CARTA NÁUTICA

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gostar:

A herança industrial de Lis-

boa : o rio e os novos desafi-

os funcionais / Samuel Agos-

tinho, 2013

Neste número

• Cruise ships and post-industrial port cities dy-namics: an experimen-tal sensory ethnographic approach to contempo-rary social, spatial and material interactions - Alexandra Baixinho

• Exploiting the sea - As-pects of Britain’s mariti-me economy since 1870 - vários autores

• A informação do value for money esperado no ciclo de vida das con-cessões - Transportes em Revista

• Guindaste flutuante Eng.º Sá Nogueira

• Foto: Guindaste flutuan-te Eng.º Sá Nogueira

Boletim do Centro de Documentação e Informação Março 2018

Das últimas aquisições

Cruise ships and post-industrial port cities dynamics: an

experimental sensory ethnographic approach to contempo-

rary social, spatial and material interactions - Alexandra

Baixinho

Esta tese de Doutoramento em Filosofia, apresentada

na Universidade de Londres, propõe uma abordagem

diferente à investigação do fenómeno da indústria do

turismo de cruzeiros, um setor em franco crescimen-

to, destacando-se as consequências e dinâmicas soci-

ais que se observam nas cidades visitadas por um

grande número de navios de cruzeiros.

Dos vários relatos empíricos e práticas apresentados

nesta tese, através de uma abordagem etnográfica

sensorial experimental, destaca-se, naturalmente, o

caso de Lisboa.

Das nossas estantes

Exploiting the sea - Aspects of Britain’s maritime economy

since 1870 - vários autores

No final do século XIX, os portos da Grã-Bretanha eram o centro do co-

mércio internacional, as suas frotas mercante, naval

e de pesca eram as maiores e mais eficientes do

mundo e seus estaleiros navais os principais forne-

cedores mundiais.

No século XX assistiu-se a um declínio e, mais re-

centemente, há uma contração absoluta, especial-

mente nas indústrias portuária, de construção naval

e pesqueira. No entanto, ao mesmo tempo, verifi-

cou-se o desenvolvimento de outras atividades,

principalmente as decorrentes do uso recreativo de

zonas ribeirinhas e costeiras.

Através de artigos de vários especialistas, esta obra oferece diferentes

perspetivas sobre a contribuição do setor marítimo-portuário para a vida

económica e social britânica no último século.

Artigo do mês

A informação do value for money esperado no ciclo

de vida das concessões - Transportes em Revista

O presente artigo explora aquelas que se consideram ser as me-

lhores práticas no que diz respeito ao princípio da transparência

e do tratamento da informação, de forma transversal e unifor-

me, necessários para permitir a auditabilidade dos dados e a

comparabilidade dos resultados alcançados, ingredientes neces-

sários para a garantia de um efetivo value for money de qual-

quer contrato de concessão envolvendo parceiros privados e pú-

blicos, em especial dos contratos de concessão portuários.

Boletim Bibliográfico

O Boletim Bibliográfico é editado pe-

riodicamente pelo Centro de Docu-

mentação e Informação.

A sua finalidade é dar a conhecer ao

leitor todas as publicações, sob a for-

ma impressa ou digital, e informação

relevantes selecionadas pelo CDI no

mês anterior.

A apresentação da informação é te-

mática, estando repartida pelos gran-

des temas adotados na biblioteca.

Na parte final, havendo legislação

selecionada, terá acesso direto ao

documento (DRE ou JOUE).

Ligação Interessante

A International Cargo Handling Coordination Association (ICHCA), fundada em 1952, é uma organização

independente, sem fins lucrativos dedicada a melhorar a segurança, sustentabilidade, produtividade e

eficiência do manuseio de carga e da movimentação de mercadorias em todos os

modos e em todas as fases das cadeias de abastecimento nacionais e internacio-

nais.

O seu estatuto de organização não governamental permite-lhe representar os

seus membros e a indústria de movimentação de carga em geral, perante agên-

cias e órgãos reguladores nacionais e internacionais. O seu painel de especialistas fornece consultadoria

técnica e publicações sobre várias questões práticas relacionadas com o manuseio de carga.

O que se passou por aqui

Guindaste flutuante Engenheiro Sá Nogueira

Este mês, convidamo-lo mais uma vez a navegar na história

do Porto de Lisboa, desta vez ficando a conhecer uma das

mais importantes e modernas, para a época, unidades de

trabalho portuário adquiridas por esta administração portu-

ária: o guindaste flutuante Engenheiro Sá Nogueira, cons-

truído nos Estaleiros Navais do Mondego, e entregue à en-

tão Administração-Geral do Porto de Lisboa em 1968, há

precisamente 50 anos.

Tratava-se da primeira unidade do género construída em

Portugal, dotado de uma capacidade elevatória de 30 tone-

ladas e com propulsão própria. Este guindaste oceânico

destinava-se a pro-

mover, rapidamen-

te, a carga e des-

carga de navios e

possibilitava, ain-

da, a navegação

em mar aberto,

dispondo de uma

ampla plataforma

que permitia o

transporte de con-

tentores, da maior

capacidade exis-

tente na altura.

Esteve ao serviço

desta administração portuária durante mais de 30 anos,

cumprindo milhares de horas de trabalho e tendo, inclusiva-

mente, prestado serviços ocasionais noutros portos nacio-

nais, como por exemplo em Sines, em 1982. Devido ao seu

cada vez maior desgaste e obsolescência foi vendido no ano

2000.

Recorde aqui, com mais pormenor, este equipamento bem

como os discursos proferidos no dia da sua receção no Porto

de Lisboa, a 8 de fevereiro de 1968.

Poesia pelo porto

LISBOA MENINA E MOÇA

No castelo, ponho um cotovelo

Em Alfama, descanso o olhar

E assim desfaz-se o novelo

De azul e mar

À Ribeira encosto a cabeça

A almofada, na cama do Tejo

Com lençóis bordados à pressa

Na cambraia de um beijo

Lisboa menina e moça, menina

Da luz que meus olhos veem tão pura

Teus seios são as colinas, varina

Pregão que me traz à porta, ternura

Cidade a ponto luz bordada

Toalha à beira mar estendida

Lisboa menina e moça, amada

Cidade mulher da minha vida

Poema de Ary dos Santos

Pintura de Carlos Botelho

—“Lisboa e o Tejo”

Sabia que…

Na Suíça existe uma sala de concertos criada a partir de um antigo con-

tentor marítimo?

Saiba mais... Fonte: Savioz Fabrizzi Architectes

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Foto Final

Guindaste flutuante Engenheiro Sá Nogueira

1968

Acervo do CDI

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