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Capítulo 4: Mídias sociais Ferramentas da Revolução? In: LEMOS, André. A comunicação das coisas: Teoria ator-rede e cibercultura. São Paulo: Annablume, 2013. (COLEÇÃO ATOPOS). p. 159-173 Fonte da imagem: http://www.quarteldigital.com.br/analista-de-midias-sociais-e-o- mercado-de-trabalho/

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Capítulo 4: Mídias sociais – Ferramentas da Revolução?

In: LEMOS, André. A comunicação das coisas: Teoria ator-rede e cibercultura. São Paulo: Annablume, 2013. (COLEÇÃO ATOPOS). p. 159-173

Fonte da imagem: http://www.quarteldigital.com.br/analista-de-midias-sociais-e-o-mercado-de-trabalho/

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Charge produzida pelo cartunista jordaniano Emad Hajjaj durante a Primavera Árabe. Fonte da imagem: http://historiacao.com.br/profiles/blogs/e-a-pol-cia-t-usando-bala-de-borracha

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Marshall McLuhan: “o meio com extensão do homem”.

http://www.youtube.com/watch?v=prsvWKyqjkU

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Partindo dessa premissa, o autor amplia a discussão e mostra como sugere a TAR que não há essência e que as posições de “ator principal” e “intermediário” são sempre estabelecidas por negociações.(p. 159)

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Superação de dicotomias entre:

sociedade – natureza

sujeito – objeto

híbridos

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O que define o sujeito ou “o homem”, é exatamente as associações com outros actantes.

Ser sujeito é ser sujeito em rede, em “um meio” (...) sempre ampliado pela formação de híbridos. Se

retirarmos as relações de um sujeito com os objetos não encontraremos mais nem sujeitos, nem objetos

(p.160)

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Diferenças Fundamentais entre o pensamento de McLuhan e a TAR:

“[...] para Latour, diferentemente da perspectiva de MacLuhan,as mídias, artefatos ou qualquer objeto técnico não são“extensões” do homem, mas mediadores. Toda ação é fruto detraduções, não sendo facilmente identificado quem “estende”quem”.

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O meio:

Para TAR o meio é de formadinâmica, aquilo que se formanas mediações, nas traduçõescomo mobilidade sem quesaibamos o que vem do microou do macro e mesmodeterminar previamente essasposições. (p.162/163)

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A Mediação:

“[...] é um elo que coloca actantes em relação,humanos e não-humanos, sem hierarquias em umespaço plano. Ela se dá na rede e em processo dehibridização onde forças se definem no momento daassociação. A mediação ou tradução é o que produza transformação nas redes sociotécnicas. [...] sãoassim, redes e não elementos externos que“estendem” o homem. Elas são mediadoresenvolvendo humanos e não-humanos em uma redede ações comunicacionais complexas”. (p.163)

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“De início, eram uns poucos, aos quais se juntaram centenas, depois formaram-se redes de milhares, depois ganharam

o apoio de milhões, com suas vozes e sua busca interna de esperança, confusas como eram, ultrapassando as ideologias e a

publicidade para se conectar com as preocupações reais de pessoas reais na experiência humana real que fora reivindicada. Começou nas redes sociais da internet, já que estas são espaços

de autonomia, muito além do controle e governos e empresas, que, ao longo da história, haviam monopolizado os canais

de comunicação como alicerces de seu poder. Compartilhando dores e esperanças no livre espaço público da internet, conectando-se

entre si e concebendo projetos a partir d de múltiplas fontes do ser, indivíduos formaram redes, a despeito de suas

opiniões pessoais ou filiações organizacionais. Uniram-se.” (p.7)

(In: CASTELLS, Manuel. Redes de indignação e esperança: movimentos sociais na era da

internet. Rio de Janeiro: Zahar, 2013.

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Primavera Árabe:

As “redes sociais foram agentes produtores demediações na alavancagem dos acontecimentosnos países árabes. Facebook, Twitter, Bolgs,telefones celulares entre outros actantes nãohumanos, fizeram as revoluções ao entrarem emassociação com outros “actantes” (pessoas,discursos, dados sociais – desemprego e baixossalários, informações sobre corrupção eviolência policial, mídia internacional, panfletos,pedras, etc.

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http://www.youtube.com/watch?v=_pOkkJFxdlc

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[...] Nas revoluções que reconfiguraram o Mundo Árabe, podemos dizer que atores

humanos e não-humanos entram em mediações e traduções que as produziram”.

(p.168)

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Produção de Ação:

“Toda a luta política, todo levante, toda ação que possa ser chamadade social (criada por associações entre actantes que traduzem emediam uns aos outros) só acontece pelas conflituosas, difíceis etensas relações entre humanos e não-humanos[...] se trata demediação, hibridização, tradução, associação. [...] os rastros deixadosconfirmam que celulares, mídias e redes sociais ( assim como telefonefixo, TV, megafones, apitos, armas improvisadas, pedras, etc.), agiramcomo mediadores e tradutores de outros agentes (humanos e não-humanos) e fizeram sim a sua parte para que as revoluçõesacontecessem”. (p. 169/170)

[...] tudo depende da associação. Ferramentas podem serintermediárias, quando não produzem ação, ou “actantes”, quando,em conjunção com outros, mediam, traduzem e enredam”. (p. 170)