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5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com
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César Colapensamento
Universidade Aberta do Brasil
Universidade Federal do Espírito Santo
Artes Visu
do ensino da ar
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTONúcleo de Educação Aberta e a Dis tância
César Perei ra Cola
V i t ó r i a2010
Didáticado ensino da Arte
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Presidente da RepúblicaLuiz Inácio Lula da Silva
Ministro da EducaçãoFernando Haddad
Secretário de Educação a DistânciaCarlos Eduardo Bielschowsky
DED - Diretoria de Educação aDistância Sistema Universidade Abertado BrasilCelso José da Costa
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
ReitorPro. Rubens Sergio Rasseli
Vice-ReitorPro. Reinaldo Centoducatte
Pró-Reitor de Ensino de GraduaçãoProª Izabel Cristina Novaes
Diretor-Presidente do Núcleo deEducação Aberta e a Distância - ne@adPro. Reinaldo Centoducatte
Direção Administrativa do Núcleo de
Educação Aberta e a Distância - ne@adMaria José Campos Rodrigues
Coordenadora do Sistema UniversidadeAberta do Brasil na UesMaria José Campos Rodrigues
Diretor Pedagógico do ne@adJulio Francelino Ferreira Filho
Diretora do Centro de ArtesCristina Engel de Alvarez
Coordenação do Curso de Artes Visuais -Licenciatura na Modalidade a DistânciaMaria Gorete Dadalto Gonçalves
Revisão de ConteúdoMaria Regina Rodrigues
Revisão OrtográfcaJulio Francelino Ferreira Filho
Design Gráfco
LDI- Laboratório de Design Instrucional
ne@adAv. Fernando Ferrari, n.514 -CEP 29075-910, Goiabeiras - Vitória - ES(27)4009-2208
Laboratório de Design Intrucional
A reprodução de imagens de obras em (nesta) obra tem o caráter pedagógico e cientico, amparado pelos limitesdo direito de autor no art. 46 da Lei no. 9610/1998, entre elas as previstas no inciso III (a citação em livros, jornais,revistas ou qualquer outro meio de comunicação, de passagens de qualquer obra, para ns de estudo, crítica oupolêmica, na medida justicada para o m a atingir, indicando-se o nome do autor e a origem da obra), sendo todareprodução realizada com amparo legal do regime geral de direito de autor no Brasil.
Copyright © 2010. Todos os direitos desta edição estão reservados ao ne@ad. Nenhuma parte deste material poderáser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, por otocópia e outros, sem a prévia autorização,por escrito, da Coordenação Acadêmica do Curso de Licenciatura em Artes Visuais, na modalidade a distância.
Dados Internacionais de Catalogação-na-publicação (CIP)(Biblioteca Central da Universidade Federal do Espírito Santo, ES, Brasil)
LDI coordenaçãoHeliana PachecoJosé Octavio Lobo NameHugo Cristo
GerênciaIsabela Avancini
EditoraçãoMarcela Bertolo
CapaMarcela Bertolo
ImpressãoGráca e Editora GSA
Cola, César, 1956-Didática do ensino da arte / César Pereira Cola. - Vitória, ES : UniversidadeFederal do Espírito Santo, Núcleo de Educação Aberta e a Distância, 2010.
100 p. : il.
Inclui bibliograa.
ISBN:
1. Arte - Estudo e ensino. 2. Didática. I. Título. CDU: 37.02:7
C683d
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S UMÁRIO
A PRESENTAÇÃO 6
I NTRODUÇÃO 9
CAPÍTULO 1
1.1 FUNDAMENTOS 111.1.1 Educação 111.1.2 Pedagogia 141.1.3 Didática 19
CAPÍTULO 2
2.1 DIDÁTICA E SUA POSSIBILIDADE DE CONSTRUÇÃO/ TRANSFORMAÇÃO
E INFLUÊNCIA NO COTIDIANO SOCIAL 272.1.1 A sociedade e sua característica mutante 272.2 PERCURSO HISTÓRICO EM EDUCAÇÃO 322.2.1 Teorias e teóricos em educação 32
CAPÍTULO 3
3.1 ATORES NO ÂMBITO EDUCACIONAL 493.1.1 Proessor 493.1.2 Aluno 533.1.3 Pedagogo 573.1.4 Pesquisador 603.1.5 Artista 61
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CAPÍTULO 44.1 PLANEJAMENTO 654.1.1 TIPOS OU NÍVEIS DE PLANEJAMENTO 674.1.1.1 De um sistema educacional 67
4.1.1.2 De uma escola 674.1.1.3 De um currículo 684.1.2 Planejamento didático ou de ensino 694.1.2.1 Planejamento de curso 704.1.2.2 Planejamento de unidade 714.1.2.3 Planejamento de aula 74
CAPÍTULO 5
5.1 OBJETIVOS E CONTEÚDOS 795.1.1 Importância dos conteúdos para a ação pedagógica 795.1.2 Objetivos gerais 81
5.1.3 Objetivos específcos 825.1.4 Importância dos conteúdos em educação 83
CAPÍTULO 6
6.1 PROCEDIMENTOS, RECURSOS E AVALIAÇÃO 896.1.1 Conceito de procedimentos, recursos e avaliação para a ação pedagógica 89
R EFERÊNCIAS 98
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A PRESENTAÇÃO
Desejo, antes de tudo, bons estudos para todos
nós: proessor, tutores, alunos. Digo que este é um mo-
mento importante em minha carreira, estar envolvido
em curso de ormação de proessores de Arte, modali-
dade EAD, sendvo responsável em preparar material deDidática que, espero, seja muito útil para prossionais
que atuarão na Educação.
Sobre meu percurso prossional, estudei primeira-
mente Administração de Empresas na UFES, abandonan-
do o curso no segundo ano para Cursar Artes Plásticas
– Bacharelado. Após concluído, Cursei também Licen-
ciatura em Artes Visuais, por encontrar-me envolvido e
apaixonado pela Educação, lecionando na Escola Técni-
ca Federal do ES na década de 1980. Fui admitido comoproessor da UFES em 1991, onde ministro as disciplinas
Prática de Ensino de Arte, Arte e Educação, Didática para
a Graduação. Concluí Mestrado em Educação na Univer-
sidade Federal do ES, onde hoje sou proessor no Progra-
ma de Pós-Graduação (Mestrado e Doutorado) em Edu-
cação, depois de ter nalizado Doutorado na PUC/SP. Na
Pós-graduação, ministro Arte e Educação, Seminários
sobre Estética, Desenho Inantil, Expressão Individual na
Inância, Autobiograa, entre outros Tópicos.Minha vida sempre oi de muito estudo. Além de
muita dedicação, acho bom termos também prazer no
que azemos, mas com grande dose de responsabilidade,
já que envolve vida, ormação de pessoas, conceitos que
geralmente ultrapassam os conteúdos disciplinares com
os quais estamos lidando. Hoje, por exemplo, vejo de-
poimentos de muitos proessores ou outros prossionais
que escolheram sua carreira devido a aulas de proesso-
res com os quais se identicaram.
