Cavalcanti, J. O. Como Analisar Riscos Operacionais de Uma ANM-V GLL de Produção Em Abientes de Augas Ultraprofundas

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riscos operacionais ANM

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  • COMO ANALISAR OS RISCOS OPERACIONAIS DE UMA ANM-V

    GLL DE PRODUO EM AMBIENTE DE GUAS

    ULTRAPROFUNDAS (PR-SAL)?

    Janailson O. Cavalcanti [email protected] UFRB Universidade Federal do Recncavo da Bahia Rua Rui Barbosa, 710, Centro

    44.380-000 Cruz das Almas Bahia

    Resumo: Este trabalho tem como intuito apresentar uma metodologia para a anlise dos riscos

    operacionais de um equipamento submarino de produo de petrleo. Diante do aumento no nmero

    de equipamentos submarinos, especialmente no de ANM (rvore de Natal Molhada), associado

    descoberta de grandes reservatrios complexos de produo de hidrocarbonetos na provncia do Pr-

    Sal e da necessidade de mo de obra especializada sobre este assunto, existe uma enorme

    preocupao dos rgos fiscalizadores brasileiros por um controle efetivo sobre os riscos

    operacionais desses sistemas de produo. Neste sentido, diante de condies extremas de operao e

    baseado na tcnica de confiabilidade FMEA (Anlise dos Modos de Falha e seus Efeitos),

    apresentada uma metodologia para a simulao da anlise de riscos de uma ANM-V GLL (rvore de

    Natal Molhada Vertical Guidelineless). Num formulrio de FMEA, que foi desenvolvido para este

    equipamento, foram registrados os possveis modos de falha e seus efeitos. O principal resultado deste

    trabalho que a tcnica FMEA, usada nessa anlise de risco, atende aos requisitos do regulamento

    tcnico SGSO (Sistema de Gerenciamento da Segurana Operacional) da ANP (Agncia Nacional do

    Petrleo). Como um meio documentado de registro de falhas, esta tcnica tambm auxilia na

    elaborao de planos de inspeo para sistemas de produo ANM-V GLL de guas ultraprofundas.

    Por fim, o resultado da tcnica FMEA apresenta como limitaes o conhecimento do autor sobre o

    principio de funcionamento de cada componente que forma o sistema de produo submarino ANM-V

    GLL e a ausncia de dados de falha reais.

    Palavras Chave: Confiabilidade. Tcnica de FMEA. Equipamento Submarino de Produo de Petrleo. ANM (rvore de Natal Molhada). Pr-Sal.

    1. INTRODUO

    A crescente demanda no Brasil pela instalao de novos equipamentos submarinos de

    produo de petrleo, associado descoberta de grandes reservatrios complexos de petrleo

    e gs, como os localizados na camada Pr-Sal com enormes riscos de explorao, gera uma

    constante preocupao dos rgos fiscalizadores brasileiros por um efetivo controle sobre os

    riscos de falha na fase de operao dos equipamentos crticos de segurana operacional.

    Diante desse cenrio e associado necessidade de mo de obra especializada sobre o assunto, este trabalho tem como finalidade apresentar uma tcnica para a avaliao dos riscos

    operacionais presentes num sistema de produo submarino ANM-V GLL, instalado em

    ambiente de guas ultraprofundas. Neste sentido, depois de uma abordagem terica sobre os

    conceitos: da ANM-V GLL (rvore de Natal Molhada Vertical Guidelineless), da descoberta

  • da Provncia do Pr-Sal e da anlise de risco, uma metodologia proposta para a anlise dos

    riscos operacionais desse equipamento submarino.

    2. ESTUDO DA RVORE DE NATAL MOLHADA ANM

    O estudo detalhado sobre a ANM rvore de Natal Molhada ser abordado.

    2.1 Definio da ANM rvore de Natal Molhada A ANM rvore de Natal Molhada um conjunto de vlvulas, tubos, acessrios e

    conexes localizados na cabea do poo. A orientao das vlvulas pode est no corpo

    vertical ou na sada horizontal da rvore de natal conforme mostrado na Figura 1. As vlvulas

    podem ser operadas por sinais eletro-hidrulicos, manualmente por mergulhador ou ainda por

    ROV Veiculo Operado Remotamente (tipo de rob submarino que realiza operaes em substituio do mergulhador), (BAI & BAI, 2010).

    Figura 1 A ilustrao da esquerda mostra a orientao horizontal das vlvulas e a da direita mostra a orientao vertical das vlvulas na ANM. Fonte: (BAI & BAI, 2010)

    Verifica-se que o posicionamento dessas vlvulas define dois tipos de rvore de natal

    molhada, a rvore de natal molhada vertical ou convencional e a rvore de natal molhada

    horizontal. A ANM rvore de Natal Molhada um equipamento submarino que fica instalado na cabea do poo submarino e permite o escoamento da produo de forma

    controlada do poo at a UEP Unidade Estacionria de Produo. A ANM um equipamento considerado como critico para a segurana operacional.

