista para a instituição e para a comunidade

escolar, mesmo porque apresentamos significativo números de alunos que

necessitam dos mesmos.

De acordo com a Instrução n.º 013/08 da SEED “ A Sala de Recursos é

um serviço especializado de natureza pedagógica que complementa o

antendimento educacional realizado em Classes Comuns do Ensino

Fundamental ”. Em que são atendidos “... alunos egressos de Escolas

Especiais e/ ou Salas de Recursos das séries iniciais do Ensino Fundamental.

Da classe comum, com atraso acadêmico significativo decorrente da

deficiência Mental/ Intelectual. Da classe comum com Transtornos Funcionais

Específicos, com avaliação no contexto escolar, realizada por equipe

multiprofissional.

De acordo com a Instrução n.° 010/08 – SUED/ SEED – “ o programa

de Apoio em Sala de Aula para atendimento com alunos com Transtornos

Globais do Desenvolvimento, também ofertado em nossa instituição, o

professor de Apoio é um profissional especializado, que atua no contexto de

sala de aula, nos estabelecimentos de Ensino Fundamental, Ensino Médio e

Educação de Jovens e Adultos. É assegurado o professor de Apoio à alunos

com Transtornos Globais do Desenvolvimento que apresentam: alterações

qualitativas das interações sociais recíprocas, na comunicação, um repertório

36

de interesses e atividades restrito, estereotipado e repetitivo. Incluem-se neste

grupo alunos com Autismo, Síndromes de Espectro do Autismo e Psicose

Infantil, que apresentam dificuldades de adaptação escolar e de aprendizagem,

associados ou não à limitações no processo do desenvolvimento

biopsicossocial que requeiram apoio e atendimento especializado intensos e

contínuos, com acompanhamento nas atividades escolares em classe comum,

oportunizando autonomia, independência e valorizar as idéias dos alunos

desafiando-os a empreenderem o planejamento de suas atividades, priorizando

a necessidade e/ou especificidade de cada aluno, atuando como mediador do

processo ensino-aprendizagem com estratégias funcionais, adaptações

curriculares, metodológicas, dos conteúdos, objetivos, de avaliação,

temporalidade e espaço físico, de acordo com as peculiaridades do aluno e

com vistas ao progresso global, para potencializar o cognitivo, emocional e

social, promovendo a interação entre esses alunos e os demais educandos da

comunidade escolar.

Acreditamos que a inclusão de alunos com necessidades educacionais

especiais atualmente não é uma utopia, mas algo presente e que vem sendo

conquistado de maneira efetiva, embora tenhamos a consciência de que ainda

temos muito a caminhar nesse sentido, buscando desenvolver atividades de

reflexão e estudo como forma de aperfeiçoamento dos profissionais da

educação, ou seja, da escola como um todo, para fazer da Inclusão não

apenas uma palavra a ser dita, mas efetiva em nossa instituição.

Com o pensamento direcionado à substantividade do ser humano seria

uma contraposição conceber a aprendizagem e o desenvolvimento de algo.

Em suma, acreditamos também que ao efetivarmos a inclusão de

alunos com necessidades necessidades educacionais especiais como uma

prática possível em nossa instituição estaremos nos propondo a fazer com que

essa prática seja desenvolvida realmente em um trabalho comprometido com o

desenvolvimento desses alunos e respeitando sua individualidade.

Contudo, consideramos que as atividades citadas desenvolvidas em

nossa instituição contemplam a inclusão e podem ser consideradas iniciativas

significativas e que acima de tudo visam o desenvolvimento integral de nossos

educandos sem qualquer distinção efetivando-a como uma escola engajada na

proposta de inclusão responsável.

37

Para tanto a sala de recursos é uma modalidade da Educação Especial

que tem por objetivos atender educandos que estão regularmente matriculados

de 5.ª a 8.ª série cujo desenvolvimento requer atendimento complementar

diferenciado, de forma a subsidiar com metodologias e atividades diversificadas

e extracurriculares o processo ensino aprendizagem.

A sala de recursos é parte integrante da escola e segue as mesmas

normas e diretrizes do estabelecimento de ensino.

6.7. SALA DE APOIO – LÍNGUA PORTUGUESA E MATEMÁTICA

É uma modalidade de projeto que dá suporte aos alunos de 5.ª série que

apresentam dificuldades nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática.

As aulas são realizadas no período contrário ao ensino regular e são

diferenciadas no quesito metodologia, pois pretendem motivar, mobilizar e

despertar os alunos que apresentam baixo rendimento nas disciplinas de

Língua Portuguesa e Matemática, com vistas ao melhor desempenho nessas

áreas do conhecimento.

7. REFLEXÃO TEÓRICO PRÁTICA

Diante do perfil da sociedade em que vivemos, cercada por constantes

contradições entre os aspectos relacionados à globalização e seus reflexos

perante a sociedade, a escola pública assume um papel primordial diante das

injustiças sociais, da exclusão e da desagregação de valores.

Percebemos diante desta caracterização que o grande desafio da escola

pública é a garantia e a permanência dos alunos na escola. Para tanto, muitos

são os problemas enfrentados para o cumprimento desta missão, as quais

destacamos: condições sócio-econômicas, diferenças culturais, étnicas, raciais,

religiosas e conflito de valores.

Outra dificuldade enfrentada na escola é a grande rotatividade de alguns

professores devido a licenças médicas, cursos de capacitação, licenças

especiais, entre outros. Esta realidade muitas vezes causa prejuízos ao

processo de ensino aprendizagem e a própria organização da escola.

38

A inconstância e a rotatividade dos professores também dificultam a

própria incorporação e efetivação do Projeto Político Pedagógico da escola,

pois, em sua maioria, os profissionais que são adequados à instituição não

conseguem incorporar as considerações da proposta pedagógica.

A participação dos pais em atividades e reuniões promovidas pela

escola está se tornando a cada dia mais complicada e desafiadora. Os

responsáveis, devido à falta de tempo e também a pouca tolerância para lidar

com seus filhos no que se refere a limites, acabam deixando para a escola o

papel de “educar”. Neste contexto, o desafio da escola é ainda maior e

desafiador.

Vale destacar que o papel da educação é transmitir conhecimentos

formais que foram constituídos ao longo da história, evidenciando assim, o

homem como um sujeito histórico.

Neste sentido, a escola necessita estar consciente de seu papel na

sociedade assumindo sua função de educar.

Para tanto, a especificidade da proposta curricular deve contemplar o

educando como um ser humano, social e histórico, valorizando a cultura, a

diversidade e a ciência.

IV. ATO CONCEITUAL

As concepções de homem, sociedade, educação, escola, ensino-

aprendizagem, avaliação, cultura afro, escola democrática, formação

continuada, concepção curricular entre outros, norteiam os rumos que nossa

instituição quer seguir para um desenvolvimento de educação.

Essas visões constituem a essência de nosso trabalho pedagógico,

político e social. Em um visual abrangente, envolve a concepção que temos

em relação ao que queremos e desejamos.

39

8. CONCEPÇÕES

8.1. CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Atualmente temos vivenciado no cotidiano de nossa sociedade a

ausência de valores, a impunidade, o materialismo, o consumismo, a violência,

a miséria a injustiça, as desigualdades sociais e outras tantas situações que

repercutem na sociedade.

Segundo Dalben (2004, p. 55):

“A sociedade tem apresentado um ritmo acelerado de transformações,

com a sociedade vivendo uma dinâmica muito acentuada de alterações, num

processo frenético. (...) Mais do que nunca, são exigidas dos sujeitos uma

participação intensa e efetiva, transparências em seus posicionamentos e a

explicitação dos objetivos das suas decisões.”

A sociedade com a qual sonhamos é diferente desta que estamos

vivenciando e com a qual temos que conviver.

Neste sentido, nós educadores precisamos ter total clareza na condução

do trabalho pedagógico da sala de aula para garantir a apropriação do saber e

ainda transmitir valores que necessitam ser resgatados, educando para a

cidadania e o bem viver. Nesta dinâmica, temos o desafio de superar as

relações de dominação que impedem os sujeitos de conquistarem a cidadania

plena. Para tanto, precisamos lutar por uma sociedade em que a igualdade e a

dignidade humana sejam bandeiras mestras.

8.2. CONCEPÇÃO DE HOMEM

Nossa escola pensa na formação do homem integral, em que se

privilegie todas as suas dimensões.

Nesse sentido, acreditamos que o homem pode se transformar num

sujeito ético e construtor da democracia e da justiça social. Para tanto,

necessita ser atendido em toda a sua dimensão e deve dispor de recursos que

satisfaçam suas necessidades, para que analise, compreenda e intervenha na

realidade, buscando transformá-la para o bem comum.

40

“(...) isto porque o homem não se faz homem naturalmente; ele não

nasce sabendo ser homem, vale dizer, ele não nasce sabendo sentir, pensar,

avaliar, agir. Para saber pensar e sentir; para saber querer, agir ou avaliar, é

precisa aprender, o que implica o trabalho educativo.” (Saviani, 1997, p.11)

Pensando no homem como um ser histórico, observa-se que este pode

escrever sua história de maneira crítica e construtiva, traçando metas e

buscando alcançá-las.

8.3. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

O desafio da educação e a proposta de educação para todos, através

das políticas de educação e nas ações educativas, levando em conta as

peculiaridades de cada aluno, em seus diferentes contextos. Sendo assim, vale

a afirmação de Pinto (2004):

“A educação é o processo pelo qual a sociedade forma seus membros à

sua imagem e em funções de seus interesses”.

Para tanto, acreditamos que a educação possui uma função social

permanente, onde todos educam e são educados, contribuindo na construção

de uma sociedade mais justa e igualitária. A escola também deve conceber a

educação como um processo para o desenvolvimento integral do ser humano.

A efetivação da educação possibilita assim ao educando perceber-se

como agente transformador numa atitude de liberdade, visão crítica e

humanitária. “(...) A educação, portanto, não transforma de modo direto e

imediato e sim de modo indireto e mediato, isto é, agindo sobre

os sujeitos da prática”. (Saviani, 1995, p. 85).

Nesse sentido, a educação deve agir sobre os sujeitos da prática com a

finalidade de formar cidadãos capazes de analisar, compreender e intervir na

realidade, visando o bem estar do homem, no plano pessoal e coletivo. O

processo educacional deve oportunizar o conhecimento científico e cultural,

visando uma formação consciente dos direitos e deveres no preparo da vida

em sociedade.

41

8.4. CONCEPÇÃO DE ESCOLA

“Sabemos que a escola que está aí não é a que merecemos, nem

tampouco aquela com que sonhamos; assim como temos convicção de que a

construção dessa nova escola exige de nós uma tomada de posição, exige de

nós uma ação.” (Vale, 1996, p. 103)

Conforme a citação acima, acreditamos que de uma maneira geral a

escola está em constante busca para efetivar um ensino de boa qualidade.

Nesse sentido, a escola é o local privilegiado para promover o

conhecimento sistematizado, oportunizando o espaço físico adequado e

contribuindo para que ocorra a aprendizagem.

A escola deve tornar-se um espaço de criação, valorizando a existência

de diferentes culturas, despertando assim no aluno o espírito de pesquisa, de

busca de ter prazer no aprender e no conhecer coisas novas, proporcionando

Para tanto, faz-se necessário que a escola objetive qualidade, torne-se

espaço de formação cultural, tecnológica e científica, efetivando-se como

formadora de cidadãos críticos e conscientes do seu papel na sociedade.

8.5. CONCEPÇÃO DE ESCOLA DEMOCRÁTICA

Acreditamos em escola democrática na medida em que esta garanta a

qualidade, o acesso e a permanência de forma gratuita para todos os alunos,

independente da raça, ideologia, cor, etnia, religião ou grupo social, e para os

alunos portadores de qualquer tipo de deficiência.

Para tanto, a gestão democrática é um princípio importante para que a

escola seja um espaço permanente de debate, diálogo e reflexão, buscando

sempre a liberdade de expressão, o acesso à pesquisa, a arte e ao saber. Que

a escola democrática possa contribuir para o processo de construção da

cidadania plena.

Senso assim, esta instituição desenvolve uma gestão democrática

centrada nos valores e princípios democráticos. O trabalho a ser desenvolvido

na escola deve visar o cumprimento da função social e política da educação,

que é a formação social do cidadão

42

8.6. FORMAÇÃO CONTINUADA

Considerando as inúmeras transformações que permeiam a

sociedade atual decorrente da globalização, assumimos enquanto profissionais

da educação uma postura de comprometimento social, que deve estar atrelada

a capacidade também de desenvolvimento no sentido de acompanhar tais

transformações.

Segundo Freire (1997, P.55) “Como professor crítico, sou um aventureiro

responsável, predisposto à mudanças, a aceitação do diferente. Nada do que

experimentei em minha atividade docente deve necessariamente repetir-se.”

“...Na verdade, o inacabamento do ser ou sua inclusão é próprio da experiência

vital.”

Portanto, enquanto seres em constante transformação,

consequentemente assumimos nossa capacidade de estarmos em constante

aperfeiçoamento. Para tanto, é importante que estejamos dispostos a buscar

além do que nos é proporcionado estando sempre abertos a inovações.

Nesse sentido, juntos a equipe técnico pedagógica e corpo docente do

Colégio Estadual Senador Correia vem demonstrando uma constante

preocupação com a formação de seus profissionais, uma vez que

compreendemos essa formação como um processo contínuo e permanente.

Compactuamos o pensamento de Candau (2003, p.51) de que: “A busca

da construção da qualidade de ensino de uma escola de primeiro e segundo

graus comprometida com a formação para a cidadania exigem

necessariamente repensar a formação de professores, tanto no que se refere à

formação inicial, como a formação continuada”.

Uma vez que enquanto instituição comprometida com a qualidade de

ensino, deparamo-nos com a necessidade de um trabalho direcionado à

formação de nossos profissionais. Para tanto, buscamos desenvolver projetos

integrados que direta ou indiretamente contribuem para a formação continuada,

além dos momentos de capacitação promovidos pela Secretaria de Estado da

Educação que proporcionam a troca de experiências e integração entre os

membros da escola.

Partilha-se das idéias de Bicudo Junior (1999, P.23) de que “A formação

precisa intencionalmente possibilitar o desenvolvimento do professor como

43

pessoa, como profissional e como cidadão”. “(...) Construir uma proposta de

formação que atenda a esses propósitos exige, antes de mais nada, conhecer

e analisar a atuação profissional do professor.”

Embora percebamos as dificuldades enfrentadas pela escola na

estruturação dos horários devido a inúmeros fatores organizacionais,

compreendemos a importância do momento da hora atividade no sentido de

possibilitar momentos de troca entre os profissionais que direta ou

indiretamente auxiliam no processo de formação continuada.

Pretendemos enquanto escola firmar estratégias para o processo de

formação de nossos profissionais, pois compreendemos que assim como a

educação, a formação dos profissionais é um processo contínuo e infinito.

Desejamos atingir um patamar em que haja a conscientização de nossos

profissionais sobre a importância do processo de formação continuada.

Nossa proposta visa também à organização e estruturação das

atividades desenvolvidas no sentido de avançar as discussões nela

apresentadas como um todo para a sua efetivação contribuindo

significativamente para a formação de nossos profissionais e

conseqüentemente assegurando o pleno desenvolvimento do nosso trabalho.

8.7. CONCEPÇÃO CURRICULAR

Quando discorremos sobre currículo, associamos a plano e proposta

pedagógica ou até mesmo uma organização de atividades distribuídas no

espaço e tempo da escola. Em verdade, currículo tem sentido e significado

mais amplo e está diretamente relacionado à experiência coletiva e cultural de

cada comunidade escolar.

A organização deste currículo deve refletir as práticas sócio-culturais

pensando na construção de uma proposta curricular voltada para a interação

entre as diversas culturas e saberes, pois são eles que promovem sua

ressignificação.

Desta forma, um currículo constitui-se de saberes populares e

acadêmicos bem como na transmissão de bens culturais científicos ou não,

abordando assim temas de interesses ou necessidades dos alunos e da

comunidade escolar.

44

8.8. CONCEPÇÃO DO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM

A concepção sobre o ato de ensinar e aprender vem ao longo dos anos

sofrendo e recebendo interferências de diversos segmentos da sociedade.

Hoje, o professor deve ser aquele que ensina o aluno a aprender e a

ensinar a outrem o que aprendeu. O ensinar do professor deve ser ativo, no

qual o aluno é sujeito da ação e não sujeito paciente.

O processo de ensino aprendizagem é composto de duas partes,

ensinar que exprime uma atividade e aprender que envolve grau de realização

de uma determinada tarefa com sucesso.

Sendo assim, no processo pedagógico, alunos e professores são

sujeitos e devem atuar de forma consciente. Não se trata apenas de sujeitos,

mas de seres humanos com culturas e histórias particulares de vida.

O processo de ensino aprendizagem também envolve um conteúdo que

é também produção e produto, pois todo ato educativo parte de um

conhecimento que é prévio e de senso comum para logo em seguida se tornar

formal e sistematizado.

Assim, cabe ao professor o desafio de tornar as práticas educativas mais

condizentes com a realidade e evidenciar teorias capazes de abranger o

indivíduo como um todo, promovendo o conhecimento e a educação.

9. AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM

O ato de avaliar exige a definição de onde se quer chegar com

estabelecimento dos critérios, para em seguida escolher os procedimentos.

O valor da avaliação reside no fato do aluno poder tomar conhecimento

de seus avanços e dificuldades, pois a dinâmica da avaliação diz respeito a um

processo amplo e abrangente que abarca todas as ações desenvolvidas na

ação pedagógica, assim como todos os sujeitos envolvidos. Portanto deve

estar claro para aquele que avalia que ele também é parte integrante do

processo avaliativo uma vez que foi o responsável pela mediação no processo

de ensino aprendizagem. Logo, quando se lança o olhar para avaliar alguém ou

alguma ação no âmbito de uma instituição escolar, lança-se também o olhar

45

sobre si próprio. Ao avaliar deve-se ter em mente o processo como um todo,

bem como aquele a quem se está avaliando.

Dentro deste processo, compreendemos a avaliação como um dos

aspectos do ensino, pelo qual o professor estuda e interpreta dados da

aprendizagem do aluno, diagnosticando se houve apropriação do

conhecimento, como também analisando sua própria prática pedagógica.

De acordo com Luckesi (2003):

“A avaliação é um processo dinâmico, podendo ser instrumento que

auxilia o professor na seleção e intervenção pedagógica e permite ao aluno

uma tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades.”

Partimos então do pressuposto de que a avaliação da aprendizagem é

um instigante objeto de pesquisa para o próprio desenvolvimento profissional

do professor. A avaliação reflete sobre o significado dos erros e acertos dos

alunos, preocupando-se em compreender os diferentes processos e os alunos

utilizam ao apropriar-se os conhecimentos e ao inquietar-se frente o resultado

obtido. É importante refletir sobre a relação entre suas propostas didáticas e a

real aprendizagem do aluno, superando assim a dificuldade encontrada.

9.1. DADOS ESTATÍSTICOS REFERENTES AO APROVEITAMENTO DOS

ALUNOS

ÍNDICES DE APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO DO ANO DE 2009

ENSINO FUNDAMENTAL

SÉRIE 5.ª 6.ª 7.ª 8.ª

TOTAL DE ALUNOS 229 213 158 167

APROVADOS 145 143 105 112

REPROVADOS 51 43 34 41

DESISTENTES 33 27 19 14

TOTAL DE ALUNOSAPROVADOS

46

REPROVADOS

DESISTENTES

PERCENTUAL DE RESULTADO FINAL DO ANO LETIVO DE 2009

SÉRIE 5.ª 6.ª 7.ª 8.ª

TOTAL DE ALUNOS 229 213 158 167

APROVADOS 63,3 67,1 66,4 67,0

REPROVADOS 22,2 20,1 24,5 24,5

DESISTENTES 14,4 12,6 12,0 8,3

PERCENTUAL DE RESULTADO FINAL DO ANO LETIVO DE 2009

TOTAL DE ALUNOS767

APROVADOS 65,8

REPROVADOS 22,0

DESISTENTES 12,1

ENSINO PROFISSIONAL - SUBSEQUENTE – 1.º Semestre

RESULTADO FINAL

TOTAL DE ALUNOS 26

APROVADOS 10

REPROVADOS 04

DESISTENTES 12

PERCENTUAL DE RESULTADO FINAL DO ANO LETIVO DE 2009

TOTAL DE ALUNOS100

APROVADOS 38,4

REPROVADOS 15,3

DESISTENTES 46.1

47

ENSINO PROFISSIONAL - SUBSEQUENTE – 1.º SEMESTRE

TOTAL DE ALUNOS 30

APROVADOS 08

REPROVADOS 04

DESISTENTES 18

PERCENTUAL DE RESULTADO FINAL DO ANO LETIVO DE 2009

TOTAL DE ALUNOS100

APROVADOS 26,6

REPROVADOS 13,3

DESISTENTES 60,0

ENSINO PROFISSIONAL - SUBSEQUENTE – 2.º SEMESTRE

TOTAL DE ALUNOS 11

APROVADOS 10

REPROVADOS 01

DESISTENTES 0

PERCENTUAL DE RESULTADO FINAL DO ANO LETIVO DE 2009

TOTAL DE ALUNOS100

APROVADOS 90,9

REPROVADOS 9,0

DESISTENTES 0

Analisando os resultados apresentados acima, podemos constatar que

os índices variam conforme o turno e também de acordo com a modalidade de

ensino.

48

Observamos que os resultados apresentados no ano de 2009

avançaram as expectativas do ano de 2008 no sentido do aumento do

percentual de aprovação de alunos do Ensino Fundamental.

Já no Ensino Profissionalizante, os índices variam por conta da

caracterização da clientela e do próprio período. A desistência dos alunos é

alta devido a fatores profissionais que levam ao cansaço físico, questões

econômicas e também a não identificação com as características do curso.

Os fatores que causam a evasão no Ensino Fundamental estão

relacionados a questões como gravidez precoce, defasagem idade/série,

transferência de moradia, conflitos familiares, repetência, morte na família,

problemas de saúde, falta de imposição de limites dos pais ou responsáveis,

desestruturação da família, drogas, atos infracionais, violência e negligência da

família e até trabalho infantil.

Detectado as causas da evasão, a escola está estabelecendo metas

para a redução destes índices, tais como: estabelecimento um ambiente de

respeito para os alunos se sentirem acolhidos, acompanhamento diário da

presença dos alunos, encaminhamento de relatórios ao Conselho Tutelar,

Preenchimento da ficha FICA, promoção de cooperação e solidariedade entre

os alunos, promoção de reuniões informativas aos responsáveis, palestras

orientativas aos alunos e também o projeto desenvolvido no período

contraturno.

Quanto ao rendimento do processo de ensino aprendizagem, podemos

perceber que existe uma variação pequena de percentual entre as séries e que

o maior índice de reprovação ocorre com os dois últimos anos do Ensino

Fundamental.

Não podemos também deixar de analisar os indicativos do IDEB de 2009

quando apenas alcançamos a meta projetada para o ano e não aumentamos

quanto desejaríamos.

Sendo assim, o coletivo escolar está constantemente revendo os

percentuais de análise de resultados e promovendo discussões com

professores com o objetivo de estar melhorando a prática e o fazer pedagógico

com vistas a melhorias dos índices quantitativos.

49

10. MATRIZ CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

50

10.1. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR – ENSINO FUNDAMENTAL

E MÉDIO

10.1.1 PROPOSTA CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL

A modalidade de ensino do Ensino Fundamental tem como proposta

uma educação que contemple o desenvolvimento cognitivo, físico, afetivo,

social, ético e estético. O objetivo é formar o cidadão crítico, reflexivo e atuante

que questione e transforme a realidade a qual faz parte.

Diante do que propõe a Lei de Diretrizes e Bases n.º 9394/96, o ensino

fundamental deve desenvolver o pleno domínio da leitura, escrita e cálculo;

formar para a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político,

da tecnologia, das artes e dos valores que fundamentam a sociedade; levar o

educando a aquisição de atitudes e valores como os vínculos familiares e a

solidariedade humana.

10.1.1.1 PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ARTES

JUSTIFICATIVA

O ensino da Arte tem por objetivo estudar a diversidade cultural e as

diversas formas de expressões e produções humanas, assim o estudo das

artes visa organização e interpretação dos signos verbais, objetivando ampliar

a visão do aluno para que possa compreender as construções simbólicas de

outros sujeitos pertencentes as mais diversas realidades culturais.

OBJETIVOS

- Compreender os elementos que estruturam e organizam a música e sua

relação com o movimento artístico no qual se originam.

- Desenvolver a formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e

harmônicos.

- Compreender as diferentes formas musicais populares, suas origens e

práticas contemporâneas.

51

- Analisar as diferentes formas musicais no cinema e na mídias, sua função

social e ideológica.

- Perceber a música como fator de transformação social.

- Identificar os elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua

relação com o movimento artístico.

- Compreender os elementos que estruturam e organizam o teatro e sua

relação com os movimentos artísticos nos quais se originam.

- Identificar as diferentes formas de representação presentes no cotidiano,

suas origens e práticas contemporâneas.

- Apropria-se prática e teoricamente das tecnologias e modos de composição

da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

- Perceber as diferentes formas de manifestação popular, suas origens e

práticas contemporâneas.

- Compreender a dança enquanto fator de transformação social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

5.ª série/6.º ano

Conteúdos estruturantes

- Elementos formais;

- Composição;

- Movimentos e períodos.

- Conteúdos básicos

Concepção de arte;

- Letra bastão: maiúscula e minúscula;

- Cor;

- Textura;

- Ponto;

- Linha;

- Técnicas de desenho;

- Desenho livre, dirigido, memorização e de observação;

- Teatro;

52

- Folclore;

- Música;

- Altura;

- Duração;

- Timbre;

- Dança;

- Ritmo;

- Arte Greco-romana;

- Arte pré-histórica;

- Arte africana;

- Iniciação a leitura de obras de arte;

- Paisagem campestre, marítima e urbana.

6.ª série/7.º ano

Conteúdos estruturantes

- Elementos formais;

- Composição;

- Movimentos e períodos.

Conteúdos básicos

- Concepção de arte;

- Ponto;

- Linha;

- Forma;

- Textura;

- Perspectiva;

- Paisagem campestre, marítima e urbana;

- Arte popular;

- Arte indígena;

- Arte abstrata;

- Folclore;

- Música;

- Dança;

53

- Movimento corporal;

- Arte africana;

- Mestres da pintura paranaense;

- Mestres da pintura brasileira;

- Escultura;

- Poesia;

- Iniciação a leitura de imagens;

- Teatro popular.

7.ª série/8.º ano

Conteúdos estruturantes

- Elementos formais;

- Composição;

- Movimentos e períodos.

Conteúdos básicos

- Ponto;

- Cor;

- Linha;

- Forma;

- Textura;

- Música;

- Melodia;

- Harmonia;

- Técnicas de desenho;

- Indústria cultural;

- Arte moderna;

- Arte contemporânea;

- Impressionismo;

- Expressionismo;

- Cubismo;

- Palavras ilustrativas;

- Onomatopéias;

54

- Balões;

- História em quadrinhos;

- Logotipo;

- Propaganda;

- Mestres da pintura brasileira (vida e obras);

- Folclore.

8.ª série/9.º ano

Conteúdos estruturantes

- Elementos formais;

- Composição;

- Movimentos e períodos.

Conteúdos básicos

- Concepção de arte;

- Letra bastão: maiúscula e minúscula;

- Linha;

- Forma;

- Textura;

- Cor;

- Estilo abstracionista;

- Arte popular;

- Arte moderna;

- Arte contemporânea;

- Realismo;

- Vanguardas;

- Cubismo;

- Futurismo;

- Dadaísmo;

- Teatro do oprimido;

- Surrealismo;

- Folclore;

- Música popular brasileira;

55

- Pintura grafitte;

- Dança Moderna;

- Arte indígena;

- Arte africana;

- Mestres da pintura brasileira;

- Leitura de obras de arte.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade

contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos

tecnológicos na arte.

Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e

recursos tecnológicos.

Percepção de modos de fazer dança, através de diferentes mídias.

AVALIAÇÃO

A avaliação para a disciplina de arte deverá ser diagnóstica, processual

contínua e cumulativa. Pretende se avaliar todos os momentos da prática

pedagógica, utilizando se de técnicas, procedimentos e de elementos artísticos

relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança. Observando se

assim:

a assiduidade, pontualidade, participação em trabalhos artísticos individuais e

em grupo, pesquisas bibliográficas e de campo, debates em forma de

seminários, simpósios, avaliações teóricas, práticas com registros em forma de

relatórios, gráficos, portfólio, áudio visual entre outros.

REFERÊNCIAS

ABRAHÃO, Luz M.; GONÇALVES, Aurélio T.; MELO, Everaldo. Integrando as

artes. Vol. 4; 1ª Ed São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1984.

Arte Br, Patrocínio PETROBRÁS. Realização: A Arte na Escola.

56

BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em ação: Arte. 1ª. Ed Uberlândia:

Clarando, 2003.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

PROENÇA, Graça. História de Arte. 1ª. Ed São Paulo, Ática 1997.

VALADARES, Solange; DINIZ, Célia. A Arte no Cotidiano Escolar. 1.ª Ed São

Paulo; Ática, 1999.

Vida e obra dos maiores pintores brasileiros, Ed CEDIC.

10.1.1.2. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE CIÊNCIAS

JUSTIFICATIVA

O Plano de Trabalho Curricular da disciplina de Ciências no Colégio

Estadual Senador Correia é norteado pelas Diretrizes Curriculares da

Educação Básica que além de elencar os conteúdos a serem trabalhados, as

estratégias de ação, instrumentos de avaliação, direcionar os objetivos

pretendidos no processo ensino e aprendizagem, transpassa a filosofia, a

corrente pedagógica que estrutura a disciplina de Ciências Naturais no Estado

do Paraná. Considera a realidade da comunidade escolar, adequando os

conteúdos, os contextualizando para que tornem-se significativos, destaca e

tenta atender as reais necessidades pedagógicas, respeitando o ritmo de

aprendizagem dos alunos, ou seja, os sujeitos do processo da aprendizagem.

Portanto, um dos objetivos da aplicação das Diretrizes Curriculares é

favorecer a reflexão, relação e análise crítica do conhecimento sistematizado,

do cotidiano e da realidade social, a qual passa a ser referencial do processo

de ensino e aprendizagem. Sendo ponto relevante valorizar a situação

existencial do aluno, respeitar os seus saberes adquiridos e suas experiências

vivenciadas em outras instâncias sociais.

57

O objeto de estudo da disciplina de Ciências é o conhecimento científico

resultante dos fenômenos observados na Natureza, fundamentados nas

referências de diversas áreas de conhecimento como a Biologia, Física,

Química, Geologia e Astronomia. Para que tais fenômenos e conhecimentos

sejam trabalhados e realmente aprendidos há necessidade de uma

sistematização, de uma integração conceitual e a compreensão que a ciência é

um fazer humano, portanto, apresenta uma perspectiva histórica que repercute

social, econômica, ética, religiosa e politicamente em todos os contextos.

Para atingir tal objetivo a disciplina de Ciência deve ser estruturada de

forma a se conhecer a história da ciência, os métodos científicos empregados

na construção do saber, as relações conceituais, interdisciplinares e

contextuais associadas. Para tanto, a aprendizagem deve ser efetiva,

proporcionar uma visão não fragmentada dos mais variados objetos de

estudos, aplicando-se ao contexto social e desdobrando-se em leitura de

mundo. Evita-se trabalhar a disciplina centrada em termos e conceitos

extremamente técnicos o que conduz a aprendizagem de memorização das

informações, portanto, preocupa-se apenas com a especificidade, o

detalhamento do conteúdo em detrimento da real compreensão do conceito ou

processo científico. Permanecendo a idéia que os conteúdos são úteis apenas

para a obtenção de aprovação nas atividades avaliativas, como se o

conhecimento fosse algo descartável. Desta forma, surge a dificuldade de

relacionar os conteúdos estudados com situações e fatos os quais se deparam

em seu cotidiano. Os conhecimentos, os saberes científicos adquiridos não são

utilizados como instrumentos de compreensão de situações que extrapolam o

ambiente escolar, não geram aprendizado significativo e sim conhecimento

“bancário.”

O conhecimento pressupõe interpretação, ou seja, é muito mais que a

transferência de informação; mera memorização, ele emerge de novos

significados, ocorre a organização e ressignificação das idéias. Desta forma,

um dos principais objetivos do ensino que é a promoção da aprendizagem

efetiva, que interage e produz mudança nos indivíduos e no próprio

conhecimento se dará pela valorização dos saberes pré-adquiridos pelos

alunos, pela organização, interação das informações e permitirá uma visão

mais ampla dos objetos de estudo que

58

... nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se

transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do

saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do

processo. Só assim podemos falar realmente de saber ensinado, em

que o objeto ensinado é apreendido na sua razão de ser e, portanto,

apreendido pelos educandos. (FREIRE, 1996, p.26)

OBJETIVOS

- Desenvolver a capacidade de questionar processos naturais e tecnológicos,

apresentando interpretações e prevendo evoluções, bem como o raciocínio e a

capacidade de aprender;

- Entender e aplicar métodos e procedimentos próprios das Ciências Naturais;

- Fazer uso dos conhecimentos das Ciências Naturais para explicar o mundo

natural e para planejar, executar e avaliar intervenções práticas;

- Interpretar e criticar resultados a partir de experimentos e demonstrações;

- Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio, diversidade da vida.

- Compreender a constituição da atmosfera, do Planeta Terra, dos sistemas

orgânicos, da constituição da matéria, das formas de energia e da evolução

dos seres vivos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

As Diretrizes Curriculares de Ciências são norteadas por cinco

conteúdos estruturantes fundamentados na história da ciência, base estrutural

de integração conceitual para a disciplina de Ciências no Ensino Fundamental.

São eles:

- Astronomia

- Matéria

- Sistemas Biológicos

- Energia

- Biodiversidade

59

Os conteúdos específicos da disciplina de Ciências, selecionados a

partir de critérios que levam em consideração o desenvolvimento cognitivo do

estudante, o número de aulas semanais, as características regionais, entre

outros, devem ser abordados considerando aspectos essenciais no ensino de

Ciências; a história da ciência, a divulgação científica e as atividades

experimentais.

A abordagem desses conteúdos específicos deve contribuir para a

formação de conceitos científicos escolares no processo ensino-aprendizagem

da disciplina de Ciências e de seu objeto de estudo (o conhecimento científico

que resulta da investigação da Natureza), levando em consideração que, para

tal formação conceitual, há necessidade de se valorizar as concepções

alternativas dos estudantes em sua zona cognitiva real e as relações

substantivas que se pretende com a mediação didática.

Para tanto, as relações entre conceitos vinculados aos conteúdos

estruturantes (relações conceituais), relações entre os conceitos científicos e

conceitos pertencentes a outras disciplinas (relações interdisciplinares), e

relações entre esses conceitos científicos e as questões sociais, tecnológicas,

políticas, culturais e éticas (relações de contexto) se fundamentam e se

constituem em importantes abordagens que direcionam o ensino de Ciências

para a integração dos diversos contextos que permeiam os conceitos

científicos escolares.

Todos esses elementos podem auxiliar na prática pedagógica dos

professores de Ciências, ao fazerem uso de problematizações,

contextualizações, interdisciplinaridade, pesquisas, leituras científicas,

atividade em grupo, observações, atividades experimentais, recursos

instrucionais, atividades lúdicas, entre outros.

5.ª série/6.º ano

Conteúdos Estruturantes

- Astronomia;

- Matéria;

- Sistemas biológicos;

- Energia;

60

- Biodiversidade;

- Conteúdos básicos

Universo;

- Sistema solar;

- Movimentos terrestres;

- Movimentos celestas;

- Astros;

- Constituição da material;

- Níveis de organização;

- Formas de energia;

- Conversão de energia;

- Transmissão de energia;

- Organização dos seres vivos;

- Ecossistemas;

- Evolução dos seres vivos.

6.ª série/7.º ano

Conteúdos Estruturantes

- Astronomia;

- Matéria;

- Sistemas ecológicos;

- Energia;

- Biodiversidade.

Conteúdos básicos

- Movimentos terrestres;

- Movimentos celestas;

- Constituição da material;

- Célula;

- Morfologia e fisiologia dos seres vivos;

- Formas de energia;

- Transmissão de energia;

61

- Origem da vida;

- Organização dos seres vivos;

- Sistemática.

7.ª série/8.º ano

Conteúdos Estruturantes

- Astronomia;

- Sistemas biológicos;

- Energia;

- Biodiversidade.

- Conteúdos básicos

- Origem e Evolução do Universo;

- Constituição da material;

- Célula;

- Morfologia e fisiologia dos seres vivos;

- Formas de energia;

- Evolução dos seres vivos.

8.ª série/9.º ano

Conteúdos Estruturantes

- Astronomia;

- Sistemas biológicos;

- Matéria;

- Energia;

- Biodiversidade.

Conteúdos Básicos

- Astros;

- Gravitação Universal;

- Morfologia e Fisiologia dos Seres vivos;

- Mecanismos de herança genetica;

62

- Propriedades da Matéria;

- Formas de energia;

- Conservação de energia;

- Interações Ecológicas.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

As Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná para a disciplina de

Ciências demonstram a preocupação com a seleção dos conteúdos

específicos, os quais devem ser selecionados a partir de vários critérios,

valorizando a realidade da clientela da escola, principalmente o que diz

respeito ao desenvolvimento cognitivo e de aprendizagem dos alunos. Mas, a

linha mestra da seleção deve priorizar: a valorização do saber construído

historicamente (História da Ciência), bem como o saber/conhecimento já

existente do aluno, a divulgação científica e as atividades experimentais.

A visão da disciplina e os conteúdos devem ser entendidos como

expressão complexa dos conhecimentos científicos, da realidade social e do

cotidiano. Que os conteúdos sejam abordados de forma consistente, crítica,

contextualizada, histórica e interdisciplinar, relacionando ciência, tecnologia e

sociedade, favorecendo a aprendizagem significativa da disciplina. Para tanto,

é necessário à vinculação direta entre as relações conceituais,

interdisciplinares e contextuais.

Para que a Aprendizagem Significativa torne-se prática e realmente

contribua no processo ensino aprendizagem, além de novas metodologias,

recursos didáticos, há necessidade de repensar as concepções de

conhecimento. Que deve ser vista como uma rede que se estabelecem

relações entre significados, em permanente processo de transformação, onde

um significado se transforma e novas possibilidades de compreensão surgem.

De acordo com Krasilchik (2008, p.11) é a “alfabetização científica”1 , processo

contínuo de construção de conhecimentos científicos que contribuem para que

1 De acordo com Biological Science Curriculum Study, 1993, um dos modelos do conceito de alfabetização biológica admite quatro níveis: 1. Nominal - quando o estudante reconhece os termos, mas não sabe seu significado biológico. 2. Funcional - quando os termos memorizados são definidos corretamente, sem que os estudantes compreendam seu significado. 3. Estrutural 4. Multidimensionais, descritos no texto.

63

o indivíduo utilize o que aprendeu em suas tomadas de decisões individual e

coletiva. Um dos modelos da “alfabetização científica” admite quatro níveis,

dentre os quais considera que o nível estrutural, o aluno explica

adequadamente os conceitos científicos baseando-se em experiências

pessoais. No nível multidimensional, o aluno aplica o conhecimento,

relacionando-o com conhecimentos de outras áreas para resolver problemas

reais, indicando uma aprendizagem significativa.

O aluno pode ter diferentes tipos de relação com o estudo do conteúdo.

Memorizar fatos, informações de forma desconexa para atender as mínimas

exigências escolares, o que demonstra envolvimento superficial com o estudo.

Ou atingir um envolvimento profundo, que além de compreender os conceitos

básicos da Ciência, o aluno será capaz de adquirir e avaliar informações,

aplicando seus conhecimentos na vida diária. Afim de que os conhecimentos

escolares sejam utilizados como recursos, ferramentas nas mais variadas

situações, os alunos precisam valorizar, compreender estes conceitos. Assim a

aprendizagem desenvolve-se num processo de negociação de significados e

gera novas formas de compreender, interpretar, questionar, discordar, propor,

interagir idéias, incentivando a leitura reflexiva de sua realidade. A relação com

o conteúdo estudado reporta as principais condições para que ocorra a

aprendizagem significativa.

A aprendizagem significativa, ou seja, o conhecimento significativo requer

duas condições básicas: o material a ser aprendido deve ser apresentado com

uma linguagem e exemplos que digam respeito aos conhecimentos prévios dos

alunos, ou seja, ser potencialmente significativo e ter um significado lógico na

estrutura cognitiva. O material deve ser potencialmente significativo, já que só

podemos aprender a partir daquilo que já conhecemos. A aprendizagem é mais

efetiva quando se percebe que uma informação poderá ser utilizada

posteriormente, que se comparada com conhecimentos anteriores e se

relevante pode se transformar em um novo conhecimento que poderá ser

usado com sucesso em outras situações.

A disposição do aluno para aprender está relacionada ao significado

psicológico de caráter tipicamente idiossincrático (pessoal ou cultural). Os

resultados da aprendizagem dependem não só do ensino ministrado, mas dos

objetivos, das motivações e dos conhecimentos que o aluno traz para a escola.

64

O aluno deve escolher aprender significativamente, incorporar novos

significados em seus conhecimentos anteriores mais do que simplesmente

memorizar definições, conceitos ou proposições. Condição que o professor não

tem interferência direta, apenas indireta, através de estratégias de ensino e

avaliação que motivem e encorajem os alunos a relacionar idéias que eles já

possuem com novas idéias, mostrando a relevância da construção deste

conhecimento e conduza a aprendizagem significativa.

Para tal, deverão ser incorporados na prática pedagógica da disciplina

de Ciências a organização de conteúdos e atividades que trabalhem a história

da ciência, a divulgação científica e a atividade experimental permeados por

uma abordagem problematizadora, uma relação contextual, relação

interdisciplinar, de pesquisa, leitura científica, atividades em grupo, recursos

instrucionais e lúdicos.

AVALIAÇÃO

A avaliação será contínua, formativa, processual e cotidiana, valorizando

também o conhecimento dialético. O processo de avaliação será realizado em

função dos objetivos propostos para cada conteúdo específico, levando em

consideração a realização das atividades, de leitura de textos indicados, dos

questionamentos e contribuições produzidos pelo aluno, da sua participação

individual e coletiva. Sendo assim a seleção de conteúdos é indissociável dos

critérios de avaliação, da expectativa de aprendizagem. Ao trabalhar

determinados conteúdos serão distintos quais serão os instrumentos mais

adequados e apropriados para avaliar a compreensão de tais informações para

cada turma, investigando qual será o método avaliativo mais indicado, até

mesmo para superar dificuldades que surjam.

Para tal a avaliação se pautará:

- Acompanhamento do percurso do estudo do aluno, verificando suas

interações, contribuições, dúvidas, reflexões, resolução e problemas,

etc;

- Produção de trabalhos escritos, que possibilitem sínteses dos

conhecimentos trabalhados;

- Demonstração de compreensão do tema estudado;

65

- Domínio da terminologia e dos conceitos;

- Poder de argumentação que justifica o que afirma ou nega;

- Organização das informações/conhecimentos estudados;

- Demonstração de originalidade, criatividade na resposta;

- Elaboração pessoal, crítica e fundamentada com base nos

conhecimentos estudados/aprendidos;

- Riqueza e pertinência das idéias;

- Qualidade das intervenções que provocam, estimulam a interação, a

cooperação e o crescimento do grupo;

- Senso de responsabilidade na realização e entrega das atividades

pedidas.

REFERÊNCIAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática

educativa. 36ª ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

KRASILCHIK, Myriam. Prática de Ensino de Biologia. 4ªed.rev.e ampl.,

2ªreimpr. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2008.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

10.1.1.3. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA

JUSTIFICATIVA

É necessário procurar entender a dialética de desenvolvimento a

aperfeiçoamento do corpo na história e na sociedade brasileira, para que a

Educação física saia de sua condição passiva de coadjuvante do processo

educacional, para ser parte integrante deste, buscando colocá-la em seu

verdadeiro espaço: o de área do conhecimento. Quando discutimos, hoje, a

Educação Física dentro da tendência Histórica-Crítica, verificamos que em sua

ação pedagógica, ela deve buscar elementos (chamados aqui de pressuposto

66

do movimento) da Ciência da Motricidade Humana (conforme proposta do

filósofo português: Professor Manuel Sérgio). Esta ciência trata de

compreender são e explicação do movimento humano e há dificuldade de

compreender e aprender os elementos buscados nesta ciência, uma vez que

as raízes históricas da Educação Física brasileira, estão postas dentro de um

regime militar rígido e autoritário , visando fins elitistas e hegemônicos. Por

outro lado, na dinâmica da sociedade capitalista, ela sempre esteve atrelada ás

relações capital x trabalho para dominação das classes trabalhadoras.

Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, cultura

corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao

conhecimento e á reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas

corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir

com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo,

reconhecendo-se como sujeito , que é produto , mas também agente histórico,

político, social e cultural.

OBJETIVOS

- Adotar uma postura ativa de praticidade de atividades físicas, consciente da

importância das mesmas na vida do cidadão.

- Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,

relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde.

- Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática de

jogos e dos desportos, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta

, pelo diálogo.

- Participar das atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e

construtivas com os outros reconhecendo e respeitando características físicas

e de desempenho de todos, sem discriminar por características pessoais,

físicas, sexuais ou sociais.

- Reconhecer o surgimento de cada esporte e identificar algumas regras.

- Estabelecer relação entre jogos populares e esporte.

- Conhecer aspectos históricos das ginásticas e das práticas corporais.

- Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes.

67

- Conhecer a difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no

contexto brasileiro.

- Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos

adaptados ou criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro.

- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das

diferentes formas de luta.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

5.ª série/6.º ano

Conteúdos estruturantes

- Esporte;

- Jogos e brincadeiras;

- Ginástica;

- Lutas;

- Dança.

Conteúdos básicos

- Esportes coletivos e individuais;

- Jogos e brincadeiras populares;

- Brincadeiras e cantigas de roda;

- Jogos de tabuleiro;

- Jogos cooperativos;

- Danças folclóricas;

- Danças de rua;

- Danças criativas;

- Ginástica rítmica;

- Ginástica geral.

6. série/7.º ano

Conteúdos estruturantes

- Esporte;

68

- Jogos e brincadeiras;

- Ginástica;

- Lutas;

- Dança.

Conteúdos básicos

- Coletivos individuais;

- Esportes coletivos e individuais;

- Jogos e brincadeiras populares;

- Brincadeiras e cantigas de roda;

- Jogos de tabuleiro;

- Jogos cooperativos;

- Danças folclóricas;

- Danças de rua;

- Danças criativas;

- Ginástica rítmica;

- Ginástica geral.

7.ª série/8.º ano

Conteúdos estruturantes

- Esporte;

- Jogos e brincadeiras;

- Ginástica;

- Lutas;

- Dança.

Conteúdos básicos

- Esportes coletivos radicais;

- Jogos de tabuleiro;

- Jogos dramáticos;

- Jogos cooperativos;

- Danças criativas;

- Danças circulares;

69

- Ginástica rítmica;

- Ginástica geral;

- Lutas com instrumento mediador.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal ,

deve estar articulada ao projeto político-pedagógico , pois tem seu objeto de

estudo e ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na escola .

Considerando o exposto, defende-se que as aulas de Educação física não são

apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento

subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala.

“Devemos entender que o movimento que a criança realiza num jogo,

tem repercussões sobre todas as dimensões de seu comportamento

e mais, que esta atividade veicula a faz a criança introjetar

determinados valores e normas de comportamento. Portanto, aquela

ideia de que atuando sobre o física estamos automaticamente e

magicamente atuando sobre as outras dimensões , precisa ser

superada para que estas possam ser levadas efetivamente em

consideração na ação pedagógica , através da estabelecimento de

estratégicas que objetivem conscientemente o desenvolvimento num

determinado sentido , deste outros aspectos e dimensões dos

educandos.” (Bracht , 1992 , p.66)

AVALIAÇÃO

A avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo,

permanente e cumulativo, o professor organizará e reorganizará o seu trabalho,

sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os

jogos e brincadeiras, a dança e a luta. A avaliação deve, ainda, estar

relacionado aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-se na forma de

resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de

aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o

trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo

pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que

reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constadas.

70

REFERÊNCIAS

BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:

Summus, 1984.

BRACHT, V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre:

Magister, 1992.

______ ___. A constituição das teorias pedagógicas da educação física.

In.: Caderno CEDES, Campinas, v.19, n. 48, 1999.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São

Paulo: Cortez, 1992.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

MARCELLINO, N. C. Estudos do lazer: uma introdução. 3 ed. Campinas:

Autores Associados, 2002.

SOARES, C. L. Educação Física escolar: conhecimento e especificidade.

In: Revista Paulista de Educação Física, supl. 2, São Paulo, 1996, p. 06-12.

10.1.1.4. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO

RELIGIOSO

JUSTIFICATIVA

O Ensino Religioso na Escola Fundamental pública está fundamentado

nas concepções teórico-metodológicas presentes nas Diretrizes Curriculares

Estaduais. É disciplina de oferta obrigatória para o estabelecimento de ensino

público e de matrícula facultativa para o aluno, pois é parte integrante da

formação básica do cidadão. Constitui-se, assim, disciplina dos horários

71

normais das escolas públicas de Educação Básica, assegurado o respeito à

diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de

proselitismo.

OBJETIVOS

- Estabelecer discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica.

- Desenvolver uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural.

- Reconhecer que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade

de cada grupo social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Paisagem religiosa;

- Universo simbólico religioso;

- Texto sagrado.

5.ª série/6.º ano

Conteúdos básicos

- Organizações religiosas;

- Lugares sagrados;

- Textos sagrados orais ou escritos;

- Símbolos religiosos.

6.ª série/7.º ano

Conteúdos básicos

- Temporalidade sagrada;

- Festas religiosas;

- Ritos;

- Vida e morte.

72

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso, que no passado versava sobre a prática de uma

única religião, atualmente é compreendida como educação da cultura religiosa

dos brasileiros, de um sagrado heterogêneo mas que se inter-relaciona e que

merece ser respeitado, que orienta e organiza aspectos da tradição deste povo.

Isto é reconhecido no artigo quinto da Constituição de 1988.

