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Veículo: APEOESP Data: 30/06/2014 Editoria: Livro Site: https://www.google.com.br/url? sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=8&cad=rja&uact=8&ved=0CFgQFjA H&url=http%3A%2F%2Fwww.apeoesp.org.br%2Fd%2Fsistema %2Fpublicacoes%2F726%2Farquivo %2Fboleduc44414.pdf&ei=dbCyU67wAYOisATuroDwCg&usg=AFQjCNEwd1fwn1 bew6SCLCv36m8W1sY10Q&bvm=bv.69837884,d.cWc

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Page 2: Clipping_Junho_Entre as quatro linhas

Veículo: Jornal de Brasília

Data: 22/06/2014

Editoria: Educação Financeira

Site: http://www.jornaldebrasilia.com.br/entretenimento/cultura/556091/literatura-

marcando-gols-de-letra/

Livros: marcando gols de letra

Em época de Copa do Mundo, reportagem do JBr. separou lançamentos sobre futebol

Clara [email protected]

A paixão nacional sai das telas para virar obra literária. Escritores, jornalistas, cronistas, pesquisadores e poetas revelam os bastidores do futebol nas vésperas do Mundial de 2014, estimulando os torcedores a conhecerem seus craques e a história vibrante dos mais de cem anos do esporte queridinho dos brasileiros retratado nas páginas dos livros.

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O lado lúdico e apaixonante da arte que arrasta multidões virou tema de obras como Libertadores – Paixão Que Nos Une (Nicholas Vital), a coletânea A Grande História dos Mundiais (Max Gehringer), Entre as Quatro Linhas (Luiz Ruffato), A Bola e o Verbo – O Futebol na Crônica Brasileira (Rodrigo Viana), dentre muitas outras. Além de livros ilustrados feitos especialmente para convidar os pequenos a adentrarem no universo futebolístico.

Em A Bola e o Verbo, o jornalista e mestre especializado em crônicas esportivas Rodrigo Viana analisa 13 crônicas sobre a paixão pelo futebol. E defende: “A arte está imortalizada no futebol. Acho as manifestações contra a Copa legítimas desde que não sejam usadas para violência ou disputa eleitoral. Sabemos do business que envolve o Mundial, mas assistir a um passe de Neymar é algo que emociona a todos”, explica o autor do livro, que descreve com emoção o lado poético do esporte.

O outro lado

Apesar disso, críticas sobre o lado mercadológico do esporte-arte também invadem as prateleiras e ganham voz em livros como O Lado Sujo do Futebol (Amaury Ribeiro Jr., Leandro Cipoloni, Luiz Carlos Azenha e Tony Chastinet). Na obra, negociatas, propinas e traições envolvendo os bastidores do esporte que virou um negócio lucrativo apresentam uma crítica reflexiva sobre o futebol e a Copa do Mundo, alvo de inúmeros protestos. A seguir, algumas dicas de livros que o Jornal de Brasília listou para quem é aficionado pela paixão nacional.

A Bola e o Verbo – O Futebol na Crônica BrasileiraAutor:  Rodrigo VianaPáginas:  80Editora:   Summus EditorialPreço:  R$ 32,20 (Ebook:  R$ 19,90)

Sinopse: O livro do jornalista Rodrigo Viana mescla literatura, futebol, poesia, crônicas e jornalismo para descrever com emoção os bastidores do universo apaixonante do futebol. Por meio da análise e comparação de textos escritos por craques como Mário de Andrade, Lima Barreto, José Roberto Torero e João Saldanha, o autor mostra como a crônica de futebol se

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instalou na imprensa brasileira e revela os desdobramentos desse movimento para a nossa literatura e para o jornalismo.

Libertadores – Paixão Que Nos UneAutor:  Nicholas VitalPáginas:  304Editora:  Cultura SustentávelPreço médio:  Disponível para download em paixaoquenosune.com.br/.

Sinopse:  O livro do jornalista Nicholas Vital faz um retrato completo da Copa Bridgestone Libertadores, importante torneio de futebol de interclubes da América. A história fala sobre a importância da Libertadores, relata histórias de grandes craques e fala ainda sobre o domínio argentino e brasileiro desde as primeiras décadas até os dias de hoje. 

Brasil Pentacampeão – 300 Momentos de Emoção Autor:  Milton Mira de Assumpção Filho, Tiana ChinelliEditora:  M. Books Páginas:  192Preço Médio:  R$ 75

Sinopse:  O livro é uma homenagem a todos os grandes campeões mundiais que levaram o Brasil a alcançar o pentacampeonato. A obra consta com 300 depoimentos emocionantes sobre os momentos que ficaram na memória das Copas, incluindo o de 33 campeões. Conquistas memoráveis dos mundiais de 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002 são descritas na obra.

A Grande História dos Mundiais 1950, 1954, 1958Autor:  Max GehringerEditora:  E-Galáxia (e-book)Preço Médio: R$ 5,90

Sinopse:  Esse é o primeiro livro da obra digital A Grande Historia dos Mundiais, do escritor Max Gehringer. Ao todo, são sete volumes com relatos comoventes e curiosos sobre cada Copa do Mundo. Mais do que tabelas, dados e escalações, a série de livros revela fatos curiosos, histórias bem-humoradas e o contexto do Brasil à época de cada Mundial. 

Entre as Quatro LinhasAutor:   Luiz Ruffato Editora:  DSOPPreço Médio:  R$ 29,90Páginas:  188

Sinopse:   As quatro linhas de delimitam o palco futebolístico delimitam também  histórias emocionantes sobre a grande paixão dos brasileiros:  o futebol. Organizado por  Luiz Ruffato, o livro conta com contos de escritores de peso da literatura contemporânea e cumpre com  sua função:  colocar literatura e futebol no mesmo time. 

Deuses da Bola – 100 Anos da Seleção BrasileiraAutor:   João Carlos Assumpção e Eugênio GoussinskyEditora:  DSOPPreço Médio:  R$ 49,90Páginas:  432

Sinopse:  O livro narra com detalhes os cem anos de história da seleção brasileira, desde 21 de julho de 1914, dia do primeiro jogo do Brasil contra o time inglês Exeter City.  Momentos emblemáticos como a derrota no mundial de 1950 e a era atual do futebol tido como business

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também são descritos com detalhes na obra de João Carlos Assumpção e Eugênio Goussinsky.

Futebolíada Autor:   José SantosEditora:  DSOPPreço Médio: R$ 34,90Páginas:  60

Sinopse:   Uma partida de futebol um tanto inusitada é disputada por personagens de um dos maiores clássicos da literatura universal: A Ilíada, de Homero. No livro de José Santos, gregos e troianos entram em campo para disputar um campeonato, narrado em lúdicas estrofes de quatro versos. 

Megaeventos Esportivos: Suas Consequências, Impactos e Legados para a América LatinaOrganizadores :   Paulo Capela e Elaine TavaresEditora:  Insular Preço Médio:  R$ 38Páginas:  224

Sinopse:   O livro apresenta uma reflexão profunda sobre a política e a lógica dos megaeventos que começaram a se consolidar nos anos 1980 e transformaram o esporte numa mercadoria bastante valiosa no processo de acumulação capitalista. O caráter predador do esporte como negócio, a riqueza transferida apenas a um pequeno grupo de empresários, o futebol como reforço da dominação política e subordinação econômica são realçados na obra.

O Lado Sujo do Futebol Autores:     Amaury Ribeiro Jr., Leandro Cipoloni, Luiz Carlos Azenha, Tony ChastinetEditora:  Planeta Preço Médio:  R$ 39,90Páginas:  400 

Sinopse:   O livro apresenta uma crítica ferrenha às negociatas, trama das propinas e traições nos bastidores do negócio de um dos esportes mais populares do mundo:  o futebol. As investigações foram aprofundadas após uma série de reportagens da TV Record, que denunciou as irregularidades no comando da Confederação Brasileira de Futebol, contribuindo para a renúncia do então presidente da entidade, Ricardo Teixeira.

Poesia que Rola no Jogo da BolaAutor:   Fábio Sombra   Editora:  Mundo MirimPreço Médio:  R$ 34, 90 Páginas:  32

Sinopse:  As histórias de goleiros, atacantes, torcidas e até mesmo do juiz são retratadas de forma lúdica e poética na obra de Fábio Sombra. No livro, o escritor  convida os leitores a jogarem futebol  de um jeito diferente. Por meio de 16  poemas ilustrados com cores e fortes expressões faciais. Uma obra de fácil leitura para crianças. 

Fonte: Da redação do Jornal de Brasília

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Veículo: Tribuna do Norte

Data: 18/06/2014

Editoria: Educação Financeira

Site: http://tribunadonorte.com.br/noticia/futebol-e-culinaria-no-cardapio-de-leitura/285087

Futebol e culinária no cardápio de leituraA Editora DSOP lançou recentemente o livro Entre as Quatro Linhas – Contos Sobre Futebol, organizado por Luiz Ruffato, 192 páginas, R$29,90. A obra é uma antologia de quinze contos de grandes autores da literatura nacional, organizada pelo autor Luiz Ruffato, um dos principais nomes da literatura nacional. As histórias abordam um tema de grande relevância em nossa sociedade, mas que, até então, tinha tido pouco destaque no mundo literário, que é o futebol.

Entre as quatro linhas que delimitam o palco futebolístico, estão guardadas histórias, emoções e uma paixão que virou característica reconhecida mundialmente como do povo brasileiro.

