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Calor (Sobrecarga Térmica): pela análise de suposta hora desfavorável, com base na NR-15- anexo 03. PROCEDIMENTOS DE AVALIAÇÃO Abordagem dos locais e das condições de trabalho A avaliação de calor foi feita de modo a caracterizar a exposição de todos os trabalhadores considerados no estudo. Identificaram-se grupos de trabalhadores que apresentavam iguais características de exposição – grupos homogêneos. As avaliações foram realizadas cobrindo trabalhadores cuja situação correspondia à exposição “típica” do grupo considerado. Para que as medições fossem representativas da exposição ocupacional. O período de amostragem foi adequadamente escolhido,de maneira a considerar os 60 minutos corridos de exposição que correspondam à condição de sobrecarga térmica mais desfavorável, considerando-se as condições térmicas do ambiente e as atividades físicas desenvolvidas pelo trabalhador. Portanto, a identificação do período de exposição mais desfavorável foi feita mediante análise conjunta do par de variáveis, situação térmica e atividade física, e nunca por meio de análise isolada de cada uma delas. Condições de exposição não rotineiras, decorrentes de operações ou procedimentos de trabalho previsíveis mas não habituais, foram avaliadas e interpretadas isoladamente, considerando-se a sua contribuição na caracterização da exposição ocupacional do trabalhador exposto. Foram obtidas informações administrativas, necessárias à caracterização da exposição dos trabalhadores, e as mesmas foram confirmadas por observações de campo. Equipamentos de medição

Calor - Relatório Técnico

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Calor (Sobrecarga Trmica): pela anlise de suposta hora desfavorvel, com base na NR-15- anexo 03.PROCEDIMENTOS DE AVALIAO

Abordagem dos locais e das condies de trabalho

A avaliao de calor foi feita de modo a caracterizar a exposio de todos os trabalhadores considerados no estudo.

Identificaram-se grupos de trabalhadores que apresentavam iguais caractersticas de exposio grupos homogneos.

As avaliaes foram realizadas cobrindo trabalhadores cuja situao correspondia exposio tpica do grupo considerado.

Para que as medies fossem representativas da exposio ocupacional.

O perodo de amostragem foi adequadamente escolhido,de maneira a considerar os 60 minutos corridos de exposio que correspondam condio de sobrecarga trmica mais desfavorvel, considerando-se as condies trmicas do ambiente e as atividades fsicas desenvolvidas pelo trabalhador. Portanto, a identificao do perodo de exposio mais desfavorvel foi feita mediante anlise conjunta do par de variveis, situao trmica e atividade fsica, e nunca por meio de anlise isolada de cada uma delas.

Condies de exposio no rotineiras, decorrentes de operaes ou procedimentos de trabalho previsveis mas no habituais, foram avaliadas e interpretadas isoladamente, considerando-se a sua contribuiona caracterizao da exposio ocupacional do trabalhador exposto.

Foram obtidas informaes administrativas, necessrias caracterizao da exposio dos trabalhadores, e as mesmas foram confirmadas por observaes de campo.

Equipamentos de medio

Utilizou-se equipamento eletrnico para a determinao do IBUTG, sendo que a esfera utilizada no dispositivo de medio da temperatura de globo de cobre, oca, de aproximadamente 1 mm de espessura e com dimetro de 152,4 mm, pintada externamente de preto fosco, com emissividade mnima de 0,95.

O pavio utilizado no dispositivo de medio da temperatura de bulbo mido natural de forma tubular, de tecido com alto poder de absoro de gua.

Os medidores foram utilizados dentro das condies de umidade, temperatura, campos magnticos e demais interferentes especificados pelos fabricantes.

Equipamentos e acessrios complementares

Trip do tipo telescpico

Dispositivo, pintado de preto fosco, destinado montagem e posicionamento do equipamento de medio, na altura necessria para a correta avaliao da exposio ocupacional ao calor.

Procedimentos de medio

Aspectos gerais

Antes de serem iniciadas as medies para a determinao do IBUTG, foi observado o que segue:

Quanto aos equipamentos eletrnicos de medio:

Verificou-se a integridade eletromecnica e a coerncia no comportamento de resposta do instrumento;

verificou-se a suficincia de carga das baterias para o tempo de medio previsto;

Efetuou-se a calibrao de acordo com as instrues do fabricante;

Verificou-se a necessidade da utilizao de cabo de extenso para eliminar a influncia de interferncias inaceitveis;

Procedeu-se umidificao prvia do pavio.

Conduta do avaliador:

Evitou-se que seu posicionamento e conduta interferissem na condio de exposio sob avalio, para no falsear os resultados obtidos.

Adotaram-se medidas necessrias para impedir que o usurio, ou qualquer terceiro, pudesse fazer alteraes na programao do equipamento, comprometendo os resultados obtidos;

Informou-se o trabalhador a ser avaliado que:

- a medio no iria interferir com suas atividades habituais, devendo manter a sua rotina de trabalho.

