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CENTRO UNIVERSITÁRIO BARÃO DE MAUÁ
WELLINGTON RUDNEI ATHANAZIO
DIAGNÓSTICO GENÉTICO PRÉ-NATAL
RIBEIRÃO PRETO
2017
WELLINGTON RUDNEI ATHANAZIO
DIAGNÓSTICO GENÉTICO PRÉ-NATAL
Trabalho de conclusão do curso de
Biomedicina Centro Universitário Barão
de Mauá
Orientadora: Dra. Soraya Duarte Varella
RIBEIRÃO PRETO
2017
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a
fonte.
Bibliotecária Responsável: Iandra M. H. Fernandes CRB8 9878
A886d ATHANAZIO, Wellington Rudnei
Diagnóstico genético pré-natal/ Wellington Rudnei Athanazio - Ribeirão Preto, 2017.
48p. Trabalho de conclusão do curso de Biomedicina
Centro Universitário Barão de Mauá
Orientador: Dra. Soraya Duarte Varella
1. Diagnóstico genético pré-natal 2. Implicações éticas 3. Anormalidades congênitas I. VARELLA, Soraya Duarte II. Título
CDU 575:616-056.7
Ded ico es te t raba lho àque le
que me deu a v ida .
AGRADECIMENTOS
À Deus, meus pa is , m inha famí l i a e todos os meus
am igos .
À m inha o r ien tado ra Dra . So raya Duar te Va re l la , sem sua
o r ien tação es te t raba lho não se r ia poss íve l , ao coo rdenador do
curso de B iomed ic ina do Cent ro Un ive rs i tá r io Ba rão de Mauá , Me.
Jorge Lu iz Na l ia t i Nunes, aos p ro fessores des ta Ins t i tu ição , que
t ransmi t i ram seus conhec imentos de uma fo rma espe tacu la r .
Aos meus am igos e companhe i ros de sa la .
“Aqu i lo que o homem pensa de s i
mesmo – é i sso que de te rm ina ,
ou an tes ind ica , o seu des t ino ”
(HENRY DAVID THORE AU )
RESUMO
O desenvo lv imento de técn icas , como amn iocen tese , punção de
v i l os idades , co rdocentese , d iagnós t ico genét i co p ré - imp lan tação ,
dosagem de a l f a - fe top ro te ína do soro mate rno , aconse lhamento
gené t i co , de te rm inação de metabó l i tos no l íqu ido amn ió t ico e a
u l t rassonogra f ia en t re ou t ras , p rop ic ia ram o d iagnós t ico p ré -na ta l
de deso rdens gené t i cas . A inves t igação genét ica in t rau te r ina
pe rm i te a de tecção de anoma l ias gené t i cas que , de ou t ra fo rma,
somente ser iam d iagnost icada s após o nasc imento . Es te es tudo
teve po r ob je t i vo ap resen ta r as técn icas ma is u t i l i zadas no
d iagnóst ico genét i co p ré -na ta l , a lém de d iscu t i r suas imp l i cações
é t i cas . T ra tou -se de uma rev isão b ib l iog rá f ica baseada na
l i te ra tu ra espec ia l i zada a t ravés da con su l ta de s i t es c ien t í f i cos ,
l i v ros de re fe rênc ia , a r t i gos e ou t ras fon tes . Os métodos não
invas ivos po r não ap resen ta rem nenhum r isco , nem à ges tan te
nem ao embr ião / fe to , são os ma is ind icados pa ra serem
rea l i zados, sa lvo em s i tuações em que e les se jam o l im i te pa ra a
de tecção de a lgumas anoma l ias . O d iagnós t i co gené t i co p ré -
imp lan tac iona l deve rá se r u t i l i zado pa ra ev i t a r um embr ião
po r tador de desordens genét i cas , ano rma l idades c romossômicas
ou ma l fo rmações congên i tas . É rea l i zado em embr iões fe r t i l i zados
em labo ra tó r ios e ind icado em s i tuações bem espec i f i cas . Os
métodos invas ivos deve rão se r u t i l i zados quando os não - invas ivos
não fo rem su f i c ien tes pa ra se rea l i za r um d iagnós t ico p rec iso ,
e f i caz , respe i tando a idade ges tac iona l ind icada pa ra cada método
a se r rea l i zado . Va le ressa l ta r que o avanço do d iagnóst ico p ré -
na ta l esba r ra na b ioé t i ca que faz a l i gação do avanço c ien t í f i co
com o conhec imen to human ís t i co , a f im de ev i ta r os impactos
nega t i vos sob re a v ida , ou se ja , nem tudo que é c ien t i f i camente
poss íve l é e t icamen te ace i táve l .
Palavras Chave : D iagnós t i co gené t i co p ré -na ta l . Imp l i cações
é t i cas . Doenças gené t i cas .
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Pac ien te com s índ rome de Edwards , punhos ce r r ados ,
h i pop las ia das unhas , dedos s obr epos t os ...............................................
Figura 2- Co lhe i t a do l íq u ido amn ió t i co .........................................................
Figura 3- Co le t a do t ec ido t ro f ob las t i co v i a TA/TC ..................................
Figura 4- Co lhe i t a sangue f e ta l a t r avés do c o rdão umb i l i ca l . . . . . . . . . .
Figura 5- Verificação em lâmina através de microscópio epifluorescente .................
20
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
2 OBJETIVOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
3 METODOLOGIA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
4 DOENÇAS GENÉTICAS CAUS ADAS POR MUTAÇÕES
GÊNICAS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
5 ANOMALI AS CROMOSSÔMICAS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6 DI AGNÓSTICO GENÉTICO PRÉ -NAT AL. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6 .1 PCR. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
6 .2 F ISH. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
7 ASPECTOS ÉTICOS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
8 CONCLUS ÃO. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
REFERÊNCI AS. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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9
1 INTRODUÇÃO
A c iênc ia tem t ido um pape l f undamen ta l , com seus
avanços e descobe r tas , pa ra d iagnost ica r com an tecedênc ia as
ma is d i ve rsas fa lhas e d i f i cu ldades que o se r humano possa te r ou
desenvo lve r em seu o rgan ismo du ran te todo o tempo ex is tenc ia l
de cada ind iv íduo . D ive rsas comp l icações genét i cas acometem as
popu lações como doenças, anoma l i as , d i s funções o rgân icas ,
f a lhas no desenvo lv imento humano de mane i ra ge ra l , desde a fase
u te r ina a té a fase adu l ta de um ind iv íduo , ocas ionando
t rans to rnos soc ia is , f ami l ia res , p ro f i ss iona is e ps ico lóg icos , en t re
ou t ros .
Uma das á reas ma is exc i t an tes na g enét ica é a de
d iagnóst ico gené t i co p ré -na ta l .
O d iagnóst ico gené t i co p ré -na ta l (DPN) teve in íc io com a
demonst ração de S tee le e B reg sobre a cons t i tu i ção c romossômica
de um fe to , que pode r ia se r de te rm inada pe la aná l i se da cu l tu ra
de cé lu las do l íqu ido a mn ió t i co (BATISTA, 2012 ) .
Após essa demons t ração sug i ram ou t ras técn icas , como o
car ió t ipo e ensa ios enz imá t i cos em cé lu las fe ta is , de te rm inação
de metabó l i tos no l íqu ido amnió t i co e u l t rassonogra f ia , ass im
p rop ic iando o d iagnóst ico p ré -na ta l de deso rdens gené t i cas . Essa
inves t igação genét i ca pe rm i te a de tecção , a inda no ú te ro , de
doenças que , de ou t ra fo rma, somen te se r iam d iagnost icadas após
o nasc imen to .
Ex is te uma amp la va r iação de técn icas que são u t i l i zadas
pa ra a iden t i f i cação das doenças genét icas . Todos os métodos
têm van tagens e desvantagens e reque rem cons ide ráve l
hab i l idade e exper iênc ia pa ra serem rea l i zados. Ex is tem métodos
invas ivos , ta i s como: amn iocen tese , punção de v i los idades
cor iôn icas , co rdocentese , e os não - invas ivos como: d iagnóst ico
gené t i co p ré - imp lan tação , dosagem de a l f a - fe top ro te ína do so ro
mate rno , aconse lhamen to gené t i co , t rans lucênc ia nuca l , es tudo do
sangue mate rno (dev ido ao fa to de a lgumas cé lu las fe ta i s
10
at ravessa rem a p lacen ta podendo ser encont radas na c i r cu lação
sangu ínea da mãe) a t ravés do uso da reação em cade ia
po l imerase (PCR) (FRANÇA e t a l . ,2016 ) .
