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CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES DA ESCOLA DOMINICALANXONIO GILBERTO

Z/l

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Digitalizado Por:

Pregador Jovem

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QPGDCURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES

DA ESCOLA DOMINICAL

Um curso de treinam ento p ara p ro fesso re s in ician tes e atualização de p ro fesso res veteranos da Escola Dominical

PorANTONIO GILBERTO

3a. Edição M elhorada e Aumentada

1976

CASA PUBLIC ADORA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS Rio de Janeiro - RJ

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la . Edição - julho, 1974 2a. Edição - m arço, 1975 3a. Edição - janeiro , 1976

DIREITOS AUTORAIS RESERVADOS

IMPRESSO NO BRASILC asa Publicadora das A ssem bléias de DeusRio de Janeiro - RJ

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Indicc

P refácio .......................................................................................... 7A presentação ....................................................... 11Introdução ..................................................................................... 13

UNIDADE I - BIBLIOLOGIA ........................................ 17Cap. I - C onsiderações In trodutórias ....................... 18Cap. II - A Bíblia e sua h is tó ria ................................... 26Cap. III - A Bíblia e sua e s tru tu ra ................................ 38Cap. IV - A Bíblia e sua m ensagem ............................ 45

UNIDADE II - DOUTRINAS BÍBLICAS FUNDAMENTAIS.. 77Introdução ....................................................... 78I - A im portância da Doutrina .................................. 78II - F orm as de Doutrina ............................................... 78III - D iferenças básicas en tre Doutrina e Costume .. 79IV - O perigo das fa lsas d o u trin as .................................. 79V - A classificação das Doutrinas da B íb lia ............. 79VI - P rinc ipa is D outrinas da B íb lia ............................ 80VII - Esboços de D o u trin as .............................................. 80

UNIDADE III - A ESCOLA DOMINICAL .............................. 104Introdução ....................................................... 105Cap. I - A H istó ria da Escola Dominical ................... 107Cap. II - Os Objetivos da Escola D o m in ica l............... 116Cap. III - A Organização e A dm inistração da Escola

Dominical .............................................................. 121Cap. IV - A prom oção e possib ilidades da Escola

Dominical ............................................................ 142

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UNIDADE IV - PEDAGOGIA .................................................... 148Cap. I - O Ensino .......................................................... 149Cap. II - O P ro fesso r da Escola Dominical ........... 158Cap. III - Métodos e A cessórios de E n s in o .............. 163Cap. IV - O C urrículo e o Aproveitamento E sco lar .. 168

UNIDADE V - PSICOLOGIA EDUCACIONAL...................... 175Introdução ............................................................................... 176Cap. I - O Aluno ............................................................. 177Cap. II - A P erso n a lid ad e ............................................. 179Cap. II ' C a rac te rís ticas dos Grupos ................v . 183

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Prefácio

Quis a ním ia gentileza do distinto P asto r Túlio B arros F e rre ira , digníssim o P residente do Conselho A dm inistrativo da CPAD, que em itisse meu desvalioso p arecer (ouprefácio) sobre este Trabalho - "CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES DA ESCOLA DOMINICAL - CAPED".

O CAPED é uma iniciativa altam ente auspiciosa para aqueles que se in teressam pelo am adurecim ento intelectual do nosso povo (nas "A ssem bléias de Deus"), pois refle te o desejo crescen te dos responsáveis pela CPAD, em p ro p o r­cionar m elhorias que serão introduzidas pm nossas Escolas Dominicais (ED).

0 Curso não se rá um sim ples guia do estudante: nele são debatidos problem as e apresentadas m atérias de real tra n s ­cendência, m esm o para o abalizado p ro fesso r de ED se rá também uma fonte genuína de inform ações úteis.

É certo que se não pode conseguir m aiores rendim entos no ensino, se os p ro fesso res não estiverem suficientem ente preparados - por isso que o Conselho da CPAD ensaia uma tentativa de realização dessa ta re fa im ensa e complexa que é o aperfeiçoam ento de p ro fesso res, ou seja, de pessoas que exerçam ou que pretendam ex ercer o m agistério da Palavra de Deus, em nossas ig rejas. O preparo de p ro fesso res, r e ­petim os, é uma tarefa- que exige larga envergadura, amplo descortino e provecta m adureza.

Estam os conscientes de que se iniciou caminhada na di­reção certa e adiantamos um passo significativo nesse tema tão fecundo, quão inexplorado em nosso meio.

P ara consecução deste elevado desiderato, o P ro fesso r Antonio G ilberto buscou autoridades, onde h au rir princípios que o rien tassem aplicações. E de posse de m elhores e m ais

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atualizadas inform ações no campo da m oderna pedagogia, p reparou m a té ria s na medida das possib ilidades dentro do espaço de tempo de que pôde dispor. Não é um trabalho com ­pleto, m as rep resen ta louvável esforço no sentido de elevar a eficiência do ensino e aproveitam ento em nossas E scolas D om inicais, pois, não é bastante que se consiga matrícula numerosa, com m uitas c la sses funcionando, porém o essencial é que os alunos de todas as faixas e tá r ia s obtenham ap ro ­veitam ento que am plie sem pre, o conhecimento das v e r­dades contidas em cada Lição.

Do ponto de v ista técnico podemos d izer, e já o fizemos em ou tra oportunidade, que a pedagogia m oderna e rg u e-se vencedoram ente contra o verbalism o da Escola tradicional. P rec isam o s u ltra p a ssa r esse passiv ism o m em orista , bem como o método inadequado, árido e nostálgico, principal responsável pela d ispersão e d es in te resse de grande p arte dos que freqüentam as nossas E scolas Dom inicais.

N este C urso (CAPED) procuram os desenvolver um p ro ­gram a dentro de orien tação tanto quanto possível, científica e positiva. ' '

Há trechos que talvez pareçam inacessíveis aos alunos que iniciam o estudo de pedagogia, mas os p ro fesso res o rie n ­ta rão e elucidarão ta is trechos.

Devemos lev ar em conta que a educação atua tanto na form ação do indivíduo como na form ação do povo, d e te rm i­nando-lhe, em m uitos casos, o alcance de suas possib ilidades p h isio -p sych icas., Contudo não se deve esquecer que a educa­ção trabalha sobre o indivíduo, m as não o renova. E sta Obra é rea lizada som ente pelo E sp írito Santo. A educação m elhora o exem plar humano, desenvolvendo-lhe suas aptidões e capa­cidades. A eugenia pretende levar e sse aperfeiçoam ento além do indivíduo, buscando bases nos ensinam entos bioló­g icos, e leva de antem ão a convicção de trab a lh ar dentro dos lim ites im postos pela natureza. É um grande esforço, sem dúvida, porém a transfo rm ação do "homem in te rio r" , cujos reflexos se estendem a toda a p e rife ria da sua constituição som ática, é rea lizada exclusivam ente pela Obra Redentora aplicada pelo E sp írito Santo, na vida daquele que crê .

O CAPED não objetiva, m esm o rem otam ente, a l te ra r p r in ­cípios dou trinários e costum es que a Ig reja ("A ssem bléia de Deus") vive e conserva, ciosam ente, desde sua fundação, no B ras il. O C urso pretende, dentro das suas possib ilidades,8

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c o rr ig ir falhas e p reencher lacunas que não m ais se justificam .

Todos aqueles que, bem intencionados, têm procurado conservar os bons princípios e trad ições da Igreja , estejam certos de que o "CURSO DE APERFEIÇOAMENTO DE PROFESSORES DA ESCOLA DOMINICAL - CAPED" atuará sem pre na vanguarda, junto a todos que, sinceram ente, lutam para que os princípios e costum es de nossas ig re jas não sejam modificados. No entanto, não haverá atenção para aqueles que a pretex to de conservação de doutrinas, p re te n ­dam obstacu lar ou m esm o com bater o CAPED, p ara o qual ace ita rem os sugestões e c rítica s desde que sejam co n stru ti­vas, m as não se pode adm itir a rejeição pura e sim ples, dos que sem o saberem , estão acabando com a Escola Do­m inical em sua igreja.

ÍNDICE GERAL DO CURSO:Unidade I - Bibliologia - C onsiderações In trodutórias. A

Bíblia e sua h istó ria . A Bíblia e sua es tru tu ra . A Bíblia e sua m ensagem .

Unidade I I . - Doutrinas Fundamentais. Introdução à doutrina.L ista das p rincipais doutrinas da Bíblia. Esboço das p rincipais doutrinas da Bíblia.

Unidade III - Escola Dominical. Introdução à Escola Domi­nical. A h is tó ria da Escola Dominical. Os objetivos da Escola Dominical. A organização e adm inistração da E scola Dominical. A p rom o­ção e possib ilidades da Escola Dominical.

Unidade IV - Pedagogia. Introdução. O ensino na Escola Dominical. 0 P ro fe sso r da Escola Dominical. O cu rrícu lo e avaliação do aproveitam ento e s ­co lar.

Unidade V - Psicologia Educacional. Introdução. 0 aluno.A personalidade. C a rac te rís tic a s dos grupos.

Que Je su s , o Divino M estre, o M estre dos m e stre s para cuja g ló ria nos demos a es te labor, se digne aprová-lo com as bênçãos e insp iração constantes.

E não nos esqueçam os de que E le nos recomendou: "Vos autem nolite vocari Rabbi; unus e s t onim m ag is te r vester, omnes autem vos f ra tre s e s tis" . Mt 23.8.

Aos diletos le ito res e alunos, p a ra quem se escreveu este Curso, e a quem afetuosam ente dedicam os, pedim os nos relevem as falhas, natu ra is em ob ras como esta , e procurem

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am pliar com zelosa aplicação, as idéias e orientações que enfeixam os neste modesto estudo, que concatenam os, no elevado propósito de servir a Jesus e à Sua Igreja.

João Pereira de Andrade e Silva Diretor de Publicações da CPAD

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Api ten tação

Ao ensejo do lançam ento, em c a rá te r definitivo, do Manual do C urso de A perfeiçoam ento de P ro fesso res da Escola Do­m inical - CAPED, ap raz-nos o fe rece r uma palavra de congra­tulação com o povo de Deus em todo o te rr i tó r io pátrio , pelo feliz acontecim ento.

Tem pos houve em que a Escola Dominical esteve relegada a um plano in fe rio r no contexto das grandes realizações da Igreja do Senhor. É chegado, todavia, um sentim ento dife­rente , a ltru ís ta e edificante, no tocante a essa que é, sem favor, a m aior escola do mundo.

Saudamos bem -vindo esse m anual, ao m esm o tempo em que o apresentam os aos m ilhares de p ro fesso re s de nossas inúm eras E scolas Dominicais na ce rteza de que o d esperta - mento, que já atingiu as m ais d iferentes á rea s de atividade do povo de Deus no B rasil, alcance, de igual modo, o se to r de ensino da Ig reja , a trav és de métodos realm ente compa- t tv jn> - om as circunstâncias de uma época c rítica , em que as forças o p re sso ra s do inim igo tudo fazem para deter a m archa do Evangelho.

Contemplamos, por fé, a áu rea época em que a Escola Dominical s e rá uma institu ição líd er na Igreja , com p ro fe s­so res adestrados no esp írito e no entendimento - e estam os cônscios de que este Manual ajudará a to rn a r possível este anelo.

Jesus dedicou um te rço de Seu m in isté rio ao ensino (Mt 4.23) e a Ig reja não poderá segu ir outra ro ta. E nsinar a verdade, m in is tra r a P alavra , rev e la r os m isté rio s , re p a r t ir o tesouro, e is a ta re fa da E scola Dominical. P a ra essa m is­são, estão sendo convocados todos os homens de ideal e cheios do E sp írito Santo. E, como a cada soldado deve s e r oferecida

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a respectiva arm a, este Manual surge como um precioso instrum ento de trabalho para uma ação mais eficiente e eficaz de nossa Escola Dominical.

Deus recom pense a todos quantos foram usados por Sua sabedoria e graça, na preparação deste Manual. Seja ele lançado "sobre as águas", pois com certeza fru tificará. "Os que a muitos ensinam a justiça refulgirão como as es tre las para sem pre".

Pelo Conselho Adm inistrativo da Casa Publicadora das A ssem bléias de Deus

Túlio Barros Ferreira Presidente

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Introdução à segunda edição

D estina-se o modesto livro que o leitor tem em mãos a prover conhecimentos básicos a professores iniciantes da Escola Dominical, bem como re fo rça r os de p rofessores veteranos, contribuindo - assim crem os - para aumento de sua capacidade de ensino.

O breiros de qualquer categoria e experiência, por certo encontrarão nele subsídios úteis a seus m inistérios, seja na área do pastorado, do ensino ou da pregação, dado a va­riedade de assuntos tratados.

O curso contido neste compêndio não tem jam ais a p re ten ­são de se r completo. Por outro lado, a feição e disposição do seu conteúdo obedece a um plano previam ente elaborado para cursos de curta duração, objetivando facilitar a consulta e estudo e to rnar a leitura agradável.

O manual é fruto de nossas observações, vivência e labores no campo da Escola Dominical, em mais de 25 anos, no B rasil e fora dele. Durante quase todo esse tempo temos, pela m isericórd ia e graça de Deus, servido como professor de Escola Dominical.

Consultamos, sim, obras congêneres, porém o fator m a r­cante na elaboração e concatenação deste curso foi a nossa humilde experiência nas lides do ensino secular a serviço do Governo e ao mesmo tempo no âmbito da Igreja.

Em 1951 e noutras ocasiões subseqüentes, observei aten­tamente na outra América o funcionamento da Escola Domi­nical. Desde então comecei a fazer apontamentos e coligir dados para melhor se rv ir como professor da Escola Domi­nical. Depois, na Europa, durante algum tempo, fiz novas observações, enriquecendo minhas notas sobre o assunto.

Por fim, já bem recente, fomos convidados a m in is tra r um13

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curso da natureza deste, em certa á rea da cidade do Rio de Janeiro , ao qual Deus abençoou sobrem aneira. G lória ao Seu nome! Boa parte do m aterial do presente curso procede daquele que elaboram os então.

P arte do m aterial vem também de experiências vividas e colhidas quando na direção de Escolas, e organização de outras, através do vasto B rasil.

Em 1974, o colendo e dinâmico Conselho Administrativo da Casa Publicadora das A ssem bléias'de Deus, em sua p r i ­m eira reunião do ano, apreciou e aprovou a realização em escala nacional de um curso para professores da Escola Dominical, denominado Curso de Aperfeiçoamento de P rofes­sores da Escola Dominical - CAPED, visando tre in a r p ro ­fessores iniciantes e atualizar professores veteranos, cujo manual normativo tivemos a honra de escrever.

0 p rim eiro CAPED foi m inistrado no antigo Estado da Guanabara, por ocasião do Jubileu de Ouro das Assem bléias de Deus do Grande-Rio, em julho de 1974. Para esse curso, preparam os às p re ssa s a p rim eira edição mimeografada deste livro, dado a prem ência de tempo.

Agora vem a lume, escoimado de muitos senões da p r i ­m eira edição, o referido manual, já im presso.

A m atéria do manual pode se r m inistrada num curso intensivo de uma semana, num mínimo de 35 aulas, podendo se r desdobrado, para ab a rc a r uma m aior faixa de tempo, dependendo das circunstâncias locais e atendimento de ne­cessidades.

Unidade I - BibliologiaSendo a Bíblia o livro-texto da Escola Dominical, deve

se r o prim eiro assunto a se r estudado. Além disso, para serviço eficaz no reino de Deus, o preparo p rio ritá rio é o do coração, sendo a Palavra de Deus o elemento principal.

Unidade II - Doutrinas Bíblicas FundamentaisÉ evidente. Após conhecermos a Bíblia por fora (Unida­

de I), é m s te r conhecê-la por dentro (Unidade II), is to é, conhecer suas doutrinas e santos ensinos - os m esm os que dissem inam os na Escola Dominical.

Unidade III - Escola DominicalÉ o estudo do campo de trabalho que vamos explorar e

nele laborar. Sim, o p ro fesso r p rec isa conhecer os objetivos, 14

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a organização e a adm inistração da Escola Dominical, para bem conscientizar-se do alcance, im portância e responsabi­lidade de sua sublime m issão entre os homens.

Unidade IV - PedagogiaÉ o preparo do professor para ensinar. Tendo estudado

a Escola Dominical, é m iste r um estudo daquele de quem humanamente ela depende - o professor.

Unidade V - Psicologia EducacionalÉ o estudo do aluno. 0 professor se quiser te r êxito no

ensino, p rec isa não somente conhecer a m atéria que ensina (A Bíblia), mas também seu campo de aplicação - o aluno. Podemos aprender sem professor, mas não podemos ensinar sem aluno. Pedagogia e Psicologia Educacional são m atérias gêm eas. In terpenetram -se. Form am um todo.

Cada capítulo do livro é seguido de um questionário para conveniência do le itor na retenção da m atéria ou sua u tiliza­ção em atividades discentes. Uma exceção é feita na UnidadeII que tem um questionário único.

No final do volume o le itor encontrará um índice rem is­sivo para sua conveniência em consulta rápida.

Uma palavra final que reputamos oportuna: Se não ensi­narm os a Palavra de Deus às nossas crianças e novos con­vertidos, outros o farão, inoculando neles o veneno do e rro e das tendências negativas. 0 futuro espiritual deles depende, pois, do que lhes ensinarm os agora, da parte de Deus.

Por outro lado, se não treinarm os nossos professores, eles procurarão m elhorar seus conhecimentos bíblicos de outra m aneira, para fazerem face às necessidades com que se deparam ante alunos cada vez mais ávidos de saber. Não há poder suasório capaz de estim ular um aluno a freqüentar uma Escola Dominical onde ele ouve sem pre o que já sabe, ou aprende sozinho e com menos esforço aquilo que depois lhe é ensinado.

A m aior necessidade do inconverso é a pregação ungida, das boas-novas de salvação. A m aior necessidade dos c ren ­tes é o sagrado ensino da Palavra, no poder e unção do Espírito . O plano de Deus é que todos os homens se salvem, e cheguem ao pleno conhecimento da verdade, e não ao con­trá r io disso (I Tm 2.4 ARA).

Onde na Igreja, pode esse ensino se r m inistrado de modo15

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gradual, seguido, metódico, senão na Escola Dominical?Se Deus for glorificado, e vidas edificadas na P alavra de

Deus, e Escolas Dominicais plantadas, edificadas e aum enta­das em número e qualidade, como resultado do estudo e aplicação deste curso, nisto está a nossa recom pensa.

A Deus, nosso am oroso Pai C elestial, infinitamente m i­sericordioso, poderoso e sábio, toda glória e louvor, agora e por toda eternidade .*

Rio de Janeiro, RJ em fevereiro de 1975Antonio Gilberto

Departamento de Escola Dominical CASA PUBLIC ADORA DAS ASSEMBLÉIAS DE DEUS

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Unidade I

Bibliologia

Sumário da Unidade

Cap. I - Considerações introdutórias sobre a B íb lia .... 18Cap. II - A Bíblia e sua h istória ........................................... 26Cap. III - A Bíblia e sua estru tu ra ........................................ 38Cap. IV - A Bíblia e sua mensagem ....................................... 45

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Unidade I Capítulo I

CONSIDERAÇÕES INTRODUTÓRIAS SOBRE A BÍBLIA

Sumário do CapítuloI. O que é a Bíblia, 18

II. Porque devemos estudar a Bíblia, 18III. Como devemos estudar a Bíblia, 19IV. Como podemos entender a Bíblia, 20V. O bservações úteis e p rá ticas no manuseio e estudo da

Bíblia, 21 VI. Fontes de consulta, 24

I. QUE É A BÍBLIA.É a revelação de Deus à humanidade. Seu Autor é Deus

mesm o. Seu rea l in té rp re te é o E sp írito Santo. Seu assunto cen tral é o Senhor Jesus C risto . E sta atitude para com a Bíblia é de capital im portância para o êxito no Seu estudo. Nossa atitude para com a Bíblia m ostra nossa atitude para com Deus. Sendo a Bíblia a revelação de Deus, ela ex p res­sa a vontade de Deus. Ignorar a Bíblia é ignorar e ssa vonta­de. Certo au tor anônimo corre tam ente declarou: "A Bíblia é Deus falando ao homem; é Deus falando a través do homem; é Deus falando como homem; é Deus falando a favor do homem; m as é sem pre Deus falando!"

II. PORQUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIAD entre as m uitas razões destacarem os algumas:1. Porque ela ilumina o caminho para Deus (SI 119.105,

130).2. Porque ela é alimento espiritual para o crescimento

de todos (J r 15.16: I Pe 2.1,2). Sabemos que a boa saúde aguça o apetite . Tens bom apetite pela Bíblia? Se só tens18

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apetite por le itu ras sem proveito, te rá s fastio pela Bíblia,0 que é um mau sinal. Cuida d isso ...

3. Porque ela é o instrumento que o Espírito Santo usa na sua operação (Ef 6.17). Se queres que o E spírito Santo opere em ti, inelusive no m in istério da oração (Jd v.20), procura te r o instrum ento que Ele utiliza - a P alav ra de Deus. É que na oração p recisam os ap o ia r 'n o ssa fé nas p rom essas de Deus, e e ssas p rom essas estão na Bíblia!

III. COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIADentre as vária s form as destacam os algum as.1. Leia a Bíblia conhecendo seu Autor: Deus, (J r 1.12;

Is 34.16). A ssim sendo, Ele m esm o no-la reve lará (Lc 24.45;1 Co 2.10,12,13). Ninguém pode m elhor explicar um livro do que o seu autor. A Bíblia é um livro de com preensão fácil e ao m esm o tempo difícil, m as, se conhecermos o seu Autor a com preensão to rn a -se m ais fácil.

2. Leia a Bíblia diariamente (Dt 17.19). Fazendo assim , a lim en ta r-te -á s d iretam ente na m esa divina. O cren te que não lê sua Bíblia, só recebe este alim ento quando alguémo põe em sua boca... C onsidera perdido o dia em que não le res tua Bíblia.

3. Leia a Bíblia com oração (Ef 1.16,17; SI 119.18). Na presença do Senhor em oração, as coisas ocultas são r e ­veladas. Quando lemos a Bíblia Deus fala conosco, quando oram os falam os com Deus. A Bíblia e a oração com ple­tam -se .

4. Leia a Bíblia aplicando-a a s i próprio. Há pessoasque na le itu ra da Bíblia, tudo que é bênção, conforto, p ro ­m essas , elas aplicam a si; tudo o que é am eaça, exortação, aviso, aplicam aos outros. Leia a Bíblia na atitude de Jo ­sué para com o Senhor, m anifesto como varão (um dos casos de teofania do Antigo Testam ento), conforme está narrado em J s 5.14b: "Que diz meu Senhor ao seu servo?" Nãodevemos "im portar" m ensagens para a Bíblia e sim "expor­ta r" dela. Muitos não recebem nada da Bíblia, porque já se acercam dela com suas p ró p rias idéias, sua p rópria "teologia", querendo enxertar tudo isso na revelação divina. Cheguemos à Bíblia de mente limpa e coração aberto e receptivo à sua divina m ensagem e serem os abençoados.

5. Leia a Bíblia toda. Na Bíblia, nada é dito duma vez, nem uma vez por todas. Conclusão: se você não le r a Bíblia

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toda não pode conhecer a verdade com pleta. Não esp eres com preender a B íblia toda (Dt 29.29). É evidente que Deus sabe infinitam ente m ais que todos os homens juntos. A Bíblia sendo um livro divino é inesgotável. Não ex iste en tre os homens ninguém "formado" na Bíblia. Comoo irm ão pensa entender um liv ro que nem sequer o leu todo ainda?

IV. COMO PODEMOS ENTENDER A BÍBLIAIsto é, condições para entenderm os a Bíblia. Aqui estão

algumas:1. Crendo nós sem duvidar, no que ela ensina. A dúvida

é um im pecílio à com preensão das E sc ritu ra s (Lc 24.21,25).2. Lendo-a por amor e prazer e com fome de aprender

as coisas de Deus (Pv 2.3-5; I Pe 2.2; Mc 12.37). O irm ão já notou a fome que têm os recém -nascidos? As m ães queo digam!!! Como está o seu apetite esp iritua l pela Palavra de Deus? Com a mente devemos aprender e m em orizar a Bíblia, e com o coração am á-la (Hb 10.16). Há pessoas que sabem quase a Bíblia toda de m em ória. Isso é louvável. Contudo, é m elhor um versícu lo no coração, sendo amado e obedecido, do que dez na cabeça... "Ponde no coração" (Dt 6.6). É de a d m ira r haver pessoas que acham tempo para le r, ouvir e ver tudo, menos a P alavra de Deus. Resultado: comem tanto o u tras coisas que perdem o apetite pela P a la ­vra de Deus. É justo e p róprio le r boas co isas, m as, tom ar m ais tem po com as E sc ritu ra s . É também de e s ta r ­re c e r o fato que m uitos líderes de ig re jas não levam seu povo a le r a Bíblia. Ao crente não basta a s s is t ir aos cultos, ouvir serm ões e testem unhos, a s s is t ir a estudos bíblicos, le r boas obras de cultura bíblica e gera l. É p rec iso a le itu ra bíblica individual, pessoal, diuturna e seguida.

3. Crescendo sempre espiritualmente. Deus não pode rev e la r uma coisa para a qual você não tem es ta tu ra e sp i­ritual (Hb 5.13,14; Mc 4.33). C riancinhas só podem com er coisas leves. P ro cu re ap rofundar-se na sua vida esp iritua l. Nossa com preensão da Bíblia depende em grande p a rte da profundidade da nossa comunhão com Deus. A planta da parábola definhou e m orreu porque o te rren o era ra so (Mt 13.5,6. Sim, a Palavra de Deus deve s e r estudada, ao m esm o tempo em que o Deus da Palavra deve se r am ado e adorado.

4. Sendo cheio do Espírito Santo. Ele conhece a s coisas profundas de Deus (I Co 2.10).20

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5. Sendo humilde (Tg 1.21). Deus revela Suas co isas aos humildes (Mt 11.25), isto é, os subm issos ao Senhor e obe­dientes à Sua P alavra . Quanto m aior for a nossa comunhão com Deus, m ais humildes serem os. Numa á rv o re fru tífe ra os galhos m ais carregados são os que se abaixam m ais. A graça de Deus está reservada p ara os hum ildes (I Pe 5.5). Quando chove, os te rren o s m ais baixos são os p rim e iro s que recebem água com abundância...

6. Disposição de agradar a Deus. Estando disposto a obedecer à verdade revelada (Pv 2.1,2,5; do 7.17; 13.17; SI 119.33). P a ra isso ao le re s a Bíblia ap lica-a p rim e iro a ti mesmo. Evita s e r apenas curioso e especulador.

7. Participando de reuniões de estudo bíblico. Deus tem vasos escolhidos não só p ara p reg a r m as tam bém p ara e n s i­nar (I Co 12.28). Há cren tes que gostam de todos os tipos de reuniões, menos as de estudo bíblico. Devemos q uerer se r de Apoio - o pregador, m as também de Paulo - o m estre (I Co 3.4).

V. OBSERVAÇÕES ÚTEIS E PRÁTICAS NO MANUSEIO E ESTUDO DA BIBLIA

A. QUANTO AO MANUSEIO DA BÍBLIA1. Apontamentos individuais. H abrtue-se a tom ar notas

de suas m editações na P alav ra de Deus. A m em ória falha com o tempo. D istribua seus apontamentos p o r assuntos previam ente escolhidos e destacados uns dos ou tros. Use um livro de folhas soltas (livro de argola) com projeções e índice, p ara isso . Se não houver organização nos aponta­mentos, eles não p re s ta rã o serv iço algum.

2. Aprenda a ler e escrever referências bíblicas. O s is te ­ma m ais sim ples e rápido para e sc re v e r re ferên c ias bíblicas é o adotado pela Sociedade Bíblica do B rasil: duas le tra s , sem ponto abreviativo, p ara cada livro da B íblia. E ntre capítulo e versícu lo põe-se apenas um ponto. No índice das Bíblias editadas pela SBB pode v e r-se a lis ta dos livros assim abreviados.

Exemplos de referências por esse sistem a:I Jo 2.4 (I João capítulo 2, versícu lo 4)Jó 2.4 (Jó capítulo 2, versícu lo 4).Jn 2.4 (Jonas capítulo 2, versícu lo 4).I Pe 5.5 (I Pedro capítulo 5, versículo 5).Fp 1.29 (F ilipenses capítulo 1, versícu lo 29).

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Fm v.14 (Filem om versículo 14).O sistem a tradicional adota dois pontos (:) en tre capítulo

e versículo, não tendo padronização na abreviatura dos liv ros.

3. Diferença entre texto, contexto, referência, inferência.

a . Texto. Sãç as palavras contidas numa passagem .b. Contexto. É a parte que fica antes e depois do texto

que estam os lendo. 0 contexto pode s e r imediato ou remoto. Pode se r um versículo, um capítulo ou um livro in teiro , como é o caso de P rovérbios.

c. Referência. É a conexão d ire ta sobre determ inado assunto. Além de indicar livro, capítulo e versículo, a re fe ­rência pode levar ou tras indicações; depende da clareza que se queira dar, como:

- Indicação da p arte inicial de um versículo: Rm 11.17a.- Indicação da parte final de um versículo: Rm 11.17b.- Indicação de versículos que se seguem ou não até o fim

do capítulo em estudo: Rm 11.17ss.- Recomendação para não se deixar de le r o texto indicado

no momento: "qv". Vem da expressão latina quod vide = que veja.

- Recomendação para que se com pare; confira ou confron­te o texto indicado: "cf". Vem do latim "confere".

As referências podem se r verbais ou reais, estas também cham adas autênticas. Referência verbal é um paralelism o de palavras; a rea l, de idéias. Se isto não for levado em consideração pelo p ro fesso r, pode conduzir a graves e rro s de com preensão e in terpretação do texto bíblico.

As verbais nem sem pre tra tam do mesm o assunto. Por exemplo: o vocábulo Fé tem vários sentidos nas E sc ritu ras . Outro exemplo é o vocábulo Lei, que só na Epístola aos Ro­manos aparece com vários sentidos. Também "sabedoria" em P rovérb ios é divina; em E cles ias te s é humana. A re fe ­rência verbal pode se r de nomes p róprios, como por exemplo em Ed 8.16, onde tem os num m esm o versículo m ais de uma pessoa com o m esm o nome. Cuidado, pois!

Já as referências rea is ou autênticas tratam sem pre do m esm o assunto. P o r exemplo: Zc 14.4,5 e Jd v. 14 são referênc ias sobre a volta de C risto em glória, quando Seus pés tocarão o Monte das O liveiras. Outros do mesmo grupo são: Ap 1.7; Mt 25.31; II Ts 2.8; Ap 19.11ss.22

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d. Inferência. É uma conexão indireta en tre assuntos. Uma ilação ou conclusão que se faz.

4. Manuscritos bíblicos e Versões da Bíblia. Manuscritossão cópias dos orig inais. V ersões são traduções de m anus­critos. Quanto aos m anuscritos originais, disso falarem os no capítulo seguinte.

5. Siglas das diferentes versões em vernáculo. 0 usodessas siglas poupa tempo e facilita o trabalho do p ro fes­so r ou estudante da B íblia.

- ARC: Almeida Revisada e Corrigida. É a Bíblia antiga de Almeida, que vem sendo im pressa desde 1951 pela Im prensa Bíblica B ras ile ira .

ARA: Almeida Revisada e Atualizada. É a Bíblia de Almeida, revisada e publicada pela Sociedade Bíblica do B rasil, completa, a p a r tir de 1958.

FIG: Antonio Pereira de Figueiredo. Atualmente é im ­p ressa pela Sociedade B íblica B ritânica e E strange ira , Londres.

SOARES: Matos Soares. V ersão popular dos católicos b rasile iro s (Edições Paulinas).

RHODEN: Huberto Rhoden. V ersão p articu la r desse ex- -padre b rasile iro .

CBSP: Centro Bíblico de São Paulo. Edição católica popular da Bíblia, São Paulo.

TR BR: Tradução Brasileira, publicada inicialm ente em 1917.

VIBB: Versão da Imprensa Bíblica Brasileira. P ara detalhes dessas versões ver o Cap. II.

6. 0 tempo cronológico antes e depois de CristoÉ indicado pelas le tras :- AC= Antes de C risto . São as iniciais dessas duas

palavras.- AD= Do latim "Anno Domini", isto é, ano do Senhor,

em alusão ao nascim ento de Jesu s. Logo, "AD" corresponde a depois de Cristo.

Cômputo dos Séculos- Século I. Compreende os anos 1 a 100 AD.- Século II. Compreende os anos 101 a 200 AD.- Século III.Anos 201 a 300, e assim por diante.V er m ais sobre isso no Cap. IV da presente Unidade.

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7. Manuseio do volume sagrado.Obtenha completo domínio no manuseio da Bíblia, afim de

encontrar com rapidez qualquer referência bíblica. Jesus tinha essa habilidade. Em Lc 4.17 diz que Ele "achou o lugar onde estava escrito". Ora, naquele tempo, isso era muito m ais difícil do que hoje, com o progresso da indústria gráfica, visto que naquele tempo os livros tinham a forma de rolos. Não era tão fácil achar a passagem que se queria.

B. QUANTO AO ESTUDO DA BÍBLIA1. Conhecemos a Deus, de fato, não prim eiram ente es tu ­

dando a Bíblia, m as am ando-0 de todo o coração, crescendo em comunhão com Ele (I Jo 4.7; Jo 14.21,23).

2. A Bíblia é destinada ao coração (para se r amada), e à mente (para se r estudada, entendida), Hb 10.16.

3. É nulo o conhecimento esp iritual destituído de fé (Hb 4.2).VI. FONTES DE CONSULTA

O professor p rec isa te r sua biblioteca particu lar. O g ran ­de apóstolo Paulo tinha suas fontes de consulta (II Tm 4.13). Sempre houve muitos livros no mundo. Salomão no seu tempo já dizia: "Não há lim ite para fazer livros" (Ec 12.12). Não se tra ta de te r muitos livros, mas tê -lo s bons, sadios, ab ran ­gendo cultura secu lar e cultura bíblica em geral. Livros há que só servem para alim entar o fogo (At 19.19). Aqui estão algumas boas fontes de consulta:- A Bíblia. Se possível, todas as legítim as versões em

português.- D icionário de Português @- Dicionário Bíblico- G ram ática da Língua Portuguesa- Concordância Bíblica- Chave Bíblica- Comentários Bíblicos- Manuais de Doutrina- Atlas Bíblico- Didática Aplicada- Apontamentos individuais (caderno ou fichário)

Observações sobre fontes de consulta:- Os livros são bons, mas não substitutos da Bíblia.- Há pessoas que após lerem determ inado livro, passam a 24

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se r um m ero eco ou reflexo dele. Devemos s e r cautelosos nisso.- Há divergência en tre autores de livros, dado as diferentes escolas e co rren tes teológicas; mas na Bíblia não há d ive r­gência! Portanto ela é sem pre a autoridade suprem a e principal; a pedra de toque.- Devemos estudar a Bíblia não pela luz deste ou daquele teólogo, m as pela luz do E spírito de Deus, sentindo sem pre Seu toque, d ireção e prumo.- Não devemos levar m ais tempo com os livros do que com a Bíblia mesm a.

QUESTIONÁRIO

1.Que é a Bíblia, em resum o?2. Qual o assunto central da Bíblia?3. Dê trê s razões por que devemos estudar a Bíblia. A cres­

cente raferênc ias bíblicas.4. Dê trê s razões como devemos estudar a Bíblia. A crescente

referências bíblicas.5. Dê trê s razões como podemos entender a Bíblia. A cres­

cente referênc ias bíblicas.6. Como fazer apontamentos de meditações na Palavra?7. Qual o sistem a m ais sim ples e rápido de e sc rev er re fe rên ­

cias bíblicas? Dê exemplo.8. Em se tratando do texto bíblico, qual a diferença entre

- Texto- Contexto- Referência- Inferência?

9. Que é referência verbal?10. Que é referência real ou autêntica?11. Indique abreviadam ente por sig las, as diferentes versões

em português.12. A que anos da era c ris tã corresponde o Século II AD?13. Como podemos c re sce r no conhecimento de Deus? Dê

referências.14. A Bíblia é determinada à mente humana - para quê? E,

ao coração para quê? Cite a competente referência.15. Em que resu lta o conhecimento das coisas esp irituais des­

tituído de fé? Dê a referência estudada.25

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Unidade I Capítulo II

A BÍBLIA E SUA HISTÓRIA

Sumário do CapítuloL M ateriais em que a Bíblia foi originalm ente esc rita . 26

II. Form atos prim itivos da Bíblia, 27III. O tipo de e sc rita prim itiva da Bíblia, 27IV. As línguas originais da Bíblia, 27V. Os esc rito res da Bíblia, 27

VI. A origem do nome "Bíblia", 28VII. Que é a Bíblia, 28

VIII. M anuscritos originais da Bíblia, 29 IX. Fam osas traduções da Bíblia, 30 X. A Bíblia em português, 31

XI. As Bíblias de edição Católico-Romana. Os apócrifos, 33XII. A Bíblia hebraica, 34

XIII. As Sociedades Bíblicas, 35XIV. As modernas versões da Bíblia, 36

D istingue-se na Bíblia duas coisas em resumo: o liv ro e a mensagem. Na Bíblia como livro de Deus, vemos dois aspectos: sua h istó ria e sua estru tu ra . Este capítulo ocupa- -se da h istória; o próxim o, tra ta da estru tu ra . O último, t r a ­ta da Bíblia como a mensagem de Deus.

I. MATERIAIS EM QUE A BÍBLIA FOI ORIGINALMENTE ESCRITA.

Os principais foram dois: papiro e pergaminho. O papiro e ra extraído de uma planta aquática desse mesmo nome. Há várias menções dele na Bíblia, como por exemplo Jó 8.11; Ex 2.3; Is 18.2; II Jo v .12. De papiro deriva o term o papel. Seu uso na e sc rita vem de 3.000 AC, no Egito.

Pergaminho é a pele de anim ais, curtida epreparada para26

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esciT*r. É m ateria l superior ao papiro, porém de uso mais recente do que aquele. Teve seu uso generalizado, a p a r tir do início do Século I, na Ásia Menor. É também citado na Bíblia, exemplo: II Tm 4.13.

fã. FORMATOS PRIMITIVOS DA BIBLIAC Foram dois: rolos e códices. Eram esses os form atos ? dos livros antigos. 0 rolo e ra um rolo de fato, feito de ] papiro ou pergaminho. E ra p reso a dois cabos de m adeira ) para facilidade de manuseio. Cada livro da Bíblia era um ( rolo em separado. Naquele tempo ninguém podia conduzir \ pessoalm ente a Bíblia como fazemos hoje... O que tornou { isso possível foi a invenção do papel no Século II pelos chine- v ses, e a do prelo de tipos móveis pelo alemão Gutenberg em > 1450 AD, possibilitando o formato dos livros atuais.( O códice é uma obra no form ato de livro de grandes pro- ( porções. Nosso vocábulo livro vem do latim liber, que sig-1 nificou prim eiram ente casca de árvore, depois livro.

flll. O TIPO DE ESCRITA PRIMITIVA DA BIBLIAE ra m anuscrito. Tudo e ra feito pelos escribas de modo

laborioso, lento e oneroso. Desse tempo para cá, Deus tem abençoado m aravilhosam ente a difusão do Seu L ivro, de modo que hojf1 em dias milhões e milhões de exem plares são im ­preco ' 3 em muitos pontos do globo com rapidez e facilidade em m odernas im presso ras.

IV. \S LÍNGUAS ORIGINAIS DA BÍBLIA.tk <j pfii.einais são duas: hebraica, para o Antigo T esta -

i. . „ n 3 ? para o Novo Testam ento. Foi nessas lín­guas que a Bíbiia foi inspirada. As traduções só conservam a inspiração quando reproduzem fielmente o original.

V. OS ESCRITORES DA BÍBLIA.A existência da Bíblia, abrangendo seus esc rito res ,

sua form ação, composição, preservação e transm issão , só pode se r explicada como m ilagre de Deus, ou m elhor: Deus é seu autor. Foram cerca de 40 os e sc rito re s da Bíblia. Deste modo, a Palavra E scrita de Deus foi-nos dada por canais humanos, assim como o foi a Palavra Viva - C risto (Ap 19.13). E sses homens pertenceram às m ais variadas profissões e atividades, escreveram e viveram distante uns dos outros em épocas e condições diferentes. Levaram

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iDUU anos p a ra e s c r e v e r a t í ib iía . A p esa r de todas e s s a s d ificu ld ad es , e la não contém e r r o s nem co n tra d içõ es . Há s im d ificu ld ad es na co m p re en são , in te rp re ta ç ã o , trad u ç ão , a p lic a ç ã o , m a s is s o do lado hum ano, devido a n o ssa in c a p a ­c id ad e em todos os sen tid o s .

VI. A ORIGEM DO NOME "BÍBLIA".E s te nom e co n sta apenas da capa da B íblia m as não o

vem os a t ra v é s do volum e sag rad o . F o i p r im e ira m e n te a p l i ­cado p o r Jo ão C risó s to m o , g ran d e re fo rm a d o r e p a t r ia r c a de C onstan tinop la (398-404 AD). O vocábulo "B íb lia" s ig n ifica e tim o lo g icam en te "co leção de liv ro s p eq u en o s” , is to porque os l iv ro s da B íb lia são pequenos, fo rm ando todos um volum e não m uito g ran d e com o tão bem conhecem os. De fato , a B íb lia é um a co leção de liv ro s , p o rém , p e rfe ita m e n te h a r ­m ônicos e n tre s i . E devido a is s o que a p a la v ra b íb lia sendo p lu ra l no g reg o p a sso u a s e r s in g u la r nas línguas m odernas.

À folha de p a p iro p re p a ra d a p a ra e s c r i t a , os g reg o s cham avam , "b ib lo s" . Ao ro lo pequeno de p ap iro , o s g reg o s cham avam "b ib lio n ", e ao p lu ra l d e s te cham avam "b ib lo s ’'. P o rta n to o vocábulo B íb lia d e r iv a da língua g re g a . Os vocábulos "b íb lia" e "b ib lion" constam do Novo T estam en to g re g o , m as não r e fe re n te à p ró p r ia B íb lia :

- "B íb lia ” : Jo 21.25; II T m 4.13; Ap 20.12; l)n 9.2 (heb)- "Biblion": Lc 4.17; Jo 20.30.

VII. QUE É A BÍBLIAÉ a re v e la ç ã o de D eus à hum anidade. É a defin ição

canôn ica m a is c u r ta da B íb lia . Tudo o que Deus tem p r e ­p a ra d o p a ra o hom em , bem com o o que E le re q u e r do hom em , e tudo o que o hom em p re c is a s a b e r e sp ir i tu a lm e n te da p a r te dE le quanto a sua re d e n ç ã o e fe lic id ad e e te rn a , e s tá rev e lad o na B íb lia . Tudo o que o hom em tem a fa z e r é to m a r a P a la v ra de Deus e a p r o p r ia r - s e dela pela fé. O a u to r da B íb lia é D eus; seu re a l in té rp re te é o E s p ír i to Santo, e seu a ssu n to c e n tra l é o S enhor J e s u s C r is to . O hom em deve le r a B íb lia p a ra s e r sáb io , c r e r na B íb lia p a ra s e r sa lv o e p r a t ic a r a B íb lia p a ra s e r san to ou san tif icad o . A co leção com ple ta dos liv ro s d iv inam en te in sp ira d o s c o n s ti­tu indo a B íb lia é cham ada cânon.

Os nomes canônicos m ais comuns do Livro Sagrado são:- E s c r i tu r a s ou S ag rad as E s c r i tu r a s : Mt 21.42; lím 1.2.- L iv ro do S enhor, Is 34.16.

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- a F a i a v r a ae jueus, m c í . i ô ; h d Hk.iz.- O rácu lo s de D eus, Rm 3.2.

VIII. MANUSCRITOS ORIGINAIS DA BÍBLIA E CÓPIAS DE ORIGINAIS.

M an u scrito s q r ig in a is , is to é, sa íd o s das m ãos dos e s c r i ­to r e s , não ex is te nenhum conhecido no m om ento . D eus na Sua p ro v id ên c ia p e rm itiu is s o . Se e x is t is s e a lgum , os hom ens o a d o ra r ia m m ais do que o seu divino A utor. A se rp e n te de m e ta l p o s ta e n tre os i s r a e l i ta s com o m eio de aux ílio à fé em D eus (Nm 21.8 ,9; Is 45.22), foi depois id o la tra d a p o r e le s (II R s 18.4). Deus cuidou do sep u ltam en to de M oisés e ocultou o seu lo ca l p o rque c e r ta m e n te o povo a d o ra r ia seu co rpo , (D t 34 .5 ,6). O D iabo tinha in te r e s s e na id o la tr ia e contendeu com o a rc a n jo que p ro ced eu ao fu n e ra l de M oisés (Jd v .9). M ilhões, em m u ita s t e r r a s ad o ra m a c ru z de C r is to , ao invés do C r is to da c ru z . É tam bém o c a so da v i r ­gem m ãe de J e s u s C ris to , que m ilh õ es a d o ra m -n a m a is do que ao F ilho .

A lém d is so , tem o s a c o n s id e ra r o seg u in te , h is to r ic a m e n ­te , quanto a in e x is tê n c ia de m a n u sc r ito s o r ig in a is :

1) E ra costum e dos judeus e n t e r r a r os m a n u sc r ito s e s t r a ­gados pelo uso ou q u a lq u er o u tra ca u sa , p a ra e v i ta r sua m u ­ti la ç ã o ou in te rp o la ç ã o e s p ú r ia .

2) Os r e is id ó la tra s e ím p io s de I s r a e l podem te r d e s ­tru íd o m u ito s ou con tribu ído p a ra is s o , com o é o caso d e s c r ito em J r 36 .20-26 .

3) O m o n s tro A ntíoco E p ífan es , r e i da S ír ia (175-164 AC), d u ran te seu re in ad o dom inou so b re toda a P a le s t in a . F o i hom em e x tre m a m e n te c ru e l . T inha p r a z e r em a p l ic a r t o r ­tu r a s . D ecidiu e x te rm in a r a re lig iã o ju d a ica . A sso lou J e ­ru s a lé m em 168 AC. p ro fanando o tem plo e d e s tru in d o todas a s cóp ias que achou das E s c r i tu r a s .

4) Nos d ia s do fe ro z im p e ra d o r rom ano D eocleciano (284-305 AD), os p e rs e g u id o re s dos c r is tã o s d e s tru íra m quan tas cóp ias a ch a ram d as E s c r i tu r a s . D u ran te 10 anos D eocleciano m andou v a sc u lh a r o im p é rio v isando d e s t r u i r todos os e s c r i to s s a g ra d o s . Chegou a c r e r que tiv e s se d e s tru íd o tudo, po is m andou cun h ar um a m oeda com em orando ta l v itó ria .

A l i te r a tu r a ju d a ica a f irm a que a m issã o da cham ada G rande S inagoga, p re s id id a p o r E s d ra s , foi r e u n ir e p r e s e r ­v a r os m a n u sc r ito s o rig in a is do A ntigo T es tam en to - os de

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que se serv iram os Setenta no preparo da Setuaginta - a p rim eira tradução das E scritu ras.

Os textos em língua original de que se utilizam os atuais eruditos no preparo das modernas versões, são reproduções das atuais cópias de originais.

Cópias de manuscritos originais, llá inúm eras, em várias partes do mundo. D isco rrer sobre elas, foge ao escopo desta obra. E sses m anuscritos existentes harm onizam -se adm iravelm ente, assegurando-nos assim da sua autentici­dade. Uma confirm ação disso vemos nos Manuscritos do Mar Morto. Resumo: Em 1947, próximo ao Mar Morto foi descoberto um m anuscrito do profeta Isaias, em forma de rolo, escrito em hebraico, datado do ano 100 AC, sendo assim mais velho que o m ais antigo m anuscrito bíblico até então conhecido! (Muitos outros rolos foram também encontrados e centenas de fragm entos de outras obras). Pois bem, o texto desse m anuscrito quando comparado com o das nossas Bíblias, concorda plenamente. Esta 6 uma prova singular da autenticidade das E scritu ras , ao considerarm os que o citado m anuscrito de Isaías tem agora mais de 2000 anos de existência!

Os m anuscritos bíblicos são sem pre indicados pela abreviatura MS. (O autor fornece à pedido, mediante reem ­bolso, um estudo completo dos m anuscritos bíblicos - sua evolução histórica até aos nossos dias).

IX. FAMOSAS TRADUÇÕES DA BÍBLIA.1. A Setuaginta. Foi a p rim eira tradução da Bíblia.

Local: Alexandria, no Egito. Tempo: cerca de 285 AC. A tradução foi feita do hebraico para o grego. Compreendia só o AT, é evidente. Foi a Bíblia que Jesus e Seus apóstolos usaram . A mais antiga cópia da Setuaginta está na bibliote­ca do Vaticano. Data de 325 AD.

2. Vulgata. É uma tradução da Bíblia toda, feita por Je- rônimo, concluída em 405 AD. Local: Belém, Palestina. Jerônim o foi um notável erudito da igreja que estava em Roma, a qual nesse tempo ainda mantinha pureza espiritual. A tradução foi feita do hebraico para o latim - a língua oficial do Império Romano. É ela a versão oficial da Igreja Romana deste o Concilio de Trento (1546 AD).

