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Plano Local de Habitação de Interesse Social de Araraquara

Cartilha PHIS

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Cartilha PHIS - Plano Local de Habitação de Interesse Social de Araraquara

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Plano Local de Habitação de Interesse Social de

Araraquara

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Plano Local de Habitação de Interesse Social de

Araraquara

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Prefeitura MuniciPal de araraquara

Secretaria Municipal de Habitação de araraquara

Secretaria de desenvolvimento urbanoAlessandra de Lima

coordenadoria executiva de HabitaçãoEdélcio Tositto

equipe da coordenadoria executiva de Habitação

Gerente de Planejamento HabitacionalMaurício Ferreira Koyama

arquitetoCarlos R. Catojo Schivitaro

Gerente de cadastro e Gestão SocioeconômicaLilian C. Matheus de Godoy

Gerente de Moradia econômicaMaria da Penha B. Roger

agentes administrativos de Serviços PúblicosJussara L. PalomboReginaldo Bento

fiscais MunicipaisHelena Aparecida BragutePaulo Brasil NastriRosangela Oglair CintraSimone Maia

equipe técnica (PlHiS)Alessandra de LimaEdélcio TosittoLilian C. Matheus de GodoyMaurício Ferreira Koyama

colaboradores do ProjetoConselho Municipal de HabitaçãoCoordenadoria de Participação PopularSecretaria de Saúde – Agentes Comunitários Saúde

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\ Sumário

Apresentação ...................................................................................................................4

Participação ......................................................................................................................5

Diretrizes ............................................................................................................................6

Diretrizes Específicas .....................................................................................................7

Programa Agente da Casa ...........................................................................................9

Programa Banco de Informações ...........................................................................10

Programa de Desenvolvimento Institucional ....................................................11

Programa de Formação de Mão-de-obra para a Construção Civil .............12

Programa de Reutilização e Reciclagem de

Materiais da Construção Civil ...................................................................................13

Programa de Melhorias Habitacionais ..................................................................14

Programa de Provisão de Habitação em Lotes Dispersos .............................15

Programa de Habitação em Conjuntos Habitacionais ....................................16

Estrutura programática ..............................................................................................17

Processo de implementação ....................................................................................19

SERPHLIS ..........................................................................................................................20

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\ apresentaçãoO desenvolvimento do Plano Local de Habitação de Interesse Social de

Araraquara (PLHIS) teve início em meados de 2008 e percorreu três etapas de trabalho, sendo elas: 1 – Proposta Metodológica; 2 – Diagnóstico do Setor Habitacional; 3 – Estratégias de Ação.

Na Etapa 1 foram realizados os levantamentos preliminares, que consis-tiram no mapeamento da estrutura de gestão administrativa existente, das instituições locais e dos segmentos da sociedade civil, direta ou indiretamen-te vinculados com a produção de Habitação de Interesse Social (HIS), além do levantamento das ações de participação popular já em andamento por parte do poder público municipal. Em posse dessas informações, foi elabo-rada a concepção metodológica para o desenvolvimento do Plano, com as estratégias de articulação da equipe, as atividades e o cronograma previsto.

Já no Diagnóstico do Setor Habitacional, Etapa 2 do PLHIS, foram realizadas: a caracterização físico-geográfica e econômica do município, a caracteriza-ção socioeconômica da demanda por HIS, a identificação e qualificação da estimativa de volume de investimentos na produção de HIS, identificando as possibilidades e alternativas existentes para a provisão, o levantamento e a análise dos instrumentos e ações públicas realizadas no município, além da referência dos moradores, realizada por consultas populares sobre a qualida-de habitacional de Araraquara.

Na Etapa 3, Estratégias de Ação, levando-se em conta os apontamen-tos do diagnóstico realizado, foram definidas as diretrizes e os objetivos do Plano, os programas e as ações que ele contempla, as metas e fontes de fi-nanciamento, assim como os mecanismos de monitoramento, avaliação e revisão do PLHIS.

A proposta do Plano indica uma reformulação ampla na postura em re-lação à produção de HIS em Araraquara, apresenta a necessidade de maior aproximação entre a proposição dos programas e a realidade do município, de forma a garantir a habitação de qualidade que é um direito de todo o ci-dadão araraquarense. Essa publicação pretende apresentar em linhas gerais as diretrizes, os programas e a estrutura de funcionamento do PLHIS.

