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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS
CEEBJA GUARAPUAVA
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II E MÉDIO
GUARAPUAVA2012
SUMÁRIO1 APRESENTAÇÃO ….......................................................................................... 05
1.1 Objetivos da Instituição ….......................................................................... 05
2 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR ….................................... 07
2.1 Dados Históricos da Instituição …............................................................. 07
2.2 Cidade de Guarapuava …........................................................................... 09
3 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR …......................................... 15
3.1 Distribuição de Funções …......................................................................... 15
3.1.1 Professores …...................................................................................... 15
3.1.2 Funcionários …................................................................................... 20
3.2 Caracterização da Comunidade Escolar …................................................ 21
3.3 Os espaços escolares e a infraestrutura ….................................................. 37
3.3.1Condições Físicas e Pedagógicas ….................................................... 37
3.3.2 Resultados Educacionais do CEEBJA Guarapuava …....................... 40
3.3.3 Plano de Capacitação Continuada do Corpo Docente e Funcionários 41
4 FUNDAMENTAÇÃO …....................................................................................... 41
4.1 Concepção de Homem …............................................................................ 41
4.2 Concepção de Mundo …............................................................................ 42
4.3 Concepção de Sociedade …....................................................................... 42
4.4 Concepção de Conhecimento …................................................................. 43
4.5 Concepção de Educação …........................................................................ 44
4.6 Concepção de Escola …............................................................................ 45
4.7 Concepção de Cultura …............................................................................ 47
4.8 Concepção de Trabalho …......................................................................... 48
4.9 Concepção de Tecnologia e Contribuição no Processo EnsinoAprendizagem …........................................................................................................ 49
4.10 Concepção de Cidadania …...................................................................... 50
4.11 Concepção de Ciência ….......................................................................... 53
4.12 Concepção de Adolescência …................................................................ 54
4.13 Concepção de Ensino e Aprendizagem …................................................ 55
4.14 Concepção de Currículo …....................................................................... 56
4.15 Concepção de Aprendizagem …............................................................... 58
4.16 Concepção de Avaliação …....................................................................... 58
4.17 Concepção de Letramento …................................................................... 59
4.18 Temas Socioeducacionais …..................................................................... 60
4.18.1 História e Cultura AfroBrasileira e Indígena (Lei n.º 11.645/2008).. 61
4.19 Realidade Global da Educação no País …................................................ 62
5 PROPOSIÇÕES DE AÇÕES ….......................................................................... 69
5.1 Atribuições …............................................................................................. 69
5.1.1 Compete ao Diretor …......................................................................... 69
5.1.2 Compete ao Diretor Auxiliar …........................................................... 71
5.1.3 Compete ao Professor Pedagogo ….................................................... 71
5.1.4 Compete ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas Descentralizadas …....................................................................................................
74
5.1.5 Compete ao Coordenador Itinerante …............................................... 75
5.1.6 Compete ao Coordenador de Exames …............................................. 75
5.1.7 Compete aos Docentes da EJA …....................................................... 76
5.1.8 Compete ao Secretário(a) …................................................................ 78
5.1.9 Compete ao Agente Educacional I …................................................. 79
5.1.10 Compete ao Agente Educacional II ….............................................. 80
5.1.11 Compete aos Operadores e/ou Técnicos …...................................... 81
5.2 Plano de Ação do Estabelecimento de Ensino – 2012 …........................... 82
5.3 Plano de Ação Equipe Pedagógica …..................................................... 85
5.3.1 Plano de Ação Equipe Pedagógica – SEDE …................................. 88
5.3.2 Plano de Ação Equipe Pedagógica – Coordenação Itinerante das APED's ….................................................................................................................. 89
5.4 Plano de Ação Agente Educacional I e II …........................................... 90
5.4.1 Compete aos Agentes Educacionais I …............................................. 91
5.4.2 Compete aos Agentes Educacionais II …........................................... 92
5.5 Plano de Ação– Educação Especial …....................................................... 93
5.6 Plano de Trabalho Docente …................................................................... 99
5.7 O Uso das Tecnologias e Multimeios na Escola ….................................... 101
5.8 Organização do Trabalho Pedagógico ….................................................... 101
5.9 Regime de Funcionamento …..................................................................... 105
5.9.1 Educação de Jovens e Adultos – do perfil aos eixos articuladores … 105
5.10 Equipe Multidisciplinar e a Articulação na Escola ….............................. 115
5.11 Estágio Profissional não Obrigatório …................................................... 116
5.12 Programa Brigada Escolar....................................................................... 116
5.13 Plano de Avaliação Institucional ….......................................................... 117
5.14 Instâncias Colegiadas …........................................................................... 119
5.14.1 O Conselho Escolar …...................................................................... 119
5.14.2 A APAF …........................................................................................ 119
6. MATRIZ CURRICULAR …............................................................................. 120
6.1 Ensino Fundamental – Fase II …................................................................ 120
6.2 Ensino Médio …......................................................................................... 121
6.3 Calendário Escolar 2012 …........................................................................ 122
7 REFERÊNCIAS ….............................................................................................. 123
8 ANEXOS – PPC's …............................................................................................. 127
1 APRESENTAÇÃO
Um Projeto Educacional é a articulação das intenções, das prioridades e dos
caminhos escolhidos para a realização do trabalho escolar. Desta forma, este projeto tem
por objetivo nortear todas as questões que envolvem o fazer pedagógico da escola e as
suas muitas relações, fruto do esforço coletivo dos professores, alunos, funcionários,
equipe técnica – pedagógica.
Sendo assim, o Projeto Educacional é um instrumento de resistência à
fragmentação do trabalho pedagógico, uma proposta de reorganização e alternativas
para a melhoria da qualidade de ensino do Centro Estadual de Educação Básica para
Jovens e Adultos CEEBJA.
A elaboração do Projeto Político Pedagógico, direciona o trabalho
educativo, visando: Ações conjuntas (altruísmo), benefícios coletivos, formação da força
de trabalho profissional, apropriação de conhecimentos significativos pelos alunos,
mecanismos (alternativas) para o desenvolvimento integral, instrumentos para avaliação
contínua e diagnóstica, reconhecimento da realidade existencial (processo histórico) de
cada um para produção final – o cidadão consciente, estruturado em suas articulações
políticas, sociais e econômicas, capaz de interagir e modificar o seu meio desvinculado
de opressões.
1.1 Objetivos da Instituição
A educação no CEEBJA tem por objetivos:
oferecer ensino gratuito e qualidade aos nossos alunos;
concretizar uma prática de gestão administrativa e pedagógica, voltada à
formação humana direcionada à socialização dos alunos como sujeitos com valores que
possam favorecer o caráter emancipatório de suas ações;
contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos alunos, auxiliando no
exercício da cidadania democrática, articulando cultura, trabalho e tempo;
efetivar o Conselho Escolar como grande articulador do aperfeiçoamento
da gestão democrática da escola;
ampliar a participação de todos os segmentos escolares junto ao Conselho
Escolar;
oferecer ações pedagógicas descentralizadas, efetivadas em situações de
5
evidente necessidade, dirigidas a grupos sociais com perfis e necessidades próprias e
aonde não haja oferta de escolarização;
− priorizar a emancipação do aluno enquanto sujeito pesquisador capaz de
buscar recursos para sua autonomia social;
− preparar para o mundo do trabalho e continuidade dos estudos.
6
2 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Escola/ColégioCEEBJA GUARAPUAVA
EndereçoRua Saldanha Marinho, 2131
BairroBatel
MunicípioGuarapuava PR
Telefone(42) 36237423
Entidade MantenedoraSecretaria de Estado de Educação
NREGuarapuava
Dependência AdministrativaParticular Alugado
Localização( )Campo (X) Cidade
2.1 Dados Históricos da Instituição
São oferecidos neste Centro de Educação Básica para Jovens e Adultos,
Ensino Fundamental Fase II e Ensino Médio, tendo autorização de Funcionamento do
Estabelecimento – Resolução nº 5.126/1986DOE de 10/12/1986, Reconhecimento do
Curso – Ensino Fundamental – Fase II e Médio Resolução nº 14/2009DOE de
17/03/2009 e Renovação do Reconhecimento do Curso Resolução nº 1.123/2010DOE
de 19/05/2010.
O CEEBJA iniciou suas atividades através da resolução 5126/86, de
28/11/1986, vinculado ao Núcleo de Ponta Grossa com o nome de NAES Núcleo
Avançado de Estudos Supletivos de Guarapuava. Atendia inicialmente, exames de
equivalência, exames especiais, 5.ª a 8.ª séries do 1.º Grau, atendendo Guarapuava e
municípios vizinhos.
Em 1990, houve a aprovação do Projeto de Implantação de Estudos
correspondentes às quatro primeiras séries do 1.º Grau e a transformação do NAES em
Centro de Estudos Supletivos de Guarapuava, através da Resolução 3675/90. Deste
modo, passou a ofertar cursos de 1.º e 2.º Graus supletivos – Função Suplência de
Educação Geral, vinculado a SEED. No ano seguinte, houve a criação do NAES de
Pinhão, vinculada ao CES de Guarapuava e o reconhecimento do Curso de 1.º Grau.
Através da resolução n.º 1148/92, houve a descentralização do CES, nos
municípios jurisdicionados ao NRE de Guarapuava e a autorização de funcionamento
dos Programas de Educação Especial (DA) – CES de Guarapuava como um Centro de
Atendimento especializado na Área de Deficiência Auditiva, bem como a autorização de
7
funcionamento de um Centro de Atendimento especializado na Área de Deficiência
Visual conforme a resolução n.º 4092/92.
Em 1994, houve a autorização de funcionamento de um Programa de
Educação Especial Supletivo em nível de Educação Geral na área de Deficiência Mental
e a oficialização do atendimento escola ao deficiente físico, através de Termo de
Cooperação Técnica entre Associação de Deficientes Físicos de Guarapuava e
SEED/CES.
Em 1995, deuse a instalação do CES/POLO.
Em 02/09/98, o CES passou a utilizar a nomenclatura de CEAD – Centro de
Educação Aberta, Continuada, à Distância.
Em 15 de dezembro de 1999, através da resolução n.º 4.561/99, o CEAD
passou a denominarse Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos –
CEEBJA.
Em 2000, iniciouse a discussão da Proposta Pedagógica Semi Presencial,
implantada através da Resolução 2989/2001, DOE 30/01/02, tendo a inclusão do Banco
Estadual de Itens (avaliação com todos os conteúdos processuais) ao final do curso de
cada disciplina para validação destas.
A partir da instrução normativa 03/05 DIE/SEED, a proposta curricular
passa de semi presencial para presencial, sendo extinto o Banco Estadual de Itens.
No ano de 2006, conforme a instrução normativa 02/06 – DEJA, o Ensino
Fundamental – Fase II passa a contemplar a disciplina de Ensino Religioso em caráter
facultativo para o educando, e para o Ensino Médio as disciplinas de Sociologia e
Filosofia em caráter obrigatório. Em 2009 a disciplina de Língua Espanhola passou a
ser ofertada ao aluno em caráter facultativo, conforme Instrução nº 11/2009
SUED/SEED.
8
2.2 Cidade de Guarapuava
Dados Gerais da Cidade de Guarapuava
Altitude 1.120 metros
Anafalbetismo 8,70%
Área da unidade territorial (Km²) 3115,33
Área da unidade territorial (Km²) 3115,33
Clima Clima Subtropical Úmido Mesotérmico Cfb
Densidade demográfica 56,36 hab./km²
Distância da capital 258 km
Eleitores 112409
Estimativa da População 2009 172.728 habitantes
Fuso horário UTC3
9
População ativa 71307
População Urbana 91,30%
Estudantes:
Ensino Infantil ou PréEscola 2.870 alunos
Ensino Fundamental 30.387 alunos
Ensino Médio 7.223 alunosFonte: IBGE/IPARDES
Indicadores Econômicos da cidade de Guarapuava
IDH 0,773 (médio)
PIB – 2007 R$ 2.637.217 IBGE/2007
PIB per capita R$ 16.025 IBGE/2007
Participação no PIB Municipal
Agropecuária 18,00%
Indústria 35,00%
Serviços 47,00%Fonte: IBGE/2007
Dados Históricos do Município
Guarapuava 201 anos
1810 – 2011
Descoberta em 1770 pelos portugueses e fundada em 1810, o nome da
cidade é de origem Tupi Guara (lobo), Puava (bravo). Sua colonização deuse início
entre os Rios Coutinho e o Rio Jordão, na freguesia de Nossa Senhora de Belém em
1819.
Este local foi escolhido para início da colonização porque naquela época se
tinha uma predileção em aproveitarse dos campos, com horizontes amplos, que através
desta característica natural, oferecia facilidade de defesa contra os índios.
Os primeiros povoados iniciaramse nas proximidades de Jaguariaíva, Piraí,
Furnas, Castro, Pouso do Iapó e Ponta Grossa. Cidades formadas ao longo do extenso
caminho sul, até chegarem nas proximidades da região em que se situa hoje o Município
de Guarapuava.
Seu núcleo urbano teve como personagem importante em sua fase inicial o
Padre Francisco das Chagas Lima, que procurou iniciar a ocupação, baseado em alguns
critérios de estética, procurando observar as prescrições contidas na carta régia de 1 de
10
abril de 1809, do Conde Linhares, que já determinava os padrões a serem seguidos pelas
edificações a serem construídas. Como ponto gerador do núcleo citase a Catedral de
Nossa Senhora de Belém, localizada no alto da Bacia do Rio Cascavel, que era um
ponto referencial importante para a sociedade da época.
No ano de 1852, no dia de 17 de julho, o povoado Nossa Senhora de Belém,
foi elevado à categoria de Vila. Em 2 de maio de 1859 foi criada a comarca de
Guarapuava, sendo José Antônio Araújo de Vasconcelos o seu primeiro juiz de direito.
A Vila Nossa Senhora de Belém recebeu foros de cidade no dia 12 de abril de 1871,
pela lei nº 271. De acordo com os estudos e recortes documentais realizados por uma
comissão de historiadores de Guarapuava, a Real Expedição Colonizadora, com cerca de
300 pessoas, comandadas pelo Tenente Diogo Pinto de Azevedo Portugal, chegou aos
campos de Guarapuava no dia 17 de junho de 1810.
Tenente Diogo Pinto de Azevedo Portugal
Comandadas pelo Tenente Diogo Pinto de Azevedo Portugal, após uma
longa viagem, em uma manhã muito fria, cerca de 300 pessoas chegaram aos campos de
Guarapuava no dia 17 de junho de 1810.
Em reconhecimento à colonização e ao comandante da expedição, um
monumento em homenagem a Diogo Pinto de Azevedo Portugal foi instalado, em uma
das rotatórias localizada próxima à entrada da cidade.
Localização
A cidade está localizada à 25°23'36" latitude sul e 51°27'19" longitude oeste,
região denominada centrosul do estado do Paraná, no terceiro planalto, também
chamado de Planalto de Guarapuava. Limitase ao norte com os municípios de Campina
do Simão e turvo, ao sul com o município de Pinhão, à leste com Prudentópolis e Inácio
Martins, e a oeste com Candói, Cantagalo e Goioxim.
Superficie: 3.053.83km²;
Altitude: 1.120 metros acima do nível do mar;
Distância da capital Curitiba: 258km;
Distância do porto de Paranaguá: 361km;
Distância da tríplice fronteira em Foz do Iguaçu: 389km;
Curiosidade: “O município de Guarapuava já foi um dos maiores do Brasil
em extensão territorial, ocupando mais da metade de todo o estado do Paraná a partir da
11
região central até o oeste do Estado e também todo oeste de Santa Catarina; Fazendo
fronteira com o Paraguay, pelas barrancas do rio Paraná, com a Argentina, pelo rio
Iguaçu, e divisa com o Rio grande do Sul, pelo território do oeste Catarinense.”
(http://pt.wikipedia.org/wiki/Guarapuava).
Clima
Guarapuava é uma das cidades mais frias do Paraná. Graças a sua altitude de
mais de 1000m a média das máximas em Janeiro é apenas 26,9ºC. Já no mês mais frio,
Julho, a média das mínimas é 8,5ºC. A média anual é aproximadamente 16ºC.
O clima Cfb, mesotérmico sempre úmido, garante chuvas constantes e bem
distribuídas ao longo do ano, somando quase 2000mm anuais.
Clima Subtropical Úmido Mesotérmico (Cfb), verões frescos (temperatura
média inferior a 22° C), invernos com ocorrências de geadas severas e freqüentes
(temperatura média superior a 3° C e inferior a 18° C), não apresentando estação seca.
População
As primeiras famílias de Guarapuava foram formadas e influenciadas, em
grande parte, a partir dos tropeiros oriundos de Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande
do Sul que utilizavam a cidade como rota e chegaram na região já nos primórdios de sua
colonização. Estes eram na sua maioria descendentes de poloneses, italianos,
ucranianos e alemães.
Em meados de 1950 chegaram ao município uma grande quantidade de
imigrantes de origem germânica, vindos de uma região chamada Suábia. Fundaram
diversas colônias no local que hoje se encontra o distrito de Entre Rios que conserva até
hoje a cultura e a tradição alemã.
No ano de 2009 a população do município era estimada em 172.728
habitantes pelo IBGE (dado fornecido pelo IBGE).
A população em Guarapuava se mantém estável desde a década de 90.
População Censo Crescimento
Censo 1991 159.634 #
Censo 1996 155.331 2,7%
Censo 2000 155.161 0,11%
Censo 2007 164.567 +6,06%Fonte: IBGE/2007
12
Composição da PopulaçãoGênero População Porcentagem
Masculino 79.897 48,54%
Feminino 83.421 51,46%
Total 164.567 100%Fonte: IBGE/2007
EtniaEtnia/Raça: Porcentagem:
Branca 79,61%
Parda 18,87%
Negra 1,02%
Índigena 0,36%
Oriental Menor que 0,1%Fonte: IBGE/2000
Analfabetismo Faixa Etária: Analfabetismo:
De 15 a 19 anos 2%
De 20 a 24 anos 3,2%
De 25 a 29 anos 4,3%
De 30 a 39 anos 5,6%
De 40 a 49 anos 9,8%
De 50 ou mais 22,5%
Total 8,7%Fonte: IBGE/2000
Turismo
Guarapuava tem como principais pontos turísticos a Catedral de Nossa
Senhora de Belém, o Distrito de Distrito de Entre Rios, a Lagoa das Lágrimas, o Museu
Entomológico Hipólito Schneider, o Museu Municipal Visconde de Guarapuava, o
Parque do Lago, o Parque Recreativo Jordão, o Parque Municipal das Araucárias, o
Parque Municipal São Francisco da Esperança, o Salto Curucacas, a Praça da Fé, a
Reserva Indígina Marrecas, o Salto Marrecas e o Santuário de Schoenstatt.
Esporte
Guarapuava possui atletas de alto nível, inclusive com destaque nacional em
modalidade como tiro esportivo, ciclismo e kickboxing. Também tem participações
notáveis em campeonatos estaduais. No ano de 2006, o Ginásio Municipal Prefeito
13
Joaquim Prestes foi totalmente reformado e adaptado aos padrões internacionais,
tornandose assim um exemplo para outras cidade do Paraná e do Brasil. Com esta
reforma foi possível receber diversos eventos esportivos, que antes ficavam restritos a
ginásios com menor capacidade de público e menor estrutura para os atletas.
Educação
No ano de 2006 funcionavam em Guarapuava 42 escolas municipais de
ensino fundamental e outras 26 escolas estaduais de ensino médio. Até o ano 2000
apenas uma instituição de ensino superior funcionava na cidade, sendo que, desde então,
novas faculdades particulares foram inauguradas, totalizando 1 universidade pública e 3
faculdades particulares em 2007.
Universidade Estadual do CentroOeste UNICENTRO
Faculdades Campo Real
Faculdades Guarapuava
Faculdades Guairacá
Bairro Batel
Situado próximo ao anel central, com diversos segmentos comerciais: lojas,
clínicas, hospital, materiais de construção, farmácias, escolas profissionalizantes,
panificadoras, supermercados, escolas Municipal e Estadual de Ensino Fundamental e
Médio. O bairro tem acesso e infraestrutura privilegiada, com transporte coletivo,
comércio e muitas residências. Tornandoo assim um lugar agradável de viver, morar e
trabalhar.
É neste bairro que se encontra localizada a sede do Centro Estadual de
Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA Guarapuava, sendo um referencial de
educação e compromisso social para toda a comunidade guarapuavana e dos municípios
vizinhos.
Sendo a Educação um meio pelo qual a sociedade se reproduz e se renova
cultural e socialmente, O Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos,
ocupa seu espaço de autonomia, fazendo mais que adotar diretrizes assume sua “marca”,
sua identidade própria, adquire personalidade e define o caminho a percorrer para
melhoria da qualidade de ensino ministrada em seu interior e nas Ações
Descentralizadas.
14
3 DIAGNÓSTICO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR
Número de alunos: 1424
Número de turmas: SEDE: 46 APED: 09
Professores: QPM: 36 PSS: 15
Pedagogos: QPM: 03
Agentes Educacionais I: QFEB: 08
Agentes Educacionais II: QFEB: 09
Diretor: QPM: 01
Diretor Auxiliar: QPM: 01
3.1 Distribuição de Funções
3.1.1 Professores
1
Nome: Adriana Cristina BernardimFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação Letras PortuguêsEspecialização: Literatura Brasileira Educação de Jovens e Adultos
2
Nome: Alciléia Maria Mussy SchipanskiFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação HistóriaEspecialização: Teoria e Produção Conhecimento Histórico Promoção da Aprendizagem
3Nome: Anézia Cristina de Souza MarcondesFunção: Professora do Ensino MédioFormação: Graduação – BiologiaEspecialização: Interdisciplinaridade na Educação
4
Nome: Benhur Alexandre dos SantosFunção: Professor de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação MatemáticaEspecialização: Ensino de Matemática
5
Nome: Bernardina Morgado de AragãoFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – Letras – Português/Inglês e suas respectivas literaturasEspecialização: Fundamentos da Educação
6
Nome: Carla Maria de SchipperFunção: Profª de Apoio à Comunicação Alternativa – PACAFormação: Graduação Letras Especialização: Psicopedagogia;Educação para Portadores de Necessidades Educacionais Especiais – Inclusão Escolar;Literatura em Língua Portuguesa;Mestrado: Em Educação
7Nome: Carlos Eduardo BussFunção: Professora de Ensino Médio
15
Formação: Graduação BiologiaEspecialização: Mestre em Ciências Biológicas
8
Nome: Catarina Sirlei LaurentinoFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação GeografiaEspecialização: Análise Ambiental Educação de Jovens e Adultos
9
Nome: Celma Maria de Faria DominicoFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação MatemáticaEspecialização: Ensino de Matemática
10Nome: Daili Terezinha MeiraFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação Português
11Nome: Danielle Vaz CardozoFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação Química
12Nome: Darly Tereza Marcondes PawlinaFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – GeografiaEspecialização: Educação de Jovens e Adultos
13
Nome: Dirlene Sanson BussFunção: Profª de Apoio Permanente PAPEFormação: Graduação HistóriaEspecialização: Educação Especial
14Nome: Dominique Acirima Schio de OliveiraFunção: Professora de Ensino Fundamental – Fase II Formação: Graduação em História
15Nome: Dorotéia Zai PotulskiFunção: Professora de Ensino Fundamental – Fase II Formação: Graduação – Letras AngloEspecialização: Língua Inglesa
16
Nome: Edson DreviskiFunção: Professor de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – CiênciasHabilitação em BiologiaEspecialização: Educação Ambiental
17
Nome: Elisabete MogalskiFunção: Professor de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – Letras PortuguêsEspecialização: Educação de Jovens e Adultos
18
Nome: Elisabeth GuntzelFunção: Prof.ª de Apoio Permanente PAPEFormação: Graduação PedagogiaEspecialização: Didática Educação Especial
19
Nome: Elizete de Fátima Almeida SimãoFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação HistóriaEspecialização: Educação Orientação e Supervisão Educação de Jovens e Adultos
Produção e Teoria do Conhecimento Histórico
20
Nome: Fernando Henrique AlonsoFunção: Professor de Ensino MédioFormação: Graduação – Matemática Habilitação em FísicaEspecialização: Ensino da Matemática Educação de Jovens e Adultos
21
Nome: Florivaldo Quinzini JúniorFunção: Professor de Ensino MédioFormação: Graduação FilosofiaEspecialização: Filosofia e Sociologia – Um Diálogo Interdisciplinar Educação de Jovens e Adultos
22
Nome: Gilberto Giovani CoutoFunção: Professor de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – LetrasEspecialização: Fundamentos da Educação
23
Nome: Giseli DucatFunção: Professor de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – QuímicaEspecialização: Mestrado Química Aplicada
24
Nome: Helena Sofia Virmond AbdanurFunção: Profª de Apoio em Sala de Aula – PASAFormação: Graduação – Educação FísicaEspecialização: Educação Especial
25
Nome: Jane Aparecida VenturaFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – Letras EspanholEspecialização: Educação Especial e Literatura Espanhola
26
Nome: Jeverson DranskiFunção: Professora de Ensino MédioFormação: Graduação – FilosofiaEspecialização: Ensino de História
27
Nome: Jianete Ribeiro Neves de SouzaFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – HistóriaEspecialização: PósIntrodução e Desenvolvimento da América Latina
28
Nome: João Cezar Ribas LustosaFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – HistóriaEspecialização: Teoria e Produção do Conhecimento Histórico
29Nome: Kelly Furlanetto SoaresFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e Médio
30
Nome: Lizmeri Terezinha de Oliveira MercerFunção: Pedagoga SEDEFormação: Graduação – PedagogiaEspecialização: Ensino de Matemática e Ciências de 1.ª a 4ª séries/PDE
31
Nome: Lizandréia PaulukFunção: Pedagoga APEDFormação: Graduação – PedagogiaEspecialização: Supervisão Escolar: Planejamento, Avaliação e Currículo
Nome: Luiz Carlos Camargo
32Função: Professor de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação LetrasAngloEspecialização: Administração, Orientação e Supervisão Educacional
33Nome: Luiz Fernando NunesFunção: Professor de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – Letras Português InglêsEspecialização: Educação Especializado Educação de Jovens e Adultos
34Nome: Maria Aparecida CheratoFunção: Pedagoga SEDEFormação: Graduação – PedagogiaEspecialização: Supervisão Escolar/PDE
35
Nome: Maria das Graças Martins FerreiraFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação GeografiaEspecialização: Matemática e Ciências das séries iniciais Educação de Jovens e Adultos
36Nome: Maria Helena Oliveira Slivak ZanlorenssiFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – PortuguêsEspecialização: Mestrado Estudos da Linguagem
37Nome: Maricleusa Inglês da Silva Função: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – MatemáticaEspecialização: Ensino de Matemática Educação de Jovens e Adultos
38
Nome: Marisa UltsFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação Arte
39
Nome: Mérci Luzia CosmoFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação LetrasAngloEspecialização: Interdisciplinaridade Educação de Jovens e Adultos
40
Nome: Mirela Ramos MoimazFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – Licenciatura Plena em Ciências BiológicasEspecialização: Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
41
Nome: Oni T. Santos de souzaFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – ArteEspecialização: Arte e Educação Psicopedagogia
42
Nome: Oscar Kunio IkedaFunção: Professor de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação MatemáticaEspecialização: Ensino da Matemática
43
Nome: Osório Pawlina FonsecaFunção: Professor de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação MatemáticaEspecialização: Ensino da Matemática/PDE
44
Nome: Pablo AudaFunção: Professor de Ensino MédioFormação: Graduação – Química Licenciatura e BachareladoEspecialização: Educação Matemática Gestão e Educação Ambiental Gestão Escolar
45
Nome: Paulo Fernando GavronFunção: Professor de Ensino Fundamental Fase II Formação: Graduação CiênciasEspecialização: Docência Ensino Superior
46
Nome: Poliana Sanson BussFunção: Professor de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – Ciências BiológicasEspecialização: Educação do Campo
47
Nome: Regina Dolores RodigheroFunção: Intérprete de LibrasFormação: Graduação PedagogiaOrientação EducacionalEspecialização: Gestão da Educação
48
Nome: Sirlei Terezinha Bernardim PapeFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e Médio DiretoraFormação: Graduação CiênciasHabiltação em BiologiaEspecialização: Em Biologia
49
Nome: Stela Maris FrizonFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação Educação FísicaEspecialização: Ensino da Educção Física no Ensino Fundamental
50Nome: Suzamara WeberFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Arte educação
51
Nome: Tatiane Bastos AlvesFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação – MatemáticaEspecialização: Matemática
52
Nome: Tirzá Wilke BernhardFunção: Professora de Ensino MédioFormação: Graduação em Ciências – Habilitação em FísicaEspecialização: Educação de Jovens e Adultos
53
Nome: Valdir SokolovskiFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação em MatemáticaEspecialização: Educação em Matemática Didática e Ensino
54Nome: Victor C. TeixeiraFunção: Profª de Apoio em Sala de Aula – PASA
55
Nome: Wanderléia Risso TomasiFunção: Professora de Ensino Fundamental Fase II e MédioFormação: Graduação HistóriaEspecialização: Didática e Metodologia de Ensino O Direito Educacional no processo EnsinoAprendizagem
Nome: Zilmara Sell Schinemann
56Função: Profª de Ensino Fundamental Fase II e Médio – Diretora AuxiliarFormação: Graduação CiênciasHabilitação em Matemática.Especialização: Matemática Aplicada na Informática
3.1.2 FuncionáriosAgente Educacional I
Nome: Ângela Maria da SilvaEscolaridade: Ensino Médio Completo
Nome: Geraldina dos Santos SinigaliaEscolaridade: Ensino Médio Completo
Nome: Joci Gomes BatistaEscolaridade: Ensino Médio Completo
Nome: Marcelo Machado dos SantosEscolaridade: Ensino Médio Completo
Nome: Nerci Terezinha BuenoEscolaridade: Ensino Médio Completo
Nome: Neusa Nunes da SilvaEscolaridade: Ensino Médio Completo
Nome: Sirlei Ribeiro dos SantosEscolaridade: Ensino Médio Completo
Nome: Vilma Cristina NevesEscolaridade: Ensino Médio Completo
Agente Educacional IINome: Adenilson Barbosa dos SantosEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Secretariado Executivo
Nome: Ana Cláudia de Fátima BernardiniEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em História
Nome: Andréia Cristina de Lima Escolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Biologia
Nome: Cacilda SchimaskiEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Pedagogia
Nome: Deisi Mary Kruger de Souza JoslinEscolaridade: Ensino Médio Completo
Nome: Lindamara do Belém DiosqueEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Administração
Nome: Marcos Cesar dos Santos SecretárioEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Matemática
Nome: Mary Ângela Andreata dos SantosEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Letras Português/Inglês
Nome: Romildo Rios do NascimentoEscolaridade: Ensino Superior Completo – Graduação em Matemática
3.2 Caracterização da Comunidade Escolar
A EJA como o próprio nome diz, referese a educação de jovens e adultos,
no entanto a legislação (Resolução CNE n.° 3/2010, Deliberação 05/10 – CEE e
Instrução n. 03/10SUED/SEED) ampara a matrícula de adolescentes nesta modalidade
de ensino.