A disciplina deverá enfocar as diversas manifestações religiosas a fim de

ampliar o horizonte de possibilidades de compreensão do sagrado, viabilizando

uma melhor compreensão social e cultural da diversidade religiosa, dando

ênfase a sociedade brasileira. Tais conhecimentos são organizados nos

conteúdos estruturantes e básicos da disciplina de Ensino Religioso e

estudados à partir de uma perspectiva laica, aconfessional com uma linguagem

pedagógica e não religiosa, adequada ao universo escolar.

Desta forma, a disciplina do Ensino Religioso contribuirá para superar

desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito constitucional de

liberdade de crença e expressão e, por conseqüência, o direito à liberdade

individual e política, atendendo aos objetivos da Educação Básica que,

segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento da cidadania.

AVALIAÇÃO

Tendo em vista que o Ensino Religioso como disciplina tem a função de

proporcionar ao educando a possibilidade de refletir sobre vários aspectos da

existência, entre eles o transcendente, levá-los a questionar sobre o sentido da

vida, descobrindo seu comprometimento com a comunidade, em estado

consciente de sua participação no todo, a avaliação se restringe à observação

nas mudanças comportamentais, através de gestos, palavras, significados em

sua vivência e convivência.

73

REFERÊNCIAS

BACHA FILHO, Teófilo. O ensino religioso nas escolas públicas do Estado

do Paraná. Processo n.º 1299/02.2002, Curitiba: CEE, 2002.

BIACA, Valmir et al. O sagrado no ensino religioso: caderno pedagógico do

Ensino Fundamental. Curitiba: SEED – PR. 2006 p.136.

BIEDERMANN, H. Dicionário ilustrado de símbolos. São Paulo:

Melhoramentos, 1993.

BUCE, M. O livro ilustrado dos símbolos. São Paulo: Publifolha, 2001.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

PEIRANO, M. Rituais ontem e hoje. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

ROCHA, E. O que é mito. São Paulo: Brasiliense, 1999.

VIEIRA, E. Os ritos na formação ao professor de ensino religioso. Curitiba:

PUCPR, 2006;

10.1.1.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA

JUSTIFICATIVA

A Geografia agora intitulada Geografia Crítica, se redefine como ciência

social, envolvendo-se com análises da interdependência entre sujeito humano

e objetos de seu interesse.

Essa Geografia abandona a visão puramente descritiva e de

memorização para pensar o espaço enquanto uma totalidade, buscando ir

além do simples modelo de denúncia. Passa a ser a ciência do presente,

inspirada na realidade contemporânea.

74

O conceito adotado para o objeto de estudo da Geografia é o espaço

geográfico e para orientar o pensamento geográfico e a análise dos conteúdos

geográficos devemos ter em mente alguns questionamentos tais como: Onde?

por quem? Por que aqui e não em outro lugar? Por que esse lugar é assim?

Por que as coisas estão dispostas dessa maneira? Qual a significação desse

ordenamento espacial? Quais as consequências desse ordenamento espacial?

Tanto no Ensino Fundamental como no Ensino médio ( observando-se o

grau de complexidade) a Geografia se propõe a ampliar o conhecimento

anteriormente estruturado, viabilizando assim a formação do cidadão do

próximo milênio, aprimorando como pessoa humana, capaz de agir crítica e

eticamente.

Em poucas palavras podemos dizer que a proposta de Ensino da

Geografia, sendo a condução do aluno para que esse aprenda a conhecer,

aprenda a fazer, aprenda a conviver e aprenda a ser, constitue-se um

instrumento essencial, através da imensa gama de conhecimentos que a

ciência geográfica manipula, podemos levar os alunos a estabelecer

comparações, perceber impasses, contradições tanto em nível local quanto

global, problematizar fatos buscando suas conclusões, rompendo de vez com a

fragmentação factual e descontextualizada.

Essa visão de conjunto, esse pensar o espaço enquanto totalidade, que

tão bem a Geografia pode oportunizar, acaba fortalecendo a

interdisciplinaridade, o trabalho coletivo, tornando a aprendizagem um

processo de construção muito significativo.

Os conteúdos de Geografia apresentam a análise do espaço geográfico

de acordo com diferentes dimensões: a dimensão econômica e da produção n

espaço, a dimensão sócio ambiental, a dinâmica cultural demográfica e as

questões políticas.

Essas dimensões devem estar inter relacionadas para o espaço

geográfico torne-se significativo e compreensível.

A Geografia é, pois valioso “veículo”que nos permite transitar pelas

diversas escalas de manifestação dos fenômenos. É, portanto, um poderoso

instrumento de formação da cidadania, pois nos situa no mundo e permite que

compreendamos as conexões entre o mundo e qualquer uma das suas partes

estimulando a criticidade de nossa visão.

75

A temática da história e cultura afro-brasileira e africana fica

contemplada nessa disciplina como está previsto na lei 10639/03.

OBJETIVOS

- Reconhecer o processo de formação e transformação das paisagens

geográficas.

- Entender que o espaço geográfico é composto pela materialidade e pelas

ações sociais, econômicas, culturais e políticas.

- Identificar as formas de apropriação da natureza a partir do trabalho e suas

consequências econômicas, socioambientais e políticas.

- Preparar o aluno para uma leitura crítica da produção social do espaço.

- Empreender um ensino capaz de fornecer aos alunos conhecimentos

específicos da geografia, para que possa ler e interpretar criticamente o

espaço.

- Utilizar a linguagem cartográfica para representar e interpretar informações

em linguagem cartográfica, observando a necessidade de indicações de

direção, distância, orientação e proporção para garantir a legitimidade da

informação.

- Conhecer e valorizar os modos de vida de diferentes grupos sociais, como se

relacionam e constituem o espaço e a paisagem no qual se encontram

inseridos.

- Adotar uma atitude responsável em relação ao meio ambiente com a

finalidade que todos tenham uma vida plena num ambiente preservado e

saudável.

- Reconhecer e comparar o papel da sociedade e da natureza na construção

de diferentes paisagens urbanas e rurais.

- Saber utilizar os procedimentos básicos de observação, descrição, registro,

comparação, análise e síntese na coleta e tratamento da informação, seja

mediante fontes escritas ou imagéticas.

- Conhecer e compreender algumas das conseqüências das transformações da

natureza causadas pelas ações humanas, presentes na paisagem local,

urbanas e rurais.

- Identificar as manifestações espaciais dos diferentes grupos culturais.

76

-Reconhecer a configuração do espaço de circulação de mão-de-obra,

mercadorias e sua relação com os espaços produtivos brasileiros.

- Estabelecer a relação entre o processo de industrialização e urbanização.

- Analisar as transformações na dinâmica da natureza decorrentes do emprego

de tecnologias de exploração e produção.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- A dimensão econômica do espaço geográfico

Análise das relações de produção capitalista materializadas no espaço

geográfico como subsídio para o entendimento das questões sócio ambientais,

políticas, econômicas e culturais que caracterizam as sociedades na

atualidade.

- Dimensão política do espaço geográfico

Podemos por meio desse estudo compreender como as relações de

poder determinam as fronteiras, construindo e destruindo, configurando

diversas parcelas do espaço geográfico, em qualquer escala, nos diferentes

tempos históricos.

- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico

Análise da constituição geográfica das diferentes sociedades,

reconhecer os fenômenos que imprimem novas marcas nos territórios

(deslocamentos de indivíduos, instituições, capitais e informações) e como se

dão as relações políticas, econômicas e sociais em virtude dessa dinâmica.

- A dimensão socioambiental do espaço geográfico

Abrange a interdependência das relações entre sociedade, ambientes

físicos, químicos e biológicos, aspectos econômicos, sociais e culturais.

Deve-se partir da análise do espaço geográfico levando-se em

consideração os elementos que influenciam e garantem a vida no planeta

Terra, como esses elementos estão sendo utilizados pelas sociedades e como

77

essas sociedades organizam-se ( social, política e culturalmente) em

decorrência das influências desses mesmos elementos.

Conteúdos básicos

5.ª série/6.º ano

- Paisagem, espaço e lugar;

- O trabalho e a transformação do espaço geográfico;

- Orientação no espaço geográfico;

- Localização no espaço geográfico;

- Os continentes;

- Ilha oceânicas e continentais;

- Oceanos e mares;

- A água nos continentes;

- As principais formas de relevo terrestre;

- Os processos de formação e transformação do relevo;

- Relevo brasileiro;

- Importância dos rios e as bacias hidrográficas;

- Clima;

- Climas da terra e do Brasil;

- Grandes paisagens vegetais da terra;

- Vegetação brasileira;

- O espaço rural e suas paisagens;

- Problemas ambientais do campo;

- O espaço urbano e suas paisagens;

- Os principais problemas urbanos do Brasil;

- Atividades econômicas e recursos naturais;

- O extrativismo;

- A agricultura;

- A pecuária;

- Da máquina a vapor ao robô;

- Tipos de indústria;

- Comércio e prestação de serviços;

78

6.ª série/7.º ano

- Formação do território brasileiro;

- Localização do território brasileiro;

- Regionalização do território;

- Brasil: regiões e políticas regionais;

- Quantos somos e onde vivemos;

- Diversidade da população brasileira;

- Os movimentos migratórios no Brasil;

- Urbanização e industrialização do Brasil;

- Rede urbana, problemas sociais e ambientais urbanos;

- O uso da terra no meio rural;

- Concentração de terras e os conflitos do campo;

- Região norte, sudeste, sul e centro-oeste.

7.ª série/8.º ano

- Regionalização pelo nível de desenvolvimento;

- Países do norte e do sul;

- Regionalização de acordo com o IDH;

- A economia mundial atual;

- As transnacionais;

- Os financiadores da economia mundial;

- Os blocos econômicos;

- Localização e a regionalização;

- Formação histórica do continente;

- Relevo e hidrografia;

- Clima e vegetação;

- População;

- Atividades do setor primário;

- Desenvolvimento do setor terciário;

- Crescimento do setor terciário;

- Estados Unidos: território e população;

- Estados Unidos: potência econômica e militar;

- Canadá: o maior país da América;

- México: entre os países ricos e pobres;

79

- América Central: istmica e insular;

- América Andina: Chile, Bolívia e Peru;

- Venezuela, Equador e Colômbia;

- Guiana, Suriname e Guiana Francesa;

- Paraguai, Uruguai e Argentina: características gerais;

- O Brasil no mundo globalizado.

8.ª série/9.º ano

- A globalização e seus efeitos;

- A economia européia;

- União Européia;

- A CEI;

- A economia do continente asiático;

- A economia africana;

- Rússia/transição;

- China, a economia que cresce;

- O Japão e os tigres asiáticos;

- Índia em desenvolvimento;

- População da Ásia;

- A população européia;

- A África e sua população;

- Estado, Território e Nação;

- As grandes guerras e a Guerra Fria;

- O Terrorismo;

- A crise do socialismo;

- Quadro natural e os problemas ambientais da Europa;

- Quadro natural e regionalização da África;

- Problemas ambientais do século XXI;

- Economia versus meio ambiente.

80

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Com a Geografia pretendemos o entendimento de como e por que

determinados fenômenos se produzem no espaço e como são suas relações

com os processos econômicos, sociais, culturais e políticos. Buscamos no

processo esclarecer que esses fenômenos não ocorrem de forma aleatória e

sim foram sendo considerados ao longo do tempo reforçando a importância do

processo histórico e das singularidades da cada lugar nas análises feitas.

Para que esses objetivos se efetivem, a leitura a interpretação do espaço

geográfico faz-se necessária; o que nos remete ao uso da linguagem

cartográfica, reforçamos aqui que essa linguagem não deve ser usada como

mero instrumento de localização e ilustração, mas como fonte de pesquisa e

investigação, instrumento de reflexão aprofundada e análise relacional das

diferentes escalas geográficas.

Saber ler o mundo para compreender a realidade e entender o conceito

em que as relações sociais se desenvolvem implica em partir do cotidiano dos

alunos, tornando relevante o conhecimento. Nesse caso aproveitamos os

conhecimentos já adquiridos anteriormente, partimos da realidade dos alunos

buscando nas discussões sua veracidade e mudanças conceituais. O diálogo

nesse processo é essencial, as trocas de experiências são enriquecedoras. A

problematização surge então, como metodologia ideal para a abordagem dos

conceitos ou temas geográficos pois implica em expor as contradições, buscar

explicações e relações e construir conceitos.

Procurando evitar omissões e simplificações, sempre que possível,

buscamos a conexão da Geografia com outros campos do conhecimento

promovendo diálogos e atitudes transdisciplinares.

Caberá ao professor ensinar os conhecimentos científicos fazendo com

que os alunos ultrapassem o senso-comum ampliando as condições de análise

e interpretação da realidade sócio espacial.

Para tanto o professor precisa partir de uma situação problematizadora

estimulando o raciocínio, a reflexão e a crítica. A contextualização ocorre na

seqüência expandindo a análise da realidade de vivência do aluno para situá-lo

historicamente em diferentes escalas geográficas.

81

O processo de aprendizagem se dará de forma dialogada, possibilitando

o questionamento e a participação dos alunos visando desenvolver uma

argumentação consciente e crítica dos fatos trabalhados.

AVALIAÇÃO

A avaliação será feita de forma diagnóstica, continua, somativa. Para

tanto os instrumentos empregados constarão de provas individuais, pesquisas

de campo, trabalhos individuais ou em grupos, interpretação de textos,

entrevistas, análise de fotografias, confecção e interpretação de mapas, tabelas

gráficos, cartazes, relatórios e demais atividades que possibilitem aos alunos a

interação/participação ativa nas discussões desenvolvidas.

A Recuperação Paralela será realizada sempre que fizer necessária,

acontecerá sempre ao longo do processo, quando os resultados obtidos

indicarem a necessidade de uma reavaliação ou caso haja grandes

dificuldades apresentadas pelos alunos.

REFERÊNCIAS

Projeto Araribá: geografia / obra coletiva. Editora Moderna, São Paulo, 2006 –

7.ª e 8.ª do ensino fundamental.

CORRÊA, Diamantino Alves. Geografia ciência do espaço. São paulo,1998.

LEINZ, V. Amaral, S.E. Geologia Geral. São Paulo: Editora Nacional, 1989.

MAGNOLI,Demátrio. União Européia: história e geopolítica. São Paulo:

Moderna, 2004

MOREIRA, Igor. O espaço geográfico e a Geografia do Brasil. São Paulo:

Moderna, 1994.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

82

VESENTINI, José William. Geografia Crítica. Campinas: Papirus, 1984.

Revista Veja – Editora Abril.

Folha de São Paulo.

Gazeta do povo e outros jornais.

10.1.1.6. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE HISTÓRIA

JUSTIFICATIVA

Concebemos história como o estudo da experiência humana no passado

e no presente. A história busca compreender as diversas maneiras como

homens e mulheres viveram e pensaram suas vidas e sua sociedade, através

do tempo e do espaço. Ela permite que as experiências sociais sejam vistas

como um constante processo de transformação; um processo que assume

formas muito diferenciadas e que é produto das ações dos próprios homens.

O estudo da história é fundamental para perceber o movimento e a

diversidade, possibilitando comparações entre grupos sociais nos diversos

momentos da história. Por isso a história ensina o respeito pela diferença,

contribuindo para o entendimento do mundo que vivemos e do mundo que

gostaríamos de viver.

Dessa forma o objeto de estudo da disciplina de História serão os

processos históricos relativos às ações e relações humanas praticadas o

decorrer do tempo, bem como, os sentidos que os sujeitos deram às mesmas,

tendo ou não consciência dessas ações.

OBJETIVOS

- Ampliar a capacidade de conhecer para a compreensão de relações sociais

econômicas existentes no seu próprio tempo e reconhecer a presença de

outros tempos no seu dia a dia.

83

- Dimensionar as relações sociais, econômicas, políticas e culturais que

vivenciam enriquecendo seu repertório histórico, com informações de outras

localidades.

- Relação entre a sociedade, a cultura e a natureza, em diferentes momentos

da história brasileira, em diferentes momentos da história dos povos

americanos, e em diferentes momentos da história de povos do mundo.

- Caracterizar a distinção das relações sociais de trabalhos e diferentes

realidades históricas brasileiras, em diferentes momentos da história dos povos

americanos e em diferentes momentos da história de povos do mundo.

- Constituição do território da nação do Estado brasileiro, confrontar, lutas,

guerras e revoluções.

- Formação da cidadania e cultura no mundo contemporâneo, problematizando

questões de cidadania e cultura no Brasil e no mundo.

- Perceber as relações de dominação e resistência presentes nas sociedades.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Relações de trabalho

- Relações de poder

- Relações culturais

5.ª série/6.º ano

Conteúdos básicos

- Introdução aos estudos históricos: conceitos, fontes e tempo;

- As origens do ser humano: papel do ser humano e teoria sobre a vida

humana;

- Povoamento da América: teorias da chegada do homem à América, Primeiros

americanos e o ser humano no Brasil;

- Antigas civilizações: Mesopotâmia, Egito, China, Índia, Grécia e Roma.

84

6.ª série/7.º ano

Conteúdos básicos

- Formação da Europa Feudal: povos germânicos, francos, carolíngios e

feudalismo;

- O mundo além da Europa: islamismo, império árabe, renascimento comercial

e urbano;

- A reforma protestante;

- Formação das monarquias nacionais;

- Mercantilismo;

- As grande navegações;

- Civilizações pré-colombianas;

- Expansão colonial.

7.ª série/8.º ano

Conteúdos básicos

- Absolutismo;

- Revolução Inglesa;

- Revolução industrial;

- Iluminismo;

-Revolução Francesa;

- Período Napoleônico;

- Independência das treze colônias;

- Independências das colônias espanholas na América;

- Independência do Brasil;

- Primeiro Império;

- Unificação da Itália e da Alemanha;

- Período Regencial;

- Segundo Reinado.

85

8.ª série/9.º ano

Conteúdos básicos

- Proclamação da República do Brasil;

- Primeira Guerra Mundial;

- Revolução Russa;

- Período entre guerras;

- Segunda Guerra Mundial;

- Guerra Fria;

- Mudanças culturais no pós-guerra;

- Transformações do Brasil na década de 1920;

- Populismo;

- Ditadura militar no Brasil;

- A redemocratização do Brasil;

- A nova ordem mundial.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos

às ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva

significação atribuída pelos sujeitos tendo ou não consciência dessas ações.

A produção do conhecimento requer um método específico, baseado na

explicação e interpretação de fatos do passado, construída a partir dos

documentos e experiências vivenciadas a diversidade sociais, culturais e

políticas dos sujeitos e suas relações.

AVALIAÇÃO

A avaliação é a investigação do aprendizado histórico do aluno. É um

processo em que diversos momentos o estudante poderá compreender se

aprendeu e como aprendeu sobre os temas trabalhados.

Nos critérios de avaliação pretende-se verificar o aprendizado dos

conteúdos sugeridos, através do planejamento de situações diferenciadas de

avaliação.

86

Para tanto, a avaliação se dará a partir de três aspectos: a investigação

e a apropriação de conceitos; a compreensão das relações da vida humana e o

aprendizado dos conteúdos básicos.

Nas avaliações serão exploradas diferentes modalidades: leitura,

interpretação, análise de narrativas historiográficas, mapas, pesquisas,

sistematização de conceitos históricos entre outros.

REFERÊNCIAS

BERUTTI, Flávio. História. Vol. 5, 6, 7. Editora Saraiva, 2002.

FERNANDES, Velocino Bruck. O Paraná é assim. Gráfica da Assembléia do

Paraná. S/D.

MONTELLATO, Andreia, CABRINI, Conceição; JUNIOR, História temática.

Vol. 5675. Ed. Scipione, 2004.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

PILETTI, Nelson & Claudino. História e vida integrada. São Paulo, Ática,

2005;

REFERÊNCIAS ELETRÔNICAS

www.scipione.com.br

www.formatoeditorial.com.br

www.editorasaraiva.com.br

www.portalafro.com.br

www.diaadiaeducaçao.pr.gov.br

87

10.1.1.7. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA

PORTUGUESA

JUSTIFICATIVA

Pensar o ensino da Língua Portuguesa exige a busca de pressupostos

teóricos que além de explicar as relações entre o ensinar e o aprender, possam

também elucidar que o domínio da língua tem estreita relação com a

possibilidade de plena participação do sujeito na vida social, pois é por meio

dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende

pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento.

A melhoria da qualidade de educação no país passa pela melhoria da

qualidade do trabalho docente com a Língua Portuguesa, pois existe uma

relação muito forte entre fracasso escolar e domínio da leitura e da escrita. A

questão sobre a relação do ensino da Língua Portuguesa e a produção do

fracasso escolar tem sido ponto de discussão de inúmeros trabalhos científicos,

desde a década de 80.

No ensino fundamental essa discussão tem como eixo a questão da

leitura e da escrita.

A produção científica na área tem avançado no sentido de que não é

mais possível optar por um ensino da Língua voltado à teoria gramatical ou o

reconhecimento de algumas formas da língua padrão, mas ao domínio efetivo

do falar, ler e escrever. Isso implica num grande esforço de revisão das

práticas tradicionais de ensino da Língua Portuguesa.

Na década de 80, começaram a circular, entre educadores, livros e

artigos que discutiam a mudança na forma de compreender aspetos

importantes do processo de ensino da leitura e da escrita em que este

processo já era concebido como complexo e multidimensional.

Nesse sentido, o ensino da língua não pode ser visto como um fim em

si mesmo, mas como uma importante condição de formar o cidadão crítico que

tenha a leitura e a escrita como práticas do seu cotidiano. Isso exige tomar a

língua portuguesa em uma perspectiva de letramento em que os alunos, desde

muito cedo, são envolvidos pelos mais diferentes escritos, interagindo com

88

textos reais e significativos em que as muitas razões para ler e para escrever

estejam presentes.

Esse novo entendimento do processo de aquisição da leitura e da

escrita exige novas proporções para o encaminhamento pedagógico. A

primeira delas é que a leitura e escrita sejam entendidas como práticas sociais.

Dessa forma, o professor ao organizar a sua prática pedagógica em

sala de aula, não pode ignorar que esse trabalho assume feições particulares,

dependendo da resposta que se dá às questões: para quê e porque ensinamos

o que ensinamos? Para quê e porque os alunos aprendem o que aprendem?

Respostas a essas questões remetem a reflexões sobre a relação

entre linguagem e conhecimento, envolvendo tanto uma concepção de

linguagem quanto uma concepção de educação.

Decorrem daí a relação dos conteúdos ensinados, o enfoque que se dá

a esses conteúdos, as estratégias de trabalho com os alunos, a bibliografia

utilizada, o sistema de avaliação, o relacionamento professor/aluno.

Tudo isso representam atividades concretas em sala de aula que, de

certa forma, deixam transparecer o caminho que se optou no ensino da língua.

Um ponto precisa estar claro aos professores no processo de ensino: é de

suma importância que o professor torne suas aulas um espaço favorável ao

desenvolvimento intelectual e crítico dos alunos. Assim na prática pedagógica

cotidiana da sala de aula é importante alguns procedimentos:

- Leitura de textos dos mais diversos gêneros;

- Produções coletivas e individuais de textos (escritos e orais);

- Atividades que possibilitem o desenvolvimento da leitura e da

escrita;

- Atividades de análise linguística;

- Atividades de compreensão de leitura.

Essa proposta do trabalho com a Língua Portuguesa assume a posição

teórica em que a língua não é vista apenas como um trabalho escolar, mas

como um trabalho histórico e social, o que implica partir do pressuposto que a

língua se realiza no uso, nas práticas sociais, e que os sujeitos se apropriam

dos conteúdos, transformando-os em conhecimento próprio, por meio da ação

sobre eles. Essa postura teórica exige a organização do trabalho docente de

89

forma que o aluno possa expandir sua capacidade de uso da língua e adquirir

outras que não possui em situações linguisticamente significativas.

Disso decorre que os conteúdos de Língua Portuguesa, no ensino

fundamental, devem ser selecionados em função do desenvolvimento de

quatro habilidades linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever. Para

desenvolver essa competência linguística nos alunos a unidade básica de

ensino é o texto. Pode se afirmar que texto é o produto da atividade discursiva

oral ou escrita que forma um todo significativo e acabado, qualquer que seja a

sua extensão.

Essa posição teórica exige que o trabalho docente se organize em

torno de três eixos:

- Leitura de textos;

- Produção de textos;

- Reflexão sobre a língua;

No tratamento didático é fundamental que o professor:

- Considere os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao

que se pretende ensinar;

- Considere o nível de complexidade dos diferentes conteúdos como

definidor do grau de autonomia possível dos alunos, na realização das

atividades;

- Considere o nível de aprofundamento possível de cada conteúdo, em

função das possibilidades de compreensão dos alunos nos diferentes

momentos do seu processo de aprendizagem.

Língua oral: usos e formas

Eleger a língua oral como conteúdo escolar exige o planejamento da

ação pedagógica de forma a garantir, na sala de aula, atividades sistemáticas

de fala, escuta e reflexão sobre a língua.

Assim, o trabalho com a língua oral deve acontecer no interior de

atividades significativas como: seminários, debates, dramatizações, relatos de

experiências pessoais, comentários de filmes, textos lidos, eventos,

brincadeiras, simulação de programas de rádio e televisão e outros tantos usos

públicos da língua oral.

90

A produção oral pode acontecer nas mais diversas circunstancias,

dentro dos mais diversos projetos. O importante é ter claro, que além das

atividades de produção oral o professor ou professora precisa organizar

situações contextualizadas de escuta, em que o ouvir atentamente, o ficar

quieto, esperar a vez de falar e respeitar a fala do outro tenham função e

sentido, e não sejam apenas solicitações ou exigências do professor ou

professora.

Língua escrita: usos e formas

A leitura e a escrita aparecem como objetivos prioritários nos anos

iniciais do ensino fundamental. Apesar de apresentados de forma segmentada

(em dois blocos) é necessário que se compreenda que leitura e escrita são

práticas complementares, fortemente relacionadas. São práticas que

possibilitam ao aluno construir seu conhecimento sobre os procedimentos mais

adequados para lê-los e escrevê-los e sobre circunstâncias de uso da escrita.

Prática de leitura

O trabalho com a leitura tem como finalidade a formação de leitores

competentes que realizam um trabalho ativo de construção do significado do

texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento prévio sobre o assunto,

sobre o autor, de tudo o que se sabe sobre a língua. Portanto, não se trata

simplesmente de extrair informações da escrita, decodificando letra por letra,

palavra por palavra.

Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente,

compreensão, na qual os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura

propriamente dita. A leitura sempre envolve a compreensão do texto escrito.

Para tornar os alunos bons leitores, é imprescindível a formação do

gosto e do compromisso com a leitura, o que implica dizer, que é muito mais do

que desenvolver a capacidade de ler. Para que isso aconteça são necessárias

determinadas condições:

- dispor de uma biblioteca na escola;

- dispor de um acervo na classe com livros e outros materiais de

leitura;

91

- organizar momentos de leitura livre em que o professor também

leia;

- planejar atividades diárias garantindo que as horas de leitura

tenham a mesma importância que as demais;

- possibilitar aos alunos a escolha de suas leituras;

- possibilitar aos alunos o empréstimo de livros na escola;

- quando houver oportunidade de sugerir títulos para serem

adquiridos pelos alunos, optar sempre pela variedade;

- construir uma política de formação de leitores na qual todos

possam contribuir com sugestões para desenvolver uma prática

constante de leitura que envolva o conjunto da unidade escolar;

- desenvolver projetos didáticos que tenham a leitura como eixo.

O trabalho com a leitura precisa ser diário e há inúmeras possibilidades

para isso, pois a leitura pode ser realizada:

- de forma silenciosa, individualmente;

- em voz alta (individualmente ou em grupo) quando fizer sentido

dentro da atividade;

- pela escuta de alguém que lê.

Sabemos que a leitura é um processo interno, mas o professor deve ter

clareza de que o processo de leitura deve ser ensinado e aprendido. O

processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda o texto e possa ir

construindo uma ideia sobre o seu conteúdo, extraindo dele o que lhe

interessa, em função dos seus objetivos. Os objetivos da leitura são elementos

que devem ser levados em conta quando se trata de ensinar os alunos a ler e a

compreender.

Prática de produção de textos

O trabalho com a produção de textos tem como finalidade formar

leitores competentes capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes.

Um escritor competente é alguém que planeja o discurso e

consequentemente o texto em função do seu objetivo e do leitor a quem se

destina; é alguém que sabe elaborar um resumo ou tomar notas durante uma

exposição oral; que sabe esquematizar suas anotações para estudar um

assunto; que sabe expressar por escrito seus sentimentos, experiências ou

92

opiniões. Um escritor competente é, também, capaz de olhar para o próprio

texto como um objeto e verificar se está confuso, ambíguo, redundante,

obscuro ou incompleto. Ou seja: é capaz de revisá-lo e reescrevê-lo até

considerá-lo satisfatório para o momento.

Para tornar os alunos bons produtores de textos é fundamental

implementar na sala de aula, ou mesmo na escola, uma prática continuada de

produção de textos que atenda às seguintes condições:

- oferecer textos escritos impressos de boa qualidade;

- solicitar aos alunos que produzam textos;

- propor situações de produção de textos, em pequenos grupos, nos

quais os alunos compartilhem as atividades, embora realizando

diferentes tarefas: produzir propriamente, grafar e revisar;

- conversar com os alunos explicitando as dificuldades do processo

de produção, pois é fundamental que eles saibam que escrever,

ainda que seja graficamente para muitos, não é fácil para ninguém;

- propor projetos que ofereçam reais condições de produção de

textos escritos.

É fundamental que professor e alunos partilhem a crença de que se

aprende a escrever, escrevendo. Para aprender a escrever, é necessário ter

acesso à diversidade de textos escritos, testemunhar a utilização que se faz da

escrita em diferentes circunstâncias, defrontar-se com as reais questões que a

escrita coloca a quem se propõem produzi-la, arriscar-se a fazer como

consegue e receber ajuda de quem já sabe.

Análise e reflexão sobre a língua

O trabalho de análise e reflexão sobre a língua, também denominado

de “análise linguística” tem como finalidade o desenvolvimento da competência

dos alunos enquanto falantes, ouvintes, leitores e escritores. Essa competência

se constrói no uso e através da reflexão sobre a língua em uso.

A expressão “análise linguística” refere-se precisamente a um conjunto

de atividades que toma a língua como objeto de reflexão e estudo. Essas

atividades apóiam-se em dois fatores:

- a expressão humana de refletir, analisar, pensar sobre os fatos e

os fenômenos da linguagem;

93

- a propriedade que a linguagem tem de poder referir-se a si mesma,

de falar sobre a própria linguagem.

O objetivo principal dessa atividade é melhorar a capacidade de

compreensão e expressão dos alunos, em situações de comunicação tanto

escrita quanto oral.

O trabalho didático de análise linguística se organiza tendo como ponto

de partida a exploração ativa e a observação de regularidades e irregularidades

no funcionamento da linguagem decorrentes do uso que os alunos fazem da

língua.

No processo de ensino as atividades de análise linguística, devem anteceder

as práticas de reflexão metalinguística (estudo da gramática propriamente dito)

para que essas possam ter algum significado para os alunos.

OBJETIVOS

- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos na sua vida escolar.

- Compreender o significado das ciências, das artes e das letras, o processo

histórico de transformação da sociedade e da cultura, bem como da

importância da Língua Portuguesa como instrumento de comunicação, de

acesso ao conhecimento e de exercício da cidadania plena.

- Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e

condutas sociais e como representação simbólica de experiências humanas

manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social.

- Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos e

contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com

as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores,

participantes da criação e propagação de idéias e escolhas, tecnologias

disponíveis).

- Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de

significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

- Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a linguagem oral e

escrita e seus códigos sociais, contextuais e lingüísticos.

94

- Recuperar, pelo estudo do texto literário, as formas instituídas de construção

do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as

classificações preservadas e divulgadas no eixo temporal e espacial.

- Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da

linguagem.

- Refletir juízos de valor, tanto sócio-ideológicos (preconceituosos ou não)

quanto histórico-culturais (inclusive estéticos), associados à linguagem e à

língua, reafirmando sua identidade pessoal e social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

5.ª série/6.º ano

Conteúdo estruturante

- Discurso como prática social

Conteúdos básicos

Gêneros discursivos

Para o trabalho das práticas de leitura, escrita, oralidade e análise lingüística,

serão adotados como conteúdos básicos os gêneros discursivos conforme

suas esferas sociais de circulação, o Projeto Político Pedagógico, a Proposta

Pedagógica Curricular, o Plano Trabalho Docente, ou seja, em conformidade

com as características da escola e com o nível de complexidade adequado a

série.

Leitura

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

95

- Léxico;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem.

Escrita

- Tema do texto ;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto,

- Informatividade;

- Argumentatividade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Divisão do texto em parágrafos;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

- Processo de formação de palavras;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal.

Oralidade

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Argumentetividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralingüísticos:entonação, pausas, gestos...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações lingüísticas;

- Marcas lingüísticas: coesão,coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.

96

6.ª série/7.º ano

Conteúdo estruturante

- Discurso como prática social

Conteúdos básicos

Leitura

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Aceitabilidade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Informações explícitas e implícitas;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Repetição proposital de palavras;

- Léxico;

- Ambigüidade;

- Marcas lingüísticas: coesão,coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

Escrita

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Discurso direto e indireto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de

linguagem;

97

- Processo de formação de palavras;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia;

- Concordância verbal/nominal.

Oralidade

- Tema do texto;

- Finalidade;

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralingüísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações lingüísticas;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, semântica.

7.ª série/8.º ano

Conteúdo estruturante

- Discurso como prática social

Conteúdos básicos

Leitura

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos como: (aspas, travessão, negrito).

98

- Semântica:

- Operadores argumentativos;

- Ambigüidade;

- Sentido conotativo e denotativo das palavras no texto;

- Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Escrita

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Intertextualidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

- Concordância verbal e nominal;

- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e

seqüenciação do texto;

- Semântica:

- Operadores argumentativos;

- Ambigüidade;

- Significado das palavras;

- Sentido conotativo e denotativo;

- Expressões que denotam ironia e humor no texto.

Oralidade

- Conteúdo temático;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Papel do locutor e interlocutor;

99

- Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Elementos semânticos;

- Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito

8.ª série/9.º ano

Conteúdo estruturante

- Discurso como prática social

Conteúdos básicos

Leitura

- Conteúdo temático;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Discurso ideológico presente no texto;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

- Partículas conectivas do texto;

- Progressão referencial no texto;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

- Semântica:

100

- Operadores argumentativos;

- Polissemia;

- Sentido conotativo e denotativo;

- Expressões que denotam ironia e humor no texto;

Escrita

- Conteúdo temático;

- Interlocutor

- Finalidade do texto;

- Informatividade;

- Situacionalidade;

- Intertextualidade;

- Temporalidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Elementos composicionais do gênero;

- Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

- Partículas conectivas do texto;

- Progressão referencial no texto;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);

- Sintaxe de concordância;

- Sintaxe de regência;

- Processo de formação de palavras;

- Vícios de linguagem;

- Semântica:

- Operadores argumentativos;

- Modalizadores;

- Polissemia.

Oralidade

- Conteúdo temático ;

- Finalidade;

- Aceitabilidade do texto;

- Informatividade;

101

- Papel do locutor e interlocutor;

- Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas.

ESFERAS SOCIAIS DE CIRCULAÇÃO

EXEMPLOS DE GÊNEROS

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FotosHoróscopoInfográfico

102

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PUBLICITÁRIA AnúncioCaricaturaCartazesComercial para TVE-mailFolderFotosSlogan

MúsicasOutdoorParódiaPlacasPublicidade ComercialPublicidade InstitucionalPublicidade OficialTexto Político

POLÍTICA Abaixo-AssinadoAssembléiaCarta de EmpregoCarta de ReclamaçãoCarta de SolicitaçãoDebate

Debate RegradoDiscurso Político “de Palanque”FórumManifestoMesa RedondaPanfleto

JURÍDICA Boletim de OcorrênciaConstituição BrasileiraContratoDeclaração de DireitosDepoimentosDiscurso de AcusaçãoDiscurso de Defesa

EstatutosLeisOfícioProcuraçãoRegimentosRegulamentosRequerimentos

PRODUÇÃO E CONSUMO BulasManual TécnicoPlacas

Regras de JogoRótulos/Embalagens

MIDIÁTICA BlogChatDesenho AnimadoE-mailEntrevistaFilmesFotoblogHome Page

Reality ShowTalk ShowTelejornalTelenovelasTorpedosVídeo ClipVídeo Conferência

103

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

No processo de ensino-aprendizagem, é importante salientar o contato

com a linguagem nas diferentes esferas sociais, para o entendimento do texto

ser eficiente, bem como seus sentidos, suas intenções e visões de mundo.

A língua não se apresenta apenas no eixo da escrita, mas também nos

eixos da oralidade e da leitura.

A escola, por ser democrática e garantir a socialização do conhecimento,

deve, então, acolher alunos das mais diversas variações lingüísticas.

O ponto de partida deve ser sempre os conhecimentos lingüísticos os

alunos para promover situações que os incentivem a falar, ou seja, fazer uso

da variedade que eles empregam em suas relações sociais.

Em sala de aula, a oralidade deve ser trabalhada através de recitação de

poesias, jograis, dramatização, debates, interpretação de músicas e criação de

discursos.

Em relação à escrita, ressalta-se que as condições em que a produção

acontece determinam o texto. É importante também que o professor

desenvolva uma prática escolar que tenha em vista o leitor, que tenha um

destinatário e finalidades, para então se decidir o que será escrito.

Cada gênero discursivo tem suas peculiaridades: a composição, a

estrutura e o estilo variam conforme a produção de cada texto.

O aperfeiçoamento da escrita ocorre a partir da produção de diferentes

gêneros, por meio das experiências sociais, tanto singular quanto

coletivamente vividas.

É preciso o envolvimento dos alunos com os textos que produzem e que

eles assumam a autoria do que escrevem. Quando escrevem, eles dizem de si,

de suas leituras de mundo. A produção escrita possibilita que o sujeito tenha

auto-crítica, posicione-se em seu texto, interagindo com as práticas de

linguagem da sociedade.

Compreende-se a leitura como um ato dialógico, interlocutivo, que

envolve demandas sociais, históricas, políticas, econômicas, pedagógicas e

ideológicas de determinado momento. Nela, o indivíduo busca experiências,

seus conhecimentos prévios, sua formação familiar, religiosa, cultural, enfim, as

várias vozes que o constituem.

104

A leitura se efetiva no ato da recepção, configurando o caráter individual

que ela possui. Depende de fatores lingüísticos e não lingüísticos: o texto é

uma potencialidade significativa, mas necessita de mobilização do universo de

conhecimento do leitor, num tempo e espaço. O leitor, convocado pelo texto,

participa da elaboração dos significados, confrontando-os com o próprio saber,

com a experiência de vida.

É na dimensão discursiva que a leitura deve ser experienciada. O

reconhecimento das vozes sociais e das ideologias presentes no discurso

auxiliar na construção de sentido de um texto e na compreensão das relações

de poder a ele inerentes.

AVALIAÇÃO

É indispensável que a avaliação em Língua Portuguesa seja um

processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao

desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Ela deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo

ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática

pedagógica. Assim, a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez

que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas

também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o

novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a

aprendizagem. O verdadeiro sentido da avaliação é acompanhar o

desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e

mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar

problemas e fazer emergir novas práticas educativas.

REFERÊNCIAS

ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras

no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

105

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes,

2003.

BAKTHIN, M. Marxismo e Filosofia da linguagem. 4. ed. São Paulo: Hucitec,

1998.

COLOMER, T.; CAMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto

Alegre: ArtMed, 2002.

FREIRE, P. A importância do Ato de Ler: em três artigos que se

complementam. São Paulo: Cortez: Autores Associados. (Coleção Polêmicas

do Nosso Tempo, vol. 4), 1982.

GERALDI, J.W. Portos de passagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,

1993.

_____________. O texto na sala de aula. Leitura e produção. Cascavel:

Assoeste, 1984.

GUIMARÃES, E. Texto, discurso e ensino. São Paulo: Contexto, 2009.

JOLIBERT, J. Formando crianças leitoras. Trad. MAGNE, B. C. Porto Alegre:

Artes Médicas, 1994.

MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão.

São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MENEGASSI, R. J. (org). Leitura e ensino. Maringá: EDUEM, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica. Paraná, 2009.

SILVA, E.T. da. A produção da leitura na escola. Pesquisas X Propostas.

São Paulo: Ática, 1995.

SILVA, E. T. da. De olhos abertos: reflexões sobre o desenvolvimento da

leitura no Brasil. São Paulo: Ática, 1999.

106

SMITH, F. Compreendendo a leitura: uma análise psicolingüística da leitura e

do aprender a ler. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda, 1989.

SMITH, F. Leitura Significativa. Trad. NEVES, B. A. 3 ed. Porto Alegre: Artes

Médicas Sul Ltda, 1999.

SMOLE, K. S.; DINIZ, I. M. (Orgs.) Ler, escrever e resolver problemas:

habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.

SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte:

Autêntica, 1998.

SOLÉ, I. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.

TEBEROSKY, A. Compreensão de leitura: a língua como procedimento.

Porto Alegre: Artmed, 2003.

10.1.1.8. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE MATEMÁTICA

JUSTIFICATIVA

A Matemática comporta um amplo campo de relações, regularidades e

coerências que despertam a curiosidade e instigam a capacidade de

generalizar, projetar, prever e abstrair, favorecendo a estruturação do

pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico. Faz parte da vida de

todas as pessoas nas experiências mais simples como contar, comparar e

operar sobre quantidades. Nos cálculos relativos a salários, pagamentos e

consumo, na organização de atividades como agricultura e pesca, a

Matemática se apresenta como um conhecimento de muita aplicabilidade.

Também é um instrumental importante para diferentes áreas do conhecimento,

por ser utilizada em estudos tanto ligado às ciências da natureza como às

ciências sociais e por estar presente na composição musical, na coreografia,

na arte e nos esportes.

107

Essa potencialidade do conhecimento matemático deve ser explorada,

da forma mais ampla possível, no ensino fundamental.

Para tanto, é importante que a Matemática desempenhe, equilibrada e

indissociavelmente, seu papel na formação de capacidades intelectuais, na

estruturação do pensamento, na agilização do raciocínio dedutivo do aluno, na

sua aplicação a problemas, situações da vida cotidiana e atividades do mundo

de trabalho e no apoio à construção de conhecimentos em outras áreas

curriculares.

OBJETIVOS

- Ler, interpreter e até produzir textos relacionados à Matemática.

- Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos,

diagramas presentes em veículos de comunicação e a análise crítica bem

como a valorização de informações de diferentes origens.

- Observar e estabelecer conexões existentes entre diferentes tópicos de

Matemática e conhecimentos aplicados em outras áreas.

- Utilizar forma adequada e investigativa os recursos tecnológicos, como

calculadora e o computador.

- Desenvolver estratégias de resolução de problemas para desenvolver a

capacidade de raciocínio lógico.

- Analisar e aprender as influências de fatores sócio-culturais sobre o ensino, a

aprendizagem e o desenvolvimento através da Etnomatemática.

- Compreender por meio da leitura o problema matemático.

- Elaborar um plano que possibilite a solução dos problemas.

- Encontrar meios diversos para a resolução de um problema matemático.

- Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições

particulares.

- Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

problemas.

108

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

5.ª Série/6.º Ano

Conteúdos estruturantes

- Números e algebra;

- Grandezas e medidas;

- Geometrias;

- Tratamento da informação.

Conteúdos básicos

- Sistemas de numeração;

- Números Naturais;

- Múltiplos e divisores;

- Potenciação e radiciação;

- Números fracionários;

- Números decimais;

- Medidas de comprimento;

- Medidas de massa;

- Medidas de área;

- Medidas de volume;

- Medidas de tempo;

- Medidas de ângulos;

- Sistema monetário;

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Dados, tabelas e gráficos;

- Porcentagem.

6.ª Série/ 7.º Ano

Conteúdos estruturantes

- Números e algebra;

- Grandezas e medidas;

109

- Geometrias;

- Tratamento da informação.

Conteúdos básicos

- Números Inteiros;

- Números Racionais;

- Equação e Inequação do 1º grau;

- Razão e proporção;

- Regra de três simples;

- Medidas de temperatura;

- Medidas de ângulos;

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometrias não-euclidianas;

- Pesquisa Estatística;

- Média Aritmética;

- Moda e mediana;

- Juro simples.

7.ª Série/8.º Ano

Conteúdos estruturantes

- Números e álgebra;

- Grandezas e medida;

- Geometria;

- Tratamento da informação.

Conteúdos básicos

- Números Racionais e Irracionais;

- Sistemas de Equações do 1º grau;

- Potências;

- Monômios e Polinômios;

- Produtos Notáveis;

- Medidas de comprimento;

110

- Medidas de área;

- Medidas de volume;

- Medidas de ângulos;

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometrias não euclidianas;

- Gráfico e Informação;

- População e amostra.

8.ª Série/ 9.º Ano

Conteúdos estruturantes

- Números e álgebra;

- Grandezas e medidas;

- Funções;

- Geometrias;

- Tratamento da informação.

Conteúdos básicos

- Números Reais;

- Propriedades dos radicais;

- Equação do 2º grau;

- Teorema de Pitágoras;

- Equações Irracionais;

- Equações Biquadradas;

- Regra de Três Composta;

- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

- Trigonometria no Triângulo Retângulo;

- Noção intuitiva de Função Afim;

- Noção intuitiva de Função Quadrática;

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

111

- Geometrias não euclidianas;

- Noções de Análise Combinatória;

- Noções de Probabilidade;

- Estatística;

- Juros Compostos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os conteúdos básicos do Ensino Fundamental deverão ser abordados

de forma articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação

dos conceitos pertinentes à disciplina de Matemática. As tendências

metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem

encaminhamentos metodológicos e servem de aporte teórico para as

abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, numa perspectiva

de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em séries

anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências

provenientes das vivências dos alunos deverão ser aprofundados e

sistematizados, ampliando-os e generalizando-os. É importante a utilização de

recursos didático-pedagógicas e tecnológicos como instrumentos de

aprendizagem.

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente,

das quais destacamos:

Resolução de problemas: Trata-se de uma metodologia pela qual o

estudante tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos

em novas situações, de modo a resolver a questão proposta. As etapas da

resolução de problemas são: compreender o problema; destacar informações,

dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um plano de

resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia,

se necessário, até chegar a uma solução aceitável.

Etnomatemática: O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar

questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático. O

trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com essa

112

questão maior – o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e

relações de produção e trabalho.

Modelagem Matemática: A modelagem matemática tem como

pressuposto a problematização de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo

em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura levantar

problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. Por meio da

modelagem matemática, fenômenos diários, sejam eles físicos, biológicos e

sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas

de mundo.

Mídias Tecnológicas: Os recursos tecnológicos, como o software, a

televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm

favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de

resolução de problemas. O trabalho com as mídias tecnológicas insere

diversas formas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de

conhecimentos.

História da Matemática: É importante entender a história da Matemática

no contexto da prática escolar como componente necessário de um dos

objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes compreendam

a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. A história

deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da

Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois

propicia ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído

historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais.

Investigações Matemáticas: Na investigação matemática, o aluno é

chamado a agir como um matemático, não apenas porque é solicitado a propor

questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que

está investigando. Assim, “as investigações matemáticas envolvem,

naturalmente, conceitos, procedimentos e representações matemáticas, mas o

que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjecturateste-

demonstração”. Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as

coisas acontecem de forma diferente do que na resolução de problemas e

exercícios. Enfim, investigar significa procurar, conhecer o que não se sabe,

que é o objetivo maior de toda a ação pedagógica.

113

AVALIAÇÃO

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-

aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram

espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno

com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão

alcançada por ele.

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da

observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar

oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento.

Tais oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de

demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como

materiais manipuláveis, computador e calculadora.

O professor deve considerar as noções que o estudante traz,

decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos

conhecimentos abordados nas aulas de Matemática.

A avaliação será: diagnóstica, contínua, permanente e cumulativa.

Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente superem a

pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino e da

aprendizagem.

REFERÊNCIAS

Almanaque Abril 2009. Edição 35. São Paulo: Editora Abril S.A., 2009.

GIRASSOL EDIÇÕES. 1.000 Testes e jogos de inteligência. Girassol Brasil

Edições Ltda., 2000.

IMENES, L. M.; LELLIS, M. Microdicionário de Matemática. São Paulo:

Editora Scipione, 2001.

IMENES, L. M.; LELLIS, M. Os números na história da civilização. Coleção

Vivendo a Matemática. 12. ed. São Paulo: Editora Scipione, 2000.

114

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

SOUZA, A. F.; RAFFA, I.; SOUZA, S. S. F. Matemática: primeiros passos. Vol.

01 – Números, operações, espaços e formas. São Paulo: Editora Giracor,

2008.

SOUZA, A. F.; RAFFA, I.; SOUZA, S. S. F. Matemática: primeiros passos. Vol.

02. – Grandezas, medidas e tratamento da informação. São Paulo: Editora

Giracor, 2009.

TOLEDO, M.; TOLEDO, M. Didática de Matemática – como dois e dois, a

construção da Matemática. São Paulo: FTD, 1997.

10.1.1.9. PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE LÍNGUA

ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

JUSTIFICATIVA

O mundo mudou, houve a globalização da economia, da cultura e do

conhecimento. Tudo está acessível, por conta dos avanços tecnológicos, a

quem precise de informações das mais variadas. Não há mais barreiras nem

distâncias entre os povos do mundo que impeçam a comunicação e a difusão

das novidades.

A globalização mundial é um fato. Para que ninguém fique à margem

dos benefícios que ela traz ao homem e também para que todos possam

enfrentar a competitividade do mundo, garantir as oportunidades de trabalho,

condições mais justas de vida, é preciso que a escola principalmente a escola

pública, dê a sua clientela não só conhecimento em todas as áreas, como

também instrumente o aluno com a possibilidade de ir construindo o

conhecimento ao longo da sua vida em todos os sentidos. Só assim ele poderá

enfrentar com maior igualdade de condições as dificuldades do meio social

nem sempre justo e sobreviver nessa sociedade dominada pela minoria

elitizada, detentora do comando político, econômico e cultural.

