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Sociologia - J. Honorato – [email protected] 1 SOCIOLOGIA

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Sociologia - J. Honorato [email protected] 1SOCIOLOGIAFILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 2 A Sociologia surge no centro de todo um longo processo histrico que o do surgimento da sociedade moderna. A transio da sociedade feudal para a sociedade capitalista, marca a constituio de novas classe sociais, novas relaes de produo. Esse conjunto de mudanas sociais vem acompanhado tambm por um conjunto de mudanas na mentalidade e na cultura. Trata-se de um longo processo histrico de desagregao da propriedade feudal e da cultura medieval e surgimento de nova propriedade e nova cultura.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 3 A emergncia da manufatura e da produo capitalista propriamente dita marca um passo na constituio de novas relaes sociais reforadas pela expanso comercial. A concepo teolgica do mundo vai sendo substituda pela viso filosfica e racionalista, bem como pela concepo cientfica. A viso teocntrica e substituda pela viso antropocntrica do mundo. Revolues vo marcar a consolidao da industrializao e da burguesia enquanto nova classe dominante e dirigente. Os conflitos sociais se intensificam e mudam de carter, surge a oposio entre as novas classes proletrio -, e a nova classe dominante, a burguesia, classe capitalista.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 4 O capitalismo vai se expandindo a partir do sculo XVI, e esse processo culmina com a Revoluo Francesa e a Revoluo Industrial. As revolues burguesas e a consolidao do modo de produo capitalista criaram novas necessidades nacionais. A produo capitalista incentiva o desenvolvimento tcnico e cientfico, bem como o processo de burocratizao e racionalizao das organizaes e instituies. O desenvolvimento foi o primeiro ponto para o desenvolvimento do racionalismo. O uso da moeda e do sistema de troca mercantil foi o forte incentivo para o desenvolvimento das abstraes matemticas, e tambm forte promotor do desenvolvimento da matemtica e da contabilidade.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 5 No campo das cincias naturais, as revolues copernicanas e galileana abrem novos caminhos para o pensamento cientfico no sentido de sua busca por autonomia em relao ao pensamento teolgico e filosfico. Uma dessas necessidades a de racionalizao e burocratizao das instituies, a comear pelo estado moderno. Os novos conflitos sociais gerados pelas Revolues Francesa e Industrial, produzem a necessidade de maior controle social e maior informao e conhecimento da realidade.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 6 A sociologia foi produzida como resultado das Revolues burguesas, destacando-se a Revoluo Industrial e a Revoluo Francesa, e das mudanas culturais, especialmente as relacionadas com o desenvolvimento das Cincias Naturais e sua institucionalizao e pela emergncia das lutas operrias, expressa tanto nas ideias reformistas e socialistas utpicas e na formao de suas organizaes e aes ( Sindicatos e partidos ). As Cincias Naturais gozam de grande prestgio e eram o modelo de cincia a ser seguido. A consolidao da universidade moderna cada vez mais racionalizada e burocratizada ser a raiz da busca de constituio das Cincias Humanas. Hobbes, considerado idelogo do absolutismo, que pensava que a emergncia do Estado foi provocada pela situao humana no Estado de Natureza, marcada pela luta de todos contra todos.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 7 O estado seria a resposta para a manuteno e sobrevivncia humana e preservao dos bens e seria, devido a natureza egosta dos seres humanos, um Estado absolutista. John Locke Concebia a passagem do Estado para a sociedade civil, a melhor forma de conviver seria preservando os bens conquistados pelo trabalho. Para Rousseau o Estado de Natureza seria o maneira pela qual os seres humanos viveriam bem, mas o surgimento da propriedade privada marcaria a origem dos males e do Estado. Considera criticamente a civilizao, pois pensava que ele seria a fonte da corrupo do homem.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 8 Os reformadores sociais e os socialistas utpicos, buscavam compreender a situao da classe trabalhadora e propunham reformas, mais ou menos radicais, dependendo do pensador em questo. Assim os socialistas utpicos buscavam transformar a sociedade atravs do apelo razo, educao, a experincia cooperativa. Saint Simon sustentava a necessidade de uma cincia do homem, embasada na observao dos fenmenos polticos e sociais. Tal cincia no poderia ser produzida pelo clero ou pelas castas feudais, mas pelos produtores, rompendo com o pensamento religioso medieval e filosfico.