Esta exigência proveniente da Resolução 03/10 do CNE/CEB obrigam os
sistemas a cumprirem a determinação, no entanto o Conselheiro Edmilson Lenardão na
sua Declaração de voto junto à Deliberação 05/10 – CEE expõe sua preocupação:
A Educação Escolar, efetivada em estabelecimentos próprios, deve promover o ensino e a aprendizagem; não deve se constituir e local em que ocorra apenas a aglutinação inconsequente de adolescentes, jovens e adultos que, por conta da situação adversa, para lá são encaminhados pretendendose de modo “aparente” demonstrar que tais sujeitos estão socialmente cobertos pela Educação Formal.
Tivemos neste ano também vários adolescentes com quinze anos completos,
encaminhados pelo Juiz da Vara da Infância e Juventude, para cumprir medida
socioeducativa ou com liberdade assistida.
Um dos maiores desafios em relação aos adolescentes é a frequência e
permanência na escola, ou seja sua presença efetiva em sala de aula, estudando e
cumprindo a carga horária diária. O que constatase através de minucioso
acompanhamento feito pela equipe pedagógica, com raras exceções, é via de regra
frequências esporádicas, irregulares sem nenhuma periodicidade.
Quando os pais são avisados da situação, os mesmos se surpreendem, pois,
os filhos saem religiosamente todos os dias para ir à escola. Esta situação é preocupante
pois, estes adolescentes ficando na rua e estão se colocando em situação de risco e
vulnerabilidade. A EJA desta forma acaba assumindo um problema, que o regular
aparentemente resolveu, mas que na realidade o problema agravouse, pois dá a falsa
impressão que estes alunos estão socialmente cobertos pela educação formal.
Constatamos em meados do ano de 2012 a presença de aproximadamente
230 alunos adolescentes matriculados tanto na modalidade individual como no coletivo.
Este quadro vem descaracterizando o perfil do nosso alunado. Nas palavras
ainda do conselheiro acima citado a ausência temporal de políticas públicas mais
eficientes no tratamento de situações pontuais não deve servir como subterfúgio a
medidas amplas que, ao invés de colaborar para a resolução das especificidades
demandadas, amplia o número de pessoas que farão parte do grupo focal.
(LENARDÃO, 2010)
Diante de um quadro de alunado de diferenciada faixa etária, o CEEBJA tem
dentro de suas possibilidades procurado alcançar o seu objetivo maior.
Um dos objetivos primordiais da Educação é elevar a qualidade de vida e a
realização humana. Não seria audacioso dizer que o alunado desta instituição vislumbra
na Educação uma mudança de condição de suas vidas, buscando na formação
educacional uma oportunidade para melhoria da condição técnica como meio para
atingir a dimensão políticosocial.
Embora, haja desafios oriundos tanto dos aspectos citados como dos tempos
de mudança, a escola deve se preparar para enfrentar de forma articulada e integrada
uma nova sociedade que se apresenta, onde o emprego já não existe mais, mas o
trabalho é garantia de dignidade. Nesse contexto é importante considerar os dados sobre
empregabilidade, renda, garantias trabalhistas e acesso à escola de nossos alunos.
Através de pesquisa realizada no ano de 2010, por amostragem, foi possível
conhecer melhor o perfil econômico e profissional dos alunos do CEEBJA, no Ensino
Fundamental – Fase II e Médio.
O gráfico abaixo demonstra o número de alunos matriculados.
É importante destacar que no CEEBJA Guarapuava em anos passados as
matriculas giravam em torno de 3.000 alunos matriculados. Ano a ano observase uma
queda significativa nesse número. Não se pode afirmar que isso seja devido ao sucesso e
permanência dos alunos na idade própria, ou ainda devido à desmotivação em relação às
expectativas de melhor formação com vistas à competitividade profissional.
Neste ano, temos 1.464 matriculados, dos quais aproximadamente 634 são
do Ensino Fundamental – Fase II e 599 do Ensino médio no CEEBJA Sede e nas
APED's são 155 alunos matriculados no Ensino Fundamental – Fase II e 76 no Ensino
Médio.
No Ensino Fundamental – Fase II, na SEDE, temos 26% do alunado do sexo
masculino e 74% do sexo feminino, nas APED's, 58% do sexo masculino e 42% do sexo
CEEBJA SEDE APED TOTAL TOTAL GERAL
0
200
400
600
800
1000
1200
1400
634
155
789
1464
599
76
675
ALUNOS MATRICULADOSALUNOS MATRICULADOS
Ensino Fundamental Fase II e Médio
Ensino Fund.Ensino Médio
Alunos Matriculados
Núm
ero
de a
luno
s
feminino.
Para o Ensino Médio, na SEDE, observamos: 44% do sexo masculino e 56%
do sexo feminino, nas APED's, 38% do sexo masculino e 62% do sexo feminino. Desta
forma, é significativa a presença da mulher nas turmas de EJA.
Conforme gráfico abaixo:
SEDE
APED's
Masculino Feminino
0%
20%
40%
60%
80%
100%
26%
74%
SEXOSEXO
Ensino Fundamental Fase II
Sexo
%
Masculino Feminino
0%
20%
40%
60%
80%
100%
44%
56%
SEXOSEXO
Ensino Médio
Sexo
%
No gráfico abaixo, podemos visualizar a faixa etária e o percentual relativo a
cada faixa dos alunos matriculados SEDE e APED, no Ensino Fundamental – Fase II e
Médio.
SEDE
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
0%7%10%
14%
40%31%30%
41%
10% 7%10%0%
IDADE DOS ALUNOSIDADE DOS ALUNOS
Ensino Fundamental Fase IIMenos de 18 anos18 a 20 anos21 a 30 anos31 a 40 anos41 a 50 anos51 a 60 anos61 a 70 anos
Sexo
%
Masculino Feminino
0%
20%
40%
60%
80%
100%
58%
42%
SEXOSEXO
Ensino Fundamental Fase II APED
Sexo
%
Masculino Feminino
0%
20%
40%
60%
80%
100%
38%
62%
SEXOSEXO
Ensino Médio APED
Sexo
%
APED
Por muito tempo o CEEBJA Guarapuava possuía como maior público,
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
5%0%
14% 13%
45%38%
18%25%
18% 19%
0% 0%6%
IDADE DOS ALUNOSIDADE DOS ALUNOS
Menos de 18 anos18 a 20 anos21 a 30 anos31 a 40 anos41 a 50 anos51 a 60 anos61 a 70 anos
Sexo
%
Ensino Fundamental Fase II APED
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
0% 0%5%
21%
48% 47%
38%
21%
5% 6%5% 6%0% 0%
IDADE DOS ALUNOSIDADE DOS ALUNOS
Ensino Médio APED
Menos de 18 anos18 a 20 anos21 a 30 anos31 a 40 anos41 a 50 anos51 a 60 anos61 a 70 anos
Sexo
%
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
0% 0%0%4%
35%
59%
41%
23%18%
0%6%
14%
0% 0%
IDADE DOS ALUNOSIDADE DOS ALUNOS
Ensino MédioMenos de 18 anos18 a 20 anos21 a 30 anos31 a 40 anos41 a 50 anos51 a 60 anos61 a 70 anos
Sexo
%
adultos na faixa etária de 40 a 50 anos, atualmente a presença de homens e mulheres de
20 a 40 anos é mais intensa e significativa.
Uma realidade que se apresenta no perfil profissional dos alunos é a taxa de
empregabilidade. O gráfico mostra que os homens possuem uma taxa maior de
empregabilidade em relação às mulheres:
SEDE
APED'S
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
80%
52%
20%
48%
ALUNOS EMPREGADOSALUNOS EMPREGADOS
Ensino Fundamental Fase II
EmpregadoDesempregado
Sexo
%
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100 90%
53%
10%
47%
ALUNOS EMPREGADOSALUNOS EMPREGADOS
Ensino Médio APED
EmpregadoDesempregado
Sexo
%
Masculino Feminino
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
77%
50%
23%
50%
Ensino Fundamental Fase II APED
EmpregadoDesempregado
Sexo
%
ALUNOS EMPREGADOSALUNOS EMPREGADOS
Masculino Feminino
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
82%
68%
18%
32%
Ensino Médio
EmpregadoDesempregado
Sexo
%
ALUNOS EMPREGADOSALUNOS EMPREGADOS
Dos alunos empregados somente os que cursam o Ensino Fundamental –
Fase II, na SEDE, em torno de 60%, e nas APED's 88% do sexo masculino e 63% do
sexo feminino, possuem registro em carteira de trabalho.
Já para os alunos que cursam o Ensino Médio, a pesquisa por amostragem
revelou que em torno de 85% dos homens na SEDE e 79% nas APED's, possuem
registro em carteira, para somente 40% na SEDE e 33% nas APED's, das alunas
trabalhadoras.
SEDE
Masculino Feminino
0%
20%
40%
60%
80%
100%
62% 60%
REGISTRO EM CARTEIRAREGISTRO EM CARTEIRA
Ensino Fundamental Fase II
Sexo
%
Masculino Feminino
0%
20%
40%
60%
80%
100%85%
40%
REGISTRO EM CARTEIRAREGISTRO EM CARTEIRA
Ensino Médio
Sexo
%
APED
Um dado importante demonstrado na pesquisa é a remuneração média:
para os alunos trabalhadores do sexo masculino, cerca de 50% dos que
cursam o Ensino Fundamental – Fase II, tem renda média em torno de um salário
mínimo, para as mulheres, o percentual é de 62% na SEDE e 44% nas APED's.
− para os alunos do Ensino Médio, observase que a renda média para os
homens gira em torno de dois salários mínimos, no entanto, mesmo tendo mais
qualificação, para as mulheres a renda média ainda é de um salário mínimo.
Masculino Feminino
0%
20%
40%
60%
80%
100%
79%
33%
REGISTRO EM CARTEIRAREGISTRO EM CARTEIRA
Ensino Médio APED
Sexo
%
Masculino Feminino
0%
20%
40%
60%
80%
100%88%
63%
REGISTRO EM CARTEIRAREGISTRO EM CARTEIRA
Ensino Fundamental Fase II APED
Sexo
%
SEDE
APED
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
9%
38%
50%44%
27%19%
14%
0%
RENDA PESSOALRENDA PESSOAL
Ensino Fundamental Fase II APED
Sem RendaAté 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 Salários
Sexo
%
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
10%
31%
50%
62%
40%
7%
RENDA PESSOALRENDA PESSOAL
Ensino Fundamental Fase II
Sem RendaAté 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 Salários
Sexo
%
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
0% 0%
23%
64%
53%
28%23%
8%
RENDA PESSOALRENDA PESSOAL
Ensino Médio
Sem RendaAté 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 Salários
Sexo
%
A renda familiar média dos alunos pode ser observada no gráfico a seguir:
SEDE
APED
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
0%
24%24%
61%
62%
9%14%
6%
RENDA PESSOALRENDA PESSOAL
Ensino Médio APED
Sem RendaAté 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 Salários
Sexo
%
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
20%
34%
70%
41%
10%
21%
4%
RENDA FAMILIARRENDA FAMILIAR
Ensino Fundamental Fase II
Até 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 SaláriosMais que 10 Salários
sexo
%
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
6%
18%24%
32%
59%
41%
12% 9%
RENDA FAMILIARRENDA FAMILIAR
Ensino Médio
Até 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 SaláriosMais que 10 Salários
sexo
%
Atuação profissional
A atividade profissional dos educandos proporciona uma significativa
reflexão sobre as diferentes necessidades, oportunidades e ações pedagógicas
necessárias à condução do trabalho educacional com intencionalidade, visando a
formação de um cidadão crítico e capaz de interagir na sociedade e transformar a sua
história.
Os alunos desempenham diversas funções no mercado de trabalho. A seguir
estão relacionadas às profissões que mais se destacam entre os alunos do CEEBJA:
Homens Mulheres
Autônomo Assistente Administrativa
Borracheiro Atendente
Caldeirista Autônoma
Comerciante Babá
Desenhista Balconista
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
10%
29%
51%
35%29%
24%
10% 12%
RENDA FAMILIARRENDA FAMILIAR
Ensino Médio APED
Até 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 SaláriosMais que 10 Salários
sexo
%
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
18%
31%
55%50%
23%
13%5% 6%
RENDA FAMILIARRENDA FAMILIAR
Ensino Fundamental Fase II APED
Até 1 SalárioAté 2 Salários3 a 5 Salários5 a 10 SaláriosMais que 10 Salários
sexo
%
Eletricista Cabeleireira
Empresário Comerciante
Gerente de Fábrica Costureira
Gerente de loja Cozinheira
Lavrador Do lar
Mecânico Doméstica
Motorista Empacotadeira
Operador de máquina/trator Empresária
Operador de Trator Estudante
Operário Manicuro/pedicuro
Pedreiro Operadora de caixa
Pintor Promotoras de vendas
Porteiro Recepcionista
Repositor Secretária
Representante comercial Vendedora
Segurança Zeladora
Supervisor de Produção
Técnico em eletrônica
Trabalhadores da construção civil
Vendedor
Vigia
Importante destacar o estado civil do nosso alunado e consequentemente as
demandas exigidas à uma educação voltada aos jovens e adultos.
SEDE
APED
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
50%
42%40%50%
10% 8%
ESTADO CIVILESTADO CIVILEnsino Fundamental Fase II
SolteiroCasadoSeparado/DivorciadoViúvo
Sexo
%
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
50%
19%
41%
63%
9%
19%
ESTADO CIVILESTADO CIVILEnsino Fundamental Fase II APED
SolteiroCasadoSeparado/DivorciadoViúvo
Sexo
%
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
18%
41%
76%
50%
6% 9%
ESTADO CIVILESTADO CIVILEnsino Médio
SolteiroCasadoSeparado/DivorciadoViúvo
Sexo
%
Os alunos do CEEBJA sede são oriundos de diversos bairros e distritos, tais
como:
BAIRROS DISTRITOS E LOCALIDADES
Aeroporto Primavera Guairacá
Bonsucesso Santana Palmeirinha
Boqueirão Santa Cruz Guará
Concórdia São Cristóvão Entre Rios
Cristo Rei São Francisco Pr 170
Guaratú Trianon Faxinal da Boa Vista Turvo
Industrial Vila Bela Reserva Indígena Marrecas
Jardim das Américas Vila Carli MUNICÍPIO
Morro Alto Vila Lara Turvo Residencial 2000
A forma de deslocamento que os alunos utilizam para chegarem até a escola
e para retornar para as suas casas, pode ser observada nos dados do gráfico, obtidos em
pesquisa por amostragem.
SEDE
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
38%32%
52% 53%
10%3%
12%
ESTADO CIVILESTADO CIVILEnsino Médio APED
SolteiroCasadoSeparado/DivorciadoViúvo
Sexo
%
APED
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
20%
45%50%
10%
30%21%17%
7%
FORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOSFORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOS
Ensino Fundamental Fase II
Transporte ColetivoVeículo PróprioTransporte EscolarA péOutros
Sexo
%
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
10%
42%72%
22%
9%
19%
9% 9%9%
FORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOSFORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOS
Ensino Médio
Transporte ColetivoVeículo PróprioTransporte EscolarA péOutros
Sexo
%
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
5% 6%14%
6%
32%
6%
41%
69%
9%13%
FORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOSFORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOS
Ensino Fundamental Fase II APED
Transporte ColetivoVeículo PróprioTransporte EscolarA péOutros
Sexo
%
3.3 Os espaços escolares e a infraestrutura
3.3.1Condições Físicas e Pedagógicas
1 – Número de ambientes pedagógicos- Salas de aula: 23- Coordenação: 01- Auditório: 01- Sala informatizada p/ professores e alunos: 01- Laboratório de Ciências e Biologia: 01- Biblioteca: 01
2 – Área destinada a ambientes pedagógicos (m²)
1.378,2 m2
3 – Número de ambientes administrativos- Direção: 01- Vicedireção: 01- Secretaria: 01- Outros: 06
4 – Área destinada a ambientes administrativos (m²) 324,46 m2
5 – Relação dos ambientes administrativos
Ambiente Área (m²)
Almoxarifado 19,52 m2
Arquivo morto 37,28 m2
Banheiros 8,97 m2
Equipe Pedagógica 23,34 m2
Gráfica 42,45m2
Sala da Direção 12,53m2
Sala da Vicedireção 8,79m2
Sala de Reuniões 16,26m2
Sala dos Educadores 22,29m2
Secretaria 133,56 m2
6 – Área destinada à biblioteca (m²)100m2
7 Área destinada ao laboratório46, 00m2
Masculino Feminino
0
20
40
60
80
100
0%6%
24%
3%10%
18%
57%
71%
10%3%
FORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOSFORMA DE DESLOCAMENTO DOS ALUNOS
Ensino Médio APED
Transporte ColetivoVeículo PróprioTransporte EscolarA péOutros
Sexo
%
8 – Complexo higiênicosanitário
Banheiros Sexo ao qual se destina
Nº Pias Nº Mictórios Nº Vasos Sanitários
Banheiro nº 01 [ x ] Masculino [ ] Feminino
02 03
Banheiro nº 02 [ ] Masculino [ x ] Feminino
01 03
Banheiro nº 03 [ x ] Masculino [ ] Feminino
01 01
Banheiro nº 04 [ ] Masculino [ x ] Feminino
01 01
9 – Utilização compartilhada de recursos físicos, quando for o caso:
10 – Observações:1 banheiro para deficientes com 1 vaso e uma pia.1 banheiro para funcionários com 1 vaso e uma pia.1 banheiro para funcionários com 02 vasos e 1 pia.
O acervo bibliográfico da escola conta com 1209 livros literários, 725
técnicos e formativos, 77 enciclopédias, 268 didáticos, além de periódicos Revista
Veja, Educação, e os jornais Gazeta do Povo e Diário de Guarapuava. No mesmo espaço
físico existe uma videoteca com 57 fitas de entretenimento e 501 didáticas.
Equipamentos de LaboratórioEspecificação Quantidade
Anéis metálicos, adaptáveis ao suporte universal sendo 3 anéis com diâmetro de 7 cm, 3 de 9 cm, 3 de 12 cm.
09
Balança digital 01
Balança mecânica de braços iguais 01
Balão 04
Becker 20
Bico de bunsen 02
Bisturi 01
Bússola de bolso 01
Conta gotas 10
Enlenmeyr 05
Espátula em aço inox, de aproximadamente 20 cm de comprimento com lâminas metálicas de aproximadamente 7 cm x 2 cm.
03
Esqueleto 1,70 m 01
Estante metálica, com revestimento plástico para quarenta tubos de ensaio de 25, x 20 cm. 03
Funil 04
Garra universal, com mufa adaptável ao suporte para bureta. 05
Kit de jardim osmótico 01
Kit para eletricidade, eletromagnetismo. 01
Kit para mecânica 01
Kit para ótica e ondas 01
Lamparina, a álcool com pavios e abafador, com capacidade de 20ml. 03
Lente convergente, de vidro, com ao menos 8 cm de diâmetro com cabo, capacidade de aumento de 2,5. 02
Microscópio binocular 02
Microscópio monocular 02
Microscópio triocular 01
Mola metálica, de aproximadamente 2 cm de diâmetro e 2 m de comprimento. 01
Moléculas em três dimensões 01
Pinça metálica aço inox, para manipular vidraria (tipo tesoura) com aproximadamente 20 cm de comprimento. 03
Pinças ponta finas, com 160 mm. 05
Pipetas 10
Provetas 10
Suporte para tubos de ensaio 07
Suporte universal, com haste vertical e base metálica retangular de 70 cm. 02
Tela de amianto, de 14 cm por 14 cm. 05
Telescópio 01
Termômetro de mercúrio, para temperaturas de –10º C a +110º C. 08
Torso humano 01
Tripé metálico com 12 cm de diâmetro e 20 cm de altura 05
Tubo de ensaio 25
Usina hidrelétrica 01
Recursos Audiovisuais e TecnológicosEspecificação Quantidade
Aparelho de som 03
Aparelho multimídia (Data Show) 01
Computador 08
Globo 03
Computador (Paraná Digital) 20
Impressora 15
Lâminas para spinlight 01
Planetário 01
Retroprojetor 06
Telas de PVC 01
Televisor (comum) 19
Televisor (multimídia ) 18
Maquina Fotográfica 01
Scaner 01
Fotocopiadora 01
Copiadora 01
Filmadora 01
Notebook 01
Projetor 01
3.3.2 Resultados Educacionais do CEEBJA Guarapuava
ENEM 2010:
Participantes da prova objetiva: 30 – taxa de participação de 12%
Média Linguagem e suas tecnologias: 487,71
Média em Matemática: 468,64
Média em Ciências Humanas: 565,44
Média em Ciências da Natureza: 565,44
Média das Objetivas: 502,31
Participação na Redação: 29 – média redação – 561,21
Média total( redação mais objetivas): 531,26
3.3.3 Plano de Capacitação Continuada do Corpo Docente e Funcionários
No contexto que hoje estamos vivendo, na era tecnológica, onde tudo está
acontecendo tão rapidamente, fazse necessário revermos até que ponto temos bagagem
para competir com essas transformações e desafios que nos são impostos a cada
instante.
O educador, concebido como profissional reflexivo e autor de sua prática
escolar, deve ter a competência de identificar e selecionar que materiais podem
contribuir para a reflexão sobre o assunto a ser desenvolvido com os seus educandos,
deve também saber planejar com que objetivo e de que modo serão usados,
considerando sempre a variedade de linguagens, de abordagens e de pontos de vista.
A seleção e uso de materiais didáticos entre os educadores das diferentes
áreas do conhecimento, também é um momento de formação. Essa seleção após
discussão é contextualizada no âmbito da organização de situações didáticas e eficazes
para o aprendizado.
O trabalho em equipe é considerado, atualmente, como um dos fatores
fundamentais para impulsionar não só a melhoria da qualidade de ensino como o
desenvolvimento profissional dos professores. A tarefa comum dos profissionais da EJA
tem, portanto, dois aspectos inseparáveis: a elaboração e o desenvolvimento constante
da proposta pedagógica e a formação permanente dos profissionais. Haverá participação
em cursos de capacitação específica por área de conhecimento; capacitação via TV
Escola; capacitação sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais, com debate,
reuniões, Seminários e Simpósios; Cursos Intensivos; leitura e pesquisa em http;
reuniões pedagógicas mensais com temas pedagógicos por profissionais da área dentro
das necessidades; oportunizar a participação em cursos promovidos por entidades
educacionais da região.
4 FUNDAMENTAÇÃO
A fim de resguardar uma educação para “sujeitoshomens” que buscam
conhecimento, vivendo no “mundo” e em “sociedade” ressaltamse as concepções:
4.1 Concepção de Homem
O homem é um ser em permanente processo de desenvolvimento,
transforma e é transformado. É um sujeito que interage com o mundo, por isso é capaz
de refletir sobre seu ambiente, comprometendo a intervir na realidade com o objetivo
de mudála. Homem consciente que como um ser de direitos pode agir sobre a sua
realidade e situação social para transformála de forma crítica.
Um ser capaz de promover posicionamentos contra as opressões do poder
político, econômico atuando nas relações sociais cercados por princípios éticos e de
solidariedade. Isto é, um sujeito tanto físico como social e que tenha a consciência e o
sentimento de pertencer à Terra, compreendendo a interdependência entre ele e o
mundo, sendo capaz de interagir de maneira crítica, criativa e consciente com seu
mundo natural e social, sendo que para isso o grande desafio a ser vencido é formar
sujeitos que possam enfrentar realidades cada vez mais complexas.
4.2 Concepção de Mundo
A Educação de Jovens e Adultos busca uma concepção de homem voltada
para a expectativa de cidadão em constante formação, o mundo concreto, real, percebido
pelos sentidos é uma reprodução do mundo das ideias, nas quais o homem está em
contato permanente. Numa visão de macro mundo, o homem desta forma pode
contemplar e conhecer, para ir além das suas fronteiras individuais e assim atuar no seu
micro mundo como um cidadão crítico e reflexivo.
Homem e mundo estão entrelaçados através da compreensão do mundo em
que ele vive, pois para que possa ser considerado sujeito histórico há a necessidade de se
levar em consideração o seu “mundo vivido”, os conflitos entre diferentes classes
sociais que determinam a leitura crítica da realidade social em que está inserido.