3. A Versão Autorizada ou Versão do Rei Tiago. Local da tradução: Inglaterra. Tempo: 1611 AD. Essa versão é até hoje a predileta dos povos de fala inglesa. O povo inglês 30

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tem alta veneração pela Bíblia. Ela formou a mentalidade desse povo, e é tida como seu sustentáculo e seu m aior legado.

4. Traduções da Bíblia até agora. A Bíblia toda ou emparte acha-se traduzida em 1500 línguas, assim :

- A Bíblia toda ................................................. 255 línguas- Só o Novo Testamento ............................. 346 línguas- Porções ....................................................... 899 línguas

X. A BÍBLIA EM PORTUGUÊS.A prim eira tradução da Bíblia em português foi feita

por um evangélico: o pastor João F e rre ira A. d'Almeida. Fato in teressante é que o trabalho foi realizado fora de de Portugal. A cidade foi Batávia, na ilha de Java, no Ocea­no Índico. Hoje, essa cidade cham a-se D jacarta, capital da República da Indonésia. Almeida foi m inistro do Evan­gelho da Igreja Reformada Holandesa, a mesm a que evange­lizou no B rasil, com sede em Recife durante a ocupação holandesa, no Século XVII. Nasceu em Portugal, perto de Lisboa, em 1628. Faleceu em Java em 1691. A Igreja Católica através do tribunal da Inquisição, não tendo podi­do queimá-lo vivo, queimou-o em estátua, em Goa, antiga possessão portuguesa na índia. E ssa Igreja nem mesmo agora, no chamado Ecumenismo, se desculpou de ta is coisas.

1. A Versão de Almeida.O Novo Testamento. Almeida traduziu p rim eiro o Novo

Testamento, o qual foi publicado em 1681 em Am sterdam , Holanda. Na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, há um exem plar da 3a. edição do NT de Almeida, feita em 1712.

O Antigo Testamento. Almeida traduziu o AT até o livro de Ezequiel. A essa alturà Deus o chamou para o la r ce les­tial, em 1691. M inistros do Evangelho, amigos seus, te r ­m inaram a tradução, a qual foi publicada completa em 1753. A Sociedade Bíblica Britânica e E strangeira, de Londres, começou a publicar a tradução de Almeida em 1809, apenas o Novo Testam ento. A Bíblia completa num só volume, a p a rtir de 1819. O texto em apreço foi revisado em 1894 e 1925. A Bíblia de Almeida foi publicada a p rim eira vez no B rasil em 1944 pela Imprensa Bíblica Brasileira, organização batista. A Sociedade Bíblica Britânica e E strangeira tem sido maravilhosam ente usada por Deus na dissem inação da Bíblia em português, em trabalho pioneiro e continuado.

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A Versão ARC (= Almeida Revisada e C orrigida). A Im­prensa Bíblica B rasile ira , publicou em 1951 a edlyuo revista e corrig ida, abreviadam ente conhecida por ARC.

Í'A Versão ARA (= Almeida Revisada e Atualizada). Uma /com issão de especia listas b ras ile iro s trabalhando do 1945 a

1955, preparou a Edição Revisada e Atualizada do Almeida, conhecida abreviadam ente por ARA. É uma obra magnífica, com m elhor linguagem e m elhor tradução. O NT foi publi­cado em 1951. 0 AT, em 1958. A publicação é da Sociedade Bíblica do B rasil. Foi usado o texto grego de NonUi* para o NT e o hebraico de L ette ris para o AT.

^Comissão Permanente Revisora do ARA. ltevisão é uma atualização do texto em vernáculo, para que se o enten­da m elhor. Razão: uma língua viva evolui como todas as coisas vivas. Há uma com issão perm anente de revisão da ARA, mantida pela Sociedade Bíblica B rasile ira , acom pa­nhando os p rog ressos da crítica textual.

2. Antonio Pereira de Figueiredo. Padre católico romano. Grande la tin ista. Editou o NT em 1778 e o AT em 1790. Tradução feita em Portugal.

3. A "Tradução Brasileira". Feita por uma com issão de teólogos b ra s ile iro s e estrangeiros, ü NT foi publicado em 1910 e o AT em 1917. É tradução mui fiel ao original. Esgotada.

4. Huberto Rhoden. Padre b ras ile iro , de Santa Catarina. Foi publicada em 1935. E sse padre deixou a Igreja Romana. É versão muito usada na crítica textual. Esgotada.

5. Matos Soares. Também padre b rasile iro . Traduziu da Vulgata. Foi publicada no B rasil em 1946. Já o era em Portugal desde 1933. É a Bíblia popular dos católicos ro ­manos de fala portuguesa. Um grave inconveniente são os itálicos que às vezes são m ais extensos do que o texto em si, e conduzem a preconceitos e tendências.

6. A Versão da Imprensa Bíblica Brasileira. A 1BB lançou em 1968, após longos anos de cuidadoso trabalho, uma nova versão em português, conhecida como VIBB, b ase­ada na tradução de Almeida. A edição de 1968 apareceu apenas em form ato de púlpito. Em 1972 foi lançado o form ato popular, comum. N essa versão foram utilizados os melho­res testos em hebraico e grego. Ótima versão.

7. Outras V ersões. A Igreja Católica Romana tem pu­blicado m ais edições dos Evangelhos e Novo Testam ento. Os itálicos, notas e apêndices, conduzem, é claro , às dou- 32

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trinas daquela Igreja. Os Testemunhas de Jeová publicam uma versão falsificada de toda a Bíblia - a "Tradução Novo Mundo". O texto é mutilado e cheio de interpolação. Foi preparada para apoiar as crenças antibíblicas dessa seita falsa.

8. A importância da Bíblia em português. A língua p o r­tuguesa é falada em todos os continentes, fato que releva a im portância da Bíblia em portugês, em todos os sentidos.

XI. AS BÍBLIAS DE EDIÇÃO CATÓLICO-ROMANA. OS APÓCRIFOS.

Estas têm 7 livros a m ais, perfazendo 73 ao todo. E sses livro a m ais são os chamados "apócrifos”, palavra que no sentido relig ioso significa não genuíno, espúrio. São livros não inspirados por Deus. Os 7 apócrifos estão inseridos todos no Antigo Testamento. Isso foi feito muito depois de encerrado o cânon do AT, por conveniência da Igreja Roma­na. A aprovação deles, por essa igreja deu-se no Concílio de Trento em 1546 em meio a muita controvérsia. Seus títulos são:

- TOBIAS- JUDITE- SABEDORIA DE SALOMÃO- ECLESIÁSTICO (Não confundir com o livro canônico

Eclesiastes)- BARUQUE- I MACABEUS- II MACABEUS

Além dos sete livros acim a, as Bíblias de edição ro ­mana têm m ais 4 acréscim os a livros canônicos, que são os seguintes:

- ESTER (Ao livro de E ste r) *- CÂNTICO DOS TRÊS SANTOS FILHOS (Ao livro de

Daniel)- HISTÓRIA DE SUZANA (Ao livro de Daniel)- BEL E 0 DRAGÃO (Ao livro de Daniel)

As Bíblias católicas têm livros cujos nomes diferem da­queles em pregados nas edições evangélicas. E ssa diferença não tem grande im portância. Entretanto, como os p ro te s ­tantes usam também Bíblias de edição católica, é bom que se dê um quadro explicativo, que os auxilie no manejo das diferentes edições:

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Bíblia protestante Bíblia católica1,11 Samuel 1,11 lieisI, II Reis III, IV ReisI, II Crônicas = I, II ParaiipômenosE sdras, Neemias 1, II EsdrasLamentações de Jerem ias Trenos

Como se vê, é sim ples questão de nomes, mais ou menos apropriados, seguindo o c rité rio das autoridades que di rigem as edições, e para todos eles há justificativas h istórica e tradicional.

Notam -se também variações na numeração dos Salmos. Vejamos essas variações num quadro. Assim:Bíblia católica Bíblia protestanteSI 9, 10 SI 9SI 11-113 SI 10-112SI 114,115 SI I 13SI 116 SI 111,115SI 117-146 SI 116-145SI 147 SI 146,147SI 148-150 - SI I48-150

Conclusão: Cancelados os livros apócrifos, as Bíblias ca­tólicas e protestante são substancialmente idênticas. Basta conferi-las. Aparecem naturalmente variações na 1 inguagem e até mesmo de sentido, o queéinevitável, em qualquer obra de tradução. A causa às vezes, está na diferença de compe­tência do tradutor, outras vezes nas variações das fontes originais.

Os nossos 39 livros do AT, os católicos chamam proto- canônicos. Os que chamamos apócrifos, eles chamam deuterocanônicos. Os que chamamos pseudoepigráficos.eles chamam apócrifos. (Os evangélicos chamam de pseu­doepigráficos a um grupo de livros espúrios, nunca reco­nhecidos pela Igreja Católica. A esses, essa Igreja chama apócrifos).

XII. A BÍBLIA HEBRAICAConsiste apenas do nosso Antigo Testamento. E essa a

Bíblia dos judeus. Lá, o arran jo dos livros é diferente, e o total é 24 em vez de 39, porque vários grupos de livros são contados como um só livro. O texto é sem pre o mesmo. Os 24 livros estão classificados em 3 grupos a que Jesus refe­riu -se em Lc 24.44 - LEI, PROFETAS, ESCRITOS. Os34

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Salmos eram o prim eiro livro do último grupo, talvez por isso citados em Lc 24.44, querendo indicar todo o grupo.

XIII. AS SOCIEDADES BÍBLICASHá no B rasil duas entidades evangélicas publicadoras e

distribuidoras de Bíblias. A p rim eira é a Im prensa Bíblica B rasile ira (IBB), fundada em 2/7/1940. A segunda é a Sociedade Bíblica do B rasil, fundada em 10/671948, resu l­tante da fusão, em 1942, das agências que no B rasil funcio­navam, da Sociedade Bíblica B ritânica e E strangeira e da Sociedade Bíblica Americana.

A p rim eira rem essa de Bíblias para aquisição popular chegou ao B rasil em 1822 - o ano da nossa independência política. É significativa essa conotação entre a chegada aqui da Bíblia em m assa e a independência do B rasil. A p rim eira , trazendo a emancipação espiritual; a segunda, a nacional ou política. E ssa p rim eira rem essa foi de 2000 exem plares de Bíblias e Novos Testam entos, enviada pela Sociedade Bíblica Britânica e E strangeira, com sede em Londres. Porto de chegada ao B rasil: Recife.

Em 1855 novas portas se abrem para uma m aior difusão da Bíblia no B rasil com a fundação da p rim eira igreja evan­gélica em nossa te rra - a Congregacional, pelo M issionário Roberto Kalley e esposa. A p a r tir daí ele desenvolveu grande esforço para a divulgação da Bíblia. No ano seguinte -

Em 1856 foi fundada a p rim eira agência distribuidora de Bíblias no B rasil, pela Sociedade Bíblica Britânica e E s­trangeira (SBBE). A segunda foi a da Sociedade Bíblica Americana (SBA), fundada em 1816. Ambas funcionaram no Rio de Janeiro. Antes disso, Bíblias já circulavam no B rasil, vindas através de comandantes de navios que as en­tregavam a casas com erciais estrangeiras para revenda. Outro fator m arcante foram os distribuidores itinerantes (colportores), como é o caso do Rev. Jam es Thçmpson enviado pela SBBE em 1818, o qual trabalhou através das A m éricas, distribuindo o Santo Livro. Outro caso que muito contribuiu para o mesmo fim é o do M issionário D.P.Kidder, metodista, que distribuiu exem plares da Palavra de Deus em quase todo o Império do B rasil, a p a rtir de 1837.

Só na eternidade se revelará o benefício que as Socie­dades Bíblicas acima mencionadas, coadjuvadas por pionei­ros indómitos como os mencionados, têm trazido ao B rasil

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no sentido espiritual, social e cultural, mediante u bundlta sem eadura pioneira do Livro de Deus.

Funciona também no B rasil, com sedo um Silo Paulo, a Sociedade Bíblica T rinitariana, de igual modo omponhada na dissem inação da Palavra de Deus entre o noNNO povo.

A Bíblia foi im pressa por evangélicos u prlm olru ve/ no B rasil em 1944, pela Imprensa Bíblica llraMlIeira.

A m ais antiga Sociedade Bíblica do mundo 6 a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira (SBBE) fundada em I8(M; a segunda é a Sociedade Bíblica Americana (SMA) fundada em 1816.

Há em todo o mundo atualmente 55 Sociedades Bíblicas.Na distribuição de Bíblia em todo o mundo, o Brasil

ocupa o segundo lugar.

XIV. AS MODERNAS VERSÕES E REVISÕES DA BÍBLIASendo este um assunto de grande extensão, tecerem os

apenas algumas considerações.V ersões e revisões da Bíblia decorrem da necessidade

de atualização da linguagem. A língua sendo um instrumento vivo de comunicação e expressão, evolui, modifica-se e aumenta à medida que o tempo corre .

No caso da Bíblia, quando se faz m iste r, é preciso fazer mudanças na linguagem do texto, para que a mensagem do mesmo não mude. A mensagem da Bíblia é divina, não mudando jam ais; mas a linguagem é humana e muda com o tempo. Inúmeras palavras e frases da época em que Al­meida fez sua tradução da Bíblia para o português, caíram em desuso ou a lteraram o sentido, ao mesmo tempo que novas palavras e frases entraram continuadamente para a língua.

Revisão é uma alteração na linguagem, para conservação do sentido da mensagem. Repetimos: a mensagem do texto é divina; a linguagem que a conduz é humana. A p rim eira é imutável; a segunda está sempre mudando. E necessário , pois, que nas novas versões e revisões, quando feitas com todo cuidado, santo tem or, idoneidade, e devoção a Deus, a linguagem seja atualizada para que a mensagem divina seja comunicada com toda fidelidade e seriedade, conforme a capacidade de expressão da língua.36

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QUESTIONÁRIO

1. Quais as duas coisas que, em resumo, vemos na Bíblia?2. Quais os dois principais m ateriais gráficos em que a

Bíblia foi originalm ente escrita?3. Que era o papiro?4. Que era o pergaminho?5. Quais os dois formatos prim itivos da Bíblia?6. Que é Códice?7. Quem inventou o prelo de tipos móveis? Quando?8. Qual o tipo de escrita prim itiva da Bíblia?9. Quais as duas principais -ínguas originais da Bíblia?

10. Até que ponto as traduções da Bíblia conservam a insp i­ração divina?

11. Quantos esc rito res teve a Bíblia?12. Que tempo levou a Bíblia para se r escrita?13. Etimologicamente, que significa o vocábulo Bíblia?14. De que língua provém o vocábulo Bíblia?15. Dê a definição canônica da Bíblia.16. Dê a definição de cânon.17. Quais os nomes canônicos mais comuns da Bíblia?18. Dê algumas das m ais famosas traduções da Bíblia.19. De o total de traduções da Bíblia até o presente.20. Dê os traços biográficos gerais de Almeida - o prim eiro

tradutor da Bíblia para o português.21. Dê as datas da p rim eira publicação do NT e AT de Al­

meida.22. Explique com detalhes o que é Versão ARC e V ersão ARA.23. Cite outras versões da Bíblia em português.24. Fale sobre a tradução chamada "Novo Mundo”.25. Quantos livros a mais têm as Bíblias de edição romana,

e, como são chamados?26. Quais são os livros canônicos que levam acréscim os nas

Bíblias de edição romana?27. São idênticos os títulos de todos os livros das Bíblias

católicas e protestantes?28. Que título dão os rom anistas aos livros que chamamos

apócrifos?29. Em que consiste a Bíblia Hebraica, e quantos livros tem?30. Quais as duas entidades evangélicas editoras de Bíblias

no B rasil?37

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Unidade I Capítulo III

A BÍBLIA E SUA ESTRUTURA

Sumário do CapítuloI. A unidade física da Bíblia, 38

II. A estru tu ra da Bíblia, 39III. O tema central da Bíblia, 41IV. Fatos e particularidades da Bíblia, 42

Quanto à estru tu ra geral da Bíblia, há nela harmonia e unidade. Falarem os agora sobre sua unidade física. Sua unidade e harmonia doutrinária serão focalizadas noCap.IV.

I. A UNIDADE FÍSICA DA BÍBLIAA unidade e existência física da Bíblia até os nossos dias

só pode se r explicada como um m ilagre. Há nela 66 livros, escrito s por cerca de 40 e sc rito res , cobrindo um período de16 séculos. E sses homens tinham diferentes atividades e escreveram sob diferentes situações. Na maior parte dos casos não se conheceram. Viveram em lugares distantes, de trê s continentes, escrevendo em duas línguas principais. Devido a essas circunstâncias, em muitos casos, os autores nada sabiam sobre o que já havia sido escrito . Muitas vezes um e sc r ito r iniciava um assunto e, séculos depois um outro com pletava-o. Tudo isto somado num livro puram ente humano daria uma babel indecifrável! Imaginai o que seria fisicamente a Bíblia, se não fosse a mão de Deus!

Quanto à unidade física da Bíblia, ninguém sabe ao certo como os 66 livros encontraram -se e agruparam -se num só volume; isso é obra de Deus. Sabemos que os e sc rito res não escreveram os 66 livros de uma só vez, nem em um só lugar, nem com o objétivo de reun i-los num só volume, mas38

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em intervalos durante 16 séculos, em lugares que vão de Babilônia a Roma.

Se alguma falha for encontrada na Bíblia, se rá sem pre do lado humano, como tradução mal feita, grafia inexata, interpretação forçada, má compreensão de quem estuda, falsa aplicação quando aos sentidos do texto, etc. Portanto quando encontrarm os na Bíblia um trecho discrepante, não pensemos logo que é erro! Saibamos re fle tir como Agostinho, que disse: "Num caso desse, deve haver e rro do copista, tradução mal feita do original, ou então - sou eu mesmo que não consigo entender..." Quanto â sua unidade como revelação divina, verem os no Cap. IV.

ü. A ESTRUTURA DA BÍBLIAEstudarem os neste ponto um resum o da estru tu ra da

Bíblia quanto a sua composição em partes principais, liv ros, classificação dos livros por assuntos, divisão dos livros em capítulos e versículos, e certas particularidades ind is­pensáveis.

1. Divisão em partes principais. São duas: Antigo e Novo Testam ento. 0 AT é trê s vezes mais volumoso do que o NT.

2. Composição quanto a livros. São 66, sendo 39 no AT e 27 no NT. 0 m aior livro é o dos Salmos; o menor éIII João.

3. Divisão em capítulos. São 1.189, sendo 929 no AT e 260 no NT. O m aior capítulo é o Salmo 119; e o menor é o Salmo 117. P ara le r a Bíblia toda em um ano basta le r 5 capítulos aos domingos e 3 nos demais dias da semana. Foi dividida em capítulo em 1250 AD por Hugo de Saint Cher, abade dominicano, estudioso das E scritu ras .

4 .Divisão em versículos. São 31.173, sendo 23.214 no AT e 7.959 no NT. 0^m aior versículo está em E ste r 8.9 e o menor em Êxodo 20.13, na ARC; em Lucas 20.30 na TR BR;

_em Jó 3.2 na ARA. Como se vê, depende da Versão.^.Noutras línguas varia também. Isso não tem muita im portância. Foi dividida em versículos em duas etapas: o AT em 1445 pelo Rabi Nathan; o NT em 1551 por Roberto Stevens, um im p res­sor de P a ris . Stevens publicou a p rim eira Bíblia dividida em capítulos e versículos em 1555, sendo esta a Vulgata Latina. Em inúm eros casos, essas divisões são inexatas, bipartindo o texto e alterando a linha do pensamento. São utilíssim as na localização de qualquer fração do texto.

39

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5. Classificação dos livros. Os 66 livros estão c la s s i­ficados ou agupados por assuntos, sem ordem cronológica. É bom te r isso em mente ao estudar a Bíblia, pois evitará muito mal entendido, especialm ente na esfera da história, da profecia bíblica e no desenvolvimento da doutrina.

A classificação dos livros do AT, por assuntos, acima, vem da Versão Setuaginta a través da Vúlgata, e não leva em conta a ordem cronológica dos m esm os, o que para o leitor menos avisado, dá lugar a não poucas confusões quando o mesmo procura agrupar os assuntos cronologicamente.

O Antigo Testamento. Seu 39 livros estão divididos em4 classes: LEI, HISTÓRIA, POESIA, PROFECIA. Os livros de cada classe são os seguintes:

- LEI: 5 livros - de Gênesis a Deuteronômio. E sses5 liv ros' são chamados o Pentateuco. T ratam da Criação e da Lei.

HISTÓRIA: 12 livros - de Josué a E ste r. Contêm a h istó ria do povo escolhido: Israe l.

- POESIA: 5 livros - de Jó a C antares. São chamados poéticos devido ao gênero do seu conteúdo e não por outra ‘rázão.

- PROFECIA: 17 livros - de Isaías a Malaquias. E sses17 livros estão subdivididos em dois grupos:

- P rofetas M aiores: 5 liv ros, de Isaías a Daniel.- P rofetas M enores: 12 livros de Oséias a Malaquias.Os nomes "m aiores" e "m enores" re fe rem -se ao volume

de m atéria dos livros e extensão do m inistério profético. Na Bíblia Hebraica (o nosso AT), a divisão dos livros é

) bem diferente, como já falamos.O Novo Testamento. Seus 27 livros também estão divi­

didos em quatro c lasses: BIOGRAFIA, HISTÓRIA, DOUTRI­NA, PROFECIA. Os livros de cada classe são os seguintes:

- BIOGRAFIA: São os quatro Evangelhos. Descrevem a vida te rrena do Senhor Jesus e o Seu glorioso m inistério en tre os homens. Os trê s p rim eiro s são chamados Sinóticos devido ao paralelism o que apresentam . O número quatro dos Evangelhos fala também de sua universalidade, por serem quatro os pontos cardeais.

- HISTÓRIA: É o livro de Atos dos Apóstolos. R egistra a h istó ria da Igreja P rim itiva, seu viver e agir. O livro m ostra que o segredo do p rog resso da Igreja é a plenitude do E spírito Santo nas vidas.

- DOUTRINA: São 21 livos chamados epístolas ou cartas .( 40)

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Vão dc Romanos a Judas. Umas são d-gtas a ig re jas, outras a indivíduos, etc. As 7 que vã< l< T;go a Judas, são chamadas universais ou gerais.

- PROFECIA: É o livro de Apocaliiít Esta palavra significa revelação. T rata da volta pessca lt vnhor Jesus à te rra , isto é, Sua revelação, Sua maifüüão visível. O Apocalipse é o inverso do livro de vies. Lá n a rra como tudo começou; aqui, como tudo finda:..

Há outras modalidades de c lassifica^ ', ra; a que vai acima, parece-nos bastante sim ples e p r á i . /C 6. A Disposição dos 66 livros. Os ue io n izaram a

presente disposição dos liv ros foram soioVda guiados por Deus, porque nota-se uma gradatiw crilação dou­trin á ria en tre os m esm os.

Exemplo disso no AT: há uma linda reajúíitre o livro dos Salmos e o de Provérb ios. Nunca pxaradr sep a ra ­dos. OsSalmos tra tam do nosso andar com Th ; 'rovérbios: o nosso andar com os homens. E sses v:>sião podiam es ta r d istantes.

Exemplo em o NT: As Epístolas. íeí? vejamos:- Romanos fala da Salvação.- I e II Coríntios falam da Vida Crsi [sciplinada.- Efésios, F ilipenses e Colossenses fiai da Vida

Consagrada.- I e II Tessalonicenses falam da \ii<? de Jesus.- I e II Timóteo, Tito falam de Obrer»: svíinistério.- I e II Pedro falam de P rovas e Tribuli íe

III. QJ£EMA CENTRAL DE TODOS OS LMÇS)A BÍBLIAÉ o Senhor Jesus C risto . Ele mesmon>b<eclajra em

Lucas 24.27.44 e João 5.39. Considerando >£• omo tema central da Bíblia, os 66 liv ros poderão fiarEiimidos em5 palavras, todas referen tes a C risto , assin

PREPARAÇÃO - Todo o Antigo Tesareu tra ta da preparação para o_advento de C risto

MANIFESTAÇÃO - Os Evangelhos tratanàiaiifestação de C risto ao mundo, como Redentor.

PROPAGAÇÃO - Os Atos dos Apóstol<srian da p ro ­pagação de C risto por meio da Igreja.

EXPLANAÇÃO - As E písto las tra tam i eoanação de C risto. São os detalhes da doutrina.

CONSUMAÇÃO - O Apocalipse tra ta deCriibconsuman-41

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do todas as coisas - C.I.Scofield.Tendo C risto como o tem a cen tral da Bíblia, podtmo*

re su m ir todo o AT numa frase : JESUS VIRÁ, e o NT noutra frase : JESUS JÁ VEIO (é claro , como Redentor). A«*lin sendo, as E sc ritu ra s sem a pessoa de Jesu s, seriam como a F ís ica sem a m atéria ou a M atem ática sem os núm*H>K...

IV. FATOS E PARTICULARIDADES DA BÍBLIA.Os liv ros de E s te r e C antares não falam em Deu«, po­

rém Sua presença é iniludível nos m esm os, especialm ente nos episódios m ilagrosos de E s te r. Há na Bíblia 8000 m enções de Deus en tre Seus vário s nomes, e 177 monções do Diabo sob seus vários nomes.

A vinda do Senhor é re ferida 1845 vezes, sendo 1527 no AT e 318 no NT. Não é um assunto para sé ria meditaçiloY

O Salmo 119 tem em hebraico 22 seções de 8 vorsículos cada. O núm ero 22 corresponde ao de le tra s do alfabeto hebraico. Cada uma das 22 seções in icia com uma le ira do referido alfabeto, e em cada seção todos os versícu los com eçam com a le tra da respectiva seção. Caso sem elhante há no livro de Lam entações de Je re m ia s . Ali, em hebraico, os caps. 1,2,4 têm 22 versícu los cada, correspondendo às 22 le tra s do alfabeto, de Álefe a Tau. Porém o cap. 3 tem 66 versícu los, levando cada trê s deles, a m esm a le tra do alfabeto. Há outros casos assim na es tru tu ra da Bíblia. Isso jam ais poderia s e r obra do acaso . P o r exemplo: O Salmo 22 é alfabético - um versícu lo para cada le tra hebraica.

O livro de Isa ías é uma m in iatu ra da Bíblia. Tem 66 capítulos correspondendo aos 66 liv ro s. A p rim eira seção jtem 39 capítulos correspondendo à m ensagem do AT. A segunda seção tem 27 liv ro s, tratando de conforto, p ro m es­sa e salvação, correspondendo à m ensagem do NT. O NT term ina mencionando o novo céu e a nova te rra . O m esm o o co rre no térm ino de Isa ías (66.22). O próprio nome Isa ías tem sem elhança com o de Jesu s, no significado. Isa ías quer d izer Salvação de Jeová, e Je su s: Jeová é Salvação.

A fra se "não tem as", oco rre 365 vezes em toda a Bíblia, o que dá uma p a ra cada dia do ano!

O capítulo 19 de II Reis é idêntico ao 37 de Isa ías.O AT en ce rra citando a palavra "m aldição"; o NT en­

c e rra citando "a g raça de Nosso Senhor Jesus C risto".A Bíblia foi o p rim eiro livro im p resso no mundo após

\42v:

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â invenção do prelo; isso deu-se em 1452 enM ainz, A le­manha.

Os núm eros 3 e 7 predom inam adm iravelnm te em toda a Bíblia.

O nome de Jesus consta do p rim e iro e últin) versícu los do NT.

A Bíblia com pleta pode s e r lida em 70 hori: e 40 m inu­tos, na cadência de le itu ra de púlpito. O AT laa 52 horas e 20 m inutos. O NT, 18 horas e 20 m inutos.

Que estás fazendo, irm ão, para difundir a fíllia - o livro que te salvou?

QUESTIONÁRIO

1.Como explicar a unidade física da Bíbli; em m eio a tantas circunstâncias adversas durante sua omposição?

2. Como proceder ao encontrarm os aparen tes ontradições na Bíblia?

3. Dê as duas p arte s principais da Bíblia.4. Dê o total de liv ros do AT, NT, e de ida a Bíblia.5. Dê o total de capítulos da Bíblia.

6. Dê um plano de le itu ra anual da Bíblia.7. Quando foi a Bíblia dividida em capítulos?8. Dê o total de versícu los da Bíblia.9. Quando foi dividido em versícu los o A? E o NT?

10. Qual o c r ité r io adotado na c lassificação doáivros - o r ­dem cronológica ou assuntos?

11. De onde vem a classificação dos liv ros do\T, por a s ­suntos?

12. Quantos e quais são os liv ros: ( re c ita r e m em ória)- Da LEI?- Da HISTÓRIA?- Da POESIA?- Da PROFECIA?

13. Quantas e quais as c la sse s de livros do NT?14. Quantos e quais são os liv ros do NT? (rec ite e m em ória)

- Da BIOGRAFIA?- Da HISTÓRIA?- Da DOUTRINA?- Da PROFECIA?

15. Como são chamados os 3 p rim e iro s Evangelns?16 .Qual a verdade bíblica revelada no conteico dos Atos

dos Apóstolos?43

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17. Que quer d izer epístola?18. Que quer d izer o term o Apocalipse, e, de que tra ta esse

livro?19. Qual a particu laridade evidente na disposição ou seqüên­

cia dos livros?20. Quais as referências onde o p róprio Jesus revela-se

como o tema central da Bíblia?21. Quanto à redenção efetuada por Jesu s , dê as duas frases

em que podemos re su m ir o AT e NT.

44

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Unidade I Capítulo IV

A BÍBLIA E SUA MENSAGEM

Sumário do CapítuloI. A origem divina da B íb lia,5

II. Fatores ou requisitos de p igresso no conhecimento da Palavra, 49

III. A aplicação da mensagem 1; Bíblia, 50IV. Noções de herm enêutica sirada , 52V. Noções de homilética, 54

VI. Noções de cronologia bíblic, 58VII. Noções de geografia e histcra bíblica, 62

VIII. Métodos de estudo bíblico,IX. Dificuldades bíblicas, 74

Os principais títulos da Bíblacomo mensagem de Deus, ou revelação divina, são:

1. Sagradas Escrituras. (Rm L2; II Tm 3.15) ou apenas Escrituras (L24.27, 45). Ou ai<a Escritura (II Tm 3.6; Jo10.35).

3. A Palavra de Deus (Hb 412; 6.5; Mc 7.13; Rm 10.17)4. A Palavra da Verdade (II Tn 2.15)5. A Escritura da Verdade (Dil0.21)6. O Livro do Senhor (Is 34.10Seu título de com prom isso, coio repositório de melhores,

p reciosas e grandes p rom essas Hb 8.6; II Pe 1.4), é T es­tamento (II Co 3.6,14).

Seu título como livro é Bíbla (Esse vocábulo aparece no original em Jo 21.25; II Tn 4.13; Ap 20.12, mas não como referência às E sc ritu ra s Stjradas).

A Bíblia - A Palavra Escrita<e Deus - é um livro divi­no, porém nos é dado por canais hinanos, tornando-se assim , divina-humana. Assim também <» C risto - A Palavra Viva,

45

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V erdadeiro Deus, V erdadeiro homem (Mt 1.23; Ap 19.13; Jo 1. 1).

P ela Bíblia Deus fala pela linguagem humana p ara que o homem possa entendê-10. Por e ssa razão a Bíblia faz r e ­ferência a tudo o que é humano e te rren o .

A obra de Deus é tam bém divina-hum ana. Ele pergunta: "Quem há de i r POR nós?" (Is 6.8). Deus é um Ser de natu­reza esp iritu a l. Alguém p rec isa i r em Seu lugar levar Sua m ensagem aos hom ens.

I. A ORIGEM DIVINA DA BÍBLIAQue as E sc r itu ra s são de origem divina é assunto re s o l­

vido. Deus, na sua P a lav ra é testem unha concernente a Si m esm o. Quem tem o E sp írito de Deus deposita toda confian­ça nela como a P a lav ra de Deus, sem exig ir provas nem argum entar. Aquilo que ele não entende, aceita por fé. P o r ­tanto, sob o ponto de v ista legal, a Bíblia não pude e s ta r su ­je ita a provas e argum entos. A presentam os algum as provas da B íblia como A P a lav ra de Deus, não p ara c re rm o s que ela é divina, m as porque crem os que ela é divina. É s a t is ­fação p a ra nós, c ren tes na Bíblia, poderm os ap resen ta r evidências daquilo que crem os in ternam ente - no coração. Não p rec isam o s p ro v ar que ela é a P alav ra de Deus. Já crem os nisso . Os inim igos é quem te rão que p rovar que ela não é a P a lav ra de Deus.

Algumas evidências da origem divina da Bíblia:1.A evidência da insp iração divina. (II Pe 1.21; II Tm 3.16).

P o r isso é cham ada a "P alavra de D eus". E ssa in sp iração da B íblia é p lenária , e inclui as p ró p ria s pa lav ras, no o r i ­ginal. Deus insp irou não só as idéias na mente do e sc r ito r , m as tam bém as p a lav ras , uma vez que a "palavra é a ex p re s ­são do pensam ento". Confronte os te rm os "falar" e "pala­v ra" , re fe ren tes a m ensagem divina em I Co 2.13; Ap 22.6;II Pe 1.21; Hb 1.1. A ssim , a insp iração divina da B íblia não foi só pensada m as também falada.

2. A evidência da perfe ita unidade e harm onia ap esa r de sua d iversidade. Há unidade e harm onia doutrtnária na m en­sagem da Bíblia. Uma tríp lice d iversidade ligada aos e s c r i ­to re s , relevam ainda m ais a unidade e harm onia da m ensagem da B íblia, m ostrando que uma única e infinita m ente - a de Deus, controlava toda a operação de composição da m en­sagem da B íblia. "Sendo humana, é su jeita às le is da língua46

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e lite ra tu ra , e, sendo divina, pode s e r com preendida so ­mente por homens esp iritu a is . Os au tores humanos fornecem variedades de estilo e m atéria . O autor divino garante uni­dade de revelação e ensino. Os au tores humanos se re fe rem a Bíblia em p a rte s . O divino, re fe re -se à Bíblia como um só livro" - John Mein.

a. A diversidade de atividade dos e sc r ito re s . E n tre os e sc rito re s houve p ríncipes, leg isladores, genera is, re is , poetas, estad is tas , sacerdo tes, p rofetas, pescadores, te ó ­logos, boiadeiros, funcionários públicos, etc.; daí surgindo toda uma diversidade de es tilo s . Entretanto os esc rito s desses homens com pletam -se apresentando uma só m en­sagem poderosa e coerente!

b. A diversidade de condições am bientais. Os e sc rito re s escreveram ora na cidade, no campo, no palácio, em ilhas, p risõ es , deserto , no exílio. A pesar d isso , a mensagem da Bíblia é uniform e.

c. A diversidade de c ircunstâncias. As circunstâncias foram as m ais desencontradas. Davi escreveu certas ve­zes sob o ca lo r das batalhas; já Salomão, fê-lo na calm a da paz ... P ro fe tas houve que esc rev eram repassados de t r i s ­tezas enquanto Josué escreveu sob a a leg ria da v itória. Mesmo assim , a m ensagem da Bíblia é uma só, bem como é um só o meio de salvação.

A pesar de toda essa d iversidade, o pensam ento de Deus co rre uniform e e p rog ressivo a través da Bíblia. É como um rio - que brotando de sua nascente vai engrossando e aumentando até to rn a r-s e caudaloso!

Sim, a m ensagem da Bíblia não ap resen ta apenas harm o­nia, m as tam bém uma continuidade m aravilhosa.

É de fato a revelação p ro g ress iv a da verdade.Uma coisa m aravilhosa é que esta unidade nãojaz apenas

na superfície; quanto m ais profundo foi o estudo, m ais ela ap arecerá .

Deus é o único que pode te r sido o autor da Bíblia, porque:a. Homens ím pios jam ais ir iam produzir um livro que

sem pre os está condenando.b. Homens justos e piedosos jam ais com eteriam o crim e

de esc rev e rem um livro e fazerem o mundo c re r que o mesm o fosse obra de Deus.

c. Os judeus - guardiões da Bíblia - jam ais poderiam se r os au to res da m esm a, pois ela sem pre condena suas

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tra n sg re s sõ e s , pondo seus delitos a descoberto . Bem como se e les tivessem podido m exer nela, te riam apagado todos e s se s m ales, ido la tria e rebeliões con tra Deus, reg is trad o s em seu texto.

3. A evidência da aprovação da Bíblia por Jesus. E ssa aprovação constou do seguinte:

- Je su s leu -a e tom ou-a como base de sua pregação e ensino. Exemplo: pregação , em Lc 4.16-21; ensino, em Lc 24.27.

- Je su s usou-a contra o Diabo: Mt 4.3-11.- Je su s cham ou-a "A P a la v ra de Deus": Mc 7.13; Jo

17.17.- Je su s observou-a e cum priu -a em Sua vida: Lc 24.44;

18.31; Mt 5.17; 3.15.s — 4. A evidência do testemunho do Espírito Santo no interior ! do crente. Quem ace ita Je su s como Salvador, au tom atica­

m ente ace ita Também a B íblia como a P a lav ra de Deus. P or 'que is so ? Porque o m esm o E sp írito de Deus que convence o pecador (Jo 16.8), e te s tif ica no cren te que este é agora filho de Deus (Rm 8.16), te s tif ic a tam bém no m esm o cren te que a B íblia é a P a lav ra de Deus p a ra ele (Jo 7.17).

5. A evidência do cumprimento das profecias da Bíblia. A Bíblia é um livro de p ro fec ias . P ro fec ias de dois tipos: tipológicas e li te ra is . As p r im e ira s , ex p ressas a tra v és de tipos, as segundas, ex p ressas em linguagem lite ra l, d ire ta . Inúm eras p ro fecias b íb licas es tão se cum prindo, ou tras aguardam cum prim ento.

Exem plo de p ro fec ias da B íblia e seu cum prim ento com toda exatidão:

1) As do p rim e iro advento do M essias: Gn 3.15; 49.10: Is 7.14; 53; Dn 9.24-26; Mq 5.2; Zc 9.9; SI 22. Todo o Evan­gelho Segundo São M ateus é r ico em citações de cu m p ri­mento de p ro fecias do p rim e iro advento de C risto .

2) As re fe ren te s ao restabe lec im en to e esplendor da na­ção is ra e lita : Ez 11.17; 36; 37; J r 23.3; 30.3; 31.36; Is 60.9; 61.6; Am 9.14,15.

3) C iro cham ado pelo nome, 150 anos antes de seu n a s ­cim ento, Is 44.8.

4) Jo s ia s cham ado pelo nome, 300 anos antes de seu nascim ento . C om parar I Rs 13.2 com II Rs 23.15-18.

5) Os últim os quatro im pério s m undiais da H istó ria , ad ­m iravelm en te d esc rito s a tra v és da pa lav ra p rofética, muito antes de su rg irem no cenário político mundial: D ncaps. 2 e 7. 48

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6) Is ra e l - a nação líd er do futio Sf 3.19; Zc 8.20-23; Is 11.10. E, em p e rfe ita paz com olgto e a A ss íria (hoje, p a rte do Iraque): Is 19.24,25.

6. A evidência do efeito e influênii da Bíblia em indi­víduos e nações. O mundo é hoje melto por causa da Bíblia. E la é conhecida pelo c a rá te r que rrujà. N outras p a lav ras , é conhecida por seus benditos fru<s nas vidas dos que a ab raçam . A poderosa influência dalblia tem tra n s fo rm a ­do m ultidões de p essoas em todos ostmpos e em todas p a r ­tes do mundo, dantes inc rédu las, de; entes em todos e em tudo, sem a leg ria in te r io r , indiferente;»m aterialistas, deca í­das, e sc rav as do pecado, do vício, a id o la tria , medo, su ­p e rs tiçõ es , fe itiç a ria s , m as depois o n b ra ç a ra m es te livro , foram por ele influenciadas e tran:f)m adas em c r ia tu ra s sa lvas, a leg re s , lib e rta s , fe lizes, saiiicadas.

Nenhum outro liv ro tem ta l podei »(transform ar pessoas e influenciar nações p a ra o bem. A< )s inim igos da Bíblia reconhecem que nenhum outro livroe; toda h is tó ria da hu­m anidade teve tam anha influência pa';o bem. Reconhecem seu efeito sadio na civ ilização .

M ostra i-m e outro liv ro com ta l pder de in fluenciar e tra n s fo rm a r indivíduos, fam ílias e rnçes!

Vede a d iferença en tre aqueles ce am am e p ra ticam os ensinos da B íblia e os que a recism . É a B íblia o m o­delador do verdade iro c a rá te r . Seisensinos sim ples e ao m esm o tempo profundos, são o verckeiro guia de qualquer moço ou m oça, p ara uma vida ber sucedida e feliz. A m ocidade p re c isa sab er d isso .

Considerando tudo o que acabans de d izer, quanto a poderosa influência da B íblia e sei oder tran sfo rm ad o r, perguntam os - donde vem ta l liv ro suo de Deus?

II. FATORES OU REQUISITOS DE ROGRESSO NO CO­NHECIMENTO DA PALAVRA.

O plano de Deus p a ra o c ren te é uto m esm o tendo uma vez conhecido a verdade salvador«, irossiga até o pleno conhecim ento dela, I Tm 2.4 ARA; P \0 .

Alguns fa to res de p ro g re sso no ;«ihecimento da Bíbliasão:

1. A operação do E sp írito Santo n :re n te (I Co 2.10,13; Jo 14.26; Lc 24.45).

2. A esp iritualidade do c ren te (I Co215; Mt 22.29; Mc 4.33; SI 25.14; Hb 5.13,14; Jo 16.13). Ess; íip iritualidade funda­

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m enta-se num profundo am or à Palavra .3. A oração é um pode roso aliado (Tg 1.5; Pv 2.3-5; SI 119).4 .0 m in istério de ensino dos m estre bíblicos (ICo 12.28;

Ef 4.11,12; II Tm 2.2).5. Boas fontes de consulta e referência (Mt 24.15 ARA;

II T m 4 .1 3 ;IT s 5.21; Lc 1.1-3; Dn 9.2). (Ver Cap.I, p a rte VI).6. Bons conhecimentos do vernáculo e, se possível, de o r i ­

ginais (At 8.30; Jz 12.6; I Co 14.9; Jo 1.41,42; Mt 27.46,47 com Mc 15.34).

7. Conhecimentos de H erm enêutica (At 8.31; 18.26; Ne 8.8). Nota 1 - É p rec iso considerar a soma de experiência

c r is tã que o indivíduo já possua, bem como a soberania de Deus em rev e la r Suas coisas no Seu tempo. (Ver também Cap. I, parte IV).

'IlL A APLICAÇÃO DA MENSAGEM DA BÍBLIA"P rocura ap re sen ta r- te a Deus aprovado, como obreiro

que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a pa la­vra da verdade". (II Tm 2.15).

A expressão "que maneja bem a Palavra da V erdade", tem a ver com a co rre ta in terp re tação e aplicação'da P a la ­vra, como a m ensagem de Deus.

A aplicação do texto bíblicoA aplicação do texto pode s e r quanto a povo, tempo, lugar,

sentido, mensagem e procedência. Isto está re la c ic ado com a H erm enêutica.

1.A aplicação do texto quanto a POVO.Diante de Deus só há trê s c lasses de povos (I Co 10.32):a .Judeusb. Gentiosc . IgrejaCada povo desse, tem suas peculiaridades.

2. A aplicação do texto quanto ao TEMPO.O tempo na h istó ria humana pode ser:a. Passadob. P resen te ç. FuturoÉ p rec iso ver quando o texto ap lica-se a um ou m ais

desses tem pos. A cronologia situa a mensagem no tempo.3. A aplicação do texto quanto a LUGAR.a. Céu

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b. T e rrac. EspaçoHá texto que se aplica a um ou m ais desses lugares.

A aplicação errônea g e ra rá confusão.4. A aplicação do texto quanto ao SENTIDO.A mensagem da Bíblia en ce rra dois diferentes sentidos.a. O literal. É o sentido natural das palavras, como em

Atos, caps 27 e 28. A acidentada viagem de Paulo a Roma.b. 0 figurado. A Bíblia é rica em linguagem figurada. 0

sentido figurado é expresso a través de várias categorias de figuras de linguagem. As principais são os tipos, os s ím ­bolos, as m etáforas e parábolas. (Ver ap a rte IV do p resen te capítulo).

5. A aplicação do texto quanto a sua MENSAGEM.A mensagem da passagem que estam os estudando pode se r:a. Histórica. É rico esse campo na Bíblia.b. Profética. Há inúm eras profecias para estudo.c. Doutrinária. Há na Bíblia doutrina o suficiente para

todas as necessidades da alm a humana.6. A aplicação do texto bíblico quanto a FONTE ou PRO­

CEDÊNCIA da mensagem.No estudo da Bíblia é p rec iso observar quem está fa ­

lando a través do reg is tro sagrado.a. Deus fala continuamente em Sua Palavra; o ra d ire ta ­

mente, o ra por meio de Seus servos.b. 0 homem, de si mesm o, também fala vez por outra na

Bíblia. P o r exemplo: há um capítulo todo esc rito por um ímpio (Dn cap. 4). 0 livro de E clesiastes é o reg is tro doraciocínio do homem natural insatisfeito como sem pre.

c. 0 Diabo.. A Bíblia re g is tra palavras em ensagens dele.Nos casos b e c acim a, a insp iração consiste do reg is tro

da m ensagem e não da m ensagem do reg istro!Durante o estudo da Bíblia, p rocura pois determ inar quem

está falando, para ev itares aplicação errônea.Portanto é p reciso sabedoria e prudência na aplicação

da mensagem da Bíblia. Ver Pv 25.11.Pode o le ito r, instantem ente, o rie n ta r-se onde quer que

este ja na Bíblia, considerada esta -a. Como livro?b. Como mensagem?c. Como elemento cronológico?d. Como elemento histórico?

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IV. NOÇÕES DE HERMENÊUTICA SAGRADAH erm enêutica é o estudo dos princípios de in terpretação

das E sc ritu ra s . N outras palavras: é a busca dos sentidos do texto. Ela p rocura responder a pergunta: que significa o texto?

A aplicação dos resultados da H erm enêutica é a Exegese. A H erm enêutica expõe os resu ltados; a Exegese ap lica-os. 0 term o H erm enêutica aparece no original em Jo 1.38, 41,42; Hb 7.2.

Alguns princípios de Herm enêutica são:1. Espiritualidade. Ser homem esp iritua l, de oração e

consagração. 0 rea l in té rp re te da Bíblia é o E sp írito Santo. P ro cu re depender do E sp írito Santo. Ele está ansioso para com unicar as verdades divinas. Tenha consigo o In térpre te e deixe tam bém que Ele o tenha! E ste ja em harm onia e sintonizado com Ele! N

2. Conhecer o vernáculo. Isto, para conhecer o sentido natural das pa lav ras do texto, tanto as isoladas como as com binadas. Isso inclui o vocabulário bíblico. É a resposta a pergunta: Que diz o texto? P a ra saber o que significa o texto é p rec iso saber p rim eiro o que diz o texto.

3. Observar a le i do contexto. (Ver também Cap. I, parte V). Alguém já d isse mui sabiam ente que "0 texto sem o contexto é um pretex to". Isto é, a Bíblia in te rp re ta -se com a Bíblia. Há nela uma analogia inconteste, que tem de s e r m antida. É p rec iso deixar a Bíblia falar! Toda dou­trin a deve se r cqnfirm ada, provada e apoiada por textos bíblicos parale los ou refe rên c ias . Pelo menos duas te s te ­munhas para confirm ar toda palavra (I Co 13.1; Dt 19.15; Mt 18.16). A m aior parte dos e rro s doutrinários vem da in terp retação de versícu los isolados. É de textos isolados, fora de seus contextos, que se aproveitam as seitas falsas para "provarem " suas m onstruosidades doutrinárias (II Pe 1.20).

As passagens p ara le las ou refe rên c ias sao uma form a de contexto. E sses parale lism os são de duas c lasses: ver­bais e reais. São verbais quando o co rre a m esm a palavra. São rea is quando têm o m esm o sentido ou assunto, m esm o que a palavra em comum seja d iferente. E stas (as rea is) são as apropriadas para estudo doutrinário .

Cabe aqui um a le rta . As Concordâncias Bíblicas ( e r r a ­dam ente cham adas Chaves Bíblicas) só fornecem re fe rê n ­cias ou p ara le lism os verbais. O m esm o ocorre com as52

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referências m arginais de ce rta s edições da Bíblia (Bíblia com referênc ias).

Muitos estudantes novatos têm cometido graves e r ro s de e n s i n o , por se basearem apenas em referências verbais, m uitas vezes. O ra, só pelo fato da m esm a palavra s e r r e ­petida no assunto em estudo, não quer d izer que sem pre se tra te da m esm a coisa. Cuidado, pois!

Portanto , observ ar a le i do contexto é com parar e sc ritu ra com e sc r itu ra . P a ra isso é p rec iso idoneidade e d isce rn i­mento esp iritual dado por Deus. (Ver Tg 1.5; I Jo 5.20; Lc 24.45).—-J e s u s ao explanar a Bíblia, com parou as e sc ritu ra s de

' M oisés com as dos P ro fetas para m o s tra r a dois discípulos sobre Sua pessoa e Sua obra redentora (Lc 24.13,27-32).