A arte está presente em nossa vivência, digo, na vi-
vência de todos os seres humanos: disso ninguém podeduvidar. Mas em determinados casos especícos, tenho
certeza de que ocupa um lugar especial, uma dimensão
mais larga, mais signicativa. E assim me observo pen-
sando sobre este ato: na vida de quais indivíduos a arte é
mais signicativa, e está substancialmente mais presen-
te? Como refexão, vejo que na vida de artistas isso acon-
tece, bem como na de publicitários, ilustradores, editores
de livros, de jornal, de revista, pessoas que lidam com
mídia de um modo geral, entre uma quantidade enor-me de prossionais. Mas dentre todos esses, gostaria de
acentuar vocês, estudantes de arte, uturos proessores
que estarão (e muitos já estão), alando de arte para um
número enorme de pessoas. E no trabalho que amanhã
será desenvolvido por vocês, existe a importância de ser
averiguado até que ponto a arte é importante para vocês
mesmos, proessores, para que ela na verdade venha a ser
signicativa também para grande parte de seus alunos.
E a abrangência de tal signicado está nas mãos de pes-soas que alam sobre a arte para crianças, adolescentes,
adultos. Enm, digo isso no sentido de que se a arte não
zer sentido para proessores de arte, ela também não
ará sentido para alunos de arte, salvo raras exceções.
Uso tais palavras para alar sobre mim mesmo e
sobre o sentido que a arte sempre teve em minha vida.
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http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 9/27
Quando decidi lidar com Educação, tinha a certeza de
que na inância e na adolescência a disciplina Arte de-
veria ser trabalhada, ensinada, compreendida, planejada
com muita dedicação, considerando que é importante
na vida de um modo geral (para todos) e também espe-cíco (para pessoas que são atraídas pela arte como ad-
miradores ou como prossionais). Mas, para que possa
haver um desempenho otimizado do proessor, torna-se
necessária a ajuda de cada um consigo mesmo, perscru-
tando dentro de si mesmo encontros singulares com a
arte; determinado sentido individual por meio do qual
a arte seja indispensável. Como diagnóstico, proponho
que vocês tenham um monólogo constante e silencioso,
trazendo questões como: 1) Eu gosto de pintura, escul-tura, desenho, otograa, das Artes Visuais? 2) Minha
vida é melhor, mais eliz porque existe o cinema, a dan-
ça, otograa, a arte de um modo geral? 3) Eu tenho
prazer em ver ao meu redor objetos interessantes não
só por serem utilitários, mas pela orma como me sedu-
zem pela cor, brilho, localização dentro do ambiente?; 4)
Outras. Talvez eu tenha conseguido ser claro no sentido
de que a semente, o tempero da prossão de proessor
de Arte é saber como a Arte acontece em sua vida, gos-tar das infuências que ela traz, sendo, assim, capaz de
conduzir seu desejo singular a querer saber mais sobre a
Arte, alar mais sobre a Arte.
Posto isso, a proposta curso é introduzir o estudan-
te de Licenciatura em Artes Visuais, modalidade EAD, a
refetir sobre o que poderá ser eito em termos de ensino
de Arte na Educação Básica. Sendo assim, priorizei uma
abordagem de certa orma geral sobre didática, ou seja,
entendendo que estaremos, ao longo do curso, pen-
sando sobre o ato de ensinar. Projetar a atuação como
proessor de Arte. Tendo bastante rme o objeto Arteem nosso horizonte, aparece o cerne de nossos estudos.
Que alternativas, que instrumentos, que teorias e proce-
dimentos existem para retrabalharmos (pois não existem
receitas prontas) a Arte na Educação? Estarei propondo
um diálogo com vocês, tendo como undamento teorias
que permeiam a Didática.
Os conhecimentos que vocês possuem em estu-
dos realizados anteriormente serão agora muito signi-
cativos, pois, sem os mesmos a Didática ca vazia. Taisestudos reerem-se a disciplinas ministradas ao longo
do curso e outros adquiridos em leituras, palestras e
eventos requentados. Estarei também tentando bus-
car conceitos próprios que vocês possuem sobre a Arte,
bem como que sejam trabalhadas temas e técnicas
com as quais gostam de lidar, que acreditem que sejam
signicativas, pois ensinar pressupõe um trabalho de
autoria, de colocar em ação o que o proessor entenda
como signicativo.A dimensão instrumental da disciplina, no en-
tanto, não deverá ser relegada a segundo plano, pois
muitos conceitos em Didática, ainda que tradicionais,
antigos, conservadores, ainda estão incorporados em
muitas práticas de proessores que se consideram li-
vres das mesmas.
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I NTRODUÇÃO
O material é composto por tópicos que são geral-
mente trabalhados na disciplina Didática. Convém ob-
servar a carga horária mais concentrada na questão do
planejamento. Assim oi decidido pelo ato de neste mo-
mento estarmos pensando teoricamente sobre algo quevirá ser uturamente colocado em prática. Ou seja: é o
momento de pensar sobre um objeto que será trabalha-
do no uturo, sendo que se espera que tal procedimento
seja constante na utura atuação de todos vocês como
proessores, pesquisadores ou quem sabe mesmo em ou-
tras atividades, pois, sem projeção prévia do que se pen-
sa em azer, a prática pode apresentar-se inconsequente,
inconsistente, improvisada em um sentido indesejável.
Os capítulos um, dois e três perazem um total devinte e oito horas. Discutem assunto que permeiam a
Didática, como atores neste cenário educativo, teóricos
que trazem propostas signicativas para a Educação,
tópicos alusivos à pedagogia, intervenientes sociais e
individuais que nunca deverão ser ignorados quando se
trata de educar. Já os capítulos quatro, cinco e seis in-
cidem sobre questões de planejamento, perazendo um
total de trinta e duas horas.
