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COLÉGIO ESTADUAL DORAH GOMES DAITSCHMAN ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO PONTA GROSSA- 2010

COLÉGIO ESTADUAL DORAH GOMES DAITSCHMAN ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO · 5 APRESENTAÇÃO O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Dorah Gomes Daitschman – Ensino Fundamental

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COLÉGIO ESTADUAL DORAH GOMES DAITSCHMAN

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

PONTA GROSSA- 2010

SUMÁRIO

PREÂMBULO........................................................................................................... 04

IAPRESENTAÇÃO................................................................................................... 05

JUSTIFICATIVA........................................................................................................ 06

OBJETIVOS.............................................................................................................. 07

MARCO SITUACIONAL.............................................................................................08

1.- REALIDADE PONTAGROSSENSE..................................................................... 08

1.1-Aspectos Econômicos......................................................................................... 08

1.2-Aspectos Sociais................................................................................................. 09

1.3-Aspectos Culturais …...........................................................................................10

DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO.......................................... 11

MARCO CONCEITUAL ….........................................................................................12

PRESSUPOSTOS EPISTEMOLÓGICOS ….............................................................20

AVALIAÇÃO.............................................................................................................. 22

CURRÍCULO............................................................................................................. 28

Educação Ambiental................................................................................................. 29

Educação Etnico-Raciais.......................................................................................... 32

História e Cultura Afro-Brasileira.............................................................................. 34

Educação Inclusiva................................................................................................... 37

Prevenção ao Uso Indevido de drogas..................................................................... 39

A Integração das Tecnologias no Educação........................ ….................................40

MARCO OPERACIONAL …......................................................................................42

PRESSUPOSTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS..................................................... 42

PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA …......................................................44

DEFINIÇÃO DOS PAPÉIS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO........................ 45

ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA................................................................. 47

PARCERIAS E ÓRGÃOS COLABORADORES....................................................... 48

PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS............................................................... 49

CONSELHO DE CLASSE......................................................................................... 49

CONSELHO ESCOLAR............................................................................................ 51

PROJETOS DESENVOLVIDOS............................................................................... 53

CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................... 57

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................... 58

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PREÂMBULO

O Colégio Estadual Dorah Gomes Daitschman- Ensino Fundamental e Médio,

situado à Rua Cades, nº 151, Jardim Santa Mônica, no município de Ponta Grossa,

estado do Paraná, foi Criado e Autorizado a funcionar pela Resolução nº 746/98,

publicada no Diário Oficial de 07/04/98 e, teve o seu curso, Ensino Fundamental,

Reconhecido pela Resolução nº 2747/01, publicado no Diário Oficial de 26/12/01.

Em 2004, o Colégio passou a ofertar o Ensino Médio à sua clientela através

da Resolução nº 151/04, publicado no Diário Oficial de 15/03/04.E,em 2005 teve o

seu curso de Ensino Médio Reconhecido através da Resolução nº 989/05, publicado

no Diário Oficial de 01/04/05.

A Renovação do Reconhecimento do curso foi através da Resolução 6074/06,

publicado no Diário Oficial de 31/01/2007.

O Colégio é mantido pelo Governo do Estado do Paraná e administrado pela

Secretaria de Estado da Educação – SEED nos termos da legislação em vigor, com

a finalidade de ministrar o Ensino Fundamental de 5º a 8º séries e o Ensino Médio,

nos períodos diurno e noturno.

A partir do ano letivo de 2009, o Colégio passou a ofertar o Ensino Médio por

Blocos de Disciplinas Semestrais, estruturado por séries organizadas em Blocos I e

II, com duração de três anos letivos, divididos em seis semestres.

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APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Dorah Gomes Daitschman

– Ensino Fundamental e Médio nasceu da necessidade de se organizar, normatizar

e registrar o esforço conjunto da comunidade escolar, tendo em vista o processo

ensino-aprendizagem, embasando-se nos resultados das experiências vivenciadas a

serviço do ensino e da educação, na construção de uma sociedade mais justa, livre

e igualitária,

O Projeto Político pedagógico traduz o trabalho coletivo dos profissionais

envolvidos com a educação pública, representa a preocupação e o

comprometimento dos educadores com a melhoria do ensino ofertado, contribuindo

significativamente com ações que possibilitem a concretização da permanência do

aluno no Colégio com êxito.

Participaram deste processo professores, pedagogos, direção, comunidade e

alunos que, imbuídos de um mesmo ideal não mediram esforços na construção e

elaboração no presente projeto.

Pretende-se expor de maneira clara e precisa as idéias básicas do trabalho

pedagógico, projetos, atividades, proposta curricular, avaliação e gestão a serem

desenvolvidos pelo Colégio.

Acredita-se que o presente Projeto contribuirá significativamente na melhoria

dos problemas cotidianos encontrados pelos docentes e profissionais da área da

educação e, na minimização dos problemas educativos e vivenciais inerentes à

clientela escolar.

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JUSTIFICATIVA

Este trabalho representa um esforço do Colégio e uma exigência da

Secretaria de Estado da educação na construção de um Projeto Político Pedagógico

que contemple as atividades pedagógicas e educacionais, ao mesmo tempo

apresente diretrizes para uma administração comunitária e participativa.

Atendendo as exigências legais e, procurando nortear todas as atividades e

ações a serem desenvolvidas pelo Colégio na construção de um espaço para o

crescimento, para o diálogo, para o ensino e, para a vivência harmônica entre todos

os componentes do processo educacional, o Colégio ofertará a comunidade e aos

seus alunos, um ensino com base nos seguintes princípios, fundamentados na

Constituição Federal e, na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

I- Igualdade de condições para o acesso e permanência do aluno na escola;

II- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e

o saber;

III- Gratuidade do ensino em escola mantida pelo Poder Público Estadual, com

isenção de taxas e contribuições de qualquer natureza;

IV- Valorização dos profissionais do ensino;

V- Gestão democrática e colegiada no ensino público estadual;

VI- Garantia de padrão de qualidade de ensino;

VII- Respeito à liberdade e apreço a tolerância;

VIII- Valorização da experiência extra-escolar.

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OBJETIVOS

O Projeto Político Pedagógico elaborado pelo Colégio Estadual Dorah Gomes

Daitschman tem como objetivos:

- organizar, sistematizar e fundamentar todo o processo educacional da

instituição,proporcionando condições para que os componentes da comunidade

escolar possam participar ativamente das atividades educacionais, contribuindo na

construção do cidadão livre, comprometido com a sociedade na vivência solidária e

na prática de relações democráticas;

- reconhecer o educando enquanto sujeito da própria aprendizagem, como um ser

social;

- priorizar na formação de educando como cidadão, o desenvolvimento global de sua

personalidade e potencialidade;

- promover a permanência do aluno no processo de escolaridade com sucesso;

- proporcionar condições adequadas e necessárias ao desenvolvimento do aluno no

meio em que vive, fazendo-o participar das atividades da família e da comunidade;

- oportunizar ao corpo técnico-administrativo e docente, espaço para reflexão, troca

de experiência e estudos para aprimoramento cultural e profissional;

- incentivar o desenvolvimento de experimentos pedagógicos junto aos docentes,

objetivando a melhoria da qualidade do ensino ofertado;

- garantir a gestão democrática, participativa e compartilhada.

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MARCO SITUACIONAL

Na atualidade a sociedade capitalista interfere na realidade escolar de uma

maneira imediatista, só se pensa no hoje. Faz-se necessário a valorização do

conhecimento, o resgate de valores sociais e novas perspectivas de futuro para

motivar os educandos.

A escola pública hoje deve ser um ambiente aberto para a transformação da

sociedade, a valorização dos profissionais da escola e do patrimônio público, e deve

ter como meta formar o cidadão participativo, um ser consciente de seus direitos e

deveres, atuando no mundo em que vive como agente transformador.

Almejamos que a responsabilidade da comunidade educacional do Colégio

Dorah na convivência social e na organização e administração do Colégio permita e

facilite a participação, e que essa participação garanta a todos como cidadãos:

- em termos políticos: o exercício do poder a serviço da liberdade, a

participação de todos, mediante formas de real representação nas decisões que lhe

dizem respeito e nos destinos da sociedade e das diversas comunidades das quais

fazem parte, e de criarem novas associações;

- em termos culturais: a possibilidade de reflexão, amadurecimento intelectual,

moral e afetivo, direito ao conhecimento e ao exercício da criatividade e respeito aos

valores culturais;

- em termos espirituais: a liberdade de credo e manifestação de crença.

1.- REALIDADE PONTAGROSSENSE

1.1.- ASPECTOS ECONÔMICOS

Ponta Grossa foi criada oficialmente em 15 de setembro de 1823. Está

situada no segundo planalto paranaense. Ocupa uma área de 2.112, 6 Km² e possui

cerca de 300.000 habitantes. Possui um dos maiores entroncamentos rodo-

ferroviário do sul do país.

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Ponta Grossa apresenta pontos positivos e negativos como qualquer outra

cidade do país. Como pontos negativos ela apresenta: concentração de terras nas

mãos de uma minoria em detrimento dos demais, gerando como conseqüência o

êxodo rural, o inchaço da cidade, proliferação de um número cada vez maior de

favelas e desempregados. Exploração da mão-de-obra barata, pela desqualificação

do homem para o trabalho na grande cidade, o analfabetismo, doenças causadas

pela desnutrição.

Como pontos positivos a cidade apresenta: área industrial em franco

desenvolvimento, centenas de indústrias instaladas na região contribuem na

geração do desenvolvimento da economia, do sistema educacional, da saúde e

cultura.

O Sistema bancário instalado no município, ,possui agências de renome em

todo país, o comércio é bem desenvolvido e atuante, atende a cidade e regiões

adjacentes.

A malha rodo-ferroviária da cidade em perfeitas condições de tráfego facilita o

escoamento da produção agrícola e industrial e, possibilita a rapidez de locomoção e

o intercâmbio das pessoas de um município para outro.

A economia da cidade de Ponta Grossa vai se alterando pouco a pouco com

o advento do surto de industrialização iniciado nos anos 70, caracterizando o

município como agro-industrial, fugindo da designação de região agrária que até

então a cidade era conhecida.

1.2.- ASPECTOS SOCIAIS

Ponta Grossa apresenta um acentuado desnível social que se reflete

notoriamente em relação ao centro e a periferia. Constata-se uma cultura

conservadora, principalmente relacionada às famílias e clãs tradicionais.

A incidência das drogas nas escolas e nas ruas, o problema da violência e da

marginalização é constante na realidade da cidade. O município apresenta pontos

positivos de interação que procuram minimizar esta situação de desnível social.

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Através de iniciativas públicas e privadas e da própria população estão sendo

desenvolvidos programas com o objetivo de minimizar os problemas sociais, tanto

em relação às necessidades básicas como também as necessidades afetivas,

psicológicas e espirituais. Destro das comunidades religiosas as entidades procuram

dar apoio financeiro, moral e espiritual às famílias desamparadas.

A mídia, através dos meios de comunicação, instituições educacionais e de

prestação de serviços tem procurado despertar a consciência crítica da população

para que busquem as mudanças necessárias nas estruturas organizacionais para

que a sociedade seja mais justa e mais humana. Existem na cidade diversos

projetos sociais tanto público como privados e religiosos que auxiliam a população

mais carente e marginalizada provendo o que lhe é mais premente e necessário.

1.3- ASPECTOS CULTURAIS

Ponta Grossa é uma cidade bem servida de escolas e instituições

educacionais. Conta com o Sistema Municipal de Educação que ampara a Educação

Infantil através dos Centros Municipais de Educação Infantil e atende o ensino de 1º

a 4º séries.