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\ ParticipaçãoDurante a elaboração do PLHIS a equipe técnica entrou em contato com

diversos setores da estrutura administrativa da Prefeitura Municipal de Ara-raquara, que têm relação direta ou indireta com o planejamento habitacional do município. Em todas as etapas de desenvolvimento do PLHIS, foram rea-lizadas reuniões que pretenderam dar espaço de participação à população araraquarense. Logo na Etapa 1, momento de elaboração da estrutura me-todológica, ainda no início do trabalho, foi realizada uma reunião com o Conselho Municipal de Habitação.

Durante a Etapa 2 – Diagnóstico Habitacional, foi realizada, primeiramente, uma reunião com o Conselho do Orçamento Participativo (COP) e, posterior-mente, uma com os Agentes de Saúde do Programa Saúde da Família, em função do contato destes com o interior das habitações nas regiões em que atuam. Já na Etapa 3 – Estratégias de Ação, foram realizados dois seminários abertos à população que tiveram como objetivo apresentar e discutir o de-senvolvimento do Plano em diferentes momentos.

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\ diretrizesAs informações levantadas para a produção do diagnóstico do setor

Habitacional, realizado para a elaboração do PLHIS, que compõem a carac-terização das condições de habitação na cidade de Araraquara, contribuíram para a concepção de Diretrizes Gerais do Plano, que são:

• dar conta de um território fragmentado pela realização pragmática dos in-teresses imobiliários, que instituíram e estruturaram segmentos urbanos pra-ticamente autônomos entre si e portadores de precariedades que se fazem sentir, por um lado, pelo modo como se situam isolados no território e, por outro, pelo fato de abrigarem inúmeras situações de péssimas condições construtivas e de habitabilidade (bolsões de isolamento periféricos);

• uma funcionalidade que resulte de um processo paulatino de ajustamen-to da máquina pública municipal (Secretaria de Desenvolvimento Urbano e sua Coordenadoria de Habitação); de mobilização, capacitação e formação de agentes da sociedade civil para a gestão e operação compartilhada da política setorial; e de composição e articulação de variadas fontes de recur-sos financeiros, pretendendo também a otimização dos fundos investidos e a articulação entre políticas setoriais;

• e uma articulação de recursos humanos e jurídico-institucionais para o de-senvolvimento de uma rede de ações interrelacionadas que não envolvam al-tos custos operacionais para a administração pública municipal.

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EIXO 1 CONTENÇÃO DA EXPANSÃO TERRITORIAL URBANA (a idéia de uma “cidade compacta”)

Aspectos do Diagnóstico

1 Alta incidência de lotes vagos, regulares e pulverizados no território2 Baixíssima ocorrência de assentamentos irregulares e precários3 Baixo crescimento populacional4 Instrumental insuficiente para identificação e monitoramento da demanda5 Falta de política de gestão de terras6 Padrão de expansão urbana favorecendo a conformação de “bolsões de isolamento periféricos”

Diretrizes programáticas específicas

1 Ocupar vazios e lotes urbanos2 Evitar ampliação do perímetro urbano e dos bolsões de periferia3 Implementar política de produção, gestão e análise da informação4 Estimular o adensamento de áreas já dotadas de infra-estrutura

EIXO 2 APRIMORAMENTO DA QUALIDADE URBANA

Aspectos do Diagnóstico

1 Insuficiência no transporte coletivo urbano2 Poucas áreas verdes na periferia3 Não implementação das AEIS e outros instrumentos do PD4 Dificuldades para a efetiva mediação entre interesses públicos e privados na regulação do mercado imobiliário