Que seja considerada a simbiose entre a refexão ea ação. Estudos contemporâneos apontam que a ação e
refexão devem ser entendidas no modelo refexão-ação-
refexão. Vejamos o que preconiza Haydt (2006, p.9):
Em educação, como em todas as
áreas, a refexão e a ação são compa-
nheiras inseparáveis. Não há dicoto-
mia entre refexão e ação. A refexão
desvinculada da prática conduz a umateorização vazia. Por sua vez, a ação
que não é guiada pela refexão leva a
uma rotina desgastante e rígida. Por
isso, o trabalho do proessor, em espe-
cial aquele que pretende ser um pro-
ssional consciente de sua tarea, deve
seguir o caminho da refexão-ação-re-
fexão. A unidade entre refexão e ação
permitirá que o verdadeiro educadornão conunda os meios com os ns,
nem se deixe escravizar pelas técnicas,
que são meros instrumentos.
É notório que muitos de vocês já possuem conhe-
cimentos prévios sobre o assunto, alguns já atuando há
décadas em escola, porém, para outros, o objeto de es-
tudo é novidade. De qualquer orma, que seja proposta
uma troca de ideias entre os dierentes grupos de alu-nos; que saibamos compartilhar os conhecimentos que
já possuímos previamente e outros que vão sendo ad-
quiridos durante o curso.
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1
1.1 FUNDAMENTOS
1.1.1 EDUCAÇÃO
1.1.2 PEDAGOGIA
1.1.3 DIDÁTICA
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http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 13/27Didática do Ensino da Arte 13
1.1 F UNDAMENTOS
Conorme esquema proposto no curso, a discussão sobre educação, pedagogia e
didática marcam o início dos trabalhos. A didática está estreitamente relacionada com
educação e pedagogia, considerada por muitos um subitem das mesmas. Dessa orma,
a discussão na área se torna bastante necessária. A maioria dos autores, ao alar em
didática não dispensa essas duas áreas maiores.
1.1.1 EDUCAÇÃO
Todos têm muito a alar sobre educação. Mesmo em regiões longínquas, onde escolas
muitas vezes não existem, vemos adultos criticarem crianças como mal educadas. Mesmo
crianças entre si, ou adultos reerindo-se a adultos, o termo ‘sem educação’ é trivial, senso
comum. Dessa orma, educação é um termo básico, enraizado onde quer que seja no
mundo. Tal constatação indica a dimensão gigantesca, global do que se possa denominar
educação. De tão consolidada, enraizada como palavra e signicado, pode-se chegar acreditar que é um termo bastante diícil de ser encaixado em uma única denição.
O senso comum costuma passar pelo ator de conservação dos costumes e hábi-
tos necessários para a subsistência do ser humano. Reportando à Pré-história, vemos
a necessidade real de serem transmitidas determinadas tareas, conhecimentos que
garantam a subsistência do homem. Caçar, por exemplo, exige domínio de determi-
nadas táticas (encurralar ou surpreender o animal), bem como domínio de alguns
instrumentos, erramentas e armas com as quais o alvo será atingido, a ciência de
abricar tais instrumentos também não pode ser esquecida. É possível que tenha havido
um aprendizado com a prática, com os mais jovens e mais robustos acompanhandoos mais velhos e experientes, mas como não existem registros, a herança mais certa é
a dúvida, quando estudiosos sobre o assunto propõem determinadas interpretações,
muitas vezes guardando enorme dierenças interpretativas. Mas, de qualquer orma,
tais transmissões cognitivas guardam um teor materno ou paterno, ambiente local,
estando relacionado a necessidades sociais, aos hábitos culturais, às linguagens que
tal grupo de indivíduos costuma lidar. Sendo assim, transmissão, conservação parecem
ser as palavras-chave quando se diz educação.
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http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 14/2714 César Cola
Etimologicamente, segundo Morandi (2009), educação carrega uma orte tendência
relacionada a cuidar, criar, criar geralmente uma criança. Provê-la de alimento, de con-
dições para sobreviver por si, bem como de adquirir determinado domínio de conceitos
undamentais para vida em sociedade (educatio). Fazer sair, tirar de uma pessoa o queexiste de potencialidade inerente (educere). A mitologia ala em Eduque, deusa que regia
a educação. Durkheim (1978) ala sobre uma ação exercida, seja de uma pessoa ou de um
grupo sobre outro grupo. Considerando tais atores, podemos armar que a educação é
algo externo, ou seja, entendido como algo que se concede a alguém, que é aprendido.
Politicamente, nações só conseguiram importantíssimos êxitos tendo como princí-
pio, apoio, a educação. Mesmo a guerra, sem a educação, traz a derrota. No século XIX,
por exemplo, os ingleses levaram para a Inglaterra prossionais competentes na área do
design, que teve importância undamental no desenho de máquinas, peças industriais
para a então era industrial inglesa. Após a Segunda Guerra Mundial, Japão se reergueucomo potência também importando prossionais em dierentes áreas de ensino, espe-
cialmente no que diz respeito a novas tecnologia de então.
Outra distinção signicativa sobre e educação, é classicá-la como sistemática
e assistemática (HAYDT, 2006). Assistematicamente, conhecimentos são adquiridos na
vivência cotidiana, sem determinadas regras para se ensinar. Estudos apontam que uma
maior complexidade de determinada sociedade exige a sistematização da educação, dada
à vastidão do acervo cultural destas sociedades. As sociedades pré-letradas lançariam mão
da educação assistemática, na qual a educação acontece pela vivência entre as pessoas,
de orma que os mais jovens partem para a experiência direta, aprendem e praticam asatividades dos adultos por meio do observar e do azer empírico (GARCIA, 1976). Ao
observarmos uma pessoa em determinado aazer (pintando, cozinhando, utilizando o
computador, lavando roupa, por exemplo), podemos aprender pela observação, podendo
esta ser também considerada um aprendizado assistemático.
Libâneo (1991) preere denominar a educação assistemática como não intencional
e a educação sistemática como intencional. Assim se reporta o autor sobre o assunto:
Os estudos que tratam das diversas modalidades de educação costumam
caracterizar as infuências educativas como não-intencionais e intencionais. Aeducação não intencional reere-se às infuências contexto social e do meio am-
biente sobre os indivíduos. Tais infuências, também denominadas de educação
inormal, correspondem aos processos e aquisição e conhecimentos, experiências,
ideias, valores, práticas, que não estão ligados especicamente a uma instituição
e nem são intencionais e conscientes. São situações e experiências, por assim
dizer, casuais, espontâneas, não organizadas, embora infuam na ormação hu-
mana. É o caso, por exemplo, das ormas econômicas e políticas de organização
5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 15/27Didática do Ensino da Arte 15
da sociedade, das relações humanas na amília, no trabalho, na comunidade, dos
grupos de convivência humana, do clima sócio-cultural da sociedade.
