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Castro Fernandes assinala dois anos de mandato em conferência de imprensa No aniversário dos dois anos de mandato, Castro Fernandes destacou os investimentos mais significativos, assinou o auto de consignação que permite o arranque da obra da iMOD (Incubadora de Moda e Design) e, depois de anunciar que a Câmara já recebeu do Estado o dinheiro da indemnização pela criação ilegal do concelho da Trofa, garantiu que o Município de Santo Tirso vai agora intentar uma acção contra o Município da Trofa para que este pague o que deve a Santo Tirso (vários milhões de euros).

Castro Fernandes assinala dois anos mandato em conferência de · pelouros etodos trabalhamos nes-se sentido. Temos vindo a tomar ... um dos maiores grupos do Norte. Temos empresas

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Castro Fernandes assinala dois anos de mandatoem conferência de imprensa

No aniversário dos dois anos de mandato, Castro Fernandes destacou os investimentos mais significativos, assinou o auto de consignação que permite o arranque da obrada iMOD (Incubadora de Moda e Design) e, depois de anunciar que a Câmara já recebeu do Estado o dinheiro da indemnização pela criação ilegal do concelho da Trofa, garantiuque o Município de Santo Tirso vai agora intentar uma acção contra o Município da Trofa para que este pague o que deve a Santo Tirso (vários milhões de euros).

CASTRO FERNANDES EM ENTREVISTANo aniversário dos dois anos

de mandato, Castro Fernandesdestacou os investimentos maissignificativos, assinou o autode consignação que permite o

arranque da obra da Incubadorade Moda e Design (IMOD) e, de-pois de anunciar que a Câmarajá recebeu do Estado o dinheiroda indemnização pela criaçãodo concelho da Trofa, garantiuque o município de Santo Tirsovai, agora, intentar uma acçãocontra o município da Trofa paraque este pague o que deve aSanto Tirso (vários milhões).

No passado dia 31 de Outubro,o presidente da Câmara Munici-

pal, Castro Fernandes, acompa-nhado pelos vereadores comáreas de gestão municipal — Luís

Freitas, Ana Maria Ferreira, JúliaMoinhos e José Pedro Machado— deu uma grande entrevista aosórgãos de comunicação sociallocais — transmitida, em directo,pela Rádio Voz de Santo Tirso

e, em diferido, pela Santo Tirso TV(onde pode ser visionada). Oautarca disponibilizou-se a res-ponder a todas as questões semreserva.

Antes de se colocar à disposi-ção dos jornalistas, CastroFernandes brindou este aniversá-rio com a assinatura de mais um

importante auto de consignação:o que permite o arranque imediatodas obras da Incubadora de Modae Design nas antigas instalaçõesda Fábrica do Teles: 2 milhões emeio de euros para recuperar cer-ca de 3.400 m2, destinados a um

espaço para as indústrias criati-

vas. O quarteirão cultural e indus-trial vai ser uma realidade e repre-senta a recuperação de cerca de 7mil metros quadrados e da nova

construção da frente de rio:

Incubadora de Empresas deBase Tecnológica — Já tem lá

instaladas 12 empresas fisicamen-

te, mais duas virtuais. Represen-tou um investimento de 2 milhõese meio de euros e recuperou cercade 1 .000 m2.

Nave Cultural e Industrial — Aobra já arrancou no passado dia 4de Outubro e com outros dois mi-lhões e meio de euros vamosrequalificar 2.200 m2.

IMOD — Arranca agora erevitalizará mais 3.400 m 2e re-presenta mais de 2 milhões e meiode euros.

Investimentos no Teles ultra-

passam os 8 milhões de euros erequalificam 7 mil metros quadra-dos de área mais a frente ribeiri-nha. Foram possíveis graças aosfundos comunitários a que noscandidatamos e que vencemos

graças à qualidade dos projectosapresentados.

Esta nova centralidade, queestá a ser criada no Teles e que vaidevolver o rio à cidade (a ligaçãoao rio está agora concretizada atra-vés do Parque Urbano da Rabadae vai ficar também através da an-tiga Fábrica do Teles), é possívelcom as candidaturas: Parceria de

Recuperação Urbana (PRU) e àOperação Norte 2.