Diretrizes programáticas específicas

1 Promover condições para ampliar a vitalidade urbana nos bolsões (transporte/equipamentos/lazer/áreas verdes)

2 Articular ações entre Secretarias e Planos Setoriais

3 Atuar de forma pulverizada no território a fim de atenuar a precariedade habitacional e urbana

4 Compatibilizar e articular instrumentos de regulação que concorrem para aprovação e gestão de HIS

5 Monitorar e agenciar recursos práticos para manter a plena dotação de infra-estrutura nas áreas de concentração de HIS

\diretrizes específicas

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EIXO 3 APRIMORAMENTO DA QUALIDADE HABITACIONAL

Aspectos do Diagnóstico

1 Condições precárias de habitabilidade (projeto, materiais, área mínima e salubridade)2 Maioria da demanda atual vive em casas alugadas ou cedidas3 Condição construtiva “aparentemente” boa4 Unidades habitacionais em conjuntos em situação irregular

Diretrizes programáticas específicas

1 Articular mecanismos específicos de produção, gestão e análise de dados sobre condições de habitabilidade e fundiária de HIS em Araraquara

2 Priorizar atendimento a moradores de aluguel, em casas cedidas e em condições precárias3 Estruturar mecanismos de atendimento aos mutuários de Conjuntos habitacionais promovidos por outros agentes4 Promover, de forma geral, melhorias nas condições de habitabilidade, tanto no estoque produzido pela

PMA como em moradias particulares e/ou moradias autoconstruídas5 Manter e ampliar condições de produção de HIS (unidades novas) para o atendimento mínimo do

crescimento absoluto da demanda6 Promover ações preventivas para manutenção de condições adequadas de habitação

EIXO 4 DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL

Aspectos do Diagnóstico

1 Infra-estrutura da Coordenadoria insuficiente2 Baixa representatividade do CMH3 Falta de articulação interssecretarial4 Baixa % de recursos para HIS na receita municipal5 Falta de articulação programática na Coordenadoria6 Inexistência de Lei de HIS

Diretrizes programáticas específicas

1 Promover a ampliação da capacidade institucional de ação sem superdimensionamento das estruturas permanentes

2 Aperfeiçoar a operacionalidade da estrutura institucional existente3 Ampliar e aperfeiçoar a infra-estrutura de apoio às ações4 Promover plano específico de ampliação progressiva do volume de recursos orçamentários para HIS5 Atribuir funções deliberativas ao CMH em relação à implementação e ao monitoramento dos programas

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\ Programa agente da casa

JustificativaTendo em vista a dificuldade de se identificar e qualificar com precisão a demanda atual por Habitação de Inte-resse Social em Araraquara, o Programa Agente da Casa pretende introduzir uma sistemática de identificação, análise e monitoramento da situação habitacional das possíveis famílias integrantes dessa demanda. Por isso, correspondendo à diretriz específica de atuar de forma pulverizada, porém integrada, o Programa Agente da Casa corresponderá à base da política habitacional aqui proposta para o município, na medida em que estabelecerá a ponte entre a demanda real e os programas habitacionais da Secretaria.

conceitoPrograma para estruturação de sistemática de identificação, análise e monitoramento de informações sobre a si-tuação das Habitações de Interesse Social no município de Araraquara.

Objetivo geralIdentificar e qualificar com precisão informações sobre lotes, vazios urbanos (público e privado), imóveis e de-manda atual por novas unidades e por qualificação de Habitação de Interesse Social em Araraquara.

Objetivos específicos• DotaraCoordenadoriadeHabitaçãocominformaçõesatuaisefactíveissobreasituaçãohabitacionaldaci-dade de Araraquara para subsidiar as ações dos Programas de forma mais precisa e para que elas estejam inseri-das na Política Habitacional proposta.• EstruturaraCoordenadoriadeHabitação,comrecursostécnicos,humanosefinanceiros,paraomonitora-mento continuado da situação habitacional da cidade de Araraquara e para implementação dos Programas pro-postos pela Política Habitacional.• Desenvolvertrabalhodeformaçãoecapacitaçãodejovens,doensinomédio,dasperiferiasdacidadedeAra-raquara, em relação aos conhecimentos sobre habitação, construção, cidade, informatização e atividades coleti-vas, como cooperação e autogestão, a fim de auxiliar as atividades correlatas da Prefeitura no desenvolvimento humano e nas possibilidades de inserção no mercado de trabalho.