    2.2 Principais Funes da ANM - rvore de Natal Molhada

    As principais funes da ANM so apresentadas abaixo conforme (BAI & BAI, 2010):

    Direcionar o fluido produzido do poo at a flowline (neste caso, a ANM chamada rvore de natal de produo) ou permitir a injeo de gua ou gs para dentro da formao

    (neste caso, chamada rvore de natal de injeo);

    Regular a vazo de fluido produzido ou injetado por uma Choke (vlvula controladora de fluxo). Esta funo nem sempre obrigatria;

    Monitorar parmetros operacionais dos poos, tais como, presso de fluxo do poo, presso do anular, temperatura, deteco de areia, etc;

  • Parar seguramente o fluxo de fluido produzido ou injetado por meio de vlvulas atuadas por um sistema de controle;

    Injetar no poo ou na flowline (trecho esttico de duto submarino) fluidos de proteo tais como, inibidores de corroso e de preveno de hidratos e parafinas;

    2.3 Principais Tipos de ANM rvore de Natal Molhada De acordo com a configurao das vlvulas presentes na ANM apresentado a seguir

    dois tipos de equipamento. Existe a ANM-V rvore de Natal Molhada Vertical ou ANM-C rvore de Natal Molhada Convencional e a ANM-H rvore de Natal Molhada Horizontal.

    ANM-V rvore de Natal Molhada Vertical Na ANM-V as vlvulas mestras (Master 1 e Master 2) esto configuradas acima do

    suspensor de coluna (Tubing Hanger). Os poos submarinos equipados com a ANM-V so

    completados antes da instalao da ANM-V, ou seja, a coluna de produo instalada antes

    da ANM. A ANM-V em geral aplicada amplamente nos campos submarinos, devido sua

    flexibilidade de instalao e operao (BAI & BAI, 2010). A Figura 2 mostra o esquema

    tpico de uma ANM-V.

    Figura 2 Esquema Tpico de uma ANM-V. Fonte: (BAI & BAI, 2010)

    Verifica-se que os orifcios de produo e anular passam verticalmente por todo o corpo

    da rvore na ANM-V. Vlvulas mestras e vlvulas de pistoneio (Swab 1 e Swab 2) so

    tambm montadas verticalmente. O Tubing Hanger apoiado internamente na cabea do

    poo ou em uma Base Adaptadora de Produo (BAP). Desta forma, a ANM-V pode ser

    recuperada depois da fase de completao de subsuperfcie sem necessidade de remoo da

    coluna de produo (BAI & BAI, 2010). No entanto, para a retirada da coluna de produo

    obrigatria, previamente, a remoo da ANM-V.

    ANM-H rvore de Natal Molhada Horizontal Outro tipo de rvore de natal molhada rapidamente desenvolvida nos ltimos anos foi a

    ANM-H. As vlvulas so montadas nas sadas laterais, permitindo interveno simples no

    poo e recuperao do Tubing Hanger sem necessidade de remoo prvia da ANM-H. V

  • Figura 1 Esse conceito especialmente vantajoso para poos que precisam de um elevado

    nmero de intervenes. Vlvulas de pistoneio no so usadas na ANM-H desde que ela no

    tenha aplicao com (ESP Electrical Submersible Pump) bombas eltricas submersas. A caracterstica fundamental da ANM-H que o Tubing Hanger instalado no corpo da rvore,

    em vez da instalao na cabea de poo ou na BAP. Este arranjo exige que a ANM-H seja

    instalada na cabea do poo antes da fase de completao de subsuperfcie (BAI & BAI,

    2010). No Brasil, a ANM-H usada em poos produtores, os quais utilizam o bombeio

    centrfugo submerso (ESP) como mtodo de elevao artificial, e em alguns poos injetores

    de gua.

    De acordo com o modo de instalao da ANM e conexo das linhas de produo, servio

    e controle, a ANM pode ser do tipo (GARCIA, 1997):

    Diverless guidelineless (GLL): A ANM-GLL instalada em lminas d gua profunda (de 300m at 1.500m de profundidade) e ultraprofunda (acima de 1.500m de profundidade). A

    ANM GLL instalada em poos equipados com um SCPS (Sistema de Cabea de Poo

    Submarino) que no utiliza cabos-guias. Utiliza uma BAP (Base Adaptadora de Produo)

    que suporta as linhas de produo, servio e controle da ANM. Na ANM GLL a instalao

    das linhas de produo, servio e controle realizada usando o conceito de MCV (Mdulo de

    Conexo Vertical) onde as linhas de produo, servio e controle so conectadas diretamente

    na BAP atravs de operaes submarinas. A grande vantagem do MCV que melhora a

    produtividade de lanamento das linhas pela embarcao de apoio, alm de facilitar a logstica

    operacional da sonda e da embarcao de lanamento de linhas, pois desvincula as operaes

    de instalao da ANM (pela sonda) e de lanamento das linhas (pelo barco). A ANM-GLL o

    tipo de ANM mais avanada do mundo.

