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1 Celebração do Tríduo Pascal -EM FAMÍLIA-

Celebração do Tríduo Pascal · Celebração Familiar. Pode, o mesmo, ser celebrado após a Missa da Ceia do Senhor transmitida pelos meios de comunicação. Preparar uma jarra

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Celebração do Tríduo Pascal

-EM FAMÍLIA-

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Sumário

O TRÍDUO PASCAL .................................................................................................................. 3

QUINTA-FEIRA SANTA ............................................................................................................. 3

Celebração em Família ............................................................................................................ 3

Lava Pés ......................................................................................................................................... 3

Meditação sobre a Ceia do Senhor ............................................................................................ 7

SEXTA-FEIRA SANTA ................................................................................................................ 9

Celebração em Família ............................................................................................................ 9

Celebração da Cruz ......................................................................................................................... 9

Oração Pessoal .................................................................................................................. 17

Ofício da Paixão do Senhor .................................................................................................. 21

Ladainha do Preciosíssimo Sangue ............................................................................................ 25

Meditação das 7 Palavras de Jesus na Cruz ............................................................................... 26

SÁBADO SANTO ................................................................................................................... 32

Oração Pessoal .................................................................................................................. 32

Meditação sobre o Sábado Santo ........................................................................................... 36

7 dores de Nossa Senhora .................................................................................................... 38

VIGILIA PASCAL .................................................................................................................... 43

DOMINGO DE PÁSCOA ........................................................................................................ 45

Compasso Pascal ................................................................................................................ 45

Anúncio Vespertino da Ressurreição do Senhor ........................................................................... 48

Meditação de Páscoa .......................................................................................................... 51

TEMPO PASCAL ..................................................................................................................... 55

Regina Cœli ...................................................................................................................... 56

Benção antes e após as refeições no Tempo Pascal ........................................................................ 56

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O TRÍDUO PASCAL

A Igreja celebra todos os anos os grandes mistérios da redenção humana, desde a missa vespertina da Quinta-feira

“In Cena Domini” até às vésperas do domingo da ressurreição. Este espaço de tempo é justamente chamado o

“tríduo do crucificado, do sepultado e do ressuscitado” e também tríduo pascal, porque com a sua celebração se

torna presente e se cumpre o mistério da Páscoa, isto é, a passagem do Senhor deste mundo ao Pai. Com a

celebração deste mistério a Igreja, por meio dos sinais litúrgicos e sacramentais, associa-se em íntima comunhão com

Cristo seu Esposo.

É sagrado o jejum pascal destes dois primeiros dias do tríduo, em que, segundo a tradição primitiva, a Igreja jejua

“porque o Esposo lhe é tirado”. Na Sexta-feira da Paixão do Senhor, em toda a parte o jejum deve ser observado

juntamente com a abstinência, e aconselha-se prolongá-lo também no Sábado Santo, de modo que a Igreja, com o

espírito aberto e elevado, possa chegar à alegria do Domingo da Ressurreição.

QUINTA-FEIRA SANTA

Com a missa celebrada nas horas vespertinas da Quinta-feira Santa, a Igreja dá início ao tríduo pascal e recorda

aquela última ceia em que o Senhor Jesus, na noite em que ia ser traído, tendo amado até ao extremo os seus que

estavam no mundo, ofereceu a Deus Pai o seu Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho e deu-os aos

apóstolos como alimento, e ordenou-lhes, a eles e aos seus sucessores no sacerdócio, que fizessem a mesma oferta”.

Toda a atenção da alma deve estar orientada para os mistérios, que sobretudo nesta missa são recordados: a saber, a

instituição da Eucaristia, a instituição da Ordem sacerdotal e o mandamento do Senhor sobre a caridade fraterna

Pelas 17:00, rezam-se as Vésperas; Pode-se, imediatamente ao fim das Vésperas, celebrar o rito proposto para a

Celebração Familiar. Pode, o mesmo, ser celebrado após a Missa da Ceia do Senhor transmitida pelos meios de

comunicação. Preparar uma jarra e bacia e toalhas para a realização do Lava-Pés.

Celebração em Família

Lava Pés

Quanto a Nós Devemos Gloriar-nos

CNBB

Quanto a nós devemos, gloriar-nos na cruz

De nosso Senhor Jesus Cristo

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Que é nossa salvação, nossa vida

Nossa esperança de ressurreição

E, pelo qual fomos salvos e libertos

Esta é a noite da ceia pascal

A ceia em que o nosso Cordeiro se imolou

Esta é a noite da ceia do amor

A ceia em que Jesus por nós se entregou

Esta é a ceia da nova aliança

A aliança confirmada no sangue do Senhor

Oração

Ó Deus, que para a vossa glória e nossa salvação constituístes Jesus Cristo sumo e eterno sacerdote, concedei ao

vosso povo, resgatado por seu Sangue, que, ao celebrar o memorial de sua Paixão, receba a força redentora de sua

cruz e ressurreição. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 13,1-15

1Era antes da festa da Páscoa. Jesus sabia que tinha chegado a sua hora de passar deste mundo para o Pai; tendo

amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim. 2Estavam tomando a ceia. O diabo já tinha posto no

coração de Judas, filho de Simão Iscariotes, o propósito de entregar Jesus. 3Jesus, sabendo que o Pai tinha

colocado tudo em suas mãos e que de Deus tinha saído e para Deus voltava, 4levantou-se da mesa, tirou o manto,

pegou uma toalha e amarrou-a na cintura. 5Derramou água numa bacia e começou a lavar os pés dos discípulos,

enxugando-os com a toalha com que estava cingido. 6Chegou a vez de Simão Pedro. Pedro disse: “Senhor, tu me

lavas os pés?” 7Respondeu Jesus: “Agora, não entendes o que estou fazendo; mais tarde compreenderás”. 8Disse-

lhe Pedro: “Tu nunca me lavarás os pés!” Mas Jesus respondeu: “Se eu não te lavar, não terás parte comigo”.

9Simão Pedro disse: “Senhor, então lava não somente os meus pés, mas também as mãos e a cabeça”. 10Jesus

respondeu: “Quem já se banhou não precisa lavar senão os pés, porque já está todo limpo. Também vós estais

limpos, mas não todos”. 11Jesus sabia quem o ia entregar; por isso disse: “Nem todos estais limpos”. 12Depois

de ter lavado os pés dos discípulos, Jesus vestiu o manto e sentou-se de novo. E disse aos discípulos:

“Compreendeis o que acabo de fazer? 13Vós me chamais Mestre e Senhor, e dizeis bem, pois eu o sou.

14Portanto, se eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. 15Dei-

vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que eu fiz.

Lava-Pés

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"Se eu, o Senhor, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros” (Jo 13,14).

Quão grande foi o significado do momento de lava pés! O próprio Senhor se baixa diante de seus discípulos.

Homens, esses tão cheios e mergulhados de misérias, alguns que viriam a O negar, a O trair, para provar mais uma

vez a doação de si que viria, mais tarde a oferecer na Cruz!

Mas, e para nós? Qual poderia ser o significado desse lava pés?

Será que, imersos numa cultura de zelo pela autoimagem, em tempos de tão grande egoísmo e vaidade,

conseguiríamos nos inclinar para perdoar e colocarmo-nos a disposição de servir os nossos?

Esse gesto tão rico, tão puro, de Jesus pode nos trazer frutos até hoje. E porque não tornar frutífero também para

nossa família? Então, reúna sua família, prepare o ambiente e proponha esse gesto tão humilde de serviço, se ofereça

para lavar - e com isso, perdoar, amar e cuidar - aqueles que moram contigo!

Neste momento, escolha uma pessoa para lavar os pés, como gesto de amor e de perdão. Faça deste momento, um

momento de profunda oração!

Jesus Erguendo-se da Ceia

Grupo Palestrina de Curitiba

Jesus erguendo-se da ceia

Jarro e bacia tomou

Lavou os pés dos discípulos

Este exemplo nos deixou

Aos pés de Pedro inclinou-se

Ò Mestre, não por quem és?

Não terás parte comigo

Se não lavar os teus pés

És o Senhor, tu és o Mestre

Os meus pés não lavarás

O que ora faço não sabes

Mas depois compreenderás

Se eu vosso Mestre e Senhor

Vossos pés hoje lavei

Lavai os pés uns dos outros

Eis a lição que vos dei

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Eis como irão reconhecer-vos

Como discípulos meus

Se vos ameis uns aos outros

Disse Jesus para os seus

Dou-vos novo mandamento

Deixo ao partir nova lei

Que vos ameis uns aos outros

Assim como eu vos amei

Preces

Adoremos o nosso Salvador, que durante a última Ceia com os seus discípulos, na noite em que foi entregue,

deixou à Igreja o memorial perene de sua Paixão e Ressurreição. Oremos, dizendo:

R. Santificai, Senhor, o povo que remistes com vosso sangue!

Jesus, nosso Redentor, concedei que, pela penitência, nos associemos cada vez mais plenamente à vossa Paixão,

– a fim de alcançarmos a glória da ressurreição. R.

Acolhei-nos sob a proteção de Maria,vossa Mãe, consoladora dos aflitos,

– para podermos confortar os tristes como mesmo auxílio que de vós recebemos. R.

Concedei aos vossos fiéis a graça de tomar parte na vossa Paixão por meio dos sofrimentos da vida,

– para que também neles se manifeste a vossa salvação. R.

Senhor Jesus, que vos humilhastes na obediência até à morte e morte de cruz,

– ensinai-nos a ser obedientes e a sofrer com paciência. R.

(intenções livres)

Tornai os corpos de nossos irmãos e irmãs falecidos semelhantes à imagem do vosso corpo glorioso,

– e fazei-nos dignos de participar, um dia, com eles, da vossa glória. R.

Pai nosso...

Oração Final:

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Dai-nos, ó Deus, a graça de celebrarmos em família estes santos mistérios pascais com piedade, espírito de adoração

profunda e profunda gratidão para com Aquele que por nós quis entregar-se às mãos dos malfeitores e sofrer o

suplício da Cruz. Não permitais que fiquemos indiferentes e frios, pois tudo o que recordaremos foi por nós que o

Senhor instituiu e para nossa salvação que realizou! E que pela Páscoa deste ano da graça, celebrada com fé e

devoção, com amor e piedade, Ele Se digne conduzir-nos à Páscoa eterna. Amém.

Onde o Amor e a Caridade

Grupo Palestrina de Curitiba

Onde o amor e a caridade, Deus aí está!

1. Congregou-nos num só corpo o amor de Cristo

Exultemos, pois, e nele jubilemos.

Ao Deus vivo nós temamos, mas amemos.

E, sinceros, uns aos outros, nos queiramos.

2. Todos juntos, num só corpo congregados:

Pela mente não sejamos separados!

Cessem lutas, cessem rixas, dissensões,

Mas esteja em nosso meio Cristo Deus!

3. Junto um dia, com os eleitos, nós vejamos

Tua face gloriosa, Cristo Deus:

Gáudio puro, que é imenso e que ainda vem,

Pelos séculos dos séculos. Amém.

Meditação sobre a Ceia do Senhor

“Antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que tinha chegado a Sua hora de passar deste mundo para o Pai, tendo

amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”.

Esta é a tarde que faz memória da Ceia Pascal de Jesus. Aquilo que o Senhor realizou durante toda a vida e

consumou na Cruz - isto é, Sua entrega de amor total ao Pai, por nós -, Ele quis nos deixar nos gestos, nas palavras

e nos símbolos da Ceia que celebrou com os Seus. Naquela Mesa santa do Cenáculo, estava já presente, em

símbolos e gestos, a entrega amorosa do Calvário. É isto que celebramos neste momento sagrado, momento de

saudade, de aconchego e de despedida. Era em família que os judeus celebravam o Banquete pascal... Jesus

celebrou com Seus discípulos, conosco, Sua família: “Tendo amado os Seus que estavam no mundo, amou-os até o

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fim,” até o extremo de entregar a vida, pois “não há maior prova de amor que entregar a vida pelos amigos” (Jo

15,13).

Hoje, neste final de tarde e início de noite, Ele Se fez nosso servo, Ele lavou nossos pés, porque “não veio para ser

servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10,45). Lavando os nossos pés, Ele revelou de

modo admirável Seu desejo de nos servir dando a vida por nossa salvação.

