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Dezembro 2006Dezembro 2006 1
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1Centro de R eferênc ia e Treinamento
P rograma E s tadual
AIDS - SPDST
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AI SD^TENDENCIA DEENVELHECIMENTO DA EPIDEMIA
G TANTEHIV ECRIANÇA EXPOSTA^TENDENCIA DEENVELHECIMENTO DA EPIDEMIANTEHIV ECRIANÇA EXPOSTA
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.epidemio ógicoC.R.T • DST/AIDS • C.V.E. • ANO XXV – Nº 1 DEZEMBRO 2006C.R.T • DST/AIDS • C.V.E. • ANO XXV – Nº 1 DEZEMBRO 2006
Dezembro 2006Dezembro 20062
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Equipe de Vigilância Epidemiológica do Programa Estadual de DST/AIDS/CVE
DiretoriaÂngela Tayra
Equipe TécnicaAna Lúcia C. Monteiro
Carmen Silva B. DominguesEmily Anna Catapano Ruiz
Ingrid Napoleão CottaIone Aquemi Guibu
Maria Aparecida da SilvaMarcia Cristina Polon do Carmo
Mariza Vono TancrediMarina Maeda Teixeira dos Santos
Marta de Oliveira RamalhoNorma Suely de O. Farias
Rejane Alves FraissatSolange E. C. GomesWong Kuen Alencar
Equipe de ApoioBárbara Poti Hasseda
Berenice Alves FerreiraMagda Cristina B. de Queiroz
Regina SaidelSonia Albertina da Rocha
Equipe da Sala de VacinasClélia Maria Herman Hasseda
Maria Helena de O. SantosValquiria Ribeiro Correia
Equipe de InformáticaÁtila Paloppi Correa
Daniela Santos AzevedoEduardo Paulo Gasparetto
José Ricardo Feliz de OliveiraJoão Roberto U. da Cruz
Paulo AnnunciatoRicardo Martins Macedo
Organização dessa EdiçãoEmily Anna Catapano Ruiz
Márcia Cristina Polon do CarmoMariza Vono Tancredi
Maria Aparecida da Silva
Revisão do TextoÂngela Tayra
Artur KalichmanIone Aquemi Guibu
Coordenação do Programa Estadual de DST/AidsMaria Clara Gianna – Coordenadora
Artur Kalichman – Coordenador Adjunto
Centro de Referência e Treinamento DST/AidsCentro de Vigilância Epidemiológica “Alexandre Vranjac”
Secretaria de Estado da Saúde de São PauloApoio: Coordenação Nacional de DST/Aids
Cópias do boletim estão disponíveis no setor de Vigilância Epidemiológica do
Centro de Referência e Treinamento – DST/AIDSe www.crt.saude.sp.gov.br
Rua Santa Cruz, 8104121-000 – São Paulo – SP
Fone/Fax: 5539-3445 ou 5087 9864/9865E-mail: [email protected]
Disque AIDS: 0800-162550
editoração, fotolito, impressão e acabamento
Tiragem: 4000 exemplares
SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO PROGRAMA ESTADUAL DE DST/AIDS
DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO
C.R.T. – DST/AIDS . C.V.E.ANO XXV – Nº 1
DEZEMBRO 2006
EXPEDIENTE
ÍNDICEAPRESENTAÇÃO ............................................................3
A VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA AIDS NO ESTADO DE SÃO PAULO (DADOS ATÉ 30/06/2006) ..............................................4
O SISTEMA DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DA GESTANTE HIV E CRIANÇA EXPOSTA NO ESTADO DE SÃO PAULO – 2000 A 2006 ....................................24
RELATÓRIO DO ESTUDO SENTINELA PARTURIENTE HIV E SÍFILIS –ESTADO DE SÃO PAULO- 2004.ESTIMATIVA DA PREVALÊNCIA DE HIV NA POPULAÇÃO PAULISTA DE 15 A 49 ANOS, 2004. ..................................37
TENDÊNCIA DA ESCOLARIDADE DA EPIDEMIA DE AIDS NO ESTADO DE SÃO PAULO .................................43
NOTA TÉCNICA ...........................................................50
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Apresentação
Neste boletim são apresentados os resultados do Estudo Sentinela Parturiente, realizado no Estado de São Paulo em 2004, que avalia a prevalência de HIV nesta popu-lação em 0,49%,constituindo uma estratégia para estimar a prevalência e o número de in-divíduos infectados na população paulista de 15 a 49 anos. Também avalia a cobertura do diagnóstico de HIV no pré-natal em 86,4%, além de verifi car a prevalência de sífi lis em parturientes (1,6%).
O conhecimento da prevalência pelo HIV em parturientes proporciona a avaliação da cobertura das notifi cações do sistema de vigilância epidemiológica (SVE) de gestan-tes HIV + e crianças expostas, que com base neste estudo foi estimada em 66,6% em 2005 no Estado. No entanto, somente com melhor qualidade no preenchimento dos dados do SVE será possível avaliar as ações de pre-venção de transmissão vertical do HIV nos serviços. Estudos como este poderão ser re-alizados com maior periodicidade como forma de comparar e complementar as informações fornecidas pelo SVE.
Uma análise de tendência da epide-mia de aids segundo escolaridade no Es-
tado de São Paulo, também é apresenta-da mostrando mudanças importantes. Na década de 90 observou-se uma tendência de pauperização da epidemia e, a partir de 2000, tem-se observado um aumento da escolaridade, principalmente em indivíduos com 8 a 11 anos de estudo.
Também incluímos neste número o re-latório sobre a reunião organizada pela Co-ordenação do Programa Estadual (PE) de DST/Aids de São Paulo sobre recombinantes do HIV-1, com pesquisadores que atuam na área e gerentes das diferentes áreas do CRT-DST/Aids. O objetivo foi reunir informações e dados disponíveis para que se pudesse ava-liar o papel desses recombinantes na evolu-ção da epidemia e na resposta à medicação.
Segue neste boletim apresentação dos dados de aids de 1980 a 2006 e informações de casos notifi cados de gestantes HIV positi-vas e crianças expostas por transmissão verti-cal a partir de 2000.
Maria Clara Gianna Coordenadora do Programa Estadual
de DST/Aids-SP
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A Vigilância Epidemiológica da Aids no Estado de São Paulo (dados até 30/06/2006)
No período de 1980 até 30/06/2006 foram notifi cados ao Sistema de Vigilância Epidemioló-gica do Estado de São Paulo (ESP) 151.961 ca-sos de aids, sendo 107.058 do sexo masculino (70,45%) e 44.903 do sexo feminino (29,55%).
Devido ao atraso médio das notifi cações de dois anos, o ano de 2004 torna-se o mais adequado para analisar a incidência dos casos de aids no Estado.
Na Tabela 1, observa-se maior concentra-ção de casos e coefi cientes de incidência por 100 mil habitantes para ambos os sexos em 1998. O coefi ciente de incidência diminuiu mais de duas vezes, de 34,4 em 1998 para 16,8 em 2004. A relação de sexo masculino:feminino desde 1998, vem permanecendo menor que 2:1.
Os maiores coefi cientes de incidência dos casos de aids concentram-se em 30 a 39 anos de idade desde 1999. Entretanto, um aumento dis-creto dos coefi cientes de incidência entre 1991 a 2004 nas faixas de 40 a 64 anos tem sido observa-do, apontando para um envelhecimento da epide-mia. Observa-se ainda, que no período de 1998 a 2004, os casos em menores de 4 anos diminuiu em quatro vezes, reiterando as ações de redução da transmissão vertical (Tabelas 2 e 3).
A Tabela 4 apresenta 147.050 casos no-tifi cados de aids por categoria de exposição em adultos, ou seja, em indivíduos com mais de 12 anos. Ao longo dos anos nota-se dimi-nuição acentuada da transmissão por uso de drogas injetáveis (UDI), que em 1992 eram responsáveis por 34,6% dos casos, chegando a 9,0% em 2004, portanto, quase quatro ve-zes menor no período. A forma de transmissão sexual é a que vem predominando, principal-mente às custas dos heterossexuais, que são responsáveis por 84.928 (57,7%) dos casos, em 1990 somavam 15,0% dos casos, passan-do a 55,9% em 2004. Entre os homens que fa-zem sexo com homens houve uma queda até
meados de 90, porém desde 95 a proporção mantém-se em torno de 18%, se incluirmos HSH+UDI .
Nas Tabelas 5 e 6 temos as categorias de exposição nos homens com 104.662 casos e 42.388 casos em mulheres acima de 12 anos e por ano de diagnóstico. Observa-se que há diferenças importantes: proporcionalmente há mais UDI entre o sexo masculino; os dois casos comprovados de aids por transfusão de sangue nos últimos 9 anos ocorreram em mulheres. Com a melhoria do atendimento aos indivíduos com HIV/aids, aqueles que foram infectados por transmissão vertical chegaram a se tornar doen-tes apenas com 13 anos ou mais.
Quanto aos 4.911 casos em menores de 13 anos (Tabela 7), a principal categoria de trans-missão é a vertical com 4.270 casos (87,0%), seguida de 118 casos (2,4%) por transfusão sanguínea, sendo que o último caso confi rmado por essa forma de infecção ocorreu em 2000. Há 436 (8,9%) casos em investigação quanto à categoria de transmissão que, provavelmente, são por transmissão vertical.
A Tabela 8 refere-se aos 50.121 casos de aids segundo ano de diagnóstico e raça/cor, no período de 2000 a 2006, cuja informação deve ser preenchida pelo método da auto-classifi ca-ção dos indivíduos. Ressalte-se a importância da melhora deste dado no SINAN, de 85,1% em 2000 passou para 10,2% de casos sem informa-ção, em 2005. Neste ano, a proporção de casos com raça/cor branca foi de 58,5%, seguida de 20,9% pardos e 9,8% de pretos.
Os homens apresentam maior escolarida-de que as mulheres, considerando-se o total da série temporal, porém observa-se uma tendência de aumento dos anos de estudo entre as mulhe-res principalmente na faixa de 8 a 11 anos de es-tudo (Tabela 9), discutida no texto sobre Tendên-cia da Escolaridade, a seguir.
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A partir de 2004 os vários critérios de caso de aids que possuem uma doença oportunista e/ou caso com contagem de linfócitos T CD4+ (me-nor que 350 células/mm3) foram agrupados no critério CDC adaptado na Tabela 10. Com a inclu-são do critério CD4 em 1998, era esperado que cada vez mais os serviços notifi cassem casos de aids por este critério, por ter maior sensibilida-de, de 29,7% dos casos em 1998, passou para 35,3% em 2002. No entanto, verifi ca-se que mais de 60% dos casos em 2003 foram notifi cados com sinais e sintomas ou doenças indicativas de aids, indicando que provavelmente o diagnóstico de infecção ou o intervalo entre o diagnóstico de portador e a procura aos serviços de acompanha-mento vem ocorrendo de forma tardia. Observa-se também que dos 133. 923 casos em maiores de 13 anos, 7,0% foram classifi cados pelo critério Declaração de Óbito, ou seja, 9.306 casos foram conhecidos somente no óbito.
Para as crianças, em 2004 foi extinto o critério de sinais maiores e menores, sendo também agrupado em CDC adaptado na Tabe-la 11. Verifi ca-se que a grande maioria, 76,0% foram notifi cadas com alguma doença oportu-nista em 2003.
Os casos notifi cados de aids por ano de diagnóstico e por DIR estão apresentados na Ta-bela 12. Em números absolutos, a capital é quem detém a maior proporção de casos (41,6%); a DIR de Santos possui 6,9% e está em segundo lugar e, com uma pequena diferença, vem a DIR de Campinas, com 6,7% dos casos.
Quanto aos municípios de residência dos casos, optou-se por apresentar as 100 cidades com maior número de casos (Tabela 13), que
abrangem 92,2% do total de casos de aids , no pe-ríodo de 1980 a 2006, e correspondem a 15% dos 645 municípios do estado. Verifi ca-se, em 2003, que o município com maior coefi ciente de incidên-cia foi São José do Rio Preto, com 51,3 casos por 100.000 habitantes, seguido de Caraguatatuba (43,7) e Cubatão (42,3) (Tabela 14).
Os dados de mortalidade das Tabelas 15, 16 e 17 são da Fundação SEADE. Desde o maior coefi ciente de mortalidade no ESP em 1995, 22,9 óbitos por 100 mil habitantes, tem-se observado somente diminuição desta taxa até 2004 (8,47). Entretanto em 2005, observa-se um aumento no número absoluto de óbitos por aids no ESP, de 3.332 em 2004 para 3.485 óbitos em 2005, ou seja, um acréscimo de 153 óbitos (106 mulheres e 47 homens) e o coe-fi ciente de mortalidade passou de 8,47 para 8,72 por 100.000 habitantes. Este aumento é pequeno e já tem sido observado praticamen-te nos demais estados do país há cerca de três anos. As possíveis explicações poderiam ser parte pelo acúmulo de casos doentes e au-mento na sobrevida e na faixa etária, além das outras causas associadas. Está sendo realiza-da uma avaliação mais detalhada destes óbi-tos, vinculado aos casos de aids notifi cados para verifi car o perfi l clínico-epidemiológico, quanto tempo possuíam diagnostico da doen-ça, além das questões vinculadas à assistên-cia dos casos.
Verifi ca-se que as Direções Regionais de Saúde (DIRs) que tiveram maior incremento nos números absolutos em 2005 quando comparado a 2004 foram: DIR19-Santos, DIR24-Taubaté, DIR 23-Sorocaba e DIR 10-Bauru.
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Ano de Diagnóstico
SexoTotal
Masculino Feminino
casos CI casos CI casos CIRazão de SexoM/F %
1980 1 0,01 - - 1 0,00 - -1981 - - - - - - - -1982 8 0,06 - - 8 0,03 - -1983 24 0,18 2 0,02 26 0,10 12/1 12,001984 80 0,59 3 0,02 83 0,31 27/1 26,671985 326 2,36 12 0,09 338 1,22 27/1 27,171986 586 4,17 31 0,22 617 2,18 19/1 18,901987 1364 9,51 163 1,12 1527 5,28 8/1 8,371988 2165 14,79 364 2,45 2529 8,57 6/1 5,951989 2925 19,59 507 3,33 3432 11,39 6/1 5,771990 4233 27,79 790 5,08 5023 16,32 5/1 5,361991 5519 35,51 1224 7,70 6743 21,45 5/1 4,511992 6514 41,18 1726 10,65 8240 25,72 4/1 3,771993 6811 42,31 1966 11,89 8777 26,90 3/1 3,461994 6979 42,60 2174 12,90 9153 27,54 3/1 3,211995 7590 45,55 2738 15,93 10328 30,51 3/1 2,771996 7755 45,77 3251 18,57 11006 31,95 2/1 2,391997 7451 43,25 3688 20,68 11139 31,77 2/1 2,021998 8020 45,77 4268 23,48 12288 34,42 2/1 1,881999 6881 38,61 3701 19,98 10582 29,11 2/1 1,862000 6619 36,55 3637 19,28 10256 27,74 2/1 1,822001 6022 32,75 3535 18,45 9557 25,46 2/1 1,702002 5696 30,51 3293 16,93 8989 23,58 2/1 1,732003 5130 27,06 2992 15,14 8122 20,98 2/1 1,712004 4183 21,73 2430 12,10 6613 16,82 2/1 1,722005 3487 17,83 2027 9,94 5514 13,80 2/1 1,722006 689 - 381 - 1070 - 2/1 1,81
Total 107058 - 44903 - 151.961 - 2/1 2,38
TABELA 1 - Casos notifi cados de aids, coefi ciente de incidência (CI)* por 100.000 habitantes, segundo ano de diagnóstico, sexo e razão de sexo, Estado de São Paulo, 1980 - 2006**
Fonte: SINAN- Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP.(*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE.(**) Dados preliminares, sujeitos a revisão mensal, até 30/06/2006.