4. Conhecer Antiguidades Bíblicas. Is to é , vida, costum es, leis e te r ra s dos povos bíblicos. Isto lança abundante luz sobre o texto. Muitos pontos obscuros ou dificuldades vêm do não conhecimento disso.

5. Bom senso. É o uso da razão - a m ais alta faculdade com que Deus dotou o homem. A Bíblia foi-nos dada por Deus não só para ocupar o nosso coração, m as também o nosso raciocínio (Hb 8.10; 10.16). Na Bíblia não há lugar para con trassensos. Ao encontrarm os um texto difícil, ap resen ­tando d iscrepância, incoerência , in justiça, algo chocante, não pensem os logo que há e rro . É p rec iso te r sem pre em mente a analogia gera l das E sc ritu ra s .

6. O conhecimento do plano global de Deus. Um conheci­mento gera l, sem exageros, preconceitos e invencionices, do plano global de Deus, isto é, das D ispensações e A lian­ças a trav és dos séculos, é de grande serventia (Ef 3.11; Hb 6.17).

7. A linguagem figurada da Escritura. É abundante a lin ­guagem figurada na Bíblia. Suas m ais im portantes form as são os tipos, os símbolos, metáforas e parábolas.

- Tipo. É um meio determ inado por Deus de com unicar verdades divinas por meio de ilu strações ou figuras. A palavra tipo, significa no orig inal inscrever, gravar, im ­primir. É traduzida de d iferentes m aneiras no Novo T e s ta ­mento. O tipo é geralm ente constituído de pessoa, coisa ou evento. Ele aponta p ara o futuro quando o co rre rá a m ani­festação ou conhecimento da realidade prefigurada no tipo - o antítipo. São exemplos de tipos: Adão, M oisés, a Páscoa, o Tabernáculo, o Sacerdócio, o Cerim onial e F estas Sagradas,

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o Sábado, etc. No Antigo Testam ento estão os tipos e em o Novo Testam ento, seus antítipos.

- Símbolo. E geralm en te constituído de objeto som ente, prefigurando aquilo que já ex iste , apenas realçando-o por meio de figura. Um tipo pode conter vários sím bolos, m as, nunca ao con trário . Exemplo de sím bolos: ouro, fogo, água, sangue, a o liv e ira , linho, incenso, óleo, sa l, ferm ento, certo s núm eros, c e r ta s co res , etc.

/ • n — ^ -/ V. NOÇOES DE HOMILETICAIntrodução

> Considerando que grande núm ero de p ro fesso re s e de- / m ais o b re iro s da E sco la Dominical são tam bém pregadores,

fora da Escola, crem os p re s ta r um serv iço aos m esm os, inserindo aqui e s ta s noções e lem en tares de H om ilética.

H om ilética é a a r te de p reg a r se rm ões. Há m uitas fo r ­m as de anunciar a P a lav ra . A m ais conhecida é a pregação, ou m ais p ropriam en te o serm ão. Tem os na Bíblia Sagrada a m ensagem da salvação ao pecador, e a de edificação p ara o cren te . P orém im perioso é, que esta m ensagem seja, sem perda de tem po, proclam ada à humanidade in te ira . Ó ob re iro como um homem de Deus é um sem eador da P a la ­v ra . L e r II Tm 4.2; Mc 16.15.

A. A PREPARAÇÃO DO PREGADOR ' \ Isso é p r io r itá r io . O pregador deve p re p a ra -se antes

tíe p re p a ra r o serm ão . Como é e ssa p reparação?1. Preparação mental.

^ ' - Mente tranqüila, aberta . Contribui p ara isso :am biente calm o, e s ta r a sós, liv re de p re ssõ es e problem as.- Mente instruída na P alav ra Divina e no saber humano, pois vamos fa la r a homens (I Co 14.9).

y i 2 . Preparação espiritual- Dependência do Espírito Santo p ara viv ificar e ungir a m ensagem que o serm ão tra rá . Podem os, sim , p re p a ra r o serm ão , m as só Deus dará a rea l m ensa­gem . Cf Jo 6.63a; At 10.44.- Oração. É p re c iso o p regador fa la r p rim e iro com Deus a re sp e ito dos hom ens, antes de fa la r com os homens a re sp e ito de Deus.- O estudo da Palavra. É ela que vai s e r usada, não

\ nossas p ró p ria s idé ias. Quem sem eia a P a la v ra ,' 54

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colherá fru tos, pois ela é chamada semente. Cf II Tm 2.15; SI 126.6. Quem sem eia apenas o que é humano, quanto m ais cedo d e s is tir , m elhor... pois não obterá fru tos e sp iritu a is .A preparação esp iritua l é vital para o p regador e seu serm ão. A palavra que sai de um coração abrasado , a- pós te r estado na p resença do Senhor, vai até o coração do ouvinte, m as a que flui apenas da cabeça, só vai até à cabeça do ouvinte.

^ 3. Obstáculos à preparação do pregador.Muitas vezes, é nesta hora de p reparação m ental e • esp iritua l, quando "o pão está no forno" p a ra logo s e r d istribuído ao povo, que surgem as in te rrupções e obstáculos. O pregador sábio saberá r e s is t i r a essas pertu rbações, sabendo via de reg ra , t r a ta r - s e do Diabo, em sua ação maligna de roubar a Palavra .

B. 0 SERMÃO QUANTO AS SUAS FONTESIsto é, fontes ou motivos p ara serm ões.1.A Palavra de Deus. E sta é uma fonte inesgotável!2. Fichário de assuntos do pregador. Todo p regador deve

te r seus apontamentos individuais.3. Livros, revistas e jornais apropriados. O pregador deve

le r muito.4. A Natureza em geral. 0 pregador deve s e r um bom e

atento observador. Suas viagens fornecem bons cam ­pos de observação.

5. Acontecimentos importantes, locais e mundiais. O p regador deve e s ta r atento e atualizado quanto às m anchetes que valem serm ões.

6. As necessidades espirituais do rebanho, no momento. Fornecem tem as.

7. Serm ões de outros. Não plagiados, nem repetidos, mas adaptados. Quando assim feitos, eles adquirem nova feição, levando a estam pa e a individualidade do novo pregador, por cujo céreb ro e coração fluíram novamente. O príncipe dos p regadores, C.H.Spurgeon, e ra dessa idéia.

8. A inspiração divina momentânea. Isto pode o c o rre r em qualquer lugar, e ocasião. Muitas vezes, onde menos se espera.

9. A experiência do próprio obreiro, no passado. A H istó ria se repete!

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C. 0 SERMÃO QUANTO AO SEU PROPÓSITO O propósito do serm ão pode ser:1. A conversão dos perdidos. Deve se r a visão contínua

e crescente.2. A edificação dos crentes. É ampla aqui, a fonte de

tem as.3. Despertamento da Igreja. Crentes frios, desviados.4. Instrução de obreiros. 0 obreiro deve tom ar tempo

p ara in s tru ir a outros, enquanto é tempo (II Tm 2.2).5. A Obra Missionária. (V er a nota n° 1, acima).6. Promoção do trabalho local. C ruzadas, Campanhas,

Conferências, etc.7. Comemorações. Cívicas, sociais, relig iosas.

Nota - Todos os propósitos devem conduzir aos n 9«iJ[ e 2, acim a.

* D. O SERMÃO QUANTO A SUA FORMAÉ a clássificação dos serm ões. Quanto à forma, o -se r­

mão pode se r classificado em : Temático, Textual, Exposi- tivo e Ocasional.

1. Sermão Temático.- É o que expõe a verdade bíblica implícita num tem a utilizado pelo pregador.O tema deve enquadra r-se num texto ou trecho bíblico, de modo coerente.- As divisões do esboço do serm ão derivam do tem a, não do texto bíblico.- Todas as divisões do serm ão devem incluir o tem a.- Requer cuidado redobrado para que não venha a se r uma sim ples peça de o ra tó ria , sem vida e sem poder, contendo apenas arrazoadas do intelecto humano.

2 . Sermão Textual- É a exposição da verdade bíblica contida num texto bíblico escolhido.- Suas divisões derivam do texto bíblico tomado, não do tema do serm ão.- Há trê s espécies de serm ões textuais:1) Textual Puro - Suas divisões vêm de citações do textotomado.2) Textual por Inferência - Suas divisões vêm de e x p re s ­sões sin té ticas do pregador, resum indo partes do textotomado.

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3) Textual Analítico - É o que divide ao máximo o texto bíblico tomado.

3. Sermão Expositivo- Suas divisões vêm da exegese do texto tomado, e ainda apoiadas por referências b íblicas.- É uma análise porm enorizada, lógica e aplicada, do texto bíblico.

/ - E ra o método bíblico de pregação na Igreja Antiga, como se vê nos exemplos do Novo Testam ento e H istória da Igreja .- Exige muito do pregador.- Requer sólido conhecimento sistem ático das E s c r i­tu ra s , isto é, sólida cultura bíblica geral. 0 E sp írito Santo só pode lem brar-nos daquilo que sabem os (Jo14.26).- É o m ais útil ã congregação cris tã .

4. Sermão Ocasional.- P a ra ocasiões especiais, como: Ceia do Senhor, Ano Novo, Dia da P á tria , Domingo da R essurreição , Semana da Paixão, Funeral, Inauguração de Templo, etc.

Nota 1 - É de bom alv itre o pregador u sar a literação no esboço do serm ão.

Nota 2 - 0 E sp írito Santo na Sua soberania, pode, m edian­te insp iração ou revelação momentânea, tran sfo rm ar uma alocução em andamento, no que cham aríam os Sermão Profético, o qual não resu lta de prévio estudo do texto bíblico ou p reparação especial do p'regador cheio do E sp írito Santo. Tem os testemunhado isso m uitas vezes. Pode te r cunho evangelístico, adm oesta­ção à congregação, ou pura explanação da P alavra de Deus. Quando is&o p co rre , a congregação geralm ente pro rrom pe em profunda adoração e regozijo, cheia de santo tem or e convicção da p resença do Senhor.

* E. A PREPARAÇÃO DO SERMÃO 0 serm ão com põe-se geralm ente de trê s partes:1. Introdução

O m esm o que exórdio. Deve s e r breve, constando de:- Anúncio do tema- Texto bíblico e sua le itu ra- M atéria introdutória. E sta , é a "moldura do serm ão". Pode se r constituída de um fato ambiental ou c ircu n s­tancial, local ou não.

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2. Çorpo do Sermào.E o mesmo que Desenvolvimento do Sermão.- E a apresentação da seqüência das divisões do serm ão.- Deve te r 3 a õ divisões. O ideal é 3.

3. Conclusão do SermãoE o mesmo que Peroração.- Deve se r breve.- Deve se r objetiva, isto é, te r aplicação p rá tica junto ao auditório.- Deve conter veemente apelo à rendição a C risto , à santificação pessoal e à consagração a Deus.

F. A ENTREGA DO SERMÃO1.Há pregadores que cansam o auditório, pelo tempo, pela falta de recu rsos, pelo despreparo, pelas im pro- priedades e incorreções, e pela im prudência. Quando sentam é um alívio!2. O tempo de um serm ão nunca deve i r além de 40 m i­nutos. Há pregadores que não observam o tempo. Exce­dem os lim ites e continuam, julgando que todq mundo está gostando, quando no íntimo o público está repetindo em coro: Amém, Amém, Amém!3. A co rre ta dosagem dos gestos, a entonação e inflexão da voz, em muito contribui para a boa apresentação e efeito do serm ão. Isto, aliado, é claro à boa dicção e vernáculo esco rre ito . Quanto a gestos, é preciso usar o bom -senso, não indo para os extrem os. Há pregadores que se agitam quais fantoches ou ficam im óveis, tipo m úm ias.

G. EXEMPLO DE SERMÕESIsso, o le itor pode ver em obras que tratam do assunto.

O escopo desta obra não nos perm ite i r além , isto porque um exemplo ou dois não bastariam para dar uma idéia geral de tão im portante veículo de dissem inação da Palavra , que é o serm ão.

VI. NOÇÕES DE CRONOLOGIA BÍBLICAA cronologia bíblica é quase toda incerta, aliás, toda a

cronologia antiga. As datas eram contadas tom ando-se por base eventos im portantes da época, e isso dentro de cada povo. Não havia, é óbvio, uma base geral para cômputo do tempo.

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(qjiianio à Bíblia, seus e sc rito re s não tinham preocupação com datas. Apenas reg istravam os fatos. As datas, quando m encionadas, tinham por base eventos particu la res, como construção de cidades, coroação de re is , etc.

As descobertas arqueológicas e o estudo m ourejante de dedicados eruditos no assunto, vêm melhorando e precisando a cronologia em geral, inclusive a bíblica.

As datas que aparecem às m argens de ce rtas edições da Bíblia não pertencem ao texto original. Foram calculadas em 1650 pelo arcebism o anglicano U ssher (1580-1656). É conhecida por Cronologia Aceita. A cronologia de U ssher vem enfrentando severa crítica . Há divergências quanto a m uitas de suas datas, isso em face do p rogresso do estudo de assuntos orien tais, através de contínuas pesquisas e des­cobertas arqueológicas. Quanto a Bíblia não se ocupar de um exato s istem a de cronologia, lem brem o-nos que ela é acim a de tudo a revelação de Deus à humanidade, expondo o com­pleto plano da redenção.

1.A utilidade da cronologia bíblica. Ela fornece pontos de referência na progressão da mensagem e fatos da Bíblia, situando-os no tempo.

2. Dificuldades no estudo da cronologia bíblica. Uma das dificuldades no estudo da cronologia bíblica está no próprio texto bíblico. Há, especialm ente na época dos Ju izes, do reino dividido, e dos profetas, muitos períodos coincidentes em parte , reinados associados, intervalos de anarquia, a r ­redondamento de núm eros, etc. P ara a busca da solução dessas dificuldades é m iste r um profundo exame dos textos envolvidos.

3. A e ra ant u de C risto (a E ra AC). A contagem do tempo que vai de Adão a C risto é feita no sentido reg ressivo , isto é, o cômputo parte de C risto para Adão, e não ao contrário . Noutras palavras, partindo de Adão para C risto , os anos diminuem até chegarmos a 1 AC. Portanto, de C risto para Adão (o norm al), os anos aumentam até chegarm os ao ano 4004 AC, tido como o da Criação adâmica. É que Jesus é o centro de tudo. E também o m arco divisório e central do tempo. V er Hb 11.3, no gr.

4 .0 e rro existente em nosso calendário atual. O uso do calendário é tão antigo quanto a própria humanidade. Os p rim eiros povos a usar calendário foram os antigos egípcios. Há calendários diversos. O le itor moderno que só tenha noções do nosso calendário p rec isa aperceb er-se disso ao

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-estudar assuntos antigos. Nestas nossas concisas e incom­pletas notas, reportam o-nos unicamente ao calendário c r is ­tão, do qual, o calendário atual é uma continuação.

Em 526 AD, o im perador romano do Oriente, Justiniano I, decidiu organizar um calendário original, entregando essa tarefa ao abade Dionísio Exiguus, o qual em seus cálculos cometeu um e rro , fixando o. ano 1 AD (o do nascimento de C risto) com um atrâSo de 5 anos. Em seus cálculos ele tomou o calendário romano (o chamado "AUC") e fixou o ano 1 AD (o início da Era C ristã), como sendo 753 AUC, quando na realidade e ra o 749. Daí d iz e r-se que Jesus n as­ceu 5 anos antes da E ra C ristã . O que é um absurdo se não for dada uma explicação. Nossos livros e tratados apenas declaram o fato do engano do abade, mas não o explicam. Portanto, as datas atuais estão a trasadas 5 anos. E s tr i ta ­mente falando, são quase cinco anos. T ra ta -se de a r r e ­dondamento.

Nota 1. O calendário atual cham a-se Gregoriano, p o r­que em 1582 o papa Gregório XIII alterou o calendário de Dionísio, subtraindo-lhe dez dias, a fim de co rrig ir a dife- ença advinda do acúmulo de minutos a p a rtir de 46 AC, quando Júlio C ésar reform ou o calendário então existente.

Nota 2. A palavra calendário vem do latim "calenda" = l 9 dia de cada mês entre os romanos.

(Fornecem os à pedido, mediante reem bolso, um estudo do nosso calendário, estudando o problem a do e rro cometido por Dionísio e suas im plicações).

5. As divisões do tempo.1) 0 dia. Entre os judeus e rom anos eram dividido em

12 horas, isto é, o período em que há luz. Entre os judeus, o dia ia de um por de sol a outro. E ntre os romanos, ia

- de uma m eia-noite a outra. As horas do dia e da noite eram ' contadas separadam ente, isto é, doze e doze; isto entre

" judeus e romanos. (Ver Jo 11.9 e At 23.23). Entre os judeus a Hora P rim e ira do dia era às seis da manhã. O mesmo ocorria em relação à noite.

2) A semana. Entre os hebreus, os dias da semana não tinham nomes e sim núm eros, com exceção do 69 e 79 dias, que também tinha nomes (Lc 23.54 TR BR).

3) Os m eses. Eram lunares. A lua nova m arcava o in í­cio de cada m ês, sendo esse dia festivo e santificado (Nm 28.11-15; I Sm 20.5; I Cr 23.31; II Rs 4.23; SI 81.3; Is 1.13; Cl 2.16). Tinham 29 e 30 dias alternadam ente. Antes do

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exílio babilónico eram designados por números. Depois disso, passaram a te r nomes e números.

4) Os anos. Tinham 12 meses de 29 e 30 dias a lternada­mente, perfazendo 354 dias. Os judeus observavam dois d i­ferentes anos: o sagrado, começando em Abibe (m ais ou menos o nosso abril), e o civil, começando em T isri (mais ou menos o nosso outubro).

6. Cronologia resumida dos principais fatos e eventos bíblicos.

Fato Duração PeríodoO mundo antediluviano 1600 anos 4004-2400 ACDo Dilúvio a Abraão 400 " 2400-2000 tt

Os p a tria rcas Abraão, Isaque, Jacó 200 " 2000-1800 tf

Israel no Egito 400 " 1800-1400 ft

Períodos dos Juizes 300 " 1400-1100 tt

A monarquia Israelita(Saul, Davi, Salomão) 120 " 1053- 933 tt

0 Reino dividido 350 " 933- 586 tt

Queda do Reino do Norte (Samaria) 721 tt

0 exílio babilónico (Judá) 70 " 606- 536 tt

Restauração da nação is rae lita 100 " 536- 432 rt

M inistério dos profetas lite rá rio s 400 n 800- 400 tt

Nascimento de Jesus +- 5 tt

M inistério de João B atista 29 ADM inistério de Jesus 3 anos 30-33 tt v

Conversão de Paulo 35 tt \ç

Fundação das igrejas da Ásia Menore Europa, por Paulo 15 anos 50-65 tt i 1\ . v

Início da revolta dos judeus contra osromanos 66 TDestruição do templo de Jerusalém 70 tt

E scrito o Apocalipse - o último livroda Bíblia, por João, o Apóstolo. 96 tt

Morte de João, o Apóstolo 100 tt

Nota 1. Profeta Literário é o que deixou escrito s seus. Nota 2. O templo ao se r destruído no ano 70 AD, tinha apenas seis anos de term inada sua construção (64 AD). 7. Cronologia dos impérios mundiais. Isto é, a fase em

que exerceram suprem acia sobre o mundo conhecido.- Egito ..................................................................1600-1200 AC- A ssíria ............................................................. 900- 607 "- Babilônia (o néo-im pério) ......................... 606- 536 "- P é rs ia ............................................................. 536- 331 "

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- G récia- Roma

331- 146 n 146AC-476AD

VII. NOÇÕES DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA BÍBLICAGeografia Bíblia é a parte da Geografia Geral que estuda

as te r ra s e povos bíblicos, bem como a m atéria de natureza geográfica contida no texto bíblico, que de passagem se diga, é de fato, abundante.

l .A importância da Geografia Bíblica. É de muita im portância o estudo da geografia bíblica como meio auxi­lia r no estudo e com preensão da Bíblia. M ensagens e fatos descritos na Bíblia, tido como obscuros to rnam -se claros quando estudados à luz da geografia bíblica. Deus perm itiu a in serção de grande volume dessa m atéria na Bíblia. Um exame, mesmo superficial, m o stra rá que a cada passo, a Bíblia menciona te r r a s , povos, montes, cidades, vales, rio s, m ares e fenômenos físicos da Natureza.

O porquê dessa im portância:1) A Geografia é o palco te rren o e humano da revelação

divina. É ela que juntamente com a cronologia, situa a mensagem no tempo e no espaço, quando fbr o caso.

2) Ela dá cor ao relato sagrado, ao localizar, s ituar, fixar e docum entar os m esm os. A través dela, os aconte­cimentos h istóricos to rnam -se vívidos e as profecias m ais expressivas. 0 ensino da Bíblia to rn a -se objetivo e de fácil comunicação quando podemos apontar, m o stra r e descrev er os locais onde os fatos se desenro laram . Exemplos: Lc 10.30 ("descia um homem de Jeru sa lém para Jericó"); Dt 1.7 (aí nós tem os uma profunda aula de geografia da T e rra Prom etida).

3) O estudo da geografia bíblica da Palestina e nações circunvizinhas esc la rece muitos fatos e ensinos constantes das E sc ritu ras .

4) As nações vêm de Deus, logo o estudo deste assunto à luz da Bíblia é profícuo sob todos os pontos de vista. L er Dt 32.8; At 17.26.

2. Fontes de estudo da geografia bíblica1) A Bíblia. E a fonte principal. Ela faz menção de

inúm eros lugares, fatos, acidentes geográficos, povos, nações, cidades. É evidente que isto m erece um cuidadoso62

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estudo. A Bíblia contém capítulos in teiros dedicados ao assunto. Exemplo Gn 10; J s 15-21; Nm 33; Ez 45-47. Somente cidades da Palestina a Bíblia reg is tra cerca de 600. Não reg is trad as , há inúm eras outras como o prova a arqueologia.

Um problem a com que se defronta o estudante nesse assunto, é o fato de grande núm ero de países, cidades, r e ­giões in te iras e outros elem entos geográficos, terem a tua l­mente novos nomes. Exemplos: a antiga P é rs ia é hoje o Irã; a A ssíria é parte do atual Iraque; a Ásia Menor é hoje a Turquia; a Dalmácia do tempo de Paulo (II Tm 4.10) é hoje a Iugoslávia e assim por diante.

2) A Arqueologia Bíblica. E sta , tem prestado enorm e contribuição para a elucidação de dificuldades bíblicas e trazido a tona a h istó ria de povos do passado, considerados como lendários, como o caso dos h ititas, m itânios e hicsos. A arqueologia bíblica teve seu começo em 1811 com as a t i­vidades nesse sentido do cidadão inglês Claude Jam es Rich, na M esopotâmia, quando lá se encontrava cuidando de in te­re s se s ingleses.

3) A H istória G eral. Aqui é p rec iso certa cautela. Mui­tos m anuais hoje em uso no estudo secu lar estão eivados de e rro s , por seus autores desconhecerem a Bíblia. Temos vários casos documentados.

4) A C artografia. A ciência dos mapas. C ertas ed itoras especializadas editam atlas e m apas bíblicos, apropriados ao estudo da Geografia Bíblia.

3. A extensão do mundo bíblico. O mundobíblico s itu a -se no atual O riente Médio e te r ra s do contorno do M ar Medi­te rrâneo . É ele o berço da raça humana. Mais p re c isa ­mente a Mesopotâmia, nas p lanícies entre os rio s T igre e E ufrates. Foi daqui que p a rtiram as p rim eiras civilizações. Na d ispersão das raças após o Dilúvio (Gn caps. 10 e 11), Sem povoou o sudoeste da Á sia. Cão povoou a África, Canan e a península aráb ica. Jafé povoou a Europa e parte da Ásia.

L im ites do mundo bíblico:- Ao Norte: Da Espanha ao M ar Cáspio- A Leste: Do Mar Cáspio ao M ar Arábico (Oceano Índico)- Ao Sul: Do Mar Arábico à Líbia- A Oeste: Da Líbia à Espanha.(O estudante deve ver isso nos mapas e a tlas bíblicos).

G3

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4. R egiões, áreas e países do mundo bíblico. Acidentes naturais. C itarem os apenas alguns casos, dado o lim itado espaço que tem os para isso .

1 ) M esopotâm ia (Gn 24.10; At 2.9; Dt 23.4). B erço da humanidade. Não é verdade o que m uitos m anuais de H istória G eral declaram : se r o Egito o berço da humanidade. A v e r ­dade es tá na B íblia. Aqui existiu o Éden Adâmico. Na M esopotâm ia destacam -se dois p a íses.

- Babilônia, de capital do m esm o nome. Outros nomes antigos: Caldéia (Ez 11.24); S inear (Gn 14.1); Súm er. É o sul da M esopotâm ia.

- A s s í r i a (Gn 2.14; 10.11). É o norte da M esopotâm ia. É hoje p a rte do Iraque. Capital: Nínive, destru ída em 607 AC. A O este ficava o reino de M ari. Os M itânios habitavam em volta de H aran, ao Norte da A ssíria .

2) A rábia. Capital: P e tra (gr); Sela (heb). Vai da foz do Nilo ao Golfo P é rs ico . Aí, Is ra e l peregrinou em dem an­da de Canaã. A região de Ofir, fornecedora de ouro ficava possivelm ente a í (I Rs 9.28). A p a rte da península do Sinai e ra cham ada A rábia P é trea . A Lei foi dada a í e ó tab e rn á ­culo erig ido a p rim e ira vez.

3) P érsia . Hoje p a rte do Irã . C apitais: teve as seguin­te s , pela ordem : Ecbátana, P asárgada , Susã, P ersép o lis . Foi cenário do liv ro de E s te r e p a rte do de Daniel. Aí, p rim eiram en te flo resce ram os medos. Depois os persas assu m iram a liderança. V er At 2.9. A Média, quando na suprem acia tinha por capital Hamadã (en tre os gregos Ecbátana).

4) E lam . Hoje incorporado no Irã . Capital: Susã (Gn 14.1; At 2.9).

5) A rm ênia ou A rará : Cap. 6 de G ênesis.6) Síria. M esmo que Arã. (Não confundir com Haran).

Capital: D am asco (Is 7.8). Seu te rr i tó r io não é o m esm o da S íria m oderna (At 11.26). Nos dias de Jesus to rn a ra -se sede da província rom ana, da qual fazia parte a P alestina (Lc 2.2). A sede dessa província e ra Antioquia. A S íria e ra na época governada por um legado romano.

7) Fenícia. Hoje: Líbano, em p a rte . Cidades p r in c i­pais: T iro e Sidon. Navegantes fam osos. P rim itivos explo­rad o res . Fundaram Cartago, na Á frica do Norte (hoje Tunis). Nosso alfabeto vem dos fenícios, ce rca de 1500 AC. Ver Mt 15.21; l i :2 2 ; I Rs 9.26-28.

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8) Egito. É o país m ais citado na Bíblia depois da P a le s ­tina. Em hb seu nome é M izraim (Gn 10.6). Teve várias capitais nos tem pos bíblicos. P arte do seu futuro, p ro fe ti­cam ente falando, está em Ez 29.15. F ica ao Norte da A frica.

9) Etiópia. F ica ao Sul do Egito. Segundo Gn 2.13, ex is ­tia outra Etiópia na região Norte da M esopotâmia - a cham a­da T e rra de Cush (hb). A profecia de SI 68.31 a respeito da Etiópia, teve seu cum prim ento a p a r tir de At 8.26-39, quando a fé c r is tã foi ali introduzida. É país de princípios c ris tão s até hoje. A Etiópia da Bíblia com preende hoje a A bissínia e a Somália.

10) Líbia. Extensa região da África do Norte. Simão, o que ajudou Jesu s a levar a cruz, e ra natural de C irene - c i­dade da Líbia (Mt 27.32). Igualmente, no dia de Pentecoste estavam cireneus em Jeru sa lém (At 2.10).

11) Ásia. A Ásia dos tempos bíblicos nada tinha com o atual continente asiático . E ra uma província rom ana situada na parte ocidental da atual Ásia Menor. L er At 6.9; 19.22; 27.2; I Pe 1.1; Ap 1.4,11. Capital da província: Éfeso. Toda a região dessa antiga Ásia Menor com preende hoje o te rr itó r io da Turquia.

12) G récia ou Hélade (At 20.2). No Antigo Testam ento, em hebraico, é "Javan" (Gn 10.4,5). A m aior parte da G récia Antiga é ra conhecida pelo nome de Acaia (At 18.12), nome esse derivado dos Aqueus - povo que a habitou. Na época do Novo Testam ento a G récia e ra constituída de Estados isolados sob os rom anos. N esse tempo, sua Capital política e ra Corinto, não Atenas. Em Corinto resid ia o procônsul romano.

13) Macedônia (At 19.21). Ficava ao norte da G récia.A antiga Macedônia é hoje parte do te rr i tó r io de vários p a íses, a saber: norte da G récia, sul da Bulgária, Iugoslá­via, e parte da Turquia. O m in istério do apóstolo Paulo ocorreu na Ásia Menor, • G récia e Macedônia, p rinc ipa l­m ente. A capital da Macedônia e ra Pella.

14) Ilírico (Rm 15.19). Região européia onde São Paulo m inistrou a P alavra de Deus. É hoje a Albânia e parte da Iugoslávia. A parte principal da Iugoslávia de hoje é a antiga Dalm ácia de II Tm 4.10.

15) Itália (At 27.1; Hb 13.24). País banhado pelo M edi­te rrân eo , situado ao sul da Europa. Em Roma, sua capital, foi fundado um diminuto reino em 753 AC, que m ais tarde v iria a s e r senhor absoluto do mundo conhecido - O Im pério

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Romano. P a ra a Rália Paulo viajou e pregou o Evangelho como prisioneiro .

16) Espanha (Rm 15.24,28). Paulo manifestou o propó­sito de v ia jar p a ra a Espanha. Segundo os estudiosos da Bíblia, a cidade de T a rs is mencionada em Jn 1.3; 4.2, fica­va ao sul da Espanha, sendo no tempo de Jonas o extrem o do mundo conhecido do povo comum. Foi a Espanha grande perseguidora dos c ris tão s durante a Idade Média, e sp ec ia l­m ente através dos tribunais da s in is tra Inquisição.

17) Palestina ou .Canaã. Deixamos a Palestina por último porque dela nos ocuparem os m ais dem oradam ente. É a m ais im portante te r r a bíblica por várias razões:

a) Alguns fatos sobre a Palestina:- Foi prom etida por Deus aos hebreus (Gn 15.18; Êx

23.31).- É, sob o ponto de v ista divino, o centro geográfico

da te r r a (Ez 5.5; 38.12b).- M elhor te r r a do mundo (Ez 20.6,15; J r 3.19). Se

atualm entç isto p arece contraditório , a palavra profética a ssegu ra a sua res tau ração e esplendor no futuro.

- Os judeus seriam um povo destacado dos dem ais (Lv 20.24; Dt 33.28; Mq 7.14; Nm 23.9; J r 49.31).

- P a ra que Deus chamou e elegeu a nação is ra e in a : Gn 3.15; Êx 19.6; Dt 7.6; Rm 3.2; 9.4,5. Em suma: tra z e r o M essias ao mundo; produzir e p re se rv a r as E sc ritu ra s ; s e r um povo sacerdotal; e difundir o conhecimento do Se­nhor en tre as nações.

b) Nomes pelos quais é conhecida a Palestina.- Canaã, Gn 13.12.- T e rra dos H ebreus, Gn 40.15- T e rra do Senhor, Os 9.3.- T e rra de Is rae l, I Sm 13.19; Mt 2.20; II Rs 5.2.- T e rra de Judá, Judéia, Ne 5.14; Is 26.1; Jo 3.22: At

10.39.- T e rra Form osa, Dn 8.9.- T e rra da P ro m essa , Hb 11.9.- T e rra Santa, Zc 2.12; SI 78.54 ARA.- Israe l (m odernam ente).

Não há m odernam ente nenhum país chamado P alestina. O antigo país deste nome está hoje dividido en tre a Jo rd â ­nia e o moderno Is rae l.

c) L im ites da Palestina.- Lim ite sul: C ades-B arnéia e o rib e iro e i-A rish , na

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Arábia, (el A rish é o "rio do Egito" mencionado em Gn 15.18).- L im ite norte: S íria e Fenícia- L im ite oeste: M ar M editerrâneo. É na Bíblia cha­

mado M ar Grande, Dn 7.2.- L im ite leste: S íria e A rábia.

(0 estudante deve ver isto num mapa bíblico).d) Superfície da Palestina:M ais ou menos como a do nosso Estado de Alagoas.

Comprimento: cerca de 250 km, de Dã a B erseba. Hoje: 416 km. L argura : 88 km (a m aior). Hoje: 100 km. E ssa extensão variou com as épocas e situações de sua h istó ria . Por exemplo: na época das 12 tribos - 26.400 km2. A ex­tensão atual é de cerca de 156.000 km2.

e) Clima.O tipo de relevo do solo da Palestina re su lta numa su ­

perfíc ie muito variada, com m uitas regiões elevadas e baixas, originando por isso toda espécie de clim as, desde o tropical, no Jordão, a té o de intenso frio no Hermom, à 2.815 m etros de altitude. A faixa lito rânea tem uma tem peratu ra média de 21 g raus C. No vale do Jordão a tem pera tu ra vai a 40 graus. A tem peratu ra média de Jerusa lém é de 22 graus. Em janeiro chega a 4. A tem peratu ra média é de 22 graus. - É por essa variedade de clim as que a P alestina p re s ta -se < a toda espécie de culturas.

f) Divisão política da Palestina:No Antigo Testam ento foi a Palestina dividida en tre as

12 tribos de Israe l. T rês tribos ficaram a le s te do Jordão: M anassés (parcialm ente) Gade, Ruben. Cinco ficaram na área litorânea: A ser, M anassés (em parte), E fraim , Dã (em parte), Judá. Quatro se estabeleceram na região central: Naftali, Zebulon; Issaca r, Benjamim. Duas ficaram nas ex­trem idades N orte-Sul: Dã (Norte), Simeão (Sul).

Nos tem pos do Novo Testam ento a divisão política constava de cinco regiões: Judéia, Sam aria, G aliléia, Ituréia , P eré ia . O estudante deve ver isso num m apa. D urante o m in istério de Jesus, seus governantes eram -

- Judéia e Sam aria: Pôncio P ilatos (26-36 AD). P ila tose ra p rocurador romano. Sua capital po lítica era C esa-

JCáiâj ã beira-m ar. A capital religiosa: Jerusalém.- G aliléia e P eréia : He rodes Antipas (4 AC a 39 AD).fira filho de Herpd.es, o G rande. Jesus passou a m aiorparte de Sua vida nò território sob a jurisdição desseHerodes.

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- Itu ré ia e outros d is tr ito s m enores: Herodes Felipe II(4 AC a 34 AD). O m oderno te r r i tó r io de Golã, emp a rte o ra ocupado por Is rae l, in tegrava essa ju risd ição(a antiga G aulanites, Dt 4.43; J s 20.8).A Idum éia, no ex trem o sul do país, in tegrava a ju r i s ­

dição da Judéia. É m encionada apenas uma vez no Novo T estam ento: Mc 3.8. A Itu ré ia é tam bém mencionada apenas uma vez: Lc 3.1. Quanto a P e ré ia é bom notar que às vezes todo o le s te do Jo rdão levava es te topónimo. Ver Mt 4.25.

g) M ares:- M ar Mediterrâneo. É na Bíblia cham ado M ar G ran­

de (Dn 7.2; Nm34.7). O utros nom es: M ar O cidental (Dt 11.24; J1 2.20) e M ar dos F ilis teu s (Êx 23.31).

- M ar da G aliléia (Mt 4.18; Mc 7.31). O utros nomes: M ar de Q uinerete (Nm 34.11), palav ra e ssa que originou G enezarete , outro nome desse m ar (Lc 5.1). Tam bém M ar de T iberíades (Jo 6.1). É m ar in te r io r , de água doce.

- M ar Morto, Ez 47.8 ARA. A parece com vários no­m es no Antigo Testam ento: M ar Salgado (Gn 14.3); M ar de A rabá (Dt 3.17); M ar da P lan ície (II Rs 14.25). M ar O rien ­tal (Ez 47.18; Zc 14.8). F ica situado a 395 m etros abaixo do nível do m ar. Evaporação m édia d iá ria : 8 m ilhões de m etro s cúbicos de água! É 25% m ais salgado que qualquer outro m ar.

h) R ios.Todos os cu rsos dágua da P a lestin a (com exceção do

Jordão) são de pouca expressão .- Jo rdão . C orre no sentido n o rte -su l. N asce no

Monte H erm om e deságua no M ar M orto.- Querite. D esemboca no Jordão , m argem orien ta l,

defronte a S am aria . É um uádi (rio tem porão).- Cedron. C orre a le ste de Je ru sa lém . É também

uádi.- Jaboque (Gn 32.22; J s 12.2). Afluente do Jordão,

m argem o rien ta l.- Iarmuque. Afluente do Jordão , m argem o rien ta l.

Não mencionado na B íblia. Deságua 6 km ao sul do M ar da G aliléia.

- Arnom (Nm 21.13; J s 12.2). É hoje o Mojib. De­ságua no M ar M orto, m argem o rien ta l. E ra o lim ite sul da P a le stin a , na fren te o rien ta l.

- Quisom (I Rs 18.40). Deságua no M ar M editerrâneo,68

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Monte C arm elo.i) Montes.São de m uita im portância na B íblia, J s 11.21.- Tabor (Jz 4.6; 8.18). F ica na G aliléia. Altitude:

615 m e tro s . C rê -s e que aí o co rreu a transfigu ração de Jesu s (Mt 17.1,2).

- Gilboa (I Sm 31.8; II Sm 21.12). F ica em Sam aria. Altitude: 543 m etros.

- C arm elo (I Rs 18.20). F ica em Sam aria. Ponto cu l­m inante: 575 m e tro s . F ica no prolongam ento que form a a baía de A cre, onde se localiza a m oderna cidade de Haifa.

- Ebal e Gerizim (Dt 11.29; 27.1-13). Dois m ontes de Sam aria.

- Moriá (Gn 22.2; II C r 3.1). F ica em Je ru sa lém . Aí A braão ia sa c r if ic a r Isaque. Nele Salomão constru iu o tem plo de Deus.

- Sião. Em Je ru sa lém . A ltitude: ce rca de 800 m e­tro s . O local e o te rm o Sião são usados de modo d iverso na B íblia. No SI 133.3 é Je ru sa lém . Em Hb 12.22 e Ap 14.1 é uma re fe rên c ia ao céu.

- _Monte das Oliveiras^ Em Je ru sa lém (Mt 24.3; Zc 14.4; At 1.13). Aí, Jesu s orou sob grande agonia em a noite % ' em que foi tra ído . Sobre e sse m onte Jesu s d esce rá quando ^v ie r em g ló ria p a ra ju lgar as nações.

- Calvário.. Pequena elevação fora dos m uros de jJe ru sa lém . “Fica ao norte, p e rto da P o rta de Damasco.V er Lc 23.33. Calvário vem do latim "calvária" - crânio.Em aram aico éG ólgota - crânio, caveira (Mt 27.33; Jo 19.17). \No local acim a, em 1885 o gen era l inglês C harles GeorgeGordon descobriu um túmulo, cujas pesquisas rev elaram nunca te r sido o m esm o ocupado continuam ente. P assou a s e r tido como o de C risto .

j) A Capital da Palestina:Teve v á ria s cap ita is, a saber:- Gilgal. No tempo de Josué (Js 10.15).- Siló. No tempo dos ju izes (I Sm 1.24).- Gibeá. No tempo do re i Saul (I Sm 15.34; 22.6).- Je ru sa lém . Da época de Davi em diante (II Sm

5.6-9). Seu p rim itivo nome foi Salém (Gn 14.18), depois Jebus (Js 18.28) e por fim Je ru sa lé m (Jz 19.10). Nos dias do Novo T estam ento a capital po lítica da Judéia e ra C esa- ré ia , não Je ru sa lém , como já m ostram os.

- M ispá ( J r 40.8). P o r pouco tempo foi cap ital, duran-

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te o cativeiro babilónico.- T iberíades. Foi ou tra capital da Palestina. Isso,

após a revolta de B ar-C ócheba, em 135 AD.D etalhes com plem entares sobre Jerusalém como capital

da P alestina . Fundada pelos h ititas (Ez 16.3; Nm 13.29). F ica a 21 km a oeste do M ar M orto, e a 51 a leste do M ar M editerrâneo. Nos tem pos bíblicos tinha cinco zonas ou b a irro s : Ofel, a sudeste; Moriá, a leste; Bezeta, ao norte; Acra, a noroeste; Sião, a sudoeste. Na d istribuição da te r ra de Canaã, Je ru sa lém ficou situada no te rr i tó r io de Benja­m im (Js 18.28). Foi conquistada em parte por Judá, m as pertencia de fato a Benjam im (Jz 1.8,21). Tinha povo de Judá e Benjam im (Js 15.63). Não ficava no te r r i tó r io de Judá (Is 15.8).

A cidade de Je ru sa lém saindo do jugo rom ano, caiu em poder dos á rabes em 637 AD, e, salvo uns 100 anos du ran ­te as C ruzadas, foi sem pre cidade muçulmana. Em 1518 os tu rco s conquistaram - na. Em 1917, os b ritân icos assum iram o contro le, ficando a P alestina depois sob seu mandato por delegação da então Liga das Nações. A p a r tir de 1948 p a s ­sou a s e r cidade soberana (isto é, o se to r novo), porém , na G uerra dos Seis Dias em 1967, foi reconquistada aos á rab es, os quais dela tinham se assenhoreado na g u e rra de 1948.

) Reedificada sem pre sobre suas p róp rias ru ínas, J e ­rusalém (não Roma) perm anece a Cidade E terna do mündo, sím bolo da Nova Je ru sa lém que se há de e s tab e lece r na con­sum ação dos séculos. Je ru sa lém se rá então m etrópole m undial. Isso , durante o M ilênio, quando e s ta rá vestida do seu prom etido esplendor (Is 2.3; Zc 8.22). N esse tempo Is ra e l e s ta rá à te sta da nações.

Na Je ru sa lém de hoje nada pode v e r-se da Je ru sa lém de Davi, de Salomão, de Ezequias, de N eem iase de H erodes. Tudo se acha sepultado sob os escom bros de m uitos séculos, sob m etro s e m e tro s de entulho.

1) O utras cidades da P alestina:O utras cidades im portan tes: Je ricó , Hebrom, Jope,

Siquém, Sam aria, N azaré, C esaré ia , C esaréia de F ilipe, T iberíades, Capernaum .

Cidades v isitadas por Jesu s: N azaré (Lc 4.16); Betâ- nia (Jo 1.28); Caná (Jo 2.1); S icar (Jo 4.5); Naim (Lc 7.11); Carpenaum (Jo 6.59); B etsa ida(Jo 12.21); C orazim (M t 11.21); T iro e Sidon (Mt 15.21); C esaré ia de F ilipe (Mt 16.13); J e ­ricó (Lc 19.1); B etânia (Jo 11); Em aús (Lc 24.13,14).

( 70

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18) Resum o h istó rico da P alestina a té o tempo presen te :- Conquistada pelos is ra e lita s sob Josué em 1451-

1445 AC.- G overnada por Ju izes: 1445-1110 AC.- M onarquia: 1053-933 AC.- Reinos divididos de Judá e Israe l: 933-606AC.- Sob os babilônios: 606-536 AC.- Sob os p e rsa s : 536-331 AC.- Sob os gregos: 331-167 AC.- Independente sob os M acabeus: 167-63 AC.- Sob os rom anos: 63AC a 634 AD.- Sob os árabes: 634-1517 AD.- Período das Cruzadas: 1095-1187. As C ruzadas

foram ten tativas do C ristian ism o p a ra lib e r ta r a P a lestina das mãos dos muçulmanos á rab es.

- Sob os tu rcos (Im pério Otomano): 1517-1914. O s ^ tu rcos são tam bém m uçulm anos, apenas com m ais influência orien tal.

- Sob os ing leses, como pro tetorado , por delegação da Liga das N ações: 1922-1948.

- Como nação soberana: a p a r t i r de 14-5-1948. N essa data foi proclam ado o ESTADO DE ISRAEL, com a es tru tu ra de república dem ocrática. O p rim e iro governo autônomo em m ais de 2.000 anos! De agora em diante c u m p rir -se -á Am 9.14,15.

VIII. MÉTODOS DE ESTUDO DA BÍBLIAO estudo bíblico profundo, diuturno e eficaz, envolve, do

ponto de v is ta m ateria l e humano, pelo menos quatro con­dições:

- Método de estudo.- Tem po de estudo. E sse tempo deve s e r reg u la r e

contínuo: "D iariam ente", d iz -se dos c ren tes bereanos (At17.11).

- Local de estudo.- F reqüência do estudo.

Envolve tam bém trê s princíp ios p rá tico s com relação ao texto em estudo:

- Sua observação.- Sua in terp re tação ou com preensão. C onsiderar Dt

29.29 e I Co 13.9.- Sua aplicação.

Isto, de m aneira m ais objetiva, pode s e r m elhor visto71

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em form a de perguntas, assim :- Que diz o texto? (É o princípio da Observação).- Que significa o texto? (É o princípio da Interpretação).- Que aplicação tem o texto para mim? (É o princípio

da aplicação e apropriação pessoal do texto).Envolve ainda trê s atitudes esp irituais:

- A de conhecer a Verdade (I Tm 2.4; At 17.11,12; Jo7.17).

- A de ace itá -la .- A de observá-la .

A seguir verem os os métodos de estudo da Bíblia.

1. Método Sintético. Pode s e r comparado a um explo­rador subindo uma montanha para uma visão panorâm ica da região, antes de explorar os detalhes. Estuda o conteúdo gera l de cada livro antes de cuidar de sua in terpretação . N outras palavras: p recisam os saber prim eiram ente o que a Bíblia DIZ, para então p ro cu ra r saber o que SIGNIFICA. Procedendo assim com cada livro, podemos ver o re la c io ­namento en tre os liv ros, e, finalm ente, ver a Bíblia como um todo, isto é:

a. O tem a central da Bíblia - C risto .b. O desígnio gera l da Bíblia - A rédenção do homem

e seu bem geral.c. O fim último da Bíblia - A g lória de Deus (Ap 4.11).P a ra o estudo sintético o ideal é le r cada livro m uitas

vezes antes de esboçar sua sín tese.O reduzido escopo deste curso não nos perm ite c ita r

exemplos deste e dos dem ais métodos.

2. Método Analítico. É o inverso do sintético. A sín tese resum e. A análise decompõe. A sim ples leitura da Bíblia é fundamental e im prescindível ao crente, porém o estudo da Bíblia leva-o para além do norm al. P o r sua vez a análise da Bíblia leva-o a considera r todas as particu laridades do texto, contribuindo para a com preensão em m ira. A sín tese estuda o todo, o conjunto. A análise destaca os fatos para d issecá-lo s.

É o estudo de capítulos, versícu los e palavras isoladas da B íblia. Neste ponto o estudante da Bíblia p rec isa que­d a r-se horas a fio, a sós com Deus e sua Palavra! E como é m aravilhoso! O estudante apressado , irreq u ie to não p enetrará fundo. P rec isa g o s ta r da solidão e am ar a natureza.72

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3. Método Indutivo. É o método que honra as E sc ritu ra s e satisfaz a alm a. Nele, derivam -se os princípios dos fatos bíblicos considerados, e não os fatos bíblicos dos princípios por nós adotados. N outras palavras: exam inam os os p o r­m enores de uma passagem para tira rm o s conclusões. Já no método Dedutivo, o consulente aproxim a-se da Bíblia com idéias e conceitos form ados de antemão, e p rocu ra nela apoio para e ssas idéias.

4. Método Dedutivo. Já o esboçam os acim a. Seu uso requer da parte do crente fundam entalista, am adurecim ento e idoneidade em gera l, do contrário , ele v e r-s e -á ensinando doutrinas, conceitos e idéias antibíblicas ou então metido num labirinto, m isturando suas p róprias idéias com a da Bíblia.

5. Método de Estudo Temático. É um dos métodos m ais populares de estudo da Bíblia. Nele, é preciso m uito cuidado com o problem a das referênc ias bíblicas verbais e reais (ou ideais), para ev itar e r ro s de aplicação do texto, como fazem as Seitas F a lsa s , bem como os inexperientes e inescrupulosos.

Exemplos de tem as bíblicos:- Doutrinas- Tipos e símbolos- B iografias- Lugares- Eventos- D everes c ris tãos- P a lav ras isoladasAs ferram en tas para este tipo de estudo da B íblia, são:- Concordância Bíblica- Chave Bíblica- Manual de re ferênc ias bíblicas- Manual de tem as ou tópicos bíblicos.O grande evangelista D.L.Moody utilizava es te método

m ais que qualquer um outro. C erca ocasião ele levou vários dias estudando o assunto A Graça de Deus. Ao conclui-lo estava tão dominado por e sse sublim e tema, que descendo a rua, ao encontrar o p rim eiro homem, perguntou-lhe:

- O Sr. sabe alguma coisa a respeito da g raça?- Como é m esm o? G raça???- De quem se trata? - Não se trata de pessoa! É a graça

73

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de Deus que tra z salvação! - respondeu Moody, e logo expôs a riqueza de detalhes da m aravilhosa g raça de Deus que a c a ­bara de e x tra ir da Bíblia.