Hoje, Ele nos deu o novo mandamento: “Se Eu, o Senhor e Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os

pés uns dos outros. Dei-vos o exemplo, para que façais a mesma coisa que Eu fiz”. Assim fazendo, assim falando, o

Senhor nos ordena, por amor a Ele, a que nos sirvamos mutuamente, nos amemos mutuamente, nos aceitemos e

perdoemos mutuamente, até dar a vida uns pelos outros. Eis nosso testamento, nossa riqueza e também nossa

vergonha, porque tantas e tantíssimas vezes descumprimos o desejo do Senhor!

Que contemplando o gesto do Senhor, hoje nos demos o perdão. Eu vos peço em nome de Cristo: reconciliai-vos

em família, por amor de Cristo; reconciliai-vos na paróquia, nos grupos e movimentos de Igreja, por amor Daquele

que nos amou assim e nos deu o exemplo! Por Aquele que Se deu a nós nesta tarde bendita, perdoemo-nos,

acolhamo-nos, amemo-nos! É o único modo, caríssimos, de celebrarmos a Santa Páscoa na Noite santa do sábado

para Domingo próximo e de participarmos hoje desta Ceia bendita!

O Senhor - para que tenhamos a força de amar como Ele, de confiar amorosamente no Pai como Ele, de amar os

irmãos como Ele -, hoje, Ele instituiu o Sacramento do amor, a Eucaristia. Hoje Ele Se deixou ficar no Pão e no

Vinho transfigurados pelo Seu Espírito Santo, como sacramento do Seu Corpo e Sangue, imolado e ressuscitado

para ser nossa oferta ao Pai, nosso alimento no caminho e nosso penhor de ressurreição e Vida eterna. Quanta

gratidão, quanto reconhecimento, devem brotar do nosso coração! Seu Corpo por nós imolado, Seu Sangue por nós

derramado, Jesus por nós entregue – sacramento de um amor eterno, de uma entrega sem fim, de uma presença

perene!

Comungar hoje do Corpo e do Sangue do Senhor é não somente unir-se a Ele, mas estar disposto a ir com Ele até a

Cruz e a Morte! Ah, irmãos, não façamos como Pedro, que prometeu, mas não cumpriu e negou o Senhor! “O

cálice de bênção que abençoamos não é comunhão com o Sangue de Cristo? O pão que partimos não é comunhão

com o Corpo de Cristo?” (1Cor 10,16). Que grande mistério, esta união de vida e de morte com o nosso

Senhor pela Eucaristia! Não reneguemos na vida e nas ações Aquele que hoje nos convida à Sua mesa e conosco

celebra a Sua Páscoa!

Hoje, para presidir à Eucaristia e ser um sinal do Senhor, mestre e servidor, Cristo, na Ceia, instituiu o sacerdócio

ministerial: aqueles que em Seu Nome e por Sua ordem, deverão presidir a Celebração eucarística e oferecer o

Sacrifício pascal até que Ele volte. Nesta tarde sagrada, rezemos pelos nossos sacerdotes, para que sejam dignos de

tão grande ministério e o exerçam como Cristo, que não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida!

Irmãos caríssimos, guardemos no mais profundo do coração os mistérios desta Missa na Ceia do Senhor. Um amor

tão grande, uma entrega tão total deve mover nosso coração, deve nos fazer sentir compungidos, desejosos de abrir

nossa vida para o Cristo e realmente caminhar com Ele. Tudo, nesta Celebração, respira amor, fala de amor: recordai

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o cordeiro imolado da primeira leitura - é o Cristo que por nós é imolado; pensai no pão sem fermento que partimos

e no cálice da aliança que repartimos, na segunda leitura – é ainda o Cristo que Se deixa ficar entre nós e em nós,

como alimento e Vida nova, plena do Espírito do Pai; recordai o Senhor inclinado, lavando-nos os pés, dando-nos

a vida e dizendo a ti e a Pedro: “Se Eu não te lavar, não terás parte Comigo” – é o Senhor na Sua pura entrega de

amor por nós!

Por favor, nestes dias, celebremos estes santos mistérios pascais com piedade, espírito de adoração profunda e

profunda gratidão para com Aquele que por nós quis entregar-se às mãos dos malfeitores e sofrer o suplício da Cruz.

Não fiquemos indiferentes, não sejamos frios: tudo quanto celebraremos foi por nós que o Senhor instituiu e para

nossa salvação que realizou! E que pela Páscoa deste ano da graça, celebrada com fé e devoção, com amor e

piedade, Ele Se digne conduzir-nos à Páscoa eterna. Amém.

SEXTA-FEIRA SANTA

Neste dia, em que “Cristo, nosso cordeiro pascal, foi imolado”, a Igreja, com a meditação da paixão do seu Senhor

e Esposo e adorando a cruz, comemora o seu nascimento do lado de Cristo que repousa na cruz, e intercede pela

salvação do mundo todo.

A Igreja, seguindo uma antiquíssima tradição, neste dia não celebra a Eucaristia; a sagrada Comunhão é distribuída

aos fiéis só durante a celebração da paixão do Senhor; aos doentes, impossibilitados de participar desta celebração,

pode-se levar a Comunhão a qualquer hora do dia.

A Sexta-feira da paixão do Senhor é dia de penitência obrigatória para a Igreja toda, a ser observada com a,

abstinência e o jejum. É proibido celebrar neste dia qualquer sacramento, exceto os da Penitência e da Unção dos

Enfermos.

A celebração proposta pode ser rezada após as Vésperas, ou imediatamente após a Ação Litúrgica da Paixão do

Senhor, transmitida pelos meios de Comunicação; Depois da Ação Litúrgica transmitida pelos meios de

Comunicação, as Cruzes da residência podem ser desveladas; Para a Celebração Familiar proposta, prepara-se uma

cruz com velas acesas ao redor.

Celebração em Família

Celebração da Cruz

Lamentos do Senhor

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Eugênio Jorge

Povo meu, que te fiz eu?

Dize: em que te contristei?

Por que à morte me entregaste?

Em que foi que eu te faltei?

Eu te fiz sair do Egito,

Com maná te alimentei.

Preparei-te bela terra:

Tu, a cruz para o teu Rei!

Refrão:

Deus santo, Deus forte,

Deus imortal,

Tende piedade de nós!

Bela vinha eu te plantara,

Tu plantaste a lança em mim;

Águas doces eu te dava,

Foste amargo até o fim!

Flagelei por ti o Egito,

Primogênitos matei;

Tu, porém, me flagelaste,

Entregaste o próprio Rei!

Refrão:

Deus santo, Deus forte...

Eu te abri o mar Vermelho,

Tu me abriste o coração;

A Pilatos me levaste,

Eu te levei pela mão.

Só na cruz tu me exaltaste,

Quando em tudo te exaltei;

Que mais podia eu ter feito?

Em que foi que eu te faltei?

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Refrão:

Deus santo, Deus forte

Oração Inicial:

Óh doce Cruz do Senhor! Doce madeiro que recebeu meu Jesus ensanguentado e chagado por meus pecados, que

me trouxe a salvação. Prostrado diante de ti me vejo agora, pois fostes tu que me restastes neste dia de dor e

sofrimento. Em ti me seguro hoje para que não desvie o olhar para longe dos caminhos que percorreu meu Senhor,

junto a ti aguardo ansiosa a volta do meu Jesus e espero por ti alcançar a ressurreição com o Cristo, no último dia.

Amém!

Leitura do Livro do Profeta Isaías 52,13-53,12

Ei-lo, o meu Servo será bem sucedido; sua ascensão será ao mais alto grau. Assim como muitos ficaram pasmados ao

vê-lo tão desfigurado, ele estava que não parecia ser um homem ou ter aspecto humano -, do mesmo modo ele

espalhará sua fama entre os povos. Diante dele os reis se manterão em silêncio, vendo algo que nunca lhes foi

narrado e conhecendo coisas que jamais ouviram. 'Quem de nós deu crédito ao que ouvimos? E a quem foi dado

reconhecer a força do Senhor? Diante do Senhor ele cresceu como renovo de planta ou como raiz em terra seca.

Não tinha beleza nem atrativo para o olharmos, não tinha aparência que nos agradasse. Era desprezado como o

último dos mortais, homem coberto de dores, cheio de sofrimentos; passando por ele, tapávamos o rosto; tão

desprezível era, não fazíamos caso dele. A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele

mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! Mas ele foi ferido por

causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; a punição a ele imposta era o preço da nossa paz,

e suas feridas, o preço da nossa cura. Todos nós vagávamos como ovelhas desgarradas, cada qual seguindo seu

caminho; e o Senhor fez recair sobre ele o pecado de todos nós'. Foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca;

como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca. Foi

atormentado pela angústia e foi condenado. Quem se preocuparia com sua história de origem? Ele foi eliminado do

mundo dos vivos; e por causa do pecado do meu povo foi golpeado até morrer. Deram-lhe sepultura entre ímpios,

um túmulo entre os ricos, porque ele não praticou o mal nem se encontrou falsidade em suas palavras. O Senhor quis

macerá-lo com sofrimentos. Oferecendo sua vida em expiação, ele terá descendência duradoura, e fará cumprir com

êxito a vontade do Senhor. Por esta vida de sofrimento, alcançará luz e uma ciência perfeita. Meu Servo, o justo,

fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. Por isso, compartilharei com ele multidões e ele

repartirá suas riquezas com os valentes seguidores, pois entregou o corpo à morte, sendo contado como um malfeitor;

ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores.

Palavra do Senhor.

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Hoje, sexta feira da Paixão, somos convidados a acompanhar o Senhor que por nós e pelo fardo dos nossos

pecados, padeceu na Santa Cruz.

O mesmo Cristo que sempre nos acompanha, nos ilumina e nos auxilia em momentos difíceis precisa da nossa

companhia aos pés da Cruz.

Convide sua família para participar desse momento. Monte em uma mesa ou em um banco um pequeno espaço com

um Cruz. E ao redor dela, sentados ou ajoelhados, façam um momento de profunda reverência e amor a Jesus

Crucificado.

Nesse instante, olhando para a Cruz de Cristo inicie o momento em um profundo silêncio interior. Olhando, com os

olhos fitos na Cruz, tente contemplar a Paixão. Com os olhos da fé, aos pés da Cruz, junto com João, o discípulo

amado, Maria santíssima, mãe de Jesus e algumas mulheres, coloque-se no Calvário.

Em contramão a todos os que passavam insultando, xingando, cuspindo, blasfemando e ignorando Aquele que por

toda humanidade suava sangue, sofria a maior das dores físicas e espirituais, fale no íntimo do seu ser:

“Senhor, aqui estou. Eis me aqui para acompanhar o teu sofrimento e contigo sofrer. Aqui estou, Deus de Amor,

para enxugar cada gota de sangue que pinga da tua Cruz. Estou aqui para consolar-te.”

Belíssimo Esposo

Comunidade Católica Shalom

Beijo a Tua paixão que me liberta das minhas paixões

Beijo a Tua cruz que condena e esmaga o pecado em mim

Beijo Teus cravos, Tuas mãos que apagam o castigo do mal

Beijo Tua ferida que curou a ferida do meu coração

Eu Te beijo Senhor e a tua paixão é o meu tudo!

És meu tudo, Jesus

Amado de minh'alma

Oh, belíssimo esposo!

Mais belo que todos os homens!

Santo, Santo és Tu!

Belíssimo esposo!

Esconde-me em Teu lado aberto!

Em Tua chaga de amor, de amor!

Beijo a lança que abriu

A fonte do amor imortal

A fonte do amor sem fim

Que pagou o que eu não poderia pagar

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13

Beijo o Teu lado aberto

Jorrando rios de vida e de paz

Fazendo brotar em mim

Um canto novo, um hino esponsal

Beijo Tuas vestes

Que esconderam minhas misérias

Vergonha não há

Me adornas com amor!

Oh, belíssimo esposo!

Mais belo que todos os homens!

Santo, Santo és Tu!

Belíssimo esposo!

Esconde-me em Teu lado aberto!

Em Tua chaga de amor, de amor!

