Solues Do Colgeno: O Colgeno, normalmente comercializado,
apresenta-se na forma de soluo aquosa contendo, aproximadamente, 1%
de molculas de colgeno.
Uma das principais fontes de colgeno a pele de bovinos jovens.
Extrao em solues cidas ou alcalinas so usadas para a obteno do
produto desejado. Hidrlise enzimtica pode tambm ser usada. Estes
mtodos eliminam as ligaes cruzadas, aumentando a quantidade de
colgeno solvel Deve ser lembrado que, se esta hidrlise ou extrao
for muito vigorosa, o produto final poder ser uma protena
degradada, estando mais prximo de gelatina do que do verdadeiro
colgeno. Aps a extrao, o colgeno precipitado e dissolvido em solues
tampes de cido ctrico ou brico. Esta soluo de colgeno nativo deve
conter no mximo 3% de partculas com massa molecular menor que
100.000 unidades de peso molecular. Por outro lado, deve ter mais
de 60% das partculas com peso molecular em torno de 300.000
unidades. Como pode ser visto, solues de colgeno produzidas por
diferentes processo so absolutamente distintas. desejvel no
entanto, que para aplicaes cosmticas, as solues de colgeno
apresentem especificaes de acordo. O grande desafio para as
formulaes cosmticas como combater os efeitos do tempo na pele,
mantendo maciez e elasticidade e desse modo recuperar as
propriedades do colgeno observadas na pele jovem. O envelhecimento
acompanhado por um decrscimo do teor de colgeno total na pele
devido a reduo da capacidade de biosntese das clulas do tecido
conjuntivo (fibroblastos), enquanto uma percentagem deste colgeno
vai se tornando insolvel atravs da formao de ligaes cruzadas. Em
muitos boletins tcnicos de vrios fabricantes de colgeno para uso
cosmtico, para explicar efeitos da protena, tem sido proposto que o
colgeno penetra na epiderme. Tambm tem sido sugerido que a pele
contendo colgeno solvel induz a formao de novas fibrilas de colgeno
na derme, melhorando, assim, a aparncia da pele. A suposio de que a
molcula da protena, com 300.000 Unidade de Peso Molecular e tamanho
de 15 x 3000 A, pode penetrar na barreira da pele incompatvel com
as teorias correntes de absoro cutnea. A absoro inversamente
proporcional ao tamanho da molcula e da viscosidade do meio. Embora
o peso molecular crtico, onde de inicia a difuso atravs da pele
ainda no esteja bem definido, o limite mximo parece ser molculas
com peso molecular menor que 3000 Unidades de Peso Molecular. O
real benefcio do uso de produtos a base de colgeno esto
estritamente relacionado com o balano hdrico proporcionado a pele.
Colgenos solveis em formulaes cosmticas, em teores maiores que 5%,
podem funcionar como agente hidratante da pele. Colgeno no produz
efeito biolgico quando aplicado externamente sobre a pele. Sendo um
produto sensvel ao calor, o colgeno, presente em solues,
desnatura-se em temperaturas em torno de 35C, tornando-se gelatina
, o que demonstrado pela quebra brusca da viscosidade. Este fato
pode ocasionar srios problemas na manipulao do colgeno durante o
armazenamento e formulao. Tendo em vista que o colgeno provm de
matria-prima de origem animal imprescindvel o controle
microbiolgico deste produto, notadamente dos patognicos.
Alm do controle microbiano, torna-se uma exigncia maior a
realizao dos testes de toxicidade com o colgeno.
Colgeno Solvel Padro Para Cosmticos
MATRIA-PRIMA DERME BOVINA Teor de colgeno 1% Teor de slidos
4%
Cinzas 1% (mximo)
COLGENO LQUIDO
PH 3,7 Distribuio de Peso Molecular
Tropo Colgeno (300.000) Ligaes (200.000) Ligaes (100.000)
Menores que 100.000
60% 20% 17%
3% (mximo) Viscosidade Intrsica Soluo 1,0% a 25C
112 dl/g Nitrognio / Hidroxiprolina 1,25 Contagem Microbiolgica
< 100 (Col/g)
Patognicos Negativo
Aminograma De Alguns Colgenos Solveis
AMINO-CIDOS PRODUTO PADRO (%) cido Asprtico
Treonina Serina
cido Glutmico Prolina Glicina Alanina Cistina Valina
Metionina Isoleucina Leucina Tirosina
Fenilalanina Lisina
Histidina Arginina
Hidroxiprolina
0,065 0,024 0,035 0,117 0,209 0,294 0,136
Ausente 0,029 0,003 0,015 0,031 0,03
0,021 0,003 0,058 0,078 0,139
Concentrao Usual: 2 a 10 %, sendo que a partir de 5 %, sua funo
passa a ser de agente hidratante da pele.
Referncias Bibliogrficas: 1. Batistuzzo ,Itaya e Eto- Formulrio
Mdico Farmacutico, 1 edio. Ed. Tecnopress, 2000. 2. Sumitomo
Corporation News; Julho 1988, n 65, pg 3-6 3. Neurath, H.;
Collaquen; The proteins, Academic Press, 1966. vol 4, pg 238 304 4.
Lehninger, A.L.; Bioqumica; Ed. Edgar Blucher, 1976.