A educação intencional reere-se a infuências em que há intenções
e objetivos denidos conscientemente, como é o caso de educação escolare extra-escolar. Há uma intencionalidade, uma consciência por parte do
educador quanto aos objetivos e tareas que deve cumprir, seja ele o pai,
o proessor ou os adultos em geral – estes, muitas vezes, invisíveis atrás de
um canal de televisão, do rádio, do cartaz de propaganda, do computador
etc. Há métodos, técnicas, lugares e condições especícas prévias criadas
deliberadamente para suscitar ideias, conhecimentos, valores, atitudes,
comportamentos. São muitas as ormas de educação intencional e, conor-
me o objetivo pretendido, variam os meios. Podemos alar da educação não
ormal quando se trata de atividade educativa estruturada ora do sistemaescolar convencional (como é o caso de movimentos sociais organizados, dos
meios de comunicação de massa etc) e da educação ormal quando se realiza
nas escolas ou outras agências de instrução e educação (igrejas, sindicatos,
partidos, empresas) implicando ações de ensino com objetivos pedagógicos
explícitos, sistematização, procedimentos didáticos. Cumpre acentuar, no en-
tanto, que educação propriamente escolar se destaca entre as demais ormas
de educação intencional por ser suporte e requisito delas. Com eeito, é a
escolarização básica que possibilita aos indivíduos aproveitar e interpretar,
consciente e criticamente, outras infuências educativas. É impossível, nasociedade atual, com os progressos dos conhecimentos cientícos e técnicos,
e com o peso cada vez maior de outras infuências educativas (mormente
os meios de comunicação de massa), a participação eetiva dos indivíduos e
grupos nas decisões que permeiam a sociedade sem a educação intencional
e sistematizada provida pela educação escolar (libâneo , 1991, p. 17-18).
Intencional ou não intencional, convém ser considerado que as duas vertentes se
amalgamam, interpenetram, ormando um enômeno único, um verdadeiro organismo
ou sistema. Todos os lócus sociais, ambientais, econômicos, políticos se subordinam,promovendo um envolvimento enorme, que é responsável, antes de tudo, por conceber,
destruir, reconstruir, transormar toda a cultura de um povo de um determinado lugar.
Assim sendo, convém aos prossionais da escola estar conscientes que suas ações so-
rem e também promovem infuências em determinados conceitos, como, por exemplo,
etnias, classes sociais, inclusão e exclusão, gênero, dierenças pessoais, opção sexual,
preconceitos antigos e recentes, discriminação da aixa etária etc. Quem atua ou virá
a atuar na educação escolar deve ser bastante consciente desta vertente que pode ser
5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 16/2716 César Cola
chamada de ideológica que a prossão carrega. Mesmo os prossionais que dizem: nada
sei de política, de preconceitos, trabalho apenas meus objetivos e conteúdos de maneira
neutra, devem estar conscientes de que estão equivocados, pois apenas desconhecem
que estão a avor ou contra determinadas posições, por exemplo, políticas e sociais. Talator não acontece apenas hoje, ou em qualquer outro período da existência especíco,
ao contrário, trata-se de relações que existem desde a Pré-história da humanidade até
nossa contemporaneidade. Historicamente, temos consciência de que períodos oram
construídos, solidicados, bem como destruídos tendo como ator de construção, trans-
ormação ou destruição a educação, seja ela sistemática ou assistemática.
Sendo assim, Libâneo é claro quando ala da unção do proessor em estar apto
em transmitir conteúdos especícos da disciplina ao aluno, mas também trabalhar no
sentido de levar o aluno a desenvolver suas capacidades intelectuais ao ponto de ser
também capaz de entender criticamente os problemas sociais pelos quais a sociedadeestá passando, para que possa contribuir na construção de uma sociedade mais justa.
Outra dimensão que não deve ser esquecida em educação é o ator singular, indivi-
dual do homem. Ou seja, devem ser consideradas as potencialidades dos indivíduos, posto
que o mundo é uma representação que cada pessoa traz, considerando hoje as grandes
dierenças apontadas entre os sujeitos (schopenhauer, s.d.; deleuze, 2007). Tais dierenças e
potencialidades individuais necessitam estar cada vez mais presentes na educação, existin-
do pesquisas que consideram tal ator. Em arte, sabemos o quanto é relevante a expressão
individual, considerando que existem muitos artistas denominados autodidatas, que não
requentaram escola. Alguns adquiriram materiais artísticos, partindo para uma práticapessoal que pode ser classicada como assistemática, pois que é ruto de um aprendizado,
uma disciplina criada pelo próprio indivíduo que elabora seu trabalho de maneira singular,
pessoal. Convém observar que tal autodidatismo pode ser trabalhado, proposto, quando
o objetivo é azer arte, elaborar determinado texto visual (pintura, desenho, escultura,
instalação etc), mas sabemos que hoje a disciplina Arte ultrapassa o somente azer arte,
propondo também conhecimento, análise crítica, contextualização da arte etc.
1.1.2 PEDAGOGIA
Refexão, esquema, proposição, projeto, sistematização, podem ser termos que
denam um pouco do que seja pedagogia. A pedagogia está relacionada a propostas
educacionais, sendo uma ciência que sistematiza a educação de orma racional, inten-
cional, para propor algo concreto, eetivo em determinada sociedade, em determinada
época, possuindo como undamentação orientações culturais que estão implicadas
nesta sociedade. Sendo assim, aspectos econômicos, sociais, políticos, históricos, artís-
5/14/2018 Cap+1+ +Didatica - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/cap1-didatica 17/27Didática do Ensino da Arte 17
ticos, estéticos, religiosos, entre outros, são a matéria prima de onde a pedagogia extrai
elementos, conteúdos, objetivos, para sua eetivação. Valor é a questão central, o dado
mais precioso para a pedagogia proposta em qualquer meio social. Determinadas ações
se azem necessárias em determinado contexto, ações essas que irão indicar o sentidoe a direção por onde a pedagogia irá caminhar, seguir seu curso. E a história está cheia
de exemplos signicativos no que diz respeito à unção da pedagogia em determinada
época: seja para preservar costumes, evitando mudanças sociais, seja para impor novos
modelos políticos, sociais, econômicos. De qualquer orma, a implicação maior é a or-
mação, instrução do sujeito, dos membros de uma sociedade.