O Sistema Estadual de Educação atende a grande maioria da população com

escolas e colégios que ofertam o ensino fundamental, médio e profissionalizante. O

Ensino Público Superior é atendido pela Universidade Estadual de Ponta Grossa e

Universidade Tecnológica Federal que oferecem à população a graduação, pós-

graduação e cursos de aperfeiçoamento.

A iniciativa privada está presente na formação dos jovens princesinos, por

meio das suas escolas, colégios, Faculdades e Centros Universitários, contribuindo

significativamente para o desenvolvimento da cidade, proporcionando uma abertura

de escolha para a população.

A Universidade Estadual de Ponta Grossa, através de seus projetos de

extensão levam o conhecimento científico e tecnológico à população. Os programas

de capacitação docente, cursos de pós-graduação são ofertados durante o ano todo

aos interessados. Festivais de teatro, música, projetos especiais na área de

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preservação ambiental são desenvolvidos pela UEPG para enlevar e despertar

talentos que nem sempre tem oportunidade de serem mostrados.

A cidade dispõe de uma Biblioteca Pública Municipal, um Museu atendido

pela UEPG, dois teatros, um municipal, um particular, pertencente à Rede Marista

de Ensino, parques ecológicos, um Centro de Cultura, onde diversos eventos são

organizados ao público, vários cinemas instalados nos dois maiores shoppings da

cidade.

A SEED através do seu programa de capacitação tem oferecido gratuitamente

aos profissionais da educação, cursos, seminários e encontros, procurando atualizar

os conhecimentos dos docentes e demais funcionários da educação.

Mas, apesar de tantos esforços, projetos e iniciativas, a cidade ainda conta

com um número muito grande de crianças e pessoas analfabetas e excluídas do

sistema educacional princesino.

DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

NÚMERO DE ALUNOS

NÍVEIS ALUNOSFUNDAMENTAL 5ª A 8ª

SÉRIES

502

ENSINO MÉDIO 285

TOTAL GERAL 787

12

NÚMERO DE FUNCIONÁRIOS

Serviços Gerais 6

Auxiliar Administrativo 5

Secretária 1

Direção 1

Direção Auxiliar 1

Equipe Técnico Pedagógica 5

Docentes 45

Total Geral 64

V- MARCO CONCEITUAL:

CONCEPÇÃO DE HOMEM:

No sentido antropológico do termo, afirma-se que todo e qualquer indivíduo

nasce no contexto de uma cultura e, ao longo de sua vida, ajuda a produzi-la . Não

existe homem sem cultura, mesmo que não saiba ler, escrever e fazer contas. É

como se fosse possível dizer que o homem é biologicamente incompleto: não

sobreviveria sozinho sem a participação das pessoas e do grupo que o gerou. A

cultura é o conjunto de códigos simbólicos reconhecíveis pelo grupo a partir dos

quais se produz conhecimentos: nele o indivíduo é formado desde o momento de

sua concepção nesses mesmos códigos e, durante a infância, aprende os valores do

grupo. Por intermédio deles é mais tarde introduzido nas obrigações da vida adulta,

da maneira como cada grupo social as concebe.

O indivíduo se constitui enquanto membro do grupo através da construção de

sua identidade cultural, que possibilita sua permanência no grupo , e constrói,

simultaneamente, sua personalidade, que o caracterizará como indivíduo único no

grupo.

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Interessa-nos destacar a premissa de que o homem, com seu trabalho

socialmente produtivo , recria e transforma o mundo em que vive; aceitamos além

disso, que esta realidade criada pelo homem tende a refazer-se cada vez mais rica e

complexa. Tratando-se portanto, de um processo histórico que requer o

conhecimento constante das etapas já percorridas, a conclusão de que o homem

cria o mundo , significa por conseguinte , que o mundo cria o homem.

O indivíduo aprende e utiliza somente as formas de ação que existirem em

seu meio , assim como ele aprende somente a língua ou as línguas que aí forem

faladas.

Não podemos esquecer que ele está conclamado a modificar as estruturas

sociais que oprimem e imprimem mudanças reais ao mundo em que ele vive.

O homem é um ser histórico na medida em que é criador e pelo ato criativo

poderá ir além das metas alcançadas. O homem supera-se a si mesmo tanto quanto

for capaz de superar as marcas alcançadas. Uma educação que se limite a

ultrapassar o tesouro cultural, os valores já experimentados de uma geração a outra,

de um homem a outro, de uma civilização a outra, é um atentado à própria dinâmica

do desenvolvimento humano e social. O homem é renovador de formas

transformador de estruturas, recriador de relações.

Assim, cabe ao homem compreender o mundo em que vive, apropriar-se de

informações, estudar, pensar, refletir e dirigir suas ações segundo as necessidades

que são impostas historicamente aos homens.

CONCEPÇÃO DE MUNDO

Observando a história da humanidade e as condições da vida social,

podemos notar facilmente que coexistem aspectos culturais velhos e novos.

As instituições escolares vêm sendo pressionadas a repensar seu papel

diante das transformações que caracterizam o acelerado processo de integração e

reestruturação capitalista mundial.

Já não há um mundo com princípios e objetivos fixos capazes de pautar a

vida humana nas suas relações e aspirações, de explicar e justificar as angústias,

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injustiças, carências e frustrações.Já não há respostas prontas para grandes

questões, nem certezas que mobilizem as gerações de maneira unidirecional.

Hoje, uma visão mais abrangente de mundo acabou originando a crise do

conhecimento, isto é, a crise de um paradigma dominante que se faz pequeno

demais para conter a compreensão humana, dando origem à conseqüente

emergência do processo de introdução dessa visão mais abrangente.Esse novo

paradigma propõe uma nova postura científico-filosófica e preconiza a retomada de

uma visão da realidade de forma integrada, dinâmica, complexa e complementar.

Entre nós e o mundo que nos circunda vive a nossa interpretação. Percepção

e processamento mental se aliam na nossa construção da realidade. Podemos

afirmar que entre a nossa percepção da realidade e o nosso enunciado a seu

respeito existe um outro mundo balizado pelas nossas experiências, pelo nosso

conhecimento, pelos nossos sentimentos, pela nossa interpretação. Esse mundo

interior que direciona o nosso relacionamento com a realidade externa é uma

resultante. Ele vai sendo erigido com o correr da vida, com o que aprendemos ou

deixamos de aprender, com o que sentimos ou deixamos de sentir, com o que

pensamos ou deixamos de pensar. Esse mundo interior passa a funcionar como um

filtro mental por onde passam todas as informações a respeito do mundo externo a

fim de serem compreendidas e catalogadas. Uma real transformação ocorre quando

alteramos alguns pressupostos básicos de pensamento, alguns componentes desse

filtro mental que direciona nossa atuação no mundo.

CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE:

A sociedade atual é organizada de forma hierárquica, devido ao sistema

capitalista aliado à fatores históricos nacionais oriundos do regime de escravidão , e

cabe a escola oportunizar ao aluno condições para ser um protagonista capaz de

efetuar leitura do mundo em que vive com a finalidade de agir como agente

transformador. Um dos principais fatores de “sofrimento” social é a corrupção, que

também se faz presente na escola, é necessário que seja trabalhada em sala de

aula, uma vez que a mentalidade de nosso aluno é a de só fazer se valer algo que é

considerado um lucro, sem lucro, não há produção. Se faz urgente a necessidade de

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inversão desse valor, trocando-o pela valorização do conhecimento e a experiência

adquirida na produção do conhecimento.

O papel da escola é o de contribuir para a qualificação da cidadania a fim de

tornar a sociedade mais justa, solidária e integrada.

CONCEPÇÃO DE CIDADANIA:

‘’Ser cidadão á participar de uma sociedade tendo direitos e deveres’’.

‘’Cidadania é liberdade em companhia’’.

Se o ser cidadão é ter direitos, implica também na construção de novos

direitos e a revisão dos já existentes.

Participar é ser e fazer parte do grupo social construindo um amanhã maior e

melhor para toda a coletividade a partir da construção ou queda de paradigmas.

Devemos lembrar que a sociedade em que vivemos é construída de pessoas

diferentes entre si, não só em função de suas personalidades singulares, como

também relativamente a categorias ou grupos. Essa diversidade torna enriquecedora

e por que não dizer bem conflituosa as relações entre pessoas envolvidas.

Assim há a necessidade de que a educação trabalhe a formação ética das

alunas e está cada vez mais evidente que a escola deve assumir-se como um

espaço de vivência e de discussão , privilegiando a construção de significados éticos

necessários e construtivos de toda e qualquer ação de cidadania, promovendo

discussões sobre a dignidade do ser humano, igualdade de direitos , formas de

discriminação , importância da solidariedade e observância das leis.

Portanto, é preciso questionar a posição que está reservada aos educandos

no ambiente escolar, nos grupos comunitários entre outros.

Diante disso há uma expectativa na sociedade para que a educação se

posicione na linha de frente da luta contra as exclusões, contribuindo para a

promoção e integração de todos os alunos, voltando-se à construção da cidadania ,

não como meta a ser atingida num futuro distante, mas como prática efetiva.

A sociedade necessita de uma educação de qualidade, que garanta as

aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos , críticos e

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participativos capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade no

sociedade em que vivem , ser atendidas suas necessidades individuais , sociais ,

políticas e econômicas.

CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO:

A educação não pode servir unicamente para desenvolver inteligência, mas

deve contribuir para ampliar as perspectivas do homem e torná-lo útil para a

sociedade e para o mundo.

O escopo primordial da educação é dotar o homem de instrumentos culturais

capazes de impulsionar as transformações materiais e espirituais exigidas pela

dinâmica da sociedade. A educação aumenta o poder do homem sobre a natureza

e, ao mesmo tempo, busca conformá-lo, enquanto indivíduo, aos objetivos de

progresso e equilíbrio social da coletividade a que pertence.

“Podemos perceber que o conhecimento, a capacidade de selecionar e

processar informações, a criatividade e a iniciativa, são fundamentais para o

desenvolvimento e a modernidade’’. (MELLO, 1993)

Portanto , diante deste cenário , é que a educação prioritamente é convocada

a propor uma prática adequada às necessidades sociais , políticas , econômicas e

culturais da realidade brasileira , considerando os interesses e motivação dos alunos

, garantindo aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos ,

críticos e participativos , capazes de compreender e interagir em seu ambiente

social.

Daí a necessidade de resignificar o saber escolar , e a formação do educador,

levando o mesmo a aprender com o seu aluno e com o mundo, oportunizando

espaço para o desenvolvimento da cidadania, a qual exige que todos tenham acesso

e condições iguais dos meios culturais necessários para que possa participar e

interferir de forma responsável na vida em sociedade.

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CONCEPÇÃO DE ESCOLA:

A escola, com todas as suas contradições e limites, ocupa um lugar

privilegiado na vida dos adolescentes e jovens, e influi, intencionalmente ou não, na

construção de suas identidades e projetos de vida, entre outros aspectos.

Essa Escola pretende contribuir para o viver do seu aluno numa sociedade

democrática, justa, que ofereça oportunidades de realização pessoal e coletiva e

que possa fazê-los construtores de uma visão de mundo, onde ele fará uma leitura

interpretativa das relações sociais das relações dos homens entre si e com a

natureza.

Na definição do papel da Escola, faz-se necessário acreditá-la como uma das

mais importantes instituições da realidade global, capaz de interferir na modificação

dos seres humanos, desenvolvendo seu potencial cognitivo, afetivo, psicomotor e

social.

Assim pensando concebemos uma Escola que dentro de seus limites físicos e

humanos atenda o acesso, a permanência, o reingresso e o sucesso no processo

educativo de toda a população que busque aqui, o seu desenvolvimento pleno.