O amor pelo futebol norteia o enredo dos contos escritos por um time de peso da literatura contemporânea, Mário Araújo, Fernando Bonassi, Ronaldo Correia de Brito, Eliane Brum, Flávio Carneiro, André de Leones, Tatiana Salem Levy, Adriana Lisboa, Ana Paula Maia, Tércia Montenegro, Marcelo Moutinho, Rogério Pereira, Carola Saavedra, André Sant’anna e Cristovão Tezza, que entram em campo sob a direção audaciosa do capitão Luiz Ruffato.

Ruffato, organizador da obra, dribla as convenções e coloca literatura e futebol no mesmo time, apostando no orgulho nacional como tema central de contos selecionados cuidadosamente, que expõem todo o sentimento guardado nesse universo. Torcedor, jogador, juíz, mídia, construção e desconstrução dos mitos, a poética relação com a bola, aproximação e distanciamento familiar, a angústia e o encanto repousam em belas e inesperadas narrativas que trazem à tona o mais humano dessa relação, tornando um livro acessível e interessante tanto para os amantes da bola quanto para os apaixonados por boas histórias.

O livro vem suprir uma lacuna na literatura brasileira, já que o tema tem sido injustamente rejeitado e não recebe um olhar literário adequado há muito tempo, segundo o organizador. “Os personagens da nossa prosa de ficção, de maneira geral, transitam num nível da sociedade em que o futebol é ignorado como manifestação coletiva – ou por ainda

carregar a pecha de agente de alienação ou por pertencer a um universo que pouco frequenta a nossa ficção, o ‘povo’”, destaca Ruffato.

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Entre as Quatro Linhas – Contos Sobre Futebol é uma forma de conhecer o Brasil por meio de uma de suas maiores paixões, o futebol!

Luiz Ruffato é autor de Eles Eram Muitos Cavalos (2001, lançado também na Itália, França, Portugal, Argentina, Colômbia e Alemanha), De Mim Já Nem se Lembra (2006, também lançado em Portugal e no prelo na Itália), Estive em Lisboa e Lembrei de Você (2009, também lançado em Portugal, Argentina e Itália) e da pentalogia Inferno Provisório, composta por Mamma, Son Tanto Felice (2005, lançado também na França, México e Alemanha), O Mundo Inimigo (2005, lançado também na França e México), Vista Parcial da Noite (2006), O Livro das Impossibilidades (2008) e Domingos sem Deus (2012, também lançado em Cuba). É autor ainda da coletânea de poemas As Máscaras Singulares.

CulináriaOutro livro interessante para esses dias de jogos da Copa do Mundo, em que a cozinha brasileira também ganha destaque na imprensa é este Arte da Cozinha Brasileira, de Leonardo Arroyo e Rosa Belluzzo, Editora Unesp, 332 páginas, R$78,00. Este é um dicionário singular, e não apenas por abarcar exclusivamente termos empregados na cozinha brasileira. Parte de seus mais de três mil verbetes sequer consta dos dicionários regulares da língua portuguesa, algo que, em si, o torna relevante para a história

da cultura nacional. Várias dessas palavras foram pinçadas em dialetos indígenas e africanos e em documentos bibliográficos hoje raros, tarefa iniciada por Leonardo Arroyo nos anos 1960.

Recentemente, a pesquisadora Rosa Belluzzo incumbiu-se de revisar e complementar o trabalho de Arroyo, tarefa em que despendeu quatro anos: “Procurei arrematar definições incompletas, incorporar palavras que à época não eram usuais, acrescer novos sentidos para termos já utilizados; meu objetivo, enfim, foi revisitar o léxico compilado por Arroyo, preservando seu conteúdo, mas não descurando o presente e a própria dinâmica transformadora da língua e da cultura”.

Arroyo e Belluzzo expõem a evolução do vocabulário da culinária nacional, enfatizando suas particularidades, curiosidades e suas três principais matrizes culturais principais – europeia, africana e indígena. Como resultado, trazem à luz um rico e diversificado leque de expressões e da terminologia empregada na cozinha em todo o país.

Leonardo Arroyo (1918-1986) foi jornalista, contista, ensaísta, autor de livros infantis e poeta. Integrou a Comissão de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado de São Paulo e dirigiu o Departamento de Cultura da Prefeitura de São Paulo. A Editora Unesp também publicou, de sua autoria, Literatura Infantil e Brasileira(2011).

Rosa Belluzzo é bacharel em Ciências Sociais pela USP, pós-graduada em Cooperação Cultural Ibero-americana pela Universidade de Barcelona e pesquisadora na área de antropologia cultural e história da alimentação. De sua autoria, a Editora Unesp publicou São Paulo Memória e Sabor (2008) e Machado de Assis: Relíquias Culinárias (2010), obra premiada com o Jabuti em 2011.

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Veículo: Observatório da Imprensa

Data: 17/06/2014

Editoria: Educação Financeira

Site: http://observatoriodaimprensa.com.br/news/view/_ed803_gol_de_letra

Gol de letraPor Camila Moraes em 17/06/2014 na edição 803

Quando o assunto é futebol, a cobrança para que o Brasil renda bons resultados no gramado, especialmente durante uma Copa do Mundo, se estende ao campo da literatura. É comum escutar da boca dos críticos ou de meros provocadores que a maestria brasileira com a bola não se repete com os livros sobre o universo futebolístico. A discussão soa ingênua – afinal por que é que a literatura deve dar conta, sistematicamente, dos ‘talentos’ de um país –, mas o fato é que, há algum tempo e cada vez mais, jogamos bonito também nos livros.

Desde que o futebol se enraizou em seu solo, há obras literárias brasileiras muito relevantes sobre esse esporte. Historicamente, os títulos que maior relevância e fama alcançaram são os de não ficção, mas não faltam boas referências em narrativas. Se falamos de crônica, gênero que costuma sofrer certo preconceito, a riqueza é ainda maior. A relação entre futebol e literatura perpassa, com diferentes olhares e níveis de envolvimento, a obra de renomados autores brasileiros como Mário de Andrade, Alcântara Machado, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Luís Fernando Veríssimo, João Ubaldo Ribeiro, Ignácio de Loyola Brandão e Sérgio Sant’Anna. No entanto, encontra seu ápice na crônica do dramaturgo Nelson Rodrigues, um autêntico carioca que nasceu fora do Rio de Janeiro, e de seu irmão, o jornalista e escritor Mário Filho.

Nelson é o nome mais influente na tradição da crônica de futebol no Brasil, enquanto Mário (que inventou o gênero no país) é autor de “O negro no futebol brasileiro” – um verdadeiro clássico que explica a origem do futebol-arte no Brasil, tocando temas imprescindíveis como o racismo no país, e que foi reeditado às vésperas do torneio em inglês para ser distribuído aos jornalistas internacionais. Ambos enxergavam no futebol uma manifestação cultural e sociológica da nação, muito além de um mero jogo. “O pior cego é o que só vê a bola”, dizia Nelson Rodrigues, famoso por sua acentuada miopia.

Com as ondas levantadas por um Mundial, é claro que a curiosidade futebolística se acentua. E autores e editores aproveitam para oferecer ao mercado novas histórias e análises sobre jogos, jogadores, times e campeonatos, com suas dores e delícias. Se de século XXI se fala, há os livros de Sérgio Rodrigues, Michel Laub, André Sant’Anna e Marcelo Backes, com romances; e José Miguel Wisnik, Ruy Castro e Airton de Farias, com seus relatos e ensaios de interpretação. Na seara do conto, nomes bacanas como Rogério Pereira, Ronaldo Correia de Britto, Fernando Bonassi, Cristóvão Teeza, Eliane Brum, Adriana Lisboa e Carola Saavedra fazem parte de uma antologia de textos inéditos organizada por Luiz Ruffato.

A partida dos escritores

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O melhor da inserção do futebol na literatura reside nas histórias que dão conta das contradições brasileiras ao redor da bola. O jogo sempre suscitou no país dicotomias de amor e ódio, pobreza e elitismo, racismo e mescla social – e por aí vai. Nada mais atual que essas e outras discussões, calorosas já de antes e, também agora, durante a Copa.

Para o jornalista e escritor carioca Sérgio Rodrigues, autor de O Drible, romance em que o talento de craques do passado se opõe ao mercantilismo do jogo de hoje, “o futebol é uma narrativa pronta, tem o drama na própria história do jogo e do jogador”. Essa rica matéria de que é feito o esporte pode costurar as mais complexas tradições, mas também intimidar autores que se assustam com tanta autossuficiência. Seu livro foi bastante elogiado e já traduzido ao espanhol, ao francês e ao dinamarquês.

O poeta, contista e romancista paulistano Ferréz, ligado à produção literária da periferia de São Paulo, diz que odeia futebol, mas escreve sobre o tema em seu blog e nas redes sociais. São textos breves e poéticos, “motivados pela raiva que sinto por essa Copa”, em que ele nega a tradição de “país do futebol”: “Isso foi plantado. Ninguém está preocupado, está todo mundo pagando conta”, afirma.

Segundo ele, a boa literatura brasileira sobre futebol reside no trabalho de escritores periféricos, que “não têm esse ufanismo e não falam do jogador ou do clube e sim dos sentimentos das pessoas” – personagens que gostam de futebol, mas que vivem a realidade e não a ‘farsa’ do país do futebol. São autores como Michel Yakini, Cidinha da Silva e Marcos Telles.