    2.4 Principais Componentes da ANM rvore de Natal Molhada Os componentes de uma ANM variam de acordo com projetos especficos, sendo

    exigidos em campos submarinos especficos. Os projetos das ANM variam de diversas

    formas: tipo de completao (simples, auxiliada por mergulhador, sem mergulhador ou sem

    cabo guia), objetivo da ANM (produo ou injeo), condies de servios (H2S, CO2, ou H2S

    e CO2), e assim por diante. Esses fatores afetaro a seleo do tipo de ANM, seus materiais de

    fabricao e o arranjo dos componentes (BAI & BAI, 2010).

    2.5 Princpio de Funcionamento da ANM-V GLL de Produo

    Para um melhor entendimento sobre o princpio de funcionamento da ANM-V GLL,

    so apresentadas as funes dos principais componentes das atuais ANM V GLL. Como a ANM-V GLL composta por uma associao de componentes, ento a partir deste momento,

    ser adotado neste trabalho o termo sistema ANM-V GLL. Os principais componentes do

    sistema de produo ANM-V GLL so apresentados abaixo:

    Corrosion Cap (Capa de corroso): Componente instalado no topo da ANM ou sobre a Tree Cap, cuja funo de proteo e isolamento das reas de vedao dos receptculos

    (GARCIA, 1997).

    Tree Cap (Capa da ANM): Componente cuja funo de interligar os controles da UEP e ANM durante as operaes de produo, alm de vedao contra entrada de gua do

    mar na ANM (BAI & BAI, 2010).

    ANM propriamente dita: Componente formado por um corpo de vlvulas do tipo gaveta com vedao metal/metal entre a gaveta e a sede. As vlvulas da ANM possuem

    atuadores mecnicos, controlado por ROV, e atuadores eletro-hidrulico controlado pela UEP

    (GARCIA, 1997). As vlvulas da ANM propriamente dita so:

    Production master valve (PMV): Vlvula mestra da produo (M1); Production swab valve (PSV): Vlvula de pistoneio da produo (S1);

  • Production wing valve (PWV): Vlvula lateral da produo (W1); Annulus master valve (AMV): Vlvula mestra do anular (M2); Annulus swab valve (ASV): Vlvula de pistoneio do anular (S2); Annulus wing valve (AWV): Vlvula lateral do anular (W2); Crossover valve (XOV): Vlvula de comunicao entre os orifcios do anular e da

    produo (XO);

    BAP Base adaptadora de produo: Componente que suporta as linhas de produo, servio e controle, nivelando-as em relao ANM. Este componente foi projetado a fim de

    proporcionar uma nova cabea de poo para o suspensor de coluna (Tubing Hanger) e ANM.

    Na BAP existe um bero que recebe e ancora o mandril das linhas de produo, servio e

    controle, permitindo que a ANM possa ser recuperada sem necessidade de recolher suas

    linhas (GARCIA, 1997). No Brasil, praticamente cerca de 95% dos poos submarinos, so

    instalados sistemas de produo do tipo ANM V GLL equipados com a BAP.

    Conventional tubing hanger (Suspensor de coluna convencional): Componente que possui um orifcio principal de acesso coluna de produo e outro orifcio de acesso ao

    anular. Fica localizado e travado na cabea do poo submarino ou na BAP, caso esta ltima

    esteja sendo utilizada. O uso de BAP a opo adotada nos poos submarinos brasileiros. As

    funes bsicas do tubing hanger so: suportar o peso da coluna de produo; vedar o anular

    entre o revestimento e a coluna de produo; fornecer acesso ao anular; fornecer uma

    interface com a ANM; permitir atravs de furos especficos: a entrada de fluido hidrulico

    para o controle da DHSV (Downhole Safety Valve ou vlvula de segurana de subsuperficie) e

    entrada de conectores de cabo eltrico para o monitoramento de temperatura e presso de

    fundo pelo PDG (Permanent Downhole Gauge) (BAI & BAI, 2010).

    Hydraulic Tree Connector (Conector hidrulico da ANM): Componente que permite a conexo e desconexo da ANM na cabea de poo. Seu acionamento hidrulico e sua

    vedao e do tipo metal/metal (GARCIA, 1997).

    MCV Mdulo de conexo vertical: Componente que tem a finalidade de conectar as linhas de produo, servio e controle na BAP. A ANM-V GLL possui trs MCV (GARCIA,

    1997).

    Pressure and Temperature Transmitters (Transmissores de presso e temperatura PTT): Componente montado na ANM com funo de monitoramento da presso e da

    temperatura do fluido produzido a partir do nvel da cabea de poo. Tanto o PTT

    (Transmissor de temperatura e presso) quanto o TT (Transmissor de temperatura) e o PT

    (Transmissor de presso) so instrumentos alimentados eletricamente que enviam sinais

    eltricos para a sala de controle da UEP (BAI & BAI, 2010).

