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Cadernos da Educação Municipal - Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores

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Publicação da Secretaria de Educação, Esporte e Lazer da Prefeitura do Recife sobre o Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores

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  • Almirante Soares Dutra, E.M.

    Antnio Herclio, E.M

    Arraial Novo do Bom Jesus, E.M.

    Campina do Barreto, E.M.

    Ccero Franklin Cordeiro, E.M.

    Creusa de Freitas Cavalcanti, E.M.

    Cristiano Cordeiro, E.M.

    da Guabiraba, E.M.

    da Iputinga, E.M.

    N Projetos de instalao Projetos de reestruturao

    01 Andr de Melo, E.M.

    02 Antnio Tibrcio, E.M

    03 Carlcio de Souza Castanha Jr,

    04 Clia Arraes, E.M.

    05 Crrego da Bica, E.M.

    06 Deputado Fernando Sampaio, E.M.

    07 do Pantanal, E.M.

    08 Engenheiro Guilherme Diniz, E.M.

    09 General San Martin, E.M.

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  • N Projetos de instalao Projetos de reestruturao

    10 Ibura de Baixo, E.M.

    11 Joo Amazonas, E.M.

    12 Nadir Colao, E.M.v

    13 Nova Morada, E.M.

    14 Novo Mangue, E.M.

    15 Padre Antnio Henrique, E.M.

    16 Prof Mauro Mota, E.M.

    17 Prof Orlando Parahym, E.M.

    18 Prof Hlia Maria Pereira

    19 Prof Snia M de Arajo Souza, E.M.

    20 Severina Lira, E.M.

    21 Sitio do Cu, E.M

    22 Socilogo Gilberto Freyre, E.M.

    23 Vila Operria do Recife, E.M.

    da Mangabeira, E.M.

    Darcy Ribeiro, E.M.

    de Artes Joo Pernambuco, E. P. (Profissionalizante)

    Divino Esprito Santo, E.M.

    do Coque, E.M.

    Educador Paulo Freire, E.M.

    Engenho do Meio, E.M.

    Karla Patrcia, E.M.

    Luiz Lua Gonzaga, E.M.

    Monteiro Lobato, E.M.

    Nossa Senhora do Pilar, E.M.

    Novo Pina, E.M.

    Prof Antnio de Brito Alves, E.M.

    Prof Florestan Fernandes, E.M.

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  • N Projetos de instalao Projetos de reestruturao

    24 Prof Joo Batista Lippo Neto, E.M.

    25 Prof Jlio de Oliveira, E.M.

    26 Prof Solano Magalhes, E.M.

    27 Prof Elizabeth Sales Coutinho de Barros, E.M.

    28 Prof Jandira Botelho Pereira da Costa, E.M.

    29 Prof Maria da Paz Brando Alves, E.M.

    30 Reitor Joo Alfredo, C.M.

    31 So Cristvo, E.M.

    32 So Joo Batista, E.M.

    33 Vila Santa Luzia, E.M.

    34 Virgem Poderosa, E.M.

    35 Waldemar Valente, E.M.

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  • 2009

    Ttulo Modalidade

    A Festa na Floresta Educao Infantil / 1.1

    A Magia dos Bichinhos Educao Infantil

    A Lenda da Vitria-Rgia 1 Ciclo ( 1.2 e 1.3 )

    A Princesa que escolhia

    A Revolta dos Caranguejos... 2 Ciclo (2.2) e 4 Ciclo (4.1)

    Atlas Geog. contextualizado 2 Ciclo (2.1) e EJA

    Do outro lado tem segredos 3 Ciclo (3.2)/ EJA/ Ensino Mdio

    Explicando a Arte 4 Ciclo (4.1)/ 3 Ciclo (3.1)/ EJA

    Explicando a Filosofia c/ Arte 3 Ciclo (3.2) e 4 Ciclo (4.2)

    Fbulas de Esopo 2 Ciclo (2.1 e 2.2)/ EJA

    Fabulinhas Famosas 2 Ciclo (2.2)

    Lendas do Folclore Popular EJA

    Odissia Ambiental

    Ou Isto ou Aquilo Educao Infantil/ 1 Ciclo (1.1)

    Recife, Cidade das Pontes EJA

    Um passeio pela frica 3 Ciclo (3.2)/ 4 Ciclo (4.2)/ EJA

    Utopia No, Esperana Sim Educao Infantil/ 1 Ciclo(1.1)/ Educao Especial

  • No perodo de 2005-2008, com a Poltica de Formao de Leitores, a Rede Municipal de Ensino do Recife distribuiu 872.801 livros para escolas, estudantes e professores(as). Tambm foram distribudos bnus para aquisio de livros nas duas Bienais do Livro, em 2005 e 2007, totalizando em cada uma delas, bnus para 5.000 professores, 210 e 214 escolas, 58 e 59 creches municipais (2005 e 2007), respectivamente e 40 creches comunitrias.

    importante ressaltar que a distribuio dos livros na RMER foi acompanhada pela equipe da GBFL, na perspectiva de assegurar a organizao e utilizao pedaggica desse acervo.

    Ao final do ano, foi surpreendente a quantidade de recitais, jograis, dramatizaes, murais, resultantes das atividades e projetos desenvolvidos nas escolas, com os poemas de Bandeira. As homenagens continuam at hoje, seja na escolha do nome do poeta para batizar as bibliotecas escolares, seja atravs da

    Estudantes na Biblioteca no horrio do recreio(E.M. Karla Patrcia)

    Recital Ceclia Meireles (E.M. Karla Patrcia)

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  • multiplicao dos jograis e recitais. Em todas as modalidades de ensino, desde a educao infantil, passando pelo primeiro e segundo ciclos e EJA, as escolas municipais vm se afirmando como um local que cultiva esta expresso cultural muito prpria da cidade do Recife: dizer poesia. Entre os poemas preferidos dos estudantes, destacam-se: O Bicho, A Estrela, O Trem de Ferro, O Pardalzinho.

    Dramatizao do poema O Pardalzinho (E. M. Prof Antonio de Brito Alves)

    Confeco do boneco Manuel Bandeira (Creche Municipal Joo Eugnio)

    Crianas apresentando jogral com poema e biografia de Solano Trindade (E.M. Luiz Lua Gonzaga)30

  • 1. E.M. Almirante Soares Dutra O Trem de Ferro.

    2. E.M. Cristiano Cordeiro

    3. E.M. Novo Pina

    4. Apresentao da msica Maracatu Atmico E.M. So Joo Batista)

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  • A criao potica tambm foi exercitada pelas crianas, incluindo as portadoras de necessidades especiais. O garoto Jos Airton da Silva Jnior, Ciclo 2/Ano 2, aluno da Escola Municipal Crrego da Bica e acometido de paralisia cerebral, sensibilizou-se profundamente com a histria de Manuel Bandeira, vendo nele um exemplo de superao, uma vez que toda a vida do poeta foi marcada pela luta contra a tuberculose, o que, no entanto, no impediu a sua longevidade, nem comprometeu a sua produtividade.

    Inspirando-se no poema Vou-me embora pra Pasrgada, ele escreveu A minha Pasrgada, texto no qual expressou todo seu desejo de se locomover com independncia. Esse poema lhe rendeu premiao no concurso da livraria Idia Fixa.

    A minha Pasrgada

    Vou-me embora pra PasrgadaL um parque de diversesTem brinquedos, rvores e bichos.

    Vou-me embora pra Pasrgada

    L eu ando de bicicleta,Tomo banho de piscinaVou pra escola e corro vontadeBrinco de pega, ando cavaloSubo e deso escadas correndo.