O olhar da pedagogia é como um panorama muito amplo, pois abrange larga escala do
que se pretende ormatar, dos objetivos perseguidos. Vê um todo, contemplando, pensando
ações que uturamente irão envolver uma quantidade signicativa de indivíduos, implican-
do (provocando e sorendo) consequências na amília, no ambiente, nas crenças religiosas,nas artes, na economia, na política etc. Agora, tudo ocorre de maneira premeditada, sendo
analisadas situações que implicarão em consequências previamente desejadas. Dessa orma,
pode-se pensar em termos de controle de práticas em diversas áreas. O socialismo proposto
na União Soviética na primeira metade do século XX impôs um modelo ideal da arte, que
deveria ser a arte ocial do país. A arte moderna e a arte abstrata oram proibidas, sendo
imposto um modelo undamentado no Neoclassicismo que, como consequência, gerou
exílio ou auto-exílio de muitos artistas da época. A ditadura militar imposta no Brasil na
década de 1960, também necessitou de moldar a pedagogia escolar, para que pudesse ter
seus desígnios alcançados, evitando que os militares perdessem controle sobre a políticanacional. Podemos pensar assim em outras épocas, em outros países.
Etimologicamente, pedagogo, o paidagôgo, é aquele que conduz, cuida, se encar-
rega da criança. Pode-se dizer tratar de uma pessoa que inspeciona o percurso de outra
pessoa. Provavelmente daí provenha subáreas como supervisão, inspeção, coordenação,
direção, característicos de alguns pedagogos.
Como toda ciência, toda área de estudo, a pedagogia possui dierentes denições,
mas de um modo geral, são canalizadas para um mesmo sentido. Vejamos os escritos de
Morandi no que concerne ao signicado de pedagogia:
O estabelecimento do termo “pedagogia” e seu uso especíco é relativa-
mente recente. A enciclopédia lhe dá lugar na “lógica da ciência do homem”
como “arte de comunicar ou transmitir os pensamentos”, e descreve que ela
“trata da escolha de estudos e da maneira de ensinar”; indiretamente, no
verbete educação, também considera pedagogia o sistema representado pelos
conhecimentos humanos. Frequentemente, o pedagogo é designado como
educador, por vários motivos: valorização do aspecto humano, preocupação
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com a ação global (incluindo os valores) com as crianças ou ainda restrição à
conotação técnica do termo. A história da pedagogia está até hoje associada
aos grandes educadores, como Montaigne e Rousseau. Durkheim volta a dar
à pedagogia uma unção nobre, ligando-a à sociologia e atribuindo-lhe umestatuto de teoria: “Ela consiste em certa maneira de refetir sobre as coisas
da educação [...] não em ações, mas em teorias. Essas teorias são ormas de
conceber a educação, não ormas de praticá-las [...] A educação nada mais
é do que a matéria da pedagogia[...]” A abordagem sociológica vê as práticas
educativas como atos não isolados, que, porém, contribuem para um sistema
educativo de uma época e de um país.
Durkheim já armava que “entre a arte denida e a ciência propria-
mente dita há espaço para uma atitude mental intermediária. Em vez de agir
sobre as coisas ou sobre as pessoas de acordo com maneiras determinadas,refete-se sobre os modos de ação que são empregados, não para conhecê-los
ou explicá-los, mas para estimular seu valor, vericar se eles são o que devem
ser, se não é melhor modicá-los e como, até mesmo substituí-los por novos
procedimentos. Essas refexões tomam a orma de teoria; são combinações
de ideias, não combinações de atos, e, por isso, se aproximam de ciência”. A
atividade de ensino é atualmente considerada um ‘agir prossional’ (Schön),
uma conguração especíca da ação e dos modos de pensamento que a
organizam. O trabalho refexivo, tema recorrente da prossionalização das
ocupações ligadas ao ensino, remete à ação de propor os saberes a aprender,mas também aos saberes especícos das atividades pedagógicas, que têm
sua própria lógica (morandi, 2008, p. 34-35).
Convém estarmos atentos aos dois aspectos da pedagogia: o pensar e o agir, ou
seja, a ação e a refexão. Tal nuance, porém, sempre relacionada ao processo educativo, à
lógica que sustenta determinada ação/refexão em educação, assim caracterizando uma
atitude de observação da eetivação do que se pensou, bem como dierentes opções de
modicar tal projeto quando em período de sua prática ou posterior a esta ase. Talvez
hoje haja um desvio de unção, ou mesmo equívoco quanto à atuação do pedagogo, poisem muitas instituições são proessores polivalentes na Educação Inantil ou nos anos
iniciais do Ensino Fundamental.
Por outro lado, em vez de estar preocupado com a ação de determinado proessor
em sua prática educativa, como é característica de muitos pedagogos inspetores ou
mesmo ‘espiões’ da ação em sala, preocupados em ouvir conversas de corredor para
depois repreender dierentes prossionais na instituição, ou mesmo tentando colocar em
prática aquilo que radicalmente acredita ser uma prática ideal de determinada disciplina,
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pedagogos poderiam estar envolvidos com determinado sistema de ensino, instituição
mais no sentido de promover o enriquecimento de todo um pensar e azer educação.
Pensar na preparação otimizada dos indivíduos para ações adequadas em determinado
ambiente social pode ser um excelente ponto de partida. Tal ator implica em estudossociológicos, psicológicos, losócos por parte do pedagogo.
Que tipo de indivíduo, de homem se pretende ormar? O que se espera deste in-
divíduo? O que se pode oerecer ao mesmo? Essas questões podem ser interrogações
constantes no processo pedagógico de construção de uma sociedade que possui deter-
minados propósitos a alcançar.
Muitos estudiosos estão preocupados com tais processos, podendo contribuir de
orma consistente para estudos teóricos e práticos na área. Libâneo nos traz ideias.
O caráter pedagógico da prática educativa se verica como ação cons-ciente, intencional e planejada no processo de ormação humana, através de
objetivos e meios estabelecidos por critérios socialmente determinados e que
indicam o tipo de homem a ormar, para qual sociedade, com que propósito.
Vincula-se, pois, as opções sociais e políticas reerentes ao papel da educação
num determinado sistema de relações sociais. A partir daí, a pedagogia pode
dirigir e orientar a ormulação de objetivos e meios do processo educativo.
Podemos, agora, explicitar as relações entre educação escolar, pedagogia
e ensino: a educação escolar, maniestação peculiar do processo educativo
global; a pedagogia como determinação do rumo desse processo em suasnalidades e meios de ação, o ensino como campo especíco da instrução
e educação escolar. Podemos dizer que o processo de ensino-aprendizagem
é, undamentalmente, um trabalho pedagógico no qual se conjugam atores
externos e internos. De um lado, atuam na ormação humana como direção
consciente e planejada, através de objetivos/conteúdos/métodos e ormas
de organização propostos pela escola e pelos proessores; de outro, essa in-
fuência externa depende de atores internos, tais como as condições ísicas,
psíquicas e sócio-culturais dos alunos.