4.3 Concepção de Sociedade
A sociedade é o espaço de interação humana, onde reflete a maneira de ser,
agir e pensar de um grupo social, onde se deve primar pela solidariedade, igualdade e
liberdade. Sociedade em que o homem é “sujeito histórico”, produto e produtor das
relações econômicas sociais, culturais e políticas que o transformam e são transformadas
pelos conflitos estabelecidos entre as diferentes classes sociais.
Pelo processo educativo queremos formar um cidadão participante de um
mundo real, como catalisador de transformações, não sendo simplesmente um reflexo
do pensamento da sociedade dominante.
Sociedade democrática engajada em um processo de conscientização dos
mecanismos de opressão do sistema político, econômico e social que configura a
sociedade atual.
4.4 Concepção de Conhecimento
O conhecimento é uma atividade humana que busca explicar as relações
entre os homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações
sociais mediadas pelo trabalho. Na sociedade capitalista, o homem não se apropria da
produção material do seu trabalho e nem dos conhecimentos produzidos nestas relações
porque o trabalhador não domina as formas de produção e sistematização do
conhecimento.
Segundo MARX e ENGELS (in FRIGOTTO, Gaudêncio, 1994) “a classe
que tem à disposição os modos de produção material controla concomitante os meios
de produção intelectual, de sorte que, por essa razão geralmente as idéias daqueles que
carecem desses meios ficam subordinadas a ela”.
Ainda neste sentido, ANDREY, 1988, p.15 faz a colocação de que nesse
processo do desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter relações e
interferências recíprocas entre ideias e condições materiais, a base econômica será
determinante fundamental. Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes
formas: senso comum, o científico, teológico, filosófico e estético, pressupondo
diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o
mundo, sobre o conhecimento.
O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das
condições sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as
necessidades do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de
ver a realidade, novo modo de atuação, para obtenção do conhecimento, mudando,
portanto, a forma de interferir na realidade. Essa interferência traz consequências para a
escola, cabendo a ela garantir a socialização do conhecimento que foi expropriado do
trabalhador nas suas relações. Conforme VEIGA (Veiga, Ilma Passos, Projeto Político
da Escola: uma construção coletiva, 1995, p.27). “O conhecimento escolar é dinâmico
e não uma mera simplificação do conhecimento científico, que se adequaria à faixa
etária e aos interesses dos alunos.” Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado
de fatos conceitos e generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.
Para Boff (Boff, Leonardo, Projetos Políticos e Modelos de Cidadania – 2000, p.82).
“Conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar consciência e
capacidade de conceptualização. O ato de conhecer, portanto, representa um caminho
privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma
a realidade, transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação. O
conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando mudança
interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma intencionalidade.
4.5 Concepção de Educação
O aluno da EJA é desafiado constantemente pela realidade em que está
inserido e as respostas, a esses desafios, serão adquiridas através do conhecimento
cientifico adquirido e compreendido como instrumento de transformação.
A Educação contém ingredientes polêmicos, difusos e penetrantes das mais
diversas áreas do conhecimento, o que dificulta estabelecer com clareza os limites de
abrangência e suas especificidades. Porém, é na Escola que o conhecimento
sistematizado é colocado para os alunos como forma de crescimento pessoal e social.
Com as novas diretrizes esperase da Escola uma transformação, ressaltando
a razão crítica e os pensamentos dialéticos que instigam à permanente discussão sobre a
influência do poder ou do conhecimento nos processos sociais e educacionais, bem
como de suas possibilidades com vistas ao enfrentamento dos desafios educacionais
contemporâneos onde se prevê uma reflexão que leve o aluno à superação de
angústias, doenças, infelicidades, injustiças; uma nova cosmovisão; a preservação de
valores (solidariedade, cooperação, segurança, respeito, ética...) e o acesso a
conhecimentos científicos significativos e importantes para:
produção qualificada (prestação e valorização de serviços);
eliminação de medos e ameaças (justiça e equidade);
espírito de equipe (cooperação e participação);
ênfase no processo educativo (pedagógico);
crescimento pessoal/ organizacional e autoconhecimento;
desenvolvimento de potencialidades gerais e individuais (autonomia);
a prática frequente e generalizada da autogestão (democratização).
A escola tem o compromisso social de ir além da simples transmissão do
conhecimento sistematizado, preocupandose em dotar o aluno da capacidade de buscar
informações, segundo as exigências de seu campo profissional ou de acordo com as
necessidades de desenvolvimento individual e social.
Cabe a escola formar cidadãos críticos, reflexivos, autônomos, conscientes
de seus direitos e deveres, garantindo a aprendizagem de conhecimentos, habilidades e
valores necessários à socialização do indivíduo.
Processos e instrumentos de participação e de parceria levam a mudanças
eficazes, garantindo a melhoria da qualidade de ensino e a construção progressiva,
estruturada e organizada de uma sociedade.
Há a consciência por parte dos que o produziram este Projeto, de que
representa apenas um germe de projeto político pedagógico e se encontra aberto a todo
e qualquer tipo de sugestões e encaminhamentos. Sabemos que nenhum Projeto Político
Pedagógico pode ser dado como pronto e acabado sob pena de se cristalizar e deixar de
acompanhar os movimentos da história.
Nossa reflexão, portanto continua baseada principalmente na prática
pedagógica cotidiana e na discussão dos referenciais teóricos que nos encaminhem para
uma “práxis” responsável e compromissada com uma escola pública de qualidade.
Finalizando, devese dizer que a construção de uma escola competente,
democrática e de qualidade é uma exigência social, porque sozinha ela não pode
cumprir com sua tarefa social, até porque ela não existe isolada do contexto histórico e
sociológico.
4.6 Concepção de Escola
O ensino fundamental compõe a educação básica, com duração de 9 anos.
Segundo a LDB/96, este nível de ensino tem por objetivo:
1. O desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos
o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
2. a compreensão do ambiente natural e social do sistema político, da
tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamentam a sociedade;
3. o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a
aquisição de conhecimentos e habilidades, e a formação de atitudes e valores;
4. o fortalecimento de vínculos da família, os laços e solidariedade humana
e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social.
Infelizmente este objetivo não está sendo alcançado em sua plenitude. Em
pleno século XXI, nossa sociedade brasileira se depara com índices de analfabetismo e
abandono, embora, melhorias importantes na área educacional diz respeito ao índice de
analfabetismo. Recente pesquisa do PNAD IBGE mostra uma queda no índice de
analfabetismo em nosso país nos últimos dez anos (1992 a 2002). Em 1992, o número
de analfabetos correspondia a 16,4% da população. Esse índice caiu para 10,9% em
2002 e para 10% em 2008. No ano de 2009 verificouse uma nova queda para 9,7%. Ou
seja, um grande avanço, embora ainda haja muito a ser feito para a erradicação do
analfabetismo no Brasil. Outro dado importante mostra que, em 2006, 97% das
crianças de sete a quatorze anos frequentavam a escola.
Outros dados da educação brasileira:
Taxa de abandono (2008): 4,8%
Taxa de reprovação (2008): 12,1%
Taxa de aprovação (2008): 83,1%
Matrículas na Educação Básica (2009): 52.580.452Fonte: MEC/Inep 2010.
Diante destes dados tenham, podese observar que apesar de ser direito de
todos, ainda nem todos têm acesso e permanência à escola, quer por fatores externos à
escola (condições econômicas, sociais e culturais), quer porque a escola ainda exclui os
que nela não se adaptam.
Para entender melhor a situação da educação básica do país, é preciso
remeterse, para sua história. A escola, enquanto espaço educativo, não foi projetada
para acolher a todos.
Quando surgiu, era para uma pequena parcela da população. As condições
ofertadas supriram à necessidade de uma clientela pequena (elite), com interesses
comuns.
No século XX, com a democratização do ensino público, a mesma escola
(espaço físico) se abre para acolher uma população numerosa, para a qual precisa se
adaptar. Sua organização permanece a mesma (fila, disciplina, programas curriculares).
A função da escola, para o capitalismo é a formação do sujeito “cidadão”
aquele que vive na cidade, desconsiderando a concepção de homem onilateral. A
função de escola que priorizamos é a da escola democrática, inclusiva e com objetivos
coesos voltados para a aprendizagem com qualidade. Considerando que a função da
escola pública é a democratização do conhecimento científico, histórico e social.
A escola pública é considerada por todos, como um espaço e lugar
privilegiado de ensinoaprendizagem das camadas populares, sendo talvez para esta
demanda a única fonte de acesso ao conhecimento e transformação da realidade social.
Assim a escola é concebida como espaço de divulgação, socialização,
criadora e também reprodutora de saberes sistematizados ao longo da história.
Devemos considerar que a escola tem papel social expressivo na construção e
reconstrução daqueles que passam parte de suas vidas sendo orientados e preparados
por ela.
4.7 Concepção de Cultura
A cultura é resultado de toda a produção humana segundo “Saviani, 1992,
p.19 para sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa é intencionalmente,
os meios de sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da
natureza, criando um mundo humano (o mundo da cultura).”
Podemos considerar que, “de um ponto de vista antropológico, cultura é
tudo o que elabora, e elaborou o ser humano, desde a mais sublime música ou obra
literária até as formas de destruirse a si mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a
ciência, a linguagem, os costumes, os hábitos de vida, os sistemas morais, as
instituições sociais, as crenças, as religiões, as formas de trabalhar”. (Sacristan, 2000,
p.105).
Todo conhecimento, na medida em que se constitui num sistema de
significação, é cultura. Além disso, como sistema de significação, todo conhecimento
está estreitamente vinculado com relações de poder. (Silva Thomaz Tadeu, 2003)
É necessário considerar, portanto a importância do texto de Silva, “tornou
se lugar comum destacar a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo”.
É um fato paradoxal, entretanto, que essa suposta diversidade conviva com fenômenos
igualmente surpreendentes de homogeniação cultural.
Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis manifestações e expressos
culturais de grupos dominados, observase o predomínio de formas culturais
produzidas e vinculadas pelos meios de comunicação de massa, mas quais aparecem de
forma destacada às produções culturais em sua dimensão material e nãomaterial.
Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa
completar várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na
escola, em sua prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais,
especialmente da sua função de trabalhar as culturas populares de forma a leválas à
produção de uma cultura erudita, como afirma Saviane “a mediação da escola,
instituição especializada para operar a passagem do saber espontâneo ao saber
sistematizado, da cultura popular à cultura erudita, assume um papel político
fundamental”. (Saviani, Apud Frigotto, 1994 p. 189).
Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita
cabe a escola aproveitar essa diversidade, existente, para fazer dela um espaço
motivador, aberto e democrático.
4.8 Concepção de Trabalho
“ O trabalho é uma atividade que está na base de todas as relações humanas, condicionando e determinando a vida. É (...) uma atividade humana interacional que envolve: forma de organização objetivando a produção de bens necessários à vida.” (Andrey, 1988, p13).
Nesta perspectiva é preciso entender o trabalho como ação internacional e o
homem em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista que produz bens.
Porém, é preciso compreender que o trabalho não acontece de forma tranquila, estando
sobrecarregado pelas relações de poder.
Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais.
Os bens materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já nos
bens não materiais a produção e consumo acontecem simultaneamente.
No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçamse dialeticamente e
nesta dimensão que esta posto a formação do homem.
Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o
entendimento de que o processo educativo é um trabalho não material uma atividade
intencional que envolve formas de organização necessária para a formação do ser
humano.
O conhecimento como construção histórica é matériaprima (objeto de
estudo) do professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos
conhecimentos, dando eles condições de entender o viver, propagando modificações
para a sociedade em que vive permitindo “ao cidadão – produtor chegar ao domínio
intelectual do técnico e das formas de organização social sendo, portanto capaz de criar
soluções originais para problemas novos, que exigem criatividade, a partir do
domínio.
4.9 Concepção de Tecnologia e Contribuição no Processo Ensino
Aprendizagem
As crescentes evoluções socioculturais e tecnológicas do mundo atual geram
contínuas mudanças na organização e no pensamento humano, revelando um novo
universo no cotidiano das pessoas. Isso exige criatividade, independência e autocritica
na obtenção e seleção de informações.
Vemos que o termo incorporação de novas tecnologias e suas linguagens na
Educação deixou de ser polêmico. Afinal, não explorar na escola um potencial de
recursos tão rico seria o mesmo que hospitais rejeitarem aparelhos de tomografia
computadorizada ou as pessoas se recusarem a usar, por exemplo, os caixas eletrônicos
dos bancos. Embora, as propostas de modernização da educação, na maioria das vezes,
não tem alcançado o sucesso esperado, ao enfrentar essas questões.
Seguindo essa linha de pensamento, Dowbor (1994:22) acrescenta que:
“frente a existência paralela deste atraso e da modernização, é que temos que trabalhar
em “dois tempos”, fazendo o melhor possível no universo preterido que constitui a nossa
educação, mas criando rapidamente as condições para uma utilização “nossa” dos novos
potenciais que surgem”.
É importante salientar que a verdadeira função do aparato tecnológico
educacional não deve ser o de ensinar, mas sim a de criar condições de aprendizagem.
Para Valente (1993); “O professor, precisa ser, o criador de ambientes de aprendizagem
e o facilitador do processo de desenvolvimento intelectual do aluno. A partir dessa
perspectiva, a formação do professor reflexivo é uma questão fundamental em um
processo de formação.
Na visão de Drucker (1993:153) “a tecnologia será importante, mas
principalmente porque irá nos forçar a fazer coisas, e não porque irá permitir que
façamos melhor as coisas velhas”.
Nos dias atuais, a tecnologia está mais presente na vida de todos nós. Apesar
desse avanço, a escola sentese impotente para acompanhar essas novidades e dar um
suporte à sua clientela de modo que a mesma esteja integrada à realidade buscando
informações para construir o conhecimento. Uma grande dificuldade também está na
falta de profissionais que deem suporte e auxiliem os alunos no manuseio dessas
tecnologias que estão a cada dia mais sofisticadas.
A escola, sendo o espaço social mais frequentado pelos alunos, deve estar
preparada para preparálos para o futuro, ofertando meios possíveis de tecnologias para
não deixálos fora dos avanços, mas acompanhálos para que não se comprometa a
confiabilidade das informações buscadas.
As tecnologias se incorporam no diaadia das escolas levando os
professores a repensarem suas praticas pedagógicas, criando assim a flexibilidade dos
mesmos quanto ao seu uso, não permitindo aulas rotineiras, mas numa diversidade de
fontes de informação.
4.10 Concepção de Cidadania
Historicamente, o Brasil foi construído de cima para baixo e de fora para
dentro – poderes coloniais, elites proprietárias, Estado realimentando as desigualdades e
agravando as inclusões. Neste momento, sequer construir uma outra base social,
construída por aqueles excluídos da história brasileira que, organizandose na sociedade
civil e nos diferentes movimentos sociais, que conseguem expressarse, tomando as
rédeas do seu destino, criando uma nação soberana e aberta ao diálogo e a participação.
De acordo com Boff (2000, p.51) “cidadania é um processo históricosocial
que capacita a massa humana a forjar condições de consciência, de organização e de
elaboração de um projeto e de práticas no sentido de deixar de ser massa e de passar a
ser povo, como sujeito histórico, plasmador de seu próprio destino”.
Reafirmando a citação de Boff, (Martins, 2000, p.53) diz: “A construção da
cidadania, envolve um processo ideológico, de formação de consciência pessoal e social,
e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres. A realização se faz
através de lutas contra as discriminações, da abolição de barreiras segregativas, entre
indivíduos e contra as opressões e os tratamentos desiguais. ou seja, pela extensão das
mesmas condições de acesso às políticas públicas e pela participação de todos, nas
tomadas de decisões. É condição essencial da cidadania, reconhecer que a emancipação
depende fundamentalmente do interessado, uma vez que, quando a desigualdade é
somente confrontada na arena pública, reina a tutela sobre a sociedade, fazendoa
dependente dos serviços públicos. No entanto, ser/estar interessado, não dispensa apoio,
pois os serviços públicos, são sempre necessários e instrumentais.
O grande desafio histórico é dar condições ao povo brasileiro de se tornar
cidadãos conscientes; sujeitos de direitos e deveres; que respeitem e aceitem a
diversidade e que participem do processo de construção políticosocial e cultural.
Angel Pino in (Boff SEVERINO A J., ZALUARA e outros 1992, p. 1525),
consideram que “o conceito de cidadania traduz ao mesmo tempo, um direito e o
exercício desse direito. sem este, aquele é apenas uma fórmula. ”Portanto, a educação
como um dos principais instrumentos de formação da cidadania, deve ser entendida
como a concretização dos direitos que permitem ao indivíduo, sua inserção na
sociedade.
“A realidade social e educacional atual de nosso país, requer o
enfrentamento e a superação da contradição da estrutura que existe entre a declaração
constitucional dos direitos sociais (dentre eles, a educação) e a negação da prática desses
direitos; da ideologia que associa a pobreza material à cultural; de colocar o problema
da escola pública em termos de direito de todos, de acesso ao conhecimento elaborado;
recolocar a questão do trabalho como atividade de produção/apropriação de
conhecimento não apenas como mera operação mecânica, em repensar a relação
escola/trabalho”.
Segundo Martins (200, p.54), podese afirmar que “aquela relação entre
cidadania e democracia explicitase no fato de que ambas são processos; o processo não
se dá num vazio, a cidadania exige instituições, mediações e comportamentos próprios,
constituindose na criação de espaços sociais de luta na definição de instituições
permanentes para expressão política. Nesse sentido, a autora distingue a cidadania
passiva, aquela que é outorgada pelo Estado, com a idéia moral da tutela e do favor.
Cidadania Ativa – aquela que institui o cidadão como portador de direitos e deveres,
mas essencialmente criador de direitos, de abrir espaços de participação. A cidadania
requer a consciência clara sobre o papel da educação e as novas exigências colocadas
para a escola que, como instituição para o ensino – a educação formal – pode ser um
locus excelente para a construção da cidadania.
As dimensões da cidadania, segundo Boff, são cinco:
A dimensão econômicaprodutiva: a massa é mantida intencionalmente,
como massa e a pobreza é empobrecimento, portanto a pobreza material e política é
produzida e cultivada, por isso é profundamente injusta.
A dimensão políticoparticipativa: as pessoas interessadas lutam em prol de
sua autonomia e participação social, tornandose cidadãos plenos.
A dimensão popular: inclui somente as que têm acesso ao sistema produtivo
e exclui os demais, sendo esta a dimensão vigente.
A dimensão de concidadania: os cidadãos devem reivindicar e não pedir ao
Estado, precisam organizarse não para substituir, mas para fazêlo funcionar.
Define também o cidadão mediante a solidariedade e a cooperação.
A cidadania Terrenal: apresenta a dimensão planetária na consciência de
causas comuns, com a responsabilidade coletiva de garantir um futuro para a terra e a
humanidade.
Tipos de Cidadania segundo Boff
Cidadania seletiva – se a construção da cidadania envolve um processo
ideológico de formação de consciência pessoal, coletiva e social, de reconhecimento
desse processo em termos de direitos e deveres, no projeto neoliberal vigente a
cidadania passa a ser seletiva porque a reduz, Boff afirma (2OOO, p. 57). “Ele debilita e
reduz a cidadania nacional, quer dizer, a autonomia do próprio país. Internamente
reforça a cidadania seletiva”. Alguns setores são beneficiados pela modernização,
outros, os setores populares só cabe uma cidadania menor. Outros, os excluídos, servem
como massa de manobra, sem qualquer cidadania, tirando o seu poder de rebelião,
compensado, fazendo assistencialismo fácil e promessas.
Cidadania Menor – No projeto do capitalismo nacionalista não se leva em
conta o capitalismo e sua lógica que explora e exclui. Ele é visto como criador de
oportunidades e de progresso. Dáse ênfase à autoestima de um Brasil grande, uma
potência emergente com seus recursos naturais riquíssimos e potencialidades
populacionais. Aqui também a cidadania é restrita para setores beneficiários. (Boff, p.
66) “Será uma cidadania políticoparticipativa para os segmentos incorporados na
produção. Mas não será econômicoprodutiva. Pois trabalhadores continuarão sendo,
duramente explorados. Portanto, terão uma cidadania de 2ª classe, esporádica, às vezes,
expressa em grandes manifestações públicas, mas sem consequências reais... As
políticas estatais continuarão assistencialistas mantendo a população pobre, dependente
e desmobilizada com controle aos movimentos sociais.
Cidadania maior e plena – concidadania – O projeto de Democracia racial e
popular é totalmente diferente dos autores muito distante do que vivemos. Está sendo
construído por todos os excluídos da história brasileira, se organizando dentro dos
movimentos raciais. Com força foram se infiltrando em condutospolíticos partidários,
já agora em condições de disputar a conquista e o controle do poder com muita luta,
resistência argumentos e organização. Esse projeto visa construir uma Nação autônoma,
capaz de democratizar a cidadania, mobilizar a sociedade inteira para a mudança,
primando por uma sociedade sustentável que se desenvolva com a natureza e não contra
ela, que produza o suficiente para todos e que não permita a acumulação para poucos.
BOFF (2000, p. 73) diz: “Nele fica clara a vontade de soberania nacional e o tipo
diferente de cidadania política, econômica, participativa, solidária e popular. Será uma
cidadania cotidiana, plantada no funcionamento dos movimentos raciais e, por isso, em
contínuo exercício”.
Construir a cidadania e concidadania popular é a forma concreta de se
construir o ProjetoBrasil que buscamos.
4.11 Concepção de Ciência
A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de forma
sistematizada utilizando métodos.
Para Andery 919800 “A ciência é uma das formas do conhecimento
produzido pelo homem no decorrer de sua história. Portanto, a ciência também é
determinada pelas necessidades materiais do homem em cada momento histórico, ao
mesmo tempo que nela interfere”.
Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o conhecimento,
será a concepção da ciência.
No decorrer da história, a ciência está sempre presente para reproduzir ou
transformar.
Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido de forma
desigual, estando a serviço de interesses políticos, econômicos e sociais do processo
histórico, não atingindo a totalidade da população.
A escola tem a função social de garantir o acesso de todos aos saberes
científicos produzidos pela humanidade. Nereide Saviani afirma que “a ciência merece
lugar destacado no ensino como meio de cognição e enquanto objeto de conhecimento”,
ou seja, ao mesmo tempo em que eleva o nível de pensamento dos estudantes, permite
lhes o conhecimento da realidade, o que é indispensável para que não apenas conheçam
e saibam interpretar o mundo em que vivem, mas com isto saibam nele atuar e
transformálo.
4.12 Concepção de Adolescência
A palavra “adolescência” vem da palavra latina “adolesco”, que significa
crescer. É uma fase cheia de questionamentos e instabilidade, que se caracteriza por uma
intensa busca de “si mesmo” e da própria identidade, os padrões estabelecidos são
questionados, bem como criticadas todas as escolhas de vida feita pelos pais, buscando
assim a liberdade e autoafirmação.
Os teóricos da adolescência há muito tem concordado que a transição da
segunda infância para a idade adulta é acompanhada pelo desenvolvimento de uma nova
qualidade de mente, caracterizada pela forma de pensar sistemática, lógica e hipotética.
Grande parte da diferença existente entre o comportamento diário da criança
e do adolescente pode ser expressa da seguinte maneira: o adolescente, como a criança
vive no presente, mas ao contrário da criança também vive muito na dimensão ausente,
isto é no futuro e o no reino do hipotético. Seu mundo conceitual está povoado de
teorias informais sobre si mesmo e sobre a vida, cheio de planos para o seu futuro e o da
sociedade, em resumo, cheio de ideias que transcendem a situação imediata, as relações
interpessoais atuais, etc.
Compreendendo o adolescente como capaz de produzir, refletir, mesmo que
no nível do hipotético é importante explorar esta habilidade em sala de aula e na
transformação do conhecimento, ou seja, explorar o futuro as pretensões estimulando a
progressão, o nível do desenvolvimento.
Vemos assim a urgência de se qualificar as reflexões teóricas sobre a
questão, para que se possam também transformar as intervenções na área. Conhecer o
jovem, para além da aparência, dos discursos ideológicos, das análises naturalizantes,
revelase um objetivo importante. O que surpreende no adolescente é o seu interesse por
problemas inabituais, sem relação com as realidades vividas
4.13 Concepção de Ensino e Aprendizagem
“O aprender a ler, escrever e contar” não é incompatível com o aprender a
pensar, com o aprender a pensar, com o aprender a ser, nem com o aprender a aprender
com os outros”. (José Augusto Pacheco).
Por muito tempo a pedagogia valorizou o que deveria ser ensinado, supondo
que, como decorrência, estava valorizando o conhecimento. O ensino, então, ganhou
autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo de
aprendizagem ficou relegado a segundo plano.
Os fracassos escolares decorrentes da aprendizagem, indicam que é
necessário significar à unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez que, sem
aprendizagem não há ensino.
A organização de atividades de ensino e aprendizagem, a relação
cooperativa entre professor e aluno e aluno/aluno, os questionamentos, a dúvida, as
controvérsias de conceitos, influenciam o processo de construção de significado e o
sentido que os alunos atribuem aos conteúdos escolares. Portanto, ao ensinar
procedimentos também se ensina um certo modo de agir, de pensar e de produzir
conhecimento. Como escola do Campo deve incluir em seu debate político e pedagógico
a questão de que saberes são mais necessários aos sujeitos do campo e podem contribuir
na preservação e na transformação de processos culturais, de relações de trabalho, de
gênero e de relações entre gerações do campo; o que seria para Ausubel: a teoria da
aprendizagem verbal significativa.
Segundo Santo Agostinho: “Não se aprende pelas palavras, que repercutem
exteriormente, mas pela verdade, que ensina interiormente”.
4.14 Concepção de Currículo
Mais que um documento impresso, uma orientação pedagógica sobre o
conhecimento a ser desenvolvido na escola o currículo é um discurso político que
pressupõe um projeto de futuro para a sociedade que o produz”. (Silva,2001). Isso quer
dizer que por trás da seleção de conteúdos, das práticas de ensino e avaliação, da
organização curricular há sempre uma intenção. Daí a importância de refletir sobre
quais questões, a proposta curricular dispõese a responder.
O que eles ou elas devem saber? Qual conhecimento ou saber é considerado
importante ou válido ou essencial para merecer ser considerado parte do currículo? Por
que esse conhecimento e não outro? Quais interesses fazem com que esse conhecimento
e não outro esteja no currículo? Por que privilegiar um determinado tipo de identidade
ou subjetividade e não outro? Fica vidente, a importância que nossos educadores tem, na
definição do currículo para seus alunos da escola pública. Esta situação nunca é neutra,
há sempre interesse de grupos dominante em manter a classe dominada, numa situação
inferior na questão cultural, para que a sociedade não se desestruture.
A consciência política do professor é um elemento imprescindível para a
melhora da qualidade da educação em especial dos nossos alunos marginalizados. O
fazer pedagógico é de responsabilidade do professor, o qual tem em suas mãos o poder
de instigar seu aluno a ver além dos conteúdos, ou seja, os determinantes políticos e
sociais que agem na suas vidas. Mesmo o professor que diz realizar uma prática neutra,
não a faz, pois todo ato educativo está carregado de ideologia.
Dentro desta perspectiva o currículo precisa ser elaborado de forma
democrática com a participação de todos os envolvidos, analisando com criticidade sua
finalidade.
Na tentativa de implantar um Currículo que fosse democrático o Estado do
Paraná. Iniciou a elaboração coletiva das Diretrizes Curriculares Estaduais por
disciplina no ano de 2003; documento que tem como objetivo orientar, o currículo na
rede pública estadual. Assim, através de estudos pesquisas de profissionais das escolas,
Equipe Pedagógica, Direção, Núcleos Regionais orientados por técnicos pedagógicos da
Secretaria de Estado de Educação, passou se a elaboração coletiva, do Documento, o
qual teve diversas versões preliminares, sendo objetivo de estudos em cursos de
formação continuada pelos docentes, tendo sua versão definitiva em 2007. Neste mesmo
ano o documento foi revisado por equipe especializada da Universidade Federal do
Paraná, sendo em 2008 apresentada nova versão do documento.