    Aqui no sou felizTem muitas brigas,Tem essa doena queNo me deixa andar

    Vou-me embora pra PasrgadaL eu posso brincar, correr...

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  • Bartolomeu Campos de Queiroz, que segundo as categorias: 54 bibliotecas, 14 organizou a edio do livro Manuel salas de leitura e 13 cantinhos de Bandeira para querer bem, um dos ttulos leitura. distribudos aos(s) estudantes, foi No intuito de definir melhor as convidado para prestigiar com a sua aes que qualificariam esses ambientes, presena o momento de lanamento do buscou-se no primeiro semestre de 2005, Programa. Transcrevemos aqui, o texto de mediante entrevistas complementadas com apresentao do citado titlo, onde ele visitas s escolas, identificar a situao dos explicita porque a obra do poeta se faz espaos de leitura na Rede Municipal de possvel a todos, em conformidade com a Ensino do Recife, conforme tais categorias.epgrafe do livro

    As bibliotecas se caracterizavam pela dimenso do espao fsico, correspondente ao tamanho de uma sala de aula com capacidade de atendimento para uma turma de 25 pessoas. Alm disso, a identidade das bibliotecas era tambm conferida pelo mobilirio bsico, composto de 04 a 05 mesas com cadeiras, estantes de ao ou madeira, armrios e/ou arquivos

    A situao das bibliotecas escolares de ao, alm de equipamentos como vdeo em 2005 cassete, TV, microssistem e pela

    composio e tamanho do acervo, que De acordo com as informaes ultrapassava 750 podendo chegar a 2.000 contidas em relatrio da gesto 2001-2004, exemplares.existiam 81 ambientes de leitura nas

    Algumas visitas foram realizadas s escolas, que podiam ser classificados escolas no primeiro semestre de 2005 para

    Manuel Bandeira entregou-nos, ao longo de sua obra, muitos fragmentos da infncia sem adulter-los. Ele preserva e confirma a poesia como um patrimnio tambm da criana (...) Da sua poesia, em tantos momentos, se fazer possvel a todos, pelo que h de rigorosa singeleza.

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  • atestar a veracidade dessas informaes, e definio se tratavam de ambientes realmente foi possvel identificar escolas menores que uma sala de leitura, dispondo cujos espaos se adequavam a estas de um pequeno acervo de livros de definies. Entre os exemplos de literatura infantil e juvenil que podiam ser bibliotecas, destacaram-se: Escola Municipal dispostos em uma mala ou estante Dom Bosco (Biblioteca Joo Cabral de Melo itinerante, podendo chegar a 350 Neto); Escola Municipal Jlio de Oliveira exemplares. (Biblioteca Maria Clara Machado); Escola Uma caracterstica dos Cantinhos Municipal Novo Pina (Biblioteca Narciso do de Leitura eram os expositores de carter Banjo) e Escola Municipal Solano Magalhes ldico, como a casinha da leitura, estantes (Biblioteca Paulo Freire). em forma de trem de ferro, cestos, malas,

    As Salas de Leitura apresentavam- animais, incentivando as crianas a ouvirem se como ambientes cujo tamanho inferior histrias ou a brincarem de ler. Os ao da biblioteca, com capacidade de cantinhos so muito frequentes nas creches atendimento restrito a 10 / 15 estudantes. ou nas unidades escolares que atendem a Em relao aos equipamentos, algumas modalidade de Educao Infantil. dispunham de uma mesa grande, estantes, Especialmente nas Bibliotecas foi armrios, outras no tinham mesa e possvel constatar a existncia de um recebiam as crianas em tapetes ou acervo composto de ttulos contemplando almofadas dispostas num recanto adaptado os clssicos da literatura infantil e juvenil, no cho. Os acervos variavam de 350 a clssicos da literatura brasileira e universal, 750 exemplares e a maioria dos ttulos se alm de obras de referncia (dicionrios e restringiam literatura infantil e juvenil. enciclopdias), CD's, fitas de vdeo, atlas

    Foram tambm identificadas escolas geogrficos, globo terrestre, peas de cujos espaos se enquadravam na resina representando as diferentes partes categorizao Cantinhos de Leitura. Por do corpo humano. Em todas elas, os ttulos

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  • estavam especificados no livro de tombo Observou-se, ainda, que apesar da que se encontrava relativamente atualizado. existncia dos trs tipos de ambientes de

    leitura, havia espaos inadequados, cujos Quanto ao modo de aquisio dos acervos eram, em sua maioria, de livros acervos, as dirigentes informaram estar didticos, muitas vezes misturados a outros destinando para isso, parte dos recursos materiais, de naturezas diversas. Ou seja, o do PDE. Alm disso, elas tambm que se chamava de biblioteca ou sala de realizaram campanhas de doao e leitura tinha aspecto de almoxarifado.algumas decidiram incluir essa rubrica na

    verba de suprimento. Observou-se que Ao serem indagadas sobre porque vrios ttulos da srie Literatura em Minha elas mantinham tantos livros didticos Casa, do MEC, estavam integrados ao integrados aos acervos, as dirigentes acervo da biblioteca. Embora a orientao alegavam que as professoras no queriam dos editores da srie fosse de que os se desfazer dos livros, pois os mesmos livros deveriam ser destinados s crianas, eram teis e deveriam estar disponveis, de as dirigentes optaram pela integrao das preferncia na proporo de um para cada obras aos acervos das bibliotecas, pois, aluno, para que pudessem manusear e segundo elas, aquela era uma forma de pesquisar individualmente. ampliar e diversificar os ttulos, alm de Outra constatao que foi dar um destino mais coletivo ao uso dos possibilitada atravs das visitas, referiu-se livros. Tambm existia um discurso velado grande quantidade de outros materiais que de que as crianas no estariam estavam sendo distribudos regularmente s preparadas para receber livros de presente escolas, alm dos acervos de livros, no e a tendncia seria rasg-los ou vend-los. entanto, faltava agilidade para se fazer a Nas bibliotecas os livros estariam distribuio em tempo hbil e os materiais preservados e ali elas aprenderiam a tendiam a ficar amontoados nas bibliotecas.valoriz-los.

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  • Partindo das informaes necessidade de pessoal para dar vida a diagnosticadas pela equipe, foi possvel esses espaos. desenhar este esboo geral da realidade A princpio, partiu-se da idia de encontrada pela GBFL em 2005, numa professora versada na arte de contar registrando-se, ainda, que nos espaos de histrias, com qualidades artsticas e leitura estavam lotadas mais de 100 competncia para mediar atividades de professoras readaptadas, exercendo a leitura, articulando com outras funo de coordenadoras de bibliotecas. metodologias de desenvolvimento das

    linguagens. No se pode esquecer que o Programa incide diretamente na realidade

    Professoras de biblioteca: uma nova das bibliotecas escolares e nesse sentido, a perspectiva para a identidade do formao em Pedagogia seria mais do que educador apropriada para articular o processo de

    alfabetizao e desenvolvimento da leitura Embora ainda no exista e escrita, ao aprendizado do uso e formalmente no Plano de Cargos, Carreira explorao das possibilidades da biblioteca, e Remunerao do Grupo Ocupacional enquanto ambientes de processamento da Magistrio (PCCR), a identidade de informao e progressiva construo de professora de biblioteca vem se conhecimentos e do letramento. constituindo na prtica, na Rede Municipal

    de Ensino do Recife, em articulao com o O perfil desta professora (ou processo de reestruturao e instalao professor) deveria corresponder quelas das bibliotecas escolares. Por suposio, com histrico de desenvolvimento de imaginou-se que medida que as projetos didticos focados na leitura, uma bibliotecas se transformassem em vez que a pedagogia de projetos vem ambientes acolhedores, bem equipados, sendo incentivada na Rede Municipal da com um bom acervo, estaria gerada a SEEL, para implementao da proposta