    SCM - Subsea Control Model (Mdulo de controle submarino): Principal componente do sistema de controle montado na ANM com funo de interface entre o sistema de controle

    e a ANM. O SCM contm eletrnica, instrumentao e hidrulica para a operao eficiente e

    segura das vlvulas da ANM, Chokes e componentes Downholes (posicionados na coluna de

    produo). Normalmente possui no seu interior fluido dieltrico que atua como segunda

    barreira contra entrada de gua do mar. O SCM um componente independente e recupervel

    por meio de operao com ROV (BAI & BAI, 2010). importante destacar que nem todas as

    ANMs usadas em guas profundas e ultraprofundas possuem o SCM, pois em vrias ANMs

    utilizado um sistema de controle totalmente hidrulico, que dispensa a parte eletrnica de

    controle do SCM. Entretanto, para o desenvolvimento do Pr-Sal, est previsto o uso de SCM

    em todos os equipamentos submarinos.

    2.6 Sistema de Controle Eletro-Hidrulico Multiplexado da ANM de Produo

    Um sistema de controle submarino tpico opera vlvulas e chokes na ANM, manifold e

    dutos submarinos. Seu objetivo fundamental abrir e fechar vlvulas. No entanto, esse

  • sistema de controle tambm recebe e transmite dados entre a superfcie e o fundo do mar.

    Esses dados ajudam os engenheiros no monitoramento da produo atravs da indicao de

    temperatura, presso e deteco de areia do poo (BAI & BAI, 2010). Os elementos tpicos de

    controle incluem:

    Elementos Topside (instalados na superfcie): EPU (Unidade de Potncia Eltrica), HPU (Unidade de Potncia Hidrulica), MCS (Estao de Controle Mestre), etc.

    Elementos Subsea (instalados no fundo do mar): Umbilical eletro-hidrulico, SCM (Mdulo de Controle Submarino), etc.

    No sistema de controle eletro-hidrulico multiplexado a MCS (Estao de Controle

    Mestre) composta por um computador que se comunica com o microprocessador no SEM

    (Mdulo Eletrnico Submarino). O SEM o link de comunicao com a MCS e executa as

    funes de comando da MCS. O sistema de controle eletro-hidrulico multiplexado permite

    que vrios SCMs (Mdulos de Controle Submarino) fiquem conectados na mesma linha

    eltrica, hidrulica e de sinal. O resultado que vrios poos podem ser controlados por um

    simples umbilical, que conectado na unidade de distribuio submarina (SDU). Da SDU as

    conexes para poos individuais e SCMs so feitas por meio de jumpers de interligao (BAI

    & BAI, 2010). O sistema de controle eletro-hidrulico multiplexado possui custo elevado e

    por isso recomendado para campos complexos de produo, assim como os campos da

    camada Pr-Sal.

    Para abrir uma vlvula da ANM, o Operador da UEP manipula a MCS (Estao de

    Controle Mestre) para solicitar o movimento da vlvula. Uma mensagem codificada enviada

    da MCS para o SEM (Mdulo Eletrnico Submarino) que interpretar a mensagem e em

    seguida alimentar a vlvula solenoide apropriada. A alimentao da vlvula solenoide

    permite que o fluido hidrulico flua para o atuador da ANM abrindo a vlvula desejada.

    Durante o perodo em que no h operao de vlvula, o SCM (Mdulo de Controle

    Submarino) recebe do SEM (Mdulo Eletrnico Submarino) os dados recuperados dos

    sensores (ex.: monitoramento de temperatura e presso) montados na ANM que

    posteriormente so armazenados na memoria do SCM (BAI & BAI, 2010). As vlvulas da

    ANM so do tipo FSC (Fail Safe Close), ou seja, as vlvulas da ANM se fecham

    automaticamente em caso de falha no sistema de controle, garantindo o fechamento do poo em caso de falha na comunicao entre UEP e ANM (ex.: falha no umbilical de controle).

    3. ESTUDO DO PR-SAL

    O estudo sobre o Pr-Sal ser apresentado com destaque para a sua descoberta, as

    caractersticas do seu ambiente e os seus principais desafios para a indstria do petrleo e gs.

    3.1 Descoberta do Pr-Sal

    O Pr-Sal uma rea distante 300 km da costa brasileira e localizada a

    aproximadamente 7.000 metros de profundidade do nvel do mar. Possuindo

    aproximadamente 800 km de extenso e 200 km de largura, esta rea conhecida como a

    Provncia do Pr-Sal. O Pr-Sal brasileiro considerado a maior reserva mundial de petrleo

    descoberta nos ltimos 10 anos (DISCOVERY CHANNELL, 2013). Em 30/12/2004 foi

    escolhido um ponto dentro da rea da provncia do Pr-Sal, onde foi enviada uma sonda para

    a perfurao do poo Parati. Depois de 15 meses de perfurao, foi encontrado um

    reservatrio de Pr-Sal na profundidade de 7.600 metros. A perfurao do poo Parati custou

    240 milhes de dlares e na poca foi considerado o poo mais caro da historia mundial do

    petrleo.