6. O Método de Estudo da Bíblia por D ispensações. "Dis- pensações são períodos p robató rios do homem a respe ito de sua obediência a determ inada revelação da vontade de Deus" - Scofield.

A Bíblia toda pode s e r dividida dispensacionalm ente. Isso p erm ite ao estudante da Bíblia uma visão panorâm ica do plano divino da redenção a trav és dos séculos.

IX. DIFICULDADES BÍBLICASHá, é certo , dificuldades na B íblia, m as contradições, não.

Não há contradições h is tó rica s , cien tíficas ou dou trinárias . As dificuldades são de tradução, estudo superficial, m á com ­preensão , incapacidade humana, falsa aplicação da m ensa­gem , etc.

Os inim igos da Bíblia sustentam haver nela e r ro s em quantidade, m as o que acontece é que estando alguém com uma trav e no olho (Mt 7.3-5) sua visão fica deform ada. Um esp írito fa risá ico , ce tic is ta e orgulhoso sem pre achará falhas na B íblia, porque já se d irige a ela com falsas idéias p r e ­concebidas.

É o caso dos dois discípulos a caminho de Em aús, em Lc 24.21: "nós esperávam os que... que... que..." Jesus d isse -lh e s "n ésc io s ..." (v.25).

Deus p a ra fa z e r-s e com preender, vestiu a Bíblia de lin ­guagem nossa, bem como de nosso modo de pensar. Se Deus u sasse Sua linguagem ninguém O entenderia. Ele para re v e la r -s e ao homem adaptou a Bíblia ao modo humano de p e rce b e r as co isas. 0 au tor da Bíblia é Deus m as os e s c r ito ­re s foram hom ens. Na linguagem figurada dos Salm os e d iv e rsas ou tras p a rte s da B íblia, Deus m esm o aparece agindo e sendo d escrito como se fosse homem. (Exemplo Gn 18.21; Ex 3.7,8). A Bíblia chega a e sse ponto p ara que o homem com preenda m elhor o que Deus quer d izer. Isto tam bém explica m uitas dificuldades e aparen tes contradições do texto bíblico.

A le itu ra sim ples e seguida de toda a Bíblia. Isso muito contribui p a ra e lim inar as cham adas dificuldades. A le itu ra seguida e com pleta da Bíblia é a única m aneira de conhecer­mos toda a verdade sobre um assunto tra tado na m esm a74

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vis lo ela é uma revelação p rog ressiva . Nada é dito de uma vez, nem uma vez por todas.

Agora, podemos le r a Bíblia toda, porém jam ais a com ­preenderem os toda.

Sendo ela a P a lav ra de Deus é infinita; m esm o as m entes m ais g igantescas do mundo não podem ab arcá -la . Não há no mundo ninguém que esgote a Bíblia.

Então quando não puderm os entender um fato, devemos confiar nEle. Todos somos sem pre alunos (Rm 11.33,34;I Co 13.12; Dt 29.29; SI 145.3).

Portan to , na Bíblia há dificuldades, m as o problem a é do lado humano. O E sp írito Santo, que conhece as profun­dezas de Deus, pode e quer i r revelando o conhecimento das E sc r itu ra s à medida que buscam os Sua face e andam os mais perto dEle.

Faça pois do Estudo da Bíblia, a coisa m ais im portante da vida! E, lem b re-se : só passam os por esta vida uma vez! Se for gasta inutilm ente, não te rem os outra oportunidade como tem os aqui e agora! Moody certa vez afirm ou: Ainda não vi um o b re iro de m in isté rio sem pre crescen te , de frutos abundantes e perm anentes, que não fosse um apaixo­nado estudante da Bíblia.

QUESTIONÁRIO

1.A lém de "Sagradas E sc r itu ra s" , dê outros títulos da Bíblia como a m ensagem de Deus.

2. P o r que a Bíblia, sendo divina, é também humana?3. Sob o ponto de vista legal, a Bíblia pode e s ta r sujeita a

provas e argum entos?4. Quais as duas re fe rênc ias estudadas, m ostrando a in sp i­

ração divina da Bíblia?5. Na Bíblia há unidade e harm onia em g era l, ap esa r de

tanta d iversidade. Cite exem plos dessa d iversidade.6. Cite exem plos da aprovação da Bíblia por Jesu s . Aponha

re fe rên c ias .7. Qual a evidência que o E sp írito Santo opera no cren te

corroborando a Bíblia como a P alavra de Deus?8. Cite exem plos de profecias da Bíblia e seu cum prim ento.

Indique referênc ias .9. Qual a evidência da Bíblia como a P a lav ra de Deus,

ligada a seu efeito e influência?10. Cite alguns dos p rincipais fa to res de p ro g resso no conhe-

75

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cimento da Bíblia.11. Quanto à P alavra da Verdade, a que se re fe re a ex p res­

são "Que maneja bem ", em II Tm 2.15?12. Quanto a que elem ento pode se r aplicado o texto bíblico?13. Segundo a classificação divina (I Co 10.32), quantos e

quais são os povos em que está dividida a humanidade?14. Como deve se r aplicado o texto quanto ao tempo?15. E quanto a lugar?16. Dê os dois sentidos do texto bíblico em geral.17. Na aplicação do texto bíblico, como pode se r a mensagem

da Bíblia?18. Quanto à fonte ou procedência da mensagem, o que p re ­

cisam os observar ao aplicarm os o texto bíblico?19. Que é Herm enêutica Sagrada? Que é Exegese?20. Cite alguns princípios de H ermenêutica.21. Como se origina a m aior parte dos e rro s doutrinários

das Seitas F a lsas?22. Quais as principais form as de linguagem figurada da

Bíblia?23. Que é Homilética?24. Quais as duas form as de preparação do pregador?25. Dê os elem entos da p reparação espiritual do pregador.26. Quais as quatro form as de serm ões?27. Que é um serm ão profético?28. Dê a utilidade da cronologia bíblica.29. Detalhe a im portância da geografia bíblica.30. Cite a principal fonte de estudo da geografia bíblica.31. Qual a m ais im portante te r ra bíblica?32. Cite alguns fatos ressaltando a im portância da Palestina

como te r ra bíblica.33. Dê as condições m a te ria is , os princípios p rá ticos, e as

atitudes esp iritua is requeridas para autêntico estudo da Bíblia?

■ 34. Cite os métodos de estudo da Bíblia mencionados.35. Quanto aos métodos de estudo da Bíblia, dê a diferença

entre:- O Método Sintético e o Analítico- O Método Indutivo e o Dedutivo.

36. Donde procedem as dificuldades da Bíblia?37. P o r que Deus aparece na Bíblia, agindo e falando à

moda humana?38. Quanto à Bíblia, que p rá tica muito contribui para e lim inar

as cham adas dificuldades b íblicas?76

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Unidade II

Doutrinas bíblicas fundamentais

Sumário da Unidade

Introdução, 78I. A im portância da doutrina, 78

II. F orm as de doutrinas, 78III. D iferenças básicas en tre doutrina e costum e, 79IV. O perigo das falsas doutrinas, 79V. A classificação das doutrinas da Bíblia, 79

VI. P rincipais doutrinas da B íblia, 80VII. Esboço de doutrinas, 80

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INTRODUÇÃOD outrinas Fundam entais são as doutrinas básicas do

Evangelho de C risto . Uma das m a io res necessidades da p resen te hora, no seio da Igreja é uma sólida base para a fé. Apenas um sim ples esboço é dado de cada doutrina, devido aos e s tre ito s lim ites gera is deste curso. Não há, assim condições p ara uma m ais am pla exposição e desen­volvimento das doutrinas enum eradas.

Doutrina significa literalm ente ensino norm ativo, te rm i­nante, como reg ra de fé e p rá tica . É co isa sé ria . É fator altam ente influente p ara o bem ou m al. A sã doutrina é uma bênção para o cren te e para a Ig reja , m as a falsa - corrom pe, contamina, ilude e destró i.

O plano de Deus é que o homem depois de salvo, "chegue ao pleno conhecimento da verdade" (II Tm 2.4 ARA). A tragédia esp iritual de inúm eros cren tes, é que não atentam para isso . Podemos pagar muito caro por uma só ignorância esp iritual; com pare II Rs 4.39, 40; Jz 16.20; 2.10.

Enquanto estudam os as doutrinas b íb licas, que são os fundamentos da nossa fé, peçam os ao E sp írito Santo que torne e ssa s verdades bem rea is em nossos corações. 1 E le é o divino au tor da P alav ra que contém os ensinos santos e básicos que crem os e d issem inam os.

I. A IMPORTÂNCIA DA DOUTRINA1.A im portância ou valor da doutrina para a Igreja do

Senhor e o crente em p a rticu la r v ê -se em I Tm 4.16; II Tm 4.3; T t 2.7; 1.9; Hb 13.9; II Pe 2.1; At 20.30; Mt 22.30; 28.19; G1 1.6-9.

2. Outro fato que re ssa lta a im portância da verdade divina, é que na arm adura do soldado c ris tão a p rim e ira peça é o cinto da verdade (Ef 6.14).II. FORMAS DE DOUTRINAS

Há pelo menos trê s form as de doutrina. Uma é sublim e e santa. Duas são pern ic iosas e de le térias .

1.A Doutrina de Deus. At 13.12; 2.42; Lc 4.32; Pv 4.2; Mt 7.28; T t 2.10.

2. A doutrina de homens. Mt 15.9; 16.12; Cl 2.22; J r 23.16; T t 1.14.

3. A doutrina de demônios. I Tm 4.1; I Co 12.3.Há, pois, demônios cuja atividade não é espalhar violência

e outros m ales ostensivos, m as ocup ar-se com o ensino m aléfico, falso, e rrôneo , enganoso.78

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III. DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE DOUTRINA E COSTUMEHá pelo menos trê s d iferenças básicas en tre doutrina

bíblica e costum e puram ente humano. Há costum es bons e m aus. A doutrina bíblica conduz a bons costum es.

1. Quanto a origem.- A doutrina é divina- 0 costum e é humano.2. Quanto ao alcance- A doutrina é gera l- O costum e é local3. Quanto ao tempo:- A doutrina é im utável- O costum e é tem porário .

IV. O PERIGO DAS FALSAS DOUTRINASAlgumas considerações.1.Um a das atividades p red ile ta s do Diabo é su b tra ir a

P a lav ra de Deus (Mt 13.19). Inclusive no púlpito, onde, m uitas vezes é substituída por ou tras coisas vãs.

2. O Diabo é o autor ou in sp irado r de todo ensino falso (I Tm 4.1) e, p e rversão dos verdadeiros (II Pe 3.16).

3. A arm a exata contra o e r ro e m entira, é a verdade divina quando conhecida e aplicada. É por ela, m ediante o E sp írito Santo, que discernim os en tre a verdade e o e rro . E n tre o falso e o verdadeiro.

4. A adm oestação bíblica p a ra nós outros, neste p a r t i ­cular: Ef 4.14.

)f. A CLASSIFICAÇÃO DAS DOUTRINAS DA BÍBLIATodas as doutrinas da Bíblia podem c o n s titu ir -s e e m trê s

grandes grupos:1. Doutrinas da Salvação.São as m ais fáceis de se entender. G raças a Deus por

isso! Senão, quem poderia s e r salvo? Até as crianças en­tendem! Os homens é que à s vezes dificultam tudo...

2. Doutrinas da Fé Cristã.Não são tão fáceis de se entender. Abrangem os p re se n ­

te s aspectos e bênçãos da salvação. Requerem diligente e continuado estudo da Revelação Divina.

3. Doutrinas das Cousas Futuras, ou do Porvir.São as m ais difíceis de se entender. Abrangem o aspecto

futuro da Salvação e as coisas que Deus tem preparado para _.os que O am am . Requerem muito estudo da Revelação.

79

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VI. PRINCIPAIS DOUTRINAS DA BÍBLIAComo já foi dito, as doutrinas se rão apresen tadas em

form a de pequenos e incom pletos esboços, dado o lim itado escopo deste curso . A p resen te lis ta abrange 24 doutrinas básicas.1. A Inspiração Divina e P len á ria da Bíblia2. O T rino Deus3. Os Anjos4. A C riação de Todas as Cousas5. O Homem6. O Pecado7. A salvação e a Vida C ris tã8. A Lei e a G raça (contrastados)9. A Igreja10. O Batism o em Água11. A Ceia do Senhor12. O Batism o com o E sp írito Santo13. Os Dons e o F ru to do E sp írito Santo14. A Santificação Bíblica15. A Fé16. A Cura Divina17. D ízimos e O fertas18. O Estado (isto é, Nação) e o cren te19. M orte, R essu rre ição e Destino E terno do Homem20. A Segunda Vinda de Jesu s2 1 .0 Reino M ilenial de C ris to22. O Juízo Final23. O P erfe ito Estado E terno - Os Novos Céus e a Nova T e rra24. D ispensações e A lianças.

VII. ESBOÇO DAS DOUTRINAS ACIMA MENCIONADAS1. INSPIRAÇÃO DIVINA E PLENÁRIA DA BÍBLIA

a. Toda a Bíblia foi dada por insp iração divina (II Tm 3.16; II Pe 1.21).

b. A insp iração com preende não só a idéia divina na m ente dos e sc r ito re s , m as tam bém a escolha das pa lav ras (I Co 2.13; Is 51.16). É a insp iração p lenária .

c. Até o núm ero g ram atica l é insp irado (G1 3.16).d. O cren te e a B íblia. A le itu ra e estudo da B íblia é o

contacto d ire to e pessoal com a P a lav ra de Deus. Nada pode substitu ir es te aspecto da vida devocional do c ris tão . A P a lav ra de Deus é tão indispensável a alm a como o pão é ao corpo. O texto de I Pe 2.1,2 com para o c ris tão a um80

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recém -nascido , o qual em estado norm al tem muito apetite. Como está o teu apetite pela P alav ra - o le ite racional para o crescim ento esp iritua l?

(P ara m aior estudo da Bíblia, ver a Unidade I deste Curso)

2. O TRINO DEUSa. A Trindade Santa não é uma sociedade de trê s deuses

como o querem os Mórmons.b. Deus é uno e ao m esm o tempo triuno (Dt 6.4 com Gn

1.26 (heb.); 3.22; 11.7; Mt 3.16,17; Jo 14.16; Mt 28.19;II Co 13.13; Hb 9.14). São trê s divinas e d istin tas pessoas. São das verdades bíblicas que transcendem a razão e as aceitam os pela fé.

c. Se a unidade com posta do homem (seu esp írito , alma e corpo), é um fato inexplicável p ara a Ciência e os homens m ais sábios e santos, quanto m ais a triunidade do Pai, Filho e E sp írito Santo...

d. Todas as trê s divinas pessoas da Trindade são c o -e te r ­nas e iguais en tre Si, m as em Suas operações concernen­tes a C riação e Redenção -

- Deus, o Pai, planejou ou criou tudo (Ef 3.9).- Deus, o Filho, executou o plano, criando (Hb 1.3; 11.3;

Cl 1.16; Jo 1.3).- Deus, o E sp írito Santo, vivificou, ordenou, pôs em'

ação (G1 6.8; Jó 33.4; Jo 3.5; 6.63; At 1.8).Em continuação, podemos d izer que:

r - O Pai domina-- O Filho realiza- O E sp írito Santo preserva e sustenta.Na redenção- O P ai planejou a salvação- O Filho consumou a salvação- O E sp írito Santo rea liza ou aplica a salvação.E ntretanto em qualquer desses atos as trê s divinas p e s ­

soas estão p resen tes.e. Quando Deus declara um fato na Bíblia, o homem deve

cuidar em c re r , porque Ele não se inclinará p ara sa tisfaze r curiosidade de especuladores. Ele atende os sequiosos pela verdade, segundo a Sua vontade.

f. A unidade de Deus é uma unidade com posta como Jo 10.30; 17.22. Em Gn 2.24 vem os m arido e m ulher formando uma unidade composta na e s fe ra m a teria l, ("uma só carne"). Logo, o há na esfera esp iritu a l.

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g. Muitas cousas físicas formam triunidades, e o homem as aceitam sem discutir ou re je ita r , como a luz (três raios), a eletricidade (três m anifestações), o átom o(três partículas), a água (três estados), a imagem (três dimensões), o homem (três entidades), etc.

h.D eus o Pai: Ef 4.6; Rm 15.6; Lc 1.32; I Pe 1.3; Jo 17 (todo o Cap.); Mt 6.19; 11.27.

i. Deus o Filho: SI 2.7,12; Hb 1.8; Jo 3.16; Is 9.6; Jo 1.1,14; 20.31; At 7.55,56; Ap 3.21; II Jo v .3. T ra ta -se do Senhor Jesus Cristo.

j. Deus o E spírito Santo é uma pessoa e não apenas uma influência, um poder, energia ou unção.

- Ele é mencionado em conjunto com as outras pessoas da Trindade, em Mt 28.19; II Co 13.13 e outras passagens.

- Em Atos 15.28 temos a frase "pareceu bem ao E spírito Santo e a nós", da parte dos ob reiros de Jerusalém . P o r­tanto, se o le itor acha que é uma pessoa, o E spírito Santo também o é.

- Ele fala, At 10.19; 8.29; Ez 3.24.- Ele é referido por Jesus pelo pronome pessoal "Ele":

Jo 14.26; 15.26; 16.8,13,14. No original é "ekeinos" - pronome masculino determ inativo correspondente a ele. Ele cham a-se a Si mesmo "eu" (At 10.19,20).

- A Ele são atribuídos atos pessoais, sendo ao me >mo tempo afetado pelos atos de outrem . At 5.3; 7.51; 13.2; *6.6, 7; 28.25; Rm 8.26,27; Mt 12.31,32; M t4.3;Gn 6.3; I Co 1 .11.

1. Quatro realidades sobre Jesus.a. Seus atributos divinos: Ele tem todos os a trib itos

divinos.2. Sua natureza: divina e humana.3. Seus ofícios: Profeta, sacerdote, re i.4. Sua obra: a redenção do mundo.m. Cinco operações do E spírito Santo:1. Regenera o pecador (Tt 3.5)2. Habita no crente (Jo 14.17; 20.22; Rm 8.11).3. Enche o crente no batism o (Lc 24.49; At 2.1-4; Mt 3.11).4. Santifica (Rm 1.4; 8.2).5. Renova (Tt 3.5b; SI 92.10b; 104.30; com parar At 2.4

com 4.31) - plenitude, renovação.n. E futilidade querer descrever a forma e a natureza

de Deus (At 17.29).o. P ara os sentidos físicos do homem, vemos as trê s

jp esso as da Trindade no batism o de Jesus: o Pai Eterno falou;-82

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o Espírito Santo desceu em form a visível de pomba e o Filho estava sendo batizado no Jordão. (Mt 3.16,17).3. OS ANJOS

a. São se res de ordem esp iritual, m ais elevados que o homem. Não são divinos. São poderosos (SI 103.20; II Ts 1.7).

b. Missão principal: executar ordens de Deus; daí, seu nome anjo - literalm ente, mensageiro (Hb 1.13,14).

c. Há anjos santos - m ensageiros de Deus, e, anjos maus ou decaídos, que caíram com Lúcifer tornando-se m en­sageiros e agentes de Satanás.

d .S ituam -se em classes e categoriase. Todos os se res angelicais não são idênticos.f. Resumo acerca dos anjos.1. Quanto a origem : são filhos de Deus (Jó 38.7).2. Quanto a natureza: são esp írito s (Hb 1.14).3. Quanto ao cará ter: são santos (Jó 5.1 ARA).4. Quanto ao seu m inistério en tre os homens: é ocasio­

nal (SI 103.20; Hb 1.14). Agradeçamos a Deus pelo m in is­tério dos anjos a nosso favor.

5. Acompanham os salvos ao p artirem deste mundo. Que boa companhia! (Lc 16.22).

6. T iram -nos de sérias dificuldades! (Gn 19.16; At 12.7-11; SI 34.7; Dn 3.28; 6.22; 10.11-13).

g. Os demônios. São uma c lasse de se res infernais sem corpo esp iritual, controlados pelo Diabo.

1.Não são anjos (At 23.8,9).2. As E scritu ras não discrim inam a origem deles. Por

certo isto faz parte do m istério que envolve a origem do mal. Ver Dt 29.29; I Co 4.5.

3. A Bíblia dá abundante testemunho da existência dos demônios.

4. Em o Novo Testamento aparecem como seres e sp ir i­tuais, desprovidos de corpo, estando sem pre procurando possuir corpos humanos e até de anim ais (Lc 11.24-26; Mt 8.31,32; Mc 16.17. O term o "expulsar" nesta última re fe ­rência, é altam ente significativo).

5. Tendo personalidade, falam (At 19.15; Mc 5.8,9).6. Sendo rea is , podem se r contados (Lc 8.2).7. Têm pavor do Senhor Jesus C risto (Mt 8.29; Mc 5.17;

Lc 8.28).8. Existem tantos que uma legião (6.000) podem ocupar

uma pessoa (Lc 8.30).83

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4. A CRIAÇÃO DE TODAS AS COISASa. Deus criou todas as coisas: Gn 1.1; Jo 1.3; Cl 1.16;

Ef 3.9; Ap 4.11; Nm 16.22; At 17.25; J r 27.5.b. Considerando as divinas pessoas em separado:1 .0 Pai Eterno planejou (Hb 11.3).2 .0 Filho criou (Cl 1.16; Hb 1.2b).3. O Espírito Santo ordenou e deu vida (Gn 1.2; SI 104.30;

Jó 33.4).c. A Criação não abrange apenas a esfera do visível, mas

também a do invisível (Cl 1.16).d. A tão decantada Evolução nada criou. Ela ensina que

0 surgimento das diversas espécies, vem pelo aperfeiçoa­mento progressivo de uma célula original; não pela Criação divina. A teoria da Evolução é um plano diabólico para de­sacred itar a Palavra de Deus, a qual afirm a que Deus no princípio criou tudo segundo sua espécie (Gn 1.21-25).

5. O HOMEMa. A Palavra de Deus desde o início declara que o homem

foi criado e também formado por Deus; não evoluído de outras espécies, chegando ao macaco, e por. fim, eis o homem! Deus o criou (Gn 1.27; 2.7; SI 139.13). O Senhor Jesus confirmou isso em Mt 19.4. ,

b. Adão foi o prim eiro homem (I Co 15.45a).c. Deus fez o homem perfeito, no princípio; m as o homem

m eteu-se com m uitas invenções (Ec 7.29). A pior delas foi a que resultou no pecado. Um só pecador destrói muitas cousas boas (Ec 9.18).6. 0 PECADO

a. Sua origem no passado: Ez 28.15,16.b. Sua definição divina: De todas as palavras originais

da Bíblia traduzidas em português por pecado e pecar, a m ais empregada é a que significa literalm ente " e r ra r o alvo". Ela expressa tanto o estado ou disposição como o ato de pecar, Rm 3.23 e 5.12. Em heb. "chata" (verbo) e "chattath", "chet" (substantivo). Exemplos: Gn 4.7; Êx 9.27; Lv 5.1; Nm 6.11; SI 51.2,4; Pv 8.36; Is 42.24; Os 4.7. Em grego, o vocábulo correspondente é "ham arte- no" (verbo) e "harm artia" (substantivo). Exemplos: Lc11.4; 15.18,21; Jo 1.29; 8.34; 16.9; Rm 3.23; 5.12; 6.23;1 Co 15.3; I Jo 1.7,9,10; 3.4a; 5.17b. Outros term os o rig i­nais muito im portantes, m ostrando a natureza maligna do pecado são:84

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- T ransgressão ou violação da lei, desordem, anarquia (No gr. "anomia") (I Jo 3.4b,8,9).

- Injustiça (no gr. "adikia", I Jo 5.17a).- Delito contra Deus (Ef 2.1).- Dívida contra Deus (Mt 6.12 comparado com Lc 11.4).- Iniquidade (At 8.22; I Jo 5.17 ARA).- Desobediência (Hb 2.2).- Incredulidade (Hb 3.12; Jo 16.a). Todo pecado tem

sua raiz na incredulidade.c. Sua realidade: Rm 5.12; Hb 12.1,2.d. Seus aspectos malignos. Alguns deles são:1. Quanto a sua natureza:- Há o pecado congênito, inato, herdado de Adão (I Jo 1.7;

SI 51.5; 58.3; Rm 7.18).- Há o pecado praticado (I Jo 1.9). O prim eiro vem no

singular, o segundo no plural.2. Quanto a sua prática.- Há o pecado por comissão (Tg 1.15)- Há o pecado por om issão (Tg 4.17).3. Quanto a origem dentro de nós.Ele tem origem nos instintos pervertidos pela queda.

E sses instintos saíram perfeitos da mão do Criador, mas a queda transtornou tudo.

- Há o pecado da carne (II Co 7.1)- Há o pecado do espírito (II Co7.1; SI 66.18; At 8.21,22).4. Quanto às suas conseqüências gerais.- Ele inquieta e aflige o pecador (Is 48.22; Lm 3.3a;

J r 2.19).- Interrom pe a comunhão com Deus (Is 59.2).- Escraviza o pecador (Jo 8.34; Rm 7.24).- Conduz à m orte eterna (Rm 6.23).- Exclui o homem do céu (I Co 6.8; Ap 22.15).- Morte física prem atura (I Jo 5.16).5. Quanto ao perdão.- Há o pecado perdoável (Mt 12.31,32).- Há o pecado imperdoável (Mt 12.31,32).

7. A SALVAÇÃO E A VIDA CRISTÃa. A salvação é uma m ilagrosa transform ação espiritual

que se efetua na alma e na vida da pessoa que, pela fé, r e ­cebe Jesus C risto como Salvador (Jo 1.12; 3.5; II Co 5.17). (Ef 2.8,9; 4.22-24).

b. A salvação é um dom gratuito de Deus, independente85

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de ob ras. Boas obras seguem -se à salvação (At 16.31; Ef 2.8,9; 4.22-24; Rm 6.23).

c. A origem da s<dvação: a g raça de Deus (Rm 3.24; T t 2 .11).

d. A base ou fundamento da salvação: o sangue de C ris to (Rm 3.25; I Jo 2.2).

e. O meio da recepção da salvação: a fé em C risto (Rm 3.25; At 16.31; Ef 2.8).

f. Os trê s passos p ara o pecador obter a salvação:1. 0 homem reconhecer que é pecador (Rm 3.23).Isso é efetuado pelo E sp írito Santo, ao ouvir o pecador

a m ensagem da salvação.2. 0 homem confiar em Jesus como o seu Salvador (Jo

1.12; At 16.31). Aqui t r a ta - s e de fé. É o segundo passo .3. O homem confessar que C risto é o seu Salvador (Rm

10.10b). Significa, a decisão de segu ir a C risto . C onfessar a C ris to é a pessoa d ec la ra r publicam ente que ace itou -0 como seu Salvador pessoal.

g. Os trê s aspectos da salvação na experiência humana:1. Justificação . Significa (para o pecador arrependido),

a mudança de posição diante de Deus - de condenado para justificado (Rm 5.1; 8.33,34).

2. R egeneração. É a transfo rm ação operada no pecador pelo E sp írito Santo. É a mudança de condição - de servo do pecado, p a ra filho de Deus (Jo 1.12; T t 3.5).

3. Santificação. É a mudança total de vida. É a salvação do domínio e influência do pecado. É p ro g ress iv a , no sentido subjetivo (II Co 7.1; II Ts 2.13; I T s 5.23; Rm 8.22; Lc 20.7,8,26).

h. A segurança da Salvação.1.A salvação é eterna p a ra os que obedecem (Hb 5.9;

3.14; Jo 15.6; Ez 33.13,18; Rm 11.21,22; II Pe 2.4,5 ARA).2. Com pare o "se" ou condição, em Cl 1.22,23; Hb 3.6,14;

Dt 30.19. (Fornecem os a pedido, pelo p reço de custo, um estudo detalhado da segurança da salvação).

i. Evidências da salvação na vida c ris tã .1 .0 testem unho do E sp írito Santo no nosso íntim o

(Rm 8.16).2. O testem unho da P a lav ra (At 16.31; I Jo 5.13).3. O testem unho da mudança o co rrida na vida (II Co 5.17).4 .0 testem unho da nossa consciência (I Jo 3.19-21; Rm

2.15).5 .0 testem unho dos fru tos oduzidos (Mt 3.8; 7.20).

86

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6 .0 testem unho da aversão ao pecado (I Jo 3.9 ARA).7. 0 testem unho da observância da doutrina bíblica (II Jo

vv. 9,10).8 .0 testem unho do am or fra te rn a l (I Jo 3.14; 4.7). É o

am or para com òs irm ãos na fé, im prescindível na p rom o­ção do reino de Deus.

9 .0 testem unho da v itó ria sobre o mundo (I Jo 5.4). E ste versícu lo prova que o mundo conspira contra o cren te p a ra derrubá-lo . Mas, por Jesu s, o cren te vence o mundo tene­broso e ilu só rio . As vezes o cren te não ama o mundo, m aso mundo quer am á-lo , e o perigo é o m esm o. V er Jo 15.19b.

8. A LEI E A GRAÇA

a. P ropósito da Lei:1. R evelar o c a rá te r excessivam ente maligno do pecado

(Rm 3.20; 7.7).2. R evelar a santidade de Deus e Sua L ei (Lc 20.26; Rm

7.12).3. M o stra r a im possibilidade do homem por s i mesmo

cum prir a m esm a, e ass im , rev e la r a necessidade de um salvador e reden to r - isto é, conduzir-nos a C ris to (G1 $.24).

b. C risto , pois, é o fim da Lei (Rm 10.4). Õ mal dos judeus (e lega lis tas m odernos), é que tiveram a Lei coriio meio de salvação. A lei que os conduzia, chegou ao firà da viagem, m as, eles perm aneceram a bordo!

c. Os fié is de Deus do Antigo Testam ento tam bém foram salvos pela g raça de Deus; não pela Lei (At 15.10,11).

d. A Lei não é um sis tem a de fé, com o o é a G raça (G13.12; At 13.39). - >

e. Je su s veio cum prir a Lei (Mt 5.17), no sentido de cum prir seus tipos, p ro fecias, p ro m essas , e, com pletá-la. "Eu porém vos digo..." Mt 5.22,28,32,39,44). Como cidadão judeu e exem plar, E le observou os r ito s da Lei, é claro.

f. A p a r te m oral da L ei é e terna e universal. A parte pactuai (en tre Deus e Israe l), e ra tra n s itó ria , pois além de te r sido quebrada por eles ( J r 31.32), foi abolida por C risto , no C alvário (Cl 2.14-17; Ef 2.15).

g. P ropósito da G raça: T t 2.11-13.h. A Lei condena o m elhor homem; a G raça salva o p ior,

(Lc 23.43; I Tm 1.13-15).i. A Lei fala da vontade de Deus; a G raça da bondade de

Deus.

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j. A Lei não pôde aperfeiçoar cousa alguma. Jesus por Sua g raça , sim (Hb 7.1a; Cl 2.10).

l.A Lei é baseada em obras (G1 3.10b); a Graça, na fé (Ef 2.8).

9. A IGREJAa .É o corpo m ístico de C risto (Cl 1.24; I Co 12.27).b. É a habitação de Deus (II Co 6.16; Ef 2.22). No Antigo

Testam ento habitou Deus entre Israe l, no Lugar Santíssimo do tabernáculo. Agora Ele habita nos santos (Jo 14.17b). Nesta atual dispensação não existe aqui na te rra santuário nacional. É a Igreja o atual templo do Deus vivo.

c. Fundação. Já existia no plano e propósito eterno de Deus (Ef 3.11), mas historicam ente foi fundada no dia de Pentecoste, quando o Espírito Santo encheu os crentes, formando um só corpo em C risto (Ef 2.14).

d. M issão da Igreja.1. P reg a r o Evangelho a toda c ria tu ra (Mc 16.15). E, de

igual modo, ensiná-lo (Mt 28.19,20 ARA).2. Ser o la r espiritual, aqui, dos que estão a caminho da

glória.e. O ingresso na Igreja de Deus é mediante:- Nova criação (Tg 1.18; Ef 2.10,15; 4.24; II Co 5.17;

I Pe 1.3).- Novo nascimento (Jo 3.5; 1.13).- Inclusão, pelo batismo espiritual (I Co 12.12,13; Rm

6.3-6; G1 3.27). Isto é, o E spírito Santo, pelo novo nasci­mento une ou im erge o crente no corpo de C risto - Sua Igreja.

f. O futuro da Igreja: a felicidade eterna no céu com Jesus (Jo 14.3; I Ts 4.17b).

*

10 .0 BATISMO EM ÁGUAa. O C ristianism o bíblico não é religião ritualística como

o era o Judaísmo. Sua essência consiste numa relação pessoal e vital com o C risto vivo, pelo Espírito! (Jo 15.5;II Co 3.8). Daí, te r Jesus ordenado somente duas in s ti­tuições: o batismo em água e a Ceia do Senhor (Mt 28.19; At 2.38; I Co 11.24b).

b. O batismo fala da nossa fé em C risto (At 8.37), en­quanto a Ceia repete-se , o que fala de comunhão contínua e constante alimentação subentendida no term o ceia.

d. É a identificação pública do crente com C risto - o seu88

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Salvador, onde a descida às águas fala da nossa m orte com Cristo; a im ersão, fala do nosso sepultamento com C risto; o levantamento das águas fala da nossa ressu rre ição com Ele.

e. A fórmula do batismo: Mt 28.19.f. A autoridade para batizar: At 2.38; 10.48.Muitos confundem a fórmula com a ordem ou autoridade

para batizar: ("Em nome do Pai, e do Filho e do E spírito Santo").

g. O modo do batismo em água:1. Deve se r por im ersão. Batismo significa im ersão. Em

Mt 3.16 vemos que logo após Seu batismo, Jesus "saiu da água". Se o batismo tivesse sido por aspersão, te ria sido preciso dois homens en trarem no rio Jordão para tira rem uma caneca dágua para o batism o??? B astaria um p a ra i r apanhar água...

2. A linguagem bíblica empregada ao falar do batismo, im ­plica im ersão ("sepultar") (Cl 2.12; Rm 6.4).

3. É uma incoerência o term o batismo por aspersão. Isso equivale a dizer "im ersão por aspersão". Faz sentido? E pois uma necedade das m aiores.

11. A ÇEIA DO SENHORa. É uma das duas ordenanças deixadas por Jesus, para

a Igreja. A outra é o batism o em água. São chamadas orde­nanças porque foram por Jesus ordenadas.

b. Jesus começou Seu m inistério com o batismo, e, encerrou-o com a Ceia - o crente deve in iciar a vida c ris tã com a fé em, e p rossegu ir em comunhão com Deus.

c. Finalidade da Santa Ceia:1. Anunciar a Nova Aliança (Mt 26.26-28).2 .É um m em orial - aponta para o passado (I Co 11.28).3 .É uma profecia - aponta para o futuro (I Co 11.26).4. Não é prim eiram ente para consertar vidas - m as, para

comunhão com Cristo.d. Observações.1. Pão asmo hoje? - Não, porque- A páscoa, celebrada com pão asmo, era um tipo de

C risto (I Co 5.7); a Ceia é um m em orial. É uma com em ora­ção espiritual. (I Co 11.24).

- A páscoa como tipo olhava para frente; a Ceia como m em orial, para trá s .

- Jesus usou o mesmo pão na p rim eira Ceia porque se tratava do momento da páscoa, que acabara de se r comida.

89

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- Não há ordenação expressa para pão asmo no Novo Testam ento.

2. F ilas de perdão nas Ceias - cheira o Romanismo.3. É a m aior festa esp iritual da Igreja. Sua in terrupção

para tra ta r de outros assuntos é profanação.4. Cada participante deve exam inar-se a si mesmo e p a r ­

tic ipar (I Co 11.28^. Não ficar a exam inar os outros.

12. O BATISMO COM 0 ESPÍRITO SANTOa. Que é batism o com o E sp írito Santo? É um re v e s ti­

mento ou dotação de poder do alto, pela instrum entalidade do E sp írito Santo, para o ingresso do crente numa vida de profunda adoração e de eficiente serviço a Deus. (Lc 24.49; At 1.8; 10.46; Jo 16.14).

b.A prom essa divina do batism o (J1 2.28; Jo 15.36; Mt3.11).

c. A prom essa cum prida (At 2.1-14).d. Finalidade do batism o: re v e s tir o crente de poder

divino p ara uma vida de am or e serviço a Deus (At 1.8; Lc 24.49).

e. P a ra quem é. Todos os que crêem (At 2.17,39). É experiência distinta e subseqüente à salvação (At 19.2;1.13,14).

f. Como receber o g lorioso batism o:; 1. Pela fé (G1 3.14).

2. Em obediência (At 5.32).3. Esperando (At 1.4).4. Orando (At 1.14).5. Em união e unidade fra te rna l (At 1.14).6. Cuidando da espiritualidade (Jo 14.17 - "o mundo não

pode receber").7. Tendo rea l sede de poder (Is 44.3; Lc 11.5-13).

g. Evidência física inicial: o fa la r noutras línguas pelo E sp írito Santo. (At 2.4; 10.45,46).

h. A plenitude do E sp írito produz no crente:- Vida (Rm 8.2a). Vida abundante, transbordante.- Poder (At 1.8). Poder vencedor. "Grande poder" (At

4.33).- Santidade (Rm 1.4; 8.2b).

13. OS DONS E O FRUTO DO ESPÍRITO SANTOa. Os dons: "São faculdades da pessoa divina operando

no crente" - Horton. Portanto, ten tar explicar cabalmente ^0

vo

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est>^~ 'life staçõ es sobrenaturais do E spírito , é futilidade. Os dons esp irituais não devem jam ais se r confundidos còm aptidões naturais inatas ou desenvolvidas e abençoadas por Deus.

b..A íista dos dons: I Co 12.8-10.c. Aivo e efeito dos dons:

1. A glorificação de Jesus (Jo 16.14).2. Confirm ação da Palavra pregada (Hb 2.3,4; Mc 16.

15-20).3. A expansão da obra de Deus. Evangelização e M is­

sões (livro de Atos, todo; Rm 15.19).4. A edificação da Igreja como um todo(ICo 14.12,26b).

d. C lassificação dos dons:Dos nove dons relacionados em I Co 12.8-10,

1 .T rê s são dons de Saber: Sabedoria, Ciência, D is­cernim ento. Eles operam como olhos esp irituais da Igreja.

2. T rês são dons de Poder: Fé, Curas e M aravilhas. Operam como as mãos esp irituais da Igreja. São, pois, dons de ação.

3. T rê s são dons de Expressão Vocal: P rofecia, Línguas, In terpretação de Línguas. Operam como lábios esp irituais da Igreja. - É acerca desses trê s últim os que se nota m ais falta de disciplina nas ig re jas como ocorreu também em Corinto.

e cnu; regulados e equilibrados pela Revelação esc rita (I Pe 4.10,11). Dons exercidos sem o ensino da Palavra, dão em fanatism ’0 , e cessarão .

f. As línguas estranhas como evidência do batism o (não H/ r ' : í variedade de línguas, que tem propósito diferente

vi 2 .10 ', A ladas habitualmente em público não temqualquer utilidade para a Igreja (I Co 14.23). Nesse caso, o crente deve falar em silêncio (I Co 14.28).

g. Quanto a profecia. A ignorância da P alavra de Deus e a falta de m aturidade esp iritual do crente gera muitos problem as, meninices e desordens aqui. Ninguém que aja desordenadam ente e cause confusão e escândalo no exercício dos dons, venha a d izer que agiu assim , movido pelo E sp írito Santo, porque Ele não é autor de ta is cousas.

h. D iferenças entre os dons e o fruto do E sp írito (G15.22,23).

1 .0 dom é dado, outorgado - o fruto é criado, produzido.2 .0 dom vem após o batismo - o fruto deve com eçar

com a conversão.91

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3 .0 dom vem do alto - o fruto vem do in te rio r.4. 0 dom vem perfe ito (as falhas na sua operação c o r­

rem por conta do portador) - o fruto requer tempo para am adurecer. Não c resce do dia para a noite, como muitos pensam ...

5. Dons falam de serv iço - fruto fala de ca rá te r.6. M uitos, em vez de andarem à cata de dons, deviam

antes, desenvolver o fruto do E sp írito , porque, dons e sp ir i­tuais e serv iço efetuado sem o fruto do E sp írito , são uma anom alia...

7. Os dons te rm inarão um dia - o fruto continuará p ara sem pre (I Co 13.8).

i. Afinal... que é o fruto do E sp írito? - É a expressão da natureza e c a rá te r de C risto a través do crente. É a reprodução da vida de C risto no cren te. Sendo Ele o original - o crente, a cópia!

14. A SANTIFICAÇÃO BÍBLICAa. E um dos aspectos da nossa salvação, tanto no sentido

objetivo (isto é, do ponto de vista divino, como um dom de Deus), como subjetivo, a saber, a salvação na experiência humana.

A santificação bíblica abrange tanto a separação do m al como a dedicação a Deus, p ara Sua posse e uso (I Ts 5.23; Rm 12.1).

c. A santidade é uma qualidade in trín seca de Deus (Êx 15.11; Lv 11.45). Um de Seus nomes é Santo (Pv 9.10). A santidade de Deus é absoluta em todos os sentidos.

d. A santificação e o crente:1 .É a vontade de Deus para o cren te (I Ts 4.3). Deus

cuidou da nossa santificação antes m esm o da existência do homem (Ef 1.4).

2. O Senhor Jesus m orreu p ara isso(H b 13.12; Jo 17.19).3. A im portância e seriedade da santificação: Hb 12.14;

II Ts 2.14 (no orig inal "dia" = a través).4. Deus nos chamou p ara isso (I Ts 4.7 ARC; I Co 1.2

ARA; Rm 1.7 ARA; I Pe 1.15,16).5. Hoje em dia, é na santificação que o Diabo concentra

seus ataques nas f ile ira s do Senhor.6. E considerada fanatism o, em muitos lugares.

e. Nossa santificação posicionai, isto é, Deus nos vendo em C risto - é im ediata e perfe ita . (I Co 1.2; Hb 10.10; Fp 3.15; Cl 2.10).92

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f. Nossa santificação subjetiva ou pessoal. É p ro g re s s i­va (II Co 7.1; Ap 22.11; Fp 3.12; I Ts 5.23; I Pe 1.15).

g. Meios divinos de santificação1 .0 sangue de C risto (Hb 13.12; I Jo 1.7,9; Hb 9.14;

Ap 22.14).2. A P alav ra de Deus (Jo 15.13; 17.17; SI 119.9; Ef 5.26).3. 0 E sp írito Santo (I Co 6.11; I Pe 1.2; II Ts 2.13; Rm

15.16; 8.2).A apropriação destes meios é pela fé (At 26.18).

15. A FÉa. E xpressões da Fé:

1 .F é salvadora (Ef 2.8; Rm 10.9,10).2. Fé - fruto do E sp írito (G1 5.5,22 ARC).3. Fé - dom do E sp írito (I Co 12.9).4. Fé - o Evangelho completo. Nossa in te ira confissão.

O corpo de doutrinas que professam os (Jd v .3; G1 1.23; I Tm 3.9; 4.1; II Tm 4.7; At 6.7; 4.22).

5. Fé - confiança absoluta em Deus - a trav és de Sua P alavra .

(A fé natural, in telectual, teó rica , da cabeça - ou como queiram cham ar - só serve p ara as re lações te rre n a s entre os homens, Tg 2.19; Jo 20.29).

b. O valor da fé:1 .É vital, essencia l ao salvo (Rm 1.17; 11.20).2. A falta d e fé é o p e c a d o m á te r(Jo 16.8,9; Rm 14.22,23)3 .0 sobre-excelente am or p re c isa da fé (Ef 1.5; 3.17;

6.23).c. Como obter fé:

1. P o r Jesus (Hb 12.2).2. Pela Palavra de Deus (Rm 10.17).3. Pelo E sp írito Santo (II Co 4.13).4. Pelo louvor a Deus (Rm 4.20). E le estim ula a fé

(At 16.25; II C r 20.17-22).

16. A CURA DIVINAa. E um dos benefícios derivados da m orte de C risto (Is

53.4; Mt 8.17). Note que os verbos de ação referen tes a C risto , estão no p re térito !

b. A cura divina é p arte do Evangelho. É uma de suas p rom essas (Mc 16.18).

c. Meios de cura divina:l .A oração pessoal; do p róprio doente (Is 38.1-5).

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2. A oração de outrem ou da Ig reja (Nm 12.13; At 28.8).3. O ração e unção com óleo por p re sb íte ro s (T g 5 .14-16;

Mc 6.13).4. Dons de cu ra r em ação (I Co 12.9).

d. P o r que muitos não são curados:1. F alta de fé em Deus (Tg 1.6).2. Pecado não confessado e abandonado (Tg 5.15-16;

SI 66.18).3. M isericórd ia de Deus (I Co 5.5). "Para m uitos, o

único freio para deixarem de pecar, é a doença!4. Egoísmo. Q uerer saúde som ente para proveito p e s ­

soal (Tg 4.3).5. F a lta de perseverança na busca da cu ra (Jo 9.6,7;

Mc 8.23-25; Is 38.21). Deus nunca cura alguém , contra a vontade deste (Jo 5.6).

6. P rova da fé. Exemplo: Jó, o p a tria rc a ; Tg 1.3.7. Pecado "para m orte" (I Jo 5.16).8. O não querer perdoar ao irm ão (Mt 18.15-35, esp e­

cialm ente os vv. 34 e 35). Isso pode re s u lta r em doença e outros m ales atorm entadores.

9. Às vezes, não se tra ta de doença (problem a pato­lógico), e sim esp írito de demônio, esp írito de enferm idade, como em Lc 13.11. N esses casos, a necessidade não é de cura, sim , libertação pelo poder de D eus...

e. Jesu s quer curar! E liberta r! (Mt 8.2,3).

17. DÍZIMOS E OFERTASa. O percen tua l fixo de 10% de nossa renda, p ara Deus, é

um dos m eios dEle ex p re ssa r Seus d ire ito s e senhorio sobre nós e tudo o que tem os. (Is 43.1).

b.O dízimo pertence a Deus. Não sendo pago, é um roubo! (Ml 3.8,10).

c. Em sè tratando de dízim os não sendo pagos na ocasião p rópria , ao sê -lo , devem se r acrescidos de 20% (Lv 27.31).

d. Quem não paga seus dízim os ao Senhor recebe Sua cobrança com elevados ju ro s ...

e. As o fertas comuns ou reg u la res devem s e r p ro p o r­cionais à renda do contribuinte (I Co 16.2; II Co 8.3).

Porém , Deus levanta pessdâs de confiança p ara cana li­zarem dinheiro p a ra as necessidades da Sua obra. E ssas p e s ­soas -

1. Podem d a r m etade do que obtêm (Lc 19.8).2. Podem dar tudo o que obtêm (Lc 21.4).

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18. O ESTADO (A NAÇÃO) E O CRENTE

a. Mt 22.21 - Aqui, o Senhor Je su s disse: "Dai a C ésar o que é de C ésar." César, aqui, é o poder constituído, o Estado, a Nação. O crente deve d ar exemplo quanto a cum ­p r ir seus deveres para com o Estado. E in teressan te que José e M aria estavam cum prindo um decreto do Estado, quando Jesus nasceu. Jesus m esm o, cum priu Seus deveres para com o Estado. Ver Mt 17.24-27. Não tem os dever de obedecer quando o Estado co n tra ria a P a lav ra de Deus corretam ente in terpretada e com preendida. Ver Dn 1.8; 3.17,18; 6.7-10.

b. Rm 13.1-7 - Aqui, somos ensinados que tem os o dever de cum prir nossas obrigações p a ra com a Nação. Ver também I Tm 2.1,2; T t 3.1; Jd v.8; Êx 22.28; Dt 17.15; Pv 24.21, onde vemos o Estado im plícito.

c. I Pe 2.13,14,17 - E stas passagens são um código de civism o, onde somos adm oestados pela P alav ra a aca tar as autoridades constituídas.

19. MORTE, RESSURREIÇÃO E DESTINO ETERNO DO HOMEM

a. Só passam os por esta vida uma vez. Após a m orte, segue-se o juízo (Hb 9.27; Ec 12.7; II Sm 12.23).

b. A alm a é im ortal. Ela não cessa de e x is tir com a m orte do corpo. Com parar Gn 25.8,9 com Lc 16.22,31. P ara Deus, todos os que já m orre ram continuam vivos, is to é, sua alm a e esp írito (Lc 20.38). "E terna destruição" do ímpio em II Ts 1.9, não quer d ize r extinção, m as ruína, desgraça. Tam bém, a alm a não dorm e com o corpo na sepultura (Lc 16.22-25; At 7.59,60; II Co 5.8; Fp 1.21,23; Ap 6.9,10; 14.13). O "dorm ir" sem pre re fe re -s e à m orte do corpo, como em Dn 12.2; Mt 27.52; Jo 5.28.

c. "M orte", no sentido bíblico, não quer d izer extinção. Sim, separação. Morte física é a separação en tre o esp írito e o corpo. Morte espiritual é o v iver separado de Deus de­vido ao pecado (Gn 2.17; Ef 2.1; I Tm 5.6). Morte eterna é o viver separado de Deus eternam ente. É tam bém cham a­da "segunda m orte" (II Ts 1.8,9; Ap 19.14; 20.10; 21.8).

d. As E sc ritu ra s re fe rem -se à m orte, m ediante a pa la­vra "dorm ir" , porque, ao fa lecer, a pessoa perde a cons­ciência para com este mundo, acordando no outro, que pode se r de paz e gozo, ou sofrim ento. É o corpo que adormece.