Beijo os lençóis que envolveram

O Teu corpo ferido de amor

E cobriram meu coração

Revestiram-me de realeza

Beijo o Teu Santo Sepulcro

Testemunha da ressurreição

Quero ressuscitar também

E encerrar-me dentro de Ti

Quero em Ti mergulhar

E então renascer na

Tua chaga criadora

Descansar a minh'alma

Em Teu coração!

Oh, belíssimo esposo!

Mais belo que todos os homens!

Santo, santo és Tu!

Belíssimo esposo!

Esconde-me em Teu lado aberto!

Em Tua chaga de amor, de amor!

Sábia Loucura

Terra da Cruz

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14

Como pagarei, ó Cristo

Esse Teu amor?

É justo que sangue

Se pague com sangue

Cravos, deixai as mãos

Inocentes de quem roubou

Meu coração, a minha vida

A minha história, o meu amor

Recebe-me em teus braços, ó cruz

E espinhos coroem à mim

Ó sábia loucura

Não viva eu mais sem ti

E saiba, todo o mundo

Que tenho o coração ferido

Ó grande amor, o que fizeste?

Vieste para curar e me feriste

Vieste para que eu viva

E enlouqueceste a mim

Ó grande amor, o que fizeste?

Vieste para curar e me feriste

Vieste para que eu viva

E enlouqueceste a mim

Não permitas que eu me engane

Não permitas que eu abandone o Teu amor

Que minha vida diga que eu Te amo

Ou faça que eu morra e não cause à Ti mais dor

Ó grande amor, o que fizeste?

Vieste para curar e me feriste

Vieste para que eu viva

E enlouqueceste a mim

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15

Ó grande amor, o que fizeste?

Vieste para curar e me feriste

Vieste para que eu viva

E enlouqueceste a mim

Não permitas que eu me engane

Não permitas que eu abandone o Teu amor

Que minha vida diga que eu Te amo

Ou faça que eu morra e não cause à Ti mais dor

Foi Lá na Cruz

Comunidade Católica Shalom

Não poupou a própria vida para me salvar

Como um manso cordeiro assim, por mim se deixou imolar

Pagou na própria carne o que eu não poderia pagar

Morreu no meu lugar

Foi lá na Cruz que Ele me redimiu

E os meus pecados assumiu

Foi lá na Cruz que me salvou

E hoje escravo já não sou

Ele mudou a minha sorte

Cristo deu-me a vida por Sua morte

Não poupou a própria vida para me salvar

Como um manso cordeiro assim se deixou imolar

Pagou na própria carne o que eu não poderia pagar

Morreu no meu lugar

Foi lá na Cruz que Ele me redimiu

E os meus pecados assumiu

Foi lá na Cruz que me salvou

E hoje escravo já não sou

Ele mudou a minha sorte

Cristo deu-me a vida por Sua morte

Livremente entregou a Sua vida

No silêncio, ofertou-se sem medidas

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Em Seu corpo suportou minhas feridas

Conquistou para mim a nova vida

Foi lá na Cruz que Ele me redimiu

E os meus pecados assumiu

Foi lá na Cruz que me salvou

E hoje escravo já não sou

Ele mudou a minha sorte

Cristo deu-me a vida por Sua morte

Preces

Comemorando piedosamente a morte de nosso Senhor Jesus Cristo, de onde brotou a vida do mundo, roguemos a

Deus Pai:

R. Pela morte de Cristo, vosso Filho, ouvi-nos, Senhor!

Fortalecei, Senhor, a unidade da Igreja. R.

Protegei o Santo Padre N. R.

Santificai pelo Espírito Santo os ministros da Igreja e todo o povo cristão. R.

Aumentai a fé e a sabedoria dos catecúmenos. R.

Congregai todos os cristãos na unidade. R.

Conduzi os judeus à plenitude da redenção. R.

Iluminai com a luz da vossa glória os que não crêem em Cristo. R.

Revelai aos ateus os sinais da vossa bondade nas obras da criação. R.

Dirigi o espírito e o coração dos governantes. R.

Confortai os atribulados. R.

(intenções livres)

Socorrei os que morreram. R.

Pai nosso...

Oração Final:

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Após contemplar a Vossa Paixão, meu Senhor, vejo as consequências dos meus pecados. Sofro, pois, o peso do

arrependimento por cada um deles e lembro-me das marcas que eles deixaram em Vossa carne. Óh Jesus, que pelo

meu arrependimento e sacrifícios, que pelas práticas de piedade que procurei hoje exercitar, que pelo Sangue

precioso que jorrou de Tua Cruz, possa eu ver e participar de Tua Páscoa, da Páscoa eterna. Amém!

Vitória

Vitória, tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás!

Vitória, tu reinarás, ó cruz tu nos salvarás!

Nós vamos à cidade

E lá eu irei sofrer

Serei crucificado

Mas hei de reviver!

Vocês não são do mundo

Do mundo os escolhi!

Se o mundo os odeia

Primeiro odiou a mim!

Vocês vão ter no mundo, tristezas

E aflição, Mas eu venci o mundo

Coragem e vencerão!

Se grão, que cai na terra

Não morre, fica só se morre

Germina e cresce, seu fruto

Será maior!

Pois era necessário um só

Sofre por todos e, assim, os

Separados formarem um

Só povo

Oração Pessoal Evangelho do dia: Jo 18, 1-19, 42

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Este guia é para lerdes no momento de tua oração pessoal. Leia o evangelho uma vez, depois leia o guia

de auxílio à contemplação do texto e voltes ao evangelho para lê-lo uma segunda vez, agora pausando e

contemplando-o parte por parte. Se necessário, voltes a alguns pontos deste guia, mas deixe que o

Espírito Santo te conduza para contemplares o que Ele deseja.

1. Antes de ler o evangelho da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, peça ao Espírito Santo, na

sobriedade que o dia de hoje exige, que ilumine sua contemplação para que sua mente, sua

imaginação e criatividade estejam disponíveis ao Senhor.

2. Ao iniciar o Evangelho, te coloque como um soldado enviado para acompanhar o acusado até

que se cumpra a pena do julgamento. Tu não o conheces, mas já ouvistes falar deste homem que

blasfemou contra Deus e zombou da fé judaica. Tu estais tomado pois de justiça e vás atrás do

Senhor no Horto com estes sentimentos.

3. Na contemplação do horto, contempla-te tomado pela agitação do povo. (Irás te contemplar,

durante toda a narração, a responder com raiva todas as falas do povo) Tenta observar a calma e

a serenidade de Jesus diante de tu e daqueles que querem prendê-lo. Observa a bondade dEle

para com o guarda que estava ao teu lado, que tem a orelha decepada e restaurada. Como pode

alguém julgado de morte ser tão bom?

4. Contempla-te a caminhar com o Senhor até os julgamentos. Observa como o Bom Jesus é manso

e humilde, e se oferece diante dos Mestres da Lei com mansidão, digno de quem não cometeu

crime algum.

5. Faça experiência de contemplar esta cena: Tu que teces a coroa de espinhos do teu Senhor. Faça

a experiência de contemplar um dos espinhos penetrando em teu dedo, ao tecer a coroa, e sentir

a dor que um destes causa em tua pele. Observa-te se aproximando do Senhor, que abaixa a

cabeça para tu colocar. Ao fim, cheio de dores, observe o olhar do Senhor a te fitar

profundamente, rodeado de sangue.

6. Após a condenação e a pena de crucificação ser imposta a Jesus, tu fazes todo o caminho de

subida ao monte calvário ao lado dEle. Vedes as quedas, as dores, o sofrer daquele homem que

julgastes bom e inocente, mas não tivestes a coragem de tomar partido dEle. Durante o caminho

do Calvário, vedes esbofetearem o Senhor, fraco e oprimido pelo peso da Cruz que tu mesmo o

deste para carregar.

7. Ao chegar no monte, contemples os teus companheiros a rasgarem e a sortearem as vestes de

Jesus. Vedes a humilhação que submetem o homem que outrora julgastes inocente.

8. Contemples tu a pôr um dos pregos no Crucificado. Observe, então, Jesus, que já tendo sofrido

as dores dos outros pregos, te fita novamente. O rosto está transfigurado do que vistes mais

cedo, os olhos abrem com dificuldade, mas mesmo assim, enxergas nele o sofrimento que

causastes. Um homem bom que oprimistes e crucificastes. Experimente observar-te a transpassar

aquela mão santa com o prego. Podes experimentar ouvir o urro de dor que brota da boca de

Jesus, que tu causas no teu Senhor.

9. O Senhor então é crucificado a tua frente. Observe o chão daquele lugar que antes era tomado

por areia branca, agora é rubro do sangue precioso de Jesus. Contemple, então, esta cena: a

Mãe daquele homem a fita-Lo sofrer assim e Ele a fita-la gemendo de dor. Vedes o que brota no

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teu coração ao contemplar tal cena, sabendo que fostes tu que causastes tamanha dor a um

inocente e agora a sua mãe. Foi teus atos que causaram as gotas de sangue do Senhor e as gotas

das lágrimas de Nossa Senhora.

10. Contemple a cena da morte de Jesus: após darem vinagre aquele homem sedento, Ele, como

quem sabe a hora que deve morrer, dá o último suspiro e entrega-se a ela. Te mantenha em

silencio interior e exterior neste momento, para que experimentes o silêncio que fez a terra naquele

instante pela morte do Filho de Deus.

11. Contemple os outros soldados a quebrarem as pernas dos ladrões crucificados ao lado de Jesus e

tu te encarregas de enfiar a lança no coração do Senhor. Observa-te a posicionar a lança e crava-

la no peito de Jesus. Comtemple as gotas de sangue e água que atingem o teu roto e te fazem,

ao abrir os olhos, enxergar a divindade do homem que crucificastes “era Ele verdadeiramente o

Messias, enviado por Deus para salvar a mim, a todos que o crucificaram, ao meu povo”.

12. Ao fim da contemplação, te coloques como um discípulo do Senhor que foi retirá-lo da Cruz,

junto a José de Arimateia e Sua Mãe Maria. Teu Senhor morto, agora é descido da Cruz.

Aquele homem que antes falava com tanto vigor, tanta fé e bondade, agora se encontra sem vida.

13. Observas colocarem-no no sepulcro e rolarem a pedra sobre a entrada. Experimenta contemplar e

sentir a aflição que os discípulos de Jesus sentiram ao vê-lo dentro de um sepulcro, morto. A

Esperança se esvaindo do teu coração pela morte dAquele que tu tanto amavas e que tanto te

amou.

Textos de apoio:

Para ajudá-lo, ainda mais, a adentrar no Mistério da Paixão do Senhor.

“Bem-aventurado seja Aquele que, para me permitir ocultar-me “nas fendas dos

rochedos” (Cant 2,14), deixou que Lhe perfurassem as mãos, os pés e o lado. Bem-aventurado

Aquele que Se abriu por completo a mim, a fim de que eu pudesse penetrar no admirável

santuário (Sl 14,5) e “abrigar-me na sua tenda” (Sl 26,5). Este rochedo é um refugio [...],

doce lugar de repouso para as pombas, e os ofícios escancarados das chagas que tem por todo o

corpo oferecem o perdão aos pecados e concedem a graça aos justos. É morada segura, irmãos,

“torre sólida contra o inimigo” (Sl 60,4), habitar por meio da meditação amante e constante as

chagas de Cristo, Nosso Senhor, procurar na fé e no amor pelo Crucificado abrigo seguro para

nossa alma, abrigo contra a veemência da carne, as trevas deste mundo, os assaltos do demônio.

A proteção deste santuário sobrepõe-se a todas as vantagens deste mundo. [...]

Entra pois neste rochedo, esconde-te [...], refugia-te no Crucificado. [...] O que é a

chaga do lado de Cristo, senão a porta aberta da arca para os que são preservados do dilúvio?

Mas a Arca de Noé era apenas um símbolo; isto é a realidade; já não se trata de salvar a vida

mortal, mas de receber a imortalidade. [...]

É pois razoável que a pomba de Cristo, a sua amiga formosa (Cant 2,13-14) [...],

cante hoje os seus louvores com alegria. Proveniente da memória ou da imitação da Paixão, da

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meditação das suas santas chagas, como das fendas do rochedo, a sua voz dulcíssima ressoa aos

ouvidos do Esposo (Cant 2,14).” [Beato Guerric de Igny (c. 1080 – 1157)]

“A morte de Cristo

Era apropriado que Cristo morresse.