    O poo pioneiro do Pr-Sal foi o poo de Tupi, sua perfurao foi iniciada em

    24/04/2006 atravessando uma camada de sal de aproximadamente 2.000 metros. Depois de 5

  • meses de perfurao a broca atingiu o reservatrio de Pr-Sal de Tupi, tendo neste caso uma

    reduo de trs vezes o tempo de perfurao do poo de Parati. O volume de petrleo e gs

    estimado em Tupi foi aproximadamente de 5 a 8 bilhes de barris. As reservas j descobertas

    na provncia do Pr-Sal totalizam cerca de 16 bilhes de barris, isto corresponde apenas a

    25% da rea total. As estimativas mais otimistas so de 120 bilhes de barris de petrleo e gs

    em toda a provncia do Pr-Sal (DISCOVERY CHANNELL, 2013).

    3.2 Caractersticas do Ambiente Pr-Sal

    Durante 15 meses uma UEP (Unidade Estacionria de Produo), plataforma do tipo

    FPSO (Floating, Production, Storage and Offloading) realizou um teste de longa durao

    (TLD) no campo de Tupi. Este TLD teve o objetivo de monitorar as condies de produo

    do reservatrio de Pr-Sal, a fim de justificar o desenvolvimento da produo do Campo de

    Tupi. O volume de petrleo e gs estimado no Campo de Tupi, (hoje rebatizado de Campo de

    Lula), foi aproximadamente de 5 a 8 bilhes de barris. O petrleo do Pr-Sal tem uma

    caracterstica que potencializa a corroso dos equipamentos de produo, pois existe nele uma

    grande quantidade de CO2 que quando associada a H2O, presente geralmente no reservatrio,

    gera um cido carbnico que altamente corrosivo. Baixa temperatura no fundo do mar, altas

    presses externas e baixa visibilidade so condies extremas do ambiente Pr-Sal. A

    diferena de temperatura, entre 150C no interior do reservatrio de petrleo e 4C no fundo

    do mar, associada presena de grande volume de gs, permite a formao de hidratos e

    parafinas nos equipamentos de produo. A formao de hidratos e parafinas nos

    equipamentos de produo afeta a garantia do escoamento, ou seja, diminuem ou

    interrompem a capacidade de escoamento do sistema de produo. As caractersticas do

    ambiente de Pr-Sal oferecem grandes riscos de acidentes, pois so condies extremas de

    operao e por isso qualquer falha, por menor que seja, pode gerar grandes impactos

    ambientais, como os acidentes ocorridos no Golfo do Mxico em abril de 2010 e no campo de

    Frade, na bacia de Campos, no Brasil, em novembro de 2011 (DISCOVERY CHANNELL,

    2013).

    3.3 Principais Desafios do Pr-Sal

    A descoberta do Pr-Sal coloca o Brasil como uma das maiores potncias energticas do

    mundo. Na atualidade o projeto do Pr-Sal considerado um dos maiores empreendimentos

    do mundo e so previstos 270 bilhes de dlares de investimento at o final de 2020. Estima-

    se que sero criados cerca de 2 milhes de empregos na cadeia do petrleo at 2020.

    Empregos que requerem todos os nveis de qualificao, do fundamental aos ps-doutores,

    acostumados a trabalhar nas fronteiras da tecnologia. Para atingir a meta de produo de

    petrleo e gs, definida pela Petrobras (operadora exclusiva das reservas do Pr-Sal), que de

    5,2 milhes de barris por dia at o final de 2020, a empresa ter o desafio de construir uma

    gigantesca estrutura de produo (PADUAN, 2012). O desafio de construir uma estrutura

    gigantesca de produo em to pouco tempo exige, das partes envolvidas no projeto Pr-Sal,

    muito esforo e planejamento durante cada fase de execuo. De acordo com (PADUAN,

    2012), dentro dessa estrutura gigantesca de produo, pode-se destacar a necessidade da

    construo de: 68 Navios-Plataforma, 65 Petroleiros, 361 Navios de Apoio, 65 Sondas de

    Perfurao, 22.080 km de Dutos Flexveis e 1725 rvores de Natal Molhada ANM.

    Para o desafio do Pr-Sal tornar-se uma realidade para o Brasil, ser tambm necessrio

    construir uma cadeia de empresas que vai sustentar sua explorao e comercializao.

    Especialistas apontam como os principais gargalos para atingir, em 2020, a meta de produo

    de leo e gs de 5,2 milhes de barris por dia:

  • A poltica de nacionalizao criada com a lei do contedo local;

    Falta de fornecedores de bens e servios que atendam as exigncias de qualidade dos equipamentos do Pr-Sal;

    Falta de mo de obra capacitada;

    Pouco tempo para construir uma gigantesca estrutura de produo;

    Altos impostos cobrados pelo governo brasileiro sobre bens e servios;

    O Regime de Partilha da Produo: modelo de explorao de petrleo e gs adotado pelo governo brasileiro exclusivamente para a provncia do Pr-Sal.

    4. ESTUDO DA TEORIA DA ANLISE DE RISCO

    O estudo sobre a teoria da anlise de risco ser realizado conforme abaixo.