115

Mais do que nunca, é hoje verdadeira a afirmação de que o homem é

um animal de relações. Ele sobrevive e cresce através da interação com o

outro, com a sua realidade, com as diversas outras realidades, consigo mesmo

e na sua vivência dentro da aldeia global em que se transformou o mundo de

hoje.

Ora, a linguagem humana se dá pelo mais complexo e mais perfeito

instrumento de comunicação, a linguagem (oral, escrita e leitura). Portanto, a

importância de oportunizar o aprendizado de outra língua além da língua

materna é garantir ao indivíduo o seu direito de integrar-se mais perfeitamente

à vida atual, dar-lhe melhores instrumentos para continuar a construção do seu

conhecimento e para atingir os maiores objetivos do ser humano na sua

existência: o direito à justiça, ao trabalho, em igualdade de condições.

O estudo de qualquer língua estrangeira de interesse da comunidade

onde vive o indivíduo é importante. O conhecimento de outra língua tem o

objetivo de colocar o indivíduo em contato com outra maneira de se comunicar,

diferente da sua, mas, como a língua materna, um fenômeno vivo, dinâmico e

bem estruturado. Compreender que os outros homens, embora possuam

hábitos, língua e modos de ver o mundo diferentes dos seus, não são

essencialmente melhores ou piores que ele próprio. São apenas diferentes,

mas ainda assim, seres humanos na sua forma mais básica. Também, em

confronto com a língua do outro, fica mais fácil entender a sua própria língua,

igualmente um fenômeno bem estruturado e dinâmico, uma das línguas mais

faladas no mundo inteiro. Isto é valorizá-la, bem como à própria cultura.

A aprendizagem da Língua Inglesa apresenta algumas vantagens sobre

outros idiomas estrangeiros, quais sejam: o inglês foi tacitamente eleito como a

língua da comunicação universal. Está à volta de todos em marcas de

produtos, na divulgação de notícias, de recentes avanços científicos,

tecnológicos e culturais. Está nas propagandas, nas músicas, em rádios e na

TV, em filmes e desenhos. Em alimentos, refrigerantes, produtos de higiene.

Em roupas, calçados e nos eletrodomésticos, está em quase tudo. E desse

modo, desde muito pequenos os alunos entram em contato com essa

verdadeira invasão do inglês em suas vidas.

116

OBJETIVOS

- Utilizar-se da Língua Inglesa para reconhecer outras culturas ampliando seus

horizontes.

- Valorizar a cultura nacional através da análise e compreensão de outras

culturas.

- Possibilitar aos alunos a ampliação de conhecimentos básicos em uma língua

estrangeira para que exerçam sua cidadania no mundo globalizado em que

estão inseridos.

- Perceber o papel da Língua Inglesa com a possibilidade de acesso a

informações.

- Perceber a importância de se aprender uma (ou mais) Língua Estrangeira

Moderna considerando a pluralidade lingüística do mundo em que vivemos e

percebendo-se como parte integrante desse mundo.

- Considerar o estudo de Língua Estrangeira Moderna - Inglês como meio de

penetração na cultura dos países que falam esta língua, podendo, dessa

maneira tecer um paralelo com sua própria cultura.

- Ampliar as possibilidades de comunicação reconhecendo nas formas falada e

escrita as idéias principais e os conteúdos das mensagens.

- Desenvolver a capacidade de leitura como fonte de informação, prazer e

acesso ao mundo da tecnologia, do trabalho e dos estudos avançados.

- Utilizar todas as habilidades comunicativas (ouvir, falar, ler e escrever) em

Língua Estrangeira - Inglês, ampliando-as de modo criativo, em situações reais

de comunicação.

- Demonstrar compreensão geral de tipos de textos variados, apoiando em

elementos icônicos (gravuras, tabelas, fotografias, desenhos) e/ou em palavras

cognatas.

- Aprender uma Língua Estrangeira de forma viva, dinâmica e enriquecedora.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

As Diretrizes Curriculares de Língua Estrangeira Moderna do Estado do

Paraná colocam como conteúdo estruturante o discurso como prática social

pois, como afirma Bakhtin (1996, p.65), “...o essencial na tarefa de codificação

117

não consiste em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-la num

contexto concreto preciso, compreender sua significação numa enunciação

particular.”

5.ª série/6.º ano

Conteúdo estruturante

- Discurso como prática

Conteúdos básicos

Leitura

- Identificação do tema;

- Intertextualidade;

- Intencionalidade;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística.

- Acentuação gráfica;

- Ortografia.

Escrita

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Intencionalidade do texto;

- Intertextualidade;

- Condições de produção;

- Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

- Léxico;

118

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos (figuras de linguagem);

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística;

- Ortografia;

- Acentuação gráfica.

Oralidade

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

- Pronúncia.

6.ª série/7.º ano

Conteúdo estruturante

- Discurso como prática social

Conteúdos básicos

Leitura

- Identificação do tema;

- Intertextualidade;

- Intencionalidade;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

119

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia.

Escrita

- Tema do texto ;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Intencionalidade do texto;

- Intertextualidade;

- Condições de produção;

- Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semãnticos;

- Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística;

- Ortografia;

- Acentuação gráfica.

Oralidade

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.

– Pronúncia.

120

7.ª série/8.º ano

Conteúdo estruturante

- Discurso como prática social

Conteúdos básicos

Leitura

- Identificação do tema;

- Intertextualidade;

- Intencionalidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semãnticos;

- Recursos estilísticos( figuras de linguagem);

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística;

- Acentuação gráfica;

- Ortografia.

ESCRITA

- Tema do texto;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Intencionalidade do texto;

- Intertextualidade;

- Condições de produção;

- Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

- Vozes sociais presentes no texto;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

121

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos

(como aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística;

- Ortografia;

- Acentuação gráfica.

8.ª série/9.º ano

Conteúdo estruturante

- Discurso como prática social

Conteúdos básicos

Oralidade

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

- Adequação da fala ao contexto;

- Pronúncia.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Todo o material elaborado para o ensino da Língua Estrangeira tem

como pressuposto que a linguagem não é um simples conteúdo escolar, mas

uma atividade humana, histórica e social. Portanto, seu estudo deve contribuir

de alguma forma, para auxiliar a solução desde pequenos problemas

cotidianos até a compreensão das dificuldades que afetam a sociedade como

122

um todo e, também, propiciar o acesso ao bens culturais acumulados pela

humanidade.

Considerando que ser usuário de uma segunda língua é uma das

condições para uma efetiva participação social, a finalidade do ensino da

Língua Estrangeira deve visar, prioritariamente, ao desenvolvimento da

capacidade de produzir e interpretar textos orais e escritos, à medida que estes

auxiliem o educando a ler o mundo em que vive, a analisar o que dele se diz e

se pensa e a expressar uma visão fundamentada e coerente dessa leitura e

interpretação. Para isso, é necessário oferecer ao aluno, muitas e diferentes

oportunidades de desenvolver as quatro habilidades lingüísticas básicas- falar

e ouvir, ler e escrever num contexto de reflexões e de análise que não deixe de

enfatizar o universo de emoções, conhecimentos e satisfação pessoal que tais

atividades possam oferecer.Para tanto, todos os conteúdos descritos acima

serão abordados dentro de um contexto que terá o texto sempre como suporte.

AVALIAÇÃO

A avaliação será de foram continuada, por cada produção textual ou oral

apresentada; avaliações estas que serão reduzidas a uma nota a cada registro

de notas (média e soma das avaliações contínuas aos trabalhos e exercícios

propostos).

A avaliação, portanto, será um processo contínuo e priorizará a

qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno no

decorrer de cada bimestre.

Os estudos de recuperação paralela serão realizados durante as aulas,

no decorrer de cada bimestre, através de avaliações diversificadas, havendo

uma nova avaliação para cada prova em que o aluno não obtiver pelo menos

60% da nota proposta.

REFERÊNCIAS

CARVALHO, HELOÍSA L.G. DE; GRAZZIOTTIN, JOSÉ ANDRADE. Educação

a Distância. Curitiba, Ed. Educarte, 2001.

123

KLASSEN, SUSANA. Discovery. São Paulo, Ed. FTD, 2003.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

ROLIM, MIRIAM. Insights into English. São Paulo, Ed. FTD, 2002.

SILVA, ANTÔNIO. Essential English. São Paulo, Ed. Ibep – 2005.

124

10.2. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM PUBLICIDADE

A implantação do curso ocorreu neste ano, por isso, contemplamos

apenas as disciplinas referentes ao 1.º Ano.

Matriz CurricularEstabelecimento: Colégio Estadual Senador CorreiaMunicípio: Ponta GrossaCurso: Técnico em PublicidadeForma: INTEGRADA Ano de implantação: 2010Turno: MANHÃ Carga Horária: 4000 horas/aula – 3333

horasMódulo: 40 Organização: SERIADADISCIPLINAS SÉRIES Hora

Aula

Hora

1ª 2ª 3ª 4ª1 ARTE 2 80 672 BIOLOGÍA 2 2 160 1233 EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2 2 320 2674 FILOSOFIA 2 2 2 2 320 2675 FÍSICA 2 2 160 1336 GEOGRAFIA 2 2 160 1337 HISTÓRIA 2 2 160 1338 INTRODUÇAO À PUBLICIDADE 3 2 200 1679 LEGISLAÇÃO APLICADA A PUBLICIDADE 2 3 200 16710 LEM: INGLÊS 2 2 160 13311 LINGUA PORTUGUESA E LITERATURA 3 3 2 2 400 33312 MATEMÁTICA 3 2 2 2 360 30013 MÍDIAS EM PUBLICIDADE 2 2 160 13314 PESQUISA E MÉTODO EM PUBLICIDADE 2 3 200 16715 PRODUÇÃO EM PUBLICIDADE 2 2 3 280 23316 PSICOLOGIA DA COMUNICAÇÃO E

COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR

3 120 100

17 QUÍMICA 2 2 160 13318 RELAÇÕES INTERPESSOAIS 2 80 6719 SOCIOLOGIA 2 2 2 2 320 267TOTAL 25 25 25 25 4000 3333

125

10.2.1. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

JUSTIFICATIVA

Entendendo a Educação Física como uma área do conhecimento da

cultura corporal de movimento esta deve dar oportunidade a todos os alunos

para que desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não

seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos.

Os processos de ensino e aprendizagem devem considerar as

características dos alunos em todas as suas dimensões (cognitiva, corporal,

afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social).

O aluno deverá aprender para além das técnicas de execução, a cumprir

regras e estratégias, apreciá-los criticamente, analisá-los esteticamente,

avaliá-los esticamente, ressignificá-los e recriá-los.

Portanto é tarefa da Educação Física garantir o acesso dos alunos às

práticas da cultura corporal, contribuindo para a construção de um estilo

pessoal de praticá-las e oferecer instrumentos para que sejam capazes de

apreciá-las criticamente.

OBJETIVOS

- Compreender a função social do esporte.

- Vivenciar atividades esportivas.

- Apropriar-se acerca das diferenças entre esporte e lazer.

- Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no

esporte.

- Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando

alternativas de superação.

- Organizar atividades e dinâmicas de grupo que possibilitem aproximação e

considerem individualidades.

- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das

diferentes manifestações das lutas.

126

- Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões

culturais, por meio da dança.

- Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural.

- Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática de

jogos, lutas e dos desportos, buscando encaminhar os conflitos de forma não

violenta, pelo diálogo.

- Participar das atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e

construtivas com os outros reconhecendo e respeitando características físicas

e de desempenho de todos, sem discriminar por características pessoais,

físicas, sexuais ou sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Esporte: coletivos e individuais;

- Jogos e brincadeiras: tabuleiro, dramáticos e cooperativos;

- Dança: folclóricas, salão, rua, criativas, circulares;

- Ginástica: rítmica, condicionamento físico, ginástica circense, geral;

- Lutas: de aproximação e capoeira;

Conteúdos básicos

- Futebol;

- Voleibol;

- Basquetebol;

- Handebol;

- Futebol de salão;

- Atletismo;

- Tênis de mesa;

- Dama;

- Trilha;

- Xadrez;

- Improvisação;

- Imitação;

- Mímica;

127

- Cadeira livre;

- Dança da cadeira;

- Futpar;

- Volençol;

- Valsa;

- Merengue;

- Samba;

- Forró;

- Quadrilha;

- Folclóricas;

- Sagradas;

- Alongamentos;

- Ginástica aeróbica;

- Ginástica localizada;

- Step;

- Rolamentos;

- Malabares;

- Pular corda;

- Judô;

- Jiu-jitsu;

- Sumô;

- Karatê;

- Taekwondo;

- Regional.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Sendo a cultura corporal o objeto de estudo da Educação Física por

meio dos conteúdos estruturantes esporte, dança, ginástica, lutas, jogos e

brincadeiras a disciplina tem a função social de contribuir para que os alunos

se tornem sujeitos capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma

expressividade corporal consciente e refletir criticamente sobre as práticas

corporais.

Desta forma desenvolvemos uma metodologia tendo como eixo central a

construção do conhecimento pela práxis.

128

A abordagem dos conhecimentos devem inserir questões envolvendo as

diversas dimensões sociais em jogos que requeiram maior capacidade de

abstração por parte do aluno.

AVALIAÇÃO

Os critérios de avaliação foram estabelecidos considerando o

comprometimento e envolvimento dos alunos no processo pedagógico. Por

exemplo, se os alunos entregam as atividades propostas pelo professor, se

houve assimilação dos conteúdos, respeitando o grupo e propondo soluções

para as divergências, e se o aluno se mostra envolvido nas atividades tanto

práticas como teóricas.

Neste sentido, a avaliação caracteriza-se como um processo contínuo,

permanente e cumulativo, onde o professor organizará e reorganizará o seu

trabalho.

REFERÊNCIAS

BARRETO, D. Dança: ensino, sentidos e significados na escola. Campinas:

Autores Associados, 2004.

BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:

Summus, 1984.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São

Paulo: Cortez, 1992.

DAOLIO, J. Educação física brasileira: autores e atores da década de 80.

97f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação da

Universidade Estadual de Campinas, Campinas: UNICAMP, 1997.

ESCOBAR, M. O. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física.

In: Revista.

129

HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-

escola à universidade. 20 ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

10.2.2. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA

JUSTIFICATIVA

A filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A

filosofia não é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado,

fechado em si mesmo. Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura

pensar os acontecimentos além de sua pura aparência. Assim, ela pode se

voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência, seus valores, seus

métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode pensar

o próprio homem em sua vida cotidiana. Diz-se que a filosofia incomoda certos

indivíduos e instituições porque questiona o modo de ser das pessoas, das

culturas, do mundo. Isto é, questiona a prática política, científica, técnica, ética,

econômica, cultural e artística.

Desse modo, compreender a importância do ensino da filosofia no

Ensino Médio é entendê-la como um conhecimento que contribui para a

formação do aluno. Cabe a ela indagar a realidade, refletir sobre as questões

que são fundamentais para os homens, em cada época.

A reflexão filosófica não é, pois, qualquer reflexão, mas rigorosa,

sistemática e deve sempre pensar o problema em relação à totalidade, para

alcançar a radicalidade do problema, isto é, ir à sua raiz. Esta é a preocupação

do Colégio, a busca pelo ensino da reflexão filosófica, instrumentalizando os

alunos para estarem aptos a compreender e atuar em sua realidade.

OBJETIVOS

130

- Compreender a complexidade do mundo contemporâneo, sua múltiplas

particularidades e especializações.

- Construir espaços de problematização a fim de articular os problemas da

vida atual com as respostas e formulações da história da Filosofia e com a

criação de conceitos.

- Confrontar diferentes pontos de vista e concepções de maneira a perceber a

diversidade de problemas e de abordagens.

- Elaborar de forma problematizadora, suas próprias questões e tentativas de

respostas.

- Conhecer o contexto histórico e político do surgimento da Filosofia e o que

ele significou para a cultura helênica.

- Compreender a apreensão da realidade pela sensibilidade.

- Perceber que o conhecimento não é apenas resultado da atividade

intelectual, mas também da imaginação, da intuição e da fruição, que

contribuem para constituir sujeitos críticos e criativos.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Mito e Filosofia

- O conhecimento

Conteúdos básicos

- Saber mítico;

- Saber filosófico;

- Relação Mito e Filosofia;

- Atualidade do mito;

- O que é Filosofia?;

- O Deserto do Real;

- Ironia e Filosofia;

- Possibilidade do conhecimento;

- As formas de conhecimento;

- O problema da verdade;

- A questão do método;

131

- Conhecimento e lógica;

- Perspectivas do Conhecimento.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Nos dias atuais e na atual polêmica mundial na qual vivemos, a Filosofia

muito tem a contribuir na discussão e problematização dos conceitos que foram

criados ao longo da história.

Neste sentido, a disciplina de Filosofia no Ensino Médio buscar somar e

dividir conhecimentos e questionamentos com as outras disciplinas do

currículo. Busca também fazer com que o estudante amplie e desenvolva seu

próprio pensamento.

Para tanto, os encaminhamentos metodológicos da disciplina estão

baseados em leitura, discussão, argumentação e exposição de idéias. Explora-

se também mecanismos de escrita, aula expositiva e pesquisas direcionadas.

AVALIAÇÃO

A avaliação será continua e de forma individual e coletiva. Faremos

construção e interpretação de textos com base nos conteúdos de Filosofia,

trabalhos escritos e de exposição, provas, debates e relatórios individual.

A disciplina de Filosofia como prática e discussão e também como

construção de conceitos encontra seu sentido na experiência de pensamento

filosófico. Sendo assim, o professor considerará as posições dos alunos, pois o

que entrará em questão é a argumentação e a identificação das posições.

Para tanto, a avaliação de Filosofia se inicia com a mobilização para o

conhecimento, por meio da análise comparativa do que o aluno pensava antes

e do que pensa após o estudo.

REFERÊNCIAS

APPEL, E. Filosofia nos vestibulares e no ensino médio. Cadernos PET-

Filosofia 2, Curitiba, 1999.

132

ASPIS, R. O professor de Filosofia: o ensino da Filosofia no Ensino Médio

como experiência filosófica. Cadernos CEDES. Campinas. n. 64, 2004.

BORNHEIM, G. O sujeito e a norma. In. NOVAES, A. Ética. São Paulo:

Companhia das Letras, 1997.

BRASIL. Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia. Orientações

curriculares do ensino médio. [S.n.t.].

CORBISIER, R. Introdução à filosofia. 2 ed. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira,1986, v.1.

DELEUZE, G.; GUATTARI, F. O que é a filosofia? Rio de Janeiro: Ed. 34,

1992. (Coleção Trans).

FAVARETTO, C.F. Notas sobre o ensino da filosofia. In: ARANTES, P. E. et

all (Org.). A filosofia e seu ensino. Petrópolis/São Paulo: Vozes/Educ, 1995.

FERRATER MORA. Dicionário de filosofia São Paulo: Loyola, 2001.

FILOSOFIA. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006. 336 p. (Livro Didático

Público)

GALLO, S.; KOHAN, W. O. (Orgs). Filosofia no ensino médio. Petrópolis:

Vozes, 2000.

KANT, I. Crítica da razão pura. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 1985.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

133

10.2.3. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

JUSTIFICATIVA

O ensino de Geografia no ensino médio deverá fornecer subsídios aos

alunos para que possam interpretar o mundo ao seu redor, compreendendo o

espaço em que vivem, sendo homem e a natureza os principais elementos

deste estudo, mantendo assim uma interdependência, uma articulação entre o

ser humano e seus interesses nesse espaço levando os alunos a refletirem

sobre sua realidade local, integrando o conhecimento à experiência de vida.

No decorrer do ano letivo de 2010 será feito o estudo geográfico do

mundo atual, onde os alunos serão conduzidos a perceberem a identidade da

Geografia como área do conhecimento e a possibilidade que oferece para a

compreensão critica da realidade, tendo em vista o exercício pleno da

cidadania, bem como a conhecerem diferentes questionamentos e atividades

criativas, buscando-se desenvolver são só os temas geográficos, mas

estimulando situações em que a sociabilidade e o respeito mútuo estarão em

evidencia.

Uma atenção especial deverá ser dada ao reconhecimento dos

problemas ecológicos que afetam o Planeta Terra, analisando-os e buscando

alternativas para solucioná-los, assumindo posturas coerentes com um

pensamento critico.

Vale ainda lembrar que um enfoque especial será dado à linguagem

cartográfica e à interdisciplinaridade.

OBJETIVOS

- Compreender que a ciência geográfica é responsável pelas transformações

que são produzidas no espaço com base nas atividades humanas, criando e

recriando novos espaços.

- Compreender a evolução da geografia.

- Compreender o papel das ONGS.

- Conhecer as três revoluções industriais.

134

-Perceber a desigualdade na distribuição espacial das indústrias e os fatores

locacionais.

- Compreender a industrialização em países desenvolvidos e

subdesenvolvidos.

- Identificar os principais tipos de indústrias.

- Conhecer o processo de urbanização e hierarquia das cidades.

- Identificar as novas tecnologia e alterações no espaço urbano e rural.

- Identificar problemas os problemas ambientais globais decorrentes da forma

de exploração e uso dos recursos naturais.

- Compreender a importância da tecnologia na produção econômica,nas

comunicações, nas relações de trabalho e na transformação do espaço

geográfico.

- Reconhecer a influência dos avanços tecnológicos na distribuição das

atividades produtivas, nos deslocamentos de população e na distribuição da

população.

- Reconhecer as influências das manifestações culturais dos diferentes grupos

étnicos no processo de configuração do espaço geográfico.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Espaço e representação.

- Dinâmica do espaço.

- Dinâmica populacional.

- Distribuição da indústria nas diversas escalas.

- A Revolução técnica científica.

- Urbanização e hierarquia das cidades.

- Mobilidade urbana e transporte.

- Apropriação do espaço urbano.

Conteúdos básicos

- Conceitos e formações socioespaciais.

- Teorias demográficas.

- Distribuição da população.

135

- Revolução tecnológica.

- Impacto na produção.

- Habitação, infra-estrutura.

- Território marginal e seus problemas.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia de encaminhamento da disciplina de Geografia deve

permitir aos alunos a apropriação dos conceitos fundamentais de maneira a

compreender o processo de produção e transformação do espaço geográfico.

Os conteúdos devem ser trabalhados de uma maneira dinâmica e sempre

interligando com a realidade próxima e distante dos alunos.

A necessidade de contextualizar os conteúdos é muito mais do que

relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é, situá-lo historicamente e nas

relações políticas, sociais, econômicas, culturais nas manifestações concretas.

Também se faz necessário, estabelecer relações interdisciplinares sem

perder a especificidade da Geografia.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação se dará de maneira a acompanhar a

aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.

A avaliação da disciplina de Geografia deve considerar que os alunos

têm diferentes ritmos de aprendizagem e que as atividades desenvolvidas

possam possibilitar aos alunos a apropriação dos conteúdos e posicionamento

crítico frente aos diferentes contextos sociais.

O processo deve considerar, a mudança de pensamento e atitude do

aluno, contribuindo para a formação do aluno crítico, que deve atuar em seu

meio natural e cultural.

Portanto, destacam-se como os principais critérios de avaliação em

Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das

relações socioespaciais para compreensão e intervenção na realidade.

136

Sendo assim, a avaliação é considerada parte do processo pedagógico

e, por isso, deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear

o trabalho do professor.

REFERÊNCIAS

ATLAS geográfico escolar, IBGE, RJ: IBGE, 2002.

ALMEIDA, L. M. A.; RIGOLIN, T. Geografia, SP: Ática, 2005, p. 447.

BOING, A. In. Expoente (org). Geopolítica, 2007.

CARLOS, Ana Fani A.(org.), Novos Caminhos da geografia, São Paulo:

Contexto, 2005.

CORRÊA, R. L. O espaço urbano, SP: Ática, 1995.

HESBAERT, R. O mito da desterritorialização, RJ: Bertrand Brasil, 2004.

JOLY, F. A cartografia, Campinas: Papirus, 1990.

LACOSTE, Y. A geografia isso serve, em primeiro lugar para fazer a

guerra, Campinas: Papirus, 1988.

MOREIRA, R. O que é geografia, SP: Brasiliense, 1994, p. 48.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

137

10.2.4. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

JUSTIFICATIVA

Considerando que devemos sempre refletir a respeito de nossa prática

docente, faz-se necessário elaborar e planejar o plano anual de trabalho,

porém convém lembrar que ele é flexível podendo se reestruturado,

reformulado em qualquer momento da sua aplicação.

Para tanto, o ensino da História se faz necessário visto que é de extrema

importância as reflexões a respeito dos contextos históricos em que os saberes

foram produzidos. Destaca-se também os processos históricos relativos às

ações e às relações humanas praticadas no tempo, bem como a significação

atribuída pelos sujeitos.

OBJETIVOS

- Construir a identidade pessoal e social do educando na dimensão histórica à

partir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos

simultaneamente como sujeito e como produto dos mesmos.

- Identificar processos históricos.

- Reconhecer criticamente as relações de poder existentes, bem como intervir

no mundo histórico em que vive, de modo a se fazerem sujeitos da própria

história.

- Estabelecer comparações entre passado e presente, com referência a uma

diversidade de períodos, culturas e contextos sócio-históricos.

- Compreender que um acontecimento histórico é produzido com base no

método da problematização de distintas fontes documentais e textos

historiográficos.

- Entender que a História é tanto um estudo da continuidade como de mudança

e da simultaneidade.

– Compreender que um acontecimento histórico pode responder a uma

multiplicidade de causas.

138

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Relações de trabalho;

- Relações de poder;

-Relações culturais.

Conteúdos básicos

- Trabalho escravo, servil;

- Assalariado e Trabalho livre;

- Economia predatória e Produtora na Pré História (coletivismo primitivo);

- A escravidão na Antiguidade Clássica (Egito, Grécia e Roma);

- A escravidão na América Espanhola;

- A escravidão no Brasil;

- A servidão na Idade Média;

- A escravidão na nos dias atuais;

- Resistência à escravidão (comunidades quilombolas do Brasil e Paraná);

- Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no

contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e

estadunidense;

- A construção do trabalho assalariado;

- Urbanização e Industrialização;

- As civilizações do Oriente próximo (primeiras civilizações da Antiguidade);

- Idade Média: Renascimento comercial e urbano;

- A Revolução Industrial;

- O Fordismo, o Taylorismo e o Toyotismo;

- O imperialismo na África e na Ásia;

- A África atual e o Apartheid;

- O Neocolonialismo;

- Formação da sociedade colonial brasileira;

- O trabalho na sociedade contemporânea;

- Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;

- A industrialização e a urbanização no Brasil durante a Primeira República;

- O anarquismo no Brasil;

139

- Leis trabalhistas e sindicalismo no Brasil;

- Urbanização e industrialização no Paraná (Primeiras vilas e cidades);

- Fundação de Ponta Grossa;

- Industrialização de Ponta Grossa na década de 1970;

- O Estado e as Relações de Poder;

- O Império Romano;

- Estados teocráticos da Antiguidade Clássica;

- A Igreja Medieval;

- Relações culturais na sociedade Medieval européia (camponeses, artesões,

mulheres, hereges e outros;

- Formação das Monarquias Nacionais;

- O iluminismo e os depósitos esclarecidos;

- O iluminismo no Brasil;

- A reforma Protestante e a Contra-Reforma;

- O Renascimento cultural europeu;

- Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;

- Globalização e Neocolonialismo.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Este plano de trabalho docente foi elaborado com os conteúdos básicos

podendo ser acrescentado outros conteúdos que serão articulados com os

conteúdos estruturantes tendo por base as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica elaborada pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

Os conteúdos estruturantes são as relações de trabalho, relações de

poder e as relações culturais, os quais se desdobram em conteúdos básicos

por fim, em específicos.

Para o Ensino Médio, os conteúdos básicos são os temas históricos

baseados nas ações humanas que constituíram os processos históricos do

presente, tais como a fome, desigualdade e exclusão social, confrontos

identitários (individual, social, étnica, sexual, de gênero, de idade, de

propriedade, de direitos, regionais e nacionais).

140

AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada objetivando três aspectos:

- A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos estudantes;

- A compreensão das relações da vida humana (conteúdos estruturantes);

- O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.

Para tanto, deverá ser recorrido a diferentes atividades, tais como:

leitura, interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas,

documentos históricos, produção de narrativas históricas, pesquisas

bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, produção de trabalhos

referentes à publicidade.

REFERÊNCIAS

COTRIM, Gilberto. História para o Ensino Médio: Brasil e Geral. 1.ª Ed. São

Paulo: Saraiva, 2002.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: História, Secretaria

de Estado da Educação do Paraná. Governo do Paraná, 2008.

FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Novo Ensino Médio. São Paulo: Àtica,

2002.

MARTINS, ROMÁRIO. História do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2006.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

SERIACOPI, Gislaine Campos Azevedo. História/Ensino Médio. 1.ª Ed. São

Paulo: Ática, 2005.

WACHOVICZ, Rui Chistovan. Historia do Paraná. 7ª Ed. Curitiba: Ed. Gráfica

Vicentina Ltda, 1995.

141

10.2.5. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INTRODUÇÃO À

PUBLICIDADE

JUSTIFICATIVA

O publicitário é responsável pela criação e planejamento de campanhas

publicitárias. Sua atividade envolve, dentre outras coisas, o contato com os

clientes para coleta de informações sobre o produto, o planejamento da

campanha com a seleção dos veículos de comunicação mais adequados, a

criação das peças publicitárias e a elaboração dos respectivos layouts, além de

trabalhos de pesquisa e acompanhamento.

É um campo bastante generoso no que diz respeito à identificação do

profissional com a área que ele tenha mais afinidade e capacidade. É um

profissional que está sempre atualizado em relação aos principais

acontecimentos culturais, sociais, políticos e econômicos.

Essa disciplina desempenha um papel central na formação desse

profissional, pois é um dos primeiros espaços de contato com a sua área de

atuação específica. Ela apresenta a atividade publicitária, a agência de

publicidade em suas diversas ramificações e o histórico da profissão no Brasil e

no Paraná. Dessa forma, o aluno terá contato com as principais ferramentas e

as diferentes formas utilizadas pelos meios de comunicação e agências de

publicidade, na elaboração de campanhas e anúncios publicitários.

OBJETIVOS

- Perceber o histórico da publicidade da propaganda no Brasil.

- Identificar o estudo evolutivo e comparativo da publicidade em relação às

técnicas e influências recebidas ao longo da história.

- Compreender os diferentes conceitos e características da propaganda e da

publicidade.

- Conhecer as características básicas de uma agência de publicidade.

- Entender as relações entre cliente/agência e fornecedores.

142

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Conceitos de Publicidade;

- Comunicação;

- Comunicação em Publicidade;

- Conceitos de propaganda;

- Conceitos e princípios de marketing;

- Ferramentas do marketing;

- Marketing Direto;

- Merchandising;

- E-Commerce;

- O cliente;

- Conveniências do cliente;

- Definição de necessidades, desejos e satisfação;

- Processo de decisão de compra.

Conteúdos básicos

- O que é publicidade, onde surgiu, qual o propósito inicial, qual o propósito

hoje. Como e quais as ferramentas para se fazer publicidade;

- História da Comunicação, Conceitos, Principais formas de comunicação,

Processo de Comunicação, Comunicação de Massa;

- Objetivos da Comunicação na Publicidade, métodos de escrita, formas de

dizer subentendendo, análise de comunicação em publicidade;

- O que é propaganda. Como fazer propaganda. História. Principais

propagandas já feitas. Propaganda de sucesso;

- O que é Marketing, Como surgiu, evolução do marketing. Principais

campanhas de Marketing no Brasil e no Mundo. Função do marketing na

sociedade;

- Meios e formas de se fazer marketing;

- Conceito, surgimento, função e resultados;

- Conceitos, função do merchandising na sociedade hoje. Aplicação na

Publicidade;

- Conceito e aplicação na publicidade hoje;

143

- Conhecendo o cliente, suas características. Como trabalhar com os clientes.

Como vender seu produto. Subjetividades de cada cliente. Análise de

consumidor e cliente;

- O que o cliente deseja, como parecer conveniente ao cliente, como adaptar a

atmosfera para agradar o cliente;

- Como se define as necessidades humanas. Como se forma o desejo de

consumir um objeto, quais as formas de atingir a satisfação dos clientes.

Tempo de satisfação humana;

- Processo de Compras: desde a necessidade até a decisão de comprar. Os

caminhos que levam a compra, como acelerar uma compra.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A base desse curso técnico é a conversa, o debate. A disciplina serve

para conceituar uma idéia universal, mas o debate, a exemplificação é o que

vai mudar o campo de percepção dos alunos. Aliado a isso, atividades em aula,

trabalhos práticos, aplicação de vídeos e palestras com profissionais da área

ajudarão, neste primeiro ano, a desenvolver uma capacidade crítica referente

ao que eles já conhecem e entendem por publicidade.

AVALIAÇÃO

Avaliação teórica abordando os conteúdos ministrados em cada

bimestre. Trabalhos periódicos (trabalhos de pesquisa ou de caráter prático e

experimental indicados a partir das aulas).

REFERÊNCIAS

BARBOSA, Ivan; PEREZ, Clotilde (Org.). Hiperpublicidade: fundamentos e

interfaces (vol.1). São Paulo: Thomson Learning, 2007.

BARBOSA, Ivan; PEREZ, Clotilde (Org.). Hiperpublicidade: atividades e tendências

(vol.2). São Paulo: Thomson Learning, 2007.

144

BERTOMEU, João Vicente Cegato. Criação na propaganda impressa. 1.ª ed.

São Paulo: Futura, 2001.

BIGAL, Solange. O que é Criação Publicitária (ou O Estético na

Publicidade). 2a. edição. São Paulo: Nobel, 1999.

CARVALHO, Gilmar. O Gerente endoidou: ensaios sobre publicidade e

propaganda. Fortaleza: Omni Editora, 2008.

CASAQUI, Vander. História da propaganda brasileira: dos fatos à

linguagem. In: Hiperpublicidade: fundamentos e interfaces. São Paulo:

Thomson Learning, 2007.

CORRÊA, Roberto. Contato imediato com planejamento de propaganda.

São Paulo: Global, 2002.

KLEIN, Naomi. Sem logo: A tirania das marcas em um planeta vendido. Rio

de Janeiro: Record, 2002.

LUPETTI, Marcelia. Administração em Publicidade. São Paulo, Thomson

Learning, 2003.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

PINHO, J. B. Trajetória da Publicidade no Brasil: das origens à maturidade

técnico-profissional. In: Trajetória e Questões Contemporâneas da

Publicidade Brasileira. São Paulo: INTERCOM, 1998, 2ª edição.

145

10.2.6. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

PORTUGUESA

JUSTIFICATIVA

O processo de ensino e aprendizagem da Língua Portuguesa tem sido

um desafio permanente para nós professores e educadores. Por ser a

ferramenta básica para a construção e elaboração de conhecimentos em todas

as áreas do saber, é um dos elementos centrais da formação do aluno. Não é

possível aprender as diversas ciências sem o domínio da leitura e da escrita

em língua materna.

A necessidade de formação de um aluno com adequadas habilidades

para ler, escrever e se expressar oralmente é uma imposição do século XXI.

Isso se deve tanto ao fato de que a informação circula incessantemente e deve

ser apreendida, compreendida e, sobretudo, filtrada, como ao fato de que as

pessoas são cada vez mais solicitadas a se expor publicamente, seja pela fala

ou por documentos escritos.

O sujeito capaz de ler e interpretar adequadamente um texto torna-se

mais apto ao exercício de sua cidadania, mais crítico e assim, mais preparado

para intervir na sociedade, além de ser capaz de estabelecer parâmetros de

avaliação para a imensa quantidade de informação que está ao seu alcance.

O mundo mudou, as crianças e os jovens que freqüentam a escola

mudaram, transformou-se profundamente a relação com o conhecimento e é

impossível não pensar no ensino e na aprendizagem da Língua Portuguesa

dentro desse novo cenário. Refletir sobre práticas de ensino de leitura e escrita

na era da informação deve ser exercício constante, seja esta informação

transmitida por meio impresso ou eletrônico, nas mais diversas mídias.

O domínio do idioma materno em sua modalidade escrita não se tornou

algo desatualizado ou fora de moda, em virtude das inovações tecnológicas.

Ler e escrever são habilidades essenciais à vida dos nossos alunos, membros

da comunidade global e cidadãos em formação.

146

OBJETIVOS

- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos na sua vida escolar.

- Compreender o significado das ciências, das artes e das letras, o processo

histórico de transformação da sociedade e da cultura, bem como da

importância da Língua Portuguesa como instrumento de comunicação, de

acesso ao conhecimento e do exercício da cidadania plena.

- Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e

condutas sociais e como representação simbólica de experiências humana nas

formas de sentir, pensar e agir na vida social.

- Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos e

contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com

as condições de produção/recepção.

- Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de

significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

- Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a linguagem ora e

escrita e seus códigos sociais, contextuais e linguísticos.

- Recuperar, pelo estudo do texto literário, as formas instituídas de construção

do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as

classificações preservadas e divulgadas no eixo temporal e espacial.

- Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da

linguagem.

- Refletir juízos de valor, tanto sócio-ideológicos quanto histórico-culturais

associados à linguagem e a língua, reafirmando sua identidade pessoal e

social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

As Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa do Estado do Paraná

coloca como conteúdo estruturante o discurso como prática social.

Neste parâmetro, Bakhtin destaca que o essencial na tarefa de

codificação não consiste em reconhecer a forma utilizada, mas compreendê-la

147

num contexto concreto preciso, compreender sua significação numa

enunciação particular.

O objetivo principal do ensino de Língua Portuguesa é formar indivíduos

capazes de analisar o discurso social para que sejam transformadores de sua

própria realidade. Não é difícil entender a língua como um instrumento social,

libertador e principalmente modificador.

Os elementos lingüísticos que serão utilizados para esse propósito são

os eixos norteadores de ensino da língua: Leitura, Compreensão, Produção de

texto e Oralidade.

Leitura

- Identificação do tema

- Interpretação textual,

Observando:

- conteúdo temático

- interlocutores

- fonte

- intertextualidade

- informatividade

- intencionalidade

- marcas lingüísticas

- ideologia

- papéis sociais representados

- Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários

- Inferências

- As particularidades ( lexicais, sintáticas e textuais) do texto em registro formal

e informal.

-Texto verbal e não verbal, midiático, infográfico, etc

- Relação dialógica entre os textos

- Informações implícitas em textos

- Estética do texto literário

- Contexto de produção da obra literária

- Diálogo da literatura e as outras artes e áreas do saber

148

Oralidade

- Adequação ao gênero:

Conteúdo temático

- Elementos composicionais

- Procedimentos e marcas lingüísticas típicas da conversação ( entonação,

repetições, pausas...)

- Coerência global do discurso oral

- Variedades lingüísticas

- Intencionalidade do texto oral

- Papel do locutor e do interlocutor:

- Participação e cooperação

- Particularidades de pronúncia de algumas palavras

- Elementos extralingüísticos:

- Entonação, pausas, gestos...

- Materialidade fônica dos textos poéticos

Escrita

- Adequação ao gênero:

Conteúdo temático

- Elementos composicionais

- Marcas lingüísticas

- Argumentação

- Coerência e coesão textual

- Organização de idéias/ parágrafos

- Resumos

- Refacção textual

- Finalidade do texto

- Paráfrases de textos

Análise Linguística

Perpassando as práticas de leitura, escrita e oralidade:

- Coesão e coerência do texto lido ou produzido pelo aluno

- Expressividade e função referencial dos vocábulos ( adjetivos, advérbios,

pronome, substantivos...) no texto

149

- Pontuação e recursos gráficos ( aspas , negrito, itálico, etc) e seus efeitos de

sentido no texto

- Acentuação gráfica

- Figuras de pensamento e de linguagem

- Gírias, estrangeirismos, neologismos

- Linguagem técnica/digital

- Concordância verbal e nominal

- Discurso direto, indireto e indireto livre na manifestação das vozes do texto

- Conotação e denotação

- Vícios de linguagem

- Operadores argumentativos e os efeitos de sentido

- Coordenação e subordinação nas orações do texto

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Portuguesa deve inserir-se numa perspectiva

interacionista e discursiva de trabalho com a linguagem, o que significa que a

abordagem não é apenas expositiva ou transmissiva. O aluno deve ser

convocado a ter uma postura ativa diante do conhecimento, manifestando-se,

estabelecendo relações, realizando inferências, ativando conhecimentos

prévios, participando de discussões e posicionando-se.

Uma abordagem interacionista acredita e prevê que a construção do

conhecimento se dá não por meio de cópias da lousa, mas por meio de trocas

intersubjetivas, seja entre os próprios alunos, seja entre professor e aluno. O

professor na condição de mediador, não deve fornecer respostas prontas e

sim, confrontar perguntas com novas perguntas, oferecer comparações,

alternativas, sugerir hipóteses, negociar sentidos. Nos estudos literários e de

reflexão sobre a língua o trabalho do professor deve desafiar seus alunos, na

medida do possível, a acionar seus conhecimentos prévios e cotejá-los com

aquilo que o professor lhes devolve. É o que propõem, em outras palavras, os

PCN.

A prática de leitura é o elemento central em torno do qual devem ser

pensadas e organizadas as atividades de trabalho com a língua materna.

Encarar o texto como centro do sistema tem sua justificativa: é nele que a

150

linguagem se materializa, adquire variadas configurações e, assim, exerce sua

função social. Para que o aluno produza um bom texto, a escrita deve estar

articulada à prática da leitura e as reflexões linguísticas que ela suscitou.

Tomar o texto como objeto de estudo é, portanto, uma necessidade

metodológica para um ensino que pretenda ser significativo e formador,

evitando a mera exposição de conteúdos estanques, saberes fragmentados,

classificações e terminologias desconectas de um contexto de uso.

Sendo assim, a prática da análise linguística também deverá tomar o

texto como ponto de partida para a exploração das propriedades da língua e de

seu funcionamento. As questões gramaticais serão apresentados e

desenvolvidos em razão de sua relevância na composição do texto lido.

As crianças e os jovens que estão na sala de aula fazem parte de uma

geração em que as informações são interligadas, é a geração que convive com

o hipertexto, flashes e pop-ups, com a rapidez da mudança, a instantaneidade

e o caráter de conceitos.

No trabalho em sala de aula com a língua não menos importante é a

oralidade, que compreende um leque muito grande de manifestações, com

estrutura e características próprias, que devem ser exploradas com os alunos

para que ele perceba uma série de aspectos que entram em jogo em cada

gênero de interação oral nos diversos contextos.

AVALIAÇÃO

A avaliação está sendo entendida aqui como um dos aspectos do ensino

pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu

próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados, e o seu

desempenho, em diferentes situações de aprendizagem.

Preponderarão na avaliação os aspectos qualitativos da aprendizagem,

considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos.

A avaliação será de forma continuada, por cada produção textual ou oral

apresentada; avaliações estas que serão reduzidas a uma nota a cada registro

de notas (média e soma das avaliações contínuas aos trabalhos e exercícios

propostos).

151

A avaliação, portanto, será um processo contínuo e priorizará a

qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno no

decorrer de cada bimestre.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. M. (1934-35/1975) O discurso no romance. In : Questões de

Literatura e de Estética- a teoria do romance, p. 71- 210. São Paulo: Hucitec/

EdUNESP, 1988.

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 5.

ed., 1997. Lingüística Aplicada – Universidade Estadual de Campinas, São

Paulo,

1995.

FARACO, Carlos Alberto. Linguagem & Diálogo: as idéias lingüísticas do

círculo de Bakhtin. 1.ª Ed. Curitiba: Criar edições, 2003.VI .p.136.

FERREIRA, A.B.H. Miniaurélio Século XXI: o minidicionário de língua

portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2001.

KOCK, I.G.V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.

ORLANDI, E.P. Análise de discurso: princípios e procedimentos.

Campinas, SP: Pontes, 6.ª ed., 2005.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

RAJAGOPALAN, K. Por uma lingüística crítica. Linguagem, identidade e

a questão ética. São Paulo: parábola Editorial, 2003.

SOARES, M. (1998). Letramento- um tema em três gêneros. Belo Horizonte:

Ceale/ Autêntica.

152

10.2.7. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

JUSTIFICATIVA

De acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº

9394/96), o Ensino Médio tem como finalidades centrais não apenas a

consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos durante o

nível fundamental, no intuito de garantir a continuidade de estudos, mas

também a preparação para o trabalho e para o exercício da cidadania, a

formação ética, o desenvolvimento da autonomia intelectual e a compreensão

dos processos produtivos.

O ensino de matemática pode contribuir para que os alunos

desenvolvam habilidades relacionadas à representação, compreensão,

comunicação, investigação e, também à contextualização sociocultural.

OBJETIVOS

- Identificar os conhecimentos matemáticos como meios para compreender e

transformar o mundo a sua volta.

- Perceber que a disciplina estimula o interesse, a curiosidade, o espírito da

investigação e o desenvolvimento da capacidade de resolver problemas.

- Resolver situações problema adotando estratégias, desenvolvendo formas de

raciocínio e processos como intuição, dedução, analogias e estimativas.

- Utilizar conceitos e procedimentos matemáticos, bem como recursos

tecnológicos disponíveis diante de uma situação problema.

- Interagir com os colegas de modo cooperativo, aprendendo a trabalhar em

conjunto na busca da situação.

- Comunicar-se matematicamente, oral ou por escrito.

- Encontrar meios diversos para a resolução de um problema matemático;

– Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições

particulares

153

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Números e álgebra;

- Grandezas e medidas;

- Funções;

- Geometrias;

- Tratamento da informação.

Conteúdos básicos

- Teoria dos conjuntos;

- Subconjuntos;

- Operações;

- Diagramas;

- Sistemas de Coordenadas Cartesianas;

- Plano Cartesiano;

- Intervalos;

- Funções;

- Domínio e imagem;

- Gráficos;

- Função crescente e decrescente;

- Função composta e função inversa;

- Função 1º grau;

- Gráficos;

- Sinais da Função;

- Inequação do 1º grau;

- Função 2º grau;

- Gráficos;

- Zeros da Função;

- Ponto de máximo e ponto de mínimo;

- Sinais da função;

- Inequação do 2º grau;

- Potenciação;

- Propriedades de potenciação;

154

- Função Exponencial;

- Equação exponencial;

- Gráficos;

- Domínio;

- Função Logarítmica;

- Equação Logarítmica;

- Gráficos;

- Domínio;

- Propriedades;

- Trignometria;

- Função Seno, Cosseno e Tangente;

- Gráficos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Abordaremos os conteúdos matemáticos desafiando os alunos a partir

de situações problemas, quando os mesmos terão oportunidade de aplicar

conhecimentos previamente adquiridos em situações novas.

Na resolução de exercícios os alunos utilizam mecanismos que a levam

a soluções de forma imediata.

Ao registrarmos questões de relevância social, permitimos o exercício da

critica e a análise da realidade priorizando e valorizando a historia dos

estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.

Através da modelagem matemática podemos abordar fenômenos diários

sejam eles físicos, biológicos e sociais, contribuindo para análise e

compreensões diversas do mundo.

O trabalho realizado utilizando-se das mídias tecnológicos valoriza o

processo de produção de conhecimentos.

Através da historia da matemática possibilitamos ao estudante

compreender a evolução dos conceitos.

Sendo assim, a abordagem dos conteúdos específicos transita por todas

as tendências da Educação Matemática através dos conteúdos estruturantes

que organizam os campos de estudo, podendo ser tratado em diferentes

155

momentos e quando situações de aprendizagem necessitam, podendo ser

retomados e aprofundados a qualquer tempo.

AVALIAÇÃO

No método tradicional de ensino da avaliação é tida como um processo

de troca, uma verificação, isto é, o aluno devolve o que recebeu.

Contudo é imprescindível que a avaliação seja continua e priorize o

desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Destaca-se a avaliação

formativa, mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula, já que a mesma de

ênfase ao aprender. Considera-se que os alunos possuem ritmos e processos

de aprendizagem diferentes e avaliação contínua.

Compreendendo e respeitando as diferenças é que promovemos uma

ação de qualidade para todos os alunos.

Sendo assim, utilizamos de alguns critérios específicos:

- Participação dos alunos nos trabalhos em grupo e individual;

- Resolução de atividades propostas;

- Realização de pesquisas;

- Testes e avaliações.

REFERÊNCIAS

BOYER, C.B. História da Matemática. São Paulo, Edgar Blucher, 1996.

DANTE, Luis Roberto. Matemática. São Paulo: Ática, 2000.

GOULART, C. Márcio. Matemática no Ensino Médio. 3ª Edição; São Paulo,

2008.

IEZZI, Gelsom. Fundamentos de matemática elementar. São Paulo: Atual,

2000.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

156

10.2.8. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MÍDIAS EM

PUBLICIDADE

JUSTIFICATIVA

Nos últimos anos, o mundo dos meios de comunicação sofreu uma

revolução sem precedentes em sua história que, tradicionalmente, está

acostumada a reviravoltas periódicas. No início, tínhamos o predomínio da TV

e do rádio, meios de comunicação de massa por excelência. Depois de algum

tempo, a comunicação passou a focalizar a segmentação, principalmente com

o crescimento constante do número de revistas direcionadas a determinados

públicos leitores.

Recentemente, com o surgimento dessa ferramenta fantástica que é a

internet, a comunicação fragmentou-se em centenas de milhares de domínios,

conseguindo atingir e interligar um número ilimitado de pessoas ao redor do

globo.

De forma sucinta, pode-se afirmar que o profissional de mídia deve ser

um especialista em comunicação e conhecer a essência de cada um dos meios

disponíveis, para aproveitar o que eles têm de melhor a oferecer na veiculação

de uma mensagem e, conforme a verba disponível, montar o mix mais eficaz

para atender aos objetivos de marketing e de comunicação do produto.

OBJETIVOS

- Proporcionar aos alunos ferramentas de pesquisa para a composição de um

olhar crítico das mídias escritas e audiovisuais.

- Refletir sobre os paradigmas científicos.

- Desenvolver uma leitura crítica do mundo, assim com uma leitura reflexiva

sobre as mídias impressas e mídias audiovisuais.

- Identificar os principais termos da cibercultura e do campo das novas mídias,

assim como as principais ferramentas usadas.

- Perceber que a Publicidade deve estar atenta ao ambiente criado pelas novas

mídias, que cada vez mais influência a opinião do consumidor e as decições a

serem tomadas pelo mercado.