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\ Programa Banco de informações

conceitoPrograma de fomento para a constituição de um sistema de gerenciamento de informações sobre Habitação de Interesse Social no município de Araraquara, contendo dados sobre: lotes, vazios urbanos – públicos e privados, imóveis e demanda para HIS.

Objetivo geralDesenvolverumbancodedadoscomasinformaçõesproduzidaspelostécnicosdaCoordenadoriaepelosAgen-tes da Casa sobre lotes, vazios urbanos (públicos e privados), imóveis e demanda para HIS, a fim de dar base para que a Coordenadoria possa definir com precisão e objetividade as ações dos programas da Política Habitacional.

Objetivos específicos• DotaraCoordenadoriadeHabitaçãodeestrutura informatizadaadequada ,cominformaçõesatuaisquepermitam a análise de dados e o monitoramento continuado da situação habitacional da cidade de Araraquara.• Produzirinformaçõesdeinteressepúblicoquedialoguemcomonovosistemainformatizadoegeoreferencia-do da Prefeitura de Araraquara, permitindo o uso das informações produzidas pela Coordenadoria de Habitação de forma interssecretarial.

JustificativaA partir da identificação e qualificação com precisão da demanda atual por Habitação de Interesse Social em Arara-quara, por meio do Programa Agente da Casa, faz-se necessário um sistema de gerenciamento dessas informações que permita a Coordenadoria de Habitação analisar os dados e balizar suas ações.

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\ Programa de desenvolvimento institucional

conceitoPrograma de desenvolvimento institucional para aprimorar a capacidade operacional da instância da administração municipal, encarregada da problemática da Habitação de Interesse Social.

Objetivo geralEstruturaraCoordenadoriadeHabitaçãoparaimplementaroPlanoHabitacionalproposto,sendoins-titucionalmente estabelecida como unidade orçamentária, com recursos rubricados no Orçamento Mu-nicipal.

Objetivos específicos• ContratarfuncionáriosparaanovaestruturaprogramáticadaCoordenadoria(semsuperdimensionamento).• CapacitarocorpodefuncionáriosdaCoordenadoriadeHabitaçãoparaaprimorareadequarsuasfunçõesànova estrutura programática (novo fluxo e nova rotina operacional).• ImplementarosCentrosTécnicos(CTs)comoinstânciasdeintermediaçãodaCoordenadoriacomasregiõesda cidade.

JustificativaCom o estabelecimento de um processo de capilarização das ações no território, tendo em vista a condição pulveri-zadaemqueseránecessárioatuar,asestruturasoperacionaisdaSecretariadeDesenvolvimentoUrbano,emtermosgerais, e da Coordenadoria de Habitação, em particular, terão que ser redimensionadas e reorientadas para a ade-quada implementação dos programas e das ações.

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\ Programa de formação de Mão-de-Obra para construção civil

Objetivo geralRealizar cursos de formação e capacitação de mão-de-obra para tornar os trabalhadores da construção mais qua-lificados e melhorar a qualidade das construções realizadas por profissionais e por autoconstrutores no município de Araraquara.

Objetivos específicos• Realizarcursosdeformaçãoecapacitaçãodemão-de-obraparaconstruçãocivil,direcionadosparaaprodu-ção de HIS.• Estimularaorganizaçãodostrabalhadoresdaconstruçãocivil.• Realizarcursosdeincentivoeincubaçãodeorganizaçõesautogestionáriasecooperativaspopularesdetra-balhadores.• RealizarcursosdecapacitaçãoparaaproduçãodecomponentesekitsconstrutivosparaHIS.• ProduzircomponentesekitsconstrutivosparaHIS.• Pesquisarsoluçõesconstrutivasquevisemmaioreconomia,sustentabilidadeequalidadenaproduçãodeHIS.

conceitoPrograma de fomento para formação e capacitação de mão-de-obra para construção civil e produção de compo-nentes para HIS.

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\ Programa de reutilização e reciclagem de Materiais da construção civil

Objetivo geralReestruturar o fluxo de produção, desperdício e reaproveitamento de materiais construtivos, buscando o baratea-mento dos materiais utilizados para a produção de HIS e a diminuição dos resíduos produzidos na construção civil.