- o equipamento de medio s poderia ser removido pelo avaliador;

- o equipamento de medio no poderia ser tocado ou obstrudo.

Posicionamento do conjunto de medio

A altura de montagem dos equipamentos coincidiu com a regio mais atingida do corpo. Quando esta no for definida, o conjunto foi ser montado altura do trax do trabalhador exposto.

Medies

A avaliao da exposio ao calor foi feita por meio da anlise da exposio de cada trabalhador, cobrindo-se todo o seu ciclo de exposio.

Portanto, foram feitas medies em cada situao trmica que compe o ciclo de exposio a que fica submetido o trabalhador. Ressaltamos que o nmero de situaes trmicas, em determinados casos, foi superior ao nmero de pontos de trabalho, j que no mesmo ponto ocorreram duas ou mais situaes trmicas distintas.

As temperaturas medidas so a temperatura de bulbo mido natural (tbn), a temperatura de globo (tg) e a temperatura de bulbo seco (tbs). Em locais em que no houve a presena de carga solar direta no foi necessria a medio da temperatura de bulbo seco.

As leituras das temperaturas foram sempre iniciadas aps a estabilizao* do conjunto na situao trmica que est sendo avaliada, e repetida a cada minuto. foram feitas no mnimo trs leituras. Os valores atribudos ao tg, ao tbs e ao tbn correspondem s mdias das leituras, respectivas a cada temperatura, contidas no referido intervalo.

As condies trmicas de curta durao, inferiores ao tempo de estabilizao, foram avaliadas por meio de simulao. Este procedimento consistiu em estender o tempo de durao das referidas condies trmicas, de modo a permitir a estabilizao e as leituras necessrias para a avaliao da exposio.

O tempo de permanncia do trabalhador em cada situao trmica que compe o ciclo de exposio foi determinado atravs da mdio-aritmtica de no mnimo trs cronometragens, obtidas observando-se o trabalhador na execuo do seu trabalho.

Anlogo determinao das diversas situaes trmicas, foi, igualmente, identificada as distintas atividades fsicas exercidas pelos trabalhadores em estudo e estimado o calor produzido pelo metabolismo em cada uma delas.

* O tempo necessrio para a estabilizao do conjunto pode ser de at 25 minutos.

Foi registrado em planilha de campo, para cada situao trmica identificada:

O horrio de incio e fim da medio;

A descrio das caractersticas ambientais e operacionais que a compem;

Os dados obtidos nas medies de temperatura;

Os dados de cronometragem do tempo de durao da situao.

E para cada atividade fsica identificada:

A descrio das operaes e procedimentos que a compem;

Os dados de cronometragem do tempo de durao da atividade

ANEXO

ATIVIDADE OU OPERAES QUE EXPONHAM O TRABALHADOR

PERCENTUAL

ANEXO- 03

Exposio ao calor com valores de IBUTG superiores aos limites de tolerncia fixados nos quadros n 1 e 20%

MEIOS DE PROPAGAO E POSSIVEIS DANOS

SAUDETEMPERATURAS EXTREMAS (CALOR): As formas de propagao do calor no ambiente so: radiao (atravs de ondas infravermelhas), conduo (atravs de materiais) e conveco (movimentao de meios lquidos ou gasosos). Pode causar ao trabalhador desconforto trmico, vaso dilatao sangunea, elevada ativao das glndulas sudorparas, fadiga, insolao ou intermao (pele seca), desidratao, perturbao nas funes cardiovasculares, prostao trmica, cibras de calor, devido perca de sal, queimaduras, intertrigo, urticria e catarata (pelo calor irradiante).10

DESENVOLVIMENTO

Para elaborao do presente laudo, realizamos durante o Ms de MARO DE 2013 vistorias nas instalaes a fim de verificar as condies de segurana e higiene do trabalho, objetivando a elaborao do LTCAT, conforme determinao da Legislao Vigente.

Anlise das Condies de Trabalho

Para facilitar o entendimento da anlise, esta foi separada por atividades e grupos homogneos.

O presente trabalho extensivo a todos os setores e funcionrios desta empresa.

O trabalho desenvolvido procura alinhar os aspectos humanos, materiais e ambientais, os quais so invariavelmente relacionados entre si, para tanto foram levados em considerao as Normas Regulamentadoras e as determinaes do Ministrio do Trabalho.

Com relao aos instrumentos utilizados, critrios de avaliao, estes seguem o padro, considerados ideal no mundo todo.

Cumpre-nos esclarecer que houve participao dos funcionrios da Empresa na coleta de dados e na prestao de informaes vitais, de exclusiva responsabilidade dos informantes.

As informaes e investigaes constantes nesse relatrio so baseadas nas informaes e dados colhidos durante o levantamento tcnico realizado. Quaisquer modificaes nas instalaes, equipamentos, mtodos e processos, podero alterar os valores e informaes constantes neste trabalho.