Economiae investimento

Os investimentos referidos re-velam bem o nosso objectivo: aárea da economia e do investi-mento são transversais a todos os

pelouros etodos trabalhamos nes-se sentido. Temos vindo a tomaruma série de medidas de apoio àindústria e ao tecido empresarial,nomeadamente com a criação deum Gabinete de Apoio ao Investi-

dor, cpm a implementação da ViaVerde dos projectos de Investi-

mento, com a facilitação e

agilização de todo o processo delicenciamento (praticamos o

Simplex autárquico). Há ainda be-nefícios concedidos em sede debenefício fiscal, depois de aprova-ção da Câmara, Assembleia e Mi-nistério das Finanças, temos pre-visto a redução das taxas e das

licenças e procuramos ainda naárea da economia "Pagar a tempoe horas" — para o que tivemos umfinanciamento. Apoiamos váriasiniciativas: estamos naTirsoparques, na CentroTirso

(numa associação com a ACIST— Associação Comercial e Indus-trial de Santo Tirso), Rede daPortus Park e temos, ainda, gran-des projectos estruturantes: o

Contact Center da PT já tem 1 .000trabalhadores, o Golfe do ValePisão e felizmente há mais.

Temos aproveitado ao máxi-mo as candidaturas aos fundoscomunitários europeus. Aliás, emJunho, apresentei os valores con-seguidos através da Administra-

ção Central e para a Administra-

ção Local (cerca de 156 milhõesde euros). Temos apostado muito

nas candidaturas à OperaçãoNorte 2, à medida de empre-endedorismo tecnológico.

Aposta na formaçãoe economia social

A formação é outra das áreasonde investimos o nosso apoio.Temos escolas que são um verda-deiro exemplo na formação: a Es-cola Secundária de Tomaz Pelayo,a Escola Secundária de D. Dinis, aEscola Secundária de D. Afonso

Henriques, a Escola Agrícola Con-de de S. Bento e os nossos colé-

gios privados, como por exemploo Colégio das Caldinhas, com asescolas profissionais.

A chamada economia social éoutra das nossas áreas de

actuação de eleição. São muitosos investimentos feitos ao nível

público, IPSS'se privado. Dedes-

tacar, os investimentos na CAI D

(Cooperativa de Apoio e Integraçãodo Deficiente), na Associação deSolidariedade Social de S.Martinho do Campo, na ASSTIRde Rebordões, pelos Bombeiros

Voluntários, pelo próprio ASAS...tudo isto dinamiza a economia, apar de um conjunto de obras con-cluídas e em curso que represen-tam um forte incentivo para a eco-nomia local. Falo, por exemplo,

dos 1 1 milhões de euros investi-dos nos Centros Escolares, recor-do as obras nas Escolas Secundá-rias (só na D. Dinis e na TomazPelayo são quase 36 milhões de

euros) e é importante assinalartambém os investimentos feitos

no âmbito do Polis XXI (Programapara as Cidades) e do Inventar a

Cidade (Acções Inovadoras parao Desenvolvimento Urbano), querepresentam 1 milhão e meio deeuros investidos. Toda esta dinâ-mica está em curso, para um futu-ro melhor em Santo Tirso.

Está a haver umaalteração doparadigma industrialdo nosso concelho

Um mandato não se faz ape-nas cpm investimento público, mastambém privado e são muitos emSanto Tirso, ao contrário do quealguns querem fazer. crer. A

CERLAR, em Santa Cristina do

Couto, por exemplo. Um serviço

para a terceira idade, que ficou

logo preenchido na sua abertura.Outro em curso, de grande impor-

tância e um de maiores em toda aregião, é o Clube Sénior da TorreSénior, em Areias (10 milhões de

euros) — a economia não é sóindústria e têxtil. Temos aBORCOP (COPTÊXTIL) (de com-

ponentes automóveis) — emBurgães; a FINIECO, em SantaCristina do Couto; a DUX, grandegrupo sueco na área dos colchões,em Vila das Aves e em Sequeiro;a PENTAPLAST, em Água Longa,

que tem vindo a reforçar o seu

papel no nosso concelho; aCASFIL (com investimentos demuitos milhões de euros), em Viladas Aves; a INTERNORPLASTE,em Santo Tirso; a VIZELPLAS, eem Rebordões, a INTRAPLÁS.

E temos, ainda, a referir o Gru-

OS DOIS ÚLTIMOS ANOS DE MANDATO EM BALANÇOpo JMA, em S. Martinho do Cam-

po (um dos maiores grupos in-

dustriais têxteis do país); aARCGTÊXTIL em Santo Tirso —que, apesar da concorrência des-leal que tem sofrido, com aliberalização do comércio mun-

dial, fez com que os nossos em-

presários tivessem de concorrercom países onde não há regras,onde se pratica o dumping social,económicoeambiental.O dumpingsocial e económico na medida em

que em muitos desses países o

trabalhador não tem férias, nem

regalias algumas, trabalha 12 ho-

ras por dia ... O di/mp/ng amb\en-tal na medida em que não há re-

gras ambientais. A nossa indústriatêxtil e do vestuário resistiram aum grande ataque, como resulta-

do das más negociações entre a

Europa e o Oriente. Ainda assimtemos grandes grupos no nosso

concelho, como é o caso da Es-

tamparia Adalberto, que é umadas melhores da Europa, assim

como algumas das empresas quecitei têm dos melhores produtos anível internacional.