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Estêvão adormeceu, m as, seu esp írito foi recebido na glória, por Jesu s (At 7.59,60). Ver I T s 4.13,14.

e. O inferno não foi preparado p ara o homem m as, para o Diabo e seus anjos. Mas, se o homem in sis te em s e rv ir ao Diabo, ir á um dia v iver com ele (Mt 25.41).

f. A re s su rre iç ã o é do corpo individual, senão o term o na Bíblia se r ia um absurdo, visto que o esp írito não m orre . Os cren tes re ssu sc ita rã o com corpo glorioso em vários sentidos (I Co 15.43). Os ím pios re ssu sc ita rã o com corpo por certo ignom inioso, p róprio p ara so fre r (Mt 10.28b; SI 22.29). Há duas re s su rre iç õ e s : a dos justos e a dos in jus­tos, havendo um in tervalo de 1.000 anos en tre elas (Jo 5.28, 29; Ap 20.5). A expressão " re ssu rre ição " dentre os m o r­tos, em Lc 20.35 e Fp 3.11, im plica uma re s su rre iç ã o em que som ente os ju stos partic ip a rão .

g. A p rim e ira re s su rre iç ã o tem diferentes grupos de r e s ­suscitados como indica o te rm o "ordem " em I Co 15.25 no orig inal.

20. A.SEGUNDA VINDA DE JESUS.a. Quando será? Não sàbem õs, m as está próxim o (Mt

24.36; Hb 10.37; Ap 21.20).b. Como será? Ela te rá duas fases. Na p rim e ira , Jesus

levará Sua Ig reja p ara a g ló ria , num instante, e em segredo. N essa ocasião, Ele v irá som ente até às nuvens (I Ts 4.16,17; Jo 14.3; I Co 15.52). Na segunda, Ele v irá com todos Seus santos e anjos, descendo sobre o Monte das O live iras, em Je ru sa lém , publicam ente, rodeado de glória e poder para liv ra r Is ra e l, que e s ta rá a ponto de sucum bir sob os e x é r­citos confederados do A nticristo , ju lgar as nações e e s tab e­le ce r Seu reino m ilenial. (Zc 14.4; At 1.11,12; Mt 24.30; Ap 1.11). A p rim e ira fase é chamada Arrebatamento da Igreja. A segunda, Revelação de Jesus em Glória.

E ntre o arrebatam en to e a volta de Jesus em g ló ria o co r­re rá a Grande T ribulação, a qual abrante os anos de ascen ­dência e domínio do A nticristo , também chamado A Besta, além de outros nom es. O A nticristo ao em erg ir, prom overá uma paz e um p ro g resso espantoso aqui na te r r a (I T s 5.3). Será o falso M essias. Diz Ap 13.3 "Toda a te r r a se m a ra ­vilhará após a B esta." Até Israe l fará aliança com ele por sete anos, m as passada a m etade desse tempo a aliança se rá desfeita quando lhe for recusada adoração, e p a ssa rá a p e r- segui-los (Dn 9.27; 7.25; Ap 13.3). E sses últim os trê s anos 96 si

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com preenderão a T ribulação propriam ente dita. O so fr i­mento se rá de tal monta que se dü rasse m ais tempo ninguém escaparia (Mt 24.21,22).

E n esse tempo de justiça divina que as sete pragas mencionadas em Ap caps. 15 e 16 serão derram adas na te rra .

A Grande Tribulação visa em p rim eiro plano os judeus, mas o mundo in te iro so fre rá também (J r 25.29-32; Ap 13.7,8; 14.3; Dn 7.23). Um dos propósitos da Grande T ribulação é levar Is ra e l ao arrependim ento.

Quando Je ru sa lém es tiv er cercada de exérc itos das nações confederadas sob a Besta e os judeus estiverem sem qual­quer esperança de salvação, a ponto de se rem tragados pelo inimigo, o Senhor Jesus v irá em seu socorro com Seus santos anjos, descendo sobre o Monte das O liveiras, em Jerusa lém (Ap 19.11-16; Zc 14.3,4).

Durante esse tempo, enquanto o A nticristo desencadeia na te r r a a Grande T ribulação, a Ig reja a rrebatada antes disso, e s ta rá com C risto no céu, onde se rá galardoada e com Ele vo ltará em glória.

O Anticristo. O A nticristo se rá um homem perso n ifi­cando o Diabo, porém , apresentando-se como se fosse Deus (Dn 11.35,36; II Ts 2.4,9). Será um personagem de uma habilidade e capacidade desconhecidas até hoje.. Será o m aior líd e r de toda a h is tó ria . Sua sabedoria e capacidade serão diabolicam ente sobrenatura is.

Além da ação diabólica, outros fato res contribuirão para a im plantação do reino do A nticristo , como: poderio bélico, alta tecnologia, e poder económico.

Será um grande demagogo. Influenciará decididam ente as m assas com seus d iscursos e e sc rito s (Ap 13.5). A Bíblia diz que toda a te r ra se m arav ilhará após a B esta (Ap 13.3). Ele não se rá um homem ressu re to , como m uitos ensinam , pois s e rá m orto à vinda de C risto , noArm agedom (Ap 19.20; Hb 9.27). É chamado em II Ts 2.8 de Ânomos (gr.), is to é, o Homem do Pecado; o Homem Sem Lei; o Iníqiio; o Homem da D esordem ; o Subversivo; o T ra n sg re sso r, etc.

c. P ropósitos da vinda de Jesus:1. L evar Sua Igreja p ara Si (Jo 14.3; I Ts 4.17), li-

vrando-a ass im da Grande T ribulação (I Ts 1.10; Ap 3.10).2. Consum ar a salvação do crente (I Pe 1.5; Rm 13.11;

8.23).3. G lo rificar os Seus (Cl 3.4; Rm 8.17).4 .Ju lg a r e recom pensar a todos (Mt 13.30, 40-43;

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16.27; II Co 5.10). A recom pensa do cren te te rá por base sua fidelidade ao Senhor (Mt 25.14-35).

5. P ren d er Satanás (Ap 20.1,2).6. R es ta u ra r todas as co isas (At 3.21; Mt 19.28).7. R evelar m is té rio s que tanto nos in trigam agora

(I Co 4.5).8. L ib e rta r e abençoar a c riação (Rm 8.19-22).9. R einar eternam ente com os Seus (Ap 11.15; Lc 1.33;

Dn 7.13,14; Mt 25.31).

2 1 .0 REINO MILENIAL DE CRISTOO Milênio é o m aravilhoso reinado de C ris to ná te r r a por

mil anos. Há aqueles que totalm ente o m ateria lizam ou o esp iritualizam . Evitem os ta is ex trem os. E ssa idade áu rea é ansiosam ente esperada pelo povo is ra e lita (Mt 19. 27,28; At 1.6,7; Lc 2.38). Jesus não lhes tirou es ta e sp e­rança que hoje im pulsiona o re g re sso dos judeus à sua pá tria e motiva sua rápida elevação. A C riação toda tam bém ag u ar­da esse tempo p a ra sua libertação (Rm 8.19-23). Será ele a resp o sta aos m ilh ares de o rações do povo de Deus a t r a ­vés dos tem pos: "Venha o Teu reino" (Mt 6.10).

a. O Milênio e a volta de Cristo. O m ilênio s e rá p re c e ­dido da Sua volta, a qual ab rangerá vários eventos po rten to ­sos.

1 .E le voltará pessoalm ente em g ló ria (Mt 24.30,31; Ap 1.7). Há quem diga que o Milênio o c o rre rá antes da vinda de Je su s , quando a Bíblia ensina que se rá após isso . C om parar Ap 19.11-16 (a volta de Jesu s) com Ap 20.2,4,6,7 (o Milênio após a volta de Jesus).

2. E le voltará com Seus santos e anjos sobre o monte das O liveiras (Zc 14.4,5; At 1.11,12).

3. Ele voltará p ara ju lgar as nações (At 24.31,32; J1 3.2,12; Ap 19.11-15).

4. Ele voltará p ara p render Satanás (Ap 20.4-6).b. O Milênio e os salvos. Os salvos re in a rão com

C risto (Ap 5.10; 20.4-6).c. O Milênio e seus aspectos. Alguns deles são:

1 .P az na C riação em gera l (Is 11.6-9).2. Paz em Is ra e l (Is 32.18).3. Paz en tre os povos e nações (SI 72.2-8; Mq 4.3,4).4. Paz en tre Is ra e l e seus vizinhos árab es (Is 19.24,25).

Mas antes que tal aconteça e sse s povos so fre rão muito. J s ra e l: Zc 14.2. Egito: Is 19.22; J1 3.19.98

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5. Ju stiça p erfe ita (Is 11.5; 32.17; SI 72.7,8).6. Abundância de v íveres ( J r 31.12; Zc 8.12; J1 3.18; SI

72.16).7. G lória. 0 Milênio se rá um reino g lo rioso (SI 72.19).

d. 0 Milênio e a Terra. Jesu s re in a rá sobre a T e rra . Seu domínio ,será univeral: Zc 14.9,10; Dn 7.14, 27; SI 72.8,11; Ap 11.15; Fp 2.11).

- O Milênio p re p a ra rá a te r r a p ara o estabelecim ento do reino eterno de C ris to sob Deus, conform e a p rom essa divina em I Co 15.24,25; Lc 1.33-35; SI 89; II Sm 7.12,13.

- Muitos acham difícil Jesu s v ir aqui p ara re in a r por mil anos. Muito m ais difícil s e r ia Ele v ir aqui p a ra hum i- lh a r-se , so fre r e m o rre r como homem, levando sobre Si a nossa maldição: E isso Ele fez.

e. O Milênio e Israel. Com o estabelecim eno do Milênio por Je su s , findará aqui na te r r a toda e qualquer suprem acia e predom inância de nações. As nações dantes belicosas, encontrarão afinal um G u erre iro m ais fo rte que e la s ... Uma exceção: ISRAEL, que e s ta rá então à te s ta das nações: Is 2.3; 60.3; Zc 8.22; Ap 21.24.

22. O JUÍZO FINALa. A certeza d isso Deus já deu: At 17.31.b. N essa ocasião os ím pios falecidos de todas as épocas

es ta rão re ssu sc itad o s , isto é, com corpos li te ra is (Mt 10.28b). Este julgam ento é p ara aplicação de sentença apenas, pois o pecador já e s tá condenado quando não c rê no Filho de Deus (Jo 3.18).

c. O julgam ento se rá de acordo com as ob ras, portanto, haverá d iferen tes g raus de castigo (Mt 11.22,24; Lc 12.47,48; Ap 20.12).

d. Deus sendo perfe ito em ju stiça como é, te rá uma lei p ara ju lg ar os que pecaram sem lei (Rm 2.12).

e. Quanto aos que m o rre ra m sem conhecer o Evangelho, deixemos com Deus. O "Juiz de toda a te r ra " (Gn 18.25) saberá faze r ju tiça . Só Ele tem o d ire ito de ju lg ar os m o r­tos (At 10.42; Rm 14.9).

2 3 .0 PERFEITO ESTADO ETERNO - NOVOS CÉUS E A NOVA TERRA

a. A p rom essa divina em que confiamos: Is 65.17; II Pe 3.9.

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b.João, o Evangelista, já teve a visão, por Deus dada: Ap 22.1,2.

c. Jesus fez menção desta era perfeita em Lc 20.35 (no original "aion", que a ARC traduz por mundo e a ARA, por era).

d. Apocalipse caps.,21 e 22 descrevem as g lórias lite ra is desse estado m irífico.

e. A Igreja e s ta rá em estado de glória e felicidade e te r ­nas com Deus (Cl 3.4; Mt 13.43; I Co 15.43b).

f. As insondáveis belezas celestia is com eçarão a se r conhecidas (I Co 2.9).

g. A medida que as eras futuras forem passando, conhe­cerem os m ais e mais as insondáveis belezas e riquezas do nosso Salvador (Ef 2.7; 3.8).

24. DISPENSAÇÕES E ALIANÇASa. Dispensação é o modo de Deus rev e la r-se , de tra ta r

com o homem, de te s ta r o estado espiritual do povo em de­term inado espaço de tempo. Em suma: é uma fase de prova moral.

b. O vocábulo equivalente a dispensação acha-se no o r i­ginal em Ef 1.10; 3.29; I Co 9.17; Cl 1.25.

c. Alianças são pactos ou concertos entre Deus e o homem. É no grego "diatheke". O term o aparece em Lc 1.72; Mt 26.28 etc.

d. As Dispensa^ões:1.A da Inocência. Vai de Gn 2.7 a 3.24. Estende-se

da criação do homem à sua queda.2. A da Consciência. Vai de Gn 4.1 a 7.23. Estende-se

da queda do homem ao Dilúvio.3. A do Governo Humano. Vai de Gn 8.15 a 11.9. E s ­

tende-se do Dilúvio a Abraão.4. A Patriarcal (ou da P rom essa). VaideGn 12 a Êx 19.

Ver At 7.8,9,11,12,25. EsJ:ende-se de Abraão a Moisés.5. A da Lei. Vai de Êx 19.8 a Jo 19.30. Abrange do

Sinai ao Calvário (G1 3.19-25).6. A da Graça ou da Igreja. Vai da la . a 2a. vinda

de Jesus (Jo 1.17). É de âmbito universal. A salvação de­pende da aceitação ou rejeição de C risto (Jo 1.12,13; 3.16).

'«7. A do Milênio. Duração: mil anos. L er Ef 1.10; Ap 20.4b;̂ Is 11.3-9. Abrange do Juízo das Nações ao Juízo F i­nal. É a dispensação do governo divino na T erra .100

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e. As Alianças1. A do Éden. Gn 1.28-30; 2.16,17. Celebrada com Adão

e Eva. E ra condicional.2. A de Adão. Gn 3.14-19. Inclui a prom essa de um

Redentor. É incondicional.3. A de Noé. Gn 8.20 a 9.27. Instituído o governo huma­

no. É incondicional.4. A de Abraão. Gn 12.1-3; 13.14-17; 15.1-18; At 7.8.

É incondicional e perpétua (Gn 17.19). Confirma a p rom es­sa do Redentor. Abrange trê s posteridades: a de Ismael - puramente carnal (Gn 17.20); a de Israel - carnal e esp i­ritual; a da Igreja - puramente espiritual (Rm 4.11,12; G13.14).

5. A de M oisés. Êx 20.1 a 31.18. É condicional, sendo um concerto de obras (Lv 18.5; G1 3.12). Desde a Cruz, não estamos mais sob a Lei (Rm 6.14; 10.4).

6. A da Palestina. Dt 29.1 a 30.3. É incondicional. Confirma a possessão da T e rra Prom etida aos descenden­tes de Abraão.

7. A de Davi. II Sm 7.8-17. É incondicional. A ssegura três coisas a Israel, como povo e nação: um trono, um re i­no, e um rei - tudo através de C risto (Lc 1.32,33; Rm 1.3; Mt 1.1).

8. A Nova Aliança. Mt 26.27; Hb 8; II Co 3.1-11; J r 31.31,34. É incondicional. B aseia-se no sangue de Jesus. É para todos: "Quem quiser" (Ap 22.17). E uma aliança de Graça - não de Obras. Ela assegura a bem -aventuran- ça eterna, sob o concerto abraâm ico (Gn 3.13-29).

Quanto a m aiores detalhes bíblicos das Dispensações e Alianças, este manual não comporta.

Um dos benefícios do estudo das Dispensações e Alian­ças é o fato de através dele vermos o andamento do plano divino da redenção, através dos séculos. Tudo, segundo a presciência divina!

QUESTIONÁRIO

1.Que são Doutrinas Fundamentais?2. Que significa o term o doutrina? ,3. Qual o plano de Deus para o homem depois de salvo, quanto

ao conhecimento da verdade? C itar referências bíblicas.4. Cite referências salientando o valor ou im portância da

doutrina.101

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5. Quais as trê s form as de doutrina? C itar referências.6. M ostras as diferenças básicas entre doutrina e costumes.7. Dê a classificação das doutrinas da Bíblia.8. Que compreende a inspiração divina da Bíblia? Dar re fe ­

rências.9. C itar referênc ias mostrando que Deus é uno e ao mesmo

tempo triuno.10. C itar referências concernentes a Deus o Pai, Deus o F i­

lho e Deus o E sp írito Santo.11. Que são os anjos? Dar referências.12. Dar referências m ostrando que Deus criou todas as

coisas.13. Que falsam ente ensina a Evolução?14. Que diz a Bíblia sobre a origem do homem - que foi

criado ou evoluído gradativam ente de outras espécies? C itar referênc ias.

15. Dar alguns te rm os bíblicos descritivos do pecado. C itar referências.

16. Mencionar os principais aspectos do pecado.17. Que é salvação? Dar referênc ias.18. C itar os passos para a salvação do pecador.19. Explicar o que é justificação, regeneração, santificação.20. Em que sentido veio Jesus cum prir a Lei?21. Qual o múltiplo propósito da Lei?22. Que é a Igreja? Dar referências.23. D isco rrer sobre o batismo em água, doutrinariam ente.24. Dar a finalidade da Ceia do Senhor.25. É bíblico o em prego de pão asmo na Ceia do Senhor?26. Que é o batism o com o E spírito Santo? Qual a sua ev i­

dência física?27. Que são os dons do E spírito Santo? Qual o seu alvo?28. Dê algumas diferenças en tre os dons do E sp írito Santo

e o fruto do E spírito .2 9 .0 que é santificação bíblica? Dê referências.30. Explicar o que é santificação posicionai e subjetiva.31. Mencionar os meios divinos de santificação.32. Mencionar algum as form as de expressão da fé. Dar

referências.33. Que é a cura divina quanto a sua origem ?34. C itar referências mostrando que a alma humana é im o r­

tal.35. Que significa o term o "m orte" nas E scritu ras?36. Qual a diferença bíblica entre o arrebatam ento da Igreja102

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e a volta de Jesus em glória? Dar referências para os dois casos.

37. Que é o Milênio? C itar aspectos bíblicos do Milênio.38. Que é o Juízo Final? Quem será julgado aí? Quando

o co rre rá? Dar referências.39. Que é dispensação? Que é aliança?40. Mencionar as alianças estudadas41. M ostrar a superioridade da Nova Aliança sobre a Velha.

103

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Unidade III

A escola dominical

Sumário da Unidade

Introdução à Escola Dominical ........................................... 105Cap. I - A h istó ria da Escola Dominical ............... . 107Cap. II Os objetivos da Escola Dominical .................. 116Cap. III - A organização e adm inistração da Escola

Dominical .................................................................. 121Cap. IV - A promoção e possibilidades da Escola

Dominical .................................................................. 142104

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INTRODUÇÃO

A Escola Dominical é a escola de ensino bíblico da Igreja, que evangeliza enquanto ensina, conjugando assim os dois lados da com issão de Jesus à Igreja , conforme Mt 28.20 e Mc 16.15. Ela não é uma parte da Igreja; é a própria Igreja m inistrando ensino bíblico metódico. A Escola Dominical é um m inistério pessoal para alcançar crianças, jovens, adultos, a fam ília, a comunidade in te ira , ta l como fazia a Igreja dos dias apostólicos. É ela a única escola de educação religiosa popular que a Igreja dispõe. A Escola Dominical devidamente funcionando, é o povo do Senhor, no dia do Senhor, estudando a Palavra do Senhor, na casa do Senhor.

a. A Escola Dominical existe para m in is tra r a pequenos e grandes, ensino religioso segundo a Palavra de Deus, e isto de m aneira pedagógica e metódica, como é de se e sp era r de uma organização que leva o nome de escola. Sendo o ensino na Escola Dominical um m inistério pessoal, o verdadeiro professor de classe está sem pre mais chegado a seus alunos na igreja, do que qualquer outro obreiro da m esm a, inclusive o pastor. Logo, uma Escola Dominical devidamente organiza­da, cuja Direção e p ro fesso res são esp irituais e idôneos, treinados para o ensino bíblico, e equipados com litera tu ra e meios de ensino apropriados, é um poderoso e eficiente m inistério pessoal para a lcançar a todos na ig reja , na fam í­lia e na comunidade.

b. O ensino das doutrinas e verdades eternas da Bíblia, na Escola Dominical, deve se r pedagógico e metódico como nu­ma escola, sem contudo deixar de se r profundamente esp i­ritual.

c. A Escola Dominical também coopera eficazmente com o la r na form ação dos hábitos legítimos e c ris tão s, p ráticas e deveres sociais e bíblicos, resultando daí a form ação do ca rá te r ideal, segundo os princípios do genuíno cristianism o.

d. A escola secular in stru i e contribui para a formação de bons hábitos, mas não promove a educação do ca rá te r genuinamente cristão . Ela visa com prioridade o intelecto do aluno. Já a Escola Dominical, sendo genuinamente bíblica, educa e instru i, mediante o ensino da Palavra , visando p rio ­ritariam ente o coração do aluno. A ordem divina vista em 11b 10.16 não deve se r alterada: coração e mente, e não ao contrário . A Escola Dominical evangeliza enquanto ensina. Para tanto, toda lição nunca deve s e r concluída sem uma

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aplicação pessoal, específica, evangélica. Quem evangeliza fala ao coração, e quem ensina fala ao raciocínio, à in te li­gência, dependendo, é evidente, do E spírito Santo.

e. Ora, a Bíblia é a revelação progressiva de Deus; o seu constante estudo sob o influxo do E spírito Santo, conduz-nos a uma crescente revelação dEle e a visões m ais gloriosas de Sua divina pessoa. É evidente que tal estudo seja gradual, dosado, em c lasses, de acordo com as diversas idades, r e s ­peitando-se assim as grandes divisões da vida humana, para um real aproveitamento. Assim fazem também as escolas seculares para com seu corpo discente.

f. A Escola Dominical, quando devidamente aparelhada, é de fato a agência de formação religiosa popular das igrejas evangélicas. É aí que as crianças desde a mais ten ra idade, os adolescentes, e os adultos, ao receberem o ensino sadio e inspirador das E sc ritu ras , são todos beneficiados: as c r i ­anças recebem formação m oral e espiritual, os adolescen­tes formam sua personalidade c ris tã e os adultos renovam suas forças m orais e espirituais para uma vida c ris tã sem pre fru tífera e abundante.

g. Nesta Unidade de ensino procuram os re ssa lta r o valor, o objetivo, a necessidade e os resultados da Escola Domi­nical.

QUESTIONÁRIO

1. Defina o que é a Escola Dominical.2. Como deve se r m inistrado o ensino da Palavra na Escola

Dominical?3. Quais os objetivos principais da escola secular e Domi­

nical, para com o aluno? Cite a referência apresentada.4. Além da operação divina em si, que é preciso fazer a

Escola Dominical, para prom over um real aproveitamento do ensino da Palavra?

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U n id a d e ÏII Capítulo 1

A HISTÓRIA DA ESCOLA DOMINICAL

Sumário do CapítuloI. Nos dias de M oisés, 107

II. Na época dos sacerdotes, re is e profetas de Israel, 108III. Durante o cativeiro babilónico, 108IV. No pós-cativeiro , 108V. Nos dias de Jesus, 109

VI. Nos dias da Igreja, 110VII. Na fase atual - a Escola Dominical moderna, 111

VIII. Alguns fatos h istóricos, 112IX. A Escola Dominical no B rasil, 113

A Escola Dominical tal como a temos hoje é uma in s ti­tuição moderna, mas tem suas raízes aprofundadas na an ti­guidade do Velho Testamento, nas p rescriçõ es dadas por Deus aos p a tria rcas e ao povo de Israel. A Escola, como a temos hoje não havia então, mas havia o princípio funda­mental - o do ensino bíblico determinado por Deus aos fiéis e aos estranhos ao seu redor. Sempre pesou sobre o povo de Deus a responsabilidade de ensinar a lei divina.

A Escola Dominical é a fase presente da instrução bíblica m ilenar que sem pre caracterizou o povo de Deus.

Estudemos em resumo, como se desenvolveu a instrução religiosa nos tempos bíblicos e nos tempos m odernos, isto é, os prim órdios, que depois resu ltaram na origem e desenvol­vimento da Escola Dominical em sua forma atual.

I. NOS DIAS DE MOISÉS1. Examinando o Pentateuco, vemos que no princípio, entre

o povo de Deus, eram os próprios pais os responsáveis pelo107

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ensino da revelação divina no la r. O la r, então, e ra de fato uma escola onde os filhos aprendiam a tem er e am ar a Deus. (Dt 6.7; 11.18,19).

2. Havia também reuniões públicas de que participavam homens, m ulheres e crianças, aprendendo a lei divina (Dt 31.12,13).

n . NA ÉPOCA DOS SACERDOTES, REIS E PROFETAS DE ISRAEL

l .O s Sacerdotes, além do culto divino, tinham o encargo do ensino da Lei (II Cr 15.3; J r 18.18; Dt 24.8; I Sm 12.23).

2. Os sacerdotes eram in term ediários en tre o povo e Deus, assim como os profetas eram in term ediários entre Deus e o povo.

3. Os re is de Judá, quando piedosos, a liavam -se aos s a c e r­dotes na promoção do ensino bíblico. Temos disto um exem ­plo no bom re i Josafá, que enviou líderes, levitas e s a c e r ­dotes por toda a te r ra de Judá para ensinarem ao povo a Lei do Senhor (II Cr 17.7-9).

III. DURANTE O CATIVEIRO BABILÓNICONessa época, os judeus no exílio, privados do seu grandioso

templo em Jerusa lém , institu íram as sinagogas tão m encio­nadas no Novo Testam ento. A sinagoga e ra usada como escola bíblica, casa de cultos e escola pública. O h is to ria ­dor Philo, falecido em 50 AD, com seu testemunho insuspeito, afirm a que "as sinagogas eram casas de ensino, tanto para crianças como para adultos". - Benson.

Na sinagoga a criança recebia instrução relig iosa dos 5 aos 10 anos de idade; dos 10 aos 15 anos, continuava a instrução relig iosa, agora com o auxílio dos com entários e trad ições dos rabinos. Aos sábados, a principal reunião e ra a matutina, incluindo jovens e adultos.

IV. NO PÓS-CATIVEIROl.N o s dias de E sdras eN eem ias, lemos que quando o povo

voltou do cativeiro , um grande avivamento esp iritual teve lugar entre os is rae lita s . E sse despertam ento teve origem numa intensa dissem inação da Palavra de Deus e incluiu um vigoroso m in istério de ensino bíblico. É dessa época que tem os o rela to do p rim eiro movimento de ensino bíblico metódico popular s im ilar ao da nossa Escola Dominical de hoje.108

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2. 0 capítulo 8 do livro de Neemias dá um rela to de comoera a escola bíblica popular de então - ou como cham a­mos hoje: Escola Dominical. E sd ras e ra o superintendente (Ne 7.2), o livro-texto e ra a Bíblia (v.3), os alunos eram homens, m ulheres e crianças (vv.3; 12.43). T reze au­xiliares ajudavam a E sd ras na direção dos trabalhos (v.4), e outros treze serviam como p ro fesso res, m inistrando o ensino (vv. 7,8). 0 horário ia da manhã ao meio dia (v.3).Afirma o v.8 que os p ro fesso res liam a Palavra de Deus e explicavam o sentido para que o povo entendesse. É certo que aí há um problem a lingüístico envolvido (o povo falando o aram aico ao re to rn a r do exílio), mas o que sobressai mesmo é o ensino bíblico patente em todo o capítulo. P or certo , o le ito r gostaria de te r pertencido a uma escola assim , espiritualm ente avivada.

3. O resultado desse movimento de ensino da Palavra foi a operação do E sp írito Santo em profundidade no meio do povo, conforme atesta todo o capítulo 9 e os subseqüentes, do livro de Neemias. É o cumprimento da prom essa de Deus em Is 55.11. Lede-a.

V. NOS DLAS DE JESUS1. Jesus foi o Grande M estre, glorificando assim a m issão

de ensinar. Grande parte do m inistério de nosso Senho* foi ocupado com o ensino. Ver Lc 20.1; Mt 4.23; 9.35. Sua última com issão à Igreja foi "Ide e ensinai" (Mt 28.19,20). Sua ordem é clara.

A quem e onde Jesus ensinava?- Nas sinagogas (Mc 6.2).- Em casas p articu la res (Lc 5.17; Mc 2.1).- No templo (Mc 12.35).- Nas aldeias (Mc 6.6).- Às multidões (Mc 6.34).- A pequenos grupos e individualmente (Lc 24.27; Jo

caps. 3 e 4).2. O m inistério de Jesus e ra tríp lice: Ele pregava, ensinava

e curava. E ra, pois, um m inistério de poder, de m ilagres. Pela pregação Ele anunciava as boas novas de salvação; pelo ensino, edificava a fé dos que criam , e pelos m ilagres, manifestava Seu poder, Sua divindade e glorificava ao Pai. E sse mesmo m inistério tríp lice foi ordenado e confiado à Igreja: Mc 16.15,18; Mt 28.19.

3. Seus apóstolos também ensinavam (Mc 6.30b; At 5.21).109

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4. Aplicação. É evidente que se a Igreja de hoje cuidasse devidamente do ensino bíblico junto às crianças e novos con­vertidos, teríam os uma Igreja muito m aior. Pecadores aos m ilhares convertem -se, mas poucos permanecem porque lhes falta o apropriado ensino bíblico que lhes cimente a fé. F a l­ta-lhes raiz ou base espiritual sólida e profunda. A planta da parábola m orreu, não porque o sol crestou-a, mas, p rinc i­palmente porque não tinha raiz (Mt 13.6).

VI. NOS DIAS DA IGREJA1. Após a ascensão do Senhor, os apóstolos e discípulos

continuaram a ensinar. A Igreja dos dias prim itivos dava muita im portância a esse m inistério (At 5.41,42).

2. São Paulo, um grande m estre , foi maravilhosam ente usado por Deus nesse m ister. Suas epístolas contêm sublim i­dades de ensino variado. Ali, tanto há alimento para adultos como para criancinhas esp irituais . Ele e Barnabé, por exemplo, passaram um ano todo ensinando na Igreja em An- tioquia (At 11.26). Em Éfeso, ficou trê s anos ensinando (At 20.20,31). Em Corinto, ficou um ano e seis m eses (At 18.11). Seus útlimos dias em Roma, foram ocupados com o ensino da Palavra (At 28.31).

3. Mais tarde vemos que a m archa do ensino bíblico na Igreja sofreu solução de continuidade, devido a m ales que penetraram no seio da mesma. Houve calm aria. A Igreja ficou estacionária. Ganhou fama m as perdeu poder. Abando­nou o método p resc rito por Jesus: o de p regar e ensinar. Sobrevieram a seguir as densas trevas espirituais da Idade Média.

4. Muitos séculos depois veio a Reforma Religiosa e com ela a im periosa necessidade de ensino bíblico para in s tru ir os crentes, consolidar o movimento e garan tir sua p ro s­secução. Os líderes da Reforma dedicaram especial atenção ao preparo de livros de instrução relig iosa, bem como reuni­ões destinadas a esse m ister. E les sabiam que o trabalho não consistia somente em p reg ar, mas também em in stru ir espiritualm ente.

5. Tanto o pregador como o p ro fesso r usam a Palavra de Deus, mas os m inistérios são diferentes. O pregador anun­cia ' ou expõe o Evangelho, a P alavra de Deus. Assim fa­zendo, ele lança a rede e as alm as perdidas são ganhas para Jesus. Já o p rofessor, sua m issão é in s tru ir, sim plificar as verdades bíblicas, ilu s trá -la s , d issecar o texto bíblico e110

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repetir sem pre até que todos entendam as verdades que deseja transm itir. O professor da Escola Dominical deve lem brar-se que ensinar não é p regar. Diante de sua classe, ele não é orador, sim professor.

6. A Igreja de hoje nunca deverá esquecer a am arga e desastrosa experiência resultante do descuido e abandono da instrução religiosa das crianças, nos tempos que p rece ­deram a tenebrosa Idade Média.

VII. A FASE ATUAL - A ESCOLA DOMINICAL MODERNA1. O movimento religioso que nos deu a Escola Dominical

como a temos hoje, começou em 1780, na cidade de Glouces- ter, no sul da Inglaterra. O fundador foi o jo rnalista evan­gélico (episcopal) Roberto Raikes, de 44 anos, redator do "Gloucester Journal". Raikes foi inspirado a fundar a Escola Dominical ao sen tir compaixão pelas crianças de sua cidade, perambulando pelas ruas, entregues à ociosidade, ao abandono e ao vício, sem qualquer orientação espiritual. Ele, que já trabalhava entre os detentos das p risões da c i­dade, pensou no futuro daquelas crianças e decidiu fazer algo em seu favor, a fim de que m ais tarde também não fos­sem p a ra r na cadeia. P rocurava as crianças em plena rua e as conduzia ao local de reunião, fazendo-lhes apelos para que todos os domingos estivessem al? -eunidas. O início do trabalho não foi fácil.

Outro grande prom otor da Escola Dominical então incipi­ente foi o batista londrino William Fox, trabalhando harm o- nicamente com Raikes.

2. De acordo com as d ire trize s de Raikes, nas reuniões dominicais, além do ensino das E scritu ras , era também m i­nistrado às crianças rudimentos de linguagem, aritm ética e instrução m oral e cívica. O ensino das E scritu ras consistia quase sem pre de leitura e recitação. Em seguida, teve início a prática de com entar os versículos lidos. Muito depois é que surgiu a revista da Escola Dominical, com lições seguidas e apropriadas.

3. Raikes enfrentou oposição. As Igrejas da época enca­raram o surgimento da Escola Dominical como uma inovação e coisa desnecessária . Os m ais zelosos (?) acusavam Rai­kes de "profanador do domingo" - Anders. Diziam os seus oponentes que reuniões de crianças mal com portadas, no templo, e ra uma profanação. Raikes não tomava conheci­mento disso e a obra tomava vulto. O jornal do qual ele era

111

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redato r foi uma coluna forte na defesa e apoio da nóvel in s­tituição, publicando extensa sé rie de artigos sob o título A ESCOLA DOMINICAL, reproduzidos nos jornais londrinos.

Foi assim o começou da Escola Dominical - o começo de um dos mais poderosos movimentos da h istória da Igreja ...

VIII. ALGUNS FATOS HISTÓRICOS1. Em janeiro de 1782 funcionou a p rim eira Escola Domi­

nical em ca rá te r perm anente. O trabalho começou a c resce r e Raikes resolveu dar início a um movimento de expansão, criando novas escolas. O início desse movimento deu-se em 3 de novembro de 1783 - até hoje considerado como o dia natalício da Escola Dominical. Foi realm ente nessa data que o movimento firm ou-se, tomou posição e ca rá te r permanente. Agora, as Igrejas passaram a dar apoio ao trabalho de Rai­kes. A Escola passou da rua e casas particu lares para os tem plos, os quais passaram a encher-se de crianças. Co­m eçaram a su rg ir os benéficos frutos na vida das crianças e adolescentes.

2. O pensamento de Raikes ao in ic iar as reuniões foi ape­nas o da reform a de costumes das crianças, más agora a Escola Dominical já adotada pela Igreja, transform ou-se numa escola bíblica para todas as idades e c lasses.

3. Antes de Raikes já havia reuniões sim ilares de instrução bíblica, é evidente, mas foi ele quem popularizou e dinamizou o movimento, usado por Deus. Na linguagem dos com ercian­tes, foi ele quem pôs a mercadoria na praça. Por sua vez, o atual sistem a de escolas públicas gratu itas inspirou-se no movimento da Escola Dominical. - Marion.

4. Durante muito tempo, só crianças freqüentavam a Escola Dominical. Os adultos ing ressaram depois. Hoje, em inúm eros lugares, ocorre o inverso: quase só adultos são beneficiados, ficando as crianças em último plano...

5. Em 1784, isto é, quatro anos após o início do movi­mento, a Escola Dominical já contava com 250 mil alunos m atriculados.

6. Após o dealbar do Século XIX, muitos outros países adotaram a Escola Dominical, sem pre com excelentes r e ­sultados. A própria Inglaterra reconhpce que foi p re s e r ­vada de movimentos jJtflíticos ex trem istas e radicais, como o da Revolução F rancesa de 1789, graças ao despertam ento espiritual através de Wesley e Whitefield, e a educação relig iosa provida pela Escola Dominical.112

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7. A Escola Dominical é hoje um dos fatores de promoção do reino de Deus e dos destinos do mundo, através dos c ida­dãos nela formados. Atualmente, o número de alunos em todoo mundo atinge quase 100 milhões. Há cerca de 400 mil escolas, com 4 milhões de p rofessores.

Quem diria que um começo tão humilde como aquele de 1780, através do irm ão Raikes, chegasse a tão elevado divi­dendo? Está escrito em Zc 4.10 "... Quem desprezará o dia das coisas pequenas?"IX. A ESCOLA DOMINICAL NO BRASIL

A Escola Dominical teve seu início entre nós em 19 de agosto de 1855 na cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro. O fundador foi o M issionário Robert Kalley e sua esposa Da. Sarah Poulton Kalley, da Igreja Congregacional. Eram escoceses. Ele fora um médico ateu. Depois foi salvo sob circunstâncias especiais, e chamado por Deus, entregou- -se à obra m issionária. Na p rim eira reunião, na data acim a, a freqüência foi de cinco c rianças... E s sa ' mesm a Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no B rasil. Desde então, o crescim ento da Escola Dominical tem sido maravilhoso.

Houve, sim , reuniões de Escola Dominical antes de 1855, no Rio de Janeiro, porém, em cará te r interno e no idioma inglês, entre os membros da comunidade am ericana.

1. Remontando ao passado, as p rim eiras reuniões de in s ­trução bíblica no B rasil, do ponto de vista evangélico, o co rre ­ram durante a perm anência aqui, dos crentes calvinistas que desem barcaram na Guanabara em 1557. Nessa ocasião re a ­lizaram o prim eiro culto evangélico em te rra s do continente am ericano, em 10 de m arço do mesmo ano.

2. A segunda fase de ta is reuniões deu-se durante o dom í­nio holandês no Nordeste, a p a rtir de 1630, por crentes da Igreja Reformada Holandesa, quando vários núcleos evangéli­cos foram estabelecidos naquela região. Na mesma época foram realizados cultos na Bahia, por ocasião da p rim eira invasão holandesa. Tudo isso cessou com o fim dos m encio­nados domínios e a feroz campanha de extinção movida pela Igreja Romana de então.

3. Mas em 1855, a Escola Dominical veio para ficar. E ficou! E avançou como fogo em campo aberto, impelida pelo zelo de m ilhares de seus obreiros, inflamados pelo E spírito Santo!

Sim. desde então, vem a Escola Dominical crescendo sem -113

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pre entre todas as denominações, e onde quer que es tas che­guem, a Escola é logo implantada, produzindo sem demora seus excelentes resultados na vida dos alunos, na Igreja, no la r, na comunidade, e refletindo tudo isso na nação in teira.

Foi assim o começo da Escola Dominical - começo de um dos mais poderosos avivamentos da h istória da Igreja.

4. Lem brem o-nos, a Escola Dominical nasceu como um movimento entre as crianças. Lem brem o-nos ainda que a ordem de Jesus "Ide a toda cria tu ra" , inclui as crianças, que são pequenas cria tu ras .

5. A posição de Jesus quanto a criança, Ele deixou-a bem claro: "no meio", isto é, "no meio dos discípulos" (Mc 9.36), no meio portanto da Igreja. Noutras palavras: no centro de sua atenção, in teresse e cuidado. Enquanto Jesus fez assim , em inúm eras ig re jas hoje a criança é ignorada ou fica por último. Aprendamos com Jesus. O plano divino no Antigo Testamento incluía também a criança (Dt 31.12; Ne 12.43).

QUESTIONÁRIO1.Qual o princípio bíblico fundamental em que se baseia a

Escola Dominical?2. Como se processava e onde era m inistrado o ensino bíblico

popular:- Nos dias m osaicos? Dê referências- Na época dos sacerdotes, re is e profetas de Israe l? Dê

referências.- Durante o desterro de Israel? Dê referências.- Nos dias de Jesus? Dê referências.- Nos dias da Igreja? Dê referências.

3. Cite trê s utilidades da sinagoga nos tempos bíblicos.4. Qual foi o tríp lice m inistério do Senhor Jesus? Cite

referências.5. Como procedeu a Igreja Prim itiva quanto ao ensino das

E scritu ras por parte dos apóstolos e outros líderes?6. Qual o resultado do descuido da Igreja quanto ao ensino

das E scritu ras , nos séculos que precederam a Idade Média?

7. Escreva um parágrafo sobre o fundador, fundação e expan­são do movimento de ensino bíblico conhecido por Escola Dominical.

8. Escreva um parágrafo semelhante ao an terio r, m as, sobre a Escola Dominical no B rasil - isto é, sua fundação entre nós.

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9. Dê alguns dados estatísticos da Escola Dominical atual.10. Cite as p rim eiras tentativas ou esforços por parte de

evangélicos europeus (oriundos da Reforma Religiosa do Século XVI), quanto a dissem inação e ensino do Evange­lho no B rasil.

11. Em sua origem qual o relacionam ento entre a Escola Dominical e as crianças?

115

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Unidade III Capítulo II

OS OBJETIVOS DA ESCOLA DOMINICAL

Sumário do CapítuloI. Ganhar alm as p a ra Jesus, 116

II. D esenvolver a esp iritualidade dos alunos e o c a rá te r c ris tão , 117

III. T re in a r o c ris tão para o serv iço do M estre , 118

A Escola Dominical é a escola de ensino bíblico da Ig re ­ja , que evangeliza enquanto ensina a P alav ra de Deus. Ela conjuga os dois lados da com issão de Jesu s à Igreja.

A Escola Dominical tem objetivos definidos p ara atingir. Não se tra ta apenas de uma reunião dom ingueira comum, ou um culto í m ais. E sses objetivos são t r ê s , a saber:

I. GANHAR ALMAS PARA JESUSA Escola Dominical, como irem os m o s tra r depois, pode

to rn a r-se num dos m ais eficientes m eios de evangelização.a. O p rim eiro grande dever do p ro fesso r da E scola Domi­

nical é ag ir e o ra r diante de Deus no sentido de que todos seus alunos aceitem Jesu s como Salvador e sigam -nO como seu Senhor e M estre. Há p ro fesso res que ensinam a verdade bíblica durante anos sem nunca verem um aluno convertido, talvez porque nunca os levaram a ace ita r a C ris to na p róp ria sala de aula. O meio certo de levar alm as a C ris to é u sa r a P a lav ra e confiar na operação do E sp írito Santo (Jo 16.8; 3.5;I Pe 1.23). 0 p ro fesso r não pode sa lv ar seus alunos m as pode levá-los a C risto , o Salvador, como fez André (Jo 1.42). A Bíblia não diz: "Ensina a criança no caminho em que ela vai andar, ou quer andar", m as: "no caminho em que ela deve andar" (Pv 22.6 ARA).116

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b. Aplicação. Tem os lido de E scolas D om inicais, cujo re la tó rio nacional re g is tra 80 mil conversões em um ano, evangelizando enquanto ensina nas c la sses , bem como noutras atividades program adas pela Escola.

II. DESENVOLVER A ESPIRITUALIDADE DOS ALUNOS E O CARÁTER CRISTÃO

a. O ensino da P alav ra é uma obra esp iritual, significa a cultura da alm a. Ganhar o aluno para C risto é apenas o in í­cio da obra; é m is te r cuidar em seguida da form ação dos hábitos c ris tão s , os quais resu lta rão num c a rá te r ideal m ode­lado pela P alav ra de Deus. São os hábitos que form am o cará te r; e este influi no destino da pessoa. Afirma a filosofia: O pensam ento conduz ao ato, o ato conduz ao hábito, o hábito conduz ao c a rá te r , o c a rá te r conduz ao destino da pessoa. Isso humanamente falando.

b. Em toda parte vê-se um crescen te in te resse no campo da instrução secu lar, notadam ente no que tange a infância: Com o devido respeito à e ssa instrução que tem os po r ind is­pensável para o p rog resso e sobrevivência de um povo, que­rem os a firm ar que a escola fornece apenas instrução, m as não fornece educação. E sta tem que v ir do la r e da Igreja , se esta for bíblica fundamental. Deixe a criança sem in s ­trução e veja o resu ltado ... O m esm o acontece e sp ir itu a l­mente ao novo convertido, seja criança, jovem, adulto ou velho.

c. Uma Escola Dominical dotada de obreiros tre inados e cheios do E sp írito Santo pode contribu ir eficazm ente para a im plantação da san tíssim a fé c ris tã en tre os homens. Não podemos e sp e ra r is so da escola pública, É a Igreja Evangélica que tem de cu idar disso por meio de sua agência de ensino que é a Escola Dominical.

d. O futuro do novo convertido (infante ou adulto), depende do que lhe for ensinado agora. N esse sentido, o alvo do p ro fesso r deve se r o de ajudar cada aluno convertido a viver uma vida verdadeiram ente c r is tã , em in te ira consagração a Deus, sendo cheio do E sp írito Santo.

e. Um dos intuitos, po is, da Escola Dominical, é o de fa­z e r de seus alunos, homens e m ulheres, verdadeiros c r is tã o s , cujas vidas se assem elhem em palav ras e obras ao ideal apresentado em Jesus C ris to . V ê-se, portanto, que a ta re fa do p ro fesso r da Escola Dominical é da máxima im portância e do m aior alcance, precisando não somente de conhecim en­

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tos da m atéria (a Bíblia), e da a rte de ensinar (Pedagogia) mas também de influenciar e o rien ta r o pensamento do a lu ­no, resultando em contínua moldagem do ca rá te r cristão ideal, no sentido m oral e espiritual.

III. TREINAR O CRISTÃO PARA 0 SERVIÇO DO MESTREa. Ao prover treinam ento esp iritual, a Escola Domini­

cal apresenta ao aluno oportunidades ilim itadas de se rv ir ao divino M estre. Inúmeros ob reiros das nossas igrejas sa íram da Escola Dominical. Talvez o le ito r seja um deles. G randes frutos tem produzido a Escola Dominical. O famoso e sem pre lembrado evangelista D.L.Moody foi um deles. Esse serviço tanto pode se r na ig re ja local, como em qual­quer parte do país, ou do mundo, aonde o Senhor enviar.

b. O privilégio de contribuir para a causa de C risto e o dever de em preender alguma espécie de atividade c ris tã , são coisas que devem se r traz idas à consciência dos alunos da escola, com oração.

c. O lema da escola completa deve ser:- Cada aluno um crente salvo- Cada salvo, bem treinado- Cada aluno treinado, um obreiro ativo, diligente,

dinâmico.A ssim , o tríp lice objetivo pode s e r resumido em trê s

fases: aceitar Jesus; crescer em Jesus; servir a Jesus.d. O tríp lice alvo da Escola Dominical que acabamos de

expor, pode se r plenamente atingido, pois tra ta -se do t r a ­balho do Senhor Jesus. O que se requer é obreiros cheios do E sp írito Santo e de fé na P alavra de Deus, e treinados para o desempenho de tão elevado m inistério . O mandamento divino é que falemos a Palavra (II Tm 4.2). Sabemos que ela é poderosa tanto para operar na esfera da mente,, como no coração das criancinhas, adultos e encanecidos.

e. O alvo da Escola Dominical é nobre e elevado em todos os pontos de vista. Ela, na Igreja, cuida das vidas em form a­ção, seja no sentido social ou esp iritual. Coopera eficaz­mente com o la r na formação m oral de crianças e adoles­centes, instilando neles os hábitos, ideais e princípios c r is ­tãos segundo as Santas E scritu ras . Nela, também os adultos vão encontrar horas de p raze r no estudo bíblico. Mas para que a Escola Dominical alcance seu objetivo é preciso em ­pregar meios e métodos eficazes, sem jam ais a fa s ta r-se duma esfe ra genuinamente esp iritual.118

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f. As Assem bléias de Deus no B rasil, sendo, como é sa ­bido. o m aior movimento pentecostal em todo o mundo, não tem explorado todo o te rreno ou potencial da Escola Do­minical, nem lançado mão de todos os seus recursos. O descuido nessa parte refle te diretam ente nas crianças de hoje e nos jovens de amanhã. A orientação e formação de professores, especialm ente no seto r infantil, é uma p re ­mente necessidade. No descuido quanto ao ensino bíblico, os mais prejudicados são as crianças. Conforme IIRs 4.38-41, podemos pagar muito caro por uma só ignorância espiritual, se assim aplicarm os aquele incidente. Nossas crianças le ­vam em média 400 a 500 horas anuais na escola de instrução secular, preparando-se para uma vida te rrena tão curta. Não podem elas passar pelo menos 52 horas na Escola Domi­nical, preparando-se para a outra vida, que é eterna?

g. Fiquemos certos que o Diabo não dorme quando os trabalhadores cruzam os braços (Mt 13.25). Uma sua ativ i­dade predileta é a de roubar a Palavra de Deus. E isto ele faz de muitas m aneiras, até nos púlpitos onde muitas vezes o tempo que se ria da Palavra de Deus é desperdiçado com coisas vãs, sem qualquer edificação (Lc 8.12). De nossas observações através do vasto B rasil, verificam os que inú­m eras escolas são dirigidas sem muita ou nenhuma p reo ­cupação de alvo definido, como acabamos de esboçar.

h. Está sua Escola Dominical atingindo em cheio o alvo que lhe está proposto? Se não, ore, aja, coopere! Faça alguma coisa agora neste sentido!