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Faixa Etária
Ano de DiagnósticoTotal
91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06
0-4 194 218 230 266 317 345 355 283 275 283 233 183 115 81 60 7 3445
5 - 9 21 31 38 27 40 56 72 59 73 82 88 65 83 46 39 5 825
10 - 14 21 18 21 12 21 20 28 25 28 27 36 22 25 30 23 3 360
15-19 293 247 210 180 168 144 147 183 130 130 122 117 101 74 55 9 2310
20-24 1073 1173 1215 1032 1039 954 953 999 805 747 700 613 523 367 294 50 12537
25-29 1484 1963 2131 2126 2447 2411 2319 2458 1991 1817 1574 1369 1180 922 699 144 27035
30-34 1463 1754 1935 2148 2309 2688 2731 3066 2472 2385 2169 1940 1681 1267 994 197 31199
35-39 912 1216 1259 1487 1693 1920 1937 2136 2043 1848 1764 1822 1601 1344 1078 204 24264
40-44 583 752 759 875 1003 1165 1222 1377 1242 1278 1190 1214 1171 1020 931 168 15950
45-49 307 412 463 469 616 631 647 813 709 760 801 758 758 649 596 126 9515
50-54 168 203 253 243 306 337 358 442 383 458 427 407 413 392 407 69 5266
55-59 108 115 118 136 151 169 182 217 204 207 228 257 238 218 199 42 2789
60-64 53 70 75 78 106 80 109 120 116 130 121 114 128 103 78 27 1508
65-69 32 27 24 40 62 54 43 68 68 72 57 70 66 53 32 11 779
70-74 8 14 11 13 15 16 20 22 23 19 27 19 27 29 17 7 287
75 e + 7 7 8 7 10 7 11 11 17 13 18 19 12 18 11 1 177 ignorada 16 20 27 14 25 9 5 9 3 - 2 - - - 1 - 131
Total 6743 8240 8777 9153 10328 11006 11139 12288 10582 10256 9557 8989 8122 6613 5514 1070 138377
TABELA 2 - Casos notifi cados de aids, segundo faixa etária e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1991 a 2006*
Fonte: SINAN- Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP. (*) Dados preliminares, sujeitos a revisão mensal, até 30/06/2006. Dados de 1980 a 1990 ver boletins anteriores
,00
,00
,00
,00
,00
,00
,00
,00
,00
,00
,00
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
ano de diagnóstico
0
5
1
1
2
2
3
3
4
Masculino Feminino Total razão M/F
FONTE: SINAN-PEDST/AIDS-SES-SP (dados até 30/06/2006)
GRAFICO 1 - Coefi ciente de incidência (CI) de aids por 100.000 hab, e razão do sexo, segundo sexo e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2006*
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Faixa EtáriaAno de Diagnóstico
1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 0 - 4 6,3 7,0 7,4 8,5 10,1 10,9 11,2 8,9 8,6 8,9 7,2 5,6 3,5 2,4 5 - 9 0,6 0,9 1,2 0,8 1,2 1,7 2,2 1,8 2,3 2,6 2,8 2,0 2,6 1,410 - 14 0,6 0,6 0,6 0,4 0,6 0,6 0,8 0,7 0,8 0,8 1,1 0,7 0,8 0,915 - 19 10,0 8,2 6,8 5,7 5,2 4,3 4,3 5,3 3,7 3,6 3,4 3,3 2,9 2,120 - 24 36,4 38,9 39,5 32,8 32,4 29,2 28,6 29,4 23,2 21,2 19,6 16,9 14,3 9,925 - 29 50,8 66,4 71,3 70,3 80,1 78,2 74,5 78,2 62,7 56,8 47,8 40,5 34,0 25,830 - 34 54,5 64,4 70,0 76,6 81,2 93,2 93,5 103,6 82,5 78,6 70,4 62,0 52,9 39,235 - 39 39,2 51,0 51,5 59,3 65,9 73,0 71,9 77,4 72,4 64,0 60,4 61,7 53,6 44,540 - 44 30,9 38,5 37,5 41,7 46,2 51,9 52,7 57,4 50,1 49,9 45,3 45,2 42,6 36,345 - 49 21,3 27,3 29,4 28,5 35,8 35,1 34,5 41,6 34,7 35,7 36,3 33,2 32,0 26,550 - 54 13,9 16,2 19,4 17,9 21,7 23,0 23,6 28,0 23,4 27,0 24,1 22,1 21,5 19,655- 59 10,8 11,2 11,2 12,6 13,6 14,8 15,6 18,1 16,6 16,5 17,2 18,4 16,1 14,060- 64 6,1 7,9 8,3 8,4 11,2 8,3 11,0 11,9 11,3 12,4 11,2 10,3 11,3 8,965- 69 5,1 4,2 3,6 5,8 8,7 7,3 5,7 8,7 8,4 8,7 6,7 8,0 7,3 5,770- 74 1,9 3,2 2,4 2,7 3,0 3,0 3,6 3,7 3,7 2,9 4,1 2,8 3,9 4,1
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TABELA 3 - Coefi ciente de incidência de aids por 100.000 habitantes*, segundo faixa etária (anos) e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1991 a 2006**
Fonte: SINAN- Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP. (*) Utilizada projeção populacional da Fundação SEADE. (**) Dados preliminares, sujeitos a revisão mensal, até 30/06/06. Dados de 1980 a 1990 ver em boletins anteriores
Dezembro 2006Dezembro 2006 9
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1Centro de R eferênc ia e Treinamento
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P rograma E s tadual
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1226
17
.057
8 8.
019
52
27.0
1832
25
.440
3 5.
632
0.
412
0.
21
0.0
1190
16
.57,
226
100.
019
98
1232
15
.769
3 8.
821
73
27.7
1710
21
.846
6 5.
9-
--
-1
0.0
1578
20
.17,
853
100.
019
99
1054
15
.761
6 9.
220
47
30.5
1361
20
.335
7 5.
3-
--
-1
0.0
1265
18
.96,
701
100.
020
00
967
15.0
563
8.8
2078
32
.312
40
19.3
323
5.0
1 0.
0-
-2
0.0
1258
19
.66,
432
100.
020
01
950
16.2
511
8.7
2035
34
.796
0 16
.421
7 3.
71
0.0
--
4 0.
111
88
20.3
5,86
610
0.0
2002
96
3 17
.250
3 9.
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37.3
788
14.1
217
3.9
1 0.
0-
-2
0.0
1027
18
.45,
588
100.
020
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472
9.4
2039
40
.664
8 12
.918
4 3.
71
0.0
--
3 0.
183
4 16
.65,
024
100.
020
04
730
17.7
397
9.6
1706
41
.444
5 10
.812
3 3.
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-5
0.1
715
17.4
4,12
110
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2005
58
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1 0.
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9 18
.33,
439
100.
020
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114
16.7
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12.0
268
39.2
65
9.5
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--
136
19.9
683
100.
0To
tal
19,4
5018
.69,
152
8.7
26,4
7725
.325
,159
24.0
5,68
65.
434
70.
332
20.
320
0.0
18,0
4917
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4,66
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0.0
Dezembro 2006Dezembro 2006 1111
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1Centro de R eferênc ia e Treinamento
P rograma E s tadual
AIDS - SPDST
AIDS - SPDST
P rograma E s tadual
Centro de R eferênc ia e Treinamento
Ano de Diagnóstico
Categoria de ExposiçãoTotal
Hetero UDI T.Sangue(&) Ac.Profi s Vertical Invest
nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº %
1983 1 50,0 1 - - - - - - - - - 2 100,0
1984 1 33,3 - - - - - - - - 2 66,7 3 100,0
1985 6 54,5 1 9,1 - - - - - - 4 36,4 11 100,0
1986 14 50,0 8 28,6 2 7,1 - - - - 4 14,3 28 100,0
1987 45 30,2 82 55,0 6 4,0 - - - - 16 10,7 149 100,0
1988 107 34,4 155 49,8 12 3,9 - - - - 37 11,9 311 100,0
1989 163 36,6 217 48,8 14 3,1 - - - - 51 11,5 445 100,0
1990 309 43,1 323 45,0 13 1,8 - - - - 72 10,0 717 100,0
1991 531 47,8 419 37,7 32 2,9 - - - - 128 11,5 1.110 100,0
1992 868 54,2 545 34,0 37 2,3 - - - - 151 9,4 1.601 100,0
1993 1104 60,2 490 26,7 22 1,2 - - - - 218 11,9 1.834 100,0
1994 1289 63,6 448 22,1 30 1,5 - - - - 260 12,8 2.027 100,0
1995 1610 63,4 416 16,4 39 1,5 - - - - 474 18,7 2.539 100,0
1996 2045 67,4 483 15,9 30 1,0 1 0,0 - - 477 15,7 3.036 100,0
1997 2525 72,8 452 13,0 13 0,4 - - 1 0,0 476 13,7 3.467 100,0
1998 2923 71,6 462 11,3 1 0,0 - - - - 694 17,0 4.080 100,0
1999 2652 75,3 357 10,1 - - - - - - 512 14,5 3.521 100,0
2000 2611 75,8 271 7,9 - - - - - - 563 16,3 3.445 100,0
2001 2548 76,1 282 8,4 - - - - 3 0,1 516 15,4 3.349 100,0
2002 2438 77,6 214 6,8 - - - - 4 0,1 487 15,5 3.143 100,0
2003 2331 80,8 200 6,9 - - - - 6 0,2 348 12,1 2.885 100,0
2004 1913 81,4 140 6,0 - - - - 5 0,2 291 12,4 2.349 100,0
2005 1578 80,4 97 4,9 1 0,1 - - - - 287 14,6 1.963 100,0
2006 302 81,0 14 3,8 - - - - - - 57 15,3 373 100,0
Total 29.914 70,6 6.077 14,3 252 0,6 1 0,0 19 0,0 6.125 14,4 42.388 100,0
Fonte: SINAN- Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP. (*) Dados preliminares, sujeitos a revisão mensal, até 30/06/06. (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS.
TABELA 6 - Casos notifi cados de aids em mulheres com 13 anos de idade ou mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1983-2006*
Dezembro 2006Dezembro 20061212
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1Centro de R eferênc ia e Treinamento
P rograma E s tadual
AIDS - SPDST
AIDS - SPDST
P rograma E s tadual
Centro de R eferênc ia e Treinamento
Ano de Diagnóstico
Categoria de TransmissãoTotal
Homo Hetero UDI(**) Hemof T.Sangue(&) Vertical Invest
nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº % nº %
1984 - - - - - - 1 100,0 - - - - - - 1 100,0
1985 - - - - - - 3 75,0 1 25,0 - - - - 4 100,0
1986 - - - - - - 6 50,0 5 41,7 - - 1 8,3 12 100,0
1987 - - - - - - 15 27,3 10 18,2 27 49,1 3 5,5 55 100,0
1988 1 1,0 - - 2 2,0 5 5,1 18 18,4 67 68,4 5 5,1 98 100,0
1989 - - - - 2 1,7 10 8,3 14 11,6 89 73,6 6 5,0 121 100,0
1990 1 0,6 - - 1 0,6 15 9,0 11 6,6 130 78,3 8 4,8 166 100,0
1991 - - - - - - 4 1,8 9 4,1 194 88,6 12 5,5 219 100,0
1992 - - - - - - 5 2,0 15 5,9 215 84,0 21 8,2 256 100,0
1993 - - - - 1 0,4 3 1,1 11 4,0 239 86,6 22 8,0 276 100,0
1994 - - - - - - 1 0,3 7 2,3 271 90,3 21 7,0 300 100,0
1995 - - - - - - 2 0,5 10 2,7 326 88,3 31 8,4 369 100,0
1996 - - - - - - 1 0,2 4 1,0 372 90,3 35 8,5 412 100,0
1997 - - 1 0,2 - - - - 1 0,2 421 94,4 23 5,2 446 100,0
1998 - - - - - - - - 1 0,3 321 90,4 33 9,3 355 100,0
1999 - - 1 0,3 - - 1 0,3 - - 323 89,7 35 9,7 360 100,0
2000 1 0,3 1 0,3 - - - - 1 0,3 325 85,8 51 13,5 379 100,0
2001 - - - - 1 0,3 - - - - 296 86,5 45 13,2 342 100,0
2002 - - 1 0,4 - - - - - - 226 87,6 31 12,0 258 100,0
2003 - - - - - - - - - - 180 84,5 33 15,5 213 100,0
2004 - - - - - - - - - - 130 90,9 13 9,1 143 100,0
2005 - - - - - - - - - - 105 93,8 7 6,3 112 100,0
2006 - - - - - - - - - - 13 92,9 1 7,1 14 100,0
Total 3 0,1 4 0,1 7 0,1 72 1,5 118 2,4 4270 86,9 437 8,9 4.911 100,0
Fonte: SINAN- Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP. (*) Dados preliminares, sujeitos a revisão mensal, até 30/06/06. (**) UDI - Uso de Drogas Injetáveis (&) Todos os casos por transfusão de sangue estão sendo reinvestigados de acordo com o algoritmo da CNDST/Aids-MS.