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 9 Considerava que a Histria deveria ser uma cincia exata, visando descobrir as etapas da evoluo humana e as possibilidades futuras. Por classe dos industriais ele compreendia todos os que contribuem com a produo de riquezas da sociedade. Ele se ope aos ociosos, os detentores do capital e dos meios de produo, os aristocratas, proprietrios de terras, sacerdotes e legisladores. Reconhecia que essa classe industrial no homogenia e vai cada vez mais distinguindo aqueles que s possuem a capacidade de trabalho como os responsveis pela transformao social e o futuro da sociedade industrial.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 10 Sua viso era de que a estrutura econmica da sociedade era fundamental e que as instituies polticas eram sem grande importncia. Pensa a cincia do homem fundada na fisiologia e utilizando o mtodo positivo da Cincia Fsica. A fisiologia social, ou geral estudaria a sociedade como uma maquina organizada, constituda por partes que contribuem de forma diferente com o seu conjunto. J Augusto Comte tinha a ambio de fundar uma cincia da sociedade seguindo o modelo das Cincias Sociais, e a chamou de fsica social. Fundador do chamado Positivismo, doutrina que postulava, entre outras coisas, que era necessrio utilizar o modelo das Cincias Naturais e aplic-lo ao estudo da sociedade.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 11 Seu objetivo foi criar uma Cincia Positiva da sociedade fundada na observao, na experimentao, na comparao e na classificao, isto , nos mtodos da Cincias Naturais. Comte props a fundao de uma sociedade positiva, que seria uma filosofia geral das cincias particulares dedicadas ao problema do mtodo. Classificou e hierarquizou as Cincias, cujo critrio seria ir do mais simples ao mais complexo, e que seria assim classificadas em ordem de importncia: Matemtica, Astronomia, Fsica, Qumica, Biologia e a Sociologia, a mais complexa das cincia. Seu objeto de estudo so os fenmenos sociais, que devem ser estudados com o mesmo esprito que os fenmenos astronmicos, fsicos, qumicos e biolgicos, regidos por leis naturais invariveis.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 12 O mtodo da sociologia engloba os mtodos das Cincias Naturais e lhe acrescenta o mtodo histrico, que realiza a comparao histrica dos diversos estgios do desenvolvimento da humanidade. Na teoria dos trs estados a humanidade ou o esprito humano teria passado por trs estados: o Teolgico, o Metafsico e o Cientfico ou Positivo. O primeiro e comandado por ideias sobrenaturais, que corresponde a poca teolgica e militar. O segundo um estado transitrio do primeiro para o terceiro, comandado por ideias especulativas, corresponde a uma poca legista ou metafsica.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 13 O terceiro o modo definitivo de qualquer Cincia, correspondente poca cientfica e industrial. A lei dos trs estados era uma forte legitimao da dominao burguesa, pois o estado positivo, cientfico, racional, era a coroao do progresso da humanidade e seu estgio definitivo.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 14OS CLSSICOS FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 15 As revolues burguesas e a formao do Estado Liberal promoveram amplo processo de burocratizao das instituies, e um dos efeitos disso foi a formao das universidades modernas. Graas ao status e respeitabilidade adquirida pelas Cincias Naturais, os intelectuais que queriam se dedicar ao estudo das relaes sociais passaram a se inspirar no modelo das Cincias Naturais. A maioria dos pensadores tinham produzido Filosofia da Histria, e o embasamento emprico, muitas vezes anunciado e exaltado, manifestava-se extremamente deficiente. No final do sculo XIX, trs pensadores iro superar essa limitao e lanar as bases da constituio da Cincia da Sociedade: Emile Durkheim, Max Weber e Karl Marx.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 16EMILE DURKHEIMFILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 17 Buscou construir a nova Cincia, inspirando-se em Augusto Comte, mas indo alm dele. Forneceu os fundamentos da nova Cincia, apresentando os procedimentos metodolgicos e construindo o objeto de estudo. Defende a unidade metodolgica entre Cincia Natural e Cincias Humanas e sugere a aplicao dos mtodos das Cincias Naturais no estudo dos fenmenos sociais. Afirma a neutralidade dos valores, Afirmando que o socilogo deve colocar-se diante dos fenmenos sociais como o fsico o faz, afastando todos os seus preconceitos, prenoes. Analisa a necessidade de compreender no somente a funo, mas tambm a causa dos fatos sociais, que deve remeter a outros fatos sociais.