CÁLCULO DE CISTINA

Embed Size (px)

Citation preview

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    1/32

    CLCULO DE CISTINA

    Grupo: Jos Aparecido Job Neto

    Lucas Denadai

    Luiza Moulin Marino

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    2/32

    AMINOCIDOS ESSENCIAIS E NO ESSENCIAIS

    20 tipos de aminocidos.

    9 devem ser obtidos a partir da dieta, pois no sosintetizados no corpo ou so sintetizados em quantidadeinsuficiente: AMINOCIDOS ESSENCIAIS (Valina, Leucina,Isoleucina , Lisina, Metionina, Fenilalanina, Treonina,Triptofano

    e Histidina).

    Os outros 11 aminocidos podem ser sintetizados noorganismo a partir de intermedirios do metabolismo:

    AMINOCIDOS NO ESSENCIAIS.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    3/32

    AMINOCIDOS NO ESSENCIAIS:

    Alanina (formada a partir do Piruvato); Aspartato (formado a partir do Oxaloacetato) Glutamato (formado a partir do a-cetoglutarato)

    Glutamina (formado a partir do Glutamato) Prolina (formado a partir do Glutamato) Cistena (formado a partir da Metionina) Tirosina (formada a partir da Fenilalanina) Asparagina (formado a partir do Aspartato)

    Serina ( formada a partir do 3-fosfoglicerato) Glicina (formado a partir da Serina) Arginina (formado no ciclo da uria)

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    4/32

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    5/32

    ABSORO DE AMINOCIDOS DA DIETA

    A digesto de protenas pode ser dividida em fases gstrica,pancretica e intestinal (dependendo da fonte das peptidases).

    A absoro dos produtos da digesto protica (aminocidos,dipeptdeos e tripeptdeos) ocorre por trs mecanismos detransporte:-Transporte passivo por difuso simples-Transporte passivo por difuso facilitada

    -Transporte ativo (co-transporte de ons Na+ e H+)

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    6/32

    Aminocidos livres utilizam tanto o sistema passivo quanto oativo.

    J os dipeptdeos e tripeptdeos utilizam predominantemente osistema ativo(principalmente co-tranportadores de H+).

    As clulas intestinais captam dipeptdeos e aminocidos;hidrolisam os dipeptdeos e liberam os produtos da digesto parao sistema porta. O fgado metaboliza os aminocidos ou os liberapara a circulao geral.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    7/32

    A cistina, aminocido de nosso interesse neste caso, transportada principalmente por difuso facilitada. Por possuir2 grupos carboxilas e 2 alfa aminos, ela POLAR, e ,portanto, necessita de um carregador proteicotransmembranceo para cruzar a membrana plasmtica

    epitelial.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    8/32

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    9/32

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    10/32

    GRUPO SH E PONTES DISSULFETO

    Uma ponte dissulfeto uma ligao covalente formada pelosgrupos sulfidrila ( SH) de dois resduos de cistena para produzirum resduo de cistina.

    H CH2

    SH

    H

    C

    O

    CN

    C

    H

    CH2SH

    H

    C

    O

    N

    Resduos deCistena

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    11/32

    Uma ponte dissulfeto uma ligao covalente formadapelos grupos sulfidrila (SH) de dois resduos de cistenapara produzir um resduo de cistina.

    H CH2

    S

    H

    C

    O

    CN

    C

    H

    CH2

    S

    H

    C

    O

    N

    Resduos deCistina

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    12/32

    As duas cistenas podem estar separadas por muitosaminocidos na sequncia primria de um polipeptdeo, oupodem estar localizadas em duas cadeias polipeptdicasdiferentes.

    O dobramento da(s) cadeia(s) polipeptdica(s) aproxima osresduos de cistena e permite a ligao covalente de suascadeias laterais.

    As pontes dissulfeto contribuem para a estabilizao da

    estrutura tridimensional da molcula protica, o que dificulta suadesnaturao.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    13/32

    Pontes dissulfeto (oxidao) so raramente encontradas emprotenas intracelulares, sendo mais frequentes em protenassecretadas para o meio extracelular. Como a maioria dosambientes intracelulares tm um carter redutor, as pontesdissulfeto so, com algumas excees, instveis no citoplasma.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    14/32

    CASO CLNICO

    Um rapaz de 14 anos deu entrada em um pronto socorro comqueixa de dor intensa e repentina no flanco esquerdo.

    A dor tinha carter de clica e se irradiava para a regiohipogstrica.

    Interrogado, relatou eliminao de urina turva nas duas

    semanas que precederam a crise de dor.Alm da reao dolorosa, o exame fsico revelou temperatura

    corprea de 37 C.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    15/32

    Exame de urina: presena de hemcias, leuccitos e cristaisfinos e hexagonais.

    Urina de 24h: cistina: 120 mg (normal: < 38,1 mg); quantidadesanormalmente elevadas ornitina, lisina e arginina.

    Raio-x de abdome: presena de vrias reas de densidadeaumentada, interpretadas como clculos renais.

    O teste de tolerncia oral cistina provocou aumento

    exagerado da concentrao desse aminocido no plasma.