Realmente, esse é um assunto tem tudo para extrapolar a página. Tanto para Ferréz, como para Rodrigues, o Brasil não deveria ter se candidatado a sediar o Mundial. “Essa relação entre futebol, política, eleição, poder eFIFA não nos traz nada. O que vai acontecer é que o país vai parar vários dias e deixar de andar pra frente. E a presidenta diz que o povo vai ficar com os estádios... Só faltava os estrangeiros levarem os estádios com eles”, alfineta o primeiro.Rodrigues é mais brando, mesmo tendo críticas: “Uma vez que entrou, o país tem que fazer a Copa da melhor maneira. Mas o clima anda pesado pelo show de incompetência que demos para sediar o evento. As pessoas estão ressabiadas, e o orgulho nacional de ser um país de vencedores no futebol ficou obscurecido pelos problemas. Podemos até ganhar, mas permanece essa imagem negativa”, opina.

O jornalista e escritor carioca Ruy Castro, autor de uma biografia do Garrincha e do recém-lançado “Os garotos do Brasil – Um passeio pela alma dos craques”, é um apaixonado por futebol que, no entanto, faz coro a esse “complexo de vira-lata” – expressão cunhada no passado por Nelson Rodrigues para designar certo sentimento de inferioridade do brasileiro, em oposição à sua fama positiva no futebol. “Nunca o Brasil encarnou tanto o complexo de vira-lata quanto atualmente. E, de certa maneira, nunca [o país] nos deu tantos motivos para isso”, disse.

***

Futebol e literatura: uma seleçãoQuando é dia de futebol, de Carlos Drummond de Andrade (Companhia das Letras)O negro no futebol brasileiro, de Mario Filho (Mauad)A pátria de chuteiras, de Nelson Rodrigues (Nova Fronteira)Veneno remédio – O futebol e o Brasil, José Miguel Wisnik (Companhia das Letras)O drible, de Sérgio Rodrigues (Companhia das Letras)Segundo tempo, de Michel Laub (Companhia das Letras)

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O paraíso é bem bacana, de André Sant’Anna (Companhia das Letras)O último minuto, de Marcelo Backes (Companhia das Letras)Entre as quatro linhas – Contos sobre futebol, de Luiz Ruffato (Dsop)Os garotos do Brasil – Viagem à identidade secreta dos nossos craques, de Ruy Castro (Foz)Uma história das Copas do Mundo – Futebol e sociedade, de Airton de Farias (Armazém da Cultura)

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Veículo: El País

Data: 14/06/2014

Editoria: Livro

Site: http://brasil.elpais.com/brasil/2014/06/14/cultura/1402780440_230024.html

Gol de letraTítulos brasileiros clássicos e recentes, ambientados no mundo do futebol, revelam o elo cultural do esporte com o país

Adolescentes jogam bola no Rio. / JAMIE SQUIRE (GETTY IMAGES)

Quando o assunto é futebol, a cobrança para que o Brasil renda bons resultados no gramado, especialmente durante uma Copa do Mundo, se estende ao campo da literatura. É comum escutar da boca dos críticos ou de meros provocadores que a maestria brasileira com a bola não se repete com os livros sobre o universo futebolístico. A discussão soa ingênua – afinal por que é que a literatura deve dar conta, sistematicamente, dos ‘talentos’ de um país –, mas o fato é que, há algum tempo e cada vez mais, jogamos bonito também nos livros.

Desde que o futebol se enraizou em seu solo, há obras literárias brasileiras muito relevantes sobre esse esporte. Historicamente, os títulos que maior relevância e fama alcançaram são os de não ficção, mas não faltam boas referências em narrativas. Se falamos de crônica, gênero que costuma sofrer certo preconceito, a riqueza é ainda maior. A relação entre futebol e literatura perpassa, com diferentes olhares e níveis de envolvimento, a obra de renomados autores brasileiros como Mário de Andrade, Alcântara Machado, Carlos Drummond de Andrade, João Cabral de Melo Neto, Luís Fernando Veríssimo, João Ubaldo Ribeiro, Ignácio de Loyola Brandão e Sérgio Sant’Anna. No entanto, encontra seu ápice na crônica do dramaturgo Nelson Rodrigues, um autêntico

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carioca que nasceu fora do Rio de Janeiro, e de seu irmão, o jornalista e escritor Mário Filho.

Nelson é o nome mais influente na tradição da crônica de futebol no Brasil, enquanto Mário (que inventou o gênero no país) é autor de “O negro no futebol brasileiro” – um verdadeiro clássico que explica a origem do futebol-arte no Brasil, tocando temas imprescindíveis como o racismo no país, e que foi reeditado às vésperas do torneio em inglês para ser distribuído aos jornalistas internacionais. Ambos enxergavam no futebol uma manifestação cultural e sociológica da nação, muito além de um mero jogo. “O pior cego é o que só vê a bola”, dizia Nelson Rodrigues, famoso por sua acentuada miopia.

Com as ondas levantadas por um Mundial, é claro que a curiosidade futebolística se acentua. E autores e editores aproveitam para oferecer ao mercado novas histórias e análises sobre jogos, jogadores, times e campeonatos, com suas dores e delícias. Se de século XXI se fala, há os livros de Sérgio Rodrigues, Michel Laub, André Sant’Anna e Marcelo Backes, com romances; e José Miguel Wisnik, Ruy Castro e Airton de Farias, com seus relatos e ensaios de interpretação. Na seara do conto, nomes bacanas como Rogério Pereira, Ronaldo Correia de Britto, Fernando Bonassi, Cristóvão Teeza, Eliane Brum, Adriana Lisboa e Carola Saavedra fazem parte de uma antologia de textos inéditos organizada por Luiz Ruffato.

A partida dos escritores

O melhor da inserção do futebol na literatura reside nas histórias que dão conta das contradições brasileiras ao redor da bola. O jogo sempre suscitou no país dicotomias de amor e ódio, pobreza e elitismo, racismo e mescla social – e por aí vai. Nada mais atual que essas e outras discussões, calorosas já de antes e, também agora, durante a Copa.

Para o jornalista e escritor carioca Sérgio Rodrigues, autor de O Drible, romance em que o talento de craques do passado se opõe ao mercantilismo do jogo de hoje, “o futebol é uma narrativa pronta, tem o drama na própria história do jogo e do jogador”. Essa rica matéria de que é feito o esporte pode costurar as mais complexas tradições, mas também intimidar autores que se assustam com tanta autossuficiência. Seu livro foi bastante elogiado e já traduzido ao espanhol, ao francês e ao dinamarquês.

O poeta, contista e romancista paulistano Ferréz, ligado à produção literária da periferia de São Paulo, diz que odeia futebol, mas escreve sobre o tema em seu blog e nas redes sociais. São textos breves e poéticos, “motivados pela raiva que sinto por essa Copa”, em que ele nega a tradição de “país do futebol”: “Isso foi plantado. Ninguém está preocupado, está todo mundo pagando conta”, afirma.

Futebol e literatura: uma seleção

Quando é dia de futebol, de Carlos Drummond de Andrade (Companhia das Letras)

O negro no futebol brasileiro, de Mario Filho (Mauad)

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A pátria de chuteiras, de Nelson Rodrigues (Nova Fronteira)

Veneno remédio - O futebol e o Brasil, José Miguel Wisnik (Companhia das Letras)

O drible, de Sérgio Rodrigues (Companhia das Letras)

Segundo tempo, de Michel Laub (Companhia das Letras)

O paraíso é bem bacana, de André Sant’Anna (Companhia das Letras)

O último minuto, de Marcelo Backes (Companhia das Letras)

Entre as quatro linhas – Contos sobre futebol, de Luiz Ruffato (Dsop)

Os garotos do Brasil – Viagem à identidade secreta dos nossos craques, de Ruy Castro (Foz)

Uma história das Copas do Mundo - Futebol e sociedade, de Airton de Farias (Armazém da Cultura)

Segundo ele, a boa literatura brasileira sobre futebol reside no trabalho de escritores periféricos, que “não têm esse ufanismo e não falam do jogador ou do clube e sim dos sentimentos das pessoas” – personagens que gostam de futebol, mas que vivem a realidade e não a ‘farsa’ do país do futebol. São autores como Michel Yakini, Cidinha da Silva e Marcos Telles.

Realmente, esse é um assunto tem tudo para extrapolar a página. Tanto para Ferréz, como para Rodrigues, o Brasil não deveria ter se candidatado a sediar o Mundial. “Essa relação entre futebol, política, eleição, poder eFIFA não nos traz nada. O que vai acontecer é que o país vai parar vários dias e deixar de andar pra frente. E a presidenta diz que o povo vai ficar com os estádios... Só faltava os estrangeiros levarem os estádios com eles”, alfineta o primeiro.

Rodrigues é mais brando, mesmo tendo críticas: “Uma vez que entrou, o país tem que fazer a Copa da melhor maneira. Mas o clima anda pesado pelo show de incompetência que demos para sediar o evento. As pessoas estão ressabiadas, e o orgulho nacional de ser um país de vencedores no futebol ficou obscurecido pelos problemas. Podemos até ganhar, mas permanece essa imagem negativa”, opina.

O jornalista e escritor carioca Ruy Castro, autor de uma biografia do Garrincha e do recém-lançado “Os garotos do Brasil – Um passeio pela alma dos craques”, é um apaixonado por futebol que, no entanto, faz coro a esse “complexo de vira-lata” – expressão cunhada no passado por Nelson Rodrigues para designar certo sentimento de inferioridade do brasileiro, em oposição à sua fama positiva no futebol. “Nunca o Brasil encarnou tanto o complexo de vira-lata quanto atualmente. E, de certa maneira, nunca [o país] nos deu tantos motivos para isso”, disse.