Na área do Turismo eTermalismo e apesar da crise, anossa hotelaria e restauração têm

crescido, abriram dois novos ho-

téis: o Hotel Santo Tirso e o Motel

Boraßora. Mantém-se a elevada

qualidade hoteleira do Hotel

Cidnay e as famosas Termas dasCaldinhas em Areias, além do járeferido Golfe de Vale Pisão, naárea do Turismo e do Desporto.

Também na área da constru-

ção civil e obras públicas temos

grandes empresas aqui instala-

das: a CONDURIL é uma dasmaiores do país e instalou-se, rer

centemente, em Água Longa; mastambém devo realçar uma outra

grande empresa têxtil, LMA, em

Rebordões, e, no ramo dos mate-

riais, a TERMOLAN (Vila das Aves,Santo Tirso); a FTB (Fábrica de

Tubos da Barca, em Vila das Aves)e a FIBROLITE.

A elencar ainda a COVIPOR,uma grande empresa na área da

transformação do vidro e o GrupoGalpFreitas, em Vila das Aves,

que é um dos maiores do país no

ramo dos transportes de produtospetrolíferos e outros derivados. Naárea das análises, há a realçar o

Laboratório Edgar Botelho Moniz,um dos maiores grupos do Norte.Temos empresas na área da ali-

mentação, o Grupo JerónimoMartins instalado na Zona Indus-trial de Fontiscos, conjuntamentecom muitas outras empresas,como a FACAL (estruturas metáli-

cas), realço, ainda, em Vila dasAves, a OFF-SPIN (têxtil de um

Grupo Italiano); na Palmeira, aManuel Fernando Azevedo, S.A.;na área do calçado, temos, em S.

Martinho do Campo, a MACOSMI.Em Santa Cristina, a indústria demobiliário e mobiliário de Cozi-nhas, a AYEME. E, em Santo Tirso,há a realçar uma grande gráfica, aNORPRINT. No centro da cidadee na área das novas tecnologiastemos a REDICOM. Na zona da

Agrela e Água Longa, têm-se fixa-do muitas indústrias. Também nachamada Zona Nascente do con-

celho, tem-se instalado pequenase médias indústrias em áreas

antigamente ocupadas por pavi-lhões têxteis e industriais. E, paraapoiar todos estes investimentose muitos outros que não é possí-vel, por serem muitos, aqui citar,

apesar de muito meritórios, foi

necessário criarem-se, em Santo

Tirso, serviços de apoio. Falo, porexemplo, da Loja do Cidadão de2. a Geração, que foi um aconteci-mento. São fundamentais e dão

as respostas que as pessoas pre-cisam.

Tive de abordar este temaeconómico porque é f ulcral. A com-

ponente privada é muito importan-te. Uma autarquia tem como fun-

ção dinam izar e apoiar a actividade

económica: em termos de

planeamento e urbanismo temos

vindo, através do nosso PDM, acriar zonas apropriadas para a fi-

xação de indústrias e temos, tam-

bém, apoiado a instalação de no-vas unidades em antigas indús-trias.

Estado pagouindemnizaçãoa Santo TirsoUm facto que marcou estes

dois anos de mandato foi sem dú-

vida, e após 1 0 anos de espera, o

pagamento ao nosso concelho da

indeminização a que o Tribunalcondenou o Estado Português.Santo Tirso já recebeu a verba a

que tinha direito. Ganhámos a

acção depois de lutar 10 anos emTribunal. Foi em 2001 que mete-mos o Estado em Tribunal.Ganhámos em 1. s Instância, na

Relação, no Supremo e o Estadoainda recorreu para o TribunalConstitucional, mas também aívencemos. Agora, foi reposta uma

injustiça. Os Tribunais reconhece-rem que a criação do concelho daTrofa foi uma ilegalidade. É curio-

so que os responsáveis políticos

pela divisão do nosso concelho,de Guimarães, de Loures, são

agora os mesmos que defendem afusão de concelhos. . . em dez anosmudou-se a teoria! Antigamente,queriam aumentar o número de

concelhos; hoje, querem diminuir.Entendo que temos a dimensão

normal, é a média da Europa. Penafoi que alianças conjunturais polí-tico-partidárias entre três partidostenham dividido o nosso conce-

lho, mas esta ilegalidade foi reco-nhecida pelos Tribunais.