Atualmente (2011) cada disciplina conta uma versão definitiva do
documento o qual norteou a elaboração dos documentos Proposta Pedagógica
Curricular e Plano de Trabalho Docente desde os conteúdos Estruturantes e Básicos, os
objetivo, contexto histórico da disciplina, metodologia de ensino e avaliação da
aprendizagem.
É importante destacar que as disciplinas devem apresentar uma metodologia
condizente com os programas socioeducacionais que se inserem na sociedade pós
moderna. Desta forma o conteúdo ganha contexto com a realidade social, dentre estas
abordagens podemos citar o Enfrentamento à violência, Prevenção ao uso indevido de
drogas, Sexualidade, incluindo gênero e diversidade sexual, sendo que estas abordagens
são trabalhadas em todas as disciplinas conforme os conteúdos específicos são
propostos.
Ainda nesta direção e dentre a legislação podemos citar a Educação
Ambiental, História de Cultura Afrobrasileira e Indígena, Direito da Criança e do
Adolescente, Direito dos Idosos, Educação para o trânsito, História do Paraná e Música.
A intenção é que os professores fiquem atentos a estudos sobre estas abordagens,
percebam sua especificidade e possam articulálos em sala de aula a partir de um
conteúdo especifico de sua disciplina.
Atendendo as leis o currículo disciplinar tornase um veículo de
conhecimento crítico, elaborado a partir de fundamentos históricos, teóricos e que visam
a realidade social. Acreditase que de posse a estes conhecimentos é que se poderá não
somente valorizar o legado cultural e histórico, como também a transformação das
necessidades.
A que se destacar a importância do incentivo de formação continuada no
sentido de atender a perspectiva dos temas socioeducativos, atendimento as lei
10.369/05. É imprescindível que o professor trabalhe de forma contextualizada, crítica e
com embasamento teórico e metodológico. Os cursos de formação continuada e
participação em grupos de pesquisas e participação na Equipe Multidisciplinar devem
ser valorizados na escola.
4.15 Concepção de Aprendizagem
“O aprender a ler, escrever e contar” não é incompatível com o aprender a
pensar, com o aprender a pensar, com o aprender a ser, nem com o aprender a aprender
com os outros”. (José Augusto Pacheco).
Por muito tempo a pedagogia valorizou o que deveria ser ensinado, supondo
que, como decorrência, estava valorizando o conhecimento. O ensino, então, ganhou
autonomia em relação à aprendizagem, criou seus próprios métodos e o processo de
aprendizagem ficou relegado a segundo plano.
Os fracassos escolares decorrentes da aprendizagem, indicam que é
necessário significar à unidade entre aprendizagem e ensino, uma vez que, sem
aprendizagem não há ensino.
A organização de atividades de ensino e aprendizagem, a relação
cooperativa entre professor e aluno e aluno/aluno, os questionamentos, a dúvida, as
controvérsias de conceitos, influenciam o processo de construção de significado e o
sentido que os alunos atribuem aos conteúdos escolares. Portanto, ao ensinar
procedimentos também se ensina um certo modo de agir, de pensar e de produzir
conhecimento. Como escola do Campo deve incluir em seu debate político e pedagógico
a questão de que saberes são mais necessários aos sujeitos do campo e podem contribuir
na preservação e na transformação de processos culturais, de relações de trabalho, de
gênero e de relações entre gerações do campo; o que seria para Ausubel: a teoria da
aprendizagem verbal significativa.
Segundo Santo Agostinho: “Não se aprende pelas palavras, que repercutem
exteriormente, mas pela verdade, que ensina interiormente”.
4.16 Concepção de Avaliação
“Avaliação é ponto de referência. É um processo constante de repensar a
prática educacional, em todos os segmentos”.
A avaliação deve ser um processo contínuo que sirva à permanente
orientação da prática docente... processo ... mas deve levar ao aprendizado. “Ensinar,
aprender e avaliar não são momentos separados. Formam um continuo em interação
permanente”. (Juan M.A. Méndez).
O processo de avaliação requer instrumentos e estratégias que: Ofereçam
desafios, situações problemas a serem resolvidos; Sejam contextualizadas, coerentes
com as expectativas de ensino e aprendizagem; Possibilitem a identificação de
conhecimentos do aluno e as estratégias por ele empregada; Possibilitem que o aluno
reflita, elabore hipóteses, expresse seu pensamento; Permitam que o aluno aprenda com
o erro; Exponham, com clareza, o que se pretende; Revelem, claramente, o que e como
se pretende avaliar.
Mudar a forma de avaliar pressupõe mudar também a relação ensino
aprendizagem. É necessário Ver a aprendizagem como um processo e as disciplinas
curriculares como um meio para se chegar a ser um cidadão. Segundo, Serafi Antúnez:
“O professor que adota métodos didáticos ultrapassados está enganando seus alunos.
Deveria ser punido pelos órgãos de defesa do consumidor por oferecer um produto
obsoleto”.
4.17 Concepção de Letramento
As atividades desenvolvidas em sala de aula pelos professores estão
diretamente ligadas a concepção que os mesmos têm de letramento, neste sentido é
importante parafrasear a frase de Magda soares que diz: “Do ponto de vista social, o
letramento é um fenômeno cultural relativo às atividades que envolvem a língua escrita.
A ênfase recai nos “usos, funções e propósitos da língua escrita no contexto social”
(SOARES, 2001).
Compreendendo que o aluno deve ser levado ao letramento nos primeiros
anos do ensino fundamental, o discurso enquanto prática social deve ser o imperativo
das aulas, independente da disciplina. A capacidade de leitura crítica da realidade, da
interpretação, deve ser não somente exigida mais principalmente estimulada e
desenvolvida nas diferentes séries nos diferentes contextos estimulando o
desenvolvimento “...entendido como o desenvolvimento de comportamentos e
habilidades de uso competente da leitura e da escrita em práticas sociais” (SOARES,
2001).
A capacidade de refletir, interpretar, leitura e compreensão de textos, leitura
de mundo, práticas sociais que utilizam a escrita, relacionado a Competência
comunicativa: é a capacidade de transitar em diferentes domínios sociais, é adquirida na
escola, o papel da escola é trabalhar a competência comunicativa sem desvalorizar a
cultura do aluno, aquilo que traz de seu meio social. Mostrar as diferentes formas de
falar, sendo que a escola é o ambiente de letramento e o professor é o principal agente,
considerando os diferentes dialetos e expressões culturais,tendo a norma padrão como
objetivo. Neste contexto é importante compreender que quanto à fala não existe certo ou
errado, existe o adequado ou inadequado a determinadas situações. Para cada contexto
social temos uma forma de falar. No processo de educação acontece a transposição da
cultura familiar, para a escolarizada, elas se somam na escola.
Neste sentido, o letramento é basicamente utilizar a língua escrita nas
situações em que esta é necessária, lendo e compreendendo, e produzindo textos”.
Assim, é importante levar para a sala de aula, e trabalhar, com diferentes
gêneros textuais, confrontandoos, diferenciando os níveis de língua empregados em
cada especificidade, fazendo, como exercício, a transposição de um nível para outro, de
um gênero para o outro, atentandose para os efeitos de sentido que a pertinência, ou
não, do nível de língua usado pode provocar, observando que é o contexto que convoca
este ou aquele tipo e gênero de texto, bem como o nível de língua mais apropriado.
4.18 Temas Socioeducacionais
Os chamados “Temas Socioeducacionais” devem passar pelo currículo como
condições de compreensão do conteúdo nesta totalidade, fazendo parte da
intencionalidade do recorte do conhecimento na disciplina, isto significa compreendê
los como parte da realidade concreta e explicitála nas múltiplas determinações que
produzem e explicam os fatos sociais, tais como: história e cultura Afrobrasileira,
Africana e Indígena( Lei n.º 11,645/08); Prevenção ao Uso Indevido de Drogas;
Sexualidade Humana; Enfrentamento à Violência contra a Criança e do
Adolescente( Lei Federal n.º 11,525/07); Educação Fiscal, Educação Tributária( Decreto
n.º 1143/99 – Portaria n.º 413/02); Educação Ambiental ( Lei Federal n.º 9795/99 –
Decreto n.º 4281/02); História do Paraná. ( Lei n.º 13,181/01); Música( Leinº11769/08);
Direito dos Idosos( Lei 10.741/03) e Educação para o Trânsito( Lei 9.503/97.
Estas demandas possuem historicidade, em sua grande maioria fruto das
contradições da sociedade capitalista, outras vezes oriundas dos anseios dos
movimentos sociais e por isto, prementes na sociedade contemporânea. São aspectos
considerados de grande relevância para comunidade escolar, pois estão presentes nas
experiências, práticas, representações e identidades dos educandos e educadores.
Os “Temas Socioeducacionais” correspondem a questão importantes,
urgentes e presentes sob várias formas na vida cotidiana, um conjunto articulado e
aberto a novos temas, buscando um trabalho didático que compreende sua complexidade
e sua dinâmica, dandolhes a mesma importância das áreas convencionais, é necessário
que a escola trate de questões que interferem na vida dos educandos e com os quais se
veem confrontados no seu dia a dia. Todos os temas fazem parte da Proposta Pedagógica
Curricular das disciplinas e contemplados nos Planos de Trabalho docente de acordo
com a proximidade do conteúdo trabalhado. No mês de novembro todas as áreas darão
conclusão aos trabalhos do ano com apresentação das temáticas em forma de painéis,
oficinas e apresentações.
4.18.1 História e Cultura AfroBrasileira e Indígena (Lei n.º 11.645/2008)
Vivemos um momento ímpar e histórico na educação, passando pela
democratização dos saberes, ou ainda melhor dizendo, buscando o fortalecimento e a
aproximação dos educandos, no sentido de pertencimento e de participação em ações
visando o enriquecimento de valores e de qualidade nas relações humanas.
Com esse propósito, respeitamos a Diversidade existente dentro de nosso
ambiente escolar, assegurando o direito à igualdade com equidade de oportunidades,
mas isto não significa um modo igual de educar a todos, mas uma forma de respeito as
diferenças individuais, priorizando em nossas ações a participação e à aprendizagem de
todos, independentemente de quaisquer que sejam suas singularidades.
Destacamos aqui as populações do campo, faxinalenses, agricultores
familiares, trabalhadores rurais temporários, acampados, assentados, negras e negros,
povos indígenas, jovens, adultos e idosos não alfabetizados, pessoas lésbicas, gays,
travestis e transexuais. Bem como daremos continuidade às discussões etnicorraciais.
Para isso, nossa escola tem buscado respaldo, orientações, e em especial
atitudes coletivas, as quais devem ser constantes, pois é de grande significado para todos
os profissionais da educação, o reconhecimento dos diferentes sujeitos (educandos e
educadores) e os condicionantes sociais que determinam o sucesso ou o fracasso
escolar, de forma que possamos criar mecanismos para o enfrentamento dos diversos
preconceitos existentes e garantir o direito ao acesso e a permanência com qualidade no
processo educacional.
Ressaltamos também, nossas atividades relacionadas à Educação das
Relações Etnicorraciais, e ao ensino da temática da História da Cultura AfroBrasileira,
Africana e Indígena, essas ações são resultantes que nós educadores desta instituição de
ensino assumimos na perspectiva de uma escola pública, necessária para o
desenvolvimento de uma sociedade democrática, pluriétnica e multicultural.
4.19 Realidade Global da Educação no País
A situação educacional no Brasil é organizada de acordo com diretrizes
gerais, estabelecidas para orientar a formação básica comum a ser assegurada a toda a
população do País.
Essas diretrizes envolvem os níveis, estadual e municipal , onde políticas de
atendimento e de funcionamento do sistema escolar, atendem as possibilidades e
realidades de cada região.
Cabe a cada escola dentro dessas diretrizes ( LDBN, Diretrizes Nacionais e
Estaduais, Proposta Curricular da EJA) definir o perfil, adequando essas orientações à
sua comunidade escolar, ao contexto sócioeconômicocultural, à disposição física de
seu estabelecimento, aos seus recursos humanos, as orientações legais, ao Regimento
Escolar e ao Regulamento Interno, procurando a melhor forma de concretizar e delinear
o caminho para promover de maneira competente o ensino.
A realidade brasileira em relação à educação é consequência da realidade
capitalista e consumista pela qual toda sociedade perpassa, uma estrutura piramidal e
linear que se caracteriza pelo poder concentrado, pela divisão do trabalho, pelo controle
e por uma gestão autocrática.
Urge a necessidade de modificar tal situação. Não se concebe mais uma
instituição autoritária com poder centralizado, onde algumas pessoas detêm
conhecimentos, informações e tomam decisões.
A escola atual prioriza o processo pedagógico ao administrativo, a
participação efetiva de todos os envolvidos neste processo para a unidade e integração
do todo, facilitando a comunicação, o aprendizado, a transparência, a abertura e o
aproveitamento dos “saberes” e habilidades descentralizando o poder.
A solidificação dos novos paradigmas educacionais está emergindo, falase
em um novo cidadão, uma nova sociedade e uma nova escola. A valorização do
indivíduo e do coletivo ao mesmo tempo com igualdade, justiça, equidade; um cidadão
sujeito que age vencendo obstáculos e superando dificuldades pelo “poder” do
conhecimento; e uma escola democrática , autônoma e de qualidade.
A necessidade da reorganização da Escola faz com que se construa um
projeto educacional próprio que atenda está nova concepção, considerando a realidade
contextual, os limites, os recursos e as possibilidades para a organização e definição do
trabalho educativo, o qual possibilitará intervenções na modificação da sociedade.
Até a 2ª Guerra Mundial, a Educação de Adultos no Brasil era integrada à
Educação Popular, ou seja, uma educação para o povo, difusão do ensino elementar.
Somente depois da 2ª Guerra Mundial é que a Educação de Adultos foi
concebida como independente do ensino elementar.
De acordo com Paiva (apud Gadotti, 1995, p. 31), a Educação de Adultos,
em âmbito histórico, pode ser dividida em três períodos:
1º de 1946 a 1958, quando foram realizadas campanhas nacionais de
iniciativa oficial para erradicarse o analfabetismo;
2º de 1958 a 1964. Em 1958 foi realizado o 2º Congresso Nacional de
Educação de Adultos, tendo a participação marcante de Paulo Freire. Esse congresso
abriu as portas para o problema da alfabetização que desencadeou o Plano Nacional de
Alfabetização de Adultos, dirigido por Paulo Freire e extinto pelo Golpe de Estado de
1964.
3º O MOBRAL, que foi concebido como um sistema que visava ao
controle da alfabetização da população, principalmente a rural. Com a redemocratização
(1985), a "Nova República" extinguiu o MOBRAL e criou a Fundação Educar. Assim
sendo, a Educação de Adultos foi enterrada pela "Nova República".
Em 1989, em comemoração ao Ano Internacional da Alfabetização, foi
criada, no Brasil, a Comissão Nacional de Alfabetização, coordenada inicialmente por
Paulo Freire e depois por José Eustáquio Romão.
Com o fechamento da Fundação Educar, em 1990, o Governo Federal
ausentase desse cenário educacional, havendo um esvaziamento constatado pela
inexistência de um órgão ou setor do Ministério da Educação voltado para esse tipo de
modalidade de ensino.
A falta de recursos financeiros, aliada à escassa produção de estudos e
pesquisas sobre essa modalidade, tem contribuído para que essa educação se torne uma
mera reprodução do ensino para jovens e adultos.
Isso explica o histórico distanciamento entre sociedade civil e Estado no que
diz respeito aos problemas educacionais brasileiros.
Muito se tem falado de educação de qualidade para todos, direito previsto na
Declaração Mundial sobre Educação para Todos e da LDBN nº 9.394/96.
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9.394/96, constam no
Título V, Capítulo II, Seção V, dois Artigos relacionados, especificamente, à Educação
de Jovens e Adultos:
Art. 37 A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jovens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as características do alunado, seus interesses, condições de vida e trabalho, mediante cursos e exames.
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas e complementares entre si.
Art. 38 Os sistemas de ensino manterão cursos e exames supletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular.§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizarseão: I. no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maiores de quinze anos; II. no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores de dezoito anos. § 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educandos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante exames.
No Plano Nacional de Educação, temos como um dos objetivos e
prioridades:
Garantia de ensino fundamental a todos os que não tiveram acesso na idade própria ou que não o concluíram. A erradicação do analfabetismo faz parte dessa prioridade, considerandose a alfabetização de jovens e adultos como ponto de partida e intrínseca desse nível de ensino. A alfabetização dessa população é entendida no sentido amplo de domínio dos instrumentos básico da cultura letrada, das operações matemáticas elementares, da evolução histórica da sociedade humana, da diversidade do espaço físico e político mundial da constituição brasileira. Envolve, ainda, a formação do cidadão responsável e consciente de seus direitos. (Plano Nacional de Educação introdução: objetivos e prioridades dois)
Apesar de todas essas propostas, Freire (apud Gadotti, 1979, p. 72),
esclarece “ a UNESCO mostra, através de dados, que o número de analfabetos no
mundo tem aumentado e o Brasil engrossa cada vez mais essas estatísticas”.
Esse fracasso, de acordo com Freire (apud Gadotti, 1979, p. 72), “ pode ser
explicado por vários problemas, tais como: a concepção pedagógica e os problemas
metodológicos, entre outros”. A Educação de Jovens e Adultos deve ser sempre uma
educação multicultural, uma educação que desenvolva o conhecimento e a integração na
diversidade cultural, como afirma Gadotti (1979), “uma educação para a compreensão
mútua, contra a exclusão por motivos de raça, sexo, cultura ou outras formas de
discriminação e, para isso, o educador deve conhecer bem o próprio meio do educando,
pois somente conhecendo a realidade desses jovens e adultos é que haverá uma
educação de qualidade”.
O Brasil é um país extenso e populoso, que possui uma organização político
administrativa descentralizada em 26 estados e 5.561 municípios bastante heterogêneos
quanto à população, aos recursos econômicos e ambientais. A economia brasileira
encontrase entre as 15 maiores do globo.
Apesar do dinamismo econômico, é um dos países do mundo com maior
desigualdade social, com elevadas parcelas da população excluídas dos benefícios
econômicos e sociais. A escolaridade média dos brasileiros com mais de dez anos de
idade, conforme INEP (2003) foi de 6,1 anos de estudos em 2001; no Nordeste, essa
média era de 4,7 anos de estudos, enquanto no Sudeste a escolaridade média alcançava
6,8 anos. O cenário econômico desfavorável incidiu sobre as demandas por
escolarização, fator determinante na competição por ocupações e salários no mercado de
trabalho. Os novos postos de trabalho passaram a exigir maior escolaridade, enquanto
isso as pessoas tiveram menos possibilidade de acesso à escola.
É neste contexto que encontramos a educação de jovens, adultos e idosos
trabalhadores, segundo dados da Revista Nova Escola (nov. 2003) são mais de 65
milhões os jovens, adultos e idosos que não concluíram o ensino básico. Muitos destes
milhões, já estão frequentando a escola, são mais de 4,2 milhões de alunos em escolas
de EJA. Contudo é preciso garantir que alunos não abandonem o estudo, através de
metodologias que usem a realidade do aluno como eixo condutor das aprendizagens, os
horários de aulas conforme a rotina do trabalho e conteúdos significativos.
Assim sendo, todas as ações voltadas à superação do analfabetismo e a
constante busca de conhecimento formal, impõe aos Governos federal, estadual e
municipal uma soma de responsabilidade e esforços sociais para mudar esta realidade.
A educação de adultos exige uma inclusão que tome por base o reconhecimento do jovem e adulto como sujeito. Colocanos o desafio de pautar o processo educativo pela compreensão e pelo respeito do diferente e da diversidade: ter o direito a ser igual quando a diferença nos inferioriza e o de ser diferente quando a igualdade nos descaracteriza. Ao pensar no desafio de construirmos princípios que regem a educação de adultos, há de buscarse uma educação qualitativamente diferente, que tem como perspectiva uma sociedade tolerante e igualitária, que a reconhece ao longo da vida como direito inalienável de todos. (SANTOS, 2004).
A Educação de Jovens e Adultos – EJA, enquanto modalidade educacional
que atende a educandostrabalhadores, tem como finalidade e objetivos o compromisso
com a formação humana e com o acesso ao conhecimento científico, de modo a que os
educandos venham a participar política e produtivamente das relações sociais, com
comportamento ético e compromisso político, através do desenvolvimento da autonomia
intelectual e moral.
Tendo em vista este papel, a educação deve voltarse para uma formação na qual os educandostrabalhadores possam: aprender permanentemente, refletir criticamente; agir com responsabilidade individual e coletiva; participar do trabalho e da vida coletiva; comportarse de forma solidária; acompanhar a dinamicidade das mudanças sociais; enfrentar problemas novos construindo soluções originais com agilidade e rapidez, a partir da utilização metodologicamente adequada de conhecimentos científicos, tecnológicos e sóciohistóricos. (KUENZER, 2000, p. 40).
Sendo assim, para a concretização de uma prática administrativa e
pedagógica verdadeiramente voltada à formação humana, é necessário que o processo
ensinoaprendizagem, na Educação de Jovens e Adultos seja coerente com:
a) o seu papel na socialização dos sujeitos, agregando elementos e valores
que os levem à emancipação e à afirmação de sua identidade cultural;
b) o exercício de uma cidadania democrática, reflexo de um processo
cognitivo, crítico e emancipatório, com base em valores como respeito mútuo,
solidariedade e justiça;
c) os três eixos articuladores do trabalho pedagógico com jovens, adultos e
idosos – cultura, trabalho e tempo;
Segundo as Diretrizes Curriculares Estaduais de EJA, as relações entre
cultura, conhecimento e currículo, oportunizam uma proposta pedagógica pensada e
estabelecida a partir de reflexões sobre a diversidade cultural, tornandoa mais próxima
da realidade e garantindo sua função socializadora – promotora do acesso ao
conhecimento capaz de ampliar o universo cultural do educando – e, sua função
antropológica que considera e valoriza a produção humana ao longo da história.
A compreensão de que o educando da EJA relacionase com o mundo do
trabalho e que através deste busca melhorar a sua qualidade de vida e ter acesso aos
bens produzidos pelo homem, significa contemplar, na organização curricular, as
reflexões sobre a função do trabalho na vida humana.
É inerente a organização pedagógicocurricular da EJA, a valorização dos
diferentes tempos necessários à aprendizagem dos educandos de EJA, considerando os
saberes adquiridos na informalidade das suas vivências e do mundo do trabalho, face à
diversidade de suas características. Para tanto, é necessário a cada momento fazer o
aluno pensar, analisar, sistematizar, criticar, criar, classificar, tirar conclusões,
estabelecer relações, argumentar, avaliar, etc. Para isso é preciso que os professores
trabalhem, com metodologias participativas, desafiadoras, problematizando os
conteúdos e estimulando o aluno a pensar, formar hipóteses, a descobrir, a falar, a
questionar, a colocar suas opiniões, com o grupo classe, defendendo e argumentado seus
pontos de vista. É função da escola propiciar no aluno a formação dessas habilidades.
E ainda, conforme as Diretrizes Curriculares Estaduais de Educação de
Jovens e Adultos no Estado do Paraná:
I a EJA deve constituirse de uma estrutura flexível, pois há um tempo
diferenciado de aprendizagem e não um tempo único para todos os educandos, bem
como os mesmos possuem diferentes possibilidades e condições de reinserção nos
processos educativos formais;
II o tempo que o educando jovem, adulto e idoso permanecerá no processo
educativo tem valor próprio e significativo, assim sendo à escola cabe superar um
ensino de caráter enciclopédico, centrado mais na quantidade de informações do que na
relação qualitativa com o conhecimento;
III os conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar articulados à
realidade, considerando sua dimensão sóciohistórica, vinculada ao mundo do trabalho,
à ciência, às novas tecnologias, dentre outros;
IV a escola é um dos espaços em que os educandos desenvolvem a
capacidade de pensar, ler, interpretar e reinventar o seu mundo, por meio da atividade
reflexiva. A ação da escola será de mediação entre o educando e os saberes, de forma a
que o mesmo assimile estes conhecimentos como instrumentos de transformação de sua
realidade social;
V o currículo na EJA não deve ser entendido, como na pedagogia
tradicional, que fragmenta o processo de conhecimento e o hierarquiza nas matérias
escolares, mas sim, como uma forma de organização abrangente, na qual os conteúdos
culturais relevantes estão articulados à realidade na qual o educando se encontra,
viabilizando um processo integrador dos diferentes saberes, a partir da contribuição das
diferentes áreas/disciplinas do conhecimento.
Por isso, a presente proposta e o currículo dela constante incluirá o
desenvolvimento de conteúdos e formas de tratamento metodológico que busquem
chegar às finalidades da educação de jovens e adultos, a saber:
I traduzir a compreensão de que jovens e adultos não são atrasados em seu
processo de formação, mas são sujeitos sóciohistóricoculturais, com conhecimentos e
experiências acumuladas, com tempo próprio de formação e aprendizagem;
II contribuir para a resignificação da concepção de mundo e dos próprios
educandos;
III o processo educativo deve trabalhar no sentido de ser síntese entre a
objetividade das relações sociais e a subjetividade, de modo que as diferentes linguagens
desenvolvam o raciocínio lógico e a capacidade de utilizar conhecimentos científicos,
tecnológicos e sóciohistóricos;
IV possibilitar trajetórias de aprendizado individuais com base na
referência, nos interesses do educando e nos conteúdos necessários ao exercício da
cidadania e do trabalho.
V fornecer subsídios para que os educandos tornemse ativos, criativos,
críticos e democráticos.
Em síntese, o atendimento a escolarização de jovens, adultos e idosos, não
referese exclusivamente a uma característica etária, mas a articulação desta modalidade
com a diversidade sóciocultural de seu público, composta, dentre outros, por
populações do campo, em privação de liberdade, com necessidades educativas especiais,
indígenas, que demandam uma proposta pedagógicocurricular que considere o
tempo/espaço e a cultura desses grupos.
5 PROPOSIÇÕES DE AÇÕES
5.1 Atribuições
Ao diretor cabe administrar o Centro de Educação Básica para Jovens e
Adultos, junto com os órgãos colegiados, coordenando a execução de um plano de
trabalho, construído coletivamente, no sentido de elevar os padrões de qualidade do
estabelecimento escolar.
Em linhas gerais, o diretor trabalha com uma equipe constituída por diretor
auxiliar, pedagogos, professores e agentes educacionais I e II. É responsável por
gerenciar todas as atividades pedagógicas e administrativas realizadas no Centro
Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos.
O principal papel deste líder é agir como motivador, responsável pela
integração e articulação das diversas atividades internas e externas, para viabilização de
uma política institucional em educação na forma presencial, assim como pela definição
de operações e tomada de decisões, para que os objetivos fundamentais do curso sejam
alcançados.
Cumpre ao diretor ser um articulador dos diferentes segmentos escolares em
torno da Proposta Pedagógica que se quer desenvolver. Quanto maior for essa
articulação, melhor poderão ser desempenhadas suas próprias tarefas, seja no aspecto
organizacional ou da comunidade em que a escola está inserida.
Com as atuais diretrizes, de uma gestão democrática a escola passa a ser um
espaço com autonomia administrativa e pedagógica, o que exige, consequentemente, um
colegiado capacitado a gerir, com competência, os recursos financeiros que estão sendo
descentralizados e gestar todos os aspectos pedagógicos, desde o currículo até as
atividades de aperfeiçoamento dos professores, que passam a ser competência da escola.
Operando a partir dos dados da realidade e das condições concretas
existentes nas escolas, esperase que o gestor incentive o trabalho em equipe, de modo a
mobilizar a comunidade escolar em torno do compromisso com a qualidade do ensino
público.