Objetivos específicos• Estimularareutilizaçãoeareciclagemdemateriaisconstrutivos.• Coletarmateriaisconstrutivospossíveisdereutilizaçãoereciclagememobras,demoliçõeseresidências;• Realizarconsertos,manutençãoepreparaçãodosmateriaiscoletadosaserdisponibilizadosparavendaedistribuiçãodekitsconstrutivos.• VenderprodutosrestauradosedestinararendaobtidaparaaampliaçãoecontinuidadedoPrograma;• Realizaravendaedistribuiçãodemateriaisconstrutivos.• Realizarcursosderestauraçãoereutilizaçãodemateriaisconstrutivosparapopulaçãoemgeral.• Realizarpesquisasdesoluçõesquevisemàdiminuiçãododesperdíciodemateriaisconstrutivosnaconstru-ção civil.

conceitoPrograma para estruturação de processos educativos e operacionais para reutilização e reaproveitamento de ma-teriais e produtos da construção civil.

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\ Programa de Melhorias Habitacionais

Objetivo geralPromover melhorias e ações de manutenção em moradias precárias produzidas pelo poder público ou por regi-me de autoconstrução, no sentido de sanar problemas de salubridade, segurança, habitabilidade ou problema de adensamento excessivo.

Objetivos específicos• Concederfinanciamentoapessoasfísicasouagruposassociativosparafinsdeconclusão,ampliação,refor-ma ou melhoria de unidade habitacional, além de aquisição de cesta de material de construção.• Identificareorganizarademandademoradoresqueresidememunidadeshabitacionaisconsideradaspre-cárias e que se enquadrem nos critérios de atendimento descritos neste programa.• Assessorarsocialetecnicamenteaexecuçãodaconclusão,ampliação,reformaoumelhoriadaunidadeha-bitacional, que pode ser realizada sob o regime de autoconstrução, por processos autogestionários ou cooperati-vos.• Fornecercomponentesconstrutivospré-fabricadosekitsdeinstalação,produzidosoudistribuídosnosCentrosTécnicos(verProgramaFormaçãodeMão-de-obraparaaConstruçãoCivileProgramadeReutiliza-ção e Reciclagem de Materiais da Construção Civil), a fim de reduzir custos e minimizar impactos ambien-tais.• Acompanharamanutençãodascondiçõesadequadasdehabitabilidadenasunidadeshabitacionaisquefo-ram contempladas pelo Programa.

conceitoPrograma de financiamento de recursos para a realização de melhorias e ações de manutenção em moradias pre-cárias promovidas pelo poder público ou produzidas no regime de autoconstrução.

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\ Programa de Provisão de Habitação em lotes dispersos

Objetivo geralProver a estrutura necessária para a produção de novas unidades habitacionais, a fim de se atender à demanda nafaixaderendafamiliardeatétrêssaláriosmínimos,utilizandoparaissoosdiversoslotesvaziosnamalhaur-banadomunicípio.Dessaformaasáreashabitacionaisseadensameéevitadaaexpansãodoperímetrourbano.

Objetivos específicos• Concederfinanciamentoapessoasfísicasouagruposassociativosparafinsdeproduçãodeunidadeshabi-tacionais.• Identificareorganizarademandadefamíliasqueresidamemhabitaçõescedidasoualugadas,ouaindaqueestejamemsituaçãoderiscoe/ouirregular,comrendafamiliarmensalbrutamáximadetrêssaláriosmínimos,eque se enquadrem nos critérios de atendimento descritos neste Programa.• Assessorarsocialetecnicamenteaexecuçãodasatividadesdeproduçãodasunidadeshabitacionais,quepode ser realizada sob o regime de autoconstrução, por processos autogestionários ou cooperativos e por em-preitadas globais.• Fornecercomponentesconstrutivospré-fabricadosekitsdeinstalação,produzidosoudistribuídosnosCen-trosTécnicos(verProgramaFormaçãodeMão-de-obraparaaConstruçãoCivileProgramadeReutilizaçãoeRe-ciclagem de Materiais da Construção Civil), a fim de reduzir custos e minimizar impactos ambientais.• Acompanhar,apósotérminodasobras,amanutençãodascondiçõesadequadasdehabitabilidadenasuni-dades habitacionais que foram contempladas pelo Programa.

conceitoPrograma de financiamento para provisão de Habitação de Interesse Social em lotes dispersos, situados na ma-lha urbana do município.