1. Para tornar completa a nossa redenção. Pois mesmo que qualquer sofrimento do Cristo

tivesse valor infinito, por estar unido a sua divindade, não seria por qualquer um de seus

sofrimentos que a redenção da humanidade se completaria, mas somente por sua morte. Assim, o

Espírito Santo disse pela boca de Caifás: vos convém que morra um só homem pelo povo (Jo

11, 50). Daí que Santo Agostinho diz: “Fiquemos maravilhados, regozijados agradecidos;

amemos louvemos e adoremos, porque é pela morte de nosso Redentor que nós fomos chamados

da morte à vida, do exílio à nossa própria pátria, da mágoa à alegria”.

2. Para aumentar nossa fé, nossa esperança e nossa caridade. Com relação à fé, o a salmo

diz: Estou sozinho até que eu passe são e salvo (Sl 140, 10), isto é, passe deste mundo ao Pai.

Quando eu tiver passado para o Pai, aí então serei multiplicado. Se o grão de trigo, caído na

terra, não morrer, fica só (Jo 12, 24).

Quanto ao aumento de nossa esperança, escreve São Paulo: Aquele que não poupou

nem o seu próprio Filho, mas que por todos nós esntregou, como não nos dará também com Ele

todas as coisas? (Rm 8, 32). Deus não nos pode negar isso, porque dar-nos todas as coisas é

menos do que dar o seu próprio Filho à morte por nós. Diz São Bernardo: “Quem é que não é

tomado de esperança e confiança na oração, quando olha para o crucifixo e vê como Nosso

Senhor está lá pendurado, com a cabeça inclinada como se fosse beijar, os braços abertos como

num abraço, as mãos pregadas para sempre doarem, o lado aberto para o amor, os pés pregados

para permanecer sempre conosco?”

Vem, minha pomba, oculta nas fendas do rochedo (Ct 2, 14). É nas feridas do Cristo

que a Igreja constrói seu ninho e espera, porque é na Paixão de Nosso Senhor que ela coloca sua

esperança de salvação; e, portanto, confia que está protegida da astúcia do falcão, isto é, do

demônio.

Com relação ao aumento da caridade, a Sagrada Escritura diz: Ao meio-dia queima a

terra (Eclo 43, 3), ou seja, no fervor de sua paixão, Ele queima toda a humanidade com seu

amor. Assim, diz São Bernardo: “O cálice que tomaste, ó bom Jesus, te tornastes amável sobre

todas as coisas.” A obra de nossa redenção, deixando de lado todos os obstáculos, facilmente

invoca como resposta todo o nosso amor. Isto é o que mais suavemente evoca a nossa devoção,

fortalece-a mais imediatamente, guarda-a mais próxima, e inflama-a com maior ardor.

3. Porque nossa salvação é forjada à maneira de um sacramento, ao morrermos para este

mundo analogamente à morte dEle; Preferia minha alma ser enforcada, e meus ossos preferiam a

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morte (Jó 7, 15). Explica São Gregório: “A alma é a aspiração da razão, os ossos são a força

dos desejos do corpo. O que é desse modo levantado das profundezas. A alma é, portanto,

enforcada em coisas eternas para que os ossos possam morrer, pois é pelo amor à vida eterna que

a alma aniquila a forte atração que as coisas terrenas exercem sobre ela.”

Um sinal de que uma alma está morta para o mundo é quando a alma passa a ser

desprezada pelo mundo. Citando São Gregório novamente: “O mar mantém submersos os corpos

que nele vivem. Uma vez que estes morrem, ele rapidamente os lança para cima”. “ [Meditações

para a quaresma

Ofício da Paixão do Senhor Pode ser rezado de noite

D: Deus vos salve Virgem

Filha de Deus Pai.

D: Deus vos salve Virgem

Mãe do Deus Filho.

D: Deus vos salve Virgem

Esposa do Espírito Santo.

D: Deus vos salve Virgem

Templo da S.S. Trindade.

MATINAS

Abri os meus lábios, Divino Senhor,

Cante a minha boca, o vosso louvor.

Sede em meu favor, Deus Onipotente,

Vinde socorrer-me, sede diligente.

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Amor também,

Que são um só Deus, em Pessoas três.

Como no princípio, agora e sempre,

Por todos os séculos, e sem fim. Amém.

HINO

Do Pai esplendor, do Céu alegria,

Pelo nosso amor mui triste se via.

No Horto suando, com grande agonia,

Sangue que em gotas na terra corria.

Lavar nossas culpas, com Ele queria,

Mas temendo a morte, aflito jazia.

Confortando um anjo, então lhe dizia,

Que por nós morrendo, Vida nos daria.

Para que gozemos o Céu, algum dia,

A Jesus dos Passos tomemos por guia.

Bendito sejais, Senhor Bom Jesus

Que o mundo remistes pela Santa Cruz.

Dos fiéis as almas, Divino Senhor,

Convosco descansem, em paz e amor.

Ouvi bom Jesus minha oração.

Cheguem os meus brados ao vosso Coração.

ORAÇÃO

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, ponde

diante de vossos pés a minha alma, em vossa Paixão

sagrada e acerba Morte de Cruz. Agora e na hora

da minha morte, dignai-vos dar-me os socorros da

vossa divina Graça; aos vivos e defuntos, perdão e

descanso; à vossa Igreja, paz e concórdia; a nós,

pecadores, gloria e vida eterna. Vós que viveis e

reinais na unidade do Pai e do Espírito Santo, por

todos os séculos dos séculos. Amém.

PRIMA

Sede em meu favor, Deus Onipotente,

Vinde socorrer-me, sede diligente.

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Amor também,

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Que são um só Deus, em Pessoas três.

Como no princípio, agora e sempre,

Por todos os séculos, e sem fim. Amém.

HINO

Por pagar por nós ao Pai ofendido

Quis o Rei da Glória, ser preso e vendido.

Entregue por Judas, a Anás levado,

Como malfeitor com cordas atado.

Onde testemunhas falsas se achavam,

E a mesma inocência de culpa acusavam.

E por Caifás, blasfemo julgado,

Logo dos ministros foi atormentado.

Falsos testemunhos tem Jesus sofrido,

Testemunhas eram os seus escolhidos.

Bendito sejais, Senhor Bom Jesus

Que o mundo remistes pela Santa Cruz.

Dos fiéis as almas, Divino Senhor,

Convosco descansem em paz e amor.

Ouvi bom Jesus minha oração.

Cheguem os meus brados ao vosso Coração.

ORAÇÃO

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, ponde

diante de vossos pés a minha alma, em vossa Paixão

sagrada e acerba Morte de Cruz. Agora e na hora

da minha morte, dignai-vos dar-me os socorros da

vossa divina Graça; aos vivos e defuntos, perdão e

descanso; à vossa Igreja, paz e concórdia; a nós,

pecadores, gloria e vida eterna. Vós que viveis e

reinais na unidade do Pai e do Espírito Santo, por

todos os séculos dos séculos. Amém.

TERÇA

Sede em meu favor, Deus Onipotente,

Vinde socorrer-me, sede diligente.

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Amor também,

Que são um só Deus, em Pessoas três.

Como no princípio, agora e sempre,

Por todos os séculos, e sem fim. Amém.

HINO

As garras lançaram, quais lobos sinistros,

No manso Cordeiro, os ímpios ministros.

Cruéis bofetadas em seu rosto deram,

Outros vilipêndios muitos lhe fizeram.

Para que com vida não lhes escapasse,

A Pilatos foram que o condenasse.

Pilatos, querendo de sangue os fartar,

Com cruéis açoites, O fez derramar.

Sangue de Jesus por nós derramado,

Precioso óleo é contra o pecado.

Bendito sejais, Senhor Bom Jesus

Que o mundo remistes pela Santa Cruz.

Dos fiéis as almas, Divino Senhor,

Convosco descansem em paz e amor.

Ouvi bom Jesus minha oração.

Cheguem os meus brados ao vosso Coração.

ORAÇÃO

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, ponde

diante de vossos pés a minha alma, em vossa Paixão

sagrada e acerba Morte de Cruz. Agora e na hora

da minha morte, dignai-vos dar-me os socorros da

vossa divina Graça; aos vivos e defuntos, perdão e

descanso; à vossa Igreja, paz e concórdia; a nós,

pecadores, gloria e vida eterna. Vós que viveis e

reinais na unidade do Pai e do Espírito Santo, por

todos os séculos dos séculos. Amém.

SEXTA

Sede em meu favor, Deus onipotente,

Vinde socorrer-me, sede diligente.

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Amor também,

Que são um só Deus, em Pessoas três.

Como no princípio, agora e sempre,

Por todos os séculos, e sem fim. Amém.

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HINO

De açoitar cansados os cruéis verdugos,

Lhe assentam coroa de espinhos agudos.

Na mão uma cana, por cetro lhe deram

E, zombando dele, rei falso o fizeram.

Temendo Pilatos, que assim o matassem,

Ao povo o mostrou pra que se abrandassem

Mas o cruel povo, não bem saciado,

Clama que, na Cruz, morresse cravado.

Ó povo feroz! Ó ódio tão forte!

Que a mesma Vida condenas à morte

Bendito sejais, Senhor Bom Jesus

Que o mundo remistes pela Santa Cruz.

Dos fiéis as almas, Divino Senhor,

Convosco descansem em paz e amor.

Ouvi bom Jesus minha oração.

Cheguem os meus brados ao vosso Coração.

ORAÇÃO

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, ponde

diante de vossos pés a minha alma, em vossa Paixão

sagrada e acerba Morte de Cruz. Agora e na hora

da minha morte, dignai-vos dar-me os socorros da

vossa divina Graça; aos vivos e defuntos, perdão e

descanso; à vossa Igreja, paz e concórdia; a nós,

pecadores, gloria e vida eterna. Vós que viveis e

reinais na unidade do Pai e do Espírito Santo, por

todos os séculos dos séculos. Amém.

NOA

Sede em meu favor, Deus Onipotente,

Vinde socorrer-me, sede diligente.

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Amor também,

Que são um só Deus, em Pessoas três.

Como no princípio, agora e sempre,

Por todos os séculos, e sem fim. Amém.

HINO

Corações tão duros, nas vozes que deram,

Conheceu Pilatos que ferinos eram.

Então mais temendo, à morte entregou,

Mas as mãos lavando, limpo não ficou.

Entregue aos algozes, o manso Cordeiro,

Tomou em seus ombros da Cruz o madeiro.

Com o qual ao Monte, débil e cansado,

Subiu para ser por nós imolado.

Subir com Jesus, ao monte é preciso,

Para entrar com Ele no seu Paraíso.

Bendito sejais, Senhor Bom Jesus

Que o mundo remistes pela Santa Cruz.

Dos fiéis as almas, Divino Senhor,

Convosco descansem em paz e amor.

Ouvi bom Jesus minha oração.

Cheguem os meus brados ao vosso Coração.

ORAÇÃO

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, ponde

diante de vossos pés a minha alma, em vossa Paixão

sagrada e acerba Morte de Cruz. Agora e na hora

da minha morte, dignai-vos dar-me os socorros da

vossa divina Graça; aos vivos e defuntos, perdão e

descanso; à vossa Igreja, paz e concórdia; a nós,

pecadores, gloria e vida eterna. Vós que viveis e

reinais na unidade do Pai e do Espírito Santo, por

todos os séculos dos séculos. Amém.

VÉSPERAS

Sede em meu favor, Deus Onipotente,

Vinde socorrer-me, sede diligente.

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Amor também,

Que são um só Deus, em Pessoas três.

Como no princípio, agora e sempre,

Por todos os séculos, e sem fim. Amém.

HINO

Da sagrada roupa, ao Monte subido,

Por cruéis algozes foi Jesus despido.

E com fortes cravos, foi na Cruz pregado,

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Entre dois ladrões, nela levantado.

Por mais padecer estando sequioso,

Vinagre lhe deram e fel amargoso.

Assim padecendo, ao Pai, Ele orava,

Pelo cruel povo que o crucificava.