5.1.1 Compete ao Diretor
convocar integrantes da comunidade escolar para elaboração do Plano
Anual e do Regulamento Interno do Estabelecimento de Ensino, submetendoo à
apreciação e aprovação do Conselho Escolar;
elaborar os planos de aplicação financeira, a respectiva prestação de conta
e submeter à apreciação e aprovação do Conselho Escolar;
elaborar e submeter à aprovação do Conselho Escolar às diretrizes
específicas de administração deste estabelecimento, em consonância com as normas e
orientações gerais da Secretaria de Estado da Educação;
coordenar a implementação das Diretrizes Pedagógicas, aplicar normas,
procedimentos e medidas administrativas de acordo com instruções da Secretaria de
Estado da Educação;
supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e
pedagógico do estabelecimento;
coordenar e supervisionar os serviços da secretaria escolar.
abrir espaço para discussão, avaliação e intercâmbio, interno e externo das
experiências de sucesso;
implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das
responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo no CEEBJA;
gerenciar toda equipe escolar, tendo em vista a racionalização e eficácia
dos resultados;
coordenar a equipe pedagógica (vicediretor, coordenadores e professores)
para a coleta e análise dos indicadores educacionais, para a elaboração e implementação
do plano de trabalho;
administrar os serviços de apoio às atividades escolares, de modo a
estimular a participação desses serviços nos processos decisórios da escola;
− negociar, com competência, para harmonizar interesses divergentes e
estabelecer relacionamentos nutrientes, levando em conta as necessidades de todos os
envolvidos direta ou indiretamente;
− cumprir e fazer cumprir o Decreto 4837 de 04 de junho de 2012 e o
regulamento que dispõe sobre a implantação do Programa Brigada Escolar – Defesa
Civil da Escola;
− coordenar a elaboração da Brigada Escolar, participar, atuar, subsidiar a
equipe pedagógica, professores, funcionários e alunos, conforme treinamento;
deferir as matrículas, no prazo estipulado pela legislação.
Ao diretor compete também
Executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
Portanto, o Diretor exerce sempre a função de liderança na escola, mas uma
liderança como modelo participativo, capaz de dividir o poder de decisão dos assuntos
escolares com toda a sua equipe, criando e estimulando a participação de todos. A
liderança, como modelo participativo, requer um profissional que possua:
comunicação;
ética;
empreendedorismo;
capacidade de reunir, analisar e socializar Informações;
acessibilidade;
capacidade de construção de cadeias de relacionamentos;
motivação;
compromisso;
agilidade;
Capacidade de administração de conflitos
Capacidade de desenvolvimento de trabalho coletivo.
Deve agregar as competências de saber
agir;
mobilizar;
transferir;
aprender;
se engajar;
ter visão estratégica;
assumir responsabilidades.
5.1.2 Compete ao Diretor Auxiliar
assessorar o diretor em todas as suas atribuições;
substituir o diretor em suas faltas e impedimentos.
5.1.3 Compete ao Professor Pedagogo
O Professor Pedagogo deve buscar a efetivação do currículo escolar, num
processo dinâmico, contínuo, sistemático e integrado aos demais profissionais
envolvidos, o desenvolvimento de um trabalho coletivo, envolvendo toda a equipe
pedagógica (pedagogos, coordenadores de ações pedagógicas), para planejar,
implementar e avaliar programa de Educação Continuada para os docentes, a partir das
necessidades pedagógicas apresentadas.
Deve ser um incansável pesquisador, oferecendo metodologias adequadas e
adaptadas à realidade da escola, pois sociedade e empresa exigem novas habilidades e
competências do aluno trabalhador. Deve oferecer aos demais profissionais um trabalho
pautado em subsídios teóricos de relevante importância, possibilitando aos professores
segurança e modificações em suas práticas pedagógicas de forma a beneficiar a
aprendizagem dos alunos.
O entendimento das diversas concepções existentes sobre o homem,
possibilitará a ele realizar uma leitura de currículo que venha ao encontro da
necessidade para formar cidadãos responsáveis e conscientes de seus deveres e,
principalmente, conhecedores de seus direitos, envolvendo nas discussões os demais
profissionais da instituição.
O professor pedagogo comprometido com seu trabalho, bem como com os
resultados apresentados pelos educandos, deve planejar suas ações e encaminhamentos a
partir das avaliações realizadas coletivamente com os profissionais envolvidos no
processo ensino e aprendizagem e proporcionar aos mesmos, reflexão sobre a realidade
social na qual estão inseridos, de tal forma que compreendam os limites e possibilidades
existentes, favorecendolhes assim, o pleno desenvolvimento.
A ele cabendo também:
discutir com toda equipe pedagógica alternativas de trabalho, que motivem
os educandos durante o seu processo escolar;
planejar alternativas de trabalho a partir de indicadores educacionais
(evasão, repetência, transferências expedidas e recebidas e outros);
subsidiar na elaboração de plano de trabalho e ensino, a partir de
diagnóstico estabelecido;
acompanhar e avaliar a implementação das ações estabelecidas nos planos
de trabalho;
buscar aprimoramento profissional constante seja nas oportunidades
oferecidas pela mantenedora, pelo Estabelecimento ou por iniciativa própria;
coordenar estudos para definição de apoio aos educandos que apresentem
dificuldade de aprendizagem, para que a escola ofereça todas as alternativas possíveis de
atendimento;
coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes à
matrícula, transferência, classificação e reclassificação, aproveitamento de estudos e
conclusão de cursos;
participar de análise e discussão dos critérios de avaliação e suas
consequências no desempenho dos educandos;
promover a participação do Estabelecimento de Ensino nas atividades
comunitárias;
pesquisar e investigar a realidade concreta do educando historicamente
situado, oferecendo suporte ao trabalho permanente do currículo escolar;
integrar a presidência do Conselho Escolar, em caso da ausência do
Diretor, se não houver Diretor Auxiliar.
coordenar reuniões sistemáticas de estudos junto à equipe;
orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos para cada
disciplina;
subsidiar a Direção, com critérios, para definição do Calendário Escolar,
de acordo com as orientações do NRE;
analisar e emitir parecer sobre aproveitamento de estudos, em casos de
recebimento de transferências, de acordo com a legislação vigente;
participar, sempre que convocado, de cursos, seminários, encontros e
grupos de estudos;
coordenar a elaboração e execução da Proposta Pedagógica da escola;
acompanhar o processo de ensino, atuando junto aos professores e
educandos, no sentido de analisar os resultados da aprendizagem e traçar planos de
recuperação;
O professor pedagogo tem funções no contexto pedagógico e também no
administrativo, tais como:
orientar e acompanhar a elaboração dos guias de estudos de cada
disciplina;
coordenar e acompanhar ações pedagógicas descentralizadas e exames
supletivos quando, no estabelecimento, não houver coordenação (ões) específica(s)
dessa(s) ação (ões).
− executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora;
− atuar e participar na equipe do programa Brigadas Escolares e subsidiar
professores, funcionários e alunos, conforme treinamento.
As Coordenações de Ações Pedagógicas Descentralizadas – Coordenação Geral
e Coordenação Itinerante, bem como a Coordenação de Exames Supletivos, têm como
finalidade à execução dessas ações pelo Estabelecimento Escolar, quando autorizadas e
regulamentadas pela mantenedora.
5.1.4 Compete ao(s) Coordenador(es) de Ações Pedagógicas
Descentralizadas
receber e organizar as solicitações de Ações Pedagógicas Descentralizadas.
organizar os processos dessas Ações para análise pelo respectivo NRE.
elaborar os cronogramas de funcionamento de cada turma da Ação.
digitar os processos no Sistema e encaminhar para justificativa da direção
do Estabelecimento.
acompanhar o funcionamento de todas turmas de Ações Pedagógicas
Descentralizadas vinculados ao Estabelecimento.
acompanhar a matrícula dos educandos e a inserção das mesmas no
Sistema.
organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
organizar as listas de frequência e de notas dos educandos.
enviar material de apoio didático para as turmas das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
responder ao NRE sobre todas as situações dessas turmas.
organizar o rodízio dos professores nas diversas disciplinas, garantindo o
atendimento aos educandos de todas as turmas.
orientar e acompanhar o cumprimento das atividades a serem executadas
durante as horasatividade dos professores.
realizar reuniões periódicas de estudo que promovam o intercâmbio de
experiências pedagógicas e a avaliação do processo ensinoaprendizagem.
elaborar materiais de divulgação e chamamento de matrículas em
comunidades que necessitam de escolarização.
acompanhar a ação dos Coordenadores Itinerantes.
tomar ciência e fazer cumprir a legislação vigente.
prestar à Direção, à Equipe Pedagógica do Estabelecimento e ao NRE,
quando solicitado, quaisquer esclarecimentos sobre a execução da escolarização pelas
Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua coordenação.
executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
5.1.5 Compete ao Coordenador Itinerante
acompanhar o funcionamento in loco das Ações Pedagógicas
Descentralizadas.
atender e/ou encaminhar as demandas dos professores e dos educandos.
verificar o cumprimento do horário de funcionamento das turmas.
observar e registrar a presença dos professores.
atender à comunidade nas solicitações de matrícula.
solicitar e distribuir o material de apoio pedagógico.
solicitar e distribuir as listas de frequência e de nota dos educandos.
encaminhar as notas e frequências dos educandos para digitação.
acompanhar o rodízio de professores, comunicando à Coordenação Geral
qualquer problema neste procedimento.
solicitar e organizar a documentação dos educandos para a matrícula.
acompanhar o funcionamento pedagógico e administrativo de todas as
turmas das Ações Pedagógicas Descentralizadas sob sua responsabilidade.
participar das reuniões pedagógicas e da hora atividade, juntamente com
os professores.
executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora.
5.1.6 Compete ao Coordenador de Exames
tomar conhecimento do edital de exames.
fazer as inscrições dos candidatos, conforme datas determinadas no edital.
verificar o número mínimo de candidatos inscritos para que os exames
possam ser executados.
digitar, no sistema, a inscrição dos candidatos.
conferir a inserção das inscrições dos candidatos no Sistema por meio da
emissão de Relatório de Inscritos.
solicitar credenciamento de outros espaços escolares, quando necessário,
para execução dos exames.
solicitar, por email ou ofício, com o conhecimento do NRE, as provas em
Braille e as ampliadas, das etapas a serem realizadas, quando for o caso.
solicitar, por email ou ofício, com o conhecimento do NRE, para o
DEJA/SEED, autorização para a realização de quaisquer bancas especiais.
comunicar ao NRE todos os procedimentos tomados para realização dos
Exames.
receber os materiais dos Exames Supletivos nos NREs.
capacitar a(s) equipe(s) de trabalho do Estabelecimento para a realização
dos Exames Supletivos, quanto ao cumprimento dos procedimentos, em especial a
organização e o preenchimento dos cartõesresposta.
acompanhar a aplicação das provas, para que transcorram com segurança e
tranquilidade, em conformidade com os procedimentos inerentes aos Exames.
divulgar as atas de resultado.
5.1.7 Compete aos Docentes da EJA
compromisso com a Proposta Pedagógica da EJA;
visão global do currículo e dos princípios de sua organização;
postura interdisciplinar e contextualizada;
planejamento de estratégias pedagógicas;
conhecimento da função social da EJA;
busca de aprimoramento profissional constante, seja por meio de
oportunidades oferecidas pela mantenedora, pelo Estabelecimento de Ensino ou por
iniciativa própria.
espírito de coletividade;
compromisso com as ações desenvolvidas regularmente e extra
curriculares pelo Estabelecimento de Ensino;
disponibilidade de horário de acordo com sua carga horária docente;
disposição para o trabalho coletivo.
Aos docentes cabe também
definir e desenvolver o seu plano de ensino, conforme orientações das
Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA e da proposta pedagógica deste
Estabelecimento Escolar.
conhecer o perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos.
utilizar adequadamente os espaços e materiais didáticopedagógicos
disponíveis, tornandoos meios para implementar uma metodologia de ensino que
respeite o processo de aquisição do conhecimento de cada educando jovem, adulto e
idoso deste Estabelecimento.
− executar a Avaliação Institucional conforme orientação da mantenedora;
− participar ativamente nos treinamentos da equipe do programa Brigadas
escolares, zelando e assegurando a participação dos alunos.
O docente suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede e
nas ações pedagógicas descentralizadas, bem como nos exames supletivos. Deverá atuar
em todas as formas de organização do curso: aulas presenciais coletivas e individuais.
O processo educativo precisa estar compromissado com a mudança social,
buscando garantir a formação de identidade dos cidadãos. Pensar na formação do jovem
e adulto trabalhador que responda as novas exigências desta sociedade, requer um
educador que garanta a interrelação personalizada e contínua do educando com o
sistema de ensino, propondo coletivamente as ações de intervenção, acompanhando e
avaliando sistematicamente o trabalho a ser realizado.
Por esse motivo, o docente deste estabelecimento de ensino deverá estar
consciente de que a escolarização de jovens e adultos trabalhadores precisa de ações
educativas inovadoras, que respondam às novas exigências de uma sociedade em
transformação.
O Corpo Docente será composto por profissionais qualificados, admitidos
para atuarem na rede pública estadual de ensino segundo critérios estabelecidos pela
entidade mantenedora, responsáveis por disciplinas constantes na matriz curricular.
Uma vez suprido neste Estabelecimento de Ensino deverá atuar na sede, nas
ações descentralizadas e em todas as formas de organização do curso (presencial
coletiva e individual), como também participar da aplicação dos exames supletivos,
podendo compensar as horas trabalhadas durante esse processo em horários e dias que
melhor atendam as demandas da escola.
5.1.8 Compete ao Secretário(a)
A secretaria é o setor que tem em seu encargo, todo registro de escrituração
escolar e correspondência do Estabelecimento de Ensino. Este serviço é coordenado e
supervisionado pela Direção, ficando a ela subordinado.
O cargo de Secretário (a) é exercido por um profissional devidamente
qualificado para o exercício desta função. Portanto, a organização, a minúcia, a
seriedade daqueles que ocupam este ambiente têm, obrigatoriamente, que fazer parte de
todas as suas ações.
distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus
auxiliares;
organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,
ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;
apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser
assinados;
executar os registros na documentação escolar referentes à matrícula,
transferência, classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos e conclusão de
cursos;
manter organizado o arquivo ativo e inativo da vida escolar do educando;
comunicar à Direção toda a irregularidade que venha ocorrer na Secretaria;
manter atualizados os registros escolares dos educandos no sistema
informatizado;
− manter atualizado o sistema de acompanhamento do
educando,considerando a organização da EJA prevista nesta proposta;
− participar quando convocado na equipe do programa Brigada escolares,
auxiliando sempre que necessário.
5.1.9 Compete ao Agente Educacional I
conhecer a proposta pedagógica, regimento escolar e a legislação que rege
o registro de documentação escolar do educando;
participar de reuniões, encontros e/ou cursos, sempre que convocados e por
iniciativa própria, com o intuito de aprimoramento profissional;
auxiliar em todas as atividades desenvolvidas pela escola;
atender às solicitações do Diretor;
efetuar a limpeza periódica para garantir a segurança e o funcionamento
dos equipamentos existentes na escola;
racionalizar os serviços sob sua responsabilidade para uma melhor
produtividade;
não permitir o uso de material e/ou máquinas por pessoas estranhas a esse
setor;
receber, estocar e controlar o material de consumo, de limpeza e
equipamento;
solicitar à direção a reposição de material de consumo e de equipamentos;
zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, atentando para eventuais
anormalidades;
acompanhar os alunos em atividades extraclasse e extracurricular quando
solicitado;
agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção
do ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio escolar.
− solicitar à direção a reposição de material de consumo e de peças de
equipamentos;
zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, atentando para eventuais
anormalidades;
acompanhar os alunos em atividades extraclasse e extracurricular quando
solicitado;
− agir como educador na construção de hábitos de preservação e
manutenção do ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio escolar;
_ participar quando convocado na equipe do programa Brigada escolares, auxiliando
sempre que necessário.
5.1.10 Compete ao Agente Educacional II
conhecer a proposta pedagógica, regimento escolar e a legislação que rege
o registro de documentação escolar do educando;
participar de reuniões, encontros e/ou cursos, sempre que convocados e por
iniciativa própria, com o intuito de aprimoramento profissional;
auxiliar em todas as atividades desenvolvidas pela escola;
atender às solicitações do Diretor;
atender os educandos, professores e o público em geral informando sobre o
processo educativo, veiculado pelo Estabelecimento de Ensino;
utilizar somente as matrizes curriculares autorizadas pelo órgão
competente;
utilizar somente as matrizes curriculares autorizadas pelo órgão
competente;
efetuar os registros sobre o processo escolar e arquivar a documentação em
pastas individualizadas, expedindo toda a documentação: declarações; fichas de controle
de notas e frequência individual e coletivo; certificados; históricos escolares;
transferências; relatórios finais; estatísticas; e outros documentos, sempre que
necessário;
providenciar o material utilizado nos recursos materiais (computadores,
impressoras, fotocopiadora, entre outros), bem como zelar pelo bom uso e manutenção
dos equipamentos e materiais;
não permitir o uso de material e/ou máquinas por pessoas estranhas a esse
setor;
providenciar, quando necessário, serviços de artes gráficas, impressão e
reprodução de materiais, com a devida autorização da Direção;
solicitar à direção a reposição de material de consumo e de equipamentos;
atuar como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e
tecnologia;
acompanhar os alunos quando solicitado em atividades extraclasse ou
extracurriculares;
catalogar e registrar livros, fitas, DVDs, fotos, textos, CD;
registrar todo material didático existente na biblioteca;
restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura;
atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção
do banco de dados;
zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da
biblioteca;
quando solicitado, participar das capacitações propostas pela SEED ou
outras de interesse da unidade escolar;
decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na
pratica escolar;
executar outras atividades correlatas às ora descritas;
manusear e operar os equipamentos e materiais da sala de Recursos
Audiovisuais;
−atender aos educandos e interessados que ali se dirigem para receber
orientações;
_ participar quando convocado na equipe do programa Brigada escolares, auxiliando
sempre que necessário.
5.1.11 Compete aos Operadores e/ou Técnicos
registrar, tombar, codificar e classificar os equipamentos e materiais do
setor;
manusear e operar os equipamentos e materiais da sala de Recursos
Audiovisuais;
atender aos educandos e interessados que ali se dirigem para receber
orientações;
zelar pelo bom uso e manutenção dos equipamentos e materiais;
controlar a produtividade do setor, frequência, tempo e material;
fazer previsão de estoque de peças de reposição;
sugerir aquisição de outros equipamentos e de novos audiovisuais, bem
como, montar slides, executar gravações e outros;
fornecer aos diversos setores do estabelecimento de ensino a relação dos
Recursos Audiovisuais existentes;
manter intercâmbio, por meio da Direção, com entidades públicas e
particulares envolvidas com audiovisuais;
elaborar relatório sobre as atividades do setor;
− operar os equipamentos da sala de projeção;
_ participar quando convocado na equipe do programa Brigada
escolares, auxiliando sempre que necessário.
5.2 Plano de Ação do Estabelecimento de Ensino 2012
Objetivos Gerais
Promover a autonomia pedagógicoadministrativa, garantindo a
continuidade aos educandos e educandas no processo de construção do conhecimento da
EJA, gerindo os recursos financeiros oriundos da SEED e gerenciando todos os aspectos
pedagógicos, desde o currículo até as atividades de aperfeiçoamento dos professores.
Ações
elaborar os planos de aplicação financeira, junto a APAF (Associação de
Professores, Alunos e Funcionários) e a proceder à prestação de contas à comunidade
escolar, submetendoos à apreciação e aprovação do Conselho Escolar.
submeter à aprovação do Conselho Escolar às diretrizes específicas
elaboradas pela administração deste estabelecimento, em consonância com as normas e
orientações gerais da Secretaria de Estado da Educação.
coordenar os estudos e implementação das Diretrizes Pedagógicas, de
acordo com instruções da Secretaria de Estado da Educação e Núcleo Regional de
Ensino.
supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e
pedagógico do estabelecimento, de forma colegiada.
gerenciar o Plano de Capacitação dos profissionais de educação que atuam
neste estabelecimento de ensino, em consonância com a EJA.
implementar uma gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das
responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo no CEEBJA.
gerenciar toda equipe escolar, tendo em vista a qualidade e eficácia dos
resultados.
estimular o desenvolvimento de Projetos de Arte e Lazer, deslocando o
jovem e o adulto da perspectiva de sala de aula, com o objetivo de dar vez e voz a
diversidade cultural, partilhando os seus valores individuais adquiridos em sua prática
social.
coordenar a equipe pedagógica (vicediretor, coordenadores e professores)
para a coleta e análise dos indicadores educacionais que levem todo o colegiado à
retomada das ações visando à qualidade do trabalho pedagógico.
buscar parcerias junto às entidades educacionais da região com o objetivo
de implementar a prática pedagógica dos educadores (palestras, grupos de estudos e
outros).
solicitar à comunidade acadêmica o desenvolvimento de atividades de
enriquecimento extracurricular, a exemplo, minicursos, oficinas, palestras de acordo
com os interesses evidenciados pelos educandos.
administrar de acordo com as possibilidades do Estabelecimento, os
recursos financeiros, materiais e humanos, para o desenvolvimento das atividades
pedagógicas escolares, estimulando a participação e a interdisciplinaridade.
CRONOGRAMAAÇÕES 1º SEMESTRE
20122º SEMESTRE
2012
Organizar cronograma das matriculas do CEEBJA de acordo com o calendário estabelecido pela Secretaria de Estado da Educação.
X X
Gerenciar o trabalho da Equipe Técnico Administrativo de maneira a atender com eficiência as solicitações da comunidade escolar de acordo com as orientações da EJA e NRE no que concerne a documentação do CEEBJA.
X X
Acompanhar o desenvolvimento do trabalho da Equipe de Apoio, proporcionando recursos materiais, bem como ressaltar a importância do trabalho junto à comunidade escolar.
X X
Estabelecer contato com a Secretaria de Educação do Município para a implantação das Ações Pedagógicas Descentralizadas – APED, atendendo a solicitação da comunidade e aprovação do NRE.
X
Acompanhar as atividades pedagógicas desenvolvidas nas APED. X X
Organizar a Semana Pedagógica de acordo com as orientações da Secretaria de Educação e Núcleo Regional de Ensino.
X X
Supervisionar o andamento da Proposta Pedagógica da EJA, subsidiando o trabalho docente.
X X
Promover reuniões de informação, em grupo e individualmente, sobre a Proposta Pedagógica para os educandos e educandas no que concerne ao seu cronograma de estudos.
X X
Elaborar os planos de aplicação financeira, junto a APAF. X X
Prestar contas à comunidade escolar da receita da APAF e das despesas subsidiadas pela mesma, bem como as subsidiadas pela SEED – Fundo Rotativo e Merenda.
X X
Supervisionar as atividades dos órgãos de apoio, administrativo e pedagógico do estabelecimento de forma colegiada.
X X
Gerenciar o Plano de Capacitação dos profissionais de educação que atuam neste estabelecimento de ensino, em consonância com a EJA.
X X
Implementar a gestão participativa, estimulando o desenvolvimento das responsabilidades individuais e promovendo o trabalho coletivo no CEEBJA.
X X
Coordenar a equipe pedagógica (vicediretor, coordenadores e professores) para a coleta e análise dos indicadores educacionais que levem todo o colegiado à retomada das ações visando à qualidade do trabalho pedagógico ao término de cada semestre.
X
Buscar parcerias junto às entidades educacionais da região com o objetivo de implementar a prática pedagógica dos educadores (palestras, grupos de estudos e outros).
X
Solicitar à comunidade acadêmica o desenvolvimento de atividades de enriquecimento extracurricular, a exemplo, minicursos, oficinas, palestras de acordo com os interesses evidenciados pelos educandos.
X X
Dar suporte para a execução das atividades extracurriculares. X X
Promover encontros de confraternização e integração entre os diversos segmentos da comunidade escolar.
X X
Avaliação do Plano de Ação
A gestão democrática se fundamenta em processos de decisão coletiva, na
socialização do conhecimento e na construção da cidadania, promovendo a efetiva
participação e envolvimento de todos os segmentos escolares: educandos e educandas
(sujeitos do processo), professores, equipe administrativopedagógica, de apoio e
comunidade.
Nessa perspectiva, no CEEBJA de Guarapuava, o Conselho Escolar será o
articulador do processo de avaliação do Plano de Ação da Direção, que acontecerá
anualmente, com o objetivo de acompanhar e monitorar a execução das ações efetivadas
e em andamento, bem como a divulgação dos resultados a comunidade escolar
(Universidade, EJA, NRE e outros) e a APAF (Associação de Professores, Alunos e
Funcionários).
Diante dos resultados obtidos, serão retomadas as ações desenvolvidas,
valorizando as experiências positivas, implementando outras alternativas que
contribuam com a melhoria da qualidade do processo educacional.
5.3 Plano de Ação Equipe Pedagógica
Apresentação
A gestão democrática passa a ser vista sob o ponto da
organização coletiva da escola em função dos seus sujeitos. Organizarse coletivamente
exige rigor teóricoprático de quem organiza, decide, dirige, debate, discute a
organização escolar. Significa permitir o trabalho específico e ao mesmo tempo,
orgânico dos sujeitos em função das necessidades históricosociais dos seus alunos.
Tomaremos aqui, em especial, a possibilidade de trabalho do pedagogo, na tentativa de
entender seu papel como mediador da intencionalidade educativa da escola, pela via
dos diferentes segmentos que a compõe.
Assim, se a pedagogia estuda as práticas educativas tendo em vista explicitar
finalidades, objetivos sociopolíticos e formas de intervenção pedagógica para a
educação, o pedagógico se expressa, justamente, na intencionalidade e no
direcionamento dessa ação. Esse posicionamento é necessário, porque as práticas
educativas não se dão de forma isolada das relações sociais, políticas, culturais e
econômicas da sociedade.
De acordo com Pimenta (2001, p. 13), as profissões são históricas e
respondem a determinadas necessidades sociais. Nesse contexto, uma das principais
bandeiras a ser implementada pela escola hoje, consequentemente pelo pedagogo, é
a participação através da gestão democrática.
O pedagogo atuará como mediador e articulador favorecendo a criação de
mecanismos de participação coletiva com pais, alunos, professores, direção e
funcionários.
Para Pimenta,
Pedagogo é o profissional, que atua em várias instâncias da prática educativa, direta ou indiretamente ligadas à organização e aos processos de transmissão e assimilação ativa de saberes e modos de ação, tendo em vista objetivos de formação humana, definidos em uma contextualização histórica. (1996, p.116117)
Com relação ao pedagogo e a gestão escolar o edital n.º 10/2007 de seleção
para o concurso público da Secretaria de Estado da Educação do Paraná, indica como
sua atribuição com relação à gestão a coordenação e acompanhamento da efetivação do
Projeto Político Pedagógico de forma coletiva, tendo em vista a concepção de
sociedade, de homem que se pretende enquanto instituição pública. Ainda estipula as
seguintes atribuições:
coordenar a elaboração coletiva e acompanhar a efetivação do Projeto
Político Pedagógico e do Plano de Ação da Escola;
promover e coordenar reuniões pedagógicas e grupos de estudo para
reflexão e aprofundamento de temas relativos ao trabalho pedagógico e para a
elaboração de propostas de intervenção na realidade da escola;
participar e intervir, junto à direção, da organização do trabalho
pedagógico escolar no sentido de realizar a função social e a especificidade da
educação escolar;
sistematizar, junto à comunidade escolar, atividades que levem à efetivação
do processo ensino e aprendizagem, de modo a garantir o atendimento às necessidades
do educando;
participar da elaboração do projeto de formação continuada de todos os
profissionais da escola e promover ações para a sua efetivação, tendo como finalidade a
realização e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar;
analisar as propostas de natureza pedagógica a serem implantadas na
escola, observando a legislação educacional em vigor e o Estatuto da Criança e do
Adolescente, como fundamentos da prática educativa;
coordenar a organização do espaçotempo escolar a partir do Projeto
PolíticoPedagógico e da Proposta Pedagógica Curricular da Escola;
orientar a comunidade escolar na proposição e construção de um projeto
pedagógico numa perspectiva transformadora.