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 18 Defende a ideia de que existe uma causa para um efeito e que este s pode ser gerado por uma nica causa e que a explicao dos fatos sociais ocorre atravs de uma relao de causalidade, sendo que somente os fatos sociais anteriores podem explicar os posteriores, e a anlise sociolgica se torna completa quando se analisa a funo, o que deve ser feito posteriormente descoberta da causa. O objeto de estudo da Sociologia o fato social. Ele definiu os fatos sociais atravs da clebre frase: os fatos sociais so coisas. O fato social objetivo, exterior, coercitivo e independente do indivduo.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 19 Tais fatos sociais so como os objetos do mundo fsico e por isso so to objetivos quanto os fenmenos naturais. Esse fato social pode ser exemplificado pelos papeis sociais dos indivduos e por fenmenos como as regras morais, o sistema financeiro. Exemplo: Um indivduo no obrigado a usar a moeda nacional, nem a lngua, mas, si assim proceder encontrar coercitividade dos fatos sociais, que podem manifestar-se sob a forma de condenao moral ou isolamento. Em casos mais graves de ruptura com as normas sociais, a coero pode significar a priso ou outra forma mais grave de retaliao.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 20 Nesse caso o indivduo coagido pelo fato social, compreendido como uma totalidade que mais do que a soma das partes. Isso possibilita tambm, a neutralidade, visto que basta ao socilogo apreender a realidade de forma objetiva, tomando os fatos sociais como coisas para afastar as prenoes e preconceitos. Assim a explicao de um fato social remete a fato social anterior, e no a elementos extrassociais, tal como no caso do suicdio, que no pode ser explicado sociologicamente por problemas de ordem mental, mas por outro fato social.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 21 Na obra da Diviso social do trabalho busca explicar a passagem da solidariedade orgnica para a mecnica, isto , duas formas de diviso social do trabalho, que expressa a passagem das sociedades pr-capitalistas, tradicionais, para a sociedade capitalista. As sociedades baseadas na solidariedade mecnica so mantidas coesas pelo consenso moral ao passo que a sociedade baseada na solidariedade orgnica se fundamentam num sistema de troca baseado na diviso social do trabalho. As sanes repressivas esto ligadas forte conscincia coletiva e ordenamento moral, enquanto que as sanes restitutivas esto ligadas ao processo de restaurao da situao anterior ao rompimento com a lei.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 22 Busca provar empiricamente a passagem da solidariedade mecnica para a solidariedade orgnica mediante a anlise do desenvolvimento dos sistemas de leis, a transio da lei repressiva para a lei restitutiva. Para ele existe uma dualidade na natureza humana: de um lado, o ser individual e egosta; de outro, o ser social. A educao o processo de socializao na qual o indivduo preparado para viver em sociedade, tornando-se um ser social. Ele percebe no processo educacional duas funes: a Homogeneizadora e a Diferenciadora. A primeira voltada para formao do cidado, do ser social em geral e a outra para a formao do grupo a qual se destina o indivduo. A diviso social do trabalho promove a necessidade de homens especializados.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 23 O suicdio: para essa anlise, lana mo amplamente de dados estatsticos para apresentar sua tese que relaciona suicdio e sociedade, criando verdadeira tipologia do suicdio e vendo que esse fenmeno est ligado sociedade moderna e a certos grupos sociais. Ele argumenta que a sociedade tradicional com a ligao entre indivduo e sociedade, sendo mais forte, por causa da solidariedade orgnica, no incentiva esse fato social. A sociedade capitalista, sendo fundada na solidariedade mecnica e com laos frouxos entre os indivduos e comunidade e marcada pelo individualismo moral, proporciona uma situao propcia ao suicdio, principalmente em certos grupos sociais, os laos familiares menos fortes e a concepo mais individualista.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 24 Desenvolve a ideia de anomia para explicar uma das principais formas de suicdio. Ele aborda o suicdio egosta e o suicdio anmico. O egosta est ligado a expanso do individualismo moral, que se aproxima do egosmo, e o anmico est ligado a transio da solidariedade mecnica para a orgnica, um perodo no qual a conscincia moral se enfraquece. Nas sociedades pr-capitalistas, fundadas na solidariedade mecnica, predomina o suicdio altrusta.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 25 Em as formas elementares da vida religiosa, o totemismo apresenta-se como a forma mais simples de religio para apresentar sua tese de que tais representaes so expresso da vida social e so fatos sociais, possuindo a mesma objetividade e externalidade, bem como coercitividade, que qualquer outro fato social. As mudanas sociais rpidas e profundas fez com que a moral correspondente solidariedade mecnica passasse a ser obsoleta, e o no aparecer de outra moral para substitu-la criaria o que ele chama de Anomia.