Uma técn ica impor tan te é o d iagnóst ico gené t i co p ré -
imp lan tac iona l com o ob je t i vo de d iagnost ica r nos embr iões a
ex is tênc ia de a lguma doença genét i ca an tes da imp lan tação no
ú te ro mate rno . Ass im, casa is com chances de ge ra r f i lhos com
p rob lemas genét i cos como S índrome de Patau ( t r i ssomia do
c romossomo 13) , S índ rome de Edwards ( t r i ssom ia do c romossomo
18 ) , S índ rome de Down ( t r i ssomia do c romossomo 21 ) , S índ rome
do K l ine fe l te r (47XXY) , d is t ro f ia muscu la r , hemof i l ia , en t re ou t ras
anoma l ias genét icas , podem a t ravés desse d iagnóst ico , se lec iona r
embr iões saudáve is (B IAZOTTI e t a l . , 2013 ) .
O d iagnóst ico gené t i co p ré -na ta l é c la ramente um
t raba lho de equ ipe , que ex ige um méd ico t re in ado em
amn iocen tese e de p re fe rênc ia em u l t rassonogra f ia , um consu l to r
gené t i co e um labo ra tó r io com um bom con t ro le de qua l idade que
es te ja equ ipado pa ra a rea l i zação dos tes tes . (NUSSBAUM;
MCINNES; W ILLARD, 2008) .
As p r inc ipa is ind icações para um d iagnós t ico genét i co
p ré -na ta l invas ivo são : idade mate rna avançada (ac ima de 35
anos ) ; f i lho an te r io r com anoma l ias c romossômicas ; p resença de
anoma l ias c romossômicas es t ru tu ra is em um dos gen i to res ;
h is tó r ia f ami l ia r de um d is tú rb io gené t i co ; r i sco de de fe i to n o tubo
neu ra l ; t r iagem do so ro mate rno e u l t rassom a l te rados
(NUSSBAUM; MCINNES; W ILLARD, 2008 ) .
Du ran te o desenvo lv imento fe ta l , a lgumas a l te rações
c romossômicas podem ocor re r , causando o aparec imento de
pequenas ass imet r ias ou mesmo p rob lemas es té t i cos e func iona is
do embr ião . Segundo es tudos , todas as popu lações são
susce t íve is às pa to log ias genét icas , t odav ia , a f requênc ia dessas
ma l fo rmações va r ia com a raça , e tn ia , e as cond ições
soc ioeconômicas , como a nu t r ição , es t i lo de v ida , educação
11
mate rna , p r in c ipa lmente as re lac ionadas ao tubo neu ra l (FANTIN
e t a l . , 2017 ) .
São vá r ias as doenças genét icas iden t i f i cadas no p ré -
na ta l , en t re e las : acond rop las ia , doença do r im po l ic ís t ico , doença
de Hunt ing ton , d is t ro f ia m io tôn ica , neu ro f ib romatose t ipo 1 ,
re t inob la s toma, f i b rose c ís t ica , h ipe rp las ia ad rena l congên i ta ,
a tax ia de F r iedre ich , f en i lce tonú r ia , anemia fa lc i f o rme, a t ro f ia de
múscu lo esp inha l , doença de Tay -Sachs, ta lassem ias α e β ,
d is t ro f ias muscu la res de Duchenne e Becke r , s índ rome do X f rág i l ,
hemof i l ia A e B , de f ic iênc ia de o rn i t ina t ransca rbam i lase
(NUSSBAUM; MCINNES; W ILLARD, 2008 ) .
Com todas essas inovações re lac ionadas à inves t igação
da v ida a inda em fase in t rau te r ina , o avanço do d iagnóst ico p ré -
na ta l esba r ra na b ioé t i ca que faz a l i gação do avanço c ien t í f i co
com o conhec imen to human ís t i co , a f im de ev i ta r os impactos
nega t i vos que a tecno log ia possa te r sob re a v ida , ou se ja , nem
tudo que é c ien t i f i camen te poss íve l é e t icamen te ace i táve l . Um
tema que tem ge rado debates e d iscussões na comun idade
c ien t í f i ca tem s ido o abo r to pa ra os casos de anence fa l ia e ,
também pa ra ou t ras anoma l ias g raves como as aneup lo id ias le ta i s
(como as s índ romes de Edwards e de Patau ) , espec ia lmen te no
B ras i l , po rque o cód igo pena l b ras i le i ro p revê o abor to em apenas
do is ca sos como desc r i to no a r t i go 128 :
“ Ar t . 1 2 8 . N ã o s e p u n e a b o r t o p r a t i c a d o p o r m é d i c o : I . S e n ã o h á o u t r o m o d o d e s a l v a r a v i d a d a g e s t a n t e I I . S e a g r a v i d e z r e s u l t a d e e s t u p r o e o a b o r t o é p r e c e d i d o d e c o n s e n t im e n t o d a g e s t a n t e , o u , q u a n d o i n c a p a z , d e s e u r e p r e s e n t a n t e l e g a l . ”
É p rec iso sa l ien ta r , que a de tecção de uma anoma l ia não
é necessa r iamente su f ic ien te pa ra p reve r a cond ição rea l da
c r iança po r nasce r , sua expecta t iva de v ida e a seve r idade dos
s in tomas.
Soc ia lmen te é complexo ava l ia r a té que pon t o o
d iagnóst ico genét i co será e t i camen te bem -v indo . O d iagnós t i co
12
gené t i co p ré -na ta l é um campo em cons tan te mudança com
amp l iação de conhec imento e novas tecno log ias , ass im, qua lque r
ten ta t i va pa ra sua de f in i ção rap idamente se to rna desa tua l i zada .
Res ta , aos p ro f iss iona is de saúde, es ta rem sempre an tenados às
novas in fo rmações, tecno log ias e técn icas pa ra o d iagnóst ico
gené t i co .
É va l ido ressa l ta r , que mesmo se u t i l i zando de
mecan ismos modernos e so f is t i cados para de tecção de anoma l ias
congên i tas , uma s ign i f i ca t i va pa rce la de ano rma l idades
pe rmanece com e t io log ia desconhec ida . A lguns cen t ros
espec ia l i zados em d iagnóst ico d ismor fo lóg icos , não conseguem
d iagnóst ico s ind rôm ico de f in i t i vo em ce rca de quase metade dos
pac ien tes (MACHADO; HEINRICH -MUÇOUÇAH; BARIN I , 2017 ) .
Ou t ro aspecto impor tan te que deve f i ca r exp l íc i to d i z
respe i to à impotênc ia da med ic ina f ren te a a lgumas doenças, que
mesmo d iagnos t icadas p recocemente , podem causa r p rob lemas
g raves e i r reve rs íve is du ran te a v ida in t rau te r ina e pós -na ta l ,
a lém de ób i tos fe ta is (BRASIL , 2013 ) .
O DPN é um mecan ismo de inves t igação fe ta l e t em como
grande u t i l idade : reduz i r ans iedades ges tac iona is , obse rva r a
evo lução da grav idez , p rogramar o pa r to , p resum i r os
p roced imentos que deve rão se r tomados duran te o pa r to , an teve r
o par to nos cu idados com a mãe e com o fe to e , t ambém
p ropo rc ionar o t ra tamento p ré (quando poss íve l ) e pós -na ta l da
c r iança a fe tada (BATISTA e t a l . , 2012 ) .
13
2 OBJETIVO
Es te es tudo teve po r ob je t i vo ap resen ta r a lgumas
técn icas u t i l i zadas no d iagnós t i co genét i co p ré -na ta l , a lém de
d iscu t i r as imp l i cações é t icas dessa tecno log ia .
14
3 METODOLOGIA
Tra tou -se de uma rev isão b ib l i og rá f ica baseada na
l i te ra tu ra espec ia l i zada a t ravés da consu l ta de s i t es c ien t í f i cos ,
l i v ros de re fe rênc ia , a r t i gos e ou t ras fon tes . Fo ram u t i l i zadas as
segu in tes pa lavras -chave : D iagnóst ico genét ico p ré -na ta l .
Imp l icações é t icas . Anorma l idades congên i tas .
15
4 DOENÇAS GENÉTICAS CAUS ADAS POR MUTAÇÕES GÊNICAS
As doenças genét i cas , recebem es te nome po r serem
o r iundas de uma de f ic iênc ia , desequ i l íb r io nas compos ições ou
carac te r ís t i cas dos genes sendo es tes , pa r tes do DNA, compostos
po r nuc leo t ídeos , que podem se r t ransc r i tos em RNA, possu indo
uma fundamenta l impor tânc ia na s ín tese de p ro te ínas .
Os genes ca r regam in fo rmações essenc ia i s aos seres
v i vos , ass im sendo , qua lque r d i f e rença em suas compos ições
es t ru tu ra is ou em seu func ionamento , resu l tam e exp ressam
deso rdens gené t icas (MICAS, 2015) .
Uma pequena pa rce la d os se res humanos nasce com
a lgum t ipo de anoma l ias f i s io lóg icas ou mutações e no passado
i sso e ra a t r ibu ído , po r não conhecerem a re lação com
he red i ta r iedade e genes, a a lgum t ipo de p redest inação , da qua l o
homem não pode r ia in te r fe r i r de fo rma a lguma. So mente em 1 .865 ,
quando Grego r Mende l , pub l ica o resu l tado de seus exper imentos
em c ruzamentos en t re l inhagens que hav iam he rdado as d i ve rsas
va r iações em e rv i l has , as ques tões de he red i ta r iedade passam a
ser observadas com ou t ros o lhos (GRIFF ITHS e t a l . , 2 009 ) .