157

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Conceito de mídia;

- Conhecendo as mídias impressas e a forma de publicidade para elas;

- Conhecendo as mídias sonoras;

- Publicidade em mídias sonoras;

- Mídias de rua;

- Mídias audiovisuais;

- Internet;

- Mídias institucionais;

- Fazendo publicidade.

Conteúdos básicos

- História e principais descrições;

- Estado das principais mídias impressas, suas características e funções e o

tipo de publicidade veiculado nelas;

- Estudo das principais mídias sonoras, suas características e funções;

- Aprendizado de como fazer publicidade para mídias sonoras, formatos,

audiência, publico;

- Aplicação dos conceitos de publicidade em Mídias de rua como outdoor,

busdoor, etc.

- Estudo das Mídias audiovisuais e suas principais características;

- Estudo da Internet e suas principais características;

- Estudo das mídias institucionais. Diversidade de ramos. Aplicação em

empresas e demais segmentos;

- Aplicação dos primeiros conceitos de comunicação e publicidade nas diversas

mídias.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A base desse curso técnico é a conversa, o debate. A disciplina serve

para conceituar uma idéia universal, mas o debate, a exemplificação é o que

vai mudar o campo de percepção dos alunos. Aliado a isso, atividades em aula,

158

trabalhos práticos, aplicação de vídeos e palestras com profissionais da área

ajudarão, neste primeiro ano, a desenvolver uma capacidade crítica referente

ao que eles já conhecem e entendem por publicidade.

AVALIAÇÃO

Avaliação teórica abordando os conteúdos ministrados em cada

bimestre. Trabalhos periódicos (trabalhos de pesquisa ou de caráter prático e

experimental indicados a partir das aulas).

REFERÊNCIAS

DORDOR, Xavier. Mídia/ Mídia Alternativa. São Paulo: Nobel, 2007.

JONES, John Philip. A publicidade como negócio. São Paulo:Nobel, 2002.

NETO, Ângelo F. Midialização: o poder da mídia. São Paulo:Nobel, 2006.

OGDEN, James R. Comunicação integrada de marketing. São

Paulo:Prentece

Hall, 2002.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

SANT´ANNA, Armando. Propaganda: teoria, prática, técnica. São

Paulo:Pioneira,1998.

TAMANAHA, Paulo. Planejamento de mídia. São Paulo: Prentice Hall, 2006.

VERONEZZI, José C. Mídia de A a Z. São Paulo: Flight, 2005.

ZENLTER, Herbert. Gerenciamento de mídia. São Paulo: Nobel, 2001.

159

10.2.9. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

JUSTIFICATIVA

O essencial da disciplina de Química é desenvolver a visão científica de

fatos cotidianos, proporcionando uma iniciação na alfabetização científica e

tecnológica dos educandos, viabilizando a concreta aplicabilidade dos

conhecimentos científicos em situações problema e, o senso de investigação

científica e experimentação.

Na relação com as ciências de referência, é importante destacar que as

disciplinas escolares, apesar de serem diferentes na abordagem, estruturam-se

nos mesmos princípios epistemológicos e cognitivos, tais como os mecanismos

conceituais e simbólicos. Esses princípios são critérios de sentido que

organizam a relação do conhecimento com as orientações para a vida como

prática social, servindo inclusive para organizar o saber escolar.

OBJETIVOS

- Estabelecer o conceito científico partindo do conhecimento prévio dos alunos

e de suas concepções espontâneas.

- Construir e reconstruir significados dos conceitos científicos.

- Perceber e entender como a Química está presente e é usada no cotidiano.

- Conhecer qual o objeto de estudo da Química.

-Demonstrar um conhecimento dos conceitos apresentados e resolver os

problemas utilizando várias correlações.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Matéria e sua natureza;

- Biogeoquímica;

- Química sintética;

- Matéria e sua natureza;

160

Conteúdos básicos

- Constituição da matéria;

- Estados de agregação;

- Natureza elétrica da matéria;

- Do Macroscópico ao Microscópico;

- Propriedades físicas da matéria;

- Substâncias e misturas;

- Introdução ao conceito de reação química;

- Átomos e moléculas;

- Estrutura atômica;

- Modelo atômico de Rutherford;

- Átomos neutros e íons;

- Modelo atômico de Borh;

- Modelo atômico de subníveis de energia;

- Tabela periódica dos elementos;

- Breve historia da tabela periódica;

- Estrutura da tabela periódica;

- Configuração eletrônica e a tabela periódica;

- As ligações químicas;

- Ligação iônica;

- Ligação covalente e ligação metálica;

- Substâncias inorgânicas;

- Ácidos e bases;

- Sais e forças de eletrólitos;

- Óxidos: Definição, nomenclatura e classificação;

- Óxidos e poluição atmosférica;

- Substâncias inorgânicas;

- Ácidos e bases;

- Sais e forças de eletrólitos;

- Óxidos: Definição, nomenclatura e classificação;

- Óxidos e poluição atmosférica;

– Reações químicas.

161

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Utilização de aulas expositivas, buscando um encaminhamento

investigativo e dialógico; proposição de situações problemas, nas quais a

disciplina de Química tornar-se-á elemento participante do construto do

educando perante o conhecimento real; resolução de exercícios em grupos,

buscando a constante interação dos mesmos e realização de aulas práticas

através de experiências.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser concebida de forma processual e formativa, sob os

condicionantes do diagnóstico e da continuidade.

A avaliação não tem finalidade em si mesma, mas deve subsidiar e

redimensionar o curso da ação do professor, em busca de melhorar o processo

educativo.

Em Química, o principal critério de avaliação é a formação de conceitos

científicos. Desta forma, pretende-se valorizar o conhecimento prévio dos

alunos e também estabelecer novos conceitos que destaquem os

conhecimentos químicos necessários para a compreensão da leitura de

mundo.

A avaliação da disciplina não desarticula teoria da prática, mas

considera as estratégias empregadas pelos alunos na articulação e análise dos

experimentos com os conceitos químicos.

REFERÊNCIAS

AXT, R. O papel da experimentação no ensino de ciências. In: MOREIRA,

M.

AXT, R.Tópicos em ensino de ciências. Porto Alegre: Sagra, 1991.

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2. ed. São Paulo: Moderna,

2004.

162

CHASSOT, A. Para que(m) é útil o ensino. Canoas: Ed. da Ulbra, 1995.

GOODSON, I. F. Currículo: teoria e história. São Paulo: Vozes, 1995.

NANNI, R. A natureza do conhecimento científico e a experimentação no

ensino de ciência. Revista Eletrônica de Ciências: v.26, Maio 2004.

ROCHA, G. O. A pesquisa sobre currículo no Brasil e a história das

disciplinas escolares. In: Santos, E. H. ; Gonçalves, L. A. O. (org.). Currículo

e Políticas Públicas. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.

ROSITO, B. A . O ensino de ciências e a experimentação. In

Construtivismo e

ensino de ciências: reflexões epistemológicas e metodológicas. 2.ed.

Porto

Alegre: EDIPUCRS, 2003.

VIDAL, B. História da química. Lisboa: Edições 70, 1986.

163

10.2.10. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE RELAÇÕES

INTERPESSOAIS

JUSTIFICATIVA

Uma boa relação interpessoal é nutritiva quando ajuda a nos constituir

como pessoa, e que faz parte da competência dos profissionais e do ambiente

de trabalho saber lidar com as questões interpessoais. uma política de

interpessoais confortáveis ajuda os profissionais a permanecer nela, mas há

necessidade de políticas sociais mais amplas que sustentem essa

permanência. Levar os profissionais a definir objetivos comuns e a persegui-los

em conjunto é tarefa que não será atingida se não houver a constituição de um

grupo coeso, embora a coesão seja um processo lento e difícil. As habilidades

de relacionamento interpessoal - o olhar atento, o ouvir ativo, o falar autentico –

podem ser desenvolvidas, e que nesse exercício profissional vai fazendo uma

revisão de suas concepções. Essas concepções necessitam ser continuamente

pensadas se realmente se deseja formar cidadãos críticos. E cidadania tem

tudo a ver com relações entre pessoas. Como diz Milton Santos (1998), “ser

cidadão é viver valorando as relações interpessoais, as relações com a

comunidade, os problemas nacionais.” A disciplina de Relações Interpessoais

aprimora nos futuros profissionais relacionamento com as diferentes pessoas.

Mostra como ter um bom convívio nos principais locais onde atuará e

sobretudo, na vida. Trabalha a percepção, o pré-conceito, as personalidades, a

empatia e as principais formas de tratamento que envolvem o ser humano.

OBJETIVOS

- Compreender os aspectos fundamentais da mudança pessoal e organizacional.

- Demonstrar os fatores da mudança pessoal e organizacional.

- Analisar os pontos do desenvolvimento pessoal e organizacional.

- Perceber o conhecimento de seus limites e suas potencialidades a partir da

percepção e conscientização da diversidade humana.

164

- Identificar a diferença entre grupo, equipe e sua importância na dinâmica

profissional.

- Potencionalizar a importância da motivação nas relações de trabalho.

- Perceber a importância da liderança como meio de crescimento e motivação.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS

Conteúdos estruturantes

- Conceito de Relações Interpessoais e Humanas;

- Personalidade e empatia;

- Relacionamento Interpessoal no dia-a-dia;

- O indivíduo em grupo;

- Interação e conflitos;

- Valores humanos;

- Ética pessoal e profissional;

- Cidadania;

- Regras de etiqueta;

- Apresentação pessoal.

Conteúdos básicos

- Estudo do que é e os conceitos;

- Estudo da personalidade como entender as pessoas e a si mesmo;

- Aplicação de conceitos que melhoram o relacionamento;

- Como se portar e se relacionar em grupo;

- Estudo das pessoas e o motivo de conflitos, solução de conflitos, bem como

métodos eficazes de interação;

- Estudo dos valores pessoais e aceitação dos valores alheios;

- Estudo da ética e aplicação de ética em empresas;

- Estudo e aplicação da cidadania;

- Estudo das principais regras de etiqueta aplicáveis;

- Estudo da apresentação das pessoas. Dicas de apresentação pessoal,

higiene e postura.

165

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A base dos encaminhamentos do curso técnico é a conversa, o debate.

A disciplina serve para conceituar uma idéia universal, mas o debate, a

exemplificação é o que vai mudar o campo de percepção dos alunos. Aliado a

isso, atividades em aula, trabalhos práticos, aplicação de vídeos e palestras

com profissionais da área ajudarão, neste primeiro ano, a desenvolver uma

capacidade crítica referente ao que eles já conhecem e entendem por

publicidade.

AVALIAÇÃO

Avaliação teórica abordando os conteúdos ministrados em cada

bimestre. Trabalhos periódicos (trabalhos de pesquisa ou de caráter prático e

experimental indicados a partir das aulas).

REFERÊNCIAS

CRIVELARO, Rafael; TAKAMORI, Jorge YUKIO. Dinâmica das Relações

Interpessoais. 1.ed. Nova. Campinas: Alínea, 2005.

DEL PRETTE, Zilda A. Pereira; DEL PRETTE, Almir. Psicologia das Relações

Interpessoais: Vivências para o Trabalho em Grupo. Petrópolis: Vozes,

2001.

166

10.2.11. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

JUSTIFICATIVA

Os objetivos do ensino de Sociologia no Ensino Médio podem ser

divididos em duas classes: os que são específicos para a disciplina e os que

não se restringem a ela, indo ao encontro dos que foram traçados para o

Ensino Médio a partir da Lei nº 9394/96.

A finalidade da matéria se dá ao colocar no universo educacional a

problematização da vida do próprio aluno, sua existência real num mundo real,

com suas implicações nos diversos campos da vida: ético-moral, sociopolítico,

religioso, cultural e econômico, numa forma interdisciplinar, principalmente no

que tange a união com as disciplinas humanísticas para ajudar na formação do

jovem naquilo que mais lhe é característico, o questionamento.

Partindo desta idéia, a sociologia pode dar para o desenvolvimento do

pensamento critico, não porque teria um conteúdo, mas porque a sociologia

tem a contribuir para o desenvolvimento do pensamento crítico, não porque

teria um conteúdo, mas porque a sociologia tem a contribuir para o

desenvolvimento do pensamento crítico, ao lado de outras disciplinas, pois

promove o contato do aluno com sua realidade e, além disso, estabelecendo

um confronto com realidades distantes e culturalmente diferentes. É justamente

nesse movimento de distanciamento do olhar sobre nossa própria realidade e

de aproximação sobre realidades outras que desenvolvemos uma

compreensão de outro nível e critica.

No mundo contemporâneo, cerceado pelas tecnologias, nas relações de

trabalho e nas relações culturais, a informação tornou-se elemento estratégico

para o mundo. Mas esta, ainda é um dado bruto que deve ser transformado em

conhecimento através da capacidade processamento da mesma, ou seja, em

capacitar de raciocínio, de questionamento, do confronto de outras fontes e

experiências, por fim, habilidades que se adquire ao ser treinado a ver os

mesmo panoramas a partir de diferentes perspectivas.

Essa, portanto, é a habilidade que se adquire por excelência com o

estudo das ciências humanas e, em especial, com a filosofia e a sociologia. É

da essência destes campos de conhecimento a tarefa de desenvolver o

167

pensamento, sem nenhuma utilidade ou objetivo prático a curto prazo, mais

que isso, a preocupação se dá em educar o olhar e processar tanto

informações como saberes já produzidos.

Como apresentado nos PCN´s (p. 38) o ensino de Sociologia é

construído [enfatizando-se] dois eixos fundamentais em torno dos quais vêm se

construindo grande parte da tradição sociológica: a relação entre indivíduo e

sociedade, a partir da influencia da ação individual sobre os processos sociais,

bem como a importância do processo inverso e a dinâmica social, pautada em

processos que envolvem, ao mesmo tempo, porém em graduações variadas, a

manutenção da ordem ou, por outro lado, a mudança social.

Colocado desta forma, o conhecimento sociológico beneficia o aluno na

medida em que lhe permitirá uma análise mais acurada da realidade que o

cerca e na qual está inserido. Mais que isto, constitui uma contribuição decisiva

para a formação da pessoa humana, já que nega o individualismo e demonstra

claramente nossa dependência em relação ao todo, isto é, à sociedade na qual

estamos inseridos.

As mudanças propostas pela LDB de 1996 e pelos PDNs implicam um

profundo reordenamento político-pedagógico fundado na construção e

implantação de um projeto pedagógico (organização curricular, orientação

metodológica, organização administrativa, recursos, etc.) que se paute

efetivamente pelos seguintes princípios: Flexibilidade, Autonomia, Identidade,

Diversidade, Interdisciplinaridade e Contextualização, partindo desses

princípios, o objetivo do Ensino Médio está expresso no vinculo dessa etapa da

educação escola “com o mundo do trabalho e a prática social”.

Nesse sentido, os trabalhos devem ser para a “preparação básica para o

trabalho” e para o “exercício da cidadania”, que seriam os dois grandes eixos

norteadores que definem o novo sentido para o antigo 2º grau. Essas

orientações estariam norteadas pelos quatro piares da educação como propõe

a UNESCO: o aprender a conhecer, o aprender a fazer, o aprender a conviver

e o aprender a ser.

No caso da sociologia, isso pode ser conseguido por meio de uma

tomada de consciência sobre como a nossa personalidade está relacionada à

linguagem, aos gestos, às atitudes, aos valores, à nossa posição na estrutura

social fundamentos por ações pedagógicas que busquem desvelar e discutir

168

narrativas sociais, sejam elas cientificas, literárias e outras implicações, seus

dilemas, o que falam da heterogeneidade cultural e da estrutura social. Ensinar

sociologia é, antes de tudo, desenvolver uma nova postura cognitiva no

indivíduo.

OBJETIVOS

- Contribuir para a mudança de atitudes e desenvolvimento do pensamento

reflexivo, criativo e instigante.

- Possibilitar condições para que o estudante estabeleça relações entre o

conhecimento teórico e as práticas sociais.

- Perceber os direitos e deveres do cidadão como parte de uma construção

social.

- Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises,

interpretações, sínteses, servindo-se dos conhecimentos sociológicos.

- Perceber-se como um ser eminentemente social.

- Compreender a organização e a influência das instituições e grupos sociais

em seu processo de socialização e as contradições deste processo.

- Refletir sobre as ações individuais e perceber que as ações em sociedade

são interdependentes.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- O processo de socialização e as instituições sociais;

- Cultura e Indústria cultural;

- Trabalho, produção e classes sociais;

- Poder, política e ideologia.

- Direito, cidadania e movimentos sociais.

Conteúdos básicos

- Conceituações e concepções básicas da Sociologia;

- Fatores do Surgimento da Sociologia;

169

- A análise social como ciência em suas diversas concepções humana, social e

reconhecimento da sociedade moderna;

- Análise do filme: Tempos Modernos;

- Os pensadores fundadores da Sociologia;

- Formação do ser humano enquanto ser social;

- Relações sociais que os homens estabelecem, valores, condutas, status e

normatizações;

- Trabalho enquanto fenômeno histórico e seu enraizamento no modelo de

sociedade atual;

- Trabalho e a relação com os modos de produção historicamente colocados na

historia e na sociedade atual;

- Trabalho enquanto característica do capitalismo;

- Capitalismo e mudança social, camadas e mudança social;

- A Cultura como herança social.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os conteúdos de Sociologia serão tratados de maneira articulada, visto

que os conteúdos estruturantes e os básicos não devem se desconectar.

O foco da disciplina de Sociologia é o estudo das relações que se

estabelecem na sociedade e nos seus diversos grupos.

No contexto da disciplina faz-se necessário analisar o contexto histórico,

refletindo sobre o surgimento e também sobre as teorias sociológicas.

O tratamento dos conteúdos de Sociologia fundamenta-se em teorias

originárias diferentes, com seu potencial explicativo atrelado a posicionamentos

ideológico-políticos, no sentido de visões de mundo presentes nas

interpretações.

Para o ensino da Sociologia, o professor deve deixar de lado as sínteses

das teorias e verdadeiramente tratar com objetivos pedagógicos os assuntos

abordados.

170

AVALIAÇÃO

A avaliação da disciplina de Sociologia deve considerar a concepção

formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com

os critérios propostos.

A disciplina visa melhorar o senso crítico e a conquista de uma maior

participação na sociedade.

Com base no diálogo, leitura teórica, leitura ilustrada, a avaliação

constitui-se um processo de crescimento da percepção da realidade à volta do

aluno.

Enfim, considerar-se-ão os seguintes critérios: apreensão dos conceitos

básicos da ciência, articulados com a prática social, a clareza e a coerência na

exposição das idéias sociológicas e a mudança na forma de olhar e

compreender os problemas sociais.

REFERÊNCIAS

FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil, São Paulo: Nacional,

2002.

HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia das Letras,

1997.

MARTINS, Carlos B. O que é sociologia. São Paulo: Nova Cultural, 1986.

PRADO Jr. Caio. Evolução Política do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1977.

BOBBIO, Norberto. Direita e Esquerda. São Paulo: UNESP 1995.

DE MASI, Domenico. O futuro do Trabalho. RJ: José Olimpio, 1999.

MARX Karl. Marx. São Paulo: Abril Cultural, 1978. Coleção os Pensadores.

171

SASTRE, G. Temas Transversais em Educação - Bases para uma formação

integral. São Paulo: Ática, 1997.

WEBER, Max . Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro, RJ, Zahar, 1971.

WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo

Pioneira, 1967.

172

10.3. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO TÉCNICO EM ARTE DRAMÁTICA

– ATOR CÊNICO

MATRIZ CURRICULAR ESTABELECIMENTO: COLÉGIO ESTADUAL SENADOR CORREIAMUNICÍPIO: PONTA GROSSA NRE: PONTA GROSSACURSO: TÉCNICO EM ARTE DRAMÁTICA – ATOR CÊNICOFORMA: SUBSEQUENTE ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010TURNO: 05 (noite) C H: 1.220 h/a - 1017 horasMÓDULO: 20 ORGANIZAÇÃO: SEMESTRAL

DISCIPLINASSemestres

H/A Horas1° 2° 3°T P T P T P

EXPRESSAO CORPORAL 2 2 1 1 120 100

FUNDAMENTOS DO TRABALHO 2 40 33

HISTORIA DA ARTE 4 80 67

HISTÓRIA DO TEATRO 4 3 140 117

ILUMINAÇÃO, CENOGRAFIA E SONOPLASTIA

2 2 80 67

IMPROVISAÇÃO TEATRAL 1 1 1 1 80 67

INDUMENTÁRIA E CARACTERIZAÇÃO 1 1 1 1 80 67

INTERPRETAÇÃO TEATRAL 2 2 2 2 2 2 240 200

LABORATÓRIO DE MONTAGEM TEATRAL

1 3 1 3 160 133

LITERATURA DRAMATICA 2 2 80 67

ORGANIZAÇÃO E PRODUÇÃO TEATRAL

2 40 33

TÉCNICA DE EXPRESSÃO VOCAL 1 1 1 1 80 67

TOTAL 20 22 19 1220 1017

173

10.3.1. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE IMPROVISAÇÃO

TEATRAL

JUSTIFICATIVA

Entender a importância do jogo teatral para a cena, bem como promover

a integração do grupo buscando a troca do jogo cênico.

Essa disciplina pretende desenvolver e estruturar idéias artísticas como

a noção do texto, a criação e espontaneidade por parte dos alunos e a

integração com segurança na participação do jogo teatral. Os alunos poderão

através do embasamento da disciplina desenvolver a criatividade nas

atividades corporais.

OBJETIVO

- Buscar o desenvolvimento da criatividade por meio dos jogos teatrais que

irão demonstrar a espontaneidade do aluno no fazer teatral.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1.º SEMESTRE

Conteúdos básicos

- Jogos de improviso;

- Concentração;

- Criação de personagem;

- Uso da voz e corpo;

- Criação;

- Improvisação corporal;

- Análise de personagem;

- Caracterização física;

- Expressividade do ator;

- Predisposição orgânica para o jogo teatral;

- Presença cênica;

174

- Consciência corporal.

2.º SEMESTRE

Conteúdos básicos

- Jogos de improviso;

- Concentração;

- Criação de personagem;

- Uso da voz e corpo;

- Criação;

- Improvisação corporal.

Conteúdos básicos

- Análise de personagem;

- Caracterização física;

- Expressividade do ator;

- Predisposição orgânica para o jogo teatral;

- Presença cênica;

- Consciência corporal.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo ensino aprendizagem da arte mais especificadamente teatro

passará por três processos: O sentir, o perceber, e o transformar. Isso se dara

por meio de leitura, fazer artístico e troca de conhecimentos entre alunos e

professor fazendo com que o aprendizado saia do senso comum se dirigindo

para um conhecimento empírico trazendo como principalmente o ator como

forma de criação.

AVALIAÇÃO

A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não

há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia

175

da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais

simples as mais elaboradas.

A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade do seu

trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o

fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo

com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o

teatro.

REFERÊNCIAS

BOAL, Augusto. O arco-íris do desejo: método Boal de teatro e terapia. Rio

de Janeiro: Civilização Brasileira, 1996.

CHACRA, Sandra. Natureza e sentido da improvisação teatral. São Paulo:

Perspectiva, 2005.

KOUDELA, Ingrid Dormien. Texto e jogo: uma didática brechtiana.

São Paulo: Perspectiva, 1999.

____. Brecht: um jogo de aprendizagem. São Paulo: Perspectiva e EDUSP,

1991.

____. Jogos Teatrais. São Paulo: Perspectiva, 1984 (4 ed. 1998).

____. Texto e jogo. São Paulo: Perspectiva, 1999.

LOPES, Joana. Pega teatro. Campinas: Papirus, 1989.

ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral: 1880 - 1980.

Rio de Janeiro: Zahar, 1982.

SLADE, Peter. O jogo dramático infantil. São Paulo: Summus,

1978.

SPOLIN, Viola. Improvisação para o teatro. São Paulo: Perspectiva, 1982.

176

10.3.2. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE TÉCNICA DE

EXPRESSÃO VOCAL

JUSTIFICATIVA

Pretende-se por meio desta disciplina desenvolver a consciência do

aparelho fonador para a utilização do mesmo no fazer teatral.

OBJETIVOS

- Desenvolver recursos vocais para a interpretação cênica, reconhecendo o

aparelho fonador e aprimorando a percepção sonora vocal através de

exercícios e práticas vocais.

- Observar e perceber seus limites, tendo consciência de suas possibilidades

vocais.

CONTEÚDOS BÁSICOS

- Desenvolver a percepção individual da voz;

- Desenvolver a dicção na voz falada e cantada;

- Aprimorar a leitura de notação musical aplicada à voz;

- Desenvolver o controle das estruturas respiratórias aplicadas ao uso vocal;

- Conhecer o repertório vocal.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A disciplina de caráter teórico e prático, divide-se em três etapas.

Inicialmente será abordada a parte teórica, juntamente com a aplicação das

teorias na voz falada. Nas etapas seguintes os conteúdos terão um enfoque

prático, a fim de desenvolver os recursos da voz cantada. No final de cada

etapa será realizada uma avaliação, descrita posteriormente em item

específico.

177

AVALIAÇÃO

A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não

há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia

da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais

simples as mais elaboradas.

A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade do seu

trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o

fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo

com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o

teatro.

REFERÊNCIAS

BEUTTENMULLER, Glorinha. Expressão vocal e corporal. Enelivros, 1992.

QUINTEIRO, Eudosia Acuna. Estética da voz. Editora Plexus, 2007.

GAYOTTO, Lucia Helena. Voz partitura da ação. Editora Summus, 2002.

MARIZ, Vasco. A canção popular brasileira. Rio de Janeiro: Francisco Alves,

2002.

MARSOLA, Mônica; BAÊ, Tutti. Canto – uma expressão. Rio de Janeiro:

Vitale, 2000.

10.3.3. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INTERPRETAÇÃO

TEATRAL

JUSTIFICATIVA

Pretende-se que o aluno por meio desta disciplina possa experimentar e

criar através da interpretação teatral. O aluno buscará a experiência de criar e

aprender a dar vida a personagens assim como compreender os teóricos

178

teatrais, novas estéticas tendo como base a formação do ator para ingressar no

mercado profissional.

A disciplina visa oferecer o embasamento teórico-prático para a iniciação

e a interpretação através de jogos dramáticos, exercícios práticos e leitura de

textos teatrais. Por ser o primeiro contato com a interpretação, buscamos

inserir conceitos fundamentais para todo o percurso do aluno-ator, como a

necessidade da disciplina pessoal com pontualidade e frequência e o empenho

na realização dos exercícios e no cumprimento das tarefas.

OBJETIVO

- Compreender os teóricos teatrais, novas estéticas tendo como base a

formação do ator para ingressar no mercado profissional.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Conteúdos básicos

- Estudos teórico/ prático de técnicas teatrais promovendo o conhecimento das

potencialidades expressivas no trabalho do autor;

- Jogos de concentração e presença cênica;

- Teóricos Brecht e Artaud;

- Brecht teoria teatral, estética e linha de pesquisa;

- Trabalho de cena;

- Teórico Artaud, pesquisa e estética;

- Emoção, espaço e criação;

- Processo criativo e colaborativo;

- Criatividade corporal e vocal;

- Percepção de criação;

- Estudo e compreensão do teórico e suas praticas;

- Criação de personagem;

- Criação em espaços alternativos;

- Estudo e compreensão do teórico e suas praticas;

- Criação de personagem;

- Emoção e percepção de interpretação.

179

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo ensino aprendizagem da arte mais especificadamente teatro

passará por três processos: O sentir, o perceber, e o transformar. Isso se dará

por meio de leitura, fazer artístico e troca de conhecimentos entre alunos e

professor fazendo com que o aprendizado saia do senso comum se dirigindo

para um conhecimento empírico trazendo como principalmente o ator como

forma de criação.

AVALIAÇÃO

A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não

há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia

da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais

simples as mais elaboradas.

A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade dos seu

trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o

fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo

com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o

teatro.

REFERÊNCIAS

DORMIEN Koudela, Ingrid. Texto e jogo. Editora Perspectiva, 2001.

GUINSBURG, J. Da cena em cena. Editora perspectiva, 1998.

SOPLIN, Viola. Improvisação para o teatro. Editora Perspectiva, 2007.

VIRMAUX, Alain. Artaud e o teatro. Editora Perspectiva, 2001

180

10.3.4. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE

ILUMINAÇÃO/CENOGRAFIA E SONOPLASTIA

JUSTIFICATIVA

Esta disciplina visa promover a compreensão da estética da luz, da

sonoplastia e da cenografia, buscando desenvolver no aluno o conhecimento

artístico do som, das formas e das cores para a utilização desses no

enriquecimento da produção teatral.

OBJETIVOS

- Buscar o conhecimento da utilização da luz, do som e das formas

geométricas e o uso desses conhecimentos no fazer teatral.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Conteúdos básicos

- Iluminação, Sonoplastia e cenografia.

- Eletricidade, voltagem e amperagem;

- Consoles de comando, rack de luz, cabos DMX;

- Mesa de som, caixas acústicas, cabos e plugs de som, players musicais,

editores de som;

- Sensibilidade e criação para iluminar um espetáculo;

- Sensibilidade, criatividade na hora de compor ou de escolher uma musica

para um espetáculo.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Partindo do processo de ensino e de amostragem de tudo ou pelo

menos de parte de equipamentos que envolvem o processo de criação técnica

de uma peça de teatro os alunos serão instigados a criar utilizando essas

ferramentas.

181

AVALIAÇÃO

A avaliação será continua, levando o professor ao bom desenvolvimento

do seu trabalho, tendo como resultado alunos mais conscientes em relação a

importância do trabalho técnico a ser realizado em uma montagem, bem assim

passando a ter consciência e respeito por todos os profissionais que se

envolvem em um processo do trabalho teatral.

Será realizada uma montagem teatral onde os alunos serão avaliados na

produção técnica.

REFERÊNCIAS

GRIFFITHS, T. R. A iluminação. Cadernos de teatro, número 113, pág. 8. Ed.

Do Tablado. Rio de Janeiro. RJ.

INSTITUTO BRASILEIRO DE ARTE E CULTURA – CENTRO TÉCNICO DE

ARTES CÊNICAS. Oficina arquitetura cênica, projeto resgate e

desenvolvimento de técnicas cênicas. Coordenação José Carlos Serroni;

colaboração Alberto Egurza e outros. Rio de Janeiro. RJ: IBAC, 1993.

PEDROSA, Israel. Da cor à cor inexistente. Léo Christiano Editorial LTDA.

Rio de Janeiro. RJ, 1998.

RATTO, Gianni. Antitratado de cenografia, variações sobre o mesmo tema.

2ª Edição. Ed. SENAC. São Paulo. 2001.

ROSENTHAL, J., VERTEUBARER, L. A história da iluminação. Cadernos de

teatro. Editora do Tablado. Rio de Janeiro.

ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Jorge Zahar

Editor. Rio de Janeiro. RJ, 1998.

SARAIVA, Hamilton. Eletricidade básica para o teatro. Dep. De

documentação e Divulgação. Brasília. 1977.

182

SARAIVA, Hamilton. A evolução estética da iluminação cênica: Uma

introdução. Cadernos de Teatro, número 131 e 132, p. 19. Editora do Tablado.

Rio de Janeiro. RJ, 1992.

SERRONI, J. C. Teatros: uma memória do espaço cênico no Brasil. São Paulo:

Senac, 2002.

WILSON, E. A iluminação. Cadernos de teatro, número 85, p. 01. Editora do

Tablado. Rio de Janeiro. RJ. S/ano.

10.3.5. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE INDUMENTÁRIA E

CARACTERIZAÇÃO

JUSTIFICATIVA

A disciplina de indumentária, visa a compreensão do aluno na estética

do mundo da moda no passar dos anos, aliando isso a textos e concepções

teatrais contemporâneas.

OBJETIVO

- Buscar o conhecimento da história da moda em relação a maquilagem,

roupas e cabelos de diversas épocas formando no aluno um repertório para a

criação de figurinos no teatro.

CONTEÚDOS E BÁSICOS

Conteúdos básicos

- A história da maquilagem, do vestuário, o traje no teatro;

- A maquilagem na criação de uma personagem;

183

- Qual a função do figurino?;

- O figurino complementando a linguagem cênica;

- Adereços cênicos;

- Teoria da cor pigmento e da cor luz;

- História da maquilagem e sua evolução, e inter-relação com outros elementos da

linguagem cênica;

- A ação da cor luz incidente na cor pigmento;

- A moda;

- Tipos de tecidos;

- Os cosméticos;

- Técnicas de maquilagem.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo metodológico aplicado será através do conhecimento das

artes em uma abrangência aplicando ao teatro, partindo do que cada aluno

definiu pela sua cultura e elencou como importante para poder conceber sua

arte, assim tendo um aluno criativo.

AVALIAÇÃO

A avaliação será continua, levando o professor ao bom desenvolvimento

do seu trabalho, tendo como resultado alunos que com uma visão critica e um

compreendi mento amplo na interpretação do desenvolvimento histórico/ de

figurinos e maquiagens nas artes cênicas.

REFERÊNCIAS

KOHLER, Carl. História do vestuário. São Paulo: Ed. Martins Fontes, 1993.

LEITE, Adriana & GUERRA, Lisette. Figurino: uma experiência na televisão.

São Paulo : Paz e Terra, 2002.

LURIE, Alisson. A linguagem das roupas. Rio de Janeiro : Rocco, 1997.

184

10.3.6. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DO

TEATRO

JUSTIFICATIVA

Conhecer a história do teatro, nas diferentes culturas pelo mundo e suas

linguagens.

Fazer com que o aluno compreenda a evolução do teatro através da

história em seus principais períodos, tendo assim contato com autores,

encenadores e estéticas que compõem as transições do teatro e suas histórias.

OBJETIVO

- Compreender a história do teatro e analisar sua profissão conseguindo

através disso articular o conhecimento adquirido na dupla relação entre o teatro

e a sociedade.

CONTEÚDOS E BÁSICOS

Conteúdos básicos

- Pré-história;

- Até os dias atuais;

- Gêneros, tendências, autores;

- O teatro na Pré-História, o teatro no Oriente e no Ocidente;

- As tendências contemporâneas, manifestações regionais;

- História do Teatro no Brasil Colônia até a década de 60;

- A história do teatro brasileiro dos anos 70 aos dias atuais;

- O início do teatro no Brasil Colônia, João Caetano o primeiro ator brasileiro,

Martins Pena, Arthur Azevedo, as Cia, teatrais do sec. XX, o teatro nos anos de

chumbo;

- O teatro brasileiro na abertura política, principais companhias

contemporâneas e os movimentos de cada década.

185

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo metodológico aplicado será através do conhecimento das

artes em uma abrangência aplicando ao teatro, partindo do que cada aluno

definiu pela sua cultura e elencou como importante para poder conceber sua

arte, assim tendo um aluno criativo.

Será levada à sala de aula livros e textos com conteúdo da história do

teatro, notebook conectado a internet para termos um acesso imediato de

qualquer duvida que surja e até mesmo para realização de pesquisas

imediatas.

Os alunos participarão o tempo todo da aula essa será sempre em forma

de debate referente ao texto lido e uma conversa entre amigos quebrando a

barreira do professor/aluno

E assim construirmos um aprendizado coletivo com respeito a cada

cultura existente e a cada ser pensante em sala de aula.

AVALIAÇÃO

A avaliação será continua, levando o professor ao bom desenvolvimento

do seu trabalho, tendo como resultado alunos com um conhecimento

histórico/crítico/ estético do teatro.

REFERÊNCIAS

BERTHOLD, Margot. História mundial do teatro. Editora Perspectiva, 2ª edição, 2005.

CARLOS, Manoel. OFF-Uma história de teatro. Editora Globo, 1ª edição, 2004.

CACCIAGLIA, Mario. Pequena história do teatro no Brasil. Editora Globo, 1986.

PRADO, Décio de Almeida. História concisa do teatro. Editora Edusp, 1999, 1ª edição.

CAFEZEIRO, Edwaldo. História do teatro. Editora Edusp, 1999, 1ª edição.

186

GASSNER, John. Mestres do teatro I e II. Editora Perspectiva, 2000.

ALMEIDA Prado, Décio de. Apresentação do teatro brasileiro. Editora Perspectiva, 2002.

10.3.7. MATRIZ CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LABORATÓRIO DE MONTAGEM TEATRAL

JUSTIFICATIVA

Transformar o texto em ação, reunindo todos os elementos em um corpo

orgânico de acordo com universo de realização do espetáculo.

É por meio do laboratório de montagem teatral que o aluno colocará em

prática todos os conhecimentos adquiridos em cada disciplina do curso dentro

de estéticas e formas variadas do fazer teatral.

OBJETIVO

- A disciplina tem por objetivo a apresentação de projetos juntamente com

peças visando compreender autores, tendo a demonstração do trabalho

desenvolvido individualmente ou coletivo por meio da interpretação e outros

elementos cênicos.

CONTEÚDOS BÁSICOS

Conteúdos básicos

- Métodos e técnicas de atuação, normas de montagem dramáticas de texto,

corporal e vocal;

- Definição do texto (peça);

- Estudo de mesa;

- Pesquisa, contexto e forma estética;

- Ensaios;

- Composição de personagens ou personas;

- Estudo estético;

- Figurino;

187

- Cenário;

- Iluminação e sonoplastia;

- Espaço cênico;

- Apresentação;

- Concentração;

- Entendimento estético;

- Conclusão de pesquisa do gênero;

- Construção da personagem;

- Percepção, organização e leitura;

- Cristalização da emoção das personagens;

- Trabalho e pesquisa em grupo.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo ensino aprendizagem da arte mais especificadamente teatro

passará por três processos: o sentir, o perceber, e o transformar. Isso se dará

por meio de leitura, fazer artístico e troca de conhecimentos entre alunos e

professor fazendo com que o aprendizado saia do senso comum se dirigindo

para um conhecimento empírico trazendo como principalmente o ator como

forma de criação.

AVALIAÇÃO

A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não

há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia

da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais

simples as mais elaboradas.

A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade do seu

trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o

fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo

com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o

teatro.

188

REFERÊNCIAS

STANISLAVISKI, Constantin. A construção da personagem. Civilização

brasileira, 1999.

BALL, David. Para trás e para gente. Perspectiva, 2003.

CHACRA, Sandra. A natureza e o sentido da improvisação teatral.

Perspectiva, 1997.

10.3.8. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ORGANIZAÇÃO E

PRODUÇÃO TEATRAL

JUSTIFICATIVA

A disciplina tem como foco a formação do aluno como produtor,

oferecendo uma experiência com marketing, elaboração de projetos, onde

encontrará na profissão uma base para vender seu próprio trabalho.

OBJETIVOS

- Compreender a atuação do produtor em um espetáculo teatral, visando

também à elaboração de projetos.

- Compreender o estudo e a atuação de produção dentro de um espetáculo

teatral, juntamente com outros elementos que formam a produção cênica.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1.º SEMESTRE

Conhecimentos básicos

- Conhecimento de leis e projetos que regem a produção teatral assim como

sua função dentro de um espetáculo;

- Leis de incentivo;

- Projetos culturais;

189

- Normas e projetos de elaboração de projetos;

- Captação de recursos;

- Sindicatos e organização de categoria;

- Função de produção e produtor.

2.º SEMESTRE

Conteúdos básicos

- Elaboração de projetos e normas;

- Noções básicas da produção teatral (empresa cooperativa, incentivo fiscal e

divulgação);

- Prestação de contas;

- Atuação na montagem teatral como produtor.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo ensino aprendizagem da arte mais especificadamente teatro

passará por três processos: O sentir, o perceber, e o transformar. Isso se dara

por meio de leitura, fazer artístico e troca de conhecimentos entre alunos e

professor fazendo com que o aprendizado saia do senso comum se dirigindo

para um conhecimento empírico trazendo como principalmente o ator como

forma de criação.

AVALIAÇÃO

A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não

há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia

da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais

simples as mais elaboradas.

A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade dos seu

trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o

fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo

com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o

teatro.

190

REFERÊNCIAS

DIREÇÃO TEATRAL, 3ª Edição, 1997.

BELGADO, Maria M. Diálogos no pIano: vinte e seis diretores falam de

teatro. 1999.

ROUBINE, Jean-Jacques. A linguagem da encenação teatral. Perspectiva;

1998.

MEICHES, Mauro. Sobre o trabalho do ator. Editora Objetiva; 1999.

SILVA, Armando Sérgio da. Oficina: do teatro ao TE-ATO. Perspectiva, 2003.

10.3.9. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EXPRESSÃO

CORPORAL

JUSTIFICATIVA

Entender o corpo buscando a consciência corporal, tendo como foco a

criatividade e construção de movimento.

Reconhecer a importância do corpo na ação dramática, buscando

teorias corporais e teóricos da dança e do teatro.

Compreender o corpo como forma artística, dialogando com dança e

teatro, conscientizando – se de sua importância para a comunicação teatral.

A disciplina de Expressão Corporal, visa a compreensão do aluno na

estética corporal buscando a consciência artística por meio da expressão,

unindo texto, pesquisas corpóreas e interpretação sendo de suma importância

para a formação e profissão do ator .

OBJETIVO

- Buscar a consciência corporal de forma artística tendo como compreensão os fundamentos teóricos da dança e do teatro.

191

CONTEÚDOS BÁSICOS

1.º Semestre

Conteúdos básicos

- Postura;

- Noção de movimento;

- Movimento e coreografia;

- Qualidade do movimento;

- Execução de níveis de tensão;

- Raias labanianas;

- Fluência;

- Peso;

- Velocidade;

- Energia;

- Importância como forma artística;

- Consciência corporal;

- Poder dramático e símbolo dos gestos;

- Criação corporal;

- Conhecimento das dinâmicas de movimento;

- Execução de movimento;

- Consciência corporal.

2.º Semestre

Conteúdos básicos

- Ação cotidiana e extra cotidiana;

- Execução de movimentos variados;

- Estudo do teórico Eugênio Barba;

- Presença cênica;

- Movimento de repetição;

- Linguagem corporal;

- Estudo da teórica Pina Bausch;

- Métodos e recursos de criação;

192

- Métodos de criação não verbal;

- Imaginação e criação;

- Movimento livre conceitual;

- Gesto pelo gesto;

- Criação do corpo, voz e texto;

- Performance.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo ensino aprendizagem da arte mais especificadamente teatro

passará por três processos: O sentir, o perceber, e o transformar. Isso se dará

por meio de leitura, fazer artístico e troca de conhecimentos entre alunos e

professor fazendo com que o aprendizado saia do senso comum se dirigindo

para um conhecimento empírico trazendo como principalmente o ator como

forma de criação.

AVALIAÇÃO

A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não

há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia

da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais

simples as mais elaboradas.

A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade do seu

trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o

fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo

com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o

teatro.

REFERÊNCIAS

BONFITTO, Matteo. O ator compositor. Editora perspectiva, 2007.

ROMANO, Lúcia. Teatro do corpo manifesto: Teatro físico. Editora

Perspectiva, 2005.

193

WEIL, Pierre. O corpo fala. Editora Vozes, 204.

SHINCA, Marta. Psicomotricidade-ritmo e expressão corporal. Editora

Manole, 1ª edição, 2006.

10.3.10. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LITERATURA

DRAMÁTICA

JUSTIFICATIVA

Fornecer conhecimento sobre dramaturgia contemporânea, treinar a

análise do texto para teatro estimulando a articulação do texto teatral e

sociedade exercitando a pesquisa documental sobre textos autores e

espetáculos.

Desenvolver a compreensão das linguagens contemporâneas

proporcionando assim o contato dos alunos com os novos estilos dramáticos e

o exercício criativo.

Aprimorar a leitura critica e sobre as novas tendências contemporâneas

de forma interdisciplinar.

OBJETIVO

- Proporcionar ao aluno o contato com os diversos gêneros que compõem a

literatura dramática, para que o mesmo possa ter um desenvolvimento crítico

aumentando a qualidade de seu desempenho profissional.

CONTEÚDOS BÁSICOS

1.º SEMESTRE

Conteúdos básicos

- O que é literatura dramática e sua importância na formação do ator;

- O gênero dramático na Grécia, Idade Média e o Classicismo francês;

194

- Aspectos estruturais do texto dramático, diferenças da literatura dramática e

da literatura em prosa;

- As tragédias gregas e suas regras Aristotélicas;

- A Commédiadell’ Arte e suas contribuições na evolução do texto,

Shakespeare e o teatro - Elisabetano, O texto Iluminista e a volta das regras

aristotélicas no Classicismo Frances.

- O texto dramático contemporâneo.

- A desconstrução do texto Dramático, Adaptação e construção dramatúrgica,

exercícios criativos, análise critica.

2.º SEMESTRE

Conteúdos básicos

- Introdução a Semiótica da comunicação, Semiótica do texto dramático;

- Os signos teatrais, a semiologia aplicada ao texto dramático;

- Construção de roteiros, introdução a linguagem dramática em outras mídias.

- O texto dramático no cinema e na teledramaturgia, cyber-dramaturgia.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O processo ensino aprendizagem da disciplina de Literatura dramática

será mediado por conhecimentos informativos e também com metodologia que

instigue a pesquisa como meio de estruturar o processo de ensino

aprendizagem.

Isso se dará por meio de leitura, do fazer artístico e também da troca de

conhecimentos entre alunos e professor fazendo com que o aprendizado se

afaste do senso comum e se estabeleça para um conhecimento mais formal e

coeso.

AVALIAÇÃO

A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não

há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia

195

da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais

simples as mais elaboradas.

A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade do seu

trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o

fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo

com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o

teatro.

REFERÊNCIAS

Teoria Literária – Operadores do texto Dramático. A poética de Aristóteles,

Mestres do teatro I e II.

PALLOTINI, Renata. Introdução à dramaturgia. São Paulo: Ática, 1998.

RYNGAERT, Jean-Pierre. Introdução à Análise do Teatro. São Paulo.

Martins Fontes: 1999.

UBERSFELD, Anne. Para ler o teatro. São Paulo. Perspectiva: 2005.

10.3.11. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FUNDAMENTOS

DO TRABALHO

JUSTIFICATIVA

Essa disciplina visa o conhecimento das leis que regem o trabalho na

nossa sociedade no decorrer da história.

OBJETIVO

- Buscar o conhecimento dos direitos e deveres do ator tendo por base as

diretrizes das leis trabalhistas.

196

CONTEÚDOS BÁSICOS

Conteúdos básicos

A perspectiva ontológica do trabalho,

O trabalho como sobrevivência,

A perspectiva histórica do trabalho;

O trabalho humano;

Perspectiva histórica;

Exploração da mais valia;

Produção de cultura e humanização;

Diferentes modos de produção;

Industrialismo alienação e exploração da mais valia.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A partir da historia do trabalho podendo ter uma reflexão sobre o valor

do trabalho artístico de uma forma geral e direcionada para as artes cênicas.

Será levado para sala de aula textos sobre a história das leis trabalhistas

e leis que regem o trabalho do ator e notebook conectado a internet.

AVALIAÇÃO

A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não

há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia

da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais

simples as mais elaboradas.

A avaliação deve ajudar o professor a planejar a continuidade do seu

trabalho e ao mesmo tempo estimular o aluno a vencer obstáculos buscando o

fazer artístico da melhor forma possível interpretando e criando e interagindo

com questões mais contemporâneas trazendo um pensamento critico para o

teatro.

197

REFERÊNCIAS

FROMM, E. Conceito marxista de homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

GRAMSCI, A. Concepção dialética da história. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 1978.

HOBSBAWM, E. A era dos extremos - O Breve Século XX - 1914-1991. São

Paulo: Editora da UNESP, 1995.

NEVES, L.M. W. Brasil 2000: nova divisão do trabalho na educação. São

Paulo: Xamã, 2000.

NOSELLA, P. Trabalho e educação. ln: Frigotto, G. (Org.). Trabalho e

conhecimento: dilemas na educação trabalhador. 4 ed. São Paulo:Cortez,

1997.

10.3.12. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DA

ARTE

JUSTIFICATIVA

Esta disciplina visa à compreensão da Arte e suas linguagens

juntamente à evolução do homem e suas manifestações culturais,

possibilitando ao aluno uma visão crítica e elaborada da Arte na história.

OBJETIVO

– Possibilitar ao educando uma aprendizagem de forma interpretativa,

analítica e crítica às diversas manifestações artísticas do ser humano ao

longo de sua história, os movimentos artísticos e o contexto histórico

social, fundamentando a prática artística através do conhecimento

teórico.

198

CONTEÚDOS BÁSICOS

Arte na sociedade ocidental

- A arte na Pré-História;

- A arte no Egito;

- Arte da civilização egéia;

- A arte na Grécia;

- A arte em Roma;

- A arte cristã primitiva;

- A arte bizantina;

- A arte da Europa Ocidental no início da Idade Média;

- A arte românica;

- A arte gótica;

- O Renascimento na Itália;

- A arte pré-colombiana;

- O Barroco na Itália;

- O Barroco na Espanha e o Romantismo;

- O Realismo;

- O movimento das Artes e Ofícios e o Art Noveau;

- O impressionismo;

- Principais movimentos artísticos do século XX;

- A arte da sociedade industrial;

Arte no Brasil

- A arte da Pré-História Brasileira;

- A arte dos índios brasileiros;

- O Barroco no Brasil;

- A influência da Missão Artística Francesa;

- A pintura brasileira acadêmica e a superação do academicismo;

- A arte brasileira no final do Império e começo da república;

- O Brasil começa a viver o século XX: o Movimento Modernista;

- Artistas e movimentos após a Semana de Arte Moderna;

- A arte brasileira contemporânea;

- A moderna arquitetura brasileira.

199

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho metodológico da disciplina Historia do Teatro visa promover

um enriquecimento acerca da parte que aborda as questões mais históricas

que contribuíram na construção e na caminhada da arte no ocidente e no

Brasil.

A disciplina promoverá o trabalho voltado à pesquisa e também a

construção de conceitos sobre os conhecimentos específicos da matéria em

destaque.

AVALIAÇÃO

A avaliação é continua e faz parte de todas as atividades e sem ela, não

há possibilidade de reflexão e avanço da mesma forma ela ultrapassa o dia-dia

da sala de aula, insinuando-se em muitas situações pedagógicas, das mais

simples as mais elaboradas.

A avaliação deve contribuir com o processo de formação do aluno e

também enquanto validação do trabalho do professor no cumprimento dos

objetivos propostos.