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\ Programa de Habitação em conjuntos Habitacionais

Objetivo geralProver a estrutura necessária para a produção de novos conjuntos habitacionais, a fim de se atender à demanda nafaixaderendafamiliardeatétrêssaláriosmínimos,deformaagarantirumaboaqualidadeurbanaeaevitara criação de novos “bolsões de isolamento periféricos”.

Objetivos específicos• Concederfinanciamentoapessoasfísicasouagruposassociativosparafinsdeproduçãodeunidadeshabi-tacionais.• Identificareorganizarademandadefamíliasqueresidamemhabitaçõescedidasoualugadas,ouaindaqueestejamemsituaçãoderiscoe/ouirregular,comrendafamiliarmensalbrutamáximadetrêssaláriosmínimos,eque se enquadrem nos critérios de atendimento descritos neste Programa.• Assessorarsocialetecnicamenteaexecuçãodasatividadesdeproduçãodasunidadeshabitacionais,quepode ser realizada sob o regime de autoconstrução, por processos autogestionários ou cooperativos e por em-preitadas globais.• Fornecercomponentesconstrutivospré-fabricadosekitsdeinstalação,produzidosoudistribuídosnosCen-trosTécnicos(verProgramaFormaçãodeMão-de-obraparaaConstruçãoCivileProgramadeReutilizaçãoeRe-ciclagem de Materiais da Construção Civil), a fim de reduzir custos e minimizar impactos ambientais.• Acompanhar,apósotérminodasobras,amanutençãodascondiçõesadequadasdehabitabilidadenasuni-dades habitacionais que foram contempladas pelo Programa.

conceitoPrograma de financiamento para provisão de Habitação de Interesse Social em conjuntos habitacionais.

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\ estrutura programática

A estrutura programática do PLHIS foi concebida de forma a responder à necessidade de maior de-senvolvimento e adequação da provisão de HIS à realidade do município de Araraquara.

Considerando: (a) a identificação de que o déficit habitacional não é uma questão tão alarmante no município, principalmente se levada em conta a dimensão que a questão atinge em outras cidades paulistas;(b)apercepçãoecaracterizaçãodaprecariedadequeenvolveboapartedashabitaçõesexis-tentesnosjáconsolidados“bolsõesdeisolamentoperiféricos”;(c)aescassezepulverizaçãodeinforma-çõesconsistentessobreestaproblemática;procuramosdelinearosargumentoscentraiscomosquaisaestrutura programática proposta pretende trabalhar.

Como já defendido anteriormente, estes aspectos indicam, como diretriz central, a necessidade de constituiçãodeumsistemadecoletaeprocessamentodeinformaçõessobreHISemAraraquaraquedêconta de levantar informações precisas sobre a demanda, seja por melhorias habitacionais seja por pro-visãodeUHs,deformaasubsidiaraatuaçãolocalizadaedispersadosprogramas.Comorespostaaestadiretriz,ocernedaestruturaprogramáticadoPLHIScongregatrêsprogramas,comojádescrito:BancodeInformações,AgentesdaCasaeDesenvolvimentoInstitucional.

AcombinaçãodestestrêsprogramaspretendeviabilizararamificaçãodaatuaçãodaCoordena-doriadeHabitação, de forma que suas ações cheguem na ponta da demanda e estejam adequadas a ela.Essaconcepçãodecapilarizaçãodainformaçãoedaaçãotemcomopartefundamentaldesuasati-vidades o contato casa a casa nos “bolsões de isolamento periféricos”. A ação da Coordenadoria passa a “entrar” na casa dos moradores, ao invés de esperar que eles saiam de lá e procurem a Prefeitura e seu balcãodecadastramento.Decertaforma,propõe-seumainversãodovetor,umaaçãoquecontémumforte potencial preventivo.