Compreendeu -se , en tão , que a ex is tênc ia de fa to res
d is t in tos e ra responsáve l pe la t ransmissão de in fo rmações dos
gen i to res pa ra sua p ro le . Apenas na metade do sécu lo XX fo i que
se descob r iu a es t ru tu ra qu ím ica do mate r ia l gené t i co , a
d is t r ibu ição dos c romossomos, seus pad rões e he ranças de
carac te r ís t i cas ou t ro ra c i tadas po r Mende l . Uma va r iedade de
man ipu lações gené t i cas passaram a se r rea l i zadas, e in ic iou -se ,
en tão , o P ro je to Genoma Humano (PGH), que teve como
carac te r ís t i ca iden t i f i ca r todos os ge nes humanos , no rma is e
mutados.
De fo rma ge ra l , a rep l i cação do DNA acontece de mane i ra
cor re ta . A inda ass im, even tua lmente , podem oco r re r e r ros nes te
p rocesso , podendo ou não favo rece r a va r iab i l idade genét i ca , a
qua l é um componen te essenc ia l pa ra o p ro cesso de evo lução . As
16
a l te rações he red i tá r ias do mater ia l gené t ico de um ind iv íduo ,
p roven ien tes de e r ros de rep l i cação an tes da d iv i são ce lu la r e não
causadas po r segregação ou recomb inação, recebem o nome de
mutações, podendo acon tece r de fo rma espon tâne a, quando não
há in te r fe rênc ia de nenhum agente ou subs tânc ia , ou induz ida
pe la ação de agentes f í s i cos , qu ím icos ou b io lóg icos ,
denominados agen tes mutagên icos . Essas mutações são
denominadas de gên icas de pon tos ou pon tua is . Oco r rem po r
subs t i tu i ção , de l eção ou pe rda /ad ição de uma ou poucas bases e
podem causa r d i f e ren tes doenças, ma is ou menos g raves
(BORGES-OSÓRIO; ROBINSON, 2013 ) .
A anem ia fa l c i f o rme é um d is tú rb io au tossôm ico
recess ivo . Es t ima -se o nasc imento de 700 a 1 .000 casos anua is
de homoz igo tos recess ivos des ta doença no Bras i l . Conhec ida
também como s ic lem ia ou d repanoc i tose , é um t ipo de anem ia
hemo l í t i ca em que o ind iv íduo possu i um grupo d i f e ren te de
hemog lob ina conhec ida como hemog lob ina S (D IN IZ; GUEDES,
2003 ) .
A hemog lob ina é um subprodu t o p ro té i co da hemác ia que
possu i em sua con fo rmação qua t ro cade ias de g lob ina , duas
cade ias a l f a e duas cade ias be ta , l i gadas a um grupo heme
o r ig inando a hemog lob ina A . Na anemia fa lc i f o rme es ta
hemog lob ina , que deve r ia ap resen ta r ác ido g lu tâm ico em sua
cade ia be ta , s in te t i za va l ina em seu luga r o r ig inando a
hemog lob ina S , sendo es ta responsáve l pe la apa rênc ia de “ fo i ce ”
da hemác ia , descarac te r i zando seu fo rma to . A hemog lob ina S
a lém de ser ine f i caz no t ranspor te de ox igên io é bem ma is
p ropensa à hemó l ise . En t re os s in tomas des tacam -se : f ad igas ,
pa l idez , i c te r íc ia , do res no co rpo que a t ingem ossos , a r t i cu lações,
p rovoca vasoc lusões, p r inc ipa lmente em vasos de pequeno ca l ib re
(BRASIL , 2002) .
A d is t ro f ia muscu la r de Duchenne (DMD) é a doença
neu romuscu la r ma i s f requen te , tem um padrão de he rança
gené t i ca recess iva l i gada ao X. , po r tan to , é ma is comum em
17
i nd iv íduos do sexo mascu l ino . O gene responsáve l pe la DMD, fo i
i so lado em 1986 , onde fo i poss íve l a iden t i f i cação da p ro te ína que
e le p roduz, a d i s t ro f ina . A m a io r ia dos ind iv íduos com DMD mor re
an tes dos 20 anos de idade , ge ra lmente po r in fecção resp i ra tó r ia
que evo lu i grada t i vamen te pa ra insu f i c iênc ia resp i ra tó r ia . Em 10%
dos casos o ób i to é decor ren te de causas ca rd íacas , po r
d is função ven t r i cu la r (SANTOS e t a l . , 2010 ) .
A d is t ro f ia m io tôn ica ou en fe rmidade de S te ine r t , he rança
au tossômica dominante , f o i es tudada pe lo méd ico a lemão Hans
Ste iner t en t re 1875 e 1911, sendo c lass i f i cada em t ipo 1 (ma is
comum) e 2 . O gene responsáve l , DMPK, segundo PIMENTA e t a l .
(2016 ) , es tá loca l i zado no c romossomo 19q13.3 . A idade de
ins ta lação dos s ina is c l ín icos e a ve loc idade de p rogressão da
doença são mu i to va r iáve is . Na fase adu l ta e la pode ser
obse rvada com ma is a tenção, po is causa pe rda de fo rça muscu la r
( f raqueza ) , r i g ide z muscu la r (m io ton ia ) , s in tomas in tes t ina is e
do res abdomina is , sono lênc ia d iu rna e ca ta ra ta . A l te rações
ho rmona is , d iabe tes , in fe r t i l idades, d i s tú rb ios mens t rua is , p tose
(queda ) de pá lpeb ras , t ambém são comuns (HARPER, 2009 ) .
A hemof i l ia é uma doença hemo r rág ica he red i tá r ia l i gada
ao c romossomo X, ca rac te r i zada pe la de f i c iênc ia ou ano rma l idade
dos fa to res de coagu lação VI I I (hemof i l ia A ) ou fa to r IX (hemof i l ia
B ) . A p reva lênc ia é de ap rox imadamente o nasc imento de 1 caso
pa ra cada 5 .000 a 10 .000 c r ianças d o sexo mascu l ino pa ra
hemof i l ia A e de 1 caso em cada 30 .000 a 40 .000 c r ianças do
sexo mascu l ino pa ra hemof i l ia B . Suas man i fes tações c l ín i cas são
bem semelhan tes ca rac te r i zadas po r sangramentos in t ra -
a r t icu la res chamadas de hemar t roses , hemor rag ias muscu l a res ou
em ou t ros tec idos ou cav idades. Os ep isód ios hemor rág icos
va r iam, podendo su rg i r espontaneamente em de te rminado
momento , ou se rem dependen tes de um t rauma tec idua l , onde sua
c lass i f i cação se rá var iáve l de aco rdo com o fa to r coagu lan te , V I I I
ou IX (BRASIL , 2015 ) .
18
A F ib rose C ís t ica (FC) também é conhec ida como
mucov ic idose ou doença do be i jo sa lgado , tem he rança
au tossômica recess iva e acomete p r inc ipa lmente o pânc reas e os
pu lmões. O gene da doença , regu lado r de condu tânc ia
t ransmembrana da f ib rose c ís t ica (CFTR) , a l te ra a p ro te ína
responsáve l po r conduz i r o c lo ro pa ra cé lu las ep i te l ia is , ass im, as
sec reções to rnam -se ma is v iscosas , obs t ru indo os cana is das
g lându las exóc r inas do pânc reas , pu lmões, in tes t ino , f ígado e
tes t ícu los . Com isso , também, as g lându las sudo r íparas não
abso rvem per fe i tamente o c lo ro e o sód io to rnando o suo r mu i to
sa lgado. As c r ianças com FC man i fes tam como s ina is e s in tomas
í l i o mecon ia l ( subs tânc ia de co lo ração verde escu ra , pas tosa e
v i scosa anorma lmente endu rec ida ) , d ia r re i a e tosse c rôn icas ,
desnut r ição , suo r sa lgado, des id ra tação f requente , es tea to r re ia
(go rdu ra nas fezes) , d ispne ia (d i f i cu ldade de resp i ra r ) ,
pneumon ias de repe t i ção , s inus i te c rôn ica , baque teamento d ig i ta l
(espessamento da ca rne que f i ca en t re as unhas do s dedos das
mãos e dos pés cu rvando a unha no fo rma to de uma co lhe r
vo l tada pa ra ba ixo) , c i r rose hepát ica e p ro lapso re ta l
(ROMANELLI ; ALVES; CASTRO, 2015 ) .