GHE GRUPO HOMOGNEO DE EXPOSIO

O Grupo Homogneo de Exposio envolve um grupo de trabalhadores que exercem atividades diferentes ou similares dentro de um mesmo ambiente de trabalho, ou seja, expostos aos mesmos agentes ambientais.O conceito de Grupo Homogneo de Exposio (GHE) conforme o manual da NIOSH Occupational Expsure Sampling nos diz que: GHE corresponde a um grupo de trabalhadores, que experimentam exposio semelhante, de forma que o resultado fornecido pela avaliao da exposio de qualquer trabalhador do grupo seja representativo da exposio do restante dos trabalhadores do mesmo grupo.1 PROPOSTA

FORNO

GHE: 09DATA: 30/04/2013

FORNOJornada de Trabalho: 06 horas dirias

Trabalhos em Turnos: (x) Sim ( ) No

RESUMO DAS ATIVIDADES

Funo Quant.Atividades

Forneiro

04Executar operaes ligadas perfurao, vazamento, tamponamento do Alto Forno, preparao dos canais de corrida, fiscalizar a refrigerao geral do Alto Forno e realizar a limpeza do local.

AVALIAO QUANTITATIVA

EXPOSIO AOS RISCOSCONTINUO

AGENTES IDENTIFICADOSPARMETRO LEGAL

Calor:

IBUTG: = 36,8 CFonte Geradora: FornoMdia Ponderada:

TU = 29,0 C

TS = 31,1 C

TG = 40,6 CAtividade

PesadaMetabolismo

440 Kcal/hNR-15/Anexo 3:

IBUTG = 25,0 para Trabalho Continuo

Observaes: Controle da PAIR (Perda Induzida pelo Rudo) e Controle Mdico.

Possveis Danos:

Fsicos: Rudo e Calor

Medidas de Controle UtilizadasMedidas de Controle Recomendadas

ADMINISTRATIVA: Orientaes de segurana / palestras e procedimento de segurana.EPC: Extintores de incndio, sinalizao de segurana.

EPI: Calado de segurana solado trmico, capacete Celeron, culos meia haste, cinto abdominal ergonmico, Bluso de Raspa, Protetor facial aluminizado, touca de raspa, luva pigmentada, protetor auricular tipo concha, luva de raspa e mascara de proteo PFF2.Eliminar os agentes causadores de insalubridade atravs da adequao e controle das fontes geradoras de risco, ou da implantao de equipamentos de proteo coletiva.

Recomendamos que seja realizado um estudo com relao aos agentes causadores de calor, visando implantao de um meio que reduza a temperatura junto ao ambiente de trabalho (ver proposta de correo tcnica).

2 PROPOSTA

FICHA DE AVALIAO AMBIENTAL - LTCAT

POSTO DE TRABALHO: Operacional PADARIA

CARGO/FUNO: Jornada de Trabalho:

07h 20 de Segunda-Feira Sbado

TRABALHADORES EXPOSTOS: 05DATA: 29/07/2013

DESCRIO DAS ATIVIDADES

Agentes FSICO

QUMICO

BIOLGICO

ERGONMICO

MECNICO OU DE ACIDENTE

FONTE GERADORA:

CARACTERIZAO DA EXPOSIO:Intermitente e Continuo.

POSSVEIS DANOS A SADE RELACIONADOS AOS RISCOS:

.

MEDIDAS DE CONTROLE EXISTENTES:

MEDIDAS DE CONTROLE RECOMENDADAS:

AVALIAO QUANTITATIVA

CALOR

Padaria:

Regime de Trabalho-descanso, com descanso em outro local.

Ciclo de Trabalho encontrado (fonte geradora):

rea de Descanso: Bancada (24 min) Trabalhando

rea de Trabalho: Forno (36 min) Trabalhando

Calor Encontrado:

Ponto 01 (Descanso): IBUTG: 27,9 C

Mdia PonderadaTGTBN

29,3 C23,5 C

Calor Encontrado:

Ponto 02 (Forno): IBUTG: 27,9 C

Mdia PonderadaTGTBN

32,0 C25,3 C

Tipo de Atividade (Moderada)

Metabolismo rea de Descanso: 220 Kcal/h

Metabolismo rea de Forno: 300 Kcal/h

Mdia Ponderada

Metabolismo Mdio: 268 kcal/h

IBUTG Mdio: 30,4 C

* Parmetro Legal: para M=268 Kcal/h o IBUTG mximo permitido de 27,5 C

Os limites de Tolerncia para Exposio ao Calor, em conformidade NR 15, anexo 3 e Trabalho contnuo Quadro de Atividades Moderada de at 26,7 C, sendo que valores acima do referido se faz necessrio iniciar medidas preventivas, conforme NR 9.3.6.1.CONCLUSO

Para o IBUTG encontrado recomendamos que os colaboradores trabalhem em regime de 15 minutos de trabalho e 45 minutos de descanso em ambiente termicamente mais ameno, com o trabalhador em repouso ou exercendo atividade mais amena.

Portanto dever a empresa adotar mecanismos de ordem coletiva e administrativa a fim de tornar o ambiente salubre