Ademais, o papel do pedagogo legitimase não tão somente na mediação
da gestão escolar mas no movimento de organização do currículo pela via da gestão.
É dentro destas contradições que se analisa o papel do currículo.
Entendendo o Plano de Trabalho Docente como expressão do currículo em
sala de aula e que este, na sua natureza não é neutro, pois os conteúdos “selecionados”
também não são neutros, uma vez que expressam e legitimam uma intencionalidade e
estão voltados para as finalidades da educação e para quem se destina, é papel do
pedagogo articular os conteúdos à concepção de homem, sociedade e educação
pensados coletivamente no Projeto PolíticoPedagógico da escola e, a partir daí,
direcionar explicitamente a prática educativa. Sob esta perspectiva, o Plano de Trabalho
Docente é político e pedagógico, pois permite a dimensão transformadora do conteúdo.
O Plano de Trabalho Docente é um documento que antecipa a ação do
professor, organizando o processo de ensino e aprendizagem. Nele se pensa o que fazer,
como fazer, quando fazer, com que fazer e para quem fazer, e é papel do pedagogo fazer
a articulação entre a teoria e a metodologia, dentro das condições concretas de ensino e
aprendizagem, uma vez que, como responsável pela organização do trabalho pedagógico
da escola como um todo, deve conhecer as possibilidades e as relações dos diversos
contextos que a constituem, sendolhe possível prever e prover, de forma sistemática, os
recursos e a distribuição do tempo e espaço escolares, para que as atividades planejadas
sejam realizadas, além de analisálas quanto à sua efetividade para promoção da
aprendizagem.
Com esse enfoque, o Edital do concurso para pedagogos n.10/2007,
especifica, dentre outras, as funções atribuídas ao pedagogo na articulação do Plano de
Trabalho Docente, sendo elas:
apresentar propostas, alternativas, sugestões que promovam o
desenvolvimento e o aprimoramento do trabalho pedagógico escolar, conforme PPP,
PPC, Pano de ação e políticas educacionais da SEED;
orientar o processo de elaboração dos PTD junto ao coletivo de professores
na escola;
- organizar a hora atividade do coletivo de professores da escola, de maneira
a garantir que esse espaço/tempo seja usado em função do processo pedagógico
desenvolvido em sala de aula.
Sendo assim, cabe ao pedagogo em sua prática pedagógica junto à equipe
docente: mediar a concepção posta no Projeto PolíticoPedagógico e na Proposta
Pedagógica Curricular, garantindo a sua intencionalidade no Plano de Trabalho
Docente.
A educação, numa concepção transformadora, pressupõe tomar o aluno na
sua totalidade, não em um momento reduzido como “aluno”, e isso implica em
entendêlo dentro de uma dinâmica social, onde as ações são determinadas. Essa
compreensão remete à ideia de atividade humana como práxis que, segundo Marx
(apud Martins, 2004, p. 58), “... encerra uma tríplice orientação: o que fazer, para que
fazer e como fazer, efetivandose apenas em condições sociais coletivas.”
É dessa ideia de práxis, sempre intencional, que a ação do
pedagogo junto ao professor, permite realizar o trabalho educativo, descrito por
Saviani como “(...) ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo
singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos
homens”, já que “(...) o indivíduo da espécie humana não nasce homem; ele se torna
homem, se forma homem (...) precisa ser educado.” (Saviani apud Martins, 2004, p.
46).
Fragmento do texto O PAPEL DO PEDAGOGO NA GESTÃO:
POSSIBILIDADES DE MEDIAÇÃO DO CURRÍCULO. SEED/PR
5.3.1 Plano de Ação Equipe Pedagógica – SEDEPROBLEMÁTICA AÇÃO DURAÇÃO
Abandono/Desistências dos educandos(as) de EJA.
Alternativas de trabalho a partir de indicadores educacionais (evasão, repetência, transferências e outros).
Durante o ano.
Dificuldades encontradas pelos professores na condução da proposta da EJA.
Subsidiar na elaboração de Plano de Trabalho e Ensino, acompanhar e implementar as ações. Durante o ano.
Ingresso de todos os alunos do CEEBJA.
Reunião de informação com detalhes e explanação de toda a organização, funcionamento da escola e proposta pedagógica da EJA.
Quinzenal.
Dificuldade de aprendizagem apresentadas pelos educandos(as) da EJA.
Coordenar estudos para definição de apoio aos educandos, para que a escola ofereça todas as alternativas possíveis de atendimento.
Sempre que houver
necessidade.
Dificuldades apresentadas pelos educandos(as) no cotidiano da escola.
Atendimento imediato coletivo ou individual para resolução do problema.
Sempre que houver
necessidade.
Agendamento. Visitas: museus, cinemas, universidades, parques, viagens, teatro etc.
Quando solicitado pelos
professores.
Hora Atividade. Acompanhar as atividades desenvolvidas pelos professores.
Semanalmente.
Reunião Pedagógica. Realizar com os professores reuniões técnicas, estudos pedagógicos e de formação.
Semanalmente/Semensalmente.
Avaliação, recuperação paralela e e retomada de conteúdos.
Promover reflexões sobre a avaliação como meio de verificação do ensino e aprendizagem.Recuperação dos conteúdos e não apenas de notas.
Durante o período escolar.
Matrícula. Atender a comunidade nas solicitações de matrícula.
No decorrer do ano.
Documentação dos alunos. Solicitar aos alunos a documentação necessária à matrícula. No decorrer do
ano.
Orientação sobre documentos/leis. Coordenar e supervisionar as atividades administrativas referentes a matrícula, transferência, classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos e conclusão de cursos.
No decorrer do ano.
Significação dos conteúdos. Pesquisar e investigar a realidade concreta do educando historicamente situado, oferecendo suporte ao trabalho permanentemente do currículo escolar.
Durante o ano.
Organização de calendário. Subsidiar a direção, com critérios, para definição do calendário escolar de acordo com as orientações do NRE.
Final/Início do ano letivo.
Organização das aulas e dos horários.
Elaboração de cronograma de disciplinas e organização de individuais e coletivos Semestralmente.
Organização de formatura. Realização da solenidade da formatura, com o apoio da equipe técnicoadministrativa.
No final do ano.
5.3.2 Plano de Ação Equipe Pedagógica – Coordenação Itinerante das
APED'sPROBLEMÁTICA AÇÃO DURAÇÃO
Estrutura física e condições de ensino nas APED'S.
Acompanhar “in loco” o trabalho desenvolvido em sala de aula e o funcionamento da APED'S.
Decorrer do ano letivo
Organização das atividades; cumprimento dos horários de entrada e saída.
Estabelecer um contrato pedagógico a partir das normas do CEEBJA, atendendo os interesses da coletividade.
Início do ano, renovando a cada
início de disciplina.
Excesso de alunos faltosos e desistentes
Valorizar os esforços individuais dos alunos em estudar após jornada de trabalho; Conscientizar os alunos da necessidade de formação educacional; incentivar a frequência diária; acompanhar a frequência /ausência dos alunos.
No decorrer da disciplina
Significação dos conteúdos escolares, contextualizandoos no cotidiano.
Desenvolver atividades curriculares e extras curriculares adequadas às necessidades e perfil dos alunos da EJA
No decorrer da disciplina
Hora atividade Realizar com os professores reuniões técnicas, estudos pedagógicos e formação através de oficinas por disciplinas e áreas de interesse; Vivência e motivação grupal; Avaliação em processo.
Semanalmente
Acompanhar as atividades desenvolvidas pelos professores.
Avaliação, recuperação paralela e retomada de conteúdos.
promover reflexões sobre a avaliação como meio de verificação do ensino e aprendizagem; recuperação da aprendizagem dos conteúdos e não apenas de notas, visando uma aprendizagem efetiva.
Ao longo do período escolar
Sala de aula: Ambiente cooperativo e democrático.
Levar os alunos à compreensão de que o ambiente sala de aula é um microcosmo social.
No decorrer dos cursos
Matrícula Atender à comunidade nas solicitações de matrícula.
Início de cada disciplina
Documentação dos alunos. Solicitar aos alunos a documentação necessária à matrícula, visando a organização da vida escolar junto a Secretaria.
No início e decorrer do curso
Rodízio de professores Acompanhar o rodízio de professores, atendendo às necessidades da instituição e dentro do possível a dos professores, objetivando uma melhor organização das APED'S.
No decorrer do período letivo
5.4 Plano de Ação Agente Educacional I e II
O homem constrói sua especificidade e se constrói enquanto ser histórico à medida que transcende o mundo natural pelo trabalho. Ao transcender a mera natureza (tudo aquilo que não depende de sua vontade de sua ação), o homem ultrapassa o nível da necessidade e transita no âmbito da liberdade. A liberdade é, pois, o oposto do espontaneísmo, da necessidade natural; é algo construído pelo homem à medida que constrói sua própria humanidade. (PARO, 2004 – p. 107)
PROBLEMÁTICA AÇÃO PERÍODO
Atendimento ao Público(Agente Educacional I e II)
Viabilizar um atendimento eficiente à comunidade escolar
No decorrer do ano
Matrícula(Agente Educacional II)
Atender a comunidade nas solicitações de matrícula
No decorrer do ano
Documentação dos alunos(Agente Educacional II)
Solicitar aos alunos a documentação necessária à matrícula
No decorrer do ano
Documentação da Secretaria (Agente Educacional II)
Organizar os documentos de modo que sempre estejam em dia
No decorrer do ano
Limpeza e organização do ambiente escolar
(Agente Educacional I )
Efetuar a limpeza e manter em ordem as instalações escolares.
No decorrer do ano
Orientações aos professores(Agente Educacional II)
Dar suporte aos professores nas questões relacionadas à secretaria
No decorrer do ano
Sistema SEJA(Agente Educacional II)
Lançamento de notas, matrículas, abertura/encerramento de turmas
No decorrer do ano
Compete ao Secretário (a)
distribuir as tarefas decorrentes dos encargos da Secretaria aos seus
auxiliares;
organizar e manter em dia a coletânea de leis, regulamentos, diretrizes,
ordens de serviço, circulares, resoluções e demais documentos;
rever todo o expediente a ser submetido a despacho do diretor;
apresentar ao diretor, em tempo hábil, todos os documentos que devam ser
assinados;
executar os registros na documentação escolar referentes à matrícula,
transferência, classificação, reclassificação, aproveitamento de estudos e conclusão de
cursos;
manter organizado o arquivo ativo e inativo da vida escolar do educando;
comunicar à Direção toda a irregularidade que venha ocorrer na Secretaria;
manter atualizados os registros escolares dos educandos no sistema
informatizado;
− manter atualizado o sistema de acompanhamento do educando,
considerando a organização da EJA prevista nesta proposta.
5.4.1 Compete aos Agentes Educacionais I
conhecer a proposta pedagógica, regimento escolar e a legislação que rege
o registro de documentação escolar do educando;
participar de reuniões, encontros e/ou cursos, sempre que convocados e por
iniciativa própria, com o intuito de aprimoramento profissional;
auxiliar em todas as atividades desenvolvidas pela escola;
atender às solicitações do Diretor;
efetuar a limpeza periódica para garantir a segurança e o funcionamento
dos equipamentos existentes na escola;
racionalizar os serviços sob sua responsabilidade para uma melhor
produtividade;
não permitir o uso de material e/ou máquinas por pessoas estranhas a esse
setor;
receber, estocar e controlar o material de consumo, de limpeza e
equipamento;
solicitar à direção a reposição de material de consumo e de equipamentos;
zelar pela segurança das pessoas e do patrimônio, atentando para eventuais
anormalidades;
acompanhar os alunos em atividades extraclasse e extracurricular quando
solicitado;
agir como educador na construção de hábitos de preservação e manutenção
do ambiente físico, do meio ambiente e do patrimônio escolar.
5.4.2 Compete aos Agentes Educacionais II
conhecer a proposta pedagógica, regimento escolar e a legislação que rege
o registro de documentação escolar do educando;
participar de reuniões, encontros e/ou cursos, sempre que convocados e por
iniciativa própria, com o intuito de aprimoramento profissional;
auxiliar em todas as atividades desenvolvidas pela escola;
atender às solicitações do Diretor;
atender os educandos, professores e o público em geral informando sobre o
processo educativo, veiculado pelo Estabelecimento de Ensino;
utilizar somente as matrizes curriculares autorizadas pelo órgão competen
te;
efetuar os registros sobre o processo escolar e arquivar a documentação em
pastas individualizadas, expedindo toda a documentação: declarações; fichas de controle
de notas e frequência individual e coletivo; certificados; históricos escolares; transferên
cias; relatórios finais; estatísticas; e outros documentos, sempre que necessário;
providenciar o material utilizado nos recursos materiais (computadores,
impressoras, fotocopiadora, entre outros), bem como zelar pelo bom uso e manutenção
dos equipamentos e materiais;
não permitir o uso de material e/ou máquinas por pessoas estranhas a esse
setor;
providenciar, quando necessário, serviços de artes gráficas, impressão e re
produção de materiais, com a devida autorização da Direção;
solicitar à direção a reposição de material de consumo e de equipamentos;
atuar como educador e gestor dos espaços e ambientes de comunicação e
tecnologia;
acompanhar os alunos quando solicitado em atividades extraclasse ou ex
tracurriculares;
catalogar e registrar livros, fitas, DVDs, fotos, textos, CD;
registrar todo material didático existente na biblioteca;
restaurar e conservar livros e outros materiais de leitura;
atender aos alunos e professores, administrando o acervo e a manutenção
do banco de dados;
zelar pelo controle e conservação dos documentos e equipamentos da bi
blioteca;
quando solicitado, participar das capacitações propostas pela SEED ou ou
tras de interesse da unidade escolar;
decodificar e mediar o uso dos recursos pedagógicos e tecnológicos na
pratica escolar;
executar outras atividades correlatas às ora descritas;
manusear e operar os equipamentos e materiais da sala de Recursos Audio
visuais;
atender aos educandos e interessados que ali se dirigem para receber orien
tações.
5.5 Plano de Ação– Educação Especial
Inclusão Escolar
Todo ser humano tem o direito fundamental a educação, pois todos possuem
características, interesses, habilidades e necessidades de aprendizagem que são únicas.
Aqueles com necessidades educacionais têm direito ao acesso à escola regular com
metodologia que atenda essas necessidades. A escola deve olhar mais o potencial de tais
pessoas, que os impedimentos, pois segundo a Constituição Federal de 1988, a Lei
9394/96 LDB, o Parecer CNE/CEB n.º 17/2001, a Resolução CNE/CEB n.º 02/01
garantem a educação e o atendimento especializado, na rede regular de ensino a alunos
com necessidades especiais.
O principio fundamental da escola inclusiva é garantir que todos aprendam
juntos, sempre que possível, independentemente de qualquer dificuldade ou diferença
que possam ter. A escola deve reconhecer e responder as necessidades diversas de seus
alunos, assegurando uma educação de qualidade a todos, por meio de um currículo
apropriado, arranjos organizacionais, estratégias de ensino e uso de recursos diversos.
A aprendizagem deve ser adaptada às necessidades dos educandos, ao invés
de se exigir a adaptação dos mesmos às condições preconcebidas e aos regimentos
internos, respeitando o ritmo e a natureza do processo de aprendizagem de cada um.
Deficiência Visual
O aluno cego ou com baixa visão depende do professor especialista e dos
professores que desempenham um importante papel no processo de integração do aluno
nas classes de EJA.
Apesar do avanço no atendimento educacional oferecido aos deficientes
visuais, ainda precisam dos serviços educacionais como o apoio em braile, em material
ampliado ou outras adaptações de materiais, para promover com qualidade e equidade,
assegurando as reais condições de igualdade para o acesso, permanência e o êxito do
aluno.
O professor especialista tem como função a formação pedagógica e
humanista, despertando no aluno qualidades e capacidade colaborando com a sua
socialização.
Função do especialista:
- produzir em braile o conteúdo solicitado pelo professor;
- transcrever material para o professor avaliar;
- ampliação do material seguindo as necessidades do aluno em tamanho e
tonalidade;
- uso de lentes especiais para facilitar a visão de detalhes;
- participar da elaboração da proposta pedagógica da escola;
- orientar a equipe escolar quanto aos procedimentos e estratégias de
inclusão dos alunos com D.V.;
- fornecer orientações e prestar atendimento aos responsáveis pelos alunos.
Surdos
A inclusão de surdos nas escolas regulares pressupõe a necessidade de
transformação nos sistemas educacionais para tornar relevante a aprendizagem destes
educandos.
Atualmente, tem crescido o interesse de educadores, linguistas, psicólogos e
outros, pela pesquisa na área da surdez, tendo em vista a escrita atípica dos surdos em
contextos escolares pela interação dos mesmos no plano visuogestual.
A escrita do educando surdo, não segue a mesma construção dos ouvintes,
que se apoiam na linguagem oral para produzir sua escrita.
As Línguas de Sinais não possuem registro escrito, por isso, o texto criado
por um surdo contém alternâncias entre língua oral e de sinais. Mas, para os surdos é
importante a apropriação da língua escrita, para melhor interagir com os ouvintes.
Portanto, educadores que são contemplados com surdos inclusos em suas
salas de aula, devem ter claro que a Língua de Sinais é a Língua natural dos mesmos e
que servirá como medidora e apoio na aprendizagem do Português, que para eles será
uma segunda língua.
E para isso o professor deverá abordar os conteúdos respeitando essa
singularidade e na avaliação aceitar a individualidade e a especificidade dos surdos sem
comparalos aos ouvintes, mas preservar uma educação de qualidade também aos
surdos.
Função do interprete de LIBRAS:
- atuar junto aos professores em sala de aula sendo um mediador e não um
auxiliar;
- interpretar da melhor maneira possível o locutor falante ou as solicitações
dos surdos;
- traduzir para o surdo em LIBRAS o conteúdo e as discussões em sala de
aula e para o Português as solicitações dos surdos;
- interpretar fielmente o locutor;
- usar os vários recursos necessários para traduzir adequadamente o assunto
explicitado, facilitando a compreensão para o surdo;
- conhecer cada educando surdo, respeitando suas particularidades;
- ser ético quando as particularidades de cada educando;
- orientar os professores quanto aos procedimentos e estratégias de inclusão
dos alunos surdos em turmas de EJA.
Procedimentos e estratégias de inclusão:
Professores
A presença do interprete em sala de aula não garante acesso ao
conhecimento para a pessoa surda. É preciso fazer ajustes curriculares, complementando
peculiaridades e aspectos culturais da comunidade surda.
A relação professor/interprete não pode resumirse a um “estar juntos numa
sala de aula”, mas precisa ser o resultado de uma construção conjunta e harmoniosa
visando o êxito dos educandos surdos.
Algumas considerações aos professores:
fazer adaptações metodológicas;
os conteúdos devem ser escritos;
as correções precisam ser escritas e não orais;
evitar falar e escrever ao mesmo tempo;
ilustrar o máximo possível as aulas, usando apoio audiovisual;
falar discretamente com o surdo e tratalo com naturalidade;
− usar linguagem clara e objetiva.
Deficiência Mental
O Nosso compromisso com o deficiente intelectual ou a todos aqueles que
têm suas funções intelectuais comprometidas é o mesmo que temos com os alunos que
estão dentro dos padrões da normalidade. É interessante saber, que as deficientes
intelectuais, apresentam dificuldades não só no seu desenvolvimento, mas também, no
seu comportamento, principalmente no aspecto da adequação ao contexto a que pertence
nas mais diversas esferas: comunicação, saúde, na segurança, no desempenho
acadêmico, no lazer e no campo profissional. É bom enfatizar que a deficiência
intelectual se caracteriza pelos transtornos no desenvolvimento, não por degenerações
cognitivas. A pessoa com deficiência intelectual mantém a percepção de si mesmo e da
realidade que a cerca, é capaz de tomar decisões importantes sobre a vida enquanto que
o doente mental tem seu discernimento comprometido, caracterizando um estado da
mente diferente do deficiente intelectual, é importante destacar, para nós professores que
uma porcentagem elevada dos deficientes intelectuais, manifesta algum tipo de ligação
com qualquer espécie de doença mental, tais como: a Síndrome do Pânico, depressão,
esquizofrenia, epilepsia e outras. As doenças mentais atingem o comportamento das
pessoas, pois lesam outras áreas cerebrais, não a inteligência, mas o poder de
concentração e o humor.
A partir do acima exposto o nosso objetivo maior no atendimento
educacional especializado ao deficiente intelectual é proporcionar a eles condições de
liberdade para que construam a sua inteligência, dentro dos recursos intelectuais que
possui, tornandose agente capaz de produzir significado/conhecimento. É importante
neste processo, intervir no sentido de fazer que esses alunos percebam que têm
capacidade de pensar, de realizar ações em pensamentos, de tomar consciência, que são
capazes de usa a inteligência que dispõem e de ampliála pelo seu esforço de
compreensão.
Nós professores devemos possibilitar ao aluno que aja com autonomia
escolhendo o caminho da solução e a sua maneira de atua inteligentemente.
Destacamos também que a socialização, tida com único objetivo de entrada
desses alunos na escola comum, principalmente os casos mais graves, não significam
que está havendo inclusão escolar, pois a verdadeira inclusão exige construções
cognitivas e compreensão em relação ao conhecimento e adaptações às necessidades
doa alunos. O que muitas vezes ocorre em nome de uma suposta socialização, é uma
tolerância da presença do aluno em sala de aula. O resultado dessa situação é a
perpetuação da segregação, mesmo que o aluno esteja frequentando um ambiente
escolar comum.
O atendimento educacional especializado na escola comum deverá acontecer
conforme a necessidade de cada caso, sem ter como intenção apenas o bom desempenho
escolar, mas sim, para que os professores se empenhem em entender como cada aluno
na sua forma ímpar de ser, lida com o conhecimento no seu processo construtivo.
Função do Professor de apoio Itinerante do D.M. ou D.F:
1 Contribuir para a ocorrência de reflexões sobre o aluno com deficiência
mental, na busca de caminhos para concretização do seu aprendizado;
2 Ampliar junto com o professor da disciplina, as possibilidades de
explicação e de realização das atividades propostas;
3 Apoiar e acompanhar os alunos e professores com relação as dúvidas e
inseguranças que possam ter;
4 Articular ações que valorizem a convivência entre os alunos do ensino
comum X do ensino especializado;
5 Assegurar matricula e atendimento compatível com a necessidade de cada
um;
6 Desenvolver mecanismos que realmente contribuam para o
desenvolvimento e aprimoramento do seu desempenho escolar;
7 Disponibilizar textos que com certeza contribuirão para um maior
esclarecimento e conhecimento das dificuldades que acometem nossos alunos, para
juntos buscarmos uma educação que seja de qualidade.
Deficiência Física/Neuromotora
Deficiência física é todo comprometimento da mobilidade, coordenação
motora geral ou da fala, causado por lesões neurológicas, neuromusculares e ortopédicas
ou ainda por má formação congênita ou adquirida.
O último censo realizado pelo IBGE, revelou que o Brasil tem 26,5 milhões
de pessoas portadoras de necessidades especiais. Desse total, cerca de 14% são
exclusivamente deficientes físicos.
Na Lei nº. 10.098, de 19 de dezembro de 2000 estabelece normas gerais e
critérios básicos para promoção da acessibilidade mediante a supressão de barreiras e de
obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma
de edifícios e nos meios de transportes e de comunicação. Nesta mesma lei física, todas
as escolas devem eliminar suas barreiras arquitetônicas tendo ou não alunos com
deficiência matriculados no momento.
Dentro deste contexto o atendimento ao deficiente físico no CEEBJA,
acontece com o apoio de um profissional especializado, o Professor de Apoio
Permanente.
O PACA (Professor de Apoio, Comunicação Alternativa), é um profissional
de apoio especializado, que atua no contexto da sala de aula, nos estabelecimentos do
Ensino Fundamental, Ensino Médio e Educação de Jovens e Adultos, para alunos com
deficiência física/neuromotora acentuada, com limitação na fala e na escrita.
Será assegurado o PACA aos alunos que apresentam dificuldades ao
expressaremse pela linguagem oral e escrita, sendo necessário para a sua interação o
uso de uma comunicação alternativa e suplementar, utilizados como meio facilitados do
processo ensino e aprendizagem.
Procedimentos e estratégias de inclusão:
Cabe ao PACA:
ter conhecimento prévio e domínio dos conteúdos e temas a serem
trabalhados pelo professor da classe comum;
participar do planejamento, junto ao professor da classe comum,
orientando quanto as adaptações que permitem ao aluno o acesso ao currículo, desde as
barreiras arquitetônicas até modificações mais significativas na organização de sala de
aula, dos materiais e recursos pedagógicos utilizados pelos alunos e pelo professor;
orientar o professor da classe comum no trabalho pedagógico a ser
desenvolvido com o aluno;
promover a interação entre os alunos com deficiência física/neuromotora e
os demais alunos da escola;
participar das atividades pedagógicas que envolvem o coletivo da escola;
viabilizar a participação efetiva do aluno nas diferentes situações de
aprendizagem e interação no contexto escolar e em atividades extraclasse;
buscar diferentes formas de comunicação alternativa e suplementar que
facilitem ao aluno interagir no processo ensino e aprendizagem;
apoiar o professor da elaboração de estratégia avaliativas para atender as
necessidades especificas dos alunos.
Ao Professor da Classe comum:
- fazer quando necessário adaptações metodológicas;
- viabilizar a participação do aluno nas atividades pedagógicas.
5.6 Plano de Trabalho Docente
Apresentação
O Plano de Trabalho Docente do Ensino Fundamental Fase I tem como
referência a Proposta Pedagógica Curricular da EJA do Estado do Paraná e a Proposta
Pedagógica do Ensino Fundamental – Fase I do MEC, onde encontramse elencados os
conteúdos que serão apresentados neste plano.
Sabemos que os motivos que levam os jovens e adultos à escola referemse
predominantemente às suas expectativas de conseguir um emprego melhor. Mas suas
motivações não se limitam a este aspecto. Muitos referemse também à vontade mais
ampla de “entender melhor as coisas”, “se expressar melhor”, de “ser gente”, de “não
depender sempre dos outros”. Referemse muitas vezes também ao desejo de ajudar os
filhos com os deveres escolares ou, simplesmente, de lhes dar um bom exemplo.
Todos os adultos, quando se integram a programas de educação básica, têm
uma ideia do que seja a escola, muitas vezes construída baseada na escola que eles
frequentaram brevemente quando crianças. Quase sempre, apesar de se referirem à
precariedade dessas escolas, lembram delas com carinho e sentem com pesar o fato de
terem tido de abandonála ou de nunca terem tido chance de frequentála. É provável
que esperem encontrar um modelo bem tradicional de escola, com recitação em coro do
alfabeto, pontos copiados do quadro negro, disciplina rígida, correspondendo a um
modelo que conheceram anteriormente. Com relação aos educandos com essas
expectativas, devemos ampliar seus interesses, mostrando que uma verdadeira
aprendizagem depende de muito mais que atenção às exposições do professor e
atividades mecânicas de memorização.
Com relação aos mais jovens, essa situação tende a ser diferente.
Especialmente nos centros urbanos, eles estão normalmente retornando depois de um
período recente de sucessivos fracassos na escola regular. Têm, portanto, uma relação
mais conflituosa com as rotinas escolares. Com relação a eles, o grande desafio é a
reconstrução de um vínculo positivo com a escola e, para tanto, devemos considerar as
expectativas, gostos e modos de ser característicos dos jovens.