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  • pedaggica e a biblioteca escolar deve turno, a funo de professora de biblioteca. colaborar ativamente no desenvolvimento No entanto, considerando que outras de tais projetos, dando ajuda substantiva gerncias tambm tinham demandas que efetivao dos ciclos de aprendizagem. igualmente implicavam nesse tipo de

    contratao, a SEEL precisou estabelecer A perspectiva era de constituir, de limites para os diversos tipos de demanda, imediato, um quadro de 50 professoras, como era o caso das coordenadoras para atuar, pelo menos em um turno, pedaggicas; das professoras itinerantes de inicialmente em 50 escolas, de forma que educao especial; e das multiplicadoras de com o tempo fosse consolidando esta informtica.prtica na rotina das bibliotecas, criando,

    em decorrncia, esta nova funo a ser Com este procedimento, a cota configurada no PCCR da SEEL. A questo, possvel para o grupo de professoras de no entanto, no era assim to simples. Em biblioteca correspondeu a um total de 20, primeiro lugar, no existia do ponto de ficando abaixo da expectativa inicial. vista quantitativo, suficiente disponibilidade Tendo sido acatada a deciso, foi realizado de professoras no quadro da administrao o processo de seleo interna, o que, por para atender a esta nova demanda. Retirar, sua vez, implicou no desencadeamento da de imediato, 50 professoras de sala de formao continuada deste novo grupo. aula, significava afast-las da regncia, Por outro lado, conforme j abordado, deixando vrias turmas descobertas para existia outra questo que tambm precisava serem atendidas por estagirios, o que no ser enfrentada: a quantidade de seria pedagogicamente interessante. professoras readaptadas que se

    Havia a possibilidade de contratao, encontravam lotadas nas bibliotecas. Este em regime de acumulao, o que um problema estrutural que ocorre em significava manter-se, em um turno, na vrios outros estados do Brasil, e se atividade de regncia e acumular, no outro repetiu no caso da Rede Municipal de

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  • Ensino do Recife: as bibliotecas escolares para uma funo tcnico-pedaggica, passaram a ser uma alternativa vivel para sendo, por isso, consideradas auxiliares de a lotao das professoras readaptadas. bibliotecrios ou coordenadoras de

    biblioteca.Embora a princpio seja possvel encaminh-las para as secretarias, existe o Por recomendao da SEEL, a GBFL limite de absoro tambm por parte desse incluiu esse grupo no processo de setor e, alm disso, mesmo encontrando-se formao continuada das professoras de readaptadas, as professoras reivindicam o biblioteca, que dedicou boa parte do direito de permanecer exercendo uma primeiro ano ao aprofundamento deste funo pedaggica, possibilidade que debate, garantindo, dessa forma, uma passou a ser vislumbrada no espao da ampla participao na elaborao dessa biblioteca e assim sendo, as bibliotecas nova identidade do educador.escolares passaram a ser associadas s Para isso, foi fundamental a professoras readaptadas. articulao com a GAS (Gerncia de

    No entanto, para o Programa Manuel Atendimento ao Servidor), a partir da qual Bandeira de Formao de Leitores a foi possvel chegar ao entendimento de que perspectiva era de criar a funo de o critrio de trabalhar na biblioteca no professora de biblioteca, que deveria se deveria ser o fato de estar readaptada, aproximar de uma mediadora de leitura, mas a afinidade da professora com aquele atuando pedagogicamente num espao de ambiente. Assim, foi definido que ao entrar ampliao das aprendizagens, o que em readaptao a professora no mais significava redimensionar a funo de poderia ser encaminhada automaticamente regncia. Na configurao anterior, a para a biblioteca, precisando passar por prtica se voltava para a organizao dos um processo de seleo para verificar se acervos, atualizao do livro de tombo, apresenta perfil compatvel com a funo.administrao dos emprstimos, tendendo Deu-se, ento, incio a um

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  • procedimento de avaliao das professoras, de biblioteca est instalada de fato na com base na solicitao de um plano de Rede Municipal de Ensino do Recife, trabalho a ser implantado, sob o percebendo-se entre os avanos do acompanhamento de integrantes das duas processo de consolidao, a instruo gerncias, num prazo de trs meses. Nesse normativa N. 12/08, publicada no Dirio processo o quadro reduziu-se para 60 Oficial de 01.01.2009. No que se refere professoras, que demonstraram ter perfil reflexo sobre a natureza da identidade, compatvel com as novas atribuies, vai se tornando claro que ela combina apesar das limitaes. As que no se aspectos da funo tcnico-pedaggica e adequaram, foram encaminhadas para da funo de regncia. outros setores. Esta uma discusso bastante atual, Alm disso, a GBFL participou da que est relacionada ao prprio conceito articulao voltada para a formulao da de biblioteca escolar, especialmente no que nova proposta curricular para os mdulos se refere multiplicao de novos espaos IV e V da EJA, que implicava numa de aprendizagem nas escolas, que envolve perspectiva de interatividade com a a articulao com os laboratrios de biblioteca. Para isso, foram selecionadas 13 informtica e de outras mdias. A instalao professoras a fim de atenderem s desses ambientes est comeando a bibliotecas das escolas que aderiram a repercutir nas formas de organizao do esses mdulos, iniciando a expanso para fazer escolar, exigindo um grande esforo e o turno noturno. O quadro atual de uma postura interativa e dialgica, de professoras de biblioteca constitudo de todas as instncias das escolas, alterando, 98 professoras, sendo parte oriunda do significativamente os procedimentos de grupo de readaptadas e a outra parte do regncia.processo seletivo organizado pela GBFL. fundamental, nesta perspectiva,

    Atualmente, a funo de professora que as professoras assumam uma postura

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  • de protagonistas, atuando, como pioneiras desenvolvimento da aprendizagem, o na dinamizao desses novos ambientes, bibliotecrio, que tambm deve estar acompanhando e (re)definindo, enquanto debatendo sobre as implicaes da era da sujeitos coletivos, a construo desses informtica sobre a sua identidade, novos papis e dessas novas identidades. certamente tambm ir encontrar seu novo

    espao, para responder s necessidades Ressalte-se que outras identidades tambm relacionadas sua competncia especfica. esto sendo constitudas, como a

    coordenadora pedaggica e o multiplicador De acordo com Edmir Perrotti, a de informtica. E nesse processo mesma discusso que est se processando interativo que cada uma delas ir se em torno do professor de biblioteca consolidar, inaugurando outras formas do tambm se aplica ao caso do infoeducador, fazer escolar. uma vez que as duas so consequncia da

    profunda transformao que vem sofrendo No que concerne revitalizao da a prpria identidade da biblioteca.rede de bibliotecas escolares, vem

    emergindo cada vez com mais fora a Em relao a isso, a partir do necessidade da competncia do recm-criado conceito de Estao do bibliotecrio, para integrar as equipes de Conhecimento, que se refere a uma nova acompanhamento, o que no significa que configurao para os espaos de leitura na ele v competir ou se confundir com a era da informao, e por sua vez abre professora de biblioteca, pois se tratam de espao para um novo campo de saber (a funes bem distintas. infoeducao) outra identidade vem sendo

    configurada, que a do infoeducador. A Enquanto a professora de biblioteca reflexo que se desenvolve em torno desse dever se ocupar da dinamizao do conceito, e desdobrou na criao dessa ambiente, articulando os saberes nova identidade, vem ajudando a entender informacionais com o processo de melhor o impacto da era da informao na apropriao da leitura, escrita e o

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  • esfera da educao, da biblioteca e da Uma linha de estgio para cultura. mediadores de leitura

    No que se refere aos reflexos desta Em complementao ao trabalho questo no mbito da SEEL/Recife, a pedaggico das professoras de biblioteca, a experincia da revitalizao das bibliotecas SEEL autorizou a constituio de um grupo resultou na criao da identidade das de 50 mediadores de leitura, a ser professoras de biblioteca. Do ponto de selecionado entre estudantes inscritos no vista qualitativo, a prtica vem Centro de Integrao Empresa Escola - demonstrando que a atuao dessas CIEE, incrementando a estratgia de educadoras vem fazendo uma grande revitalizao dos espaos de leitura nas diferena nas escolas. Destacando-se, em escolas. muitos casos, o empenho, a recuperao e a plena integrao das professoras readaptadas.