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Veículo: Fut’N’roll

Data: 12/06/2014

Editoria: Livro

Site: http://futnroll.com/2014/06/12/livro-conta-historia-centenaria-e-fala-do-amor-pela-selecao-

brasileira/

Livro conta história centenária e fala do amor pela Seleção BrasileiraLogo mais a seleção brasileira estreia na Copa do Mundo contra a Croácia, na Arena Corinthians, celebrando cem anos de vida, de glórias, de sofrimento, mas acima de tudo de amor. Amor de uma nação, que mesmo tendo momentos de raiva e desilusão, sempre se une e se veste de verde e amarelo para torcer pelos deuses da bola. Amor de um menino que cresceu na favela e conseguiu realizar o sonho de jogar pela seleção mais vitoriosa da história, uma das mais respeitadas e temidas pelos adversários. Essa história centenária é contada em detalhes no livro “Deuses da Bola – 100 Anos da Seleção Brasileira”, dos escritores Eugenio Goussinsky e João Carlos Assumpção, que foi lançado recentemente pela editora DSOP.

Foto: Divulgação

 

“(Ser um Deus da Bola) É o dom de usar a intuição a serviço do futebol. O Brasil, país dos morros, da ginga, dos garotos descalços e dos meninos encantados com a bola, tem na sua essência esse desejo pelo drible, para superar as agruras, brincando com a bola, um pequeno mundo, redondo, lúdico, símbolo da autoestima e esperança. Um Deus do futebol, acima de tudo, ama a bola” explica o autor Eugênio Goussinsky, em entrevista exclusiva ao Fut’n’Roll.

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A obra conta histórias que marcaram os cem anos da seleção, fala da mística da “amarelinha” e homenageia os craques que vestiram uma das camisas mais importantes do futebol mundial. O livro ainda entra na paixão do torcedor e os autores são categóricos: “o brasileiro continua amando a seleção brasileira. Trata-se da instituição mais nobre do futebol brasileiro. Às vezes, por uma questão de falta de autoestima ou até inveja inconsciente da própria qualidade da seleção, existem posturas contrárias. Mas são a minoria, apesar de serem barulhentas. A grande maioria da população e dos torcedores se une à seleção nos momentos decisivos” destaca Eugênio.

 

Acompanhe a entrevista na íntegra e viaje na história da seleção, antes de vestir sua camisa e torcer para o Brasil começar a Copa com o pé direito…

 

Fut’n’Roll – Quem são os autores?Eugênio Goussinsky – O livro foi em um parceria entre os jornalistas João Carlos Assumpção e Eugenio Goussinsky. João Carlos Assumpção atuou por alguns anos na Folha de S. Paulo, tendo sido correspondente em Nova York, e posteriormente no Sportv. Atualmente é colunista do jornal Lance. Eugenio Goussinsky atuou em O Estado de S. Paulo, foi repórter do Jornal do Brasil, assessor de imprensa da Secretaria da Educação paulista, escreveu outros livros de crônicas e contos, e atualmente é redator do Portal R7, da Rede Record.

Eugênio e João Carlos durante o lançamento do livro em São Paulo. Foto: Divulgação

 

FnR – Como surgiu a ideia e quanto tempo levou para vocês concluírem a obra, desde as primeiras pesquisas e entrevistas?

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E.G. – A ideia surgiu em uma conversa em um bar nos anos 90, quando ambos decidiram contar a história desta instituição apaixonante que é a seleção brasileira. Tínhamos consciência de que se trata de um tema atemporal e que sempre despertará interesse do público. O projeto demorou cerca de dois anos para ser concluído. Depois foi sendo atualizado, de acordo com os jogos do Brasil. 

FnR – O que o leitor vai encontrar de mais surpreendente no livro?E.G. – O leitor vai encontrar histórias que são pouco divulgadas, mas foram importantes para a seleção em determinadas épocas. Procuramos respeitar, mas não nos apegar apenas nos chavões, do tipo Zagallo não viu a Holanda ou o Brasil ganharia nove entre 10 partidas contra o Uruguai em 50. 

FnR – O que faz de um jogador um verdadeiro Deus da Bola?E.G. – É o dom de usar a intuição a serviço do futebol. O Brasil, país dos morros, da ginga, dos garotos descalços e dos meninos encantados com a bola, tem na sua essência esse desejo pelo drible, para superar as agruras, brincando com a bola, um pequeno mundo, redondo, lúdico, símbolo da autoestima e esperança. Um Deus do futebol, acima de tudo, ama a bola. 

FnR – Vocês abordam também as questões políticas e de bastidores da CBF? Até que ponto as disputas pelo poder atrapalham o desempenho de uma seleção?E.G. – Não entramos tanto nesta questão de bastidores, porque a beleza da seleção independe do que acontece fora. Muitas vezes ela predominou mesmo em ambientes pouco propícios, o que mostra que, apesar de lamentáveis, certos períodos recheados de interesses mesquinhos não devem ser atrelados à mística da camisa amarela. Claro que citamos mudanças na esfera de poder e o contexto da CBF em cada época.

 FnR – O que representam os cem anos da seleção brasileira?E.G. – Os cem anos da seleção brasileira significam a continuidade de um símbolo que serve como uma referência, um espelho da identidade nacional, mostrando, ao longo da história, momentos de integração do país em meio aos problemas, que serviram para mostrar algo de bom que ele carrega em sua essência. A seleção supera tudo: rivalidades clubísticas, partidos políticos e pode servir como um impulso motivador para o país encarar com mais força suas dificuldades. 

FnR – Qual o jogo da seleção mais marcante para cada um e por quê?E.G. – O João Carlos considera a derrota do Brasil para a Itália, em 1982, por, mesmo com o resultado adverso, ter sido um marco na história da seleção brasileira, um símbolo do futebol bem jogado, ao estilo dos Deuses da Bola. Eu já considero a primeira partida, contra o Exeter City, da Inglaterra, que possibilitou a formação de uma seleção onde desfilaram, posteriormente, craques como

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Preguinho, Friedenreich, Leônidas, Nilton Santos, Garrincha, Pelé, Rivellino, Zico, Romário, Ronaldo e tantos outros.

Sócrates e Zico, um dos deuses da seleção de 1982. Foto: Getty Images

 

FnR – Um dos episódios marcantes nesta trajetória é a Copa de 1950. Na pesquisa que fizeram para o livro, vocês encontraram alguma curiosidade que envolveu aquela final, além do fato de o Uruguai ter jogado mais que o Brasil?E.G. – Sempre buscamos relacionar os momentos da seleção com o contexto político e social da época. Abordamos a empolgação daquela Copa, a importância que o brasileiro depositou no evento, o excesso de confiança e o fato de o Uruguai já ter ganho do Brasil no início daquele ano, mostrando que a derrota no Maracanã não deveria ter sido assim tão surpreendente, apesar da grande seleção que tínhamos. FnR – Estamos prestes a iniciar a segunda Copa do Mundo em casa. Vocês conseguem traçar um paralelo entre as duas competições?E.G. – A Copa vai se aproximando e as semelhanças aparecendo. O Brasil, depois de um período de mau humor em relação à Copa, começa a se apropriar do evento da mesma maneira que em 1950. Imagino que uma final contra a Argentina, no Marcanã, seria novamente um momento marcante, de união tão forte ou mais do que em 1950, um momento em que o país também vislumbrava o crescimento. 

Mais de 60 pessoas devem lotar a Arena Corinthians na abertura da Copa. Foto: Rodrigo Faber/Globoesporte.com

FnR – Apesar dos atrasos, superfaturamentos de obras e o questionável legado da Copa deste ano, o que vocês esperam do mundial?

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E.G. – Os atrasos foram lamentáveis, mas, mesmo que não deste tipo, em todas as Copas ocorrem problemas. Mas nem por isso o que é positivo precisa ser deixado de lado e um evento como este sempre traz mais coisas positivas. Claro que os erros precisam servir de aprendizado, mas o país está amadurecendo e as manifestações pacíficas têm sido uma demonstração disso. Elas criticam a corrupção e não a seleção. 

FnR – Eu vejo a relação da torcida com a seleção muito instável, não é um amor incondicional. O brasileiro hoje realmente ama a seleção ou só gosta de comemorar títulos?E.G. – O brasileiro continua amando a seleção brasileira. Trata-se da instituição mais nobre do futebol brasileiro. Às vezes, por uma questão de falta de autoestima ou até inveja inconsciente da própria qualidade da seleção, existem posturas contrárias. Mas são a minoria, apesar de serem barulhentas. A grande maioria da população e dos torcedores se une à seleção nos momentos decisivos. FnR – Como essa relação de amor e ódio mudou/amadureceu ao longo de um século?E.G. – Ela já oscilou em alguns momentos, mas nunca se extinguiu. Na Copa de 90, que inaugurou uma nova era no futebol brasileiro, houve um desestímulo maior, mas que serviu para unir novamente o país em torno do significado da seleção. Os jogadores sentiram isso e o país se sagrou tetracampeão, o que foi motivo de uma grande comemoração popular nos dias seguintes à final contra a Itália. 

FnR – Para terminar, na seleção de todos os tempos do Brasil, quais seriam os seus deuses da bola?E.G. – A seleção brasileira de todos os tempos, em nossa opinião, seria formada por: Gylmar; Djalma Santos, Aldair, Domingos da Guia e Nilton Santos; Falcão, Zico, Rivellino e Pelé; Garrincha e Romário; Técnico: Vicente Feola. Os Deuses seriam todos eles, mais os reservas, com Taffarel; Carlos Alberto, Luís Pereira, Mauro Ramos e Júnior; Zito, Didi, Sócrates e Gérson; Neymar (por que não?) e Ronaldo; Técnico: Telê Santana.