A pedagogia, sendo ciência da e para a educação, estuda a educação, ainstrução e o ensino. Para tanto, compõe-se de ramos de estudo próprios, a Teoria
da Educação, a Didática, a Organização Escolar, e a história da Educação e da
Pedagogia. Ao mesmo tempo, busca em outras ciências os conhecimentos teó-
ricos e práticos que concorrem para o esclarecimento do seu objeto, o enômeno
educativo. São elas a Filosoa da Educação, Sociologia da Educação, Biologia
da Educação, Economia da Educação e outras. O conjunto desses estudos per-
mite aos uturos proessores uma compreensão global do enômeno educativo,
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especialmente de suas maniestações no âmbito escolar. Essa compreensão diz
respeito a aspectos sócio-políticos da escola na dinâmica das relações sociais,
dimensões losócas da educação (natureza, signicados e nalidades, em
conexão com a totalidade da vida humana); relações entre a prática escolar e asociedade no sentido de explicitar objetivos político-pedagogicos em condições
históricas e sociais determinadas e as condições concretas do ensino; o processo
do desenvolvimento humano e o processo da cognição; bases cientícas para a
seleção e organização dos conteúdos dos métodos e ormas de organização do
ensino; articulação entre e mediação escolar de objetivos/conteúdo/métodos e os
processos internos atinentes ao ensino e à aprendizagem (libâneo, 1991, p. 24-25).
A pedagogia possui determinadas tendências que são características relacionadas a
determinadas épocas históricas. No entanto, sabemos que muitas tendências pedagógicasantigas continuam em prática mesmo após o período na qual ela oi predominante. Pode-
se considerar que hoje somos uma somatória de todos os ormatos propostos durante
milênios. Num sentido benéco, muitas vezes são guardadas infuências desta ou daquela
tendência para construir uma nova perspectiva educacional, pedagógica.
A pedagogia tradicional, a pedagogia nova e a pedagogia histórico-social ou crítico-
social dos conteúdos são as três vertentes que se pretende trabalhar neste curso.
Pedagogia Tradicional
Podemos alar em um ensinamento no qual o centro do conhecimento e o ponto de
partida, são o proessor, seus enormes discursos, suas propostas especícas de trabalho.
Nesta tendência, é valorizada a questão de memorização, também chamada de educação
bancária, pois em um banco, depositamos dinheiro, para depois sacar a mesma quantia
depositada (salvo quando há rendimentos). Pois é dessa orma o procedimento tradicional.
O vínculo com o passado é reorçado, sendo sempre muitos os modelos a serem seguidos.
Existe uma reerência e tal reerência é perseguida, para que os objetivos sejam alcançados.
A autoridade do proessor é reorçada, estando em suas mãos qualquer decisão em relação
a resultados a serem obtidos. Se pensarmos em Arte, veremos que o Neoclassicismo oi ummodelo altamente tradicional: o aluno deveria seguir regras rígidas de composição, perspec-
tiva, claro-escuro, muitas vezes utilizando a cópia como aprendizagem mais signicativa.
Pedagogia Nova
O centro do conhecimento agora passa do proessor para o aluno. O aluno deve ser
o ponto de partida de todo conhecimento, propondo liberdade na busca de seus interesses
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que lhe sejam mais signicativos. A criança, o aprendiz passou a ser um ser com potencial,
como caracterizado por Morandi (2008, p. 78), “como um ser novo, com sua natureza de
ser em devir em seu desenvolvimento, destinado a um uturo”. (2008, p. 57). Dewey, como
expoente desta tendência, ala sobre a quantidade de riqueza que pode advir do interiordo indivíduo, sendo proposto ao aluno estar capacitado a buscar um conhecimento por
si mesmo, introduzido, guiado aos interesses singulares, subjetivos latente em sua mente,
em seu espírito. Muito é alado em termos de sentimento, de desejo do aprendiz, sendo o
proessor um orientador daqueles interesses de determinado aluno ou grupo de alunos.
Trazendo para o campo da Arte, vemos nítida infuência do movimento expressionista,
no qual se deve utilizar os materiais com bastante liberdade, no intuito de se produzir
trabalhos inéditos, oriundos de um azer e aprender por si. Tal vertente na Arte gerou a livre
expressão que, quando mal utilizada, sem um retorno ao trabalho do aluno, gera o laissez
aire, expressão rancesa que pode ser traduzida como deixar azer, entendendo que o alunoé deixado abandonado, azer o que bem entende, sem um retorno do proessor. Alguns
adeptos radicais preconizam que qualquer intererência crítica em cima do que o aluno
produziu poderá ser prejudicial à verdadeira expressão, que vem de dentro do indivíduo.
Pedagogia Histórico-crítica ou Crítico-social dos conteúdos
Libâneo e Saviani podem ser citados como teóricos que possuem um discurso
interessante sobre tal vertente da pedagogia.
Alunos e proessores devem estar atentos aos processos sociais, pois esta peda-gogia acontece concomitante com os mesmos. A escola deverá estar sintonizada com
o que está se passando ao seu redor, pois os desdobramentos sociais irão determinar as
possíveis ações no ambiente da educação escolar. O método tradicional e a escola nova
são incorporados como atitude de estar além deles. Os melhores momentos e resultados
de tais vertentes poderão estar presentes na escola, sendo que a problematização da
prática social é undamental. Interessa uma nova compreensão da sociedade por parte
de todos e, com o objetivo de interagir reciprocamente com a sociedade, busca-se novas
maneiras de compreendê-la, bem como transormá-la.
1.1.3 DIDÁTICA
‘Eu ensino e vocês aprendem’, tal parece ser a compreensão da dinâmica de ensinar
e aprender. A maioria das pessoas assim entende a relação proessor e aluno. E é tal
assunto que agora será abordado. Sala de aula. Ensinar e aprender. Não saber e saber.
Falar e ouvir. Perguntar, responder. Transmitir, pensar, decorar, memorizar, trocar etc.
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Inicialmente, cabe a denição da denominação do nome didática, que é o nome
dessa disciplina. Consultando dicionário, pode-se encontrar: “1. A técnica de dirigir e
orientar a aprendizagem; técnica de ensino. 2. Estudo dessa técnica” (ferreira, 1998,
p. 221). Da palavra deriva didata que é aquele que ensina ou escreve obras sobredidática. Assim, estudar didática como vocês estão azendo agora signica passar por
um processo de aprendizagem, com o objetivo de adquirir conhecimentos para que,
utilizando de um conhecimento destinado a ensinar, possam lançar mão desse ensino
(de didática), para instruir alguém sobre algo. Procura-se buscar uma maneira mais
apropriada de se transmitir determinado conteúdo, adaptando-a a escolhas dentro
da Didática. Alguns autores discordam do termo “Didática do ensino de ....(nome da
disciplina)”, assim como Didática do Ensino de Arte, pois preconizam que o termo
mais adequado seria Metodologia do Ensino de Arte, considerando que didática
diz respeito ao ensino de qualquer conteúdo ou área. No presente curso, o estudoconsiderará as duas possibilidades, levando-se em conta, inclusive a denominação
da disciplina no curso.