    Optou-se pelos estudantes universitrios da rea de Cincias Humanas,

    Contao de Histria (E. M. Karla Patrcia)

    Mediadora Renata Albuquerque (E. M. Governador Miguel Arraes)

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  • especialmente dos cursos de Letras, A responsabilidade da formao e Histria, Artes, Msica, Pedagogia por do acompanhamento da prpria equipe entender que eles apresentavam perfil mais da GBFL, contando tambm com a compatvel, principalmente pelo aspecto colaborao de formadores convidados, multidisciplinar. durante a abertura do ano letivo e no

    seminrio anual da rede de bibliotecas.

    Na perspectiva da GBFL esta estratgia avaliada como bem sucedida em parte pelo perfil multidisciplinar do grupo de mediadores, que possibilita a realizao de situaes diversificadas de produo de linguagens. Alm disso, o incremento do entusiasmo e do idealismo juvenil impulsionou a revitalizao, gerando um dinamismo permanente no dia a dia das bibliotecas. Por outro lado, o estgio propicia aos jovens estudantes a oportunidade de uma imerso na realidade das escolas pblicas, com possibilidade concreta de interveno transformadora.

    Alguns indicadores podem ser apontados como referncias de sucesso dessa estratgia, entre-eles, destaca-se o aumento de estudantes de vrias universidades, que procuraram a GBFL para se integrarem ao grupo de mediadores de

    Silvana Menezes e Maria Solange Brando em formao com os Mediadores (as) de Leitura

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  • leitura, mobilizados pelo entusiasmo dos estratgias de mediao a partir desta prprios colegas; linguagem. Eles tanto tm colaborado para

    a ampliao de grupos de canto coral, Alm disso, alguns mediadores como criam situaes que envolvem a passaram a divulgar suas experincias, ora sensibilizao musical a partir do recurso apresentando o programa e sua estratgia dos instrumentos meldicos, como violo, de interveno em sala de aula, ora flauta, saxofone.inscrevendo sua prtica em seminrio

    interestadual de leitura, ora tomando o Numericamente, o grupo de tema da formao de leitores para o mediadores de leitura cresceu, sendo desenvolvimento de suas monografias. constitudo atualmente por 140 estudantes,

    distribudos em 99 escolas.

    Os estudantes da rea de msica tambm tm se destacado com as suas

    Mediadores(as) de leitura com equipes de acompanhamento (GBFL e GFC)

    Milena Marinho fazendo mediao de leitura (E. M. Mrio Melo)

    Cntia Aguiar Frias, Vdeo e Leitura (Julho 2008 E.M. Campina do Barreto)

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  • se, nesses encontros, a presena de Formao continuada para dirigentes, assistentes de direo e mesmo professoras de biblioteca: o caminho de coordenadoras pedaggicas, que se fez ao caminharbuscavam informaes sobre a proposta da

    A proposta de formao continuada nova gerncia para as bibliotecas escolares. para as professoras de biblioteca foi sendo Ao longo do processo, alm das vrias tecida ao longo da trajetria, de acordo questes que foram levantadas sobre a com as necessidades apontadas pela situao das professoras readaptadas, prpria prtica. Fazendo hoje uma surgiram informaes sobre as escolas retrospectiva, possvel identificar que ela onde existiam bibliotecas bem equipadas. se deu em trs momentos, cada um deles Estas informaes ajudaram a estabelecer focando aspectos fundamentais para a critrios para a agenda das visitas.constituio da identidade das professoras de biblioteca.

    Segunda etapa: orientaes para interveno na realidade, com base Primeira etapa: conhecendo a na elaborao de um diagnsticoprtica das professoras de

    Coube s professoras Christiane bibliotecaRibeiro, Snia Lima (gerentes de servio e

    Os primeiros encontros de formao de projetos da GBFL respectivamente) e

    continuada foram realizados ao longo de Marta Tavares (professora da rede

    2005, voltando-se basicamente para as municipal com formao em

    coordenadoras de biblioteca. Estes Biblioteconomia e Documentao) conduzir

    encontros foram conduzidos pela prpria essa segunda etapa de formao das

    equipe de acompanhamento da GBFL e professoras de biblioteca, cujo contedo e

    constaram de conversas sobre o estratgias contemplaram a leitura

    desenvolvimento de suas prticas. Verificou-

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  • compartilhada de textos, sobre a formao de informtica da DGTEC, por oferecer de leitores, seleo de acervos e melhores condies de acesso e organizao dos ambientes das bibliotecas; interatividade. Atravs destes encontros foi visitas a sites previamente selecionados possvel compartilhar impresses e para observar a realidade dos ambientes descobertas. medida que elas foram se pblicos de leitura, tanto no Brasil, como apropriando de vrias referncias de em outros pases. Alm de fornecer ambientao dos espaos de leitura, orientaes voltadas para os procedimentos puderam comparar com a prpria realidade tcnicos referentes organizao dos e dessa forma, foi solicitada a acervos, atualizao do livro de tombo, apresentao de um diagnstico da controle de emprstimos. situao de cada biblioteca, com descrio

    detalhada e documentao fotogrfica. Com base nesse diagnstico, as professoras apresentaram um plano de interveno, definindo aes que pudessem ser efetivamente realizadas por elas, independente de qualquer apoio ou interveno externa.

    A composio da equipe de formadoras, envolvendo uma professora com experincia em projetos de leitura, outra com especializao em uso das TIC's e outra com formao em Biblioteconomia e Documentao foi fundamental para a integrao das diferentes competncias

    Vrios desses encontros de proposta de formao continuada das formao foram realizados no laboratrio

    Professoras, em encontro de formao continuada criando histrias a partir de um ba de material reciclado

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  • professoras de biblioteca, inclusive no que dilogo e a elaborao compartilhada das se refere apropriao de contedos das percepes.aprendizagens informacionais que foram As formadoras entendem que a arte aplicados na formulao dos diagnsticos e de contar histrias um caminho para a nos planos de interveno. articulao entre a linguagem oral e o

    desenvolvimento da escrita, uma vez que a constituio do leitor passa pela atividade Terceira etapa: articulando inicial do escutar e do dizer. Assim sendo,

    elementos da arte de contar se recomenda que as propostas de histrias com o poder transformador formao de educadoras e de mediadores da palavra de leitura devam incluir a preparao para

    o ato de contar.As educadoras e fonoaudilogas Ana Nery Barbosa de Arajo e Lcia Elena Figuerdo Neto, do grupo Pr-Voz, integraram a equipe de formao continuada para professoras de biblioteca, utilizando uma metodologia que envolveu a articulao entre a expressividade da voz, a arte de contar histrias e o poder transformador da palavra.