TABELA 7 - Casos notifi cados de aids em menores de 13 anos de idade, segundo ano de diagnóstico e categoria de exposição, Estado de São Paulo, 1984-2006*
Ano do Diagnóstico
Raça/CorTotal
Branca Preta Parda Amarela Indigena Ign/Brancono. % no. % no. % no. % no. % no. % no. %
2000 1082 10,5 152 1,5 284 2,8 6 0,1 0 0,0 8732 85,1 10256 100,02001 1587 16,6 192 2,0 395 4,1 14 0,1 2 0,0 7367 77,1 9557 100,02002 2913 32,4 391 4,3 739 8,2 28 0,3 1 0,0 4917 54,7 8989 100,02003 4671 57,5 692 8,5 1315 16,2 38 0,5 3 0,0 1403 17,3 8122 100,02004 3859 58,4 686 10,4 1252 18,9 30 0,5 1 0,0 785 11,9 6613 100,02005 3223 58,5 538 9,8 1152 20,9 32 0,6 5 0,1 564 10,2 5514 100,02006 635 59,3 94 8,8 209 19,5 4 0,4 1 0,1 127 11,9 1070 100,0Total 17970 35,9 2745 5,5 5346 10,7 152 0,3 13 0,0 23895 47,7 50121 100,0
TABELA 8 - Casos notificados de aids, segundo ano de diagnóstico e raça/cor, Estado de São Paulo, 2000 - 2006*
Fonte: SINAN- Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP. (*) Dados preliminares, sujeitos a revisão mensal, até 30/06/06
Dezembro 2006Dezembro 2006 1313
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1Centro de R eferênc ia e Treinamento
P rograma E s tadual
AIDS - SPDST
AIDS - SPDST
P rograma E s tadual
Centro de R eferênc ia e Treinamento
0,0
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0
90,0
1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
ano de diagnóstico
%
hetero UDI outro invest
FONTE: SINAN - VE-PEDST/AIDS-SES-SP (dados até 30/06/2006)
GRÁFICO 4 - Proporção de casos notifi cados de aids em mulheres com 13 anos de idade e mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1983 a 2006*
0,0
20,0
40,0
60,0
80,0
100,0
120,0
1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
ano de diagnóstico
%
HSH hetero UDI outras invest
FONTE: SINAN - VE-PEDST/AIDS-SES-SP (dados até 30/06/2006)
GRÁFICO 3 - Proporção de casos notifi cados de aids em homens com 13 anos de idade e mais, segundo categoria de exposição e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2006*
Dezembro 2006Dezembro 20061414
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1Centro de R eferênc ia e Treinamento
P rograma E s tadual
AIDS - SPDST
AIDS - SPDST
P rograma E s tadual
Centro de R eferênc ia e Treinamento
Esco
larid
ade
Ano
de D
iagn
óstic
oTo
tal
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
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2001
2002
2003
2004
2005
2006
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nº%
nº%
nº%
nº%
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nº%
nº%
nº%
nº%
nº%
nº%
nº%
nº%
nº%
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72,
214
42,
116
92,
320
22,
720
22,
818
42,
415
72,
415
92,
514
02,
414
32,
610
82,
294
2,3
722,
115
2,2
1936
2,4
De
1 a
318
9929
,021
0431
,222
7230
,923
2030
,920
6228
,723
9530
,721
3432
,118
8529
,414
5124
,987
115
,762
112
,446
911
,534
710
,152
7,7
2088
225
,9
De
4 a
713
9421
,313
8020
,415
6321
,315
8621
,118
7426
,120
8426
,717
1825
,816
7526
,216
0727
,617
2931
,115
5331
,112
5330
,610
9231
,921
631
,820
724
25,7
De
8 a
1194
614
,497
114
,410
0613
,799
513
,210
6714
,911
0814
,296
714
,598
915
,410
5818
,111
3720
,511
5623
,210
6426
,088
625
,916
424
,213
514
16,7
De
12 e
mai
s57
18,
753
57,
952
57,
152
27,
048
76,
854
87,
044
66,
742
36,
636
76,
345
08,
143
58,
735
98,
837
310
,986
12,7
6127
7,6
Ign/
Bran
co15
9724
,416
1924
,018
1124
,718
8525
,114
8720
,714
7318
,912
3618
,612
7119
,912
0820
,712
2222
,011
2022
,485
420
,965
219
,114
621
,517
581
21,8
Tota
l65
5410
0,0
6753
100,
073
4610
0,0
7510
100,
071
7910
0,0
7792
100,
066
5810
0,0
6402
100,
058
3110
0,0
5552
100,
049
9310
0,0
4093
100,
034
2210
0,0
679
100,
080
764
100,
0
FEM
ININ
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4,3
874,
410
04,
011
63,
916
84,
916
54,
111
33,
215
14,
512
33,
712
23,
911
13,
989
3,8
673,
515
4,1
1504
4,0
De
1 a
365
036
,276
238
,387
735
,010
0633
,511
6233
,914
0034
,812
4535
,810
8932
,186
026
,155
918
,143
715
,431
813
,724
012
,447
12,8
1065
228
,4
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4 a
739
722
,142
821
,557
823
,168
622
,994
727
,611
2027
,897
227
,995
228
,198
329
,810
4433
,897
034
,183
035
,869
335
,813
937
,810
739
28,7
De
8 a
1118
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Dezembro 2006Dezembro 2006 1717
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1Centro de R eferênc ia e Treinamento
P rograma E s tadual
AIDS - SPDST
AIDS - SPDST
P rograma E s tadual
Centro de R eferênc ia e Treinamento
Município de Residência
Ano de DiagnósticoTotal
1980-1990 1991-1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
nº nº nº nº nº nº nº nº nº nº %
1 355030 São Paulo 7754 37014 3587 3569 3297 3043 2404 2171 379 63218 41,6
2 354850 Santos 704 3025 215 197 145 124 122 114 21 4667 3,1
3 354340 Ribeirão Preto 393 2852 309 301 230 217 200 119 27 4648 3,1
4 350950 Campinas 364 2543 297 284 288 281 243 182 64 4546 3,0
5 354980 São José do Rio Preto 237 2156 233 156 176 196 106 81 27 3368 2,2
6 351880 Guarulhos 224 1754 246 170 162 148 142 96 9 2951 1,9
7 354780 Santo André 227 1849 174 174 166 144 108 54 3 2899 1,9
8 355220 Sorocaba 166 1573 190 153 133 138 80 68 9 2510 1,7
9 354990 São José dos Campos 133 1385 199 168 205 148 113 118 16 2485 1,6
10 353440 Osasco 203 1390 172 154 156 107 91 49 11 2333 1,5
11 354870 São Bernardo do Campo 157 1235 131 131 138 111 101 89 12 2105 1,4
12 355100 São Vicente 252 1317 122 95 83 73 64 55 4 2065 1,4
13 350600 Bauru 59 988 114 95 139 80 59 54 16 1604 1,1
14 351870 Guarujá 162 846 105 83 98 75 91 31 4 1495 1,0
15 355410 Taubaté 64 832 118 107 76 100 74 37 10 1418 0,9
16 352590 Jundiaí 47 729 111 94 70 90 54 66 22 1283 0,8
17 350320 Araraquara 48 784 81 79 73 52 61 53 20 1251 0,8
18 351380 Diadema 61 605 111 90 72 51 77 49 14 1130 0,7
19 353870 Piracicaba 58 727 79 59 49 37 42 48 8 1107 0,7
20 352940 Mauá 47 598 74 72 78 57 61 44 2 1033 0,7
21 351060 Carapicuíba 72 533 80 73 67 52 44 37 8 966 0,6
22 352690 Limeira 27 522 86 70 88 64 32 38 5 932 0,6
23 352440 Jacareí 49 580 57 57 47 42 36 29 3 900 0,6
24 351620 Franca 56 594 50 51 49 32 19 13 - 864 0,6
25 350280 Araçatuba 33 487 75 39 47 46 47 39 17 830 0,5
26 354100 Praia Grande 67 508 62 56 45 34 27 20 1 820 0,5
27 351110 Catanduva 57 510 63 48 44 40 33 19 3 817 0,5
28 351350 Cubatão 55 481 56 51 46 48 25 29 5 796 0,5
29 352900 Marília 44 451 54 46 66 34 31 33 14 773 0,5
30 350550 Barretos 39 515 55 45 38 31 25 8 2 758 0,5
31 354140 Presidente Prudente 55 420 50 54 50 50 27 38 4 748 0,5
32 354890 São Carlos 32 405 70 68 56 39 31 25 3 729 0,5
33 354880 São Caetano do Sul 64 427 24 32 40 38 25 14 2 666 0,4
34 354390 Rio Claro 27 386 66 50 29 27 38 32 1 656 0,4
35 355280 Taboão da Serra 66 392 26 31 44 31 33 25 2 650 0,4
36 353060 Moji das Cruzes 28 335 52 42 50 46 36 32 1 622 0,4
37 350850 Caçapava 17 393 56 53 51 17 16 11 - 614 0,4
38 350610 Bebedouro 43 402 26 38 33 28 19 9 1 599 0,4
39 350160 Americana 20 302 47 42 43 46 39 38 16 593 0,4
40 352310 Itaquaquecetuba 27 275 54 41 59 33 35 33 7 564 0,4
41 352390 Itu 17 298 45 34 40 34 26 14 16 524 0,3
42 352250 Itapevi 36 260 53 41 34 31 14 20 2 491 0,3
43 351500 Embu 27 257 47 43 27 26 21 16 2 466 0,3
44 350570 Barueri 27 165 51 49 41 40 39 23 2 437 0,3
45 355250 Suzano 15 227 35 36 35 31 24 29 - 432 0,3
46 351907 Hortolândia 1 211 47 38 29 41 34 19 4 424 0,3
47 355240 Sumaré 24 238 30 23 34 25 18 11 1 404 0,3
48 350330 Araras 6 218 26 25 38 38 24 12 2 389 0,3
49 352230 Itapetininga 17 201 37 34 23 21 27 21 3 384 0,3
50 351840 Guaratinguetá 14 204 41 22 39 20 23 12 2 377 0,2
TABELA 13 - Casos notifi cados de aids segundo 100 municípios de residência com maior número de casos e ano de diagnóstico, Estado de São Paulo, 1980 a 2006*
Dezembro 2006Dezembro 20061818
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P rograma E s tadual
AIDS - SPDST
AIDS - SPDST
P rograma E s tadual
Centro de R eferênc ia e Treinamento
Município de Residência
Ano de DiagnósticoTotal
1980-1990 1991-1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
nº nº nº nº nº nº nº nº nº nº %
51 351640 Franco da Rocha 56 195 16 18 14 24 27 14 5 369 0,2
52 355370 Taquaritinga 12 230 27 28 20 20 7 15 4 363 0,2
53 355710 Votuporanga 13 224 23 24 17 30 16 14 2 363 0,2
54 351050 Caraguatatuba 8 138 42 42 22 38 34 24 6 354 0,2
55 352430 Jaboticabal 14 218 36 20 19 15 15 14 - 351 0,2
56 351570 Ferraz de Vasconcelos - 199 39 26 22 19 19 18 - 342 0,2
57 353080 Moji-Mirim 15 167 28 29 30 28 23 13 1 334 0,2
58 355400 Tatuí 16 176 28 32 30 18 16 14 1 331 0,2
59 351300 Cotia 17 160 17 24 41 24 25 19 2 329 0,2
60 351340 Cruzeiro 10 198 35 22 22 14 12 9 1 323 0,2
61 352260 Itapira 4 191 31 26 21 23 9 7 5 317 0,2
62 355170 Sertãozinho 15 169 26 22 29 21 11 12 3 308 0,2
63 350760 Bragança Paulista 18 174 16 22 25 24 11 10 3 303 0,2
64 350400 Assis 20 152 19 25 15 14 20 19 5 289 0,2
65 350410 Atibaia 24 183 26 19 9 7 8 9 - 285 0,2
66 355070 São Sebastião 11 155 25 33 17 15 9 15 3 283 0,2
67 350650 Birigui 9 147 22 19 20 24 25 9 5 280 0,2
68 355480 Tremembé 10 192 18 19 12 10 10 4 2 277 0,2
69 352530 Jaú 11 179 21 8 10 20 8 14 2 273 0,2
70 351630 Francisco Morato 19 136 14 22 22 9 16 19 12 269 0,2
71 353470 Ourinhos 15 146 22 18 30 17 8 10 - 266 0,2
72 350750 Botucatu 30 130 21 19 13 16 19 13 3 264 0,2
73 352210 Itanhaém 24 129 14 8 20 25 17 21 3 261 0,2
74 355540 Ubatuba 6 128 21 24 27 23 17 11 3 260 0,2
75 353030 Mirassol 8 162 16 21 20 12 14 4 - 257 0,2
76 353070 Moji-Guaçu 8 119 26 16 26 34 14 12 2 257 0,2
77 353800 Pindamonhangaba 11 137 31 22 19 16 10 5 1 252 0,2
78 355650 Várzea Paulista 7 141 28 15 9 18 12 12 6 248 0,2
79 354580 Santa Bárbara d’Oeste 12 99 16 19 25 25 19 18 1 234 0,2
80 352720 Lorena 15 143 11 15 14 10 10 11 3 232 0,2
81 352050 Indaiatuba 8 114 13 21 19 25 16 11 4 231 0,2
82 354330 Ribeirão Pires 10 126 17 20 9 15 19 12 3 231 0,2
83 352220 Itapecerica da Serra 9 111 17 18 12 26 19 11 2 225 0,1
84 350450 Avaré 18 127 18 12 8 15 11 12 - 221 0,1
85 352710 Lins 13 129 17 16 14 11 8 8 1 217 0,1
86 352340 Itatiba 8 78 25 19 20 17 22 14 3 206 0,1
87 353980 Poá 15 126 24 9 15 10 2 3 - 204 0,1
88 353130 Monte Alto 7 112 19 19 16 12 8 7 2 202 0,1
89 352670 Leme 6 101 19 21 12 17 14 9 2 201 0,1
90 350210 Andradina 7 108 16 16 18 11 11 10 2 199 0,1
91 350190 Amparo 9 80 27 16 6 26 15 11 3 193 0,1
92 355060 São Roque 5 92 25 17 12 10 13 12 6 192 0,1
93 353930 Pirassununga 5 101 16 13 21 15 13 5 - 189 0,1
94 355700 Votorantim 13 110 16 11 9 13 8 6 1 187 0,1
95 350960 Campo Limpo Paulista 6 89 12 14 15 7 12 11 4 170 0,1
96 352930 Matão 3 94 13 22 10 13 8 3 4 170 0,1
97 353760 Peruíbe 13 87 15 12 14 10 12 7 - 170 0,1
98 353050 Mococa 13 94 10 12 11 12 6 5 1 164 0,1
99 350250 Aparecida - 88 18 17 10 12 7 10 1 163 0,1
100 350590 Batatais 7 80 19 15 15 12 6 7 1 162 0,1
Subtotal 13035 82363 9260 8540 8052 7239 5852 4840 931 140112 92,2
Outros Municípios 549 5893 996 1017 937 883 761 674 139 11849 7,8
Total 13584 88256 10256 9557 8989 8122 6613 5514 1070 151961 100,0
Fonte: SINAN- Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP. (*) Dados preliminares, sujeitos a revisão mensal, até 30/06/06. (**) Incluídos 29 casos com município de residência ignorado.
continuação
Dezembro 2006Dezembro 2006 1919
Boletim Epidemiológico ANO XXV – Nº 1Centro de R eferênc ia e Treinamento
P rograma E s tadual
AIDS - SPDST
AIDS - SPDST
P rograma E s tadual
Centro de R eferênc ia e Treinamento
TABELA 14 - Coefi ciente de incidência de aids por 100.000 habitantes, nos 100 Municípios com maior ocorrência de casos de 1980 a 2006 e classifi cados pelo CI do ano de 2003, Estado de São Paulo, 1990, 1995, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004*
Município de Residência
Ano de Diagnóstico
1990 1995 2000 2001 2002 2003 2004
CI CI CI CI CI CI CI
Estado de São Paulo 16.6 30.6 27.7 25.4 23.5 21.0 16.9
1 354980 São José do Rio Preto 30.2 75.4 65.0 42.5 47.0 51.3 27.2
2 351050 Caraguatatuba 9.8 41.5 53.2 51.2 26.1 43.7 38.0
3 351350 Cubatão 26.7 65.8 51.7 46.4 41.1 42.3 21.7
4 354340 Ribeirão Preto 33.4 73.2 61.2 58.5 44.2 41.1 37.4
5 350190 Amparo 4.0 27.7 44.7 26.0 9.6 41.0 23.3
6 355410 Taubaté 12.8 47.3 48.3 43.0 30.2 39.1 28.5
7 355710 Votuporanga 12.3 30.5 30.4 31.2 21.8 38.0 20.0
8 355370 Taquaritinga 15.3 38.0 51.9 53.2 37.6 37.3 12.9
9 350610 Bebedouro 36.6 66.0 34.8 50.2 43.3 36.4 24.5
10 351110 Catanduva 31.8 65.1 59.5 44.6 40.4 36.2 29.5
11 352260 Itapira 3.6 38.1 48.9 40.3 32.4 35.1 13.6
12 350330 Araras 1.2 27.2 25.0 23.5 35.3 34.7 21.6
13 350250 Aparecida 0.0 31.5 51.6 48.5 28.4 33.9 19.7
14 353080 Moji-Mirim 7.9 31.9 34.4 34.8 35.3 32.3 26.1
15 355540 Ubatuba 6.6 27.0 31.4 34.9 38.1 31.6 22.7
16 352210 Itanhaém 11.3 21.8 19.4 10.6 25.8 31.3 20.6
17 354850 Santos 50.7 81.7 51.4 47.1 34.7 29.7 29.2
18 350550 Barretos 25.8 63.9 52.9 42.9 35.9 29.1 23.3
19 355030 São Paulo 29.1 41.0 34.4 34.0 31.1 28.5 22.4
20 350950 Campinas 19.9 34.8 30.6 28.9 28.9 27.9 23.9
21 354880 São Caetano do Sul 13.9 35.6 17.1 23.0 28.9 27.7 18.3
22 350320 Araraquara 15.3 45.1 44.4 42.7 39.0 27.4 31.8
23 355480 Tremembé 7.5 72.9 51.7 53.2 33.0 27.0 26.5
24 352590 Jundiaí 6.6 23.7 34.3 28.8 21.2 27.0 16.0
25 353130 Monte Alto 10.3 42.5 43.6 43.1 36.0 26.8 17.7
26 351870 Guarujá 29.4 44.9 39.7 30.5 35.5 26.6 31.7
27 350280 Araçatuba 9.6 44.4 44.3 22.8 27.2 26.4 26.7
28 355220 Sorocaba 19.8 52.0 38.5 30.1 25.7 26.1 14.8
29 354990 São José dos Campos 16.2 41.2 36.9 30.5 36.6 26.0 19.5
30 353070 Moji-Guaçu 1.9 12.8 20.9 12.6 20.1 25.9 10.5
31 354140 Presidente Prudente 11.1 22.8 26.4 28.1 25.8 25.4 13.6
32 352690 Limeira 14.8 25.0 34.5 27.6 34.1 24.4 12.0
33 350160 Americana 5.3 20.7 25.7 22.6 22.8 24.0 20.1
34 350600 Bauru 12.2 53.5 36.1 29.5 42.4 24.0 17.4
35 350650 Birigui 5.5 29.2 23.3 19.7 20.3 23.9 24.5
36 351907 Hortolândia - 31.0 30.8 23.8 17.4 23.7 18.9
37 352390 Itu 6.7 31.8 33.2 24.5 28.3 23.6 17.7
38 353030 Mirassol 13.1 44.2 33.1 42.5 39.8 23.5 26.9
39 355100 São Vicente 32.9 71.4 40.2 31.0 26.7 23.2 20.1
40 355070 São Sebastião 24.7 43.1 43.1 54.2 26.9 22.9 13.3
41 350590 Batatais 9.2 8.5 37.2 28.9 28.5 22.5 11.1
42 353930 Pirassununga 3.6 21.5 24.7 19.7 31.5 22.3 19.1
43 354780 Santo André 16.2 38.8 26.8 26.7 25.3 21.8 16.3
44 350850 Caçapava 17.0 63.9 73.6 68.8 65.2 21.5 19.9
45 352430 Jaboticabal 5.2 69.8 53.4 29.2 27.5 21.4 21.2
46 355170 Sertãozinho 14.5 15.1 27.5 22.8 29.6 21.1 10.9
47 352440 Jacareí 12.6 50.8 29.8 29.3 23.9 21.0 17.8
48 351640 Franco da Rocha 46.3 25.6 14.8 16.3 12.4 20.9 23.0
49 352670 Leme 4.5 13.4 23.5 25.6 14.4 20.1 16.3
50 350210 Andradina 7.7 21.8 29.0 28.8 32.3 19.6 19.5
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Fonte: SINAN- Vigilância Epidemiológica - Programa Estadual DST/Aids-SP. (*) Dados preliminares, sujeitos a revisão mensal, até 30/06/06.