Enquantoestruturafísica,aramificaçãotambémconfiguraosCentrosTécnicos, que devem ser implantadosnasregiõesemqueexisteconcentraçãodademandahabitacional.OPLHISprevêainstala-ção de seisCTs, espalhados pelos “bolsões de isolamento periféricos” da cidade. Os CTs servem de base para atuação dos Agentes da Casa e dos Técnicos Locais, sendo que ambos são responsáveis pela imple-mentaçãodosprogramasprevistosemsuasregiõesdeabrangência.

Cada Centro Técnico deve realizar a função de intermediação entre a demanda e a Coordenadoria, aproximando assim os processos de gestão mais centralizados e as regiões de realização dos programas habitacionais.OsCTsreúnemosAgentesdaCasaresponsáveispelaregiãodeabrangênciaemqueestãoinseridos. Nesse encontro os Agentes realizam a primeira triagem das informações coletadas e que, então, vãoalimentaroBancodeInformações.Essacoleta,primeiramente,pretendemontarabasededadosdoProgramaBancodeInformaçõese,posteriormente,viabilizaroacompanhamentoemonitoramentodaimplementação dos outros programas. A ação dos Técnicos Locais será, principalmente, a implementação e o acompanhamento dos programas e suas ações regionalizadas, podendo ocorrer dentro do espaço do CT(comoosProgramasdeFormaçãodeMão-de-obraeReciclagemeReutilizaçãodeMateriaisdeCons-

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trução)ounaregiãoemqueatuam(comoosProgramasdeMelhoriasHabitacionais,ProvisãodeUHsemLotesDispersosedeUHsemConjuntos).

Os CTs relacionam-se diretamente com a Coordenadoria de Habitação, que é responsável por coor-denarsuasações,compatibilizandoasdemandaseaexecuçãodosProgramasportodaacidade.Dessaforma, os CTs podem ser considerados como “braços” da Coordenadoria que se responsabilizam pela im-plementaçãodosprogramasemsuasáreasdeabrangência,aomesmotempoemquerealizamaleiturae a coleta de informações sobre a problemática habitacional com que estão lidando.

Banco de Informações

DesenvolvimentoInstitucional

CoordenadoriaSecretaria PMA

Agente da Casa

Bairro 1

Domicílio 3

Domicílio 2

Domicílio 1

Melhorias habitacionais

Reciclagem e reutilização

Formação de mão-de-obraProvisão / Promoção

(dispersos / conjuntos)

CENTRO TÉCNICO(técnicos residentes)

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\ Processo de implementação

A implementação do PLHIS de Araraquara passa, necessariamente, por um processo transitório en-tre a realidade da Coordenadoria de Habitação hoje, de suas condições operacionais atuais, da maneira como vem sendo realizada a provisão de HISs, e do funcionamento integrado dos 8 programas que com-põem o Plano.

Nesse processo transitório, a questão central é uma maior aproximação da realidade habitacional araraquarense,alcançadaapartirdeumametodologiasistêmicadeproduçãodeinformações,queseráestruturadapelosProgramasaserimplementados.Sãoeles:BancodeInformaçõeseAgentesdaCasa.Estesdevementraremfuncionamento,mantendoasestruturasexistentes,asquais,paulatinamente,se-rão modificadas ou extintas.

DuranteatransiçãoentreaestruturafuncionalatualeadoPLHIS,aPrefeituradeverámanteroín-dice de provisão habitacional de forma a não agravar o quadro da demanda atual, ao mesmo tempo em quecomeçaaexecutartambémoProgramadeDesenvolvimentoInstitucional,iniciandoastransforma-ções e qualificações necessárias para a composição de um novo quadro funcional, adequado à implemen-tação deste Plano.

ApartirdeumperíododeimplementaçãodosProgramasAgentedaCasa,BancodeInformaçõeseDesenvolvimentoInstitucional,comumanovaeconsistentebasededadosjáestruturadaeboapartedaestruturafuncionaljáreorganizada,inicia-seaimplementaçãodosProgramasquetêmcomobasedeaplicação regional os CTs. A implementação dos CTs deve ocorrer de forma a compatibilizar as necessida-des locais por melhorias e provisões habitacionais, as disponibilidades de áreas para sua implementação ederecursosparasuaviabilização.Dessaforma,osCTsnãoserãoimplantadostodosaomesmotempo,mas seguirão, em ordem de importância, uma hierarquia de instalação, priorizando as áreas em que as precariedades habitacionais são maiores.