A acondrop las ia é a fo rma ma is comum de nan ismo por
encu r tamento dos membros , he red i tá r ia de ca rá te r au tossôm ico
dom inante , es ta s índ rome pode também te r causas de mutações
gené t i cas . Es ta ap resen ta o reg is t ro ma is an t igo da h is tó r ia ,
sendo re t ra tada no Ant igo Eg i to , no Impér io Romano e no pe r íodo
da Idade Méd ia Renascent is ta . Pode acon tece r em ambos os
sexos e suas causas es tão l i gadas a uma redução da função do
recep to r 3 do fa to r de c resc imento do f ib rob las to (FGFR3) . Não
ap resen tam re ta rdo menta l , es tando es ta , in t imamen te l i gada ao
desenvo lv imento na es ta tu ra do ind iv íduo (CARDOSO e t a l . ,
2009 ) .
19
5 ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS
As a l te rações gené t i cas de g randes segu imen tos de DNA
(m i lha res de bases) , são denominadas mutações c romossômicas ,
podendo ser es t ru tu ra is (dev ido a mudança na es t ru tu ra dos
c romossomos) ou numér icas (dev ido a a l te rações no númer o de
c romossomos) . Nas a l te rações numér icas podem ocor re r pe rda ou
acrésc imo de um ou ma is c romossomos, podendo se r do t ipo
eup lo id ia (a l te rações que envo lvem todo genoma) ou aneup lo id ia
(que envo lvem um ou ma is c romossomos de cada pa r ) , sendo
p roven ien tes da não d is junção ou não sepa ração de um ou ma is
c romossomos du ran te a aná fase I e /ou I I da me iose ou na (s )
aná fase (s ) das m i toses dos z igo tos (BORGES -OSÓRIO;
ROBINSON, 2013) .
A t r i ssomia do c romossomo 21 recebe o nome de
S índ rome de Down. Fo i a p r ime i ra anoma l ia descober ta na espéc ie
humana , sendo rea l i zada po r Le jeune , Gau t ie r e Turp in , em 1959.
O ind iv íduo com es ta doença tem ma l fo rmações congên i tas
espec í f icas , como p rob lemas ca rd íacos , re ta rdo men ta l , de fe i tos
sep ta is , e t c . Cerca de 90% desses pac ien tes possuem uma pe rda
p recoce e s ign i f i ca t i va da aud ição (PA IVA; MELO; FRANK, 2014 ) .
A t r i ssomia do c romossomo 18 fo i desc r i ta in ic ia lmente
em 1960 po r Edwards em um recém -nasc ido que ap resen tava
ma l fo rmações congên i tas mú l t ip las e dé f ic i t cogn i t i vo . A tua l mente
a s índ rome de Edwards é a segunda t r i ssom ia ma is f requente
obse rvada nos nasc imentos , que acomete mú l t ip los ó rgãos e
s i s temas, ano rma l idades de c resc imento de c rân io , tó rax e
abdômen, ó rgãos gen i ta i s , f ace , de ixando d is tú rb ios neu ro lóg icos .
Nas ex t remidades, os punhos es tão ce r rados, com o segundo dedo
sob re o méd io e o qu in to sob re o qua r to (F IGURA 1 ) (ROSA e t a l . ,
2013 ) .
20
Figura 1 – Pac iente com s índrome de Edw ards, punhos
cerrados, h ipoplas ia das unhas, dedos sobrepostos.
F o n t e : h t t p : / / w w w . s c i e l o . b r / p d f / r p p / v 3 1 n 1 / 1 9 . p d f
A t r issom ia do c romossomo 13 , S índrome de Pa tau ,
ap resen ta quad ro c l ín ico semelhan te a t r i ssom ia do 18 , sendo a
te rce i ra anoma l ia c romossômica ma is f requente . De modo ge ra l os
pac ien tes ap resen tam láb io lepo r ino , m ic ro f ta lm ia e /ou ano f ta lm ia
e po l idac t i l ia pós -ax ia l de membros , pododact í l ios ou
qu i rodac t í l ios (ZEN e t a l . , 2008 ) .
As anoma l ias c romossoma is sexua is ra ramente são
pe rceb idas no per íodo p ré -na ta l , a menos que se ja rea l i zado um
car ió t ipo po r ou t ros mot i vos . Possu indo uma d ive rs idade
amp lamente comp lexa essas a l te rações oco r rem com maio r
f requênc ia dev ido as monossomias (quando há pe rda de um dos
c romossomos do pa r , ou se ja , quando número de c romossom os fo r
2n -1 ) e as t r i ssom ias (quando um mesmo c romossomo ap resen ta -
se repe t ido 3 vezes , sendo 2n+1) .
A s índ rome de Tu rne r é a monossomia ma is f requen te ,
ce rca de 60% dos casos , é causada pe la monossom ia do X
(ca r ió t ipo 45 , X) . Nes ta s índ rome, as men inas na scem com um dos
do is c romossomos X parc ia l ou comp le tamen te ausente . Ocor re
em 1 /4000 nasc imentos femin inos , sendo que 99% dos fe tos com
21
car ió t ipo 45 , X são abo r tados espontaneamente (JUNG e t a l ,
2009 ) .
As carac te r ís t icas ma is comuns dos po r tado res da
s índ rome de Tu rne r são : mu lhe res es té re is , de ba ixa es ta tu ra ,
pescoço a la rgado na base , tó rax cu r to , o re lhas p roeminentes ,
ba ixa imp lan tação do cabe lo , amenor ré ia p r imár ia . A lém destas
carac te r ís t i cas , possuem maio r chance de desenvo lve r
h ipo t i reo id ismo, d iabe tes me l l i tus , p rob lemas ca rd íacos e
c i r cu la tó r ios . T ra tamento é fe i to à base de repos ição hormona l de
es t rogên io e ho rmôn io do c resc imen to (SOCIEDADE BRASILEIRA
DE ENDOCRINOLOGIA E METABOLOGIA ; SOCIEDADE
BRASILEIRA DE GENÉTICA CL ÍNICA, 2006 ) .
A s índ rome de K l ine fe l te r acomete 1 pa ra 700 men inos
(ca r ió t ipo 47 , XXY) e o c romossomo X ext ra é de o r igem ma te rna
em 60% dos casos . Os men inos tendem a se r a l t os , com
compr imento de pe rnas e b raços despropo rc iona is , seus tes t ícu los
são pequenos e r íg idos e ce rca de 3 0% desenvo lvem
g inecosmat ia . A pube rdade gera lmente acon tece em tempo
no rma l , pe los fac ia is são reduz idos , quan to ao aspecto e in te lec to
cos tumei ramente não ap resen tam ano rma l idades. Homens
po r tadores da s índ rome de K l ine fe l te r devem receber
sup lementação v i ta l í c ia de tes tos te rona , desde a pube rdade, para
ga ran t i r desenvo lv imento no rma l das ca rac te r ís t i cas sexua is ,
massa muscu la r , es t ru tu ra óssea e me lho r desempenho
ps icossoc ia l (MAIA e t a l . , 2002 ) .
A lém das t r i ssom ias c i tadas , ex is tem ou t ras as que
oco r rem em f requênc ia menor , podendo acon tecer nos 23 pares de
c romossomos ex is ten tes , t an to monossom ias , t r i ssomias , como
po l issomias . A lgumas de las , po r se rem incompat íve is com a v ida
causam abo r to na tu ra l (BORGES -OSÓRIO; ROBINSON, 2013 ) .
22
6 DIAGNÓSTICO GENÉTICO PRÉ-NATAL
O d iagnóst ico p ré -na ta l de doenças genét icas depende da
in te ração de tes tes b ioqu ím icos (no 1º t r imest re ) , u l t rassonogra f ia
(USG) ou ecogra f ia e de métodos genét icos (VASCONCELOS,
2007 ) . O d iagnóst ico genét ico p ré -na ta l pode ser rea l i zado
a t ravés de p roced imentos não invas ivos (dosagens
a l f a fe topro te ína no so ro mate rno , d iagnós t i co gené t i co p ré -
imp lan tac iona l ) e i nvas ivos (amn iocen tese , co rdocentese , b iops ia
da v i l os idade co r iôn ica) .
Os métodos não invas ivos , são métodos rea l i zados de
fo rma que não o fe reçam r i sco a lgum ao fe to ou a mãe, podendo
ser in ic ia l i zados a t ravés da u l t rassonogra f ia ou ecogra f ia . Es tes
métodos pe rmi tem iden t i f i ca r d i re tamente a l te rações mor fo lóg icas
ind iv idua is , s ina is ind i re tos re lac ionados ao c resc imen to fe ta l
res t r i to a a l t e rações do vo lume fe ta l , en t re ou t ros .
A u l t rassonogra f ia é a me lho r f o rma de se iden t i f i ca r a
idade ges tac iona l , aux i l ia também na de tecção de ges tações
mú l t ip las , inc lus ive o t ipo de p lacen ta nes tes casos , e de
ma l fo rmações fe ta i s c l in icamen te não suspe i tas . Embora a
u l t rassonogra f ia se ja de g rande benef íc io , o d iagnós t ico por me io
de la , em de te rm inadas s i tuações, a inda é um tan to quan to ince r to
(BRASIL , 2012) .