    Foi institudo o tratamento: dieta adequada e penicilamina.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    16/32

    IMPORTNCIA DA CISTENA E DA CISTINA

    A cistena auxilia na produo de colagneo, promove aelasticidade e a textura da pele (alfa-queratinas).A glutationa, um importante antioxidante do organismo, um

    peptdeo formado por cistena, glicina e cido glutmico.A cistena possui diversas aes desintoxicantes. Emmedicamentos, a N-acetilcistena utilizada para melhorar afuno heptica e pigmentao, incluindo manchas e sardas.A cistina auxilia nos processos de cicatrizao, tanto ps-

    cirrgicas quanto de feridas e queimaduras em geral. Estpresente em protenas da pele e do cabelo, na insulina, e emenzimas como a papana e o tripsinognio.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    17/32

    BASES FSICO-QUMICAS PARA A FORMAODE CLCULOS

    A solubilidade da cistina na urina em torno de 300mg/L em

    pH de 7,2 e triplica quando o pH alcana 8,0. Para altasconcentraes (em determinados valores de pH) a cistinacomea a precipitar-se com cristalizao em formashexagonais, formando clculos.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    18/32

    A Cistena sintetizada a partir do metabolismo da metionina,

    segundo indicado abaixo:Metionina

    S-Adenosilmetionina

    S-Adenosil-homocistena

    Homocistena

    Serina

    Cistationina

    Cistena

    A vitamina B6 age comocoenzima em alguma dessasreaes.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    19/32

    CISTINRIA

    Erro inato do metabolismo.Doena rara e hereditria (autossmica e recessiva).

    Incidncia aproximada de 1/10000 pessoas.Incidncia em pacientes litisicos de 1 a 4%.Manifesta-se na forma heterozigota (moderada) e homozigota,sendo esta ltima relacionada formao de clculos (maisfrequente na segunda e na terceira dcada de vida).

    Afeta igualmente ambos os sexos.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    20/32

    A cistina um aminocido eliminado em excesso na urina pordeficincia de reabsoro dos tbulos contorcidos proximaisrenais. Esse aminocido cristaliza-se em pHs cidos devido asua pouca solubilidade nessa faixa de pH.

    INDIVDUO CONCENTRAO DA CISTINA NAURINA (mg/24h)

    ADULTOS NORMAIS INFERIOR A 30

    HETEROZIGOTOS ENTRE 30 E 400

    HOMOZIGOTOS RECESSIVOS SUPERIOR A 400

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    21/32

    EXCREO DE CISTENA E DE AMINOCIDOSBSICOS

    Distrbio no transporte de aminocidos dibsicos atravs dasmembranas do epitlio renal tubular e da mucosa intestinal.

    Excreo urinria anormal de cistina e outros aminocidosdibsicos com estrutura semelhante (arginina, lisina e ornitina)que tendem a partilhar o mesmo transportador de membrana. A cistina o mais insolvel dos aminocidos e suaconcentrao na urina pode originar clculos no sistema

    urinrio.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    22/32

    CISTENA

    ARGININA

    LISINA

    ORNITINA

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    23/32

    CLCULOS DE CISTINA

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    24/32

    SINTOMAS

    Presena de clculos no sistema urinrio. Clicas. Eliminao de clculos na urina. Hematria (urina turva, presena de hemcias e leuccitos). Infeco urinria (febre). Insuficincia renal crnica.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    25/32

    DIAGNSTICOAnamnese e exame fsico. Observao dos sintomas. Raio-x de abdome.

    Diagnstico Laboratorial:Urina de 24h Cistinria.Urina fresca ps jejum (primeira urina da manh)

    pesquisa dos cristais hexagonais de cistina.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    26/32

    TRATAMENTO

    O aumento do volume urinrio(atravs de dieta hipossdica eaumento da ingesto de lquidos) permite que a concentraode cistina na urina diminua, evitando-se a formao de

    clculos. O volume urinrio deve ser de proximadamente 2 a 3litros por dia.

    Controle do pH: aumento do pH urinrio de modo a elevar asolubilidade da cistina na urina. Consegue-se isso

    principalmente pela ingesto de Citrato de Potssio e/ouBicarbonato de Sdio.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    27/32

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    28/32

    Em pacientes heterozigotos, com cistinria moderada ( 400mg/24 horas,est indicado, alm das medidas acima, drogas que transformama cistina num composto mais solvel (D-penicilamina oualfamercaptopropionilglicina).

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    29/32

    AO DA PENICILAMINA NO TRATAMENTO

    Pode-se evitar a formao de clculos atravs de uso demedicamentos que interajam com a cistena, formando pontesdissulfeto com ela. O produto formado cerca de 50 vezes mais

    solvel que a cistina.

    A D-Penicilamina mais barata e disponvel no Brasil, masapresenta uma incidncia maior de efeitos colaterais comofebre, erupes cutneas e dores articulares. Portanto, deve-se

    considerar o uso de outros medicamentos como aalfamercaptopropionilglicina.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    30/32

    uma molcula com estrutura muito semelhante a cistena:a nica diferena e a presena de dois gurpos metil.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    31/32

    Penicilamina combina-se com a cistena por uma pontedissulfeto. Adquire forma semelhante a cistina, porm 50 vezes maissolvel. Outros medicamentos tem mecanismo semelhante: captopril ou

    N-acetilcistena.

  • 8/8/2019 CLCULO DE CISTINA

    32/32

    BIBLIOGRAFIA

    Devlin, Thomas; Manual de Bioquimica com correlacoesclinicas. Editora Edgard Blucher. Quinta edicao, 2003 Montgomery, Rex. Bioquimica. Uma abordagem dirigida por

    casos. Editora Artes Medicas. Quinta edicao,1994 Marks, Dawn et al. Basic Medical Biochemistry: A Clinical

    Approach. Editora Lipincott Williams s Wilkins. 2nd Edition Cox, Michael; Nelson, David; Lehninger Principles ofBiochemistry; W. H. Freeman. Quarta edio, 2004

    Nestor Schor Ita Pfeferman Hailberg. Calculose Renal,Fisiopatologia, Diagnostico, Tratamento. Editora Sarvier, 1995