    4.1 Conceito de Risco

    O conceito de risco expressa a combinao da probabilidade de ocorrncia de um

    evento anormal ou falha e a severidade das consequncias que o evento ou falha venha causar

    ao sistema, usurios ou ao meio (LAFRAIA, 2001). J a falha pode ser definida como sendo a

    impossibilidade de um sistema ou componente cumprir com sua funo no nvel especificado

    ou requerido (LAFRAIA, 2001). O risco tambm pode ser expresso matematicamente de

    acordo com a Equao 1:

    Risco = [(PO) x (D) x (SC)] (1)

    Onde:

    PO (Probabilidade de Ocorrncia): uma estimativa das probabilidades combinadas de ocorrncia de uma causa de falha, e dela resultar o tipo de falha no produto ou processo. Deve se estabelecer um ndice de ocorrncia para cada causa de falha. A Tabela 1

    sugere os critrios para o estabelecimento desse ndice. A probabilidade de ocorrncia pode

    ser classificada de maneira qualitativa usando uma escala de 1 a 10 conforme a Tabela 1.

    Tabela 1 Tabela de Probabilidade de Ocorrncia

    Probabilidade de Falha ndice ou Nota Taxa de Falhas

    Remota: A falha praticamente impossvel 1 < 1 em 106

    Baixa: Relativamente poucas falhas 2

    3

    1 em 20.000

    1 em 4.000

    Moderada: Falhas ocasionais

    4

    5

    6

    1 em 1.000

    1 em 400

    1 em 80

    Alta: Falhas repetidas 7

    8

    1 em 40

    1 em 20

    Muito Alta: Falhas quase que inevitveis 9

    10

    1 em 8

    1 em 4

    Fonte: (LAFRAIA, 2001)

    D (Deteco): o ndice que avalia a probabilidade da falha ser detectada antes que o produto chegue ao cliente ou as falhas afetem o sistema externamente. A probabilidade de

    deteco pode ser classificada de forma qualitativa usando uma escala de 1 a 10 conforme

    sugesto da Tabela 2.

  • Tabela 2 Tabela de Probabilidade de Deteco

    Probabilidade de Deteco ndice

    Muito Alta: A falha ser certamente detectada durante o processo de

    projeto/fabricao/montagem/operao

    1

    2

    Alta: Boa chance de determinar a falha 3ou 4

    Moderada: 50% de chance de determinar a falha 5ou 6

    Baixa: No provvel que a falha seja detectvel 7ou 8

    Muito Baixa: A falha muito improvavelmente detectvel 9

    Absolutamente Indetectvel: A falha no ser detectvel com certeza 10

    Fonte: (LAFRAIA, 2001)

    SC (Severidade das Consequncias): o ndice que deve refletir a gravidade do efeito da falha sobre o cliente, assumindo que o tipo de falha ocorra. A severidade de

    ocorrncia pode ser classificada de forma qualitativa usando uma escala de 1 at 10 conforme

    sugesto da Tabela 3.

    Tabela 3 Tabela de Severidade

    Severidade das Consequncias ndice

    Marginal: A falha no teria efeito real no sistema. O cliente provavelmente nem notaria a falha 1

    Baixa: A falha causa apenas pequenos transtornos ao cliente. O cliente notar provavelmente

    leves variaes no desempenho do sistema

    2

    3

    Moderada: A falha ocasiona razovel insatisfao no cliente. O cliente ficar desconfortvel e

    irritado com a falha. O cliente notar razovel deteriorao no desempenho do sistema

    4

    5

    6

    Alta: Alto grau de insatisfao do cliente. O sistema se torna inopervel. A falha no envolve

    riscos a segurana operacional ou o descumprimento de requisitos legais

    7

    8

    Muito Alta: A falha envolve riscos operao segura do sistema e/ou descumprimento de

    requisitos legais

    9

    10

    Fonte: (LAFRAIA, 2001)

    Observa-se que o resultado da Equao 1 um nmero que varia entre 1 e 1000. Esse

    resultado define o conceito de RPN (Risk Priority Number Nmero de Prioridade de Risco) que serve apenas para priorizar as aes de correo e melhoria no desenvolvimento de um

    projeto. As falhas com o maior RPN devero ser tratadas prioritariamente numa avaliao de

    risco (LAFRAIA, 2001).

    4.2 Tcnicas de Anlise de Risco

    O estudo da confiabilidade de produto, componente ou sistema oferece tcnicas para

    anlise de riscos. A confiabilidade pode ser definida como a probabilidade de um

    componente, equipamento ou sistema desempenhar sua funo sem falhas, por um perodo de

    tempo previsto, sob condies de operao especificadas (LAFRAIA, 2001). Uma das

    principais tcnicas de anlise de risco, dentro do contexto da confiabilidade e sob o aspecto

    qualitativo, a FMEA. A FMEA (Failure Mode and Effects Analysis ou Anlise dos Modos

    de Falha e seus Efeitos): uma tcnica de confiabilidade que tem como objetivos: reconhecer

    e avaliar as falhas potenciais que podem surgir em um produto ou processo; identificar aes

    que possam eliminar ou reduzir a chance de ocorrncia dessas falhas; e documentar o estudo,

    criando um referencial tcnico que possa auxiliar em revises e desenvolvimentos futuros do

    projeto ou processo (FOGLIATTO & RIBEIRO, 2009).