Neste sentido, a avaliação será contínua e processual, abordando

questões específicas da disciplina que foram trabalhadas ao longo da

caminhada do processo de ensino aprendizagem.

REFERÊNCIAS

BRONOWSKI, J. A Escalada do Homem. São Paulo: Martins Fontes, 1983.

CAVALCANTI, Carlos. História da Arte. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira,

1970.

CHIPP, H.B. Teorias da Arte Moderna. São Paulo: Martins Fontes, 1993.

COLI, Jorge. O que é Arte. São Paulo: Editora Brasiliense, 1994.

200

GOMBRICH, E.H. A História da Arte. Rio de Janeiro: Editora Guanabara,

1978.

MACRONE, Michael. Isso é Grego para Mim! São Paulo: Rotterdan Editores,

1994.

MANDEL, Gabriele. Como Reconhecer a Arte Islâmica. São Paulo: Martins

Fontes, 1985.

PROENÇA, Graça. História da Arte. São Paulo: Editora Ática, 1994.

REVISTA NOVA ESCOLA, nº 121, Abril/1999, Editora Abril.

REVISTA PROBLEMAS BRASILEIROS. Edição maio/junho 2000.

201

10.4. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE ENSINO FUNDAMENTAL –

FASE II, PRESENCIAL, DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E

ADULTOS

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Senador Correia – Ensino Fundamental, Médio e ProfissionalENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do ParanáMUNICÍPIO: Ponta Grossa NRE: Ponta GrossaANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2009 FORMA: SimultâneaCARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440/1452 H/A ou 1200/1210 HORAS

DISCIPLINASTotal deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORTUGUESA 226 272

ARTES 54 64

LEM – INGLÊS 160 192

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64

MATEMÁTICA 226 272

CIÊNCIAS NATURAIS 160 192

HISTÓRIA 160 192

GEOGRAFIA 160 192

ENSINO RELIGIOSO* 10 12

Total de Carga Horária do Curso 1200/1210 horas ou 1440/1452 h/a

*DISCIPLINA DE OFERTA OBRIGATÓRIA PELO ESTABELECIMENTO DE ENSINO E DE MATRÍCULA FACULTATIVA PARA O EDUCANDO.

202

10.4.1. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

PORTUGUESA

JUSTIFICATIVA

Pensar o ensino da Língua Portuguesa exige a busca de pressupostos

teóricos que além de explicar as relações entre o ensinar e o aprender, possam

também elucidar que o domínio da língua tem estreita relação com a

possibilidade de plena participação do sujeito na vida social, pois é por meio

dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende

pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento.

A melhoria da qualidade de educação no país passa pela melhoria da

qualidade do trabalho docente com a Língua Portuguesa, pois existe uma

relação muito forte entre fracasso escolar e domínio da leitura e da escrita. A

questão sobre a relação do ensino da Língua Portuguesa e a produção do

fracasso escolar tem sido ponto de discussão de inúmeros trabalhos científicos,

desde a década de 80.

No ensino fundamental essa discussão tem como eixo a questão da

leitura e da escrita.

A produção científica na área tem avançado no sentido de que não é

mais possível optar por um ensino da Língua voltado à teoria gramatical ou o

reconhecimento de algumas formas da língua padrão, mas ao domínio efetivo

do falar, ler e escrever. Isso implica num grande esforço de revisão das

práticas tradicionais de ensino da Língua Portuguesa.

Na década de 80, começaram a circular, entre educadores, livros e

artigos que discutiam a mudança na forma de compreender aspetos

importantes do processo de ensino da leitura e da escrita em que este

processo já era concebido como complexo e multidimensional.

Nesse sentido, o ensino da língua não pode ser visto como um fim em

si mesmo, mas como uma importante condição de formar o cidadão crítico que

tenha a leitura e a escrita como práticas do seu cotidiano. Isso exige tomar a

língua portuguesa em uma perspectiva de letramento em que os alunos, desde

muito cedo, são envolvidos pelos mais diferentes escritos, interagindo com

203

textos reais e significativos em que as muitas razões para ler e para escrever

estejam presentes.

Esse novo entendimento do processo de aquisição da leitura e da

escrita exige novas proporções para o encaminhamento pedagógico. A

primeira delas é que a leitura e escrita sejam entendidas como práticas sociais.

Dessa forma, o professor ao organizar a sua prática pedagógica em

sala de aula, não pode ignorar que esse trabalho assume feições particulares,

dependendo da resposta que se dá às questões: para quê e porque ensinamos

o que ensinamos? Para quê e porque os alunos aprendem o que aprendem?

Respostas a essas questões remetem a reflexões sobre a relação

entre linguagem e conhecimento, envolvendo tanto uma concepção de

linguagem quanto uma concepção de educação.

Decorrem daí a relação dos conteúdos ensinados, o enfoque que se dá

a esses conteúdos, as estratégias de trabalho com os alunos, a bibliografia

utilizada, o sistema de avaliação, o relacionamento professor/aluno.

Tudo isso representam atividades concretas em sala de aula que, de

certa forma, deixam transparecer o caminho que se optou no ensino da língua.

Um ponto precisa estar claro aos professores no processo de ensino: é de

suma importância que o professor torne suas aulas um espaço favorável ao

desenvolvimento intelectual e crítico dos alunos.

Essa proposta do trabalho com a Língua Portuguesa assume a posição

teórica em que a língua não é vista apenas como um trabalho escolar, mas

como um trabalho histórico e social, o que implica partir do pressuposto que a

língua se realiza no uso, nas práticas sociais, e que os sujeitos se apropriam

dos conteúdos, transformando-os em conhecimento próprio, por meio da ação

sobre eles. Essa postura teórica exige a organização do trabalho docente de

forma que o aluno possa expandir sua capacidade de uso da língua e adquirir

outras que não possui em situações linguisticamente significativas.

Disso decorre que os conteúdos de Língua Portuguesa, no ensino

fundamental, devem ser selecionados em função do desenvolvimento de

quatro habilidades linguísticas básicas: falar, escutar, ler e escrever. Para

desenvolver essa competência linguística nos alunos a unidade básica de

ensino é o texto. Pode se afirmar que texto é o produto da atividade discursiva

204

oral ou escrita que forma um todo significativo e acabado, qualquer que seja a

sua extensão.

Essa posição teórica exige que o trabalho docente se organize em

torno de três eixos:

- Leitura de textos;

- Produção de textos;

- Reflexão sobre a língua;

No tratamento didático é fundamental que o professor:

- Considere os conhecimentos anteriores dos alunos em relação ao

que se pretende ensinar;

- Considere o nível de complexidade dos diferentes conteúdos como

definidor do grau de autonomia possível dos alunos, na realização das

atividades;

- Considere o nível de aprofundamento possível de cada conteúdo, em

função das possibilidades de compreensão dos alunos nos diferentes

momentos do seu processo de aprendizagem.

OBJETIVOS

- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos na sua vida escolar.

- Compreender o significado das ciências, das artes e das letras, o processo

histórico de transformação da sociedade e da cultura, bem como da

importância da Língua Portuguesa como instrumento de comunicação, de

acesso ao conhecimento e de exercício da cidadania plena.

- Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e

condutas sociais e como representação simbólica de experiências humanas

manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social.

- Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos e

contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com

as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores,

participantes da criação e propagação de idéias e escolhas, tecnologias

disponíveis).

205

- Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de

significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

- Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a linguagem oral e

escrita e seus códigos sociais, contextuais e lingüísticos.

- Recuperar, pelo estudo do texto literário, as formas instituídas de construção

do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as

classificações preservadas e divulgadas no eixo temporal e espacial.

- Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da

linguagem.

- Refletir juízos de valor, tanto sócio-ideológicos (preconceituosos ou não)

quanto histórico-culturais (inclusive estéticos), associados à linguagem e à

língua, reafirmando sua identidade pessoal e social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Língua oral: uso e formas

Eleger a língua oral como conteúdo escolar exige o planejamento da

ação pedagógica de forma a garantir, na sala de aula, atividades sistemáticas

de fala, escuta e reflexão sobre a língua.

Assim, o trabalho com a língua oral deve acontecer no interior de

atividades significativas como: seminários, debates, dramatizações, relatos de

experiências pessoais, comentários de filmes, textos lidos, eventos,

brincadeiras, simulação de programas de rádio e televisão e outros tantos usos

públicos da língua oral.

A produção oral pode acontecer nas mais diversas circunstancias,

dentro dos mais diversos projetos. O importante é ter claro, que além das

atividades de produção oral o professor ou professora precisa organizar

situações contextualizadas de escuta, em que o ouvir atentamente, o ficar

quieto, esperar a vez de falar e respeitar a fala do outro tenham função e

sentido, e não sejam apenas solicitações ou exigências do professor ou

professora.

206

Língua escrita: uso e formas

A leitura e a escrita aparecem como objetivos prioritários nos anos

iniciais do ensino fundamental. Apesar de apresentados de forma segmentada

(em dois blocos) é necessário que se compreenda que leitura e escrita são

práticas complementares, fortemente relacionadas. São práticas que

possibilitam ao aluno construir seu conhecimento sobre os procedimentos mais

adequados para lê-los e escrevê-los e sobre circunstâncias de uso da escrita.

Prática de leitura

O trabalho com a leitura tem como finalidade a formação de leitores

competentes que realizam um trabalho ativo de construção do significado do

texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento prévio sobre o assunto,

sobre o autor, de tudo o que se sabe sobre a língua. Portanto, não se trata

simplesmente de extrair informações da escrita, decodificando letra por letra,

palavra por palavra.

Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente,

compreensão, na qual os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura

propriamente dita. A leitura sempre envolve a compreensão do texto escrito.

Para tornar os alunos bons leitores, é imprescindível a formação do

gosto e do compromisso com a leitura, o que implica dizer, que é muito mais do

que desenvolver a capacidade de ler. Para que isso aconteça são necessárias

determinadas condições:

- Dispor de uma biblioteca na escola;

- Dispor de um acervo na classe com livros e outros materiais de leitura;

- Organizar momentos de leitura livre em que o professor também leia;

- Planejar atividades diárias garantindo que as horas de leitura tenham a

mesma importância que as demais;

- Possibilitar aos alunos a escolha de suas leituras;

- Possibilitar aos alunos o empréstimo de livros na escola;

- Quando houver oportunidade de sugerir títulos para serem adquiridos

pelos alunos, optar sempre pela variedade;

- Construir uma política de formação de leitores na qual todos possam

contribuir com sugestões para desenvolver uma prática constante de leitura

que envolva o conjunto da unidade escolar;

207

- Desenvolver projetos didáticos que tenham a leitura como eixo.

O trabalho com a leitura precisa ser diário e há inúmeras possibilidades

para isso, pois a leitura pode ser realizada:

- de forma silenciosa, individualmente;

- em voz alta (individualmente ou em grupo) quando fizer sentido

dentro da atividade;

- pela escuta de alguém que lê.

Sabemos que a leitura é um processo interno, mas o professor deve ter

clareza de que o processo de leitura deve ser ensinado e aprendido. O

processo de leitura deve garantir que o leitor compreenda o texto e possa ir

construindo uma ideia sobre o seu conteúdo, extraindo dele o que lhe

interessa, em função dos seus objetivos. Os objetivos da leitura são elementos

que devem ser levados em conta quando se trata de ensinar os alunos a ler e a

compreender.

Prática de produção de textos

O trabalho com a produção de textos tem como finalidade formar

leitores competentes capazes de produzir textos coerentes, coesos e eficazes.

Um escritor competente é alguém que planeja o discurso e

consequentemente o texto em função do seu objetivo e do leitor a quem se

destina; é alguém que sabe elaborar um resumo ou tomar notas durante uma

exposição oral; que sabe esquematizar suas anotações para estudar um

assunto; que sabe expressar por escrito seus sentimentos, experiências ou

opiniões. Um escritor competente é, também, capaz de olhar para o próprio

texto como um objeto e verificar se está confuso, ambíguo, redundante,

obscuro ou incompleto. Ou seja: é capaz de revisá-lo e reescrevê-lo até

considerá-lo satisfatório para o momento.

Para tornar os alunos bons produtores de textos é fundamental

implementar na sala de aula, ou mesmo na escola, uma prática continuada de

produção de textos que atenda às seguintes condições:

- oferecer textos escritos impressos de boa qualidade;

- solicitar aos alunos que produzam textos;

208

- propor situações de produção de textos, em pequenos grupos, nos

quais os alunos compartilhem as atividades, embora realizando diferentes

tarefas: produzir propriamente, grafar e revisar;

- conversar com os alunos explicitando as dificuldades do processo de

produção, pois é fundamental que eles saibam que escrever, ainda que seja

graficamente para muitos, não é fácil para ninguém;

- propor projetos que ofereçam reais condições de produção de textos

escritos.

É fundamental que professor e alunos partilhem a crença de que se

aprende a escrever, escrevendo. Para aprender a escrever, é necessário ter

acesso à diversidade de textos escritos, testemunhar a utilização que se faz da

escrita em diferentes circunstâncias, defrontar-se com as reais questões que a

escrita coloca a quem se propõem produzi-la, arriscar-se a fazer como

consegue e receber ajuda de quem já sabe.

Análise e reflexão sobre a língua

O trabalho de análise e reflexão sobre a língua, também denominado

de “análise linguística” tem como finalidade o desenvolvimento da competência

dos alunos enquanto falantes, ouvintes, leitores e escritores. Essa competência

se constrói no uso e através da reflexão sobre a língua em uso.

A expressão “análise linguística” refere-se precisamente a um conjunto

de atividades que toma a língua como objeto de reflexão e estudo. Essas

atividades apóiam-se em dois fatores:

- a expressão humana de refletir, analisar, pensar sobre os fatos e os

fenômenos da linguagem;

- a propriedade que a linguagem tem de poder referir-se a si mesma, de

falar sobre a própria linguagem.

O objetivo principal dessa atividade é melhorar a capacidade de

compreensão e expressão dos alunos, em situações de comunicação tanto

escrita quanto oral.

O trabalho didático de análise linguística se organiza tendo como ponto

de partida a exploração ativa e a observação de regularidades e irregularidades

no funcionamento da linguagem decorrentes do uso que os alunos fazem da

língua.

209

No processo de ensino as atividades de análise linguística, devem

anteceder as práticas de reflexão metalinguística (estudo da gramática

propriamente dito) para que essas possam ter algum significado para os

alunos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Assim na prática pedagógica cotidiana da sala de aula é importante

alguns procedimentos:

- Leitura de textos dos mais diversos gêneros;

- Produções coletivas e individuais de textos (escritos e orais);

- Atividades que possibilitem o desenvolvimento da leitura e da escrita;

- Atividades de análise linguística;

- Atividades de compreensão de leitura.

AVALIAÇÃO

É indispensável que a avaliação em Língua Portuguesa seja um

processo de aprendizagem contínuo e dê prioridade à qualidade e ao

desempenho do aluno ao longo do ano letivo.

Ela deve se fazer presente, tanto como meio de diagnóstico do processo

ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação da prática

pedagógica. Assim, a avaliação assume uma dimensão formadora, uma vez

que, o fim desse processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas

também permitir que haja uma reflexão sobre a ação da prática pedagógica.

Para cumprir essa função, a avaliação deve possibilitar o trabalho com o

novo, numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e a

aprendizagem. O verdadeiro sentido da avaliação é acompanhar o

desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e

mudar as práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar

problemas e fazer emergir novas práticas educativas.

210

REFERÊNCIAS

ANTUNES, I. Muito além da gramática: por um ensino de línguas sem pedras

no caminho. São Paulo: Parábola Editorial, 2007.

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes,

2003.

BAKTHIN, M. Marxismo e Filosofia da linguagem. 4. ed. São Paulo: Hucitec,

1998.

COLOMER, T.; CAMPS, A. Ensinar a ler, ensinar a compreender. Porto

Alegre: ArtMed, 2002.

FREIRE, P. A importância do Ato de Ler: em três artigos que se

complementam. São Paulo: Cortez: Autores Associados. (Coleção Polêmicas

do Nosso Tempo, vol. 4), 1982.

GERALDI, J.W. Portos de passagem. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes,

1993.

_____________. O texto na sala de aula. Leitura e produção. Cascavel:

Assoeste, 1984.

GUIMARÃES, E. Texto, discurso e ensino. São Paulo: Contexto, 2009.

JOLIBERT, J. Formando crianças leitoras. Trad. MAGNE, B. C. Porto Alegre:

Artes Médicas, 1994.

MARCUSCHI, L. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão.

São Paulo: Parábola Editorial, 2008.

MENEGASSI, R. J. (org). Leitura e ensino. Maringá: EDUEM, 2005.

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica. Paraná, 2009.

211

10.4.2. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE

JUSTIFICATIVA

A arte é parte da produção cultural que acontece continuamente na

sociedade e se torna indispensável para união do indivíduo como um todo, pois

ela acontece em um ambiente cultural no qual o ser humano articula o visível e

o invisível. Da íntima relação entre o mundo visível, natureza e criações

humanas, ao mundo invisível calcado na experiência humana do mundo que o

artista fala por meio da obra, tecendo uma rede de significações, comunicando

algo para outro humano, pois, cumpre seu papel de dar expressão aos

sentimentos mais subjetivos de um indivíduo, reflete a infinita capacidade

humana para a associação, circulação de idéias e experiências.

A arte é criada e interpretada num contexto cultural, contexto esse que

articula a cultura familiar, a cultura local, e a cultura geral e o conhecimento que

se tem da linguagem artística em especial.

O papel social da arte como transformadora do ser humano, na medida

em que amplia horizontes de compreensão e simbolização das coisas do

mundo, que é algo presente no cotidiano e não é privilégio único de ambientes

especiais.

Todo esse processo nos aproxima de outras questões que interessam

especialmente ao ensino da arte no EJA, compreender como a arte está

inserida no mercado de trabalho atual, seus usos, mecanismos de

profissionalização, as relações existentes entre artista e mercado, são

questões importantes para compreender o papel dela na sociedade.

OBJETIVOS

- Compreender os elementos que estruturam e organizam a música e sua

relação com o movimento artístico no qual se originam.

- Desenvolver a formação dos sentidos rítmicos e de intervalos melódicos e

harmônicos.

- Compreender as diferentes formas musicais populares, suas origens e

práticas contemporâneas.

212

- Analisar as diferentes formas musicais no cinema e nas mídias, sua função

social e ideológica.

- Perceber a música como fator de transformação social.

- Identificar os elementos que estruturam e organizam as artes visuais e sua

relação com o movimento artístico.

- Compreender os elementos que estruturam e organizam o teatro e sua

relação com os movimentos artísticos nos quais se originam.

- Identificar as diferentes formas de representação presentes no cotidiano, suas

origens e práticas contemporâneas.

- Apropria-se prática e teoricamente das tecnologias e modos de composição

da representação nas mídias; relacionadas à produção, divulgação e consumo.

- Perceber as diferentes formas de manifestação popular, suas origens e

práticas contemporâneas.

- Compreender a dança enquanto fator de transformação social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Elementos formais;

- Composição;

- Movimentos e períodos.

- Conteúdos básicos

- Concepção de arte;

- Letra bastão: maiúscula e minúscula;

- Cor;

- Textura;

- Ponto;

- Linha;

- Técnicas de desenho;

- Desenho livre, dirigido, memorização e de observação;

- Teatro;

- Folclore;

- Música;

213

- Altura;

- Duração;

- Timbre;

- Dança;

- Ritmo;

- Arte greco-romana;

- Arte pré-histórica;

- Arte africana;

- Iniciação a leitura de obras de arte;

- Paisagem campestre, marítima e urbana.

- Concepção de arte;

- Ponto;

- Linha;

- Forma;

- Textura;

- Perspectiva;

- Paisagem campestre, marítima e urbana;

- Arte popular;

- Arte indígena;

- Arte abstrata;

- Folclore;

- Música;

- Dança;

- Movimento corporal;

- Arte africana;

- Mestres da pintura paranaense;

- Mestres da pintura brasileira;

- Escultura;

- Poesia;

- Iniciação a leitura de imagens;

- Teatro popular.

- Ponto;

- Cor;

- Linha;

214

- Forma;

- Textura;

- Música;

- Melodia;

- Harmonia;

- Técnicas de desenho;

- Indústria cultural;

- Arte moderna;

- Arte contemporânea;

- Impressionismo;

- Expressionismo;

- Cubismo;

- Palavras ilustrativas;

- Onomatopéias;

- Balões;

- História em quadrinhos;

- Logotipo;

- Propaganda;

- Mestres da pintura brasileira (vida e obras);

- Folclore.

- Elementos formais;

- Composição;

- Movimentos e períodos.

- Concepção de arte;

- Letra bastão: maiúscula e minúscula;

- Linha;

- Forma;

- Textura;

- Cor;

- Estilo abstracionista;

- Arte popular;

- Arte moderna;

- Arte contemporânea;

- Realismo;

215

- Vanguardas;

- Cubismo;

- Futurismo;

- Dadaísmo;

- Teatro do oprimido;

- Surrealismo;

- Folclore;

- Música popular brasileira;

- Pintura grafitte;

- Dança Moderna;

- Arte indígena;

- Arte africana;

- Mestres da pintura brasileira;

- Leitura de obras de arte.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os trabalhos realizados com os alunos serão referentes ao sentir e

perceber ao teorizar e ao trabalho artístico, será abordado além da produção

pictórica de conhecimento universal e artistas consagrados, também formas e

imagens de diferentes aspectos presentes nas sociedades contemporâneas.

A metodologia empregada para o ensino da arte, deve levar em

consideração os conhecimentos trazidos de sua realidade.

No sentido de obter êxito nas propostas acima, utilizar-se de diversos

recursos, visando a composição de desenhos, esculturas, pinturas e imagens

virtuais como vídeo, televisão, TV pen drive, rádio, trabalhos práticos tais como

esculturas, artes cênicas e coreografias.

AVALIAÇÃO

A avaliação deverá ser diagnóstica, processual, contínua e cumulativa. A

fim de se obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são necessários

vários instrumentos de verificação tais como:

- trabalhos artísticos individuais e em grupo;

216

- pesquisas bibliográficas e de campo;

- debates em forma de seminários e simpósios;

- provas teóricas e práticas;

- registros em forma de relatório, gráficos, portfólio, áudio visual e outros.

REFERÊNCIAS

BOAL, A. Jogos para atores e não atores. Rio de Janeiro: Civilização

Brsileira, 1998.

BOSI, A. Reflexões sobre arte. São Paulo: Ática, 1991.

FISCHER, E. A necessidade da Arte. Rio de Janeiro: Guanabara Koogon,

2002.

MORAES, J. J. O que é música! São Paulo: Brasiliense, 1983.

Caderno metodológico para o professor. São Paulo: Unitrabalho – Fundação

Interuniversitária de Estudos e Pesquisas sobre o trabalho; Brasília, DF: MEC,

2007.

10.4.3. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

JUSTIFICATIVA

As sociedades contemporâneas não sobrevivem de modo isolado;

relacionam-se, atravessam fronteiras geopolíticas e culturais, comunicam-se e

buscam entender-se mutuamente. Nesta concepção a comunicação é a

essência da humanidade e a aprendizagem de uma Língua Estrangeira

Moderna (LEM), no caso o inglês, é primordial, pois o domínio de idiomas

significa crescimento, melhores condições de acompanhar as rápidas

mudanças que vêm ocorrendo no mundo. A EJA (Educação de Jovens e

Adultos), numa perspectiva educacional-cultural-linguística, deve catalizar a

217

vivência, experiência e conhecimento de mundo que o jovem e adulto traz,

promovendo e expandindo a integração desse jovem por meio dos estudos que

possibilitam o desenvolvimento de habilidades que a LEM pode realizar.

OBJETIVOS

- Utilizar-se da Língua Inglesa para reconhecer outras culturas ampliando seus

horizontes.

- Valorizar a cultura nacional através da análise e compreensão de outras

culturas.

- Possibilitar aos alunos a ampliação de conhecimentos básicos em uma língua

estrangeira para que exerçam sua cidadania no mundo globalizado em que

estão inseridos.

- Perceber o papel da Língua Inglesa com a possibilidade de acesso a

informações.

- Perceber a importância de se aprender uma (ou mais) Língua Estrangeira

Moderna considerando a pluralidade lingüística do mundo em que vivemos e

percebendo-se como parte integrante desse mundo.

- Considerar o estudo de Língua Estrangeira Moderna - Inglês como meio de

penetração na cultura dos países que falam esta língua, podendo, dessa

maneira tecer um paralelo com sua própria cultura.

- Ampliar as possibilidades de comunicação reconhecendo nas formas falada e

escrita as idéias principais e os conteúdos das mensagens.

- Desenvolver a capacidade de leitura como fonte de informação, prazer e

acesso ao mundo da tecnologia, do trabalho e dos estudos avançados.

- Utilizar todas as habilidades comunicativas (ouvir, falar, ler e escrever) em

Língua Estrangeira - Inglês, ampliando-as de modo criativo, em situações reais

de comunicação.

- Demonstrar compreensão geral de tipos de textos variados, apoiando em

elementos icônicos (gravuras, tabelas, fotografias, desenhos) e/ou em palavras

cognatas.

- Aprender uma Língua Estrangeira de forma viva, dinâmica e enriquecedora.

218

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

O conteúdo estruturante da disciplina de Língua Estrangeira Moderna,

Língua Inglesa, é o discurso enquanto prática social, efetivado por meio das

práticas discursivas, as quais envolvem a leitura, a oralidade e a escrita.

Conteúdos básicos

- Cognatos e falsos cognatos;

- Inferência de significados a partir do contexto;

- Saudações;

- Pronomes Pessoais;

- Verbo “To Be” (ser/estar);

- Profissões;

- Identificação de informações específicas em textos (scanning);

- Adjetivos;

- Peças de vestuário;

- Tempos verbais: presente simples e contínuo;

- Pronomes Demonstrativos;

- Preposições;

- Números cardinais e ordinais;

- Horas;

- Tempos verbais: passado simples regular e irregular;

- Identificação de diferentes textos: narrativo, descritivo, informativo;

- Futuro simples e imediato.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O ensino de inglês já passou por diversas metodologias e constatou-se

que nas aulas de línguas não se pode fazer uso apenas de uma, pois cada um

aprende de uma maneira diferente. Portanto o professor deve mesclar os

métodos, ou abordagens, para que o objetivo principal seja alcançado. Lakomy

(2008, p. 84) explica:

219

[…] a sala de aula é uma comunidade de aprendizagem que tem o

professor como coordenador que deve estimular o conhecimento por

meio das várias teoria da aprendizagem e refletir sobre como geris

esse espaço para que seus alunos obtenham o maior benefíco

possível.

Portanto, deve-se conduzir o jovem e o adulto a descobrir sua forma de

aprender e incentivá-los a seguir pelo caminho escolhido.

AVALIAÇÃO

Conforme as Diretrizes Curriculares da Educação de Jovens e Adultos

(2006, p. 42) “a avaliação é um meio e não um fim em si”. Entende-se, desta

maneira, que a avaliação precisa ser uma processo contínuo, diagnóstico e

dialético, que deve ser tratada como parte integrante das relações do processo

de ensino-aprendizagem.

A avaliação não deve ser um processo meramente técnico, mas sim, ter

critérios claros e objetivos. Pilleti (1993, p. 90) expõe que:

A avaliação é um processo continuo de pesquisas que visa interpretar

os conhecimentos, habilidades e atitudes dos alunos, tendo em vista

mudanças esperadas no comportamento, propostas nos objetivos, a

fim de que haja condições de decidir sobre alternativas do

planejamento do trabalho do professor e da escola como um todo.

A avaliação é o meio que permite verificar até que ponto os objetivos

estão sendo alcançados, identificando os problemas e reformulando o trabalho

docente. Para que os discentes sejam avaliados serão realizados trabalhos de

pesquisa, testes orais e escritos, produções escritas, entre outras.

REFERÊNCIAS

Caderno Metodológico. Coleção – Cadernos de Eja. MEC, 2007.

LAKOMY, Ana Maria. Teorias Cognitivas da aprendizagem. 2 ed. IBPEX:

Curitiba, 2008.

220

PARANÁ, Secretaria do Estado de Educação. Diretrizes Curriculares da

Educação de Jovens e Adultos. SEED. Curitiba, 2006.

PILLETI, Claudino. Didática geral. 16 ed. Ática: São Paulo, 1993.

10.4.4. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

JUSTIFICATIVA

É necessário procurar entender a dialética de desenvolvimento a

aperfeiçoamento do corpo na história e na sociedade brasileira, para que a

Educação física saia de sua condição passiva de coadjuvante do processo

educacional, para ser parte integrante deste, buscando colocá-la em seu

verdadeiro espaço: o de área do conhecimento. Quando discutimos, hoje, a

Educação Física dentro da tendência Histórica-Crítica, verificamos que em sua

ação pedagógica, ela deve buscar elementos (chamados aqui de pressuposto

do movimento) da Ciência da Motricidade Humana (conforme proposta do

filósofo português: Professor Manuel Sérgio). Esta ciência trata de

compreender são e explicação do movimento humano e há dificuldade de

compreender e aprender os elementos buscados nesta ciência, uma vez que

as raízes históricas da Educação Física brasileira, estão postas dentro de um

regime militar rígido e autoritário , visando fins elitistas e hegemônicos. Por

outro lado, na dinâmica da sociedade capitalista, ela sempre esteve atrelada ás

relações capital x trabalho para dominação das classes trabalhadoras.

Nesse sentido, partindo de seu objeto de estudo e de ensino, cultura

corporal, a Educação Física se insere neste projeto ao garantir o acesso ao

conhecimento e á reflexão crítica das inúmeras manifestações ou práticas

corporais historicamente produzidas pela humanidade, na busca de contribuir

com um ideal mais amplo de formação de um ser humano crítico e reflexivo,

reconhecendo-se como sujeito , que é produto , mas também agente histórico,

político, social e cultural.

221

OBJETIVOS

- Adotar uma postura ativa de praticidade de atividades físicas, consciente da

importância das mesmas na vida do cidadão.

- Adotar hábitos saudáveis de higiene, alimentação e atividades corporais,

relacionando-os com os efeitos sobre a própria saúde.

- Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática de

jogos e dos desportos, buscando encaminhar os conflitos de forma não violenta

, pelo diálogo.

- Participar das atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e

construtivas com os outros reconhecendo e respeitando características físicas

e de desempenho de todos, sem discriminar por características pessoais,

físicas, sexuais ou sociais.

- Reconhecer o surgimento de cada esporte e identificar algumas regras.

- Estabelecer relação entre jogos populares e esporte.

- Conhecer aspectos históricos das ginásticas e das práticas corporais.

- Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes.

- Conhecer a difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no

contexto brasileiro.

- Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos

adaptados ou criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro.

- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das

diferentes formas de luta.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Esporte;

- Jogos e brincadeiras;

- Ginástica;

- Lutas;

- Dança.

222

Conteúdos básicos

- Esportes coletivos e individuais;

- Jogos e brincadeiras populares;

- Brincadeiras e cantigas de roda;

- Jogos de tabuleiro;

- Jogos cooperativos;

- Danças folclóricas;

- Danças de rua;

- Danças criativas;

- Ginástica rítmica;

- Ginástica geral.

- Coletivos individuais;

- Esportes coletivos e individuais;

- Jogos e brincadeiras populares;

- Brincadeiras e cantigas de roda;

- Jogos de tabuleiro;

- Jogos cooperativos;

- Danças folclóricas;

- Danças de rua;

- Danças criativas;

- Ginástica rítmica;

- Ginástica geral;

- Esportes coletivos radicais;

- Jogos de tabuleiro;

- Jogos dramáticos;

- Jogos cooperativos;

- Danças criativas;

- Danças circulares;

- Ginástica rítmica;

- Ginástica geral;

– Lutas com instrumento mediador.

223

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A Educação Física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal,

deve estar articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de

estudo e ensino próprios, e trata de conhecimentos relevantes na escola .

Considerando o exposto, defende-se que as aulas de Educação física não são

apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento

subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala.

“Devemos entender que o movimento que a criança realiza num jogo,

tem repercussões sobre todas as dimensões de seu comportamento e mais,

que esta atividade veicula a faz a criança introjetar determinados valores e

normas de comportamento. Portanto, aquela ideia de que atuando sobre a

física estamos automaticamente e magicamente atuando sobre as outras

dimensões , precisa ser superada para que estas possam ser levadas

efetivamente em consideração na ação pedagógica, através da

estabelecimento de estratégicas que objetivem conscientemente o

desenvolvimento num determinado sentido , deste outros aspectos e

dimensões dos educandos.” (Bracht , 1992 , p.66)

AVALIAÇÃO

A avaliação deve se caracterizar como um processo contínuo,

permanente e cumulativo, o professor organizará e reorganizará o seu trabalho,

sustentado nas diversas práticas corporais, como a ginástica, o esporte, os

jogos e brincadeiras, a dança e a luta. A avaliação deve, ainda, estar

relacionado aos encaminhamentos metodológicos, constituindo-se na forma de

resgatar as experiências e sistematizações realizadas durante o processo de

aprendizagem. Isto é, tanto o professor quanto os alunos poderão revisitar o

trabalho realizado, identificando avanços e dificuldades no processo

pedagógico, com o objetivo de (re)planejar e propor encaminhamentos que

reconheçam os acertos e ainda superem as dificuldades constadas.

224

REFERÊNCIAS

BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:

Summus, 1984.

BRACHT, V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre:

Magister, 1992.

______ ___. A constituição das teorias pedagógicas da educação física.

In.: Caderno CEDES, Campinas, v.19, n. 48, 1999.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São

Paulo: Cortez, 1992.

MARCELLINO, N. C. Estudos do lazer: uma introdução. 3 ed. Campinas:

Autores Associados, 2002.

SOARES, C. L. Educação Física escolar: conhecimento e especificidade.

In: Revista Paulista de Educação Física, supl. 2, São Paulo, 1996, p. 06-12.

10.4.5. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

JUSTIFICATIVA

A Matemática comporta um amplo campo de relações, regularidades e

coerências que despertam a curiosidade e instigam a capacidade de

generalizar, projetar, prever e abstrair, favorecendo a estruturação do

pensamento e o desenvolvimento do raciocínio lógico. Faz parte da vida de

todas as pessoas nas experiências mais simples como contar, comparar e

operar sobre quantidades. Nos cálculos relativos a salários, pagamentos e

consumo, na organização de atividades como agricultura e pesca, a

Matemática se apresenta como um conhecimento de muita aplicabilidade.

Também é um instrumental importante para diferentes áreas do conhecimento,

225

por ser utilizada em estudos tanto ligadas às ciências da natureza como às

ciências sociais e por estar presente na composição musical, na coreografia,

na arte e nos esportes.

Essa potencialidade do conhecimento matemático deve ser explorada,

da forma mais ampla possível, no ensino fundamental.

Para tanto, é importante que a Matemática desempenhe, equilibrada e

indissociavelmente, seu papel na formação de capacidades intelectuais, na

estruturação do pensamento, na "agilização" do raciocínio dedutivo do aluno,

na sua aplicação a problemas, situações da vida cotidiana e atividades do

mundo de trabalho e no apoio à construção de conhecimentos em outras áreas

curriculares.

A Educação de Jovens e Adultos (EJA), como modalidade educacional

que atende a educandos-trabalhadores, tem como finalidades e objetivos o

compromisso com a formação humana e com o acesso à cultura geral, de

modo que os educandos aprimorem sua consciência crítica, e adotem atitudes

éticas e compromisso político, para o desenvolvimento da sua autonomia

intelectual.

O papel fundamental da construção curricular para a formação dos

educandos desta modalidade de ensino é fornecer subsídios para que se

afirmem como sujeitos ativos, críticos, criativos e democráticos. Tendo em vista

esta função, a educação deve voltar-se a uma formação nas quais os

educandos possam: aprender permanentemente; refletir de modo crítico; agir

com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida

coletiva; comportar-se de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das

mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais

com agilidade e rapidez, a partir do uso metodologicamente adequado de

conhecimentos científicos, tecnológicos e sócio-históricos (Kuenzer, 2000,

p.40).

A coleção Cadernos de EJA veio para apoiar o trabalho dos educadores

de Jovens e Adultos nas instituições de ensino público e privados de todo o

país. A coleção compreende 27 cadernos (13 do aluno, 13 do professor e 1

guia metodológico dirigido ao professor).

226

São 27 cadernos que reúnem conteúdos fundamentais para a formação

integrada e interdisciplinar, ao mesmo tempo em que informam cativam os

leitores.

Temas da Coleção:

• Cultura e Trabalho

• Diversidades e Trabalho

• Economia Solidária

• Emprego e Trabalho

• Globalização e Trabalho

• Juventude e Trabalho

• Meio Ambiente e trabalho

• Mulher e Trabalho

• Qualidade de Vida

• Consumo e Trabalho

• Segurança e Saúde no Trabalho

• Tecnologia e Trabalho

• Tempo Livre e Trabalho

• Trabalho no Campo

Os Eixos Articuladores do Currículo na EJA são:

- CULTURA

- TRABALHO

- TEMPO

Os Conteúdos Estruturantes, Básicos e Específicos da Disciplina de

Matemática do Ensino Fundamental encontram-se nas Diretrizes.

OBJETIVOS

- Ler, interpreter e até produzir textos relacionados à Matemática.

227

- Ler, interpretar e utilizar representações matemáticas como tabelas, gráficos,

diagramas presentes em veículos de comunicação e a análise crítica bem

como a valorização de informações de diferentes origens.

- Observar e estabelecer conexões existentes entre diferentes tópicos de

Matemática e conhecimentos aplicados em outras áreas.

- Utilizar forma adequada e investigativa os recursos tecnológicos, como

calculadora e o computador.

- Desenvolver estratégias de resolução de problemas para desenvolver a

capacidade de raciocínio lógico.

- Analisar e aprender as influências de fatores sócio-culturais sobre o ensino, a

aprendizagem e o desenvolvimento através da Etnomatemática.

- Compreender por meio da leitura o problema matemático.

- Elaborar um plano que possibilite a solução dos problemas.

- Encontrar meios diversos para a resolução de um problema matemático.

- Sistematizar o conhecimento construído a partir da solução encontrada,

generalizando, abstraindo e desvinculando-o de todas as condições

particulares.

- Pesquisar acerca de conhecimentos que possam auxiliar na solução dos

problemas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

5.ª Série/6.º Ano

- Números e álgebra;

- Grandezas e medidas;

- Geometrias;

- Tratamento da informação.

6.ª Série/ 7.º Ano

- Números e álgebra;

- Grandezas e medidas;

- Geometrias;

- Tratamento da informação.

228

7.ª Série/8.º Ano

- Números e álgebra;

- Grandezas e medidas;

- Geometrias;

- Tratamento da informação.

8.ª Série/ 9.º Ano

- Números e álgebra;

- Grandezas e medidas;

- Funções;

- Geometrias;

- Tratamento da informação.

CONTEÚDOS BÁSICOS

5.ª Série/6.º Ano

- Sistemas de numeração;

- Números Naturais;

- Múltiplos e divisores;

- Potenciação e radiciação;

- Números fracionários;

- Números decimais;

- Medidas de comprimento;

- Medidas de massa;

- Medidas de área;

- Medidas de volume;

- Medidas de tempo;

- Medidas de ângulos;

- Sistema monetário;

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Dados, tabelas e gráficos;

- Porcentagem.

229

6.ª Série/7.º Ano

- Números Inteiros;

- Números Racionais;

- Equação e Inequação do 1º grau;

- Razão e proporção;

- Regra de três simples;

- Medidas de temperatura;

- Medidas de ângulos;

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometrias não-euclidianas;

- Pesquisa Estatística;

- Média Aritmética;

- Moda e mediana;

- Juros simples.

7.ª Série/8.º Ano

- Números Racionais e Irracionais;

- Sistemas de Equações do 1º grau;

- Potências;

- Monômios e Polinômios;

- Produtos Notáveis;

- Medidas de comprimento;

- Medidas de área;

- Medidas de volume;

- Medidas de ângulos;

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometrias não euclidianas;

- Gráfico e Informação;

- População e amostra.

230

8.ª Série/ 9 º Ano

- Números Reais;

- Propriedades dos radicais;

- Equação do 2º grau;

- Teorema de Pitágoras;

- Equações Irracionais;

- Equações Biquadradas;

- Regra de Três Composta;

- Relações Métricas no Triângulo Retângulo;

- Trigonometria no Triângulo Retângulo;

- Noção intuitiva de Função Afim;

- Noção intuitiva de Função Quadrática;

- Geometria Plana;

- Geometria Espacial;

- Geometria Analítica;

- Geometrias não euclidianas;

- Noções de Análise Combinatória;

- Noções de Probabilidade;

- Estatística;

- Juros Compostos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os alunos da EJA (Educação de Jovens e Adultos do

Paraná),fundamentam-se nas Diretrizes Curriculares da Educação Básica da

disciplina, no caso matemática, nas Diretrizes Curriculares da Educação de

Jovens e Adultos e nos 27 Cadernos da Coleção da EJA.

A proposta metodológica das práticas pedagógicas da EJA deve

considerar os 3 eixos articuladores propostos para as Diretrizes Curriculares:

Cultura, Trabalho e Tempo, os quais deverão estar inter-relacionados.

Como eixo principal, a cultura norteará a ação pedagógica, haja vista

que dela emanam as manifestações humanas, entre elas o trabalho e o tempo.

Portanto, é necessário manter o foco na diversidade cultural, percebendo,

compartilhando e sistematizando as experiências vividas pela comunidade

231

escolar, estabelecendo relações a partir do conhecimento que esta detém, para

a (re) construção de seus saberes.

O trabalho, outro eixo articulador, ocupa a base das relações humanas

desenvolvidas ao longo da vida. É fruto da atividade humana intencional que

busca adaptar-se ás necessidades de sobrevivência.

A escola deve ter como princípio metodológico o eixo mediador, tempo,

que consiste em valorizar os diferentes tempos necessários à aprendizagem do

educando da EJA. Assim, devem ser considerados os saberes adquiridos na

informalidade das suas vivências e do mundo trabalho, face a diversidade de

suas características, como aquela típicas dos movimentos sociais, das

comunidades indígenas, dos educandos privados de liberdade, das

comunidades ribeirinhas, dos portadores de necessidades especiais, dos

trabalhadores sazonais. Portanto, considerar o tempo também como um dos

eixos implica compreender suas variantes: o tempo escolar e o tempo

pedagógico.

Os educandos da EJA trazem consigo um legado cultural –

conhecimentos construídos a partir do senso comum e um saber popular, não-

científico, constituída no cotidiano, em suas relações com o outro e com o meio

– os quais devem ser considerados na dialogicidade das práticas educativas.

Portanto, o trabalho dos educadores da EJA é buscar de modo contínuo o

conhecimento q dialogue com o singular e o universal, o mediato e o imediato,

de forma dinâmica e histórica.

Os Conteúdos Básicos do Ensino Fundamental deverão ser abordados

de forma articulada, que possibilitem uma intercomunicação e complementação

dos conceitos pertinentes à disciplina de Matemática. As tendências

metodológicas apontadas nas Diretrizes Curriculares de Matemática sugerem

encaminhamentos metodológicos e servem de aporte teórico para as

abordagens dos conteúdos propostos neste nível de ensino, numa perspectiva

de valorizar os conhecimentos de cada aluno, quer sejam adquiridos em séries

anteriores ou de forma intuitiva. Estes conhecimentos e experiências

provenientes das vivências dos alunos deverão ser aprofundados e

sistematizados, ampliando-os e generalizando-os. É importante a utilização de

recursos didático-pedagógicos e tecnológicos como instrumentos de

aprendizagem.

232

Os conteúdos propostos devem ser abordados por meio de tendências

metodológicas da Educação Matemática que fundamentam a prática docente,

das quais destacamos:

- Resolução de problemas: Trata-se de uma metodologia pela qual o

estudante tem oportunidade de aplicar conhecimentos matemáticos adquiridos

em novas situações, de modo a resolver a questão proposta. As etapas da

resolução de problemas são: compreender o problema; destacar informações,

dados importantes do problema, para a sua resolução; elaborar um plano de

resolução; executar o plano; conferir resultados; estabelecer nova estratégia,

se necessário, até chegar a uma solução aceitável.

- Etnomatemática: O papel da etnomatemática é reconhecer e registrar

questões de relevância social que produzem o conhecimento matemático. O

trabalho pedagógico deverá relacionar o conteúdo matemático com essa

questão maior – o ambiente do indivíduo e suas manifestações culturais e

relações de produção e trabalho.

- Modelagem Matemática: A modelagem matemática tem como

pressuposto a problematização de situações do cotidiano. Ao mesmo tempo

em que propõe a valorização do aluno no contexto social, procura levantar

problemas que sugerem questionamentos sobre situações de vida. Por meio da

modelagem matemática, fenômenos diários,sejam eles físicos, biológicos e

sociais, constituem elementos para análises críticas e compreensões diversas

de mundo.

- Mídias Tecnológicas: Os recursos tecnológicos, como o software, a

televisão, as calculadoras, os aplicativos da Internet, entre outros, têm

favorecido as experimentações matemáticas e potencializado formas de

resolução de problemas. O trabalho com as mídias tecnológicas insere

diversas formas de ensinar e aprender, e valoriza o processo de produção de

conhecimentos.

- História da Matemática: É importante entender a história da Matemática

no contexto da prática escolar como componente necessário de um dos

objetivos primordiais da disciplina, qual seja, que os estudantes compreendam

a natureza da Matemática e sua relevância na vida da humanidade. A história

deve ser o fio condutor que direciona as explicações dadas aos porquês da

Matemática. Assim, pode promover uma aprendizagem significativa, pois

233

propicia ao estudante entender que o conhecimento matemático é construído

historicamente a partir de situações concretas e necessidades reais.

- Investigações Matemáticas: Na investigação matemática, o aluno é

chamado a agir como um matemático, não apenas porque é solicitado a propor

questões, mas, principalmente, porque formula conjecturas a respeito do que

está investigando. Assim, “as investigações matemáticas envolvem,

naturalmente, conceitos, procedimentos e representações matemáticas, mas o

que mais fortemente as caracteriza é este estilo de conjecturateste-

demonstração”. Uma investigação é um problema em aberto e, por isso, as

coisas acontecem de forma diferente do que na resolução de problemas e

exercícios. Enfim, investigar significa procurar, conhecer o que não se sabe,

que é o objetivo maior de toda a ação pedagógica.

AVALIAÇÃO

A avaliação deve acontecer ao longo do processo do ensino-

aprendizagem, ancorada em encaminhamentos metodológicos que abram

espaço para a interpretação e discussão, que considerem a relação do aluno

com o conteúdo trabalhado, o significado desse conteúdo e a compreensão

alcançada por ele.

No processo avaliativo, é necessário que o professor faça uso da

observação sistemática para diagnosticar as dificuldades dos alunos e criar

oportunidades diversificadas para que possam expressar seu conhecimento.

Tais oportunidades devem incluir manifestação escritas, orais e de

demonstração, inclusive por meio de ferramentas e equipamentos, tais como

materiais manipuláveis, computador e calculadora.

A avaliação é um meio e não um fim em si. É um processo contínuo,

diagnóstico, dialético e deve ser tratada como integrante das relações de

ensino-aprendizagem.

A avaliação será significativa se estiver voltada para a autonomia dos

educandos.

O professor deve considerar as noções que o estudante traz,

decorrentes da sua vivência, de modo a relacioná-las com os novos

conhecimentos abordados nas aulas de Matemática.

234

A avaliação será: diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente e

permanente. Assim, será possível que as práticas avaliativas finalmente

superem a pedagogia do exame para se basearem numa pedagogia do ensino

e da aprendizagem.

Cada vez mais, o sistema educacional deve estar orientado para ser

agente concretizador de mudanças comprometidas com os interesses das

classes populares, as quais buscam uma progressiva autonomia com

participação, especialmente para que se reduza a exclusão social.

Refletir sobre a prática de avaliação atual requer um olhar crítico e uma

projeção de metas definidas pela comunidade escolar conforme um processo

gradual de mudanças que tenha como fim o aperfeiçoamento da avaliação

escolar, devendo se respeitar os tempos individuais e a cultura de cada

educando para que, com isso, ele seja sujeito nas relações sociais. Essa

expectativa de reformular a prática de fato e de direito implica algumas

reflexões no tocante ao que se têm e ao que se almeja conseguir.

Pautados no princípio da educação que valoriza a diversidade e

reconhece as diferenças, o processo avaliativo como parte integrante da práxis

pedagógica deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos,

considerando o seu perfil e a função social da EJA, isto é, o seu papel, na

formação da cidadania e na construção da autonomia.

REFERÊNCIAS

Almanaque Abril 2009. Edição 35. São Paulo: Editora Abril S.A., 2009.

Almanaque Abril 2010. Edição 36. São Paulo: Editora Abril S.A., 2010.

ANDRINI, A. Praticando Matemática 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série. São Paulo: Editora

do Brasil S.A., 1989.

Coleção Cadernos da EJA. Impressão GOVERNO DO PARANÁ – MEC,

Brasília, 2007.

Temas da Coleção:

235

Cultura e Trabalho

Diversidades e Trabalho

Economia Solidária

Emprego e Trabalho

Globalização e Trabalho

Juventude e Trabalho

Meio Ambiente e trabalho

Mulher e Trabalho

Qualidade de Vida

Consumo e Trabalho

Segurança e Saúde no Trabalho

Tecnologia e Trabalho

Tempo Livre e Trabalho

Trabalho no Campo

Coleção Investigação Matemática. 1.ed. São Paulo: Editora Scipione, 2001.

GIRASSOL EDIÇÕES. 1.000 Testes e jogos de inteligência. Girassol Brasil

Edições Ltda., 2000.

IMENES, L. M.; LELLIS, M. Microdicionário de Matemática. São Paulo:

Editora Scipione, 2001.

IMENES, L. M.; LELLIS, M. Os números na história da civilização. Coleção

Vivendo a Matemática. 12. ed. São Paulo: Editora Scipione, 2000.

KUENZER, Acacia. Ensino Médio construindo uma proposta para os que

vivem do trabalho. São Paulo: Cortez.

PARANÁ. Secretaria de Educação - SEED. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica - Matemática. Curitiba: 2008.

PARANÁ. Secretaria de Educação - SEED. Diretrizes Curriculares da

Educação de Jovens e Adultos. Curitiba: 2006.

236

SILVA, J. D., FERNANDES; V. S.; MABELINI, O. D. Coleção Caderno do

Futuro de Matemática 5ª, 6ª, 7ª e 8ª série. São Paulo: Editora IBEP.