Santo Tirso presente nosimportantes fóruns de

decisão

Santo Tirso reposicionou-se e

houve, nos últimos quatro anos,uma grande alteração daqueles

que são os objectivos regionais deSanto Tirso. Fizemos uma apostapara se integrar na Área Metropo-litana do Porto e recordo que naAssembleia Municipal só houve

uma abstenção na votação para a

integração da AMP. Hoje, temos a

vice-presidência da Junta Metro-

politana. Temos uma plataformade discussão e de análise que nos

permite uma maior ligação e apro-ximação aos governos. Em fun-

ção da nossa representação emdiversos e importantes fóruns con-

seguimos financiamentos aosquais não teríamos acesso. Noâmbito dessa nossa representa-ção, integramos, hoje, a Águas do

Noroeste e a RESINORTE (quetrata os resíduos sólidos urbanos),estamos representados naAssembleia Geral da Águas do

Noroeste e na Administração daRESINORTE. Como adepto quesou da regionalização, integramos,também, a Região Turismo Porto

e Norte."

Os serviços camaráriosestão todos certificados

Antes de passar às perguntase respostas Castro Fernandeselencou ainda áreas que sofreram

uma grande evolução nestes últi-

mos dois anos: a certificação de

todos os serviços da Câmara, a

continuação e reforço das visitasde proximidade que faz questãode fazer às freguesias, normal-mente aos sábados. Aliás, refira-

-se que no que diz respeito à

descentralização de competên-cias, Santo Tirso é um exemplo,sendo o município que mais ver-bas transfere para as freguesias(através de protocolos e de subsí-

dios) e mais investimentos faz nas

mesmas.

O presidente referiu, ainda, a

grande obra da Parceria para a

Regeneração Urbana (PRU) queestá em fase de conclusão: o per-curso pedonal, apelando a todos

para não o usarem por questõesde segurança. Assim que estejaconcluído será aberto à popula-ção — o que será muito em breve.Referiu que também espera parabreve a conclusão das obras de

beneficiação da Praça GeneralHumberto Delgado e Rua NunoÁlvares Pereira — assumindo quetem sido difícil concluir este

projecto, mas é uma situação queacontece quando são obras desta

envergadura, assegurou, dando

exemplos do passado que vale-

ram a pena e também noutros

municípios.

O alargamento da auto-estra-da A 3entre a Maia e Santo Tirso,

por pressão também da Câmara

Municipal de Santo Tirso, arran-

cou, mas Castro Fernandes anun-ciou que há problemas, porque aobra deveria terminar na rotunda

de Santo Tirso, mas parece haver

a hipótese desta última fase da

obra não ser feita, o que disse o

autarca lamentar. Assegurou es-tar a indagar da veracidade destas

informações, más ainda não teve

respostas concretas e garantiu quenão vai desistir.

A qualificação urbana foi tematambém nesta fase da entrevista,com o presidente a afiançar que amesma vai continuar, de uma for-

ma cautelosa, lamentando contu-do o facto de que quando se fazobras as mesmas são criticadas,

quando não há obras critica-se equando as obras se concluem ra-

pidamente são esquecidas!

A aposta na requalificação ur-

bana é importante, é uma das ma-trizes das cidades, pois dá quali-dade de vida e Santo Tirso tem

sido destacado em vários fóruns

por essa qualidade de vida. Rece-bemos, recentemente, a Bandeira

Verde, pela quarta vez. Na área da

Saúde, os nossos investimentos eda Administração Central estão adar frutos

A Cultura é outra grande apos-ta de que não abdicamos e onde o

município já "fez escola", com o

Festival Internacional de Guitarra,o Simpósio Internacional de Es-

cultura, a Poesia está na Rua ou

as Jornadas Culturais de Vila dasAves.

A aposta no Desporto está ma-terializada nos equipamentos, nos

apoios aos clubes ou nas acçõesque promove e que apoia.

A Educação e porque o anolectivo arrancou há pouco tempo é

um dos temas que foi já ampla-mente divulgado, mas que CastroFernandes assinalou também.

A Protecção Civil é também elauma ferramenta que faz de SantoTirso um bom sítio para morar,com um forte investimento na áreaflorestal.

A Revisão do PDM foi muito

importante, pois o planeamentourbano — com os planos de urba-

nização de pormenor — é um im-

portante instrumento de gestão ur-

banística (a qualidade dos espa-ços e a qualidade da habitaçãofizeram com que Santo Tirso nun-

ca fosse um dormitório) e tambémuma ferramenta essencial para as

questões de segurança, onde o

município também se destaca.Santo Tirso não tem problemas de

segurança, é o concelho mais se-

guro da Área Metropolitana do

Porto.

Continua na próxima semanaa segunda parte desta entrevista.

Vítor Silva

Algumas das obras mais emblemáticas do actual mandato

Algumas das obras mais emblemáticas do actual mandato