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Veículo: Click RBS

Data: 12/06/2014

Editoria: Educação Financeira

Site: http://wp.clicrbs.com.br/marcapagina/2014/06/12/lancamento-da-editora-dsop-resgata-

100-anos-de-historias-da-selecao-brasileira/?topo=52,1,1,,224,e224

Lançamento da Editora DSOP resgata 100 anos de histórias da Seleção BrasileiraO livro Deuses da Bola: 100 Anos da Seleção Brasileira, dos escritores Eugenio Goussinsky e João Carlos Assumpção,  traz uma coletânea raríssima dos momentos mais marcantes dentro e fora de campo, com foco no “caso de amor” entre a Seleção e o povo brasileiro.

A narrativa vai do primeiro jogo do time, em 1914, até a era atual do futebol, como “business”, e a recente goleada contra a África do Sul, em 2014, passando por momentos emblemáticos, como a derrota no Mundial de 1950, a conquista do tri no México em 1970 e o chute para fora de Roberto Baggio na conquista do tetra em 1994, contando também um pouco da história do país. Fala ainda do surgimento de “deuses” como Garrincha, Pelé e Zico, que marcaram época e contribuíram para mudar a imagem do esporte brasileiro no exterior, até os mais recentes, como Romário, Ronaldo e Neymar.

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Os autoresEugenio Goussinsky é jornalista e escritor premiado. Publicou cinco livros, dois deles de contos e crônicas. Redator do site R7, da Rede Record, foi repórter do Jornal do

Brasil e deO Estado de S. Paulo, porta-voz do Consulado de Israel na capital paulista e assessor de imprensa da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo.João Carlos Assumpção é jornalista e documentarista. Cobriu cinco Copas do Mundo e três Olimpíadas in loco. Colunista do diário Lance!, foi repórter da Folha de S.

Paulo, correspondente do jornal em Nova York e chefe de redação e reportagem do SporTV em São Paulo. É codiretor do longa-metragem Sobre futebol e barreiras, filmado durante a Copa de 2010 em Israel/Palestina.

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Veículo: Leituras e Observações

Data: 11/06/2014

Editoria: Educação Financeira

Site: http://leituraseobservacoes.blogspot.com.br/2014/06/literatura-e-futebol.html

Literatura e futebol

Desde criança o futebol sempre ocupou um lugar especial na minha vida. Filha de um palmeirense, palmeirense me fiz, com muito orgulho. Assim, as melhores lembranças que guardo da infância são aquelas ao lado do meu pai nos campos de futebol, acompanhando partidas, ou em frente à TV, torcendo para o nosso time, ou pela seleção brasileira.

No entanto, nos últimos anos sinto que minha paixão pelo futebol tem diminuído, e muito. Quase não acompanho mais, tanto o Palmeiras quanto a Seleção do Brasil, acho que as maracutaias, mas, sobretudo, as torcidas organizadas têm a ver com essa minha indiferença. O que me entristece, ainda mais porque a Copa do Mundo está aí, no nosso país, e eu ainda não me animei. Mas, apesar de tudo, é difícil não se deixar envolver e, com certeza, não sou de torcer contra. Para dar um up e tentar me aquecer fui buscar auxílio na literatura, me aventurando pelas páginas de Entre as quatro linhas – contos sobre futebol, antologia organizada por Luiz Ruffato, lançada neste ano pela Editora DSOP.

O livro reúne 15 nomes da literatura brasileira contemporânea, sendo nove homens e seis mulheres: Mario Araújo, Fernando Bonassi, Ronaldo Correia de Brito, Eliane Brum, Flávio Carneiro, Andre de Leones, Tatiana Salem Levy, Adriana Lisboa, Ana Paula Maia, Tércia Montenegro, Marcelo Moutinho, Rogério Pereira, Carola Saavedra, André Sant´Anna e Cristovão Tezza.

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O autor mais velho tem 62 anos e o mais jovem 33. Destes, cinco nasceram no Sudeste, quatro no Sul, dois no Nordeste, dois no Centro-Oeste e dois no exterior. Quanto ao local de residência, cinco vivem no Rio de Janeiro, quatro em São Paulo, dois em Curitiba e cada um dos outros em Recife, Fortaleza, Brasília e Estados Unidos.

Com relação ao time do coração, quatro torcem para o Botafogo, dois para o Fluminense e Atlético Paranaense. Flamengo, Coritiba, Vasco, Palmeiras, Grêmio, Goiás e Fortaleza completam a lista, com um torcedor cada.

Na introdução da coletânea, Ruffato lembra que apesar de o Brasil ostentar cinco títulos mundiais no futebol, conquistados em 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002, e do esporte ser uma paixão nacional, “os escritores brasileiros sempre guardaram distância do tema, rejeitando-o, já nem digo como motivo principal, mas até mesmo como referência secundária”.

Agente alienador, pertencente a um universo pouco frequentado pela ficção, talvez seriam os motivos pelos quais essa ausência se faça sentida”. Mas alguns nomes da literatura, como Mario Filho, João Saldanha, Roberto Drummond e, principalmente, Nelson Rodrigues, fizeram do esporte matérias essenciais de suas crônicas, contagiando romancistas e contistas.

Entre as quatro linhas busca expressar isso, procurando mostrar a paixão pelo futebol no Brasil. Alguns contos, como acontece em toda antologia, sempre se sobressaem a outros, cumprindo melhor o seu papel. Dentre estes destaco A história do futebol, assinado por André Sant´Anna, que utiliza a fantasia da criança e do adolescente se fazendo passar por um craque para contar a sua história do futebol, com destaque para o Fluminense, seu time do coração. E começa assim:

Quando o futebol foi inventado, em 1969, o George Harrison era de Belo Horizonte e, no prédio dele, na escola dele, na rua dele, as pessoas ou eram Atlético ou eram Cruzeiro. O primo do George era Atlético. O George era o Tostão, do Cruzeiro.O pai do Tostão e a família do pai do Tostão eram do Rio e tinham uma ligação muito forte com o Fluminense.

O conto é bastante criativo – e difícil. Por vezes me senti perdida entre aqueles nomes de jogadores que eram e não eram eles, que na verdade eram o narrador, seu primo, seus amigos, e também eram os jogadores de verdade. Mas depois foi show de bola, e uma verdadeira declaração de amor ao esporte.

E futebol é uma das coisas mais importantes na minha vida, desde o Tostão, em 1969, e o Fluminense, nos últimos anos, têm sido um Fluminense que nem aquele da Máquina e aquele que foi tricampeão carioca em 1983 / 1984 / 1985 e campeão brasileiro de 1984 – 1 x 0 e 0 x 0 – contra o Vasco, gol de Romerito, e o Fluminense foi campeão carioca em 2005 e 2012 e foi campeão da Copa do Brasil, em 2007, e campeão brasileiro em 2010 e 2012 e ainda teve 2009, quando o Fluminense ia cair para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro e não caiu e foi tão sensacional quanto ganhar um título.

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Outro conto bacana é o da Tatiana Salem Levy, Um dia, uma camisa, em que ela conta a história de um casal que vive em Lençóis, no Maranhão. Os dois sonham em ir para o Rio de Janeiro, ela para ser atriz; ele para jogar no Flamengo. Os sonhos são interrompidos quando um estrangeiro aparece no local e promete ao rapaz que enviará camisas do Barcelona para o time local quando retornar à Espanha. Com a promessa, ele não quer mais sair de Lençóis, e sua mulher acaba indo embora com o filho pequeno, esperando que em breve o marido vá também. Triste e belo ao mesmo tempo.

Já Raimundo, o dono da bola, de Eliane Brum, é um conto diferente: denso, forte, dolorido, emocionante, aliás como são todos os textos da escritora. Ele se passa dentro da floresta, em um recanto bem longe, talvez na Amazônia, onde os modismos e o consumo não chegam. Uma outra realidade. Ali, Raimundo, o protagonista, sonha. Sonha em alcançar o mundo, mas seu pai o faz prometer fincar os pés na terra e continuar a lida da luta diária da preservação.

O pai amainou. Agora eu posso te dar o mundo. Porque sei que tu vai ficar aqui. E Raimundo menino sentiu a cabeça voar, como se dela pudessem sair asas que atravessavam rios porque o pai lhe daria o mundo, mas ao mesmo tempo viu seus pés se espicharem, os dedões alongando-se em raízes de carne que para sempre estariam fincadas no ventre do castanhal.  E desde então cresceu partido, parte dele pássaro, parte árvore.

Quando Raimundo, já adulto, entra em contato com o mundo, por meio de um rádio portátil que um conhecido lhe oferece, e ali escuta uma partida de futebol, a paixão pelo esporte lhe é despertada. Ele fantasia inocentemente e se deixa manipular pelos homens da cidade. Com isso, acaba esquecendo a promessa feita ao pai. Talvez Eliane saia um pouco do foco futebol, mas a história é tão intensa que o resultado é fascinante.

Vale destacar ainda os contos Meu pequeno amigo cubano, de Flávio Carneiro; Domingo no Maracanã, de Marcelo Moutinho, e Uma questão moral, de Cristovão Tezza. Envolventes. Sem falar que as histórias mexeram com minha memória futebolística e reacenderam lembranças queridas. Acho que estou começando a me animar.