Município de Residência
Ano de Diagnóstico
1990 1995 2000 2001 2002 2003 2004
CI CI CI CI CI CI CI
51 352340 Itatiba 6.7 14.8 30.8 22.8 23.4 19.5 24.7
52 354890 São Carlos 9.7 27.7 36.3 34.5 28.0 19.1 15.0
53 351340 Cruzeiro 5.9 20.5 47.6 29.7 29.5 18.7 15.9
54 351840 Guaratinguetá 5.0 35.8 39.3 20.9 36.5 18.5 21.1
55 350450 Avaré 6.7 20.0 23.5 15.3 10.0 18.5 13.3
56 355400 Tatuí 8.0 17.8 30.0 33.5 30.8 18.2 15.9
57 352220 Itapecerica da Serra 3.3 9.6 13.1 13.4 8.6 18.1 12.9
58 350760 Bragança Paulista 3.8 11.2 12.8 17.2 19.2 18.1 8.1
59 355650 Várzea Paulista 6.1 23.9 30.2 15.7 9.2 18.0 11.7
60 353050 Mococa 19.2 17.7 15.2 18.1 16.4 17.7 8.8
61 352930 Matão 1.6 17.2 18.1 30.2 13.6 17.5 10.7
62 353760 Peruíbe 15.9 39.0 29.2 22.4 25.3 17.5 20.3
63 352250 Itapevi 18.5 15.7 32.6 24.2 19.6 17.3 7.6
64 350570 Barueri 1.6 12.5 24.5 22.5 18.3 17.2 16.3
65 353470 Ourinhos 5.3 19.6 23.4 18.8 30.8 17.2 7.9
66 352530 Jaú 3.3 19.9 18.7 7.0 8.6 17.0 6.7
67 352900 Marília 15.3 25.4 27.4 22.8 32.2 16.3 14.6
68 352710 Lins 12.1 37.4 25.8 23.9 20.7 16.1 11.6
69 352230 Itapetininga 6.8 28.6 29.5 26.5 17.6 15.8 20.0
70 354100 Praia Grande 22.1 35.7 32.0 28.0 21.6 15.8 12.2
71 353440 Osasco 14.0 28.9 26.4 23.3 23.3 15.8 13.2
72 352050 Indaiatuba 3.1 13.4 8.8 13.8 12.1 15.5 9.7
73 350400 Assis 9.6 18.6 21.8 28.2 16.7 15.4 21.8
74 354390 Rio Claro 10.3 36.0 39.2 29.1 16.6 15.2 21.1
75 354870 São Bernardo do Campo 10.5 23.3 18.6 18.3 18.9 14.9 13.3
76 351300 Cotia 7.8 15.0 11.4 15.7 26.0 14.8 15.1
77 352940 Mauá 5.2 26.6 20.4 19.4 20.6 14.8 15.6
78 355280 Taboão da Serra 20.8 21.6 13.2 15.3 21.4 14.8 15.5
79 355060 São Roque 3.2 19.8 37.5 25.2 17.5 14.4 18.4
80 351060 Carapicuíba 11.7 19.1 23.2 20.8 18.7 14.3 11.9
81 350750 Botucatu 7.9 21.1 19.4 17.2 11.6 14.1 16.5
82 354580 Santa Bárbara d’Oeste 5.8 6.8 9.4 11.0 14.3 14.1 10.5
83 351380 Diadema 7.7 27.4 31.1 24.8 19.6 13.7 20.4
84 354330 Ribeirão Pires 7.3 18.2 16.3 18.7 8.3 13.6 16.9
85 353060 Moji das Cruzes 5.3 16.6 15.7 12.5 14.6 13.2 10.2
86 355700 Votorantim 5.1 26.0 16.7 11.2 9.1 12.9 7.8
87 351880 Guarulhos 12.5 18.1 22.9 15.4 14.3 12.8 12.0
88 352720 Lorena 11.2 26.9 14.1 19.0 17.6 12.4 12.3
89 355250 Suzano 3.9 17.3 15.3 15.2 14.4 12.4 9.3
90 351570 Ferraz de Vasconcelos 4.3 27.5 27.4 17.6 14.5 12.1 11.8
91 353800 Pindamonhangaba 3.0 9.9 24.6 17.1 14.5 12.0 7.4
92 355240 Sumaré 7.5 16.4 15.2 11.3 16.3 11.7 8.2
93 351500 Embu 7.3 18.1 22.6 20.2 12.4 11.6 9.2
94 352310 Itaquaquecetuba 7.1 10.2 19.8 14.4 20.0 10.8 11.1
95 353870 Piracicaba 10.8 27.0 24.0 17.6 14.4 10.7 12.0
96 351620 Franca 8.0 27.5 17.4 17.3 16.4 10.5 6.1
97 350960 Campo Limpo Paulista 7.0 18.1 18.8 21.2 22.2 10.1 16.9
98 353980 Poá 9.5 12.0 25.1 9.2 15.0 9.8 1.9
99 351630 Francisco Morato 6.4 29.4 10.5 15.8 15.3 6.0 10.4
100 350410 Atibaia 8.4 16.9 23.4 16.7 7.7 5.9 6.6
continuação
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AnoÓbitos Razão
de SexoTaxas (*)
Homem Mulher Total Homem Mulher Total1988 933 138 1.071 6,8 6,4 0,9 3,61989 1.429 232 1.661 6,2 9,6 1,5 5,51990 2.636 462 3.098 5,7 17,3 3,0 10,11991 3.496 722 4.218 4,8 22,5 4,5 13,41992 4.113 908 5.021 4,5 26,0 5,6 15,71993 5.163 1.270 6.433 4,1 32,1 7,7 19,71994 5.606 1.485 7.091 3,8 34,2 8,8 21,31995 5.850 1.889 7.739 3,1 35,1 11,0 22,91996 5.371 1.898 7.269 2,8 31,7 10,8 21,11997 3.983 1.553 5.536 2,6 23,1 8,7 15,81998 3.255 1.336 4.591 2,4 18,6 7,4 12,91999 3.057 1.200 4.257 2,5 17,2 6,5 11,72000 2.940 1.241 4.181 2,4 16,2 6,6 11,32001 2.752 1.210 3.962 2,3 15,0 6,3 10,62002 2.677 1.175 3.852 2,3 14,3 6,0 10,12003 2.511 1.115 3.626 2,3 13,2 5,6 9,42004 2.304 1.028 3.332 2,2 12,0 5,1 8,52005 2.351 1.134 3.485 2,1 12,0 5,6 8,7Total 60.427 19.996 80.423 3,0
TABELA 15 - Óbitos e taxas de mortalidade por AIDS, segundo Sexo e ano de ocorrência, Estado de São Paulo 1988 - 2005
Fonte: Fundação Seade. (*) Taxas por 100 mil habitantes.
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Óbitos por Aids2000 2001 2002 2003 2004 2005
Estado de São Paulo 4.181 3.962 3.852 3.626 3.332 3.485
DIR 01 - Capital 1.379 1.245 1.210 1.139 1.018 1.025DIR 02 - Santo André 187 197 174 218 168 186DIR 03 - Mogi das Cruzes 184 179 207 183 198 185DIR 04 - Franco da Rocha 36 35 37 37 45 41DIR 05 - Osasco 213 192 204 167 170 172DIR 06 - Araçatuba 62 49 60 46 56 50DIR 07 - Araraquara 106 106 94 80 70 81DIR 08 - Assis 23 45 24 37 32 39DIR 09 - Barretos 70 69 62 64 49 43DIR 10 - Bauru 98 99 103 97 83 108DIR 11 - Botucatu 12 30 22 22 26 23DIR 12 - Campinas 284 280 249 236 237 245DIR 13 - Franca 32 54 57 59 45 47DIR 14 - Marília 32 43 51 31 44 30DIR 15 - Piracicaba 177 151 152 155 120 123DIR 16 - Presidente Prudente 44 52 51 38 40 39DIR 17 - Registro 21 18 13 14 19 15DIR 18 - Ribeirão Preto 197 171 166 136 141 149DIR 19 - Santos 304 264 221 240 175 241DIR 20 - São João da Boa Vista 47 56 49 54 48 49DIR 21 - São José dos Campos 161 152 153 122 134 106DIR 22 - São José do Rio Preto 162 150 157 139 147 145DIR 23 - Sorocaba 192 158 191 153 134 163DIR 24 - Taubaté 122 123 131 128 103 145
TABELA 16 - Óbitos por Aids, para população total, Estado de São Paulo e DIRs, 2000 a 2005
Fonte: Fundação Seade.
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Taxas de Mortalidade por Aids (1)2000 2001 2002 2003 2004 2005
Estado de São Paulo 11,31 10,55 10,10 9,37 8,47 8,72
DIR 01 - Capital 13,23 11,87 11,47 10,73 9,53 9,54DIR 02 - Santo André 7,95 8,27 7,21 8,91 6,78 7,41DIR 03 - Mogi das Cruzes 8,00 7,56 8,48 7,28 7,65 6,93DIR 04 - Franco da Rocha 8,52 7,99 8,15 7,86 9,21 8,09DIR 05 - Osasco 9,05 7,94 8,21 6,54 6,47 6,37DIR 06 - Araçatuba 9,44 7,39 8,97 6,81 8,22 7,27DIR 07 - Araraquara 12,49 12,30 10,74 8,99 7,75 8,82DIR 08 - Assis 5,43 10,48 5,51 8,39 7,16 8,60DIR 09 - Barretos 18,06 17,60 15,64 15,96 12,08 10,48DIR 10 - Bauru 10,13 10,08 10,33 9,58 8,08 10,35DIR 11 - Botucatu 2,32 5,72 4,13 4,07 4,74 4,13DIR 12 - Campinas 8,40 8,11 7,07 6,57 6,47 6,55DIR 13 - Franca 5,44 9,02 9,36 9,52 7,13 7,32DIR 14 - Marília 5,48 7,29 8,56 5,15 7,23 4,88DIR 15 - Piracicaba 13,81 11,57 11,44 11,46 8,71 8,77DIR 16 - Presidente Prudente 6,45 7,55 7,34 5,42 5,65 5,46DIR 17 - Registro 7,78 6,57 4,68 4,96 6,63 5,16DIR 18 - Ribeirão Preto 17,80 15,20 14,53 11,71 11,95 12,43DIR 19 - Santos 20,63 17,57 14,43 15,37 10,99 14,83DIR 20 - São João da Boa Vista 6,47 7,60 6,56 7,13 6,25 6,29DIR 21 - São José dos Campos 14,98 13,83 13,62 10,62 11,41 8,83DIR 22 - São José do Rio Preto 12,19 11,13 11,49 10,03 10,46 10,17DIR 23 - Sorocaba 10,06 8,10 9,58 7,51 6,44 7,66DIR 24 - Taubaté 13,35 13,27 13,92 13,40 10,62 14,73
TABELA 17 - Taxas de Mortalidade por AIDS, na população total, Direções Regionais de Saúde, 2000 a 2005
Fonte: Fundação Seade. Nota: (1) Taxas por 100.000 habitantes.
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O sistema de vigilância epidemiológica da gestante hiv e criança exposta
no Estado de São Paulo – 2000 a 2006* (*dados até 30/06/06)
Dentre todos os avanços diagnósticos terapêuticos, tecnológicos e preventivos para combater o HIV, merecem destaque as des-cobertas e investimentos para a redução da taxa de transmissão do HIV da mãe portadora para o seu filho. Contudo, apesar de compro-vadamente serem reconhecidas como efica-zes as medidas profiláticas para a redução desta taxa de transmissão, são necessárias uma série de ações que possibilitem não só a identificação destas mulheres, o mais preco-cemente possível, mas também a garantia do acesso da gestante HIV e da criança exposta a estas medidas, o que requer o envolvimen-to e a responsabilidade de todos os níveis de serviço de saúde e da sociedade civil para que de fato estas medidas se concretizem, garantindo de fato, o direito a estas mulheres de terem seus filhos com risco reduzido de uma possível infecção.
Com o objetivo de acompanhar e avaliar estas ações, o sistema de vigilância da gestante HIV e da criança exposta propõe-se a investi-gar as medidas de intervenção disponíveis para a redução deste agravo nos três momentos da vida desta mãe e de seu fi lho nos serviços de saúde: Pré-natal, Parto e Acompanhamento da criança.
Para isto o Ministério da Saúde, através da portaria nº 0993, de 4 de setembro de 2000, tornou compulsória a notifi cação de gestantes HIV positivas e crianças expostas em todo o território nacional, advindo daí a implantação do instrumento de notifi cação e investigação de ca-sos dessa população em todo País.
A notifi cação deste evento é realizada pe-los diversos serviços que atendem esta mulher e seu fi lho, em qualquer dos três momentos nos quais eles venham a ser inseridos dentro do ser-viço. A consolidação destas informações se dá nos níveis municipal e regional.
O objetivo deste boletim é divulgar e ana-lisar as informações obtidas através deste ins-trumento de notifi cação, visando assim avaliar a efi cácia e a efetividade das medidas de controle para este agravo.
Esperamos que os diversos níveis de serviços envolvidos nesta questão se apropriem destas informações a fi m de aprimorarem e pla-nejarem suas ações no intuito de reduzirmos as taxas de transmissão vertical do HIV.
De janeiro de 2000 a junho de 2006 se notifi cou 9981 casos de gestantes HIV e crian-ças expostas em todo o estado de São Paulo.
Foram consideradas as informações dos três períodos desta mulher e seu fi lho dentro dos serviços de saúde (pré-natal, parto e acompa-nhamento da criança). Para a avaliação das vari-áveis referentes ao primeiro momento da gesta-ção, foi considerada a totalidade dos casos no-tifi cados neste período, ou seja, 9981 casos. Já as variáveis que compõem o momento do parto, foram analisados apenas os casos com partos in-formados e ocorridos no período, totalizando um montante de 7755 casos notifi cados. Na avalia-ção do acompanhamento da criança exposta, a análise foi realizada considerando o número total de crianças nascidas vivas e notifi cadas no perío-do, somando um total de 7890 crianças nascidas de mães portadoras do HIV.
É importante ressaltar que, assim como a notifi cação de outros agravos, o sistema de vigilância da gestante HIV e da criança exposta também apresenta problemas quanto ao preen-chimento adequado da fi cha, o número de da-dos ignorado ou em branco difi culta a avaliação de algumas variáveis. Reconhece-se que o sis-tema utilizado é bastante complexo e trabalhoso do ponto de vista operacional, já que contempla os três momentos da mulher e seu fi lho nos ser-viços de saúde, o que possibilita, dependendo do momento em que ela for inserida, a falta de
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informação do processo anterior ou posterior do agravo. Além disso, a fi cha deve ser comple-mentada a cada etapa deste acompanhamento devendo ser encerrada após a última sorologia da criança (18 meses após seu nascimento). A qualidade das informações depende da ade-quada coleta de dados obtidas nos diversos ser-viços, possibilitando tanto a avaliação das ações recomendadas, como o aprimoramento e elabo-ração do planejamento para a redução deste agravo. Portanto, é vital o esforço de todos os profi ssionais de saúde.
Na tabela 1 observa-se que no decorrer dos anos há um aumento no número de casos notificados a medida que a vigilância epide-miológica vai sendo implantada nos serviços de saúde.
Houve um aumento de quase nove vezes no número de notifi cações comparando-se o ano de 2000 e 2004. Por outro lado, os dados de 2005 em diante, demonstram uma queda neste número.
A cidade de São Paulo continua respon-sável por 40,4% do número total de casos, se-guida respectivamente pela Regional de Santos (7,9%) e Campinas (7,6%). Em algumas regio-nais observa-se uma variação pequena na que-da de notifi cação comparada com a análise reali-zada no boletim epidemiológico de 2005. Apesar de se tratar de uma queda não tão expressiva, merece atenção destas regionais no sentido de compreender o ocorrido.
Comparando as tabela 1 e 2, esta última com notifi cações segundo município de residên-cia, contata-se que 10,9% dos casos notifi cados pela Regional I (município de São Paulo ) não residem na cidade, ou seja, apenas foram notifi -cadas na capital.