‘’Assim , propõe-se que a escola atue com o compromisso de uma formação

cultural e política sólida e abrangente, que possibilite uma compreensão crítica da

situação atual e favoreça a participação e a cooperação’’.

A função da escola é criar condições que garantam para todos o

desenvolvimento de capacidades e a aprendizagem de conteúdos necessários à

vida em sociedade, oferecendo instrumentos de compreensão da realidade e

também favorecendo a participação dos alunos em relações sociais e políticas

diversificadas e cada vez mais amplas.

A escola como está estruturada hoje, “sem recursos” , está trabalhando no

sentido de combater a desigualdade pois ainda para muitos alunos , infelizmente, a

escola se torna o único local de acesso a cultura e convívio social , pois , nossa

comunidade é culturalmente pobre e não tem condições sócio-econômicas que

favoreçam outro tipo de acesso. A escola , embora não reconhecida e valorizada

pelas organizações sociais e governamentais, é o principal instrumento de luta pela

cidadania nesta sociedade capitalista em que vivemos.

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O papel da escola hoje é oportunizar ao aluno o conhecimento sistematizado

de maneira formal e informal, mas devido a mudança da função social da escola,

esta mostra-se assistencialista. A escola deve ser entendida e identificada como um

espaço de ensino –aprendizagem e vivência de valores.

CONCEPÇÃO DE ENSINO – APRENDIZAGEM:

O processo de ensino não é desvinculado do processo de aprendizagem que

compreende a aquisição do conhecimento promovendo uma nova maneira de ver,

sentir e agir perante as necessidades impostas pelo meio individual e social de cada

ser.

A aprendizagem vincula novas idéias, conceitos e experiências aos

conhecimentos que o indivíduo já possui. A escola precisa estar atenta as

diversas influências para que possa propor atividades que favoreçam a construção

de conhecimentos, a interação social e a aprendizagem significativa.

As reflexões sobre as atuações em sala de aula e os debates ajudam a

conhecer os fatores que interferem na aprendizagem dos alunos. Ao serem

considerados, provocam mudanças significativas no diálogo entre ensino e

aprendizagem e repercutem de maneira positiva no ambiente escolar, na

comunidade, na família pois os envolvidos passam a atribuir sentido ao que fazem e

ao que aprendem.

VALORES

O ser humano é destinado a viver em comunidade a sua vocação. À qual

deve responder como ser liberto e libertador na busca da plenitude pessoal e social.

Procura encontrar a sua realização plena na busca da felicidade, na descoberta e

aceitação de si mesmo, no relacionamento com Deus e com os outros, na ação que

transforma o mundo e aproxima as pessoas entre si com seus semelhantes. A

pessoa humana que pretendemos formar se caracteriza fundamentalmente como:

-um ser biopsíquico – que tem corpo individualizado, com emoções e sensações

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harmoniosas. Pessoa que sabe elaborar dinamicamente os mecanismos

inconscientes que impedem seu crescimento integral;

- um ser econômico – respeitoso da realidade ecológica e sábio administrador de si

e do seu meio, usando equilibradamente todos os bens;

- um ser social – fraterno, solidário, na luta pelos direitos dos cidadãos, aberto às

necessidades das pessoas, numa atitude dialógica;

− um ser político – comprometido com as causas sociais, na igualdade e na

identidade, sentido de gratuidade, no exercício da liberdade responsável, na

convivência solidária e na prática de relações democráticas;

− um ser cultural – respeitoso e cultivador dos conhecimentos, bens, valores e

significados do seu grupo, de outros grupos humanos, capaz de recriar ou

reinterpretar esse mesmo patrimônio num processo pessoal de assimilação e

enriquecimento;

- um ser espiritual ou religioso – optante por um compromisso de autêntica vivência

espiritual, numa profunda abertura ao transcendente.

A idéia do Projeto Político Pedagógico é a da utopia, que abriga, que está

sempre ligada a idéia de esperança. Nela se articulam certeza e incerteza do

alcance dos objetivos. Esperança é movimento, é sustentada pela ação do homem,

que explora as potencialidades do presente, começando a criar aí o futuro.

A comunidade educacional do Colégio Dorah Daitschman acredita que

utilizando todos os recursos que dispõe e o trabalho conjunto, conseguirá planejar e

mobilizar desde já o esforço na concretização de um Projeto Político Pedagógico

que contemple a todos, procurando vencer os desafios através de ações criativas

que possibilitem a transformação da sociedade e da realidade da escola atual.

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PRESSUPOSTOS EPISTEMOLÓGICOS

LINHA PEDAGÓGICA ADOTADA

O Projeto político do Colégio está embasado nas Diretrizes Curriculares para

as Escolas Públicas do Estado do Paraná, as quais expressam a preocupação com

a melhoria do ensino no sentido de responder às necessidades sociais e históricas,

que caracterizam a sociedade brasileira.

Para a compreensão pedagógica do Colégio, sistematização do

conhecimento científico tendo em vista o processo de transmissão-assimilação, o

Colégio Dorah adotará a Pedagogia Construtivista Sócio Interacionista como forma

de trabalho e construção do conhecimento, pois de acordo com Vygotski “ o

conhecimento manifesta-se na interação social”, destaca a importância da

experiência partilhada, na comunhão de situações, do diálogo, da colaboração,

concebendo, desse modo,o aprendizado como um processo de trocas e,

portanto,verdadeiramente social.

A linha pedagógica adotada implica em um tipo de ensino diferenciado,

presume a prática de atividades e decisões educativas que suporiam não só uma

aquisição de conhecimentos por parte dos alunos, mas também a formação de

cidadãos com melhor capacidade de solução de problemas e capacidade crítica.

O Construtivismo sustenta a idéia de que o indivíduo não é um mero produto

do ambiente nem um simples resultado de suas disposições internas, mas, sim, uma

construção própria que vai se produzindo dia à dia, como resultado da interação

entre dois fatores. Segundo Piaget “o conhecimento não é uma cópia da realidade,

mas, uma construção do ser humano”. A interação com a realidade fará com que os

esquemas do indivíduo estejam constantemente mudando, ou seja, com aquisição

de experiências com determinadas tarefas, as pessoas vão utilizando ferramentas

cada vez mais complexas e especializadas. Portanto, dessa assertiva a nossa

proposta de ensino parte do conhecimento mais simples para o mais complexo.

O conhecimento é um produto da interação social e da cultura. A contribuição

de Vygotski foi de conceber o sujeito como um ser eminentemente social. Foi o

pioneiro ao formular alguns postulados que foram retomados pela Psicologia, e

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deram lugar a importantes observações sobre o funcionamento dos processos

cognitivos.

Os processos psicológicos superiores são adquiridos, primeiro, num contexto

social e, depois, se internalizavam. A contribuição de Vygotski significa para as

posições construtivistas, que a aprendizagem não pode ser considerada uma

atividade individual, mas, sim, social.

Segundo Ausubel “ o conhecimento que se transmite, em qualquer situação

de aprendizagem, deve ser estruturado não só em si mesmo, mas levado em

consideração o conhecimento que o aluno já possui”.

De acordo com Ausubel “ a aprendizagem deve ser uma atividade

significativa para a pessoa que aprende e tal significação está diretamente

relacionada com a existência de relações entre o conhecimento novo e o que o

aluno já possui”. (CARRETERO, 1997).

A pedagogia tem se preocupado com o estudo de fatores que implicam no

desenvolvimento cognitivo. Dentre os fatores mais destacados temos: a maturação,

o puro exercício, a experiência, o ambiente físico social, incluindo, também, a

linguagem e outros.

Portanto, o Colégio adotará como forma de trabalho pedagógico um ensino

voltado para o social, para a interação, para a utilidade prática e a sua utilização no

trabalho. As ações em sala de aula e no cotidiano do colégio serão norteadas por

princípios que favoreçam a:

1-Dignidade da pessoa humana

Respeito aos direitos humanos

Repúdio à discriminação de qualquer tipo

Acesso à condições de vida digna

Respeito mútuo nas relações inter-pessoais, públicas e privadas

22

2. Igualdade de direitos

- Garantia de igualdade e possibilidade e exercício de cidadania

- Princípio da equidade ( que existem diferenças étnicas, culturais, religiosas, de

gênero, faixa etária, religiosas) e desigualdades sócio-econômicas.

3- Participação

- Princípio democrático da representação política e participação popular.

4- Co-responsabilidade pela vida social

- Implica em partilhar com todos a responsabilidade pelo destino da vida coletiva.

AVALIAÇÃO

A avaliação da aprendizagem é compreendida como um conjunto de atuações

que tem por finalidade orientar a ação pedagógica. É parte integrante do processo

educacional. Acontece contínua e sistematicamente frente a interpretação qualitativa

do conhecimento construído pelo aluno.

O professor tem na avaliação subsídios para uma reflexão contínua de sua

práxis educativa . A partir dela pode reformular seu planejamento, adequando-o às

necessidades de cada momento e,desta forma retomar os conteúdos que são os

meios para o alcance dos objetivos anteriormente propostos e reconhecidos como

apropriados para o processo de aprendizagem individual ou em grupo. Para o aluno

é um instrumento de tomada de consciência de suas dificuldades e possibilidade de

revisão de seus investimentos na tarefa de aprimoramento de seus conhecimentos.

É importante fazer com que o aluno compreenda os critérios de avaliação e

sua finalidade básica em um sentido crítico , ou seja, que conheça e atenda quais

são os elementos relevantes a serem levados em conta em uma avaliação, porque

esses elementos são importantes para a maneira como a avaliação pode contribuir

para aquisição do conhecimento. Assim sendo , a avaliação deixa de ser algo

realizado do ponto de vista de uma autoridade inquestionável e passa a ser

23

compreendida como parte integrante do processo. Essa concepção permite que o

aluno seja visto como produtor de conhecimento.

A escola também deve ser avaliada e questionada continuamente de maneira

que cada momento da avaliação seja uma oportunidade de redefinição da ação

educativa na direção dos objetivos propostos.

Observando os aspectos da sociabilidade e de ordem emocional a avaliação

do aluno se dará valorizando o que ele aprendeu , sua bagagem cultural,

respeitando suas capacidades e diferenças individuais. Considerando esses

aspectos, o professor pode avaliar o aluno:

- observação sistemática: acompanhamento das atividades realizadas pelos

alunos durante o processo de aprendizagem, com registros em diários de classe

e outros instrumentos que possibilitem observação e posterior comparação.

- Análise das produções dos alunos: observar as atividades realizadas para se ter

um quadro real do progresso dos alunos na construção do conhecimento.

- Atividades específicas para a avaliação: condizentes com as realizadas em sala

de aula para avaliação de atividades específicas e esclarecer aos alunos quais

aspectos serão avaliados para que eles fiquem mais atentos.

Assim a avaliação é vista na Escola como um processo que vai fornecer

subsídios para que o professor obtenha medidas de apropriação ou não dos

conteúdos por parte dos alunos, com isso poderá redimensionar suas metodologias

realimentando o processo educativo , sob este ângulo a avaliação é vista como

diagnóstica.

Ao professor compete uma visão de avaliação ampla que lhe possibilite

saber : o quê, como, porquê e para quê avaliar.

Da analise do inciso V. do artigo 24 da lei 9394/96, que estabelece a

organização da educação básica, verifica-se que o rendimento escolar

deverá seguir critérios estabelecidos:

‘’a)avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com

prevalência dos aspectos qualitativos sobre os de eventual provas finais;

b)aproveitamento de estudos concluídos com êxito;

c)obrigatoriedade de estudo de recuperação , de preferência paralelos

ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a serem

disciplinados pelas instituições de ensino em seus regimentos’’.