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Veículo: O Norte

Data: 10/06/2014

Editoria: Livro

Site: http://www.onorte.net/noticia_editorial/id=47431/

Proximidade da Copa do Mundo estimula lançamento de livros sobre futebolConfira algumas das obras esportivas recém-publicadas ou em vias de chegar às livrarias

Entre as quatro linhas (De Luiz Ruffato, Editora DSOP) - O autor organizou uma obra que reúne um time de escritores incumbidos de criar contos que têm o futebol como pano de fundo. Entre os craques das letras convocados estão a gaúcha Eliane Brum e Cristovão Tezza — um dos mais importantes autores brasileiros contemporâneos. “Os personagens de nossa prosa de ficção, de maneira geral, transitam em um nível da sociedade em que o futebol é ignorado como manifestação coletiva”, afirmou Ruffato no lançamento da obra.

Os Sem-Copa: Craques que Encantaram o Brasil e Nunca Participaram de um Mundial (De Clara Albuquerque, Editora Maquinária - A autora comprova que o futebol, cada vez mais, tem espaço para as mulheres. Neste livro, ela monta um painel de grandes jogadores brasileiros que, apesar do talento e pelas mais variadas razões, jamais disputaram uma Copa do Mundo. Entre os sem-Copa estão nomes como o craque gaúcho Tesourinha, Heleno, Evaristo e Oberdan Cattani. Clara trabalha como jornalista esportiva desde 2007.

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Veículo: Gazeta Online

Data: 09/06/2014

Editoria: Livro

Site: http://gazetaonline.globo.com/_conteudo/2014/06/entretenimento/cultura_e_famosos/1489193-lancamentos-abordam-varios-aspectos-do-mundo-da-bola.html

Lançamentos abordam vários aspectos do mundo da bolaConfira obras que mostra o futebol entre as páginas dos livros

Bonassi explora lado sombrio do esporte em conto

O leitor deve ter percebido que já há algum tempo todas as bordas da Copa do Mundo são motivo de evento. Isto é, qualquer aspecto do campeonato – o futebol, claro, o maior deles – é oportunidade para se explorar um produto, uma manifestação artística ou coisa parecida. Com a literatura não é diferente.

Há vários lançamentos que abarcam desde o histórico das Copas e ficções que brotam desse contexto até as maracutaias nos bastidores do mundo da bola. Entre os textos com maior valor literário, o destaque é o livro “Entre as Quatro Linhas”, organizado pelo escritor Luiz Ruffato, que reúne contos de grandes nomes da literatura brasileira contemporânea – Eliane Brum, Carola Saavedra, Cristovão Tezza, entre outros.

Fernando Bonassi, escritor e roteirista, está entre eles. Em seu conto, o autor resolveu abordar um lado mais sombrio do esporte: a violência. Um de seus personagens, aliás, é “um importante e conhecidíssimo personagem do nosso futebol, mas cabe ao leitor boleiro adivinhar.” “Num pais cuja polícia arrasta cidadãos pendurados

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em camburões, em que muitas vezes ‘a comunidade’ faz justiça com as próprias mãos, o futebol também não há de ser pacífico”, critica Bonassi.

Na ponta mais leve do universo futebolístico, o escritor e designer investiu Marcelo Martinez em um guia bem-humorado, indicado sobretudo para crianças. É “O Guia Secreto do SabeTudo das Copas”, com histórico dos campeonatos, adesivos e ilustrações que dão uma geral no evento para o leitor e fã precoce do esporte.

“Parto do princípio de que o livro – usando um chavão – é uma janela para o conhecimento. Sou de uma geração que passou a conhecer os países a partir dos álbuns das copas, nos anos 1980, que foi quando eles surgiram“, diz Marcelo, que acredita que o futebol sobrevive bem ao lado de outras brincadeiras contemporâneas, como o videogame. “A bola é um brinquedo universal. E chutar uma bola é uma coisa quase natural.”

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Max Gehringer A grandiosa obra de Gehringer, disposta em sete e-books, detalha fatos que marcaram os cenários político, social e cultural dos países envolvidos nos mundiais. Também há peculiaridades sobre os jogos, construção de estádios, transmissões e outras curiosidades.

Deuses da BolaJoão Carlos Assumpção e Eugenio Goussinsky

A obra traz uma coletânea raríssima dos momentos mais marcantes dentro e fora de campo, com foco no caso de amor entre a Seleção e o povo brasileiro.

Entre as Quatro Linhas Luiz Ruffato (org)

O amor pelo futebol norteia o enredo dos contos escritos por um time de peso da literatura, a exemplo de Fernando Bonassi, Eliane Brum, Flávio Carneiro, Ana Paula Maia, e Cristovão Tezza.

Eram Todos Camisa DezLuiz Guilherme Piva

Na obra, o autor traz histórias sobre jogadores que nunca existiram, mas que prometem remeter o leitor a tramas particulares de sua vivência no futebol.

Guia Politicamente Incorreto do FutebolLeonardo Mendes Júnior e Jones Rossi

Os autores abordam com bom-humor alguns dos assuntos mais polêmicos do futebol e contam histórias dos bastidores de grandes competições, além de defender a importância do Galvão Bueno para o nosso país.

FutebolíadaJosé Santos e Eloar Guazzelli

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Uma partida de futebol um tanto quanto inusitada, na qual a bola é disputada pelos personagens de um dos maiores clássicos da literatura universal – a “Ilíada”, de Homero.

O Mundo das CopasLycio Vellozo Ribas

Esta é uma obra histórica, que contempla grande quantidade de informações, ilustrada com infográficos, fotos, escudos de todas as seleções, jogadores em formato de figurinhas de álbuns, estádios, ficha técnica dos jogos, estatísticas e textos sobre as partidas.

O Lado Sujo do FutebolLuiz Carlos Azenha, Leandro Cipoloni, Tony Chastinet e Amaury Ribeiro Jr

Ponto fora da curva entre as obras lançadas neste período, o livro se aprofunda na investigação sobre irregularidades da CBF, que tinha como alicerce o então presidente da FIFA, João Havelange, ex-genro de Ricardo Teixeira.

O Planeta NeymarPaulo Vinícius Coelho

O jornalista da ESPN analisa a carreira do craque desde o tempo em que Neymar jogava futsal em São Vicente, passando pelas vitoriosas temporadas no Santos e culminando com a atuação pela Seleção Brasileira na Copa das Confederações.

O Guia Secreto do SabeTudo das CopasMarcelo Martinez

Desenvolvido especialmente para criança, a poderosa ferramenta de conhecimentos futebolísticos vai fazer com que o pequeno leitor impressione seus amigos, surpreenda professores, ganhe apostas daquele tio que acha que sabe tudo de futebol e guarde suas próprias recordações do mundial do Brasil.

Resenha EsportivaNelson Motta

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Apaixonado por futebol e animado pela onda que cresce no Brasil às vésperas da Copa, o escritor reuniu as crônicas que escreveu durante a cobertura de sete Copas do Mundo, duas Olimpíadas e um Pan-americano.

1 Drible, 2 Dribles, 3 DriblesMarcelo Rubens Paiva e Jimmy Leroy

Por meio da história do menino Joca, o livro ensina como nasceu o futebol, como chegou ao Brasil, as gírias mais comuns e outros aspectos do esporte.

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Veículo: O Povo

Data: 07/06/2014

Editoria: Livro

Site: http://www.opovo.com.br/app/opovo/dom/2014/06/07/noticiasjornaldom,3263221/copa-para-

torcer-vibrar-e-ler.shtml

Copa para torcer, vibrar e lerUma enxurrada de livros sobre futebol chega às livrarias antes da copa

Um dado que poderia ser julgado à primeira vista irrelevante, na verdade, revela muito do cenário de publicações sobre futebol neste ano de Copa do Mundo no Brasil. Um dos jornalistas esportivos mais respeitados do País, apenas Juca Kfouri escreveu mais de 70 prefácios sobre o tema. Nada que gere exatamente uma surpresa, principalmente quando o evento da Fifa, o maior do mundo esportivo, é realizado em terras tupiniquins.  

“O grosso (dos lançamentos) é de caça-níquel. Aqueles que se chama ‘de oportunidade’ para não se chamar de oportunista”, resumiu Kfouri em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. Entre os inúmeros almanaques, guias, biografias, reuniões de crônicas e até romances, há publicações de todos os tipos para todos os gostos - inclusive os duvidosos. Mas há também as que merecem menção.

Uma história das copas do mundo - futebol e sociedade (Armazém da Cultura), do historiador cearense Airton de Farias, é um bom exemplo. Em três anos, o pesquisador escreveu mil páginas, percorrendo não só os acontecimentos em campo, mas também o contexto histórico de cada Copa. Um trabalho de fôlego que mereceu elogios do mesmo Kfouri, que assina a apresentação do livro.

Lançado no fim de 2013, outro que se destaca é o romance O Drible (Companhia das Letras), do jornalista Sérgio Rodrigues. Sucesso de crítica e de público, o livro - caso raro de interesse da ficção nacional por futebol - já passa da terceira edição e tem no centro da narrativa uma relação conturbada entre pai e filho.

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Para quem prefere as narrativas curtas, o mineiro Luiz Ruffato organizou Entre as quatro linhas (Editora DSOP), uma reunião de contos que têm o futebol como pano de fundo. Tatiana Salem Levy, Cristóvão Tezza e a cearense Tércia Montenegro estão na seleção de contistas.