Utilizando a taxa de prevalência de 0,49 % de gestantes com HIV, na tabela 3, observa-se que foram notifi cados 66,6% dos casos espe-rados no Estado em 2005.
A fi cha de notifi cação não contempla a ocupação e renda destas mulheres o que se-ria relevante para uma melhor análise do nível sócio-econômico, contudo nada impede que os serviços realizem estudos que defi nam melhor esta população no que diz respeito ao perfi l só-cio-econômico.
Com relação ao nível de escolaridade, observa-se na tabela 4, que 51% do total de casos tem até 7 anos de estudos concluídos e 25,2% com 8 anos ou mais de estudo. Essa proporção de escolaridade mais alta é pequena quando comparada com o grau de escolaridade dos indivíduos que procuram centros de testa-gem para se submeter à sorologia, 67% com 8 ou mais anos de estudo. Quanto à variável raça/cor, 32% constam como preta ou parda; vale lembrar que o critério para defi nição desta variá-vel deve seguir os critérios defi nidos pelo IBGE, isto é, auto referido, porém desconhecemos se todos os casos notifi cados levaram em conside-ração esta recomendação.
Algumas das principais ações para a re-dução da taxa de transmissão vertical do HIV estão concentradas na assistência ao pré-natal: o oferecimento do teste; a agilidade na entrega dos resultados; a garantia do acesso ao serviço; uma rede de referência e contra referência ade-quada e a notifi cação dos casos, são algumas das medidas que fazem parte destas ações. Na tabela 5, observa-se que 49,9% das gestantes notifi cadas realizaram o diagnóstico para HIV antes do pré-natal e 31,1% durante o período gestacional. Chama a atenção o fato que um número considerável de mulheres só tiveram acesso ao diagnóstico no momento do parto ou após o nascimento da criança.
Já na Tabela 6 constata-se que do total de casos notifi cados, 86,7% destas gestantes realizaram o pré-natal, 31,8% iniciaram o acom-panhamento no primeiro trimestre. No que se refere ao uso dos anti-retrovirais, do total de gestantes que realizaram pré-natal 14,8% não tiveram acesso ao medicamento.
Ressaltamos que para elaboração da análise do uso dos anti-retrovirais na gesta-ção foram consideradas como “fez uso”, não só aquelas mulheres que iniciaram como me-dida profilática, mas também aquelas que já se encontravam em tratamento para a infec-ção pelo HIV.
Com relação às variáveis que permitem avaliar as ações da redução da transmissão ver-tical do HIV durante o parto, na tabela 7 obser-va-se que dos 7755 casos com data de parto preenchida e incluindo abortos, 61,6% evoluiu
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para cesárea. Não há referência se este núme-ro alto está relacionado à cesárea eletiva, que é reconhecida como uma das medidas de va-lor signifi cativo na redução da transmissão do HIV da mãe portadora para o seu fi lho, quando a carga viral for maior ou igual a 1.000 cópias /ml ou desconhecida e idade gestacional maior ou igual a 34 semanas.
Dos 7703 casos notifi cados com data de parto preenchido, e excluído os abortos, conta-ta-se que 76,7% das parturientes tiveram aces-so aos ARV no momento do parto. O percentual de uso aumentou, pois em 2000 foi de 66,1% e em 2005, 82,6%. Observa-se também que hou-ve um aumento no percentual de crianças que tiveram acesso ao AZT nas primeiras 24 horas, de 69,6% em 2000 para 90,4% em 2005.
A tabela 8 apresenta os dados referentes ao acompanhamento da criança exposta ao HIV, chama a atenção que 3,7 % referiram ter ama-
mentado seus fi lho e 7,9% usaram o AZT por menos de 6 semanas.
Quanto ao encerramento dos casos é ur-gente a necessidade de identifi car e recuperar estas informações; como exemplo, 27,8% das crianças notifi cadas nascidas de 2000 a 2003 continuam em acompanhamento ou situação ig-norada, quando deveriam constar como casos encerrados, devidamente classifi cados em in-fectados ou não infectados. Esta atualização é fundamental para melhor avaliar as ações para redução das taxas de transmissão deste agravo, já que se trata da síntese de todo o processo, que foi realizado desde o primeiro momento da gestação.
Apesar dos problemas e dos questio-na-mentos levantados, de forma geral os dados apresentados revelam que a efetivação das ações vem ocorrendo, resultando na diminuição dos casos de aids em menores de 13 anos.
Brasil. Ministério da Saúde. Vigilância do HIV no Brasil Novas diretrizes, Outubro de 2002.
Medronho, Roberto et al. Epidemiologia. São Paulo: Editora Atheneu, 2002.
São Paulo. Secretaria de Estado da Saúde. Boletim Epidemiológico CRT /DST/AIDS . ano XXIV. Ano VI. Número 1 outubro de 2005
São Paulo. Secretaria de Estado da Saú-de. Boletim Epidemiológico DST; Sífi lis Congênita e Centro de Testagem - Estado de São Paulo. C.V.E -. Ano VII. Número 1 Dezembro 2005
Brasil. Ministério da Saúde. Recomendações para Profi laxia da Transmissão Vertical do HIV e Terapia Anti-retroviral em Gestantes, 2004
Referências Bibliográfi cas
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1 São Paulo 69 24,7 197 25,5 421 30,4 853 36,5 968 39,0 854 42,4 199 34,3 3561 36,1
2 Guarulhos 11 3,9 16 2,1 43 3,1 109 4,7 74 3,0 80 4,0 14 2,4 347 3,5
3 Santos 26 9,3 24 3,1 40 2,9 55 2,4 83 3,3 47 2,3 15 2,6 290 2,9
4 Campinas 4 1,4 37 4,8 59 4,3 59 2,5 58 2,3 49 2,4 17 2,9 283 2,9
5 Ribeirão Preto 0 0,0 26 3,4 53 3,8 46 2,0 57 2,3 37 1,8 12 2,1 231 2,3
6 São J.dos Campos 1 0,4 17 2,2 66 4,8 48 2,1 23 0,9 21 1,0 11 1,9 187 1,9
7 Mauá 38 13,6 25 3,2 9 0,7 60 2,6 27 1,1 20 1,0 5 0,9 184 1,9
8 São J.do Rio Preto 8 2,9 45 5,8 15 1,1 46 2,0 16 0,6 43 2,1 5 0,9 178 1,8
9 Osasco 1 0,4 5 0,6 27 2,0 32 1,4 48 1,9 25 1,2 17 2,9 155 1,6
10 São B.do Campo 1 0,4 23 3,0 30 2,2 28 1,2 34 1,4 24 1,2 8 1,4 148 1,5
11 São Vicente 8 2,9 11 1,4 6 0,4 43 1,8 28 1,1 38 1,9 14 2,4 148 1,5
12 Praia Grande 7 2,5 3 0,4 4 0,3 40 1,7 43 1,7 32 1,6 8 1,4 137 1,4
13 Sorocaba 18 6,5 39 5,0 36 2,6 5 0,2 10 0,4 1 0,0 2 0,3 111 1,1
14 Diadema 6 2,2 11 1,4 17 1,2 19 0,8 29 1,2 21 1,0 4 0,7 107 1,1
15 Santo André 5 1,8 7 0,9 23 1,7 30 1,3 15 0,6 10 0,5 1 0,2 91 0,9
16 Araraquara 2 0,7 19 2,5 33 2,4 10 0,4 11 0,4 11 0,5 3 0,5 89 0,9
17 Itaquaquecetuba 0 0,0 2 0,3 10 0,7 24 1,0 22 0,9 23 1,1 6 1,0 87 0,9
18 Jacareí 0 0,0 8 1,0 8 0,6 41 1,8 17 0,7 11 0,5 2 0,3 87 0,9
19 Jundiaí 1 0,4 12 1,6 31 2,2 18 0,8 14 0,6 9 0,4 2 0,3 87 0,9
20 Taubaté 0 0,0 9 1,2 20 1,4 18 0,8 15 0,6 18 0,9 1 0,2 81 0,8
21 Marília 3 1,1 14 1,8 6 0,4 22 0,9 10 0,4 8 0,4 5 0,9 68 0,7
22 Carapicuíba 1 0,4 4 0,5 5 0,4 17 0,7 21 0,8 13 0,6 3 0,5 64 0,6
23 Itu 13 4,7 12 1,6 4 0,3 13 0,6 6 0,2 12 0,6 3 0,5 63 0,6
24 Piracicaba 0 0,0 0 0,0 5 0,4 12 0,5 21 0,8 21 1,0 4 0,7 63 0,6
25 Taboão da Serra 0 0,0 1 0,1 5 0,4 18 0,8 16 0,6 16 0,8 4 0,7 60 0,6
26 Americana 0 0,0 11 1,4 8 0,6 6 0,3 12 0,5 17 0,8 5 0,9 59 0,6
27 São Carlos 0 0,0 7 0,9 7 0,5 7 0,3 13 0,5 21 1,0 4 0,7 59 0,6
28 Guarujá 1 0,4 1 0,1 7 0,5 6 0,3 22 0,9 18 0,9 1 0,2 56 0,6
29 Bauru 0 0,0 0 0,0 14 1,0 11 0,5 16 0,6 7 0,3 7 1,2 55 0,6
30 Caraguatatuba 6 2,2 9 1,2 10 0,7 11 0,5 8 0,3 6 0,3 4 0,7 54 0,5
31 Cubatão 0 0,0 2 0,3 7 0,5 14 0,6 9 0,4 15 0,7 2 0,3 49 0,5
32 Bebedouro 0 0,0 6 0,8 8 0,6 20 0,9 5 0,2 7 0,3 2 0,3 48 0,5
33 Itapevi 1 0,4 5 0,6 17 1,2 5 0,2 12 0,5 7 0,3 1 0,2 48 0,5
34 Suzano 1 0,4 1 0,1 14 1,0 12 0,5 11 0,4 7 0,3 2 0,3 48 0,5
35 Araçatuba 0 0,0 7 0,9 9 0,7 11 0,5 1 0,0 13 0,6 4 0,7 45 0,5
36 Pindamonhangaba 0 0,0 0 0,0 0 0,0 3 0,1 34 1,4 3 0,1 2 0,3 42 0,4
37 Itapetininga 0 0,0 1 0,1 6 0,4 11 0,5 17 0,7 6 0,3 0 0,0 41 0,4
38 Ubatuba 1 0,4 0 0,0 14 1,0 10 0,4 9 0,4 4 0,2 2 0,3 40 0,4
39 Embu 2 0,7 0 0,0 4 0,3 11 0,5 13 0,5 8 0,4 0 0,0 38 0,4
40 Franca 1 0,4 2 0,3 2 0,1 3 0,1 17 0,7 12 0,6 1 0,2 38 0,4
41 Moji das Cruzes 0 0,0 1 0,1 7 0,5 6 0,3 14 0,6 9 0,4 1 0,2 38 0,4
42 Peruíbe 3 1,1 12 1,6 2 0,1 2 0,1 11 0,4 6 0,3 2 0,3 38 0,4
43 Votuporanga 5 1,8 6 0,8 5 0,4 6 0,3 13 0,5 0 0,0 2 0,3 37 0,4
44 Catanduva 0 0,0 1 0,1 0 0,0 8 0,3 18 0,7 7 0,3 2 0,3 36 0,4
45 Hortolândia 0 0,0 3 0,4 8 0,6 3 0,1 14 0,6 5 0,2 3 0,5 36 0,4
TABELA 2 - Total de casos notifi cados de GESTANTE HIV+ E CRIANÇA EXPOSTA, segundo Município de residência e ano da notifi cação, Estado de São Paulo 2000 a 2006*
Dezembro 2006Dezembro 2006 2929
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P rograma E s tadual
AIDS - SPDST
AIDS - SPDST
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Centro de R eferênc ia e Treinamento
Município de residência
Ano de Notifi caçãoTotal
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006*
f % f % f % f % f % f % f % f %
46 Birigui 0 0,0 2 0,3 4 0,3 9 0,4 10 0,4 4 0,2 6 1,0 35 0,4
47 Itanhaém 0 0,0 7 0,9 5 0,4 11 0,5 6 0,2 5 0,2 1 0,2 35 0,4
48 Sumaré 0 0,0 2 0,3 2 0,1 10 0,4 9 0,4 7 0,3 5 0,9 35 0,4
49 Moji-Guaçu 0 0,0 2 0,3 0 0,0 8 0,3 9 0,4 6 0,3 7 1,2 32 0,3
50 Barueri 1 0,4 4 0,5 6 0,4 14 0,6 4 0,2 2 0,1 0 0,0 31 0,3
51 Moji-Mirim 0 0,0 4 0,5 5 0,4 9 0,4 5 0,2 6 0,3 2 0,3 31 0,3
52 Taquaritinga 0 0,0 5 0,6 9 0,7 2 0,1 4 0,2 9 0,4 1 0,2 30 0,3
53 Ferraz de Vasconcelos 0 0,0 1 0,1 2 0,1 9 0,4 11 0,4 5 0,2 1 0,2 29 0,3
54 Votorantim 4 1,4 8 1,0 2 0,1 5 0,2 6 0,2 4 0,2 0 0,0 29 0,3
55 Francisco Morato 0 0,0 0 0,0 6 0,4 5 0,2 11 0,4 4 0,2 2 0,3 28 0,3
56 Itapecerica da Serra 0 0,0 3 0,4 2 0,1 10 0,4 7 0,3 5 0,2 1 0,2 28 0,3
57 Rio Claro 0 0,0 0 0,0 1 0,1 12 0,5 9 0,4 4 0,2 2 0,3 28 0,3
58 Cotia 0 0,0 1 0,1 1 0,1 8 0,3 9 0,4 6 0,3 2 0,3 27 0,3
59 Itatiba 0 0,0 2 0,3 2 0,1 12 0,5 9 0,4 1 0,0 1 0,2 27 0,3
60 Limeira 0 0,0 0 0,0 0 0,0 0 0,0 20 0,8 3 0,1 4 0,7 27 0,3
61 São Sebastião 1 0,4 0 0,0 8 0,6 7 0,3 3 0,1 3 0,1 5 0,9 27 0,3
62 Sertãozinho 0 0,0 4 0,5 6 0,4 4 0,2 6 0,2 5 0,2 2 0,3 27 0,3
63 Batatais 0 0,0 2 0,3 2 0,1 4 0,2 6 0,2 10 0,5 1 0,2 25 0,3
64 Amparo 1 0,4 1 0,1 4 0,3 9 0,4 6 0,2 3 0,1 0 0,0 24 0,2
65 Barretos 3 1,1 5 0,6 3 0,2 5 0,2 4 0,2 2 0,1 2 0,3 24 0,2
66 Arujá 0 0,0 0 0,0 2 0,1 7 0,3 2 0,1 7 0,3 5 0,9 23 0,2
67 Tatuí 0 0,0 0 0,0 3 0,2 6 0,3 3 0,1 7 0,3 2 0,3 21 0,2
68 Araras 0 0,0 1 0,1 1 0,1 7 0,3 7 0,3 4 0,2 0 0,0 20 0,2
69 Jaboticabal 0 0,0 1 0,1 6 0,4 6 0,3 5 0,2 2 0,1 0 0,0 20 0,2
70 Matão 0 0,0 0 0,0 7 0,5 5 0,2 4 0,2 3 0,1 1 0,2 20 0,2
71 Santa Bárbara d’Oeste 0 0,0 1 0,1 4 0,3 7 0,3 5 0,2 2 0,1 0 0,0 19 0,2
72 Monte Alto 0 0,0 0 0,0 4 0,3 3 0,1 3 0,1 5 0,2 2 0,3 17 0,2
73 Ourinhos 0 0,0 0 0,0 0 0,0 6 0,3 7 0,3 3 0,1 1 0,2 17 0,2
74 Botucatu 0 0,0 4 0,5 0 0,0 4 0,2 4 0,2 2 0,1 2 0,3 16 0,2
75 Bragança Paulista 0 0,0 0 0,0 3 0,2 4 0,2 6 0,2 1 0,0 2 0,3 16 0,2
76 Franco da Rocha 0 0,0 0 0,0 1 0,1 2 0,1 6 0,2 5 0,2 2 0,3 16 0,2
77 Itapira 1 0,4 1 0,1 2 0,1 4 0,2 3 0,1 4 0,2 1 0,2 16 0,2
78 Assis 0 0,0 1 0,1 0 0,0 4 0,2 3 0,1 4 0,2 2 0,3 14 0,1
79 Indaiatuba 0 0,0 0 0,0 2 0,1 1 0,0 5 0,2 4 0,2 2 0,3 14 0,1
80 Leme 0 0,0 1 0,1 0 0,0 0 0,0 1 0,0 10 0,5 2 0,3 14 0,1
81 Penápolis 1 0,4 0 0,0 0 0,0 0 0,0 10 0,4 1 0,0 2 0,3 14 0,1
82 Piedade 0 0,0 2 0,3 1 0,1 4 0,2 4 0,2 1 0,0 2 0,3 14 0,1
83 Aparecida 1 0,4 1 0,1 2 0,1 3 0,1 3 0,1 2 0,1 1 0,2 13 0,1
84 Atibaia 0 0,0 0 0,0 5 0,4 2 0,1 4 0,2 1 0,0 1 0,2 13 0,1
85 Capão Bonito 0 0,0 2 0,3 2 0,1 1 0,0 5 0,2 3 0,1 0 0,0 13 0,1
86 Embu-Guaçu 0 0,0 2 0,3 3 0,2 1 0,0 1 0,0 6 0,3 0 0,0 13 0,1
87 Itapeva 0 0,0 0 0,0 2 0,1 1 0,0 6 0,2 2 0,1 2 0,3 13 0,1
88 Jardinópolis 0 0,0 0 0,0 4 0,3 6 0,3 2 0,1 0 0,0 1 0,2 13 0,1
89 Poá 0 0,0 0 0,0 3 0,2 3 0,1 1 0,0 4 0,2 2 0,3 13 0,1
90 Várzea Paulista 2 0,7 0 0,0 1 0,1 1 0,0 3 0,1 5 0,2 1 0,2 13 0,1
91 Campo Limpo Paulista 0 0,0 1 0,1 2 0,1 2 0,1 3 0,1 1 0,0 3 0,5 12 0,1
92 Cosmópolis 0 0,0 0 0,0 2 0,1 3 0,1 7 0,3 0 0,0 0 0,0 12 0,1
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Município de residência
Ano de Notifi caçãoTotal
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006*
f % f % f % f % f % f % f % f %
93 Itápolis 0 0,0 0 0,0 0 0,0 1 0,0 11 0,4 0 0,0 0 0,0 12 0,1
94 Jandira 0 0,0 1 0,1 1 0,1 4 0,2 4 0,2 2 0,1 0 0,0 12 0,1
95 Santana de Parnaíba 0 0,0 3 0,4 3 0,2 3 0,1 1 0,0 2 0,1 0 0,0 12 0,1
96 São Caetano do Sul 0 0,0 0 0,0 0 0,0 3 0,1 6 0,2 3 0,1 0 0,0 12 0,1