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 26MAX WEBERFILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 27 Tinha como objetivo fundar a sociologia como cincia e para isto tambm se dedicou a construir um objeto de estudo prprio e mtodo prprio para a nova disciplina cientfica. Defendeu a necessidade de uma metodologia prpria para as Cincias Humanas, distinta da metodologia das Cincias Naturais. A origem dessa tese remonta a pensadores como Kant e os Historicistas. A reflexo proposta por ele permitiu a superao da ingenuidade do positivismo de Durkheim. Para Kant, as Cincias da Natureza tratam de objetos de estudo que remetem causalidade mecnica e a causalidade teleolgica, em razo a seus objetos de estudo, a matria e os seres vivos. As Cincias do Homem remetem a um objeto dotado de liberdade.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 28 Dessa forma as cincias naturais estariam ligadas heteronomia, e as Cincias do Homem autonomia, e por isso seu estudo seria emprico. Concebe uma diferenciao entre Cincias Naturais e Cincias Humanas, tanto no objeto quanto no mtodo, em oposio defesa da unidade metodolgica feita pelo positivismo clssico de Comte. O tipo ideal a construo do socilogo para fins de pesquisa. O tipo ideal de Weber uma construo subjetiva do pesquisador. O tipo ideal corresponde ao mtodo individualizante e uma acentuao unilateral de aspectos da realidade e que, portanto, no exprime uma verdade autntica, objetiva.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 29 O mtodo compreensivo weberiano se fundamenta na construo de tipos ideais, verdadeiras tipologias. por isso que se v em sua obra os tipos de ao social, os tipos de dominao legtima, os tipos de capitalismo, os tipos de educao etc. Para ele, o socilogo deve ser neutro no momento da anlise, no cabendo a ele defender reformas sociais ou indicar qual o melhor modelo de sociedade. O socilogo deve se colocar na mesma posio que um mdico, pois este no pergunta sobre o valor da vida ou se ela vale a pena, mas executa o seu trabalho em prol da sade e em defesa da vida. O socilogo no deve avaliar a sociedade, e sim pesquis-la.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 30 Weber definiu a ao social como objeto de estudo da sociologia. Ao social aquela que o sujeito atribui um sentido sua ao que est voltado para a ao dos outros. A ao social pressupe um sentido e mais que isso, que ele esteja voltado para o outro. A ao social pode ser unilateral ou bilateral. A unilateral quando apenas um sujeito atribui o sentido de sua ao outra pessoa. bilateral quando a outra pessoa tambm executa uma ao social com sentido voltado para o primeiro agente. Para ele existem quatro tipos de ao social: a ao social efetiva, a ao social tradicional, a ao social racional com relao a valores e a ao social com relao a fins.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 31 A efetiva se orienta pela efetividade que pode ser expressa no amor, no dio, na amizade, na paixo. A tradicional se orienta pela tradio, pelos costumes. A racional com relao a valores se orienta pelos valores utilizando meios racionais. E a racional com relao a fins se orienta pela racionalidade tanto nos meios quanto nos fins. Encontrou no protestantismo uma possibilidade para o desenvolvimento da ao social racional. O protestantismo era movido por valores como trabalho, individualismo, que eram fortes incentivos para o desenvolvimento de atividades capitalistas e acumulao de capitais.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 32 A tica protestante, que era uma ao racional com relao a valores, abriu caminho para a racionalizao, isto uma ao social racional com relao a fins. No s buscou construir o objeto de estudo da sociologia como tambm apresentou uma proposta metodolgica especfica para essa cincia, o mtodo compreensivo. Um dos estudos mais influentes o trabalho sobre a burocracia.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 33KARL MARXFILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 34 O pensamento de Marx uma anlise e uma compreenso da sociedade capitalista no seu funcionamento atual, na sua estrutura presente e no seu devir necessrio. Considera que as sociedade modernas so classificadas como industriais e cientficas, em oposio as sociedade militares e teolgicas. Enquanto para os positivistas os conflitos de classes eram considerados fenmenos marginais. Marx considerava que esses conflitos de classes, correspondem aos fatos mais importantes das sociedades modernas.