    O processo constou, conforme a opinio das formadoras, de uma rica atividade de interao, com base na narrativa oral, que possibilitou uma perspectiva de aprendizagem cooperativa, incluindo os confrontos de significaes, o

    Oficina de histrias com Lcia Elena

    46

  • infncia a relao com os bons narradores e a reconstituio de contos da tradio oral que marcaram suas infncias, integrando-os aos seus acervos, para serem recontados s crianas.

    Observou-se tambm que as oficinas de voz e histrias contriburam para a construo de vnculos de solidariedade no grupo. Com o transcorrer do trabalho e o amadurecimento das reflexes, os objetivos foram sendo redimensionados e as oficinas se ajustando a uma nova configurao, com metas a contemplar, de modo mais abrangente, as necessidades de transformao do espao da biblioteca. Atravs do ato de contar histrias,

    A importncia atribuda ao poder da as professoras fazem pontes com suas palavra foi apreendida de forma subjetiva realidades, elaborando os elementos que pelas professoras de biblioteca que vm tona e que fazem sentido para elas. comearam a se perceber como agentes Observou-se, atravs das oficinas que as transformadores da realidade, passando de histrias operam mudanas no mbito meras transmissoras de conhecimento a psicolgico, medida que vai sendo tecida sujeitos ativos na construo de uma uma rede de significados.biblioteca enquanto lugar de convvio e Entre os resultados da experincia, desenvolvimento da expresso.registrou-se a descoberta das professoras

    As formadoras definiram como como agentes da expresso do contar. Elas principais objetivos dessa modalidade da foram instigadas a buscar na memria de

    Professora contando histria durante

    oficina com Ana Nery

    47

  • formao continuada: possvel concluir que este processo formativo, enfatizando o poder de

    ? desenvolver uma reflexo a respeito do transformao da palavra, contribuiu papel da narrativa oral na formao decisivamente para o despertar da continuada de professores de biblioteca;conscincia das possibilidades de cada uma

    ? desenvolver a comunicao oral atravs enquanto sujeito de ao e transformao do exerccio das narrativas, compartilhando da realidade. Verifica-se, na prtica, que as lembranas e experincias com a arte vrias professoras de biblioteca que de contar; participaram dessas oficinas tomaram para

    si a tarefa de redimensionamento dos ? descobrir as prprias estratgias de uso espaos de leitura nas escolas.da narrativa oral enquanto componente da

    aprendizagem da leitura e da escrita;

    Alm das oficinas sobre a arte de Os projetos de reestruturao e contar histrias, tambm foram exploradas

    instalao das bibliotecas escolares: outras possibilidades expressivas da fala, o percurso entre o sonho e a envolvendo a postura corporal, a realizaoimportncia do olhar, a articulao entre

    gesto-fisionomia-palavra no processo de O desenvolvimento da ao voltada comunicao com o pblico. para os projetos de reestruturao e

    instalao das bibliotecas escolares teve Nesta perspectiva foi valorizada a seu percurso prolongado em face das arte de dizer poesia, envolvendo exerccios demandas de reformulao dos mesmos e de articulao das palavras, enfatizando a dos procedimentos que regulam a firmao dico precisa; o controle de pausas, de convnios, envolvendo a tramitao nos atravs da coordenao entre respirao e setores jurdico, financeiro e gerncia de fala; a projeo da voz no ambiente e a engenharia. modulao com nfase nas variaes

    prprias da narrativa.

    48

  • Com isso, somente em dezembro de 2007, foram assinados os primeiros convnios e entre abril e maio de 2008. As cinco primeiras bibliotecas foram entregues s comunidades escolares, o que vem continuando nos meses subsequentes, chegando a um total de 27 (vinte e sete) em agosto de 2009.

    Cenas das festividades de inaugurao/reestruturao das bibliotecas

    E.M. Antnio de Brito Alves: O trem da poesia

    E.M. Crrego da Bica: tributo Solano Trindade

  • importante aqui registrar a emoo e a profunda alegria das dirigentes, das professoras, dos estudantes e de toda a coletividade diante das bibliotecas reestruturadas ou instaladas. No nosso modo de ver, isso se deve, em parte, observao do princpio da adeso, pois medida que a comunidade escolar se mobilizou para formular o projeto, ela vivenciou o exerccio da autoria, assumindo responsabilidade de pensar, executar, gerir os recursos, exercendo, dessa forma, a condio de protagonistas.

    Por outro lado, tambm importante

    E.M. Antnio Herclio do Rgo: ato de inaugurao da biblioteca

    E.M. Nossa Senhora do Pilar: declamao do poema A casa de Vinicius

    E.M. Karla Patrcia: jogral de Vincius de Morais

    50

  • destacar o tratamento pedaggico que foi possvel deduzir que a articulao dado ao processo, que no se restringiu ao dessas estratgias tenha gerado concurso para aquisio da verba, mas informaes que passaram a circular na envolveu uma srie de estratgias de rede de ensino, desencadeando uma onda sensibilizao com as dirigentes e vice- de interesse pelas bibliotecas. A partir da, dirigentes que partiram da observao das vrias escolas tomaram a iniciativa de possibilidades de organizao do ambiente, organizar, com diversos recursos, seus estendendo-se participao nos espaos de leitura, passando a solicitar seminrios de biblioteca. Elas tambm mediadores de leitura e / ou professoras foram envolvidas no processo de seleo de biblioteca. dos acervos, na palestra com especialistas O resultado que, no atual sobre critrios de seleo de obras e visita contexto, as bibliotecas se encontram em ao acervo da escritora Graa Lins, votante pleno renascimento e vo se afirmando, no da FNLIJ (Fundao Nacional do Livro dia-a-dia das escolas como uma Infantil e Juvenil) para conhecer as obras necessidade vital.recomendadas pelo MEC/FNDE, a fim de ampliar as possibilidades de escolha.

    Mesmo tendo em vista as orientaes pautadas em princpios metodolgicos comuns, a proposta no era oferecer uma receita ou modelo para a organizao das bibliotecas. Em todo tempo foi ressaltada a liberdade de adequao s realidades distintas, de forma que cada biblioteca reformada ou instalada pde resguardar a sua prpria singularidade. Escritora Graa Lins: orientao sobre seleo de acervo

    51

  • Escolas que j reestruturaram ou instalaram suas bibliotecas

    N Escolas Biblioteca Reest Inst

    Alto Jardim Progresso *

    Andr de Melo

    Antnio Herclio do Rgo

    Arraial Novo do Bom Jesus

    Clia Arraes

    Crrego da Bica

    Cristiano Cordeiro

    Da Guabiraba

    Da Mangabeira

    De Casa Amarela ***

    Divino Esprito Santo

    Do Pantanal **

    As Palavras Voam

    Prof Valdeci Rabelo

    Vincius de Moraes

    Manuel Bandeira

    Miguel Arraes de Alencar

    Interativa Solano Trindade

    Ladjane Bandeira

    Poeta Manuel Bandeira

    Capiba

    Celina de Holanda

    Monteiro Lobato

    Cantinho de Leitura

    X

    X

    X

    X

    X

    X

    X

    X

    X

    1

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    11

    12

    52

  • * Escolas que no participaram do edital, mas conseguiram reestruturar ou instalar seus espaos utilizando outros recursos.

    ** Escolas que receberam o recurso, mas por limitaes no ambiente fsico, no puderam instalar suas bibliotecas, criando, como alternativa, cantinhos de leitura nas salas de aula.