Pelos inimigos devemos orar

Para de Jesus a glória alcançar.

Bendito sejais, Senhor Bom Jesus

Que o mundo remistes pela Santa Cruz.

Dos fiéis as almas, Divino Senhor,

Convosco descansem em paz e amor.

Ouvi bom Jesus minha oração.

Cheguem os meus brados ao vosso Coração.

ORAÇÃO

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, ponde

diante de vossos pés a minha alma, em vossa Paixão

sagrada e acerba Morte de Cruz. Agora e na hora

da minha morte, dignai-vos dar-me os socorros da

vossa divina Graça; aos vivos e defuntos, perdão e

descanso; à vossa Igreja, paz e concórdia; a nós,

pecadores, gloria e vida eterna. Vós que viveis e

reinais na unidade do Pai e do Espírito Santo, por

todos os séculos dos séculos. Amém.

COMPLETAS

Jesus convertei-nos, pois sois Salvador,

Apartai de nós a ira e o furor.

Sede em meu favor, Deus Onipotente,

Vinde socorrer-me, sede diligente.

Glória ao Pai, ao Filho, e ao Amor também,

Que são um só Deus, em Pessoas três.

Como no princípio, agora e sempre,

Por todos os séculos, e sem fim. Amém.

HINO

Já eram três horas que, na Cruz pendente,

Padecia o Filho do Onipotente.

Ferido de dores, de sangue exaurido,

De forças estava já destituído.

Porque a vontade, do seu Pai cumpria,

Expirando acaba em grande agonia.

Escondeu-se o sol, a terra tremeu,

Mas o duro povo não se arrependeu.

De nossos pecados, já arrependidos

Por Jesus seremos mui bem recebidos.

Em seu Coração pela lança aberto,

Acharemos porta e o perdão certo.

Bendito sejais Senhor Bom Jesus,

Que o mundo remistes pela Santa Cruz.

Dos fiéis as almas, Divino Senhor,

Convosco descansem em paz e amor.

Ouvi bom Jesus minha oração.

Cheguem os meus brados o vosso coração.

ORAÇÃO

Senhor Jesus Cristo, Filho do Deus vivo, ponde

diante de vossos pés a minha alma, em vossa Paixão

sagrada e acerba Morte de Cruz. Agora e na hora

da minha morte, dignai-vos dar-me os socorros da

vossa divina Graça; aos vivos e defuntos, perdão e

descanso; à vossa Igreja, paz e concórdia; a nós,

pecadores, gloria e vida eterna. Vós que viveis e

reinais na unidade do Pai e do Espírito Santo, por

todos os séculos dos séculos. Amém.

OFERECIMENTO

A Vós, Bom Jesus, com toda atenção,

Dedico a memória da vossa Paixão.

Para que por ela, como o bom ladrão,

Mereça das culpas plena remissão.

Glória ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo!

Como era no princípio, agora e sempre, Amém

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Ladainha do Preciosíssimo Sangue

Jesus Cristo ouvi-nos.

Jesus Cristo atendei-nos.

Pai Celeste que sois Deus tende piedade de nós.

Filho Redentor do mundo que sois Deus, tende piedade de nós.

Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.

Santíssima Trindade, que sois um só Deus, tende piedade de nós.

Sangue de Cristo, Sangue do Filho Unigênito do Eterno Pai, salvai- nos.

Sangue de Cristo, Sangue do Verbo de Deus encarnado, salvai-nos. Sangue de

Cristo, Sangue do Novo e Eterno Testamento, salvai-nos. Sangue de Cristo,

correndo pela terra na agonia, salvai-nos.

Sangue de Cristo, manando abundante na flagelação, salvai-nos. Sangue de

Cristo, gotejando na coroação de espinhos, salvai-nos.

Sangue de Cristo, derramado na cruz, salvai-nos.

Sangue de Cristo, preço da nossa salvação, salvai-nos.

Sangue de Cristo, sem o qual não pode haver redenção, salvai-nos.

Sangue de Cristo, que apagais a sede das almas e as purificais na Eucaristia,

salvai-nos.

Sangue de Cristo, torrente de misericórdia, salvai-nos. Sangue de Cristo,

vencedor dos demônios, salvai-nos.

Sangue de Cristo, fortaleza dos mártires, salvai-nos.

Sangue de Cristo, virtude dos confessores, salvai-nos. Sangue de Cristo, que

suscitais almas virgens, salvai-nos. Sangue de Cristo, força dos tentados, salvai-

nos.

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Sangue de Cristo, alívio dos que trabalham, salvai-nos. Sangue de Cristo,

consolação dos que choram, salvai-nos.

Sangue de Cristo, esperança dos penitentes, salvai-nos.

Sangue de Cristo, conforto dos moribundos, salvai-nos.

Sangue de Cristo, paz e doçura dos corações, salvai-nos.

Sangue de Cristo, penhor de eterna vida, salvai-nos.

Sangue de Cristo, que libertais as almas do Purgatório, salvai-nos.

Sangue de Cristo, digno de toda a honra e glória, salvai-nos.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, perdoai-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, ouvi-nos, Senhor.

Cordeiro de Deus, que tirais os pecados do mundo, tende piedade de nós,

Senhor.

V.: Remistes-nos, Senhor, com o Vosso Sangue. R.: E fizestes de nós, um reino

para o nosso Deus.

Oremos: Todo-Poderoso e Eterno Deus, que constituístes o Vosso Unigênito

Filho, Redentor do mundo, e quisestes ser aplacado com o seu Sangue,

concedei-nos a graça de venerar o preço da nossa salvação e de encontrar, na

virtude que Ele contém, defesa contra os males da vida presente, de tal modo

que eternamente gozemos dos seus frutos no Céu. Pelo mesmo Cristo, Senhor

nosso. Assim seja.

Meditação das 7 Palavras de Jesus na Cruz

Oração

Jesus na Cruz advoga:

dá ao ladrão: lega sua Mãe Maria:

queixa-se: a sede o afoga:

cumpre: entrega-se ao Pai, em agonia.

Ao Calvário temos que chegar

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porque Cristo, nossa Luz,

hoje também nos quer falar

desde a ara de sua Cruz.

Virgem das dores e minha Mãe! Que eu, como Tu, acompanhe sempre teu Filho

em vida, redenção e morte. E depois de glorificado na terra, glorifique-O por

toda a eternidade, junto a Ele e junto a Ti. Peço-te isso por tua aflição e

martírio, ao pé da Cruz. Assista-me sempre, especialmente neste último momento

do combate cristão que abrirá a eternidade feliz, em companhia de teu Filho.

Assim seja.

Senhor pequei, tende piedade e misericórdia de mim.

Primeira Palavra

"Pai, perdoa-lhes: não sabem o que fazem" (Lc 23,34)

Embora tendo sido teu inimigo,

meu Jesus: como confesso,

roga por mim: pois, com isso,

certamente o perdão consigo.

Quando te ofendi, louco e sem calma,

não sabia o que eu fazia:

sede, Jesus, da minha alma,

e encomende-me ao Pai, todo dia.

Senhor e meu Deus, que por meu amor agonizaste na cruz para pagar com teu

sacrifício a dívida de meus pecados, e abriu teus divinos lábios para me alcançar

o perdão da divina justiça: tende misericórdia de todos os homens que estão

agonizando e de mim quando me achar em igual situação: e pelos méritos de teu

preciosíssimo Sangue derramado para minha salvação, dá-me um pesar tão intenso

de meus pecados, que expire com ele no regaço de tua infinita misericórdia.

Senhor pequei, tende piedade e misericórdia de mim.

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Segunda Palavra

"Hoje estarás comigo no Paraíso" (Lc 23, 43)

Voltado para Ti, o Bom Ladrão

com fé implora tua piedade:

eu também de minha maldade

peço-te, Senhor, perdão.

Se ao ladrão arrependido

dás um lugar junto consigo,

eu também, já sem receio

a salvação hoje anseio.

Senhor e meu Deus, que por meu amor agonizou na Cruz e com tanta

generosidade correspondeu à fé do bom ladrão, quando no meio de tua

humilhação redentora te reconheceu como Filho de Deus, até chegar a assegurar-

lhe que naquele mesmo dia estaria contigo no Paraíso: tende piedade de todos

os homens que estão para morrer, e de mim quando me encontrar no mesmo

transe: e pelos méritos de teu sangue preciosíssimo, aviva em mim um espírito de

fé tão firme e tão constante que não vacile diante das sugestões do inimigo,

entregue-me à tua empresa redentora do mundo e possa alcançar cheio de

méritos o prêmio de tua eterna companhia.

Senhor pequei, tende piedade e misericórdia de mim.

Terceira Palavra

"Eis o teu filho: eis a tua Mãe" (Jo 19, 26)

Jesus em seu testamento à sua Mãe Virgem dá:

e quem poderá compreender de Maria o sentimento?

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Teu filho quero ser,

sede Tu minha Mãe, Senhora:

pois minha alma desde agora

com teu amor vai florescer.

Senhor e meu Deus, que por meu amor agonizou na Cruz e, aliviando-me de teus

tormentos, deixaste-me com amor e compreensão tua Mãe dolorosa, para que

em sua companhia acudisse eu sempre a Ti com maior confiança: tende

misericórdia de todos os homens que lutam com as agonias e angústias da morte,

e de mim quando me vir em igual momento; e pelo eterno martírio de tua mãe

amantíssima, avive em meu coração uma firme esperança nos méritos infinitos de

teu preciosíssimo sangue, até superar assim os riscos da eterna condenação, tantas

vezes merecida por meus pecados.

Senhor pequei, tende piedade e misericórdia de mim.

Quarta Palavra

"Deus meu, Deus meu, por que me abandonaste?" (Mt 27, 46)

Desamparado se vê

de seu Pai o Filho amado,

maldito sempre o pecado

que disto a causa foi.

Quem queira consolar

a Jesus em sua dor,

diga na alma: Senhor,

pesa-me: não vou mais pecar.

Senhor e meu Deus, que por meu amor agonizou na Cruz e tormento após

tormento, além de tantas dores no corpo, sofreu com invencível paciência a mais

profunda aflição interior, o abandono de teu eterno Pai; tende piedade de todos

os homens que estão agonizando, e de mim quando me encontre também em

agonia; e pelos méritos de teu preciosíssimo sangue, conceda-me que sofra com

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paciência todos os sofrimentos, solidões e contradições de uma vida a teu

serviço, entre meus irmãos de todo o mundo, para que sempre unido a Ti em

meu combate até o fim, compartilhe contigo, bem perto de Ti, teu triunfo eterno.

Senhor pequei, tende piedade e misericórdia de mim.

Quinta Palavra

"Tenho sede" (Jo 19, 28)

Sede, o Senhor diz que tem;

para poder mitigar a sede que assim lhe faz falar,

dar-lhe lágrimas convém.

Dar-lhe fel, já se viu: prova-o, mas não o bebe.

Como posso almejar que Cristo prove o fel do meu pecar?

Senhor e meu Deus, que por meu amor agonizou na Cruz, e não contente com

tantos opróbrios e tormentos, desejou padecer mais para que todos os homens se

salvem, já que só assim ficará saciada, em teu divino Coração, a sede de almas;

tende piedade de todos os homens que estão agonizando e de mim quando

chegar a essa mesma hora; e pelos méritos de teu preciosíssimo sangue, conceda-

me tal ardor de caridade para contigo e para com tua obra redentora universal,

que só se aplaque com o desejo de me unir a Ti por toda a eternidade.

Senhor pequei, tende piedade e misericórdia de mim.

Sexta Palavra

"Está consumado" (Jo 19,30)

Com firme voz anunciou Jesus, ensangüentado,

que do homem e do pecado

a redenção consumou.

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E cumprida sua missão,

Cristo já pode morrer,

e a mim abrir seu coração

para em seu peito viver.

Senhor e meu Deus, que por meu amor agonizou na Cruz, e do alto de seu

amor, e de verdade, proclamaste que já estava concluída a obra da redenção,

para que o homem, filho da ira e da perdição, fosse filho e herdeiro de Deus;

tende piedade de todos os homens que estão agonizando, e de mim quando me

achar nesses instantes; e pelos méritos de teu preciosíssimo sangue, faze que em

minha entrega à obra salvadora de Deus no mundo, cumpra minha missão sobre a

terra, e ao final de minha vida, possa tornar realidade em mim o diálogo desta

correspondência amorosa: Tu não pudeste fazer mais por mim; eu, embora a

distância infinita, tampouco pude fazer mais por Ti.