Nas crônicas, o destaque fica com Os Garotos do Brasil - Um Passeio pela Alma dos Craques” (Foz), de Ruy Castro. Mestre da crônica e um torcedor fanático do Flamengo, Castro reuniu 25 textos publicados em mais de 20 anos em diversos veículos, num resgate histórico que passeia pela vida de jogadores como Pelé, Garrincha, Bellini e Zico.

As crianças também têm espaço nas livrarias. Em Chuteira Dourada (Armazém da Cultura), Flávio Paiva apresenta a cumplicidade que pai e filho podem construir a partir da relação com o futebol. Confira ao lado outras sugestões de leitura para a Copa.

 

Serviço 

Lançamentos

Uma história das copas do mundo - futebol e sociedade

Autor: Airton de Farias

Editora: Armazém da Cultura

Preço: R$ 85 (valor unitário) 

 

O Drible 

Autor: Sérgio Rodrigues

Editora: Companhia das Letras

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Preço: R$ 38

 

Entre as quatro linhasOrganizador: Luiz Ruffato

Editora: DSOP

Preço: R$ 29,90 

Os Garotos do Brasil - Um Passeio pela Alma dos CraquesAutor: Ruy Castro

Editora: Foz

Preço: R$ 36,90

 

Guia Politicamente Incorreto do Futebol

Autores: Jones Rossi e  Leonardo Mendes Jr.Editora: Leya

Preço: R$ 39,90

 

O planeta NeymarAutor: Paulo Vinícius Coelho 

Editora: Companhia das Letras

Preço: R$ 24,90 

 

A Copa como ela é (ebook) 

Autor: Jamil Chade

Editora: Companhia das Letras 

Preço: R$5,99

 

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Chuteira DouradaAutor: Flávio Paiva

Editora: Armazém da Cultura

Preço: R$ 29

 

O Menino que Amava Futebol

Autor: Glauco Sobreira

Editora: Edições Demócrito Rocha

Preço: R$ 39,90

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Veículo: O Tempo (Pampulha)

Data: 05/06/2014

Editoria: Livro

Site: http://www.otempo.com.br/pampulha/reportagem/literatura-futebol-clube-1.858922

Literatura Futebol ClubeProximidade da Copa estimula lançamentos literários sobre o futebol

PUBLICADO EM 05/06/14 - 16h29

(*) GISELLE FERREIRA

Armando Nogueira, certa vez, declarou que trocaria uma vitória do seu Botafogo por uma crônica de Clarice Lispector sobre futebol. A escritora, em tom sério, escreve de volta ao colega em outra coluna do “Jornal do Brasil”, afirmando que nem um romance seu inteiro sobre o esporte bretão valia uma derrota do time da estrela solitária. “Sou Botafogo, o que já começa por ser um pequeno drama que não torno maior porque sempre procuro reter, como as rédeas de um cavalo, minha tendência ao excessivo”, confessou Clarice, numa das únicas oportunidades em que mencionou o assunto futebol em toda a sua carreira.

É sintomático que Clarice, mesmo botafoguense apaixonada, não tenha dedicado outras linhas ao esporte: no país do futebol, a literatura brasileira acerca do tema cabe em poucas estantes. Só agora, quando o maior evento futebolístico do mundo está prestes a ouvir o apito inicial, o panorama dá sinais de mudança. Para virar o placar a nosso favor, lançamentos e reedições se somam à nossa biblioteca, compondo as narrativas sobre uma das maiores mobilizações de massa do país.

“Aqui no Brasil, ainda engatinhamos. A Copa induziu o aumento da produção e estamos tendo avanços nos últimos anos, mas ainda é muito pouco. Precisamos ver mais o esporte como retrato de época: ele nos dá plena condição de entender o que acontecia em dado momento histórico. Em termos de biografias dos nossos personagens, ainda estamos a pé, e com relação à ficção, sinto que também podemos evoluir”, opina o jornalista e escritor Pedro Blank, que lança, em Belo Horizonte neste final de semana, o livro “O Príncipe – A Real História de Dirceu Lopes”.

Além de traçar a biografia do segundo maior camisa 10 de todos os tempos no Brasil – o “Baixinho” levou o apelido de “príncipe” por ser considerado o sucessor do Rei Pelé – a obra comenta sobre o contexto histórico do país abordando a mudança da capital federal para Brasília, a construção do Mineirão, o crescimento dos times mineiros e, sobretudo, a relação da Ditadura com o corte do craque do Cruzeiro às vésperas da copa de 70. Dirceu é o princípio norteador do livro, mas questões políticas e

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outros temas sensíveis ao futebol, como o racismo, o alcoolismo e a superstição também marcam presença.

“O Dirceu conseguiu sintetizar, ao longo da carreira, tudo o que o menino sonha quando ganha a primeira bola: vestir a camisa 10, matar a bola no peito, dar chapéu, dar caneta, bater com as duas pernas... Recuperar os anos de ouro do futebol e alinhavar tudo isso com a história do Dirceu são motivos suficientes pra fazer valer essa biografia”, exalta Blank, que lamenta, pelos torcedores, pela seleção e pelos Mundiais que Dirceu não tenha feito parte da lista de Zagallo para defender a camisa canarinho no México.

“É tudo muito incipiente, ainda, por aqui”, engrossa o coro o jornalista e crítico Ricardo Ballarine. “O Brasil tem uma lacuna muito grande de literatura esportiva e biografias em geral. Sobre estas até que dá pra entender: que jornalista ou editor quer ter um trabalhão e depois de tudo ainda ter gastos com advogados?”, comenta Ballarine, sobre a lei de direitos autorais e as biografias não-autorizadas, ainda em debate no país.

E para reforçar o time de novidades documentais, o Cine Theatro Brasil recebe, a partir das 18h deste sábado (7), o lançamento do livro e documentário homônimos “Narradores, Memórias Afetivas do Futebol”. De Júnia Carvalho e Leandro Bortot, o almanaque traça um quadro de personagens que viveram histórias pelos meios de comunicação no Brasil durante as Copas do Mundo, no período de 1954 até 2014. O registro audiovisual, de 53 minutos, ilustra os depoimentos de Gilberto Silva, Dadá Maravilha, Mário Henrique Caixa, Milton Naves, Wilson Piazza, entre outros. O evento tem entrada franca e o público receberá, gratuitamente, o livro e o DVD.

Enquanto isso, à escassa bibliografia ficcional sobre o tema, acaba de se juntar o novo “Pelada Poética”, com textos inéditos de 26 escritores mineiros. Já na quarta edição (e segundo livro), o projeto belo-horizontino acontece sempre em consonância com as Copas (do Mundo e das Confederações) e homenageia, desta vez, o craque Nelinho –<ET>um dos maiores cobradores de falta de todos os tempos. O próprio assina uma das páginas.

Outros destaques da ficção ficam por conta de “Entre as Quatro Linhas”, reunião organizada pelo escritor Luiz Ruffato com contos de autores como Cristóvão Tezza, Flávio Carneiro e Tatiana Salem Levy, e o “Guia Politicamente Incorreto do Futebol”, um almanaque alternativo com vocação para a polêmica. Os autores Jones Rossi e Leo Mendes Jr abordam temas como a Democracia Corintiana, o racismo, a CBF, a Fifa, Batalha dos Aflitos, Copa União de 1987, e as torcidas organizadas para combater as ideias preconcebidas e as verdades irrefutáveis do mundo da bola.

G-4

Nelson Motta, Ruy Castro, Paulo Vinícius Coelho e Jamil Chade brigariam pela parte de cima da tabela, caso participassem da Copa de Literatura Brasileira (campeonato on-line, em formato de mata-mata, que acontece anualmente desde 2007). Os dois primeiros lançam, respectivamente “Resenha Esportiva” e “Os Garotos do Brasil”, ambos compostos por crônicas memorialistas. Motta revela suas observações

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de bastidores de sete Copas do Mundo, duas Olimpíadas e um Pan-Americano, enquanto Castro desvenda sonhos, traços de caráter e miudezas de alguns de nossos maiores ídolos, como Pelé, Garrincha, Bellini e Zico.

PVC, como é conhecido o analista mais prodigioso do futebol brasileiro, assina “Tática Mente: a História das Copas Explicada Pelas Cabeças e Pranchetas dos Treinadores”, em que o comentarista explica como jogavam as principais seleções da história dos Mundiais. No embalo, Jamil Chade coloca disponível, a princípio somente em e-book, “A Copa Como Ela É” , sobre todo o processo de escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo e de preparação do país para sediar o evento esportivo.

Oficiais

De um lado, a torcida a favor, a exaltação. De outro, a torcida rival, a vociferar esconjuramentos. “Deuses da Bola, 100 Anos da Seleção Brasileira”, de João Carlos Assumpção e Eugenio Goussinsky, joga na primeira equipe, enquanto “O Lado Sujo do Futebol – A Trama de Propinas, Negociatas e Traições que Abalou o Esporte Mais Popular do Mundo”, dos jornalistas Luiz Carlos Azenha, Amaury Ribeiro Jr., Leandro Cipoloni e Tony Chastinet faz um esquema de marcação acirrada e contra-ataque mortal. Em cima do muro, a obra em dois volumes “Uma história do Futebol, Copas do Mundo e Sociedade”, do historiador Airton de Farias, é apontada pelo jornalista Juca Kfouri, autor do prefácio, como “a melhor história das Copas do Mundo jamais escrita em língua portuguesa”.