A imagem que os educandos têm da escola tem muito a ver com a imagem
que têm de si mesmos dentro dela. Experiências passadas de fracasso e exclusão
normalmente produzem nos jovens e adultos uma autoimagem negativa. Nos mais
velhos, essa baixa autoestima se traduz em timidez, insegurança, bloqueios. Nos mais
jovens, é comum que a baixa autoestima se expresse pela indisciplina e autoafirmação
negativa (“se não posso ser reconhecido por minhas qualidades, serei reconhecido por
meus defeitos”). Em qualquer dos casos, é fundamental que ajudemos os educandos a
reconstruir sua imagem da escola, das aprendizagens escolares e de si próprios.
Desta forma, a educação de jovens, adultos e idosos através da proposta
aqui apresentada e conforme o que é determinado na legislação vigente, devolve aos
seus educandos a restauração do direito negado – o direito de uma escola de qualidade e
o reconhecimento da igualdade de qualquer cidadão, a possibilidade de reinserção no
sistema educacional e na sociedade; e da atualização permanente de conhecimentos com
base em valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça.
Entendemos que é preciso ultrapassar a ideia e a prática de se deter apenas
nos conteúdos disciplinares e inserir ao longo do trabalho docente, temas que venham
ao encontro das reais necessidades dos educandos.
Para isso, propõese um trabalho em conjunto com outros profissionais que
venham contribuir com palestras e esclarecimentos sobre assuntos de questões sociais,
ambientais e econômicas que se expressam na violência, na drogadição e na
sexualidade, entre outras.
É importante ressaltar que cabe ao educador, a partir da investigação dos
conhecimentos informais que os educandos têm sobre as disciplinas, sistematizar as
estratégias metodológicas, planejando o que será trabalhado dentro de cada um dos
conteúdos abordados, qual a intensidade de aprofundamento, bem como a articulação
entre os mesmos ou entre os tópicos de cada um através de um plano do trabalho
docente elaborado com vistas à superação de uma escola apenas transmissora do saber e
sim para uma escola transformadora da prática social.
Todos os planos de trabalho docente desta Instituição, encontramse
encadernados em volume único, anualmente e cada semestre, bem como estão
disponibilizados no Portal do dia dia Educação, página do CEEBJA Guarapuava para
consulta.
5.7 O Uso das Tecnologias e Multimeios na Escola
As tecnologias aliadas a construção do conhecimento, possibilitam aos
professores, educando e funcionários, formas diversas para ampliação dos saberes e
conhecimentos.
È importante que o uso das ferramentas tecnológicas estejam aliadas a um
processo crítico, reflexivo do fazer educacional, para que exista uma evolução no
processo de ensino e aprendizagem. Vale salientar, que esses recursos devem ser
adequados para cada momento dentro da escola.
O CEEBJA conta hoje com televisores multimídia em todas as salas de aula,
também possui projetor e laptop, para diversificar as estratégias de trabalho dos
educadores e laboratório de informática, recebido pelo Programa Paraná Digital.
Este laboratório pode ser usado pelos professores, alunos e funcionários da
instituição, conforme regulamento.
5.8 Organização do Trabalho Pedagógico
Este Estabelecimento Escolar funciona, no período vespertino e noturno,
nos turnos manhã, tarde e noite, de acordo com a demanda de alunos e com expressa
autorização do Departamento de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado
da Educação.
A vida escolar do aluno encontrase registrada na pasta de matrícula, nos
livros de registro de classe, nas fichas de acompanhamento do Individual, bem como, as
informações pertinentes ao rendimento escolar, carga horária e conclusão das disciplinas
encontramse registradas no Sistema SEJA e no histórico escolar.
O Relatório Final para registro de conclusão do Curso, é emitido pelo
estabelecimento de ensino a partir da conclusão das disciplinas constantes na matriz
curricular.
Este Estabelecimento Escolar, também executa ações pedagógicas
descentralizadas APEDs para atendimento de demandas específicas autorizado pelo
Departamento de Educação de Jovens e Adultos, da Secretaria de Estado da Educação –
na Fase II do Ensino Fundamental e Ensino Médio para moradores de difícil acesso a
este estabelecimento de ensino.
Os conteúdos escolares estão organizados por disciplinas. As disciplinas
referentes ao Ensino Fundamental Fase II estão dispostas nas Matrizes Curriculares, de
acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais.
As disciplinas são ofertadas de forma presencial, na organização coletiva e
individual, dependendo da condição e disponibilidade de tempo do educando.
Para a matrícula no Estabelecimento Escolar de Educação de Jovens e
Adultos, há que se considerar:
a) a idade para ingresso respeitará a legislação vigente;
b) aos educandos será exigida comprovação de escolaridade anterior;
c) será respeitada instrução própria de matrícula expedida pela mantenedora;
d) o educando do Ensino Fundamental – Fase II e do Ensino Médio, poderá
matricularse de uma a quatro disciplinas simultaneamente;
e) poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito
por meio de cursos organizados por disciplina ou de exames supletivos, apresentando
comprovação de conclusão da mesma;
f) o educando, oriundo de formas de organização de ensino diferentes da
ofertada neste Estabelecimento, que não comprovar conclusão de disciplina(s), poderá:
ser matriculado para cursar 100% (cem por cento) da carga horária total da disciplina ou
participar do processo de classificação ou ainda, de reclassificação após ter cumprido
25% (vinte e cinco por cento) da carga horária total da disciplina;
g) os conhecimentos adquiridos por meios informais pelos jovens, adultos e
idosos, que não participaram do processo de escolarização formal/escolar; que estão a
muitos anos sem participar dos processos de escolarização formal/escolar, ou que não
possuírem comprovante de escolaridade, poderão ser aferidos por procedimentos de
classificação, definidos no regimento escolar;
h) os educandos inseridos no processo de escolarização formal/escolar,
recebidos por transferência, deverão realizar matrícula inicial em até quatro disciplinas,
podendo participar dos processos de reclassificação – depois de cursado 25% da carga
horária total de cada disciplina;
i) será considerado desistente na organização individual, o educando que se
ausentar por 02 (dois) meses ou mais, devendo, para continuidade de seus estudos,
efetuar nova matrícula.
No ato da matrícula, conforme instrução própria da mantenedora, o
educando será orientado por equipe de professorpedagogo sobre: a organização dos
cursos, o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento escolar, a
duração e a carga horária das disciplinas.
O educando será orientado pelos professores das diferentes disciplinas, que
os receberá individualmente ou em grupos agendados, efetuando as orientações
metodológicas, bem como as devidas explicações sobre os seguintes Itens que compõem
o Guia de Estudos:
a organização dos cursos;
o funcionamento do estabelecimento: horários, calendário, regimento
escolar;
a dinâmica de atendimento ao educando;
a duração e a carga horária das disciplinas;
os conteúdos e os encaminhamentos metodológicos;
o material de apoio didático;
as sugestões bibliográficas para consulta;
a avaliação;
outras informações necessárias.
O material didático, indicado pela mantenedora, constituise como um dos
recursos pedagógicos do Estabelecimento Escolar da Rede Pública do Estado do Paraná
de Educação de Jovens e Adultos.
A avaliação será diagnóstica, contínua, sistemática, abrangente,
permanente; utilizarão técnicas e instrumentos diversificados, sempre com finalidade
educativa;
Para fins de promoção ou certificação, serão registradas 02 (duas) a 06 (seis)
notas por disciplina, que corresponderão às provas individuais escritas e também a
outros instrumentos avaliativos adotados, durante o processo de ensino, a que,
obrigatoriamente, o educando se submeterá na presença do professor, conforme descrito
no regimento escolar.
A avaliação será realizada no processo de ensino e aprendizagem,
sendo os resultados expressos em uma escala de 0 (zero) a 10,0 (dez v írgula
zero) e para fins de promoção ou certificação, a nota mínima exigida é 6,0 (seis
vírgula zero), de acordo com a Resolução n. º 3794/04 – SEED. O educando
deverá atingir, pelo menos a nota 6,0 (seis vírgula zero) em cada registro da avaliação
processual.
No decorrer do processo avaliativo o aluno terá direito à recuperação de
estudos, sempre que necessário para acréscimo ao processo de apropriação dos
conhecimentos.
Os resultados das avaliações dos educandos deverão ser registrados em
documentos próprios, a fim de que sejam asseguradas a regularidade e autenticidade da
vida escolar do educando.
O educando com necessidades educativas especiais, será avaliado não
por seus limites, mas pelos avanços que demonstrar de acordo com os critérios
estabelecidos pelos professores para cada disciplina, uma vez que a
aprendizagem não é algo estanque e sim, um processo.
A oferta da recuperação de estudos significa encarar o erro como hipótese
de construção do conhecimento, de aceitálo como parte integrante da aprendizagem,
possibilitando a reorientação dos estudos. Ela se dará concomitantemente ao processo
ensinoaprendizagem, considerando a apropriação dos conhecimentos básicos, sendo
direito de todos os educandos, independentemente do nível de apropriação dos mesmos.
A recuperação será também individualizada, organizada com atividades
significativas, com indicação de roteiro de estudos, entrevista para melhor diagnosticar o
nível de aprendizagem de cada educando.
Assim, principalmente para os educandos que não se apropriarem dos
conteúdos básicos, será oportunizada a recuperação de estudos por meio de exposição
dialogada dos conteúdos, de novas atividades significativas e de novos instrumentos de
avaliação, conforme o descrito no Regimento Escolar.
Os procedimentos de aproveitamento de estudos, classificação e
reclassificação estão regulamentados no Regimento Escolar e atenderão o disposto na
legislação vigente.
As ações desenvolvidas pelo Estabelecimento Escolar Estadual que oferta a
Educação de Jovens e Adultos, limitamse à jurisdição do Estado do Paraná, do Núcleo
Regional de Educação, podendo estabelecer ações pedagógicas descentralizadas, desde
que autorizadas pela mantenedora.
De todos os profissionais que atuam na gestão, ensino e apoio pedagógico
neste Estabelecimento Escolar na modalidade Educação de Jovens e Adultos, exigirseá
o profundo conhecimento e estudo constante da fundamentação teórica e da função
social da EJA, do perfil de seus educandos jovens, adultos e idosos; das Diretrizes
Curriculares Nacionais e Estaduais de EJA; bem como as legislações e suas
regulamentações inerentes à Educação e, em especial, à Educação de Jovens e Adultos.
5.9 Regime de Funcionamento
5.9.1 Educação de Jovens e Adultos – do perfil aos eixos articuladores
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional LDBEN nº 9394/96, em
seu artigo 37, prescreve que “a educação de jovens e adultos será destinada àqueles que
não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade
própria”. É característica dessa modalidade de ensino a diversidade do perfil dos
educandos, com relação à idade, ao nível de escolarização em que se encontram, à
situação sócioeconômica e cultural, às ocupações e a motivação pela qual procuram a
escola.
Conforme o artigo 1.º “A educação abrange os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais. A educação escolar deverá vincularse ao mundo do trabalho e
da prática social”.
Diante disso o educando de EJA tornase sujeito na construção do
conhecimento mediante a compreensão dos processos de trabalho, de criação, de
produção e de cultura cabendo ao processo educacional da EJA evidenciar possíveis
mudanças que apontem para uma nova relação entre ciência, trabalho e cultura, por
meio de uma base sólida de formação científica e histórica, que ajude os educandos a
desenvolverem todas as suas dimensões enquanto seres humanos.
Essas mudanças são norteadas, sobretudo, pelos valores apresentados na
Conferência Internacional de Hamburgo, na Lei 9394/96 e no Parecer 011/00, do
Conselho Nacional de Educação, que estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais
para Educação de Jovens e Adultos.
A prática educativa aqui proposta situase no interior desse processo de
mudanças. Respondendo aos desafios apresentados para a educação de jovens e adultos,
elegese três eixos articuladores da ação pedagógicocurricular sobre os quais edificar
seá a ação:
o primeiro constituise como cultura, elemento de mediação entre o
indivíduo e a sociedade, e nesse sentido, possui um duplo caráter: remete o indivíduo à
sociedade e é, também, o intermediário entre a sociedade e a formação do indivíduo.
Deste modo, tornase objeto da educação que se traduz, na escola, em atividade
curricular.
o segundo eixo, o trabalho, representa a dimensão histórica da
transformação do homem pelo processo de ir e vir, na ação de mudança da natureza, que
resulta em mudança no próprio ser. Neste sentido, observase a função da educação
como emancipatória, numa perspectiva que constitui os instrumentos da transformação
da realidade social, referenciados na moral, na criticidade, na liberdade individual, na
participação coletiva e na autonomia do pensar.
o terceiro eixo abordado, o tempo, de cada educando na dimensão escolar
compreende um tempo definido pelo período de escolarização e um tempo singular de
aprendizagem, que no caso dos educandos da EJA é bem diversificado, tendo em vista a
especificidade dessa modalidade de ensino que busca atender, ainda, o tempo de que o
educando dispõe para se dedicar aos estudos.
Considerando os três eixos articuladores que fundamentam a organização
das diretrizes curriculares para a EJA no estado do Paraná, as orientações metodológicas
estão direcionadas para um currículo do tipo disciplinar, que não deve ser entendido
como na pedagogia tradicional, que fragmenta o processo do conhecimento e o
hierarquiza nas matérias escolares. Cabendo ao professor participar ativamente da
constante construção curricular e se fundamentar para organizar o trabalho pedagógico a
partir dos conteúdos estruturantes de sua disciplina, como uma forma de organização
abrangente, na qual se encontra, viabilizado um processo integrador dos diferentes
saberes a partir da contribuição das diferentes áreas do conhecimento.
Quanto ao trabalho pedagógico escolar, deverá atender as necessidades de
ensino e aprendizagem no interior do espaço escolar e discutir a função desse espaço, o
qual sofre alterações conforme o período histórico e as necessidades sócias decorrentes
no nível de desenvolvimento da sociedade.
O trabalho docente deverá ser repensado constantemente para atender as
aspirações da comunidade escolar.
O Projeto Político Pedagógico PPP, a Proposta Pedagógica Curricular
PPC, o Plano de Trabalho Docente PTD e o Regimento Escolar devem ser elaborados,
revisados e reavaliados periodicamente, visando atender as necessidades atuais da
escola.
O trabalho coletivo deve ser priorizado para que haja interação, de modo a
possibilitar a construção de uma prática pedagógica coerente, envolvendo direção,
professores, equipe pedagógica e agentes educacionais, vidando um ensino de
qualidade.
A equipe pedagógica deverá dar suporte teórico metodológico ao trabalho
docente, respondendo pela mediação, organização, interação e articulação de todo o
trabalho pedagógico da escola.
Quanto aos conteúdos específicos de cada disciplina, deverão estar
articulados à realidade, considerando sua dimensão sóciohistórica, articulada ao mundo
do trabalho, à ciência, às novas tecnologias, entre outros. Com relação às perspectivas
dos educandos e seus projetos de vida, a EJA poderá colaborar para que os mesmos
ampliem seus conhecimentos de forma crítica, viabilizando a busca pelos direitos de
melhoria de sua qualidade de vida e construção da sua autonomia intelectual e moral,
que o levará a emancipação e ao exercício de uma cidadania democrática. Mediados
pelos conteúdos, os desafios educacionais contemporâneos, colaboram também no
desenvolvimento dessa criticidade nos alunos. Os desafios fazem com que os alunos
percebam que estão inseridos numa sociedade onde há uma diversidade, sem que o
professor precise parar com o conteúdo da disciplina para abordálos. Trazer os desafios
educacionais contemporâneos depende muito da sensibilidade e metodologia do
professor.
Desta forma, a educação de jovens, adultos e idosos através da proposta aqui
apresentada e conforme o que é determinado na legislação vigente, devolve aos seus
educandos a restauração do direito negado – o direito de uma escola de qualidade e o
reconhecimento da igualdade de qualquer cidadão, a possibilidade de reinserção no
sistema educacional e da atualização permanente de conhecimentos com base em
valores como respeito mútuo, solidariedade e justiça.
O educando do Centro Estadual de Educação Básica Para Jovens e Adultos
de Guarapuava é um sujeito com diferentes experiências de vida e que em algum
momento afastouse da escola devido a fatores sociais, econômicos, políticos e/ou
culturais. Entre esses fatores, destacase o ingresso prematuro no mundo do trabalho, a
evasão ou a repetência escolar.
Portanto, na EJA as matrículas seguem o previsto na Instrução Normativa nº
05/2010, que instrui:
MATRÍCULA PARA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
Na organização das ofertas, devese considerar a Proposta Pedagógico
Curricular de EJA e Regimento Escolar, vigentes e o contido nas Deliberações n.º 05/10
e 009/01 do Conselho Estadual de Educaçãoe Instrução 032/10 da SUED/SEED.
a) MATRÍCULA
Matrícula de Ingresso na Educação de Jovens e Adultos para alunos da sede
do estabelecimento escolar ou das ações pedagógicas descentralizadas:
Ensino Fundamental – Fase II a idade mínima é de 15 (quinze) anos
completos.
Ensino Médio: a idade mínima é de 18 anos completos.
A matrícula para os níveis Fundamental e Médio na EJA, darseá em
qualquer época do ano letivo, conforme prevê a proposta pedagógica, desde que
atendido o cronograma de oferta de disciplinas estabelecido pela escola.
Não haverá matrícula para o Ensino Fundamental Fase I nos
Estabelecimentos de Ensino da Rede Estadual de Ensino que ofertam EJA, exceto para
aqueles que funcionam nas Unidades Penais e para as APEDs especiais.
Poderão ser aproveitadas integralmente disciplinas concluídas com êxito
por meio de cursos organizados por disciplina, por exames supletivos, série(s) e de
período(s)/etapa(s)/semestre(s) equivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino regular,
mediante apresentação de comprovante de conclusão, conforme regulamentado no
Regimento Escolar.
− Para os educandos que não participaram do processo de escolarização
formal/escolar; bem como o educando desistente do processo de escolarização
formal/escolar, em anos letivos anteriores, poderão ter seus conhecimentos aferidos por
processo de classificação, definidos no Regimento Escolar.
b) REMATRÍCULA
É a renovação da matrícula do aluno no mesmo estabelecimento de ensino,
quer para a sede quer para a ação pedagógica descentralizada:
nos estabelecimentos estaduais de EJA a rematrícula será realizada quando
o aluno desistente retornar, após (2) dois anos, a contar da data da matrícula inicial na
disciplina.
c) TRANSFERÊNCIA
1) A transferência de EJA presencial para outro estabelecimento que oferta
EJA presencial, ambos da rede estadual de ensino, para os níveis Fundamental e Médio,
darseá em qualquer época do ano letivo, conforme prevê a proposta pedagógico
curricular, obedecendo aos seguintes procedimentos:
averiguar a disponibilidade de vaga, tanto na organização coletiva como na
organização individual, no estabelecimento de ensino de destino, na(s) disciplina(s)
pretendida(s).
em caso afirmativo, o estabelecimento de ensino de destino deverá expedir
uma declaração de vaga na(s) disciplina(s), de acordo com o estabelecido em seu
cronograma de oferta;
dentro do prazo determinado, apresentar no estabelecimento de ensino de
destino, os documentos necessários para matrícula: Declaração de vaga, Declaração de
transferência e Histórico Escolar.
Na transferência por disciplina em curso, na organização individual, é
exigido de fotocópia com “confere com o original” da Ficha de Registro de Avaliação,
Frequência e Conteúdo, com o registro das horas aula frequentadas, registro(s) de
nota(s), notas parciais e conteúdos desenvolvidos.
Na organização coletiva, fotocópia dos conteúdos desenvolvidos e
registrados no Livro Registro de Classe e a Ficha Individual (ou Declaração) com o
registro da carga horária ministrada e o número de faltas do aluno, o(s) registro(s) de
nota(s) e as notas parciais obtidas.
2) O aluno inserido no processo de escolarização formal/escolar, recebido
por transferência, oriundo de organização de ensino por série/ período/ etapa/semestre,
concluído(s) com êxito e equivalente(s) à conclusão de série(s) do ensino regular,
poderão requerer aproveitamento de estudos, mediante apresentação de comprovante de
conclusão da série/ período/ etapa/ semestre a ser aproveitado.
IMPORTANTE:
Para fins de transferência, a Declaração de Vaga para matrícula nas Ações
Pedagógicas Descentralizadas APEDs deve ser emitida pelos Estabelecimentos Sede
das APEDs.
d) APROVEITAMENTO DE ESTUDOS
Na EJA, o aluno oriundo de organização de ensino por disciplina/ série/
período/etapa/ semestre concluída com êxito, poderá requerer na matrícula inicial da
disciplina, aproveitamento de estudos, mediante apresentação de comprovante de
conclusão da série/período/etapa/semestre a ser aproveitada.
Os jovens e adultos que procuram este CEEBJA, têm a necessidade da
escolarização formal; seja pelas necessidades pessoais, seja pelas exigências do mundo
do trabalho. A dinâmica desenvolvida nesta modalidade de ensino possibilita a
flexibilização de horários e a organização do tempo escolar destes educandos,
viabilizando a conclusão dos seus estudos. Muitos dos adolescentes, jovens, adultos e
idosos aqui ingressos, trazem modelos internalizados durante suas vivências escolares
ou por outras experiências. O modelo predominante é o de uma escola com
características tradicionais, onde o educador exerce o papel de detentor do
conhecimento, e o educando de receptor passivo deste conhecimento.
Com base nesses modelos, muitos depositam na escola a responsabilidade
pela sua aprendizagem, havendo necessidade de romper com esses modelos e motivar a
autonomia intelectual, a fim de que se tornem sujeitos ativos do processo educacional.
Esses educandos possuem uma bagagem de conhecimentos adquiridos em outras
instâncias sociais, visto que, a escola não é o único espaço de produção e socialização
dos saberes.
Uma outra demanda a ser atendida pela EJA é a de pessoas idosas que
buscam a escola para desenvolvimento ou ampliação de seus conhecimentos, bem como
outras oportunidades de convivência. Incluise aqui o convívio social e a realização
pessoal. São pessoas que possuem uma temporalidade específica no processo de
aprendizagem. Assim sendo, a EJA é uma promessa de qualificação de vida para todos,
inclusive para os idosos que tem muito a ensinar. Ora isto requer algo mais desta
modalidade que tem diante si pessoas maduras e talhadas por experiências mais longas
de vida e de trabalho. Para tanto, devese dispensar atenção especial no atendimento
educacional a essa população.
Há na Educação de Jovens e Adultos (EJA) uma grande presença da mulher,
que durante anos sofreu, e por diversas vezes ainda sofre as consequências de uma
sociedade desigual com predomínio da tradição patriarcal, que a impediu das práticas
educativas em algum momento de sua história de vida.
Esta escola oferece também o atendimento a educandos com necessidades
educacionais especiais. Considerando a situação em que se encontram individualmente
estes educandos, devese priorizar ações educacionais específicas que oportunizem o
acesso, a permanência e o êxito destes no espaço escolar.
Uma vez que essa terminologia pode ser atribuída a diferentes grupos de
educandos, desde aqueles que apresentam deficiências permanentes até aqueles que, por
razões diversas, fracassam em seu processo de aprendizagem escolar, a legislação
assegura a oferta de atendimento educacional especializado aos educandos que
apresentam necessidades educacionais especiais decorrentes de:
deficiência intelectual, física/neuromotora, visual e auditiva;
TGD's – Transtornos Geral do Desenvolvimento, síndromes e quadros
psicológicos, neurológicos ou psiquiátricos;
superdotação/altas habilidades.
No ano de 2011 são atendidos neste Centro, 10 alunos surdos, 03 cegos
totais e 05 alunos com visão subnormal, 03 alunos com deficiência físicaneuromotora e
18 com deficiência intelectual e 04 com transtorno global de desenvolvimento. Todos
esses alunos dispõem de atendimento especializado, sendo uma intérprete de libras, uma
professora de apoio à comunicação alternativa, uma professora de apoio na área visual,
uma uma professora de apoio na área de deficiência intelectual e professora de
atendimento em sala de aula para aluno T.G.D.
O atendimento a esses alunos se efetiva no coletivo da sala de aula. Desse
modo, deslocase o enfoque do especial ligado ao educando para o enfoque do especial
atribuído à educação. Mesmo que os educandos apresentem características diferenciadas
decorrentes não apenas de deficiências, mas também, de condições sócioculturais
diversas e econômicas, os alunos têm direito a receber apoio diferenciado, visão uma
educação que privilegie as suas capacidades e não as suas limitações, fundamentado em
uma concepção de inclusão embasada nos princípios da heterogeneidade e da
diversidade, ou seja, educação como direito de todos e o atendimento a diversidade
cultural.
A inclusão, é um processo de diálogo e aprendizagem para todos, onde se
constrói novas formas de trabalhar, cooperativamente a partir das singularidades dos
sujeitos. Implica em um processo contínuo de melhorias com o fim de utilizar todos os
recursos disponíveis, especialmente os recursos humanos, para promover a participação
e aprendizagem de todos os alunos.
Sabendose que “o campo” retrata uma diversidade sóciocultural, que se dá
a partir dos sujeitos que nele habitam e que afirmação do campo enquanto espaço de
vida contribui para a autoafirmação da identidade destes indivíduos, no sentido da
valorização do seu trabalho, da sua história, da sua cultura e dos seus conhecimentos
este centro procura atender os trabalhadores rurais temporários e agricultores familiares,
tendo em vista a sua identidade construída a partir dos sujeitos sociais, que estabelecem
vínculos com um modo de organização e trabalho, com os saberes e culturas que se
produzem no campo, contudo sem perder de vista os conhecimentos e a cultura
historicamente acumulada na sociedade de um modo geral.
Em síntese, o atendimento à escolarização de jovens, adultos e idosos no
CEEBJA de Guarapuava, não se refere exclusivamente a uma característica etária, mas a
articulação desta modalidade com a diversidade sóciocultural de seu público,
composta, dentre outros, por populações do campo; trabalhadores urbanos; alunos com
necessidades educativas especiais; menores de idade cumprindo medidas sócio
educativas; comunidades indígenas; assentados e quilombolas que demandam uma
educação que considere o tempo/espaço e a cultura desses grupos.
Considerando esse perfil diferenciado dos educandos que aqui frequentam e
suas necessidades, assim como, as características próprias desta modalidade de ensino,
devese garantir o retorno e permanência destes educandos à escolarização formal, pela
manutenção da oferta da Educação de Jovens e Adultos no Estado do Paraná, através de
políticas públicas direcionadas especificamente a este atendimento, de forma
permanente e contínua, enquanto houver demanda. Diante disso, atendendo a este
princípio a Instrução conjunta nº 02/2010SEED/SUED/DAE, prevê o uso do nome
social nos registros escolares, exceto histórico escolar, para travestis e transsexuais para
que nesse espaço a diversidade se consolide e seja respeitada.
Este estabelecimento de ensino tem como uma das finalidades, a oferta de
escolarização de jovens, adultos e idosos que buscam dar continuidade a seus estudos no
Ensino Fundamental ou Médio, assegurandolhes oportunidades apropriadas,
consideradas suas características, interesses, condições de vida e de trabalho, mediante
ações didáticopedagógicas coletivas e/ou individuais.
Portanto, este Estabelecimento Escolar oferta Educação de Jovens e Adultos
– Presencial, que contempla o total de carga horária estabelecida na legislação vigente
nos níveis do Ensino Fundamental e Médio, com avaliação no processo.
Os cursos são caracterizados por estudos presenciais desenvolvidos de modo
a viabilizar processos pedagógicos, tais como:
pesquisa e problematização na produção do conhecimento;
desenvolvimento da capacidade de ouvir, refletir e argumentar;
registros, utilizando recursos variados (esquemas, anotações, fotografias,
ilustrações, textos individuais e coletivos), permitindo a sistematização e socialização
dos conhecimentos;
vivências culturais diversificadas que expressem a cultura dos educandos,
bem como a reflexão sobre outras formas de expressão cultural.