TOLEDO, M.; TOLEDO, M. Didática de Matemática – como dois e dois, a

construção da Matemática. São Paulo: FTD, 1997.

10.4.2. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE CIÊNCIAS

NATURAIS

JUSTIFICATIVA

O ensino de Ciências Naturais vem por profundas transformações nas

últimas décadas. Tradicionalmente priorizam-se a descrição dos fenômenos

naturais e transmissão de definições, regras, nomenclaturas e fórmulas, muitas

vezes sem se estabelecerem vínculo com a realidade do estudante, o que

dificulta a aprendizagem. As discussões acumuladas sobre o ensino de

Ciências apontam para um ensino mais atualizado e dinâmico, mais

contextualizado, onde são priorizados temas relevantes para o aluno, ligados

ao meio ambiente, à saúde de à transformação científico-tecnológica do mundo

e à compreensão do que é Ciências e Tecnologia.

Busca-se a promoção da aprendizagem significativa tal que ela se

integre efetivamente à estrutura de conhecimento dos alunos e não aquela

realizada exclusivamente por memorização, cuja função é ser útil na hora da

prova. A aprendizagem significativa é uma teoria da Psicologia desenvolvida

com base em diversos estudos teóricos e práticos. Ela afirma que toda a

aprendizagem real tem por base conhecimentos anteriores, que são

modificados, ampliados ou renegados mediante a aquisição de nova

informações e de nova reflexões sobre um determinado conteúdo.

No caso de Ciências Naturais, esses conteúdos são temas ou problemas

relativos aos fenômenos naturais e às transformações promovidas pela ação

humana da natureza. A mesma tendência vem sendo conferida no campo EJA,

com novas propostas de modo que a área de Ciências possa colaborar com a

melhoria da qualidade de vida do estudante e a ampliação da compreensão do

mundo de que participa profundamente marcado pela Ciência e Tecnologia.

237

É preciso selecionar temas e problemas relevantes para o grupo de

alunos, de modo que eles sejam motivados a refletir sobre as suas próprias

concepções. Essas concepções podem ter diferentes origens: na cultura, na

religião ou no misticismo, nos meios de comunicações e ainda na história de

vida do indivíduo, sua profissão, sua família etc.

São explicações muitas vezes arraigadas e preconceituosas, chegando

a constituir obstáculos à aprendizagem científica. Os estudos, as discussões e

a atuação do professor devem ajudar os alunos a perceber e modificar suas

explicações. Portanto, é essencial oferecer oportunidades para que

desenvolvam o hábito de refletir sobre o que expressam oralmente o por

escrito. Sob condução do professor, os alunos questionam-se e contrapõem as

observações de fenômenos, estabelecendo relações entre informações. Assim

podem tornar-se indivíduos mais conscientes de suas opiniões mais flexíveis

para altera-las e mais tolerantes com opiniões diferentes das suas. Essas

atitudes colaboram para que o aluno cuide melhor de si e de seus familiares,

permanecendo atento à prevenção de doenças, às questões ambientais, e se

utilize das tecnologias existentes na sociedade de forma também mais

consciente.

OBJETIVOS

- Desenvolver a capacidade de questionar processos naturais e tecnológicos,

apresentando interpretações e prevendo evoluções, bem como o raciocínio e a

capacidade de aprender;

- Entender e aplicar métodos e procedimentos próprios das Ciências Naturais;

- Fazer uso dos conhecimentos das Ciências Naturais para explicar o mundo

natural e para planejar, executar e avaliar intervenções práticas;

- Interpretar e criticar resultados a partir de experimentos e demonstrações;

- Saber utilizar conceitos científicos básicos, associados a energia, matéria,

transformação, espaço, tempo, sistema, equilíbrio, diversidade da vida.

- Compreender a constituição da atmosfera, do Planeta Terra, dos sistemas

orgânicos, da constituição da matéria, das formas de energia e da evolução

dos seres vivos.

238

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- O homem na natureza;

- Ciências da humanidade;

- Um mundo de contradições.

Conteúdos básicos

Astronomia

- O universo e o sistema solar;

- Movimentos terrestre.

A estrutura da Terra

- Litosfera ou crosta terrestre;

- Hidrosfera;

- A atmosfera;

- A química e o meio ambiente;

- A física e o meio ambiente;

Biodiversidade

- Os seres vivos no ecossistema;

- Características dos seres vivos;

- Organizando a diversidade;

- Reinos da natureza;

- Reino Monera;

- Reino protista;

- Reino fungi;

- Reino plantae;

- Reino animália.

Organismo humano

- Células;

- Divisão das células;

- Os tecidos.

239

Integração do organismo

- Sistema nervoso;

- Os órgão dos sentidos;

- Coordenação hormonal;

- Sistema locomotor;

- Alimentos e digestão;

- Respiração;

- Circulação;

- Transfusão e grupos sanguíneos;

- Circulação linfática;

- Excreção;

- Sistema reprodutor humano.

- Evitando destruição do nosso organismo: primeiros socorros.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

- Exposição participada

- Trabalho em grupo

- Debate

- Seminário

- Pesquisa

- Exercícios e atividades

AVALIAÇÃO

A avaliação sempre representou um grande desafio ao educador uma

vez que ela pode traduzir um resultado nem sempre favorável ao trabalho

realizado e geralmente é traumática para o discente. Por outro lado se sabe

que a avaliação está sempre presente na vida humana. Espera-se que se torne

parte de um processo que permita aos participantes crescer e não apenas

encontrar culpados, pois o que se deve fazer é construir uma nova realidade.

Conforme afirma Dias Sobrinho (2000:80) “é não só possível como

também desejável a combinação de metodologias, de origem racional e

240

positiva, como os de orientação qualitativa e sentido social e político”. Embora

tratem da educação superior pode-se dizer que esta é uma excelente regra

que vale para qualquer tipo de avaliação.

O processo avaliativo, como é de ciência dos educadores, vem sendo

incrementado por novos modelos e metodologias que buscam transformar a

avaliação que para muitos é um meio de repressão num mecanismo de análise

de todo o processo de aprendizagem, servindo de termômetro para todos os

envolvidos. Porém não podemos ficar apenas no termômetro que sinaliza o

problema, mas no medicamento que cura e melhor ainda, no que previne para

que não precisemos medicar.

A avaliação em ciências, como em qualquer disciplina curricular é uma

constante e se constituirá dos seguintes elementos:

- Uso de vídeo, DVDs de conteúdo didáticos (TV Escola):

- Utilização da sala de informática e dos recursos de software e

hardware disponíveis:

- Leitura e interpretação de textos complementares ao livro didático:

- Elaboração de esquemas-resumos e gráficos representativos:

- Organização de trabalhos

- Elaboração e explicação oral de trabalho

- Correlação interdisciplinar em determinados assuntos:

- Provas escristas.

REFERÊNCIAS

ANDREOLLI, Francisco. Ciências: Ambiente. São Paulo: Ed. Do Brasil, 1989.

BARROS, Carlos; Paulino, Wilson Roberto. O meio ambiente. 52 ed. São

Paulo: Ática 1998.

_________.Os seres vivos. 52. ed. São Paulo: Ática, 1998.

_________.O corpo humano. 52 ed. São Paulo: Ática 1998.

CRUZ, Daniel. Ciência e Educação ambiental. São Paulo: Ática, 1995.

241

SOBRINHO, Jose Dias. A avaliação da educação superior. Petrópolis:

Vozes. 2000.

10.4.7. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

JUSTIFICATIVA

Concebemos história como o estudo da experiência humana no passado

e no presente. A história busca compreender as diversas maneiras como

homens e mulheres viveram e pensaram suas vidas e sua sociedade, através

do tempo e do espaço. Ela permite que as experiências sociais sejam vistas

como um constante processo de transformação; um processo que assume

formas muito diferenciadas e que é produto das ações dos próprios homens.

O estudo da história é fundamental para perceber o movimento e a

diversidade, possibilitando comparações entre grupos sociais nos diversos

momentos da história. Por isso a história ensina o respeito pela diferença,

contribuindo para o entendimento do mundo que vivemos e do mundo que

gostaríamos de viver.

Dessa forma o objeto de estudo da disciplina de História serão os

processos históricos relativos às ações e relações humanas praticadas o

decorrer do tempo, bem como, os sentidos que os sujeitos deram às mesmas,

tendo ou não consciência dessas ações.

OBJETIVOS

- Ampliar a capacidade de conhecer para a compreensão de relações sociais

econômicas existentes no seu próprio tempo e reconhecer a presença de

outros tempos no seu dia a dia.

- Dimensionar as relações sociais, econômicas, políticas e culturais que

vivenciam enriquecendo seu repertório histórico, com informações de outras

localidades.

242

- Relação entre a sociedade, a cultura e a natureza, em diferentes momentos

da história brasileira, em diferentes momentos da história dos povos

americanos, e em diferentes momentos da história de povos do mundo.

- Caracterizar a distinção das relações sociais de trabalhos e diferentes

realidades históricas brasileiras, em diferentes momentos da história dos povos

americanos e em diferentes momentos da história de povos do mundo.

- Constituição do território da nação do Estado brasileiro, confrontar, lutas,

guerras e revoluções.

- Formação da cidadania e cultura no mundo contemporâneo, problematizando

questões de cidadania e cultura no Brasil e no mundo.

- Perceber as relações de dominação e resistência presentes nas sociedades.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Relações de trabalho;

- Relações de poder;

- Relações culturais.

Conteúdos básicos

- Introdução aos estudos históricos: conceitos, fontes e tempo;

- As origens do ser humano: papel do ser humano e teoria sobre a vida

humana;

- Povoamento da América: teorias da chegada do homem à América, Primeiros

americanos e o ser humano no Brasil;

- Antigas civilizações: Mesopotâmia, Egito, China, Índia, Grécia e Roma.

- Formação da Europa Feudal: povos germânicos, francos, carolíngios e

feudalismo;

- O mundo além da Europa: islamismo, império árabe, renascimento comercial

e urbano;

- A reforma protestante;

- Formação das monarquias nacionais;

- Mercantilismo;

- As grande navegações;

243

- Civilizações pré-colombianas;

- Expansão colonial;

- Absolutismo;

- Revolução Inglesa;

- Revolução industrial;

- Iluminismo;

-Revolução Francesa;

- Período Napoleônico;

- Independência das treze colônias;

- Independências das colônias espanholas na América;

- Independência do Brasil;

- Primeiro Império;

- Unificação da Itália e da Alemanha;

- Período Regencial;

- Segundo Reinado;

- Proclamação da República do Brasil;

- Primeira Guerra Mundial;

- Revolução Russa;

- Período entre guerras;

- Segunda Guerra Mundial;

- Guerra Fria;

- Mudanças culturais no pós-guerra;

- Transformações do Brasil na década de 1920;

- Populismo;

- Ditadura militar no Brasil;

- A redemocratização do Brasil;

- A nova ordem mundial.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A História tem como objeto de estudo os processos históricos relativos

às ações e as relações humanas praticadas no tempo, bem como a respectiva

significação atribuída pelos sujeitos tendo ou não consciência dessas ações.

244

A produção do conhecimento requer um método específico, baseado na

explicação e interpretação de fatos do passado, construída a partir dos

documentos e experiências vivenciadas através de diversidade sociais,

culturais e políticas dos sujeitos e suas relações.

AVALIAÇÃO

A avaliação é a investigação do aprendizado histórico do aluno. É um

processo em que diversos momentos o estudante poderá compreender se

aprendeu e como aprendeu sobre os temas trabalhados.

Nos critérios de avaliação pretende-se verificar o aprendizado dos

conteúdos sugeridos, através do planejamento de situações diferenciadas de

avaliação.

Para tanto, a avaliação se dará a partir de três aspectos: a investigação

e a apropriação de conceitos; a compreensão das relações da vida humana e o

aprendizado dos conteúdos básicos.

Nas avaliações serão exploradas diferentes modalidades: leitura,

interpretação, análise de narrativas historiográficas, mapas, pesquisas,

sistematização de conceitos históricos entre outros.

REFERÊNCIAS

BERUTTI, Flávio. História. Vol. 5, 6, 7. Editora Saraiva, 2002.

FERNANDES, Velocino Bruck. O Paraná é assim. Gráfica da Assembléia do

Paraná. S/D.

MONTELLATO, Andreia, CABRINI, Conceição; JUNIOR, História temática.

Vol. 5675. Ed. Scipione, 2004.

PILETTI, Nelson & Claudino. História e vida integrada. São Paulo, Ática,

2005;

245

10.4.8. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

JUSTIFICATIVA

A finalidade do ensino da Geografia no Ensino Fundamental é fornecer

aos alunos subsídios necessários para a interpretação do mundo, tendo como

elementos centrais deste estudo o homem e a natureza e a interdependência e

articulação entre eles. O objetivo principal da disciplina é o estudo do espaço

geográfico, do homem e do meio ambiente, em seus mais variados aspectos

sociais, econômicos, ecológicos e culturais, bem como das relações sociais e

dos processos de transformações do mundo e da sociedade.

Deste modo, o ensino da geografia visa colaborar para a formação de

cidadãos reflexivos e portadores de uma consciência crítica, sendo assim,

sujeitos capazes de viabilizar alternativas aos problemas enfrentados pela

sociedade, buscando um mundo mais justo, mais humano e mais fraterno, para

com isso proporcionar ao aluno a possibilidade de interação com o seu mundo

através do conhecimento geográfico, fornecendo elementos essenciais para a

compreensão da realidade e para que possa compatibilizar o conhecimento

com as demais disciplinas, contribuindo assim, para uma educação holística.

O ensino da disciplina de geografia nas séries inicias da Educação de

Jovens e Adultos (EJA), possui um conteúdo programático, que segundo Brasil

(1998) visa o desenvolvimento de habilidades importantíssimas para a

formação dos sujeitos, pois contribui para o conhecimento dos lugares, das

regiões e do Mundo, bem como a compreensão dos mapas e um conjunto de

destrezas de investigação e resolução de problemas, na sala de aula e fora

dela. Através do estudo da geografia, os alunos estabelecem contato com as

diferentes sociedades e culturas num contexto espacial, ajudando-os a

perceber de que forma os espaços se relacionam entre si.

Brasil (1998) aborda o desenvolvimento das habilidades relativas a

geografia, isto é, da capacidade de integrar num contexto espacial os vários

elementos do lugar, região e Mundo, mas além disso, os alunos

compreenderão melhor as desigualdades entre os espaços geográficos, a inter-

relação entre estes e tomarão mais consciência dos problemas provocados

pela intervenção do Homem no meio ambiente.

246

A Geografia traz uma contribuição importante para a formação da

cidadania, principalmente no que se refere ao âmbito da educação ambiental.

A procura de respostas para questões geográficas implica investigar a

localização, situação, interação, distribuição espacial e diferenciação de

fenômenos à superfície da Terra.

A disciplina de Geografia nas suas diferentes vertentes encerra

saberes culturais, científicos e tecnológicos que colaboram, com as outras

disciplinas, para que os alunos adquiram conhecimentos que os preparem para

compreender e analisar problemas complexos relevantes para a vida num

Mundo de múltiplas relações.

OBJETIVOS

- Perceber a identidade da geografia como área do conhecimento e a

possibilidade que oferece para a compreensão crítica da realidade, tendo em

vista o exercício pleno da cidadania.

- Ampliar a visão de mundo respeitando as diferenças econômicas, sociais e

culturais entre os povos.

- Construir o conhecimento pelo aprendizado da cidadania, a partir de

situações em que o cerca.

- Ler imagens, dados e documentos de diferentes fontes de informação, de

modo a interpretar, analisar e relacionar informações sobre diferentes tipos de

espaço.

- Debater temas propostos expondo seu posicionamento pessoal.

- Analisar e interpretar tabelas e gráficos para facilitar o entendimento sobre

determinados temas.

- Reconhecer os problemas ecológicos que afetam o planeta Terra, analisando

e formando pensamento crítico buscando alternativas para solucioná-los.

- Destacar as características dos seres vivos, principalmente sua origem e

evolução.

- Identificar os fenômenos físicos, suas características, bem como sua

influência na vida humana.

- Compreender e aplicar em sua vida os conceitos básicos da geografia.

- Perceber a importância dos fenômenos físicos na vida do ser humano.

247

- Caracterizar a grande diversidade sócio-cultural existente no Planeta Terra.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Dimensão econômica do espaço geográfico;

- Dimensão política do espaço geográfico;

- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico;

- Dimensão socioambiental do espaço geográfico.

Conteúdos básicos

- Os movimentos da Terra no Universo e suas influências (Rotação e

Translação);

- O ambiente urbano e rural e suas relações;

- A produção da agricultura e pecuária;

- As propriedades rurais e a produção agropecuária;

- Formação e transformações das paisagens naturais;

- As diversas regionalizações do espaço geográfico.

- Movimentos sócio-ambiental;

- A definição de indústria e a produção industrial;

- Os bens de consumo em nosso dia-a-dia;

- Os recursos naturais;

- Os recursos naturais renováveis e não renováveis;

- O lixo como matéria prima;

- A dinâmica da água no planeta;

- O comércio em suas implicações sócio-ambientais;

- A história geológica da Terra;

- O êxodo rural;

- A geografia do Paraná;

- Urbanização e favelização;

- Fatores e tipos de migração e imigração e suas influências no espaço

geográfico;

- Histórias das migrações mundiais;

- Formações e conflitos étnicos, religiosos e raciais;

248

- Consumo e consumismo;

- A divisão política do território brasileiro;

- A divisão regional do Brasil;

- As 5 regiões brasileiras e suas características;

- Altitudes, hidrografia e coordenadas geográficas;

- Clima e vegetação;

- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;

- As manifestações socioespaciais da diversidade cultural;

- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de

exploração de produtos;

- O espaço em rede: produção, transporte, e comunicações na atual

configuração territorial.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Durante as aulas de Geografia serão utilizadas diversas técnicas como

a de exposição oral dos conteúdos, leituras e estudos dirigidos, gincanas

internas, saídas de campo com o objetivo de desenvolver noções de

observação e análise de lugares, onde serão solicitados relatórios ou trabalhos

em grupo. Também serão desenvolvidas atividades como confecção de

cartazes, caça-palavras, palavras cruzadas, atividades como mapas, jogos de

perguntas relacionadas ao conteúdo ministrado, trabalhos em equipes,

pesquisas em bibliografia específica e atividades que estimulem a criatividade

e a reflexão a respeito do espaço geográfico, tais como: apresentações,

paródias e jogos com temas relacionados à disciplina.

AVALIAÇÃO

A avaliação será feito de várias formas. Primeiramente observando o

comportamento, empenho e dedicação dos alunos em quaisquer atividades

desenvolvidas em sala de aula, o qual terá um peso para a avaliação final.

Provas bimestrais referente ao conteúdo aplicado neste período, e

esporadicamente mini-provas com o conteúdo trabalhado em aulas anteriores

próximas ou até mesmo com o conteúdo trabalhado no mesmo dia da mini-

249

prova, antes do início da mesma. Será também avaliado o desempenho

através de trabalhos, tanto em grupo como individuais, exercícios diversos

entre outros.

REFERÊNCIAS

ADAS, Melhem. Noções Básicas de Geografia. 5ª edição. Editora Moderna,

2006.

ARAÚJO, Regina Guimarães, Raul Borges RIBEIRO, Wagner COSTA.

Construindo a Geografia. São Paulo: Ed. Moderna, 1999.

CASTELLAR, S. & MAESTRO, V. Geografia 5ª Série. 2ª edição. Quinteto

Editorial. São Paulo, 2002.

CASTELLAR, S. & MAESTRO, V. Geografia 6ª Série. 2ª edição. Quinteto

Editorial. São Paulo, 2002.

FILIZOLA, Roberto. Geografia do Brasil. Povos e territórios. 2ª edição.

Editora IBEP, 2005.

LUCCI, Elian Alabi, Geografia Geral e do Brasil. Editora Saraiva.

LUCCI, Elian Alabi, O Homem no Espaço Global. Editora Saraiva.

MAGNOLI, Demétrio, O Mundo Contemporâneo. 1ª edição. Editora Saraiva,

2008

MOREIRA, João Carlos & SENE, Eustáquio de. Trilhas da Geografia: A

Geografia no dia-a-dia. 5ª Série. 3ª edição. São Paulo: Ed. Scipione, 2008

MOREIRA, João Carlos & SENE, Eustáquio de. Trilhas da Geografia: O

passado e o presente na Geografia. 6ª Série. 3ª edição. São Paulo: Ed.

Scipione, 2008.

250

10.4.9. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ENSINO RELIGIOSO

JUSTIFICATIVA

O Ensino Religioso na Escola Fundamental pública está fundamentado

nas concepções teórico-metodológicas presentes nas Diretrizes Curriculares

Estaduais. É disciplina de oferta obrigatória para o estabelecimento de ensino

público e de matrícula facultativa para o aluno, pois é parte integrante da

formação básica do cidadão. Constitui-se, assim, disciplina dos horários

normais das escolas públicas de Educação Básica, assegurado o respeito à

diversidade cultural religiosa do Brasil, vedadas quaisquer formas de

proselitismo.

OBJETIVOS

- Estabelecer discussões sobre o Sagrado numa perspectiva laica.

- Desenvolver uma cultura de respeito à diversidade religiosa e cultural.

- Reconhecer que o fenômeno religioso é um dado de cultura e de identidade

de cada grupo social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Paisagem religiosa;

- Universo simbólico religioso;

- Texto sagrado.

Conteúdos básicos

- Organizações religiosas;

- Lugares sagrados;

- Textos sagrados orais ou escritos;

- Símbolos religiosos.

- Temporalidade sagrada;

- Festas religiosas;

251

- Ritos;

- Vida e morte.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O Ensino Religioso, que no passado versava sobre a prática de uma

única religião, atualmente é compreendida como educação da cultura religiosa

dos brasileiros, de um sagrado heterogêneo mas, que se inter-relaciona e que

merece ser respeitado, que orienta e organiza aspectos da tradição deste povo.

Isto é reconhecido no artigo quinto da Constituição de 1988.

A disciplina deverá enfocar as diversas manifestações religiosas a fim de

ampliar o horizonte de possibilidades de compreensão do sagrado, viabilizando

uma melhor compreensão social e cultural da diversidade religiosa, dando

ênfase a sociedade brasileira. Tais conhecimentos são organizados nos

conteúdos estruturantes e básicos da disciplina de Ensino Religioso e

estudados a partir de uma perspectiva laica, aconfessional com uma linguagem

pedagógica e não religiosa, adequada ao universo escolar.

Desta forma, a disciplina do Ensino Religioso contribuirá para superar

desigualdades étnico-religiosas, para garantir o direito constitucional de

liberdade de crença e expressão e, por conseqüência, o direito à liberdade

individual e política, atendendo aos objetivos da Educação Básica que,

segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento da cidadania.

AVALIAÇÃO

Tendo em vista que o Ensino Religioso como disciplina tem a função de

proporcionar ao educando a possibilidade de refletir sobre vários aspectos da

existência, entre eles o transcendente, levá-los a questionar sobre o sentido da

vida, descobrindo seu comprometimento com a comunidade, em estado

consciente de sua participação no todo, a avaliação se restringe à observação

nas mudanças comportamentais, através de gestos, palavras, significados em

sua vivência e convivência.

252

REFERÊNCIAS

BACHA FILHO, Teófilo. O ensino religioso nas escolas públicas do Estado

do Paraná. Processo n.º 1299/02.2002, Curitiba: CEE, 2002.

BIACA, Valmir et al. O sagrado no ensino religioso: caderno pedagógico do

Ensino Fundamental. Curitiba: SEED – PR. 2006 p.136.

BIEDERMANN, H. Dicionário ilustrado de símbolos. São Paulo:

Melhoramentos, 1993.

BUCE, M. O livro ilustrado dos símbolos. São Paulo: Publifolha, 2001.

PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação. Diretrizes Curriculares de

Ensino Religioso para a Educação Básica. Curitiba: 2006.

PEIRANO, M. Rituais ontem e hoje. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2003.

ROCHA, E. O que é mito. São Paulo: Brasiliense, 1999.

VIEIRA, E. Os ritos na formação ao professor de ensino religioso. Curitiba:

PUCPR, 2006.

253

10.6. MATRIZ CURRICULAR DO CURSO DE ENSINO MÉDIO,

PRESENCIAL, DA MODALIDADE DE EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARA

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

ENSINO MÉDIO

ESTABELECIMENTO: Colégio Estadual Senador Correia – Ensino

Fundamental, Médio e ProfissionalENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: Ponta Grossa NRE: Ponta GrossaANO DE IMPLANTAÇÃO: 2º Sem/2009 FORMA: Simultânea

CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS

DISCIPLINASTotal deHoras

Total dehoras/aula

LÍNGUA PORT. ELITERATURA

174 208

LEM – INGLÊS 106 128ARTE 54 64

FILOSOFIA 54 64SOCIOLOGIA 54 64

EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64MATEMÁTICA 174 208

QUÍMICA 106 128FÍSICA 106 128

BIOLOGIA 106 128HISTÓRIA 106 128

GEOGRAFIA 106 128

TOTAL 1200 1440

Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a

254

10.5.1. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

PORTUGUESA E LITERATURA

JUSTIFICATIVA

Nas décadas de 70 e 80, a Língua Portuguesa era trabalhada com

exercícios estruturais, técnicas de redação e treinamento de habilidades de

leitura. A partir de 1980, houve um avanço nos estudos sociológicos da

linguagem sob a influência de Bakhtin. Em 1990, trabalhou-se com habilidades

e competências.

As transformações dos estudos da língua e da linguagem, no Brasil e no

exterior, assim como dos estudos especificamente vinculados ao processo de

ensino e de aprendizagem da Língua Portuguesa como língua materna,

provocaram, nos últimos anos, a reflexão e o debate acerca da necessária

revisão dos objetos de ensino em nossas salas de aula.

Em síntese, deve-se assinalar que uma análise discursiva integradora

das diferentes dimensões envolvidas na produção de sentidos pode permitir

que os alunos construam uma consciência lingüística e metalingüística

essencial para sua formação. Vale ressaltar que essa consciência só se

alcança em razão de o aluno ser orientado nas práticas de ensino e de

aprendizagem, para uma atuação ativa no trabalho com o texto, a qual requer a

contínua transformação de saberes (textuais, pragmáticos e conceituais, além

dos especificamente lingüísticos) relativos às diferentes dimensões envolvidas

em um texto ao atualizar determinado gênero.

Hoje, a finalidade do ensino da Língua Portuguesa tem sido tratada em

diversas propostas curriculares, criando situações nas quais os alunos ampliem

o domínio ativo do discurso nos diversos tipos de situações comunicativas,

sobretudo nas instâncias públicas de uso da linguagem, de modo a possibilitar

sua inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de

participação social no exercício da cidadania. O perfil que se traça para o aluno

do Ensino Médio, na disciplina Língua Portuguesa, prevê que esse, ao longo de

sua formação, deva:

- Conviver de forma não só crítica, mas também lúdica, com situações de

produção e leitura de textos, atualizados em diferentes suportes e sistemas de

255

linguagem – escrito, oral, imagético, digital etc., de modo que conheça, use e

compreenda a multiplicidade de linguagens que ambientam as práticas de

letramento multissemiótico em emergência em nossa sociedade, geradas nas

(e pelas) diferentes esferas das atividades sociais – literária, científica,

publicitária, religiosa, jurídica, burocrática, cultural, política, econômica,

midiática, esportiva etc.

- No contexto das práticas de aprendizagem da lingua(gem), conviver com

situações de produção escrita, oral e imagética, de leitura e escuta, que lhe

propiciem uma inserção em práticas de linguagem em que são colocados em

funcionamento textos que exigem da parte do aluno conhecimentos distintos

daqueles usados em situações de interação informais, sejam elas face a face

ou não. Dito de outra forma, o aluno deverá passar a lidar com situações de

interação que se revestem de uma complexidade que exigirá dele a construção

de saberes relativos ao uso de estratégias (lingüística, textual e pragmática)

por meio das quais se procura assegurar a autonomia do texto em relação ao

contexto de situação imediato;

- Construir habilidades e conhecimentos que o capacitem a refletir sobre os

usos da língua(gem) nos textos e sobre fatores que concorrem para sua

variação e variabilidade, seja a lingüística, seja a textual, seja a pragmática.

Nesse trabalho de análise, o olhar do aluno, sem perder de vista a

complexidade da atividade de linguagem em estudo, deverá ser orientado para

compreender o funcionamento sociopragmático do texto – seu contexto de

emergência, produção, circulação e recepção; as esferas de atividade humana

(ou seja, os domínios de produção discursiva); as manifestações de vozes e

pontos de vista; a emergência e a atuação dos seres da enunciação no arranjo

da teia discursiva do texto; a configuração formal (macro e micro estrutural); os

arranjos possíveis para materializar o que se quer dizer; os processos e as

estratégias de produção de sentido. O que se prevê, portanto, é que o aluno

tome a língua escrita e oral, bem como outros sistemas semióticos, como

objeto de ensino/estudo/aprendizagem, numa abordagem que envolve ora

ações metalíngüísticas (de descrição e reflexão sistemática sobre aspectos

lingüísticos), ora ações epilingüísticas (de reflexão sobre o uso de um dado

recurso lingüístico, no processo de enunciação e no interior da prática em que

256

ele se dá), conforme o propósito e a natureza da investigação empreendida

pelo aluno e dos saberes a serem construídos.

A gramática será trabalhada de forma contextualizada, pois entende-se

que uma língua se aprende pelo uso e pela constância da leitura. Além disso,

os alunos devem tomar conhecimento de tais conteúdos de forma a atribuir-

lhes um significado prático.

A Literatura é um reflexo do homem e da sociedade, voltada para o

questionamento da realidade. Fazendo-se a integração entre Literatura,

História e Arte, contribui-se para a sensibilização do aluno, o que favorece

também a formação dos seu senso crítico.

A intertextualidade será trabalhada como um conjunto de alusões que

um texto faz a outros textos já escritos, às idéias já existentes ou aos motivos

culturais já desenvolvidos por outros escritores ou pela cultura popular.É

importante ter claro que, quanto maior o contato com a linguagem na

diversidade textual, mais possibilidades se tem de entender o texto como

material verbal carregado de intenções e de visões de mundo e, portanto,

refletir sobre o uso que faz da linguagem nos diferentes contextos e situações.

OBJETIVOS

- Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos na sua vida escolar.

- Compreender o significado das ciências, das artes e das letras, o processo

histórico de transformação da sociedade e da cultura, bem como da

importância da Língua Portuguesa como instrumento de comunicação, de

acesso ao conhecimento e de exercício da cidadania plena.

- Considerar a Língua Portuguesa como fonte de legitimação de acordos e

condutas sociais e como representação simbólica de experiências humanas

manifestas nas formas de sentir, pensar e agir na vida social.

- Analisar os recursos expressivos da linguagem verbal, relacionando textos e

contextos, mediante a natureza, função, organização, estrutura, de acordo com

as condições de produção/recepção (intenção, época, local, interlocutores,

participantes da criação e propagação de idéias e escolhas, tecnologias

disponíveis).

- Compreender e usar a Língua Portuguesa como língua materna, geradora de

257

significação e integradora da organização do mundo e da própria identidade.

- Articular as redes de diferenças e semelhanças entre a linguagem oral e

escrita e seus códigos sociais, contextuais e lingüísticos.

- Recuperar, pelo estudo do texto literário, as formas instituídas de construção

do imaginário coletivo, o patrimônio representativo da cultura e as

classificações preservadas e divulgadas no eixo temporal e espacial.

- Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes manifestações da

linguagem.

- Refletir juízos de valor, tanto sócio-ideológicos (preconceituosos ou não)

quanto histórico-culturais (inclusive estéticos), associados à linguagem e à

língua, reafirmando sua identidade pessoal e social.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Leitura

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto ;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Contexto de produção da obra literária;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas,travessão, negrito);

Progressão referencial;

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto;

Semântica: operadores argumentativos; modalizadores; figuras de linguagem;

sentido conotativo e denotativo;

258

Escrita

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Vozes sociais presentes no texto;

Ideologia presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Progressão referencial;

Partículas conectivas;

Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

-sentido conotativo e denotativo;

- figuras de linguagem;

- Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);

Vícios de linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência.

Oralidade

Conteúdo temático;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas ...;

259

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

Marcas lingüísticas: coesão,coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.

Leitura

Conteúdo temático;

Interlocutor;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Vozes sociais presentes no texto;

Discurso ideológico presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Contexto de produção da obra literária;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

Progressão referencial;

Partículas conectivas do texto;

Relação de causa e conseqüência entre partes e elementos do texto;

Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

- figuras de linguagem; sentido conotativo e denotativo;

Escrita

Conteúdo temático;

Interlocutor;

260

Finalidade do texto;

Informatividade;

Situacionalidade;

Intertextualidade;

Temporalidade;

Referência textual;

Vozes sociais presentes no texto;

Ideologia presente no texto;

Elementos composicionais do gênero;

Progressão referencial;

Partículas conectivas;

Relação de causa e conseqüência entre as partes e elementos do texto;

Semântica:

- operadores argumentativos;

- modalizadores;

-sentido conotativo e denotativo;

- figuras de linguagem;

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, função das classesgramaticais no

texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito, etc.);

Vícios de linguagem;

Sintaxe de concordância;

Sintaxe de regência.

Oralidade

Conteúdo temático;

Finalidade do texto;

Aceitabilidade do texto;

Informatividade;

Papel do locutor e interlocutor;

Elementos extralingüísticos: entonação, expressões facial,corporal e gestual,

pausas ...;

Adequação do discurso ao gênero;

Turnos de fala;

Variações lingüísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras);

261

Marcas lingüísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

Elementos semânticos;

Adequação da fala ao contexto

(uso de conectivos, gírias, repetições, etc);

Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrita.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

LEITURA

- Práticas de leitura de textos de diferentes gêneros;

- Inferências a partir de pistas textuais;

- Discussões e reflexões sobre: tema, intenções, intertextualidade,

aceitabilidade,

informatividade, situacionalidade, temporalidade, vozes sociais e ideologia;

- Contextualização: suporte/fonte, interlocutores, finalidade, época; Referente à

obra literária, exploração dos estilos do autor, da época, momento de produção

da obra e dialogo com o momento atual, bem como com outras áreas do

conhecimento;

- Textos verbais diversos que dialoguem com não-verbais, como: gráficos,

fotos, imagens, mapas e outros;

- Relação do tema com o contexto atual;

- Socialização das idéias dos alunos sobre o texto;

- Entendimento/reflexão das diferenças decorridas do uso de palavras e/ou

expressões no sentido conotativo e denotativo, bem como de expressões que

denotam ironia e humor;

- Leituras que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada

gênero;

- Percepção dos recursos utilizados para determinar causa e conseqüência

entre as partes e elementos do texto.

- Análises para estabelecer a progressão referencial do texto;

– Leituras para a compreensão das partículas conectivas;

262

ESCRITA

- Produção textual a partir da delimitação tema, do interlocutor, intenções,

intertextualidade, aceitabilidade, informatividade, situacionalidade,

temporalidade e ideologia;

- Uso adequado de palavras e expresssões para estabelecer a referência

textual;

- Utilização adequada das partículas conectivas;

- Ampliação de leituras sobre o tema e o gênero proposto;

- Acompanhamento da produção do texto;

- Uso de palavras e/ou expressões no sentido conotativo e denotativo, bem

como de expressões que denotam ironia e humor;

- Produções que suscitem no reconhecimento do estilo, que é próprio de cada

gênero;

- Utilização de recursos de causa e conseqüência entre as partes e elementos

do texto;

- Reescrita textual: revisão dos argumentos/das idéias, dos elementos que

compõe o gênero (por exemplo: se for um artigo de opinião, observar se há

uma questão problema, se apresenta defesa de argumentos, se a linguagem

está apropriada, se há continuidade temática, etc.);

- Analisar se a produção textual está coerente e coesa, se há continuidade

temática, se atende à finalidade, se a linguagem está adequada ao contexto;

- Conduzir, na reescrita, a uma reflexão dos elementos discursivos, textuais,

estruturais e normativos.

ORALIDADE

- Apresentações de textos produzidos pelos alunos levando em consideração

a:

aceitabilidade, informatividade, situacionalidade e finalidade do texto;

- Reflexões sobre os argumentos utilizados nas exposições orais dos alunos, e

sobre a utilização dos recursos de causa e conseqüência entre as partes e

elementos do texto;

- Contexto social de uso do gênero oral selecionado;

- Apresentações que explorem as marcas lingüísticas típicas da oralidade em

seu uso formal e informal;

263

- Contação de histórias de diferentes gêneros, utilizando-se dos recursos

extralingüísticos, como: entonação, expressões facial, corporal e gestual,

pausas e outros;

- Análise dos recursos da oralidade por meio de seminários, telejornais,

entrevistas, reportagens, entre outros;

- Análise e comparação dos recursos veiculados em diferentes fontes (ex:

diferentes jornais, emissoras de TV, emissoras de rádio, etc.), afim de perceber

a ideologia dos discursos dessas esferas.

AVALIAÇÃO

A avaliação está sendo entendida aqui como um dos aspectos do ensino

pelo qual o professor estuda e interpreta os dados da aprendizagem e de seu

próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de

aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar seus resultados, e o seu

desempenho, em diferentes situações de aprendizagem.

Preponderarão na avaliação os aspectos qualitativos da aprendizagem,

considerada a interdisciplinaridade e a multidisciplinaridade dos conteúdos.

A avaliação será de forma continuada, por cada produção textual ou oral

apresentada; avaliações estas que serão reduzidas a uma nota a cada registro

de notas (média e soma das avaliações contínuas aos trabalhos e exercícios

propostos).

A avaliação, portanto, será um processo contínuo e priorizará a

qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno no

decorrer de cada bimestre.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. M. (1934-35/1975) O discurso no romance. In : Questões de

Literatura e de Estética- a teoria do romance, p. 71- 210. São Paulo: Hucitec/

EdUNESP, 1988.

264

BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem. São Paulo: Hucitec, 5.ª ed.,

1997. Lingüística Aplicada – Universidade Estadual de Campinas, São Paulo,

1995.

FARACO, Carlos Alberto. Linguagem & Diálogo: as idéias lingüísticas do

círculo de Bakhtin. 1.ª Ed. Curitiba: Criar edições, 2003.VI .p.136.

FERREIRA, A.B.H. Miniaurélio Século XXI: o minidicionário de língua

portuguesa. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2001.

KOCK, I.G.V. Desvendando os segredos do texto. São Paulo: Cortez, 2002.

ORLANDI, E.P. Análise de discurso: princípios e procedimentos.

Campinas, SP: Pontes, 6.ª ed., 2005.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

RAJAGOPALAN, K. Por uma lingüística crítica. Linguagem, identidade e

a questão ética. São Paulo: Parábola Editorial, 2003.

10.5.2. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE LÍNGUA

ESTRANGEIRA MODERNA - INGLÊS

JUSTIFICATIVA

No mundo globalizado em que estamos inseridos se faz necessário que

o individuo aprenda, conheça e utilize uma Língua Estrangeira que o faça

perceber outras culturas, ampliando seus horizontes, valorizando sua própria

cultura através da analise e compreensão de outras, para que possa interagir

na sociedade tornando-se um cidadão critico.

Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação Básica (DCEs) do

Estado do Paraná o “currículo documento deve ser objeto de análise contínua

265

dos sujeitos da educação, principalmente a concepção de conhecimento que

ele carrega. Cada uma destas matrizes dá ênfase a diferentes saberes a serem

socializados pela escola, tratando o conhecimento escolar sob óticas diversas”.

(DCEs p. 16, 17). Para a seleção do conhecimento, que é tratado, na escola,

por meio dos conteúdos das disciplinas concorrem tantos fatores ditos

externos, como aqueles determinados pelo regime sócio-político, religião,

família, trabalho quanto às características sociais e culturais do público escolar,

além dos fatores específicos do sistema como os níveis de ensino entre outros.

Para a Disciplina de Língua Estrangeira Moderna (LEM) a proposta

adotada pelas DCEs está baseada na corrente sociológica e nas teorias do

círculo de Bakhtin, que concebem a língua como discurso, estabelecendo os

objetivos de ensino de uma Língua Estrangeira Moderna resgatando a função

social e educacional desta disciplina na Educação Básica (DCEs p.53). A partir

daí a LEM apresenta-se como espaço para ampliar o contato com outras

formas de conhecer, com outros procedimentos interpretativos de construção

da realidade.

O ensinar e aprender uma Língua Estrangeira Moderna é também

ensinar e aprender percepções de mundo e maneiras de atribuir sentidos, é

formar subjetividades, é permitir que se reconheça no uso da língua os

diferentes propósitos comunicativos, independentemente do grau de

proficiência atingido (DCEs p. 55). A LEM tem como objetivos, levar os

educandos a analisarem as questões sociais-políticas-econômicas da nova

ordem mundial, desenvolver uma consciência crítica a respeito do papel das

línguas na sociedade e fazer uso da língua em situações significativas.

O ensino de LEM deve contemplar os discursos sociais que a compõem,

ou seja, aqueles manifestados em forma de textos diversos efetivados nas

práticas discursivas (Bakhtin, 1988, DCEs, p.57). [...]ao conceber a língua

como discurso, conhecer e ser capaz de usar uma LEM, permite-se aos

sujeitos perceberem-se como integrantes da sociedade e participantes ativos

do mundo (DCEs, p.57).

O trabalho com a LEM fundamenta-se na diversidade de gêneros

textuais e busca alargar a compreensão dos diversos usos da linguagem, bem

como a ativação de procedimentos interpretativos alternativos no processo de

construção de significados possíveis pelo leitor (DCEs, p. 58). Ao interagir com

266

diversos textos, o educando perceberá que as formas linguísticas não são

sempre idênticas, não assumem sempre o mesmo significado, mas são

flexíveis e variam conforme o contexto e a situação em que a prática social de

uso da língua ocorre.

As aulas de LEM devem contemplar a leitura, a escrita e a oralidade.

Sendo que, o objetivo da leitura é trazer um conhecimento de mundo que

permita ao leitor elaborar um novo modo de ver a realidade, já na oralidade, o

objetivo é expor os alunos a textos orais, pertencentes aos diferentes discursos

e a escrita deve ser vista como uma atividade significativa. Outro aspecto

importante com relação ao ensino de LEM é que ele será, necessariamente

articulado com as demais disciplinas do currículo para relacionar os vários

conhecimentos (DCEs, p. 67).

A avaliação da aprendizagem em LEM está articulada aos fundamentos

teóricos e explicitados nas DCEs e na LDB n. 9394/96. Busca-se em LEM

superar a concepção de avaliação como mero instrumento de mediação da

apreensão de conteúdos. Na Educação Básica a avaliação de determinada

produção em LEM considera o erro como efeito da própria prática, ou seja,

como resultado do processo de aquisição de uma nova língua (DCEs, p. 70).

A avaliação, enquanto relação dialógica, concebe o conhecimento como

apropriação do saber pelo aluno e pelo professor, como um processo de ação-

reflexão-ação, que se passa na sala de aula através da interação

professor/aluno, carregado de significados e de compreensão. A avaliação

deve estar articulada com os objetivos e conteúdos definidos a partir das

concepções e encaminhamentos metodológicos das DCEs (DCEs, p. 71).

Entende-se por conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais para

cada série da etapa final do Ensino Fundamental e Ensino Médio, considerados

imprescindíveis para a formação conceitual dos estudantes nas diversas

disciplinas da Educação Básica.

No Plano de Trabalho Docente, os conteúdos básicos terão abordagens

diversas a depender dos fundamentos que recebem de cada conteúdo

estruturante. Quando necessário, serão desdobrados em conteúdos

específicos, sempre considerando-se o aprofundamento a ser observado para

a série e etapa de ensino (DCEs, p. 75). Na disciplina de LEM, o Conteúdo

Estruturante é o Discurso como prática social e é a partir dele que advêm os

267

conteúdos básicos. Caberá ao professor selecionar um texto significativo

pertencente a um gênero, que deve ser compreendido em sua esfera de

circulação. Para selecionar os conteúdos específicos, é fundamental considerar

o objetivo de ensino e o gênero escolhido. (DCEs, p.76).

OBJETIVOS

- Reconhecer e compreender a diversidade lingüística e cultural.

- Perceber possibilidades de construção de significados em relação ao mundo

em que vive.

- Compreender os significados sociais como maneira de transformar a prática

social.

- Reconhecer que a Língua Estrangeira se configura como espaço de interação

entre professores e alunos.

- Analisar as questões sociais-políticas-econômicas da nova ordem mundial e

suas implicações.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS

Conteúdo estruturante

- Discurso como prática social

Conteúdos básicos

LEITURA

- Identificação do tema;

- Intertextualidade;

- Intencionalidade;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Marcadores do discurso;

- Funções das classes gramaticais no texto;

268

- Elementos semânticos;

- Discurso direto e indireto;

- Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

- Recursos estilísticos ( figuras de linguagem);

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística.

- Acentuação gráfica;

- Ortografia.

ESCRITA

- Tema do texto ;

- Interlocutor;

- Finalidade do texto;

- Intencionalidade do texto;

- Intertextualidade;

- Condições de produção;

- Informatividade (informações necessárias para a coerência do texto);

- Vozes sociais presentes no texto;

- Vozes verbais;

- Discurso direto e indireto;

- Emprego do sentido denotativo e conotativo no texto;

- Léxico;

- Coesão e coerência;

- Funções das classes gramaticais no texto;

- Elementos semânticos;

- Recursos estilísticos( figuras de linguagem);

- Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);

- Variedade linguística;

269

- Ortografia;

- Acentuação gráfica.

ORALIDADE

- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos, etc ...;

- Adequação do discurso ao gênero;

- Turnos de fala;

- Vozes sociais presentes no texto;

- Variações linguísticas;

- Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição;

- Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;

- Adequação da fala ao contexto;

- Pronúncia

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Todo o material elaborado para o ensino da Língua Estrangeira tem

como pressuposto que a linguagem não é um simples conteúdo escolar, mas

uma atividade humana, histórica e social. Portanto, seu estudo deve contribuir

de alguma forma, para auxiliar a solução desde pequenos problemas

cotidianos até a compreensão das dificuldades que afetam a sociedade como

um todo e, também, propiciar o acesso ao bens culturais acumulados pela

humanidade.

Considerando que ser usuário de uma segunda língua é uma das

condições para uma efetiva participação social, a finalidade do ensino da

Língua Estrangeira deve visar, prioritariamente, ao desenvolvimento da

capacidade de produzir e interpretar textos orais e escritos, à medida que estes

auxiliem o educando a ler o mundo em que vive, a analisar o que dele se diz e

se pensa e a expressar uma visão fundamentada e coerente dessa leitura e

interpretação. Para isso, é necessário oferecer ao aluno, muitas e diferentes

oportunidades de desenvolver as quatro habilidades lingüísticas básicas- falar

e ouvir, ler e escrever num contexto de reflexões e de análise que não deixe de

enfatizar o universo de emoções, conhecimentos e satisfação pessoal que tais

270

atividades possam oferecer.Para tanto, todos os conteúdos descritos acima

serão abordados dentro de um contexto que terá o texto sempre como suporte.

AVALIAÇÃO

A avaliação será de foram continuada, por cada produção textual ou oral

apresentada; avaliações estas que serão reduzidas a uma nota a cada registro

de notas (média e soma das avaliações contínuas aos trabalhos e exercícios

propostos).

A avaliação, portanto, será um processo contínuo e priorizará a

qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do aluno no

decorrer de cada bimestre.

Os estudos de recuperação paralela serão realizados durante as aulas,

no decorrer de cada bimestre, através de avaliações diversificadas, havendo

uma nova avaliação para cada prova em que o aluno não obtiver pelo menos

60% da nota proposta.

REFERÊNCIAS

BAKHTIN, M. Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

COOK, G. Applied linguistics. Oxford: Orford University Press. 2003.

FARACO, C. A. Português: língua e cultura – manual do professor.

Curitiba: Base, 2005.

PARANÁ, SECRETARIA DO ESTADO DO. Diretrizes Curriculares da

Educação Básica. Curitiba, PR: SEED, 2008.

PICANÇO, D. C. L. A língua estrangeira no país dos espelho. In: Educar em

Revista, Curitiva, 2002.

271

10.5.3. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE ARTE

JUSTIFICATIVA

O ensino da Arte tem por objetivo estudar a diversidade cultural e as

diversas formas de expressões e produções humanas, assim o estudo das

artes visa organização e interpretação dos signos verbais, objetivando ampliar

a visão do aluno para que possa compreender as construções simbólicas de

outros sujeitos pertencentes as mais diversas realidades culturais.

OBJETIVOS

- Valorizar o interesse e empenho em relação aos trabalhos artísticos;

- Respeitar e compreender a diversidade de manifestações artísticas, tanto na

escola, como em diferenças culturais;

- Cooperar nas propostas que envolvem a arte e os trabalhos coletivos;

- Respeitar o patrimônio cultural;

- Reconhecer os obstáculos como parte integrante do processo criador;

- Ampliar a visão de mundo do aluno, para que possa compreender as

construções simbólicas de outros sujeitos, pertencentes as mais diversas

realidades culturais;

- Levar ao conhecimento dos alunos os elementos básicos da linguagem.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos Estruturantes

- Elementos formais;

- Composição;

- Movimentos e periódicos.

Conteúdos básicos

- Altura;

- Duração;

272

- Timbre;

- Intensidade;

- Densidade;

- Ritmo;

- Melodia;

- Harmonia;

- Gêneros;

- Técnicas: vocal, instrumental e eletrônica;

- Música popular, brasileira, paranaense;

- Ponto;

- Linha;

- Textura;

- Volume;

- Cor;

- Abstrato;

- Semelhanças;

- Contrates;

- Simetria;

- Deformação;

- Técnicas de pintura;

- Arte: ocidental, oriental, africana, brasileira, paranaense e pontagrossense;

- Personagens;

- Expressões;

- Ação;

- Espaço;

- Técnicas de teatro;

- Gêneros: comédia, drama e épico;

- Produção;

- Teatro: medieval, brasileiro, paranaense, popular.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

O trabalho poderá enfocar o significado da arte na sociedade

contemporânea e em outras épocas, abordando a mídia e os recursos

tecnológicos na arte.

273

Produção de trabalhos de representação utilizando equipamentos e

recursos tecnológicos.