24

Com muita clareza a lei define que a avaliação não pode ser aceita

como um simples instrumento classificatório, mas de acompanhamento

da construção da aprendizagem indicando um processo continuo e

cumulativo, que venha incorporar todos os resultados obtidos durante o

período letivo. Aponta a possibilidade de aceleração de estudos para

alunos que apresentam atraso escolar, situação que merece projeto

próprio, com aprovação específica deste Conselho Estadual de

Educação, para que não se corram riscos da simplificação de estudos,

perdendo-se a qualidade de ensino para a quantidade de alunos

aprovados.

Possibilita ainda os avanços nos cursos e nas séries e mantém a

obrigatoriedade dos estudos de recuperação de preferência paralela ao

período letivo, situações que devem merecer de cada instituição de

ensino um rigoroso programa capaz de promover a valorização real dos

alunos nela envolvidos. E é nesse sentido que a aprendizagem como

um processo contínuo com registros permanentes do aproveitamento

escolar pode se tornar um indicativo seguro para apontar alunos que

precisam de recuperação da aprendizagem antes que o resultado final

se concretize.

Cabe assim a responsabilidade às mantenedoras dos estabelecimentos

de ensino quanto a viabilização dos estudos de recuperação criando

condições que tornem exeqüíveis os programas previstos em cada

situação escolar.

O Conselho de Classe, quando instituído na escola, tem o sentido de

acompanhamento de todo processo da avaliação analisando e

debatendo todos aos componentes da aprendizagem dos alunos. Como

instrumento democrático na instituição escolar o Conselho de Classe

garante o aperfeiçoamento do processo da avaliação, tanto em seus

resultados sociais como pedagógicos.

É necessário que a teoria da avaliação e a prática acontecida nas salas

de aulas caminhem juntas , para que a prática ajuizando a teoria,

permita avanços tanto no procedimento metodológico da escola, como

no programa social da educação , que passa necessariamente pela

25

capacidade de apontar caminhos para toda construção e reconstrução

dos currículos de cada escola.(Deliberação n.º 007/99).

A avaliação final para efeito de aprovação ou retenção , deverá levar em

conta todos os resultados obtidos durante o ano letivo, considerando-se a freqüência

e o rendimento escolar.

A avaliação do aproveitamento será baseada na observação sistemática do

desempenho do aluno e servirá para diagnosticar seu progresso escolar, levando

em consideração as habilidades e atitudes que desenvolve.

Serão considerados aprovados os alunos que:

Obtiveram após aplicada a fórmula:

M.A. = 1º Bim. + 2º Bim. + 3º Bim. + 4º Bim. , a média anual igual ou superior a

4

6,0 (seis vírgula zero) e freqüência igual ou superior a 75% sendo esta média anual

será considerada e registrada como média final e o aluno considerado aprovado por

média.

PRINCÍPIOS DA AVALIAÇÃO DE ACORDO COM O QUE CONSTA NOS ARTIGOS

DO REGIMENTO ESCOLAR

Art.101- A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino

e aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do

conhecimento pelo aluno.

Art.102- A avaliação é contínua, cumulativa e processual devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes currículares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos.

Parágrafo Único – Dar-se-á à atividade crítica, à capacidade de síntese e à

elaboração pessoal, sobre a memorização.

Art.103- A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos

e instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades

educativas expressas no Projeto Político Pedagógico da escola.

26

Parágrafo Único – É vedado submeter o aluno a uma única oportunidade e a um

único instrumento de avaliação.

Art.104- Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão

elaborados em consonância com a organização e descritos no projeto político

Pedagógico.

Art.105- A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o

acompanhamento do pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação

dos alunos entre si.

Art.106- O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a

reflexão sobre a ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar

conteúdos/instrumentos/métodos de ensino.

Art.107- Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos

durante todo o período letivo, num processo contínuo, expressando o seu

desenvolvimento escolar, tomado na sua melhor forma.

Art.108-Os resultados das atividades avaliativas serão analisadas durante o

período letivo, pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as

necessidades detectadas, para o estabelecimento de novas ações pedagógicas.

Art.109- A recuperação de estudos é direito dos alunos, independentemente

do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

Art.110- A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e

concomitante ao processo de ensino e aprendizagem.

Art.111- A recuperação será organizada com atividades significativas, por

meio de procedimentos didático-metodológicos diversificados.

Parágrafo Único- A proposta de recuperação de estudos deverá indicar a área de

estudos e os conteúdos da disciplina.

Art.112- Os resultados da avaliação do aproveitamento escolar serão

sintetizados em notas bimestrais, expressas numa escala de 0(zero) a 10,0(dez

vírgula zero), fracionados até uma escala decimal.

Art.113-Os resultados das avaliações dos alunos serão registrados em

documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e

autenticidade de sua vida escolar.

Parágrafo Único – Os resultado9s da recuperação serão incorporados às avaliações

efetuadas durante o período letivo, constituindo-se em mais um componente do

27

aproveitamento escolar, sendo obrigatória sua anotação no Livro de Registro de

Classe.

Art.114- A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar

do aluno, aliada à apuração da sua frequência.

Art.115- Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do

Ensino Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0(seis

vírgula zero), observando a frequência mínima exigida por lei.

Art.116-Serão considerados aprovados os alunos dos anos finais do Ensino

Fundamental e do Ensino Médio, que apresentarem, frequência mínima de 75% do

total de horas letivas e, média anual igual ou superior a 6,0 ( seis vírgula zero) em

cada disciplina, resultante da média aritmética dos quatro bimestres, nas respectivas

disciplinas sendo:

MF= 1ºB+2ºB+3ºB+4ºB=6,0

4

Art.117-Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino

Médio serão considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:

I. frequência inferior a 75% do total de horas letivas, independente do0

aproveitamento escolar;

II. frequência igual ou superior a 75% do total de horas letivas e média

inferior a 6,0(seis vírgula zero) em cada disciplina.

Art.118- O aluno que apresentar frequência igual ou superior a 75% e média

anual inferir a 6,0(seis vírgula zero), mesmo após a Recuperação de Estudos, ao

longo do período letivo, será submetido à análise do Conselho de Classe, que

definirá pela sua aprovação ou não.

Art.119- A avaliação do ensino da Educação Física e de Arte, deverá adotar

procedimentos próprios, visando o desenvolvimento formativo e cultural do aluno.

Parágrafo Único- A aprendizagem de que trata este artigo deverá levar em

consideração a capacidade individual, o desempenho do aluno e sua participação

nas atividades realizadas.

Art. 120- A disciplina de Ensino Religioso não constitui em objeto de retenção

do aluno, não tendo registro de notas na documentação escolar.

28

Art.121- Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão

devidamente inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição

de documentação escolar.

CURRÍCULO

A concepção de currículo adotada pela escola é o conjunto de dados

relativos à aprendizagem escolar, organizados para orientar as atividades

educativas, as formas de executá-las e suas finalidades. Geralmente, exprime e

busca concretizar as intenções dos sistemas educacionais e o plano cultural que

eles personalizam como modelo ideal de escola defendido pela sociedade. A

concepção de currículo inclui desde os aspectos básicos que envolvem os

fundamentos filosóficos e sociopolíticos da educação até os marcos teóricos e

referenciais técnicos e tecnológicos que a concretizam na sala de aula.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de 1996, orienta para um

currículo de base nacional comum para o ensino fundamental e médio. As

disposições sobre currículo estão em três artigos da LDB. Numa primeira referência,

mais geral, quando trata da Organização da Educação Nacional, define-se a

competência da União para "estabelecer em colaboração com os Estados, o Distrito

Federal e os Municípios, competências e diretrizes para a educação infantil, o ensino

fundamental e o ensino médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos

mínimos, de modo a assegurar formação básica comum" .

Outras referências, mais específicas, estão no capítulo da Educação Básica,

quando se define que "os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma

base nacional comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e

estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características

regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela" .

Finalmente, são estabelecidas as diretrizes que deverão orientar os

"conteúdos curriculares da educação básica", que envolvem: valores, direitos e

deveres e orientação para o trabalho.

29

A LDB sugere uma flexibilização dos currículos, na medida em que se admite

a incorporação de disciplinas que podem ser escolhidas levando em conta o

contexto local. No ensino nas zonas rurais, por exemplo, é admitida a possibilidade

de um currículo "apropriado às reais necessidades e interesses dos alunos".

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Lei 9795/99 Políticas Nacionais da Educação Ambiental

Educação ambiental é um ramo da educação cujo objetivo é a disseminação

do conhecimento sobre o ambiente, a fim de ajudar à sua preservação e utilização

sustentável dos seus recursos. É uma metodologia de análise que surge a partir do

crescente interesse do homem em assuntos como o ambiente devido às grandes

catástrofes naturais que têm assolado o mundo nas últimas décadas.

No Brasil a Educação Ambiental assume uma perspectiva mais abrangente,

não restringindo seu olhar à proteção e uso sustentável de recursos naturais, mas

incorporando fortemente a proposta de construção de sociedades sustentáveis. Mais

do que um segmento da Educação, a Educação em sua complexidade e

completude.

A educação ambiental tornou-se lei em 27 de Abril de 1999. A Lei N° 9.795 –

Lei da Educação Ambiental, em seu Art. 2° afirma: "A educação ambiental é um

componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar presente,

de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo educativo, em

caráter formal e não-formal.

A educação ambiental tenta despertar em todos a consciência de que o ser

humano é parte do meio ambiente. Ela tenta superar a visão antropocêntrica, que

fez com que o homem se sentisse sempre o centro de tudo esquecendo a

importância da natureza, da qual é parte integrante.

"A educação ambiental é a ação educativa permanente pela qual a

comunidade educativa têm a tomada de consciência de sua realidade global, do tipo

30

de relações que os homens estabelecem entre si e com a natureza, dos problemas

derivados de ditas relações e suas causas profundas. Ela desenvolve, mediante

uma prática que vincula o educando com a comunidade, valores e atitudes que

promovem um comportamento dirigido a transformação superadora dessa realidade,

tanto em seus aspectos naturais como sociais, desenvolvendo no educando as

habilidades e atitudes necessárias para dita transformação."

"A educação ambiental é um processo de reconhecimento de valores e

clarificações de conceitos, objetivando o desenvolvimento das habilidades e

modificando as atitudes em relação ao meio, para entender e apreciar as inter-

relações entre os seres humanos, suas culturas e seus meios biofísicos. A educação

ambiental também está relacionada com a prática das tomadas de decisões e a

ética que conduzem para a melhora da qualidade de vida.

"Entendem-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o

indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades,

atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de

uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade."

Art. 1o da Lei no 9.795 de abril de 1999

"Processo em que se busca despertar a preocupação individual e coletiva para a

questão ambiental, garantindo o acesso à informação em linguagem adequada,

contribuindo para o desenvolvimento de uma consciência crítica e estimulando o

enfrentamento das questões ambientais e sociais. Desenvolve-se num contexto de

complexidade, procurando trabalhar não apenas a mudança cultural, mas também a

transformação social, assumindo a crise ambiental como uma questão ética e

política.

Os problemas causados pelo aquecimento global obrigaram o mundo a refletir

sobre a necessidade de impulsionar a educação ambiental. O cenário é muito

preocupante e deve ser levado a sério, pois as consequências vão atingir a todos,

sem distinção.

31

Trata-se de processo pedagógico participativo permanente para incutir uma

consciência crítica sobre a problemática ambiental, estendendo à sociedade a

capacidade de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais.

A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando

assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem

pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e

busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do

desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta

ética, condizentes ao exercício da cidadania.

A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma

convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o

planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que

tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies.

É preciso considerar que:

A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e

devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a

reciclagem como processo vital;

As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além

disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência;

É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais,

considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho,

transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos

recursos naturais.