Apesa r de con t rove rsas , recomenda -se que a p r ime i ra
u l t rassonogra f ia se ja rea l i zada en t r e a 16ª e 22ª semana de
ges tação , embora pesqu isado res acred i tem que en t re a 10 ª e a
14 ª semana possa se r rea l i zado es te exame pa ra começar a med i r
a t rans luscênc ia nuca l (quan t idade de l íqu ido s i tuada en t re a pe le
e o tec ido mo le que c i rcunda a co luna ce r v i ca l ) (BARINI e t a l . ,
2002 ) .
A tua lmente , com os avanços de de f in ição de imagens, a
u l t rassonogra f ia ap resen ta uma amp la va r iedade , sendo d iv id ida
em u l t rassonogra f ia t ransvag ina l , obs té t r ica e /ou mor fo lóg ica .
Deve se r rea l i zada a té a 12 ª semana, a t ravés d e um t ransduto r
23
por v ia vag ina l , sendo ind icada pa ra de tec ta r : a g rav idez, o
número de bebês e loca l de imp lan tação do saco ges tac iona l ,
a lém da idade ges tac iona l , podendo se r rea l i zado , em sér ies , a té
o té rm ino da g rav idez. É capaz de obse rva r a p resença de
sangramento p lacen tá r io e possu i uma ma io r de f in ição quando
comparado ao rea l i zado por v ia abdomina l . A u l t rassonogra f ia
mor fo lóg ica é rea l i zada no segundo t r imest re pa ra ve r i f i cação da
mor fo log ia fe ta l . A u l t rassonogra f ia obs té t r ica com dopp le r
co lo r ido pode se r so l ic i tada em qua lque r pe r íodo , desde que se ja
após a 12º semana de ges tação e possu i como parâmet ros pa ra
ava l iação a pos ição do bebê , peso fe ta l , quan t idade de l íqu ido
amn ió t ico , p resença de ba t imentos ca rd íacos fe ta i s e mov imentos
corpóreos e resp i ra tó r ios do bebê. Já as u l t rassonogra f ias 3D e
4D propo rc ionam ma io r p ro fund idade e pe rmi te uma n i t idez da
imagem, sendo poss íve l no ta r com ma is n i t idez a f i s ionom ia do
fe to . Em tempo rea l , es ta técn ica rea l i za uma va r redu ra con t ínua
no ú te ro pe rmi t i ndo acompanhar os mov imentos do bebê .
Insu f i c iênc ia de l íqu ido amn ió t i co f ren te a reg ião de in te resse ,
pos ic ionamento fe ta l , pos ição das mãos e dos pés e a loca l i zação
do co rdão umb i l i ca l , podem l im i ta r as técn icas 3D e 4D (BRASIL ,
2015 ) .
Um ou t ro método não invas ivo , é dosagem de a l f a -
fe top ro te ína no sangue materno (AFPSM) usada pa ra a de tecção
dos de fe i tos de fusão do tubo neu ra l . O fechamento do tubo
neu ra l ocor re nas p r ime i ras semanas de ges tação , ma is
p rec isamente a té a te rce i ra e qua r ta semanas. Fa to res do me io
amb ien te assoc iados a uma p red ispos ição genét i ca são capazes
de a l te ra r o seu desenvo lv imento podendo o r ig ina r uma sé r ie de
ma l fo rmações denominadas, gener i camente , como de fe i tos de
fusão do tubo neu ra l . Essas ma l formações poderão ser t raduz ida s
em anomal ias compat íve is com a v ida como as men ingo e
m ie lomen ingoce les , ou ma is g raves como as ence fa loce les e a té
anoma l ias inva r iave lmen te le ta i s , como a anence fa l ia .
24
Como a AFPSM aumen ta p rogress ivamen te no sangue
mate rno a pa r t i r da sé t ima semana de ges tação , os va lo res
ob t idos devem ser re lac ionados ao tempo de ges tação . A época
idea l pa ra a rea l i zação da dosagem de AFPSM s i tua -se en t re a
16a e 18a semanas de ges tação e an tes de rea l i zá - la não pode te r
hav ido man ipu lação u te r ina por punção ou qua lqu e r p roced imento
invas ivo . Se a dosagem da AFPSM fo r a l ta , esse casa l deve te r a
ind icação da rea l ização de u l t ra -sonogra f ia f e ta l d i r ig ida à co luna
ve r teb ra l f e ta l ( vé r teb ra po r vé r teb ra ) e , mesmo que no rma l ou
duv idosa (dependendo da p rec isão do apa re lho empregado) , se
submete r à dosagem de a l f a fe top ro te ína no l íqu ido amnió t ico
(AFPLA) .
A dosagem de A l fa - fe top ro te ína em ges tan tes com fe tos
po r tadores de s índ rome de Down pe rm i t iu ve r que hav ia uma
assoc iação dos ba ixos va lo res dessa subs tânc ia nessas
ges tan tes , pe rm i t i ndo que se f i zesse uma t r iagem das ges tan tes
de ma io r r i sco (CUCKLE; W ALD; THOMPSON, 1987 ) .
Vá r ios es tudos demonst ra ram que a dosagem de ou t ras
subs tânc ias no so ro materno como a gonado t ro f ina co r iôn ica e
es t r i o l l i v re também são ú te i s pa ra in d ica r o r i sco de fe tos com
s índ rome de Down (CHARD; LOW INGS; K ITAU, 1984 ; W ALD e t
a l . , 1988 , 1992 ) .
O t r i tes te ( rea l izado en t re qu inze e v in te semanas)
de tec ta ce rca de 65% das ges tações com s índ rome de Down .
Segundo expe r iênc ia in te rnac iona l , se rão cons ide rados “ fe tos de
r i sco pa ra s índrome de Down” , ou se ja , ras t reamento “pos i t i vo ” ,
aque les que na aná l ise do so ro mate rno mos t ra rem va lo res de
AFPSM menores que 0 ,5 MoM (mú l t ip los da med iana ) , de es t r io l
l i v re menores que 2 ,5 MoM e de gonadot ro f ina co r iôn ica ma io res
que 2 ,0 MoM. A lém d isso , es te tes te a juda a ras t rea r 98% das
ges tan tes com de fe i t os abe r tos do tubo neu ra l e 60% dos de fe i tos
abe r tos da pa rede abdomina l . O t r i tes te é capaz também de
ras t rea r ou t ras abe r rações c romossômicas , como t r issom ia do
c romossomo 18 (ap rox imadamente 80%), t r i ssom ia do c romossomo
25
13 (ce rca de 30%) e monossom ia do c romossomo X (45 ,X) em
44%. Um t r i tes te “pos i t i vo ” não s ign i f i ca que fo i d iagnost icada
uma abe r ração c romossômica . O méd ico ou o genet i c i s ta c l ín ico
deve rá d i scu t i r com o pac ien te os tes tes ad ic iona is para
de te rm ina r se a c r iança tem rea lmente uma doença e as ou t ras
exp l i cações re fe ren tes ao tes te pos i t i vo .
Uma ou t ra fo rma de d iagnós t i co genét ico que u t i l i za
métodos não invas ivos é o d iagnós t i co gené t i co p ré -
imp lan tac iona l (DPI ) . Es te reque r a par t i c ipação de espec ia l is tas
nas á reas de g ineco log ia , obs te t r íc ia , embr io log ia e genét ica
méd ica , po is u t i l i za de técn icas com expe r imentos i n v i t ro
ana l isando genet icamente o mate r ia l embr ioná r io (TELES, 2011 ) .
A aná l i se genét ica do embr ião fe r t i l i zado i n v i t ro pode
oco r re r por b ióps ia do p r ime i ro ou segundo g lóbu los po la res em
ovóc i tos ou z igo tos , ap rox imadamen te 12 ho ras após a
fecundação; po r b ióps ia de um ou do is b las tômeros , rea l i zada no
te rce i ro d ia de v ida embr ioná r ia ; po r b ióps ia de b las toc is tos ,
ce rca do qu in to d ia do desenvo lv imento embr ioná r io . Após
ob tenção de uma amos t ra de cé lu las , pode -se u t i l i za r do is
mecan ismos de aná l ise : po lymerase cha in reac t ion (PCR), ma is
espec í f ica pa ra doenças monogên icas e f l uo rescence i n s i tu
hyb r id i za t ion (F ISH) , ma is u t i l i zada na de tecção de anoma l ias
c romossômicas fam i l ia res (POMPEU; VERZELETTI , 2015 ) .
Em a lguns pa íses é comum a u t i l i zação de DPI , a t ravés
do método de F ISH, pa ra esco lha do sexo , po rém no B ras i l , a
Reso lução 1 .358 /92 , do Conse lho Federa l de Med ic ina p ro íbe a
u t i l i zação des ta p rá t ica (BRASIL , 2013 ) .
A tua lmente , d i ve rsos labo ra tó r ios o fe recem tes tes de DNA
pa ra inves t iga r a p robab i l idade de de te rminado ind iv íduo nasce r ,
desenvo lve r ou ap resen ta r a lgum t ipo de anorma l idade genét ica
que ameace a saúde (ZATZ, 2000 ) . E nesses tes tes para a
ob tenção do DNA fe ta l , são necessá r ias técn icas invas ivas .