FinalizadooperíododeimplantaçãodosCTsedosProgramasessencialmentenelesdesenvolvidos–osProgramasdeFormaçãodeMão-de-obraparaConstruçãoCiviledeReutilizaçãoeReciclagemdeMate-riaisdaConstruçãoCivil–,assimcomodosProgramasquetêmalisuabasedeaplicaçãoregional–comoosProgramasdeMelhoriasHabitacionaisedeProvisãodeUHsemLotesDispersoseemConjuntos–,ini-cia-seumanovafasedeimplementaçãodosProgramasBancodeInformaçõeseAgentesdaCasa.Estespassam a realizar também a função constante de monitoramento da implementação dos outros Progra-mas e do próprio PLHIS, gerando constantemente informações fundamentais para a avaliação e revisão do Plano.

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\ SerPlHiS

A implementação do PLHIS é de responsabilidade da Coordenadoria de Habitação, enquanto o mo-nitoramento e a avaliação desse processo é encargo do Conselho Municipal de Habitação (CMH), que deverá realizar, com a periodicidade de 2 anos, um Seminário de Avaliação e Readequação do Plano, o SERPLHIS.EssaperiodicidadedossemináriosestáadequadaaosciclosdeimplementaçãodosProgramas,já que, nos primeiros 2 anos, as principais ações estão relacionadas à consolidação de uma base de infor-mações consistente sobre as condições de HIS em Araraquara.

OprimeiroSERPLHIS,quedeveocorrer2anosapósoiníciodaimplementaçãodoPlano,temcomoobjetivo,alémdeavaliaraimplementaçãodosProgramasAgentedaCasa,BancodeInformaçõeseDe-senvolvimento Institucional, também efetivar e ajustar a previsão de metas para os demais programas habitacionais,deformaaarticularasdemandasepossibilidadesdeprovisão.Emtermosdeplanejamen-to do desenvolvimento habitacional de interesse social no município, este deve ser um momento privile-giadoparaanáliseeimplementaçãodeinstrumentosprevistosnoEstatutodaCidade.Comaefetivaes-truturaçãodoBancodeInformaçõese,consequentemente,comaconsolidaçãoderegistrosedadosquepermitam uma adequada identificação do regime dominial de imóveis, sua descrição perimétrica mais precisa,suarealsituaçãojurídico-fundiáriaefiscal;deveráserpossíveltambémumaqualificaçãomelhordasAEIS,conformeprevistasnoPlanoDiretordomunicípio.

OSERPLHISdeveserorganizadopeloCMHcomosrecursosdoFundoMunicipaldeHabitação.Todosos cidadãos araraquarenses são potenciais participantes do Seminário, em especial os dos setores liga-dos à demanda habitacional, assim como dos ligados à produção e ao planejamento das habitações. É de responsabilidade da Coordenadoria de Habitação proporcionar espaço físico adequado e as informações necessárias para a realização do evento.

As informações que servirão de base para a avaliação e readequação do Plano serão aquelas geradas apartirdaimplementaçãocombinadadosProgramasAgentedaCasa,BancodeInformaçõeseDesen-volvimento Institucional. Com isso, as possibilidades de ajustes e acertos sobre as perspectivas dos pro-gramas

de provisão tornam-se muito maiores, viabilizando, inclusive, a implementação de instrumentos le-gais mais coerentes e apropriados à realidade habitacional de Araraquara.

ArealizaçãobianualdoSERPLHISsignificatambémagarantiademomentosimportantesdebalan-ço da política habitacional que vem sendo implementada no município, já que se articula positivamente com os períodos de gestão dos governos municipais. Assim, é possível realizar um seminário no meio da gestão, que possa indicar necessidades de ajustes e os redirecionamentos já necessários, e outro, no final da gestão, que possibilita um balanço geral do que foi feito e a escolha de novas diretrizes para a gestão vindoura. Com uma programação assim, a política municipal de habitação deixa de estar situada apenas ao gosto deste ou daquele governo em exercício, o que a médio e longo prazos pode significar ações mais continuadas e uma provável melhora no enfrentamento das questões relacionadas à HIS.

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