Para que o processo seja executado a contento, serão estabelecidos plano de
estudos e atividades. Tanto no atendimento individual como no coletivo, os educandos
recebem um Guia de Estudos da disciplina em curso.
Nesse sentido, a escolarização, em todas as disciplinas, será organizada de
forma coletiva e individual, ficando a critério do educando escolher a maneira que
melhor se adapte às suas condições e necessidades, ou mesmo mesclar essas formas, ou
seja, cursar algumas disciplinas organizadas coletivamente e outras individualmente,
porém não simultaneamente.
A organização coletiva é programada pela escola e oferecida aos educandos
por meio de um cronograma préestabelecido, com início e término de cada disciplina,
dias e horário das aulas. Oportunizando ao educando a integralização do currículo. A
mediação pedagógica ocorrerá priorizando o encaminhamento dos conteúdos de forma
coletiva, na relação professoreducandos e considerando os saberes adquiridos na
história de vida de cada educando.
A organização individual é programada pela escola e oferecida aos
educandos por meio de um cronograma que estipula dias e horário das aulas,
contemplando mais intensamente a relação pedagógica personalizada e o ritmo próprio
do educando, nas suas condições de vinculação à escolarização e nos saberes já
apropriados.
O CEEBJA Guarapuava, oferece à comunidade o Ensino Fundamental Fase
II e Ensino Médio e também desenvolve ações pedagógicas descentralizadas (APEDs),
localizadas em comunidades periféricas da cidade e municípios próximos, dirigidas a
grupos sociais onde não haja ofertas de escolarização para jovens, adultos e idosos,
respeitada a proposta pedagógica e o regimento escolar, desde que autorizado pela
SEED/PR, segundo critérios estabelecidos pela mesma secretaria em instrução própria.
Ao se ofertar estudos referentes ao Ensino Fundamental e ao Ensino Médio
esta escola tem como referência as Diretrizes Curriculares Nacionais e Estaduais
específicas de EJA, as Diretrizes Curriculares Da Educação Básica do Estado do Paraná
e a Proposta Pedagógica Curricular de EJA.
A carga horária no Ensino Fundamental – Fase II e no Ensino Médio,
prevista tanto para organizações individual e/ou coletiva é de 100% (cem por cento)
presencial, sendo que a frequência mínima na organização coletiva é de 75% (setenta e
cinco por cento) e na organização individual é de 100% ( cem por cento) em sala de
aula.
Este Estabelecimento Escolar oferta Exames Supletivos, atendendo ao
disposto na Lei nº 9394/96, desde que autorizado e credenciado pela Secretaria de
Estado da Educação, por meio de Edital próprio emitido pelo Departamento de
Educação de Jovens e Adultos.
5.10 Equipe Multidisciplinar e a Articulação na Escola
Abordar os Temas Socioeducacionais no cotidiano escolar da Educação de
Jovens e Adultos é a proposta de trabalho da Equipe Multidisciplinar. A diversidade de
público desta instituição colabora para que as reflexões e atividades tenham sempre, o
sujeito e não a sociedade, o ponto de partida para a inclusão de todos e todas.
No decorrer do ano, a Equipe Multidisciplinar realiza encontros em grupos
de estudos com o objetivo de formar multiplicadores para a articulação dos temas
socioeducacionais na escola e fora dela.
A Equipe traz na sua constrição a diversidade de público do coletivo escolar,
enriquecendo desta forma as contribuições e reflexões.
Componentes da Equipe:
1. Ana Cláudia de Fátima Bernardini Agente Educacional II
2. Angela Maria da Silva Agente Educacional I
3. Deisi Mary Kruger de Souza Joslim Agente Educacional II
4. Geraldina dos Santos Sinigalia Agente Educacional I
5. Gilberto Giovane Couto Professor
6. João Cezar Ribas Lustosa Professor
7. Joci Gomes Batista Agente Educacional I
8. Lindamara do Belém Diosque Agente Educacional II
9. Lizandréia Pauluk Pedagoga
10. Lizméri Terezinha de Oliveira Mercer Pedagoga
11. Marcelo Machado Santos Agente Educacional I
12. Marcos Cesar dos Santos Agente Educacional II
13. Maria Aparecida Cherato Pedagoga
14. Maria das Graças M. Ferreira Professora
15. Mary Angela Andreata dos Santos Agente Educacional II
16. Nerci Terezinha Bueno Agente Educacional I
17. Poliana Sanson Buss Professora
18. Romildo Rios Nascimento Agente Educacional II
19. Sirlei Ribeiro dos Santos Agente Educacional I
20. Tirzá Wilke Bernhard Professora
21. Vilma Cristina Neves Agente Educacional I
5.11 Estágio Profissional não Obrigatório
Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente
de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas relativas
ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre
o aspecto produtivo.
Poderão ser estagiários alunos com idade superior a 16 anos.
O Estabelecimento de Ensino possui um Plano de Estágio onde são previstas
todas as suas particularidades e exigências legais.
O professor orientador do estágio não obrigatório deverá aferir mediante
relatório, as condições para a realização do estágio firmadas no Plano de Estágio e no
Termo de Convênio.
5.12 Programa Brigada Escolar
OBJETIVOS DO PROGRAMA
OBJETIVO GERAL
Promover a conscientização e capacitação da Comunidade Escolar para
ações mitigadoras e de enfrentamento de eventos danosos, naturais ou antropogênicos,
bem como o enfrentamento de situações emergenciais no interior da escola para garantir
a segurança dessa população e possibilitar, em um segundo momento, que tais temas
cheguem a um grande contingente da população civil do Estado do Paraná.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
a) levar os a comunidade escolar a construir uma cultura de prevenção a
partir do ambiente escolar;
b) proporcionar aos alunos condições mínimas para enfrentamento de
situações emergenciais no interior da escola; assim como conhecimentos para se
conduzirem frente a desastres;
c) promover o levantamento das necessidades de adequação do ambiente
escolar, com vistas a atender às recomendações legais consubstanciadas nas vistorias do
Corpo de Bombeiros;
d) preparar os profissionais da escola para a execução de ações de Defesa
Civil, a fim de promover ações concretas no ambiente escolar com vistas a prevenção de
riscos de desastres e preparação para o socorro, destacandose ações voltadas ao suporte
básico de vida e combate a princípios de incêndio;
e) articular os trabalhos entre os integrantes da Defesa Civil Estadual, do
Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar (Patrulha Escolar Comunitária) e dos Núcleos
de Educação;
f) adequar a edificação escolar às normas mais recentes de prevenção contra
incêndio e pânico do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Paraná, acompanhando
os avanços legais e tecnológicos para preservação da vida dos ocupantes desses locais.
5.13 Plano de Avaliação Institucional
A concepção de avaliação institucional explicitada pela SEED/PR, afirma
que esta “deve ser construída de forma coletiva, sendo capaz de identificar as qualidades
e as fragilidades das instituições e do sistema, subsidiando as políticas educacionais
comprometidas com a transformação social e o aperfeiçoamento da gestão escolar e da
educação pública ofertada na Rede Estadual”.(SEED, 2004, p.11).
Neste sentido, a avaliação não se restringe às escolas, mas inclui também os
gestores da SEED e dos Núcleos Regionais de Educação, ou seja, possibilita a todos a
identificação dos fatores que facilitam e aqueles que dificultam a oferta, o acesso e a
permanência dos educandos numa educação pública de qualidade.
Aliado a identificação destes fatores deve estar, obrigatoriamente, o
compromisso e a efetiva implementação das mudanças necessárias.
Assim, a avaliação das políticas e das práticas educacionais, enquanto
responsabilidade coletiva, pressupõe a clareza das finalidades essenciais da educação,
dos seus impactos sociais, econômicos, culturais e políticos, bem como a reelaboração
e a implementação de novos rumos que garantam suas finalidades e impactos positivos à
população que demanda escolarização.
A avaliação institucional, vinculada a esta proposta pedagógicocurricular,
abrange todas as escolas que ofertam a modalidade Educação de Jovens e Adultos, ou
seja, tanto a construção dos instrumentos de avaliação quanto os indicadores dele
resultantes envolverão, obrigatoriamente, porém de formas distintas, todos os sujeitos
que fazem a educação na Rede Pública Estadual. Na escola – professores, educandos,
direção, equipe pedagógica e administrativa, de serviços gerais e demais membros da
comunidade escolar. Na SEED, de forma mais direta, a equipe do Departamento de
Educação de Jovens e Adultos e dos respectivos NRE’s.
A mantenedora se apropriará dos resultados da implementação destes
instrumentos para avaliar e reavaliar as políticas desenvolvidas, principalmente aquelas
relacionadas à formação continuada dos profissionais da educação, bem como
estabelecer o diálogo com as escolas no sentido de contribuir para a reflexão e as
mudanças necessárias na prática pedagógica.
Considerando o que se afirma no Documento das Diretrizes Curriculares
Estaduais de EJA que “... o processo avaliativo é parte integrante da práxis pedagógica e
deve estar voltado para atender as necessidades dos educandos, considerando seu perfil
e a função social da EJA, isto é, o seu papel na formação da cidadania e na construção
da autonomia”.(SEED, 2005, p.44), esta avaliação institucional da proposta pedagógico
curricular implementada, deverá servir para a reflexão permanente sobre a prática
pedagógica e administrativa das escolas.
Os instrumentos da avaliação institucional serão produzidos em regime de
colaboração com as escolas de Educação de Jovens e Adultos, considerando as
diferenças entre as diversas áreas de conteúdo que integram o currículo, bem como as
especificidades regionais vinculadas basicamente ao perfil dos educandos da
modalidade. Os instrumentos avaliativos a serem produzidos guardam alguma
semelhança com a experiência acumulada pela EJA na produção e aplicação do Banco
de Itens, porém sem o caráter de composição da nota do aluno para fins de conclusão. A
normatização desta Avaliação Institucional da proposta pedagógicocurricular será
efetuada por meio de instrução própria da SEED.
Como se afirma no Caderno Temático Avaliação Institucional (SEED, 2005,
p.17).
Cada escola deve ser vista e tratada como uma totalidade, ainda que relativa,
mas dinâmica, única, interdependente e inserida num sistema maior de educação. Todo
o esforço de melhoria da qualidade da educação empreendido por cada escola deve estar
conectado com o esforço empreendido pelo sistema ao qual pertence.
Em síntese, repensar a práxis educativa da escola e da rede como um todo,
especificamente na modalidade EJA, pressupõe responder à função social da Educação
de Jovens e Adultos na oferta qualitativa da escolarização de jovens, adultos e idosos.
5.14 Instâncias Colegiadas
5.14.1 O Conselho Escolar
O Centro Estadual de Educação Básica para jovens, adultos e idosos possui
um Conselho Escolar constituído pelo Diretor, representantes dos Professores, dos
Pedagogos, dos funcionários administrativos, dos funcionários de agente de apoio, dos
Educandos e de Representantes dos movimentos sociais organizados e ou da
comunidade. É um órgão colegiado, representativo da Comunidade Escolar, de natureza
consultiva, deliberativa e fiscalizadora, sobre a organização e realização do trabalho
pedagógico e administrativo da instituição escolar em conformidades com as políticas e
Diretrizes Educacionais da SEED, observando a Constituição, a LDB, a Proposta
PedagógicoCurricular e o Regimento da escola, para o cumprimento da função social e
específica deste Centro de Educação.
5.14.2 A APAF
A Associação de Professores, Alunos e Funcionários do CEEBJA, órgão de
natureza consultiva e representativa, registrada no Cartório Oficial de Registros e
Títulos e Documentos de Pessoa Jurídica.
A APAF do CEEBJA, com sua diretoria vem trabalhando para perfeita
integração escola/comunidade. Possui Estatuto próprio o qual normatiza sua
funcionalidade.
6. MATRIZ CURRICULAR
6.1 Ensino Fundamental – Fase II
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO FUNDAMENTAL – FASE II
ESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos CEEBJA GUARAPUAVA
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Guarapuava NRE: Guarapuava
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2011 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1600/1610 HORAS ou 1920/1932 H/A
DISCIPLINAS Total deHoras
Total dehoras/aula
LÍNGUA PORTUGUESA 280 336
ARTE 94 112
LEM INGLÊS 213 256
EDUCAÇÃO FÍSICA 94 112
MATEMÁTICA 280 336
CIÊNCIAS NATURAIS 213 256
HISTÓRIA 213 256
GEOGRAFIA 213 256
ENSINO RELIGIOSO* 10 12
TOTAL
Total de Carga Horária do Curso 1600/1610 horas ou 1920/1932 h/a*disciplina de oferta obrigatória pelo estabelecimento de ensino e de matrícula facultativa para o
educando.
A carga horária das disciplinas, constante na Matriz Curricular, a partir de
2011, deverá ser cumprida pelo educando que iniciar o curso ou iniciar uma nova
disciplina do Ensino Fundamental Fase II – EJA. Educando com disciplina do Ensino
Fundamental Fase II, iniciada em 2010, com terminalidade prevista para o ano de 2011,
deverá concluir essa disciplina com a carga horária de acordo com a Matriz Curricular
vigente no ano de 2010. Educando do Ensino Fundamental Fase II, desistente de
disciplina, no seu retorno dentro do prazo estabelecido, deverá cumprir a carga horária e
o número de registro de notas da disciplina, de acordo com a Matriz Curricular
implantada em 2011.
No Ensino Fundamental Fase II, o aluno pode matricularse em até 04
(quatro) disciplinas para cursar concomitantemente na forma de organização coletiva
individual,de acordo com o seu perfil.
6.2 Ensino Médio
MATRIZ CURRICULAR DO CURSO PARAEDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS
ENSINO MÉDIO
ESTABELECIMENTO: Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos CEEBJA GUARAPUAVA
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
MUNICÍPIO: Guarapuava NRE: Guarapuava
ANO DE IMPLANTAÇÃO: 1º Sem/2006 FORMA: Simultânea
CARGA HORÁRIA TOTAL DO CURSO: 1440 H/A ou 1200 HORAS
DISCIPLINAS Total deHoras
Total dehoras/aula
L. PORTUGUESA E LITERATURA 174 208
LEM – INGLÊS 106 128
ARTE 54 64
EDUCAÇÃO FÍSICA 54 64
MATEMÁTICA 174 208
QUÍMICA 106 128
FÍSICA 106 128
BIOLOGIA 106 128
HISTÓRIA 106 128
GEOGRAFIA 106 128
SOCIOLOGIA 54 64
FILOSOFIA 54 64
LEM – ESPANHOL* 106 128
TOTAL 1200/1306 1440/1568
Total de Carga Horária do Curso 1200 horas ou 1440 h/a* disciplina de oferta obrigatória pelo estabelecimento de ensino e de matrícula facultativa para o
educando.
6.3 Calendário Escolar 2012
7 REFERÊNCIAS
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS CEEBJA GUARAPUAVA
Anexo da Resolução N º 4901/2011- GS/SEED
Considerados como dias letivos: semana pedagógica (06 dias); formação continuada (02 dias); replanejamento (01 dia);
reunião pedagógica (01 dias) – Delib. 02/02-CEE
Janeiro Fevereiro MarçoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 1 2 31 2 3 4 5 6 7 5 6 7 8 9 10 11 16 4 5 6 7 8 9 10 21
8 9 10 11 12 13 14 12 13 14 15 16 17 18 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias
15 16 17 18 19 20 21 19 20 21 22 23 24 25 18 19 20 21 22 23 2422 23 24 25 26 27 28 26 27 28 29 25 26 27 28 29 30 3129 30 31
Abril Maio JunhoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4 5 1 28 9 10 11 12 13 14 19 6 7 8 9 10 11 12 22 3 4 5 6 7 8 9 19
15 16 17 18 19 20 21 dias 13 14 15 16 17 18 19 dias 10 11 12 13 14 15 16 dias
22 23 24 25 26 27 28 20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 2329 30 27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30
Julho Agosto SetembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S1 2 3 4 5 6 7 3 1 2 3 4 18 9 10 11 12 13 14 dias 5 6 7 8 9 10 11 22 2 3 4 5 6 7 8 19
15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias
22 23 24 25 26 27 28 9 19 20 21 22 23 24 25 16 17 18 19 20 21 2229 30 31 dias 26 27 28 29 30 31 23 24 25 26 27 28 29
30
Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S
1 2 3 4 5 6 1 2 3 17 8 9 10 11 12 13 21 4 5 6 7 8 9 10 18 2 3 4 5 6 7 8 13
14 15 16 17 18 19 20 dias 11 12 13 14 15 16 17 dias 9 10 11 12 13 14 15 dias
21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 16 17 18 19 20 21 2228 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29
30 31
dias letivos 202 Férias Discentes Férias/Recesso/Docentesferiado municipal 1 dia Janeiro 31 janeiro/férias 30reunião pedagógica 1 dia fevereiro 7 janeiro/julho/recesso 15replanejamento 1 dia julho 18 dez/recesso 12semana pedagógica 6 dias dezembro 12 outros recessos 3formação continuada 2 dias Total 68 Total 60
Início/Término
Planejamento / replanejamentoFériasRecesso
Semana Pedagógica Formação Continuada para o NREReunião PedagógicaFeriado MunicipalFormação continuada para os professores da Rede
CALENDÁRIO ESCOLAR – 2012
1 Dia Mundial da Paz 20 a 22 Carnaval 21 replanejamento
6 Paixão 1 Dia do Trabalho 7 Corpus Christi
21 Tiradentes 30 Reunião pedagógica
07 Dia do Funcionário de Escola 7 Independência
12 N. S. Aparecida 2 Finados 19 Emancipação Política do PR
15 Dia do Professor 15 Proclamação da República 25 Natal
20 Dia Nacional da Consciência Negra
ALMEIDA, Maria Conceição Pereira de. Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos, a Grande Conquista, Arte & Cultura, 1999, 1ª Edição.
BRZEZINSKI, Iria. LDBEN Interpretada: diversos olhares se entrecruzam. São Paulo: Cortez, 1997.
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__________.Edital de Concurso para pedagogos n. 10/2007. Paraná, 2007.
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__________Instrução Normativa 05/2010DAE. Acesso em 16 de maio de 2011 no site www.nre.seed.pr.gov.br/cascavel/.../File/.../cronograma_matriculas_2011.pdf
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SEED,2009.
SOUZA, Paulo Nathanael Pereira de; SILVA, Eurides Brito da. Como entender e Aplicar a Nova LDBEN. SP, Pioneira Educ., 1997. 1ª Edição.
ANUÊNCIA DO CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar do Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e
Adultos – CEEBJA Guarapuava, após fazer a leitura do PPP “Projeto Político
Pedagógico” e tomar ciência, é de parecer favorável a sua homologação.
_________________________________Zilmara Sell Schinemann Diretora
Presidente
_______________________________Lizmeri T. de O.Mercer
Representante da Equipe Pedagógica
_______________________________Stela Maris Frizon
Representante dos ProfessoresEnsino Fundamental – Fase II
_______________________________Florivaldo Quizini Junior
Representante dos ProfessoresEnsino Médio
_______________________________Marcelo Machado dos Santos
Representante dos Func. Agente Educ. I
_______________________________Andréia Cristina de Lima Silvestri
Representante dos Func. Agente Educ. II
_______________________________André Eider da Roza
Representante dos Alunos do Ens. Fund. II
_______________________________Levingstone Molotto Riquelme
Representante dos Alunos do Ens. Médio
_______________________________Tirzá Wilke Bernhard
Representante da APAF
_______________________________Julio Cezar Sauer
Representante dos Pais de alunos
Guarapuava, 30 de maio de 2012.
ANEXOS
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E ADULTOS CEEBJA
GUARAPUAVA
Rua Saldanha Marinho, 2131 – Bairro Batel CEP 85.010.290
Telefone/Fax: (42) 36237423 Guarapuava – Paraná
PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR
ANO 2012
EDUCANDO PARA AS RELAÇÕES ÉTNICORACIAIS E DIVERSIDADE
UMA PEDAGOGIA POSSÍVEL
1 IDENTIFICAÇÃO
• CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO BÁSICA PARA JOVENS E
ADULTOS – CEEBJA GUARAPUAVA
• NRE: GUARAPUAVA
• Composição da Equipe Multidisciplinar
Marcos Cesar dos Santos
Marcelo Machado Santos
Sirlei Ribeiro dos Santos
Romildo Rios Nascimento
Maria Aparecida Cherato
Lizmeri Terezinha de Oliveira Mercer
Lizandreia Pauluk
João Cezar Ribas Lustosa
Poliana Sanson Buss
Gilberto Giovane Couto
Maria das Graças M. Ferreira
Tirzá Wilke Bernhard
Joci Gomes Batista
Angela Maria da Silva
Geraldina dos Santos Sinigalia
2 OBJETIVOS
2.1 GERAL
Implementar a Lei n.° 10.639/03 e a Lei 11.645/08, para uma efetiva
inclusão no currículo escolar da temática História e Cultura AfroBrasileira e Indígena e
também a Diversidade.
2.2 ESPECÍFICOS
Incluir diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam a
formação da população brasileira no trabalho pedagógico.
Contribuir na formação continuada dos educadores do CEEBJA
Guarapuava para a diversidade étnico racial e diversidade sexual.
Problematizar os conhecimentos universalmente cristalizados que
determinam a manutenção e naturalização da exclusão de determinados grupos sociais.
Promover oportunidades de discussões e reflexões sobre a cultura negra e
indígena e sobre a diversidade sexual.
Explorar as dimensões sociais, culturais, políticas, geográficas e literárias
numa relação dialógica, afrobrasileira e africana.
Ressignificar valores e crenças acerca do Continente Africano.
Promover a elevação da identidade e pertencimento dos alunos negros, por
meio da compreensão e valorização da cultura AfroBrasileira.
Criar espaços na escola para discussões das diferenças sociais e étnico
raciais que constituem a diversidade brasileira e para a sensibilidade para as questões da
diversidade sexual.
3 JUSTIFICATIVA
O Brasil é visto misticamente como o paraíso, por excelência, da harmonia
racial e da diversidade cultural. Todavia, o preconceito e racismo não só estão presentes
na sociedade como as consequências destas práticas.
A proposta de uma educação para a diversidade está no cerne da Lei
10,639/03 e a Lei 11.645/08 que traz para o currículo a discussão sobre o trato
democrático das diferenças. Exige mudança da postura pedagógica, o desafio do
diálogo intercultural , a superação de preconceitos e estereótipos e uma postura aberta e
democrática frente ao diverso. Implica também o diálogo da escola com os movimentos
sociais, grupos culturais e organizações populares, não mais para conhecer a realidade
do aluno, mas para compreender que é na vivência de sua realidade que esse aluno se
constrói como sujeito e produz saberes, os quais devem ser vistos, considerados,
respeitados e compreendidos pelo universo escolar. Frente a trocas e partilhas, sendo
esta a grande pretensão da Equipe Multidisciplinar, através de ações afirmativas, que
promovam a harmonia de se viver num país de muitas cores.
4 AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS:
Formação continuada para educadores( grupos de estudo e oficinas).
Inserção das temáticas propostas pela ERER Educação para Relações
ÉtnicoRaciais, viabilizados pelos conteúdos escolares previstos nos Planos de Trabalho
Docente.
Reuniões técnicas periódicas para planejamento, organização e avaliação
do resultado.
Grupos de estudo visando a formação continuada das instâncias colegiadas.
Agência permanente da Consciência Negra.
Oficinas da diversidade abordando várias temáticas.
Mesa redonda com participação de grupos sociais e movimentos organizados.
Aulas de todas as disciplinas, trabalhando com a ERER.
Seminário abordando a ERER e a diversidade.
Biblioteca Escola, contemplando leituras, imagens, objetos iconográficos, filmes,
músicas e outros materiais voltados ao conhecimento e valorização da História e
Cultura Africana, Afrobrasileira e indígena.
5 CRONOGRAMA
ATIVIDADEANO 2012
COMO QUANDO QUEM PERÍODO C/H
Reunião técnica dos trabalhos inerentes à Equipe Multidisciplinar
Um sábado por mês já previamente agendado pela SEED
Equipe Multidisciplinar
junho
Readequação dos Planos de trabalho docente e conteúdos da Proposta Pedagógica Curricular
Inserção no currículo escolar da temática da história da cultura afro e afrobrasileira e diversidade sexual
Equipe Multidisciplinar
junho
Inserção e adequações no Projeto Político Pedagógico referente ao previsto nas leis 10.639/03 e 11.645/08
Ajustes necessários no PPP, afim de contemplar o previsto na Lei.
Primeiro trimestre Equipe Multidisciplinar
junho
Grupos de Estudo “ História da cultura afrobrasileira”.
Formação continuada para educadores do CEEBJA, com a colaboração dos professores das disciplinas de Língua Portuguesa, Arte, História e outros.
Equipe Multidisciplinar
eProfessores das
disciplinas afins.
02/06/1230/06/12
10h
Oficinas: a diversidade no ambiente escolar
Será viabilizada a oferta de oficinas sobre as diversas temáticas que permeiam o universo do aluno do CEEBJA de Guarapuava. Contemplando temas relacionados com: ERER,Gênero e Diversidade – LGVT – Indígena – Educação Fiscal.
Uma vez por mês, em dias da semana diferentes, favorecendo assim a inscrição do maior número de participantes.
Equipe Multidisciplinar,
movimentos organizados,
grupos sociais, educadores e
alunos.28/0725/08
40h
Agenda da Semana da Consciência Negra
Trabalhando com a ERER através de
Em cada curso de todas as
Professores de todas as
plano de aula com sugestões da Equipe Multidisdiplinar.
disciplinas. disciplinas, alunos, equipe
multisdisciplinar
29/09 10h
Mesa Redonda Educadores, alunos, Equipe
Multisdiciplinar, palestrantes convidados
27/10
TOTAL DA CARGA HORÁRIA 60h
6 AVALIAÇÃO DAS AÇÕES REALIZADAS
6.1 Equipe Multidisciplinar
Com o objetivo de avaliar o trabalho realizado, corrigir o percurso e
redimensionar o caminho a equipe multidisciplinar elaborará instrumentos adequados,
podendo ser quadro avaliativo ou similar, que servirá como referencial para determinar
se as ações do plano estão sendo alcançadas, após certo período de tempo.
Será elaborado instrumento próprio de modo a conduzir a avaliação de
forma mais participativa possível, envolvendo os educadores e alunos. Avaliando os
erros e acertos, buscando através do registro manter a memória do processo.
6.2 Comunidade Escolar
Num processo de descortinamento dos sujeitos da educação, a voz da
comunidade escolar será o melhor referencial de avaliação dos trabalhos realizados pela
equipe multidisciplinar, pois permitirá saber se as ações propostas estarão afirmando
respeitosamente, a valorização da diversidade e consequentemente a qualidade das
relações étnicoraciais na escola, portanto buscarseá ouvir estas vozes através de
instrumento próprio de avaliação.
A avaliação sistemática será útil para retroalimentar a tomada de decisões da
equipe multidisciplinar em relação ao plano de ação.
7 REFERÊNCIAS
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PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Educação escolar quilombola: pilões, peneiras e conhecimento escolar. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Curitiba: SEED – 2009 ( Cadernos Temáticos de Diversidade).
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. História e Cultura AfroBrasileira e Africana: Educando para as relações étnicoraciais. Departamento de Ensino
Fundamental. Curitiba: SEED – PR, 2006 ( Cadernos Temáticos).
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Departamento de Ensino Fundamental. História e cultura afrobrasileira e africana: educando para as relações étnico raciais/ Paraná. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. Departamento do Ensino Fundamental. Curitiba: SEED – PR, 2006.
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Guarapuava, 09 de outubro de 2012.