Os métodos invas ivos conhec idos a tua lmente são :
amn iocen tese , b ióps ia da v i los idade co r iôn ica e co rdocentese
26
A amniocen tese é a co le ta do l íqu ido amnió t i co po r v ia
t ransabdomina l , a tua lmente o r ien tada pe la u l t rassonogra f ia
(F IGURA 2 ) . Es te âmn io co le tado p rec isa con te r uma va r iedade de
subs tânc ias fe ta i s : u r ina , sec reções e , cé lu las es fo l iadas pa ra que
se jam rea l i zados os tes tes labo ra to r ia i s . A tua lmente são
rea l i zadas 2 t i pos de amn iocen tese , a p recoce , rea l i zada na
p r ime i ra metade da ges tação (15ª semana) e a ta rd ia , rea l i zada na
segunda metade da g rav idez (28ª semana) , va le ressa l ta r que
p roced imentos an te r io res as 11 semanas de ges tação podem
aca r re ta r a uma pe rda fe ta l . Na fase p recoce , é ind icada pa ra
rea l i zação de ca r ió t ipo fe ta l ( t r i ssomia 21 ) , e r ros ina tos do
metabo l i smo, dosagem de a l f a - fe top ro te ína , de te rm inação de sexo
fe ta l , pesqu isa de in fecções congên i tas . Os r i scos da
amn iocen tese são : in fecção , abor tamen to , lesão fe ta l anex ia l ,
t raba lho de pa r to p rematu ro e amn io r rexe (BRASIL , 2010 ) .
As ind icações ma is comuns pa ra a rea l i zação da
amn iocen tece são ras t re ios p ré -na ta is pos i t i vos e ava l iação da
matu r idade pu lmonar do fe to . Também é ind icada pa ra ava l iação
de p rováve l in fecção fe ta l , mor te fe ta l , g rau de anem ia hemol í t i ca
p resen te , t ipo sangu íneo ou fo rma p laque ta r , hemog lob inopa t ias e
a inda o es tudo de de fe i tos do tubo neu ra l . Pode ser assoc iada
como técn ica te rapêu t i ca no caso de remoção do excesso de
l íqu ido amn ió t ico (po l ih id râmn ios s in tomát icos) e também na
in t rodução de l íqu ido amn ió t i co (amn io in fusão ) , rea l i zadas na
amn iocen tese ta rd ia . Seus resu l tados podem va r ia r de 3 d ias a té
uma semana, dependerá do c resc imento das cé lu las e da doença
a se r t es tada (PROENÇA, 2014 ) .
27
Figura 2 – Colhe i ta do l íqu ido amniót ico
h t t p : / / w w w . f e r t i u s . c o m . b r / 2 0 1 7 / 0 5 / a m n i o c e n t e s e - p o r - q u e - f a ze r . h t m l
A b ióps ia da v i los idade co r iôn ica ou b ióps ia do v i lo cor ia l
(BVC) , é um m étodo de d iagnóst ico que pode se r rea l i zado com
segu rança no p r ime i ro t r imest re da ges tação , sendo uma
a l te rna t i va à amn iocen tese . O v i l o co r ia l é um tec ido que se
t rans fo rmará na p lacen ta e con tém toda in fo rmação genét ica do
embr ião . É co lh ida uma amost ra do tec ido t ro fob lás t i co pa ra
aná l ise genét ica e ind icado pa ra se r rea l i zado após a 10 ª semana.
A v ia de acesso pode se r t ransabdomina l (TA) , podendo u t i l i za r
anes tes ia loca l , ou t ransce rv i ca l (TC) que pode se r f e i ta sem
ana lges ia ou anes tes ia , sendo ambas rea l i zadas em ambu la tó r io .
No momento da punção é inse r ida uma agu lha f i na com gu ia
ob tu rado ra e deve ser mon i to rada po r u l t rassonogra f ia (F IGURA3)
(BRASIL , 2015) .
A BVC possu i uma grande van tagem que é o tempo de
rea l i zação e sendo rea l i zado no p r ime i ro t r imes t re de ges tação ,
to rnando -o ass im o mé todo invas ivo ma is segu ro . Possu i as
mesmas ind icações que a amn iocen tese , po rém seus resu l tados
podem se r ob t idos en t re 3 a 8 d ias após seu p roced imento . Tan to
na amniocen tese quanto na BVC, os tes tes apenas de tec tam a
28
doença genét ica que fo i so l i c i tada no exame (BATISTA e t a l . ,
2012 ) .
Quanto a rea l i zação v ia TA, a técn ica é seme lhan te a
amn iocen tese . Já pa ra a TC, devem se r f e i tas cu l tu ras do
exsudado cé rv ico -vag ina l pa ra que não ha ja r i sco de
con tam inação a lgu m ao fe to , pe los p r inc ipa is agentes pa to lóg icos
do cana l vag ina l du ran te a punção ( Ne isse r ia gono r rhoeae ,
Ch lamidya t rachomat is , s t rep tococcus grupo B – St rep tococcus
aga lac t iae ) . As compl icações da BVC são seme lhan tes as da
amn iocen tese inc lu indo sangrame n to , in fecção e pe rda fe ta l
(PROENÇA, 2014) .
Figura 3 – Cole ta do tec ido t ro foblást ico via TA/TC
h t t p : / / s l i d e p l a ye r . c o m . b r / s l i d e / 3 5 0 1 7 3 /
A co rdocentese fo i desenvo lv ida por Daf fos e t a l . na
F rança em 1983 . Esses au to res t inham como maio r p reocupação
as doenças in fec tocon tag iosas e , po r se r l i v re o abor to nes te pa ís
29
em qua lque r f ase da ges tação , o t re inamento na ob tenção de
sangue de fe tos compromet idos fo i rap idamente adqu i r i do . Es ta
técn ica , (F IGURA 4 ) , ex ige uma sens ib i l idade pa ra loca l i za r o
loca l de imp lan tação do co rdão umb i l i ca l na p lacen ta , é rea l i zada
a punção do vaso umbi l i ca l e , é ind icada quando a idade
ges tac iona l é avançada dema is pa ra a rea l i zação da
amn iocen tese . Pode se r rea l i zada a pa r t i r de 18 semanas de
idade . Apresen ta r isco de pe rda fe ta l em to rno de 0 ,5 a 1 ,9%.
En t re tan to , ap resen ta uma van tagem de ob tenção do ca r ió t ipo em
poucos d ias . A punção é fe i ta no abdômen mate rno e , se rve
também pa ra t ransp lan te de hemác ias , ap l i cação d e d rogas e
poss ive lmen te , em um b reve fu tu ro , te rap ia gên ica a t ravés do
t ransp lan te de cé lu las . Em caso de ges tan te Rh negat i vo e fe to Rh
pos i t i vo , há o r i sco de sens ib i l i zação do s i s tema imun i tá r io
mate rno . Após a punção , o mater ia l é encam inhado pa ra o
labo ra tó r io pa ra o exame convenc iona l , o car ió t ipo com
bandeamento - onde é obse rvado a d i s t r ibu ição das bandas dos
genes na ex tensão dos c romossomos (BATISTA e t a l . , 2012 ) .
Em mu lhe res pos i t i vas pa ra HIV , os métodos invas ivos
deve rão ser d i scu t idos com o seu méd ico a f im de reduz i r a
pequena chance , que o v í rus possu i , de se r t ransm i t ido ao fe to
du ran te as técn icas (BRASIL, 2010).
F igura 4 - Colhe i ta sangue fe ta l a t ravés do cordão umbi l ica l
h t t p : / / e m b r i o l o g i a b i o m e d . b l o g s p o t . c o m . b r / 2 0 1 6 / 0 6 / c o r d o c e n t e s e . h t m l
30
A pa r t i r desses métodos invas ivos pa ra a ob tenção de
amost ra b io lóg ica fe ta l , é rea l i zada a ex t ração do DNA fe ta l e ,
es te pode se r ana l isado po r d i f eren tes fe r ramen tas da b io log ia
mo lecu la r , com destaque pa ra as técn icas de Reação em Cade ia
da Po l imera se (PCR) e de Hib r id i zação com F luo rescênc ia in
S i tu (F ISH) .
6 .1 PCR
Segundo CAMARGO, S ILVA (2011) , apud MOLINA e t a l ,
(2004 ) a reação em cade ia po r po l imerase , em ing lês po lymerase
cha in reac t ion , é uma técn ica de b io log ia mo lecu la r so f i s t icada
que pe rmi t iu um ráp ido desenvo lv imento do es tudo de sequênc ias
espec í f icas de ác idos nuc lé i cos .
Es ta técn ica p romove po r me io de va r iação de
tempera tu ra a dup l icação de cade ias de DNA i n v i t ro . Es ta reação
envo lve os qua t ro nuc leo t ídeos (dNTP’s ) do DNA, sequênc ias
i n ic iado ras (p r imers ) e uma DNA po l imerase te rmoestáve l (Taq
po l imerase ) , to rnando ass im, poss íve l a ob tenção de mu i tas
cóp ias de uma sequênc ia espec í f ica de ác ido nuc lé ico a pa r t i r de
uma f i ta mo lde (SOUZA e t a l . , 2008) .