    A tcnica de FMEA pode ser aplicada em todo o ciclo de vida do produto, equipamento

    ou sistema. O ideal que essa tcnica de anlise de risco/falhas seja aplicada antes do evento

    indesejvel e no aps a ocorrncia da falha. Como o estudo da tcnica de FMEA apresenta

  • natureza cclica, pode ser interpretado como uma ferramenta para acompanhar as atividades

    de melhoria contnua de produtos, equipamentos ou sistemas. A tcnica de FMEA oferece

    melhores resultados quando desenvolvida por uma equipe multidisciplinar. Nessa equipe,

    podemos destacar representantes das reas de: Pesquisa e Desenvolvimento, Projeto,

    Confiabilidade, Qualidade, Produo/Manufatura, Manuteno, Fornecedores e Clientes. No

    entanto, possvel tambm o desenvolvimento da tcnica de FMEA pelo o esforo individual

    (FOGLIATTO & RIBEIRO, 2009).

    4.3 O Uso da FMEA na rea de Equipamentos Submarinos de Petrleo

    Na rea da engenharia de equipamento ou sistema submarino de petrleo existe uma

    necessidade continua de melhorar a confiabilidade e disponibilidade. A orientao que o

    engenheiro de confiabilidade se envolva no desenvolvimento do produto desde a fase inicial

    do projeto. A FMEA revela os pontos fracos do produto e assim fornece subsdios para

    atividades de melhoria continua. Alm disso, a FMEA auxilia na identificao e eliminao

    de possveis ocorrncias de falhas e fornece uma hierarquia de prioridade para aes de

    controle. A tcnica da FMEA tambm apresenta dois pontos fracos: no identifica a

    verdadeira razo do modo de falha e pode ser uma tarefa demorada (BAI & BAI, 2010). O

    estudo da tcnica de FMEA desenvolvido de modo sistemtico usando um formulrio de

    FMEA semelhante ao apresentado no Apndice A.

    5. DESENVOLVIMENTO

    Uma simulao da anlise de risco de uma ANM-V GLL de produo ser desenvolvida

    com uso de um formulrio de FMEA. Considera-se que esse sistema submarino de produo

    est instalado e operando em um campo de petrleo complexo, semelhante ao campo de

    produo de petrleo da camada Pr-Sal de Tupi. O resultado detalhado do estudo da tcnica

    de FMEA para o sistema ANM-V GLL est apresentado no Apndice A.

    6. CONSIDERAES FINAIS

    As principais concluses deste trabalho esto apresentadas abaixo:

    O estudo de FMEA realizado para o sistema ANM-V GLL atende as exigncias do regulamento tcnico SGSO (Sistema de Gerenciamento da Segurana Operacional) para

    instalaes martimas de perfurao e produo de petrleo e gs natural da ANP (Agncia

    Nacional do Petrleo);

    O formulrio de FMEA do sistema ANM-V GLL um meio documentado de encontrar registros de falhas operacionais, que pode ser solicitado por rgos fiscalizadores

    como a ANP e o IBAMA durante auditorias de campo, e que serve para o acompanhamento

    prioritrio das aes de controle sobre equipamentos crticos de segurana operacional;

    O registro dos dados de falhas no formulrio de FMEA pode auxiliar na elaborao de futuros planos de inspeo de sistemas submarinos ANM-V GLL;

    A metodologia apresentada neste trabalho para a anlise de risco do sistema ANM-V GLL pode ser tambm utilizada na anlise de outros equipamentos submarinos tais como

    Manifold, BOP (Blow Out Prevent) e sistemas de dutos submarinos;

    Uma nova anlise de risco operacional para o sistema ANM-V GLL poderia tambm ser desenvolvida, dispondo de um banco de dados de falhas reais e usando uma tcnica de

    anlise de risco quantitativa que usa os conceitos estatsticos da engenharia de confiabilidade.

    7. REFERNCIAS BIBLIOGRAFICAS

  • ANP. Regulamento Tcnico do Sistema de Gerenciamento da Segurana Operacional

    das Instalaes Martimas de Perfurao e Produo de Petrleo e Gs Natural.

    Disponvel em:

    . Acessado em: 05 fev. 2013.

    BAI, Yong; BAI, Qiang. Subsea Engineering Handbook. USA: Elsevier, 2010.

    DISCOVERY CHANNELL. O Desafio do Pr-Sal. Disponvel em:

    . You Tube: 2011. Acessado em: 05 fev.

    2013.

    FOGLIATTO, Flavio Sanson; RIBEIRO, Jos Luis Duarte. Confiabilidade e Manuteno

    Industrial. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.

    GARCIA, Jose Eduardo de Lima. A Completaco de Poos no Mar. Salvador: 1997.

    LAFRAIA, Joo Ricardo Barusso. Manual de Confiabilidade, Mantenabilidade e

    Disponibilidade. 1. ed. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2001.

    PADUAN, R. O Maior Desafio do Pas. Revista Exame. So Paulo, 27 jun. 2012.

    8. APNDICE

    O Apndice A apresenta um formulrio com a anlise de risco da ANM-V GLL.

