2 – Radiação Solar e o Ambiente da Energia

A fonte de energia para o sistema terrestre é a radiação solar. A terra recebe constantemente essa energia advinda do sol. Porém a terra possui ferramentas que impedem que essa energia entre por inteiro no sistema. Se entrasse por completo seria uma fatalidade para os seres vivos terrestres pois, sua adaptação só permite viver em ambientes com até certo nível de radiação. Em média 30% da energia vinda do Sol é refletida, 70% resultam em calor, evaporação, precipitação, vento e assim por diante, acionando os sistemas meteorológicos, o ciclo da água e criando uma temperatura tolerável. Menos de 1% é para a fotossíntese e inicia o ciclo de energia fundamental para a vida na terra.

3 – Conceito de Produtividade

A taxa a que a energia radiante é convertida em substâncias orgânicas pelas atividades fotossintética e quimiossintética dos organismos produtores.

Quatro passos sucessivos no processo de produção:

1 – PPB – Produtividade Primária Bruta Taxa total de fotossíntese incluindo a matéria orgânica consumida pela respiração. Todo alimento, glicose, sintetizado pelo indivíduo autótrofo.

2 – PPL – Produtividade Primária LíquidaTaxa de armazenamento de alimento, glicose nos tecidos vegetais, ou seja, o que excede o uso respiratório ( R ). PPB = PPL + R Obs: Também chamado de assimilação líquida.

3 – Produtividade Líquida da ComunidadePPL – Consumo heterotrófico

4 – Produtividade SecundáriaTaxa de armazenamento de energia nos níveis consumidores. É designado como assimilação ao invés de produção.

É importante sempre aliado ao calculo dessas taxas, a consideração do fator tempo.

Não confundir Biomassa com Produtividade. Uma área com mato alto não significa necessariamente alta produtividade. O mato pode estar em

crescimento a muito tempo. Esse seria um exemplo de confusão entre os conceitos.

Existe, na questão da produtividade, a relação PPB = PPL +R. Em altas latitudes observa-se uma produtividade líquida maior em comparação a baixas latitudes. Isso se deve justamente a respiração, que nos trópicos é mais exigente.

Razão alimento/fibra ou razão de rendimento, a questão do aumento da produção de alimentos através da seleção genética. Produz-se mais na parte comestível em detrimento da defesa natural. Tem-se menos energia para produzir compostos químicos anti-herbívoros.

As variedades com mais rendimento produzidas pela Revolução Verde, justamente devido a sua alta razão de rendimento, devem ser acompanhadas do uso de subsídios ou seus benefícios são invalidados. O exemplo da Revolução Verde é um dos que até hoje tem consequências ecológicas graves que não foram medidas no momento em que os geneticistas fizeram suas descobertas e ganharam o premio Nobel.

Subsídio de Energia

Algo que influencia muito na produtividade primária são os fatores externos. Quando favoráveis reduzem os custos de manutenção.“aumento da dissipação da desordem” “ dissipação da entropia”Relação entre subsídio de energia necessário para colher uma caloria de alimento. Odum alerta para o modelo de agricultura convencional que usa, em média, 10 calorias de subsídio para produzir uma caloria de alimento. Ou seja, o seu grande rendimento requer vitalmente a entrada de uma grande quantidade de subsídios.Os agroecossistemas, como regra geral, não superam a produtividade bruta dos ambientes naturais.Comunidades naturais + subsídios naturais = Grande PPB

Pirâmides Ecológicas – página 102

Pirâmides ecológicas é um esquema que se faz para demonstrar em números a relação ecológica entre os indivíduos participantes de um mesmo ecossistema. Tem três principais tipos: Energia, Biomassa e Número. A energia compara a quantidade de energia em cada nível trófico. A Biomassa compara a quantidade de biomassa em cada nível trófico. Em Número compara a quantidade de indivíduos por nível trófico. Odum

defende que a pirâmide ecológica baseada em energia é mais confiável, e, sempre fica em forma real de pirâmide (base larga e parte superior fina).

Medidas da Produção Primária – Página 104