É um método mo lecu la r e a l te rna t i vo para de tecção das
c romossomopat ias ma is comuns como as t r i ssomias do 13 , do 18
e do 21 , ass im como pa ra a de tecção de anomal ias l i gadas aos
c romossomos sexua is (SANSEVERINO e t a l . , 2001 )
Como es ta técn ica pe rm i te de te rm ina r p recocemente o
sexo fe ta l no p lasma mate rno (MARTINHAGO e t a l . ,2006 ) , ou se ja ,
é um método não invas ivo , e la vem sendo desc r i ta po r
l abo ra tó r ios de d i f e ren tes pa íses , com resu l tados mu i to p rec isos
(COSTA e t a l . , 2001 ; SEZIKAW A; KONDO; IW ASAKI , 2001) .
Pesqu isadores f ranceses t raba lha ram com 121 amost ras de
mu lhe res no p r ime i ro t r imest re da g rav idez (méd ia = 11 ,8
semanas) , ob tendo 100% de concordânc ia , enquanto no Japão , o
g rupo de Sez ikawa e t a l . (2001) ana l isou 302 amost ras de
31
mulhe res com grav idez en t re a 7 ª e a 16ª semana , havendo e r ro
em apenas 4 resu l tados , t odos fa l so -negat i vos , ou se ja , não se
de tec tou a p resença de DNA do c romossomo Y, mas o fe to e ra
mascu l ino . Nestes casos as pac ien tes es tavam com 9 (2
pac ien tes) , 11 e 13 semanas de ges tação , respect i vamente .
6.2 F ISH
A técn ica de F ISH (F luo rescen t in s i tu Hyb r id iza t ion )
u t i l i za sondas c romossômicas de f l uo rescênc ia espec í f icas
capazes de iden t i f i ca r aneup lo id ias ma is comuns du ran te o
pe r íodo ges tac iona l . Pode -se u t i l i za r tan to os c romossomos
sexua is (X e Y) quan to os au t ossomos (não sexua is ) (ANDARI ,
2015 ) .
Es ta tecno log ia faz a de tecção do número de cóp ias e a
loca l i zação c romossômica de uma de te rm inada sequênc ia de DNA
nos c romossomos de um ind iv íduo . (BORGES -OSÓRIO;
ROBINSON, 2013) . Base ia -se na capac idade de uma f i ta s imp les
de DNA, u t i l i zada como sonda (p robe) , h ib r id iza r -se a uma
sequênc ia comp lementar de in te resse . As sondas espec í f icas de
DNA são marcadas pe la ad ição de nuc leo t ídeos marcados com
f luo rocromos (F IGURA 5 ) . (NEVES; GUEDES, 2012 ) .
Figura 5 – Verificação em lâmina através de microscópio epifluorescente
h t t p : / / w w w . w e l l . o x . a c . u k / _ a s s e t / im a g e / f i b r e f i s h . j p e g
32
São 3 os t ipos de sondas u t i l i zadas: cen t romér i cas , de
sequênc ia ún ica c romossomo -espec í f ica e te lomér icas . As sondas
cen t romér i cas são cons t i tu ídas po r sequênc ias de DNAs
repe t i t i vos , loca l i zados no cen t rômero e na reg ião
pe r icen t romér i ca de um de te rminado c romossomo, sendo
u t i l i zadas para d iagnost ica r as s índ romes aneup lo ides ma is
comuns que são t r i ssomia 13 , 18 e 21 , pe lo es tudo de cé lu las
in te r fás icas ob t idas de amost ras de v i los idade co r iôn ica ou
amn iocen tese . As sondas de sequênc ia ún ica c romossomo -
espec í f icas são espec í f icas pa ra um locus . Ú t i l pa ra de tec ta r
de leção ou dup l i cação de genes . Nas sondas te lômer icas é
pe rm i t ida a aná l ise sub te lomér i ca de cada c romossomo po r me io
de apenas uma lâm ina de m ic roscop ia po r pac ien te , sendo ú te is
pa ra iden t i f i ca r pequenas a l te rações sub te lomér icas pouco
pe rcep t íve is , ta is como de leções e t ra ns locações, em uma
pequena, mas s ign i f i ca t i va pa rce la de c r ianças com de f ic iênc ia
menta l inexp l i cáve is . (BORGES -OSÓRIO; ROBINSON, 2013 ) .
A técn ica de F ISH é u t i l i zada na sexagem de embr iões ,
d iagnóst ico de t rans locações e p r inc ipa lmente no d iagnóst ico de
aneup lo id ias (GERAEDTS; DE WERT, 2009; S IMPSON, 2010;
SCRIVEN e t a l . , 2011 ) . Des tacando, po r es te mé todo é poss íve l
d iagnost ica r doenças metabó l i cas (D is t ro f ia Muscu la r de Duchene,
Doença de Tay -Sachs , en t re ou t ras ) ; deso rdens hemato lóg icas ,
p r inc ipa lmente as hemog lob inopa t ias ( ta lassemia e anem ia
fa l c i f o rme) ; d is tú rb ios da coagu lação (hemof i l ia A e B , doença de
Von W i l leb rand , t romboc i topen ia a lo imune, pú rpu ra
t romboc i topên ica au to - imune e id iopá t i ca , en t re ou t ras ) .
(FONSECA, 2017 ) .
A S índ rome de D iGeorge ( de l em 22q11 .2 ) é causada po r
uma mic rode leção e ca rac te r i za -se por um espec t ro feno t íp i co
bas tan te amp lo , com ma is de 180 achados c l ín i cos já desc r i tos do
pon to de v i s ta f ís i co e compor tamenta l . É cons ide rada uma das
s índ romes de m ic rode leção genét i ca ma i s f requentes em seres
humanos e a tua lmen te pode se r d iagnost icada po r me io de F ISH.
33
Va le ressa l ta r que es ta técn ica apresen ta como l im i tação
o fa to de pe rm i t i r que apenas um pequeno número de
c romossomos possa se r obse rvado, há também a poss ib i l idade de
oco r re r sob repos ição de s ina is , d i f i cu l tando a le i tu ra e causando
e r ros de d iagnóst ico (SCRIVEN e t a l . , 2011 ) .
F ISH pe rmi te d iagnost ica r , também, leucemias a t ravés da
de tecção de t rans locação por me io de sondas, sendo as ma is
comuns as cen t romér icas , te lomér i cas , po r isso , pa ra ap l icação
des ta técn ica é necessá r io um conhec imento p rév io da reg ião
envo lv ida na abe r ração c romossômica . (LAUS, 2008 ) .
34
7 AS PEC TOS ÉTIC OS
A é t ica ex is te há ma is de 2 .500 anos , desde an tes da
c i v i l i zação g rega e , segundo Cohe n (2008) , a é t ica já dever ia
ex is t i r desde os p r ime i ros ances t ra i s pa ra ga ran t i r as boas
re lações humanas . A é t ica base ia -se na p reocupação com a v ida
humana , va lo r i zando e en tendendo como me lho r p rocede r d ian te
de uma de te rminada s i tuação . A tua de fo rma a p repa ra r o ser
humano pa ra ex t ra i r bene f íc ios da evo lução na c iênc ia sem fe r i r a
i n tegr idade humana , ten tando busca r uma ha rmon ia en t re todas as
c renças, popu lações, c iênc ia e gove rno . Demonst ra o que se pode
faze r e para le lamente o que se deve faze r . Com o adven to da
gené t i ca a é t ica p rec isou so f re r adequações e passou , com a
c iênc ia , se r t ra tada como b ioé t i ca .
A é t i ca compreende a rea l idade de cada popu lação ,
acompanha o desenvo lv imen to de cada nação, respe i tando a
d i ve rs idade en t re os povos sem pe rde r sua hegemon ia e sua
essênc ia p r imord ia l que é a va lo r i zação do bem comum a todos e
das le is na tu ra is . Ass im sendo , cada governan te ado ta
de te rm inadas med idas é t icas de acordo com a rea l idade da
popu lação loca l .
Desde que a ousad ia da c iênc ia chegou à p rodu ção de
seres humanos , o mundo e o B ras i l d iscu te a necess idade de se
c r ia r cód igos de é t i ca pa ra acompanhar es ta evo lução no que d iz
respe i to à rep rodução humana e man ipu lação gené t ica . (RASKIN,
1995 ) .