    HOW TO ANALYZE THE OPERATIONAL RISKS OF AN ANM-V GLL

    PRODUCTION ENVIRONMENT IN ULTRA-DEEP WATER (PRE-

    SALT)?

    Abstract: This work has as main purpose to present a methodology for the analysis of operational

    risks of oil production subsea equipment. Given the increasing number of subsea equipment,

    especially in the WCT (Wet Christmas Tree), associated with the discovery of large complex

    reservoirs of oil and gas in the Pre -Salt province, and the need for skilled labor on this subject, there

    is a huge concern of Brazilian regulatory agencies for effective control over the operational risks of

    these subsea oil production. In this sense, considering the extreme conditions of operation and based

    on the reliability technique of FMEA (Failure Mode and Effect Analysis), a methodology is presented

    for the simulation of the risk analysis of WCT-V GLL (Wet Christmas Tree Vertical Guidelineless). In

    an FMEA form, which was developed for this submarine equipment, were recorded the possible

    failure modes and their effects. The main result is that the FMEA technique used in this risk analysis,

    meets the requirements technical regulation of OSMS (Operational Security Management System) of

    NPA (National Petroleum Agency). How is a middle of the documented record of failures, this

    technique can also be used for preparation of inspection plans for production systems deepwater

    WCT-V GLL. Finally, the result of the FMEA technique has limitations as the author's knowledge on

    the principle of operation of each component forming the subsea production system WCT-V GLL.

    Key words: Reliability. FMEA technique. Oil Production Subsea Equipment. WCT (Wet Christmas Tree). Pre-Salt.

  • APNDICE A: FORMULRIO DE FMEA PARA O SISTEMA DE PRODUO ANM-V GLL.

    Sistema: Descrio: [Produto/ Processo/Servio] Responsvel: Pgina: Data da FMEA

    Sistema Submarino de Produo de

    Petrleo ANM-V GLL

    FMEA de produto aplicada na fase de

    operao da ANM-V GLL Engenheiro Janailson O. Cavalcanti 1/1 Dezembro de 2013

    Cdigo/

    Componente Funo

    Modo de

    Falha Efeito da Falha

    Sev

    erid

    ad

    e

    Causa da Falha

    Oco

    rrn

    cia

    Meio de

    Deteco

    Det

    ec

    o

    RP

    N

    Ao Recomendada

    A1. Capa da ANM Interligar controles

    da UEP a ANM

    durante as atividades

    de workover;

    Falha ao abrir

    vlvula XO;

    Ausncia de

    limpeza nas

    linhas da ANM;

    5 Dano eletrnico no

    SCM;

    2 Sala de controle

    da UEP;

    5 50 Realizar testes

    peridicos de abrir

    vlvulas;

    A2. ANM

    propriamente dita

    Direcionar o fluido

    produzido do poo

    at a flowline;

    Parar com segurana

    o fluxo do poo;

    Entupimento;

    Falha ao fechar

    vlvula

    M1/travamento

    Perda de

    produo;

    Perda parcial de

    controle do poo;

    7

    5

    Formao de

    hidrato e parafina;

    7 Leitura de T e P

    do PTT na UEP;

    Registro de

    vazo pela

    choke;

    3 147

    105

    Injeo peridica de

    inibidores de hidrato

    e parafina;

    Informar falha ao

    fabricante do

    equipamento;

    A3. BAP - Base

    Adaptadora de

    Produo

    Suportar as linhas de

    produo, servio e

    controle;

    Falha de

    conexo

    Vazamento 10 Desalinhamento

    dos MCV na BAP;

    2 Inspeo por

    ROV

    5 100 Verificar

    procedimento de

    instalao dos MCV;

    A4. Tubing

    Hanger

    Suportar o peso da

    coluna de produo;

    Falha de

    conexo

    Vazamento 10 Desgaste no anel

    metlico do TH;

    2 Inspeo por

    ROV

    5 100 Informar falha ao

    fabricante do

    equipamento;

    A5. SCM -

    Mdulo de Controle

    Submarino

    Interface entre o

    sistema de controle e a ANM;

    Falha ao abrir

    vlvulas M1,

    S1 e DHSV;

    Poo parado;

    Falta de coman-

    do nas vlvulas da ANM;

    7 Defeito eletrnico no SCM;

    2 Sala de controle

    da UEP;

    5 70 Recuperao e insta-

    lao do SCM por ROV;

    A6. PTT -

    Transmissor de temperatura e

    presso

    Monitorar

    parmetros do fluido

    produzido no nvel

    da cabea de poo;

    Falha de

    controle das variveis T e

    P;

    Falta de leitura

    de T e P; 5 Umbilical

    danificado;

    2 Sala de controle

    da UEP;

    5 50 Verificar

    confiabilidade do umbilical de

    controle;

    A7. Conector

    Hidrulico

    Permitir a conexo/

    desconexo da ANM na cabea de poo;

    Falha de

    vedao

    Vazamento 10 Desgaste no anel

    metlico

    2 Inspeo por

    ROV

    5 100 Informar falha ao

    fabricante do

    equipamento;