Senhor pequei, tende piedade e misericórdia de mim.

Sétima Palavra

"Pai, em tuas mãos entrego meu espírito." (Lc 23, 46)

A seu eterno Pai, já o espírito encomenda;

se minha vida não se emenda,

em que mãos parará?

Nas tuas, a partir de agora,

minha alma ponho, meu Jesus;

vou guardá-la junto à Cruz

para minha última hora.

Senhor e meu Deus, que por meu amor agonizou na Cruz e aceitou a vontade de

teu eterno Pai, resignando em suas mãos teu espírito, para inclinar depois a

cabeça e morrer; tende piedade de todos os homens que sofrem as dores da

agonia, e de mim quando chegar esse teu chamado; e pelos méritos de teu

preciosíssimo sangue concede-me que te ofereça com amor o sacrifício de minha

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vida em reparação de meus pecados e faltas e uma perfeita conformidade com tua

divina vontade para viver e morrer como melhor te agrade, sempre com minha

alma em tuas mãos.

Senhor pequei, tende piedade e misericórdia de mim.

Oração Final

1 Pai Nosso

1 Ave Maria

1 Glória

SÁBADO SANTO

Durante o Sábado Santo a Igreja permanece junto do sepulcro do Senhor,

meditando a sua paixão e morte, a sua descida aos infernos e esperando na

oração e no jejum a sua ressurreição.

Recomenda-se com insistência a celebração do oficio da leitura e das Laudes.

Neste dia a Igreja abstém-se absolutamente do sacrifício da missa. A sagrada

Comunhão só pode ser dada como viático.

Oração Pessoal

Oração inicial

Ó Virgem Fiel, ensina-nos a, escondidos nas chagas de teu Filho, sermos

enterrados e sepultados com o Cristo que morreu por nossas iniquidades.

Olhando para nossa vida, mostra-nos como enterrar aquilo que ocupa o espaço

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do Salvador e faz-nos tirar, das profundezas de nossa alma, as virtudes que

merecem ser ressuscitadas junto com Jesus. Amém.

Meditação

Silêncio. Escuridão. Vazio. Não há um evangelho para meditar. Não há

Eucaristia. Não há liturgia. Hoje existe apenas um grande silêncio em um dia

envolto em escuridão.

O que existe é apenas uma luz, tão intensa que nos quatro cantos do universo se

podem ver seus raios: é o coração imaculado de Maria.

A Santíssima Virgem Maria sustenta a fé da Igreja neste dia em que o nosso

amado Jesus está morto.

Ontem, depois do episódio da Cruz e do sepultamento de seu filho, Maria

voltou para sua casa, acompanhada de Madalena e de João. Quão lento e

amargante deve ter sido este caminho para a Virgem que, com muita delicadeza e

piedade, segurava seu manto encharcado do preciosíssimo sangue do Cristo.

Que cena dolorosa.

Enfim, chegando em casa, Nossa Senhora entra, para na entrada, contempla

aquele lugar que seu Jesus celebrou sua última Páscoa e deixou o memorial do

seu Corpo e do seu Sangue. Aquele mesmo sangue que ele ofereceu em

alimento cai no chão, ainda do manto da Virgem. E lá esta Ela, abaixando-se e

limpando em profunda adoração. O que Maria pode ter feito depois? Que

forma melhor de amar a Deus nesta imensurável dor do que se entregando a

oração?

A terra proporciona à Maria o mais perfeito retiro: toda a criação está em

silêncio. E então, o sussurro da Virgem é ouvido. Ao ver padecer seu próprio

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filho, não poderia então não se compadecer dele. Não poderia, então, se encher

da amargura e da dor de ter visto diante de si, morto, aquEle a quem nada

desagradou mais do que o pecado da ingratidão e da indiferença dos homens.

Neste hora, até João já foi embora. Todos os 11 partiram sem rumo, sem

direção. Os pilares da Igreja parecem ter se arruinado. Seu fundador está morto

e aqueles, escolhidos para lhe suceder, acovardaram.

Aquele sábado é somente de Maria. Aquela Luz que irradia toda a criação é a

fé de Maria que gera em seu coração e mantém viva a Igreja. Sim, aquele

coração triunfa sobre a falsa vitória que a morte quer mostrar. É Maria que, no

silêncio, sabe que nada está perdido e que aquela dor será transformada na maior

alegria de toda a eternidade. Maria exerce sua santa paciência e, a cada

momento, intensifica a oferta de suas dores em um ato de fé tão vivo que aquela

luz vai tomando forma e encandeando ainda mais a sombria criação.

João já longe sente essa claridade e reencontra o caminho. Esta luz alcança Tiago

e Felipe. Alcança André. Vai atingindo a cada um dos Apóstolos. Por fim, esta

Luz alcança de uma forma tão grande Pedro que ele quando se dá conta, já está

ao lado de Maria. As trevas não podem suportar o poder das lágrimas e da alma

rasgada de Maria, que se torna a alma mais forte entre todas as outras e é capaz

de guiar a Santa Igreja naquele momento em que tudo parecia estar perdida. A

Igreja se reúne sendo aquecida pelo coração flamejante da Rainha do Céu e

Senhora do mundo. O frio, a dor e o medo desaparecem e dão lugar a um grito

de esperança.

O teu Coração triunfará, Maria. A Virgem sente definitivamente que aquelas

dores não foram em vão: Nossa Senhora sente a aurora da Ressurreição se

aproximando no horizonte.

Rainha das Dores

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Guarda-me para sempre

Em teu ventre, ó Maria

Virgem pia

Aceite ser minha mãe

Clemente e Gloriosa

Rainha de todas as dores

Maria, aceite ser minha mãe

Guarda-me para sempre

Em teu ventre, ó Maria

Virgem pia

Aceite ser minha mãe

Clemente e Gloriosa

Rainha de todas as dores

Maria, tu és a dona do meu Coração

És a mulher da criação

A esperança da Igreja

A alegria do cristão

És a mais bela das mulheres

A grande mãe de Deus

Em ti vivemos e choramos

Eis aqui um consagrado teu

Teu Coração reinará, ó Maria

E nem a miséria da minh'alma impedirá

Tuas pegadas, ó Virgem

Pra sempre serão a esperança da Igreja na Terra

Tu és a força e a dor no Calvário

Quem desejou sem poder ter a Cruz

Com teu manto e teu véu encharcados do Sangue de Deus

Oração final

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Senhor, dai-nos uma fé inabalável como a da Santíssima Virgem que permaneceu

de pé neste sábado santo, numa certeza de que a Ressureição viria. Tirando as

traves de nossos olhos, mostra-nos o que precisa ser ressuscitado e revigorado.

Faz brotar em nossos corações uma vida nova na graça. Faz brotar um novo ardor

e uma chama que não se apague até que cumpra os Teus desígnios em nossas

vidas. Amém.

Meditação sobre o Sábado Santo

De uma antiga Homilia no grande Sábado Santo

(PG43,439.451.462-463)

(Séc.IV)

A descida do Senhor à mansão dos mortos

Que está acontecendo hoje? Um grande silêncio reina sobre a terra. Um grande

silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei está dormindo;

a terra estremeceu e ficou silenciosa, porque o Deus feito homem adormeceu e

acordou os que dormiam há séculos. Deus morreu na carne e despertou a mansão

dos mortos.

Ele vai antes de tudo à procura de Adão, nosso primeiro pai, a ovelha perdida.

Faz questão de visitar os que estão mergulhados nas trevas e na sombra da morte.

Deus e seu Filho vão ao encontro de Adão e Eva cativos, agora libertos dos

sofrimentos.

O Senhor entrou onde eles estavam, levando em suas mãos a arma da cruz

vitoriosa. Quando Adão, nosso primeiro pai, o viu, exclamou para todos os

demais, batendo no peito e cheio de admiração: “O meu Senhor está no meio

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de nós”. E Cristo respondeu a Adão: “E com teu espírito”. E tomando-o pela

mão, disse: “Acorda, tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te

iluminará.

Eu sou o teu Deus, que por tua causa me tornei teu filho; por ti e por aqueles

que nasceram de ti, agora digo, e com todo o meu poder, ordeno aos que

estavam na prisão: ‘Saí!’; e aos que jaziam nas trevas: ‘Vinde para a luz!’; e aos

entorpecidos: ‘Levantai-vos!’

Eu te ordeno: Acorda, tu que dormes, porque não te criei para permaneceres na

mansão dos mortos. Levanta-te dentre os mortos; eu sou a vida dos mortos.

Levanta-te, obra das minhas mãos; levanta-te, ó minha imagem, tu que foste

criado à minha semelhança. Levanta-te, saiamos daqui; tu em mim e eu em ti,

somos uma só e indivisível pessoa.

Por ti, eu, o teu Deus, me tornei teu filho; por ti, eu, o Senhor, tomei tua

condição de escravo. Por ti, eu, que habito no mais alto dos céus, desci à terra e

fui até mesmo sepultado debaixo da terra; por ti, feito homem, tornei-me como

alguém sem apoio, abandonado entre os mortos. Por ti, que deixaste o jardim do

paraíso, ao sair de um jardim fui entregue aos judeus e num jardim, crucificado.

Vê em meu rosto os escarros que por ti recebi, para restituir-te o sopro da vida

original. Vê na minha face as bofetadas que levei para restaurar, conforme à

minha imagem, tua beleza corrompida.

Vê em minhas costas as marcas dos açoites que suportei por ti para retirar de teus

ombros o peso dos pecados. Vê minhas mãos fortemente pregadas à árvore da

cruz, por causa de ti, como outrora estendeste levianamente as tuas mãos para a

árvore do paraíso. Adormeci na cruz e por tua causa a lança penetrou no meu

lado, como Eva surgiu do teu, ao adormeceres no paraíso. Meu lado curou a dor

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do teu lado. Meu sono vai arrancar-te do sono da morte. Minha lança deteve a

lança que estava dirigida contra ti.

Levanta-te, vamos daqui. O inimigo te expulsou da terra do paraíso; eu, porém,

já não te coloco no paraíso mas num trono celeste. O inimigo afastou de ti a

árvore, símbolo da vida; eu, porém, que sou a vida, estou agora junto de ti.

Constituí anjos que, como servos, te guardassem; ordeno agora que eles te

adorem como Deus, embora não sejas Deus.

Está preparado o trono dos querubins, prontos e a postos os mensageiros,

construído o leito nupcial, preparado o banquete, as mansões e os tabernáculos

eternos adornados, abertos os tesouros de todos os bens e o reino dos céus

preparado para ti desde toda a eternidade”.

7 dores de Nossa Senhora Início:

Credo - Pai Nosso - 3 Ave Marias

Oração inicial:

Virgem Dolorosíssima, seríamos ingratos se não nos esforçássemos em contemplar

vossas dores. O próprio Senhor promoveu a devoção às imensas dores

transpassadas em teu amabilíssimo coração pelas graças particulares que nos seriam

alcançadas: uma sincera penitencia, oportunos auxílios, o socorro em todas as

necessidades e perigos.

Alcançai-nos, Senhora, de Vosso Divino Filho, um coração ardentemente

desejoso de aprofundar-se nos sentimentos de fé, esperança e caridade,

enquanto com um sincero abandono, meditamos as vossas dores.

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PRIMEIRA DOR:

Pela dor que sofrestes ao ouvir a profecia de Simeão, de que uma espada

transpassaria vosso coração, Virgem das Dores, infunde em nós a vossa dor!

Pai Nosso, 7 Ave Marias

Jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso

filho, Jesus Cristo.

SEGUNDA DOR:

Pela dor que sofrestes quando fugistes para o Egito, apertando ao peito virginal

o menino Jesus, para salvar das fúrias do impio Herodes, Virgem Imaculada,

infunde em nós a vossa dor!

Pai Nosso, 7 Ave Marias

Jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso

filho, Jesus Cristo.

TERCEIRA DOR:

Pela dor que sofrestes no momento da perda do menino Jesus por três dias,

Santíssima Senhora, infunde em nós a vossa dor!