    *** Escola que inaugurou por iniciativa prpria.

    N Escolas Biblioteca Reest Inst

    Futuro Feliz *

    General San Martin

    Karla Patrcia

    Luiz Lua Gonzaga

    Mrio Melo *

    Nossa Senhora do Pilar

    Novo Pina

    Poeta Joaquim Cardozo *

    Prof Antnio de Brito Alves

    Prof Florestan Fernandes

    Prof Joo Batista Lippo Neto

    Prof Solano Magalhes

    Aquarela (Sala de Leitura)

    Alade G. Esprito Santo

    Clarice Lispector

    Mestre Salustiano

    Rosa Magalhes

    Paul Harris

    Narciso do Banjo

    Espao das Palavras

    Carlos Drummond de Andrade

    Ismael Nascimento

    Prof Joo Francisco de Souza

    Paulo Freire

    X

    X

    X

    X

    X

    X

    X

    X

    X

    X

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    753

  • N Escolas Biblioteca Reest Inst

    Prof Elizabeth Sales C. de Barros

    Prof Jandira Botelho P. da Costa

    Prof M da Paz Brando Alves

    Prof Snia M de Arajo Souza

    So Joo Batista

    Stio do Cu **

    Vila Operria do Recife

    Waldemar Valente

    Luiz Gonzaga

    Luiz Jardim

    Anna Karla P. de Melo Sivini

    Anlia Celestino

    Lendo e Aprendendo

    Cantinho de Leitura

    Cora Coralina

    Gilberto Freyre

    X

    X

    X

    X

    X

    25

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  • A Escola Municipal de Casa Amarela reestruturou a sua biblioteca por iniciativa prpria, buscando alternativa como verba de suprimento e reciclagem do mobilirio. Para isso, toda a comunidade escolar foi mobilizada, mostrando, assim, um grande desejo por este espao.

    Atualmente, a Rede Municipal de Ensino do Recife dispe de 135 ambientes de leitura, sendo 61 bibliotecas, 36 salas de leitura e 38 cantinhos de leitura.

    Biblioteca Celina de Holanda. E.M. de Casa Amarela

    55

  • Biblioteca Vinicius de Morais - E. M. Antonio Herclio do Rego

    Biblioteca Ladjane Bandeira - E. M. Cristiano Cordeiro

    Biblioteca Manuel Bandeira - E. M. Arraial Novo do Bom Jesus

    Biblioteca Interativa Solano Trindade - E. M. Crrego da Bica

    56

  • Biblioteca Poeta Manuel Bandeira - E. M. da Guabiraba

    Miguel Arraes de Alencar - E. M. Clia Arraes

    Biblioteca Clarice Lispector - E. M. Karla Patrcia

    Espao Cultura Lendo e Aprendendo - E. M. Prof So Joo Batista

    57

  • Biblioteca Carlos Drummond de Andrade - E. M. Prof Antnio de Brito Alves

    Biblioteca Luis Jardim - E. M. Prof Jandira Botelho

    P. da Costa

  • Biblioteca Narciso do Banjo - E. M. Crrego da Bica

    Biblioteca Gilberto Freyre - E. M. Waldemar Valente

    Biblioteca Prof Joo Francisco de Souza - E. M. Prof Joo Batista Lippo Neto

    Biblioteca Paul Harris - E. M. Nossa Senhora do Pilar

  • Biblioteca Paulo Freire - E. M. Prof Solano Magalhes

    Biblioteca Mestre Salustiano - E. M. Luiz Lua Gonzaga

  • escolar, incluindo alunos, funcionrios do As oficinas de ambientao: outra apoio, responsvel pela merenda e outros forma de apoio reestruturao representantes da comunidade, mais das bibliotecasinteressante o processo e os seus

    Para atender demanda de resultados. reestruturao das bibliotecas das escolas que se mobilizaram aps o prazo do edital, foram criadas as oficinas de ambientao, que constam de encontros com as pessoas interessadas para trocar ideias e viabilizar a reforma no ambiente, usando, basicamente, os recursos existentes na prpria escola.

    Rosa Cndida, da equipe de acompanhamento da GBFL, foi escolhida para dar este suporte, pela habilidade com que atua nesta rea.

    Nas oficinas de ambientao so muito valorizadas as competncias e a criatividade do grupo, especialmente no que se refere possibilidade de reciclar o que j existia na escola. Segundo Rosa, estas oficinas tm sido bem sucedidas, principalmente porque parte do interesse da escola. Quanto maior o envolvimento de todos os segmentos da comunidade

    Oficina de ambientao na E.M. Alto Jardim Progresso com Rosa Cndida

    Diferentes segmentos da comunidade escolar envolveram-se na ambientao da Biblioteca Aquarela (E.M. Futuro Feliz)61

  • A metodologia tambm envolve a reflexo sobre o ato de ler, a funo da mediao e algumas dinmicas que envolvem o prazer da leitura. A partir do contexto de reflexes e leitura, as pessoas foram convidadas a observar o espao, procurando desenvolver a conscincia sobre como ele se apresentava e o como o grupo desejava que ficasse. Nesse processo foram surgindo as possibilidades para que o prprio grupo realizasse a transformao dos espaos.

    Veja a seguir as escolas onde ocorreram as oficinas de ambientao: E.M. Mrio Melo, E.M. Futuro Feliz, E.M. Alto Jardim Progresso e E.M. Poeta Joaquim Cardozo.

    Biblioteca As Palavras Voam(Escola Municipal Alto Jardim Progresso)

    Sala de Leitura Aquarela

    (Escola Municipal Futuro Feliz)

    Biblioteca Rosa Magalhes

    (Escola Municipal Mrio Melo)62

  • Na Escola Poeta Joaquim Cardozo a comunidade escolar reafirmou a admirao pelo poeta, transformando a biblioteca em O Espao das Palavras, poema que envolve uma composio grfica criada por Cardozo denominado de Signo Estrelado. A escola est empenhada em elaborar o projeto poltico pedaggico articulando poesia, teatro, desenho e Matemtica, que correspondem s mltiplas faces do poeta homenageado.

    Outras Estratgias

    Observou-se durante as primeiras visitas da GBFL que algumas escolas haviam realizado parceria com entidades da sociedade civil para ampliao dos acervos e outros tipos de apoio para as bibliotecas. Neste sentido, verificaram-se os casos da Fundao Oldemburg, que aprovou projeto junto Lei Rouanet para doar um kit de 1.500 ttulos de clssicos da literatura brasileira, editados pela Record, para compor o acervo das bibliotecas das Escolas Municipais Jlio de Oliveira e

    O Espao das Palavras

    (Escola Municipal Poeta Joaquim Cardozo)

    63

  • Oswaldo Lima Filho. ensino, alm de sistematizaes de projetos de leitura e poemas de autoria de Por sua vez, a Escola Municipal professores.Cristiano Cordeiro, que escolheu o nome

    da escritora e artista plstica Ladjane Para isso foi constitudo um Bandeira, para homenagear a sua conselho editorial integrado por biblioteca, fez uma parceria com o Instituto representantes de diferentes gerncias e Ladjane Bandeira, criado por familiares da diretorias, alm de colaboradores da equipe artista, que constou de capacitao para o de editorao da Fundao de Cultura uso da biblioteca virtual, especialmente Cidade do Recife, com a atribuio de para pesquisar dados biogrficos e a obra realizar o processo de seleo e organizar da homenageada, fazendo a ponte com os os originais a serem publicados.contedos do projeto pedaggico da Os resultados desta ao incluem os escola. ttulos: Oficina da Palavra, coletnea de

    Atualmente outras instituies esto poemas de professoras; EJA fazendo manifestando interesse em apoiar as versos, coletnea de poemas de estudantes bibliotecas escolares. Dentre elas, o Ita, de EJA; Srie Aprendizes da Escrita, com que atravs do Projeto Ita Cultural, doou quatro livros de histrias produzidas por acervo com estante para as bibliotecas das crianas; Srie Portiflio Pedaggico, com Escolas Municipais Draomiro Chaves, Joo dois livros de sistematizao de projetos de Cabral de Melo Neto e Padre Antnio formao de leitores: Poesia, Msica e Henrique, entre outras. Artes Plsticas como caminhos de

    aprendizagem; e As escolas do Recife descobrindo-se negras.