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Sociologia - J. Honorato [email protected] 35 Toda a obra de Marx um esforo integrado, destinado a demonstrar que esse carter contraditrio inseparvel da estrutura do regime capitalista e o motor do movimento histrico. No Manifesto Comunista, Marx ressalta que a histria humana se caracteriza pela luta de grupos humanos, que chamou de Classes Sociais. A luta de classes por um lado pode representar o antagonismo dos opressores e dos oprimidos. O processo revolucionrio embrionrio. As forcas de produo que levaro ao regime socialista esto em processo de amadurecimento dentro da sociedade atual. Isso cria as chamadas relaes de produo.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 36Primeiro a contradio entre as foras e as relaes de produo. A burguesia cria incessantemente meios de produo mais poderosos. As relaes de produo, a relao de propriedade e a distribuio de rendas, no se transformam no mesmo ritmo. Assim aumenta a riqueza e consequentemente aumenta a misria. Dessa contradio sair uma crise revolucionria.A revoluo do proletariado ser feita pela imensa maioria em benefcio de todos.A revoluo proletria marcar o fim das classes e do carter antagnico da sociedade capitalista.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 37 O poder poltico o meio pelo qual a classe dominante mantm seu domnio e sua explorao. A poltica e o Estado so os subprodutos ou a expresso dos conflitos sociais. Nesse contexto preciso trabalhar: A Teoria Geral da Sociedade ( Materialismo Histrico). As ideias econmicas essenciais.As ideias essenciais da interpretao econmica da histria:1. Os homens entram em relaes determinadas, necessrias, que so independentes da sua vontade. necessrio seguir o movimento da histria analisando a estrutura da sociedade, as foras de produo e as relaes de produo. A compreenso do processo histrico est condicionada compreenso de tais relaes sociais

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Sociologia - J. Honorato [email protected] 382. Em toda sociedade podemos distinguir a base econmica infraestrutura e a superestrutura. A primeira constituda essencialmente pelas foras e pelas relaes de produo. Na superestrutura figura as instituies jurdicas e polticas, o modo de pensar, as ideologias e as filosofias.3. O motor do movimento histrico a contradio, entre as foras e as relaes de produo. A dialtica da histria constituda pelo movimento das foras produtivas, que entram em contradio, em certas pocas revolucionrias, com relao de produo, isto , tanto as relaes de propriedade como a distribuio da renda.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 394. Na contradio entre as foras e as relaes de produo, inseri-se a luta de classes. Nos perodos revolucionrios, uma classe est associada as antigas relaes de produo, que constitui um obstculo ao desenvolvimento das foras produtivas, enquanto outra classe progressiva, representa novas relaes de produo que favorecem o desenvolvimento constante dessas foras.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 40 5. Dentro da viso histrica, as revolues no so acidentais, mas uma necessidade histrica. As foras de produo devem desenvolver-se no seio da sociedade capitalista. As relaes de produo socialistas devem amadurecer dentro da sociedade atual, antes que se produza a revoluo que marcar o fim da pr-histria da humanidade. preciso o amadurecimento natural das foras e das relaes de produo do futuro antes que ocorra a revoluo.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 416. Marx distingue a realidade social e a conscincia. No a conscincia dos homens que determina a realidade, mas, ao contrrio, a realidade social que determina sua conscincia.7. Marx determina quatro regimes econmicos e seus respectivos modos de produo: Asitico, Antigo, Feudal e o burgus. O modo de produo Asitico no definido pela subordinao de escravos e servos a uma classe proprietria dos meios de produo, mas a subordinao de todos ao Estado. O modo Antigo caracterizado pela escravido.

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Sociologia - J. Honorato [email protected] 42 O feudal caracteriza-se pela servido. O Burgus pelo trabalho assalariado. A interpretao do modo de produo asitico, nos leva a inexistncia da luta de classes, mas pela explorao de toda a sociedade pelo Estado. J os trs ltimos so caracterizados pela explorao do homem pelo homem.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]

Sociologia - J. Honorato [email protected] 43BIBLIOGRAFIA ARON, Raymond. As etapas do pensamento sociolgico. So Paulo:Martins Fontes, 2002.BINS, Milton. Introduo sociologia geral. Porto Alegre: Mundo Jovem,1987.COSTA, Cristina. Sociologia, introduo cincia da Sociedade. So Paulo: Moderna, 2005.COULSON, Margaret A; RIDDELL, David S. Introduo crtica sociologia.Rio de Janeiro: Zahar, 1979.DURKHEIM, mile. As regras do mtodo sociolgico. So Paulo: Martins Fontes, 2007.--------. Lies de Sociologia. So Paulo: Martins Fontes, 2002.GUARESCHI, Pedrinho A. Sociologia Crtica, alternativas de mudanas. Porto Alegre: Mundo Jovem, 1990.LENARD, Rudolf. Sociologia Geral. So Paulo: Pioneira, 1980.MEKSENAS, Paulo. Sociologia. So Paulo: Cortez, 1993.OLIVEIRA, Prsio S. de. Sociologia.So Paulo: tica, 2007.QUINTANEIRO, Tnia; BARBOSA, Maria Lgia de O. OLIVEIRA, Mrcia G. M. de. Um toque de clssicos. Belo Horizonte: UFMG, 2007.TELES, Maria Luiza S. Sociologia para jovens. Petrpolis: Vozes, 2004.FILOSOFIA - J. Honorato [email protected]