Pai Nosso, 7 Ave Marias

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Jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso

filho, Jesus Cristo.

QUARTA DOR:

Pela dor que sofrestes quando viste teu Santíssimo Filho com a Cruz no ombro, a

caminho do Calvário, Virgem Fiel, infunde em nós a vossa dor!

Pai Nosso, 7 Ave Marias

Jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso

filho, Jesus Cristo.

QUINTA DOR:

Pela dor que sofrestes ao assistir a morte de Jesus, crucificado entre dois ladrões,

Mãe do Jesus Crucificado, infunde em nós a vossa dor!

Pai Nosso, 7 Ave Marias

Jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso

filho, Jesus Cristo.

SEXTA DOR:

Pela dor que sofrestes quando recebestes em vossos braços o corpo inanimado

de Jesus, descido da Cruz, Mãe do coração transpassado, infunde em nós a

vossa dor!

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Pai Nosso, 7 Ave Marias

Jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso

filho, Jesus Cristo.

SÉTIMA DOR:

Pela dor que sofrestes quando o Corpo de Jesus foi depositado no sepulcro,

ficando vós na mais triste solidão, Mãe do Cristo Redentor, infunde em nós a

vossa dor!

Pai Nosso, 7 Ave Marias

Jaculatória: Ó Mãe de Misericórdia, lembrai-nos sempre das dores de vosso

filho, Jesus Cristo.

Salve Rainha

Oração Final: Ó Rainha do Mártires, vosso coração muito sofreu. Eu vos

imploro pelo mérito das lágrimas que chorastes durante esses períodos tristes e

terríveis, que concedeis a mim e a todos os pecadores do mundo a graça de nos

arrependermos sincera e verdadeiramente. Amém.

Reza-se três vezes a jaculatória: Ó Maria, que foi concebida sem pecado e

sofreu por todos nós, rogai por nós!

Diário de Maria

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Adriana Arydes

Olho nos teus olhos

E em meio a tanto pranto

Parece mentira que o crucificaram

Que és o pequeno, que eu embalei

Que adormecia tão logo em meus braços

Aquele que sorria ao olhar o céu

E quando rezava ficava sério

Sobre este madeiro vejo o pequeno

Que entre os doutores falava no Templo

Que quando perguntei, respondeu com calma

Que se encarregava dos assuntos de Deus

Esse mesmo menino que está na cruz

O Rei dos homens se chama Jesus

Esse mesmo homem já não era um menino

Quando naquelas bodas lhe pedi mais vinho

Que alimentou tantas pessoas

E aos pobres e enfermos os olhou de frente

Sorriu com aqueles a quem tanto amou

E chorou em silêncio ao morrer seu amigo

Já cai a tarde, o céu fica nublado

Logo voltarás ao teu Pai eterno

Dorme pequeno, dorme meu menino

A quem eu entreguei todo meu carinho!

Como em Nazaré, naquela manhã:

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"Eis aqui tua serva

Eis aqui tua escrava"

VIGILIA PASCAL

Para a grande Vigília, prepare uma vela e um recipiente com uma considerável

quantidade de água para ser abençoada. Esta água será utilizada em outros

momentos e pode ser usada por todos os familiares.

Após a Celebração da Vigília, pode-se aspergir toda a residência com a água

abençoada, acompanhaNdo a vela acessar. Ao final, reza-se a Antífona

Mariana.

V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.

R. Socorrei-me sem demora.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Ressuscitei, ó Pai, e sempre estou contigo: pousaste sobre mim a tua mão, tua

sabedoria é admirável, aleluia!

Oração: Ó Deus, por vosso filho unigênito, vencedor da morte, abristes hoje

para nós as portas da eternidade. Concede que, celebrando a ressurreição do

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Senhor, renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova. Por

Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo

Porque Ele vive

Deus enviou seu Filho amado

Pra perdoar, pra me salvar

Na cruz morreu por meu pecado

Mas ressurgiu e vivo com o Pai está

Porque Ele vive, posso crer no amanhã

Porque Ele vive, temor não há

Mas eu bem sei, eu sei, que a minha vida

Está nas mãos de meu Jesus, que vivo está

E quando, enfim, chegar a hora

Em que a morte enfrentarei

Sem medo, então, terei vitória

Irei à Glória, ao meu Jesus que vivo está

Porque Ele vive, posso crer no amanhã

Porque Ele vive, temor não há

Mas eu bem sei, eu sei, que a minha vida

Está nas mãos de meu Jesus, que vivo está

Porque Ele vive, posso crer no amanhã

Porque Ele vive, temor não há

Mas eu bem sei, eu sei, que a minha vida

Está nas mãos de meu Jesus, que vivo está

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Regina caeli

Rainha do céu, alegrai-vos! Aleluia!

Porque quem merecestes trazer em vosso seio. Aleluia!

Ressuscitou como disse! Aleluia!

Rogai a Deus por nós! Aleluia!

℣. Exultai e alegrai-Vos, ó Virgem Maria! Aleluia!

℟. Porque o Senhor ressuscitou verdadeiramente! Aleluia.

Oremos.

Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o mundo com a

Ressurreição do Vosso Filho Jesus Cristo, Senhor Nosso,

concedei-nos, Vos suplicamos, que por sua Mãe, a Virgem

Maria, alcancemos as alegrias da vida eterna. Por Cristo,

Senhor Nosso. ℟. Amém.

DOMINGO DE PÁSCOA

Compasso Pascal

O Compasso Pascal é como é chamada a Visita Pascal em Portugal. Esta visita é

uma antiga tradição ainda existente em muitos lugares, na qual o Pároco visita as

famílias e anuncia a Ressurreição do Senhor, sendo este momento de muita festa e

alegria. Propomos uma adaptação onde o chefe da família ou outra pessoa

presente possa conduzir, com a participação de todos. Após o Evangelho,

pode-se aspergir a residência com a água da Celebração de ontem.

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V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.

R. Socorrei-me sem demora.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.

V. O nosso cordeiro pascal, Jesus Cristo, já foi imolado.

Celebremos, assim, esta festa na sinceridade e verdade

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo João 20,1-9

No primeiro dia da semana, Maria Madalena foi ao túmulo de Jesus, bem de

madrugada, quando ainda estava escuro, e viu que a pedra tinha sido retirada do

túmulo. Então ela saiu correndo e foi encontrar Simão Pedro e o outro discípulo,

aquele que Jesus amava, e lhes disse: 'Tiraram o Senhor do túmulo, e não

sabemos onde o colocaram.' Saíram, então, Pedro e o outro discípulo e foram ao

túmulo. Os dois corriam juntos, mas o outro discípulo correu mais depressa que

Pedro e chegou primeiro ao túmulo. Olhando para dentro, viu as faixas de linho

no chão, mas não entrou. Chegou também Simão Pedro, que vinha correndo

atrás, e entrou no túmulo. Viu as faixas de linho deitadas no chão e o pano que

tinha estado sobre a cabeça de Jesus, não posto com as faixas, mas enrolado

num lugar à parte. Então entrou também o outro discípulo, que tinha chegado

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primeiro ao túmulo. Ele viu, e acreditou. De fato, eles ainda não tinham

compreendido a Escritura, segundo a qual ele devia ressuscitar dos mortos.

Palavra da Salvação.

Leitor: Cristo ressuscitou. Aleluia! Aleluia!

Todos: Aleluia! Aleluia!

Leitor: Cristo vive para sempre, no meio de vós. Aleluia! Aleluia!

Todos: Aleluia! Aleluia!

Leitor: Cristo encha de alegria e de paz esta família. Aleluia! Aleluia!

Todos: Aleluia! Aleluia!

Leitor: Senhor Jesus, vivo e ressuscitado, ao festejarmos, nesta casa, a alegria da

Páscoa, dá-nos as mãos e os passos livres, para irmos ao encontro da Tua grande

família, reunida, cada domingo, à mesa da Eucaristia. Aleluia! Aleluia!

Todos: Aleluia! Aleluia!

Depois destas orações aspergir a casa com água benta

Ressuscitou

(Comunidade Shalom)

Novo dia surgiu

E o povo que andava nas trevas viu

Uma intensa Luz, Teu clarão

Tua Glória

A resplandecer,

Novo povo a trilhar

Um caminho aberto por Tuas mãos

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Obra nova enfim já podemos ver, nova criação

somos nós este povo alcançado por Tua Luz

Fruto da Tua obra na Cruz

O Senhor Nosso Deus

Que merece o Louvor, todo nosso amor

É o Rei que venceu, ao Cordeiro

A Vitória, Poder, Honra e Glória (2x)

Ressuscitou, Ressuscitou

Um só povo, um só corpo, um só canto pra Teu louvor

Tua Igreja, Tua Esposa celebra o Teu amor

Soberano, Majestoso

Glorioso, Vencedor

Todos juntos, povo em festa

Banquete que não findará

Anúncio Vespertino da Ressurreição do Senhor

Este Evangelho relembra a aparição de Jesus aos discípulos de Emaús na tarde

do Domingo de Páscoa. É proposta sua leitura nas Missas celebradas hoje neste

horário. Adaptamos para uma breve celebração familiar. Reunida a Família, lê-se

o Evangelho e rezam-se as preces. Se as Vésperas forem rezadas, este Evangelho

pode ser usado no lugar da Leitura Breve. Se as Vésperas não forem rezadas,

pode-se aspergir a residência com a água abençoada ontem, enquanto canta-se.

V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.

R. Socorrei-me sem demora.

Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.

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Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

R. Aleluia, Aleluia, Aleluia.

V. Senhor Jesus, revelai-nos o sentido da Escritura, fazei o nosso coração arder

quando nos falardes

Evangelho

Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas 24,13-35

Naquele mesmo dia, o primeiro da semana, dois dos discípulos de Jesus iam

para um povoado, chamado Emaús, distante onze quilômetros de Jerusalém.

Conversavam sobre todas as coisas que tinham acontecido. Enquanto

conversavam e discutiam, o próprio Jesus se aproximou e começou a caminhar

com eles. Os discípulos, porém, estavam como que cegos, e não o

reconheceram. Então Jesus perguntou: 'O que ides conversando pelo caminho?'

Eles pararam, com o rosto triste, e um deles, chamado Cléofas, lhe disse: 'Tu és

o único peregrino em Jerusalém que não sabe o que lá aconteceu nestes últimos

dias?' Ele perguntou: 'O que foi?' Os discípulos responderam: 'O que

aconteceu com Jesus, o Nazareno, que foi um profeta poderoso em obras e

palavras, diante de Deus e diante de todo o povo. Nossos sumos sacerdotes e

nossos chefes o entregaram para ser condenado à morte e o crucificaram. Nós

esperávamos que ele fosse libertar Israel, mas, apesar de tudo isso, já faz três dias

que todas essas coisas aconteceram! É verdade que algumas mulheres do nosso

grupo nos deram um susto. Elas foram de madrugada ao túmulo e não

encontraram o corpo dele. Então voltaram, dizendo que tinham visto anjos e que

estes afirmaram que Jesus está vivo. Alguns dos nossos foram ao túmulo e

encontraram as coisas como as mulheres tinham dito. A ele, porém, ninguém o

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viu.' Então Jesus lhes disse: 'Como sois sem inteligência e lentos para crer em

tudo o que os profetas falaram! Será que o Cristo não devia sofrer tudo isso para

entrar na sua glória?' E, começando por Moisés e passando pelos Profetas,

explicava aos discípulos todas as passagens da Escritura que falavam a respeito

dele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, Jesus fez de conta

que ia mais adiante. Eles, porém, insistiram com Jesus, dizendo: 'Fica conosco,

pois já é tarde e a noite vem chegando!' Jesus entrou para ficar com eles.

Quando se sentou à mesa com eles, tomou o pão, abençoou-o, partiu-o e lhes

distribuía. Nisso os olhos dos discípulos se abriram e eles reconheceram Jesus.

Jesus, porém, desapareceu da frente deles. Então um disse ao outro: 'Não estava

ardendo o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, e nos explicava as

Escrituras?' Naquela mesma hora, eles se levantaram e voltaram para Jerusalém

onde encontraram os Onze reunidos com os outros. E estes confirmaram:

'Realmente, o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão!' Então os dois contaram o

que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o

pão.