97 São Roque 0 0,0 0 0,0 0 0,0 8 0,3 1 0,0 1 0,0 2 0,3 12 0,1
98 Cajuru 0 0,0 1 0,1 0 0,0 5 0,2 2 0,1 2 0,1 1 0,2 11 0,1
99 Fernandópolis 1 0,4 0 0,0 1 0,1 2 0,1 3 0,1 4 0,2 0 0,0 11 0,1
100 Mairinque 0 0,0 2 0,3 1 0,1 1 0,0 4 0,2 0 0,0 3 0,5 11 0,1
101 Mococa 0 0,0 1 0,1 0 0,0 2 0,1 2 0,1 4 0,2 2 0,3 11 0,1
102 Pereira Barreto 1 0,4 0 0,0 0 0,0 3 0,1 3 0,1 2 0,1 2 0,3 11 0,1
103 Pirassununga 0 0,0 0 0,0 2 0,1 1 0,0 2 0,1 4 0,2 2 0,3 11 0,1
104 Santa Isabel 0 0,0 0 0,0 1 0,1 3 0,1 3 0,1 4 0,2 0 0,0 11 0,1
105 Bertioga 0 0,0 0 0,0 1 0,1 3 0,1 4 0,2 2 0,1 0 0,0 10 0,1
106 Brodósqui 0 0,0 0 0,0 2 0,1 2 0,1 4 0,2 2 0,1 0 0,0 10 0,1
107 Mairiporã 0 0,0 0 0,0 0 0,0 3 0,1 2 0,1 1 0,0 4 0,7 10 0,1
108 Pedreira 0 0,0 0 0,0 1 0,1 4 0,2 4 0,2 0 0,0 1 0,2 10 0,1
109 Ribeirão Pires 0 0,0 0 0,0 0 0,0 3 0,1 1 0,0 6 0,3 0 0,0 10 0,1
110 Santo Antônio de Posse 0 0,0 0 0,0 2 0,1 1 0,0 5 0,2 0 0,0 2 0,3 10 0,1
111 São João da Boa Vista 0 0,0 1 0,1 2 0,1 0 0,0 2 0,1 5 0,2 0 0,0 10 0,1
TOTAL 279 773 1384 2339 2485 2014 580 9854
Fonte: SINAN *(dados sujeitos a revisao até 30/06/2006)
continuação
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DIRNº estimado de gestantes para
2005
Nº estimado de gestantes HIV+
nº gestantes HIV+ notifi cados % notifi cações
DIR I - CAPITAL 179.256 878 961 109,4DIR II SANTO ANDRE 38.125 187 71 38,0DIR III - MOGI DAS CRUZES 45.406 222 98 44,0DIR IV - FRANCO DA ROCHA 8.598 42 8 19,0DIR V - OSASCO 48.568 238 58 24,4DIR VI - ARACATUBA 8.610 42 20 47,4DIR VII - ARARAQUARA 12.404 61 57 93,8DIR VIII - ASSIS 6.398 31 11 35,1DIR IX - BARRETOS 5.629 28 15 54,4DIR X - BAURU 14.336 70 14 19,9DIR XI - BOTUCATU 8.426 41 21 50,9DIR XII - CAMPINAS 53.936 264 122 46,2DIR XIII - FRANCA 9.988 49 19 38,8DIR XIV - MARILIA 8.056 39 17 43,1DIR XV - PIRACICABA 19.713 97 56 58,0DIR XVI - PRES. PRUDENTE 9.599 47 7 14,9DIR XVII - REGISTRO 4.974 24 7 28,7DIR XVIII - RIBEIRAO PRETO 17.654 87 78 90,2DIR XIX - SANTOS 25.589 125 167 133,2DIR XX - S. J. DA BOA VISTA 10.090 49 27 54,6DIR XXI - S. J. DOS CAMPOS 18.703 92 48 52,4DIR XXII - S.JOSE DO RIO PRETO 16.975 83 67 80,6DIR XXIII - SOROCABA 33.336 163 42 25,7DIR XXIV - TAUBATE 14.543 71 30 42,1Total ESP 618.912 3033 2021 66,6
TABELA 3 - Percentual de casos notifi cados em relação ao número estimado de gestantes HIV + * , por DIR, em 2005. Estado de São Paulo
Fonte: SINAN *(dados sujeitos a revisao até 30/06/2006) e FSEADE * % gestantes HIV+ no ESP= 0,49% (dados do sentinela 2004) nº gestantes = nº nascidos vivos (SEADE)
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Relatório do Estudo Sentinela Parturiente HIV e Sífi lis –Estado de São Paulo- 2004.
Estimativa da prevalência de HIV na população paulista de 15 a 49 anos, 2004.
Ângela Tayra1, Márcia Moreira Holcman1, Célia Landman Szwarcwald 2, Carmen Lúcia Soares1, Anna Luiza Nunes Placco, Luiza H. Matida 1, Ione Aquemi Guibu1, Maria Clara Gianna1
1Programa Estadual de DST/Aids-SP-CRT-DST/Aids-SP, 2Fundação Osvado Cruz (FIOCRUZ)-RJ
1. Introdução
A avaliação da prevalência da infecção pelo HIV no Brasil, tem sido realizada periodi-camente através de estudos utilizando subgru-pos populacionais, denominados de “popula-ções Sentinela”.
O estudo sentinela em parturientes foi o único a ser continuado ao longo dos anos, sen-do considerado o grupo sentinela com taxa de prevalência mais aproximada à apresentada pela população geral feminina (Boisson, 1996). A partir de 2000, estes estudos foram conduzidos no país bienalmente, utilizando-se amostragem probabilística para a seleção das parturientes e dos estabelecimentos de saúde, melhorando assim a qualidade das estimativas da prevalên-cia (Szwarcwald, 2001; Souza-Jr, 2004).
A partir do ano de 2002, o estudo passou a incluir entrevista com a parturiente contendo informações sobre o número de consultas rea-lizadas durante o pré-natal, pedido de teste so-rológico para a infecção pelo HIV na gestação, concordância da gestante na realização do teste e conhecimento, antes do parto, do resultado da sorologia (Szwarcwald, 2004; Souza-Jr, 2004).
No estudo realizado em 2002, observou-se que, no Brasil, apenas 52% das parturientes que tinham realizado o teste anti-HIV no pré-natal, con-cordaram com a sua realização e conheciam o re-sultado de teste antes da internação para o parto. A cobertura de teste de HIV na gestação demons-trou grandes disparidades sócio-espaciais, com valores menores do que 30% nas regiões Norte e Nordeste (Souza-Jr. et al., 2004).
No Estado de São Paulo as ações de pre-venção e controle do HIV têm sido planejadas utilizando, entre outras medidas, a estimativa de prevalência calculada a partir da amostra da região Sudeste do Brasil. No ano de 2004, a pedido do Programa Estadual de Aids de São Paulo (PEDST/Aids-SP) além da amostra para a região Sudeste foi realizado planejamento amostral representativo para o Estado de São Paulo. Neste estudo, são apresentados os re-sultados deste estudo com relação às estimati-vas das taxas de prevalência da infecção pelo HIV e sífi lis, na população paulista de 15 a 49 anos, segundo o sexo, bem como as estimati-vas da cobertura da detecção da infecção pelo HIV durante a gestação.
2. Procedimentos metodológicos
O tamanho da amostra necessário para a estimativa da prevalência do HIV em partu-rientes foi calculado utilizando-se a estimativa da proporção de gestantes infectadas pelo HIV no ano de 1998, na Região Sudeste, de 6,0 por 1000 (Szwarcwald e Castilho, 2000). O ta-manho da amostra, considerando um intervalo de 95% de confi ança com erro bilateral de 2,0 por 1000, foi calculado em 5728 parturientes ( N=(1,96)2.(0,006) (0,994)/(0,002)2 = 5.728).
Levando-se em consideração o efeito de desenho de 1,2, devido à amostragem por conglomerados (maternidades), o tamanho de amostra foi calculado em 6873, ou aproximada-mente 7.000 gestantes.
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A seleção da amostra das parturientes foi realizada em dois estágios. No primeiro estágio, os estabelecimentos de saúde foram sorteados com probabilidade proporcional ao tamanho, mensurado pelo número de partos realizados. As regionais de saúde foram utilizadas para estra-tifi car, proporcionalmente, as unidades primárias de seleção (os estabelecimentos de saúde). Ou seja, o número de gestantes escolhidas em cada regional foi proporcional ao número total de partos realizados naquele estrato para que fosse possí-vel obter uma maior representatividade possível entre as regiões em 2003 (Szwarcwald, 2004).
Para a realização do sorteio do primei-ro estágio da amostra, foram listados todos os estabelecimentos de saúde e/ou conveniados com o Sistema Único de Saúde (SUS), com re-alização de partos e destes foram considerados como elegíveis para o estudo, os estabeleci-mentos com 500 ou mais partos por semestre, no Estado de São Paulo no ano de 2003 (Szwar-cwald, 2004).
No total do Estado de São Paulo, foram sorteados 75 estabelecimentos de saúde, cinco a mais para reposição. Dentre estes, os 20 esta-belecimentos de saúde já participantes no plano nacional foram levados em consideração e sele-cionados mais 55 estabelecimentos de saúde.
O estudo compreendeu coleta anônima de amostra de sangue, coletado para realiza-ção do VDRL de rotina nas maternidades, de 100 parturientes em cada estabelecimento, para detecção de infecção pelo HIV e sorologia para detecção da sífi lis e o preenchimento, por meio de entrevista, de uma cartilha por ocasião da in-ternação para o parto. Além da idade e do grau de escolaridade foram coletadas também as se-guintes informações referentes ao pré-natal: nú-mero de consultas realizadas, trimestre de início do pré-natal (PN), solicitação de teste anti-HIV; concordância da gestante em realizar o teste e conhecimento do resultado antes do parto.
O transporte dos insumos necessários para a coleta de sangue e das informações para as maternidades participantes, e o retorno dos mesmos das maternidades para o Centro de Re-ferência DST/Aids (CRT DST/Aids-SP) -PEDST/Aids-SP, foram realizados utilizando os recursos da rede municipal e estadual de saúde.
As amostras foram processadas no La-boratório do CRT DST/Aids-SP e para a ava-liação do status sorológico da infecção pelo HIV foi seguido o algoritmo preconizado pela portaria n.o 59/GM/MS de 2003 do Ministério da Saúde, através do método ELISA e em to-dos os resultados positivos e inconclusivos foi realizado o Western-Blot. A sorologia para sí-fi lis foi realizada através do VDRL e todas as amostras reagentes foram confi rmadas atra-vés do TPHA.
A taxa de prevalência do HIV e da sífi -lis nas parturientes foi estimada para Estado de São Paulo levando em consideração o processo de amostragem utilizado.
Para o sexo masculino, estimou-se, pri-meiramente, a razão de sexos com base nas informações dos casos notifi cados de aids do SINAN (SES-SP). A razão de sexos entre as incidências acumuladas de aids no período de 1987-2003 foi projetada para o período de 2004 a 2014 por meio do modelo logístico.
A cobertura do teste de HIV na gestação foi defi nida como a proporção de gestantes que teve pelo menos uma consulta, pedido de reali-zação de teste anti-HIV, concordância em reali-zar o teste, e conhecimento do resultado antes do parto. Foram calculadas as coberturas do teste de hiv na gestação pelas cinco macros regiões do Estado de São Paulo.
Este estudo teve aprovação da Comis-são de Ética do Conselho Nacional de Saú-de (CONEP) - parecer n º n.1645/2003, re-gistro do CONEP: 9102, Processo no 25000. 095500/2003-01.
3. Resultados
Foram coletadas informações referentes a 6.924 parturientes (98,9% da amostra propos-ta inicial) em 70 maternidades distribuídas em 20 Diretorias Regionais de Saúde, compreen-dendo 37 municípios do Estado do São Paulo: duas com menos de 50 mil habitantes; 37 com população de 50 mil até 400 mil habitantes; e 31 com 400 mil e mais habitantes. Deste total, 6.807 amostras (98,3%) foram testadas para a presença do HIV e Sífi lis.
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A informação de escolaridade foi res-pondida por 6750 parturientes, 97,5% do total, sendo que 39,3% possuía de cinco a oito anos de estudo e 28,1% possuíam mais que o ensino médio (Tabela 1).
Quanto à informação de pré-natal (PN), relatada por 6.718 do total de parturien-tes (97,0%), 165 delas não o realizaram o PN (2,5%). Entre as 6.553 parturientes que realiza-ram o PN, a maioria (69,6%) freqüentou seis ou mais consultas durante o PN e 63,7% iniciaram o pré-natal no primeiro trimestre da gestação e 7,8% no terceiro trimestre (Tabela 1). Com rela-ção à realização do teste anti-HIV no PN, 2,6% não concordaram em realizar o teste anti-HIV e em 7,7% esta informação não foi relatada; para 37,9% o tempo de espera de resultado foi de até 15 dias e 52,2% de 16 a 30 dias delas.
3.2. Taxa de Prevalência de Sífi lis entre as parturientes
A prevalência para sífi lis encontrada foi de 1,6% (IC 95%: 1,3 a 1,9), a mesma para a região sudeste e para o Brasil (Tabela 3).
Características f %Escolaridade (n=6.750)Até 4ª série 1108 16,45ª a 8ª série 2654 39,32º grau incompleto 1088 16,12º completo ou mais 1899 28,1
Número de consultas (n=6.553)1 a 3 consultas 593 9,04 a 5 consultas 1397 21,36 ou mais consultas 4563 69,6
Início do pré-natal (n=6.553) 1º trimestre 4173 63,7 2 º trimestre 1688 25,8 3 º trimestre 514 7,8Não informado 178 2,7
Tabela 1: Características das parturientes quanto à escolaridade, no. de consultas e início do PN, Estudo-Sentinela Parturiente, Estado São Paulo, Brasil, 2004
3.1. Taxa de Prevalência do HIV entre as par-turientes
Na Tabela 2, apresentam-se as taxas de pre-valência de HIV entre as parturientes para o Estado do São Paulo e, a título de comparação, para Regiões do Brasil e o país como um todo. A estimativa para o Estado do São Paulo foi de 0,49% (IC 95%: 0,32% a 0,66%), sendo menor que a encontrada na região Sudeste (0,53%) e maior que no país (0,41%).