Um grande exemp lo dessa d ive rs idade é t i ca é a pos ição
que e la assume dent ro das necess idades de cada g rupo
soc ia l /popu lac iona l se p reocupando com os va lo res humanos,
como po r exemp lo na Ch ina é p ro ib ido qua lque r t i po de exame
so f is t i cado , re lac ionado a sexagem fe ta l an tes da 10 ª semana de
ges tação , por con ta das demas iadas ocor rênc ias de abo r tos que
acon tec iam nes te pe r íodo , por mot i vo de não ace i ta rem es ta r
ges tando men inas . É pe rmi t ido , a sexagem fe ta l , após a 11 ª
35
semana e po r me io de u l t rassonogra f ia . Já no B ras i l , es ta técn ica
é o fe rec ida po r d i ve rsos lab o ra tó r ios a pa r t i r da 7 ª semana de
ges tação . (ROMÃO e t a l . , 2012 ) .
No d iagnóst ico p ré - imp lan tac iona l , é poss íve l po r me io de
rep rodução ass is t i da a esco lha de carac te r ís t i cas ou a té mesmo o
sexo do fe to . Po rém, no B ras i l a inda não ex is te uma le i que p ro íba
es ta a t i tude , mas o Conse lho Fede ra l de Med ic ina , en tendeu como
não é t i co , BRASIL (2010 ) , e c r iou a Reso lução 1957 /2010 que
de te rm ina a p ro ib ição da sexagem fe ta l bem como esco lha de
carac te r ís t i cas b io lóg icas do fu tu ro f i lho (eugen ismo – busca do
f i lho pe r fe i to po r se leção ) , exce to quando se t ra ta r de doenças
l i gadas ao sexo e aos c romossomos 13 , 18 e 21 . Já nos Es tados
Un idos a c l ín ica Fe r t i l i t y Ins t i tu tes de Los Ange les , em 2009 ,
o fe rec ia a casa is que que r iam te r f i lhos a chance de
carac te r ís t i cas , como co r dos o lhos , a l t u ra e co r de cabe lo . (O
ESTADÃO, 2009 ) .
Ou t ras fo rmas de in te rp re tação da é t i ca são encont radas
em s i tuações de l icadas , como no abo r to e em caso de d iagnós t i co
gené t i co pos i t i vo pa ra uma de te rm inada anoma l ia , em cada pa ís .
No B ras i l o abo r to , desde 1940 , como c i tado an te r io rmente , só é
pe rm i t ido em casos de es tupro e nos casos em que es te se ja a
ún ica fo rma de sa lva r a v ida da ges tan te (a r t i go 128 do Cód igo
Pena l B ras i le i ro ) , f o ra essas duas s i tuações é cons ide rado c r ime
(a r t i go 124 , 125 , 126 e 127 do Cód igo Pena l B ras i le i ro ) , a
ges tação p rec isa te r a té 20 semanas e o fe to pesa r a té 500
g ramas , con fo rme BRASIL (1940 ) . No abor to , po r es tupro , bas ta a
dec isão da mu lher pa ra se r rea l i zado , sem necess i ta r de rea l i za r
bo le t im de oco r rênc i a . Segundo uma no rma técn ica do Min is té r io
da Saúde, o hosp i ta l não pode ex ig i r nenhuma au to r i zação
jud ic ia l , todav ia , na p rá t ica não é ass im que acon tece . As
ins t i tu i ções com perm issão pa ra rea l i za r ta l p rá t i ca p re fe rem
rea l i zá - la amparados da le i , pa ra q ue possam lhes se r
assegu rados, tan to à mu lhe r quanto à ins t i tu ição , um amparo
leg i t imado (REPORTER, 2017 ) .
36
Em 12 de ab r i l de 2012, o Sup remo T r ibuna l dec ide po r
o i to vo tos a do is que abo r to de fe to anencé fa lo não é c r ime,
podendo se r rea l izado po r equ ipe méd ica , ass im, a ges tan te não
necess i ta rá de permissão jud ic ia l pa ra rea l i za r o abor to , bas tando
apenas um d iagnóst ico de anence fa l i a pa ra rea l i za - lo , nes ta ,
tecn icamen te não se faz re fe rênc ia ao abo r to mas s im a
an tec ipação te rapêu t i ca do pa r to (ESTADÃO, 2012 ) .
Em Por tuga l , desde 2007, o abo r to é perm i t ido para casos
de ma l fo rmação fe ta l , mesmo não possu indo c o r re lação com
anence fa l ia , es tup ro , r i sco de mor te pa ra a mãe e in te r rupção
vo lun tá r ia du ran te as p r ime i ras 10 semanas de ges tação , com
tan to que a mu lhe r se ja ob r iga to r iamente ins t ru ída du ran te o
aconse lhamento , de ixando -a esc la rec ida quanto aos r i scos a sua
saúde e após um pe r íodo de re f lexão pessoa l , pe rmi t indo a mu lhe r
op ta r ou não pe lo abo r to . Es ta le i f o i a r t i cu lada pa ra reduz i r os
r i scos de abo r tos c landest inos rea l i zados na Espanha po r
po r tuguesas (RUBIO -MARÍN, 2017 ) .
Mesmo com tan ta d i ve rs idade e va r iadas fo rmas de
in te rp re tação de cada gove rnan te sob re a é t i ca , e la se apo ia em
p r inc íp ios ex is tenc ia i s v i ta i s dos qua is tem c omo base a p ro teção
da in tegr idade da va r iação genét i ca e feno t íp i ca , bem como
também a vo lun ta r iedade de cada ind iv íduo para a rea l i zação de
qua isque r que se jam os tes tes genét i cos e a segurança e
p reservação de cada pac ien te (BE IGUELMAN, 1997 ) .
A c iênc ia tem se empenhado a rduamen te pa ra to rna r a
v ida humana ma is saudáve l e d igna . Compreende r o co rpo
humano , sua comp lex idade e func iona l idade , sempre fo i um
desa f io desde o An t igo Eg i to a té os d ias a tua is , po rém, a é t ica
nunca pode rá se r de ixada de lado , po i s se i sso acon tece r se r ia o
caos b io lóg ico e as pessoas passa r iam, a qua lque r cus to ,
sa t is faze rem seus dese jos in te r io res sem se p reocupa rem com o
ve rdade i ro sen t ido do ex is t i r . Do pon to de v is ta é t ico , cabe a cada
ind iv íduo d isce rn i r o que é bom ou ma l pa ra s i mesmo, desde que
i sso não in te r f i ra na v ida de ou t rem, po is o se r humano possu i
37
uma inc l inação pa ra u t i l i za r s i tuações benéf icas em p ro l de s i
mesmo. O gove rno de cada nação tem como ob je t i vo , t raba lha r
pa ra que a é t ica se ja mant ida de aco rdo com a c u l tu ra de cada
pa ís , sem desva lo r i za r a v ida humana. Neste un ive rso de
idea l i zações e de fesa de in te resses p róp r ios , uma f rase bem
an t iga , de Pau lo (B ÍBLIA , 1 Co r ín t ios , 6 , 12 ) deve ser lembrada:
“Tudo me é permi t ido , po rém nem tudo me
convém. Tudo me é pe rm i t ido , mas eu não me
de ixare i dominar po r co isa a lguma” .
38
8 CONCLUSÃO
Este es tudo teve por ob je t i vo ap resen ta r a lgumas técn icas
u t i l i zadas no d iagnóst ico gené t i co p ré -na ta l , a lém de d iscu t i r as
imp l i cações é t i cas dessa tecno log ia .
Os métodos não invas ivos (u l t rassonogra f ia ou ecogra f ia ,
dosagem de a l f a - fe top ro te ína no so ro mate rno ) , po r não
ap resen ta rem nenhum r isco nem a ges tan te quanto ao
embr ião / fe to , são os ma is ind icados pa ra se rem rea l i zadas, sa lvo
em s i tuações em que e las se j am o l im i te pa ra a de tecção de
a lgumas anoma l ias .
O d iagnóst ico gené t i co p ré - imp lan tac iona l deve rá se r
u t i l i zado pa ra ev i ta r um embr ião por tado r de desordens genét icas ,
ano rma l idades c romossômicas ou ma l fo rmações congên i tas . É
rea l i zado em embr iões fe r t i l i zados em labora tó r ios e ind icado
quando a mu lhe r tenha ma is de 36 anos e pa ra casa is que têm
r i sco fami l ia r de de te rm inadas doenças.
Os mé todos invas ivos deve rão se r u t i l i zados quando os não -
invas ivos não fo rem su f ic ien tes pa ra se rea l i za r um d iagnóst i co
p rec iso , e f i caz , respe i tando a idade ges tac iona l i nd icada para
cada método a ser rea l i zado .
Pa ra os p ro f iss iona is da á rea b ioméd ica cabe compreender
que doença e mor te são do is para le los en t re s i , po rém que se
c ruzam quando o assun to em ques tão se re fe re a fa to res de r isco .
Po r me io de d iá logo a mu lhe r g ráv ida vê -se ce rcada po r uma rede
de v ig i lânc ia cons tan te de seu co rpo passando a se r t o ta l
responsáve l , não somente pe la sua saúde , mas, também, pe la
ges tação de uma nova v ida saudáve l . Po r tudo isso , o d ia gnós t i co
gené t i co p ré -na ta l vem a se r a p r inc ipa l f e r ramen ta u t i l i zada nas
inves t igações de r i sco ges tac iona l .
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