Percepção de modos de fazer dança, através de diferentes mídias.

AVALIAÇÃO

A avaliação para a disciplina de arte deverá ser diagnóstica, processual

contínua e cumulativa. Pretende se avaliar todos os momentos da prática

pedagógica, utilizando se de técnicas, procedimentos e de elementos artísticos

relativos à Música, às Artes Visuais, ao Teatro e à Dança. Observando se

assim:

A assiduidade, pontualidade, participação em trabalhos artísticos

individuais e em grupo, pesquisas bibliográficas e de campo, debates em forma

de seminários, simpósios, avaliações teóricas, práticas com registros em forma

de relatórios, gráficos, portfólio, áudio-visual entre outros.

REFERÊNCIAS

ABRAHÃO, Luz M.; GONÇALVES, Aurélio T.; MELO, Everaldo. Integrando as

artes. Vol. 4; 1ª Ed São Paulo, Cia. Editora Nacional, 1984.

Arte Br, Patrocínio PETROBRÁS. Realização: A Arte na Escola.

BERTELLO, Maria Augusta. Palavra em ação: Arte. 1ª. Ed Uberlândia:

Clarando, 2003.

PARANÁ, Secretaria da Educação do Estado do Paraná. Diretrizes

curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.

Curitiba, 2008.

PROENÇA, Graça. História de Arte. 1ª. Ed São Paulo, Ática 1997.

VALADARES, Solange; DINIZ, Célia. A Arte no Cotidiano Escolar. 1.ª Ed São

Paulo; Ática, 1999.

274

Vida e obra dos maiores pintores brasileiros, Ed CEDIC.

Secretaria de Estado da Educação, SEED Artes e Artes, Curitiba, 2008.

10.5.4. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FILOSOFIA

JUSTIFICATIVA

A filosofia sempre esteve presente na vida humana, seja ela percebida

ou não. Ela, desde Sócrates até os dias atuais, busca entender o homem, o

mundo e Deus. Esses três problemas são refletidos interligados buscando a

compreensão do todo.

Quando nos propomos a refletir sobre estas e outras questões filosóficas

em qualquer espaço e sociedade temos em mente promover o fortalecimento

para que o homem por si mesmo possa justifica-se frente a si e ao mundo, e

também estabelecer suas escolhas e posturas.

Nesta perspectiva, a disciplina de Filosofia se justifica, na medida em

que visa garantir, dentro da especificidade da disciplina, a reflexão de um

campo de conhecimento culturalmente reconhecido, evitando a

descaracterização de seu âmbito teórico , trabalhar no sentido de um

adequação dos temas e da linguagem filosófica à realidade vivida pelo aluno,

para que este adquira os instrumentos necessários de reflexão de questões

não somente universais, mas também de questões inerentes à sua realidade

sócio-cultural.

OBJETIVOS

- Refletir sobre o conceito de Filosofia.

- Distinguir a Filosofia como um movimento dinâmico, com rupturas e

permanências através do tempo.

- Reconhecer as apropriações da filosofia antiga e suas adequações ao

contexto histórico da época.

275

- Perceber as diferentes preocupações do homem moderno e suas formas de

pensar o mundo hodierno.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS

- O que é filosofia? Onde surgiu para que serve?

- Diferenciar mito de filosofia, conhecer alguns filósofos da antiguidade.

- Filosofia Antiga, (confusionismo, epicurismo, Platão, Aristoteles filosofia

Patristica(Agostinho, Thomas de Aquino).

- Filosofia medieval, filosofia da Renascença(Maquiavel, Montaigne, Erasmo,

Tomás Morus)(Ética, Ética e Política).

- Filosofia Moderna, Filosofia das Luzes e Filosofia Contemporânea ou pós-

moderna´(existencialismo, ateísmo, políticas governamentais, meio ambiente).

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Sendo assim, o encaminhamento metodológico se dará por meio de

atividades diversas e avaliações contínuas, sendo elas formais (provas) ou não

(participação individual, interesse, etc...) que privilegiem a construção do

conhecimento filosófico.

AVALIAÇÃO

A metodologia da disciplina de Filosofia pretende instigar e fomentar o

desejo de conhecer e descobrir dos alunos. Outrossim também destacará o

trabalho de pesquisa e reflexão contínua sobre os assuntos trabalhados.

A estratégia para o ensino de filosofia define-se em torno da idéia de

articular a experiência cotidiana dos alunos aos grandes temas e textos da

tradição filosófica.

Dessa maneira, pretende-se um ensino de filosofia que contribua tanto

para a ampliação de conhecimentos quanto para formação da consciência

crítica do aluno.

276

A condução e a estruturação do conhecimento se darão por meio de

reflexão partilhada e também sistematizada do que foi abordado.

REFERÊNCIAS

CHAUI, M. O que é ideologia. São Paulo: Brasiliense, 1984.

ENGELS, F., MARX, K. Manifesto do Partido Comunista.

FOUCAULT, Michel. A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: NAU,

2003.

MAAR, W.L. O que é política. São Paulo: Brasiliense, 1991.

_____________. Filosofia Moderna. s.r

MORUS, Thomas. Utopia. s.r

MARQUES, A. as revoluções cientificas de Thomas Kuhn. s.r.

MAQUIAVEL. O Príncipe. s.r.

NIETZSCHE. F. Ecce Homo: de como a gente se torna o que a gente é.

Tradução de Marcelo Backes. Porto Alegre: L & PM. 2009.

____________. Da utilidade e do inconveniente da História para a vida.

São Paulo: Escala, 2008.

ORWELL, George. A revolução dos bichos. São Paulo: Globo, 1994.

PLATÃO. O banquete. s.r

_________. A República. s.r

277

SOFOCLES. FILOCTETES. Tradução de José Ribeiro Ferreira. Coimbra:

Fundação Calouste Gulbenkian, 1997.

10.5.5. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE SOCIOLOGIA

JUSTIFICATIVA

A sociologia, desde a sua constituição como conhecimento

sistematizado, tem contribuído para a ampliação do conhecimento dos homens

sobre sua própria condição de vida e fundamentalmente para a análise das

sociedades, ao compor, consolidar e alargar um saber especializado pautado

em teorias e pesquisa que esclarecem muitos dos problemas da vida social.

Seu objetivo é o conhecimento e a explicação da sociedade através da

compreensão das diversas formas pelas quais os seres humanos vivem em

grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre esses diferentes

grupos, bem como a compreensão das conseqüências dessas relações para

indivíduos e coletividades. A sociologia, como saber “científico”, afirmou-se no

contexto do desenvolvimento e consolidação do capitalismo, sendo assim, traz

a especificidade de simultaneamente “fazer parte” e “procurar explicar” a

sociedade capitalista como forma de organização social. Essa condição acaba

por inscrever a sociologia num registro emancipatório, ou seja, de servir à

libertação dos grupos humanos das inúmeras formas de dominação e ilusão.

O tratamento dos conteúdos pertinentes à Sociologia se fundamenta e

sustenta-se em teorias originárias de diferentes tradições sociológicas.

Três diferentes linhas teóricas clássicas, sistematizadas por Émile

Durkheim, Karl Marx e Max Weber alicerçaram durante todo o século XX, e

ainda fundamentam concepções sociológicas contemporâneas (Antonio

Gramsci, Pierre Bourdieu e Florestan Fernandes). Linhas teóricas que, cada

uma a seu modo, elegem conteúdos, temáticas, problemáticas, metodologias

concernentes ao contexto histórico em que foram forjadas, mas que

respondem, num campo de interlocução, aos conteúdos, temáticas,

problemáticas metodologias engendrados na realidade contemporânea.

278

É importante ter a clareza de que a história da sociologia como disciplina

acadêmica e escolar não está desvinculada dos fundamentos teóricos (e

metodológicos) que a constituem como um campo científico mais abrangente.

O conhecimento dessas (e outras) concepções é de importância, central

na construção do pensamento sociológico, especialmente no contexto escolar,

porque não só possibilita ao professor refletir e orientar sua ação pedagógica,

como também possibilita ao aluno de Ensino Médio ter acesso a

conhecimentos elaborados de forma rigorosa, complexa e crítica, acerca da

realidade social na qual está inserido. Mas, principalmente, possibilita a ambos

(professor e aluno, cada um no seu nível de compreensão), uma alteração

qualitativa da sua prática social.

A sociedade brasileira, com suas acentuadas desigualdades sociais,

econômicas, políticas e culturais permite questionar muito da sociologia

clássica e moderna a partir do resgate dos seus conteúdos críticos. Categorias

como coerção, coesão, racionalidade, interação, hegemonia, classe social,

reprodução, violência simbólica, diversidade, desigualdade, apresentam como

possibilidades de explicação e emancipação das relações, processos e

estruturas de dominação política e apropriação econômica que articulam as

desigualdades e os antagonismos que caracterizam a realidade brasileira e sua

inserção no mundo contemporâneo.

Ao descartar a neutralidade, a imparcialidade, o descompromisso, o

conformismo

OBJETIVOS

- Contribuir para a mudança de atitudes e desenvolvimento do pensamento

reflexivo, criativo e instigante.

- Possibilitar condições para que o estudante estabeleça relações entre o

conhecimento teórico e as práticas sociais.

- Perceber os direitos e deveres do cidadão como parte de uma construção

social.

- Elaborar hipóteses sobre as práticas sociais, exercitando análises,

interpretações, sínteses, servindo-se dos conhecimentos sociológicos.

- Perceber-se como um ser eminentemente social.

279

- Compreender a organização e a influência das instituições e grupos sociais

em seu processo de socialização e as contradições deste processo.

- Refletir sobre as ações individuais e perceber que as ações em sociedade

são interdependentes.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- O processo de socialização e as instituições sociais;

- Cultura e Indústria cultural;

- Trabalho, produção e classes sociais;

- Poder, política e ideologia.

- Direito, cidadania e movimentos sociais.

Conteúdos básicos

- Conceituações e concepções básicas da Sociologia;

- Fatores do Surgimento da Sociologia;

- A análise social como ciência em suas diversas concepções humana, social e

reconhecimento da sociedade moderna;

- Análise do filme: Tempos Modernos;

- Os pensadores fundadores da Sociologia;

- Formação do ser humano enquanto ser social;

- Relações sociais que os homens estabelecem, valores, condutas, status e

normatizações;

- Trabalho enquanto fenômeno histórico e seu enraizamento no modelo de

sociedade atual;

- Trabalho e a relação com os modos de produção historicamente colocados na

historia e na sociedade atual;

- Trabalho enquanto característica do capitalismo;

- Capitalismo e mudança social, camadas e mudança social;

- A Cultura como herança social.

280

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os conteúdos de Sociologia serão tratados de maneira articulada, visto

que os conteúdos estruturantes e os básicos não devem se desconectar.

O foco da disciplina de Sociologia é o estudo das relações que se

estabelecem na sociedade e nos seus diversos grupos.

No contexto da disciplina faz-se necessário analisar o contexto histórico,

refletindo sobre o surgimento e também sobre as teorias sociológicas.

O tratamento dos conteúdos de Sociologia fundamenta-se em teorias

originárias diferentes, com seu potencial explicativo atrelado a posicionamentos

ideológico-políticos, no sentido de visões de mundo presentes nas

interpretações.

Para o ensino da Sociologia, o professor deve deixar de lado as sínteses

das teorias e verdadeiramente tratar com objetivos pedagógicos os assuntos

abordados.

AVALIAÇÃO

A avaliação da disciplina de Sociologia deve considerar a concepção

formativa e continuada, onde os objetivos da disciplina estejam afinados com

os critérios propostos.

A disciplina visa melhorar o senso crítico e a conquista de uma maior

participação na sociedade.

Com base no diálogo, leitura teórica, leitura ilustrada, a avaliação

constitui-se um processo de crescimento da percepção da realidade à volta do

aluno.

Enfim, considerar-se-ão os seguintes critérios: apreensão dos conceitos

básicos da ciência, articulados com a prática social, a clareza e a coerência na

exposição das idéias sociológicas e a mudança na forma de olhar e

compreender os problemas sociais.

281

REFERÊNCIAS

FURTADO, Celso. Formação Econômica do Brasil, São Paulo: Nacional,

2002.

HOLANDA, Sergio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia das Letras,

1997.

MARTINS, Carlos B. O que é sociologia. São Paulo: Nova Cultural, 1986.

PRADO Jr. Caio. Evolução Política do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1977.

BIROU, Alain. Dicionário das Ciências Sócias. Lisboa: Dom Quixote, 1982.

BOBBIO, Norberto. Direita e Esquerda. São Paulo: UNESP 1995.

DE MASI, Domenico. O futuro do Trabalho. RJ: José Olimpio, 1999.

DURKHEIM, ÉMILE. As regras do método sociológico. São Paulo: Abril

Cultural, 1973.

MARX Karl. Marx. São Paulo: Abril Cultural, 1978. Coleção os Pensadores.

PARANÁ, SECRETARIA DO ESTADO DE EDUCAÇÃO. Diretrizes

Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008.

SASTRE, G. Temas Transversais em Educação - Bases para uma formação

integral. São Paulo: Ática, 1997.

WEBER, Max . Ensaios de Sociologia. Rio de Janeiro, RJ, Zahar, 1971.

WEBER, Max. A Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo. São Paulo

Pioneira, 1967.

282

10.5.6. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE EDUCAÇÃO FÍSICA

JUSTIFICATIVA

Entendendo a educação física como uma área do conhecimento da

cultura corporal de movimento, esta deve dar oportunidade a todos os alunos

para que desenvolvam suas potencialidades de forma democrática e não

seletiva, visando seu aprimoramento como seres humanos.

Os processos de ensino e aprendizagem devem considerar as

características dos alunos em todas as suas dimensões (cognitivas, corporal,

afetiva, ética, estética, de relação interpessoal e inserção social).

O aluno deverá apreender para além das técnicas de execução, a

discutir regras e estratégias, apreciá-las criticamente, avaliá-las eticamente.

Portanto é tarefa da educação física garantir o acesso dos alunos às praticas

da cultura corporal, contribuindo para a construção de um estilo pessoal de

praticá-las e oferecer instrumentos para que sejam capazes de apreciá-las.

OBJETIVOS

- Compreender a função social do esporte.

- Vivenciar atividades esportivas.

- Apropriar-se acerca das diferenças entre esporte e lazer.

- Reconhecer a influência da mídia, da ciência e da indústria cultural no

esporte.

- Reconhecer a apropriação dos jogos pela indústria cultural, buscando

alternativas de superação.

- Organizar atividades e dinâmicas de grupo que possibilitem aproximação e

considerem individualidades.

- Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das

diferentes manifestações das lutas.

- Reconhecer e aprofundar as diferentes formas de ritmos e expressões

culturais, por meio da dança.

- Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela indústria cultural.

283

- Adotar atitudes de respeito mútuo, dignidade e solidariedade na prática de

jogos, lutas e dos desportos, buscando encaminhar os conflitos de forma não

violenta, pelo diálogo.

- Participar das atividades corporais, estabelecendo relações equilibradas e

construtivas com os outros reconhecendo e respeitando características físicas

e de desempenho de todos, sem discriminar por características pessoais,

físicas, sexuais ou sociais.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos Estruturantes

- Esportes;

- Jogos;

- Dança;

- Ginásticas;

- Lutas.

Conteúdos básicos

- Esportes coletivos e individuais.

- Futebol;

- Vôlei;

- Basquete;

- Futsal;

- Atletismo;

- Tênis de mesa;

- Natação;

- Xadrez.

- Jogos: Dama; Trilha; Xadrez;

- Dança: Quadrilha; Folclórica;

- Ginástica: Geral; Alongamento; Aeróbica; Localizada;

– Lutas: Judô; Sumô; Karatê.

284

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Sendo a cultura corporal objeto de trabalho de estudo por meio dos

conteúdos estruturante, esportes, dança, ginástica, lutas, jogos, a educação

física tem a função social de contribuir para que os alunos se tornem sujeitos

capazes de reconhecer o próprio corpo, adquirir uma expressividade corporal

consciente e refletir criticamente sobre as práticas corporais.

AVALIAÇÃO

Os critérios foram estabelecidos considerando o comprometimento e

envolvimento dos alunos no processo pedagógico.

O aluno deve entregar-se às atividades propostas assimilando os

conteúdos, respeitando o grupo propondo soluções para possíveis

divergências.

A avaliação caracteriza-se como um processo contínuo permanente e

cumulativo, sendo organizado e flexível mediante a necessidade do trabalho.

REFERÊNCIAS

BARRETO, D. Dança: ensino, sentidos e significados na escola. Campinas:

Autores Associados, 2004.

BENJAMIN, W. Reflexões: a criança, o brinquedo, a educação. São Paulo:

Summus, 1984.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São

Paulo: Cortez, 1992.

DAOLIO, J. Educação física brasileira: autores e atores da década de 80.

97f. Tese (Doutorado em Educação Física) - Programa de Pós-Graduação da

Universidade Estadual de Campinas, Campinas: UNICAMP, 1997.

285

ESCOBAR, M. O. Cultura corporal na escola: tarefas da educação física.

In: Revista.

HOFFMANN, J. Avaliação mediadora: uma prática em construção da pré-

escola à universidade. 20 ed. Porto Alegre: Mediação, 2003.

PARANÁ, SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes

Curriculares da Educação Básica. Curitiba, PR: SEED, 2008.

10.5.7. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE MATEMÁTICA

JUSTIFICATIVA

O estudo da matemática procura atender o aluno para que o mesmo

tenha conhecimento para utilizá-lo em sua vida cotidiana, assim como aplicá-lo

em outras áreas.

OBJETIVOS

- Conheça e utilize corretamente a linguagem matemática;

- Desenvolver a capacidade de analisar, relacionar, comparar, abstrair e

generalizar;

- Desenvolver hábitos de estudo, de rigor, precisão e de concisão;

- Desenvolva habilidades específicas para medir e comparar grandezas,

calcular, construir e consultar tabelas e gráficos;

- Adquira conhecimentos básicos, afim de, possibilitar sua integração na

sociedade em que vive;

- Despertar nos alunos a curiosidade e o interesse pela matemática que está

presente em todas as situações de seu cotidiano, na escola, no lazer, em sua

casa.

286

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

- Teoria dos conjuntos;

- Subconjuntos;

- Operações;

- Diagramas;

- Sistemas de Coordenadas Cartesianas;

- Plano Cartesiano;

- Intervalos;

- Funções;

- Domínio e imagem;

- Gráficos;

- Função crescente e decrescente;

- Função composta e função inversa;

- Função 1º grau;

- Gráficos;

- Sinais da Função;

- Inequação do 1º grau;

- Função 2º grau;

- Gráficos;

- Zeros da Função;

- Ponto de máximo e ponto de mínimo;

- Sinais da função;

- Inequação do 2º grau;

- Potenciação;

- Propriedades de potenciação;

- Função Exponencial;

- Equação exponencial;

- Gráficos;

- Domínio;

- Função Logarítmica;

- Equação Logarítmica;

- Gráficos;

- Domínio;

287

- Propriedades;

- Trignometria;

- Função Seno, Cosseno e Tangente;

- Gráficos.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Abordaremos os conteúdos matemáticos desafiando os alunos a partir

de situações problemas, quando os mesmos terão oportunidade de aplicar

conhecimentos previamente adquiridos em situações novas.

Na resolução de exercícios os alunos utilizam mecanismos que a levam

a soluções de forma imediata.

Ao registrarmos questões de relevância social, permitimos o exercício da

critica e a análise da realidade priorizando e valorizando a historia dos

estudantes através do reconhecimento e respeito de suas raízes culturais.

Através da modelagem matemática podemos abordar fenômenos diários

sejam eles físicos, biológicos e sociais, contribuindo para análise e

compreensões diversas do mundo.

O trabalho realizado utilizando-se das mídias tecnológicos valoriza o

processo de produção de conhecimentos.

Através da historia da matemática possibilitamos ao estudante

compreender a evolução dos conceitos.

Sendo assim, a abordagem dos conteúdos específicos transita por todas

as tendências da Educação Matemática através dos conteúdos estruturantes

que organizam os campos de estudo, podendo ser tratado em diferentes

momentos e quando situações de aprendizagem necessitam, podendo ser

retomados e aprofundados a qualquer tempo.

AVALIAÇÃO

No método tradicional de ensino da avaliação é tida como um processo

de troca, uma verificação, isto é, o aluno devolve o que recebeu.

Contudo é imprescindível que a avaliação seja continua e priorize o

desempenho do aluno ao longo do ano letivo. Destaca-se a avaliação

288

formativa, mais adequada ao dia-a-dia da sala de aula, já que a mesma de

ênfase ao aprender. Considera-se que os alunos possuem ritmos e processos

de aprendizagem diferentes e avaliação contínua.

Compreendendo e respeitando as diferenças é que promovemos uma

ação de qualidade para todos os alunos.

Sendo assim, utilizamos de alguns critérios específicos:

- Participação dos alunos nos trabalhos em grupo e individual;

- Resolução de atividades propostas;

- Realização de pesquisas;

- Testes e avaliações.

REFERÊNCIAS

BOYER, C.B. História da Matemática. São Paulo, Edgar Blucher, 1996.

DANTE, Luis Roberto. Matemática. São Paulo: Ática, 2000.

GOULART, C. Márcio. Matemática no Ensino Médio. 3ª Edição; São Paulo,

2008.

IEZZI, Gelsom. Fundamentos de matemática elementar. São Paulo: Atual,

2000.

PARANÁ, O Estado do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica.

Curitiba, PR: SEED, 2008.

10.5.8. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE QUÍMICA

JUSTIFICATIVA

Houve uma época em que as pessoas viviam e aprendiam por meio da

convivência, não existiam escolas que ensinassem como fazer uma

ferramenta, aprendiam à medida que presenciavam.

289

Esses padrões persistiram por muito tempo, transmitidos de geração a

geração. No entanto, embora não seja uma tarefa fácil, houve a necessidade

de mudanças que implicavam uma reeducação, tornou-se necessário aprender

a aprender.

“Aprender a aprender”, ensina Paulo Freire. “Saber pensar”,

complementa Pedro Demo. Como, porém, “aprender a aprender” e “saber

pensar”? Os caminhos são inúmeros. Entretanto, todos eles, não importam os

atalhos ou percursos realizados, o fundamental é manter a curiosidade pelo

conhecimento, ensinar a fazer perguntas, a pensar, a desenvolver argumentos,

sejam eles contrários ou favoráveis ao tema em estudo.

“O ponto principal é reconhecer a real possibilidade de entender o

conhecimento científico e a sua importância na formação dos alunos,

uma vez que ele contribui efetivamente para a ampliação da

capacidade de compreensão e atuação no mundo em que vivemos”

(BIZZO, 2002, p.11).

A divulgação do conhecimento científico na mídia faz com que o cidadão

comum, seja ele criança, jovem ou adulto, tome contato cada vez mais

freqüente com o mundo da ciência, sem se dar conta do papel estratégico que

ela ocupa nas sociedades modernas. Questões de natureza polêmica como os

alimentos geneticamente modificados, os transgênicos; a clonagem terapêutica

ou reprodutiva, bem como discussões relacionadas ao meio ambiente ocupam

o imaginário popular construindo conhecimentos a partir de fragmentos de

informações com qualidade às vezes duvidosa e quase sempre destituída de

seu contexto sócio-econômico e político.

Presencia-se, nas escolas de Ensino Médio, uma aversão referente à

disciplina de Química. Alunos sem interesse e sem motivação, professores

frustrados, livros didáticos ultrapassados, os quais focam apenas em fórmulas

e conceitos distantes da realidade do aluno.

Isso se dá ao fato de que, tendo em vista a prática desenvolvida no

processo de ensino-aprendizagem, que sempre segue da mesma forma, é uma

prática bancária. Nessa perspectiva, segundo Paulo Freire (1983), o “saber” é

uma doação dos que se julgam sábios aos que julgam nada saber. Doação que

se funda numa das manifestações instrumentais da ideologia da opressão – a

absolutização da ignorância, que constitui o que chamamos de alienação da

290

ignorância, a qual se encontra sempre no outro. Nessa prática bancária, são

depositados, transferidos e transmitidos valores e conhecimentos para os

alunos e eles não desenvolvem a consciência crítica para transformação do

seu mundo. A linguagem utilizada é inadequada, não é uma linguagem

científica, os termos usados são ”apelidos” para as palavras, assim não

aprendem nem o significado, nem a pronuncia de palavras na linguagem

científica e, reproduzirão esses “apelidos” para o resto de suas vidas,

mostrando assim uma precariedade em conceitos. Assim com base nesse

relato, grande parte dos educandos acaba evadindo-se do ambiente escolar,

pois não compreende o porquê estuda e o para que estuda. Passado os anos,

a necessidade de estar em constante crescimento, mercado profissional

competitivo, entre outros, faz com que esses alunos retornem a escola.

O ensino de Ciências Naturais vem passando por profundas

transformações nas últimas décadas. Tradicionalmente priorizam-se a

descrição dos fenômenos naturais e a transmissão de definições, regras,

nomenclaturas e fórmulas, muitas vezes sem se estabelecerem vínculos com a

realidade do estudante, o que dificulta a aprendizagem. As discussões

acumuladas sobre o ensino de Ciências apontam para um ensino mais

atualizado e dinâmico, mais contextualizado, onde são priorizados temas

relevantes para o aluno, ligados ao meio ambiente, à saúde e à transformação

científico-tecnológica do mundo e à compreensão do que é Ciência e

Tecnologia. Busca-se a promoção da aprendizagem significativa tal que ela se

integre efetivamente à estrutura de conhecimentos dos alunos e não aquela

realizada exclusivamente por memorização, cuja função é ser útil na hora

da prova.

A mesma tendência vem sendo conferida no campo da EJA, com novas

propostas, de modo que a área de Ciências possa colaborar com a melhoria da

qualidade de vida do estudante e a ampliação da compreensão do mundo de

que participa, profundamente marcado pela Ciência e pela Tecnologia. Os

cursos de Educação de Jovens e Adultos têm se caracterizado pela presença

de alunos que, em sua maioria, desejam se capacitar para a luta por

(melhores) empregos dentro do excludente mercado de trabalho atual.

Portanto, é essencial oferecer oportunidades para que desenvolvam o

hábito de refletir sobre o que expressam oralmente ou por escrito. Sob a

291

condução do professor, os alunos questionam-se e contrapõem as

observações de fenômenos, estabelecendo relações entre informações. Assim,

podem tornar-se indivíduos mais conscientes de suas opiniões, mais flexíveis

para alterá-las e mais tolerantes com opiniões diferentes das suas.

OBJETIVOS

- Oferecer uma sólida base de conhecimentos ao aluno, capacitando-o a

resolver problemas no contexto de Química;

- Estimular o desenvolvimento do espírito científico e reflexivo e ético;

- Criar mecanismos para estimular o senso crítico do aluno;

- Conscientizar o aluno dos problemas mundiais referentes à natureza e

estimulá-lo a adquirir um senso de preservação da vida e do meio ambiente.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Matéria e sua natureza;

- Biogeoquímica;

- Química sintética.

Conteúdos básicos

- Matéria;

- Constituição, estados, naturez elétrica, estudo dos metais, tabela periódica;

- Solução;

- Substância simples e composta;

- Misturas;

- Separação;

- Concentração;

- Temperatura e pressão;

- Densidade;

- Velocidade das reações;

- Reações químicas;

- Lei das reações;

292

- Condições e fatores;

- Equilíbrio químico;

- Relações matemáticas;

- Deslocamento de equilíbrio;

- Ligação química;

- Propriedade dos materiais;

- Tipos de ligações químicas;

- Ligações de hidrogênio;

- Ligações polares e apolares;

- Reações químicas;

- Calorias;

- Equações termoquímicas;

- Lei de Hess;

- Entropia e energia livre;

- Calorimetria;

- Radiotividade;

- Modelos atômicos;

- Elementos químicos;

- Cinética das reações;

- Gases;

- Estados físicos;

- Propriedade dos gases;

- Modelo de partículas;

- Misturas gasosas;

- Lei dos gases;

- Funções químicas;

- Funções orgânicas e inorgânicas.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia da disciplina de Química deve partir do conhecimento

prévio dos educandos, no qual se incluem as idéias pré-concebidas ou as

concepções espontâneas, a partir das quais será elaborado um conceito

científico.

293

Os encaminhamentos também estarão baseados na utilização de

modelos, os quais servirão para explicar determinadas ocorrências e

fenômenos químicos.

A experimentação também será utilizada como mecanismo para melhor

compreender os fenômenos e para apreender conceitos e relações,

estabelecendo ligação entre teoria e prática.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação da disciplina de Química será concebido de

forma processual e formativo, uma vez que deve-se observar a continuidade do

diagnóstico.

Deve-se valer como principal critério de avaliação a construção e a

formação de conceitos científicos, partindo da consideração dos

conhecimentos prévios e do contexto social do aluno.

Neste sentido a avaliação será validada através de várias expressões:

leitura e interpretação de textos, leitura e interpretação da tabelas periódica,

pesquisas bibliográficas, relatórios de aulas em laboratório, apresentação de

seminários, entre outros.

REFERÊNCIAS

BELTRAN, N. O.; CISCATO, C. A. M. Química. São Paulo: Cortez, 1991.

CHASSOT, A. A ciência através dos tempos. 2. Ed. São Paulo: Moderna,

2004.

PARANÁ, SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes

Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008.

RUSSEL, J. B. Química geral. São Paulo: McGraw-hill, 1986.

SANTOS, W. L. P. MÓL, G. S. Química e sociedade: cálculos, soluções e

estética. São Paulo: Nova Geração, 2004.

294

VIDAL, B. História da química. Lisboa: Edições 70, 1986.

10.5.9. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE FÍSICA

JUSTIFICATIVA

Antigos registros históricos já mostravam que os seres humanos se

preocupavam em entender e explicar o mundo no qual viviam. Ao longo do

tempo, temos organizado muito desse entendimento e tentado, com ele

construir nosso mundo.

Uma sociedade se caracteriza por uma visão de mundo que inclui

conhecimento, hábitos e costumes, mitos e crenças. Também, caracteriza-se

pelo modo de produção que determina as relações entre os homens, suas

condições de vida, em cuja base está o trabalho.

A ciência surge na tentativa de decifrar o universo físico, a qual é

determinada pela necessidade humana de resolver problemas práticos e

demandas materiais em determinada época; logo é histórica e constitui visão

de mundo. Ciência significa “conhecimento”. Ela resulta de um processo de

observação, estudo e tentativa de explicar e fazer ciência tem que ser por meio

de muitas atividades.

A Física pode ser considerada a base de todas as outras ciências e da

tecnologia, pois estuda os componentes básicos de um determinado fenômeno

e as leis que governam suas intenções.

Através da Física, dentro de uma perspectiva histórico-crítica, podemos

formar sujeitos por meio de conteúdos que o levem a compreensão do

universo, sua evolução, suas transformações e as interações que nele se

apresenta.

OBJETIVOS

- Estabelecer relações entre a Física e outros campos do conhecimento.

- Considerar que a ciência atual rompe com o imediato e com o perceptível.

- Compreender os conceitos físicos essenciais.

295

- Desenvolver a capacidade de elaborar relatórios físicos a partir de conceitos e

teorias físicas.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS

Conteúdos estruturantes

- Movimento;

- Termodinâmica;

- Eletromagnetismo;

- Introdução à Física e grandezas físicas;

- Movimento uniforme e movimento variado;

- Leis de Newton e Gravitação Universal;

- Princípio da conservação da energia;

- Hidrostática e hidrodinâmica.

Conteúdos básicos

- Aspectos históricos, divisão e aplicações da Física;

- Grandezas físicas;

- Notação científica;

- Unidades fundamentais do sistema internacional de unidades;

- Conceitos: referencial e trajetória;

- Velocidade escalar média e movimento retilíneo uniforme (MRU);

- Aceleração escalar e movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV);

- Aceleração da gravidade;

- Queda livre e lançamento vertical para cima;

- Movimento circular uniforme (MCU);

- Impulso de uma força;

- Quantidade movimento;

- 2.ª Lei de Newton;

- Força Peso;

- Força centrípeda;

- Força de atrito;

- 1.ª e 3.ª Leis de Newton;

296

- Equilíbrio de translação e rotação;

- Gravitação: Lei da gravitação universal e Leis de Kepler;

- Energia: Formas, transformações e conservação;

- Trabalho mecânico;

- Máquinas simples;

- Densidade;

- Peso específico;

- Pressão atmosférica;

- Pressão hidrostática;

- Teorema de Steven;

- Teorema de Pascal;

- Teorema de Arquimedes;

- Matéria, temperatura e calor;

- Diferentes escalas de temperatura;

- Processos de transferência de calor;

- Capacidade térmica;

- Calor específico;

- Mudanças de estado físico;

- A utilização das máquinas térmicas;

- Lei Zero da termodinâmica;

- Primeiro princípio da termodinâmica;

- Segundo princípio da termodinâmica;

- Entropia;

- Elementos e classificação das ondas;

- Acústica;

- Classificação do som;

- Qualidades fisiológicas do som;

- Reflexão do som;

- Carga Elétrica;

- Lei de Coulumb;

- Campo elétrico;

- Potencial elétrico;

- Capacitores;

- Corrente elétrica;

297

- Resistência elétrica;

- Potência elétrica

- Circuitos elétricos;

- Conceitos de magnetismo;

- Força magnética;

- Campo magnético;

- Indução eletromagnética;

- Fluxo magnético;

- Lei de Faraday;

- Lei de Lenz;

- Ondas eletromagnéticas;

- Relatividade restrita;

- Efeito fotoelétrico;

- Laser;

- Aplicações: medicina, leitura de CD e DVD, código de barras.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Procurar observar que os alunos chegam a escola trazendo um

conhecimento prévio e conceitos próprios que devem ser levados em conta no

processo pedagógico. Utilizar-se da produção de textos, leitura e interpretação

de textos científicos de revistas, jornais, interpretação de manuais de aparelhos

em geral para introdução ao estudo de determinados conteúdos onde o

importante será a discussão das idéias.

Utilização da experimentação como demonstrações, observações e

laboratorial para permitir ao aluno, diferentes e concomitantes formas de

percepção qualitativa e quantitativa, de manuseio, de observação, de confronto

de dúvida, de construção conceitual.

Serão em certos momentos realizadas aulas dialógicas, nas quais o

professor deve instigar o diálogo sobre o objeto em estudo.

Os recursos audiovisuais, da mesma forma que o trabalho experimental

envolve períodos de discussão que ampliará e facilitará a construção dos

conceitos.

A informática será utilizada como fonte de dados e informações.

298

A utilização de charges como forma de estimular o aluno proporcionando

novas formas de estudar o conteúdo da disciplina de Física.

AVALIAÇÃO

A avaliação deverá levar em conta os pressupostos teóricos adotados

nas Diretrizes Curriculares. Ao considerar importantes os aspectos históricos,

conceituais e culturais, a evolução das idéias em Física e a não-neutralidade

da ciência, a avaliação se verifica pelo progresso do estudante quanto a esses

aspectos. Avaliar é considerar a apropriação dos objetos da física pelos

estudantes.

A avaliação terá um caráter diversificado e verificará aspectos como a

compreensão dos conceitos físicos; a capacidade de análise de um texto, seja

ele literário ou científico, para uma opinião que leve em conta o conteúdo físico,

a capacidade de elaborar um relatório sobre um experimento ou qualquer outro

evento que envolva a Física.

No entanto, a avaliação não poderá ser usada para classificar os alunos

com uma nota, com o objetivo de testar o aluno ou mesmo puni-lo, mas sim, de

auxiliá-lo na aprendizagem. Ou seja, trata-se de torná-la como instrumento

para intervir no processo de aprendizagem do estudante, cuja finalidade é

sempre seu crescimento.

REFERÊNCIAS

PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes Curriculares da rede

pública de educação básica do Estado do Paraná: Física. Curitiba:

SEED/DEM, 2009.

299

10.5.10. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE BIOLOGIA

JUSTIFICATIVA

Partindo do pressuposto que a ciência não se constitui numa verdade

absoluta, pronta e acabada, é indispensável rever o processo de ensino e

aprendizagem de Ciências no contexto escolar, de modo que o modelo

tradicional de ensino dessa disciplina, no qual se prioriza a memorização dos

conteúdos, sem a devida reflexão, seja superado por um modelo que

desenvolva a capacidade dos educandos de buscar explicações científicas

para os fatos, através de posturas críticas, referenciadas pelo conhecimento

científico. Nessa perspectiva, a disciplina de Biologia tem como fundamento o

conhecimento científico proveniente da ciência construída historicamente pela

humanidade. Os fatos cotidianos e os conhecimentos adquiridos ao longo da

história podem ser entendidos pela interação das várias áreas do

conhecimento, revelando a importância da Química, da Física, da Biologia, da

Astronomia e das Geociências, que se complementam para explicar os

fenômenos naturais e as transformações e interações que neles se

apresentam. Os fenômenos não são explicados apenas por um determinado

conhecimento, portanto, é importante estabelecer as relações possíveis entre

as disciplinas, identificando a forma com que atuam as dimensões desses

conhecimentos, pois o diálogo com as outras áreas do conhecimento gera um

movimento de constante ampliação da visão a respeito do que se estuda ou se

conhece.

Outro aspecto a ser desenvolvido pelo ensino de Biologia na EJA é a

reflexão sobre a importância da vida no Planeta. Isso inclui a percepção das

relações históricas, biológicas, éticas, sociais, políticos e econômicas, assim

como, a responsabilidade humana na conservação e uso dos recursos naturais

de maneira sustentável, uma vez que dependemos do Planeta e a ele

pertencemos. O caminho evolutivo da ciência promoveu o avanço tecnológico

que deve ser discutido no espaço escolar, de tal maneira que o educando

possa compreender as mudanças ocorridas no contexto social, político e

econômico e em outros meios com os quais interage, proporcionando-lhe

também o estabelecimento das relações entre o conhecimento trazido de seu

300

cotidiano e o conhecimento científico e, partindo destas situações,

compreender as relações existentes, questionando, refletindo, agindo e

interagindo com o sistema.

É importante que o educando tenha acesso ao conhecimento científico a

fim de compreender conceitos e relações existentes entre o ambiente, os seres

vivos e o universo, numa concepção flexível e processual, por meio do saber

questionador e reflexivo. Da mesma forma, se faz necessário possibilitar ao

educando perceber os aspectos positivos e negativos da ciência e da

tecnologia, para que ele possa atuar de forma consciente em seu meio social e

interferir no ambiente, considerando a ética e os valores sociais, morais e

políticos que sustam a vida.

O conjunto de saberes do educando deve ser considerado como ponto

de partida para o processo de ensino e aprendizagem, estabelecendo relações

com o mundo do trabalho e com outras dimensões do meio social.

As Ciências Naturais são compostas de um conjunto de explicações com

peculiaridades próprias e de procedimentos para obter essas explicações sobre

a natureza e os artefatos materiais. Seu ensino e sua aprendizagem serão

sempre balizados pelo fato de que os sujeitos já dispõem de conhecimentos

prévios a respeito do objeto de ensino. A base de tal assertiva é a constatação

de que participam de um conjunto de relações sociais e naturais prévias a sua

escolaridade e que permanecem presentes durante o tempo da atividade

escolar.

Dessa forma, é importante que o ensino desenvolvido na disciplina de

Biologia na EJA, possibilite ao educando, a partir de seus conhecimentos

prévios, a construção do conhecimento científico, por meio de análise, reflexão

e ação, para que possa argumentar e se posicionar criticamente.

Sendo assim, como o próprio nome diz Biologia (Bios=vida;

logos=estudo) é o estudo da vida em todos os aspectos. O estudo da vida

neste sentido envolve as relações e implicações do desenvolvimento dos seres

vivos.

Para os alunos da EJA, a dinâmica proposta ultrapassa a linha temporal

da série. Para eles, o conteúdo de Biologia terá uma dimensão muito mais

abrangente e próxima do real. Trabalhar estes conteúdos com alunos adultos

301

significa fazer a relação entre a teoria e a prática com o objetivo de facilitar e

melhorar a sua vida.

OBJETIVOS

- Desenvolver no educando a capacidade de observar a natureza, formulando

idéias a respeito dos fenômenos naturais fazendo a sistematização das

informações adquiridas e, a partir disto, construir modelos explicativos mentais

ou reais a afim de colaborar com o desenvolvimento sustentável e

compreender-se como parte integrante do mundo natural.

- Contribuir para a formação de sujeitos críticos, reflexivos e atuantes.

- Proporcionar o entendimento do objeto de estudo o fenômeno vida em toda

sua complexidade de relações, ou seja, na organização dos seres vivos, no

funcionamento dos mecanismos biológicos, nos estudo da biodiversidade no

âmbito dos processos biológicos de variabilidade genética, hereditariedade e

relações ecológicas, e das implicações dos avanços biológicos no fenômeno

vida.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E ESPECÍFICOS

Conteúdos básicos

- Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos;

- Características gerais dos seres vivos;

- Bioquímica;

- Substâncias inorgânicas: água e sais minerais;

-Substâncias orgânicas: carboidratos, lipídios, proteínas, vitaminas, ácidos

nucléicos.

- Citologia;

- Microscopia;

- Teoria celular;

- Diversidade e organização das células: procariontes e eucariontes;

autotróficas e heterotróficas;

- Organização de uma célula;

- Membrana: composição, especializações e transportes;

302

-Citoplasma: características, organelas citoplasmáticas processos vitais

(respiração, fotossíntese e quimiossíntese);

- Núcleo: características e função;

- Reprodução;

- Reprodução humana: sistema reprodutor masculino e feminino;

- Fecundação;

- Histologia humana;

- Como surgem os tecidos;

- Tipos de tecidos humanos;

- Vírus;

- Características gerais;

- Estrutura e reprodução;

- Viroses;

- Reino Monera;

- Reino Protista;

- Reino Fungi;

- Reino Metaphyta;

- Reino Metazoa;

- Introdução à genética;

- Leis de Mendel;

- Ecologia;

- Estruturas dos ecossistemas;

- Fluxo de energia;

- Ciclos biogeoquímicos;

- Interações biológicas.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Para as aulas de Biologia serão desenvolvidas metodologias que

privilegiem a observação e a pesquisa, desenvolvendo nos educandos o gosto

pela ciência despertando a curiosidade e o interesse pela vida.

Desta forma, segundo as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná

(2008, p.63) “Pretende-se discutir o processo de construção do pensamento

biológico presente na história da ciência e reconhecê-la como uma construção

303

humana, como luta de idéias, solução de problemas e proposição de novos

modelos interpretativos, não enfatizando somente seus resultados.”

Sendo assim a escolha das metodologias deve privilegiar a discussão e

interação entre o social e conteúdo científico. O professor deverá tomar o

cuidado para não deixar de considerar a bagagem do educando. Ainda fazendo

referência as Diretrizes Curriculares: “Como recurso para diagnosticar as idéias

primeiras do aluno é recomendável favorecer o debate em sala de aula, pois

ele oportuniza análise e contribui para a formação de um sujeito investigativo e

interessado, que busca conhecer e compreender a realidade. Dizer que o aluno

deva superar suas concepções anteriores implica promover ações pedagógicas

que permitam tal superação.”

Portanto, as metodologias utilizadas serão:

- problematização;

- aula expositiva dialogada;

- pesquisa em livro e na internet;

- atividades de fixação em sala de aula;

- leitura direcionada.

AVALIAÇÃO

A avaliação da disciplina de Biologia se dará a partir da consideração de

que o processo remete tanto ao fazer do professor quanto ao envolvimento do

educando.

Considerar-se-á também a idéia de que o erro e a dúvida constituem-se

importantes elementos para avaliar o processo de mediação desencadeado

pelo professor entre o conhecimento e o aluno.

Desta forma, a avaliação será um instrumento analítico do processo de

ensino aprendizagem que se configura em um conjunto de ações pedagógicas

pensadas e implementadas ao longo do ano.

REFERÊNCIAS

ARROYO, M. G. A função do ensino de Ciências. Em aberto, Brasília, n. 40,

out/dez.1988.

304

FREIRE, N. A ciência por dentro. Petrópolis: Vozes, 1990.

FUTUYMA, D. J. Biologia evolutiva. Ribeirão Preto: Sociedade Brsileira de

Genética/CNPq, 1993.

KRASILCHIK, M. O professor e o currículo das ciências. São Paulo:

EDUSP, 1987.

PRETTO, N. D. L. A ciência nos livros didáticos. Campinas: Editora da

Unicamp, 1985.

PARANÁ, SECRETARIA DO ESTADO DA EDUCAÇÃO. Diretrizes

Curriculares da Educação Básica. Curitiba, 2008.

10.5.11. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA

JUSTIFICATIVA

Considerando que devemos sempre refletir a respeito de nossa prática

docente, faz-se necessário elaborar e planejar o plano anual de trabalho,

porém convém lembrar que ele é flexível podendo se reestruturado,

reformulado em qualquer momento da sua aplicação.

OBJETIVOS

- Construir a identidade pessoal e social do educando na dimensão histórica à

partir do reconhecimento do papel do indivíduo nos processos históricos

simultaneamente como sujeito e como produto dos mesmos. Deseja-se que, ao

final da disciplina de História, os alunos tenham condições de identificar

processos históricos, reconhecer criticamente as relações de poder neles

existentes, bem como intervirem no mundo histórico em que vivem, de modo a

se fazerem sujeitos da própria História.

305

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Este plano de trabalho docente foi elaborado com os conteúdos básicos

podendo ser acrescentado outros conteúdos que serão articulados com os

conteúdos estruturantes tendo por base as Diretrizes Curriculares da Educação

Básica elaborada pela Secretaria de Estado da Educação do Paraná.

Os conteúdos estruturantes são as relações de trabalho, relações de

poder e as relações culturais, os quais se desdobram em conteúdos básicos

por fim, em específicos.

Para o Ensino Médio da EJA, os conteúdos básico são os temas

históricos baseados nas ações humanas que constituíram os processos

históricos do presente, tais como a fome, desigualdade e exclusão social,

confrontos identitários (individual, social, étnica, sexual, de gênero, de idade,

de propriedade, de direitos, regionais e nacionais)

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Relações de trabalho, Relações de poder e Relações culturais

Conteúdos básicos

- Economia predatória e Produtora na Pré História (coletivismo primitivo);

- A escravidão na Antiguidade Clássica (Egito, Grécia e Roma);

- A escravidão na América Espanhola;

- A escravidão no Brasil;

- A servidão na Idade Média;

- A escravidão na nos dias atuais;

- Resistência à escravidão (comunidades quilombolas do Brasil e Paraná);

- Transição do trabalho escravo para o trabalho livre: a mão de obra no

contexto de consolidação do capitalismo nas sociedades brasileira e

estadunidense;

- A construção do trabalho assalariado.

- Urbanização e Industrialização.

- As civilizações do Oriente próximo (primeiras civilizações da Antiguidade);

306

- Idade Média: Renascimento comercial e urbano;

- A Revolução Industrial;

- O Fordismo, o Taylorismo e o Toyotismo;

- O imperialismo na África e na Ásia;

- A África atual e o Apartheid;

- O Neocolonialismo;

- Formação da sociedade colonial brasileira;

- O trabalho na sociedade contemporânea;

- Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;

- A industrialização e a urbanização no Brasil durante a Primeira República;

- O anarquismo no Brasil;

- Leis trabalhistas e sindicalismo no Brasil;

- Urbanização e industrialização no Paraná (Primeiras vilas e cidades);

- Fundação de Ponta Grossa;

- Industrialização de Ponta Grossa na década de 1970.

- O Império Romano;

- Estados teocráticos da Antiguidade Clássica;

- A Igreja Medieval;

- Relações culturais na sociedade Medieval européia (camponeses, artesões, -

mulheres, hereges e outros;

- Formação das Monarquias Nacionais;

- O iluminismo e os depósitos esclarecidos;

- O iluminismo no Brasil;

- A reforma Protestante e a Contra-Reforma;

- O Renascimento cultural europeu;

- Movimentos sociais, políticos, culturais e religiosos na sociedade moderna;

- Globalização e Neocolonialismo.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

Os encaminhamentos da disciplina de História estão associados a

elaboração de pesquisas, levantamento de hipóteses e leitura interpretativa.

307

A disciplina também pressupõe uma metodologia expositiva em que os

relatos e explanações possam vir a enriquecer informações e conhecimentos

sobre os processos da História.

AVALIAÇÃO

A avaliação será realizada objetivando três aspectos:

- A investigação e a apropriação de conceitos históricos pelos

estudantes;

- A compreensão das relações da vida humana (conteúdos

estruturantes);

- O aprendizado dos conteúdos básicos/temas históricos e específicos.

Para tanto, deverá ser recorrido a diferentes atividades, tais como:

leitura, interpretação e análise de narrativas historiográficas, mapas,

documentos históricos, produção de narrativas históricas, pesquisas

bibliográficas, sistematização de conceitos históricos, produção de trabalhos

referentes a publicidade.

REFERÊNCIAS

COTRIM, Gilberto. Historia para o Ensino Médio: Brasil e Geral. 1ª Ed. São

Paulo: Saraiva, 2002.

DIRETRIZES CURRICULARES DA EDUCAÇÃO BÁSICA: História, Secretaria

de Estado da Educação do Paraná. Governo do Paraná, 2008.

FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Novo Ensino Médio. São Paulo: Àtica,

2002.

MARTINS, ROMÁRIO. História do Paraná. Curitiba: SEED-PR, 2006.

SERIACOPI, Gislaine Campos Azevedo. História/Ensino Médio. 1ª Ed. São

Paulo: Ática, 2005.

308

WACHOVICZ, Rui Chistovan. Historia do Paraná. 7ª Ed. Curitiba: Ed. Gráfica

Vicentina Ltda, 1995.

10.5.12. PROPOSTA CURRICULAR DA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

JUSTIFICATIVA

O ensino de Geografia no ensino médio deverá fornecer subsídios aos

alunos para que possam interpretar o mundo ao seu redor, compreendendo o

espaço em que vivem, sendo homem e a natureza os principais elementos

deste estudo, mantendo assim uma interdependência, uma articulação entre o

ser humano e seus interesses nesse espaço levando os alunos a refletirem

sobre sua realidade local, integrando o conhecimento à experiência de vida.