Existem em sala de aula duas posições: a do proessor e a do aluno. Comumente, hoje
muito se ala: quem aprende é o proessor, quanto mais se ensina, mais se aprende. No
entanto, é também senso comum concluir que os conteúdos, os objetivos, a metodologia
etc, são propostas trazidas pelo proessor. Na Escola nova, como vimos anteriormente,
o proessor busca muitas vezas conteúdos que os alunos sugerem, mas, mesmo assim,
o proessor propôs o procedimento de escutar o aluno e, depois, sugerir o conteúdo. De
qualquer orma, é lógica a conclusão de que estava na mão do proessor decidir consultaro aluno sobre o que deverá ser trabalhado em sala de aula. Se um proessor se diz ‘mo-
derníssimo’ e não elabora os planejamentos, em nome de um livre-arbítrio do aprendiz,
isso é também uma escolha didático-pedagógica. Convém lembrar que didática implica
antes de tudo em seleção de quê e como azer. Relembrando o item anterior, Pedagogia,
oram vistas nele algumas tendências pedagógicas. Para cada uma delas, existe uma
didática que é mais adequada para promover o ensino pelo qual se optou.
Sendo assim, didática é um subitem de pedagogia, bem como uma ciência estreita-
mente relacionada à educação. Convoca uma série de comportamentos que são selecio-
nados para interagirem nessa espécie de matriz chamada proessor - conteúdo - aluno. Oproessor Cordeiro (2009), citando o lósoo John Pasmore, assim nos ala sobre tal matriz:
Uma pessoa ensina quando transmite atos, cultiva hábitos, treina
habilidades, desenvolve capacidades, ensina alguém a nadar ou a apreciar
música clássica, mostra como unciona um oguete lunar, ou que, e por que,
os planetas se movem em volta do sol (apud cordeiro, 2009, p.23).
Para esse mesmo autor, o ensino pode ser entendido como uma rela-
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ção triádica, isto é, que envolve três vértices e que pode ser expressa numa
armação do tipo “x ensina algo a alguém” (o proessor – o conteúdo do
ensino – o aluno). No entanto, ao contrário do que acontece em outros tipos
de relação, esse aspecto triádico pode car escondido no ensino, já que nemtodos os elementos da relação precisam ser explicitados.
[...] quando pretendemos descrever e entender o ensino, temos a
tendência de ignorar o conteúdo ou o aluno e nos concentrar apenas no
proessor e nas atividades que ele realiza. Passmore insiste que “os meios
que permitem saber se alguém é bom proessor não consistem em vericar
se escreve com clareza no quadro, se mantém a disciplina ou se sabe usar
o mais recente apoio visual, mas se os alunos aprendem o que lhes tenta
ensinar” (cordeiro, 2009, p. 23-24).
Conorme denição do dicionário, existe a indicação de técnica subjacente à
didática, muitos aspectos do azer, de como azer, como saber-azer serão importantes
para a disciplina. No entanto, tais técnicas deverão possuir uma denição bastante
consciente, trazendo infuências preconizadas nos dois itens estudados anteriormente.
É de importância undamental para o proessor compreender a palavra aprendizagem,
pois é o cerne do que se busca alcançar no processo didático.
Podemos dizer que a didática buscava muitos elementos na Filosoa antes do
século XX. A educação no século XX esteve muito arraigada em teorias de Psicologia,
da Biologia e da Sociologia. Assim, em séculos anteriores, a infuência mais signicativana educação era a Filosoa. Estudos sobre Biologia, Psicologia e Sociologia trouxeram
contribuições alusivas ao desenvolvimento ísico, considerando-se também as grandes
dierenças e particularidades cognitivas e aetivas. O mundo da criança oi estudado com
mais proundidade, destacando as singularidades de cada pessoa, as dierenças sociais
e ambientais. Hoje, porém, muitos educadores buscam alternativas, opções educacio-
nais que escapem das teorias psicológicas de teóricos como Freud, Piaget, Vygotsky, já
que trouxeram infuências da psicologia para a educação. Tais teorias já são bastante
transormadas, modicadas ou mesmo contestadas, mas ainda presentes em sala de
aula. O livro de Houdé, por exemplo, citado nas reerências, traz severas razões paraduvidarmos de muitas armações de psicólogos cujos estudos são ainda dominantes
na educação. Didática seria então um campo repleto de infuências de tudo que diz
respeito a vivências do ser humano. Contemporaneamente, presenciamos a violência
como aspecto marcante na sociedade brasileira, ator que traz consequências para a
escola. Alguns procedimentos já devem estar sendo considerados sobre de que orma
tais acontecimentos implicam em uma nova postura do proessor, do pedagogo e de
todos os prossionais que atuam na escola.
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Sem ser esquecida a dimensão de sala de aula, instituição escolar, que é o un-
damento deste curso (atuar em instituição escolar), as bases teóricas devem estar re-
lacionadas ao que se pretende ensinar (Arte). Duas vertentes estão correlacionadas no
processo de ensino: a Didática e a Arte. Duas áreas que deverão ser consideradas paraque se consiga uma aprendizagem ideal: didática do ensino de Arte. Objetivos, conte-
údos, métodos, recursos serão pensados e repensados sem perder a dimensão refexão
– ação – refexão. Teoria e prática devem caminhar como que ormando um corpo único
em direção ao aprimoramento constante da transmissão de conhecimento, introdução
do aprendiz em um processo de pensar sobre a disciplina proposta. O proessor pode
tornar seu desempenho mais signicativo para si e para os alunos, se estiver consciente
dos processos de ensino, da situação que está desempenhando, seja na hora de refetir,
estudar, planejar, seja no momento em que atua em sala de aula. É também responsável
pela qualidade e quantidade de inormação que possui sobre a Didática e a Arte, sejana vertente da teoria, como história da arte e da losoa da arte ou dos processos de
se azer arte na escola sem perder de vista a devida contextualização das questões que
são trazidas pelos alunos sobre o assunto que está trabalhando.
Globalização, semelhança entre vários países do sistema escolar, é um discurso
presente nas teorias de muitos didatas. Cordeiro entende que semelhanças importantes
perlam a denição do termo gramática escolar, usado por muitos outros autores.