É tempo de explorarm os o ilim itado potencial latente no vasto campo da Escola Dominical entre nós!

i. O tríp lice alvo da Escola Dominical pode se r plena­mente atingido, pois a obra pertence a Deus, pela qual Ele vela com insondável am or. O que se requer é obreiros cheios do E spírito Santo e de fé na Palavra de Deus, e, t r e i ­nados para o desempenho de tão elevado m ister, como já dissem os.

j. Pelo testemunho da H istória, por seus objetivos epelos frutos alcançados, a Escola Dominical é a m elhor escola do mundo. Eis o porque dessa prim azia:

- Seu livro-texto é o m elhor do mundo: a Palavra de Deus, o mapa que nos guia ao céu.

- Seu supremo dirigente é o Deus vivo, Todo-Poderoso e am oroso, que criou os mundos.

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- Seu alcance é o m ais vasto do mundo: vai do bebê ao ancião m ais idoso.

- Seus alunos são o m elhor povo do mundo: os que conhe­cem e amam a Deus e Sua P alavra .

- Seus resultados são os m elhores do mundo, porque são infalíveis, m a te ria is , esp iritu a is , e eternos.

QUESTIONÁRIO

1. Cite o tríp lice alvo da Escola Dominical.2. Cite o meio certo de levar alm as a C risto .3. De que depende o desenvolvimento da esp iritualidade e

do c a rá te r c ris tão do novo convertido?4. Em que resu lta a co rre ta form ação de hábitos c ris tão s

na criança?5. Cite o lem a de uma escola com pleta ou padrão.6. Cite a colaboração da Escola Dominical para com o la r.7. P o r que o tríp lice alvo da Escola Dominical pode s e r

plenam ente atingido?8. Qual o p resen te relacionam ento do le ito r com a Escola

Dominical?9. Que está você fazendo para a prom oção da E scola Domi­

nical?10. Você, pessoalm ente ou a través de seus filhos, tem sido

beneficiado pela Escola Dominical? Se afirm ativo, d es­creva os fatos.

11. P o r que a E scola Dominical é a m elhor escola do mundo?

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Unidade III Capítulo III

A ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA DOMINICAL

Sumário do CapítuloI. Organização na Bíblia, 122

II. A organização geral da Escola Dominical, 123III. A d ire to ria da Escola Dominical. 124IV. O corpo docente da Escola Dominical e a reunião

sem anal de p ro fesso re s , 125V. O corpo discente da Escola Dominical, 126

VI. A m atrícu la na Escola Dominical, 129VII. T ransferênc ia de c lasse , 130

VIII. A se c re ta r ia da Escola Dominical, 130IX. A biblioteca da Escola Dominical, 131X. A manutenção da Escola Dominical, 131

XI. O program a de trabalho da Escola Dominical, 131XII. Como o rgan izar e in s ta la r uma nova Escola

Dominical, 132XIII. A reunião da Escola Dominical, 132XIV. A adm inistração da Escola Dominical, 133 XV. A lite ra tu ra da Escola Dominical, 140

Organização é ordem . É método no trabalho, no viver, no ag ir e em tudo m ais. A organização perm eia toda a criação de Deus, bem como todas as Suas cousas. A d e so r­ganização e a desordem destroem a vida de qualquer p e s ­soa, Igreja ou organização secu la r. P o r seu turno, o c r e s ­cimento sem ordem é aparente e infru tífero . Sim, porque toda energ ia sem controle é prejudicial e perigosa. Pode haver muito esforço e nenhum crescim ento rea l, porque a desorganização aniquila os resu ltados positivos surgidos.

Uma vez que a ordem perm eia o universo de Deus, te ­mos base p ara c re r que o céu é lugar de perfeita ordem . Leis p rec io sas e infalíveis regulam e controlam toda a

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N atureza, desde o minúsculo átomo até aos m aiores corpos celestes.

I. ORGANIZAÇÃO NA BÍBLIA

1. Na IgrejaTodos os símbolos bíblicos da Igreja falam de o rgan i­

zação, ordem , método. Ela é com parada a:a. Um templo (I Co 3.16; Ef 2.21). Cf. o templo de J e ru ­

salém .b. Um corpo (I Co 12.27; Cl 1.24).c. Uma lavoura (I Co 3.9).d. Um edifício (I Pe 2.6; I Tm 3.15; Hb 3.6).e. Um rebanho (I Pe 5.2; Lc 12.32).f. Um jard im (Ct 4.16).g. Uma noiva (Ap 22.17; II Co 11.2).h.Um castiçal ou candeeiro (Ap 1.20).Tanto estes , como os dem ais símbolos da Igreja falam

de organização, ordem , método.

2. Em Israela. A perfeita ordem das tribos no acampamento (Nm 2).b. Os detalhes de dem arcação de lim ites das tribos

(Js caps. 14-20).c. 0 serviço sagrado no templo (I Cr 15; 16;23 a 27). A ordem não impedia a m anifestação da glória divina no

Santo dos Santos; ao contrário , se as p rescriçõ es divinas fossem negligenciadas, o castigo era certo .

3. Quanto ao Senhor Jesus Cristo.Marcos cap. 6. T ra ta -se do m ilagre da multiplicação

dos pães, quando m ilhares foram alim entados no deserto . Antes de Jesus rea liza r o m ilagre, ordenou aos discípulos que fizessem a multidão sen tar em grupos de 100 e 50 p e s ­

soas. Quando o povo estava em ordem , Jesus então realizou o estupendo m ilagre, sendo todo o povo alimentado e restando ainda muito alim ento. Atualmente, em m uitas ig re jas o Senhor deixa de operar m ilagres e a lim entar espiritualm ente a multidão, devido a irrev e rên c ia e confusão que derivam da desorganização na reunião. *Não é só a desorganização m aterial, mas também a esp iritual, transform ando o culto num "sacrifíc io de tolos" (Ec 5.1). Compete aos discípulos cuidar da organização necessária ; cf. também Lc 9.14,15.122

i

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II. A ^GANIZAÇÃO GERAL DA ESCOLA DOMINICAL

Tem form a tríp lice . Ela é pessoal, m ateria l e funcional.

1. A organização pessoal.a. Oficiais da Escola Dominical.É a d ire to ria da Escola, da qual logo falarem os.b. P ro fesso res da Escola Dominical.É o corpo docente da Escola. Têm spbre si a m aior

responsabilidade, pois lidam diretam ente com o aluno e com o ensino.

ç. Alunos da Escola Dominical.É o corpo discente da Escola. É a "m atéria prim a" da

mesm a. A escola existe para atender as necessidades dos alunos.

2. Organização material.a. O prédio. A Escola Dominical deve funcionar em in s ­

talações apropriadas à escola, tendo salas de aula indepen­dentes.

Uma das le is do crescim ento da Escola Dominical afirm a:"A Escola Dominical c re sc e rá enquanto houver espaço

para as c lasses ."b. O m obiliário. Deve se r apropriado aos fins, e, de

conformidade com a idade dos alunos.c. O m ateria l didático. Comumente chamado lite ra tu ra .Abrange as diferentes rev is tas de aluno e p ro fesso r,

bem como o respectivo m ateria l didático de apoio, obede­cendo a um currículo bíblico, de acordo com o agrupam ento de idade esco la r dos alunos.

Todo o m ateria l didático deve s e r utilizado de acordo com os métodos de ensino com patíveis a cada agrupamento de idade dos alunos.

3. A organização funcional.T rata do funcionamento da Escola Dominical, visando a

consecussão de seus objetivos, conforme o exposto no Ca­pítulo II desta Unidade.

Grande responsabilidade têm aqui o pasto r da Igreja e a D iretoria da Escola.

A organização funcional cuida da- -a. Espiritualidade. A vida esp iritual compreende o estado

da Escola quanto à oração, conduta c ris tã , santificação bíbli­123

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ca, consagração a Deus e predom ínio do E sp írito Santo.b.O ensino da P alav ra . Estudo e ensino da P alav ra , liv re

de ex trem ism os, m odernism o, fanatism o, doutrinas falsas, etc. Aqui, segundo a p rom essa divina em Is 55.11, os frutos com toda certeza surg irão .

c. Eficiência. Aqui, a Escola cuida em p rover abundante ensino a través de p ro fesso res idôneos, esp iritu a is , tre in a ­dos, cheios do E sp írito Santo e zelo pela obra de Deus. Não confundir idôneo com idoso.

A eficiência é v ista a través do crescim ento da Escola, em todos os sentidos.

De nada adianta m uita organização e p reparo , sem a ope­ração do E sp írito Santo. Dons natu ra is, personalidade a traen te , eloqüência, boa dicção, cultura erudita e ou tras boas co isas, podem influenciar tem porariam ente apenas. Tais co isas jam ais serão suficentes em si, m as, podem s e r vitalizadas e dinam izadas pela ação poderosa do E sp írito Santo. E aí que es tá a diferença. É oportuno d izer que o E sp írito Santo tem uma afinidade especial com a mente treinada, quando santificada.

III. A DIRETORIA DA ESCOLA DOMINICAL

Uma Escola Dominical de grande porte, plenam ente desen­volvida, deverá te r uma d ire to ria assim constituída -

1. Superintendente.Nas escolas filia is é chamado D irigente. Na sede, o

superintendente, reg ra gera l, é também o dirig iente local.2. V ice-Superintendente.Nas escolas filiais é chamade v ice-dirigente.3 . 19 S ecretário .Será S ecre tário -G era l ou não; depende de s e r a escola

sede ou filial. Quando os dois p rim eiro s acim a mencionados não com parecem , o 1- S ecre tário assum e a d ireção dos trabalhos, conforme as norm as locais.

4. 2 - S ecretário .Os se c re tá rio s devem te r aux iliares, dependendo do

tamanho e movimento da escola.5. T esoureiro .Deve s e r pessoa com petente e recomendada por todos

p ara tal m iste r.124

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6. Bibliotecário.Um bibliotecário com petente na sua função é uma bênção

para a Escola Dominical. Logo m ais falarem os da biblioteca da Escola Dominical.

7. Dirigente Musical.As atividades m usicais da Escola não são apenas a execu­

ção do piano ou órgão e a regência do canto congregacional, conjunto m usical etc. 0 dirigente m usical trabalha também no se to r infantil, no ensino do canto, ressaltando a im portân­cia do louvor, ensaiando program as m usicais, preparando núm eros especiais à d iferentes vozes, ajudando na parte m usical do culto infantil etc ., etc.

Uma coisa é certa : havendo holocausto a Deus, haverá também m uita música! (II C r 29.27).

8. Porteiros e Introdutores.Podem se r os m esm os que servem à Igreja . Têm elevada

im portância na Escola Dominical, na orientação g era l de alunos e v isitan tes. Falando de po rte iro s e in trodu tores ou recepcionistas numa Escola Dominical, lem brem o-nos que o povo en tra aonde é convidado, e fica aonde é bem tratado . Ninguém é obrigado a fica r num lugar onde não é bem re c e ­bido nem bem tratado . O dirigente da Escola Dominical p rec isa p ensar nisso.

Os m em bros da d ire to ria da Escola Dominical são conhe­cidos como Oficiais da Escola Dominical. Seu núm ero de­pende do tamanho da E scola. Numa escola pequena, um obreiro pode acum ular funções. Organização excessiva numa escola pequena é contraproducente; já passa a s e r fo r­malidade.

Repetim os: a D ireto ria da Escola Dominical tem grande responsabilidade. Diz a P alavra : "Não havendo sábia d ire ­ção o povo cai" (Pv 11.14; Ec 10.16).

A D ire to ria da Escola deve re u n ir-se uma vez por mês p ara t r a ta r de assuntos g e ra is do trabalho e observ ar o estado gera l da Escola. Tal reunião não pode s e r casual nem realizada às p re ssa s , se a Escola Dominical quer de fato s e r a escola de instrução bíblica da Igreja .

IV. O CORPO DOCENTE DA ESCOLA DOMINICAL E A REUNIÃO SEMANAL DE PROFESSORES.

1. Outros nomes: Corpo de P ro fesso res , e, C lasse de P ro fesso res .

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2. Devem a ten tar solenem ente para Mt 4.19; Pv 9.9; 1 Pe 3.15; II Tm 2.15. Este último texto deve se r o versículo predileto do p ro fesso r da Escola Dominical.

3. Em certo sentido, o ob reiro de m aior responsabilidade e priv ilégio na Escola Dominical é o p ro fesso r de classe .

4. Requisitos para ingresso no Corpo Docente -a. Ser um crente salvo.b. Ser mem bro da Igreja.c. T er bom testemunho.d. Q uerer s e rv ir ao Senhor.e. Ser aplicado ao estudo da P alavra de Deus, sua h istó ria , suas doutrinas e assuntos n ecessário s ao bom desem pe­nho de sua m issão de p ro fesso r da Escola Dominical.f. É de toda im portância que seja batizado com o E sp írito Santo e cultive a vida de plenitude do E spírito .5. Devem freqüentar as reuniões de estudos para p ro fe s­

so res.6. Devem fazer curso de p reparação de p ro fesso res.7. A reunião sem anal de p ro fesso res.a. É uma reunião de todos os p ro fesso res e oficiais da E scola Dominical, para estudo em conjunto dá lição e coordenação adm inistrativa da Escola em geral. Serve também como meio de e s tre i ta r a comunhão fra te rnal. E ssa reunião é vital para a uniformidade do ensino doutrinário .b. Os m elhores dias para a reunião da C lasse de P ro fes­so res são o sábado à tarde , ou o domingo logo antes da reunião da Escola Dominical.c. Os p ro fesso res do se to r infantil. Devem te r reunião de estudo da lição à parte já que os métodos de ensino e condução da aula diferem consideravelm ente. Os p ro fesso res de crianças têm m aior responsabilidade. N ecessitam de m elhor preparo!

V. O CORPO DISCENTE DA ESCOLA DOMINICALSão os alunos da Escola Dominical. São organizados em

classes e departam entos conforme suas idades dentro das possibilidades e situações.

1. A importância do aluno.0 aluno é o elem ento m ais im portante da Escola Domi­

nical. A Escola existe por causa do aluno. É a escola que adap ta-se ao aluno, e não o aluno à escola, como é tão126

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com um... Dentre os alunos, as crianças são o campo mais fé rtil, m ais p ro m isso r e de m aior responsabilidade.

2. O agrupamento de alunos por idade.O propósito disso é a eficácia do ensino. Numa casa

de fam ília, a alim entação varia en tre as crianças e os adul­tos. Na Escola Dominical não pode se r diferente!

Há 8 agrupam entos ou divisões de idades, cujos títulos são:- Até 3 anos de idade B erçário- 4-5 anos de idade Jard im da Infância- 6-8 anos de idade P rim ário s- 9-11 anos de idade Juniores- 12-14 anos de idade In term ediários- 15-17 anos de idade Secundários- 18-24 anos de idade Jovens- 25......... anos de idade Adultos

3. Organização da classe.a. Quanto a direção1) O P ro fesso rNas c la sses até 12 anos, os m elhores p ro fesso res são

geralm ente moças e senhoras. A fala, o afeto, a expressão facial, os gestos, a dram atização, influem muito aqui. Nas c lasses de 12 anos para cim a, o ideal é que o p ro fesso r seja do m esm o sexo que os alunos. Há assuntos específicos que somente assim , serão convenientemente tra tados.

2) SuplenteÉ o p ro fesso r substituto da c lasse.3) SecretárioCuida de apontamentos da c lasse , conforme os form ulários

ou im pressos adotados pela escola.Mais adiante tra ta rem o s desses trê s cargos com mais

vagar.b. Quanto a m atrícula1) Até a c lasse de In term ediários: 12 alunos m atriculados

por c lasse .2) Da c lasse de secundários em diante: até 25 alunos por

c lasse .E sse total deve se r evitado. O ideal é 20 alunos m a tr i­

culados. Nas escolas públicas há c lasses grandes, mas ali v isa -se m ais o intelecto; aqui, o coração.

3) P ara efeito de ensino, a c lasse quanto m enor, m elhor, Jesus d irigiu Seu m aior estudo bíblico para apenas dois alunos (Lc 24.27).

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4) Carência de p ro fesso res provoca excesso de m a tricu la­dos nas c lasses. Carência de espaço conduz ao mesmo.

c. As c lasses devem te r núm eros em vez de nomes. Em escola com elevado número de c lasses, nomes d ifi­

cultam o trabalho do sec re tá rio , bem como do tesoureiro .d. A Escola deve te r c lasses p ara novos convertidos, e

igualmente de obreiros.e. Cada c lasse deve te r sua p rópria com issão de visita

orientada pelo p ro fesso r, ou seu substituto.4. A Organização de Departamentos Condições necessárias:a. Muitas c lasses do m esm o grupo de idade.b. Instalações apropriadas para todos os departam entos

que forem organizados.c. Corpo docente suficiente para as necessidades.L ista de departam entos que uma escola pode te r. (Nove

ao todo).D epartamento de Berço .............................. até 3 anos deidade.Departamento do Jard im da Infância.... 4-5 anos de idade.Departamento P rim ário ..................................6-8 anos de idade.D epartamento de J u n io re s ................................ 9-11 anos deidade.Departamento Interm ediário .................... 12-14 anos de idade.Departamento S ecu n d ário ........................... 15-17 anos de idade.Departamento de Jovens ............................. 18-24 anos de idade.Departamento de Adultos ......................... 25 anos para cima.Departamento do L ar e Extensão ............................ Alunos dequalquer idade que querem pertencer à Escola m as que só podem freqüentar suas reuniões mui irregu larm en te , ou nunca podem, por motivos im periosos.

No se to r de Extensão, o campo é vasto, como: hospitais, p risõ es , reform atórios, in ternatos, orfanatos, grupos de e s ­trangeiros, etc. Tudo isso pode se r alcançado por v isitas, correio ou telefone.

O p rim eiro departam ento a se r organizado deve s e r o infantil.

A direção do departamento:- Um D ireto r- Um S ecretário- Um ou m ais aux iliares, conforme a extensão do depar­

tamento.O quadro abaixo dá o c rité r io básico para a organização

da Escola em departam entos, havendo condições pessoais e m ateria is .128

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Alunos DepartamentosDoisDep. InfantilDep. de Jovens e Adultos

Idades

Até 25 Até 11 anos 12 anos para cima

Até 100TrêsDep. InfantilDep. de In term ediários . Dep. de Jovens e Adultos

Até 11 anos 12 a 14 anos 15 anos para cima

Até 200QuatroDep. Infantil Dep. de Interm ediários Dep. de Jovens Dep. de Adultos

Até 8 anos 9 a 14 anos 15 a 24 anos25 anos para cima

Acima de 200 Todos os D epartam entos

VI. A MATRÍCULA NA ESCOLA DOMINICAL

1. Encarregado- Em escolas pequenas: o Secretário .- Em escolas grandes: o Secretário dispõe de dois auxi­

lia res ; um deles é o Encarregado da M atrícula.- O p ro fesso r ou o sec re tá rio da classe; depende do

sistem a adotado pela escola.2. Providência inicial da matrículaO preenchim ento do im presso "ED-1" (Cartão de Ma­

trícula).Finalidade do ED-1.a. M atrículab. T ransferência de alunosc. Atualização do rol da c lasse , e da escolad. F ichário da escola.

3. Âmbito da matrícula.Todas as idades; do bebê ao ancião.

4. Candidatos à matrícula.C rentes e descrentes.P ro fesso res não são m atriculados na caderneta de cha­

mada. Constam do Livro de M atrícula e F ichário de Oficiais e P ro fesso res .

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VII. TRANSFERÊNCIA DE CLASSE1. Que é.E a passagem do aluno de uma classe para outra até aos

25 anos.2. Quando ocorre.Quando o aluno atinge o lim ite de perm anência em sua

classe.Adultos são transferidos de classe a pedido.3. Época da transferência.Mês de janeiro de cada ano.4. Impresso usado para efetuar a transferência.O Cartão de M atrícula do aluno existente no fichário da

escola. (O verso do Cartão).

VIII. A SECRETARIA DA ESCOLA DOMINICALA sec re ta ria devidamente funcionando, m ostra através de

seus dados o estado da Escola. Équal term ôm etro mostrando a tem peratura do ambiente.

Anotações, reg is tro s e lançamentos nesse campo, têm base bíblica: SI 56.8; Ml 3.16; Ap 5.8; 20.12,; Lc 12.7;II Co 5.9,10.

Os dados esta tísticos e rela tó rios preparados pela Se­c re ta ria m ostram a D ireção da Escola.

- O p ro fesso r certo na classe certa- A condição atual da Escola- As necessidades e possibilidades futuras.- Servem de base p ara uma análise geral.1. A dependência da secretaria.A sec re ta ria deve funcionar em dependência a isso d esti­

nada.2. Ocupantes da dependência ou sala.- O Dirigente da Escola. Aqui fica sua m esa de trabalho,

facilitando deste modo o contacto e coordenação com os de­m ais oficiais da escola.

- I 2 e 2- Secretários e Auxiliares da sec re ta ria .3. Atribuições da secretaria.- M atrícula- Fichário e arquivo- Relatórios- T estes, concursos e pesquisas bíblicas para alunos.4. Aparelhamento da Secretaria.a. Móveis e equipamento de escritó rio .b. M aterial de E scritu ração da Escola Dominical.

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c. L ivros (quando a escola não dispuser de biblioteca).- Livros de consulta e referência para professores e alu­

nos.- L ivros para program as festivos, e preparo de culto

infantil na Escola (hinos musicados, poesias, corinhos, trabalhos).

d. F ichário da Efecola Dominical.M entê-lo atualizado o ano inteiro, o que requer atenção

constante. As fichas são os cartões de m atrícula. Tem duas seções: ATIVO e INATIVO. A p rim eira , para todos que f re ­qüentam efetivam ente a escola; a segunda, para alunos que deixaram a m esm a. A seção do ATIVO leva índice alfabético, e seus cartões entram em ordem alfabética rigorosa. Os do INATIVO também entram em ordem alfabética, m as sem índice, por serem de pouca monta.

IX. A BIBLIOTECA DA ESCOLA DOMINICAL.1. Material.Uma biblioteca pode conter livros, rev is tas, jo rnais, folhe­

tos, reco rte s , artigos, gravuras, slides, transparências, qua­dros m urais, etc.

2. Todo acervo deve ser catalogado por um sistem a efi^ ciente (como o Decimal de Dewey), p a ra pronta consulta e serviço de circulação, sem perigo de extravio de livros.

3. Serviços que pode prestar.- Form ação, inform ação e am pliação cultural de p ro fes­

sores e alunos.- Serviço de circulação de livros.- Guarda e conservação do m aterial didático da escola.

X. A MANUTENÇÃO DA ESCOLA DOMINICAL.É provida pela T esouraria da Igreja, uma vez que toda

a rece ita da Escola é encaminhada à T esouraria . Em certas Igrejas, a escola encaminha à T esouraria apenas o saldo da receita , após a quitação de seus com prom issos. Depende do sistem a adm inistrativo local.

XI. O PROGRAMA DE TRABALHO DA ESCOLA DOMINICALA Escola Dominical deve, no princípio do ano elaborar

um calendário de atividades para o ano inteiro, contendo o program a de trabalho ou plano de ação, constando nele os alvos ou m etas a atingir com a ajuda de Deus. Agir sem plano é ag ir sem ordem, às cegas.

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XII. COMO ORGANIZAR E INSTALAR UMA NOVA ESCOLA DOMINICAL

1. F ixar a data com bastante antecedência para obter o m aior ajuntamento possível.

2. T er à mão o m ateria l indispensável (Cartão de M atrí­cula, Caderneta de C lasse, Mapa da Escola, Livro de R ela­tórios Dominicais, Ficha de O breiros da Escola Dominical, pastas para os im pressos utilizados pela Secretaria , lápis, papel, rev ista da Escola Dominical, etc.

3. Escolha e aprovação dos obreiros da escola.4. M atrícula gera l dos alunos e organização das c lasses.5. Instalação da Escola com oração, invocando as bênçãos

de Deus.

XIII. A REUNIÃO DA ESCOLA DOMINICAL1-. É uma reunião de culto para estudo da Palavra de Deus.2. Horário.O matutino é o melhor. Tudo porém depende do local,

conveniências do trabalho e circunstâncias.3. P reparativos.A rrum ação do local, limpeza, iluminação, ventilação, som,

m aterial de ensino, escolha de hinos, tudo deve e s ta r pronto antes do início da reunião. Tomada de providências em cima da hora, indica desorganização, falta de planejamento.

4. Pontualidade.- Pontualidade dos obreiros da escola e alunos.O obreiro da Escola Dominical que chega sem pre ati asado

não serve para continuar à frente de sua função. É m elhor dar o lugar para outro que possa se r pontual. As coisas para nós querem os tudo na hora. Pode se r diferente para com o Rei dos re is?

- Pontualidade nos horários.A reunião da Escola Dominical deve com eçar e te rm inar

na hora prevista , senão toda a escola so frerá . Sim, porque as fases da reunião não terão a duração habitual e os p ro ­fesso res não terão tempo para ap resen tar a lição. Desse modo, o ensino da Palavra se rá prejudicado. P or exemplo, o estudo da lição (que é uma das fases da reunião) deve te r sem pre 50 minutos de duração, pelo normal de uma aula qualquer.

5. P rogram a de uma reunião da Escola Dominical, supon­do-se que a m esm a comece às 09,30 horas. Se o horário for outro, basta fazer a adaptação parale la .132

Page 134: CAPED - Antonio Gilberto.pdf

09,30 - Início da reunião. Dois hinos de louvor a Deus é o ideal.

09,40 - L eitura da Lição. Uma vez que se tra ta da parte devocional introdutória da reunião, a te itura bíblica deve se r a da Revista de Adultos. Deve se r le itura alternada, para participação gera l dos que puderem acom pam har, lendo-a na Revista ou na Bíblia.

09.50 - Estudo da Lição. As c lasses seguem para seus locais de reunião, e, após os necessários apontamentos dos alunos, o p ro fesso r inicia o estudo da Lição.

Nas c lasses infantis, uma combinação de métodos de ensino, tom ará os 50 minutos sem problem as de cansaço e desin teresse .

10,35 - l 5 sinal para o encerram ento do estudo da Lição em sala.

10,45 - 29 sinal para o encerram ento do estudo da Lição em sala.

Im ediatam ente, todas as c lasses reúnem -se no templo para a fase final de encerram ento da reunião.

10.50 - Recitação do assunto da Lição e texto áureo, por c lasses ou departam entos.

11,00 - Leitura do re la tó rio dominical. Início do Culto Infantil no local a isso destinado. É dirigido cada domingo por uma pro fesso ra de crianças com a cooperação das de­m ais p ro fesso ras de crianças e de um dos oficiais da Escola Dominical.

11,05 - Um hino pela Escola ou dueto, trio , quarteto, etc. Em seguida o P asto r, o superintendente, ou um irm ão convi­dado, fará o resumo da lição, concluindo com um convite aos pecadores.

11,25 - Encerram ento da reunião. Anúncios, ag radeci­mentos e oração final de encerram ento. O Culto Infantil e s ta rá term inado nesse m esm o horário .

N ota-se que o estudo da Lição toma 55 minutos (09,50 às 10,45). Os 5 minutos a m ais são para com pensar o tempo gasto com apontamentos, anúncios à c lasse , entrega de t r a ­balhos e ta re fas aos alunos, etc.

XIV. A ADMINISTRAÇÃO DA ESCOLA DOMINICAL1. O Pastor da Igreja- É o p rim eiro obreiro da Escola Dominical pela natureza

do seu cargo. É ele o real dirigente da Escola Dominical.133

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- É o principal responsável pela Escola Dominical m e­diante sua atenção e ação.

- Sua sim ples presença na Escola Dominical é um p re s ­tígio para a mesma.

- Deve, sem pre que puder, d irig ir o estudo para p ro fes­sores da Escola Dominical.

- Deve, sem pre que puder, d irig ir c lasses da Escola (não uma classe fixa) a fim de te r contato com os alunos - suas ovelhas.

2. 0 D irigente da Escola DominicalDeveres gerais.a. Que seja um homem da Bíblia; que conheça bem a Bíblia.b. Conhecer bem o trabalho em geral da Escola Domini­

cal e todo seu esquema de funcionamento.c. O rien tar sem pre os secre"tários e p ro fesso res em tudo

que for preciso .d. Z elar pela boa e sadia doutrina segundo a Palavra de

Deus.e. Prom over entre os professores a divulgação e leitura

de obras de consulta e referência sobre seu trabalho.f. F azer sem pre anúncios e comunicações em benefício

da Escola.g. T e r sem pre em mente que organização e preparo sem

a direção e operação do E spírito Santo, é fracasso na certa.h. P rovidenciar o m aterial necessário a professores e

alunos para funcionamento geral da Escola.i. P ro cu ra r m anter completa a direção da Escola, a qual

é composta conforme já anteriorm ente exposto.j. P ro cu ra r m anter completo o quadro de p rofessores,

tendo cada classe professor, suplente e sec re tá rio , e ainda bom número de professores de reserva para as em ergências e im previstos.

1. Antes de indicar um irm ão para m atrícula no Corpo de P ro fesso res , verificar p rim eiro se o mesm o é membro da Igreja, se é fiel, dedicado, humilde, obediente, estudioso da Palavra, desejoso de traba lhar para o Senhor, que goste de o ra r , seja despretencioso, disciplinado, ordeiro , capaz de trabalhar em grupo. Isso não quer dizer que ele concorde com tudo, tipo "bezerro de presépio", mas se tiver que d is­cordar saiba fazê-lo dentro da ética, sem ofender e indispor seus p ares , virando-se em seguida para dentro de si, estilo caracol.134

Page 136: CAPED - Antonio Gilberto.pdf

m. D irigir as reuniões de estudo bíblico para professo­res, não significando isso, que tenha que dirig ir o próprio estudo bíblico. O pastor pode d irig ir o estudo, ou outro obreiro da Igreja, conforme for estabelecido. Depende do que for combinado com o pastor.

n.O Dirigente deverá sem pre ver quanto a Escola Domi­nical -

- Seu rumo: Para onde está indo a Escola?- Sua promoção: Que está sendo feito para prom over a

Escola?- Sua avaliação: Estão os professores nas classes certas

e funcionandd a contento?- Sua motivação: Que está sendo feito para m anter o

princípio da variedade, evitando a rotina de sem pre?

Deveres semanais do Dirigente da Escola Dominical:Deveres aos domingosa. Chegar cedo. V erificar a arrum ação da Escola. Nada

feito na última hora.b. D irigir a reunião da Escola Dominical segundo as d ire ­

tivas traçadas pelo pastor.c. Divulgar e prom over a venda de Lições Bíblicas e m a­

te ria l didático.d. Providenciar visitas para p rofessores enfermos etc.

Deveres trimestrais do Dirigente da Escola Dominical:a. A m atrícula trim estra l; lem brar ao Secretário no fim

do trim estre .b.Ao in iciar o último trim estre do ano, providenciar o

m aterial escolar (form ulários e livros) para o funcionamento da escola no ano seguinte.

Deveres anuais do Dirigente da Escola Dominical:a. Comemoração de datas festivas.Dependerá de resolução e orientação pastoral.Algumas datas festivas:- Dia da Escola Dominical (3y domingo de setembro).- Dia da escola local (conforme sua data de instalação).- Dia da Pátria (7 de setem bro)- Dia de Natal (25 de dezembro)- Dia Nacional de M issões (2- domingo de agosto)b. Visita a cada escola filial no mínimo uma vez por

sem estre .135

Page 137: CAPED - Antonio Gilberto.pdf

c. Ao ap rox im ar-se o fim do ano, cuidar junto ao S ecre­tário do preparo dos re la tó rios anuais.

3. O Secretário da Escola DominicalD everes gerais do S ecretário da Escola Dominicala. Conhecer e saber executar todos os trabalhos p e r ti­

nentes à S ecre taria da Escola Dominical, bem como o rien tar seus auxiliares no trabalho que tenham a fazer.

b. P rovidenciar anúncios a tempo. 0 dirigente pode esque­cer ou e s ta r muito ocupado.

c. P rovidenciar para que haja sem pre na sec re ta ria da escola o m ateria l necessário ao bom funcionamento da m es­ma. Isto inclui form ulários, livros e m ateria l auxiliar de ensino.

A uxiliares do Secretário : Nas escolas grandes o Se­c re tário deve te r auxiliares p ara cuidarem da m atrícula, fichário, transferência de c lasse , arrum ação de salas, venda de R evistas, distribuição de m ateria l a p ro fesso res, etc.

D everes sem anais do Secretário da Escola Dominical:D everes aos domingosa. Chegar cedo e verifica r a arrum ação da escola.b. T er prontas para distribuição as Cadernetas de Cha­

mada ou outro sistem a.c. P re p a ra r o Relatório Dominical com todo esm ero , para

lê-lo ao se r convidado. Em escolas com m ais de 15 c lasses ,o sec re tá rio p re c isa rá de aux iliares para poder ap resen tar o re la tó rio na hora p rec isa , ou p reencher o quadro-negro do rela tó rio .

D everes no restan te da sem ana.a. M anter o fichário atualizadob. M atricu lar os novos alunos cujos C artões de M atrícula

chegaram à S ecre taria da Escola no último domingo.Após a m atrícu la na caderneta, o cartão vai para a seção

"ATIVO" do fichário. Se o aluno tem menos de 14 anos, lan­çar no verso do cartão , por antecipação o mês e ano das futuras transferênc ias de c lasse , obedecendo os lim ites de perm anência nas c lasses , conforme o grupo de idade.

D everes tr im e s tra is do S ecretário da Escola DominicalNa p rim e ira semana de cada tr im es tre , p re p a ra r o m o­

vimento do tr im e s tre que findou.D everes anuais do S ecretário da Escola DominicalInício do ano

136

Page 138: CAPED - Antonio Gilberto.pdf

a. P re p a ra r re la tó rio s do ano in teiro .b. T ransferência de alunos. P rim e ira semana de janeiro.

As idades, para fins de m atrícula e lim ite de perm anência na classe, acham -se na p rim eira parte desta Unidade.

c. Auxiliar a promoção da campanha de le itu ra anual da Bíblia.

d. Arquivar o m ateria l usado no ano an terio r.

4. 0 Professor da Escola Dominicala. O ingresso do p ro fesso r no trabalho da Escola Domi­

nical.P a ra o ingresso no trabalho da Escola Dominical, o p ro ­

fessor deve se r acim a de tudo, uma pessoa salva de modo completo, membro da Igreja, de vida c ris tã co rre ta , e sã na fé.

b. A posição esp iritual do p rofessor.É posição de honra, G1 1.15; I Tm 1.12.É posição de responsabilidade, Ez 33.8,9.c. O m in istério de ensino do professor.1) P or que ensinas?- P o r am or a Deus- Por gratidão a Deus- Porque o Senhor ordenou, Mt 28.19,20.2) Qual o teu propósito no ensino?- Ganhar alm as para Jesus- Desenvolver a espiritualidade dos alunos- T re in a r os alunos para o serviço do M estre3) O que ensinarás?- A Bíblia, Mt 28.19.4) A quem ensinarás?- Homens, m ulheres, meninos (Dt 31.12).5) Como ensinarás?- Conhecendo a C risto como Salvador e Rei.- Conhecendo a Bíblia, II Tm 2.15. Ainda não vi um ob re i­

ro de destaque, de projeção, de m inistério abundante, de frutos perm anentes, que não fosse um apaixonado e contínuo estudante da Palavra! Este conhecimento da Bíblia te rá que se r sistem ático, organizado.

- Conhecendo m atérias auxiliares e afins.- Conhecendo o aluno, isto é, a psicologia de cada grupo

de idade.- Conhecendo pedagogia. O alim ento em casa difere

com a idade.137

Page 139: CAPED - Antonio Gilberto.pdf

d. Os requisitos do professor.1) P reparo . O professor deve te r preparo.- Espiritual (I Pe 3.15; Ed 7.10). E se r cheio, controlado

e movido pelo Espírito Santo (I Co2.15;Gl 6.11). Não é te r fogo de labareda, mas do tipo brasa.

- Intelectual (cultura geral)- Social (apresentação pessoal)- F ísico (estado saudável)Os homens a quem Deus tem usado, passaram todos por

uma fase de preparo . Exemplos:- Moisés p reparou-se 40 anos.- Paulo esteve 3 anos na Arábia.- Daniel e seus companheiros, mesmo para serv irem

numa corte secular tiveram seu preparo. O professor p rec isa saber o que vai fazer. Jesus sabia "o que ia fazer" (Jo 6.6). Um aluno que quer de fato aprender, não te rá desejo de voltar a uma classe para ouvir um p rofessor dizer aquilo que ele já sabe, ou que pode aprender sozinho.

Conclusão. O p rofessor para te r êxito e m anter-se efi­ciente precisa:

- Ser esp iritual. Ser cheio do E spírito- T er preparo . P reparo para ensinar.- E sta r equipado. Com lite ra tu ra apropriada..2) Fidelidade no dever. Ser disciplinado.Isto é, cumprimento de seus deveres como professor,

SI 101.6; I Co 4.2. Não é somente s e r fiel, mas disciplinado.3) PaciênciaÉ o mesmo que longanimidade.É fruto do E spírito Santo, G1 5.22; I Ts 5.14.O nosso Deus é o "Deus de paciência", Rm 15.5.É preciso muita paciência, especialm ente nas classes

infantis, de adolescentes e de irm ãos idosos.4) Dedicação.É o serviço feito da m elhor m aneira, Ec 9.10.É o zelo no trabalho; zelo com entendimento, Rm 10.2. Há uma maldição nesse sentido, J r 48.10 ARA.5) Pontualidade.É chegar na hora, com eçar na hora, te rm inar na hora. Jesus andava sem pre na hora, Jo 2.4. Quem não pode ser

fiel nesta parte é melhor dar o lugar para outro que possa se r.

Quanto a te rm in ar na hora, há irm ãos que não ligam para138

Page 140: CAPED - Antonio Gilberto.pdf

isso s, -ãnda acham que todo mundo está gostando quando passam da hora...

e. As responsabilidades do professor.1) Responsabilidade para com Deus.Deus o pôs no Seu trabalho! I Tm 1.12; Lc 19.13,15.2) Responsabilidade para com a IgrejaO rientar cada aluno a s e r um abnegado colaborador da

Igreja, em tudo - tempo, talentos, finanças (Ef 4.12).3) Responsabilidade para com a ' Escola Dominical. Conhecer a organização e funcionamento da Escola. T rabalhar em harmonia e cooperação com os demais

obreiros, Rm 12.10; Fp 2.3,25.Há obreiros que em vez de trabalharem em "conjunto",

trabalham como "cães juntos". Em desarm onia.4) Responsabilidade para com a c lasse.Prom over a edificação e crescim ento da c lasse. Há por aí

p rofessor "matador de c lasse" .Conhecer cada aluno pessoalm ente, pelo nome.V isitar os alunos.O rar pelos alunos individualmente.P ro cu rar a conversão e edificação espiritual de cada aluno.

5. O preparo e apresentação da Lição.É parte dos deveres sem anais do professor.Este assunto é estudado na Unidade IV - PEDAGOGIA,

a saber:

- M aterial para o preparo da Lição.- Etapas no preparo da Lição- A apresentação da Lição.a. Durante a semana p repare bem a lição, estudando-a

com oração e dedicação, pedindo a Deus que o guie pelo Seu Espírito. O trabalho do Senhor m erece a nossa m aior abnegação e esforço.

b. Aos domingos procure chegar pelo menos 5 minutos antes do início da Escola. Freqüente as reuniões de estudos para p rofessores da Escola Dominical.

c. Sabendo que não vai e s ta r presente certo domingo, avise com antecedência ao seu substituto; avise tam ­bém ao Superintendente da Escola.

d. O objetivo da Escola Dominical é o ensino da Palavra de Deus; não gaste pois o tempo com coisas que não edificam. Vá para diante da classe senhor do assunto

139

Page 141: CAPED - Antonio Gilberto.pdf

a s e r estudado. O êxito do p ro fesso r depende m ais de consagração e preparo .

e. M ostre in te re sse por cada aluno da c lasse . Ore por e les. V isite -os, especialm ente quando enferm os ou faltando às reuniões. Dê um bem -vindo aos visitan tes, convidando-os a se m atricu larem ou a voltarem sem pre. Na c la sse sem pre há pessoas não salvas; convide e s ­tas p a ra ace ita r o Senhor Jesu s como Salvador.

f. Cada domingo faça os apontam entos com muito cuidado para que os re la tó rio s sejam fidedignos.

XV. A LITERATURA DA ESCOLA DOMINICAL.Deve s e r apropriada, isto é, rev is ta s , liv ros e m ateria l

com plem entar p ara cada agrupam ento de idade, como visto à pág. 127; lite ra tu ra essa , tanto p ara o aluno como p ara o p ro fesso r. Se nossa m issão consiste em evangelizar e en s i­nar, a li te ra tu ra como meio de com unicar a verdade divina, é fe rram en ta de p rim e ira c lasse .

A infantil requer m aior cuidado e m elhor p reparação . É a m ais difícil de e labo rar, dada a variedade de métodos e a m a té ria a r tís tic a .

1. Literatura do aluno.- Deve s e r graduada: assuntos bíblicos e m ate ria l didático

específico p a ra cada agrupam ento de idade.- R equer espec ia lis tas em pedagogia aplicada na Igreja -

noutras pa lav ras: em Educação R eligiosa. Enquanto houver alunos de d iferen tes idades em nosso meio (e sem pre haverá), haverá necessidades de m ateria l apropriado para essas idades.

2. Literatura para o professor.- A específica da Escola Dominical, para o p reparo da

lição e o exerc íc io do seu m in istério .

3. Literatura subsidiária.- É evidente que todo o b re iro da E/D deve te r suas

boas fontes de consulta.- L ite ra tu ra subsid iária p ara o b re iro s e a lunos,tan to de-

vocional como p ara estudo, produzida pela denominação, ou de outra procedência - m as, ortodoxa, biblicam ente falando.

(Quanto a currículo da Escola Dominical, ver a Unidade IV - Pedagogia).140

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QUESTIONÁRIO

1.C ite alguns resu ltados da desordem e desorganização.2. A Bíblia tra ta de organização. Cite exemplos d isso -

Na Igreja de Deus, em Israe l como povo de Deus, e re fe ­ren te ao m in istério do Senhor Jesus.

3. Dê a tríp lice organização da Escola Dominical.4. Na E /D , de que consta a organização - P essoal, M ate­

r ia l e Funcional?5. Enum ere os componentes da d ire to ria de uma E /D de­

vidamente organizada.6. Dê alguns requisitos p ara o ingresso de candidatos no

corpo docente da E/D .7. Dê o agrupam ento de alunos, por idade, na E/D.8. M ostre o valor de uma biblioteca apropriada, na E /D .9. Cite as providências p a ra o rgan izar e in s ta la r uma nova

E/D .10. Quanto ao p ro fesso r da E /D -

- Qual sua posição esp iritua l?- P or que deve ensinar?- Qual deve se r seu propósito no ensino?- Que m a té ria ensinará?- Como e s ta rá p reparado p ara ensinar?

11. Além do preparo da lição, cite outros deveres sem anais do p ro fesso r.

12. P o r que deve s e r levada tão a sério a pontualidade nos ho rário s da E /D ?

13. Tendo em vista o aluno e o p ro fesso r, como deve s e r a lite ra tu ra da E/D ?

14. Dê c e rta s particu la ridades da lite ra tu ra - Do aluno. Do p ro fesso r.

15. Como deve s e r a l i te ra tu ra subsid iária para o b re iro s e alunos?

141

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Unidade III Capítulo IV

A PROMOÇÃO E POSSIBILIDADES DA ESCOLA DOMINICAL

Sumário do CapítuloI. Como m elhorar sua Escola Dominical, 142

II. A Escola Dominical e o la r, 144III. A Escola Dominical padrão, 145IV. O desafio que cabe à Escola Dominical, 146

I. COMO MELHORAR SUA ESCOLA DOMINICAL- Q uerer m elhorar. Isso decididamente.- Poder m elhorar. T er possibilidades.- Saber m elhorar. Saber como proceder.- Nós m esm os m elhorarm os. Individualmente. A Escola

somos nós!

1. Obreiros Espirituais e Preparados.Isto é, obreiros que de fato -a. Conheçam a Deus como Salvador e Senhor, II Pe 3.18;

Os 6.3.b. Conheçam a Bíblia (o livro-texto da m atéria da Escola

Dominical)c. Conheçam pedagogia (métodos, princípios e leis do

ensino e da aprendizagem )d. Conheçam o aluno1) Conheçam o aluno pessoalm ente.2) Conheçam o aluno psicologiam ente. É conhecer o aluno

interiormente, sua natureza. Jesu s conhecia Seus alunos (Jo 21.15; 2.25; Mc 2.8).

2. Currículo Devidamente Dosado.Tal currícu lo incluirá -

142

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a. A Bíblia (sua h istória, e s tru tu ra e mensagem)b. Doutrinas fundamentais (inclusive as da Salvação)c. A vida de C ristod. A vida c ris tãe. A Igreja (fundação, m issão e futuro)f. 0 la rg. Homens e m ulheres da Bíblia.

3. Literatura Bíblica Ortodoxa.a. Lições Bíblicas graduadas (para todos os nívéis - p ro ­

fesso r e aluno)b. Publicações de apoio ao program a de ensino da Escola

Dominical (boletins, periódicos, livros)

4. Instalações e Equipamentos Apropriados.Prédio - Salas de aula - Equipamento escolar.Uma das le is do crescim ento da Escola Dominical, diz

"A Escola Dominical c re sc e rá enquanto houve espaço para isso".

5. Campanha Vigorosa de Promoção e Expansão.Mediante -a. Oração contínua, in te rcesso ra .b. Divulgação diversa.c. Convites. Contatos. Uso do correio . Há na Inglaterra

uma Escola Dominical que funciona pelo correio .d. V isitas pessoais. Jesu s visitava os alunos faltosos.e. Reuniões especiais. Jesu s visitava os alunos falto­

sos (Jo 9.35).f. Atividades e aconselham ento p ró -E sco la Dominical

em a r- liv re s e campanhas evangelísticas. C lasses para novos-convertidos.

g. Escola Bíblica de F é ria s .

6. Atualização e Melhoramento dos Professores e Demais Obreiros.

a. Cursos específicos de curta duração (de atualização e ape rfeiçoamento)

b. Congressos (assem bléia de delegados/representan tes)c. Confraternizações, encontros (oração, comunhão, e s ­

tudos)d. Sem inários (promoção cultural/c ien tífica)7. Classe de Formação de Professores.M anter sem pre uma c la sse de form ação de p ro fesso res.

143

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Não confundir com a habitual reunião semanal de p ro fesso ­res para estudo da lição.

Assuntos para essa C lasse: Teologia Sistem ática, In tro ­dução Bíblica, H istória E clesiástica, Português P rático , Pedagogia Bíblica, Evidências C ristãs, Geografia Bíblica, Usos e Costumes dos Povos Bíblicos, M issões.

8. Apoio Total do Pastor e Diretoria/M inistério da Igreja.Inclusive a Escola Dominical deve te r uma c lasse domi­

nical somente de obreiros. Isso é possível em Igrejas g ran ­des.

9. Reuniões Periódicas de Obreiros da Escola.Finalidadea. Oração e confraternizaçãob. Estudos Bíblicos e afinsc. Assuntos adm inistrativos da Escola. Base bíblica para

reuniões de negócios, planejam ento e s im ila res : Pv11.14; 15.22; 24.6.

Ocasião. Pode se r -a. Semanal (para p ro fesso res)b. Mensal (para a D iretoria da Escola)c. T rim es tra l (geral - para todos os obreiros do campo).

10. Concursos, Testes, Exposições e Comemorações de Datas.

- Concursos periódicos e trabalhos para a prom oção da cultura bíblica, bem como excursões educacionais sobre a natureza, ou a locais de coleções de objetos das te r r a s b í­blicas.

- T estes (periódicos, sem anais etc.)- Exposições (periódicas)- Comem orações de datas (cívicas e re lig iosas, locais

e gera is).Aí estão dez meios a serem considerados para o melho­

ram ento da Escola Dominical - que pode se r a sua Escola Dominical!

H. A ESCOLA DOMINICAL E O LARA Escola Dominical não é um substituto do la r, nem tão

pouco pode o p ro fesso r substitu ir os pais, quer no ensino das verdades bíblicas, quer na formação em g era ld o s filhos.

Deixar a in strução relig iosa dos filhos somente a cargo da Igreja, s e r ia uma tragédia para eles. São os pais os p ri- 144

Page 146: CAPED - Antonio Gilberto.pdf

m eiros e os últim os p ro fesso res no la r, exceto quando estes não são salvos (Êx 12.26,27; Dt 11.18,19; Js 4.6,7,21,22).

O la r deve p re s ta r a Escola Dominical a mais leal coope­ração. Faz p arte disso:

- F a la r sem pre da Escola Dominical em casa.- Serem assíduos e pontuais na Escola.- Tudo fazerem para que os filhos assistam a Escola

com regularidade.- Ajudar os filhos no preparo da lição.- O rar pela Escola Dominical.