A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao u

processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um

exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. comportamentos

ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida

escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.

Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do

mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que

cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua

32

conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e

o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e

adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para

a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.

Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e

contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a

perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral do

mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma

sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença

da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas

disciplinas e das atividades escolares.

A fundamentação teórico/prática dos projetos ocorrerá por intermédio do

estudo de temas geradores que englobam palestras, oficinas e saídas a campo.

Esse processo oferece subsídios aos professores para atuarem de maneira a

englobar toda a comunidade escolar e do bairro na coleta de dados para resgatar a

história da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas

ambientais.

Os conteúdos trabalhados serão necessários para o entendimento dos

problemas e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projetos de

intervenção.

EDUCAÇÃO ÉTNICO RACIAIS

Lei 10639/03

O histórico cultural do país marca uma trajetória de grandes realizações e

concepções, com referências entre diferentes vertentes culturais entre negros,

brancos, índios, asiáticos e outros que dão jus ao conceito de miscigenação.

Segundo dados do MEC, o Brasil está em segundo lugar no que diz respeito a

grandes populações afro-descendentes (47%), perdendo apenas para a Nigéria.

Pode-se dizer que a África é um continente economicamente e culturalmente rico,

pois apresenta uma diversidade de riquezas minerais, como petróleo e pedras

33

preciosas. Seus habitantes, ao contrário do outros pensam, são inteligentes,

criativos e trabalhadores, porém com a colonização, as terras africanas foram

dominadas e perderam cerca de 60 milhões de habitantes devido o tráfico negreiro

escravo. Vários grupos pertencentes à mesma tribo com dialetos e costumes

comuns foram separados, gerando um violento processo de segregação racial, na

qual o africano tornou-se inferior em sua própria pátria. Porém, vários

questionamentos deram vazão a uma série de críticas no que envolve o ensino da

história afro. Por que o ensino da cultura afro-brasileira especificamente? E os

outros povos que contribuíram para a formação da identidade nacional? Dessa

forma, pretende-se com essa pesquisa científica, promover uma reflexão a cerca da

problemática que envolve a obrigatoriedade no ensino da cultura afro brasileira no

Ensino Fundamental e Médio alterando, assim a lei 9394 de 20 de dezembro de

1996 que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Ressaltar-se-à,

portanto, no referido trabalho uma questão de fundamental importância para o

fortalecimento de identidades éticas afro-brasileiras, destacando, dentre as

principais temáticas o aspecto legal que gira em torno da obrigatoriedade do ensino

da História e Cultura Afro-brasileira.

BREVE RESUMO DA LEI 10.639/03

Objetivos

Ensinar História e Cultura Afro-brasileiras e africanas não é mais uma questão

de vontade pessoal e de interesse particular. É uma questão curricular de caráter

obrigatório que envolve as diferentes comunidades: escolar, familiar, e sociedade. O

objetivo principal para inserção da Lei é o de divulgar e produzir conhecimentos,

bem como atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade

étnico-racial, tornando-os capazes de interagir objetivos comuns que garantam

respeito aos direitos legais e valorização de identidade cultural brasileira e africana,

como outras que direta ou indiretamente contribuíram ( contribuem) para a formação

da identidade cultural brasileira.A lei 10639/03 visa fazer um resgate histórico para

que as pessoas negras afro-brasileiras conheçam um pouco mais o Brasil e melhor

a sua própria história.

34

Desse modo, prevê ainda trabalhar o conhecimento da historia e cultura da

África a partir do processo de escravidão, bem como conceitos sócio-político-

históricos baseados no estudo da mesma como produtora de temáticas diversas:

filosofia, medicina, matemática, dentre outras.

Contudo, na tentativa de amenizar os preconceitos em sala de aula propõe-se

que não sejam abordados nas escolas certos temas como: raça, racismo, etnia,

etnocentrismo, discriminação racial, etc.

Conforme Adami (2007) em março de 2005 foram apresentados alguns

pontos relacionados à implementação efetiva da lei, tais como: formação de

professores e de outros profissionais da educação.

Entretanto, os professores, que em sua formação também não receberam

preparo especial para o ensino da cultura africana e suas reais influências para a

formação da identidade do nosso país, entram em conflito quanto à melhor maneira

de trabalhar essa temática na escola. Nesse sentido, este ponto pode ser um dos

obstáculos estabelecidos com a lei 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases

da educação nacional, visto que a mesma não disciplina nem menciona em nenhum

de seus artigos cursos de capacitação voltados à preparação de professores na

área.Além disso, discute-se ainda a reestruturação das bases pedagógicas num

movimento de resgate histórico, ressaltando os conceitos trabalhados em sala de

aula e a base teórica empregada. Por este motivo, incluir-se-ia no rol de conteúdos e

em atividades curriculares dos cursos de educação das relações étnico-raciais

conhecimentos de matriz africana que diz respeito à população africana.

HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA

Diversidade negra

A cultura negra é uma cultura inter-racial formada pela contribuição de

inúmeros grupos ditos negros, brancos, mestiços e os índios.

35

Manter vivas essas manifestações culturais negras é uma necessidade

fundamental de fortalecimento de sua identidade étnica como elemento de

resistência ao domínio branco.

Há, ainda, outras formas de manifestações das culturas negras como o

sincretismo que - na perspectiva em que adotamos - significa não apenas a

incorporação do referencial religioso dos negros à religião dominante, mas, além

disso, uma forma muito discreta de esconder e cultuar seus deuses e orixás. Outro

exemplo são as pinturas e esculturas, que cumprem fielmente o objetivo mais amplo

da arte: comunicar conceitos e símbolos e, a música, que deu origem ao samba,

pagode, além de estar presente em diversos ritmos da música popular brasileira.

Há mais de 300 anos depois, as comunidades negras e quilombos são

exemplos de resistência cultural e social do povo negro em meio ao conjunto da

sociedade brasileira ainda injusta e discriminadora.

Com base em uma entrevista com a pedagoga Dionária da S. Santos de

Jequié (BA) cedida pelo jornal Mundo Jovem, percebe-se que a intervenção de

pensadores negros tem conseguido ampliar o nível de consciência negra. Isso se

deve, principalmente, ao fato de que as pessoas estão começando a se aceitar e à

sua própria identidade.

LEI 9.394/96 E A OBRIGATORIEDADE NO ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURA

AFRO-BRASILEIRA

A história da relação entre Brasil e África vai muito além do período colonial e

do tráfico de escravos ao qual a população se acostumou a referir-se a

negros. Ela sempre esteve vinculada nos meios

acadêmicos e em bancos escolares de forma secundária. Trabalha-se a África como

se fosse a-histórica, isto é, um continente marcado apenas por guerras, fomes,

epidemias, miséria, sem nenhum contexto histórico-político-social e cultural, ficando

reduzida apenas a estereótipos.

36

Segundo Ferreira (apud LEOPORACE, 2007),

A nossa matriz de conhecimento, que é o que chega às escolas, é

essencialmente eurocêntrica. A gente estuda História da Europa, História dos

Estados Unidos, e é isso que a gente reproduz, é isso que a gente tende a achar

importante. Os outros Estados e aquilo que eles produziram os seus mitos, as suas

crenças, para nós são descartáveis.

De fato, muitas criticas surgiram com essa lei, visto que alguns grupos podem

se sentir desprestigiados e exigirem o estudo de suas culturas também, uma vez

que a identidade cultural brasileira é formada por contribuições de vários povos.

Podendo haver, assim, um risco de aumentar ainda mais a segregação.

Apesar de acreditar que outras culturas merecem destaque igual ao que seria

dado à cultura negra com aplicação da lei, Martins (apud LEOPORACE, 2007)

destaca que os riscos podem ser minimizados caso a História e Cultura Afro seja

inserida dentro do currículo da disciplina História.

A preocupação em torno dessa temática constitui-se como uma questão de

fundamental importância para o fortalecimento de identidades étnicas.

Com isso, a lei 9.394/96 remete no artigo 25, parágrafo 4º que "o ensino da

história e do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias

para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígenas, africanas

e européias".

A lei 9394/96 passa a vigorar acrescida dos seguintes artigos, referindo-se

aos conteúdos programáticos: 26-A.

Art. 26-A Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e

particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira.

No entanto, além do estudo da África e dos africanos serão destacados as

lutas dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro as áreas social,

econômica e política, pertencentes, também à História do Brasil, relacionadas em

37

todo currículo escolar principalmente nas áreas de Educação Artísticas, Literatura e

História.

Quando ao calendário escolar, cada ano crescem as comemorações ligadas

aos dias da consciência negra que representa um exemplo de resistência cultural e

social do povo negro.

Conforme art. 79-B "O calendário escolar excluirá o dia 20 de novembro como

Dia Nacional da Consciência Negra".O estudo de assuntos decorrentes da história e

cultura afro deve ser componentes dos estudos do cotidiano escolar, uma vez que

os alunos tornam-se capazes de construir relações ético-sociais e

pedagógicos.Contudo, o ensino das relações étnico-raciais nas escolas brasileiras é

uma medida preventiva fundamental contra o favorecimento da discriminação.As

experiências e contribuições históricas dos afro-brasileiros têm sido trabalhadas

como um mundo à parte da realidade nacional, por este motivo, é fundamental

entendê-las enquanto realidade social, produtora da própria historia.

EDUCAÇÃO INCLUSIVA

A educação inclusiva é um processo em que se amplia a participação de

todos os estudantes nos estabelecimentos de ensino regular. Trata-se de uma

reestruturação da cultura, da prática e das políticas vivenciadas nas escolas de

modo que estas respondam à diversidade de alunos. É uma abordagem ,

democrática e humanística, que percebe o sujeito e suas singularidades, tendo

como objetivos o crescimento, a satisfação pessoal e a inserção social de todos.

A Educação Inclusiva atenta a diversidade inerente à espécie humana, busca

perceber e atender as necessidades educativas especiais de todos os sujeitos-

alunos, em salas de aulas comuns, em um sistema regular de ,ensino de forma a

promover a aprendizagem e o desenvolvimento pessoal de todos. Prática

pedagógica coletiva, multifacetada, dinâmica e flexível requer mudanças

significativas na estrutura e no funcionamento das escolas, na formação humana

38

dos professores e nas relações família-escola. Com força transformadora, a

educação inclusiva aponta para uma sociedade inclusiva.

O ensino inclusivo não deve ser confundido com educação especial, a qual se

apresenta numa grande variedade de formas incluindo escolas especiais, unidades

pequenas e a integração das crianças com apoio especializado. O ensino especial é

desde sua origem um sistema separado de educação das crianças com deficiência,

fora do ensino regular, baseado na crença de que as necessidades das crianças

com deficiência não podem ser supridas nas escolas regulares. Existe ensino

especial em todo o mundo seja em escolas de frequência diária, internatos ou

pequenas unidades ligadas à escola de ensino regular.

O princípio da normalização diz respeito a uma colocação seletiva do

indivíduo portador de necessidade especial na classe comum. Neste caso, o

professor de classe comum não recebe um suporte do professor da área de

educação especial. Os estudantes do processo de normalização precisam

demonstrar que são capazes de permanecer na classe comum.

O processo de inclusão se refere a um processo educacional que visa estender ao

máximo a capacidade da criança portadora de deficiência na escola e na classe

regular. Envolve fornecer o suporte de serviços da área de Educação Especial

através dos seus profissionais. A inclusão é um processo constante que precisa ser

continuamente revisto.

A educação inclusiva é uma educação voltada de TODOS PARA TODOS

onde os ditos "normais" e os portadores de algum tipo de deficiência poderão

aprender uns com os outros. Uma depende da outra para que realmente exista uma

educação de qualidade. A educação inclusiva no Brasil é um desafio a todos os

profissionais de educação.