Região Taxa de Prevalência (%) Erro padrão (%)
Estado do SP 0,493 0,0842
Norte 0,152 0,0757
Nordeste 0,225 0,069
Sudeste 0,537 0,1171
Sul 0,51 0,1311
Centro-Oeste 0,425 0,2564
Brasil 0,413 0,0612
Tabela 2: Estimativa das taxas de prevalência do HIV entre parturientes no Estado de São Paulo, Regiões e Brasil, Estudo-Sentinela Parturiente, Estado de São Paulo, 2004
3.3. Número de infectados pelo HIV na popu-lação de 15-49 anos
Para o sexo feminino, a taxa de preva-lência foi considerada a mesma obtida entre as parturientes. Para o sexo masculino, a razão de sexos entre as incidências acumuladas de aids foi de 1,89 e a estimativa resultante da taxa de prevalência foi de 0,89% (Tabela 4).
Região Taxa de Prevalência (%) Erro padrão (%)
Estado de SP 1,6 0,15Norte 1,8 0,37Nordeste 1,9 0,23Sudeste 1,6 0,19Sul 1,4 0,28Centro-Oeste 1,3 0,26Brasil 1,6 0,14
Tabela 3: Estimativa das taxas de prevalência de sífi lis entre parturientes no Estado de São Paulo, Regiões e Brasil, Estudo-Sentinela Parturiente, Estado de São Paulo, 2004
3.4. Cobertura de detecção da infecção pelo HIV na gestação
Na Tabela 5, observam-se as oportuni-da-des perdidas de detecção da infecção pelo HIV na gestação. Do total, 6.236 parturientes respon-deram todas as questões da pesquisa e foram consideradas para análise.
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No Estado de São Paulo, a cobertura de sorologia para o HIV na gestação foi estimada em 86,4%, considerando-se todas as etapas antes do parto (pelo menos uma consulta de pré-natal, pedido de teste anti-HIV, concordân-cia da gestante e conhecimento do resultado antes do parto).
Na comparação com as demais regiões do País, a cobertura efetiva de detecção de in-fecção pelo HIV no Estado de São Paulo é maior que as taxas observadas para as regiões sudes-te (76,0%) e Centro Oeste (83,7%) (Tabela 5).
Sexo Taxa de Prevalência (%) População 15-49 anos Número de infectados
Feminino 0,493 11.014.735 54.303
Masculino 0,889 10.797.758 96.014
Total 0,690 21.812.493 150.426
Tabela 4: Taxa de Prevalência, população e estimativa do número de infectados pelo HIV na população de 15 a 49 anos de idade, segundo o sexo, Estudo-Sentinela Parturiente, Estado de São Paulo, 2004
Na Tabela 6 observa-se que existem dife-renças na cobertura do teste anti-HIV por grau de escolaridade da gestante, que variou de 76,5%, entre as parturientes com até 4.a série, a 92,5% entre as parturientes com o 2o grau completo.
3.5. Cobertura de detecção da infecção pelo HIV na gestação segundo as cinco macro re-giões do Estado de São Paulo
A cobertura do teste anti-HIV no Estado de São Paulo apresentou diferenças segundo as ma-
Grande Região
Distribuição proporcional (%) das parturientes
Não fez pré-natal
Pré-natal, não houve pedido
de teste
Pré-natal, pedido de teste, recusa da
gestante
Pré-natal, pedido de teste, concordância da gestante,
desconhecimento do resultado
Todas as etapas cumpridas
Estado de SP 2,6 3,8 1,5 5,6 86,4
Norte 8,4 42,4 1,1 12,9 35,3
Nordeste 5,4 45,4 8,8 9,1 31,3Sudeste 3,5 11,0 2,1 7,4 76,0Sul 2,6 5,7 0,6 12,7 78,3Centro-Oeste 2,0 7,5 0,6 6,2 83,7
Brasil 4,1 21,0 3,4 9,0 62,5
Tabela 5: Estimativas da cobertura de teste de HIV na gestação no Estado de São Paulo, Regiões e Brasil, Estudo-Sentinela Parturiente, Estado de São Paulo, 2004
Distribuição proporcional (%) das parturientes
Grau de Escolaridade Não fez pré-natal
Pré-natal, não houve pedido
de teste
Pré-natal, pedido de teste, recusa
da gestante
Pré-natal, pedido de teste, concordância da gestante,
desconhecimento do resultado
Todas as etapas
cumpridas
Até a 4ª série 5,3 8,7 0,9 8,7 76,55ª a 8ª série 3,3 3,6 1,5 5,8 85,7
2º Grau incompleto 1,5 3,6 1,6 6,2 87,02º Grau completo 1,0 1,6 1,7 3,2 92,5
Total 2,6 3,8 1,5 5,6 86,4
Tabela 6: Estimativas da cobertura de teste anti-HIV na gestação por grau de escolaridade , ESP, Estudo-Sentinela Parturiente, 2004
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cro-regiões do Estado. A macro-região de São José do Rio Preto apresentou maior cobertura (91,1%) e
Macro região do Estado de São Paulo
Distribuição proporcional (%) das parturientes
Não fez pré-natal
Pré-natal, não houve pedido de
teste
Pré-natal, pedido de teste, recusa da
gestante
Pré-natal, pedido de teste, concordância da gestante,
desconhecimento do resultado
Todas as etapas
cumpridas
1-Grande São Paulo 2,7 4,6 1,7 5,5 85,52-Litoral e Vales 5,1 1,5 0,4 2,2 90,8
3-Campinas 1,7 2,9 1,0 6,5 88,04-Ribeirão Preto 2,2 2,3 3,3 9,2 83,1
5-São José do Rio Preto 0,7 2,4 0,1 5,7 91,1Total do Estado de São Paulo 2,6 3,9 1,5 5,6 86,4
Macro 1 – Grande São Paulo: DIR II - Santo André, DIR III – Mogi, DIR IV – Franco da Rocha, DIR V – Osasco, São Paulo.Macro 2 – Litoral e Vales : DIR XVII – Registro, DIR XIX – Santos, DIR XXI- S.José dos Campos e DIR XXIV – Taubaté.Macro 3 – Campinas: DIR XII - Campinas, DIR XV – Piracicaba, DIR XX – São João da Boa Vista, DIR XXIII – Sorocaba.Macro 4 – Ribeirão Preto: DIR VII – Araraquara, DIR IX – Barretos, DIR XIII – Franca, DIR XVIII – Ribeirão Preto.Macro 5 – São José do Rio Preto: DIR VI – Araçatuba, DIR VII – Assis, DIR X – Bauru, DIR XI – Botucatu, DIR XIV – Marília, DIR XVI – Presidente Prudente, DIR XXII – São José do Rio Preto.
Conclusões:A taxa de cobertura de diagnóstico de HIV
no Pré Natal no Estado de São Paulo apresen-ta-se bastante elevada (86,4%) quando com-parada às demais regiões do país, no entanto uma vez que 2,6% das parturientes não fi ze-ram o PN, poderia ser estabelecida uma meta de cobertura para o Estado acima de 95%.
Diante do interesse e capacidade opera-cional demonstrada pelos profi ssionais e ser-viços dos diversos níveis da rede de saúde do Estado de São Paulo, estudos a exemplo des-te, poderiam ser realizados de forma mais pe-riódica com objetivos de avaliar algumas ações que não fazem uso de sistemas de informação, para estimular a pesquisa, descentralizar o co-nhecimento e aprimorar a qualidade dos servi-ços da rede de saúde do Estado.
Tabela 7- Estimativas da cobertura de teste anti-HIV na gestação por Macro Região do Estado de São Paulo, Estudo-Sentinela Parturiente, 2004
Agradecimentos:Alexandre Gonçalves, Edinilson José Marques, Fernanda Neves Dias, Mário Nascimento, Ana Cássia dos Reis, Re-gina Saidel, Maria de Lourdes Marques, Mary F. Gonçalves, Ana Maria Batistella Bunazar, Marcos Nogueira Gomes, Mar-celo Felga de Carvalho, Célia Landman Szwarcwald, Draurio Barreira, Alice Tiago de Souza, técnicos de Vigilância Epide-miológica e Interlocutores de DST/Aids das 20 DIRS e 37 municípios e Profis-sionais das 55 maternidades que fizeram parte do estudo-amostra complementar para o ESP. Programa Nacional de DST/Aids respon-sável pelo fi nanciamento do plano amos-tral e análise estatística.
a de Ribeirão Preto a menor (83,1%), mas ambas com valores maiores que 80% (Tabela 7).
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Referências Bibliográfi cas
Boisson E, Nicoll A, Zaba B, Rodrigues LC. Interpreting HIV Seroprevalence Data from Pregnant Women. Journal of Acquired Immune Defi ciency Syndromes and Human Retrovirology, 13:434-439, 1996.
Ministério da Saúde. Portaria N.o 59 /GM/MS, de 28 de janeiro de 2003. Fluxograma para Detecção de anticorpos anti-HIV emindivíduos com idade acima de 18 meses.
Szwarcwald CL e Castilho EA. Estimativa do número de pessoas de 15 a 49 anos infectadas pelo HIV, Brasil, 1998. Cadernos de Saúde Pública, 16(Sup.1): 135-141, 2000.
Szwarcwald CL e Castilho EA. Estimativa do número de indivíduos de 15 a 49 anos infectadas pelo HIV, Brasil, 2000. Boletim Epidemiológico AIDS, MS ano XIV nº1: 35-40, 2001.
Szwarcwald CL. Defi nição do Plano de Amostragem para o Projeto-Sentinela em Parturientes, para o Estado de São Paulo, 2004 mimeografado.
Szwarcwald CL. Estimativa do número de indivíduos de 15 a 49 anos infectadas pelo HIV, Brasil, 2004. – dados preliminares, mimeografado.
Szwarcwald CL. Estimativa de prevalência de HIV na população fl uminense de 15 a 49 anos, 2004– Boletim Epidemiológico DST/Aids. Secretaria de Estado do Rio de Janeiro, dezembro de 2005.
Souza Júnior PRB, Szwarcwald CL, Barbosa Junior A, Carvalho MF, Castilho EA. Infecção pelo HIV durante a gestação: Estudo Sentinela Parturiente, 2002. Rev. Saúde Pública, 38(6): 764-72, 2004.
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Tendência da escolaridade da epidemia de aids no Estado de São Paulo
Ângela Tayra, Mariza Vono Tancredi, Márcia Cristina Polon, Naila Janilde S SantosPrograma Estadual de DST/Aids-SP
Introdução
A escolaridade e a ocupação têm sido usadas como marcadores das condições sócio-econômicas dos pacientes nos estudo de AIDS (1,2,3,4), sendo a primeira mais utilizada, por ser um indicador sócio econômico mais estável, variando pouco ao longo do tempo nos indivídu-os adultos (5).
Há indícios de que as ocupações melhor remuneradas, quase sempre, exigem maior grau de escolaridade (6). Esta reconhecida relação entre educação e ocupações mais qualifi cadas e, portanto, melhor remuneradas mostra que o aumento do nível de escolaridade da população é fundamental na redução da pobreza e das de-sigualdades sociais, razão pela qual tem aumen-tado a procura da população pela conclusão do ensino médio (7, 8).
Assim, “....as estatísticas sobre educação assumem um papel fundamental na caracteriza-ção socioeconômica da população, identifi cando demandas, carências e áreas prioritárias para ações governamentais” (IBGE,2004) (7).
A maioria das pesquisas, que discutem a pauperização da epidemia de AIDS, baseia sua defi nição no grau de escolaridade. Em 2002, Fonseca e cols descrevem, na década de 90, o aumento de casos de AIDS em indivíduos com escolaridades cada vez menores, classifi cadas como primeiro grau incompleto, como pauperi-zação da epidemia de AIDS no país, e verifi cam que esse fato foi mais relevante para os casos com categoria de exposição UDI e heterossexu-ais, particularmente, entre mulheres. Os homens que fazem sexo com homens (HSH) apresenta-ram, historicamente, maior grau de escolaridade (2, 9, 10).
O objetivo deste estudo é descrever a
tendência da escolaridade dos casos notifi cados de AIDS no estado de São Paulo entre 1993 e 2003, comparando com a escolaridade da popu-lação do Estado e as diferenças relativas a esta variável nas diversas categorias de exposição ao HIV, referidas nestes casos.
Método
Foram analisados os casos de AIDS noti-fi cados com 19 anos ou mais de idade por meio do Sistema Nacional de Agravos de Notifi cação (SINAN), com diagnóstico no período de 1993 a 2003 e residentes no Estado de São Paulo, noti-fi cados até 30 de junho de 2005. O ano de 2003 foi o último considerado para análise, a fi m de minimizar o problema de atraso de notifi cação. Segundo observação da Vigilância Epidemioló-gica de Aids, em média 75% dos casos no Es-tado são notifi cados até um ano a partir da data de diagnóstico.
Considerando-se que no Brasil, até 2005, era de sete anos de idade a data de en-trada dos indivíduos no ensino fundamental, sem reprovações, o indivíduo deverá ter com-pletado o ensino secundário até os 18 anos. Assim, é esperado que haja muitas mudanças no nível de escolaridade antes desta idade. A faixa etária de 19 anos ou mais foi escolhida, portanto, por apresentar maior estabilidade da variável escolaridade.
Como a coleta da escolaridade sofreu modifi cação na fi cha de investigação epide-miológica em 1998 e no ano 2000, houve uma migração dos dados da plataforma DOS para o Windows, fez-se necessário averiguar se estas mudanças podiam interferir na análise da esco-laridade ao longo do tempo.
Dezembro 2006Dezembro 20064444
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Até 1998 a escolaridade no SINAN era classificada como analfabeto, 1ª a 4ª série, 5ª a 8ª série, segundo grau, superior, ignorado e depois deste ano, passou a ser coletada como “anos de estudo”: nenhuma; 1 a 3; 4 a 7; 8 a 11; 12 ou mais, não se aplica e ignorado. Para a migração da variável, optou-se por incluir todos os casos anteriormente classificados como 1ª a 4ª série como com escolaridade de 1 a 3 anos, visto que nesta faixa estava a maioria dos casos, assim o viés seria menor do que se todos fossem classificadas como 4 a 7 anos.
Para verifi car a possibilidade de proble-mas relacionados ao sistema de informação foram realizadas várias checagens, desde a entrada de dados no SINAN, recodifi cação da variável em 1998, migração da plataforma DOS para Windows, processo de transmissão de da-dos dos diversos níveis de notifi cação do siste-ma, até a base de dados considerada consisten-te para análise.
Comparou-se a série histórica de propor-ção e tendência de cada categoria da variável escolaridade nas bases de dados DOS, que ti-nha dados até dezembro de 2002 e a base Win-dows de 1993 a 2003, por meio de regressão li-near simples, para observar se havia diferenças entre as duas séries que pudessem ser atribuí-das aos problemas anteriormente descritos.
Não tendo sido observados problemas, houve segurança na escolha da base Windows para realização deste estudo.
Considerando a possibilidade dos casos notifi cados pelo critério óbito, que representam 7,5% dos casos notifi cados (12), terem maior proporção de variáveis ignoradas, comparou-se a proporção de escolaridade ignorada entre o total de casos, incluindo e excluindo o critério óbito, sendo 24,2% e 21,9%, respectivamente. Optou-se por conservar os casos classifi cados pelo critério óbito para análise, exceto quando for estudada a tendência da escolaridade por categoria de exposição.
Foram analisadas as tendências, através de regressão linear simples, para o sexo mascu-lino e feminino em geral e para as categorias de exposição hierarquizadas no SINAN, segundo critérios do Programa Nacional de DST/AIDS:
usuários de drogas injetáveis (UDI), homo/bis-sexual denominados de homens que fazem sexo com homens (HSH) e heterossexual para os homens e mulheres.
Estes dados foram comparados com a série histórica de escolaridade da população do ESP no período de 1990 a 2003, fornecida pela fundação SEADE.
Resultados
Entre 1993 e 2003, foram notifi cados 99.528 casos de AIDS com 19 anos ou mais de idade, destes 68.790 do sexo masculino (69,1%) e 30.738 do sexo feminino (20,9%) (11).
Uma vez escolhida a plataforma Windo-ws, temos na Tabela 1, a proporção de casos notifi cados de AIDS segundo o grau de instru-ção, para homens e mulheres.