Palavra da Salvação.

Esposo Ressuscitado

Comunidade Católica Shalom

Caminhávamos tristes, sem direção

Sob o peso da morte e da dor

Mas Tu entras em nossas Estradas e conosco caminhas

O que era escuro e sem vida, A vida recebe de Ti

Tua palavra expulsa a frieza Em nossos corações

Tua presença abrasa o nosso ser

Tu escolhes conosco permanecer,

Nossos olhos se abrem

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E não há mais noite se o Sol Da Justiça está entre nós

Permanece conosco, Pão da Vida, nossa Paz

Ó Cordeiro Imolado, nosso Céu!

Permanece conosco, Pão da Vida, nossa Paz

Ó Cordeiro Imolado, nosso Céu!

Ó Esposo Ressuscitado!

Bendito fruto que pendeu Da árvore da Cruz!

Ó Esposo Ressuscitado!

Em Ti toda a nossa vida, todo o Nosso coração se refaz!

Permanece conosco, Pão da Vida, nossa Paz

Ó Cordeiro Imolado, nosso Céu!

Permanece conosco, Pão da Vida, nossa Paz

Ó Cordeiro Imolado, nosso Céu!

Ó Esposo Ressuscitado!

Bendito fruto que pendeu Da árvore da Cruz!

Ó Esposo Ressuscitado!

Em Ti toda a nossa vida, todo o Nosso coração se refaz!

Ó Deus, por vosso Filho Unigênito, vencedor da morte, abristes hoje para nós

as portas da eternidade. Concedei que, celebrando a ressurreição do Senhor,

renovados pelo vosso Espírito, ressuscitemos na luz da vida nova. Por nosso

Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Meditação de Páscoa

Hoje é o dia mais solene do ano: é a Páscoa!

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Aquele que vimos envolto em sangue, tomado pelas dores da morte na Sexta-

feira, Aquele que velamos respeitosamente no silêncio da morte no Sábado,

agora proclamamo-Lo Ressuscitado, Vivo, Vitorioso!

Hoje pela manhã, “quando ainda estava escuro”, nossas irmãs foram ao túmulo e

encontraram-no aberto e vazio! Elas correram apavoradas: foram contar ao nosso

líder, Simão Pedro. Ele foi também ao túmulo com o outro discípulo, aquele a

quem Jesus amava: viram as faixas de linho no chão... O túmulo estava vazio...

O que acontecera? Roubaram o corpo? Os judeus levaram-no? Que houve?

Que ocorrera?

Na tarde de hoje, dois outros irmãos nossos estavam voltando para Emaús, sem

esperança nenhuma: voltavam para sua vida de cada dia; estavam deixando a

Comunidade dos discípulos, a Igreja que ia nascer: Jesus morrera, tudo acabara,

a esperança fora embora... Mas, um Desconhecido começou a caminhar com

eles, e lhes falava sobre tudo quanto a Escritura havia predito a respeito do

Messias: Sua pregação, Suas dores, Sua derrota, Sua morte, Sua vitória final... E

o coração daqueles dois começou a encher-se de nova esperança, a arder de

alegria! Eles, agora, começavam a compreender: tudo quanto havia acontecido

com Jesus não fora simplesmente um cego absurdo, uma loucura, um sinal de

maldição! Tudo fazia parte de um incrível projeto de amor do Pai: “Será que o

Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na Sua Glória?” E, o que é mais

impressionante: ao sentarem-se à mesa, o Desconhecido tomou a iniciativa, não

esperou o dono da casa: pegou o pão e deu graças, partiu-o.... Coisa

impressionante, irmãos: os olhos daqueles dois se abriram, e eles o reconheceram:

era Jesus! Jesus vivo! Jesus reconhecido nas Escrituras e no partir o pão! Como

mais uma vez, acontecerá agora, nesta Missa! Os dois voltaram, imediatamente a

Jerusalém e, lá, a alegria foi maior ainda: os apóstolos confirmaram: “Realmente,

o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão Pedro!”

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Irmãos, por esta fé nós vivemos, por esta fé somos cristãos, por esta fé

empenhamos a vida toda! Neste Dia santíssimo, Jesus entrou na Glória do Pai.

Nós continuamos aqui; Ele já não mais está preso a dia algum, a tempo algum, a

limitação alguma: Ele entrou na Eternidade de Deus, na plenitude do Seu Deus e

Pai! Irmãos, escutai: a Morte, hoje, foi vencida! Jesus abriu o caminho, Jesus

atravessou o tenebroso e doloroso mar da Morte, Jesus entrou no Pai! Jesus

“passou”, fez Sua Páscoa!

Mas, não só: Ele fez isso por nós, por cada um de nós: “Vou preparar-vos um

lugar... a fim de que, onde Eu estiver, estejais vós também” (Jo 14,2-3). Ele,

que morrera da nossa Morte, tem agora o poder de nos dar a Sua vitória. Para

isso, irmãos, Ele nos deu, no Batismo, o Seu Espírito de ressurreição, o mesmo

no qual o Pai O ressuscitou na madrugada de hoje!

Irmãos, eis a Páscoa de Cristo e nossa! Na certeza desta Vida nova, renovemos

nossa própria vida! “Se ressuscitastes com Cristo, esforçai-vos para alcançar as

coisas do Alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus!” Vivamos uma Vida

nova em Cristo! Crer na Sua Ressurreição, viver Sua Vida de ressuscitado é, já

agora, viver numa perspectiva nova, viver com o olhar a partir da Eternidade. São

Paulo nos diz, para a Festa de hoje: “Cristo, nosso Cordeiro pascal, foi imolado.

Celebremos a Festa, não com o velho fermento, nem com o fermento da maldade

ou da perversidade, mas com os pães sem fermento de pureza e de verdade”. É

o pão sem fermento, pão ázimo, da Eucaristia que vamos comer daqui a pouco;

pão que é o próprio Cordeiro imolado, Cordeiro pascal, Cordeiro que tira o

pecado do mundo! Nós vamos entrar em comunhão com Ele, vivo e vencedor!

Irmãos, Irmãs!

Pelo dia de hoje, não mais tenhamos medo do pecado, da maldade e da morte!

Pela festa deste hoje bendito, abramos nosso coração a Deus e aos irmãos!

Pela Páscoa que estamos celebrando, perdoemo-nos, acolhamo-nos e demo-nos

a paz!

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Terminemos com as comoventes palavras da Liturgia Bizantina:

Dia da Ressurreição,

resplandeçamos, ó povos!

Páscoa do Senhor! Páscoa!

Cristo Deus nos fez passar

da morte à Vida, da terra ao Céu,

entoando o hino de Sua vitória!

Purifiquemos os sentidos e veremos

a Luz inacessível da Ressurreição

a Cristo resplandecente

que diz: Alegrai-vos!

Exultem os Céus e a terra.

Exulte o universo inteiro, visível e invisível:

Cristo ressuscitou. Alegria eterna!

Exultem os Céus e exulte a terra,

faça festa todo o universo

visível e invisível.

Alegria eterna,

porque Cristo ressuscitou!

Dia da Ressurreição,

resplandeçamos, ó povos:

Cristo ressuscitou dentre os mortos,

ferindo com Sua Morte a própria morte

e dando a Vida aos mortos em seus túmulos.

Ressurgindo do túmulo,

como havia predito

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Jesus nos deu a Vida eterna e a grande misericórdia!

Este é o Dia que o Senhor fez:

seja ele nossa alegria e nosso gozo!

Páscoa dulcíssima,

Páscoa do Senhor, Páscoa!

Uma Páscoa santíssima nos amanheceu.

Páscoa! Plenos de gozo,

abracemo-nos todos!

Ó Páscoa, que dissipas toda tristeza!

É o Dia da Ressurreição!

Irradiemos alegria por tal Festa,

abracemo-nos mutuamente

e chamemos de irmãos até àqueles que nos odeiam;

perdoemos-lhes tudo

por causa da Ressurreição,

e gritemos sem cessar dizendo:

Cristo ressuscitou dentre os mortos,

ferindo a morte com a Sua Morte

e dando a Vida aos mortos em seus túmulos!

Amados Irmãos, queridas Irmãs, Surrexit Dominus vere! O Senhor ressuscitou

verdadeiramente! Aleluia! Feliz Páscoa!

Dom Henrique Soares da Costa

TEMPO PASCAL

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A celebração da Páscoa continua durante o tempo pascal. Os cinqüenta dias

que vão do domingo da Ressurreição ao domingo de Pentecostes são celebrados

com alegria como um só dia festivo, antes como “o grande domingo”.

Regina Cœli

Regina caeli, laetare, alleluia:

Quia quem meruisti portare, alleluia,

Resurrexit, sicut dixit, alleluia:

Ora pro nobis Deum, alleluia.[1]

Rainha do céu, alegrai-vos! Aleluia!

Porque quem merecestes trazer em vosso

seio. Aleluia!

Ressuscitou como disse! Aleluia!

Rogai a Deus por nós! Aleluia!

℣. Gaude et laetare, Virgo Maria,

alleluia.

℟. Quia surrexit Dominus vere, alleluia.

Oremus.

Deus, qui per resurrectionem Filii tui

Domini nostri Iesu Christi, mundum

laetificare dignatus es: praesta,

quaesumus, ut, per eius Genetricem

Virginem Mariam, perpetuae capiamus

gaudia vitae. Per Christum, Dominum

nostrum. ℟. Amen.

℣. Exultai e alegrai-Vos, ó Virgem

Maria! Aleluia!

℟. Porque o Senhor ressuscitou

verdadeiramente! Aleluia.

Oremos.

Ó Deus, que Vos dignastes alegrar o

mundo com a Ressurreição do Vosso

Filho Jesus Cristo, Senhor Nosso,

concedei-nos, Vos suplicamos, que por

sua Mãe, a Virgem Maria, alcancemos as

alegrias da vida eterna. Por Cristo,

Senhor Nosso. ℟. Amém.

Benção antes e após as refeições no Tempo Pascal

Antes da refeição

D. Aproximando-se da aldeia para ode iam, Jesus fez como se fosse mais adiante.

Eles, porém, insistiram, dizendo: “Permanece conosco, pois cai a tarde e o dia já

declina”. Entrou, então, para ficar com eles. E, uma vez à mesa com eles, tomou o

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pão, abençoou-o, depois partiu-o e o deu a eles. Então seus olhos se abriram e o

reconheceram. Ele, porém, ficou invisível diante deles. E disseram um ao outro: “Não

ardia o nosso coração quando ele nos falava pelo caminho, quando nos explicava as

Escrituras?”

Ou

Jesus disse: “Por que estais perturbados e por que surgem tais dúvidas em vossos

corações? Vede minhas mãos e meus pés: sou eu! Tocai-me e entendei que um espírito

não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”. Dizendo isso, mostrou-

lhes as mãos e os pés. E como, por causa da alegria, não podiam acreditar ainda e

permaneciam surpresos, disse-lhes: “Tendes o que comer?” Apresentaram-lhe um

pedaço de peixe assado. Tomou-o então e comeu diante deles.

Ou

Deus ressuscitou Jesus de Nazaré ao terceiro dia e concedeu-lhe que se manifestasse,

não a todo o povo, mas às testemunhas designadas de antemão por Deus: a nós, que

comemos e bebemos com Jesus, depois que ressuscitou dos mortos. E ele nos mandou

proclamar ao povo e testemunhar que Deus o constituiu Juiz dos vivos e dos mortos.

D Deus, autor de toda a graça, que pela ressurreição do vosso Filho nos fizestes passar

da morte para a vida, abençoai a nós e aos alimentos que vamos tomar e fazei que

testemunhemos com as obras o que professamos com a fé. Por Cristo nosso Senhor.

T. Amém!

Depois da refeição

D. Cristo, nossa Páscoa, foi imolado

T. Celebremos com júbilo esta solenidade.

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D. Deus, fonte da vida, derramai em nossos corações a alegria pascal, e aos que

alimentastes com o pão da terra dai também a perseverança na vida nova,

realizada em nós pelo Cristo ressuscitado, que convosco vive e reina na unidade

do Espírito Santo.

T. Amém!

D. Com seu divino Filho

T. Proteja-nos a Virgem Mãe.