III. A ESCOLA DOMINICAL PADRÃO (Fp 3.13,14)

Introdução. Toda ig reja evangélica necessita de uma Escola Dominical para difundir o ensino da Palavra de Deus, de modo contínuo e sistem ático, ao alcance de toda a comu­nidade evangélica local, desde a criança da mais tenra idade até o ancião.

E sse ensino, é claro, visa de modo especial os novos- -convertidos e seus fam iliares. As crianças e adolescentes formam tam bém na frente.

Enquanto ensina, essa escola também prepara cren tes m a­duros para o trabalho do Senhor, bem como quanto a p rática da mordomia cristã do tempo, talentos e finanças.

Exerce ainda essa escola papel preponderante no estabe­lecimento e firm eza do la r cristão . Assim , os cren tes em todas as e sfe ras da igreja, om breados ao pasto r, trabalham para dar cum primento a sua divina m issão evocação de p ro ­mover o reino de Deus en tre os homens. Deste modo a todos é facultada á oportunidade de se rv ir ao Senhor com seus talentos.

O estudo que se segue aborda 10 requisitos básicos ou essenciais de uma Escola Dominical padrão. Todos os aspectos da Escola Dominical estão compreendidos nesses dez requisitos, os quais por sua vez podem se r subdivididos num estudo m ais minucioso.

A cada requisito é atribuído um certo número de pontos, que somados, perfazem 100 pontos - total requerido de uma Escola Dominical padrão.

OS DEZ REQUISITOS DA ESCOLA DOMINICAL PADRÃO(Os números à d ireita são os pontos atribuídos a cada requisito)

145

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1. Dirigentes e professores fixos......................................... 202. Obreiros espirituais, preparados e assíduos .............. 10

Há reuniões sem anais de obreiros?Há reuniões periódicas de negócios da Escola?Os obreiros fazem cursos específicos?

3. Classes e departamentos ................................................... 10Organizada assim

4. Literatura graduada e equipamento escolar ................... 10Tem currículo, biblioteca, orientação pedagógica?

5. Secretaria organizada ......................................................... 5Sala apropriada - Pessoal - Material

6. Crescimento real da Escola ............................................ 10Confronto com o ano anteriorNovas M atrículas Novas escolas

7. Mordomia cristã .................................................................... 5O aluno que freqüenta a escola de dia deve se r também um fiel adorador à noite.O culto enseja comunhão fraternal e serviço A porção da Palavra nos serm ões e na música

9. Programa ativo de expansão e extensão .............'.......... 15Departamento do Berço - Departamento do L ar - E s ­colas F iliais - Escola Bíblica de F érias.

10. Evangelização ...................................................... ................. 10P rática do apeloCampanhas evangelísticas (colaboração, promoção)VisitaçãoLiteraturaEvangelismo pessoal

Sua Escola Dominical está na altura certa? (100 pontos) Está subindo?Está descendo?Está parada?

IV. O DESAFIO QUE CABE À ESCOLA DOMINICAL.

O desafio e a responsabilidade.a. Quanto ao lar: pais, crianças, jovens, adultos.b. Quanto a Igreja: o crescim ento espiritual de tòdos. A

Escola Dominical p recisa c resce r. Para isso é p reciso que haja visão espiritual e condições em geral.

c. Quanto a Nação: Cidadãos salvos e de ca rá te r moldado' na Palavra de Deus.146

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d. Quanto ao Mundo: Os campos brancos das m issões nomomento atual!

QUESTIONÁRIO

1.Como m elhorar a Escola Dominical local. Conheça os fatores.

2. Que sabe o leitor do relacionamento en tre a Escola Domi­nical e o la r, e v ice-versa?

3. Cite alguns deveres do la r, isto é, dos pais para com a Escola Dominical.

4. Conhece o leitor os requisitos da Escola Dominical pa­drão ("Nota 10")?

5. Considerando as perguntas 1 a 4 acim a, como está a sua Escola Dominical?

6. Cite os quatro desafios afetos à Escola Dominical.

147

Page 149: CAPED - Antonio Gilberto.pdf

Unidade IV

Sumário da Unidade

Cap. I. - O ensino ....................... 149Cap. II. - O p ro fesso r da Escola Dominical ................... 158Cap. III. - Métodos e acessórios de e n s in o .................... 163Cap. IV. - 0 currículo e o aproveitam ento e s c o la r ....... 168148

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Unidade IV Capítulo I

0 ENSINO

Sumário do Capítulo

I. Que é o ensino, 149II. 0 ensino deve te r objetivos definidos, 150

III. Leis do ensino e da aprendizagem , 151

Pedadogia é a a rte e ciência de ensinar e educar. São os processos e técnicas de ensinar a infância, explorando as leis psicológicas que regem o crescim ento e com porta­mento do s e r humano.

E ssas técnicas que comunicam a m ensagem, modernizam - -se constantemente para atingirem m aior núm ero de alunos em menos tempo e do m elhor modo possível pedagogica­mente. Enquanto isso, a mensagem da P alav ra de Deus não deve jam ais mudar. P a ra c ita r um exemplo, há 50 anos por não ex is tir o microfone e o am plificador de som, as técnicas de comunicação de m assa eram bem rudim enta­res . Hoje, o mais modesto auditório não dispensa o dito recurso .

Essas técnicas podem se r eficazm ente educacionais, sem em nada afetar a vida esp iritual, usadas com sabedsria em seu devido lugar.

I. QUE É O ENSINONo conceito moderno, ensinar não é apenas transm itir

conhecimentos, mas também prom over aprendizagem por parte do aluno. E ssa aprendizagem não pode se r forçada nem introduzida no educando como o ato de vestir uma peça de roupa. Portanto, ensinar não é apenas le r ou falar diante

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de uma c lasse , m as p rim eiro d esp e rta r, m otivar e in te re s ­s a r a mente do aluno e em seguida d irig i-la no p rocesso do aprendizado. Não pode haver rea l ensino sem aprendizagem por p a rte do aluno. A palavra "educar" é derivada de uma outra que literalm ente significa "conduzir para fora". Daí se deduz que é privilégio do p ro fesso r conduzir o aluno ao encontro das experiências da vida, de ta l form a que ele possa viver v itoriosa e sabiam ente, diante de Deus e seus sem e­lhantes.

Se o ensino bíblico é o meio de que o Governo dispõe para elim inar o analfabetism o, a Escola Dominical deve se r o desafio da Igreja contra o nanismo esp iritua l em seu meio, bem como à incredulidade à sua volta.

II. O ENSINO DEVE TER OBJETIVOS DEFINIDOSSe o caçador a t ira r a esm o, sem pontaria, nunca abaterá

a caça. De igual modo, se na g u e rra o soldado d isp a ra r sem direção, e s ta rá atraindo o inimigo a si. O objetivo do ensino g ira em torno do aluno e suas re lações quanto a tudo que é de capital im portância na sua vida. Abaixo damos 7 pontos que o ensino bíblico deve v isa r de modo definido.

1. O aluno e suas relações com Deus (Is 64.8).Deus é nosso Pai C elestial (com Quem devemos te r

comunhão in interrupta). É C riador e P rese rv ad o r (digno de toda adoração). É Sustentador (digno da nossa fé). É Rei e Senhor (digno do nosso m elhor serv iço).

2 .0 aluno e suas relações com o Salvador Jesus (Jo 14.6).Jesus é o caminho para Deus, o P ai. É também o nosso

Salvador pessoal, e Senhor, e Centro da nossa vida em geral.3. O aluno e suas relações com o Espírito Santo (Ef 5.18).O E sp írito Santo convence, Jo 16.8; regenera , Tt 3.5;

santifica, Rm 8.2; ensina, Jo 14.26; e capacita para vencer, At 1.8.

4 .0 aluno e suas relações com a Bíblia (SI 119.105).A ceitar a Bíblia como a P alav ra divinamente inspirada

(II Tm 3.16). É p reciso conhecê-la, e isso não vem por acaso ( J r 15.16). E p rec iso am á-la e tê -la como guia p rá ­tico da vida d iária .

5'. O aluno e suas relações com a Igreja (Ef 4.16).Conhecer o propósito e m issão da ig re ja local. Nossas

responsabilidades e deveres para com a obra do Senhor. Ti^íbalhar de coração, em suas atividades. Fomos salvos p ara s e rv ir (I Pe 2.9). Devemos dar, e não apenas espe­

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r a r receber da Igreja. Com preensão da im portância de se r m em bro da Igreja.

6 .0 aluno e suas relações consigo mesmo (Fp 1.21).O crente deve avançar para a m aturidade esp iritual.

Com preender que somente estando em C risto , podemos ven­cer nossa natureza pecam inosa, e viver a vida v itoriosa. U sar os talentos e habilidades a serviço do M estre. A r e s ­ponsabilidade que tem um cren te (Mt 5.13,14).

7 .0 aluno e suas relações com os demais alunos e demais pessoas (Mc 12.31).

A preciar a contribuição dos outros e re sp e ita r seus d i­re ito s. Cuidar da salvação dos perdidos por todos os m eios possíveis. F am iliarização e participação na obra m issioná­r ia nacional e e s tran g e ira . Ser bom e justo. Bom, não significa apenas te r coração mole e concordar com tudo,SI 25.8. N ossas responsabilidades como cidadãos.

P a ra isso , o currícu lo deve te r objetivos definidos e de igual modo cada lição dele.

m . LEIS DO ENSINO E DA APRENDIZAGEM.1. Definições e Conceitos Educacionais.a. Definição de "Leis".L eis são princípios im anentes e im utáveis que regem os

atos e com portamento de todas as coisas, inclusive o s e r humano. Incluídos aqui, estão o ensino e o aprendizado.

b. Leis do Ensino.São le is da teo ria e da p rá tica educacional, utilizadas

pelo p ro fesso r, para c r ia r no aluno condições ideais p ara que o m esm o aprenda o que se ensina.

c. Leis da Aprendizagem.São os princípios da assim ilação e retenção do ensino por

parte do aluno. E ssas le is funcionam através dos sentidos físicos do s e r humano, culminando na mente.

d. O processo da Aprendizagem. -1) Nos sentidos psicofísicos.Seqüência do processo de aprendizagem nos sentidos

psicofísicos:- 0 órgão de determ inado sentido - é o receptor dos

estím ulos vindos de fora.- 0 nervo desse sentido é o tran sm isso r dos estím ulos

recebidos.- 0 céreb ro é o recep to r e in té rp re te dos estím ulos.2) Na mente.

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Seqüência do processo da aprendizagem na mente.- Percepção é a identificação de um estím ulopela mente.- Idéia è uma combinação de percepções sem elhantes,

resultando no que se chama idéia geral.- Juízo ou Conceito é uma comparação de idéias.- Raciocínio é uma comparação de juízos, geralm ente

chamada conclusão.e. O Conhecimento das leis do ensino e aprendizagem. Perm ite ao p rofessor sua utilização a fim de conduzir

o aluno através do desconhecido...f. Que é ensinarNão é sim plesm ente tran sm itir conhecimentos. É des­

p erta r e o rien tar a mente do aluno, promovendo a aprendi­zagem por parte do mesmo. Jesus fez assim ao tra ta r com Nicodemos e a Samaritana. O professor trabalha com a mente do aluno, dirigindo-a no processo da aprendizagem. Que privilégio e que responsabilidade. (Ver também pág. 154).

g. Que é aprenderE o aluno pensar e agir por si próprio, sob orientação

inicial. (Espiritualm ente, há outros meios de aprendizagem).h. Os dois conceitos básicos da educação secu lar e r e l i­

giosa.Toda criança normal é:1) F isicam ente im atura - p rec isa c rescer;2) Mentalmente ignorante - p recisa aprender.Aplicação espiritual. Todo cristão novamente nascido

(Jo 3.5) é:1) Espiritualm ente im aturo - p recisa c rescer. (II Pe 3.18).2) Espiritualm ente ignorante - p recisa aprender (Mt 11.29)

2. Leis do Ensino e da Aprendizagem.O aluno normal:a. Aprende quando motivado, estimuladopsicologicam ente.

Exemplos:1) Despertando para a realidade, aspirações.2) Consciência do despreparo, considerando o contexto

comunitário.3) Retrogradação de grupo. Consumação e consciência

disso.b. Aprende quando gosta1) Gosta por escolha experim ental (objetivamente)2) Gosta por efeito (subjetivamente), Cf. Mc 12.37; Jo

6.67-69.152

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c. Aprende quando necessita.1) Funcionalmente2) Futuram ented. Aprende quando vê fazer.É o ensino pela dem onstração, pelo exen*olo (At 1.1).

Aí o aluno aprende:1) Observando2) Motivando sua potencialidade e capacidade adorm eci­

das ou latentes. (Isto é, se outros podem fazer ele pode também).

e. Aprende quando faz.É a aplicação prática, experimental:1) Fazendo - aprende-se2) Repetindo - ap rim ora-se (A ferram enta sem uso

normal enferruja).f. Aprende quando há métodos certos de ensino.Subentendidos também:- Idade e conhecimentos do aluno. O p ro fesso r deve

m in istrar o ensino partindo do nível de conhecimentos do aluno, e não do seu próprio.

- Instalações escolares- Meios auxiliares de ensino- M aterial didático- Objetivos definidos da lição, do curso, do estudo.Toda aula deve sem pre reunir dois ou m ais métodos

de ensino.g. Aprende quando investiga, pesquisa independentemente.Sendo previam ente orientado, dirigido.h. Aprende quando está interessado.- A atenção inicial geral o in teresse .Atenção tem a ver com a pessoa do professor, interesse

tem a ver com a m atéria que o professor ensina.- In teresse conduz à participação a qual pode se r çxpon-

tânea e provocada.i. Aprende quando crê , confia.1) Confia em si mesmo2) Confia na escola (sua idoneidade, competência, p ro ­

bidade, etc.)3) Confia no p rofessor preparado, idealista, idôneo, a li­

nhado.j. Aprende quando ora.Através da oração Deus pode abençoar o corpo, e a men­

te e todo o nosso ser. Note o sentido lite ra l de Mt 8.17.153

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O p ro fe sso r deve o ra r muito po r seus alunos; es te s , por sua vez devem o ra r muito por seus p ro fesso re s .

1. Aprende quando recebe atenção pessoal.Sendo conhecido. Há m uitos m eios de conhecer o aluno.Sendo reconhecido. Há m uitos m eios de reconhecim ento.

3. As Leis da Aprendizagem e os Sentidos F ísicos."Porque tudo que dantes foi e sc rito , p ara o nosso ensino

foi e sc rito ." Rm 15.4a.L eis da aprendizagem são os princíp ios de assim ilação

e retenção do ensino por p arte do aluno, os quais funcionam a trav és dos sentidos físicos. São le is im anentes no próprio aluno. E las m ostram como o aluno aprende. O ensino chega à m ente por meio destes sentidos, que são se is a saber:

a) Visão - os olhosb) Audição - os ouvidos. O ouvido com preende dois ó r ­

gãos sen so ria is : a audição e o equilíbrio .c) Olfato - o nariz . Nele estão os te rm in a is do nervo

olfativo.d) P a lad ar - a língua. Nela estão as papilas gustativas.e) Tato - es tá em todo o corpo. São as term inações p e r i­

fé ricas dos nervos sensitivos. E ssas te rm inações são r e s ­ponsáveis pelas sensações tá c te is , té rm icas e álgicas.

f. Cenestesia - sentido m uscular. P o r esse sentido sabe­mos se um objeto é pesado ou leve. E sse sentido é tão expe­rim ental como os dem ais.

E sses sentidos são as po rtas da alm a p ara seu contato com o mundo ex te rio r. É por meio deles que recebem os os estím ulos vindos de fora, os quais, após vária s fases evolu­tivas, resu ltam na aquisição do conhecimento.

Cada sentido dispõe de um órgão do corpo, recep to r de estím ulos. O órgão recep to r dispõe de um nervo que tra n s ­m ite ao céreb ro o estím ulo recebido. Resumo: o órgão rece­be, o nervo transmite e o cérebro interpreta o estímulo.

Todo estím ulo ass im recebido, provoca na alm a uma re a ­ção ou reflexo, resultando daí o nosso com portam ento diário. Exem plos de reações a estím ulos recebidos pelo cérebro: m ovim entos, pensam entos, im pulsos, a titudes, em oções, etc.

O ensino chega à mente- Pelos sentidos físicos- Pela in sp iração divina.- Pela revelação divina. Não confundir os dois últim os

com intuição, a qual é a percepção d ire ta e im ediata154

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do conhecimento, independente de observação, p rév ia experiência e p rocessos do raciocínio.

P a ra te rm os uma idéia do papel e do valor dos sentidos no ensino, sa ib a -se que

a) A prende-se 20% do que se ouve. A voz do p ro fesso r tem grande influência aqui. Deve te r a intensidade ideal e se r agradável.

b) A prende-se 50% do que se vê. Aqui tem grande im p o r­tância a ilum inação. A a rrum ação da sala tam bém influi muito.

c) A prende-se 70% do que se exam ina.d) A prende-se 80% do que se faz. Exemplo: cânticos com

gestos, m archas, provas, te s te s , p rocura e le itu ra de v e r ­sículos, traba lhos m anuais, desenhos, pesqu isas, redações, m apas, etc. A criança, po r exemplo, aprende de fato quando "faz" a lição.

e) A prende-se 90% do que se fala. Exemplo: le itu ra , recita tivo de m em ória, perguntas, reconstitu ição da lição, tem as desenvolvidos, d iscussão orientada, m esa redonda, exposição ou p releção .

Como o ensino chega a mente.V erem os agora o p rocessam ento do ensino desde os sen ­

tidos até à m ente do aluno.a. Percepção. É a identificação de uma sensação ou e s ­

tím ulo recebido. Exemplo: Ouço um som, o qual a m ente identifica como sendo de violino. Tenho então a percepção de um violino. Se eu u sa r outros sentidos como v ista e tato, a percepção do violino se rá muito m ais rea l. Tem grande influência aqui, a fala, a voz, tom, palavras e gestos do p ro fesso r. Tudo isso afeta o ouvido e a com preensão do aluno. A percepção é um fenômeno complexo da alm a em que se reúne num só ato v á ria s operações psicológicas, como estím ulo, m em ória, associação e atenção.

Jesu s quando quis exp licar a palav ra "próxim o" p ara um inquiridor, contou p rim e iro uma h is tó ria que e sc la re c ia a idéia, passando em seguida a defin i-la . (Lc 10.29-37).

b. Idéia. É uma combinação de percepções sem elhantes. Exemplo: Se por meio de estím ulos recebidos eu percebo a um só tem po sons de piano, violino e flauta, tal com binação de percepções dá-m e a idéia ou conceito de m úsica. Concei­to, pois, é uma idéia gera l.

c. Juízo. É uma com paração de idéias ou conceitos. Exemplo: escuto vária s m úsicas e faço um juízo de que é

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boa ou má; agradável ou desagradável; para deleite da alma ou não.

d. Raciocínio. É uma com paração de juízos. Noutras palav ras, é uma conclusão. Exemplo: Se Jesus deu vista a cegos, curou para lítico s e leprosos e ressuscitou o filho da viúva de Naim, chego a conclusão que Jesus so co rre o ho­mem na tris teza , no abandono e no sofrim ento. Cf. os sen ti­dos esp iritua is da alm a, Hb 5.14 ARC.

4. As três le is básicas da aprendizagem.a. A lei da disposição mental.E o in te resse e a atenção do aluno para rece b er ou exe­

cu tar o ensino. P a ra se aprender ou fazer algo é preciso disposição, desejo sincero e in te resse por p arte do aluno. Uns têm m aior ou menor in te resse . E p rec iso in te resse total. 0 aluno só p res ta atenção ao p ro fesso r quando o a s ­sunto lhe in te re ssa . Sem atenção concentrada não pode haver aprendizagem .

Que fazer p ara por esta lei em ação? D espertar ou m o­tiv ar o aluno, usando as fontes de motivação apropriadas para o momento. Lem brem o-nos que a a leg ria é a s a tis ­fação do aluno motivado, facilitam cem por cento a ap rend i­zagem.

b. A lei do efeito.O aluno aprende m ais facilm ente o que lhe causa p raze r

e satisfação. Um aluno insatisfeito agirá contrariado. O aluno não somente aprende, mas repete aquilo que lhe causa p raze r. Quando o efeito de uma coisa é agradável, a pessoa quer rep e tir a experiência, m as quando é ao contrário , ninguém quer rep e ti- la . Portanto, aprende-se m ais fac il­mente o que é agradável, e dificilm ente o que é desagradável.

c. A lei do exercício ou da repetição.E sta lei prova que a repetição ajuda a g ravar. É a rep e­

tição de um ato que forma o hábito. Uma ferram en ta sem uso to rn a-se enferrujada. Um músculo ou m em bro do corpo im obilizado, to rn a -se a tro fiadoe enfraquecido, m as em uso norm al, to rn a -se forte. A p rá tica faz a perfeição. Uma verdade bíblica aprendida deve se r praticada, aproveitada ou aplicada, senão se rá esquecida (Mt 7.24). E ssa repetição deve s e r freqüente. Aí está o campo das perguntas, lições repetidas, questionários, sum ários, etc.

5. 0 ensino de adultos.É um e rro p e n sa r-se que os adultos não podem se r trans-

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formados quanto a orientação re lig iosa dantes recebida. O adulto não é um eterno escravo da educação recebida na infância e adolescência, porém sua real educação relig iosa é das m ais d ifíceis, porque não se tra ta de educação sim p les­mente, m as re-educação.

QUESTIONÁRIO

1. Que é Pedagogia?2. Que é o ensino em seu exato conceito?3. Quanto a objetivos, como deve s e r o ensino?4. Mencione alguns pontos ou relações que o ensino bíblico

deve v isa r quanto ao aluno.5. Que são L eis do Ensino?6. Que são L eis da Aprendizagem?7. Que é ensinar?8. Dê exem plos de como aprende o aluno norm al.9. Como o ensino chega à mente?

10. Em se tratando de como o ensino chega a m ente -- Que é percepção?- Que é idéia?- Que é juízo?- Que é raciocínio?

11. Dê as t r ê s le is básicas da aprendizagem .

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Unidade IVCapítulo II

O PROFESSOR DA ESCOLA DOMINICAL

Sumário do Capítulo

I. O p ro fesso r e o ensino, 158II. O p ro fesso r e o p reparo da lição, 159

III. O p ro fesso r e a apresentação da lição, 160

I. O PROFESSOR E O ENSINO1 . Q u e é ensinar.- E d esperta r a mente do aluno e guiá-la no processo da

zagem.- É m o stra r - explicar - guiar - comunicar.- É ajudar a aprender.- É m oldar vidas.- E m otivar a mudança de uma conduta an terio r.2. O professor espiritual e preparado.- É a nossa m aior necessidade.- O êxito de nossas Escolas Dominicais depende disso.- O p ro fesso r espiritual e preparado completa o trabalho

do evangelista ou pregador. O ensino da Palavra deve se r em toda Igreja uma seqüência da pregação.

E m elhor um p ro fesso r com pouco preparo, mas e sp ir i­tual, do que o contrário . Somente o preparo quase nada é.

O p ro fesso r da Escola Dominical p rec isa ensinar tão bem a lição bíblica do domingo, como o p ro fesso r de matemática ensina essa m atéria .

3. O ensino do ponto de vista do professor.a. Por que ensino? - Por am or e gratidão a Deus, e tam ­

bém em obediência a Mt 28.19.20.b. Qual o meu propósito no ensino? - Há um propósito

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tríp lice: sa lvar pecadores, edificar crentes e tre in a r futuros obreiros.

c. Que ensinare i? - A Bíblia, por excelência, Mt 28.19.d. A quem ensinarei? - A grupos de alunos de diferentes

idades, Dt 31.12, o que im plica conhecimentos de suas ca rac ­te rís tica s psicológicas.

e. Como ensinarei? - Capacitado por Deus e preparado no que depender de mim, II Tm 2.2,15 ARA; I Pe 3.15.

II. 0 PROFESSOR E 0 PREPARO DA LIÇÃO.É parte dos deveres sem anais do professor.

1. M aterial para o p reparo da Lição.- A Bíblia. P ara o estudo do texto da lição, contexto,

referências. Adquira as versões co rren tes em Português.- A Revista da Escola Dominical. É este o m ateria l de

estudo de que o aluno dispõe.- Revista do P ro fesso r.- Livro de consulta e referênc ia , como Dicionários B í­

blicos, Concordâncias, Com entários. Cuidado para não to r- n a r-se um sim ples eco ou reflexo dos livros!

- 0 estudo apresentado na reunião de p ro fesso res da Escola Dominical.

- Lições anteriorm ente estudadas.- Apontamentos pessoais do p rofessor.- Ilustrações, fatos pessoais. O bservações. 0 p ro fes­

sor deve se r um bom observador.- Oração.Tudo acim a, deve s e r regado com oração.0 p reparo da Lição como acabamos de ap resen tar, deve

se r feito tendo em vista a necessidade do aluno e não a do professor. 0 que in te ressa a um adulto, não in te ressa a um jovem ou a uma criança.

P re p a ra r a lição sem p en sar nisso é ficar diante da c la s­se "pregando no deserto". 0 p ro fesso r deve p re p a ra r a lição tendo em m ira trê s propósitos para com o aluno.

- Que desejo que meus alunos aprendam ?- Que desejo que meus alunos sintam ?- Que desejo que meus alunos façam?

2. Etapas no preparo da Lição.I 9 Estudo pessoal, usando -- A rev ista da Escola Dominical.

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- Apontamentos tomados na hora do estudo individual. 2- Estudo em fontes de consulta. O m ateria l necessário

deve se r extraído e ordenado.Veja que fontes tem!!! Não se tra ta de te r m uitos livros,

m as de tê -lo s bons.32 P reparo do esboço da Lição.- E ste é um n ecessário s recu rso mnemónico.- Deve te r no máximo quatro pontos ou subtópicos.- Deve ap resen ta r unidade e coerência.- Quando m ais bem detalhado e completo é chamado

Plano de Aula.4e E scolher os métodos e o m ateria l de ensino que será

adotado durante a Lição.52 P rep aro de trabalhos para a C lasse.- Q uestionário. 5 a 10 perguntas.- T estes. Há de vários tipos.- T arefas o ra is ou e sc rita s para o próxim o domingo. Pode se r pesquisa, trabalho manual, ou m ini-preleção,

dum ponto da Lição ou versículo.- Anúncios e comunicações de in te resse da' C lasse. Quanto tempo você gasta no p reparo da Lição? Convém

aten tar para J r 48.10. O preparo da lição deve com eçar na segunda-feira e p ro ssegu ir d iariam ente a semana in te ira . O preparo de uma aula de 50 minutos não pode se r coisa de fim de semana!

UI. O PROFESSOR E A APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO.1. Chegue cedo! Pelo menos 5 minutos antes da hora de

com eçar a reunião da Escola Dominical.2. Antes do estudo da lição, o secre tá rio da c lasse cuida­

rá das seguintes providências p relim inares:- A rrum ação da sala.- Apontamentos da c lasse, conforme o sistem a de re g is ­

tro adotado.- Bem-vindo aos v isitantes.- Cum prim entos a an iversa rian tes.- M atrícula de novos alunos (usando o Cartão de M atrícula)

3. Etapas da Lição diante da C la s s e ........................50 minutosl 9 Introdução da l i ç ã o ................................................ 3 minutos- É o ponto de contato com a classe. O fato utilizado

para introdução deve se r bem apropriado.- Oração. Ore ou convide um aluno a fazer oração.

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- Boas-vindas.- P render a atenção dos alunos.- Introduzir o assunto da Lição, e, seu relacionam ento

com as dem ais Lições da série em estudo.2 2 Explanação da Lição ....................................... 30 minutosÉ o corpo da lição ou aula, seguindo o esboço preparado.32 V erificação da Lição ........................................ 5 minutosÉ a recapitulação dds pontos e verdades básicas da Lição, seguida de perguntas e respostas.4- Aplicação da L iç ã o ........................................... 7 minutosUma das p a rte s m ais im portantes da Lição. O conheci­mento pessoal não te rá valor nenhum em si, se não for aplicado. Seu valor vem da sua utilidade im ediata ou rem ota, quando aplicado pela pessoa que o tem .É a aplicação das verdades bíblicas ensinadas, à vida e necessidades dos alunos, bem como aos tem pos atuais. A aplicação da Lição corresponde, digamos, ao apelo na pregação.52 E ncerram ento da L iç ã o ..................................... 5 minutosÉ a entrega das ta refas e atividades, avisos, sobre t r a ­balhos especiais da Igreja, etc.Olhe o tempo! O p ro fesso r só dispõe de 50 minutos para

tudo isso , m as se ele souber dosar o tempo, o m esm o dará muito bem.

Há irm ãos que não ligam para isso . P rosseguem falando, achando que todo mundo está gostando! Ao ouvir o sinal da campainha, p rocure p a ra r logo!

A apresentação da lição como exposta acim a, ap lica-se às c lasses acim a de 12 anos. Abaixo dessa idade a ap resen ta­ção é d iferente, havendo constantem ente, mudança de ativ i­dade esco la r, com mudança de métodos de ensino, é óbvio, para ganhar-se ATENÇÃO e m anter vivo o INTERESSE do aluno. Tem grande im portância aqui o em prego de meios auxiliares de ensino, dando colorido, dimensão e sentido às lições.

4. A Linguagem do P ro fesso r.Grande núm ero de pessoas têm falhado em suas c a r re i­

ra s , inclusive no ensino, devido a dificuldade no fa la r, em ex p rim ir-se de forma adequada.

A a rte de fa la r torna a palavra, entre outras co isas, c o r­re ta e expressiva.

- CORRETA. Pronúncia perfeita , com a articulação161

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completa de todos os sons que compõem a palavra. Evitar defeitos de pronúncia.

- EXPRESSIVA. Tradução perfeita da idéia que queremos exprim ir. A expressão implica em entonação, pontuação e escolha das palavras. A entonação torna a voz agradável e elegante, mesmo vigorosa. A pontuação ac lara o sentido, fa­cilitando a compreensão. A escolha das palavras exatas, faz com que o ouvinte compreenda claram ente o que queremos d izer-lhe.

0 p ro fesso r deve então cuidar de to rnar as suas palavras CORRETAS e EXPRESSIVAS. A linguagem revela muito da personalidade do indivíduo.

Uma fala perfeita dá p raze r ao ouvido, m as o falar errado, seja na entonação, na pronúncia, na pontuação, ou na escolha das palavras, cansa os ouvintes, e o auditório do todo só acerta dizer: "Amém", não em sinal de satisfação, mas que­rendo d izer "pare logo!"

A expressão oral perfeita, im põe-se e dá destaque, m es­mo que o orador seja modesto e humilde. É um p raze r ouvir alguém falar corretam ente, com expressão e graça. Em Jz 12.1-7, temos um caso em que 42.000 homens m orreram por causa de má pronúncia. Hoje em dia, muitos "matam" seus ouvintes da mesma m aneira... O p ro fesso r tem que cuidar da linguagem, porque ele se utiliza dela quase todo o tempo da aula. Cf. os seguintes textos: Ct 5.16; Pv 16.24; 15.1; I Co 14.8,9.

A linguagem do professor quanto ao vocabulário, deve se r comum a ele e seus'alunos.

QUESTIONÁRIO1. Cite alguns conceitos sobre o que é ensinar.2. Fale sobre o professor preparado.3. Que m ateria is o professor utiliza no preparo da Lição?4. Qual o papel da oração no preparo da Lição?5. Dê as diferentes etapas no preparo da Lição.6. Dê as diferentes etapas na apresentação da Lição diante

da classe.7. Quanto à apresentação da Lição, que é -

- Introdução?- Explicação?- Verificação?- Aplicação?- Encerram ento?

162

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MÉTODOS E ACESSÓRIOS DE ENSINO

Unidade IVCapítulo III

Sumário do Capítulo

I. Finalidade dos métodos de ensino, 163II. O uso dos métodos de ensino, 163

III. A escolha e combinação dos métodos de ensino, 164IV. Os métodos de ensino, 164V. A cessórios de ensino, 167

Métodos de ensino são modos de conduzir ou m in is tra r a aula e o ensino que se tem em m ira. O método é um ca­minho para atingir um alvo. Não é um fim em si mesmo. Cuidado, pois!

I. FINALIDADE DOS MÉTODOS DE ENSINOÉ adaptar a lição ao aluno. Nunca ao contrário ...

II. O USO DOS MÉTODOS DE ENSINOUma aula apresenta norm alm ente uma combinação de

dois ou m ais métodos. Nunca um só. Jesus ensinou usando métodos. Seguiremos seus passos no estudo dos métodos. Métodos somente não resolvem . É p reciso que o professor (ou o obreiro cristão em geral) tenha também duas outras coisas - a mensagem dada por Deus, e a vida vibrante pelo E spírito Santo. Jesus como M estre tinha as trê s coisas: METODO, MENSAGEM e VIDA. Você pode p rep a ra r um t r a ­balho, um serm ão, um estudo bíblico, a lição bíblica etc., com todo carinho, esforço e boa vontade, mas somente Deus pode dar a mensagem cheia de vida esp iritual.

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III. A ESCOLHA E COMBINAÇÃO DOS MÉTODOS DE ENSINO.Depende de vários fato res, como -- O grupo de idade, o qual tem suas c a ra c te rís tic a s p ró ­

p ria s - fís icas, m entais, sociais, esp iritu a is .- O material que vai ser utilizado.- O preparo do professor. O objetivo da lição.- O tempo de duração da aula. O preparo da aula é c a l­

cado no espaço de tempo que se te rá e de conformidade com a idade dos alunos.

- As instalações de ensino da escola. Não se pode ap licar um determ inado método sem haver condições p ara isso .

- O conhecimento do professor. O conhecimento que ele já tem do assunto em m ira , bem como o das L eis de En­sino e Aprendizagem.

IV. OS MÉTODOS DE ENSINOOs métodos de ensino afetam os sentidos físicos, os quais

são meios de comunicação da alm a com o mundo ex te rio r. É por meio deles que ela explora o mundo em volta de s i, bem como recebe suas im pressões.

1. O Método da Preleção.Também chamado Expositivo. Mt 5.1,2 ARC; Lc 4.22.

Nunca deve s e r usado só. Em combinação com outros m éto­dos, como Jesu s usou, é de grande valor no ensino. Sozi­nho, tem m ais desvantagens do que vantagens. É p ra tic a ­mente nulo com os infantis. (Não confundi-lo com o método da Narração, que verem os logo m ais).

2. O Método de Perguntas e Respostas.Também conhecido por método Socrático, por te r sido

largam ente usado por Sócrates. P o r exemplo: Mt 22.42-45, en ce rra quatro perguntas de Jesu s . Vantagens do método -

- Serve como ponto de contato en tre o p ro fesso r e o aluno.- Ajuda a m edir o conhecimento do aluno. Como o p ro fe s ­

so r pode saber se o aluno entendeu a verdade ensina­da? Cf. Mt 13.51; 16.9-12.

- D esperta o in te resse . É portanto um método u tilíssim o para início e fim de aula. Jesus iniciou uma p a lestra com um jovem doutor, perguntando: "Como lês?" (Lc 10.26). F ilipe, o evangelista, iniciou sua fala com o alto funcionário de Candace, perguntando: "Entendeso que lês?" (At 8.30).

- Estim ula o pensam ento. Uma pergunta bem feita leva de fato o aluno a pensar; cf. Mt 9.28.

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È p reciso técnica na form ulação de perguntas. O bserve isto:

- Faça perguntas resum idas e c laras .- Evite perguntas cujas respostas serão sim ou não.

Exemplo de pergunta errada : Jesus mudou água em vinho, em Caná da G aliléia? A pergunta co rre ta se ria : Que m ilagre fez Jesus em Caná da G aliléia?

- Ao lançar a pergunta -1) D irija -se a c lasse toda2) Faça uma pausa de 5 a 6 segundos para que todos pen­

sem na resposta .3) Em seguida, chame um aluno pelo nome para respon­

dê-la . Evite segu ir uma ordem exata na chamada dos alunos.4) Dê im portância a resposta certa .0 método de perguntas e resposta leva o aluno a p a rtic ip a r

ativam ente da aula. Pode s e r usado em todos os grupos de idade.

3. Método de D iscussão.É tam bém chamado Debate Orientado. A seqüência na

condução do Método da D iscussão, é: PERGUNTA, seguida de ARGUMENTAÇÃO, seguida de ANÁLISE, seguida de RESPOSTA. Lc 24.15-27,32; At 17.3,17; 18.4; 19.9. P ara d iscu tir um assunto, subentende-se que os alunos já têm inform ação sobre o mesm o. 0 p ro fesso r p rec isa m anter o equilíbrio da argum entação e não p e rm itir que o tem a seja desviado, e que um aluno fale m ais tempo que o estritam en te necessário . Se o método não for habilm ente conduzido pelo p ro fesso r re su lta rá em desorganização, confusão, e a té ... aborrecim entos.

4. Método Audio-Visual.Os reg is tro s m ais antigos das p rim e ira s civilizações

traz idos à luz pela arqueologia estão em form a de desenhos.No método áudio-visual, a m ensagem que se quer tra n sm i­

t i r é ouvida e v ista, combinando assim dois poderosos canais de comunicação na aprendizagem . Ela a tra i e domina a a ten­ção, aumentando portanto a retenção. Os psicólogos ensinam que as im p ressõ es que entram pelos olhos são as m ais p e r ­m anentes.

Mt 6.26 ("Olhai para as aves do céu"); Mt 6.28 ("Olhai para os lír io s do campo"); Jo 10.9 ("Eu sou a porta"); Jo 15.5 ("Eu sou a v ideira verdadeira , vós as varas"); Mc 12.15,16 ("T raze i-m e um denário. De quem é e s ta efígie?"); Lc 9.47 ("Tomou uma criança, colocou-a junto a si").

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Portanto este método utiliza m a teria l o m ais variado. Seu em prego é de grande valor no se to r infantil, mas também nos dem ais. Depende do em prego dosado.

5. O Método da Narração.São as h is tó ria s . E nesse campo, nada suplanta a Bíblia.

Jesus usou muito es te método, apresentando h is tó rias em fo r­ma de parábolas, como em Mt cap. 13 (todo). A h is tó ria é qual janela deixando a luz en tra r . Na Bíblia, a m aior fonte de h istó ria é o Antigo Testam ento. Pode se r aplicado a todas as idades. A h istó ria depois de narrada é p reciso ap licá-la . Veja o caso de Natã ensinando a Davi, em II Sm 12.1-4, e, em seguida aplicando o ensino no v .7 do mesmo capítulo. O Novo Testam ento também contém muitas h is tó rias .

A h istó ria é p a ra a criança o que o serm ão é p ara o adulto.Exemplos de Jesu s usando o método de narração:- O Bom Samari^ano, Lc 10.- A Ovelha P e r «ida, Lc 15.- As Dez V irg jn s , Mt 25.- O Filho Pródigo, Lc 15.Há m uitas o u tras fontes de h is tó rias além da Bíblia, como

a N atureza; as biografias (como em Mt 11.11); os fatos do momento, etc.

6. O Método de Leitura.Lc i.16; Jo 8.6. O P ro fe sso r pode m andar os alunos

p rocurarem textos em suas B íblias e lerem . Isto tem um valor m aior do que se pensa. A le itu ra pode s e r de outra fonte além da B íblia. Depende.

7. O Método de Tarefas.E sse é um grande método - aprender fazendo. Método

ideal para c rianças desde a m ais tenra idade. A criança aprende de fato quando faz a lição, devidamente instru ídapelo profeissor. Je su s , para ensinar certa lição a Pedro,usou este método (Mt 17.24-27). Outros exemplos: Jo 9.6, 7; Mc 6.45-62; Mt 17.16-21; Jo cap. 21 (todo); Lc 9.14-17; At 17.11.

Aqui estão incluídos -- Trabalhos de pesquisa.- T rabalhos de redação.- T rabalhos m anuais (desenhos, esboços, m apas, m onta­

gens de lições ilu stradas (figuras, lab irin tos, enigm as, p a lav ras-cruzadas).

O professor ao aplicar este método, deve dar instruções166

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o mais claro possível se quiser ver resultados satisfatórios.8. 0 Método Demonstrativo.É o de ensinar fazendo. Jesu s usou-o. E le fazia antes

de ensinar (At 1.1; Jo 13.15; I Pe 2.21). É o método "faça como eu faço". É o método do exemplo. Mt 6.9; 4.19; 11. 2-5; Jo 13.15; I Co 11.1; Ed 7.10. Os alunos p rec isam não somente aprender de Cristo, m as "aprender a C risto" (Ef 4.20). Só é possível "aprender a C risto" quando Ele tem expressão por meio de uma vida.

As m archas e cânticos com gestos, para os pequeninos, têm grande va lo r aqui. Idem, a dram atização.

V. ACESSÓRIOS DE ENSINOAlguns deles são -- Quadros, g ravu ras (especialm ente coloridos).- F lanelógrafos. De d iferen tes tipos.- P ro je to res de variados tipos, dependendo do custo e

finalidades.- T ransparênc ias, slides, estritam en te educacionais ede

boa fonte, quanto a qualidadeeconteúdo. R etropro je to r. Episcópio.

- Mapas bíblicos para aula.- L ivros de trabalhos m anuais.- Lápis em cores, carto lina etc.

QUESTIONÁRIO

1. Que são métodos de ensino?2. Dê a finalidade dos métodos de ensino.3. De que depende a escolha e combinação dos métodos de

ensino?4. Cite alguns métodos de ensino. Dê re fe rên c ias bíblicas.5. Dê exem plos de acessó rio s de ensino.6. Que método não deve s e r utilizado só, especialm ente com

os pequeninos?7. Qual a grande vantagem do método áudio-visual?8. Segundo os psicólogos, quais as im pressões que m ais p e r ­

duram ?9. Depois da h is tó ria narrada, qual deve s e r o passo seguinte?10. Qual a d iferença en tre ap render de C ris to , e aprender

a C risto? (Ef 4.20).

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O CURRÍCULO E O APROVEITAMENTO ESCOLAR

Unidade IVCapítulo IV

Sumário do Capítulo

I. O currícu lo , 168II. Avaliação do aproveitam ento esco lar, 170

III. S istem as de verificação de aproveitam ento, 172

I. O CURRÍCULO1. Definição de Currículo. É um grupo de assuntos cons­

tituindo um curso de estudos, planejado e adaptado às idades e necessidades dos alunos. Noutas palavras, são os meios educacionais explorados, visando os objetivos do ensino. Um currícu lo de Escola Dominical deve preencher os seguintes requisitos -

- A presentar C risto como o centro da nossa vida.- V isar a edificação da Ig re ja como um todo.- V isar o crescim ento esp iritu a l individual.

2. Considerações sobre o Currículo da Escola Dominical.a. Deve abranger os p rincipais assuntos bíblicos n ecessá­

rios ao conhecimento e à experiência do cren te . Isso, de m aneira adequada e graduada de conformidade com cada grupo de idades dos alunos da Escola Dominical.

Cada grupo de idade tem c a ra c te r ís tic a s p róp rias físicas, mentais, sociais e espirituais. E sses grupos compreendem as seguintes faixas de idade -

- 1 a 3 anos- 4 a 5 anos- 6 a 8 anos- 9 a 11 anos

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- 12 a 14 anos- 15 a 17 anos- 18 a 24 anos- 25 anos p ara cima.b. Tal currícu lo deve s e r devidamente dosado, visando o

desenvolvimento de uma vida c r is tã ideal e uma p ersonali­dade c r is tã que em tudo honre a C risto , perante a Igreja eo mundo.

c. Como já dissem os no 1, deve s e r um cprrícu lo g ra ­duado, m as tam bém , ao m esm o tempo relacionado, por se r a vida c r is tã um todo indivisível. Graduado quer d izer, apropriado p ara cada grupo de idades.

d. Um sim ples conjunto de lições bíblicas sem seqüência continuada, sem relacionam ento en tre s i e sem levar em conta os agrupam entos de idade, não pode s e r chamado currícu lo , e tam bém , não a ting irá o alvo desejado no ensino da Palavra .

Exemplos de m ateria l áudio-visual: figuras so ltas, lições em form a de ca rtazes , em form a de caderno, uso de cores, flanelógrafo, re tro p ro je to r, m apas, esboços com palavras e gráficos, g ravuras, quadro-negro, objetos, pessoas, etc., etc.

E ste método requer p reparo m eticuloso por p arte do p ro fesso r. Se a lição for p reparada em cim a da hora, é m elhor não ap resen tá-la .

- L ições ilu stradas. Há de d iferentes tipos e tamanhos. Depende da idade.

e. 0 currícu lo deve abranger um determ inado número de anos conforme a conveniência, alvo e necessidades pecu lia­re s dos alunos e da denominação.

3. Temas Bíblicos para Currículos.Cada unidade ou tem a adotado conterá um núm ero de

lições igual ao de domingos do tr im e s tre (até 13).Damos abaixo 28 tem as ou Unidades de Ensino p ara currícu los da Escola Dominical.

1. D outrinas B ásicas da Fé C ristã2. A Vida C ristã3. V erdades Pentecostais4. A Bíblia5 .A Igreja6 .0 Povo de Israe l7. A F am ília / O L ar

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8. O Tabernáculo e Suas Institu ições.9. D outrinas F a ls a s /F a lso s P ro fe tas .

10. Eventos F u turos (O Futuro do Mundo, de Is ra e l e da Igreja)11. O M inistério Local e G eral12. O C rente e o E stad o /a Nação13. A C riação de Todas as C oisas.1 4 .0 Homem e Deus.15. As M issões e O bras Sociais.16. O C rente e o Mundo.17. B iografias B íb licas.18. A Vida de C risto .1 9 .0 E sp írito Santo.20. A Mocidade C ris tã .21. Reis e P ro fe tas .22. A B íblia e a C iência.23. É tica C ris tã .24. As P arábo las dos Evangelhos.25. Os M ilagres de Jesu s .26. A Ig re ja Local.27. A M ordom ia C ris tã .28. Os Apóstolos e Suas E písto las.

D. AVALIAÇÃO DO APROVEITAMENTO ESCOLAR.A valiar é um meio de v e rif ic a r . A avaliação é um

recu rso educacional essencia l a d irigen tes e p ro fesso re s p a ra v e rifica rem o estado re a l de suas esco las, suas c la s ­ses e seus alunos, quando com parados aos padrões e s tab e ­lecidos pela ig re ja .

Uma avaliação periód ica p e rm ite aos que ensinam e d i r i ­gem , a fe r ir o estado re a l da esco la , o que foi feito e o que deixou de s e r , ou n ecess ita s e r introduzido ou suprim ido. Sim, a avaliação revela as novas tom adas de providências que devem s e r levadas a efeito.

P a ra av a lia r é p rec iso a E sco la te r objetivos traçados e bem definidos.

Uma avaliação bem feita fornece dados que apontam sem ­p re possib ilidades de m elhoram ento.

Instrumentos de avaliação. F ichas, ca rtõ es , e te s te s p ara alunos, p ro fe sso re s , e a esco la em si. Tam bém con­cu rsos , traba lhos, com petições.

Épocas de avaliação. T rim e s tra l , s e m e s tra l, anual. A avaliação dom inical costum eira , cham ada de relatório, tem valor m ais es ta tís tico .170

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Âmbito da avaliação. Alunos, c la sse s , esco las.Finalidade da avaliação. Além das finalidades acim a, a

avaliação é u tilíss im a em se tratando de p rêm ios, menção, estím ulo e reconhecim ento.

A presentam os a segu ir um dos te s te s de avaliação do p ro fesso r.

T este de Auto Avaliação do Professor

F uncionários, em pregados, p ro fissionais e outros m ais, fazem te s te s vez por outra p a ra v e rif ic a r sua com petência no trabalho , isso na vida secu la r. A presentam os aqui um teste de avaliação p a ra p ro fe sso re s da E scola Dominical - um se to r do trabalho do Senhor. As re sp o stas só podem se r "SIM" ou "NÃO" e devem s e r e sc r ita s no traço que es tá antes de cada pergunta. No final do te ste há um pequeno guia para verificação dos resu ltados obtidos no te s te . Mas não se preocupe com isso agora. F aça o te s te p rim e iro ...

1..... Você tem procurado levar a C ris to seus alunosnão-cren tes um por um?

2 ..... Você tem procurado desenvolver a esp iritualidadede seus alunos, e tem sentido a realidade disto?

3 ..... Você tem orientado e treinado seus alunos quantoaos trabalhos da ig re ja , incentivando-os a faze r o máximo no serv iço do M estre?

4 .....Você o ra d iariam ente pelos alunos de sua c la sse? 5 ..... Você quando não e s tá doente, é pontual na E scola

Dominical, quer chova, faça ca lo r ou frio?6......... Você varia seus m étodos de ensino durante a aula,

usando ass im uma com binação deles? 7 ..... Você com eça a p re p a ra r a lição no princíp io da

sem ana, nem que seja po r um quarto de hora d iariam ente, concentrando-se no objetivo da m esm a?

8 ..... Você sabe co n tro la r um aluno conversador, semque ele se ofenda?

9..... Você conhece seus alunos pessoalm ente?1 0...... Você tem em seu poder uma lis ta d o s seus alunos

com os respectivos endereços?1 1....... Você v isita cada aluno pelo m enos uma vez por

ano, e v is ita im ediatam ente cada um quando o m esm o falta a p a r tir de duas aulas?