Observa-se uma média de 22,4% de in-formação ignorada para os homens e 20% para as mulheres. Houve manutenção na proporção de homens e mulheres com nenhuma escolari-dade, durante o período, 2,4% e 3,9% respec-tivamente. E ainda, para ambos os sexos, um aumento na proporção de 1 a 3 anos de estudo, até 1999, com importante queda posterior e au-mento na proporção da escolaridade de 4 a 7 anos e de 8 a 11 anos de estudo, até o fi m do período estudado.
Com relação às tendências de esco-laridade por sexo, observa-se um leve au-mento das mulheres com nenhum ano de estudo até 2000, com queda posterior, e no sexo masculino, uma leve tendência de cres-cimento até 1997 e, posteriormente, uma diminuição(Figuras 1 e 2). As curvas relativas a 1 a 3 anos de escolaridade são semelhantes e crescentes até 1998, passando a decrescer a partir deste ponto, para ambos os sexos. As grandes diferenças das tendências são obser-vadas a partir dos 4 a 7 anos, quando as mu-lheres apresentam nesta e em todas as cate-gorias de escolaridade acima um crescimento constante, enquanto os homens apresentam tendência de queda de 4 a 7 anos e de 12 a e mais, com leve tendência de crescimento para a escolaridade de 8 a 11 anos.
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Analisando a escolaridade dos casos segundo categoria de exposição, os homens que fazem sexo com homens (HSH) apresen-tam as menores proporções de analfabetos e as maiores de indivíduos com 12 a ou mais de estudo, comparados aos heterossexuais e usu-ários de drogas injetáveis (UDI) de ambos os sexos. As faixas de escolaridade predominan-tes para os HSH, heterossexuais e UDI foram, respectivamente, de 8 a 11 ; de 4 a 7 e de 1 a 3 anos de estudo.
Nas Figuras 3 e 4, observa-se tanto para a população masculina como para a feminina uma tendência de aumento importante na esco-laridade de indivíduos com oito anos ou mais de estudo, especialmente de 11 a 14 anos e ten-dência de diminuição daqueles com 1 a 3 anos.
Discussão
Ao contrário da tendência de diminuição da escolaridade da década de 90, observou-se neste estudo uma inversão, ou seja, um aumen-to da proporção de indivíduos com 8 a 11 anos de escolaridade entre os casos de aids.
Nos primeiros anos da epidemia, os casos masculinos tinham uma proporção muito maior de indivíduos com escolaridade superior do que as mulheres. Isto se deve ao fato de que, neste período, a categoria de exposição mais comum era a homossexual e que estes indivíduos apre-sentavam, em média, escolaridade muito maior do que a população em geral (1,2).
No período estudado as faixas de esco-laridade predominantes para os HSH, heteros-sexuais e UDI foram, respectivamente, de 8 a 11 ; de 4 a 7 e de 1 a 3 anos de estudo. Os heterossexuais apresentam escolaridade maior do que os UDI, sendo nestes últimos, muito baixa a proporção de indivíduos que atingem o nível universitário.
No início dos anos 90, a proporção de pes-soas com primeiro grau completo e incompleto cresce entre os casos masculinos notifi cados, principalmente às custas da explosão dos casos transmitidos pelo UDI, que está sabidamente re-lacionada com uma parcela menos privilegiada, do ponto de vista sócio-econômico, da popula-
ção. Esta diminuição do grau de instrução dos pacientes com AIDS tem sido largamente citada como indicador de pauperização da epidemia (2, 3, 4).
Nas mulheres, entretanto, não há evidên-cia de deslocamento para graus de instrução mais baixos ao longo do tempo. Nos primeiros anos, a maioria dos casos femininos está entre aquelas com escolaridade menor ou igual ao primeiro grau, e a proporção de analfabetas é maior do que para os homens e posteriormente, observa-se nítida tendência de aumento da es-colaridade para as mulheres notifi cadas. A pro-porção de mulheres com escolaridade superior mantêm-se relativamente constante no decorrer dos anos.
Assim a pauperização da epidemia é um fato que se observou, na epidemia masculina, de 1980 a 1997, mas não na feminina.
O pico de casos com escolaridade de 1 a 3 anos e a queda de 4 a 7 anos, em 1997-98, tem relação com a modifi cação da classifi cação por escolaridade introduzida no SINAN. Além disto, esta era a faixa de escolaridade predominante dos UDIs, cujo número de casos teve seu pico no iní-cio dos anos noventa e começou a cair de meados da década de noventa para frente no ESP.
A aids aparece em todas as camadas so-ciais, sendo que ao longo dos anos tem havido mudanças no perfi l de escolaridade dos casos. O aumento do número de casos entre pacien-tes com escolaridade mais baixa coincide com a época em que houve predomínio dos UDI, e a transmissão sexual, é proporcionalmente mais importante nos indivíduos de escolaridade mais alta, em ambos os sexos (9). Importante obser-var que, mesmo baixa, a proporção de indiví-duos com 12 anos ou mais de escolaridade se mantém, relativamente, constante ao longo dos anos para os heterossexuais.
“É importante ressaltar este fato, pois o discurso da pauperização da epidemia dá aos indivíduos diferenciados, particularmente às mulheres com maior escolaridade e melhor nível sócio-econômico uma falsa sensação de “proteção” e distanciamento da doença. Erro semelhante foi cometido no início da epidemia, quando o alarde sobre o fato de que a maioria dos casos ocorria em homens homossexuais,
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levou os demais segmentos da sociedade a se acreditarem “fora do risco”, esta crença foi, pro-vavelmente, um dos fatores facilitadores da he-terossexualização da epidemia” (9).
A diminuição de casos com categoria de exposição UDI infl uenciou a tendência de au-mento da escolaridade dos casos de aids, levan-do a supor que esta categoria de exposição foi responsável por uma parte da pauperização da epidemia, suposição esta corroborada por vários estudos (2,3,4) que ressaltaram a baixa escolari-dade dos indivíduos que declararam o UDI como categoria de exposição ao HIV. Neste trabalho destaca-se como fator adicional o aumento da escolaridade observado nos casos notifi cados em mulheres heterossexuais, que parece seguir o padrão de aumento da escolaridade que se ob-servou na população em geral do Estado de São Paulo, particularmente na população feminina.
De qualquer forma, o discurso da paupe-rização da epidemia, que foi construído apon-tando-se para a baixa escolaridade dos casos notifi cados de aids, não se sustenta diante do atual perfi l de escolaridade dos casos. Destas observações surgem duas hipóteses que mere-cem especial investigação: 1- A variável escola-ridade pode não ser um bom indicador de nível sócio econômico para os casos de aids. 2- Se mantida a idéia de que a variável escolaridade é um bom indicador socioeconômico é preciso rever o discurso da pauperização da aids.
Em ambos os casos, devemos incluir novos indicadores como ocupação, raça/cor, distribuição espacial, índice de desenvolvi-mento humano (IDH) e outros, para caracte-rizar, com mais propriedade, o perfi l da epide-mia do ponto de vista do nível socioeconômico das pessoas acometidas.
Referências Bibliográfi cas1. Secretaria de Estado da Saúde de SP -
Programa Estadual DST/AIDS - Vigilância Epidemiológica - Boletim Epidemiológico ano XIX - nº1. São Paulo; abril, 2001.
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3. Bastos FI, Barcellos C. Geografi a social da AIDS no Brasil. Rev Saúde Pública 1995; 29(1): 52-62.
4. Grangeiro A.O perfi l sócio econômico dos casos de AIDS da cidade de São Paulo. In: Parker R et al [Orgs]. A AIDS no Brasil. Rio de Janeiro: Relume – Dumará, 1994. p. 91-125
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deDomicílios. Síntese de Indicadores. 9. Santos NJS; Tayra A.; Silva S.R.; Bu-
challa C.M.; Laurenti R.. A aids no Esta-do de São Paulo. As mudanças no perfi l da epidemia e perspectivas da vigilância epidemiológica. Rev. Bras. Epidemiol. Vol 5, Nº 3, 2002.
10. Tayra A, Tancredi MV, IA Guibu IA, Cami-nada S, Santos NJS, Jamal LF, Ruiz EA. Exposure Category and Schooling in cases of Aids in São Paulo – Brazil. Pôster apre-sentado no Congresso Munidial de Epide-miologia – Porto-Portugal, 2004
11. Secretaria de Estado da Saúde de SP - Programa Estadual DST/AIDS - Vigi-lância Epidemiológica - Boletim Epide-miológico ano XXIII - nº1. São Paulo; outubro, 2005.
12. Secretaria de Estado da Saúde de SP - Programa Estadual DST/AIDS - Vigilância Epidemiológica - Boletim Epidemiológico ano XXIV - nº1. São Paulo; outubro, 2006 (no prelo).
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Figura 1. Tendência da escolaridade dos casos notificados de aids em mulheres,1993 a 2003, Estado de São Paulo
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Figura 2. Tendência da escolaridade masculina dos casos notificados de aids,1993 a 2003, Estado de São Paulo
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Fonte:SINAN- dados até 30/06/05
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Figura 3. Tendência da escolaridade da população feminina com mais de 19 anos deidade, Estado de São Paulo, 1993 a 2003
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Figura 4. Tendência da escolaridade da população masculina com mais de 19 anosde idade, Estado de São Paulo, 1993 a 2003
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Fonte: Fundação Seade
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NOTA TÉCNICA
RECOMBINANTES DO HIV-1 NO ESTADO DE SÃO PAULO
No dia 22 de agosto de 2006 a Coorde-nação do Programa Estadual (PE) de DST/Aids de São Paulo organizou uma reunião sobre re-combinantes do HIV-1, convidando pesquisado-res que atuam na área e gerentes das diferentes áreas do CRT-DST/Aids. O encontro teve como objetivo reunir informações e dados disponíveis para que se pudesse avaliar o papel desses recombinantes na evolução da epidemia e na resposta à medicação, uma vez que o PE vem tendo informações sobre um possível aumento dessas formas na população infectada pelo HIV no estado.
Formas recombinantes do HIV-1 são va-riantes formadas por duas ou mais variantes que têm distância fi logenética (diferenças nas seqü-ências genéticas dos vírus) sufi ciente para serem classifi cadas como subtipos (ou clados) distintos. Recombinantes entre o mesmo subtipo (intra-subtipo) ocorrem, porém são mais difíceis de se-rem detectados. Recombinantes entre subtipos diferentes podem ocorrer isoladamente (formas recombinantes únicas), ou se estabelecer na epidemia (Formas Recombinantes Circulantes, CRFs). Trinta CRFs já foram descritos no mundo, alguns inclusive no Brasil.
A epidemia do HIV-1 no Brasil se caracte-riza desde as primeiras descrições por ter duas variantes circulantes, o HIV-1 do subtipo B, que é a forma predominante nos países desenvolvidos e o HIV-1 do subtipo F, uma forma raramente obser-vada no exterior, com exceção de outros países da América Latina, mas que tem sido identifi cada em proporções importantes (5-20%) em diferentes estudos em nosso país, em especial no sudeste. Outra variante, o HIV-1 do subtipo C, observada inicialmente no início da década de 90, tem sido detectada em proporção importante em estados do sul do país nos últimos anos.
Os pontos discutidos e que embasaram as conclusões feitas a seguir foram:
- A co-circulação de variantes distintas, como ocorre no Estado de São Paulo, favorece a emergência de variantes recombinantes, em de-corrência de características replicativas do vírus.
- Casos de super-infecção (infecção de um indivíduo já infectado por uma variante do HIV-1, com uma nova variante do HIV-1) têm sido documentados no exterior e, assim como para co-infecção (infecção por duas variantes na fase inicial da infecção e em um curto período de tempo, antes da maturação da resposta imuno-lógica), é um fator que favorece a produção de recombinantes e que pode, em teoria, ter efeitos indesejáveis para o indivíduo infectado (como, por exemplo, uma má resposta ao tratamento). A adoção de medidas de prevenção usuais, como o uso de preservativos por pessoas infectadas, pode minorar essa situação, diminuindo a chance de ocorrência de super-infecção.
- Embora se saiba que países onde for-mas recombinantes são majoritárias (p.ex., Tai-lândia) têm números favoráveis no controle da epidemia (enquanto que outros, como a África do Sul, onde a predominância de subtipo puro promove uma situação muito mais grave), e isso sugira que algumas dessas formas não neces-sariamente representam uma epidemia de con-trole mais difícil, a comparação é limitada uma vez que inúmeros fatores (padrão genético da população, fatores sócio-comportamentais, es-trutura do sistema de saúde, entre outros) estão presentes e podem ter papel preponderante na dinâmica epidêmica observada nesses locais.
- Embora em teoria as formas recombi-nantes apresentem vantagens sobre os subtipos puros, por serem selecionados (seleção natural) e prevalecerem frente às formas parentais, não existem evidências de uma maior transmissibili-dade, maior agressividade clínica (como evolu-ção mais rápida para aids), ou uma menor res-posta ao tratamento com anti-retrovirais, o que
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AIDS - SPDST
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poderia ter como conseqüência uma maior taxa de mortalidade nessa população. Alternativa-mente, existe a possibilidade de que a recom-binação poderia favorecer a evolução para uma relação mais equilibrada entre o agente e o hos-pedeiro, como tem sido observado com outros agentes patogênicos.
-Estudos disponíveis sobre recombinação no Brasil podem subestimar o número real, uma vez que a grande maioria das seqüências es-tudadas é de fragmentos pequenos do genoma do vírus (parciais). No entanto, se por um lado o estudo de regiões genéticas adicionais pode aumentar a chance de se identifi car recombina-ções que não foram detectadas por estudos de apenas parte do genoma, por outro o uso de téc-nicas mais refi nadas permite uma subtipagem mais precisa, e vírus antes detectados como recombinantes podem ser classifi cados como subtipo puro.
- Dados preliminares de alguns estudos em andamento sugerem que amostras de HIV-1 dos subtipos B e de recombinantes circulan-tes no Brasil podem não ter a mesma dinâmica de propagação, e podem apresentar distinções quanto a marcadores de progressão, como a ra-zão CD4/CD8 e níveis de carga viral, e quanto a resistência a antiretrovirais.
Conclusões:
- O número de cepas recombinantes do HIV-1 parece estar aumentando no estado, sen-do as formas BF provavelmente mais comuns hoje que as variantes F1 “puras” ;
- Não existem, até o momento, evidên-cias de uma maior agressividade de variantes recombinantes circulantes no Brasil;
- O estudo adequado do impacto de for-mas recombinantes do HIV na dinâmica epidê-mica e na resposta ao tratamento é importante e
pode contribuir no planejamento de estratégias para o controle da epidemia.
- É altamente desejável que os diversos grupos de pesquisa que trabalham nessa área tenham atividades articuladas com o PE-DST/Aids com o fi m de fortalecer a condução e inter-pretação de estudos que possam contribuir no entendimento dessa relevante questão.
Participantes:
Convidados externos ao CRT:
Carmen Aparecida Freitas – IAL- SES/SPCláudia Barreto - FMUSPMaria Inês Pardini – UNESP-Botucatu Mario Janini – UNIFESPMirthes Ueda – IAL-SES/SPLuiz Brígido – IAL/SESPaulo Teixeira - SESPaolo Zanotto – ICB-II- USPRicardo Diaz – UNIFESPRosângela Rodrigues – IAL/SES
Profi ssionais do CRT-DST/Aids:
Ângela TayraArtur KalichmanCarmen Lúcia SoaresDenize Lotufo Ingrid Napoleão CottaLeda Fátima JamalMaria Clara GiannaRosa AlencarSimone Queiroz RochaStella Maris H. S. Bueno
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Estimativas do Ministério da Saúde indicam que existem hoje no Brasil cerca de 600 mil pessoasvivendo com o HIV. Dessas, 400 mil não sabem de sua condição sorológica. Do ponto de vistaepidemiológico, o diagnóstico é fundamental para o controle da epidemia de aids.Mas, não é só isso:
Para saber qual é o CTA ( Centro de Testagem e Aconselhamento) mais próximo de você,ligue para Disque DST/Aids - SP: 0800-16-25-50
Divulgue e participe!
O diagnóstico precoce é muito importante para garantir a qualidade de vida da pessoa infectada.
O diagnóstico também pode fazer a diferença na gravidez. Mãessoropositivas podem aumentar suas chances de terem filhos sem o HIV, se forem orientadas corretamente e seguirem o tratamentorecomendado durante o pré-natal, parto e puerpério.
O teste e o tratamento são gratuitos.
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