No decorrer do ano letivo de 2010 será feito o estudo geográfico do

mundo atual, onde os alunos serão conduzidos a perceberem a identidade da

Geografia como área do conhecimento e a possibilidade que oferece para a

compreensão critica da realidade, tendo em vista o exercício pleno da

cidadania, bem como a conhecerem diferentes questionamentos e atividades

criativas, buscando-se desenvolver são só os temas geográficos, mas

estimulando situações em que a sociabilidade e o respeito mútuo estarão em

evidencia.

Uma atenção especial deverá ser dada ao reconhecimento dos

problemas ecológicos que afetam o Planeta Terra, analisando-os e buscando

alternativas para solucioná-los, assumindo posturas coerentes com um

pensamento critico.

Vale ainda lembrar que um enfoque especial será dado à linguagem

cartográfica e à interdisciplinaridade.

309

OBJETIVOS

- Compreender que a ciência geográfica é responsável pelas transformações

que são produzidas no espaço com base nas atividades humanas, criando e

recriando novos espaços.

- Compreender a evolução da geografia.

- Compreender o papel das ONGS.

- Conhecer as três revoluções industriais.

- Perceber a desigualdade na distribuição espacial das indústrias e os fatores

locacionais.

- Compreender a industrialização em países desenvolvidos e

subdesenvolvidos.

- Identificar os principais tipos de indústrias.

- Conhecer o processo de urbanização e hierarquia das cidades.

- Identificar as novas tecnologia e alterações no espaço urbano e rural.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BÁSICOS

Conteúdos estruturantes

- Espaço e representação.

- Dinâmica do espaço.

- Dinâmica populacional.

- Distribuição da indústria nas diversas escalas.

- A Revolução técnica científica.

- Urbanização e hierarquia das cidades.

- Mobilidade urbana e transporte.

- Apropriação do espaço urbano.

Conteúdos básicos

- Conceitos e formações socioespaciais.

- Teorias demográficas.

- Distribuição da população.

- Revolução tecnológica.

- Impacto na produção.

310

- Habitação, infra-estrutura.

- Território marginal e seus problemas.

METODOLOGIA DA DISCIPLINA

A metodologia de encaminhamento da disciplina de Geografia deve

permitir aos alunos a apropriação dos conceitos fundamentais de maneira a

compreender o processo de produção e transformação do espaço geográfico.

Os conteúdos devem ser trabalhados de uma maneira dinâmica e sempre

interligando com a realidade próxima e distante dos alunos.

A necessidade de contextualizar os conteúdos é muito mais do que

relacioná-lo à realidade vivida do aluno, é, situá-lo historicamente e nas

relações políticas, sociais, econômicas, culturais nas manifestações concretas.

Também se faz necessário, estabelecer relações interdisciplinares sem

perder a especificidade da Geografia.

AVALIAÇÃO

O processo de avaliação se dará de maneira a acompanhar a

aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.

A avaliação da disciplina de Geografia deve considerar que os alunos

têm diferentes ritmos de aprendizagem e que as atividades desenvolvidas

possam possibilitar aos alunos a apropriação dos conteúdos e posicionamento

crítico frente aos diferentes contextos sociais.

O processo deve considerar a mudança de pensamento e atitude do

aluno, contribuindo para a formação do aluno crítico, que deve atuar em seu

meio natural e cultural.

Portanto, destacam-se como os principais critérios de avaliação em

Geografia a formação dos conceitos geográficos básicos e o entendimento das

relações sócio-espaciais para compreensão e intervenção na realidade.

Sendo assim, a avaliação é considerada parte do processo pedagógico

e, por isso, deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear

o trabalho do professor.

311

REFERÊNCIAS

ATLAS geográfico escolar, IBGE, RJ: IBGE, 2002.

ALMEIDA, L. M. A.; RIGOLIN, T. Geografia, SP: Ática, 2005, p. 447.

BOING, A. In. Expoente (org). Geopolítica, 2007.

CARLOS, Ana Fani A.(org.), Novos Caminhos da geografia, São Paulo:

Contexto, 2005.

CORRÊA, R. L. O espaço urbano, SP: Ática, 1995.

HESBAERT, R. O mito da desterritorialização, RJ: Bertrand Brasil, 2004.

JOLY, F. A cartografia, Campinas: Papirus, 1990.

LACOSTE, Y. A geografia isso serve, em primeiro lugar para fazer a

guerra, Campinas: Papirus, 1988.

MOREIRA, R. O que é geografia, SP: Brasiliense, 1994, p. 48.

312

V. ATO OPERACIONAL

O ato operacional define e delimita as mudanças significativas a serem

alcançadas, definindo as linhas de ação e a reorganização do trabalho

pedagógico da escola nas perspectivas administrativa, pedagógica, financeira e

político-educacionais.

11. A ESCOLA QUE DESEJAMOS

A escola que queremos deveria ser a instituição, que apoiada pela

sociedade, quebrasse todos os paradigmas a que está atrelada, prevalecendo

o espaço institucional onde o conhecimento seria a linha mestra.

A escola dos sonhos é aquela que consegue acompanhar a evolução

histórica e reinventar uma nova realidade. Para que este processo ocorra faz-

se necessário analisar o currículo, repensar a forma de organizar o tempo e o

espaço da escola, reavaliar os papéis da gestão, do professor, da equipe

pedagógica e do aluno, transpor os muros das relações escola X comunidade e

acima de tudo construir elos que transponham limites entre dados, informação

e conhecimento.

O desejo de uma nova ótica educacional deve conceber a educação

como a maneira pela qual o ser humano é despertado para a descoberta de

suas habilidades, desenvolvendo-as.

A escola que queremos deve encarar o aluno como ator principal de sua

aprendizagem e de sua educação, além de ser o responsável pela construção

de sua vida, vendo o professor como aquele que o ajuda, incentiva, provoca e

o orienta.

Quanto à organização do tempo e do espaço, a escola ideal deveria

servir às necessidades de aprendizagem dos alunos, criando ambientes

diversificados e agradáveis que venham promover o desenvolvimento dos

mesmos. Deveria também interagir criativamente com o mundo que a circunda,

fazendo uso das tecnologias de informação e comunicação.

Em suma, a escola que queremos deve ser uma instituição voltada ao

contexto social, com ações que promovam a cidadania, a autonomia, a

313

participação, a democratização do poder, da liberdade e da expressão, da

identidade cultural, da atitude e da postura crítica.

12. CONCEPÇÃO DE CULTURA-AFRO

Combater o racismo, o preconceito e outras posturas é de

responsabilidade da sociedade como um todo e não deve ser compreendida

enquanto tarefa exclusiva da escola.

Trabalhar pelo fim da desigualdade racial e social em todos os setores

da sociedade, construindo uma visão mais otimista, compete a todos os

cidadãos e também à escola.

Neste sentido, à escola cabe trabalhar com as diferenças, reconhecendo

a diversidade, a valorização das pessoas negras e suas visões de mundo, a

crença na importância de uma educação que não negue sua participação

histórica na sociedade.

Diante disso, a Lei n.º 10.639/03, que destaca e estabelece a inserção

dos conteúdos de História e cultura afro-brasileira e africana nos currículos

escolares, veio elucidar uma nova dinâmica dentro da organização do currículo

e também da própria história brasileira.

Sendo assim, o trabalho com a diversidade cultural deve ser ministrado

no âmbito de todo o currículo, e em especial nas áreas de Artes, Literatura e

História Brasileira.

Em nossa escola, estamos caminhando a ponto de não substituir os

enfoques das diferentes áreas do conhecimento, mas sim, de ampliar o foco

das disciplinas no sentido de trabalhar com as questões elencadas abaixo.

Língua Portuguesa e Literatura

- Pesquisas relacionadas a língua padrão, com destaque aos países que falam

a nossa língua;

- Trabalho com o termo “negro” de maneira pejorativa;

- Pesquisas sobre obras literárias de escritores negros;

- Discussões sobre letras de músicas relacionadas à questão racial;

- Trabalho com produções de poesia acerca do assunto;

- Trabalho com construções de paródias.

314

História

- Analisar a contribuição dos africanos e dos afrodescendentes na constituição

da nação brasileira;

- Pesquisar e analisar as contradições que existem sobre o negro e o

continente africano;

- Estudo sobre os reinos africanos, povos escravizados trazidos para o Brasil, o

fim do tráfico negreiro e sobre a data do dia nacional da consciência negra.

Geografia

- Caracterização da população brasileira e a miscigenação de povos;

- A contribuição do negro na construção da nação brasileira;

- A colonização da África pelos europeus;

- Estudos das organizações espaciais das aldeias africanas;

- Análise de dados do IBGE;

- Localização de países no mapa.

Ensino Religioso

- Pesquisa sobre a influência das tradições religiosas afros na cultura do Brasil.

- Estudo sobre as religiões africanas presentes no Brasil.

Arte

- Pesquisas sobre danças e religiosidade;

- Análise da contribuição artística da cultura africana na formação da música

popular brasileira;

- Cantores e compositores brasileiros que são negros;

- Poética musical envolvendo a temática do negro.

Ciências

- Pesquisa sobre as teorias antropológicas;

- Estudo das características biológicas dos diversos povos;

- Análise e reflexão sobre o panorama da saúde dos africanos (epidemia,

saúde, doenças, condições de higiene).

315

Educação Física

- Pesquisa sobre as práticas corporais da cultura negra;

- Influências da cultura negra (danças, brincadeiras, brinquedos, manifestações

corporais e jogos).

Matemática

- Análise de dados do IBGE sobre a composição da cultura brasileira;

- Pesquisas sobre dados específicos da nossa cidade acerca da população

negra.

13. CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Com a promulgação da LEI n.º 9.795 que institui a política nacional de

educação ambiental, o Colégio Senador Correia passou a refletir com toda a

comunidade escolar sobre as questões que envolvem o desenvolvimento com

sustentabilidade visando superar os dramas da desigualdade e da exploração

humana.

Neste sentido, buscamos integrar a matéria ao currículo, despertando a

reflexão das questões ambientais que se apresentam nas diferentes áreas do

conhecimento, visando não só a transformação da realidade em que estamos

inseridos, mas também na mediação da aprendizagem e na introdução de

práticas comprometidas com os interesses da comunidade.

Acreditamos que a escola deve possibilitar o trabalho com quesitos

teóricos práticos da educação ambiental visto que a dinâmica estudada e

vivenciada venha a efetivar a necessidade constante de conscientização das

pessoas na visão da melhoria da qualidade de vida.

Diante disso, destacamos que o ser humano é aquilo que ele vivencia.

Os frutos que tivemos foram e são colhidos dentro e fora da escola, com as

ações dos alunos. Não ações induzidas, mas ações que surgiram de valores

adquiridos com o trabalho da educação ambiental.

Neste sentido, o colégio contempla a educação ambiental em seus

diferentes aspectos, tanto na educação formal como na não formal. As

disciplinas buscam aliar-se no sentido de discutir e ampliar as questões

ambientais, promovendo a integração entre as disciplinas.

316

Destacamos também que a Educação Ambiental é trabalhada no Projeto

Mais Educação financiado pelo Governo Federal no período contraturno. Tal

projeto desenvolve atividades voltadas a orientação das relações do homem

com o meio ambiente, bem como, a promoção de ações individuais e coletivas

que auxiliem a construção de práticas voltadas para a conservação do meio

ambiente e a qualidade de vida de toda a comunidade escolar.

14. CONCEPÇÃO DO ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA DOS POVOS

INDÍGENAS DO BRASIL

Ao pensarmos em educação indígena, temos que primeiramente

refletirmos sobre a própria história brasileira visto que, os indígenas

construíram e fizeram parte desta. Na caminhada da história da educação, os

indígenas também assumiram papéis importantes e primordiais na

consolidação da época vivida.

O pensar sobre a cultura dos povos indígenas resgata princípios

históricos e analisa os diferentes olhares sobre os mesmos. Portanto, as

reflexões devem buscar a valorização, o respeito a diversidade e a constituição

de processos educativos inclusivos.

Sabe-se então que existem fundamentos legais que estão presentes na

Constituição de 1988, e que destacam os direitos indígenas: o reconhecimento

e a garantia de seus territórios, de suas formas de organização social e de sua

produção sociocultural, o ensino ministrado nas línguas indígenas e o

reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem.

A educação escolar indígena é uma inovação na educação brasileira e

sua implementação como política de garantia de direitos exige ainda um novo

pensar sobre a formulação de políticas, programas e ações específicas.

15. CONCEPÇÃO DE HISTÓRIA E CULTURA DO PARANÁ

O ensino de conteúdos da disciplina de História do Paraná nos níveis

Fundamental e Médio se tornou obrigatório na rede estadual com o objetivo de

formar cidadãos conscientes de sua identidade e potencial, valorizando o

espaço onde vivem.

317

A disciplina deverá permanecer como parte diversificada do currículo,

em mais de uma série ou seus conteúdos distribuídos em outras matérias.

Em nosso colégio, destacamos o trabalho semanal do hasteamento da

bandeira e o canto do hino do Paraná nas comemorações internas e também

festivas realizadas pelo nosso estabelecimento. Constantemente, contamos

com a colaboração do 2.º Agrupamento de Bombeiros, os quais nos convidam

também para participar de seus momentos cívicos.

16. PLANOS DE AÇÃO

16.1. PLANO DE AÇÃO DA DIREÇÃO ESCOLAR

A presença e o trabalho da direção da escola alicerça-se na idéia de que

a organização da instituição nos âmbitos administrativos e pedagógicos deve

se constituir por meio do trabalho coletivo e participativo.

Dentre as atribuições que são fundamentais para o desenvolvimento do

trabalho coletivo, as mais evidentes precisam envolver o incentivo às iniciativas

inovadoras, elaboração das estratégias para ações cotidianas e de longo prazo

visando a melhoria da escola, gerenciamento de recursos financeiros e

humanos, garantia do direito de participação da comunidade na escola,

identificação da escola e busca de soluções das mesmas.

Considerando as especificações elencadas acima, a direção voltará

suas ações para:

- Envolver a comunidade escolar para que esta Proposta Pedagógica seja uma

concreta e viva dentro da instituição;

- Estimular o estudo do Regimento Escolar, mantendo-o acessível a todos para

que as ações sejam respaldadas;

- Proporcionar a participação comprometida e efetiva da APMF e Conselho

Escolar, evidenciando a importância de cada instância para o fortalecimento

escolar.

- Estimular as ações do Grêmio Estudantil;

- Planejar junto com APMF, Conselho Escolar e Grêmio Estudantil no sentido

de estabelecer parcerias com outros segmentos da sociedade com vistas a

318

amparar necessidades surgidas, no sentido de assistência a parte física e

humana.

- Acompanhar o processo avaliativo da escola, provocar a reflexão na e sobre

essa ação, para que todos compreendam sua importância não apenas para o

desenvolvimento do aluno, mas como suporte para a melhoria na qualidade do

ensino;

- Socializar as informações recolhidas nas reuniões, encontros, simpósios e

cursos bem estimular a participação de professores e funcionários nos

mesmos;

- Amparar e incentivar os projetos dos professores, disponibilizando aos

mesmos, espaços e matérias necessários;

- Trazer a comunidade para participar dos eventos organizados pela escola.

Basicamente, a direção coloca em ação o processo de tomada de

decisões na organização e coordena os trabalhos, de modo que sejam

executadas da melhor maneira possível.

Ao gestor educacional cabe articular a comunidade educativa na

execução do projeto político pedagógico, incrementando a gestão participativa

da ação pedagógico-administrativa, conduzindo a gestão da escola em seus

aspectos administrativos, econômicos, jurídicos, sociais e educacionais.

O gestor escolar deve ser um líder pedagógico que apóia o

estabelecimento das prioridades, avaliando, participando na elaboração de

programas de ensino e de desenvolvimento, incentiva sua equipe a descobrir o

que é necessário para dar um passo a frente, auxiliando os profissionais a

melhor compreender a realidade educacional em que atuam, auxiliando os

profissionais a melhor compreender a realidade educacional em que atuam,

cooperando na solução de problemas pedagógicos, estimulando os docentes a

debaterem em grupo, a refletirem sobre sua prática pedagógica e a

experimentarem novas possibilidades.

16.2. PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE PEDAGÓGICA

“Diante do colar – belo como um sonho –admire,

sobretudo, o fio que unia as pedras e se imolava anônimo

para que todos fossem um...”

319

D. Helder Câmara

A conquista do sentido político e pedagógico da equipe pedagógica deve

transcender as funções burocráticas, disciplinadoras e fragmentadas do

processo pedagógico. Para tal, exige-se a reflexão e a tomada de consciência

do seu legítimo papel na escola.

Cabe a toda comunidade escolar ter clareza sobre as especificidades e

generalidades da função pedagógica, uma vez que, na maioria das situações o

pedagogo acaba por assumir outras funções e negligenciando as suas

obrigações.

Neste sentido, ao pedagogo cabe compreender a natureza do trabalho

coletivo na escola e também perceber a necessidade de pensar a educação no

processo de contradição. O pedagogo deve pensar o papel da escola e mediar

as relações pedagógicas: professor, aluno, currículo, metodologia, processo de

avaliação, processo de ensino aprendizagem e organização curricular.

Sendo assim, a equipe pedagógica deve coordenar a organização do

trabalho pedagógico, bem como a implementação das Diretrizes Curriculares

definidas neste Projeto Político Pedagógico e no Regimento Escolar.

Nesta dinâmica, segue elencado abaixo as especificidades de trabalho

da equipe pedagógica:

- Orientação com a comunidade escolar na construção do processo

pedagógico;

- Participação na organização do trabalho escolar;

- Orientação na construção coletiva e na efetivação da Proposta Curricular do

estabelecimento;

- Coordenar o processo de elaboração dos planos de trabalho docente junto ao

coletivo de professores;

- Coordenar reuniões pedagógicas para o aprimoramento teórico-metodológico

do trabalho escolar, conforme calendário escolar;

- Desenvolver um trabalho de acompanhamento pedagógico frente aos alunos;

- Desenvolver um trabalho de articulação do processo educativo e o corpo

docente;

- Estabelecer diálogo entre escola e família;

320

- Organizar a realização dos Conselhos de Classe de forma a garantir um

processo coletivo de reflexão-ação sobre o trabalho pedagógico;

- Acompanhar a hora atividade dos professores do estabelecimento de ensino;

- Subsidiar e acompanhar o processo coletivo de elaboração e aprimoramento

do Regimento Escolar, garantindo a participação democrática de toda a

comunidade escolar;

- Acompanhar o processo de avaliação institucional do estabelecimento de

ensino;

- Orientar, acompanhar e vistar periodicamente os livros de Registro de Classe;

- Organizar os registros de acompanhamento da vida escolar do aluno;

- Sugerir a equipe docente alternativas de atividades que favoreçam melhorias

na aprendizagem nos aspectos detectados e observados como dificuldade;

- Coletar, analisar e divulgar os resultados de desempenho dos alunos visando

à correção e intervenção pedagógica necessária.

Para tanto, o fazer pedagógico da equipe pedagógica do Colégio

Estadual Senador Correia será respaldado em três pilares: prevenir, cooperar e

o intervir com vistas ao desenvolvimento integral e harmônico do aluno e ao

bom desenrolar das atividades dentro do ambiente escolar.

16.3. O PROFESSOR ENQUANTO EDUCADOR

Analisando e pensando acerca dos termos professor e educador,

podemos destacar que a função de professor está ligada a questões mais

técnicas e que a de educador vai mais além.

A dinâmica do ofício do professor muitas vezes está articulada a

questões de vencer o currículo, deixando de lado fatores ligados aos objetivos

propostos.

Nos dias de hoje, evidenciamos que a função da escola é a de formar

cidadãos, os quais só poderão ser formados com a articulação de um educador

consciente, que não destaque apenas a instrução formal e conteudista, mas

que, saiba trabalhar com quesitos voltados a formação do ser humano.

Sabemos que encontramos muitos professores, muitos..., mas professor

é profissão, não é algo que se define por dentro, por amor. Educador, ao

321

contrário, não é profissão, é vocação. E toda vocação nasce de um grande

amor, de uma esperança e de muitos desejos.

Segundo Rubem Alves,

Os educadores são como as velhas árvores. Possuem uma face, um

nome, uma “estória” a ser contada. Habitam um mundo em que o que

vale é a relação que os ligam aos alunos, sendo que cada aluno é

uma “entidade” “sui generis”, portador de um nome, também de uma

“estória”, sofrendo tristezas e alimentando esperanças. E a educação

é algo para acontecer neste espaço invisível e denso, que se

estabelece a dois...

Os professores são habitantes de um mundo diferente, onde o educador

pouco importa, pois o que interessa é um crédito cultural que o aluno adquire

numa disciplina, para fins institucionais, não fazendo diferença para quem

ministra a mesma.

Já o educador, este constrói, habita um mundo em que a interioridade

faz a diferença, em que as pessoas se definem por suas visões e esperanças.

Colabora na missão da humanidade de guiar as gerações futuras não só no

conhecimento científico, mas também nos padrões morais que devem reger a

sociedade.

Sendo assim, o Colégio Estadual Senador Correia pretende estar

motivando e mobilizando os profissionais da educação para que os mesmos

mantenham a chama da esperança acessa e transponham o amor da profissão

para os alunos, de maneira a colaborar com a formação do ser integral.

16.4. ALUNO CRÍTICO E REFLEXIVO

A capacidade de reflexão e crítica leva a capacidade de autonomização.

Esta deve ser entendida como a dimensão de liberdade em que é tida como

responsabilidade e capacidade de tomar as decisões certas no momento certo.

Diante desta consideração, o aluno crítico e reflexivo é aquele que

reflete sobre o que faz, sua própria atividade e o que é como aprendente, que

faz parte da sua função de aluno e aprendiz.

Neste sentido, o ideário de aluno crítico e reflexivo deve partir do

trabalho efetivo e comprometido de todos os envolvidos no ambiente escolar,

322

pois o pensamento reflexivo e crítico pode não surgir espontaneamente e seu

desenvolvimento precisa ser estimulado.

16.5. O FUNCIONÁRIO PARCEIRO

Sabemos que hoje em dia muitos conceitos que antes estavam

interligados somente a grandes empresas, estão chegando também no campo

educacional. Tais conceitos vieram apresentar às escolas um novo visual e um

novo encarar das questões que constroem o ambiente escolar.

A idéia de tornar os funcionários parceiros e colaboradores no sentido

literal do termo faz reforçar a idéia da própria redemocratização do ensino,

onde todos os envolvidos na esfera educacional fazem parte do processo.

Neste sentido, tanto direção, equipe pedagógica, alunos, professores,

funcionários e responsáveis fazem parte desta grande comunidade escolar.

Para tanto, os funcionários compõem este cenário dentro do ambiente

escolar e realmente agem como parceiros no cumprimento de suas funções e

atribuições.

Destacamos também que as formações continuadas planejadas pela

SEED e executadas pela equipe pedagógica sempre são bem aceitas e

consequentemente bem aproveitadas pelos funcionários.

Sendo assim, o Colégio Estadual Senador Correia respeita e valoriza

cada funcionário seja no exercício legal de sua função como também no

compartilhar das tarefas e serviços.

17. AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL DA ESCOLA

A avaliação institucional do Projeto Político Pedagógico será realizada

uma vez ao ano pelos membros da comunidade escolar, juntamente com

APMF e Conselho Escolar. Será analisado o que foi alcançado, as dificuldades

encontradas, o setor de menor produtividade, a construção da prática

democrática, as necessidades do grupo e o que for sugerido e destacado

nestes órgãos.

323

Pensando a avaliação como um fator de maior compreensão da

realidade da escola, necessitamos verificar os dados que facilitam ou

comprometem os avanços na qualidade do ensino.

Para tanto, estaremos verificando e avaliando os seguintes fatores:

condições físicas e matérias da escola, ambiente educativo, mecanismos de

decisões colegiadas, aproveitamento escolar do aluno, acesso e permanência

do educando, respeito à diversidade, análise da prática pedagógica dos

profissionais, prática docente, gestão democrática, participação da

comunidade, entre outros.

Depois da avaliação dos itens, será elaborado um relatório que servirá

de referencial e subsídio para que nossa realidade escolar se modifique e

melhore.

Diante disso, também podemos afirmar que o Projeto Político

Pedagógico não é algo pronto e acabado, mas que deve constantemente ser

repensado, discutido e se necessário reestruturado.

17.1. INSTÂNCIAS COLEGIADAS (APMF, CONSELHO ESCOLAR E

GRÊMIO ESTUDANTIL)

A instituição desenvolve uma gestão democrática centrada nos valores e

princípios democráticos. O trabalho visa o cumprimento da função social e

política da educação escolar, que é a formação social do cidadão participativo,

responsável, crítico e criativo, através da produção e socialização do saber

historicamente construído e acumulado pela humanidade.

Busca-se também constituir um processo pedagógico dinâmico onde

ocorra o envolvimento harmonioso entre o corpo docente, discente,

funcionários e comunidade em geral, baseada na conjunção da liberdade e co-

responsabilidade nas decisões a serem tomadas com relação à melhoria do

processo ensino-aprendizagem.

A participação melhora a qualidade das decisões tomadas na área da

educação e têm um papel fundamental na democratização da gestão.

324

17.2. CONSELHO ESCOLAR

O Conselho Escolar é um órgão colegiado de natureza deliberativa,

consultiva e fiscalizadora sobre a organização do trabalho pedagógico e

administrativo do estabelecimento de ensino. Este órgão também segue as

determinações legais vigentes e as orientações da Secretaria do Estado da

Educação do Paraná.

A escolha dos membros do Conselho ocorre através de reuniões ou

convocações nas quais se apresentam voluntários com a possibilidade de

efetiva participação, representatividade, compromisso e responsabilidade com

os interesses de toda a comunidade escolar.

Ao Conselho Escolar são atribuídas várias funções que estão elencadas

no Regimento Escolar, e que apresentam um importante papel no debate sobre

os problemas do colégio bem como suas possíveis soluções. Destaca-se

também as ações do Conselho enquanto instância deliberativa e com poder de

decisão frente ao processo democrático de divisão de direitos e

responsabilidades.

17.3. APMF (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRES E FUNCIONÁRIOS)

A associação é constituída pelo corpo docente, técnico administrativo,

professores, funcionários e pais de alunos do estabelecimento de ensino. As

atividades da associação de Pais, Mestres e Funcionários estão regidas por

estatuto próprio e pelos dispositivos legais.

Neste sentido, a APMF é uma aliada nas ações administrativas e

pedagógicas, pois, contribuem para a resolução de problemas os quais

apresentam maiores chances de obterem resultados positivos.

O elo de ligação entre pais, professores e funcionários com a

comunidade, prima também pela busca de soluções equilibradas para os

problemas coletivos do cotidiano escolar, dando suporte a Direção e Equipe,

visando o bem estar e formação integral dos alunos.

Normalmente os membros da APMF se reúnem mensalmente e

discutem questões visando facilitar os novos encaminhamentos das ações

325

pertinentes, bem como a apresentação das prestações de contas e intenções

das aquisições futuras.

Atualmente a APMF do Colégio Estadual Senador Correia consta com

seus membros em todas as decisões e a está em pleno desenrolar de suas

atividades, estando efetivamente em exercício até a conclusão de seus

trabalhos no ano de dois mil e onze, quando completa dois anos da eleição.

17.4. GRÊMIO ESTUDANTIL

O grêmio estudantil é uma organização sem fins lucrativos que

representa o interesse dos estudantes e que tem fins cívicos, culturais,

educacionais, desportivos e sociais.

Cabe ao grêmio estudantil visar à integração e representações dos

estudantes, defendendo os direitos e interesses, cooperando para melhorar a

escola e a qualidade do ensino.

A esta organização também cabe incentivar e promover atividades de

diferentes instâncias bem como realizar intercâmbio e colaboração de caráter

cultural e educacional com outras instituições.

O Grêmio Estudantil do Colégio Estadual Senador Correia segue as

orientações da SEED, com estatuto próprio e atas de regulamentação.

17.5. CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação restrita a cada

turma, tendo por objetivo avaliar o processo de ensino aprendizagem na

relação professor/aluno e os procedimentos adequados a cada situação.

O Conselho de Classe serve como instrumento de avaliação e pode se

constituir como espaço de discussão dos problemas e possibilidades de

avanço aos alunos, com vistas a intervenções adequadas e planejadas. É um

momento privilegiado para redefinir práticas pedagógicas com o objetivo de

superar a fragmentação do trabalho escolar e oportunizar formas diferenciadas

de ensino que realmente garantam a todos os alunos a aprendizagem.

326

A reunião do Conselho de Classe será participativa, ou seja, terá a

participação do diretor, diretor auxiliar, equipe pedagógica, professores e

representantes dos alunos.

No processo de organização do Conselho de Classe serão definidos

critérios qualitativos que possam sustentar a função deliberativa e orientar a

prática pedagógica.

A organização dos conselhos se dará todo o final de bimestre e

seguindo as datas demarcadas no calendário escolar. A presença dos

componentes será obrigatória e deverá ser feita através de convocação.

Ao longo do processo, acontecerá o pré-conselho, que será realizado

nas horas atividades dos professores, em ficha própria para levantar problemas

e possíveis soluções de maneira a tornar o conselho mais produtivo.

Após a realização do Conselho de Classe será elaborado um documento

Ata onde, todos os professores deverão ler e assinar, pois nesta ata estarão

registrados os encaminhamentos sugeridos e discutidos no dia do Conselho.

18. PROJETOS QUE O COLÉGIO PRETENDE DESENVOLVER

18.1. ESTUDOS DOS DOCUMENTOS LEGAIS (CONSTITUIÇÃO, ECA E

REGIMENTO ESCOLAR)

Objetivos:

- Reconhecer os direitos humanos e o exercício dos direitos e deveres da

cidadania.

- Identificar as normas e leis estabelecidas dentro da escola.

- Agir com responsabilidade no cumprimento de suas atribuições enquanto

aluno.

Clientela:

- Alunos de 8.ª séries e 1.º Ano do Ensino Médio Profissionalizante.

Responsável:

- Equipe pedagógica e professores da disciplina de História.

327

18.2. PROJETO COM O TEMA: INCLUSÃO SOCIAL E CULTURA NEGRA

Objetivos:

- Combater as formas de preconceito e discriminação visando promover a

igualdade entre os desiguais.

Clientela:

- Alunos matriculados no Ensino Fundamental (5.ª a 8.ª séries

Responsável:

- Equipe pedagógica e professores.

18.3. PROJETO DE INTEGRAÇÃO DOS ALUNOS DO

PROFISSIONALIZANTE AO MUNDO DO TRABALHO

Objetivos:

- Integrar-se ao mundo do trabalho.

- Conhecer outras realidades.

- Valorizar o mercado de trabalho.

Clientela:

- Alunos do Ensino Médio Profissionalizante.

Responsável:

- Equipe pedagógica, professores, coordenação e empresários do ramo.

328

19. PROJETOS VIVA ESCOLA – MAIS EDUCAÇÃO

19.1. TEATRO – MAIS EDUCAÇÃO

JUSTIFICATIVA

As possibilidades do teatro como um instrumento pedagógico são

muitas. O teatro educativo, teatro na educação, ou ainda, teatro pedagógico,

consiste em trazer para o espaço escolar as técnicas do teatro e aplicá-la na

comunicação do conhecimento. Na escola, esteja o aluno como espectador,

ator ou autor, o teatro é um poderoso instrumento para gravar na sua memória

um determinado tema, ou para simplesmente levá-lo, através de um impacto

emocional, do lúdico, a refletir sobre valores morais.

O teatro favorece ao educador, perceber traços da personalidade do

aluno, seu comportamento individual e coletivo e seu desenvolvimento. Tal

situação permite ao educador, um melhor direcionamento para a aplicação do

seu trabalho pedagógico. O teatro na escola, através de uma linguagem

simples e de fácil acesso, vem mostrar cada vez mais que é possível formar e

informar através do lúdico, do imaginário, mais que isso, que é possível criar e

interpretar com muito pouco, divertir e ensinar a todos. Neste sentido justifico o

Projeto Teatro na Escola tendo como enfoque a melhoria do ensino-

aprendizagem em suas diferentes áreas do saber.

CONTEÚDOS

O uso do Teatro como instrumento pedagógico, pode-se afirmar que é

tão antigo quanto seu uso na encenação dramática, pois "O homem primitivo

dramatizava os fatos e os fenômenos da natureza para melhor compreendê-

los" (REVERBEL, 2006, p.16). Mesmo que não o fizesse com esse propósito,

essa pratica apresenta indícios de que, se percebia tratar-se de uma maneira

mais eficaz de facilitar o entendimento de certos fatos e talvez com fins

educativos. O berço do Teatro Ocidental, assim como, de muitas outras

idealizações, foi a Grécia a partir do século VI a.C., nos gêneros tragédia e

comédia. As tragédias gregas tinham um cunho moral, um caráter educativo,

329

gerido sempre pelo poder dos deuses, em articulação, principalmente, com

mensagens sobre o respeito que os homens deviam a esses deuses. Essa

idéia original, de caráter educativo do Teatro, ainda é válida na Educação

formal nos dias de hoje, pois está presente em propostas educacionais atuais,

como as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná.

OBJETIVOS

- Oportunizar aos alunos do Colégio Estadual Senador Correia o conhecimento

teórico-prático da linguagem artística teatral, estabelecendo vínculos com os

conhecimentos adquiridos nas demais disciplinas.

- Conhecer teoricamente sobre a História do Teatro.

- Praticar as diversas técnicas de teatro.

- Estimular a percepção e sensibilidade dos alunos, através dos exercícios de

jogos dramáticos, improvisação teatral espontânea e planejada, também como

interpretação teatral.

- Enriquecer nas atividades escolares e no seu desempenho em sala de aula.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O Projeto será desenvolvido de forma teórico-prática, através de estudo

histórico do teatro e suas técnicas, utilizando a TV pendrive, livros, vídeos,

cartazes e a sala de informática. As atividades práticas serão desenvolvidas

sempre após os estudos teóricos.

INFRAESTRUTURA

O Projeto se desenvolverá nas dependências do colégio (saguão, salas

de aula, auditório) e eventualmente no Teatro Opera, que fica a 300 metros do

Colégio.

RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se que ao final do Projeto os alunos possam perceber a

330

importância do Teatro para o enriquecimento das tarefas escolares com

sugestões de atividades dramáticas que estimulam o crescimento intelectual e

emocional dos alunos. E também registrar o desenvolvimento da percepção,

através dos exercícios de improvisações espontâneas.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

Os alunos que farão parte do Projeto serão escolhidos conforme suas

necessidades de sociabilização e interpretação de textos e criatividade. Os

mesmos também serão consultados a respeito do gosto pelo teatro, deixando

ele a vontade para optar para fazer parte do Projeto.

19.2. EDUCAÇÃO AMBIENTAL – MAIS EDUCAÇÃO

JUSTIFICATIVA

Muitos dados têm apontado que a maior crise que o planeta tem

enfrentado diz respeito as questões ambientais. Percebe-se uma certa

urgência por parte da sociedade em apresentar instrumentos que minimizem

essa problemática. Nesse sentido, compreende-se que se faz necessário por

parte das escolas, promover e estimular um processo de reflexão e tomada de

consciência dos alunos. Dessa forma, é de suma importância, desenvolver uma

proposta voltada para a temática da educação ambiental, visto que, um dos

maiores desafios enfrentados pela realidade escolar atual, é a construção de

um sujeito histórico capaz de pensar e agir criticamente na sociedade,

colaborando com a emancipação e a transformação social.

CONTEÚDOS

As relações entre as sociedades humanas e a natureza ao longo da

história. 0 conhecimento e o reconhecimento da importância da Legislação

Ambiental para a preservação do meio ambiente. A intervenção humana sobre

331

a natureza e o meio ambiente. Agenda 21 como compromisso assumido e

instrumento necessário para mudar a vida e as condições do meio ambiente.

OBJETIVO

- Proporcionar aos alunos do Colégio Senador Correia um trabalho rico e

significativo, voltado para as questões de educação ambiental, levando-os a

compreender os valores que orientam a relação do homem com o meio

ambiente, bem como, a promoção de ações individuais e coletivas que auxiliem

a construção de práticas voltadas para a conservação do meio ambiente e a

qualidade de vida de toda a comunidade escolar.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

A proposta que hora se apresenta será desenvolvida por meio de várias

possibilidades de trabalho, envolvendo uma ação consciente por parte dos

alunos e professores participantes da proposta, no sentido de aliar

conhecimento e mudança. As atividades pretendidas são: aulas expositivas

com a utilização de vários recursos audiovisuais, construção de maquetes,

exposição dialogada, palestras, desenvolvimento de oficinas, saídas de campo,

construção de agenda local 21, encontros periódicos, entrevistas, oficinas,

entre outras.

INFRAESTRUTURA

Salas de aula, auditório, laboratório de informática.

RESULTADOS ESPERADOS

Com essa proposta espera-se que os alunos e professores sintam-se

mobilizados a discutir, refletir e a tomar decisões práticas relacionadas a

temática.

332

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

O desenvolvimento da proposta acontecerá em contra-turno e procurar-

se-á atender os alunos que apresentarem mais necessidade em permanecer

na escola.

19.3. VIVENDO O VOLEIBOL – MAIS EDUCAÇÃO

JUSTIFICATIVA

A educação física bem como todos os desportos são amplamente

reconhecidos como indispensáveis e valiosos agentes educativos. Acreditando

que a prática de um desporto planejado auxiliará no desempenho escolar da

criança, pois ela estará desenvolvendo aspectos básicos de sua formação.

Estruturará também seu desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo,

proporcionando condições de se tomar uma pessoa independente, crítica e

consciente na sociedade. Diferentes trabalhos científicos e projetos sociais

ligados ao esporte mostram que a atividade física, em especial no que diz

respeito aos adolescentes e crianças, tem um fator motivador extremamente

positivo; assim, se bem trabalhado o projeto extrapola e muito a esfera da

competição, sendo seus efeitos sentidos no dia a dia destes jovens

constituindo-se em um fator importante de inclusão social.

CONTEÚDOS

Devemos ter conhecimento de que a prática do voleibol é uma atividade

que fará com que haja uma disciplina, coleguismo, sociabilidade, espírito de

equipe e união entre todos. Que o manejo correto da bola, bem como as

limitações que poderá ser exercido o jogo, fará com que haja um espírito

esportivo entre os participantes.

333

OBJETIVO

- Através do voleibol teremos como objetivos ligados diretamente ao praticante,

o desenvolvimento físico, técnico, tático, psicológico, moral e social. Auxiliando

também, no desenvolvimento das capacidades físicas e perceptuais envolvidas

na execução dos fundamentos, entre estes podemos destacar: a coordenação,

o ritmo, o equilíbrio, a agilidade, a força, a velocidade, a flexibilidade, a

resistência cardiorespiratória, a percepção espacial, a precisão de gestos, a

orientação de respostas, o tempo de reação e a destreza de movimentos.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Será oferecido conforme a necessidade dos alunos, respeitando sempre

as diferenças e os limites de cada um. Iremos partir primeiramente de um

princípio lúdico, depois partindo para os movimentos necessários, para que os

alunos entendam e tenham a participação.

INFRAESTRUTURA

Espaço físico da escola, em especial a quadra de esportes.

RESULTADOS ESPERADOS

Levar o aluno ao conhecimento da necessidade de uma prática

esportiva para que a mesma possa lhe proporcionar, saúde e equilíbrio, bem

como uma relação consciente com o seu próprio corpo e o espírito de equipe.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

Em turno ao contrário das aulas – a participação dos alunos deverá ser

opcional.

334

19.4. XADREZ NA ESCOLA – MAIS EDUCAÇÃO

JUSTIFICATIVA

Ao desejarmos formar indivíduos transformadores, críticos e

emancipados, precisamos reconhecer que é necessário ensinar algo mais que

o conhecimento sobre as diversas disciplinas. Segundo as Diretrizes

Curriculares do Estado do Paraná é necessário articular este conhecimento

com o cotidiano, preparando-os para tomarem decisões e enfrentarem as

situações do dia a dia. Neste sentido acreditamos que o jogo de xadrez passa

a ser uma ferramenta de grande valor pedagógico, pois contribui para uma

educação integral e de qualidade, desenvolvendo no aluno a criatividade,

estimulando o raciocínio lógico e contribuindo para uma educação voltada a

interação social na busca da formação integral da criança. As características

desse jogo que também é ciência, esporte e arte, estão diretamente

relacionadas com a formulação de estratégias para a solução de problemas

práticos, favorecendo o desenvolvimento do raciocínio de forma simples e

eficaz, assim como a incorporação de valores humanos. Neste sentido, justifico

a presente proposta demonstrando que o jogo de xadrez na escola não será

apenas mais uma opção de lazer para nossos alunos, mas a possibilidade de

valorizar o seu raciocínio através de uma atividade lúdica, contribuindo para

uma educação integral e de qualidade.

CONTEÚDOS

Avaliação diagnóstica sobre os conhecimentos que os alunos trazem do

xadrez; Histórico e Lendas do Xadrez; Confecção do jogo de xadrez;

conhecimento das peças do jogo; O tabuleiro; Iniciando uma partida; Jogos de

xadrez; Rei afogado; registro de uma posição; Como anotar; Condução do rei

para o xeque-mate; Promoção ou coroação, em passant; O xeque.; O xeque-

mate; O roque: roque pequeno; roque grande; Torneio, Xadrez Humano,

Encenação do jogo de xadrez e suas regras.

335

OBJETIVOS

- Oportunizar aos alunos do Colégio Estadual Senador Correia, a

aprendizagem e a prática do jogo de xadrez, estabelecendo vínculos entre os

conhecimentos e experiências enxadrísticas e a vida cotidiana, individual e

social.

- Facilitar o aprendizado do xadrez através de programas de computador, de

forma simples e atrativa.

- Desenvolver no estudante sua capacidade de atenção, memória, raciocínio

lógico, inteligência e imaginação.

- Proporcionar ao aluno a oportunidade de analisar, avaliar e propor

alternativas de solução às situações da vida diária.

- Estimular a auto-estima, a competição saudável, o trabalho em equipe.

- Proporcionar a aquisição de valores morais para a formação de melhores

cidadãos.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O programa será desenvolvido de forma teórico-prático, através do

estudo histórico do xadrez utilizando a TV pendrive e de confecção de material

(tabuleiros, peças), assim como, a utilização da informática como recurso de

aprendizagem favorecendo a assimilação dos conhecimentos. As aulas serão

teóricas de forma expositiva, utilizando-se de painéis, pesquisas, e prática

através dos computadores e tabuleiros de mesa. A proposta consiste em

desenvolver os conteúdos do xadrez de forma lúdica e cooperativa,

despertando nos alunos valores fundamentais para o seu desenvolvimento com

respeito ao próximo, saber ganhar e perder, paciência, generosidade,

dedicação, etc.

INFRAESTRUTURA

O programa será desenvolvido no colégio, em sala de aula disponível,

no auditório e também no laboratório de informática. Utilizando-se de materiais

próprios para o jogo de xadrez.

336

RESULTADOS ESPERADOS

Esperamos que ao final do programa os alunos estejam motivados a

continuar praticando este jogo, percebendo os benefícios que o xadrez

proporciona no desenvolvimento cognitivo, pessoal, social, psíquico, moral e

afetivo, integrando os conhecimentos adquiridos com a vivência do dia a dia.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

O desenvolvimento da proposta será em contra turno em horário

diferente ao das atividades escolares de forma optativa, privilegiando alunos

com dificuldades na aprendizagem da disciplina de Matemática, problemas de

relacionamento ou por outras razões, investigadas ela equipe pedagógica.

19.5. PRESERVAÇÃO HISTÓRICO-CULTURAL – MAIS EDUCAÇÃO

JUSTIFICATIVA

Hoje estamos vivemos um momento de grande preocupação em

preservar a memória buscando resgatar valores e conceitos de uma identidade

local. Partindo desse pressuposto, entendemos ser necessário formar

indivíduos transformadores, conscientes da prática da sua cidadania através da

preservação do patrimônio público. Patrimônio este inserido no seu cotidiano

pela escola (móveis e imóveis) que é um bem comum à sociedade

pontagrossense. Necessário sendo então uma intervenção para que esse bem

social seja preservado. Intervenção esta que será feita através do projeto

“Preservação histórico-cultural” do Colégio Estadual Senador Correia, onde se

buscará criar uma cultura embasada em conhecimento do que é patrimônio e

sua importância para a sociedade.

337

CONTEÚDOS

Pesquisa da história da fundação da cidade de Ponta Grossa, das

imediações onde o colégio está situado, sua organização e implantação nessa

região da cidade, também a história do nome dado a essa instituição escolar,

seu contexto histórico na época em que foi nomeado. Importância dessa escola

na comunidade, devido à sua posição geográfica, bem como a da sua

preservação enquanto Patrimônio Público, isto através de textos informativos,

pesquisas, visitas a museus, prédios tombados como patrimônio histórico.

Além da questão histórico-cultural, buscar-se-á elementos que resgatem as

atividades culturais desenvolvidas pela comunidade escolar em anos

anteriores.

OBJETIVOS

- Conscientizar sobre a importância da escola, bem como sua estrutura física e

a preservação da mesma para a posteridade.

- Desenvolver nos alunos a consciência de que o colégio é de todos e sua

preservação e cuidados são importantes.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

O trabalho será desenvolvido a partir de elementos teóricos que

subsidiem o tema proposto através de acervo fotográfico e de imagem,

pesquisa de campo com entrevistas às pessoas que já passaram pela escola,

leitura de textos que mostrem a importância da preservação histórica e

ambiental. Revitalização do espaço físico com a tentativa de restauração de

alguns móveis, com plantio de flores em floreiras, colocação de novas cortinas

nas salas de aula e no auditório, bem como a melhoria do ambiente externo,

isto com plantio de árvores ornamentais, onde os alunos envolvidos no projeto

serão responsáveis pelo cuidado e manutenção.

338

INFRAESTRUTURA

Espaço físico da escola e entorno.

RESULTADOS ESPERADOS

Espera-se que a comunidade escolar se conscientize da importância da

instituição para o desenvolvimento do ser humano enquanto cidadão e que a

mesma seja responsável pela integridade do espaço físico e humano. Que haja

cuidados mínimos com o ambiente interno e externo da escol, também que

cresça a consciência ecológica da preservação do meio ambiente a partir do

espaço em que vivem parte da vida.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

Em turno contrário ao de sua matrícula e que seja opção do participante,

atendendo às necessidades especiais do educando.

19.6. CONTANDO E CANTANDO A CIDADE DE PONTA GROSSA EM

VERSOS – MAIS EDUCAÇÃO

JUSTIFICATIVA

A preocupação com o ensino da leitura, oralidade e escrita norteia os

documentos que orientam o ensino de Língua Portuguesa. Assim a escola

busca possibilitar aos alunos um ensino diferente daquele proveniente do

ensino clássico, no qual os aspectos gramaticais preponderavam, hoje

estimula-se um estudo que os torne capazes de interagir em situações do seu

cotidiano, tornando melhor a sua comunicação com o mundo. Esta proposta

visa fazer ao mesmo tempo um resgate da história da cidade e desenvolver no

aluno a leitura, oralidade e a escrita através dos contos, crônicas e poesia e

também tem o objetivo de despertar ou aprofundar no aluno o gosto e o

interesse por estes gêneros literários. Esta proposta é uma estratégia para

fazer com que o aluno desenvolva o espírito de cooperação e a sua

339

sensibilidade ao interpretar diversos gêneros textuais também a sua

criatividade ao produzir seus textos.

CONTEÚDOS

- No cotidiano da vida das pessoas, a fala e a prática discursiva mais utilizada.

- Ouvir e contar fatos relacionados à história da cidade; nas diversas épocas da

nossa história; Identificar e acolher democraticamente as variações lingüísticas,

promovendo situações que os incentivem a falar, privilegiando a oralidade no

ensino da língua materna.

- Registrar os fatos de forma escrita, refletindo sobre os mesmos e usando a

linguagem adequada em diferentes situações.

- Reestruturar textos os produzidos, reconhecendo que a norma padrão além

de variante de prestígio social e de usos das classes dominantes, e fator de

agregação social e cultural e, portanto e de direito de todos os cidadãos.

OBJETIVOS

- Trabalhar a leitura, oralidade e a escrita através de diversos gêneros textuais,

desenvolvendo atividades que despertem a curiosidade, o interesse pela

história da cidade proporcionando reflexões a partir das pesquisas realizadas.

- Despertar e aprofundar o gosto e o interesse por diversos gêneros textuais,

como o conto a crônica e a poesia através da análise de vídeos, filmes e

documentários relacionando aspectos históricos da cidade.

- Realizar pesquisas em Iivros, internet e fotos.

- Produzir e interpretar poemas, crônicas e contos a partir das pesquisas

realizadas.

ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS

Um dos fatores que motivou a elaboração deste projeto foi a constatação

de que o ensino da Língua Portuguesa, nem sempre o conto, a crônica e a

poesia recebem o valor que lhe é devido. Exposição de fotos antigas e atuais

da cidade, no sentido de mobilizar aos alunos para a importância da

340

participação nesse trabalho. Reflexões sobre as mudanças ocorridas a partir do

desenvolvimento da cidade. Levar à escola personalidades de destaque no

contexto social da cidade, para que relatem fatos da sua trajetória de vida e de

aspectos pitorescos da cidade. Apresentação de filmes, documentários que

tragam a história de Ponta Grossa. Pesquisas em livros, internet, fotos, postais,

jornais e álbuns da história de Ponta Grossa. Visita a locais importantes que

contam aspectos da históri Ada cidade de Ponta Grossa. Leitura e

interpretação de poemas como forma de os alunos conhecerem este gênero de

texto. Produção de textos literários relacionados à história da cidade: poemas,

paródias e outras letras de músicas. No mês de setembro, mês do aniversário

da cidade, organizar uma exposição com os textos e fotos produzidas. Ao final

do ano, lançamento de livros com apresentação aos responsáveis dos textos

produzidos e ilustrados pelos alunos.

INFRAESTRUTURA

Sala de aula e laboratório de informática.

RESULTADOS ESPERADOS

Melhor desenvolvimento na leitura, escrita, oralidade, capacidade

reflexiva, maior conhecimento e valorização da história da cidade, e através

destas atividades o resgate de valores como o respeito, solidariedade,

tornando-os pessoas mais sensíveis.

CRITÉRIOS DE PARTICIPAÇÃO

Turma com vinte alunos de sétima e oitava séries que apresentam

defasagem na aprendizagem em relação à oralidade, leitura e escrita.

20. REFERÊNCIAS

ALVES, Rubens. Conversas com quem gosta de ensinar. São Paulo: Cortez,

2007.

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