    Experimentando a autoriaA Srie Aprendizes da Escrita

    Ao longo do processo foram inaugurou esta linha de ao, selecionando lanados editais de concurso de poemas e projetos desenvolvidos em quatro escolas, histrias para as diversas modalidades de que resultaram em vrios textos criados

    64

  • pelas crianas, tendo em vista a edio de crianas ocuparam as cadeiras dos um livro. Cada escola produziu um dos acadmicos e vivenciaram uma tarde de livros que a compe. O primeiro trata-se autgrafos.de um dicionrio, com palavras do universo semntico do carnaval. Neste livro as crianas fizeram a lista de palavras e exercitaram a conceituao, de acordo com o grau de compreenso. Outro livro constou da escrita de contos de assombrao, compilados pelas prprias crianas, a partir do imaginrio atual da comunidade. Para isso, a professora leu junto com elas trechos do livro de Gilberto Freyre Assombraes do Recife Velho, que serviu de guia para a redao das histrias. O terceiro livro compe-se de textos livres baseados nas experincias em sala e em excurses para conhecer a cidade do Recife. E o quarto livro, consta de releitura das histrias de Jeanne Siqueira, autora de livros de literatura infantil e professora da rede municipal.

    O lanamento aconteceu na Academia Pernambucana de Letras, com apresentaes de recital, dana, teatro, inspiradas nos textos. Em seguida, as

    Tarde de autgrafo na Academia Pernambucana de Letras no Lanamento da Srie Aprendizes da Escrita

    65

  • Oficina da Palavra, de ngela Maria Pimentel Teixeira, o ttulo de um dos poemas desta antologia, que tambm resultado da ao de incentivo produo autoral na rede municipal de ensino. De acordo com o edital foram selecionados 52 poemas de 32 autoras. O lanamento integrou o conjunto das atividades culturais da Conexo 17, programao de abertura do segundo semestre do ano letivo 2007, onde as professoras tiveram acesso programao que consta da agenda de 17 espaos culturais da cidade. Especificamente este grupo participou da Conexo Viver de Poesia I, compartilhando os seus poemas com outros poetas da cidade.

    Palavras faladas,

    Primeiro, sozinhas

    Depois de mos dadas ...

    66

  • Em articulao com a Gerncia de Educao de Jovens e Adultos, foi aberto um edital para estudantes da modalidade, que resultou na publicao EJA fazendo verso. Num momento de muita emoo, os autores leram e disseram os seus poemas na festa de lanamento no Teatro Barreto Jnior, em setembro de 2008.

    Estudantes recitando seus poemas no lanamento do livro EJA fazendo versos

    (Teatro Barreto Jnior)

    67

  • A Rede de Leitura e Escrita do Recife: RELER

    O fomento criao de redes de leitura e escrita foi outra ao do Programa Manuel Bandeira de Formao de Leitores. Nesta perspectiva foi criado o portal que possibilita a interatividade entre as aes e os projetos de leitura realizados nas escolas. Na pgina de apresentao constam as seguintes informaes relacionadas definio e aos objetivos da RELER:

    O que ? Instncia de trocas sistemticas e orgnicas de diferentes naturezas:Cooperao Comunicao Informao Formao Socializao

    Objetivo Geral: Promover a insero e apropriao da cultura da escrita pelos estudantes, somando e ampliando as estratgias da SEEL.

    Objetivo especfico: Articular e desenvolver os diferentes recursos humanos e materiais, dispositivos e equipamentos educacionais e culturais tendo em vista os objetivos da apropriao da escrita.

    Encontros de formao para definio e construo da RELER

    68

  • Ao longo de 2008 a RELER propiciou o intercmbio entre as escolas que tm bibliotecas e laboratrios de informtica, atravs dos encontros de formao simultnea dos ncleos que tm por base a regio geogrfica de localizao da escola (RPA) ajustada organizao dada pelas equipes de acompanhamento das UTEC's (Unidade de Tecnologia na Educao e Cidadania).

    AS UTEC's que so vinculadas Diretoria Geral de Tecnologia na Educao e Cidadania, tm como atribuies: disponibilizar o acesso informtica para as comunidades; apoiar as escolas, no que se refere demanda do uso didtico das TIC's; promover a interao entre laboratrio de informtica, bibliotecas escolares e outros espaos de aprendizagem.

    Nesse sentido, as UTEC's esto desempenhando um papel fundamental na construo da RELER, seja ao sediar as reunies dos ncleos, seja ao coordenar,

    UTEC Jardim Botnico: Reconto de histrias utilizando o aplicativo Impress

    Encontro realizado com a participao do Prof Perrotti

    69

  • em cooperao com a GBFL, os encontros de formao das quatro categorias de mediadores de leitura: professoras de biblioteca, multiplicadores de informtica, estagirios do Programa Manuel Bandeira de Formao de Leitores, estagirios dos laboratrios de informtica .

    Nesses encontros de formao est sendo possvel identificar e documentar projetos de leitura envolvendo a interatividade dos ambientes e das mdias para disponibilizar no portal.

    O Jornal Mural

    O Jornal Mural outro instrumento de comunicao da RELER, cujo espao se volta para a divulgao e visibilidade das aes de leitura e do processo de reestruturao das bibliotecas. Ao longo de 2008 circularam dois nmeros, conforme as imagens ao lado:

    70

  • Parceria com Interpoetica.com

    O site www.interpoetica.com criado por Cida Pedrosa (poeta) e Sennor Ramos (webdesigner) tem como propsito disponibilizar em rede virtual dados biogrficos e as principais obras dos poetas pernambucanos de A a Z. A pretenso manter atualizada uma antologia em rede virtual dos poetas que j tm reconhecimento, seja na academia, seja em espaos pblicos. Alm disso, busca-se tambm identificar poetas inditos nas comunidades, disponibilizando espao para que eles divulguem as suas obras, formando uma comunidade de leitores/produtores de poesia.

    Durante o ano de 2008, que foi dedicado aos poetas recifenses, a GBFL utilizou o site interpotica.com como estratgia de formao e fonte de pesquisas das professoras de biblioteca e mediadores de leitura. Essa experincia resultou numa rica parceria que, por sua vez, deu origem a dois projetos em seis escolas: O Poeta de Cara com a Escola e A Escola Linkada na Poesia.

    Momento do projeto O Poeta de Cara com a Escola (Escola Municipal Jandira Botelho)

    Produo das crianas resultante da parceria com Interpotica.com

    71

  • O objetivo do primeiro projeto foi Conexo Educao x Culturaviabilizar encontros entre estudantes e A Gerncia de Biblioteca e Formao poetas vivos nas bibliotecas recm- de Leitores, desde a sua implantao, inauguradas, para que pudessem interagir, percebeu vrios pontos de sinergia entre a atravs de convivncia coloquial, Secretaria de Educao, Esporte e Lazer e compartilhando leituras de poemas e a Fundao de Cultura Cidade do Recife. exercitando as possibilidades da criao Este processo resultou na adeso da SEEL potica. O segundo projeto teve como ao Festival Recifense de Literatura: A letra propsito documentar esse processo e e a voz. Dessa parceria, nasceu o disponibilizar no site os momentos seminrio anual sobre o tema As significativos de criao e as poesias bibliotecas e a formao de comunidades criadas pelos estudantes. leitoras.