A educação inclusiva tem de atender os educandos com qualidade, mas tem

que dar condições e especializações aos profissionais, para que os objetivos e o

desenvolvimento aconteçam.

39

Percebemos ao longo da história e, também na atualidade, que a maioria dos

profissionais envolvidos na educação não sabem ou desconhecem a importância e a

diferença da educação especial e educação inclusiva. Por essa razão, veio a

realização deste artigo para o esclarecimento das pessoas envolvidas na educação

e interessados.

Primeiramente, quando descobrimos uma determinada deficiência em uma

pessoa ela deveria ser encaminhada aos profissionais especializados: psicólogos,

neuropediatras, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e pedagogos especializados, entre

outros. Isso é de extrema importância para o desenvolvimento físico e também

cognitivo desse educando tão especial.

Segundo Sá, a educação destas pessoas tem sido objeto de inquietações e

constitui um sistema paralelo de instituições e serviços especializados no qual a

inclusão escolar desponta como um ideal utópico e inviável. Para autora, o sujeito

com deficiência é um "aluno especial", cujas necessidades específicas demandam

recursos, equipamentos e níveis de especialização definidos de acordo com a

condição física, sensorial ou intelectual.

Mudando a postura e as concepções por parte de nós educadores e

pesquisadores, consideramos as diferenças como sendo atributos naturais da

humanidade.

PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

Diversas escolas têm adotado programas educativos com esse objetivo. Eles

podem ser de grande ajuda aos jovens, sobretudo a partir do início da adolescência,

desde que conduzidos de forma adequada. Informações mal colocadas podem

aguçar a curiosidade dos jovens, levando-os a experimentar drogas. Discursos

antidrogas e mensagens amedrontadoras ou repressivas, além de não serem

eficazes, podem até mesmo estimular o uso.

40

Nos programas de prevenção mais adequados, o uso de drogas deve ser

discutido dentro de um contexto mais amplo de saúde. As drogas, a alimentação, os

sentimentos, as emoções, os desejos, os ideais, ou seja, a qualidade de vida

entendida, como bem estar físico, psíquico e social, são aspectos a serem

abordados no sentido de levar o jovem a refletir sobre como viver de maneira

saudável.

Os jovens devem aprender a conhecer suas emoções e a lidar com suas

dificuldades e problemas. Um modelo de prevenção deve contribuir para que os

indivíduos se responsabilizem por si mesmos, a fim de que comportamentos de risco

da sociedade como um todo possam ser modificados.

Falar sobre drogas é falar sobre Educação, a instituição educacional como um

todo deve ajudar seus membros (educadores, familiares e jovens) a desenvolverem

espírito crítico, discutindo as drogas em nossa sociedade, bem como a relação deles

com as mesmas. A escola é um lugar privilegiado para a realização de atividades

preventivas, porque congrega as crianças e os jovens, é um lugar confiável, estimula

o saber e o conhecimento e possibilita a construção de valores. Qual o papel da

escola na prevenção do uso indevido de drogas?

É, antes de tudo, educar crianças e jovens a buscarem e desenvolverem sua

identidade e subjetividade, promover e integrar a educação cognitiva e emocional,

incentivar a cidadania e a responsabilidade social, bem como garantir que eles

incorporem hábitos saudáveis no seu cotidiano. Trata-se de discutir o projeto de vida

global dos alunos e da sociedade, ao invés de dar ênfase às conseqüências como a

doença e a drogadição, por exemplo. Portanto, a prevenção é mais adequada

quando discute o uso de drogas dentro de um contexto de saúde. Neste sentido, o

educador apresenta-se como um excelente condutor das atividades preventivas em

função de seu papel fundamental na educação e formação intelectual e emocional

dos jovens nas escolas.

A INTEGRAÇÃO DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO

A escola é uma instituição mais tradicional que inovadora. A cultura escolar

tem resistido bravamente às mudanças. Os modelos de ensino focados no professor

41

continuam predominando, apesar dos avanços teóricos em busca de mudanças do

foco do ensino para o da aprendizagem.Tudo isto nos mostra que não será fácil

mudar esta cultura escolar tradicional, que as inovações serão mais lentas, que

muitas instituições reproduzirão no virtual o modelo centralizador no conteúdo e no

professor do ensino presencial.

Os alunos estão prontos para a multimídia, os professores, em geral, não. Os

professores sentem cada vez mais claro o descompasso no domínio das tecnologias

e, em geral, tentam segurar o máximo que podem, fazendo pequenas concessões,

sem mudar o essencial. Creio que muitos professores tem medo de revelar sua

dificuldade diante do aluno. Por isso e pelo hábito mantêm uma estrutura repressiva,

controladora, repetidora. Os professores percebem que precisam mudar, mas não

sabem bem como fazê-lo e não estão preparados para experimentar com

segurança. Muitas instituições também exigem mudanças dos professores sem dar-

lhes condições para que eles as efetuem.

Frequentemente algumas organizações introduzem computadores, conectam

as escolas com a internet e esperam que só isso melhore os problemas do ensino.

A maior parte dos cursos presenciais e on-line continua focada no conteúdo,

focada na informação, no professor, no aluno individualmente e na interação com o

professor tutor. Convém que os cursos hoje, principalmente os de formação, sejam

focados na construção do conhecimento e na interação; no equilíbrio entre o

individual e o grupal, entre conteúdo e interação(aprendizagem cooperativa), um

conteúdo em parte preparado e em parte construído ao longo do curso.

As tecnologias chegaram na escola, mas estas sempre privilegiaram mais o

controle a modernização da Infraestrutura e a gestão do que a mudança. Os

programas de gestão administrativa estão mais desenvolvidos do que voltados à

aprendizagem. Há avanços na virtualização da aprendizagem, mas só conseguem

arranhar superficialmente a estrutura pesada em que estão estruturados os vários

níveis de ensino.

Apesar da resistência institucional, as pressões pelas mudanças são cada vez

mais fortes. As empresas estão muito ativas na educação on-line e buscam nas

universidades mais agilidade, flexibilização e rapidez na oferta de educação

continuada. Os avanços na educação a distância com a LDB e a internet estão

sendo notáveis. A LDB legalizou a educação a distância e a internet lhe tirou o ar de

42

isolamento, de atraso, de ensino de segunda classe. A interconectividade que a

internet e as redes desenvolveram nestes últimos anos está começando a

revolucionar a forma de ensinar e aprender.

As redes, principalmente a internet, estão começando a provocar mudanças

profundas na educação presencial e a distância. Na presencial, desenraizam o

conceito de ensino-aprendizagem localizado e temporalizado. Podemos aprender

desde vários lugares, ao mesmo tempo, on e off line, juntos e separados. Como nos

bancos, temos a nossa agência (escola) que é nosso ponto de referência;só que

agora não precisamos ir até lá o tempo todo para poder aprender.

MARCO OPERACIONAL

PRESSUPOSTOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICOS

ORGANIZAÇÃO DO COLÉGIO ESTADUAL DORAH GOMES DAITSCHMAN

A organização do colégio visa a formação de jovens para viver em sociedade,

preparando-os para o trabalho e para o exercício da cidadania. A prática a ser

adotada será de reflexão e ação que facilite a participação .

A diretriz político-educacional para todo o sistema de ensino do estado do

Paraná tem por objetivo a reversão do fracasso escolar. Para tanto o Projeto Político

pedagógico para uma escola democrática, segue a política educacional vigente, que

objetiva encontrar tratamento adequado às necessidades da clientela do colégio e

diminuir a distância entre o desempenho dos alunos das diferentes camadas da

população, garantindo a todos o direito à escolaridade.

O Colégio Dorah propõe a minimização da evasão escolar e da repetência

através de ações conjuntas entre docente, área pedagógica, direção, alunos e

comunidade objetivando a conjugação de esforços, com ações para redefinição da

qualidade do ensino ofertado, com real aproveitamento do ensino pelos alunos e sua

permanência no colégio com êxito.

43

A organização do Colégio Dorah segue os princípios emanados pela

Secretaria de estado da Educação que norteia a gestão colegiada, participativa,

onde todos os segmentos do colégio participam da organização e decisões das

propostas administrativas e pedagógicas, através das representações de classe,

como: Associação de Pais e Mestres e funcionários, Conselho Escolar, Conselho de

Classe, Grêmio Estudantil.dos professores. A administração colegiada e participativa

adotada é entendida da seguinte forma: auxilia educadores e educandos a serem

autores de seu próprio desenvolvimento; busca maior participação nas decisões;

exprime e pratica comunitariamente as normas de convivência, de ação e interação;

adota o processo de planejamento participativo; delega tarefas; reconhece a

necessidade de autonomia e a justa distribuição do poder; avalia constantemente o

desenvolvimento do colégio; utiliza a informação como meio de comunicação e

divulgação das atividades escolares.

Em relação a organização da hora-atividade dos docentes do colégio, ela

encontra-se distribuída normalmente entre as horas-aula, de maneira que, o

professor cumpra-as no colégio no seu horário normal de aulas. A relação dos

docentes, e a carga horária correspondente a cada um encontram-se expostas em

edital na sala dos professores.

A hora-atividade deve ser entendida como um recurso que o docente dispõe

para atividades correlatas ao seu mister. Portanto ela deverá ser utilizada para

estudos, correções de atividades dos discentes, organização do livro de registro de

classe, pesquisas, utilização da biblioteca, grupo de estudos, e atendimento, quando

necessário, de alunos com dúvidas, orientações de atividades ou ainda de acordo

com as necessidades.

44

PROPOSTA DE FORMAÇÃO CONTINUADA

Dentro do contexto educacional contemporâneo, a formação continuada é

saída possível para a melhoria da qualidade do ensino, por isso o profissional

consciente deve saber que sua formação não termina na Universidade. Formar ( ou

reformar) o formador para a modernidade através de uma formação continuada

proporcionará ao mesmo independência profissional com autonomia para decidir

sobre o seu trabalho e suas necessidades.

A formação contínua é ( Nóvoa, 1991, Freire 1991 e Mello 1994) saída

possível para a melhoria da qualidade do ensino, dentro do contexto educacional

contemporâneo. Nova o bastante para não dispor ainda de mais teorias nutrientes,

provavelmente ainda em gestação. [é uma tentativa de resgatar a figura do mestre,

tão carente do respeito devido a sua profissão, tão desgastada em nossos dias.

“Ninguém nasce educador ou marcado para ser educador. A gente se faz educador,

a a gente se forma, como educador, permanentemente, na prática a na reflexão da

prática”. ( FREIRE,1991:58)

Para o autor, formação permanente é uma conquista da maturidade, da

consciência do ser. Quando a reflexão permear a prática, docente e de vida, a

formação continuada será exigência “sine qua non” para que o homem se mantenha

vivo, energizado, atuante no seu espaço histórico, crescendo no saber e na

responsabilidade.

A modernidade exige mudanças, adaptações, atualização e aperfeiçoamento.

Quem não se atualiza fica para trás. A parceria, a globalização, a informática, toda a

tecnologia moderna é um desafio a quem se formou há vinte ou trinta anos. A

concepção moderna de educador exige “uma sólida formação científica, técnica e

política, viabilizadora de uma prática pedagógica crítica e consciente da necessidade

de mudanças na sociedade brasileira ( Brzezinski,1992:83).

O profissional consciente sabe que sua formação não termina na

universidade. Esta lhe aponta caminhos, fornece conceitos e idéias, a matéria prima

45

de sua especialidade. O resto é por sua conta. Muitos professores, mesmo tendo

sido assíduos, estudiosos e brilhantes, tiveram de aprender na prática, estudando,

pesquisando, observando, errando muitas vezes, até chegarem ao profissional

competente que hoje são.