Arma que uma das primeiras áreas que se tornaram globais oram as escolas das
massas. Algumas características são bastante comuns em todo o mundo, quando se
ala em escola:
Esse conjunto de mecanismos, que passava (e ainda passa) pela pu-
blicação de livros e revistas, organização de conerências e encontros
internacionais de educadores e administradores públicos, intercâmbio e
especialistas do mundo, acabou constituindo a imagem do que deveria ser
pensado como os melhores meios de se entender a escolarização para o
maior número de pessoas em todos os países. Desse modo é que se podem
entender as proundas semelhanças entre os sistemas de ensino, indepen-
dente da melhor ou pior posição econômica ou política do país conside-rado. Por exemplo, em todos os lugares acaba se consolidando uma escola
primária de quatro anos e depois um ensino undamental que abrange oito
ou nove anos de escolaridade, destinados a crianças entre seis e catorze
anos de idade. O conjunto de disciplinas ou áreas de estudo que compõem
o currículo dessa escola é também bastante semelhante. A duração das
aulas é também similar, embora a jornada escolar diária ou semanal tenha
alguma variação considerável, tendo se consolidado nos países ditos mais
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desenvolvidos, uma jornada entre seis e oito horas diárias de estudo. Tam-
bém há similaridades dos métodos de ensino, dos materiais didáticos e das
propostas pedagógicas mais prestigiadas em cada momento, entre outros
aspectos que podem ser considerados.Ao mesmo tempo em que consolidava um modelo dominante de esco-
larização, certos países e certas propostas pedagógicas eram escolhidas, por
parte dos especialistas envolvidos nos mecanismos de diusão desse modelo,
como sociedades de reerência. Assim, as experiências pedagógicas da Ingla-
terra, da França, dos Estados Unidos, da Suíça, da Bélgica ou da Alemanha iriam
uncionar como situações exemplares a serem imitadas ou mesmo copiadas
por todos os outros países (cordeiro, 2009, p. 17).
Quando o autor cita “ensino primário” no texto acima, está se reerindo aos quatroprimeiros anos do Ensino Fundamental. Mais adiante, ressalta que o processo de recep-
ção de tal modelo unciona guardando determinadas dierenças regionais, levando-se
em conta várias particularidades geográcas, culturais etc. Se or pensado o espaço í-
sico de uma sala de aula, pode ser vericado a amiliaridade em todos os lugares: existe
um local do proessor, mesa, outras mesas para os alunos, um quadro para se escrever,
cartazes, sala de reuniões, aparelhos de reprodução de imagem (quando a situação -
nanceira permite), ajudantes de limpeza, secretários, coordenadores, direção, outros.
Sendo assim, torna-se impossível pensar a atuação em sala de aula de orma des-
contextualizada do local, da realidade dos alunos que raquentam a mesma, da situaçãoeconômica, do nível da violência local, das crenças religiosas.Também é importante o
acompanhamento que o aluno recebe em casa das atividades escolares.
Pedagogia implica em um estudo que busca o ideal na ormação humana, sendo
que demanda determinada refexão para alcançar tal objetivo, que vem ao encontro
às necessidades e aspirações de um contexto social. Didática estará apoiada na pe-
dagogia mais adequada para tal sociedade, considerando-se o desempenho em sala
de aula. É uma parte da pedagogia (Haydt, 2006). Cabe ao proessor estar inormado
e atento para compreender as aspirações da comunidade, bem como detectar com
sensibilidade e sabedoria a condição mutante social e individual (pois que o homemestá constantemente em transormação).
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SITUAÇÕES DE APRENDIZAGEM
1. Reita sobre o texto abaixo, palavras de Libâneo citada nesse material impresso
de didática:
O caráter pedagógico da prática educativa se verica como ação cons-
ciente, intencional e planejada no processo de ormação humana, através de
objetivos e meios estabelecidos por critérios socialmente determinados e que
indicam o tipo de homem a ormar, para qual sociedade, com que propósito.
Vincula-se, pois, as opções sociais e políticas reerentes ao papel da educação
num determinado sistema de relações sociais. A partir daí, a pedagogia pode
dirigir e orientar a ormulação de objetivos e meios do processo educativo.
(libâneo
, 1993, p. 24).
· Considere o que diz respeito à ormação de um homem, levando-se em conta as
dierenças regionais.
· Observe o modo de vida das pessoas do município no qual você habita: o cotidiano
com seus aazeres, desejos da população em dierentes aixas etárias, necessidades
existentes em dierentes aspectos e áreas, demandas etc. Depois de tal reexão,
elabore um artigo de uma lauda para ser publicado no jornal local, intitulado Edu-
cação para o povo deste meu lugar.
· Poderá determinar uma aixa etária precisa, elaborando suas sugestões para amesma, ou alar em uma educação de um modo geral, que sirva para qualquer nível
de ensino.
· Não está sendo considerado, por enquanto, ensino de Arte, mas Educação de um
modo global. Talvez você possa mesmo detectar que Arte é uma das maiores neces-
sidades, mas para tal deverá azer sua justifcativa. Aliás, suas propostas devem ser
necessariamente justifcadas.
· Quanto ao levantamento dos dados, o artigo poderá ser undamentado também
em sua própria vivência; entrevistar várias pessoas; considerar experiências bem su-
cedidas em outros municípios; ter como ponto de partida determinado autor comsuas teorias sobre educação etc.
CORREÇÃO: Será considerada a pertinência dos termos utilizados para um jornal, bem
como do texto em relação à disciplina ministrada; as justicativas apresentadas para
suas propostas; a qualidade da redação em termos fuência das idéias, de ortograa,
concordância verbal e nominal; relevância da proposta por você colocada, bem como
outros critérios que poderão ser apontados pelo tutor.
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2) Foram estudadas dierentes tendências pedagógicas, mencionando a pedagogia
tradicional, a pedagogia nova e a crítico-social dos conteúdos. Busque na internet,ou em livros (nas reerências constam vários títulos) maiores detalhes sobre tais ten-
dências. Para cada uma das dierentes vertentes, elabore uma lauda, buscando carac-
terísticas das mesmas que não tenham sido contempladas nesse material impresso.
Ao fnal, o trabalho deverá ter três laudas.
Poderá ser abordada a educação de um modo geral ou especíco sobre Arte.
CORREÇÃO: Serão avaliadas a pertinência das armações sobre cada tendência, bem
como a qualidade da redação em termos de fuência das ideias; ortograa; acentua-ção gráca; concordância verbal e nominal ou outros aspectos considerados relevantes
pelo tutor presencial.