Capitulo 11 - Teoria Cinetica Dos Gases

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    Captulo 11 - Teoria Cinti ca dos Gases

    Em 1811, o italiano Amedeo Avogrado enunciou 2 hipteses:

    1) As molculas de um gs podem ser compostas por mais de um nico

    tomo.

    2)Nas mesmas condies de temperatura e presso todos os gases contm omesmo nmero de partculas.

    Avogrado no determinou o nmero de Avogrado que foi calculado pela primeira

    vez por Loschmidt 50 anos depois e por Perrin, no comeo do sculo XX,

    uasando o movimento Browniano.

    O nmero de Avogrado nmero de molculas contido em 1 mol de qualquer

    substncia Teoria Cintica

    Seja um gs com N molculas num volume V e o nmero de molculaspor unidade de volume. Vamos supor o volume com o formato de uma caixa.

    Seja o nmero de molculas por unidade de volume que tm mdulo dacomponente x da velocidade igual a . Temos . Supondo que estasmolculas colidam elasticamente com a parede perpendicular ao eixo x, acomponente x do vetor momento linear simplesmente mudar de sinal e o

    momento transferido (em mdulo) ser, para uma molcula

    Essa transferncia de momento linear para a parede de rea A ser realizada, num

    intervalo de tempo , por todas as molculas contidas no volume . Onmero de molculas contidas nesse volume igual a . O momentotransferido por todas essas molculasser

    Logo, a fora ser

    E a presso devido s molculas com velocidade

    A presso total, nessa parede, ser

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    O fator 2 eliminado j que somente metade das molculas esto indo para a

    direita (as que se movem para a esquerda no contribuem para a presso sobre a

    parede direita).

    Por outro lado, a mdia do quadrado da componente x da velocidade dada por

    Usando a isotropia espacial

    e que

    Teremos . Substituindo em (1) e (2)

    Ou ainda

    Definimos a velocidade quadrtica mdia

    Por exemplo, em condies normais de temperatura e presso,

    , o oxignio tem densidade de 1,43 kg/m3 o que d uma velocidadequadrtica media de 461 m/s.Para um gs ideal, a energia interna composta exclusivamente pela energia

    cintica de translao, logo

    Como veremos adiante, a expresso (7) s vlida para gs ideal monoatmico.

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    Conclumos que

    Lembrando que

    Logo,

    Derivando (9 a) parcialmente em relao a V teremos

    Derivando (9 b) parcialmente em relao a T teremos

    Donde,

    De (8)

    (aqui

    o nmero de moles)

    Logo,

    E

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    A energia interna pode ser escrita

    Onde introduzimos a constante de Boltzmann

    Teorema da Equipartio da Energia

    Em mecnica clssica, cada grau de liberdade que comparece quadraticamente

    na Hamiltoniana, contribui com energia igual a .No caso de um gs ideal monoatmico temos 3N gaus de liberdade (cada

    molcula 3 graus de liberdade, as componentes da velocidade).

    Para um gs diatmico haver mais 2 graus de liberdade de rotao na energia:

    . A terceira rotao, ao longo do eixo que une os 2 tomos, nocontribui pois tem, praticamente, momento de inercia nulo.Logo,

    Se a molcula diatmica iniciar a vibrar teremos mais 2 termos quadrticos na

    Hamiltoniana: um da energia cintica de vibrao e outro da energia potencial de

    vibrao. Neste caso,

    . Exemplo tpico a molcula de hidrognio

    gasoso .

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    Para um slido, a capacidade trmica depende fortemente da temperatura. Esse

    comportamento s pode ser explicado com a mecnica quntica.

    A equao de Van der Waals

    Em 1873, Van der Waals props a equao de estado para moles de um gsreal.

    onde so constantes caractersticas de cada gs. Vamos entender asorigens das correes na presso e volume de um gs ideal.

    O potencial de interao entre molculas do tipo Lennard-Jones, o que significa

    dizer, ele atrativo a longas distncias e repulsivo a curtas distncias.

    O volume disponvel para um gs real sempre menor que o volume do

    vasilhame que o contem: de comprimirmos as molculas de um gs real existe

    um volume mnimo alem do qual no se consegue ir da a presena do termo na eq. (17). As foras repulsivas de curto alcance criam essevolume mnimo.

    A presso de um gs real sempre menorque a presso de um gs ideal, pois,

    num gs real, as foras atrativas de longo alcance aproximam as molculas ao

    invs de permitir que elas colidam com as paredes.

    Dessa forma, vemos que a equao de van der Waals incorpora na equao de

    estado o potencial do tipo Lennard-Jones.

    Vamos agora analisar as isotermas de eq. de van der Waals

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    Existe uma temperatura crtica acima da qual no h problemauma pressoe um volume. Porm, abaixo dessa temperatura vemos que a eq. de Van der

    Waals algbrica de 3. grau1 presso e 3 volumes.

    Portanto, para , van der Waals leva a solues esprias, no fsicas.Boltzmann corrigiu a equao, propondo reas iguais na isoterma.

    Essa reta isobrica a transio lquido-gs.

    A determinao de simples j que ela corresponde ao surgimento do ponto deinflexo:

    Utilizando (17), obtemos