Os Rodrigues Mais Oito

Se, no geral, o brasileiro tem memória curta, que o diga o torcedor de futebol brasileiro. Ele vibra, torce, se empolga. No lance seguinte xinga, esbraveja e promete nunca mais acompanhar o time. Até a próxima rodada, tudo já foi esquecido e só a paixão permanece. Para refrescar a lembrança dos ávidos pela bola e pelas letras, a série de títulos que volta ao catálogo das editoras vem bem a calhar. Entre novidades (“Um Time de Primeira – Grandes Escritores Brasileiros Falam de Futebol”, Nova Fronteira, 2014, R$ 9,90) e reedições, a trinca dos Rodrigues se firma como titular absoluta.

“Se tivermos que escolher um livro fundamental na biblioteca do futebol brasileiro, é este”, afirma o professor e pesquisador Marcelino Rodrigues sobre “O Negro no Futebol Brasileiro” (Mauad, R$ 64,90), clássico indispensável do jornalista e escritor Mário Filho (1908-1966), que ganha nova edição e versão em inglês para ser distribuída entre autoridades e jornalistas estrangeiros durante a Copa do Mundo 2014, como parte da campanha do governo contra o racismo nos estádios. No livro mais importante do gênero, o jornalista que batiza o Maracanã mostra o quanto o futebol do país deve à miscigenação.

“O livro narra a história da fundação do futebol tomando como eixo da narrativa a trajetória do negro. Mário foi o primeiro a apontar o quanto a invenção do estilo brasileiro de jogar bola se relaciona com a capoeira, o samba, a ginga”, conta Marcelino, que apesar de carregar o mesmo sobrenome dos ilustres escritores, não possui nenhum laço com os irmãos. Mário, pioneiro na abordagem popular do futebol, é tema do primeiro livro do pesquisador (“Mil e Uma Noites de Futebol – o Brasil Moderno de Mário Filho”, Editora UFMG) e figura entre os analisados em sua segunda publicação “Quem Desloca Tem

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Preferência: Ensaios Sobre Futebol, Jornalismo e Literatura” (Relicário Edições, R$ 40), que Marcelino só lança depois da Copa.

Os Literatos e o Jornalismo

Declaradamente inspirado pelos lançamentos das clássicas antologias de crônicas “À Sombra das Chuteiras Imortais” (1993) e “A Pátria em Chuteiras” (1994), de Nelson Rodrigues (1912-1980), Marcelino resolveu fazer do futebol o seu objeto de estudo a partir do mestrado em Letras (Fale/UFMG) para “fugir do cânone literário” e investigar os modos como a arte escrita muda o modo como interpretamos a arte da bola nos pés.

“No Brasil, existe uma coisa interessante que é o fato de que, embora não exista um número grande de obras de ficção sobre o futebol, existe uma histórica presença dos intelectuais e escritores nos jornais fazendo a cobertura esportiva. Meu interesse é pensar as linhas que atravessam os dois campos – literatura e jornalismo – para entender como as narrativas modificam o jeito como nós apreendemos e interpretamos o futebol. Vieram da imprensa os cronistas Armando Nogueira e João Saldanha – este era um esteta e tentava recriar nos textos a emoção estética do futebol. Ele mostrava a poesia no futebol e fazia futebol com as palavras”, conta Marcelino, lembrando que os melhores exemplos são os irmãos Mário e Nelson, narradores da grande saga do Brasil com o futebol. “O primeiro assimilou a chegada e popularizou o esporte aqui, enquanto o segundo deu conta da nossa época de ouro. Mário era o contador de causo, Nelson era o exagerado: tinha verdadeira paixão pelo estapafúrdio”.

Às vésperas da Copa, o irmão mais velho ganha mais uma antologia e outra reedição. A coletânea “As Coisas Incríveis do Futebol: as Melhores Crônicas de Mário Filho” (Ed. Ex Machina, R$ 42) tem organização de Francisco Michielin e congrega 25 textos do autor, originalmente publicados nas décadas de 1940 e 1950 na revista semanal “O Globo Sportivo”, dirigida por Mário e Roberto Marinho. “Histórias do Flamengo”, cuja última edição era de 1966, sai pela Editora Mauad por R$ 59,90.

Com título que deu nome à campanha anti-racismo em 2013, à época da Copa das Confederações da Fifa Brasil 2013, “A Pátria de Chuteiras” (ed. Nova Fronteira/BNDES) tem crônicas de Nelson, o “anjo pornográfico”, selecionadas pelo Ministro do Esporte, Aldo Rebelo. Com apoio do governo, o ministro também lançou, em abril, “Somos o Brasil”, que reúne trechos de crônicas de Nelson intercalados à história da industrialização do país e fotografias históricas. Em formato bilíngue (português e inglês), o livro teve tiragem de 5.000 exemplares, distribuídos a parceiros do governo na Copa.

Novo Clássico Rodrigueano

A principal novidade fica por conta do filho de Nelson, que escreveu o romance aclamado como “a melhor obra de ficção sobre futebol já escrita em qualquer idioma” – segundo Luis Fernando Veríssimo. “O Drible” (Companhia das Letras, R$ 38), do escritor Sérgio Rodrigues, está na sua terceira edição em menos de três meses e conta a história de pai e filho que se reaproximam por meio do esporte. “O livro mostra o lado humano e os laços afetivos que ainda existem nessa fase técnica e mercadológica do futebol. Ele mescla realismo e história para falar sobre encanto e desencanto. O Sérgio é um dos escritores mais brilhantes que temos hoje”, confessa o jornalista Pedro Blank.

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E essa é a solução não só para a literatura, mas para que a cobertura esportiva em geral cresça e se reinvente, segundo o jornalista e crítico literário Ricardo Ballarine. “Temos que investigar e humanizar, articular o futebol como uma parte importante da nossa vida. Esse tipo de pauta precisa ser diária”.

Outros 11 Livros Campeões de Todos os Tempos

1. “Brasil em Campo”, de Nelson Rodrigues. Nova Fronteira, (2012), R$ 34,90.

2. “Anatomia de uma Derrota”, de Paulo Perdigão. Disponível em e-book pela Editora L&PM (1986), R$ 34,90.

3. “O Trauma da Bola – A Copa de 82”, de João Saldanha. Cosac Naify (2002), R$ 55.

4. “O País da Bola”, de Betty Milan. Ed. Record (2014), R$ 25.

5. “A Dança dos Deuses - Futebol, Sociedade, Cultura”, de Hilário Franco Jr. Companhia das Letras (2007), R$67.

6. “Histórias do Futebol” (ou “Subterrâneos do Futebol”), de João Saldanha. Editora Revan (1994), R$ 45.

3. “Na Grande Área”, de Armando Nogueira. Lance! Publicações (2008), R$ 39.

4. “Veneno Remédio: o Futebol e o Brasil”, de José Miguel Wisnik. Companhia das Letras (2008), R$ 24,50.

7. “A Perfeição Não Existe”, de Tostão. Editora Três Estrelas (2012), R$ 31,40.

8. “Estrela Solitária – Um Brasileiro Chamado Garrincha”, de Ruy Castro. Companhia das Letras (1995), R$ 70.

9. “Nunca Houve um Homem Como Heleno”, Zahar (2006), R$ 39.

10. “Quando É Dia de Futebol”, de Carlos Drummond de Andrade. Cia. das Letras (2014), R$ 34,50.

11. “O Gol é Necessário”, de Paulo Mendes Campos. Civilização Brasileira

(2000), R$ 25.

* Especial para o Pampulha.

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Veículo: Diário do Comércio

Data: 03/06/2014

Editoria: Livro

Site: http://www.dcomercio.com.br/2014/06/03/muito-alem-do-itaquerao

Muito além do Itaquerão

Trabalho do fotógrafo Ricardo Palmeira. / Divulgação

A bola corre solta no bairro de Itaquera. Porém não apenas dentro dos muros do estádio da Copa.

O Sesc Itaquera está com uma programação especial para o mês do evento, que se estende até agosto e traz debates, contação de histórias, mostras...

A exposição Drible – A Arte de Criar Espaços, que abre no sábado (7), tem curadoria de Sérgio Giglio e traz fotografias e vídeos que retratam os traços culturais que envolvem essa paixão nacional. A exposição fica em cartaz até 31 de agosto.

Os amantes da sétima arte também têm vez. Serão realizadas três exibições do longa-metragem Linha de Passe (2008), de Walter Salles. É bom anotar na agenda: as sessões acontecerão nos dias 9 de junho e 27 de julho, às 14h, e 21 de agosto, às 10h30. No filme, Cleusa (Sandra Corveloni) é mãe solteira e tem quatro filhos. O talento de Dario (Vinícius de Oliveira) para ser jogador de futebol é a esperança de sua família.

Outro bom filme da programação é o delicado documentário Várzea: A Bola Rolada na Beira do Coração(2010), de Daniela Thomas, sobre futebol amador. O filme será apresentado nos dias 15 e 16 de agosto, às 14h.

Leitura - Para os pequenos acontecerá uma série de contação de histórias relacionadas ao mundo do futebol. A atriz Gabriela Lois apresentará em Abigail Conta Mais de Mil, a biografia de craques da nossa história, como Pelé, Garrincha e Rivelino. Bom colocar na agenda: a contação acontecerá entre sábado (7) e 28 de junho.

Também haverá um bate-papo sobre literatura e futebol com Luiz Ruffato, André Sant'Anna e Andre Leones no dia 22 deste mês, às 13h30.

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Os três craques têm seus contos futebolísticos publicados no livro Entre as Quatro Linhas, organizado por Ruffato.

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