Na ação continuada, são enfatizados os seguintes aspectos do profissional: a

formação, a profissão, a avaliação e as competências que cabem ao profissional.

O educador que está sempre em busca de uma formação contínua, bem como a

evolução de suas competências tende a ampliar o seu campo de trabalho.

Segundo o estudioso Philippe Perrenoud, a formação profissional contínua se

organiza em determinadas áreas prioritárias. Dentre elas estão as competências

básicas que cabem ao educador. Refere - se como áreas de competências, devido

cada uma delas abordar várias competências

Sugere-se que cada educador tenha consciência do nível de competências em que

se encontra, realizando uma auto avaliação, o que irá resultar em uma grande

evolução na sua função como educador.

DEFINIÇÃO DOS PAPÉIS DO ESTABELECIMENTO DE ENSINO

O gestor como articulador dos diferentes segmentos escolares em torno do

Projeto Político Pedagógico, desempenhará suas próprias tarefas no aspectos

organizacional da escola em relação à responsabilidade social frente a comunidade.

Sua liderança será exercida de maneira democrática, dividindo o poder de decisão e

de deliberação sobre assuntos escolares com: professores, funcionários, pais,

alunos e comunidade escolar representada pelo Conselho Escolar e Associação de

Pais e Mestres, estimulando a participação de todos.

O professor, a partir de sua participação ativa na escola deverá aperfeiçoar

continuamente a qualidade do seu trabalho docente, como mediador entre o aluno e

o conhecimento, assumindo responsabilidades, exercendo direitos e praticando a

cidadania.

A Equipe Pedagógica tendo como preocupação maior, o desenvolvimento

integral do educando, no contexto atual, pretende contribuir não mais para atender "

alunos problemas" , mas para discutir junto com todos os alunos e demais

46

envolvidos no processo educativo, os conflitos que vivenciamos e as possíveis

soluções cabíveis a cada situação em discussão.

O pedagogo buscará desenvolver a articulação didático- pedagógica que irá

além das relações interpessoais: aluno x professor; professor x professor x pais e

ou responsáveis, abrangerá as orientações emanadas da SEED, conteúdos,

métodos e a reflexão teórico-prática , no interesse de que as ações pedagógicas e

decisões tomadas no ato de ensinar e aprender se façam de modo fundamentado e

articulado. Com referência ao aperfeiçoamento dos docentes a equipe pedagógica

juntamente com a direção oportunizará a participação dos docentes em cursos,

palestras e ou eventos que promovam a atualização constante dos mesmos.

A prática escolar depende também da participação de todos os funcionários,

pois, cada um, na sua área, contribui para o bom andamento das atividades

pedagógicas e para um ensino de qualidade. Para tanto serão incentivados a

atualização na área de relacionamento humano e da prática da atividade que

desempenham.

Estendendo a preocupação educativa à família e à comunidade estaremos co

- responsabilizando a sociedade e também garantindo a valorização da escolaridade

através das estratégias educativas da família.

Sendo dada a devida importância à participação da família e da comunidade

no processo escolar e nas políticas educacionais, esta se fará através da

participação dos mesmos em reuniões , palestras e encontros formativos

promovidos pela escola.

O aluno sendo centro do processo educacional participará de maneira efetiva

na construção do seu próprio conhecimento sob a mediação do professor e da

família, garantindo assim o seu pleno desenvolvimento como pessoa, preparando-se

para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho conforme rege a Carta

Magna e em consonância com a lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

47

ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA

DIREÇÃO

O diretor coordena, organiza e gerencia todas as atividades da escola,

auxiliado pelos demais componentes do corpo de especialistas e de técnicos-

administrativos, atendendo às leis,regulamentos e determinações dos órgãos

superiores do sistema de ensino e às decisões no âmbito da escola assumidas pela

equipe escolar e pela comunidade.

EQUIPE PEDAGÓGICA

O setor pedagógico compreende as atividades de coordenação pedagógica e

orientação educacional. Como são funções especializadas, envolvendo habilidades

bastante especiais, seus ocupantes devem ser formados em cursos de Pedagogia

ou adquiram formação pedagógico-didática específica.

O coordenador pedagógico supervisiona, acompanha,assessora, apóia, avalia as

atividades pedagógico-curriculares. Sua atribuição prioritária é prestar assistência

pedagógico-didática aos professores em suas respectivas disciplinas, no que diz

respeito ao trabalho interativo com os alunos. Outra atribuição que cabe ao

coordenador pedagógico é o relacionamento com os pais e a comunidade,

especialmente no que se refere ao funcionamento pedagógico-curricular e didático

da escola e comunicação e interpretação da avaliação dos alunos.

O orientador educacional, cuida do atendimento e do acompanhamento

escolar dos alunos e também do relacionamento escola-pais-comunidade.

CORPO DOCENTE E DISCENTE

O corpo docente é constituído pelo conjunto dos professores em exercício na

escola, cuja função básica consiste em realizar o objetivo prioritário da escola, o

processo de ensino e aprendizagem. Os professores de todas as disciplinas formam,

junto com a direção e os especialistas, a equipe escolar. Além de seu papel

específico de docência das disciplinas , os professores também têm a

48

responsabilidade de participar na elaboração do plano escolar ou projeto pedagógico

curricular, na realização das atividades da escola e nas decisões dos conselhos de

escola e de classe ou série, das reuniões com pais, da A.P.M.F. e das demais

atividades cívicas, culturais e recreativas da comunidade.

O corpo discente constitui-se dos alunos e suas associações representativas.

EQUIPE ADMINISTRATIVA

O setor técnico-administrativo responde pelas atividades-meio que asseguram

o atendimento dos objetivos e funções da escola.

A Secretaria escolar cuida da documentação , escrituração e correspondência

da escola, dos docentes, demais funcionários e dos alunos. Responde também pelo

atendimento de pessoas. Para realização desses serviços, a escola conta com um

secretário e escriturários ou auxiliares de secretaria.

O serviço de multimeios compreende a biblioteca , os laboratórios, os

equipamentos audiovisuais, a videoteca e outros recursos didáticos.

EQUIPE DE APOIO

A zeladoria , realizada pelos serventes, cuida da manutenção, conservação e

limpeza do prédio; da guarda das dependências, instalações e equipamentos; da

cozinha e da organização e distribuição da merenda escolar; da execução de

pequenos consertos e outros serviços rotineiros da escola.

PARCERIAS E ÓRGÃOS COLABORADORES:

Como forma de parceria a escola conta com Associações de Pais Mestres e

Funcionários e o Conselho Escolar.

A Associação de Pais e Mestres foi fundada e constituída em 08 de outubro

de 1979 por tempo indeterminado, tendo uma finalidade tríplice :

- colaborar no aprimoramento do processo educacional;

− Colaborar na assistência ao escolar;

49

- colaborar na integração família-escola-comunidade.

O Conselho Escolar, criado pela Resolução n.º 4.333/92 como órgão

deliberativo no auxilio da administração direta, atuando em função das condições

reais da escola, da organicidade do próprio Conselho e das competências dos

profissionais da escola.É um órgão colegiado composto por representantes das

comunidades escolar e local, que têm como atribuição deliberar sobre questões

político-pedagógicas, administrativas, financeiras no âmbito da escola. Cabe aos

conselhos , também analisar as ações a empreender e os meios a utilizar para o

cumprimento das finalidades da escola. Eles representam as comunidades escolar e

local, atuando em conjunto e definindo caminhos para tomar as deliberações que

são de sua responsabilidade.

Representam assim, um lugar de participação e decisão , um espaço de

discussão, negociação e encaminhamento das demandas educacionais,

possibilitando a participação social e promovendo a gestão democrática. São, enfim,

uma instância de discussão, acompanhamento e deliberação, na qual se busca

incentivar uma cultura democrática, substituindo a cultura patrimonialista pela cultura

participativa e cidadã.

PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

CONSELHO DE CLASSE

De acordo com o disposto na Seção IV do Regimento Escolar sobre o Conselho

de Classe, constam os seguintes artigos:

Art.24- O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza consultiva e

deliberativa em assuntos didáticos-pedagógicos,fundamentado no Projeto Político

Pedagógico da escola e no Regimento Escolar, com responsabilidade de analisar as

ações educacionais, indicando alternativas que busquem garantir a efetivação do

processo ensino aprendizagem.

Art.25- A finalidade da reunião do Conselho de Classe, após analisar as

informações e dados apresentados, é a de intervir em tempo hábil no processo

ensino e aprendizagem, oportunizando ao aluno formas diferenciadas de apropriar-

se dos conteúdos curriculares estabelecidos.

50

Parágrafo único – É da responsabilidade da equipe pedagógica organizar as

informações e dados coletados a serem analisados no Conselho de Classe.

Art.26- Ao Conselho de Classe cabe verificar se os objetivos, conteúdos,

procedimentos metodológicos, avaliativos e relações estabelecidas na ação

pedagógico-educativa, estão sendo cumpridos de maneira coerente com o Projeto

Político Pedagógico do estabelecimento de ensino.

Art.27- O Conselkho de Classe constitui-se de um espaço de reflexão

pedagógica, onde todos os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva,

discutem alternativas e propões ações educativas eficazes que possam vir a sanar

necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino aprendizagem.

Art.28- O Conselho de Classe é constituído pelo(a) diretor(a) e/ou diretor(a)

auxiliar, pela equipe pedagógica, por todos os docentes e os alunos representantes

que atuam numa mesma turma e/ou série, por meio de:

I- Pré-Conselho de Classe com toda a turma em sala de aula, sob a

coordenação do professor representante de turma e/ou pelo(s) pedagogo(s);

II- Conselho de Classe integrado, com a participação da equipe de direção, da

equipe pedagógica, da equipe docente, da representação facultativa de alunos e

pais de alunos por turma e/ou série.

Art.29- A convocação, pela direção, das reuniões ordinárias ou extraordinárias

do Conselho de Classe, deve ser divulgada em edital, com antecedências de 48

( quarenta e oito) horas.

Art.30- O Conselho de Classe reunir-se-á ordinariamente em datas previstas

em calendário escolar e, extraordinariamente, sempre que se fizer necessário.

Art.31- As reuniões do Conselho de Classe serão lavradas em Livro Ata,

pelo(a) secretário(a) da escola, como forma de registro das decisões tomadas.

Art.32- São Atribuições do Conselho de Classe:

I - analisar as informações sobre os conteúdos curriculares, encaminhamento

metodológico e práticas avaliativas que se referem ao processo ensino

aprendizagem;

II - propor procedimentos e formas diferenciadas de ensino e de estudos para

a melhoria do processo ensino e aprendizagem;

51

III - estabelecer mecanismos de recuperação de estudos, concomitantes ao

processo de aprendizagem que atendam às reais necessidades dos alunos, em

consonância com a proposta Pedagógica Curricular da escola;

IV – acompanhar o processo de avaliação de cada turma, devendo debater e

analisar os dados qualitativos e quantitativos do processo ensino aprendizagem;

V – atuar com co-responsabilidade na decisão sobre a possibilidade de

avanço do aluno para série/etapa subsequente ou retenção, após a apuração dos

resultados finais, levando-se em consideração o desenvolvimento integral do aluno;

VI – receber pedidos de revisão de resultados finais até 72 ( setenta e duas)

horas úteis após sua divulgação em edital.

CONSELHO ESCOLAR

Segundo o Regimento Escolar desta instituição de ensino os seguintes artigos

discorrem sobre o Conselho Escolar:

Art.10- O Conselho Escolar é um órgão de natureza deliberativa, avaliativa e

ficalizadora sobre a organização e a realização do trabalho pedagógico e

administrativo do estabelecimento de ensino, em conformidade com a legislação

educacional vigente e orientações da SEED.