1 2 ...... Você localiza a lição nos m apas bíblicos duranteo p reparo da m esm a?

1 3...... Você trabalha em harm onia com os dem ais p ro fe s ­171

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so res e oficiais da Escola Dominical sem intransigência e individualism o?

1 4 ....... Você lê sem pre livros, artigos e periódicos sobrepedagogia e educação c ris tã? Também freqüentaria cursos de curta duração sobre esses assuntos, uma vez m inistrados?

1 5....... Você tem uma vida c r is tã exem plar, de modo quevocê gostaria que seus alunos fossem como você?

1 6....... Você analisa suas aulas, seus trabalhos, depoisde realizados, notando a reação dos alunos e falhas que você porventura tenha cometido? (A uto-crítica e auto-avaliação).

1 7 ...... Ninguém é infalível. P recisam os sem pre ap ren ­der m ais com os que sabem ensinar, porque não sabemos tudo. Os que não concordam com os meus pontos de vista não significa que estão e rrados. Você concorda com tudo isto que foi dito aqui?

1 8 ....... Você sen te -se bem quando seus d irigentes, demodo cortês e c ris tão , lhe observam , orientam e lhe fazem solicitações?

1 9...... Você cuida sem pre de sua vida esp iritual, orandoregularm ente, lendo a Bíblia, buscando s e r cheio do E spírito Santo, e servindo com dedicação ao Senhor?

2 0...... Você planeja e prepara trabalhos para a sua classee os d istribue no fim das aulas?

VERIFICAÇÃO DE RESULTADO - Cada resposta "SIM", vale 5 pontos. Se você conseguiu de -80 a 100 pontos - Parabéns! Você é um EXCELENTE p ro ­

fessor!60 a 80 pontos - Você é um Bom p ro fesso r, m as tem que

m elhorar.50 a 60 pontos - Você é um p ro fesso r Regular. Verifique os

pontos falhos e decida m elhorar rapidam en­te, isso diante do Senhor.

Abaixo de 50 - Você é um p ro fesso r Insuficiente. Examine- -se diante do Senhor. Você tem que aprender, não ensinar. Decida o que você quer!

III. SISTEMAS DE VERIFICAÇÃO DE APROVEITAMENTOOs m ais usados são dois:a. O sistem a de se is pontos ou requisitos. É dominical. Meios utilizados: C artões; que podem se r do aluno, de

c lasse , de departam ento, e de toda a Escola.Base: A nota dominical individual de 100 pontos. Por meio

172

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dessa nota individual obtém -se a nota da classe, do depar­tamento, e da Escola.

Os seis requisitos desse sistem a e seus pontos.Freqüência à Escola Dominical ....................... 30 pontosPontualidade .............................................................. 10 pontosBíblia ........................................................................... 10 pontosO ferta ....................................................................... 10 pontosLição estudada .................................................. 20 pontosFreqüência aos cultos ........................................... 20 pontosTotal ......................................................................... 100 pontos

b. O sistem a de quatro pontos ou requisitos. É dominical. Meios utilizados: Form ulários im pressos e caderneta

de chamada da classe. Pode-se também usar cartões.Base: A nota tr im e s tra l do aluno. P o r meio desta nota

obtém -se a nota da classe, do departam ento, e da Escola. Os quatro requisitos desse sistem a e seus pontos.Freqüência ................................................................ 30 pontosConhecimento da Bíblia ......................................... 40 pontosPontualidade ............................................................... 15 pontosComportamento ......................................................... 15 pontosTotal ............................................................................. 100 pontosCampo de aplicação dos dois sistem as. ‘Qualquer idade,

uma vez que o aluno satisfaça os requisitos. O segundo ém ais próprio para crianças.

Observações:- O método de cartões é m ais sim ples e prático.- Os meios para aplicação de sistem as são três: cartões,

form ulários im pressos, cadernetas.- Muitas escolas só adotam a divisão dos alunos até a

idade de 14 anos. Daí para cima adotam apenas a d ivi­são em departam entos. Nesse caso, a avaliação do aproveitam ento ad ap ta r-se -á à modalidade de adm inis­tração da Escola.

QUESTIONÁRIO

1.Que é currículo escolar?2. Como deve se r um currícu lo de Escola Dominical?3. Dê exemplos de tem as ou assuntos bíblicos para currícu los

de Escola Dominical.4. Cite as vantagens da avaliação do aproveitam ento escolar.5. Fale da avaliação quanto a instrum entos, épocas e âmbito.

173

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6. Faça o teste de avaliação do p ro fesso r, constante na pág. 171.

7. Cite dois sistem as de verificação e seus campos de aplicação.

L74

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Unidade V

Psicologia educacional

Sumário da Unidade

Introdução ..................................................................................... 176Cap. I. - 0 a lu n o ................................................................177Cap. II. - A personalidade .................................................... 179Cap. III. - C arac terísticas dos grupos .............................. 183

175

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INTRODUÇÃO

Psicologia. Ciência que estuda a natureza ou p e rso n a li­dade humana. É atualm ente um ram o autônomo do conheci­mento humano. Faz parte das C iências Sociais. E ra an tiga­m ente um simple«; ram o da F ilosofia .

A Psicologia analisa o com portam ento externo do homem (sua ação m otora), bem como a natureza dos elem entos, fe­nômenos e p rocessos da atividade m ental, verificando ainda sua im portância na form ação da personalidade.

Ramos da Psicologia. São m uitos os ram os. Um deles é o da Psicologia Aplicada ou Psico técn ica , tendo este , m ui­tas subdivisões. Uma delas é a Psicologia Educacional.

Psicologia Educacional. O cupa-se do estudo das c a ra c ­te r ís tic a s e com portam ento do -

- Educando- Educador, e,- P ro cesso s Educativos. N outras palavras: é o estudo

psíquico do educando, dos meios educacionais e das m a té ria s de ensino.

Tudo, visando m elhores resu ltados na educação, e sp e c ia l­mente a esco la r.

176

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0 ALUNO

Unidade VCapítulo I

Estudarem os agora o aluno e os assuntos com ele r e la ­cionados. P a ra o p ro fesso r é coisa indispensável conhecer não som ente a m atéria , m as também seu campo de aplicação, que é o aluno. O sem eador deve conhecer o te rren o onde vai sem ear; e também não lan çar a sem ente a esm o. 0 aluno é a m atéria p rim a da E scola Dominical. O professor, se quiser ter êxito no ensino, deve estudar não só a lição, mas também o aluno.

Os alunos são d iferen tes. E ssa diferença é dupla. São diferen tes dependendo do grupo de idade, e tam bém dentro do p róprio grupo de idade. É a Psicologia Evolutiva. As c a ra c te r ís tic a s gera is do aluno variam conforme seu desen­volvimento físico , mental, social e espiritual. Daí, cada idade re q u e re r tratam ento d iferen te. Jesus como criança crescia nesses quatro aspectos. Segundo Lucas 2.52, Ele c resc ia

- "em esta tu ra" (crescim ento físico).- "em sabedoria" (crescim ento mental).- "em g raça diante dos homens" (crescim en to social).- "em g raça diante de Deus" (crescim ento esp iritual).Como dissem os, há d iferenças en tre alunos de uma mesma

idade. Não há dois alunos exatam ente iguais.O p ro fesso r conhecendo o aluno isoladam ente e no grupo,

p lanejará e ap licará o ensino adequadamente: au las, te stes , traba lhos, atividades, etc.

O p ro fesso r pode estudar o aluno -- O bservando-o- V isitando-o, para conhecer a a tm osfera em que vive.- Conhecendo seus com panheiros, seu trabalho, seus gos­

tos, seus planos de vida. Seus problem as também. Auxilia muito aqui uma ficha de inform ações do aluno.

177

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- Recordando o seu passado com< criança (isto é, o professor).

- Pesquisando em obras especialzidas, ou cursando Psicologia da Criança.

QUESTIONÁRIO

1.Que é psicologia?2. A Psicologia Educacional situa-se en [ue ramo da psico­

logia?3. De que ocupa-se a Psicologia Educaciiial?4. Além de conhecer bem a lição que va.eisinar, que deve o

p rofessor estudar m ais, se quiser te rê lto ?5. Por que cada agrupamento deidade reqi>r ti'atam entodife­

rente quanto ao ensino?

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A PERSONALIDADE

Unidade VCapítulo II

Personalidade é o conjuno de atributos e qualidades f ís i­cas, intelectuais e m orais qie caracterizam o indivíduo. Os elementos form adores da personalidade são a hereditarie­dade e o meio-ambiente. hereditariedade são os fatores herdados, isto é, a naturezahumana transm itida pelos pais. E sses fatores hereditários rascem com o indivíduo e afetam e agem no mesm o através -

- Do sistem a nervoso;- Do sistem a endócrino(<s glândulas de secreção interna);- Dos dem ais órgãos int<rnos.E sses fatores influem n< psiquismo da pessoa, determ i­

nando o seu biótipo, isto é, :ua constituição física, seu tem ­peram ento, seu cará te r. El:s passam de geração a geração e afetam o aprendizado de v;rias m aneiras.

Aspectos da Personalidate.1. Biótipo ou constituição É o aspecto físico-m orfológico

do indivíduo.2. Temperamento. É o ispecto fisiológico-endócrino do

indivíduo. Fazem parte dee os impulsos ou instintos, que são as fo rças m otrizes da personalidade. Os instintos são congênitos; implantados na criatura para capacitá-la a fazer instintivamente o que for necessário, independente de reflexão e para m anter e p re se rv a r i vida natural. "Se no início de sua vida, o bebê não tivessi certos instintos, não poderia sobreviver, mesmo com o melhor cuidado paterno e médico." Dr. Leander Keyser.

E sses instintos saíram jerfeitos das mãos do Criador, mas o pecado que veio pela Qieda os perverteu o transtornou. Os afetos integram o temperamento. É do temperam ento

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que depende a m aneira de reag irm os face aos fatos e c i r ­cunstâncias da vida e am bientais.

3. Caráter. É o aspecto psíquico da personalidade. É a m aneira p róp ria de cada pessoa ag ir e e x p re s sa r-se . Tem a ver com a vontade p róp ria e conduta. É a "m arca" da pessoa.

4 .0 "eu". E o aspecto esp iritua l da personalidade. É ele o centro de gravitação , e s tru tu ra e equilíbrio de toda a vida psicológica.

Dois dos m ais im portan tes aspectos ou componentes da personalidade são o c a rá te r e o tem peram ento, os quais passam os a re su m ir.

Caráter.- É um componente da personalidade.- É adquirido, não herdado,- A criança herda tendências, não ca rá te r .- Resulta da adaptação p ro g ressiv a do tem peram ento às,

condições do m eio-am biente: o la r , a escola , a ig re ja , a comunidade, o estado sócio-econôm ico.

- Pode s e r mudado, m as... não é fácil!- Jesus pode m udar m ilagrosam ente o c a rá te r (II Co 5.17),

e continuar mudando-o, à m edida que rendem o-nos a Ele (Rm 12.2; Fp 1:6). Je su s pode sa lv a r (Hb 7.25), e es ta salvação abrange esp írito , alm a e corpo (I Ts 5.23; G1 5.24).

Temperamento.- É um estado orgânico neuropsíquico.- É inato, e capaz de desenvo lver-se .- É influenciado pelo sis tem a nervoso, glândulas de s e ­

creção in terna , hered itariedade, e constituição física.- Pode s e r controlado. 0 E sp írito Santo pode e quer

con tro lar o tem peram ento do cren te (G15.22; Rm 8.6,13).- Não pode s e r mudado.Quanto a reação aos estím ulos recebidos, inclusive no

ensino, há duas grandes c la sse s de alunos, de acordo com a dupla função do sis tem a nervoso cen tra l, is to é, nervos que transm item m ensagens ao céreb ro , e nervos que re c e ­bem m ensagens do céreb ro , sendo tudo isso funções da alm a humana. C ham am -se sensoriais os nervos que tra n s ­m item m ensagens dos sentidos ao céreb ro , e m otores os n e r ­vos que recebem m ensagens do céreb ro p ara os m úsculos e órgãos.

a) Alunos que obedecem aos centros motores. São fáceis180

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de pô-los em movimento m esm o que façam grande barulho no início como faz um m otor de automóvel. C orrem com rapidez, deixam todos para trá s e fascinam as dem ais p e s ­soas, entretanto , são capazes de p a ra r com a m esm a fa c i­lidade do arranque. São im pulsivos, e le trizan tes , cé le re s na com preensão de qualquer coisa, m as tam bém mudam num instan te. Agem antes de uma rea l decisão. Aprendem com rapidez, m as esquecem tudo ou quase tudo com a m esm a facilidade còm que aprendem . Você deve te r alunos desse tipo...

b) Alunos que obedecem aos centros sensoriais. Sãosossegados, m editativos e observadores. Respondem aos estím ulos com m ais vagar e aprendem lentam ente, m as aprendem de fato e p ara a vida. Chamam menos atenção m as são pessoas firm es e que sabem o que querem . E ntram em movimento lentam ente m as podemos contar com e las. Adquirem conhecimento devagar, m as conservam -no. Agem com ce rta lentidão m as fazem o serv iço d ireito . Você deve te r alunos desse tipo, ou um m isto dos dois acim a d escrito s.

Meio-ambiente. É o meio em que o indivíduo vive e foi criado. É um poderoso fato r influente na personalidade. 0 meio abrange -

- O la r (a fam ília)- A comunidade- O trabalho- A escola- A Ig reja (religião)- A li te ra tu ra (boa ou má, constru tiva ou destru tiva)- 0 estado social (saúde, físico, economia, alim entação,

higiene, em prego ou ocupação, a sociedade, o am bien­te freqüentados, reg im e de vida, as " rodas", os "g ru- pinhos", especialm ente seus líderes).

O meio am biente influi na personalidade, m as o homem não deve s e r escravo do m eio; ele pode re a g ir , vencer e tra n s fo rm a r-se , passando daí a influ ir no meio. "Tudo posso nAquele que me fo rtalece" (Fp 4.13). Deus criou o homem p ara s e r senhor e não escravo . Sem a ajuda divina o homem é vencido pelo meio am biente de uma m aneira ou de outra. A salvação a trav és do evangelho reden tor atinge o homem em sua plenitude: esp írito , alm a e corpo, p e rm i­tindo-lhe v iver uma vida v ito riosa .

Ô controle e aprimoramento da personalidade. Isto não181

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pode s e r plenamente realizado apenas através de credos, princípios e p rá ticas relig iosas. A fé em C risto e a comu­nhão vital com Ele é o segredo. A verdadeira vida c ris tã consiste prim eiram ente num relacionam ento vital com C ris ­to (Jo 15.5). Tal fé e tal relig ião não destroem a persona­lidade, antes desenvolvem-na, pois todo esforço é feito para ag radar e prom over a vontade dAquele que passou a dom inar e contro lar nossa personalidade, agora p a r tic i­pante da natureza divina (II Pe 1.4; Rm 11.17; Hb 12.10). Sim, a religião exerce uma grande influência na persona­lidade.

QUESTIONÁRIO

1. Que é personalidade?2. Quais os elementos form adores da personalidade?3. Que determ inam os fatores hered itá rio s, ao influírem

no psiquism o da pessoa?4. Mencione os aspectos ou componentes da personalidade.5. Defina sum ariam ente o c a rá te r e cite algumas de suas

ca ra c te rís ticas .6. Defina sum ariam ente o tem peram ento e cite algumas

de suas ca rac te rís ticas .7. Quanto a possibilidade de mutação, qual a diferença entre

c a rá te r e tem peram ento?8. Dê a função dos nervos senso ria is e dos m otores.9. Que é meio ambiente?

10. Que abrange o meio am biente?11. Dê o relacionam ento positivo en tre o crente salvo e o meio

am biente.

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CARACTERÍSTICAS DOS GRUPOS

Unidade VCapítulo III

P ara ensinar crianças com eficiência e sucesso, o p ro ­fessor p rec isa conhecer as características, necessidades, e interesses peculiares a cada faixa e tária . O profeta Eliseu para re ssu sc ita r um rapazinho, desceu ao seu nível adaptando-se às suas medidas e dim ensões, por certo meno­res: boca, olhos, mãos e corpo. Vejo aí uma grande lição espiritual no que tange a ganharm os a infância para Jesus. Ver II Rs 4.33,34.

A Psicologia Educacional estuda as le is que governam o crescim ento, desenvolvimento e comportamento do indi­víduo. Estuda o aluno quanto aos aspectos já mencionados: físico, mental, social e espiritual. Estudarem os agora, p o r­tanto, as ca rac te rís ticas , as tendências, asp irações, predi- leções e in te resses de cada grupo de idade e com isso tam ­bém as necessidades de cada um deles, no seu relacionam en­to com o aprendizado. Isso, em form a resum ida. A divisão em grupo, que se segue, não significa precisam ente a divi­são psicológica, uma vez que inúm eros educandos têm dispa­ridade psíquica. Além disso , todos nós sem exceção somos im perfeitos. Todos nascem os com alguma deficiência física ou mental, ou ambas, duma form a ou de outra. Tudo, sendo efeito do pecado.

1. BERÇÁRIO E JARDIM DA INFÂNCIA (1-5 anos).Palavras descritivas da idade: Receptividade e P lasti­

cidade.a. F ísico.- Rápido crescim ento, inquietação, movimento, sen ti­

mento, dependência.183

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As quatro p rincipais atividades da criança nessa idade são: comer, dormir, brincar, perguntar. Os sentidos físicos funcionam com toda carga. E les são nessa época de suprem a im portância na aprendizagem . O ensino ilustrado é de toda im portância nessa fase. C rianças gostam de todo tipo de barulho, especialm ente aqueles que resu ltam em ritm o. Por essa razão, rim as e movimentos ritm ados nos hinos, poesias e exercícios de expressão agradam , im pressionam o sistem a nervoso e este transfo rm a as sensações em movimento. Uma criança vive pelo sentim ento, por isso fica quieta apenas alguns instan tes.

b. Mental.Aprendizagem pelos sentidos. Curiosidade. Imaginação.

Credulidade. A alm a da criança é como m assa de m odela­gem: a form a que se der, e ssa fica; o que for ensinado é aceito e crido sem discussão, o que não se dá com jovens e adultos, que tendo a faculdade da razão em pleno funciona­mento, concordam ou discordam , conforme seu senso de valores, julgam ento e conhecimento. A visão é por dem ais ativa e a criança aprende m ais pela visão do que por qualquer outro sentido. Há muita curiosidade. Muita criança tem adoecido pela curiosidade em experim entar co isas desconhe­cidas. Animais pequenos têm sofrido em m ãos infantis, vítim as de sua curiosidade... A im aginação é por dem ais fé rtil. N essa idade a criança não distingue en tre o rea l e o im aginário. É tanto, que flo res, anim ais e figuras falam como se fossem gente. Devido a essa forte im aginação, eles inven­tam h is tó rias as m ais inc ríve is , sendo por isso tidos por m entirosos. Quanto à curiosidade, a criança norm al parece m ais um ponto de in terrogação! Seu período de atenção não vai além de 3 m inutos.

c. Social.A criança até aos 5 anos é notadamente egoísta, vindo

com isso a im itação. Ela é o centro do seu p róprio mundo. Só pensa em te rm os de "eu". Tudo é "meu". Se vai a uma loja de brinquedos quer tudo. Se vê outras c rianças b rincan­do quer tom ar seus brinquedos. Se come e sobra alimento, ele não come mas também não dá... É teim osa e quer fazer aquilo que lhe vem à mente. São afetuosos. Gostam de mú­sica e canto. Sua tendência p ara im ita r os outros, influe no c a rá te r , assim como a curiosidade influe no conhecimento. E ssa é a época áu rea da form ação dos hábitos como oração, obediência, freqüência aos cultos, contribuição, assis tência184

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carita tiva e filantrópica, etc. A vida é uma sé rie de hábitos bons ou maus. Os que m oldarão a vida são form ados na p rim eira infância, precisam ente até aos 4 anos. Toda cons­trução começa pelo a lice rce , e aqui tem os o a lic e rc e da vida- la . Infância. P assada essa fase, não volta m ais.

d. E spiritual.Credulidade e confiança tranqüila. A vida c r is tã no la r,

num am biente de oração e fé em Deus, fará a c riança com ­preender a Deus como o P ai am oroso. A atividade dos sen ­tidos a judá-lo -á a aprender as lições da natureza. A criança c rê em tudo que lhe é dito. Deus deve s e r apresentado como o Papai do céu...

2. OS PRIMÁRIOS (6-8 anos)P alav ra descritiva da idade: Atividade.a. F ísico .Ativo e irrequ ie to , m as, m elhor controlado. As c a ra c ­

te rís tic a s são as m esm as da idade 4-5 anos, com lig e iras diferenças. 0 crescim ento é m ais lento. O ing resso na escola pública põe a criança sob disciplina e a expõe a alguns perigos. Começa a b rin ca r em grupo; o egoísm o está d im i­nuindo. As avalanches de energ ias p recisam s e r dispen- didas sob orientação. Se seu tempo não for ocupado, encon­tra rã o muito o que faze r...

b. Mental.N essa idade, o aluno é observador e curioso . P re fe re

m ais fazer, do que p re s ta r atenção. Tem m em ória sem igual. Aprende com facilidade sem entender o que m em o­riza . É p rec iso cuidado quanto ao ensino nesse p articu la r. São im pacientes: o que querem , querem agora! Começam a d istinguir en tre o rea l e o im aginário , en tre fato e fanta­sia. L em bre-se disto, p ro fesso r! As h is tó rias e fatos con­tados ficam gravados. D essas h is tó rias , a c rian ça obtém p reciosas noções de honra, ju stiça , bondade, compaixão. Na Bíblia, a m aior fonte de h is tó rias é o Antigo Testam ento; mas em o Novo Testam ento encontram os m uitas também, especialm ente nos Evangelhos e Atos dos Apóstolos. O egoísmo dá lugar ao instinto de coleção. B olsas e pastas esco la res passam a andar cheios de objetos, os m ais d iv e r­sos. Não há dineiro que chegue para com pra de figurinhas para os álbuns de anim ais e ou tras figuras. Os p ro fesso ­res não esqueçam: as crianças nessa idade aprendem com facilidade, m as é p reciso explicação do m ateria l m em orizado.

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Se isto não for feito, elas guardam a h istória na m em ória, mas esquecem a lição nela contida. É oportuno encher-lhes a m em ória com a Palavra de Deus, tanto com versículos apropriados como com ilustrações ou verdades bíblicas ilu s­tradas, das quais tanto Jesus se serviu quando ensinava.

c. Sociais.A im itação continua forte, bem como a tendência para

representação. A criança nessa idade gosta do grupo, mas, do mesmo sexo. 0 menino aborrece qualquer associação com as meninas, quer nos brinquedos, quer nas ruas. Eles implicam com elas e as expulsam do seu meio. E las se desforram usando apelidos e títulos de desprezo... Pode ha­ver intimidade quando há perversão dos costumes e má in­fluência do meio. E p reciso vigilância, por isso . Na im i­tação, o menino brinca de médico, de m otorista, de ven­dedor, e ... enche os ouvidos dos pais em casa. As m e­ninas brincam de p rofessora , de dona de casa, com bone­cas, cozinhando, etc. Os hábitos estão se formando, para o bem ou para o mal. Que responsabilidade tem o p ro fes­sor aqui!!!

Nessa idade a criança é muito sensível. Qualquèr coisa que lhe digamos em tom áspero a magoará e não esquecerá com facilidade. Entretanto, não guarda rancor. Perdoa com facilidade e logo mais está em seu normal.

d. Espiritual.Confia sem duvidar, a menos que sofra decepções. Uma

criança facilmente confia em Deus. Nessa idade ela começa a com parar o certo e o errado , e é ágil, viva em descobrir as falhas nos adultos. Cuidado, pois, com o exèmplo. Se o p rofessor não estiver devidamente preparado para a aula, a criança notará facilmente seus apertos. Deus deve se r apresentado como o Grande Amigo.

3. OS JUNIORES (9-11 anos)Palavra descritiva da idade: Energia.a. F ísico.Saúde e energia em excesso. Espírito de competição e

investigação. Não há fadiga. As c lasses devem se r sepa­radas, porque o que in te ressa a meninos, não in te ressa a meninas. Gostam do a r- liv re e excursões. Adoram coisas a rriscad as, como subir em árvores, rochedos e equilibrism o. O instinto de coleção aumenta m ais. A goraé selos, moedas, figuras, rev istas infantis etc. O espírito de competição mui-186

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tas vezes term ina em lutas. Dois garotos começam a a r ­gumentar e logo chegam a conclusão que a ú:.ica m aneira de decidir as coisas é à base da luta e lá se vão... (Há adultos assim tam bém ...) Costumam g abar-se dos pais dizendo que são os homens mais fortes do mundo... Deus deve se r a p re ­sentado como o Deus Forte e Amoroso.

b. Mental.Sede pelo saber. Começo das dúvidas. A criança passa

a investigar o porque das cousas. A m em ória continua ativa. O que for agora memorizado, ficará retido e acompanharáo aluno pelo resto da vida. A criança lê muito nessa idade. É a época de por em suas mãos a lite ra tu ra ideal, porém , graduada. A criança m em oriza sem com preender o conteúdo do m ateria l. O professor deve es ta r ciente disso. Quase todas as crianças dessa idade acham tolas as idéias dos adultos... E sta é a época ideal para fixar hábitos e costumes corretos como: le itura da Bíblia, localização de passagens, freqüência aos cultos, estudos da lição da Escola Dominical, contribuição financeira, g raças pelo alim ento, oração em geral, etc.

c .SocialIn teresse no grupo, associações, organizações. O m eni­

no quer "pertencer". Os meninos acham que as meninas não deviam ex istir ... Irm ãos vez por outra "brigam " nessa época. Não se tra ta de crueldade. Isso surge mesmo nessa idade. O sentimento de lealdade é muito forte. N ecessitam grandem ente de tratam ento simpático. 0 esp írito de grupo deve se r orientado e guiado em vez de sufocado ou criticado. Há plena consciência do sexo mas toda atividade dele está adorm ecida, de modo que repelem -se como na idade an terior. Esta é a idade ideal para orientação sexual, porém deve se r m inistrada pelos pais.

d. E spiritual.Sendo crente, nessa idade a criança gosta muito de adorar

a Deus. Ama a Jesus como Salvador, Amigo, e Herói. É a época da plasticidade esp iritual.

C arac te rís ticas e fatos comuns a todas as crianças ( la . e 2a. infâncias - 1 a 11 anos)

P ara ajudarm os as crianças precisam os conhecer estas ca rac te rís ticas e fatos.

1. Todas têm alm as im ortais, e provavelm ente uma longavida à sua frente.

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2. Todas são pecadoras e p rec isam se r salvas.3. Todas têm disposição para ap render algo.4. Q uerem sem pre s e r boazinhas, a menos que estejam

p erv e rtid as .5. C orrespondem ao carinho.6. Gostam de h is tó ria s , sejam o ra is , ilu s trad as ou v isua li­

zadas.7. Amam o canto e gostam de re c i ta r e re p re se n ta r .8. Gostam de dinam ism o, movimento, especialm ente r itm a ­

do. 0 descanso para elas é um castigo ...9. V acilam facilm ente.

10. Gostam de perguntas. Após cada fra se vem uma pergunta! Querem sem pre saber.

11. R espeitam a oração.12. D esejam su p era r, com petir.13. Gostam de im ita r. Cuidado...14. Têm resu ltado lento no ensino.15. Sua atenção e in te re sse têm dim inuta duração.16. Aprendem vendo, ouvindo, pegando, fazendo. Aprendem

m ais pelos sentidos do que pelo raciocínio . Aqui está o vasto campo áudio-visual. Ele dá am plitude, cor e vida às lições. Sem esse recu rso a lição não tem sentido para a criança .

17. A c riança sendo dem ais protegida, gera lm ente não desen­volve sua personalidade a contento, uma vez que certas situações desenvolvem aptidões, poderes e qualidades la ten tes.

18. As c rian ças não devem fica r todo tem po dissociados da partic ipação no culto, com seus pais ou responsáveis.

Reflexões sobre o lar, a criança e a Igreja- A pesar da realidade de C risto te r sido m ais p ro fesso r

do que p regador, e da Igreja P rim itiva con sid era r a instrução bíblica uma seqüência da pregação, só há pouco tempo é que as esco las bíblicas inclu íram em seus cu rsos m a térias de Educação C ristã . É lam entável notar tanta ênfase dada à p rep aração de p regadores e quase nenhuma ao p reparo de ensinadores.

- As ig re ja s em g era l, sustentam seus p as to res para cuidarem do rebanho, da evangelização e da adm inistração do trabalho, m as não se sabe de Ig re jas sustentando obreiros cujo m in is té rio seja principalm ente o do ensino da Palavra ,188

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de tempo in tegral, local ou itin e ran te , çonforme Ef 4.11,12 eI Co 12.28.

- Uma nação nada m ais é do que o conjunto de muitos la re s . A fraqueza de uma nação não começa na escola, no trabalho, nem na política, m as no la r. O m esm o o co rre na Igreja . Cuidemos do la r.

- Aqueles que co rre tam en te educam crianças m erecem m ais honra do que os que as trouxeram ao mundo, porque es te s apenas lhes deram vida, m as aqueles lhes im p rim i­ram a a rte do bem viver. - A ristóteles.

- Se queres um pom ar com boas fru tas, planta as á rv o res enquanto estão pequeninas. Se o caso é sem ente, então usa a da m elhor qualidade. E ssas plantinhas te rão que s e r cuida­das, para c re sce re m e produzirem frutos. Não podem os, nem devemos e sp e ra r nem ex ig ir bons frutos de plantas das quais não cuidamos.

- N ossos filhos são as únicas dádivas deste mundo que poderem os te r conosco lá na g ló ria . Que cada fam ília c r is tã viva, trabalhe e o re p a ra m an ter um dia um encontro junto ao trono de Deus, o Qual estabeleceu a fam ília como sua p rim e ira institu ição na te r ra .

- A firm am os pensadores que o Século XVIII descobriu o homem; o Século XIX descobriu a m ulher; e o Século XX descobriu a criança. Agora, que a criança es tá no enfoque, e todo mundo fala nisso, vamos en siná-la da m aneira ce rta - conduzindo-a ao tem or de Deus, servindo-lhe de exemplo e formando nela o c a rá te r ideal.

4. OS INTERMEDIÁRIOS (12-14 anos)São tam bém chamados ado lescen tes, o que de fato são.

(A dolescente deriva do latim "adolesco" = crescer , desen­vo lver-se para a idade varonil. N ossa palav ra adulto é o partic íp io de "adolesco" = crescido).

P alav ra descritiva da idade: Transição.a. F ísico .C rescim ento rápido outra vez. Mudanças profundas físicas

e m entais, is to devido a ação de c e rta s glândulas até então inativas, m as, agora, em obediência às le is do C riador, são ativadas e respondem p e las transfo rm ações fís icas e psíquicas da criança. Há agora muito vigor e m uita a tiv i­dade. O coração do adolescente c re sce e palpita com m ais rapidez, o que dá ao menino energ ia , tornando-o barulhento. Bate a porta com força, assob ia e g rita com força total,

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que a pobre m ãe cansada e nervosa pergunta porque é que o Joãozinho não pode s e r m ais cavalheiro e delicado... E sses jovens furacões tam bém dão vazão facilm ente a ta is explosões de energia e logo ficam cansados. Meninos e m e­ninas com eçam a d em o ra r-se diante do espelho e do p e r ­fum e... As m eninas c rescem m ais rápido, m as param m ais cedo; os m eninos dem oram um pouco m as continuam c re s ­cendo. Devido as novas fo rças desenvolvidas e d esasso s­sego do físico , grandes perigos rondam es ta idade.

Os adolescentes são desajeitados; e sb a rram em tudo e como quebram as co isas em casa!!! Isso porque m ãos, p e r ­nas e pés estão em rápido crescim ento , juntam ente com fo r­ças até então inativas, e o cálculo e a firm eza sofrem p re ­juízos. Tam bém costum am aprender e inventar cacoetes os m ais d iversos m as sendo observados com sim patia, os abandonam pouco depois autom aticam ente. (Cacoetes na idade adulta têm sem pre origem no sis tem a nervoso, como p re ssa , preocupação, estados em ocionais, e tc ., etc.).

Deus deve s e r apresentado aos adolescentes como o nosso verdadeiro alvo.

b. Mental.Expansão. Abandono das co isas de criança . Surge a

razão, a m ais alta das faculdades humanas, e o rapaz está sem pre a pergun ta r o porque e o como das co isas (Falam os de razão no sentido de raciocínio, e não noutro). E a idade das dúvidas, inclusive as de ordem teológica. O ado les­cente é pesquisador e lógico. L er muito, se tiv e r formado esse hábito. C oncentra-se no que faz. Surgem as em oções. Perguntas b íb licas d ifíceis. Im pera o reino da fantasia. Há constantes sonhos quim éricos de co isas irrea liz áv e is , que costum am os cham ar de "caste los de a re ia " . As emoções oscilam de um extrem o ao outro. Hoje a mocinha está a le ­g re , irr iq u ie ta , sonhadora. Amanhã e s ta rá muda, t r is te e não gosta m ais de ninguém ... O rapazinho adquire a re s de te im osia , rebeld ia , argum entação. Tudo is so faz parte dessa idade. Tudo deve s e r canalizado e orientado para o bem.

A oração constante a Deus e a confiança em Suas p ro m es­sas segundo a Sua palavra, por parte dos pais, é fa to r de p rim e ira ordem p ara o equilíbrio , controle e v itória, tanto no la r como nas vidas dos adolescentes.

É ainda nessa idade que a m ente atinge o m ais elevado período in telecu tal, na fron te ira dos 15 anos.190

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c. Social.Desejo de companhias. Aumenta o sentim ento de grupo.

Os pais enfrentam o problem a de com panheiros ap ro p ria ­dos para os filhos. Impulsos de independência. D etestam a rotina; querem variedade. Em oções in tensas. A d isposi­ção e a força devem se r d irig idos contra o m al, o e rro . O am or profundo que surge nessa época deve te r seu v e r ­dadeiro alvo em Deus e no próxim o, com o qual convivemos aqui na te r r a até à m orte. 0 estudo de re lações humanas por parte dos pais é muito útil nessa fase.

O sentim ento de ju stiça é m uito forte, o que exige cuidado dos pais quanto a aplicação de d isciplina.

d. E sp iritual.É época ideal para se rem conduzidos a C ris to . P rec isam

de apoio constante e orien tação , is so num am biente ap ro ­priado de espiritualidade profunda, atividades c r is tã s e p rogram as p róprios para a juventude.

5. OS SECUNDÁRIOS (15-17 anos)P alav ra descritiva da idade: Aspiração.As c a ra c te rís tic a s fís icas, m entais, sociais e esp iritu a is ,

são praticam ente as m esm as da idade an te rio r, porém , m ais acentuadas.

A vida sentim ental continua em desenvolvim ento. Muitas vezes, há rom ances nesse ponto, os quais exitem tato , con­tro le , paciência, ação, confiança e observação por p arte dos pais. P rossegue o esp írito de com petição.

6. OS JOVENS (18-24 anos).P alav ra descritiva da idade: Independência.a. F ísico .V italidade ilim itada. O físico atinge o máximo. As e n e r­

g ias fís icas e m entais devem s e r d irig idas de modo a fazer do jovem (rapaz ou moça) um cooperador na obra de Deus.

b. Mental.Os sentim entos estão desenvolvidos ao máximo. P a tr io ­

tism o. Paixão por ideais. O jovem gosta de ap a re ce r. Tem p ra z e r em exibir uniform es, d istin tivos, etc. G lo ria -se no sacrifíc io e na p rá tica do bem ao próxim o, fazendo p ara isso seus m aiores esforços. Tem fo rte im aginação construtiva. Jovens nessa idade têm planejado e inventado m uitas m áqui­nas e aparelhos.

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c. Social.N essa idade o jovem escolhe o seu modo de vida definido.

E ssa idade repele a monotonia. É a idade de ouro da juventu­de. Antes d isso , o jovem asp ira algum a coisa, agora ele p arte p a ra a independência. A E scola Dominical pode influir grandem ente na solução dos problem as do moço e da moça, como: conversão, dedicação a C ris to , vida esp iritua l p ro ­funda, nam oro, casam ento, etc. Os p ro fe sso re s p rec isam s e r bons conselheiros nessa fase. A Escola deve p ro cu ra r te r p ro fe sso re s a a ltu ra , e p ara is so tom ar todas as p ro v i­dências, inclusive diante de Deus em oração e súplicas.

d. E sp iritua l.N essa idade os jovens têm convicções firm es, definidas.

Uma vez tendo requ isito s, servem muito bem nas atividades da E scola Dom inical, cam panhas d iv e rsas , p ro je tos e tra b a ­lhos em g e ra l da ig re ja local. Com a a ss is tên c ia e o rien ta ­ção n e c e ssá ria s , o trabalho da Mocidade produz abundante­m ente. A liderança desenvolvida a través dos anos tem agora o seu auge.

7. IDADES DE 25-60 ANOS.D arem os apenas um resum o, com as p a lav ras d e sc r it i­

vas de cada idade e lig e iras observações. Não é que essas faixas de idade tenham pouca im portância para o p ro fesso r. Não! É devido as e s tre ita s lim itações do espaço e tempo deste curso .

a. 25-34 anos.P alav ra descritiv a da idade: Aplicação. A prudência

en tra em ação.b. 35-60 anos.P alav ra descritiv a da idade: Realização. A constância

é uma realidade nessa idade. É o m eio-dia da vida. É como se alguém sub isse a uma montanha e chegasse ao topo.

c. 60 anos para cima.P alav ra desc ritiv a da idade Reflexão. Aqui com eça a

descida da montanha da v ida... É o inverso da subida na in ­fância. N essa idade, o homem e a m ulher necessitam de apoio, sim patia , com preensão e paciência. É o início da velhice. São muito observadores. Se não tiverem o E sp írito de C ris to e uma sólida form ação, tenderão*-

- Ao pessim ism o- À c rític a- A m urm uração

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- À ressen tim entos- À m alediscência- A maus hábitos.

Conclusão: O ensino para s e r eficiente deve s e r graduado, de modo a atender as necessidades dessas d iferen tes idades, segundo suas c a ra c te r ís tic a s , necessidades e in te re sse s que acabam os de ver. F ica, pois bem c laro que o p ro fesso r para se r eficiente p rec isa não som ente conhecer a m atéria (a P alav ra de Deus) e s e r esp iritua l; mas também conhecero aluno, não apenas no sentido pessoal, mas sua psicologia. O rem os e busquemos o Senhor para que Ele levante um po­deroso m in istério de ensino en tre nós.

QUESTIONÁRIO

1. Quais os quatro aspectos em que a psicologia, no camptf da educação c ris tã , estuda o aluno?- 1-5 anos- 6-8 anos- 9-11 anos- 12-14 anos- 15-17 anos- 18-24 anos- 25-34 anos- 35-60 anos- 60... anos

3. Cite as p rincipais c a ra c te r ís tic a s das faixas e tá r ia s acim a dentro de cada aspecto: físico, m ental, social e esp iritua l.

4. Cite algum as c a ra c te r ís tic a s comuns a todas as crianças da la . e 2a infâncias.

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Bibliografia

P ara estudo subsidiário das m atérias contidas neste manual

UNIDADE I - BIBLIOLOGIA LUCE, ALICE. Introduccion Bíblica.GILBERTO, A. Introdução Bíblica. (Apostila)MONEY. La Geografia H istórica dei Mundo Bíblico.ADAMS. A Bíblia e as Civilizações Antigas.HALLEY, HENRY H. Manual Bíblico.CARLSON, RAYMOND, G. How to Study the Bible.MEIN, JOHN. A Bíblia, Como Chegou Até Nós.THOMPSON, FRANK CHARLES. The New Chain Reference

Bible.ALMEIDA, ANTONIO. Manual de Herm enêutica Sagrada. RONIS, OSWALDO. Geografia Bíblica.MARSH, F .E. Five Hundred Bible Readings.

UNIDADE II - DOUTRINAS BÍBLICAS FUNDAMENTAIS DAY, MILLARD F. Basic Bible Doctrines.PARDINGTON, GEORGE P. Outlines Studies in Christian

Doctrine.PEARLMAN, MEYER. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. SCOFIELD, C. I. The Chain Reference Bible.MARSH, F. E. Five Hundred Bible Readings.WELCH. Dispensational Truth.DAKE. FINIS. The Annotated Bible.

UNIDADE III - ESCOLA DOMINICAL ANDERS, RODOLFO. A Escola Dominical.GILBERTO, A. A Escola Dominical. (Apostila)194

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LAWRENCE, MARION. My M essage to Sunday School T eachers.

RIGGS, RALPH M. A Successful Sunday School.WILLIAMS, RALPH & BETH. La Escuela Dominical.LAY, WESLEY. A Escola Bíblica de F érias .

UNIDADE IV - PEDAGOGIA OLIVER. A P reparação de P ro fesso res .GREGORY. As Sete Leis do Ensino.GILBERTO, A. Pedagogia Bíblica.BAZAN. D. Preparando M aestros P ara la Escuela Dominical. ARAÚJO, JOÃO DIAS. O Ensino na Escola Dominical. WALKER. LUISA. Métodos de Ensino.HIJRST, D. V. And He Gave Teachers.

UNIDADE V - PSICOLOGIA EDUCACIONAL DERVILLE, L. Psicologia P rá tica no Ensino (*) PEARLMAN, MEYER. Studying the Pupil. (*)SANTOS, THEOBALDO MIRANDA. Noções de Psicologia. OLIVEIRA, SAMUEL T. DE. Psicologia da Adolescência. (*) THORNTON, E. W. How To Teach. (*)GUILLAUME, PAUL. Manual de Psicologia.BIXLER, LAWRENCE. How To Teach. (*)OLIVER, CHARLES. A P reparação de P ro fesso res . (*) HURST, D. V. And He Gave T eachers. (*)ESCOLA DE INSTRUTORES, CIAW. Fundamentos de Ensino.

(*) Autores evangélicos

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índice remissivo(Os núm eros indicam páginas)

AA cessórios de ensino, 167 A dm inistração da ED, 133 Adultos, Psicologia dos, 192 Agrupamentos de idades, 127, 128, 168 A lianças, 101Aluno da ED, O, 117, 123, 120, 126, 127Anjos, 83A nticristo , O, 97Antigo Testam ento, 40Aplicação da m ensagem da B íblia, A, 50Apontamentos, como fazer, 21Aprendizagem , le is da, 151, 154, 156A presentação da lição, 139, 160Arqueologia e a B íblia, A, 63A rrebatam ento da Ig re ja , 96Atenção e In te re sse , 153, 156A udiovisuais, 169, 167, 188Avaliação do aproveitam ento e sco la r, 170

BBatism o com o E sp írito Santo, O, 90B atism o em água, O, 88B erçário , 127, 183Bíblia, A, 17-76Bíblia cató lico-rom ana, 33Bíblia em português, 31Bíblia hebraica, 34Bíblia "Novo Mundo", 32Bíblia, o que é a, 28Bibliologia, 17-76Biblioteca da ED, 131Biótipo, 179

CCapitais da P alestina , 69 C ará te r, 180C a rac te rís tic a s comuns das c rian ças , 187 C a rac te rís tic a s dos grupos, 183-192 196

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'C artog ra fia , 63 Ceia do Senhor, 89 C lasses da ED, 127 C lassificação das doutrinas, 79 Como devemos estudar a Bíblia, 19 Como m elho rar sua ED, 142 Como podemos entender a Bíblia, 20 Conceituação de Escola Dominical, 105 C oncursos bíblicos, 144 Contexto, O, 22 Costum es e doutrinas, 79 C rente e o Estado, O, 95 C riação de todas as co isas, 84 C rianças, 183-189 C risto , 81,82 Cronologia B íblica, 58 Culto Infantil da ED, 133 C urrícu los, 142, 168

DDatas p ara com em orar, 135, 144Demônios, 83D epartam entos da ED, 128Destino eterno do homem, O, 95Deus o E sp írito Santo, 82Deus o Filho, 82Deus o P ai, 82Deus T rino, O, 81D ificuldades b íblicas, 74D ire to ria da ED, A, 124D irigente da ED, O, 134D ispensações, As, 100Dízimos e O fertas, 94Dons e F ru to do E sp írito Santo, 90Doutrina e costum es, diferença en tre , 79D outrinas fa lsas , 79D outrinas fundam entais, 77

EE nsinar, Ensino, 149Ensino da P alav ra a través dos tem pos, O, 107-111 Ensino, le is do, 151, 152 Escola Dominical, A, 104

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Escola Dominical, o que é, 105 Escola Dominical padrão, 145 E sc rita prim itiva da Bíblia, 27 E sc rito re s da Bíblia, 27 Estado e o cren te , O, 95 Estado eterno, O, 99 E s tru tu ra da Bíblia, A, 39 Etapas da Lição. 160 "Eu", O, 180Evidências da origem divina da Bíblia, 46 Evolução, 84 Exposições bíblicas, 144

FFatos da Bíblia, 42 Faixas e tá r ia s , 127, 168, 183 Fé, A, 93F ichário da ED, 131Fontes de consulta, 24F orm as de doutrina, 78Fruto e dons do E sp írito Santo, 90Fundador da ED, 111

GG eografia B íblica, 62 G raça e Lei con trastadas, 87 Grande T ribulação, A, 96 Grupos de idade, 127, 168, 183

HH ereditariedade, 179 H erm enêutica Sagrada, 52 H istória da ED, 107 H istória G eral, 63 Homem, O, 84 H om ilética, 54

IIdade Média, A, 110, 111 Idades na ED, 127, 168 Igreja , A, 88Igreja , o la r, a criança, 188 Im portância da Doutrina, 78198

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Inferências, 22Inspiração divina da Bíblia, 46, 80Instintos, Os, 179In teresse e Atenção, 153, 156In term ediários, Os, 189Intuição, 154Israe l, geografia de, 66

JJard im da Infância, 183 Je rusa lém , 69, 70 Jesus C risto , 81, 82 Jovens, 191 ' --Juízo Final, O, 99 Jun iores, Os, 186

LL ar, a criança e a Igreja , 188 L ar e Escola Dominical, 144, 187 Lei e G raça contrastadas, 87 Leis básicas da Aprendizagem, 156 Leis do ensino e da aprendizagem , 151 Linguagem, A, 161 Línguas orig inais da Bíblia, 27 L ite ra tu ra da ED, 140, 143 Livros apócrifos, 33

MM anuscritos bíblicos, 23, 29, 30 Manuseio e estudo da Bíblia, 71 Manutenção da ED, 131 M ares bíblicos, 68M ateriais em que a Bíblia foi e sc r ita , 26M atrícula na ED, 129M eio-am biente, 180, 181M elhor escola do mundo, A, 119M elhoram ento da ED, 142Métodos de ensino, 164-166Métodos de estudo da Bíblia, 71Milênio, O, 98Montes da P alestina, 69M orte, A, 95Mundo bíblico, O, 63

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-NNação e o crente, A, 95 Nome "Bíblia", O, 28 Nomes da Bíblia, 28, 45 Nova te rra , A, 99 "Novo Mundo", tradução, 33 Novo Testam ento, O, 40 Novos céus, 99

OObjetivos da ED, Os, 116 Objetivos do ensino, 150 O fertas e dízim os, 94 Organização da ED, 121 O rganização de uma nova ED, 132 Origem do nome "Bíbla", 28

PP alestina, geografia da, 66 Papiro , 26 Pecado, O, 84 Pedagogia, 148Perfeito Estado Eterno, O, 99Pergam inho, 26Personalidade, A, 179-182Porque devemos estudar a Bíblia, 18P reparação da Lição, 139, 159P reparação do pregador, 54P rim ário s , Os, 185P rofecias da Bíblia, 48P ro fe sso r da ED, O, 137, 143, 158, 126P rogram a de trabalho da ED, 131Províncias da Palestina, 67Psicologia Educacional, 175

QQue é a Bíblia, 28

RR eferências bíblicas, 21 Reino m ilenial de C risto , 98 Requisitos da ED padrão, 145 R essu rre ição , A, .95 200

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Reunião da ED, A, 132 Revisões da Bíblia, 36 Rios da Palestina, 68 Robert Kalley, 113 Robert Raikes, 111

SSalvação, A, 85 Santa Ceia, 89 Santidade, 92 Santificação, 92 S ecre taria da ED, 120 S ecretário da ED, 136 Séculos, Os, 23 Secundários, Os, 191 Segunda vinda de Jesus, 96 Serm ão, O, 55Siglas de versões bíblicas, 23 Sinagogas, 108Sistem as de verificação de aproveitam ento escolas, 172 Sociedades B íblicas, 35

TTema cen tra l da Bíblia, O, 41Tem as p ara currícu los, 169Tem peram ento, 179, 180Teste de auto-avaliação do p ro fesso r, 171-Texto e contexto, 22Tipos de alunos, 180, 181Títulos da Biblia, 45, 28Tradução da Bíblia, 30T ransferência de classe, 130Trino Deus, O, 81

UUnidade da Bíblia, A, 38

VVelhice, A, 192V erificação do aproveitam ento esco la r, 172 V ersões da Bíblia, 31-36 Vida C ris tã e a Salvação, A, 85 Vinda de Jesus, 96

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