    Confira os resultados dessa parceria atravs das imagens a seguir e acessando o hotsite A Escola Linkada na Poesia no site www.interpoetica.com.

    Interpotica.com na Escola Municipal Karla Patrcia

    Prof Edmir Perrotti no Seminrio de Bibliotecas no Festival de 2006

    Recital do Oficina da Palavra no

    Festival Recifense de Literatura, em 2007

    72

  • bibliotecas escolares e apresentadas durante a Feira do Livro, na festa de encerramento. Da mesma forma, os nibus itinerantes de informtica da DGTEC tambm fizeram a adeso, desenvolvendo oficinas de linguagem virtual relacionadas ao tema do festival em diferentes pontos da cidade.

    No ano de 2008, o seminrio contou com a adeso do programa Prazer em Ler do Instituto C&A, que viabilizou, alm da participao de representantes dos projetos apoiados pelo programa, vrios convidados colaboradores, incluindo escritores, pesquisadores e agentes de leitura do Brasil e da Amrica Latina, como Ricardo Azevedo, Silvia Castrillon, da Colmbia, Edmir Perroti, Ivete Perrucine, entre outros.

    Com esta parceria ampliou-se a abrangncia das oficinas de linguagens mltiplas que so oferecidas durante o festival, com a adeso dos mediadores de leitura que incorporaram programao oficinas especiais de sensibilizao musical, canto coral, jogral realizadas nas

    Oficina de Origami

    Professores(as) socializando experincias

    Mesa de Abertura do Seminrio de Bibliotecas no contexto do IV Festival, em 2008

    73

  • Tambm foi facultado, de forma simultnea aos mediadores participarem das oficinas de mltiplas linguagens oferecidas pelos artistas colaboradores nos diferentes espaos culturais da cidade. Algumas dessas oficinas so tambm realizadas nas bibliotecas das escolas.

    Crianas fazendo capas de livros com Lcia, do Projeto Dulcina Catadora

    Cantinho de Leitura organizado pelo CEPOMA/Caranguejo-Tabaiares

    74

  • CONSIDERAES FINAIS E RECOMENDAES

    So vrios os autores que afirmam a importncia do contato com o livro de literatura desde a mais tenra infncia como elemento catalisador do interesse pela No que se refere reflexo sobre

    os componentes de uma poltica pblica de linguagem escrita, por estabelecer a relao leitura, a experincia do Programa Manuel direta entre o leitor e o texto, instigando a Bandeira de Formao de Leitores destaca imaginao, o desenvolvimento de uma a importncia da biblioteca enquanto postura autnoma e reflexiva diante do espao de democratizao do acesso texto e da produo da linguagem.informao e de construo compartilhada Alm disso, considera-se o livro de do conhecimento. literatura infantil enquanto suporte e

    Considerando o debate que se trava veculo das histrias da tradio oral, das no atual contexto sobre a profunda mais diferentes culturas, que por se transformao que vem ocorrendo no constituir num verdadeiro patrimnio da modelo e na prpria concepo de humanidade, por direito, deve estar ao biblioteca, especialmente em decorrncia do alcance de todos, de acordo com a advento e expanso da informtica, so escritora Ana Maria Machado ao defender a ressaltados vrios aspectos relacionados s importncia da leitura dos clssicos da especificidades da biblioteca escolar que, literatura universal desde cedo. sem negar a importncia das tecnologias Sabe-se, no entanto, que a maioria da informao e comunicao, reafirma o dos estudantes das escolas pblicas no lugar da palavra e a permanncia do livro dispe de ambientes em casa que impresso enquanto instncias primeiras de favoream esse contato direto, capaz de comunicao e fontes privilegiadas de promover a intimidade com o livro de produo de linguagem. literatura e, assim, a biblioteca escolar, ao

    75

  • se apresentar como a alternativa necessidade do educador se adequar s privilegiada de acessibilidade, adquire alta mudanas, o que j vem repercutindo relevncia enquanto medida de poltica profundamente no redimensionando da pblica de leitura. identidade e na ressignificao da funo

    Foi partindo desta compreenso que docente.a SEEL estabeleceu enquanto estratgia de Entre o infoeducador, que surge em uma poltica de formao de leitores para So Paulo para atender ao modelo de a rede municipal de ensino, a criao de biblioteca em estado de transmutao, uma instncia especfica a Gerncia de criado pelo professor Edmir Perrotti e Biblioteca e Formao de Leitores que denominado de Estao do Conhecimento, atravs do Programa Manuel Bandeira de e os multiplicadores de informtica Formao de Leitores elegeu a revitalizao coordenados pela Diretoria Geral de das bibliotecas escolares como linha mestra Tecnologia na Educao e Cidadania da da poltica. SEEL, surge agora a figura da professora

    Percebe-se que, em decorrncia ou professor de biblioteca, com a desta poltica, as bibliotecas escolares, ao atribuio de organizar os contedos de lado das salas de mdias e laboratrios das aprendizagem especficos da biblioteca TICs, vo se expandindo e se consolidando escolar, transformar em plano de trabalho na Rede Municipal de Ensino do Recife, e aes concretas que devero se traduzir ampliando os espaos de aprendizagem e na alma da revitalizao desses espaos. gerando impactos e necessidades de Estamos, portanto, no centro de um reordenamento do currculo e organizao grande embate no campo das idias, da vida escolar. concepes e projetos em relao

    Entre os impactos dessa nova importncia da biblioteca escolar na configurao da escola, destaca-se a perspectiva de uma poltica de formao de

    76

  • REFERNCIAS BIBLIOGRFICASleitores, o que implica na necessidade de um posicionamento sobre o papel, a concepo mais adequada a uma poltica Uma poltica de formao de leitores pblica de leitura, alm do ajuste ao em perspectiva, in Educadores em Rede: projeto pedaggico da SEEL, que aderiu ao articulando a diversidade e construindo modelo dos ciclos de aprendizagem. singularidades. Recife: Secretaria de

    Educao, Esporte e Lazer do Recife. A prtica aponta para a necessidade Diretoria Geral de Ensino e Formao de avanar na reflexo sobre essa nova Docente, 2008perspectiva de identidade do educador o

    professor ou professora de biblioteca A Aventura de Conhecer - Ano XVIII cuja atribuio principal dar vida a esse boletim 15 - Setembro de 2008. Disponvel em:espao, trabalhando em articulao com as acesso em: 15 de fazendo as conexes devidas com o outubro de 2008.projeto pedaggico da escola e BAJARD, lie. Caminhos da escrita: principalmente, organizando e espaos de aprendizagem. So Paulo: Cortez, transformando em plano de ao os 2002.contedos de aprendizagens informacionais MILANESI, Luis. A Casa da inveno. que devem ser apropriados no espao da So Paulo: Ateli Editorial, 1997.biblioteca. MACHADO, Ana Maria. Como e por que

    ler os clssicos universais desde cedo. Rio de Janeiro: Objetiva, 2002

    FREIRE, Paulo. A importncia do ato de ler: em trs artigos que se completam. So Paulo: Cortez, 2003

    http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2008/aventura/index.htm

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  • REVISO DE TEXTOMaria Solange BrandoIrze Keline da Silva

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