Art.11- O Conselho Escolar é composto por representantes da comunidade

escolar e representante de movimentos sociais organizados e comprometidos com a

educação pública, presentes na comunidade, sendo presidido por seu membro nato,

o(a) diretor(a) escolar.

§ 1º – A comunidade escolar é compreendida como o conjunto dos profissionais

atuantes no estabelecimento de ensino, alunos devidamente matriculados e

frequentado regularmente, pais e/ou responsáveis pelos alunos.

§ 2º – A participação dos representantes dos movimentos sociais organizados,

presentes na comunidade, não ultrapassará 1/5( um quinto) do colegiado .

Art.12- O Conselho Escolar poderá eleger seu vice-presidente dentre os

membros que o compõem, maiores de 18(dezoito) anos.

52

Art.13- O Conselho Escolar tem como principal atribuição, aprovar e

acompanhar a efetivação do Projeto Político Pedagógico do estabelecimento de

ensino.

Art.14- Os representantes do Conselho Escolar são escolhidos entre seus

pares, mediante processo eletivo, de cada segmento escolar, garantindo-se a

representatividade dos níveis e modalidades de ensino.

Parágrafo Único – As eleições dos membros do Conselho Escolar, titulares e

suplentes realizar-se-ão em reunião de cada segmento convocada para este fim,

para um mandato de 2(dois)anos, admitindo-se uma única reeleição consecutiva.

Art.15- O Conselho Escolar, de acordo com o princípio da representatividade

e da proporcionalidade, é constituído pelos seguintes conselheiros:

I – diretor (a);

II – representantes da equipe pedagógicas;

III – representantes da equipe docente ( professores);

IV – representantes da equipe técnico-administrativa;

V – representante da equipe auxiliar operacional;

VI- representantes dos discentes ( alunos);

VII- representante dos pais ou responsáveis pelo aluno;

VIII- representante do Grêmio Estudantil;

IX- representante dos movimentos sociais organizados da comunidade ( APMF,

Associação de Moradores, Igrejas, Unidade de Saúde, etc).

Art.16- O Conselho Escolar é regido por Estatuto próprio, aprovado por 2/3

(dois terços) de seus integrantes.

DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DE REPRESENTAÇÃO DA COMUNIDADE

ESCOLAR

Como disposto no Regimento Escolar :

Art.21 – Os segmentos sociais organizados e reconhecidos como órgãos

Colegiados de representação da comunidade escolar estão legalmente instituídos

por Estatutos e Regulamentos próprios.

53

Art.22 A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF ou similar,

pessoa jurídica de direito privado, é um órgão de representação dos Pais, mestres e

Funcionários do estabelecimento de ensino, sem caráter político partidário, religioso,

racial e sem fins lucrativos, não sendo remunerados os seus dirigentes e

conselheiros, sendo constituída por prazo indeterminado.

Parágrafo Único – a APMF é regida por Estatuto próprio, aprovado e homologado

em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim.

Art.23 – O Grêmio Estudantil é o órgão máximo de representação dos

estudantes do estabelecimento de ensino, com o objetivo de defender os, interesses

individuais e coletivos dos alunos, incentivando a cultura literária, artística e

desportiva de seus membros.

Parágrafo Único – O Grêmio Estudantil é regido por Estatuto próprio aprovado e

homologado em Assembléia Geral, convocada especificamente para este fim.

PROJETOS DESENVOLVIDOS

PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO

O Programa Mais Educação ( Portaria Interministerial nº 17/2007) é uma

iniciativa do Governo Federal que tem como prioridade contribuir para a formação

integral de crianças, adolescentes e jovens, articulando diferentes ações, projetos e

programas nos Estados, Distrito Federal e Municípios, em consonância com o

projeto pedagógico da escola, ampliando tempo, espaços e oportunidades, através

da articulação das políticas setoriais envolvidas e possibilitando a todos o Direito de

Aprender.

A Educação Integral constitui ação estratégica para garantir atenção e

desenvolvimento integral às crianças, adolescentes e jovens, sujeitos de direitos que

vivem uma contemporaneidade marcada por intensas transformações e exigência

crescente de acesso ao conhecimento, nas relações sociais entre diferentes

gerações e culturas, nas formas de comunicação, na maior exposição aos efeitos

das mudanças em nível local, regional e internacional. Ela se dará por meio da

ampliação de tempos, espaços e oportunidades educativas que qualifiquem o

processo educacional e melhorem o aprendizado dos alunos. Não se trata, portanto,

54

da criação ou recriação da escola como instituição total, mas da articulação dos

diversos atores sociais que já atuam na garantia de direitos de nossas crianças e

jovens na co-responsabilidade por sua formação integral.

Os Projetos desenvolvidos são:

-CULTURA REGIONAL – Meio Ambiente – Horta Escolar

A questão ambiental tem sido um tema muito trabalhado nas escolas do Brasil

inteiro. Sabe-se que é um tema delicado e que, de sua conservação, depende o

futuro da humanidade, A implantação da horta escolar surge como um trabalho

diferenciado onde alunos, professores, funcionários e comunidade poderão analisar

os efeitos do cultivo no solo, a influência do ciclo das chuvas para a agricultura, as

consequências da utilização de defensivos para a saúde e para o meio ambiente,

entre tantos outros temas relacionados à agricultura. O trabalho conta com a

participação de vinte e cinco alunos no contra turno.

-DIVULGAÇÃO CIENTÍFICA – Prevenção e Promoção da Saúde

Contribuir para a formação dos estudantes da rede pública de educação

básica com ações de prevenção, promoção e atenção à saúde, por meio de

atividades educativas ( projetos interdisciplinares, teatro, oficinas, palestras,

debates, feiras) em temas de saúde como saúde bucal, alimentação saudável,

cuidado visual e auditivo, práticas corporais, educação para a saúde sexual e

reprodutiva, prevenção ao uso de drogas ( alcool, tabaco e outras) e prevenção à

violência). Promovendo assim uma cultura de prevenção e promoção à saúde no

espaço escolar, reforçando a prevenção de agravos à saúde e vulnerabilidade, bem

como fortalecer a relação entre as redes públicas de educação e de saúde.

-ESPORTES – Tênis de Mesa

O Projeto de tênis de mesa tem como objetivo desenvolver práticas corporais

por meio de atividades recreativas e educacionais bem como o conhecimento geral

sobre as habilidades motoras e um conhecimento específico sobre a modalidade

tênis de mesa. Essa modalidade esportiva não requer grande espaço físico e é

caracterizada pela fácil aceitação por crianças e jovens.

55

-JOGOS- Xadrez Tradicional

O xadrez e um dos meios que leva o ser humano a desenvolver o raciocínio

lógico, melhorando sua observação, reflexão e análise, melhorando sua socialização

e aceitação de regras e comprovadamente melhorando o desempenho escolar.

-MÍDIAS- Jornal Escolar

O projeto tem como objetivo fazer com que o aluno desenvolva o seu

conhecimento através de aulas práticas, no contra turno escolar com temas

específicos, buscando melhora no desenvolvimento escolar e no processo de

aprendizado do conhecimento científico.O jornal pode oferecer inúmeras

possibilidades de trabalho, voltados a leitores com diferentes interesses e a

produção de gêneros jornalísticos.

-MÚSICAS-Rádio escola

Tendo em vista a incorporação dos meios de comunicação no cotidiano de todas as

camadas sociais da população, a implementação deste projeto justifica-se pela

necessidade de promover aos alunos o conhecimento de várias linguagens que

norteiam a era da informação, formando pessoas que compreendam e dominem os

sistemas de produção dessa informnação e, consequentemente estejam melhor

preparadas para atuarem de forma mais responsável com a vida em sociedade.

PROJETO DE PREVENÇÃO AO USO ABUSIVO DE DROGAS

As concepções sobre o homem, o mundo, a sociedade e as relações sociais

estão presentes na nossa maneira de viver, de buscar nossos ideais, de construir

nossas crenças e de trabalhar. Ter clareza da concepção que está por trás das

próprias ações, valores e comportamentos gera mais intencionalidade no

plabejamento das ações de ensino e aprendizagem, podemos considerara que toda

a organização e o funcionamento da sociedade constituem uma situação educativa,

na medida em que representam as manifestações das produções e criações

humanas, que são transmitidas por meio de relações, portanto a educação é um

fenômeno bastante complexo, que se relaciona com todo o processo de formação

do sujeito, neste processo, ocorrem muitas influências: da família, to trabalho, do

clube, dos grupos sociais e culturais de diversas outras instituições.

56

Apesar da escola e educação fazerem, parte de um processo social amplo,

que é influenciado e influencia relações sociais complexas, a escola é uma

instituição com condições muito específicos, cujos objetivos principais levam em

conta o conhecimento científico, distanciando da realidade, bem como separando os

fenômenos que acontecem na realidade.

Em torno da escola convivem sujeitos com diferentes concepções de

educação, de diferentes visões de mundo, e é esse convívio que faz da escola uma

instituição complexa e contraditória. É nessa troca de contrários que se pode e se

deve estabelecer a luta pela construção da cidadania.

A caracterização da clientela é representada por alunos advindos de classes

populares, pertencentes a faixa econômica de baixo poder aquisitivo, muitos pais

encontram-se desempregados ou vivem de subempregos. A região onde o colégio

está inserido corresponde a área de lotes urbanizados para pessoas de baixa renda.

A escolaridade entre moradores é muito baixa, uma grande parcela da família

dos alunos são analfabetos. O problema das drogas, alcoolismo e violência entre os

moradores na vila é preocupante.

Faz-se necessário, portanto, uma educação preventiva e a conscientização

de todos: alunos, pais, professores, funcionários, enfim, toda a comunidade sobre os

efeitos e consequências maléficas causadas por essas substâncias à vida humana

em todos os seus aspectos físico, psíquico e social. O desafio deste projeto é a luta

pela valorização da vida como um bem social a serviço da construção de uma

sociedade mais digna e fraterna.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Toda escola deve ter definida, para si mesma e para sua comunidade escolar,

uma identidade e um conjunto orientador de princípios e de normas que iluminem a

ação pedagógica cotidiana.

O Projeto político pedagógico vê a escola como um todo em sua perspectiva

estratégica, não apenas em sua dimensão pedagógica. É uma ferramenta gerencial

que auxilia a escola a definir suas prioridades estratégicas, a converter as

prioridades em metas educacionais e outras concretas, a decidir o que fazer para

alcançar as metas de aprendizagem, a medir se os resultados foram atingidos e a

avaliar o próprio desempenho.

O Projeto Político Pedagógico é diferente de planejamento pedagógico. É um

conjunto de princípios que norteiam a elaboração e a execução dos planejamentos,

por isso, envolvem diretrizes mais permanentes, que abarcam conceitos

subjacentes à educação.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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-DEMO, Pedro. Formação de formadores básicos. Em aberto, v.11, n.º 54, p. 23-42

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-MELLO, Guiomar Namo de. Cidadania e competitividade. Ed. Cortez – 1993.

-SALTO PARA O FUTURO. Construindo a escola cidadã: projeto pedagógico.

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-VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Escola – Espaço do projeto político pedagógico.

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-VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Projeto político pedagógico: uma construção

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-VEIGA, Ilma Passos Alencastro. O projeto político pedagógico e a relação entre

Instituído e instituintes. ENDIPE (x: 2000)

-NISKIER, Arnaldo. L.D.B. A nova lei da educação. Ed. Consultor – 1998

-LIBÃNEO,José Carlos. Organização e gestão da escola: teoria e prática.Goiânia:Ed

Alternativa, 2004.

- MIGLIORI,Regina de Fátima...et al. Ética, valores humanos e transformação.São

Paulo: Peirópolis,1998.